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O javali e a raposa
A raposa estava a passear pela floresta quando encontrou um javali selvagem que parecia estar a afiar os dentes numa
árvore. A raposa observou-o à distância pois tinha consciência de que aquele javali devia ser tratado com algum respeito. Mas a sua
curiosidade acabou por ser mais forte e ela aproximou-se dele. Não havia qualquer dúvida, o javali selvagem estava mesmo a afiar
os dentes.
– Peço desculpa por perguntar, mas podes dizer-me porque é que estás a afiar os dentes? – inquiriu a raposa de forma
educada. – Não há caçadores por aqui hoje e não vejo mais nenhum perigo que ameace um animal como tu.
– É verdade, minha amiga, mas os caçadores regressarão e qualquer outro perigo pode ameaçar-me de repente e nessa
altura será demasiado tarde para eu afiar os dentes – e voltou para a sua tarefa.
A raposa acenou com a cabeça, pois percebeu a sensatez daquelas palavras, e seguiu o seu caminho a pensar que o javali
selvagem era muito prudente.
Fiona Waters, 2011. As fábulas de Esopo. Trad. Bárbara Maia. Porto: Civilização Editora (p. 64)
2. “A raposa acenou com a cabeça, pois percebeu a sensatez daquelas palavras, e seguiu o seu caminho a pensar que o javali
selvagem era muito prudente.” Concordas com a conclusão da raposa? Justifica a tua opinião, utilizando uma razão para a tua
escolha.
3. Explica, por palavras tuas, o provérbio “Uma pessoa prevenida vale por duas”, presente no último parágrafo do texto.
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