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19/01/2021

Introdução à Pesquisa Operacional


Universidade Federal do Tocantins
Câmpus Universitário de Gurupi Objetivos
Curso de Engenharia Florestal
Disciplina: Pesquisa Operacional Aplicada à Engenharia Florestal
• Ao final da aula, objetiva-se que o aluno possa:

• Compreender o conceito de Pesquisa Operacional (PO)

Aula 01.Introdução à Pesquisa • Conhecer a natureza e o impacto da PO


Operacional • Compreender a importância da aplicação da PO na engenharia
Saulo Boldrini Gonçalves florestal

Introdução à Pesquisa Operacional Introdução à Pesquisa Operacional

O que é Pesquisa Operacional? O que é Otimização?


Pesquisa Operacional é a aplicação de métodos  Otimizar é melhorar o quanto pudermos.
científicos a problemas complexos para auxiliar no
processo de decisão, tais como planejar, projetar e  Até a situação na qual “se melhorar, estraga”.
operar sistemas em situações que requerem alocações
eficientes de recursos escassos.  Melhorar só é possível se temos escolha (alternativas).

Sinônimos
 Otimização Florestal ( Forest Optimization ) TÉCNICA DE
 Ciências da Administração ( Management Science ) OTIMIZAÇÃO
 Ciência da Decisão ( Decision Science )

ALTERNATIVAS ALTERNATIVA ÓTIMA

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O que é Otimização? O que é Otimização?

 Sabemos dizer se uma alternativa é melhor (ótima) que  A alternativa ótimas será aquela cujo valor da função
outra quando temos um critério. matemática atinge um valor extremo (máxima ou mínimo),
ou seja, o melhor possível.
 Como se fosse uma nota, com isto, o critério vira uma
função matemática

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O que é Otimização? O que é Otimização do Uso de Recursos Florestais?

 Substituição de máquinas e equipamentos

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O que é Otimização do Uso de Recursos Florestais? O que é Otimização do Uso de Recursos Florestais?

 Substituição de povoamentos florestais  Sistemas agroflorestais

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O que é Otimização do Uso de Recursos Florestais? O que é Otimização do Uso de Recursos Florestais?

 Desdobro de toras  Uso múltiplo

Venda

Tora

Lenha

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O que é Otimização do Uso de Recursos Florestais? O que é Otimização do Uso de Recursos Florestais?

 Regulação florestal  Distribuição de tarefas/pessoas

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O que é Otimização do Uso de Recursos Florestais? O que é Otimização do Uso de Recursos Florestais?

 Melhor/menor caminho  Atender demandas a partir de diferentes ofertas

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Como Otimizar o Uso de Recursos Florestais? Como tudo começou...

Atividades militares nos primórdios da segunda Guerra mundial

 Necessidade premente de se alocar de forma eficiente os


escassos recursos (tropas, munição, remédios, etc.) para
diversas operações militares

 Os comandos militares britânicos e norte-americanos


convocaram grande número de cientistas para aplicar uma
abordagem científica para lidar com estes e outros problemas
táticos e estratégicos
 Estas pesquisas foram fundamentais na vitória!!

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Depois que a Guerra acabou... Impacto da Pesquisa Operacional


 O sucesso da PO despertou interesse fora do ambiente militar  A PO deu contribuição significativa no aumento da
produtividade das economias de diversos países.
 No início dos anos de 1950, a PO havia sido introduzida em
uma diversidade de organização nos setores comercial,  Criou-se federações internacionais de PO, conferências
industrial e governamental internacionais e jornais científicos.

MOTIVOS?
 Melhoria das técnicas de PO durante este período
 Revolução computacional

19 http://ifors.org/what-is-or/ 20

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Algumas aplicações da Pesquisa Operacional 1. Definir o problema e coletar dados


Organização Aplicação Ano Economia
Anual (US$) 2. Formular o modelo matemático para
Monsanto Corp. Otimizar operações de 1985 2 milhões representar o problema
produção nas fábricas
químicas para atender
objetivos de produção a 3. Desenvolver um procedimento computacional a
um custo mínimo fim de derivar soluções para o problema a partir do
Yellow Freight Otimizar o desenho de 1992 17,3 milhões modelo
System, Inc. uma rede nacional de
transporte rodoviário e
4. Testar o modelo e aprimorá-lo se necessário
suas rotas
Digital Equipment Reestruturar a cadeia 1995 800 milhões
Corp. global de abastecimento 5. Implementar
de fornecedores, fábricas,
centros de distribuição
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HILLIER, S.F.; LIEBERMAN, G.J. Introdução à pesquisa


operacional. 8 ed. Porto Alegre: Mcgraw Hill, 2008.
830p.
Dúvidas?
Saulo Boldrini Gonçalves
sauloboldrinig@uft.edu.br

GOLDBARG, M. C.; LUNA, H. P. L. Otimização


Combinatória e Programação Linear: modelos e
algoritmos. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
518p.

23 Gurupi - TO, 2018

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1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA E COLETA DE DADOS 1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA E COLETA DE DADOS


• A maioria dos problemas práticos enfrentados pelas equipes • Os dados são necessários para um entendimento preciso do
de otimização: imprecisa e vaga problema e para formular o modelo matemático

• Desenvolver um enunciado bem desenvolvido do problema a • As equipes de PO investem uma grande quantidade de tempo
ser considerado coletando dados relevantes sobre o problema
 Objetivos apropriados
 Recursos disponíveis • Grande parte dos dados são necessárias para se ter um
 Atividades entendimento preciso sobre o problema como também para
 Limite de tempo para a tomada de decisão fornecer a entrada necessária para o modelo matemático
 Alternativas
É difícil obter uma resposta “correta” a partir de um problema “incorreto”!

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1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA E COLETA DE DADOS 2. FORMULANDO UM MODELO MATEMÁTICO


• Problemas na coleta dos dados • Construir um modelo que represente a essência do problema
 Grande parte estará indisponível (nunca foram coletados) • Mas o que é um modelo matemático?
 Dados desatualizados
 Estimativas grosseiras baseadas em conjunturas
 Excesso de banco de dados

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2. FORMULANDO UM MODELO MATEMÁTICO 2. FORMULANDO UM MODELO MATEMÁTICO


• Se houver n decisões quantificáveis a serem feitas, serão • Quaisquer restrições nos valores que podem ser atribuídos a
representadas na forma de variáveis de decisão (digamos essas variáveis de decisão são expressas de forma matemática
𝑥1 , 𝑥2 , …, 𝑥𝑛 ) cujos valores devem ser determinados (desigualdades ou equações)

• A medida de desempenho apropriada (critério), por exemplo,


𝑥1 + 3𝑥1 𝑥2 + 2𝑥2 ≤ 50
o lucro, é expressa como uma função matemática dessas
𝑥2 ≥ 8
variáveis de decisão, essa função é chamada de Função
objetivo
• As constantes (coeficientes e lados direitos) na função objetivo e
nas restrições são denominadas parâmetros do modelo
𝑃 = 3𝑥1 + 5𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛

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2. FORMULANDO UM MODELO MATEMÁTICO 2. FORMULANDO UM MODELO MATEMÁTICO


O modelo matemático nos diz que: Algumas considerações...

O problema é escolher os valores das variáveis de decisão de forma • Um modelo é uma abstração do problema, de forma que se
a otimizar a função objetivo sujeito às restrições especificas. requer aproximações e suposições simplificadas caso queira que
o modelo seja tratável (capaz de ser resolvido).

• Cuidado para garantir que o modelo seja uma representação


Um modelo deste tipo, e pequenas variações dele, tipifica os válida do problema.
modelos usados em otimização
• Equilíbrio entre a precisão e a tratabilidade (capaz de ser resolvido).

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2. FORMULANDO UM MODELO MATEMÁTICO 3. DERIVANDO SOLUÇÕES A PARTIR DO MODELO


• Desenvolver um procedimento (normalmente baseado em
computador) para obter soluções para o problema a partir do
modelo.
• Um algoritmo (procedimento de solução sistemático) da PO é
aplicado em um computador usando um software disponível no
mercado.

• A otimização busca a solução ótima (otimalidade) ou a melhor


solução possível (subótima).
MÉTODOS
EXATOS
MÉTODOS
APROXIMATIVOS
(Heurísticas)
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3. DERIVANDO SOLUÇÕES A PARTIR DO MODELO 3. DERIVANDO SOLUÇÕES A PARTIR DO MODELO

Um modelo é uma simplificação e não uma representação exata do Análise de Pós-Otimalidade


problema real, não pode existir nenhuma garantia utópica de que a
solução ótima para o modelo se comprovará como a melhor Análise feita após encontrar-se uma solução ótima, pode ser
solução possível que poderia ser implementada para o problema entendida como uma análise do que aconteceria á solução ótima
real. se fossem feitas suposições diferentes.
Envolve conduzir uma análise de sensibilidade para estabelecer
Isso requer uma análise adicional! quais parâmetros do modelo são mais críticos (os “parâmetros
sensíveis”) na determinação do problema.
ANÁLISE DE PÓS-OTIMALIDADE
(Análise de Sensibilidade) Parâmetros sensíveis: São os parâmetros cujos valores não podem
ser modificados sem se alteras a solução ótima.
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3. TESTANDO O MODELO 5. IMPLEMENTAÇÃO

• Antes de usar o modelo, ele deve ser testado para identificar e • Colocar em prática a solução encontrada.
corrigir o maior número possível de falhas • Correção de falhas que venham a ser descobertas.
• Este processo de teste e aperfeiçoamento de um modelo para • Obter um feedback de como o sistema vem-se comportando e
aumentar sua validade é denominado validação de modelos se as suposições do modelo continuam a ser satisfeitas.

Modelo válido Se o modelo for ser usado repetidamente, um sistema bem


Aplicabilidade da solução,
“sem falhas” e se os valores documentado deve ser instalado: procedimento de solução (inclui a
são aceitáveis, apesar das análise de pós-otimalidade) e os procedimentos operacionais para
Modelo inválido restrições implementação.

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RESUMINDO... REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HILLIER, S.F.; LIEBERMAN, G.J. Introdução à pesquisa


operacional. 8 ed. Porto Alegre: Mcgraw Hill, 2008.
830p.

GOLDBARG, M. C.; LUNA, H. P. L. Otimização


Combinatória e Programação Linear: modelos e
algoritmos. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
518p.

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Dúvidas?
Saulo Boldrini Gonçalves
sauloboldrinig@uft.edu.br

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