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Título: Data de Emissão Revisão
Limpeza massiva do canal de retorno 31/03/2008 1

Índice

1. OBJETIVO............................................................................................................................. 2

2. ABRANGÊNCIA ................................................................................................................... 2

3. DEFINIÇÕES/GLOSSÁRIO ............................................................................................... 2

4. DESCRIÇÃO ......................................................................................................................... 2

4.1 INSTRUMENTAL ............................................................................................................. 2

4.2 CAPACITAÇÃO .............................................................................................................. 3

4.3 PROCEDIMENTO ............................................................................................................ 3

4.4 RELATÓRIOS .................................................................................................................. 4

5 RESPONSABILIDADES ........................................................................................................ 4

6 ANEXO ...................................................................................................................................... 4

Publicação / Revisão

Revisão N Data Histórico Responsável


00 28/02/2008 Emissão inicial Luiz Fernando
Bourdot
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1. OBJETIVO

Orientar e padronizar os procedimentos de limpeza de ruído.

2. ABRANGÊNCIA

NET Serviços e suas Controladas e Coligadas.

3. DEFINIÇÕES/GLOSSÁRIO

CATV
Community Antenna Television – Antena compartilhada entre vários usuários.
Atualmente se refere às redes de televisão a cabo.

CPD
Commom Path Distortion – também conhecido como efeito diodo sendo causado
por oxidação de conectores e pontas dos cabos.

CNR
Carrier to Noise Ratio – Relação Portadora-Ruído indica o quanto a portadora de
RF é maior que o ruído.

DOWNSTREAM
Canal direto das redes CATV, entre o headend e o assinante.

FILTRO HI-PASS
Filtro passa-alta: Equipamento que permite a passagem do downstream,
bloqueando o upstream.

INGRESSO
Entrada de sinais externos na rede.

UPSTREAM
Canal de retorno das redes CATV, entre o assinante e o headend.

4. DESCRIÇÃO

4.1 . Instrumental

O instrumental necessário para realização da verificação do espectro do retorno é:

Headend:
 Analisador de espectro
Ex: PathTrak – Fabricante: Acterna

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Tektronix 2715 – Fabricante: Tektronix


Avantron AT2500 – Sunrise Telecom
Agilent 8591C

Equipe de campo:
 Escada;
 Estojo de pads, equalizadores, filtro diplexer e fusíveis;
 Equipamentos de reserva;
 Filtro hi-pass;
 Injetor de sinais;
 Mala de ferramentas;
 Multímetro;
 Cabo jumper (ex. fab. Gilbert);
 Filtro VBC para proteção dos equipamentos de medição RF;
 Medidor de sinais
Ex: CLI 1450 – Fabricante: Wavetek
SDA 5500 – Fabricante: Acterna
DSAM – Fabricante: JDSU
860 DSP – Fabricante: Trilithic
 Veículo.

4.2 . Capacitação

Para a verificação do espectro do retorno é necessário um técnico e um auxiliar técnico.


É pré-requisito para o técnico em campo conhecer os principais amplificadores e
modelos de receptores ópticos de uma rede coaxial, o posicionamento de seus plug-ins
e as maneiras desabilitar temporariamente uma ou todas as saídas dos ativos. O
conhecimento dos equipamentos passivos e as formas de desabilitar uma ou todas as
vias do dispositivo é necessário.

4.3 . Procedimento

Os níveis de maturidade definidos pela NET para limpeza de ruído são os seguintes:

Nível 1 Obrigatório Nível 2 Recomendado Nível 3 Desejável


20% Nodes/ano 30% Nodes/ano 40% Nodes/ano

O processo de limpeza de ruído preventivo tem como objetivo evitar o acúmulo de ruído
nos ativos. Para isso, o técnico deverá proceder da seguinte maneira:

- Verificar todos os ativos do node em limpeza, começando pelo último amplificador em


cascata;

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- Conectar o equipamento de medição no ponto de teste (return out), utilizando o modo


analisador de espectros do equipamento na banda de retorno (5 a 42 MHz);

- Verificar a existência ou não de ingresso, CPD, portadoras de rádio amador e ondas


curtas. Ver anexos B, C, D e E;

- Medir o ruído no ponto de teste (return out) e verificar se o piso de ruído está adequado
ou não. Esse piso deverá ser verificado ao lado da portadora digital.

- Se houver qualquer um dos problemas citados acima ou o piso de ruído elevado, os


ramos desse ativo deverão ser investigados para a correção do problema, caso contrário
registra-se no relatório que o ativo não possui ruído;

- Sempre utilizar o filtro bloqueador de AC para proteção dos equipamentos de medição


quando medir diretamente nos passivos ou no cabo;

Verificando portas dos ativos

- Recomenda-se o uso de um acessório que ao ser conectado em uma das portas ks


não utilizada do passivo, seja possível de verificar o comportamento do ingresso de
ruído, sem a necessidade de retirar a todo o momento o pad de entrada do amplificador;

- Com esse acessório em mãos, o técnico deve conectá-lo no primeiro passivo após o
amplificador, e pressionar um botão que atenua o sinal de retorno que passa nesse
ramo. Se houver uma redução no nível de ingresso lido pelo analisador de espectro, a
fonte de ingresso está localizada nesse ramo, caso contrário não há nenhum problema
nessa “perna” do amplificador;

- Repete-se o procedimento descrito acima para todos os ramos do amplificador, até que
se descubram todas as “pernas” do ativo que estão ruidosas;

Fonte: Trilithic. Application Note: Using the Guardian I-Stop Reverse Test Probe to locate the
Source of Ingress

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- Uma outra opção é verificar se há nas entradas do retorno ”test points” individuais de
cada porta. Se houver, o técnico deverá verificar o ruído proveniente de cada um dos
ramos conectando o equipamento de medição em seu respectivo “test point”;

- Para casos de CPD, o técnico deverá examinar os próximos ativos da cascata e


certificar-se de qual ativo o problema é originado;

Investigando a fonte de ruído

- Conhecida a porta de saída com problemas, a próxima tarefa é descobrir quais são as
fontes geradoras desses ruídos;

- O técnico deverá ir tap a tap, e verificar se o ruído está adiante ou não do ponto de
medida. O procedimento é o seguinte:

1. Iniciar do primeiro passivo da cascata, e caminhar em direção ao último;

2. Verificar se os assinantes não banda larga estão devidamente filtrados. Se não


tiver, instalar filtro hi-pass;

3. Os não-assinantes deverão ser filtrados e anotados (somente para regiões onde


não há codificação total). Esses casos serão analisados pela área de ligações
clandestinas. Para regiões onde há codificação total do sinal paytv, deve-se
efetuar o desligamento do clandestino, e anotar em relatório os dados deste
usuário irregular, e enviado relatório para a área de antipirataria.

4. Medir todos os assinantes Banda Larga e documentar os com ruído acima da


referência, filtrando-os inicialmente, após a análise do ramo retirar esses filtros
(esses assinantes deverão ter sua rede interna revisada). Fica definido que -40
dBmV é o ruído máximo permitido em uma instalação;

5. Após procedimento acima, verificar se o ruído está localizado adiante ou não. Isso
é feito com auxilio do filtro I-Stop ou semelhante, conectado no porta KS não
utilizada do passivo. Com esse ponto de teste, conectar o equipamento de
medição. Se o ruído estiver presente, significa que a fonte geradora está
localizada mais adiante do ponto de medida;

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6. Quando for efetuada a filtragem provisória de todos os clientes banda larga, e


mesmo assim for constatado que o ruído continua, deve-se prosseguir com outros
testes a fim de localizar o problema na infra-estrutura de rede externa, tais como:
passivos, cabos, conectores e ativos. Estes testes devem ser feitos retirando a
face dos passivos, desde que seja usado um cabo jumper (modelo GIC-KSMP-
KSMP-3), para que o sinal a frente não seja interrompido conforme ilustração
abaixo.

Cabo Jumper - Modelo GIC-KSMP-KSMP-36 Fabricante Corning Gilbert

7. Esse procedimento segue até que todos os passivos sejam verificados, e


eliminados as fontes do ruído;

8. Eliminando o ruído de todos os ramos que compreende este ativo, o técnico


deverá conectar o medidor no test point (return out) e analisar como está o
ingresso de ruído, este valor varia de -30 dBmV à -25 dBmV;

9. Este procedimento de limpeza se repete em todos os ativos de trás para frente,


isto é, do ativo de ponta de cascata sentido ao RX.

4.4. Relatórios
Os documentos com as informações do espectro de retorno, gerados durante a
realização das atividades, deverão ser armazenados em formato eletrônico. Caso a
operação disponha de um analisador de espectros ligado a um microcomputador, é
necessário “fotografar” o espectro do sinal para documentação e posterior comparação
após medidas corretivas.
A equipe de campo deve anotar em relatório especifico o endereço de assinantes
filtrados, medidas corretivas e material utilizado quando algum reparo na rede for
efetuado.
O nível do piso de ruído dos assinantes de banda larga deve ser anotado em formulário
especifico. Modelos são apresentados no Anexo H.

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5. RESPONSABILIDADES
Gestores de processos - É de responsabilidade de cada gestor a geração, revisão,
aprovação e manutenção tempestiva de seus documentos.
Controles Internos – É de responsabilidade da área de controles internos a revisão
periódica dos documentos publicados no Centro de Documentos, observando os
critérios e prazos estabelecidos na Política de Documentação (PLT.F240.001) e no
Procedimento de Revisão de Documentos (PCD.F240.002).

6. ANEXOS

A. Portadora digital

A transmissão entre de informações no upstream é realizada por um tipo de modulação


digital. A portadora digital possui um aspecto diferente das portadoras analógicas,
ocupando de forma uniforme a banda destinada a ela. Nas redes CATV podem ser
utilizadas 1 ou mais portadoras digitais, moduladas em QPSK ou QAM. As figuras a
seguir mostram exemplos de portadoras digitais.

(a) (b)

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(c)
Upstream com (a) 1, (b) 2 e (c) 3 portadoras digitais

A transmissão dos bits é realizada por meio destas portadoras. Com a função “Span
Zero” do analisador de espectros é possível observar as portadoras no tempo. A banda
de 3,2 MHz é a mais comumente encontrada nas operações NET.

B. Ingresso

Chama-se ingresso todo sinal externo que penetra na rede. Em sua maior parte, a
penetração de sinais acontece na instalação do assinante. O ingresso pode ser
observado pelo analisador de espectro, se manifestando principalmente nas freqüências
inferiores a 15 MHz. Além de ser responsável pela presença de espúrios no inicio da
banda do upstream, o ingresso causa aumento do piso de ruído e redução da CNR. A
figura mostra um a presença de ingresso no inicio da banda do upstream.

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C. CPD

O CPD ou efeito diodo é um fenômeno causado pela oxidação de pontas de cabos ou


conectores. A interação entre camada de óxido resultante deste processo e os
condutores cria uma estrutura semelhante aos diodos, daí a denominação efeito diodo.
Por exibir uma resposta não-linear, o CPD se manifesta no espectro como componentes
em freqüência que se repetem periodicamente. Em redes CATV, esta repetição ocorre
em intervalos de 6 MHz (largura dos canais). A periodicidade do efeito permite a
visualização do CPD no espectro na forma de castelinhos, sendo esta outra
denominação do efeito. A figura a seguir ilustra a presença de CPD.

D. Rádio amador

Algumas bandas utilizadas em rádio amador coincidem com a freqüência do upstream.


O ruído causado por rádio amador apresenta características impulsivas, de forma que as
portadoras aparecem em picos instantâneos, causados quando o operador do rádio
aciona o mecanismo de transmissão para se comunicar. Um exemplo deste efeito é
apresentado na figura a seguir:

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Em destaque, uma portadora que possivelmente pode ser de rádio amador.

E. Ondas curtas

A denominação “ondas curtas” compreende a faixa de 2 a 26 MHz, sendo destinada a


serviços de radiodifusão, polícia, bombeiros e rádio-táxi. Pela baixa freqüência, a
atenuação das ondas curtas é pequena, podendo afetar o upstream, principalmente no
inicio da banda do retorno, ao penetrarem na rede. A figura mostra um exemplo da
presença de ondas curtas:

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F. Baixa CNR

Todos os efeitos apresentados anteriormente podem acontecer simultaneamente. Em


determinadas ocasiões, por exemplo, a presença de ondas curtas na rede pode ser
mascarada por um piso de ruído elevado. Em um primeiro momento, alguns dos efeitos
apresentados podem não ser visíveis estando sobrepostos por outros cuja influência
seja mais prejudicial à rede. O aumento do piso de ruído pode ser resultado da
combinação destes eventos. Entretanto, em algumas ocasiões verifica-se que mesmo
sem uma evidencia clara no espectro de ingresso, o piso continua elevado. Isto pode ser
resultado das combinações de pequenas fontes individuais de ruído em diferentes
microcéculas ou amplificadores que isoladamente não afetam a rede, mas quando
somadas no receptor óptico causam degradação da qualidade do sinal na rede. A figura
mostra um node com elevado piso de ruído (considerando piso desejada abaixo de -20
dBmV como ilustração). A redução da CNR normalmente está associada a um aumento
do piso de ruído. Pode ocorrer um defeito na rede que causa a redução do nível do sinal
e redução da CNR. Geralmente, cada operação determina o piso de ruído desejado.

Não se verifica na figura componentes significativas no inicio da banda, presença de


ondas curtas ou rádio amador.
Outro fator que causa a redução da CNR é o incorreto alinhamento da rede,
principalmente do enlace óptico. Por exemplo, quando o aumento do piso de ruído é
proporcional ao aumento do nível da portadora digital, a CNR permanece constante.
Entretanto, se o transmissor óptico opera no regime de saturação, a resposta do laser ao
ruído é maior do que a resposta à portadora, reduzindo a CNR na saída do laser.

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G. Relatório

A seguir é apresentado um relatório para documentar os problemas encontrados na


rede.

Relatório - Limpeza Massiva do Canal de Retorno

Operação:
Técnico responsável:
Equipamentos utilizados:
Amplificador
Node:
Data: Horário:
Dados do ativo
Nome: Modelo:
Ramos com ruído: Observações:
( ) Main Nível medido: [dBmV]
( ) Aux 1 Nível medido: [dBmV]
( ) Aux 2 Nível medido: [dBmV]
( ) Aux 3 Nível medido: [dBmV]

Relatório de ocorrências (Main): Relatório de ocorrências (Aux1):

Relatório de ocorrências (Aux2): Relatório de ocorrências (Aux3):

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