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Aula Pr tica #3 de Microeconomia – Semana 3 a 7 de

outubro de 2022

1.

Curva 1 Curva 2 Curva 3 Curva 4

4 E

H
3 C

F I
2
A

G
1
B
D

0
0 1 2 3 4

2. Quando se tem a hipótese de escolher entre dois ou mais cabazes (combinação entre dois
bens, neste caso), é normal que haja preferências entre os mesmos. Quando falamos em
preferências, estamos a incluir o caso de um consumidor preferir um cabaz ao outro, como
também o caso de um consumidor gostar de ambos os cabazes por igual. Quando se dá o
primeiro caso, dizemos que existe assimetria e se o consumidor a rmar que prefere o cabaz Q
em vez do cabaz Q’, não pode a rmar que prefere o cabaz Q’ em vez do cabaz Q. Já o segundo
caso, em que o consumidor gosta de ambos os cabazes por igual, dizemos que existe simetria,
não havendo qualquer diferença em escolher o cabaz Q ou o cabaz Q’.

Graças a estas denominações, é-nos possível criar inúmeras curvas de indiferença, em que o seu
todo denomina-se por mapa de curvas de indiferença. Uma curva de indiferença é a
representação do conjunto de todos os cabazes que o consumidor considera indiferentes, ou
seja, iguais a nível de benefício. Estas curvas de indiferença normalmente não se intersectam,
mas em situações como a representação de preferências de pessoas diferentes e a

fi
fi
representação de preferências de um consumidor em tempos diferentes, elas intersetam-se em
pelo menos um ponto (um cabaz).

A relação entre as curvas de indiferença é regida por um conceito - a taxa marginal de


substituição - em que este a rma que, para o consumidor consumir mais uma unidade do bem x,
necessita de deixar de consumir uma certa quantidade do bem y. Quando comparamos um
cabaz inicial e nal de uma curva de indiferença, é-nos possível concluir que é indiferente para o
consumidor consumir um ou outro cabaz.

Em relação à taxa marginal de substituição, temos três tipos diferentes: quando a taxa é
constante, ou seja, x e y são substitutos perfeitos; quando a taxa é nula ou in nita, ou seja, x e y
são complementares perfeitos; e quando a taxa não é constante, nula, ou in nita, obedecendo à
equação y/x. O último tipo de taxa marginal de substituição é a situação regular e comum no
mercado, e contém curvas “bem comportadas”. Já os dois primeiros tipos de taxa marginal de
substituição, por serem situações não comuns nem genéricas ao mercado, contêm curvas “mal
comportadas”, ou seja, que não obedecem à regra. Por estes dois tipos de taxas serem
irregulares nas relações entre as preferências do consumidor, violam os pressupostos da
convexidade e da monotonicidade positiva.

O pressuposto da convexidade diz que o consumidor tem “preferência pela diversidade”, ou seja,
o cabaz da combinação linear entre dois outros cabazes será sempre a aposta do consumidor.
Melhor dizendo, o consumidor em vez de consumir apenas q0 ou q1, irá consumir um cabaz que
combine q0 e q1, tornando-se um cabaz rico em diversidade.

Já o pressuposto da monotonicidade positiva diz que o consumidor cará melhor servido com o
cabaz que tiver maior quantidade de um bem. Ou seja, na dúvida entre dois cabazes, o
consumidor irá escolher o cabaz que apresentar maior quantidade oferecida de um certo bem,
sendo o mais bené co. Também, quanto mais acima tiver uma curva de indiferença de outra
curva de indiferença, maior será a satisfação retirada dos cabazes da curva mais acima.

Aplicando ao exemplo da Rita e das suas preferências, pode dizer-se que a taxa marginal de
substituição contém curvas “bem comportadas”, ou seja, respeita os pressupostos de
monotonicidade positiva e convexidade.

Em relação ao pressuposto de monotonicidade positiva, e comparando duas curvas de


indiferença, é perceptível que a Rita prefere a curva que está mais acima da outra, ou seja, que
oferece maior quantidade de produto, preferindo também o cabaz com maior quantidade de
produto ( por exemplo, “C>A”, onde C contém 4 kg de produto e A contém 3 kg de produto ).

Em relação ao pressuposto de convexidade, é notório que, escolhendo um cabaz qualquer, o


conjunto de cabazes delimitados inferiormente por cada curva de indiferença são convexos. Isso
faz com que os cabazes tornem-se a combinação linear de dois cabazes inferiormente
posicionados.

Concluindo, as prefer ncias da Rita respeitam as propriedades de monotonicidade positiva e


convexidade.

fi
fi

fi
fi
fi
fi
3.

reta orçamento
P1 (0 , 4)
4

P2 (2.(6)7 , 0)
0
0 1 2 2,(6)7 3 4

A reta do orçamento é uma equação que relaciona as quantidades a consumir e o regimento


monetário do indivíduo, como evidencia a reta do orçamento da Rita. Melhor dizendo, a reta do
orçamento é a parte dos conjuntos das possibilidades de consumo que corresponde aos
cabazes que esgotam o rendimento do consumidor. No caso da Rita, podemos ver dois pontos
extremos, ou seja, dois pontos que intersectam os eixos coordenados.

Em relação à interseção do eixo das ordenadas com a reta do orçamento da Rita, podemos
perceber que o ponto 1 (P1) é resultado dessa interseção, tendo como coordenadas (0 , 4). Estas
coordenadas têm como signi cado que o consumidor gasta todo o seu rendimento no bem 2 ( as
bolachas), sendo que o quociente entre o rendimento monetário da Rita e o preço das bolachas
resulta na quantidade de bolachas (4 kg) que esgota o rendimento do consumidor. Consome, por
isso, zero unidades do bem 1 (os bolos).

Já na interseção do eixo das abcissas com a reta do orçamento da Rita, podemos perceber que
o ponto (P2) é resultado dessa interseção, tendo como coordenadas (2.(6)7 , 0). Estas
coordenadas têm como signi cado que o consumidor gasta todo o seu rendimento no bem 1 ( os
bolos), sendo que o quociente entre o rendimento monetário da Rita e o preço dos bolos resulta
na quantidade de bolos (2,(6)7 kg) que esgota o rendimento do consumidor. Consome, por isso,
zero unidades do bem 2 (as bolachas).

Por m, e dando um signi cado ao valor do declive da reta do orçamento (- 1,5), o mesmo
corresponde ao custo de oportunidade, ou seja, quanto é que o consumidor tem que reduzir na
quantidade do bem 2 (as bolachas) para poder passar a consumir mais uma unidade (1 kg) do
fi
fi
fi
fi
bem 1 (os bolos), dado o rendimento monetário da Rita e o preço dos bolos (15€) e das bolachas
(10€).

4. A Taxa Marginal de Substituição é uma taxa que nos indica a quantidade do bem y que temos
que deixar de consumir para podermos consumir mais uma unidade do bem x. Podemos dizer
que esta taxa corresponde ao declive da reta tangente à curva no ponto em causa.

No caso da Rita, a sua Taxa Marginal de Substituição foi 2, ou seja, a Rita deixou de consumir 2
kg de bolachas para consumir mais 1 kg de bolos.

Acabar o resto da resposta: responder a alínea (ii)

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