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º 76 — 17 de abril de 2019
b) Acompanhar a implementação dos planos de gestão de pessoal da DGPC, das direções regionais de cultura e
e valorização dos itinerários certificados; do Turismo de Portugal, I. P.
c) Criar e manter atualizada a base de dados dos itinerá- 5 — Para efeitos do número anterior, dois membros são
rios certificados, com a respetiva representação cartográ- designados por despacho do membro do Governo respon-
fica, que diferencia os itinerários ou partes de itinerários sável pela área do turismo e dois membros são designados
de elevado valor histórico e patrimonial, bem como das por despacho do membro do Governo responsável pela
respetivas entidades gestoras. área da cultura.
6 — Um dos membros da Comissão de Certificação é o seu
Artigo 4.º coordenador, sendo eleito pelos membros que a compõem.
7 — Os membros da Comissão de Certificação não
Instituto do Turismo de Portugal, I. P.
auferem qualquer acréscimo remuneratório ou abono pelo
1 — O Instituto do Turismo de Portugal, I. P. (Turismo exercício das suas funções.
de Portugal, I. P.), assegura a promoção dos itinerários do
Caminho de Santiago certificados ao abrigo do presente Artigo 6.º
decreto-lei.
Conselho Consultivo
2 — Cabe ainda ao Turismo de Portugal, I. P., gerir a
marca nacional mista registada sob a denominação «Cami- 1 — O Conselho Consultivo é o órgão de consulta da
nho de Santiago Certificado», detida em regime de com- Comissão de Certificação para as matérias relativas à sal-
propriedade com a DGPC, que se destina ao uso exclusivo vaguarda, valorização e coordenação nacional do Caminho
dos itinerários certificados. de Santiago.
2 — Compete ao Conselho Consultivo:
Artigo 5.º
a) Pronunciar-se sobre as propostas de certificação de
Comissão de Certificação itinerário, bem como da sua cessação;
b) Propor à Comissão de Certificação planos e ações
1 — A Comissão de Certificação é um órgão de natureza
sobre matérias relativas à identificação, salvaguarda e
não permanente, criado junto da DGPC, que coordena,
valorização do Caminho de Santiago;
a nível nacional, os procedimentos de certificação dos
c) Promover com a Comissão de Certificação a coo-
itinerários do Caminho de Santiago.
peração entre as entidades com atuação nos territórios
2 — Compete à Comissão de Certificação, sempre que
abrangidos pelo Caminho de Santiago;
tal lhe seja solicitado pela DGPC:
d) Colaborar com a Comissão de Certificação na iden-
a) Dirigir o procedimento administrativo de certificação tificação de fontes de financiamento para as ações de sal-
de itinerário e apresentar a respetiva proposta de certifica- vaguarda e valorização dos itinerários certificados ou em
ção aos membros do Governo responsáveis pelas áreas do processo de certificação.
turismo e da cultura, bem como da sua cessação;
b) Emitir parecer sobre as candidaturas relativas a investi- 3 — O Conselho Consultivo é composto pelos seguintes
mentos a realizar nos itinerários de Caminho de Santiago, com membros:
recurso a fundos regionais, nacionais ou da União Europeia;
c) Assegurar a articulação entre os itinerários certifica- a) O coordenador da Comissão de Certificação, que
dos, tendo em vista a sua continuidade territorial; preside às reuniões;
d) Promover formas de cooperação entre as entidades b) Um representante de cada uma das comissões de
públicas e privadas para a salvaguarda e valorização patri- coordenação e desenvolvimento regional;
monial e turística dos itinerários do Caminho de Santiago; c) Um representante do membro do Governo responsá-
e) Identificar fontes de financiamento para as ações de vel pela área das autarquias locais;
salvaguarda e valorização dos itinerários certificados, bem d) Um representante da Associação Nacional de Muni-
como em processo de certificação; cípios Portugueses;
f) Aprovar os relatórios previstos na alínea d) do n.º 2 e) Um representante da Associação Nacional de Fre-
do artigo 7.º guesias;
f) Um representante das Infraestruturas de Portugal, I. P.;
g) Um representante do Instituto da Conservação da
3 — Compete ainda à Comissão de Certificação propor
Natureza e das Florestas, I. P.;
às entidades competentes:
h) Um representante de cada uma das entidades regio-
a) Ações de sinalização, conservação e reabilitação do nais de turismo;
Caminho de Santiago, bem como do património cultural i) Um representante de cada uma das direções regionais
associado; de cultura;
b) Ações de promoção cultural e turística do Caminho j) Dois representantes de associações nacionais de pe-
de Santiago no plano nacional e internacional; regrinos jacobeus;
c) Ações de salvaguarda e valorização do enquadra- k) Um representante da Federação Portuguesa do Ca-
mento paisagístico e ambiental dos itinerários de Caminho minho de Santiago;
de Santiago, incluindo a alteração, revisão ou elaboração l) Dois representantes da Igreja Católica;
de instrumentos de gestão do território. m) Um representante da Sociedade Anónima de Xestión
do Plan Xacobeo.
4 — A Comissão de Certificação é composta por quatro
membros, com competências técnicas na área da cultura 4 — Podem ainda participar nas reuniões do Conselho
ou do turismo, designados por um período de três anos, Consultivo representantes de outras entidades propostas
renovável, de entre os trabalhadores que integram o mapa pela Comissão de Certificação, desde que a sua partici-
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pação seja aprovada por maioria dos representantes com 6 — Finda a fase de instrução do procedimento e au-
assento no Conselho Consultivo. diência dos interessados, a Comissão de Certificação for-
5 — O Conselho Consultivo reúne sempre que for con- mula, no prazo máximo de três meses a contar da data
vocado pelo coordenador da Comissão de Certificação de apresentação do requerimento de certificação, uma
ou por requerimento subscrito por um terço dos demais proposta de certificação de itinerário, que submete aos
membros referidos na alínea a) do n.º 1, com uma perio- membros do Governo responsáveis pelas áreas do turismo
dicidade mínima anual. e da cultura.
6 — Os membros do Conselho Consultivo não auferem 7 — A proposta de certificação deve ser devidamente
qualquer remuneração, sendo as suas funções exercidas a fundamentada, em conformidade com os critérios de cer-
título gratuito. tificação do itinerário previstos no anexo I do presente
7 — O apoio logístico e administrativo ao Conselho decreto-lei, e identificar com rigor o itinerário objeto de
Consultivo é prestado pela DGPC. certificação.
Artigo 9.º
Artigo 7.º Certificação do itinerário
Entidade gestora
A decisão de certificação do itinerário é aprovada por
1 — Os itinerários certificados do Caminho de Santiago portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas
têm de ter uma entidade gestora. do turismo e da cultura, na sequência da proposta de certi-
2 — Compete à respetiva entidade gestora: ficação submetida pela Comissão de Certificação.
a) Apresentar o requerimento de certificação de itinerário; Artigo 10.º
b) Preparar e implementar o plano de gestão e valori-
zação do itinerário; Efeitos da certificação
c) Assegurar o cumprimento dos critérios de certificação 1 — A certificação do itinerário produz os seguintes
do itinerário previstos no anexo I do presente decreto-lei; efeitos:
d) Apresentar trienalmente, à Comissão de Certificação,
um relatório que evidencie a continuidade da observância a) Reconhecimento do interesse público dos itinerários;
dos critérios de certificação do itinerário, contando-se este b) Direito ao uso da marca «Caminho de Santiago Cer-
prazo a partir da data de entrada em vigor da portaria de tificado»;
certificação do respetivo itinerário. c) Acesso a financiamento destinado à salvaguarda e
valorização do Caminho de Santiago;
3 — Pode ser entidade gestora de um itinerário qualquer d) Acesso a divulgação e promoção nos canais de comu-
entidade pública com interesse na respetiva certificação, nicação nacionais e internacionais tutelados pelas áreas do
designadamente municípios, comunidades intermunicipais turismo e da cultura, designadamente em sítio na Internet
ou freguesias, bem como associações e fundações sem fins a criar pelo Turismo de Portugal, I. P., relativamente ao
lucrativos ou organizações religiosas e eclesiásticas. Caminho de Santiago em Portugal.
2 — Símbolo identificativo do Caminho de Santiago: 3 — Símbolo de direção: seta amarela sobre fundo azul.
concha/vieira amarela sobre fundo azul.
4.2 — Vertical: