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2014
CONSTRUÇÃO DE ESTRADAS I – TRN 031
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1- TERRAPLENAGEM
1.1- Introdução:
De forma genérica, a terraplenagem ou movimento de terras, pode ser entendida como o conjunto
de operações necessárias para remover a terra dos locais em que se encontra em excesso para aqueles
em que há falta, tendo em vista um determinado projeto a ser implantado. Assim, a construção de uma
estrada de rodagem, ferrovia ou aeroporto, a edificação de um fábrica ou de usina hidrelétrica, ou
mesmo, de um conjunto residencial, exigem a execução de serviços de terraplenagem prévios,
regularizando o terreno natural, em obediência ao projeto que se deseja implantar. Pode-se afirmar,
portanto, que todas as obras de Engenharia Civil de grande ou pequeno porte, exigem a feitura de
trabalhos prévios de movimentação de terras. Por esta razão a terraplenagem teve o enorme
desenvolvimento verificado desde o século passado.
Em terraplanagem, o ponto primordial não é a natureza do material, mas suas propriedades físicas.
O que interessa ao empreiteiro é saber o modo mais fácil e econômico de escavar, mover, carregar,
transportar e dispor o material. Já ao fiscal interessa que a qualidade final do serviço atenda todas as
especificações de projeto.
1.2- Histórico:
Cabe notar, entretanto, que a realização de obras de terra em larga escala não é privilégio desta
época, pois, há muitos séculos elas vêm sendo executadas pelo homem. Na antiguidade os egípcios e
babilônios realizaram feitos notáveis neste campo, como, por exemplo, os canais de irrigação às margens
dos rios Nilo e Eufrates. A construção das pirâmides, embora a sua motivação não fosse econômica,
mas religiosa, não deixa de se constituir em magnífico exemplo de escavação e transporte de milhares
de metros cúbicos de rocha.
Mais tarde, os romanos que, sem dúvida, foram os grandes engenheiros da antiguidade,
realizaram grandes serviços de terra necessários à construção de suas estradas e aquedutos. Esses
trabalhos eram executados manualmente ou com o auxílio de animais que carregavam ou rebocavam
instrumentos rudimentares.
Este quadro não se modificou até meados do século passado, pois o instrumento utilizado era,
ainda, a chamada "pá-de-cavalo", constituída de uma caçamba dotada de lâmina de corte, a qual,
rebocada por tração animal, escavava e transportava o solo.
Com o advento da máquina a vapor, surgiram as primeiras tentativas de se utilizá-la em
equipamentos de terraplenagem, a partir da segunda metade do século passado, sendo que, no seu final,
já existiam escavadeiras providas de "shovel" (concha), montadas em vagões e usadas na construção
ferroviária.
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Até o aparecimento dos equipamentos mecanizados e mesmo depois, a movimentação das terras
(escavação e/ou terraplenagem) era feita pelo homem, utilizando ferramentas tradicionais: pá e picareta
para o corte, carroças ou vagonetas com tração animal para o transporte.
Dado o seu pequeno rendimento, terraplenagem manual dependia, sobretudo, da mão-de-obra
abundante e barata, fator que o desenvolvimento tecnológico e social foi tornando cada vez mais escasso
e, por consequência, mais oneroso.
Para se ter uma ideia do número de operários necessários para a execução braçal do movimento
de terra, estima-se que para produção de 50m3/h de escavação, empregar-se-iam, pelo menos 100
homens. Em comparação, uma escavadeira, operada apenas por um homem, pode executar a mesma
tarefa, o que se demonstra claramente as transformações ocasionadas pela mecanização. Todavia, não
pense que a terraplenagem manual conduziria à excessiva lentidão dos trabalhos. Desde que a mão-de-
obra fosse numerosa, os prazos de execução da movimentação de terras em grandes volumes eram
razoáveis, se comparados com os atuais.
Com suficiente organização para resolver os sérios problemas de recrutamento, administração,
alojamento e subsistência dos trabalhadores, a terraplenagem manual apresentava rendimento capaz de
causar admiração, ainda nos dias atuais.
(a) (b)
Fig. 1.2: Equipes de escavação manual subterrânea (a) e superficial (b).
Para se ter uma ideia da influência do aumento da produtividade no custo da terraplenagem, apesar
da elevação substancial ocorrida no valor de aquisição dos equipamentos, praticamente não houve
acréscimo nos preços de movimento de terra, nos Estados Unidos, no período de 1930 a 1960.
1. Escavação;
2. Carga do material escavado;
3. Transporte;
4. Descarga e espalhamento;
5. Retorno. TRANSPORTE
ESCAVAÇÃO/CARGA
RETORNO
Fig. 1.4: Exemplo de Ciclo do Trator de Lâmina (equipamento executa sozinho todo o ciclo de terraplenagem).
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Essas operações básicas podem ser executadas pela mesma máquina ou por equipamentos
diversos, exemplificando, um trator de esteira provido de lâmina, executa sozinho todas as operações
acima indicadas, sendo que as três primeiras com simultaneidade.
2.1- Conceitos:
A superfície terrestre é constituída de vários elementos. Mas, de uma maneira geral, para fins
de terraplenagem, é constituída de: rochas e solos.
- Segundo a ABNT:
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2.2.1 - Rochas
OBS.: Rocha Alterada é a que apresenta, pelo exame macroscópico ou microscópico, indícios de
alteração de um ou vários de seus elementos mineralógicos constituintes, tendo geralmente diminuídas
as características originais de resistência.
2.2.2 - Solos
a) Pedregulho - solos cuja propriedades dominantes são devidas à sua parte constituída pelos grãos
minerais de diâmetros superiores a 4,8 mm e inferiores a 76 mm;
b) Areia - solos cujas propriedades dominantes são devidas à sua parte constituída pelos minerais de
diâmetro máximos superiores a 0,05 mm e inferiores a 4,8 mm;
c) Silte - solo que apresenta apenas a coesão para formar, quando seco, torrões facilmente desagregáveis
pela pressão dos dedos; suas propriedades dominantes são devidas à parte geralmente constituída pelos
grãos de diâmetros máximos superiores a 0,005 mm e inferiores a 0,05 mm;
d) Argila - solo que apresenta características marcantes de plasticidade; quando suficientemente úmido
molda-se facilmente em diferentes formas; quando seco apresenta coesão bastante para constituir torrões
dificilmente desagradáveis por pressão dos dedos; suas propriedades dominantes são devidas à parte
constituída pelos grãos de diâmetros máximos inferiores a 0,005 mm;
f) Solos com Matéria Orgânica - caso um dos tipos acima apresente teor apreciável de matéria orgânica
será anotada sua presença. Exemplo: argila arenosa com matéria orgânica;
g) Turfas - solos com grandes porcentagens de partículas fibrosas de material carbonoso ao lado de
matéria orgânica do estado coloidal;
h) Alteração de Rocha - é o solo proveniente da desagregação das rochas in situ pelos diversos agentes
geológicos. Será descrito pela respectiva textura, plasticidade e consistência ou compacidade, sendo
indicados ainda o grau de alteração e, se possível, a rocha de origem;
i) Solos Superficiais - a zona abaixo da superfície do terreno natural, igualmente constituída de mistura
de areias, argilas e matéria orgânica, exposta à ação dos fatores climáticos e de agentes de origem vegetal
e animal será designada simplesmente como solo superficial.
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2.3 - Desmonte
a) Rochas
b) Solos
o Teor de umidade
o Tamanho e forma das partículas
o Vazios do solo
1a Categoria: os solos que podem ser escavados com auxílio de equipamentos comuns: trator de lâmina,
“motoscraper”, pás-carregadeiras.
2a Categoria: são os materiais removidos com os equipamentos já citados, mas que pela sua maior
consistência exigem um desmonte prévio feito com escarificador ou emprego descontínuo de explosivos
de baixa potência.
3a Categoria: materiais de elevada resistência mecânica que só podem ser tratados com emprego
exclusivo de explosivos de alta potência.
Em uma obra de terraplenagem o empreiteiro não se interessa pela natureza do material, mas
sim por suas propriedades físicas, que são:
Peso: P
Empolamento: E
Redução: R
γs = Ps/V
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b) Empolamento: Pode ser definido como o aumento de volume sofrido por um material ao ser
removido de seu estado natural. É expresso como sendo a porcentagem do aumento de volume
em relação ao volume original (ocorre um aumento do índice de vazios).
b.1) Fatores de Conversão: Pode ser definido como a relação entre densidades no estado solto e no
estado natural ou corte.
- Empolamento:
Quando escavado o solo assume um volume solto (Vs) maior do que o que se encontrava na
jazida natural (Vn).
Logo:
Vs > Vn .......... γs < γn
Chama-se fator de empolamento a relação entre densidades no estado solto e no estado natural.
FE = γs/γn
FE = Vn/Vs
Vn = Vcorte = FE . Vs
Onde:
Os solos naturais apresentam expansões volumétricas diferentes de acordo com a tabela a seguir:
TIPO DE SOLO f (%) FE
SOLOS ARGILOSOS 40 0,71
TERRA COMUM SECA (SOLOS ARGILO-SILTOSOS COM AREIA) 25 0,80
TERRA COMUM ÚMIDA 25 0,80
SOLO ARENOSO SECO 12 0,89
c) Redução: É a diminuição de volume sofrida por um material por efeito de compactação de rolos,
“sapos”, vibro compactadores, etc., compactando o material em grau maior do que ele é encontrado em
seu estado natural. Essa redução depende, naturalmente, do grau de compactação exigido e do material.
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Por definição:
FR = Vcomp / Vn = γn/γcomp
Vcomp = FR.Vn
Vcomp = FE . FR . Vn
Onde:
Vn = Vcorte = V1 = volume na jazida (natural)
Vs = V2 = volume empolado (solto)
Vcomp = V3 = volume reduzido (compactado)
FR = fator de conversão da redução
FE = fator de conversão de empolamento
fE(%) = porcentagem de empolamento
fR(%) = porcentagem de redução
fR (%) = (1 – FR).100
Em razão da diversidade dos solos e das diferentes energias de compactação é bastante difícil
estimar a relação Vcomp/Vn.
Para terra comum admite-se uma redução da ordem de 5% a 15%.
Essa relação é importante para serviços medidos no aterro (barragens)
Exemplo 2.1: Na construção do corpo de uma barragem de terra, com volume de 1.200.000 m³, temos
os seguintes dados referente ao solo que será utilizado: fR = 10%, fE = 22%. O empreiteiro forneceu
orçamento pelo volume transportado de U$ 1,0 /m³/Km. Sendo a distância média até a jazida de 3,2 Km,
determine o preço total para a execução do paramento da barragem.
Solução:
fR = 10% fE = 22%
• Devemos determinar então o V2, pois o orçamento dado pelo empreiteiro é referente ao volume
transportado.
fR (%) = (1 – FR).100
10 = (1 – FR).100
FR = 0,90
FR=V3/V1
V1 = V3/FR = 1.200.000/0,90 = 1.333.333,33 m³
fE = [(1/FE) – 1].100
22 = [(1/FE) – 1].100
FE = 0,82
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FE=V1/V2
V2 = V1/FE = 1.333.333,33/0,82 = 1.626.016,20 m³
Cálculo do Preço:
U$ 1,0 /m³/Km
U$ 1,0 x V2 x Dm
U$ 1,0 x 1.626.016,20 m³ x 3,2 Km
Logo:
Preço Total = U$ 5.203.251,80
Exemplo 2.2: Em uma obra, o equipamento utilizado (scraper de capacidade de 26 m³) deu 120 viagens
transportando material de 1ª categoria (fE = 32%). O preço do m³/Km desse serviço é de U$ 1,30 (medido
na jazida). O centro de massa da jazida está a 1,60 Km do canteiro de obras. Qual o preço desse serviço
de terraplenagem?
Solução:
E = 32%
D = 1,60 Km
FE = V1/V2
fE = [(1/FE) – 1].100
32 = [(1/FE) – 1].100
FE = 0,76
FE=V1/V2
V1 = FE . V2 = 26 . 0,76 = 19,76 m³ ... Volume para uma caçamba.
Logo:
3 – SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM
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3.1.13 – Preços
3.2 - Providências ao Iniciar uma Obra
3.2.6 – Recrutamento do pessoal técnico, administrativo e operário (sempre que possível utilizar mão
de obra da cidade mais próxima da obra).
3.4 - Almoxarifado
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3.5- Escritório
a) contabilidade
b) seção técnica
c) arquivo
d) sala de fiscalização
e) sala de Engenharia, produção e etc.
Cantina (refeitório)
Guaritas
Oficinas
Salas de lazer
4- MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
a) Máquinas Motrizes: São máquinas que produzem sua própria energia para a execução do trabalho
como, tratores de rodas ou de esteira, compressores, etc. Quando convenientemente equipadas podem
realizar os serviços quaisquer.
b) Máquinas Operatrizes ou Rebocadas: São máquinas que acionadas pelas máquinas motrizes
realizam diretamente o trabalho. Ex.: scraper, escarificadores, compactadores.
4.2 - Potência
4.2.1 – Potência Necessária: É aquela que se precisa para se executar um certo trabalho, seja puxando
ou empurrando uma carga.
4.2.2 – Potência Disponível: É aquela que a máquina pode fornecer para executar um trabalho (máxima
potência da máquina).
4.2.3 – Potência Usável: É a potência que podemos utilizar em cada máquina, limitada pelas condições
locais (superfície do terreno).
a) Esteiras: De modo geral, as esteiras exercem pressões sobre o terreno portante da ordem de 0,5
a 0,8 kg/cm2 aproximadamente, igual à pressão exercida por um homem em pé, sobre o solo.
Fig. 4.1: Unidade de tração montada sobre esteiras metálicas (trator de esteiras)
a) Esforço Trator: É a força que o trator possui na barra de tração (no caso de esteiras) ou nas rodas
motrizes (no caso de tratores de rodas) para executar as funções de rebocar ou de empurrar outros
equipamentos ou implementos.
d) Flutuação: É a característica que permite ao trator deslocar-se sobre terrenos de baixa capacidade de
suporte, sem haver o afundamento excessivo da esteira, ou dos pneus, na superfície que o sustenta.
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e) Balanceamento: É a qualidade que deve possuir o trator, proveniente de uma boa distribuição de
massas e de um centro de gravidade a pequena altura do chão, dando-lhe boas condições de equilíbrio,
sob as mais variadas condições de trabalho (terrenos inclinados).
OBS.: Não possuem grandes velocidades de operação (tabela 4.1), com isto resulta em baixa
produtividade.
o Topografia favorável
o Condições de bom suporte
o Boas condições de aderência.
OBS.: As máquinas de pneu são insuperáveis, tendo velocidade elevada, significando maior produção.
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a) Lâmina fixa ou reta: pode ser observada na Fig. 4.3. Faz apenas movimentos verticais.
Fig. 4.4: Trator de lâmina sobre esteiras implementado com lâmina do tipo angledozer.
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d) Placas para Pusher: utilizada para que uma unidade tratora possa auxiliar a outra (empurrar)
obtendo um ganho de potência, sem danificar a lâmina.
Fig. 4.6: Lâmina do tipo reta adaptada com placa para pusher.
a) Universal - “U”
b) Reta - “S”
c) Angulável - “A”
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d) Amortecedora - “C”
O scraper rebocado consiste numa caçamba montada sobre dois eixos com pneumáticos para
acionamento da lâmina, normalmente tracionado por trator de esteira ou rodas.
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O scraper automotriz ou motoscraper consta de um scraper de único eixo que se apoia sobre
um rebocador de um ou dois eixos, através de um dispositivo chamado pescoço. A razão dessa
montagem reside no ganho de aderência que as rodas motrizes (dianteiras) do trator passam a ter, em
consequência do aumento do peso que incide sobre as mesmas (Peso Aderente).
De acordo com a Fig. 4.11 pode-se observar os principais elementos que compõe a caçamba do
motoscraper:
o Nº 7: Avental
o Nº 8: Ejetor
o Nº 9: Lâmina de Corte
o Nº 10: Pistão Hidráulico
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b) pelo atrito gerado pelo solo em contato com as laterais e fundo da caçamba (externo e
interno). Esses esforços são de 10 a 20 vezes maior que a resistência ao rolamento.
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5) Devido ao pescoço do equipamento (elemento de ligação das partes traseira e dianteira) há uma
melhora significativa da aderência. Porém, há também um menor balanceamento e menor flutuação do
mesmo.
Quando a aderência estiver baixa (patinamento das rodas) ou a potência disponível for
insuficiente para a realização de certos serviços, pode-se usar uma unidade tratora de esteira ou de rodas
para auxiliar no corte/carregamento do motoscraper, onde se denomina esta operação de Pusher.
a) Motoscrapers com 2 motores: esse equipamento possui o eixo traseiro também provido de força
motriz. São denominados de “Twins”, ou seja, motores geminados que funcionam em conjunto
através de um só comando.
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Vantagens:
o maior potência
o maior aderência
o trabalho em rampas mais acentuadas
o maior volume transportado
São as unidades que “escavam” e “carregam” o material para um outro equipamento, que o
transporta até o local da descarga, de modo que o ciclo completo da terraplenagem, compreendendo as
quatro operações básicas, é executado por duas máquinas distintas.
Entende-se como escavar a retirada do material (solo) de seu local original e carregar a
deposição desse mesmo material em outro equipamento para transporte. Estas unidades são
representadas pelas carregadeiras e escavadeiras. Ambas de construção bastante diferente executam as
mesmas operações de escavação e carga.
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4.3.4.1 – Carregadeiras
Chamadas também de pás-carregadeiras podem ser montadas sobre esteiras ou rodas (mais
utilizada) com pneus. Normalmente a caçamba é instalada na parte dianteira e a mesma varia de posição
da escavação até a de descarga (não é “fixa” como as lâminas).
No carregamento, as carregadeiras é que se deslocam, movimentando-se entre o talude e o
veículo e o ciclo compreende dois movimentos de ré e dois a frente.
Fig. 4.18: Pá carregadeira gigante com capacidade da caçamba de 40,5 m³ (72 Ton.).
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4.3.4.2 – Escavadeiras
Dependendo do tipo de trabalho a ser executado, monta-se no “trator” o tipo de lança necessário.
Principais tipo de lanças utilizadas:
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4.3.4.2.1 – Observação
As escavadeiras podem transmitir sua potência a diferentes lanças através de cabos e roldanas
(Fig.4.19) ou através de comandos de pistões hidráulicos de dois sentidos.
Esses modelos hidráulicos são os mais atuais e podem receber três tipos de implementos, a
saber:
Caçamba “Shovel”
Retroescavadeira “Back-Hoe”
Caçamba “Clam-Shell”
Fig. 4.20: Escavadeiras hidráulica do tipo back-hoe (retro-escavadeira) e duas do tipo shovel.
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4.3.6.2 – Vagões
São unidades de grande porte, com grande capacidade volumétrica, geralmente rebocados por
unidades tratoras de pneus, semelhantes aos utilizados nos “motoscrapers”. Executam apenas as
operações de transporte e descarga, sendo carregados por unidades escavo-carregadoras. O volume da
caçamba pode chegar a 102 m3 e o equipamento atinge a velocidade de 60 km/h.
Os vagões diferenciam-se entre si, já que podem fazer a descarga por posições diferentes como
os vagões de:
4.3.6.3 – Dumpers
Equipamento utilizado para serviços pesados. Necessita estrada especial devido a sua baixa
flutuação. Possuem caçambas com capacidade acima de 10 m3 , podendo atingir 100 toneladas de carga
útil com motores até 1000 HP (cavalo vapor).
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Fig. 4.24 e 4.25: Caminhão off-road carregado trafegando sobre estrada de serviço e detalhes de manutenção do
equipamento.
a) maior aproximação e entrosamento das partículas, ocasionando aumento da coesão e do atrito interno
e, em consequência, da resistência ao cisalhamento
Com estas considerações sobre compactação fica evidente que dois fatores são fundamentais
nessa etapa da terraplenagem, são eles:
A compactação do solo se dá através da ação de uma força ou combinações de quatro forças que
atuam simultâneas:
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a) Pressão Estática: na compactação estática, as cargas, em unidades de peso aplicadas por rolos,
produzem forças de resistência ao corte por deslizamento, fazendo com que as partículas se cruzem entre
si. A compactação acontece quando as forças aplicadas rompem o estado natural de ligação das
partículas e as modificam para uma posição mais estável dentro do material. Os chamados rolos
compactadores lisos operam segundo este princípio e seu desempenho é influenciado por quatro fatores:
carga do eixo, largura e diâmetro do rolo e velocidade de operação.
Fig. 4.26: Esquema de cálculo da força de compactação estática através de rolo compactador.
A força linear é a medida do potencial de compactação de um rolo estático. Ela é a força vertical
abaixo do rolo ou das rodas que originam forças de resistência ao corte por deslizamento no solo. Pode
ser calculada dividindo-se o peso do rolo (carga do eixo) pela largura multiplicada por seu diâmetro
(Fig. 4.26). Se expressa em quilos por centímetro (kg/cm) ou libras por polegada linear (Lb/Pol). Quanto
maior a força linear (kg/cm) maior será o potencial de compactação estática da máquina.
b) Impacto: força de compactação muito maior que uma carga estática equivalente. Isto acontece porque
o peso em queda transforma a sua velocidade em energia quando do impacto, gerando uma onda de
pressão para dentro do solo. De 50 a 600 impactos por minuto são considerados de baixa frequência,
como os de marteletes e de compactadores manuais. Entre 1.400 e 3.000 golpes por minuto são de alta
frequência, como os produzidos por compactadores vibratórios.
c) Vibração: é a mais complexa força de compactação. As máquinas vibratórias produzem uma rápida
sequência de ondas de pressão que se espalham em todas as direções, eliminando com eficiência os
vazios entre as partículas a compactar. Quando se aplica pressão, as partículas tendem a se reorientar e
se adensar (menor porosidade).
Os compactadores vibratórios baseiam-se em 3 princípios:
• Força centrífuga
• Amplitude
• Frequência.
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a) Rolo Pé-de-Carneiro
O nome vem do uso que os antigos romanos faziam dos carneiros para compactar as suas
estradas. As manadas de carneiros passavam por cima dos aterros até que se chegava ao grau de
adensamento que achavam suficiente. Acabou se tornando uma denominação genérica para todo tipo de
compactador, o que não é verdade. O pé-de-carneiro é cilíndrico, normalmente com 203 mm (8”) de
comprimento. A face é redonda e o tamanho pode variar de 45 a 116 cm2 (7 a 18 pol2). Os pés no rolo
“tamping” ou no rolo “pad” são cônicos e tem perfil oval ou retangular. Nos rolos de pés cônicos a face
é menor que a base o que faz grande diferença no rendimento do equipamento (melhor autolimpeza).
b) Rolo Vibratório:
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Compactadores vibratórios de rolo com pés trabalham melhor em solos coesivos. Quando os
compactadores de rolo com pés foram lançados, a gama de materiais foi ampliada para incluir solos com
até 50% de material coesivo e maior porcentagem de finos. Quando o pé entra por cima da camada solta,
ele rompe a ligação entre as partículas de material coesivo para conseguir uma boa compactação. Os pés
têm um desenho apropriado para entrar na camada sem levantar a terra e são cônicos para autolimpeza.
A camada típica de material solto para estas máquinas é de 305 a 457 mm (12 a 18”) de espessura.
e) Rolo Pneumático:
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Fig. 4.30: Variação da área de contato e carga aplicada ao solo com a pressão interna dos pneus.
Uma das vantagens dos rolos de pneus é que eles podem ser usados tanto na terra como no
asfalto o que representa uma grande vantagem para o empreiteiro que pode executar as duas operações
com uma só máquina.
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f) Rolos Combinados:
São equipamentos com eixos compostos de tipos diferentes de rolos ou dispositivos. Como
exemplo pode-se citar máquinas tratoras com eixo dianteiro de rolo liso e eixo traseiro pneumático.
g) Rolos Especiais
Pode-se necessitar de rolos para várias funções diferentes que não somente a compactação pura
e simples, como por exemplo, a compactação e espalhamento de detritos em aterros sanitários. Dessa
forma utiliza-se um dispositivo especial para aterros sanitários dotado de lâmina reta e rolos
compactadores com pés.
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Condições do Solo
Fricção Interna
Flexibilidade dos Pneus
Penetração na superfície do Solo
Peso nas Rodas
Pressão dos Pneus
Desenho na Banda de Rodagem dos Pneus
Por Experiência:
A experiência tem demonstrado que para cada polegada de penetração dos pneus, uma máquina
de rodas deve superar um adicional de 15 Kg/t de resistência ao rolamento.
a) Estrada dura, suave estabilizada e pavimentada, que não cede sob peso, e com boa
manutenção: 2,0%
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b) Estrada firme e suave, de terra ou macadame, cedendo sob peso ou apresentando ondulação
e com manutenção razoável: 3,5%
c) Estrada de terra, sulcada, cedendo sob peso, com pouca ou nenhuma manutenção e 25 a 50
mm de penetração dos pneus: 5,0%
d) Estrada de terra, sulcada, cedendo sob peso, sem manutenção, em estabilização, com 100 a
150 mm de penetração dos pneus: 7,5%
É a força de gravidade que deve ser superada ao subir uma ladeira. Ela age contra o peso total
de qualquer veículo de esteiras ou de rodas. Quando uma rampa é ascendente ou adversa, o resultado é
um requisito maior de potência. A resistência de rampa é neste caso, uma força contrária. No caso de
rampa descendente ou favorável, o efeito é uma força auxiliar assistência de rampa.
Pode-se imaginar que a rampa efetiva seria toda a resistência oferecida à máquina para que a
mesma possa executar um serviço qualquer. Dessa forma pode-se dizer que:
Logo a Potência Necessária (Kg) para a realização do serviço deverá ser maior ou igual a
Resistência Total oferecida ao equipamento (Kg ou %).
5.7.1 – Potência Disponível: É a potência que a máquina pode oferecer ao executar um trabalho. Alguns
fatores que a determinam são a própria Potência da Máquina (constante) e a Velocidade (variável). Logo:
5.7.2 – Potência Utilizável (Usável): É a máxima potência que se pode usar de acordo com o local ou
ambiente em que se trabalha. Os principais fatores que a determinam são a Aderência e a Altitude.
a) Aderência:
É a capacidade que tem as esteiras ou rodas de aderirem ao solo, influindo diretamente na força
tratora da máquina. Quanto menor a aderência ao solo menor a força tratora. A aderência é função do
peso distribuído sobre as rodas ou esteiras e das condições do solo, sendo o peso o fator mais importante.
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Fa = Ma x P
Observação: Uma máquina não pode exercer uma tração, em quilos, superior ao peso que ela tem sobre
suas rodas acionadoras ou esteira.
b) Altitude:
Há muitos fatores influenciando simultaneamente cada obra, dessa maneira o executor precisa
saber previamente o máximo possível sobre a mesma de forma a poder “enfrentá-la” com sucesso.
Embora não existiam duas obras exatamente iguais, há várias semelhanças entre algumas, e sabendo
como controlá-las, um empreiteiro conseguirá um bom ponto de partida para resolver seu problema.
Com isso, uma empresa de terraplenagem ou obras de terra deve obter um bom estudo da produção de
seus equipamentos de forma a produzir cronogramas confiáveis e não sofrer com surpresas na fase de
execução.
A produção de uma obra de terraplanagem sofre, principalmente, a influência de alguns fatores
como:
1) Tempo (clima)
2) Material a escavar
3) Eficiência dos equipamentos
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Nesse tipo de obra civil vale ressaltar que o objetivo é sempre o de cumprir a sequência de serviços:
carregamento, transporte, descarga e retorno.
É o tempo gasto pela máquina para executar uma operação completa. Pode ser:
• Fixo: É o tempo gasto em carregamento e descarga, incluindo qualquer manobra que possa ser
necessária (constante).
• Variável: É o tempo de percurso, ou o tempo nas fases de transporte e retorno do ciclo. Este
tempo varia com a distância e com as condições da estrada de transporte ou serviço.
Vários fatores podem interferir em um maior ou menor tempo gasto no ciclo de um equipamento
de terraplenagem. Os principais fatores que aumentam o tempo de ciclo, e consequentemente diminuem
a produtividade são:
6.1.2 – Observações:
São utilizados para modificar os cálculos de produção de modo que os mesmos se ajustem a um
determinado trabalho e as condições locais. Tais fatores variam para cada tipo de máquina usada na obra
e do tipo do solo a ser escavado.
Experiência do operador
Pequenos consertos e ajustamentos
Atrasos pessoais
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1ª – Capacidade da Máquina: O primeiro passo será determinar a capacidade da máquina. Isto será
expresso como a definição da “carga” por ciclo.
2ª – Tempo de Ciclo: O segundo passo será calcular o tempo de ciclo da máquina. Todos os tempos de
ciclo tem quatro etapas, carregamento, transporte, descarga e retorno. Determinando-se o tempo de ciclo,
pode-se calcular o número de ciclos por hora para cada máquina.
3ª – Produção Horária: Calcula-se a produção horária multiplicando o número de ciclos por hora X
carga por ciclo. Isso dá a produção horária com 100% de eficiência. Em seguida, multiplica-se esse
valor pelo fator de eficiência de trabalho (FE) baseado em utilização de tempo e características
específicas.
4ª – Fatores de Correção: Devem-se considerar quaisquer fatores de correção, que podem ser baseados
na competência do operador, métodos de produção, condições do tempo (clima), tráfego nas estradas de
serviço, imprevistos, etc.
o escavação
o ida com a carga até o aterro ou bota-fora
o descarga com levantamento da lâmina
o retorno sem carga até o ponto de partida.
T = Ti + Tr
Onde:
Ti = Tempo de ida
Tr = Tempo de retorno
Tanto o “Ti” quanto o “Tr” podem ser divididos em duas parcelas, a seguir:
tvar = (L – I) / V
N = 60min/T
Ph = C . N . E . F
De acordo com a figura 7.1 pode-se determinar a capacidade da lâmina de um Bull-dozer como
sendo:
tg α = h/b :. b = h/ tg α
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S = (b x h)/2 :. S = h2/(2.tgα)
Então:
V = h2/(2.tgα) . L
Dessa forma:
α) . L . µ
C = V = h2/(2.tgα
Onde:
L = comprimento da lâmina
h = altura da lâmina
α = repouso do material
b = comprimento do material
µ = fator de conversão dos solos
Observações:
i. Para terrenos granulares µ = 0,8 e para terrenos argilosos pode-se trabalhar com µ = 1,0.
ii. Trabalhando em Aclive ou Declive a capacidade de carga da lâmina pode ser corrigida da
seguinte forma:
Tempo Fixo:
Tempo Variável:
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Ph = C . N . E . F
Onde:
No Cálculo dos tempos de ida (TIDA) e dos tempos de retorno (TRET) dos motoscrapers
utilizamos gráficos como os mostrados a seguir.
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3 – Do Gráfico Retardador (figura 8.3): Peso Bruto x Resistência (Rampa Efetiva) → Marcha →
Velocidade
Dessa forma o tempo variável dos motoscrapers pode ser definido por:
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Tempo de Ciclo:
Tabela 8.1: Tabela de tempo fixo para unidades tratoras para pusher.
Para escavações medidas no corte, a produção horária das carregadeiras pode ser determinada
por:
Ph = C . N . F . E . K
O número de ciclo por hora pode ser definido como segue, sendo “T” o tempo de um ciclo
completo (seg).
N = 3600 / T
N = (tc + tt) / tc
Onde:
N: nº. de caminhões
tc: tempo de carga
tt: tempo de transporte
tc = n1 . T ε: Eficiência
ε T: Tempo de um ciclo da escavadeira
n1: Número de caçambas
Q = n1 . q . K n1 = Q/(q . K)
Onde:
n1: Número de caçambas
Q: Capacidade Caminhão
q: Capacidade Caçamba
K: Fator Eficiência da Caçamba da escavadeira
No caso de se adotar o número inteiro imediatamente inferior, haverá ociosidade por parte da
pá-carregadeira e os caminhões basculantes irão governar a produção. Caso contrário, haverá ociosidade
dos caminhões basculantes e a carregadeira irá governar a produção. Na prática, é usual que a
carregadeira governe a produção, pois tal hipótese propicia uma maior fluidez na dinâmica da obra.
O método corrente de dimensionamento de equipes de pá-carregadeira e caminhão basculante é
ineficiente, apresentado as seguintes limitações: (i) permite a ociosidade na operação de equipamentos;
(ii) não considera variações nos tempos de ciclo das operações das máquinas devido às incertezas, por
ser um modelo determinístico; e (iii) não permite ao analista uma compreensão da dinâmica operacional
da equipe dimensionada, dificultando o planejamento da obra. Deste modo, justifica-se a busca de novos
métodos que supram as carências da metodologia corrente.
1) Execução de Valetas
2) Execução de Taludes
3) Espalhamento de Terras
4) Acabamento do Leito de estradas, de Sub-Base e base.
5) Conservação das Estradas de Transporte
6) Espalhamento de Agregados na Fase de Pavimentação
T = (d . n)/(Vm . ε)
Ph = Vm.ε.L / n
L = A. sen θ onde:
18 - Compactação
1) Pressão
2) Impacto
3) Vibração
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4) Manipulação
1) Liso
2) Pneus
3) Tamping
4) Pé de Carneiro
Ph = L x V x E x 10,18
P
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19 – APLICAÇÕES:
19.1 – Calcular a resistência total de um motoscraper que se locomove numa estrada de terra solta com
rampa de 5% (aclive), sabendo-se que o mesmo possui:
Carga coroado: 15,00 m3
Densidade solta do material: 1.580 kg/m3
Peso do Scraper vazio: 16.600 kg
Rampa = 5% aclive
RRA = 1% x PBM × Rampa
RRA = (10 Kg/Ton × 40,30 Ton) × 5 …………………………. RRA = 2.015,00 Kg
RT = RRO + RRA
RT = 4.030,00 + 2.015,00 ....................................... RT = 6.045,00 Kg
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12.2 – Um trator de esteira com peso igual (PBM) a 23.000 kg, opera num aclive de 20%. Deseja-se
saber a sua velocidade máxima de trabalho. Qual a tração máxima utilizável considerando que a máquina
trabalha sobre solo de argila molhada? Qual a rampa máxima de trabalho?
RT = RRO + RRA
RRO = 0 (Trator de Esteira)
RRO + RRA = Fa
RRO = 0
Logo:
RRA = Fa
Como:
12.3 – Calcule a produção diária de um trator de lâmina, que opera em rampa de 15% favorável ao corte
em um bota-fora distando 60,0 m do local do corte. Demais dados do trator e do solo a seguir. O
equipamento trabalha 10 horas/dia.
Comprimento da lâmina (L) = 3,46 m
Altura da lâmina (h) = 1,17 m
Densidade do material solto (γsolta)= 1.450 kg/m3
Densidade do material no corte (γcorte)= 1.690 kg/m3
Ângulo de repouso do material na lâmina (α) = 44°
Velocidade de ida (Vida) = 2,4 km/h
Velocidade de retorno (Vret)= 6,08 km/h
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C” = C . (1 + % Rampa × 6)
C” = 2,46 . (1 + 0,15 . 6) = 4,67 m3
p/ Vida = 2,4 Km/h .......... temos que durante 30” a distância percorrida no tfixo é Dtfixo = 0,66 m/s . 30s
logo: Dtfixo = 19,8m ........... adotar: Dtfixo = 20,0m
Então:
tvar = distância = L - l . 60 = 60 - 20 . 60
velocidade V 1000 2,4 1000
tvar = 1,0’
p/ Vret = 6,08 Km/h ............ temos que durante 30” a distância percorrida no tfixo = 1,68 m/s . 30s
Então:
tvar = distância = L - l . 60 = 60 - 50 . 60
velocidade V 1000 6,08 1000
Dessa forma:
Produção da Máquina:
Ph = C × N × E × f
Ph = 4,67 × 28 × 0,83 × 0,86 .................................. Ph = 93,34 m3/h
Produção Diária
PD = Ph x Htrab
PD = 93,34 m³/h . 10 h ........................................... PD = 933,40 m3/dia
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12.4 – Dimensionar o equipamento, o tempo gasto para executar o serviço e a distância media de
transporte do trecho, considerando-se que o empreiteiro trabalha em material de dificuldade média de
corte (F = 0,8) com uma escavadeira do tipo shovel (E = 0,5 e K = 0,9) e vários caminhões, ambos
trabalhando 10 horas por dia.
Dados:
Fazendo:
N = 60/T = 3600/26 = 138,46 = 138 ciclos/h
Tempo de Transporte
t VOLTA = Distância/Veloc.VOLTA
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Então:
TTOTAL = (TC + tIDA + tVOLTA + tdesc)/E
Adotando para os caminhões: tdescarga = 180"
Nº de Caminhões
Duração Serviço
Nº horas = Volume total/Ph = 30.000 m³ / 149,04 m³/h = 201,29 horas ................. Nº = 201 horas
Onde:
Dfixa = 1,0 km
d1 = desq = (est.200 – est.100) . 20m = 100 . 20 = 2000m = 2,0 km
d2 = ddir = (est.600 – est.200) . 20m = 400 . 20 = 8000m = 8,0 km
Então:
Dmt = [1,0 Km + (6000 . 2,0 + 24000 . 8,0)]/(6000 + 24000) = 7,8 Km
Dmt = 7,8 Km
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Onde:
d = 60 km
n = 6 passadas
E = 0,80
Então:
T = (d . n)/(Vm . E) = (60 . 6)/(8,61 . 0,80) = 52,26 h .................. T = 52,26 horas
Logo:
Ph = (8610 . 0,80 . 1,90)/6 = 2181,20 m²/h .................... Ph = 2181,20 m²/h (p/ uma moto niveladora)
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