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Teste de Avaliação Sumativa - Economia C


Disciplina: Economia C Ano/Turma: 12.º C
Data: 17-fev-2020 Duração da prova: 100 minutos
SUGESTÕES DE CORREÇÃO

COTAÇÃO
QUESTÃO Sugestões de correção
(pontos)
Grupo I
1 C. 7
2 B. 7
3 B. 7
4 D. 7
5 A. 7
6 B. 7
7 D. 7
8 A. 7
9 C. 7
10 B. 7
Subtotal I 70
Grupo II
o aluno deverá referir duas inovações associadas à:
- Primeira Revolução Industrial (século XVIII): utilização das energias provenientes do
carvão e do vapor e a sua aplicação a máquinas (por exemplo, caminho de ferro e barco
1.1 a vapor); 10
- Segunda Revolução Industrial (finais do século XIX): utilização da energia proveniente
da eletricidade e do petróleo e pelos eventos resultantes da ligação da ciência e da
técnica com o laboratório e a fábrica (por exemplo, motor de explosão, telefone e
corantes sintéticos).
A resposta deverá explicitar, com base nos três primeiros parágrafos do texto, as
consequências das revoluções industriais, referindo os seguintes aspetos, ou outros
considerados equivalentes:
- A Primeira Revolução Industrial proporcionou profundas alterações ao nível dos bens,
dos processos e dos modelos organizativos, o que permitiu um crescimento acelarado da
1.2. produção, tendo também contribuído para o desenvolvimento dos transportes, através da 15
aplicação da máquina a vapor ao caminho de ferro e aos barcos, e das comunicações
(utilização do telégrafo). O aumento da produção e o desenvolvimento dos transportes
reforçaram o colonialismo das “economias recentemente industrializadas do Ocidente”,
em especial o Reino Unido, pois os novos mercados coloniais forneciam as matérias-
primas e de consumo que eram tranformadoras nas metrópoles em produtos acabados

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que eram exportados para as colónias, ou seja, intensifica-se “a divisão global do trabalho”
entre os países industrializados que forneciam capital e conhecimento e as colónias que
forneciam matárias-primas e trabalho sem qualificação.
- A Segunda Revolução Industrial permitiu a continuação do crescimento da produção e
reforçou crescente internacionalização da Europa que deslocou pessoas e investimentos
paras as colónias e estabeleceu com elas pautas aduaneiras preferenciais. Deste modo,
“não havia quase nenhum local do mundo” que não tivesse estabelecido relações com as
“economias recentemente industrializados do Ocidente”, por exemplo, porque as
colónias compravam e/ou vendiam bens às metrópoles e os seus “mercados de trabalho
eram influenciados pela ausência daqueles que emigram ou pela presença de
imigrantes”. Contudo, esta Revolução Industrial não foi apenas europeia, foi também
americana, pois este país registava um forte crescimento económico, tendo-se
transformado numa grande potência económica, agrícola e industrial, concorrendo nos
mercados internacionais com países europeus.
A resposta deverá referir exemplos de duas novas tecnologias criadas durante o período da
1.3. Segunda Guerra Mundial, nomeadamente; a conceção do computador e o desenvolvimento 10
da informática.
A resposta deverá referir, nomeadamente, que a circulação de pessoas a nível internacional
não diz apenas respeito à “ausência daqueles que emigram ou à presença de imigrantes”,
ou seja, às deslocações das populações de um país para outro (imigração/emigração),
1.4. designadas por migrações externas. Com efeito, as pessoas também se deslocam no interior 20
do mesmo país – migrações internas – e também se podem deslocar para países, não
porque têm de trabalhar para ter melhores condições de vida, mas, por motivos turísticos,
passar férias ou tratar de negócios. Estas deslocações constituem os fluxos de turismo.
Grupo III
A resposta deverá distinguir empresas multinacionais de empresas transnacioanis, referindo
os seguintes aspetos ou outros considerados equivalentes:
- a internacionalização das empresas iniciou-se pela via das exportações, mas
rapidamente estas começaram a alargar o âmbito da sua participação nos mercados
externos, nomeadamente exportando tecnologia ou realizando investimentos diretos
no exterior, sozinhas ou através de alianças estratégicas. Estas empresas, designadas
por empresas multinacionais, são empresas ou grupos de empresas privadas,
juridicamente ligadas umas às outras, que estendem a sua atividade a vários países
1.1. de acordo com uma estratégia global; 10
– a partir da década de 70 do século XX, o processo de deslocalização das empresas
intensifica-se e começou a assumir contornos diferentes. Com efeito, o
desenvolvimento tecnológico (sistemas de refrigeração, transporte aéreo,
telecomunicações, informática) permitiu que deixasse de ser necessário realizar as
diferentes fases da fabricação de um determinado produto no mesmo local;
– as empresas «podem, assim, localizar os vários estágios do seu processo de produção
nos locais mais eficientes em termos de custos». Quer isto dizer que passaram a
operar de uma forma integrada, mas fragmentada, pois controlam diretamente as

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fases produtivas de maior valor acrescentado, entregando, por exemplo, as outras a


empresas subcontratadas, e dispersas geograficamente, pois produzem diferentes
componentes do mesmo bem através da cadeia produtiva, que integra componentes
de diversas origens territoriais, escolhidas em função dos custos e da produtividade.
Estas empresas, designadas por empresas transnacionais, criam, assim, uma nova
lógica de organização do processo produtivo, que passou a ser
segmentado/fracionado e disperso pelo mundo, pois a maioria das componentes dos
diferentes bens produzidos provém de diferentes países, por exemplo, podem
«localizar a pesquisa e desenvolvimento, a montagem, a produção de peças, o
marketing e a divulgação da marca em vários países ao redor do globo».

A resposta deverá descrever a evolução dos fluxos de IDE, referindo os seguintes


aspetos ou outros considerados relevantes:
– o Investimento Direto Estrangeiro (IDE) está estreitamente relacionado com o
início do processo de multinacionalização da economia, tendo tido lugar,
nesse período inicial, predominantemente «entre os países industriais
avançados»;
– atualmente, «a atividade das ETN nos países em desenvolvimento e
emergentes, em especial na China, tem-se expandido», daí que os fluxos de
1.2. IDE se dirijam principalmente para os países em desenvolvimento da Ásia, 15
sendo esta a região que captou o maior montante de IDE em 2014, aliás, é a
única região do mundo que apresenta um crescimento dos fluxos de IDE entre
2012 e 2014;
– em 2014, é de registar a queda dos fluxos de IDE direcionados para a América
do Norte, para a América Latina e Caraíbas e para as economias em transição;
pelo contrário, a Europa registou um assinalável aumento dos fluxos de IDE.
Quanto ao continente africano, os fluxos de IDE recebidos apresentam um
valor baixo, mas mantêm uma relativa estabilidade.

Grupo IV
A resposta deverá explicitar em que consiste a mundialização económica, referindo
os seguintes aspetos ou outros considerados equivalentes:
– a mundialização da economia «refere-se à crescente integração das
economias em todo o mundo», resultante do desenvolvimento das trocas
entre diferentes partes do globo, ou seja, bens, serviços e capitais circulam
1.1 10
por todo o mundo;
– esse desenvolvimento das trocas é bem visível ao nível do comércio de serviços
e de mercadorias;
– o comércio de serviços aumentou em valor, pois passou de 0,4 milhões de
dólares, em 1980, para 4,4 milhões de dólares, em 2012, ou seja, o seu peso no

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PIB passou de 4% para 6%. Também neste período registou uma taxa média de
crescimento de 8%. O comércio de mercadorias aumentou, conforme se pode
observar no gráfico. As exportações mundiais de mercadorias, em volume,
apresentam uma tendência de crescimento durante todo o período de 1990-
2015. Apesar da quebra verificada nos anos da crise económica (2008/2009), já
se verificou uma recuperação, prevendo-se que em 2015 atinja os valores que
deveria ter apresentado em 2012, caso não tivesse ocorrido a crise económica.
A resposta deverá justificar porque razão a globalização é um fenómeno
multidimensional, referindo os seguintes aspetos ou outros considerados
equivalentes:
– a globalização não está unicamente relacionada com o estabelecimento de
redes mundiais que articulam sistemas económicos e financeiros, ou seja, a
globalização não diz apenas respeito aos aspetos económicos;
– atualmente, não só os bens, os serviços e os capitais circulam por todo o
mundo, também as pessoas, a tecnologia, a informação e as ideias se movem
1.2. 15
em múltiplas direções. Deste modo, a globalização deixou de ser um
fenómeno abstrato, pois os seus efeitos também se sentem ao nível da nossa
vida quotidiana, por exemplo, «o maior acesso a tecnologias modernas» pode
melhorar os cuidados de saúde;
– neste contexto, a globalização pode ser vista como um fenómeno que engloba
várias dimensões – económica, social, cultural e política –, ou seja, é um
fenómeno pluridimensional.

A resposta deverá explicitar uma medida implementada pela OMC que tenha
contribuído para acelerar os movimentos de bens e serviços a nível mundial,
referindo a seguinte medida ou outras consideradas equivalentes:
– a negociação de acordos comerciais para liberalizar o comércio de bens e de
1.3. serviços, na medida em que nestes acordos os países comprometem-se a não 10
aplicar políticas protecionistas, ou seja, a reduzir os direitos alfandegários
(aplicação de impostos sobre os bens e serviços importados, o que os torna
mais caros no mercado interno) e outras barreiras não tarifárias de forma a
abrir e manter os mercados abertos à circulação de bens e de serviços.
A resposta deverá apresentar uma das perspetivas que se colocam para uma futura
regulação da economia mundial, referindo uma das seguintes ou outras
consideradas equivalentes:
1.4.
– a ascensão de organizações informais como o G7, o G20 e os BRICS pode levar
a que a regulação da economia mundial passe a ser efetuada em conjunto por
essas organizações e ainda pelas organizações formais como a OMC, o Banco

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Mundial, o FMI ou a União Europeia;


– numa perspetiva de desenvolvimento económico e sustentável, a regulação
da economia mundial poderia ser entregue às Nações Unidas. Esta mudança
provocaria a deslocação do centro das decisões mundiais de organizações
como o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e a Organização
Mundial do Comércio para a Organização da Nações Unidas. 15
A resposta deverá apresentar a noção e as caraterísticas dos paraísos fiscais ou
offshores, as suas caraterísticas e expor o problema que se coloca à contabilização
dos fluxos de IDE em trânsito:
- Paraíso fiscal ou offshore é aquele país ou território, onde o Estado concede
vantagens fiscais suscetíveis de evitar a tributação não país de origem ou de
beneficiar de um regime fiscal mais favorável do que o praticado nesse país, sobre
tudo em matéria de impostos sobre o rendimento.
Os paraísos fiscais ou offshores possuem as caraterísticas seguintes:
- impostos baixos ou inexistentes;
- estabilidade política (Exemplo: o Dubai o Panamá ou as Antilhas Holandesas,
são considerados paraísos fiscais, mas, devido à anterior instabilidade política, não
têm o protagonismo da Suíça ou das Ilhas Caimão);
- confidencialidade comercial e bancária;
- moeda e controlo de câmbios, uma elevada desvalorização da moeda
1.4
significaria avultadas perdas para as pessoas sediadas nesses países;
- rede de serviços financeiros bem desenvolvida;
- tratados fiscais para eliminar ou atenuar a dupla tributação.
A existência de paraísos fiscais pode contribuir para distorcer os dados/problemas
sobre os fluxos de IDE a nível internacional, porque:
- os fluxos de investimento relacionados coa as SPE (Sociedades de Propósito
Específico) podem levar à dupla contagem global dos fluxos de IDE – o mesmo valor
do IDE é contado duas vezes: entre o país de origem da empresa transnacional (A) e
o paraíso fiscal (C) e entre o paraíso fiscal (C) e o país de destino (B);
- os fluxos relacionados com as SPE podem levar a uma má interpretação da
origem do investimento (por exemplo, o país B pode considerar que os seus fluxos
são originários do país C e não do país A).
Assim, a CNUCED remove os dados das SPE dos fluxos e dos stocks de IDE, a fim
de minimizar essa dupla contagem.
Subtotal II 130
TOTAL 200

A docente:
Maria José Carvalho Passeira Peredo

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