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15/03/2017 CEAP 

­ Centro de Estudos de Astrologia Psicológica

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Artigos Nacionais
LILITH ­ Um lado “obscuro” materno ou um impulso primitivo negligenciado?
por Daniela Rossi

Muito  se  fala  a  respeito  de  Lilith  e  de  seu  aspecto  sensual­magnético,  fascinante  e  ao  mesmo  tempo  temerário:  uma  parte  sombria  da  natureza
humana presente em todos nós e herdada, principalmente, dos mitos judaico­cristãos constantemente presentes em nosso inconsciente coletivo.
 
No  entanto,  pouco  se  lê  ou  se  encontra  publicado  a  respeito  de  seu  simbolismo  astrológico  e  interpretativo  dentro  de  uma  análise  que  fuja  das
características primordiais incutidas justamente por nossa herança judaico­cristã e impregnadas de fatores malignos, demoníacos e negativos a esse
respeito, especialmente os sexuais.
 
O artigo em questão, fonte de profunda pesquisa analítica e comparativa junto aos meus próprios clientes, baseia­se em questionamentos e suposições
a respeito da participação de Lilith dentro do drama astrológico contido em toda carta natal, partindo da busca e compreensão de um significado mais
profundo  e  revelador  a  esse  respeito,  dentro  de  uma  interpretação  astrológica  que  vislumbra  a  evolução  do  Ser  e  seu  crescimento  espiritual,  para
melhor aproveitamento de seu potencial e desenvolvimento aqui na terra.
 
Assim, para melhor compreensão de seu simbolismo, mister se faz uma pequena apresentação astronômica e mitológica do arquétipo em questão.
 
Origem:

 
Em 23 de setembro de 1846, Johann Galle, do Observatório de Berlim, confirmou a presença de Netuno na posição calculada matematicamente por Le
Verrier.  Nesse  mesmo  ano,  concordando  com  as  ilusões  e  os  enganos  associados  a  Netuno,  Frederic  Petit,  diretor  do  observatório  de  Toulouse,  na
França, anunciava a descoberta de uma segunda lua da Terra.
No entanto, registros astronômicos confirmam o aparecimento de uma estranha e escura nuvem de poeira quando vista em conjunção ao astro­Rei ou
um intenso e avermelhado globo de fogo quando de sua oposição ao Sol desde 23 de dezembro de 1719.
 
Entre 1719 e 1846, foram registradas 12 diferentes aparições para esse novo corpo celeste em 12 diferentes observatórios astronômicos mundiais.
Nos anos seguintes, muitos astrônomos, principalmente amadores, passaram a procurar a segunda lua da Terra.
 
Em  1898,  o  Doutor  George  Waltemath,  de  Hamburgo,  comunicou  ter  descoberto  um  sistema  de  pequenas  luas  da  Terra,  o  que  despertou  grande
interesse público. Mas, somente em 1918 as investigações acerca desse novo satélite da Terra ganharam atenção quando o ilustre astrólogo Sepharial
voltou  a  considerar  essa  lua  de  Waltermath,  dizendo  que  por  ser  escura  não  seria  visível  na  maior  parte  do  tempo,  abrindo,  assim,  um  fascinante
campo de pesquisa aos futuros astrólogos com seu livro “The Science of Foreknowledge” no qual dedica um capítulo

­ intitulado “O Novo Satélite” ­ a Lilith.
 
Em todos os reportos a referência de Lilith era sempre a mesma: a de um corpo nebuloso ou nuvem de poeira, difícil de identificar. Somente podendo
ser observada nas noites de Lua Nova e em posição diretamente oposta ao Sol. Obviamente, tal não acontecia frequentemente.
 
Posteriormente,  em  11  de  Fevereiro  de  1927,  Benjamin  Jekhowsky  descobre  um  asteróide  do  cinturão  principal  (asteróide  1181)  que  orbita  entre
Marte e Júpiter, o qual também foi batizado Lilith.
 
No entanto, quando os primeiros satélites artificiais foram lançados, em 1957 e 1958, por registros fotográficos de suas posições foi constatado que a
Terra  pode  ter  outros  satélites  naturais,  próximos  a  ela,  mas  por  períodos  curtos.  São  meteoróides  que  tocam  a  atmosfera  superior  e  perdem
velocidade,  fazendo  com  que  alguns  deles  entrem  em  órbita,  com  um  número  de  revoluções  entre  uma  e  cem,  por  um  máximo  de  tempo  de  150
horas. É possível que Petit tenha se referido a um desses satélites efêmeros.
 
A Lilith, ou Lua Negra, utilizada atualmente pela Astrologia não é um satélite da Terra, mas sim o apogeu lunar, como foi proposto (ou relembrado) por
Don Néroman, fundador do Collège Astrologique de France em 1933, na época em que Plutão foi descoberto.
A Lua descreve uma trajetória elíptica ao redor da Terra. Uma elipse possui dois pontos focais. A órbita lunar é uma elipse que tem um dos focos no
centro da Terra; a longitude do foco vazio dessa elipse, que coincide com o apogeu lunar verdadeiro, é a Lua Negra ou Lilith, conforme esse conceito de
Néroman.
Ambos os pontos, o apogeu e o segundo ponto focal, localizam­se no eixo maior da elipse orbital, chamado também de linhas das apsides. Vistos da
Terra, estão na mesma direção, portanto, ocupam o mesmo lugar no Zodíaco.

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Astrologicamente, Lilith é, portanto, um ponto virtual associado à maior distância (apogeu) da Lua em relação à Terra. A projeção no zodíaco tropical
deste ponto visto desde a Terra vai determinar a posição zodiacal de Lilith.
 
A projeção do apogeu da Lua, Lilith, desloca­se 6 minutos e 30 segundos por dia, 40 graus ao ano, percorrendo um signo zodiacal a cada 9 meses,
período médio de uma gestação, o que nos remete ao simbolismo lunar da maternidade e ao poder de gerar mudanças durante seu transito; levando
3.232 dias para dar uma volta completa no zodíaco, aproximadamente, 9 anos.
 
Com a mesma dificuldade encontramos Lilith em nosso Mapa, pois remonta o lado mais sombrio, nebuloso e indecifrável de nossa psique, algo além da
própria Lua e, portanto, influenciando um nível ainda mais profundo de nossa consciência humana: o dos instintos não revelados e das mágoas de
infância não reconhecidas.
 
Lilith não tem sido apenas um estudo de curiosidade da astrologia há mais ou menos um século, mas também mitologicamente desvirtuada desde os
tempos  de  Adão;  obstinadamente  sofrendo  resistências  e  sendo  desaprovada  ou  não  considerada  por  diversos  astrólogos,  permanecendo
simplificadamente interpretada como causadora de distúrbios sexuais e foco de grande frustração dentro de um mapa.
 
No entanto, se observarmos o glifo de Lilith, poderemos compará­la significativamente com Saturno.
 
Ambos são representados pelo Meio­Círculo da Alma e a Cruz da Matéria e, portanto, ambos representam circunstâncias limitadoras e disciplinadoras
que nos forçam atitudes realistas: Lilith­emocionalmente; Saturno­materialmente.
 
Assim como Saturno limita materialmente onde não há responsabilidade e comprometimento, Lilith frustra e inibe onde quer que exista imaturidade
emocional e sentimentalismo exacerbado.
 
Sendo  um  foco  vazio  da  órbita  lunar,  portanto,  pessoal,  representa  um  aspecto  obscuro  e  não  perceptível  de  nós  mesmos.  Características  que
procuramos não enxergar, mesmo sabendo que existem, mas que se encontram escondidas em algum lugar do nosso inconsciente.  Como parte do
simbolismo lunar, um impulso primitivo que se encontra muitas vezes negligenciado e não verdadeiramente reverenciado.
 
Uma vez que nossa alma (Lua) abriga experiências de outras vidas, de nosso passado e ancestralidade, Lilith simbolizaria nossa criatividade original,
um instinto não revelado, um talento não reconhecido.
 
Por  ser  o  foco  vazio  da  órbita  lunar,  à  Lilith  são  associados  sentimentos  de  falta,  de  perda,  de  ausência,  de  frustração,  de  coisas  insatisfatórias  que
precisam ser bem compreendidas ­ sempre no contexto do signo, casa, aspectos (com órbitas da ordem de 3º) e movimento, se direto ou retrógrado.
 
Comparativamente, conforme Jung, a estrutura da psique pode ser dividida em 3 partes assim figuradas:
 
1­    Topo da montanha, que corresponde ao consciente, nível pessoal de atuação dos planetas (Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter)
 
2­        Camada  intermediária  das  montanhas,  o  inconsciente  pessoal,  o  lado  de  nossa  personalidade  de  difícil  acesso,  sombrio,  e  que  precisa  ser
pesquisado e reconhecido (Saturno e Lilith). Ambos podem ser vistos a olho nu, mas requerem grande esforço de percepção.
 
3­    Camada interna e profunda das montanhas, o inconsciente coletivo, refletindo um pensamento geracional, comum a vários indivíduos; pessoas
que respondem de maneira semelhante às mesmas circunstâncias (Urano, Netuno, Plutão).
 
Assim, Lilith na maioria das vezes se torna tão mal compreendida quanto Saturno aos olhos da humanidade.
 
Em  Saturno  a  cruz  da  “matéria”  sobrepõe­se  à  meia­lua  da  “alma”,  ou  seja,  Saturno  coloca  a  Humanidade  de  joelhos.  Suas  experiências  são
profundamente gravadas na alma, pois castiga e flagela os que lhes caem nas mãos.
 
Condenado injustamente como nefasto e “deus maléfico”, pois, assim como São Pedro – o guardião dos portões do paraíso­, impede a entrada nos
Céus (Urano) daquele cuja alma (semi­circulo) não tenha sido purificada (Cruz da Matéria).
 
Sua tarefa é lutar sempre, até que a humanidade curve o Humano diante do Divino, o que muitas vezes nos leva à dor, ao sofrimento, à tristeza tão
fortemente relacionada a esse arquétipo.
 
Assim,  tanto  Saturno  quanto  Lilith  nos  trazem  uma  experiência  profundamente  silenciosa.  Parece­nos  ingrata  e  nunca  os  reverenciamos
merecidamente.  Louvamos  a  Zeus/Júpiter  (abundância),  Afrodite/Vênus  (amor,  prazer),  Hermes/Mercúrio  (conhecimento,  inteligência),  mas  nunca
Saturno/Cronos que trabalha incessantemente na realidade para despertar nosso Ego adormecido.
 
Assim também é Lilith, nossa pequena Ovelha Negra da família Solar, ou seja, mal compreendida se observada discriminadamente, mas extremamente
positiva se considerada como a força da independência, do desapego e amadurecimento emocional e da reverência ao poder feminino.
 
No entanto, como tudo no Universo possui uma polaridade positiva e outra negativa, seu lado negro é mais facilmente identificado exercendo influência
sobre a natureza dos nossos desejos e sobre nosso poder de não submissão.
 
Uma vez que Lilith representa um ponto imperceptível da trajetória Lunar, seu simbolismo também deveria se associar a uma parcela não reconhecida
de nosso relacionamento materno, ou seja, até que ponto Lilith não representaria os aspectos mais obscuros e negativos de nossa própria mãe, dentro
de  nossa  limitada  percepção,  e  consequentemente,  um  padrão  de  comportamento  já  cristalizado  e  completamente  inconsciente  de  nós  mesmos;
reação ou até mesmo repetição de um comportamento materno que repugnamos, mas que, sem nos darmos conta, insistimos em proferir, atraindo
justamente todas as frustrações a ele associadas?
 

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Portanto,  podemos  associar  à  Lilith  conteúdos  infantis  não  desenvolvidos;  experiências  existenciais  da  infância  mal  resolvidas  ou  negativamente
elaboradas e, principalmente, um foco de imaturidade emocional não reconhecido.
 
Desta maneira, onde houver imaturidade emocional no caráter da casa onde Lilith se localiza, haverá uma negação ou frustração como disciplina.
 
Sentimentos  de  inferioridade,  vitimização  e  medos  irracionais  surgem  como  resultado  da  falta  de  maturidade  emocional.  O  que  sentimos  falta  ou
perdemos são, na verdade, valores negados em nós mesmos, por nós mesmos e que costumamos atribuir negativamente à nossa mãe ou família.
 
Desta forma, enquanto não reconhecermos nossa parcela de responsabilidade dentro de comportamentos idênticos aos de nossos pais, e neste caso,
iguais aos da mãe, permaneceremos na posição de filhos/crianças, imaturos diante da vida e sujeitos às mais diversas frustrações como resultado.
 
Se  identificamos  o  principio  Solar  com  o  arquétipo  do  Pai­Herói  e  Saturno  como  sua  contra­parte  tirânica,  onde  mais  encontraríamos  o  lado  negro
materno se não em nossa sombra lunar a que denominamos Lilith?
 
Sendo  assim,  é  importante  reconhecermos  o  lado  mais  sombrio  de  seu  posicionamento  para  conseguirmos  usufruir  de  sua  luz,  o  que  nos  leva
diretamente ao mito, uma clara o objetiva maneira de analisarmos seu efeito atuando na psique humana há milênios...
 
Mitologia:
 
Lilith,  derivado  de  Laylah  em  Hebraico,  significa  Noite.  Referindo­se  à  escuridão  à  qual  o  satélite  orbita  e  ao  lado  escuro  da  natureza  dos  desejos
humanos.
Caldeus denominavam­na Lilatu. Assírios chamavam­na Layla e as tribos Semitas, Alitat, sendo comparada á deusa Kali pelos Hindus.
 
"Lil" também era a palavra sumero­acádia que designava a "tormenta de pó" ou "nuvem de pó", um termo que também se aplicava aos fantasmas,
cuja forma era uma nuvem de pó e cujo o alimento era supostamente o pó da terra. Na língua semítica "liliatu" era então "a criada de um fantasma",
porém prontamente se fundiu com a palavra "layil", "noite", e se converteu em uma palavra que se designava a um demônio noturno.
 
Na  Suméria,  Lilith  aparece  como  Ishtar.    Na  Grécia  Antiga  foi  associada  a  Hécate  Tríplice,  deusa  da  Lua  que  possui  vários  braços,  podendo  ser
comparada também a Kali ­ divindade Lunar Hindu e, a partir daí, passou a simbolizar o lado escuro lunar, que, por sua vez, reflete o poder oculto e
destrutivo do ser humano.
 
A  "Lílít"  do  texto  hebraico  se  traduz  na  versão  grega  por  Lamia.  As  "lamiae"  são  muito  conhecidas  nas  tradições  gregas  e  latinas,  como  monstros
voadores noturnos, que sempre aparecem sob o aspecto de pássaros. A maioria dos autores afirma que as lamias são monstros femininos que devoram
homens e crianças. Portanto, as lamias e Lilith têm muitos pontos em comum e foram posteriormente convertidas em "vampiras".
Em Teosofia, os segredos da Lua Negra pertencem ao conhecimento profundo da cosmogênese. Os teósofos afirmam que a Lua precede a Terra; é mais
velha. Na hierarquia evolutiva do cosmo, a Lua é mãe da Terra e na cadeia planetária admitida em Teosofia, um globo que morre transfere sua energia
para um outro que nasce. Analogamente, assim como a Lua permanece constantemente orbitando ao redor da Terra, como que se alimentando de sua
energia,  nosso  lado  infantil  e  negligenciado  em  Lilith  poderá  “vampirizar”  e  obscurecer  o  lado  positivo  lunar  fazendo­nos  enxergar  apenas  um  foco
negativo na personalidade materna, tornando­nos eternamente vítimas das circunstâncias onde se posicionam ambas por signo e casa.
Na Suméria e na Babilônia, ao mesmo tempo em que era cultuada, era identificada com os demônios e espíritos malignos. Considerada uma divindade
lunar, pois assim como a lua ela seria uma deusa de fases boas e ruins. Alguns estudiosos a assemelham às várias deusas da fertilidade, assim como
deusas cruéis devido ao sincretismo com outras culturas.
No entanto, a imagem mais conhecida que temos dela é a que nos foi dada pela cultura hebraica. Uma vez que esse povo foi aprisionado e reduzido à
servidão na Babilônia, onde Lilith era cultuada, é bem provável terem­na associado como um símbolo de algo negativo. Vemos assim a transformação
de Lilith no modelo hebraico de demônio.
Conta a lenda que Lilith foi irmã gêmea de Adão e sua primeira mulher. Reconhecendo que havia sido criada por Deus com a mesma matéria prima,
Lilith rebelou­se, recusando­se a ficar sempre em baixo durante as suas relações sexuais. Considerava­se sua igual e não uma submissa. Assim, por
não suportar suas ordens, foi expulsa do Paraíso.
 
A  partir  de  então,  Lilith  é  sempre  tida  como  a  “outra”  mulher,  a  amante,  aquela  que  escraviza  os  homens  em  seus  desejos.  Também  denominada
Pássaro Noturno, Lilith exemplifica a condição humana em seu negro ou escuro estágio de consciência universal.
 
Lilith transparece, no mito hebreu, como a mulher livre, sensual, sexual e até certo ponto selvagem. Aquela que não se submete a nenhum homem,
mas SEGUE SEUS INSTINTOS E DESEJOS. Por isso ela é representada sobre leões ­ símbolo da força sexual masculina. No fundo, é a mulher que todo
homem deseja, mas que também teme, e por isso mesmo, parece um "demônio tentador".
 
Daqui extraímos a fascinação que todo homem sente pelo signo ao qual se encontra sua Lilith, apesar de se comprometerem mais facilmente com o
arquétipo lunar de sua carta natal, fugindo às tentações...
 
Lilith, na tradição matriarcal, é uma imagem de tudo o que há de melhor na sexualidade feminina ­ A NATUREZA DA MULHER, O PODER DO SANGUE
MENSTRUAL,  que  é  o  poder  da  Lua  Escura  (a  Lua  Minguante).  O  período  normalmente  dedicado  a  Lilith,  naquela  época,  era  exatamente  o  período
menstrual.  O  momento  em  que  as  mulheres  poderiam  ter  relações  sexuais  livres  da  possibilidade  de  gravidez  e,  por  isso,  tais  relações  estariam
exclusivamente  ligadas  ao  prazer  (e  não  à  procriação,  como  era  a  perspectiva  patriarcal).  Assim,  muitas  vezes  se  referiam  a  essa  Deusa  como  o
"Espírito Menstrual".
 
Simbolismo:
 
Assim como foi difícil determinar sua localização e posição astronômica, a posição de Lilith na Carta Natal trás sempre algo de misterioso e indecifrável à
casa  e  signo  onde  Lilith  se  encontra,  mas  como  se  trata  de  um  movimento  lunar  e,  portanto,  pessoal,  essa  característica  se  torna  indecifrável,  na
maioria das vezes, para nós mesmos. Características que procuramos não enxergar, mesmo sabendo que existem, que se encontram em algum lugar
do nosso subconsciente.

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Apesar de Lilith não ser vista em seu movimento diário é, contudo, percebida pela visão intuitiva que traduz à mente o significado de uma atividade
mais  elevada,  que  é  a  realidade  por  trás  de  forças  não  visíveis.  Da  mesma  maneira,  existem  facetas  de  nossa  personalidade  que  não  são
necessariamente ativas ou reconhecidas em nosso comportamento diário.
 
Desta forma, a casa onde Lilith se encontra no mapa astral irá identificar onde exercemos forte fascínio e, portanto, onde estamos mais sujeitos às
tentações. Aqui não nos submetemos á autoridade e por isso mesmo é neste ambiente que fazemos escolhas erradas e conseqüentemente estaremos
fadados ao arrependimento. Sendo assim, é neste setor do mapa natal que devemos mais do que nunca reavaliar nossas atitudes e comportamentos
já que por aqui nos sentimos vulneráveis, intimidados e sem confiança, para que possamos, finalmente, reconquistar nosso lugar no paraíso...
 
 
Daniela Rossi
Graduada em Direito pela Universidade de São Paulo – USP. Dedica­se ao estudo da Astrologia desde 1986 quando participou da 1ª turma do Instituto
Delphos/SP  coordenado  por  Milton  Maciel.  Iniciou  seus  trabalhos  em  parceria  com  psicólogas,  conciliando  a  abordagem  astrológica  como  excelente
auxiliadora de diagnósticos precisos e sensíveis. A partir daí desenvolveu uma linha de trabalho humanista e integrativa.
 
Docente em Astrologia, coordena grupos, palestras e workshops na área Astrológica e Transpessoal. Atualmente desenvolve a Astroterapia (psicoterapia
em grupo com auxilio do mapa astral) e participa como Terapeuta do Projeto Amanhecer no Hospital Universitário da UFSC.
 
Credenciada pela Astrobrasil (Central Brasileira de Astrologia) entre 2005 e 2008, sob a coordenação de Maurício Bernis e associada da CNA ­ Central
Nacional de Astrologia.
 
 
Bibliografia:
CONHECIMENTO DA ASTROLOGIA­ Ana Maria da Costa Ribeiro
LILITH A LUA NEGRA­ Roberto Sicuteri
INTERPRETING LILITH – Delphine Joy
THE BOOK OF LILITH ­ Barbara Koltuv
LES NOEUDS LUNAIRES ET LA LUNE NOIRE­ Marie Thérèse des Longchamps
ASTROLOGIE PASSION­ Sous la direction d'Elizabeth Teissier.
MANUAL DE ASTROLOGIA ESSENCIAL – Valdenir Benedetti

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