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CEDUP – Centro de Educação Profissional Hermann Hering

Disciplina: História
Professora: Carla Satler
Turmas: ADMEM 201 – MECEM 202

PLANO DE AULA SEMANAL


Elaborado segundo Parecer CEE/ SC Nº 179 de 14 de abril de 2020 e o cio circular nº 243/2020 de 26 de
maio de 2020 encaminhado pela Coordenadoria Regional de Educação de Blumenau para o regime especial
de a vidades não presenciais.
1. CARGA HORÁRIA: 02 aulas.
2. PERÍODO: 12/08/2020 a 16/08/2020
3. OBJETO DE CONHECIMENTO: Miscigenação étnica do povo brasileiro
4. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
(EM13CHS104) Analisar objetos da cultura material e imaterial como suporte de conhecimentos, valores, crenças e
prá cas que singularizam diferentes sociedades inseridas no tempo e no espaço. (EM13CHS201) Analisar e
caracterizar as dinâmicas das populações, das mercadorias e do capital nos diversos con nentes, com destaque para
a mobilidade e a fixação de pessoas, grupos humanos e povos, em função de eventos naturais, polí cos, econômicos,
sociais e culturais. (EM13CHS102) Iden ficar, analisar e discu r as circunstâncias históricas, geográficas, polí cas,
econômicas, sociais, ambientais e culturais da emergência de matrizes conceituais hegemônicas (etnocentrismo,
evolução, modernidade etc.), comparando-as a narra vas que contemplem outros agentes e discursos.
(EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos rela vos a processos polí cos,
econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na sistema zação de dados e informações de
natureza qualita va e quan ta va (expressões ar s cas, textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos,
gráficos, mapas, tabelas etc.). (EM13CHS401) Iden ficar e analisar as relações entre sujeitos, grupos e classes sociais
diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas de trabalho ao longo do tempo,
em diferentes espaços e contextos. (EM13CHS502) Analisar situações da vida co diana (es los de vida, valores,
condutas etc.), desnaturalizando e problema zando formas de desigualdade e preconceito, e propor ações que
promovam os Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às diferenças e às escolhas individuais.

5. METODOLOGIAS: Aula Gravada na cozinha u lizando-se de uma receita de Bolo de Pamonha, cujos
ingredientes são oriundos de diversos con nentes para explicar a miscigenação étnica, segundo roteiro em
anexo. Aula: h ps://www.youtube.com/watch?v=ua4Cl5Unbgg&t=518s;
6. FORMAS DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL: Plataforma Google Classroom; material impresso; aplica vos
móveis- WhatsApp; e-mails., Chat Classroom;
7. FREQUÊNCIA: Conforme o cio circular nº 243/2020 de 26 de maio de 2020 encaminhado pela
Coordenadoria Regional de Educação de Blumenau é sugerido ao docente não atribuir faltas aos alunos
durante regime especial de a vidades não presenciais.
8. AVALIAÇÃO: A vidade avalia va individual, referente a miscigenação étnica de cada aluno.
Critérios de Avaliação: Serão considerados ainda como critérios de avaliação: Compreensão dos conceitos,
Relação entre passado e presente, Capacidade de interpretação contextualizada, a par cipação nas
a vidades propostas; o desempenho nas a vidades e a evolução ao longo do trimestre.
MISCIGENAÇÃO
Roteiro de Vídeo Aula
Carla Satler

ABERTURA
Imagens de diversas plantas, animais e pessoas com música
brasileira. Título da Aula: O que é Miscigenação? Segue com
imagens de alimentos preparados: feijoada, bolos, etc., e da
diversidade do povo brasileiro.

TRANSIÇÃO

CENA 01 – COZINHA
Em pé em uma cozinha, ao fundo o fogão. Se possível uma cozinha
com fogão e forno à lenha.

PROFESSORA
Olá, hoje teremos uma aula na Cozinha. Gostaria de
estar numa cozinha com fogão à lenha, forno, chão
batido, pois iremos falar sobre nossa cozinha
colonial, ou seja, do período em que o Brasil era
colônia de Portugal.
Mas o que a cozinha tem a ver com miscigenação?
Tudo. Nossa culinária é tão miscigenada quanto todos
nós, pois ela é formada pela cultura de cada povo que
veio para o Brasil, tendo como base os alimentos dos
povos da terra, os indígenas.
E hoje vamos ‘cozinhar’ essa miscigenação brasileira.
Pensei em vários pratos, mas escolhi uma receita de
família, simples e gostosa. Aliás, é na simplicidade
onde melhor observamos a miscigenação brasileira, que
está tão imbricada em nosso cotidiano que fica
invisível para nós.
Então, escolhi uma receita que meu pai sempre faz: o
Bolo de Pamonha. E desafio vocês a fazerem, também.
Vamos à receita?
TRANSIÇÃO

CENA 02 – COZINHA – LIQUIDIFICADOR

Agora no balcão para fazer a receita, reposicionar a câmera de


modo que contemple a professora e os materiais necessários à
realização da receita, no caso, um liquidificador e
ingredientes.

PROFESSORA

Começaremos a nossa receita com nossa base indígena: o


Milho, planta originária da América. E alimento dos
povos originários como vimos no conteúdo sobre os
povos ameríndios.
(Se possível ter uma espiga de milho para mostrar)
Para facilitar para vocês, aqui no liquidificador
temos 2 latas de milho, em que a água foi escorrida e
ainda lavei esse milho para tirar um pouco mais do
sódio. Mas você pode ralar espigas de milho cruas, que
é o tradicional.
LEGENDA: 2 latas de milho verde
Acrescentamos 1/1 xícara de fubá.
LEGENDA: 1/2 xícara de fubá.
Caso não tenham fubá em casa, pode ser trigo.
Agora, vamos ao segundo ingrediente e o começo de
nossa miscigenação: o leite de coco.
LEGENDA: 1 xícara de leite de coco ou leite.
O coco é originário da Ásia, mas como é uma semente
que flutua na água, ele se espalhou por todo o mundo.
O leite de coco foi introduzido na culinária
brasileira pelos africanos. Muitos são os pratos de
origem africana que são feitos com o leite de coco,
alguns oriundos da cozinha do candomblé e vinculados a
alguns orixás.
(Mostrar livro sobre culinária do Candomblé)
Caso você não queira usar o leite de coco, pode
substituir por uma xícara de leite.
E, também, acrescentamos uma colher de sopa de
manteiga.
LEGENDA: 1 colher (sopa) manteiga
Aliás, vou seguir a receita do meu pai e usar o leite
de vaca, deve ter sido uma adaptação do sul do Brasil.
E temos aqui outra miscigenação, afinal na América não
tínhamos vacas, elas foram trazidas da Europa. Quem
diria, não é? Nós que temos o leite presente em nossas
mesas em quase todas as casas, pensar que é um animal
estrangeiro. Mas como escreveu Pero Vaz de Caminho:
(Áudio Carta)
Agora, vamos acrescentar 2 ovos.
LEGENDA: 2 ovos
E, novamente, um ingrediente estrangeiro, em nossa
América, também não tínhamos galinhas, elas vieram até
nós por meio das caravelas.
Uma curiosidade, para os europeus vacas e galinhas são
animais criados para o abate. Os indígenas quando os
conheceram não os tomaram dessa forma e os criaram
como animais de estimação. O que dava um certo
incômodo aos portugueses, pois não conseguiam ‘impor’
sua cultura de criação extensiva de animais, ou seja,
produzir para lucrar.
Vamos complicar essa história?
Próximo ingrediente: 1 xícara de açúcar.
LEGENDA: 1 xícara de açúcar
A cana-de-açúcar é de origem da Índia, onde
desenvolveram o açúcar desde o 500aC. O Brasil tornou-
se o grande produtor de açúcar até meados dos anos
1600, pois foi o produto escolhido por Portugal para
lucrar com o Brasil. E o açúcar mudou a culinária
mundial, basta pensarmos os doces franceses, alemães,
austríacos e, os mais famosos, os portugueses. Mas,
também nos trouxe dores e problemas, como a
escravização dos povos africanos e, atualmente, a
obesidade e o diabetes.
Agora vamos bater esses dois ingredientes.
TRANSIÇÃO

(Mostrar na câmera a massa batida)


E, por fim, um toque da nossa contemporaneidade: o
fermento químico, que vou mexer com uma colher e não
bater no liquidificador.
E, despejar nesta forma que untei com manteiga e
polvilhei com fubá.
E vou por no forno em 180 graus centígrados, que pré-
aqueci por uns 10 minutos. Assim que começamos a fazer
o bolo já podemos ligar o forno. Ele levará de 40 a 45
minutos para ficar pronto. Quando chegar nos quarenta
minutos espete o bolo com um palito. Se o palito sair
limpo, o bolo está pronto. Se não, aguarde uns cinco
minutos.
TRANSIÇÃO
CENA 03 – BOLO SOBRE A MESA
PROFESSORA
Este é nosso Bolo de Pamonha, caso alguém queira, pode
fazer uma cobertura de calda de goiabada. Goiaba fruta
de nossa América que se transforma na goiabada com o
acréscimo do açúcar. Há também que polvilhe canela,
árvore oriunda do Sri Lanka, que na época das grandes
navegações era um território da Índia.
Não teríamos como fazer este bolo sem algum desses
ingredientes.
É a miscigenação dos ingredientes que permite formar
um bolo.
Da mesma forma, nós brasileiros somos formados por
várias culturais, somos frutos dessa miscigenação.
Temos glórias e traumas causados pela nossa história.
E precisamos aprender a lidar com os nossos traumas,
nossas perdas, nossas fraquezas e não fechar os olhos
para elas, negá-las. Pois é o encarar e resolver os
problemas o que nos torna melhores.
TRANSIÇÃO
CENA FINAL
Entenderam o que é Miscigenação?
Conceitualmente podemos dizer o seguinte:
(Texto)

Atualmente, também trabalhamos outro conceito, que foi


designado como Hibridismo:
(Texto)
Ou seja, a partir da ideia de Hibridismo, temos a
junção de vários elementos que formam algo novo. A
cultura brasileira é híbrida, pois o que temos aqui é
algo completamente novo, apesar de ser um quebra-
cabeça, um amálgama de muitas outras culturas.
Espero que tenham gostado de nossa aula, façam seus
bolos, mandem foto pra mim e Bom Apetite!
CEDUP – Centro de Educação Profissional Hermann Hering
Disciplina: História Profª.: Carla Satler
Estudante: Turma:

A vidade Avalia va 2º Trimestre

1) Abaixo escreva uma receita de família que está sempre presente nas refeições de sua
família. Poste também uma fotografia. Capriche na foto, hein!

2) Liste os ingredientes desta receita e pesquise a origem de cada alimento. Por exemplo:

Milho Brasil – América

3) Relacione as suas origens étnicas (indígena, portuguesa, alemã, etc) e as origens dos
alimentos da sua receita familiar. A resposta deverá ser na forma textual.
Por exemplo, estou par ndo da receita do vídeo em relação a mim:

Em minha receita familiar usa-se milho e o fubá e observo que tenho ascendência
indígena, porém os Laklãnos não usavam o milho em sua alimentação, cuja base era o
pinhão. Então, o milho foi incorporado a par r de outros povos indígenas. Também tem
leite de coco, de origem africana, mas não tenho ascendência africana. Agora, em
relação aos ovos, leite, trigo que são de origem europeia, destaco que meu avô paterno
era de origem portuguesa (açoriana) – Pedro da Silva, e minha avó italiana – Vitalina
Bérgamo. Já por parte materna meu avô Nilton Schmi era de origem alemã e minha
avó: Edith dos Santos, Xokleng-Laklãno e portuguesa.

4) Explique o que é miscigenação étnica, usando como exemplo você. Em seguida,


relacione as influências da miscigenação étnica sobre a miscigenação cultural.

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