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MODELO

INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 25/2021 – PMV - JUSTIFICATIVA


O Município de----- – PMV comunica os seguintes atos:
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº ------ - PMV
PROCESSO DE COMPRA Nº ------ - PMV
OBJETO: CONTRATAÇÃO DO ARTISTA PLÁSTICO/ESCULTOR WERNER THALER PARA
CONFECÇÃO DE MONUMENTO REPRESENTANDO A CONSTRIBUIÇÃO DO CABOCLO E DOS
INDÍGENAS NA FUNDAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE VIDEIRA, PARA A PRAÇA DO
CONHECIMENTO, LOCALIZADA NA ETAPA 3 DO PARQUE LINEAR DO RIO DO PEIXE.
JUSTIFICATIVA DA COMPRA: “Faz-se necessário a contratação por inexigibilidade de licitação de
escultor para a elaboração, execução e montagem de monumentos que apresentam o caboclo e a índia,
representando a população que habitava a região do Município de Videira, anterior a sua fundação,
apresentando ao povo e trazendo ao conhecimento a história da colonização do Município de Videira, as
imagens estarão locadas na Praça do Conhecimento, conforme projeto original do Arquiteto Artur
Brandalise Neto. O monumento composto de Resina de Poliéster c/ fibra de vidro, concreto, massa graute e
aço, pintado na cor de bronze envelhecido, utilizando-se tintas automotivas (fundo PU, tintas poliéster e laca,
verniz PU altos sólidos e verniz PU fosco, devem seguir regiamente o perfil desenhado pelo artista Werner
Thaler, com pequenas adaptações de montagem, segundo o interesse estético. Conforme projeto apresentado
pelo escultor as imagens representam personagens nos seus afazeres cotidianos, serão monumentos com a
imponência e o formato que se espera, visível dentro do conjunto da praça tornando-os novos cartões-postais
do município.
O currículo do escultor Werner Thaler apresenta a formação como aprendizado inicial com o escultor
Andrä Thaler, Escola de escultura de Elbigenalp - Tirol - Áustria, 1985/ 1986, Estágio Atelier Rudolf
Geisler-Moroder, Áustria, 1986, apresenta várias obras distribuídas pelo Brasil e outros países, destacando-
se Pietá (Madeira 1,10 m. altura) Clube Dores, Santa Maria/RS; Monumento Jesus 2000 (Concreto – 4,7 m.
altura), Praça 2000, Treze Tílias/SC; Estátua “Dr Orly Labarthe Alves” (Bronze – 1,90 m) – Esmeralda –
RS, Monumento aos Colonizadores Italianos, Resina, 2,50 m – Arroio Trinta SC; N. Senhora da Ressacada
1,10 m – Avaí Esporte Clube – Florianópolis – SC; Monumento Sto Antônio, 2, 20 m – Macieira – SC, entre
obras em igrejas destaca-se: Jesus Ressuscitado 1,90 m - Votorantim/SP; N. Sra. Imaculada Conceição e S.
Rita de Cássia 1,90 m, Sto. Antônio e São Francisco 1,50 m , Conjunto de Via-Sacra - Santuário Santa Rita
de Cássia, Sorocaba/SP; Jesus Ressuscitado 1,30 m - Igreja Rio das Antas/SC; N. Sra. Do Bonsucesso 1,20 m
e Conjunto de Via Sacra - Paróquia N. Sra. do Bonsucesso, Guaratuba/PR; Jesus Ressuscitado 1,60 m -
Paróquia Jundiaí/SP; Jesus Ressuscitado 2,50 m, N. Sra. Rainha da Paz 1,20 m, Via Sacra 0,90 m - Paróquia
N. Sra. Rainha da Paz, São Paulo/SP; Crucifixo 1,80 m, S. Judas Tadeu 1,70 m, N. Sra. Das Graças 1,70 m -
Paróquia São Judas Tadeu - Brasília/ DF; S. Antônio 1,60 m - Catedral Metropolitana, Sorocaba/SP; Frei
Galvão 1,65 m - Catedral Metropolitana – Sorocaba – SP; S. Daniel Comboni – 80 cm – Vitória – ES; S.
Francisco c Jesus Crucificado, madeira, tamanho total 2,40 m. - Primavera do Leste – MT; S. Francisco
Barroco (policromado) – Santuário de S. Francisco de Assis – Brasília – DF; Senhor Bom Jesus, 2.00m,
resina c/ Fibra de vidro – Guarapuava PR.
Obras no exterior: Crucifixo 1,00 m. corpo exposto ao ar livre em Wattenberg, Tirol, Áustria; Sagrada
Família encomendada pela Diocese de Joaçaba-SC e entregue ao Papa João Paulo II, Vaticano; Nossa
Senhora dos Prazeres encomendada pela Diocese de Lajes-SC e entregue ao Papa João Paulo, Vaticano;
Bailarina esculpida em madeira – obra entregue ao Balé Bolshoi, pelo Gov. Luiz Henrique da Silveira –
Moscou – Rússia; Imagem do Cristo Redentor, 80 cm. (encomenda) - Cidade do México – México; Imagem
de D. Bosco, 80 cm. (encomenda) - Cidade do México – México; Imagem S. Zygmunt Felinski – Irmãs da
Sagrada Família – Polônia.
O escultor Werner Thaler apresenta atestados que os trabalhos foram entregues e comprovando capacidade
técnica com a utilização dos materiais propostos, bem como as dimensões dos Monumentos construídos.
A aquisição destas estátuas tem como finalidade a composição do projeto da praça, também difundir a
produção artística de Santa Catarina, democratizando a arte e promovendo o reconhecimento de seus atores.
Como fundamento dessas aquisições está pautado na individualidade e exclusividade do artista; o setor
artístico apresenta traços marcantes em cada profissional, não havendo assim, a possibilidade de
competição, pois não temos elementos quantificáveis para mensuração e comparação entre os mesmos
devido a suas singularidades.
A Lei Federal nº 8.666/93, em seu art. 25, inc. III disciplina este tipo de contratação, cujo conteúdo descreve:
“Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
III – para a contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário
exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.”
A respeito disso, Marçal Justen Filho alerta que:
“tal medida se destina a evitar contratações arbitrárias, em que uma autoridade pública pretenda impor
preferências totalmente pessoais na contratação de pessoas destituída de qualquer virtude. Exige-se que ou
a crítica especializada ou a opinião pública reconheçam que o sujeito apresenta virtudes no desempenho
de sua arte” (Comentários à lei de licitações e contratos administrativos. 3 ed. Rio de Janeiro : Aide, 1994,
pp. 170 e 172). (negritamos)
O saudoso mestre Hely Lopes Meirelles, em sua obra “Licitação e Contrato Administrativo”, assim trata a
cerca do assunto, senão vejamos:
“A atual lei, endossando a doutrina, que equipara os trabalhos artísticos aos serviços técnicos profissionais
especializados (cf. cap. II, item 3.2.2), prescreve a inexigibilidade de licitação para a contratação de
profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de seu empresário. O essencial para
legitimar a dispensa do procedimento licitatório é que o artista seja consagrado pela crítica especializada
ou pela opinião pública.” (Licitação e Contrato Administrativo – 14ª edição, atualizada por Eurico de
Andrade Azevedo e Vera Monteiro, 2ª tiragem – página 127) (negritamos)
Os ilustres juristas BENEDICTO DE TOLOSA FILHO e LUCIANO MASSAO SAITO, em sua obra
denominada “Manual de Licitações e Contratos Administrativos”, ensina que:
“A hipótese de inexigibilidade para contratação de artista é a mais pacífica, desde que o escolhido,
independentemente de estilo que, diga-se de passagem, é muito subjetivo, seja consagrado pelos críticos
especializados e pelo gosto popular. O artista tem que ser conhecido, mas não precisa, necessariamente ser
excepcional. Com a grande extensão territorial e o regionalismo de cultura existente no Brasil, com o
afloramento regionalizado de tradições e de folclore, o conceito de consagração popular deve ser tomado
de forma particularizada, isto é, um artista muito popular no norte pode não ser conhecido no sul, sendo,
assim, na sua região a licitação é inexigível”.
Dada a potencialidade criativa ou características intrínsecas do trabalho, não há como estabelecer pontos
mensuradores para estabelecer uma competição que seja julgada através de critérios objetivos, o que não
afasta a possibilidade de haver uma contratação com observância da seleção da proposta mais vantajosa,
dentre outros princípios a ela atrelados. Mesmo cabendo certa discricionariedade na escolha do executante,
nos cercamos de informações que demonstrem a consagração dos artistas, bem como o mínimo exigido para
uma contratação segura e a razoabilidade de um preço justo, conforme conclui Marçal Justen Filho que a
ausência de licitação não equivale a contratação informal, realizada com quem a Administração bem
entender, sem cautelas nem documentação.
Portanto, é possível concluir que dentro das características e performances desejadas, sem qualquer escolha
arbitrária, a inexigibilidade é o meio mais adequado para a contratação do profissional ora citado, tendo em
vista a inviabilidade de competição, dentro de critérios objetivos, entre outros escultores, estes consagrados
pela crítica especializada e ainda assim obtendo um preço justo a ser desembolsado pela Administração.”
É a justificativa apresentada pelo Sr. João Leandro Locatelli Antunes, Secretário de Agricultura e Meio
Ambiente.

VALOR DA COMPRA: R$

FUNDAMENTO: Art. 25, inciso III, e atentando também ao Art. 26 ambos da Lei nº 8.666/93.

Local, data

Secretário de
Gabinete

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