Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Assistente de PCP
Assistente de PCP
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO
Diretora: Priscilla Marques Carneiro
EQUIPE TÉCNICA
Aline Fernandes de Oliveira
Erick Thadeu Gonçalves Miranda
Natalia Schultz de Souza
Patrick Cunha Peluchi
Tiago da Macena
FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA............................................................................................................5
LOGÍSTICA
EMBALAGENS..................................................................................................................................... 13
ARMAZENAGEM.................................................................................................................................. 18
TRANSPORTES.................................................................................................................................... 22
MATEMÁTICA APLICADA
PLANILHA ELETRÔNICA..................................................................................................................... 28
REDE DE COMPUTADORES E SOFTWARES ESPECÍFICOS............................................................ 39
REGRA DE TRÊS SIMPLES E MEDIÇÃO........................................................................................... 43
CUSTO....................................................................................................................................................57
LOGÍSTICA INDUSTRIAL
ARMAZENAGEM................................................................................................................................ 178
PRODUÇÃO
Histórico
Você já se perguntou por quea logística é tão importante para o mercado? O que ela faz
de tão írnpactante que a transforma em um dos melhores ramos profissionais para se trabalhar?
Para responder essa questão, vamos entender um pouco da sua história, os conceitos e
como tudo começou.
Desde a antiguidade, a logística já era utilizada na área militar para controlar seus exércitos
e operações como abastecimento de recurso, local onde seriam instaladas as bases para que
ficassem próximas de rios, assim teriam água como suprimento. Ela era usada também para
posicionar as tropas, na criação de estratégias de guerra, no transporte das tropas, armamentos
e carros de guerra pesados aos locais de combate e para isso, eram necessários organização,
planejamento e controle na execução das tarefas.
A palavra “logística” ainda não era utilizada nesta época, pois a maior parte das pessoas
não conhecia o termo. Os termos utilizados normalmente durante o planejamento de uma
guerra era “tática e estratégia”, assim se dividia a arte da guerra. A palavra “Logística” tem
várias origens, mas a principal vem do grego “logistikos” e é derivada do Latim “Iogisticus”.
Segundo GOMES, “em 1888, o Tenente Rogers introduziu a Logística como matéria na
Escola de Guerra Naval dos Estados Unidos da América; entretanto demorou algum tempo para
que estes conceitos se desenvolvessem na literatura militar”.
Perguntas pós-venda
Diante dessas dúvidas, as empresas criaram o serviço de pós-venda, que tem como
finalidade dar ciência da satisfação do cliente, assegurando que o cliente obtenha maior proveito
do que foi adquirido e, claro, possa fazer novos pedidos.
Mais difícil do que conquistar um cliente é mantê-lo.
Definição
Ser um profissional na área Logística tem pontos positivos, assim como pontos a serem
aprimorados. É o que você vai entender agora.
Vimos a origem da palavra Logística e como ela era empregada nos tempos antigos,
agora vamos conhecer sua definição atual.
Atualmente, a Logística é o processo de coordenar, planejar, armazenar e distribuir
produtos desde a saída do fornecedor até o consumidor final, no tempo certo, no local destinado,
na quantidade solidtada, com o menor custo possível.
Sistemas logísticos
Conforme podemos ver na figura a seguir, o objetivo do sistema logístico é integrar os
processos de controle de compras, armazenagem e distribuição, melhorando sua coordenação,
gestão dos fluxos e planejamento.
Controles
Quando se fala em "controle", várias coisas podem vir à cabeça, não é mesmo? E com a
logística, não poderia ser diferente. Os controles no Sistema Logístico servem justamente para
melhorar o andamento da operação, desde a saída do produto do fornecedor até a entrega no
cliente final, como Ihes foi citado um pouco mais atrás.
Trata-se de comparar o que foi planejado com o que foi executado. A estratégia para
esses controles dividem-se em:
a) Definição de metas e padrões de desempenho: essa etapa define até que ponto a
empresa vai se posicionar no mercado. Normalmente, todas querem chegar a um nível elevado,
superior ao de seus concorrentes, isto também implica em custos elevados. Por este motivo,
é fundamental planejar estes padrões de desempenho de acordo com a estratégia adotada
pela empresa. A estratégia deve ser compatível com seu modo de atuação e como a empresa
pretende alcançar o nível desejado no mercado.
b) Medidas de desempenho: essa medida tem por finalidade obter todas as informações
necessárias sobre o desempenho das atividades logísticas dentro da empresa, levando em
consideração os pontos falhos e a estrutura do processo. A avaliação destas atividades pode ser
feita comparando os indicadores com os resultados. lembrando que estes indicadores devem
envolver toda atividade logística da empresa como tempo e prazos de entrega, movimentação
de materiais, ciclo do pedido, custo de estoque, percentual de avarias, tempo de fabricação.
c) Ações corretivas: tendo em mãos os resultados obtidos pelo desempenho das atividades,
é hora de fazer a comparação dos dados com as metas, e medidas de desempenhos definidos
nas ações anteriores. Caso haja divergência, executa-se uma ação corretiva, exemplo: a
resolução do problema ocorrido com o primeiro desafio de J. Barbosa. Isso fará com que o
acompanhamento dos processos logísticos seja constante, tornando-os transparentes aos
gestores da empresa.
Fique alerta!
Cuidado na hora de controlar a distribuição de mercadorias. Uma roteirização mal feita
pode resultar numa série de custos desnecessários como aumento da rota, aumento do consumo
de combustível e insatisfação do motorista.
Tendências
Você conhecerá agora algumas tendências da logística que estão mudando a maneira de
consumo da sociedade em que vivemos. Não acredita? Veremos agora:
a) Globalização: Esta é a primeira tendência. Trata-se de um processo de integração
soclal, política, social e cultural de diferentes países. As características mais marcantes deste
processo é a unlversalização da produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços
e vem acelerando cada vez mais com o avanço da tecnologia.
O Brasil possui uma economia bem aberta ao mercado internacional; diariamente vemos
diversas marcas internacionais em nosso dia a dia, em lojas, shoppings, avenidas, etc,
Fazer parte do processo de globalização tem suas vantagens e desvantagens.
Bom, já que falamos de Globalização, que tal vermos um pouco mais este mercado?
Trataremos agora de uma tendência que utiliza uma ferramenta que interliga todos os cantos
do mundo. Consegue imaginar que ferramenta seria esta?
Se você respondeu Internet, acertou! A tendência a qual nos referimos é chamada de
e-commerce e significa comércio virtual. Veremos a seguir:
a) E-commerce: Esta prática nada mais é do que as operações comerciais de compra e
venda pela Internet. É grande a quantidade de sites que fazem este tipo de prática, sempre com
foco na satisfação do cliente e em rapidez nas entregas por um custo mais razoável que o do
mercado comum.
b) Rastreamento por Radiofrequência (RFID): Ferramenta bastante utilizada nas
empresas em diversos setores. O Almoxarifado, por exemplo, é aquele que mais utiliza esta
ferramenta para realizar inventários. O setor usa do leitor óptico para facilitar a contagem dos
materiais e transmitir a informação diretamente ao sistema. O RFID também é utilizado para
outras finalidades como:
Tecnologias RFID
Níveis de serviço
O nível do serviço logístico é a qualidade na gestão do fluxo de bens e serviços, em que
através desta gestão, obtém-se o resultado da operação. Isto se deve a todo esforço logístico
dentro da organização e será um diferencial que tornará a empresa bastante competitiva no
mercado, como diferencial estratégico.
O serviço oferecido tem que ser eficiente e eficaz, mantendo o foco na satisfação do cliente,
promovendo a disponibilidade do produto e serviço; níveis de estoque e tempo consumido no
ciclo de pedidos; garantindo a confiabilidade na entrega, na quantidade e no tempo correto.
São vários os “fatores” que podem levar a empresa a ter um diferencial no mercado,
mesmo com tantos concorrentes à sua volta. Veremos a seguir:
a) Atendimento ao cliente: este setor deve ser o primeiro a oferecer este serviço
diferenciado, pois, é o cartão postal da empresa. Tem que se mostrar disposto a resolver os
problemas e atender ao consumidor sempre de forma sutil, mostrando ser confiável.
b) Gestão da Organização: o gestor precisa estar a par dos assuntos ligados às operações
e às pessoas que a compõem. Colaborador satisfeito é a certeza da prestação de bons serviços.
c) Motivação ao colaborador: A organização e o colaborador devem buscar a capacitação
a fim de torná-lo cada vez mais competente para desenvolver suas funções, aprimorando seus
procedimentos, melhorando seu fluxo operadonal com dinamismo, proatividade, atenção às
suas tarefas e aos clientes.
d) Garantia de entrega; entregar o produto no tempo certo e na quantidade solicitada,
mantendo a integridade do mesmo e, quando isto não puder acontecer, que o cliente seja
informado previamente do ocorrido. Cliente que recebe “follow up2” com frequência dificilmente
irá procurar a empresa para reclamar ou fazer má propaganda da companhia para seus
parceiros.
2 Follow up: significa acompanhar ou fazer acompanhamento ou avaliação do que já foi feito. Este termo
é muito comum nos setores Comerciais e de Compras.
Lead time
Com o crescimento dos sistemas de produção, as empresas têm investido cada vez mais
em técnicas administrativas como implantação de procedimento interno, metas de organização,
padronização de limpeza e conservação do ambiente de trabalho, metas e prazos para cada
atividade, etc.
Em qualquer uma dessas metas, é preciso analisar o tempo de execução a fim de reduzí-
lo. Assim o lead time se torna ferramenta fundamental destas análises.
O termo possui várias definições, mas para o diretor-presidente do jornal São Paulo
Shimbun, Gilberto Kosaka, o lead time tem definições diferenciadas de acordo com cada área
da empresa, por exemplo:
EMBALAGENS
Evolução da embalagem
Tipos de embalagens
Antes de conhecermos alguns tipos de embalagens, vamos entender primeiro sua
definição e para que servem.
Uma embalagem é um recipiente que envolve ou armazena produtos temporariamente,
com o objetivo de melhorar as condições de transporte, distribuição e armazenagem, garantindo
a conservação dos mesmos.
Servem para proteger o conteúdo, fornecer informações sobre as formas de manuseio,
além de exibir várias informações sobre o produto (peso, quantidade, ingredientes, composição,
etc.).
Na logística, normalmente os produtos são embalados em caixas de papelão, madeira,
sacos ou barris, para maior eficiência no manuseio. O peso, a dimensão e a fragilidade das
embalagens utilizadas nas operações de linhas de produção determinam as necessidades de
manuseio e de transportes.
Agora que você já sabe o que é uma embalagem e como pode ser utilizada, vamos aos
tipos:
a) Embalagem primária: são recipientes que se encontram em contato direto com o
produto, exemplo: frascos, blisters de remédios, bisnagas, garrafas, etc.
Embalagem primária
Embalagem secundária
Embalagem terciária
Pallet: Peça de madeira, metal ou plástico que é utilizada para movimentação de embalagens.
Para que o entendimento fique ainda mais claro, juntamos os três tipos de embalagem em
uma única figura. Veja abaixo.
Função da embalagem
Você deve estar se perguntando: mas eu acabei de ver o que é embalagem e o seu
objetivo e agora me deparo com um tópico de “Função”? Ainda tem mais?
Sim, porque no conceito acima, vimos que as embalagens servem para proteger, conter
e melhorar as condições de transporte dos produtos, mas, além dessas funções básicas, elas
também desempenham um papel importante não só nas empresas como também na sociedade.
Vamos ver que funções a mais são estas?
As embalagens “conversam” diretamente com o consumidor, informando a ele sobre
tudo que ele irá adquirir ao receber aquele produto. Outra função é despertar a atenção do
comprador atraído pelos seus visuais diferenciados. Com a evolução da humanidade e suas
mais altas exigências de consumo, foram incorporadas novas funções para as embalagens:
a) Proteger a saúde: são responsáveis por proteger os produtos e garantir que eles
estejam apropriados para o consumo.
b) Evitar desperdícios: a embalagem junta as mercadorias, aproveitando melhor seu
espaço, fazendo com que sejam entregues mais produtos numa mesma viagem, reduzindo o
custo de transporte.
c) Informativa: desenvolve embalagens em braille para que os deficientes visuais tenham
acesso às informações do produto.
d) Atender às exigências do consumidor: deve fornecer informações ao consumidor de
maneira clara e eficiente.
e) Influenciar nas vendas do produto: a embalagem é muito importante para a venda do
produto, afinal, quem nunca comprou um “livro pela capa”? Para melhorar a embalagem, a
empresa tem que ser criativa, alterar a forma sem mexer na identidade do produto.
E agora, você conseguiu entender por que estendemos o assunto sobre objetivos e
funções das embalagens? É importante saber também como preservar os materiais que são
colocados nestas embalagens, de acordo com a especificação de cada um.
Preservação de materiais
Durante uma operação de movimentação, os materiais estão expostos aos mais diversos
fatores que podem originar a falha prematura do processo. Os motivos dessa da falha prematura
podem ser decorrente de diversos fatores, como:
a) Danos indevidos no material durante o processo de movimentação e armazenagem;
b) Fatores arnbientais (exemplo: umidade, luz e temperatura);
c) lncompatibilidade com outros produtos (exemplo: colocar tecido junto com tinta);
d) Esbarrões ocasionados por empilhadeiras (exemplo: a lança da empilhadeira pode
perfurar o material);
e) Queda de ferramentas sobre materiais;
f) Inclinações, aceleração ou freadas bruscas do veiculo que está transportando os
materiais;
g) Pequenos impactos ocasionados no manuseio de materiais frágeis. Exemplo: uso de
anéis, pulseiras, correntes, etc.;
h) Aclives e declives ocasionados no caso de transporte aéreo;
i) Buracos nas rodovias;
j) Cargas mal amarradas.
ARMAZENAGEM
Neste capítulo, você será convidado a conhecer um pouco mais a logística e suas técnicas
de armazenagem. Veremos as rotinas e funções do profissional responsável por esta tarefa.
Abordaremos tanto os equipamentos de movimentação e de armazenagem, como o
recebimento, conferência e expedição de materiais, etapas fundamentais para sua organização.
Vamos imaginar agora cem mil computadores embalados em caixas. Não há como falar
de embalagem sem falar ou pensar em como vamos guardar todas essas caixas, não é mesmo?
O termo utilizado para guardar é armazenar. Como estas mercadorias serão armazenadas?
Em que local? Como serão identificadas e encontradas? Veremos tudo isso logo a seguir.
A armazenagem consiste em acondicionar materiais em um determinado local, de acor
do com seu peso, tamanho, estrutura e necessidades especiais (caso haja), rnovimentando-os
para entrar e sair destes locais quando for solicitado, tendo como regra o melhor aproveita
mento da área disponível, no sentido vertical ou horizontal.
Para que haja um bom armazenamento e evitar riscos de imprevistos, é necessário tomar
algumas medidas preventivas como:
a) Determinação do local (se será coberto ou não);
b) Definição do layout;
c) Ordem, arrumação e limpeza do local;
d) Segurança contra furtos, incêndios, etc.
Assim como devemos levar em consideração as funções da armazenagem para seu bom
acondicionamento, devemos também analisar as estruturas e a melhor forma de implantá-Ias
dentro do armazém.
Estas estruturas devem estar de acordo com a embalagem, dimensões e o espaço que
elas ocuparão podendo ser porta pallets fixo, porta pallets deslizante, drivers (drive-in e drive-
thru), Cantilever, etc.
Veremos um Quadro com a exposição destas estruturas:
Estruturas de armazenagem
a) Porta pallet deslizante: esta estrutura permite que o operador mova uma fileira da
estante à medida que ele precisa pegar um pallet que está um pouco mais atrás, inclusive
abrindo um corredor entre uma fileira e outra.
b) Porta pallet convencional: bastante utilizado nas empresas, ele é fixo e permite a
retirada da carga em qualquer posição;
c) Cantilever: são vigas de sustentação, servem como suporte de varanda, pontes, tubos,
perfilados, etc.
d) Drive-in: como esta estrutura não se move, é ideal para cargas padronizadas;
e) Drive-thru: ótima estrutura para movimentação constante, pois, permite que o material
seja colocado por um lado e retirado pelo outro;
f) Push back: essa estrutura é formada por trilhos com rodízios. facilitando o manuseio de
entrada e saída do pallet. Permite que a empilhadeira coloque volumes enfileirados na posição
horizontal.
Para armazenar também é preciso movimentar os produtos e para tal, serão necessários
equipamentos para estes deslocamentos. É o que veremos no tópico a seguir.
Equipamentos de movimentação
f) Peso;
g) Especificação ou descrição do produto.
TRANSPORTES
Está preparado para “viajar”? Esperamos que esteja, pois, neste capítulo você irá conhecer
diversos modais de transporte, assim como a atuação de cada um, suas vantagens e
desvantagens e como e onde cada um deles deve ser aplicado.
Quando falamos a palavra Transporte, no que você pensa?
Podemos dizer que é carregar, levar, transportar, etc. Diante desses sinônimos, podemos
definir que a palavra transporte nada mais é do que o movimento de pessoas ou coisas de um
lugar para outro.
Para que esta movimentação aconteça, são necessários três elementos para compor a
operação de transporte: infraestrutura (modal que será utilizado como terrestre, aéreo, ferroviário,
dutoviário, aquaviário), veículos (tipo de veículo que faz a movimentação como automóvel,
ônibus, bicicleta, trens, aeronaves, caminhões, etc) e operações comerciais (regulamento de
trânsito, leis, códigos de transito, etc).
O transporte de cargas é a parte fundamental da área de logística; sem ele o produto não
se movimenta no mercado e consequentemente, não chega ao consumidor final.
b) Modal aéreo: Modal utilizado para cargas especificas, de alto valor agregado, que
apresentam menos volume e precisam estar no destino ao menor tempo possível.
c) Modal ferroviário: Como o próprio nome diz, este modal circula sobre trilhos ou ferrovias
e precisa possuir infraestrutura necessária para atender à necessidade de transporte dos
produtos.
e) Modal fluvial: um dos mais antigos meios de transportes conhecidos. Por meio dos rios,
que são verdadeiros caminhos naturais.
f) Modal dutoviário: transporte por meio de Dutos (tubulações), utilizado para transportar
produtos como oleodutos (gasolina, álcool, nafta, GLP, diesel), gasodutos (sal-gema, ferro,
concentrado fosfático), miderodutos (gás natural), por longas distâncias.
Há outra situação de Frete em que o custo é divido entre as partes. Este acordo deve ser
preestabelecido e os percentuais variam caso a caso.
Logística verde
Muitos confundem a Logística Verde com a Logística Reversa, mas suas funções são
completamente diferentes.
Logística Verde, também chamada de Ecologística, é a parte da logística que estuda os
Impactos ambientais causados pelas operações logísticas.
Já a Logística Reversa trata do retorno dos materiais ou embalagens do processo
produtivo. De certa forma, esta operação tem sua participação da Logística Verde já que,
quando acontece o retorno desses materiais, estes não são mais utilizados. Algumas empresas
fazem a reciclagem ou descartam os itens de maneira que não agridam a natureza. É daí que
vem a confusão no conceito dessas duas operações logísticas.
De certa forma, uma complementa a outra, pois ambas têm responsabilidades sociais e
ambientais.
A logística verde está rapidamente ganhando influência em toda a logística. Governos e
financiadores de projetos estão se tornando cada vez mais conscientes de questões "verdes" e
se enquadrando nas normas ambientais.
Operador Logístico
As empresas têm buscado terceirizar as atividades que fogem de seu domínio. Embora
este não seja o único motivo que leva a organização a se direcionar para esta prática, a redução
de custo também é um grande fator motivador, já que o serviço terceirizado fica bem mais em
conta (se tratando de custo) do que a contratação direta. Sem falar que isenta a empresa das
responsabilidades profissionais sobre os contratados.
Foi através desta necessidade que surgiu os denominados Operadores Logísticos. Uma
prática que tem se tornado contínua, gerando várias oportunidades profissionais neste campo.
Neste capítulo, iremos aprender como elaborar planilhas e como trabalhar dentro desta
ferramenta. Estudaremos formas de manipulação, edição dos arquivos, formatação de células
e tabelas. Iremos aprender algumas fórmulas, como construir gráficos e executar técnicas de
impressão.
Podemos afirmar que planilha eletrônica é um composto de linhas e colunas em que o
cruzamento entre elas é chamado de célula. Uma única planilha pode possuir mais de 100.000
linhas e 16.000 colunas. Vejamos um exemplo na figura a seguir:
Exemplo de planilha
As colunas são sempre identificadas por letras e as linhas por números. Na figura anterior,
o exemplo da célula identificada, vemos que a linha é representada pelo número 1 e a coluna,
pela letra A. Em um único arquivo podemos elaborar várias planilhas, iguais, diferentes uma das
outras ou até mesmo uma completando a informação da outra. O que separa estas planilhas
são pequenos espaços localizados na parte inferior que são chamados de guias. Nos tópicos a
seguir, veremos como podemos trabalhar com essa ferramenta.
A leitura simples de uma planilha funciona da seguinte forma:
Identificando as células
A primeira célula lê-se: coluna A linha 1. A segunda célula Iê-se: coluna B linha 1. E deve
ser feito assim na leitura das outras.
Cada pasta preenchida e finalizada, seja executada em qualquer programa, é chamada
de arquivo.
Manipulação de arquivos
Arquivo é um conjunto de informações armazenado em algum dispositivo (disco, pen
drive, pasta do computador, etc.), desenvolvido por um determinado programa. É possível abrir,
fechar, ler, escrever, apagar ou salvar um tipo de arquivo.
Para abrir um arquivo de planilha eletrônica, é necessário que ele já exista, ou seja, já
tenha sido manipulado e salvo em alguma área do computador.
Utilizando o exemplo acima, vamos aprender a salvar a planilha a seguir.
Salvando a planilha
conforme mostra circulado na figura anterior, aparecerá a opção "salvar como". Clicando neste
ícone, o sistema abrirá uma segunda tela com as seguintes informações:
Salvando arquivo
Você deverá escolher o local onde seu arquivo será guardado/salvo. Pode ser na Área
de Trabalho, na Biblioteca, Documentos ou outro local que você escolher. No local onde está
escrito "Pasta 1", deverá ser digitado o nome do arquivo a ser salvo, exemplo: "Trabalho Senai”.
Ao finalizar, dique em "salvar" para concluir.
Para fechar o arquivo, basta dicar no "X", localizado na parte superior direita da pasta.
Fechando arquivo
Agora podemos abrir o arquivo, pois ele já existe e está salvo em uma pasta no computador.
Abrindo arquivo
Abra a pasta de trabalho escolhida para salvar o arquivo. Neste exemplo, utilizamos
a pasta "Documentos". Busque pelo nome escolhido o arquivo já salvo e clique duas vezes
seguidas para abri-lo. Lá estará sua planilha exposta novamente para que possa fazer novas
digitações.
Edição
As digitações, alterações ou modificações em uma planilha são chamadas de edições.
Seja em qualquer tipo de arquivo do computador, tudo que é digitado em uma célula permanece
nela, mesmo que o texto seja maior que o espaço fornecido. Vejamos um exemplo a seguir e
como devemos corrigir esta imperfeição para que não fique algo visivelmente estranho.
Para corrigir este detalhe, a planilha eletrônica dispõe de uma ferramenta chamada
"quebra automática de texto". Vejamos onde fica e como funciona.
Utilizando este mecanismo, seu texto será ajustado para caber dentro do espaço da célula.
Formatação de célula
As células também podem ser editadas e formatadas de diversas formas. É possível
mudar de cor, tamanho, contorno, até mesmo alterar a fonte em tamanho e formato que está
dentro das células.
Fórmulas
Existem duas formas de digitar dados dentro de uma planilha: através de valores
constantes ou de fórmulas.
a) Valor constante: são valores digitados diretamente dentro da célula como textos,
números em diversos formatos (data, hora, porcentagem, fração, etc.).
b) Fórmulas: seguimento de valores digitados com o sinal de igual (=) sempre colocado
antes deles ou, seguindo a ferramenta de inserção de fórmulas disponível na planllha Cada
fórmula tem uma finalidade específica, de acordo com a necessidade de cada planilha.
Inserindo fórmulas
Ao clicar em inserir função, a Janela ao lado abrirá para que seja escolhida a fórmula que
será utilizada.
Um exemplo simples de fórmula é inseri-Ia para fazer o cálculo “B1+B2+B3+B4+B5",
ajustando-o à função =SOMA (B1: B5), tornando mais prática sua utilização.
Tabelas
Tabela é o que se constrói dentro da planilha eletrônica. É a parte interna onde ficam
destacados os dados, podendo ser simples ou dinâmica. A tabela simples é construída
manualmente, digitando os dados diretamente nas células, com pouca manipulação. A tabela
dinâmica é mais interativa; ela resume os dados existentes na planilha.
É possível criar uma tabela dinâmica a partir dos dados inseridos na própria planilha.
Achou complicado? Vamos exemplificar para deixar mais claro. Primeiro, vamos construir uma
tabela simples de receitas e custos. Na tabela a seguir, foram separadas as despesas das
receitas e calculado o saldo posteriormente.
Na tabela dinâmica, conforme mostra a figura a seguir, estes dados podem ser vistos de
forma resumida ou separada. Basta selecionar os itens que deseja resumir e escolher a opção
de "filtro" ou a opção "formatar tabela". Geralmente, esses itens são os tópicos superiores.
Tanto na tabela simples quanto na dinâmica, as opções irão fornecer o mesmo recurso
de dados; sendo que utilizando a opção de “formatar como tabela”, você terá uma tabela
visualmente mais bonita e organizada.
Gráficos
Gráfico é a representação das informações por meio de figuras. Sua função é apresentar,
através de imagens. os dados de uma tabela, sendo os valores exibidos em forma de barras,
linhas, colunas e várias outras opções que a ferramenta oferece.
Para elaborar um gráfico, será preciso selecionar os dados, escolhendo todas as célufas
que possuem as informações desejadas.
Vamos utilizar o exemplo anterior para criar a representação da tabela, seguindo os
passos a seguir:
a) Primeiro passo: escolher e selecionar os dados que deverão ser representados no
gráfico.
b) Segundo passo: escolher o tipo de gráfico. Vá até a aba “gráficos” e clique na forma
mais adequada ao tipo de informação que você quer mostrar. Em nosso exemplo, foi escolhido
o modelo colunas.
c) Terceiro passo: inserir o gráfico escolhido. Ao inseri-lo, ele aparecerá na tela, ao lado
da planilha.
Como dito anteriormente, a planilha dispõe de diversos tipos de gráficos, basta escolher
o mais adequado para seu tipo de tabela.
Impressão
Imprimir é transferir para o papel tudo que foi digitado em um arquivo.
Há duas formas de solicitar impressão de um arquivo: pelo caminho “arquivo + imprimir”
ou selecionando as teclas “Ctrl+P”, até que seja exibida a tela de impressão como no exemplo
a seguir.
Impressão de arquivo
Dentro desta tela você pode fazer edições, escolher a forma de impressão mais apropriada
ao seu trabalho, alterando as cores (colorida ou preto e branco), o tipo do papel (ofício, foto,
etc.) dentre outras opções que a tela de impressões oferece.
Rede de computadores
Rede local
Conhecida como LAN (Local Area Network), a Rede Local, também funciona interligando
os computadores entre si, porém a diferença é que este tipo de conexão normalmente é privada
e a área de cobertura deste serviço é limitada. Por exemplo: Pedro compartilha sua rede com
mais três vizinhos, porém este sinal é limitado até 1 km, pois a velocidade de conexão dos
dados não é tão elevada. Quanto mais os usuários se afastarem a uma distância maior que a
delimitada, o sinal ficará mais fraco até que o acesso à rede compartilhada por Pedro não seja
possível.
Internet
Internet é uma ferramenta de comunicação virtual que funciona interligando computadores
em rede mundial, permitindo o acesso, a troca e o compartilhamento ento de informações de
qualquer lugar do planeta.
Para facilitar o meio de pesquisas, a lnternet funciona através de diversos navegadores,
além de ser utilizada em vários seguimentos sociais como rede de relacionamentos.
Essa mesma estrutura de comunicação virtual e uso da internet possibilita o acesso a
informações de maneira rápida e precisa, sendo aplicada em diversas organizações como
empresas, escolas, residências, faculdades, dentre outras.
Os métodos de acesso direto à Internet são através dos seguintes meios:
a) Banda larga (cabos ou fibras óticas): tanto computadores como celulares e outros
aparelhos eletrônicos podem usar esse meio;
b) Conexão dial-up (conexão por linha discada): os computadores usam esse tipo de
conexão;
c) Wi-Fi (conexão por sinal de satélite): não depende de cabos. Celulares e computadores
utilizam este meio. Esta tecnologia também permite que um computador acesse outro de forma
direta, ou seja, um usuário pode entrar no computador de terceiros através de um sistema
chamado “acesso remoto”.
Correio eletrônico
O correio eletrônico, método de escrever, receber ou enviar mensagens de texto através
do sistema de internet, é chamado de E-mail. Este termo foi adicionado a essa forma de escrita
porque necessita dos sistemas de internet para operar.
Portais de pesquisa
Portais de pesquisa, também conhecidos com "sites da web", ou "websites", são várias
páginas da lnternet acessadas pelo prefixo "http" e "www" com o objetivo de compartilhar
conteúdos variados. Os portais podem ser utilizados para pesquisar sobre algum conceito, ler
notícias, informações, assistir a vídeos, imagens e acessar redes sociais, por exemplo. Essa
ferramenta é muito eficiente por trazer retorno rápido e diversos assuntos.
A partir de agora, vamos falar sobre Matemática aplicada à Logística. Iremos relembrar
alguns assuntos como regra de três, frações, algumas propriedades de operações e porcentagem.
Estes conteúdos irão ajudá-lo a ter um melhor entendimento sobre como a matemática é aplicada
no dia a dia do trabalho logístico.
Note que, neste caso, tivemos que fazer a inversão dos valores. Por quê? Façamos a
seguinte observação: se diminuirmos a aceleração, o tempo de viagem aumentará, mas se
aumentarmos a velocidade o tempo de viagem tende a diminuir. logo, o veículo irá percorrer os
90 km em 1,7 horas.
As setas indicam em qual proporção a grandeza deverá ser calculada. Quando as setas
estão na mesma direção, as grandezas se elevam ou diminuem na mesma proporção. Quando
as setas estão em direções contrárias, significa que uma grandeza aumenta e que a outra
diminui.
Razão
Razão é a relação entre duas grandezas ou dois números reais por meio de uma divisão.
Para compreendermos melhor este conceito, vamos analisar o exemplo a seguir.
Exemplo 1:
No Brasil, temos 64 milhões de policiais e aproximadamente 200 milhões de habitantes.
Utilizando conceito da razão para fazer esta comparação, teremos a seguinte equação:
Proporção
Proporção, definindo de uma forma resumida, é a igualdade entre duas razões, ou seja,
dois resultados com razões iguais. Vamos ver o primeiro exemplo.
Em uma sala de aula do grupo 5, temos 7 alunos: três meninas e quatro meninos. A razão
entre eles é de 3/4. Dividindo 3 por 4, o resultado será de 0,75. Já numa sala de aula do grupo 7,
temos 14 alunos, sendo eles seis meninas e oito meninos. A razão entre eles é de 6/8. Dividindo
6 por 8 o resultado será 0,75.
Desta forma, podemos dizer que 3 está para 4, assim como 6 está para 8. Assim, é
identificado que há proporção entre essas duas razões.
Vamos a um segundo exemplo:
Exemplo de proporção
Analisando as três razões encontradas, podemos concluir que há uma proporção entre
duas delas. Você saberia identificar quais? Se você concluiu que 32 está para 96, assim como
18 está para 54, está correto.
Há uma proporção entre estas duas razões, nos exemplos setor administrativo e setor de
produção, porque os resultados são iguais.
Porém, quanto mais convidados aparecerem para comer a mesma pizza, menor será
o tamanho das fatias para cada um. Essa seria uma proporção inversa. Quanto mais gente
aparecer, menos cada um irá comer.
Porcentagem
Em diversos momentos do nosso dia a dia nos deparamos com este símbolo “%”, não é
mesmo? Um bom exemplo de aplicação na prática é quando nos encantamos com as conhecidas
promoções e seus atraentes descontos.
Porcentagem de descontos
É muito importante que saibamos como calcular essa porcentagem para avaliar se
realmente estamos recebendo um desconto e o quantitativo deste abatimento. Aprender este
cálculo é o que faremos neste tópico.
Porcentagem é quando dividimos o valor a ser calculado por 100. Essa divisão também
pode ser chamada de razão centesimal. Vamos a alguns exemplos:
Problema 1: o combustível teve aumento de 15%. Se o litro do combustível custa R$ 3,00,
qual o valor referente a este aumento?
Problema 2: o custo de transporte aumentou em 10%. Sabendo que o valor mensal era
de R$ 150.000,00 mensais, qual seria o valor do acréscimo?
Problema 3: João vendeu 50% de seus 50 cavalos. Ouantos cavalos ele vendeu?
Cálculo de porcentagem
Juros Simples
O juros serão simples quando o percentual incidir apenas sobre o valor principal contratado.
A cada período vencido, serão adicionados novos juros em cima do valor inicial. Valor principal
ou valor inicial é o valor emprestado, aplicado ou adquirido.
A fórmula simples para cálculo de Juros é a seguinte: J = P . i . n, em que “J” significa
juros, “P” significa capital, “n” significa número de períodos e “i” é a taxa de juros.
Veja um exemplo:
Para calcularmos o perímetro (P) da figura anterior, teremos que somar todas as medidas
informadas:
P = 6,5 cm + 3,5 cm + 2,5 cm + 1,5 cm + 2 cm + 3 cm + 2 cm + 2 cm
P = 23cm
Lembrando que a unidade de medida utilizada neste cálculo deverá ser a mesma
anunciada na área a ser calculada.
b) Área: é a multiplicação das medidas de uma superfície, isto é, a base (b) vezes a altura
(h) do objeto.
Por exemplo: vamos calcular as áreas das duas superfícies da imagem anterior.
A1 = 120m x 90m = 10.800m2
A2 = 45m x 30m = 1.350m2
As medidas da área podem ser dadas em m2 ou cm2, vai depender das dimensões que
estarão informadas na figura geométrica.
Para obtermos os valores da área de um retângulo, deve-se multiplicar a base pela altura,
em que a base é representada pela letra "b" e a altura é representada pela letra "h" (b x h).
Área de um retângulo
Já na área de um quadrado cujos lados têm a mesma medida, basta multiplicar a medida
de um lado pela medida do outro.
Na figura seguinte, temos um exemplo de um quadrado com 6cm em cada lado.
Desta forma, teremos uma área total de 6cm x 6cm = 36cm2;
Área de um quadrado
Outro exemplo é o triângulo, cujo formato exige outra fórmula para calcular sua área;
multiplicar a base pela altura e dividir o resultado por dois (b x h/2).
Área de um triângulo
c) Volume: é a quantidade de espaço ocupado por um objeto sendo calculado pela fórmula:
altura x largura x comprimento. Sua unidade de medida geralmente é dada em m3.
d) Peso: sabemos que cada objeto possui um peso diferente. Quando falamos em
transporte, existe uma diferença de conceito que deve ser levada em consideração: o peso real
e o peso cubado. O primeiro refere-se ao peso total real da mercadoria; já o segundo foi criado
para descobrir qual o volume que ela irá ocupar no veículo de carga, independente do peso real.
Por exemplo, no transporte rodoviário, a capacidade de carga a ser transportada é de até
27 toneladas (27.000 kg) ou, no máximo, 90m3 de volume, Dessa forma, para cada carreta é
possível carregar até 300 kg de mercadoria, ou seja: 27.000kg / 90m3 = 300kg/m3.
Vamos aprender em um exemplo prático como aplicar estes conceitos.
Supondo que sua encomenda é uma caixa com as seguintes dimensões:
largura: 0,80m; Altura: 0,50m; Profundidade (comprimento): 0,40m.
Para calcularmos seu peso cubado, precisamos primeiro calcular sua cubagem, ou seja,
seu volume: largura x altura x comprimento = 0,80m x 0,50m x 0,40m = 0,160m3.
Em seguida, basta multiplicarmos seu volume pelo valor informado anteriormente
(300kg/m3):
Peso Cubado = 0,160m3 x 300kg/m3 = 48kg
e) Capaddade: o meio de transporte deve ser capaz de suportar o volume que está sendo
conduzido. Utilizando o exemplo do contêiner e das caixas acima, vamos calcular a capacidade
máxima de caixas que o contêiner consegue carregar.
Sabendo que a cubagem encontrada no contêiner foi de 79,2m3 e na caixa foi de 0,160m3.
Dividindo a medida de um pelo outro teremos:
Capacidade: 67,53m3 / 0,160m3 = 423
Ou seja, contêiner tem capacidade para transportar 423 caixas nestas dimensões.
f) Tempo: a unidade de medida para tempo é "s" que significa segundos. Sabendo que
uma hora tem 60 segundos, analise a tabela abaixo:
Vamos exercitar?
Sabendo que uma hora tem 60 segundos, quantos segundos têm 3 dias?
1 dia = 24 horas = 86.400 s
86.400 x 3 = 259.200 s
Resposta: 3 dias têm 259.200 segundos de tempo.
Medidas e conversões
Sempre que uma unidade de medida estiver diferente da outra, será necessário convertê-
Ia para que ambas fiquem iguais e assim efetivar o cálculo, obtendo o resultado correto. Para
efetivar essas conversões, é necessário que conheçamos algumas unidades de medida:
Podemos encontrar várias tabelas de conversão em livros e até mesmo sites da intemet,
porém a unidade de medida que mais iremos utilizar no ramo da logística é a de volume, em
que a unidade geralmente é dada em m3.
CUSTO
Neste capítulo, iremos estudar alguns fatores que contribuem na hora de fazer um levanta
mento de custo, além de aprendermos a analisar os elementos que compõem uma carga antes
de calcular o valor do frete e escolher o meio de transporte que irá conduzir as mercadorias.
Como exemplos dessa composição, temos cubagem, peso, volume, dimensões, entre
outros.
Custo significa o valor pago pelo serviço executado, utilizado na produção de bens ou
serviços.
Custo de transporte
É imprescindível fazer a cubagem da carga antes de solicitar o tipo de veículo que vai
conduzir as mercadorias para evitar que, durante o carregamento, a carga não caiba no veículo
e seja preciso trocá-Io, causando atraso na saída do material da fábrica e,consequentemente, no
momento da entrega ao cliente final. Para fazer a cubagem, basta multiplicar as três dimensões
da mercadoria, de forma unitária. Como assim? Vamos exemplificar.
Suponhamos que uma empresa precise transportar 400 bobinas cujas dimensões são
2,20m x 0,45m x 0,45m. Neste caso, a cubagem de cada bobina será 0,4455 m3, Multiplicando
este resultado pela quantidade total de bobinas, teremos 178,2 m3. A transportadora ofereceu um
caminhão com dimensões de 14,60m x 2,20m x 2m. A cubagem total deste veículo é 64,24m3.
Dividindo o resultado da cubagem das bobinas pela cubagem do caminhão, saberemos
quantas bobinas o veículo conseguirá transportar: 64,24m3/ 0,4455m3 = 144/19.
64,24/0,4455 = 144,19, ou seja, o veículo oferecido pela transportadora tem capacidade
para transportar 144 bobinas.
O que podemos concluir com estes cálculos? Que serão necessários três caminhões para
conduzir estas mercadorias até seu local de destino: 400/144 = 2,77 = 3 veículos.
Peso da carga
Além do volume, o peso das mercadorias influencia bastante na hora de fazer um cálculo
de frete. Em alguns casos, os transportadores podem cobrar o valor do frete pelo peso individual
de cada mercadoria.
Vamos utilizar as mesmas bobinas do exemplo anterior para entender melhor este assunto.
Suponhamos que o transportador cobre R$ 0,08 por quilo. Sabendo que cada bobina
pesa 150 kg, o peso total da mercadoria referente a 400 unidades será 60.000 kg: 150 kg x
400 = 60000 kg. Portanto, o valor do frete baseado apenas no peso dos produtos será de R$
4800,00: 60000 kg x R$ 0,08 = R$ 4800,00.
No exemplo das bobinas, a carga será divida para três caminhões, sendo seu peso
também partilhado, deixando cada veículo com 20.000 kg (60.000 kg/3 = 20.000 kg)a.
Na figura a seguir, vamos conhecer as partes fundamentais de um caminhão que o
profissional de logística deve ter conhecimento.
A seguir, observe uma tabela demonstrando a capacidade máxima de carga para alguns
tipos de veículo, estabelecidas e autorizadas pela Agência Nacional de Transporte Terrestre
(ANTT)
O quadro posterior explica um pouco sobre os tipos de camínhões que estão expostos na
tabela da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Um fator muito importante que deve ser sempre analisado antes de iniciar o carregamento
é a capacidade máxima de peso que o caminhão suporta transportar. Ter este conhecimento
fará com que seja solicitado o veículo correto para o envio das mercadorias, de acordo com
capacidade do caminhão e peso dos produtos.
Distância percorrida
A distância percorrida por um veículo durante o transporte da mercadoria deve ser
analisada pelo transportador para efetuar o planejamento correto da data de entrega do material
ao cliente final.
Essa distância deve ser medida desde o ponto de partida do veículo até o ponto de
chegada, onde a mercadoria deverá ser entregue. Estudaremos essa medição com mais
detalhes no tópico a seguir.
Tempo de transporte
É preciso roteirizar o trajeto da viagem para saber a distância que o veículo irá percorrer
e assim calcular o tempo deste deslocamento até a entrega ao diante, Roteirizar é planejar a
ordem em que as mercadorias deverão ser entregues.
Veja um exemplo:
A distância de uma carga saindo de Salvador, na Bahia, para Porto Alegre e, no Rio
Grande do Sul, é de 3.200 km aproximadamente. Suponhamos que um caminhão viaje numa
média de 70 km/h, Em quanto tempo ele faria esta viagem?
Dividindo a distância total pela velocidade que o caminhão viaja, teremos; 3.200 km / 70
km/h = 45,71 h. Teoricamente, o caminhão levaria cerca de 45 horas para fazer todo trajeto,
porém este cálculo não leva em consideração alguns fatores que precisam ser analisados como:
parada do motorista para descanso, alimentação e abastecimento, por exemplo.
Vamos fazer um cálculo simples para esta viagem, sabendo que o veículo tem apenas
um condutor.
De acordo com a lei 12.619, de 30 de abril de 2012, denominada Lei do caminhoneiro, o
motortsta deve descansar por 11 horas seguidas e fazer paradas de 30 minutos a cada 4 horas.
Diminuindo 24 horas (um dia) por 11 horas (tempo de descanso), restarão 13 horas.
Dentro deste período que sobra, o condutor terá que fazer três intervalos totalizando 90 minutos.
Abatendo do tempo total de movimentação, o motorista fará 11,5 horas de viagem por dia, sem
interrupção.
Dividindo o tempo total da distância do percurso pelas horas em que o veículo ficará em
trânsito, teremos 45/11,5 = 3,91 dias, ou seja, este caminhão levará em torno de 4 dias para
levar a mercadoria de Salvador para Porto Alegre.
Valor da carga
O valor da carga tem extrema importância para o transportador, pois aquelas consideradas
de alto valor agregado como medicamentos, equipamentos de informática, etetroeletrônicos e
outros do mesmo padrão podem gerar um grande risco de trajeto, como furto, por exemplo.
Estoque de segurança - ES
Estoque de segurança são materiais reservas que evitam que falte matéria-prima
durante um processo de fabricação. Se a quantidade estocada for elevada, pode gerar custo
desnecessário. Se for muito baixa, pode não ser suficiente para suprir toda a linha de produção
até a chegada de uma nova remessa de material. Mas então, como determinar a quantidade
ideal deste estoque?
Para a empresa chegar às quantidades que devem ser estipuladas para manter o
estoque de segurança, é necessário analisar o consumo diário ou mensal da empresa. Assim,
a organização define qual a melhor quantidade que deve ser armazenada.
Digamos que uma fábrica consuma 60.000 toneladas mensais de uma determinada
matéria-prima. A empresa definiu que o estoque de segurança deve ser de 10% deste valor.
Logo, o ES será 60.000 x 10% = 6.000 unidades.
É importante ter atenção a alguns fatores antes de determinar qual será o ES de cada
matéria-prima.
Veja mais detalhes, a seguir.
a) A demanda de vendas da empresa: analisando este fator, será possível verificar a
quantidade que é vendida de cada produto e quanto tempo ele dura em estoque. Quanto maior
for a demanda, mais elevado seu estoque.
b) Tempo de entrega da matéria-prima: todo fornecedor possui um prazo de entrega de
cada produto. É preciso planejar o estoque de segurança, baseando-se também no tempo que
a matéria-prima levará para chegar à fábrica.
c) Importância de cada insumo: cada produto tem um tempo de consumo e permanência
no estoque, assim como diferentes valores agregados. É prudente fazer esta separação de
itens na hora de determinar o ES de cada um para investir no armazenamento do que realmente
é necessário.
A finalidade do estoque de segurança é prevenir contra a falta de matéria-prima na
empresa, além de planejar os custos com a compra destes materiais, evitando desperdícios
gerados pelo acúmulo ao efetuar aquisição desnecessária.
LOGÍSTICA INDUSTRIAL
FILOSOFIA JUST IN TIME
O sistema Just in Time (JIT) criado e desenvolvido no Japão, pelo engenheiro Taiichi
Ohno, tem como objetivo básico reduzir e/ou eliminar tudo aquilo que não agrega valor ao
produto.
Neste capítulo, iremos conhecer um pouco mais sobre essa filosofia, sua definição e
modo de aplicação. Inclusive entender qual a vantagem dessa ferramenta para as empresas.
Abordaremos técnicas de movimentação e controle de produção através das ferramentas
kanban, kaizen, poka yoke, gemba, jidoka e andon e como elas são utilizadas no processo
produtivo.
Vamos estudar também sobre como o sistema JIT pode ser aplicado nos meios de
transporte, movimentação, distribuição e suprimentos.
Bons estudos!
Definição
O termo JIT “significa no momento certo” ou “em tempo”. É um método de produtividade
em que é definido que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes do momento
determinado.
De acordo com o sistema JIT, a produção deve funcionar de acordo com a demanda, ou
seja, fabricar apenas o que foi vendido. Nesse caso, o estoque é quase zero. Por exemplo: se o
setor de vendas fechou um pedido de 50 unidades de um determinado produto, a produção irá
fabricar as 50 peças ou no máximo 55 para repor algum item que possa ser avariado durante
o processo.
O sistema JIT surgiu devido a uma análise feita por Taiichi Ohno, na qual ele identificou a
possibilidade de estruturar a produção de forma organizada, com todos os recursos necessários
para atender ao que for solicitado, evitando desperdícios durante o processo. Assim, a técnica
JIT transformou-se em um instrumento gerencial de grande influência no processe produtivo,
pois além de analisar os gargalos de produção, ela procura aplicar os recursos de produção no
tempo, certo, no lugar certo, e com e menor custo financeiro possível. Além disso, as demandas
são produzidas em tempo de atender às necessidades de cliente. A meta de JIT é deixar a
empresa mais lucrativa, através da redução de custos, excelência na qualidade, redução dos
estoques e rnaior retorno sobre seus investimentos.
O JIT possui ferramentas importantes, que serão, estudadas nos tópicos a seguir.
KANBAN
Kanban é um termo, japonês que significa cartão. É uma metodologia criada e desenvolvida
por Taiichi Ohno e Sakichi Toyoda, entre as décadas de 50/60 e é uma das técnicas mais
utilizadas e conhecidas de sistema Just in Time. Trata-se de um sistema de programação, da
produção, baseado em cartões que agem corno lmpulsionadores da produção facilitando a
visualização das diversas fases de trabalho dentro do precesso de fabricação.
KAIZEN
O termo kaizen; de origem japonesa, significa melhoramento ou melhoria contínua. Ele
tem como objetivo a melhora constante dos processos de produção, visando ao aumento
da produtividade através da eliminação de desperdícios. Essa técnica tem foco principal no
processo, pois depende do envolvimento de todos durante a fabricação para obter a qualidade
máxima do produto.
O kaizen adota alguns princípios básicos de melhoria contínua, como o aperfeiçoamento
das atividades e o esforço na busca do entendimento pleno dos assuntos que envolvem as
atividades que serão desenvolvidas. Visa também atender aos prazos determinados pela
produção e constante inspeção de pessoas e processos.
Veja na figura a seguir outros princípios do kaizen.
POKA YOKE
O termo poka yoke pode ser entendido como à prova de erros, ou também à prova de
defeitos. A finalidade dessa ferramenta é evitar erros ou defeitos durante a produção ou até
mesmo na hora de utilizar os produtos fabricados, a fim de manter a qualidade no processo
de produção, tanto de produtos como de serviços. Exemplo: se um produto pode ser montado
de duas formas diferentes, esta situação pode gerar um gargalo, pois existe a possibilidade
de uma forma ser considerada certa e a outra errada. Então o processo de montagem desse
produto deve ser novamente programado, a fim de eliminar esse tipo de problema.
Embora existam vários métodos de aplicação do poka yoke, veremos a seguir o método
de controle.
MÉTODO DE CONTROLE
Quando o sistema de poka yoke é ativado, a máquina para o processo de fabricação a fim
de que o problema seja resolvido. Vejamos um exemplo simples na imagem a seguir.
Após a identificação do problema e retirada da peça que está fora do padrão, a produção
volta a funcionar normalmente.
Com a aplicação do poka yoke, pode-se alcançar defeito zero na produção.
Veja algumas situações em que podemos utilizar o poka yoke para uma melhor qualidade
do processo de trabalho.
a) Trabalhos manuais que exijam atenção permanente do operador;
b) Situação em que possa ocorrer um mau posicionamento de peça;
c) Operações que necessitem de ajustes na linha de produção;
d) Produtos de diversos modelos que são produzidos ao mesmo tempo.
JIDOKA
Jidoka é uma ferramenta de autonomação, ou sela, é uma técnica automática, porém,
que precisa de alguma intervenção humana para corrigir possíveis erros. Essa ferramenta foi
implantada pela primeira vez em um tear, pelo inventor Toyoda Sakichi. Foi inserido no tear
um dispositivo de alarme, em que uma luz acendia toda vez que a máquina detectava alguma
irregularidade durante a produção.
GEMBA
Gemba significa "local real" ou literalmente "vá ver”. Essa técnica direciona o operador
para ir pessoalmente até o local em que o problema está ocorrendo para construir sua própria
visão dos fatos. Isso pode impulsioná-lo a coletar dados e repassar, se necessário, aos seus
gestores da forma como realmente aconteceu para que, assim, eles possam tomar decisões e
solucionar o problema.
A ferramenta gemba integra o sistema Just ln Time, na medida em que representa a
atitude de pesquisar e analisar a origem do problema na sua essência, entendendo suas causas
e efeitos.
Vamos supor que você recebeu uma cópia de um determinado relatório, sobre um problema
que está ocorrendo em sua empresa. Nesse relatório poderão estar distorcidos ou escondidos
alguns fatos que, para quem está enviando a mensagem não são importantes, mas para você
que vai tomar uma decisão, são bastante importantes. Nesse caso, a utilização do gemba
dentro de uma empresa é importante, pois leva os colaboradores e gestores, a resolverem os
problemas de forma rápida e objetiva, evitando assim perda de tempo e esforços, também, ao
uso desnecessário de máquinas.
ANDON
Andon é uma ferramenta de gestão visual do processo de Just in Time. Ela trabalha com
um sistema luminoso (lâmpadas) em cores ou números, que operam nas estações de trabalho
ou máquinas. O andon trabalha em conjunto com o jidoka, pois o jidoka mostra na máquina
o problema e o andon indica em um painel a ocorrência desses problemas no processo de
fabricação.
Visto que permite aos operários identificar rapidamente um problema na linha de produção
através de um painel, o andon também é chamado de sistema de “gestão à vista”. Esse sistema
também informa qual máquina está parada e qual o problema do equipamento. O alerta pode
ser feito pelo próprio colaborador ao acionar um botão ou de forma automática, através de
sistemas presentes no próprio equipamento de produção.
Na linha de produção, o sistema andon é instalado com um emissor de som no qual
um sintetizador de voz informa qual a linha de produção está parada e o motivo do problema,
tornando mais fácil a resolução do mesmo.
Já estudamos as ferramentas utilizadas pelo Just in Time e veremos agora de que forma
esse método pode ser aplicado.
MOVIMENTAÇÃO
Aplicar o sistema Just in Time na movimentação de materiais ajuda a reduzir
significativamente os erros na entrada das matérias-primas a serem processadas, o que eleva
o conceito de qualidade e reduz custo, visto que evita o retrabalho. Um exemplo disso é a
utilização dos cartões kanban no processo de fabricação.
SUPRIMENTO
Na área de suprimento, o JIT procura integrar ao processo produtivo todos os fornecedores
envolvidos com a empresa, a fim de que eles possam disponibillzar os materiais necessários
no tempo certo, nas quantidades solicitadas. evitando assim custos extras com compras
desnecessárias.
Para que a integração de vários fornecedores com uma fábrica aconteça de forma
harmoniosa, é necessário que os fornecedores estejam familiarizados com o sistema JIT e os
processos da empresa, a fim de que a reposição da matéria-prima aconteça dentro do tempo
necessário.
TRANSPORTE
O sistema de transporte procura ajustar o layout de produção, de modo a reduzir o tempo
de carreçamento para que a empresa consiga transportar vários produtos de uma só vez,
reduzindo assim o custo com a etapa de transporte. Para compreender melhor, considere como
exemplo um setor de separação e expedição de materiais que estão localizados próximos ao
local de embarque. Isso certamente facilita a retirada dos materiais durante o carregamento,
evitando perda de tempo, conforme podemos ver na figura a seguir.
O sistema JIT tem grande influência na operação de transporte, pois impulsiona a produção
a fabricar os produtos no tempo estipulado, fazendo com que a expedição ocorra no momento
planejado e a entrega aos clientes seja feita com agilidade.
DISTRIBUIÇÃO
O Just in Time atua na adequação das entregas, coordenando cada viagem que os
veículos devem realizar para colocar os produtos nos endereços solicitados. Uma forma eficiente
de fazer isso é roteirizando a carga, ou seja, organizar de acordo com cada local em que os
produtos serão entregues. Observe na imagem seguinte que a organização das entregas tem
como prioridade a ordem de localização dos clientes.
LOGÍSTICA DE PRODUÇÃO
No caso das indústrias, a logística pode ser conhecida como uma gestão das atividades de
diversos setores que fazem parte de um processo produtivo. Esse ramo da logística é chamado
de Logística Industrial ou Logística da Produção. É importante conhecer esse conceito e suas
formas de aplicação para se administrar uma indústria.
Como parte do planejamento da produção, vamos aprender sobre o Programa Mestre
de Produção (PMP): sobre o que se trata, os conceitos envolvidos e os problemas (e suas
soluções), que podem surgir ao colocá-lo em prática.
O plano agregado trabalha com a especificação de uma produção agregada (ou seja,
grupos/tipos de produtos) em um longo período de tempo. Já o PMP possui como principal foco
definir cada produto e o seu tempo de produção, visando atender uma demanda em um período
de médio prazo (entre 3 e 18 meses), conforme o exemplo visto na imagem a seguir.
Exemplo de um PMP
Por setor
Conforme definido no plano de produção, todo planejamento é elaborado e validado com a
participação de vários setores, pois independentemente do método de produção adotado, todos
eles possuem particularidades que precisam ser estruturadas, de modo a garantir a entrega do
que foi planejado de maneira coordenada.
Na imagem a seguir, temos um exemplo prático de como funciona o sistema de divisão de
tarefas por setor em um processo de produção, cujo produto final é o eixo de entrada estriado da
bomba URV, conforme descrição encontrada nas informações da ordem liberada pelo sistema.
estão cientes de que o processo de fabricação será iniciado e podem, por fim, visualizar na
prática o que foi planejado. Cada setor é responsável pela execução da ordem de produção
e, por isso, entende-se que nessa etapa de liberação da ordem, todas as decisões já foram
tomadas para assegurar que os recursos necessários para execução de cada tarefa estão
disponíveis. Qualquer tipo de interferência e modificações não previstas implicam no aumento
de custos e prejuízos.
A figura anterior mostra que, através de uma análise rápida do quadro, é possível esclarecer
a situação do processo de fabricação, possibilitando uma atuação mais direta na definição de
prioridades, por exemplo. Seguindo esse raciocínio, as informações sobre as etapas críticas
(ou seja, mais urgentes) devem ser passadas para a equipe operacional, possibilitando aos
operadores realizar os serviços no tempo correto, sem influenciar na entrega do produto final.
Vale salientar que a apresentação dessas informações deve ser feita de maneira objetiva e
o quadro precisa estar o mais próximo possível do equipamento, permitindo a facilidade na
identificação de anomalias e a resolução delas, conforme exemplo da figura seguinte.
A gestão à vista traz ainda a participação dos gestores na fábrica. Visto que o quadro mostra
as informações destacadas e próximas aos equipamentos, a ideia da participação dos gestores
fora do escritório, no "chão de fábrica", é propor que eles vejam os quadros que evidenciam
diversos problemas, como: queda na qualidade dos produtos, custos acima do previsto, nível do
estoque alto e atrasos na entrega e, através deles, seja possível tomar decisões.
Podemos compreender que as ordens de produção são fundamentais na fabricação de
produtos. Elas trazem ganhos significativos que oferecem equilíbrio e sincronismo dos recursos
materiais e humanos utilizados no processo de fabricação. Além disso, existe a possibilidade de
investirem métodos voltados para a qualidade do produto como kanban e kaizen.
Ao falarmos em planos de trabalho e emissão de ordens de serviços, devemos nos atentar
aos recursos que são indispensáveis para dar andamento à fabricação de produtos: a matéria-
prima. Para obtê-Ia, é necessário uma autorização de entrega, conforme veremos no tópico a
seguir.
Autorização de entrega
O termo autorização de entrega, também conhecido como autorização de fornecimento, é
utilizado para liberação de materiais que foram “adquiridos” através de um contrato de parceria.
Toda vez que for necessário retirar o material de um determinado fornecedor parceiro, é preciso
que seja efetuada uma autorização de entrega. Essa autorização é emitida para retirada parcial,
ou seja, apenas de uma parte de todo o quantitativo determinado no contrato, sendo que os
itens restantes ficam pendentes de novas autorizações de entrega para serem retirados.
A autorização de entrega pode ser entendida como um tipo de ordem de compra, porém
ela é aplicada de forma diferente. A ordem de compra é emitida para compras eventuais de
material que não são consumidos com tanta frequência, já a autorização de entrega é feita para
a retirada aos poucos, de materiais de uso constante. Essas retiradas possuem como limite
uma quantidade determinada em um contrato com o fornecedor, portanto, o material não pode
ser retirado de uma única vez.
Esses fornecedores possuem acesso à quantidade de material presente no estoque da
fábrica e conhecem a necessidade do material que foi estipulada no plano de produção para
os próximos meses. Dessa forma, é possível fornecer o material dentro do prazo, evitando
problemas causados pela falta de matéria-prima.
Autorização de entrega
A emissão e recebimento das ordens de compra envolvem toda uma gestão por parte dos
fornecedores, feitas através de uma rede de dados chamada de Electronic Data Interchange
(EDI) - Intercâmbio Eletrônico de Dados. A principal função desse tipo de rede é proporcionar
uma comunicação eficiente entre a empresa e fornecedores em operações feitas com uma
frequência como, por exemplo, requisição de vendas, compras, aprovações de crédito,
pagamentos, etc.
Para que a autorização de compra seja eficiente, é preciso que se entenda como funciona
o processo de emissão dela.
a) A empresa registra o pedido do fornecedor através do sistema Enterprise Resource
Planning (ERP);
b) O sistema define o fornecedor do pedido e envia a solicitação em tempo real por uma
rede segura de Informações:
c) O parceiro processa os dados e a empresa receberá, como retorno, a confirmação de
que o pedido já está em andamento e disponível para receber autorizações de entrega.
Diante de vários benefícios, a tecnologia EDI propõe agilidade nas entregas dos pedidos,
um controle de estoque e o acompanhamento em tempo real do processamento das encomendas,
permitindo ainda identificar problemas no envio e o motivo destes, que são notificados através
de informativos emitidos pelo próprio sistema.
Após realizarmos um estudo referente às fases do processo produtivo e a utilização de
ferramentas importantes para chegarmos ao produto final, vamos estudar sobre conceitos que
auxiliam o gerendamento de um PMP.
INDICADORES DE EFICIÊNCIA
Conhecidos também como indicadores de desempenho, os indicadores de eficiência
tornam-se elementos de extrema importância no acompanhamento das atividades a nível
gerencial, principalmente quando falamos em gestão à vista. Dentre diversas características,
esse tipo de conteúdo utiliza dados retirados dos relatórios de produção para:
a) Definir prioridades de atuação;
b) Avaliar o cenário e tomar decisões corretas mediante fatos ocorridos na rotina
operacional;
c) Identificar e eliminar desperdícios de recursos (financeiros, materiais, de pessoal);
d) Provocar mudanças estratégicas;
e) Estimular melhorias no processo de fabricação.
Por ser um conceito muito extenso, vamos dividir os indicadores de eficiêncla em dois
tipos básicos: produtividade e qualidade.
INDICADORES DE PRODUTIVIDADE
Quando falamos em produtividade, estamos nos referindo à eficiência e à utilização
adequada dos recursos disponíveis na fabricação para atender ao que foi planejado. Entender
todas as etapas do processo produtivo e suas influênàas nos permite mensurar o que de fato
ocorre durante a fase operacional e também visualizar possíveis falhas, de modo a atuar na sua
eliminação para não gerar perdas durante o processo.
De maneira prática, podemos dizer que o índice de produtividade é a relação entre o
total do que foi produzido e o total dos recursos utilizados, ou seja, é uma análise quantitativa
dos insumos que foram utilizados com o quantitativo de produtos finais produzidos. Eles estão
ligados ao nível de utilização de recursos durante o processo produtivo, por exemplo: manipular
as ferramentas de maneira adequada, explorar a mão de obra na medida certa, consumir a
quantidade correta de materiais, etc. Saber aplicar esses recursos de modo a produzir o que foi
programado com o menor custo significa aumentar a produtividade e, por consequência, elevar
esse indicador.
INDICADORES DE QUALIDADE
Conhecidos como indicadores de satisfação de clientes, o indicador da qualidade também
leva em consideração o desempenho do processo produtivo, porém está focado principalmente
em atender o que o ciente deseja. Esse indicador avalia a forma como o cliente enxerga o
produto, tendo em vista a necessidade de atender suas expectativas.
Não basta reconhecer a necessidade dos indicadores de qualidade para um controle
da produção; é preciso utilizá-Ios a fim de obter uma gestão eficaz. Todos os dados coletados
pelos indicadores devem ser utilizados de modo a propor soluções para gargalos e também
melhoria no sistema de manufatura.
O acompanhamento efetivo desses dados nos leva a encontrar problemas repetitivos
e que precisam ser tratados como prioridades para um aumento da produtividade, eficiência
e qualidade dos produtos. Nesse sentido, a visão estratégica dos gestores deve ser: captar
informações da produção, modificar esses dados para análise de histórico, alterar para
conhecimento e este, por sua vez, ser transformado em plano de ação.
Vamos entender como são aplicadas a lista crítica de materiais e o motivo pelo qual ela é
tão importante.
Supondo que uma fábrica de detergentes só possua uma máquina que faz a mistura dos
ingredientes, de modo a formar a composição química do produto, essa única máquina, certo
dia, parou de funcionar devido ao mau funcionamento de uma peça específica. Por não ser
uma peça utilizada com tanta frequência, só existia uma unidade no estoque que foi utilizada e,
portanto, atendeu à produção de imediato.
Depois de duas horas trabalhando, a máquina parou novamente apresentando o mesmo
problema.
Essa peça então precisará ser reposta com urgência, visto que a produção está parada,
pois a máquina é indispensável para dar seguimento às demais etapas de produção. O fornecedor
da peça é de outro estado e o prazo de entrega é de 13 dias úteis. Seguindo corretamente a
política de compras da fábrica, as etapas seriam:
a) Solicitação do setor de almoxarifado via formulário (imediato);
b) Criação da requisição de compras pelo setor de suprimentos (um dia);
c) Aprovação da requisição pelo gestor da área (dois dias);
Percebemos que seria impossível esperar pela peça, visto que isso geraria um prejuízo
de 13 dias de fábrica parada, sem produzir. O gerente então optou por buscá-Ia pessoalmente,
viajando de avião até o distribuidor da peça. Ele optou por comprá-Ia com o dinheiro do seu
próprio bolso e retornar da viagem no mesmo dia. Porém, esse processo gerou um custo que,
de certa forma, seria desnecessário se houvesse um controle de estoque eficiente.
Como evitar que essa situação se repita?
Por se tratar de uma máquina crítica para o processo e a peça também ser crítica para
garantir o funcionamento da máquina, esse material deverá entrar na lista crítica de materiais.
Dessa forma, o almoxarifado precisará:
a) Avaliar a frequência de utilização da peça, contando com a possibilidade de problemas
no seu funcionamento.
b) Avaliar o tempo de entrega do fornecedor;
c) Prever possíveis atrasos e definir prioridades para atender à demanda da produção.
Nesse exemplo, podemos supor que serão necessárias três peças no estoque, no mínimo,
e que a solicitação de compra deve ser feita no momento em que a primeira for utilizada.
Entendemos que se trata de uma peça não utilizada com rotina, porém, na pior das hipóteses,
a mesma será consumida duas vezes no mesmo dia, ou até 3 vezes em 15 dias, por exemplo.
A partir do momento em que utilizarmos a primeira peça, ainda existirão duas unidades para
atender a situações emergenciais e se passarão mais 13 dias úteis para chegar mais peças,
pensando em manter a quantidade prevista no estoque. Nesse tempo, a fábrica terá por cerca
de 15 dias duas peças ainda disponíveis para serem utilizadas, caso ocorra alguma urgência.
Após aprendermos sobre a lista crítica de materiais, vamos aprender como funciona o
processo de definição da quantidade de recursos (mão de obra e maquinários) necessários ao
efetuarmos um planejamento, levando em consideração o que chamamos de tempo padrão.
Tempo padrão
Vejamos a seguinte situação: a professora Fernanda ministra aulas de Física em duas
turmas (A e B) da mesma série, porém em turnos diferentes.
Capacidade instalada
Também conhecida como capacidade disponível, a capacidade instalada permite medir a
produção em função do tempo, sendo estabelecida pelo planejamento estratégico da empresa.
Realizar essa medição em uma fábrica envolve questões como a quantidade a ser produzida
para atender às demandas e o custo envolvido nesse processo. Por exemplo, aumentar as
instalações da indústria significa possibilitar o atendimento a grandes demandas, em termos
quantitativos. Isso significa que essa empresa possui maior capacidade de produção disponível,
porém terá custo maior de produção. Quando falamos em diminuir essa capacidade disponível,
estamos reduzindo como consequência o custo produtivo, mas isso não permitirá atender um
mercado consumidor variado e que está em constante mudança.
Após definida, a capacidade instalada pode sofrer interferências de diversos fatores
produtivos como, por exemplo:
a) Produtos que possuem especificações técnicas que variam com grande frequência
necessitam de mudanças constantes em seu processo de produção;
Para produzir o refrigerante light, a única diferença é a existência de mais uma etapa. Em
um momento anterior ao envasamento, é necessário retirar o açúcar do refrigerante, porém, em
determinada filial da fábrica só existe estrutura para atender à produção do refrigerante comum
(não light). Nesse contexto, para que ocorra a produção do refrigerante light é necessário que
ocorram alterações na especificação do produto e isso influencia nas etapas do processo, uma
vez que será preciso agregar mais uma etapa de produção, a fim de atender à produção de
refrigerante light.
A produção de refrigerante light também precisa de novas garrafas com rótulos modificados,
porém ocorreu uma mudança no fornecedor e houve a terceirização do serviço. Dessa forma,
o tempo de entrega das garrafas aumentou. Nesse cenário, podemos dizer que existem duas
opções: alterar o tempo padrão dessa etapa no processo, gerando um atraso na entrega do
produto e, possivelmente, um gargalo na produção. Outra ideia é inserir mais essa etapa na
fabricação, o que geraria alterações também no tempo padrão e atraso na entrega do produto,
ou seja, um gargalo na produção.
Outro fato a ser observado é que o setor de produção que coloca o líquido nas garrafas
possui duas máquinas de envasamento. Caso uma delas deixasse de funcionar, haveria
diminuição pela metade no quantitativo de produtos e atraso na entrega, uma vez que o mesmo
passaria a ser liberado apenas por uma envasadora, e não por duas ao mesmo tempo. Já
a possibilidade de instalar uma nova máquina proporciona maior agilidade na entrega e nas
quantidades de garrafas liberadas no mesmo instante.
Mudanças no ritmo de trabalho por parte dos funcionários também interferem na
capacidade produtiva da fábrica, uma vez que a ociosidade provoca maior tempo de produção
e a agilidade garante o tempo de entrega conforme planejado, por exemplo: no turno que tem
início às 8 horas, os funcionários chegam mais dispostos e efetuam suas tarefas com mais
ânimo e maior rapidez. Já no turno que inicia às 20 horas, os trabalhadores chegam cansados,
com sono e interrompem o serviço diversas vezes devido à dificuldade de concentração.
De acordo com o exemplo, entendemos que a capacidade instalada sofre influências,
portanto, conhecê-las e saber tratá-Ias é extrema importância para tomadas de decisão de um
programador de produção.
No exemplo dado, percebemos que existem interferências como:
a) A estrutura de maquinários necessários para atender à nova etapa (D);
b) Tempo de entrega do produto devido à terceirização de serviços (novas embalagens
com rótulos diferenciados);
c) A retirada dos existentes ou instalação de novos equipamentos que geram um impacto
relacionado aos custos com mão de obra, energia e manutenção, por exemplo (envasadoras);
d) Ritmo de trabalho dos colaboradores, que também influenciará no tempo de entrega do
produto (mudanças nos turnos de trabalho).
Lean Thinking
O termo lean thinking, ou “pensamento enxuto” surgiu a partir do Sistema Toyota de
Produção, sendo uma filosofia baseada na melhoria contínua de um processo produtivo. A
principal proposta é entender a real demanda do cliente e a partir disso estruturar sua cadeia
de produção, a fim de eliminar desperdícios e garantir melhor competitividade no mercado que
atua, focando na agilidade no atendimento, qualidade do produto e vantagem econômica. Sua
metodologia é formada por cinco princípios, sendo eles: definir o que é valor, identificar sua
cadeia e seu fluxo, produção puxada e, por fim, conquistar a perfeição.
o prirneiro passo é identificar o significado do que é valor. Este, por sua vez, não é a
empresa que define, mas sim o cliente. É preciso conhecer como o comprador avalia qual o
melhor preço, qualidade dos produtos e o prazo de entrega, além das reais necessidades do
cliente, a fim de satisfazê-los de modo a garantir fidelidade e proporcionar um preço justo.
Após a definição do que é valor, é preciso identificar a cadeia de valor, que é responsável
por analisar e agrupar os processos em três segmentos:
a) Aqueles que agregam valor ao produto;
b) Os que diretamente não agregam, mas são importantes para garantir e manter a
qualidade;
c) Aqueles que não agregam valor diretamente nem indiretamente, sendo estes
considerados desperdícios e, portanto, precisam ser eliminados.
De acordo com o que estudamos, verificamos que a metodologia Lean pode ser entendida
como um sistema de gestão da produção com estratégias voltadas para satisfazer e fidelizar
clientes, sendo estas definidas através de um fluxo, conforme a figura anterior.
Sabemos que existem diversas metodologias que podem ser aplicadas no processo
produtivo de forma a proporcionar benefícios relacionados, principalmente, a custos e uma
entrega eficiente do produto final. Aprendemos sobre Just in Time e o Lean e, agora, vamos
estudar um pouco sobre o Sistema Toyota de Produção.
Conforme já estudamos neste material, o Sistema Toyota também propõe métodos que
viabilizam a extinção/minimização dos desperdícios: Just in Time (JIT), a automação e kanban.
Além da metodologia referente à produção puxada (Lean) e do Sistema Toyota de Produção,
que defende a ideia de uma produção sem desperdícios, um programador e controlador de
produção também precisa conhecer outro sistema de produção, chamado de Push. Este propõe
uma produção puxada e traz um fluxo produtivo diferenciado, conforme veremos no próximo
tópico.
Um dos gargalos gerados pele sistema de produção empurrada está nas paradas de
produção que geram acúmulo ou a falta de materiais para dar andamento ao fluxo da fabricação
do produto final. Por exemplo, vamos supor que uma fábrica possui etapas de produção
representadas por A, B e C. A etapa A produz uma peça que depende da chegada de matéria-
prima, a etapa B produz outra peça utilizada na etapa seguinte, C, e sendo que depende da
peça produzida pela etapa anterior (A). Por fim, a etapa C utiliza a peça liberada pela etapa B
para gerar o material finalizado. Como cada etapa funciona de forma individual, porém depende
de que foi produzido nas etapas anteriores para dar seguimento ao fluxo, qualquer parada que
ocorra na linha de produção, como problemas com maquinários ou operadores, pode gerar um
acúmulo de estoques de peças e, consequentemente, irá atrasar a entrega programada.
Para entender melhor esse exemplo, vamos analisar a situação seguinte.
Em uma fábrica de café, e processo produtivo é composto por cinco etapas, conforme a
figura a seguir.
Produção empurrada
Fonte: SENAI DR BA, 2016.
Vimos na figura que cada passo do processo depende de insumos liberados pela etapa
anterior. Uma parada por manutenção nos moinhos, por exemplo, irá gerar acúmulo de grãos
torrados e atraso na entrega de pacotes para o setor de expedição; portanto, teremos aí um
gargalo de produção.
O modelo de produção empurrada surgiu a partir da grande necessidade de produtos
em um mercado sem competições, cuja preocupação era voltada apenas para o volume a
ser produzido no início da fase da industrialização. Desse modo, os custos com falhas no
processo e suas consequências não eram vistos como fatores críticos para empresa e não
eram tratados como item determinante para se obter o lucro. Os custos com as falhas eram
considerados apenas para formação do preço. Com isso, o método para “empurrar” produtos
para os consumidores era baratear cada vez mais sua produção com a finalidade de tornar o
produto mais acessível e atender às demandas do mercado da época. Como consequêncía,
existia uma falha em relação à qualidade dos produtos oferecidos.
Atualmente, além de possíveis gargalos, entende-se que outra falha existente na produção
empurrada é o planejamento baseado na projeção de vendas que nem sempre é confiável,
pois não existe a certeza em relação ao que o cliente necessita. Essa falta de precisão pode
gerar excesso do produto e custos para armazenagem e gestão desse estoque. Por outro lado,
a produção em excesso pode oferecer vantagens quando se entende que mesmo estocado,
existe produto suficiente para atender ao mercado consumidor.
Em todo sistema de produção pode ocorrer falhas, dificuldades e gargalos durante o
processo de fabricação de um material. (Como consequência, existe uma necessidade de
análise detalhada do elemento causador desses problemas que podem ser conhecidos como
não conformidades, assunto que veremos a seguir.
No exemplo apresentado no início deste tópico, temos uma não conformidade real de
produto, ou seja, o cliente final comprou uma garrafa com a quantidade de água pela metade,
fora do especificado. Como forma de tratar esse fato, devemos efetuar uma ação de correção
e uma ação corretiva, Nesse sentido, podemos dizer que a ação de correção a ser tomada é
separar as garrafas que estavam pela metade, retirá-Ias da prateleira e substituí-Ias por outras
completamente cheias, não permitindo que o consumidor adquira um produto não conforme.
Já a ação corretiva é estudar o motivo pelo qual ocorreu esse problema, o que envolve a
identificação da causa raiz, conforme veremos a seguir.
Não conformidade
Avaliando o retorno das garrafas de água pela metade, observou-se que máquina de
envasamento do líquido estava com defeito e, por isso, era liberada somente a metade da água
(100 ml). Vamos dizer que ocorreu uma falha no processo de engarrafamento da água, sendo
que este é controlado por um sistema de sensores que identificam o nível do líquido preenchido.
Ou seja, nesse processo identificamos as não conformidades geradoras na formação desse
produto e também a causa raiz do problema: o sensor de nível da máquina envasadora estava
com defeito.
Após identificarmos a causa raiz, devemos realizar medidas preventivas durante o
processo de fabricação, de modo a evitar a liberação do produto novamente fora do padrão, por
exemplo:
a) Inspeção constante do produto em todo o processo de fabricação;
b) Manutenção periódica dos equipamentos para evitar paradas;
c) Inspeções diárias nos equipamentos (feitas não somente pela manutenção, mas
também pela equipe operacional);
d) Instalar balanças após o envasamento das garrafas, como forma de confirmar a
quantidade correta do líquido.
A seguir, analisaremos cada uma dessas ferramentas, explicando seus principais conceitos
e importância durante o tratamento de não conformidades.
BRAINSTORMING
Você já deve ter ouvido falarem "duas cabeças pensam melhor do que uma", não é
mesmo? Mas essa expressão tem relação com o tópico que estam os estudando? Conhecido
como “tempestade de ideias”, o brainstorming propõe uma discussão em grupo para conseguir o
maior número de ideias e opiniões referentes à solução do problema. Dessa forma, a importância
desse tipo de ferramenta está na quantidade de ideias e não na qualidade das mesmas. Por isso,
é necessário que haja uma espontaneidade e o não julgamento das propostas apresentadas.
OS 5 PORQUÊS
Crianças geralmente são curiosas. Sempre perguntam e cada vez mais necessitam de
explicações. Você já deve ter percebido isso em algum momento. Pensando nessa característica,
a metodologia dos 5 porquês traduz questionamentos seguidos do motivo pelo qual ocorreu
aquela não conformidade, até conseguir descobrir de fato a sua causa principal.
VERIFICAÇÃO DE EFICÁCIA
Para entender a verificação de eficácia, é preciso conhecer o signIficado de eficácia.
Essa palavra é aplicada para atividade que foi executada cumprindo aquilo que realmente foi
planejado, ou ainda superando as expectativas. Verificar a eficácia em uma não conformidade é
certificar que os tratamentos dados e as ações tomadas realmente foram aplicados de maneira
correta, eliminado definitivamente a causa raiz.
Após a análise do exemplo, é possível observar possibilidades de avanços na gestão
da qualidade do processo produtivo das garrafas de água, quando aplicadas corretamente
as ferramentas que estudamos agora. Além disso, podemos dizer que as oportunidades de
melhorias estão na estruturação do controle de qualidade. Se existisse um padrão estabelecido
e um monitoramento maior durante as etapas do processo produtivo, a garrafa com não
conformidade seria identificada no momento em que o sensor não atuasse. Desse modo, o
equipamento seria parado para manutenção e ajustes, de modo a corrigir o problema e somente
após o retorno das condições normais de fabricação, se daria continuidade ao processo de
envasamento e, portanto, o produto chegaria ao cliente final da forma adequada.
Como finalização deste capítulo, podemos afirmar quea logística industrial traz assuntos
referentes a conceitos essenciais que um controlador e programador de produção precisa
conhecer para obter sucesso em uma indústria. Planejar recursos, elaborar o passo a passo do
que será produzido e ferramentas de apoio para o andamento e controle da produção fazem
com que você, como profissional responsável por esta atividade, consiga atuar em qualquer
fábrica, conhecendo seus métodos, identificando gargalos e facilitando as tomadas de decisões.
Nessa relação, podemos dizer que os métodos adotados para efetuar um planejamento
são importantes para as definições do tipo de relacionamento do cliente com a empresa.
Quando nos preocupamos com esse assunto, devemos avaliar algumas condições básicas que
precisam ser oferecidas ao nosso público-alvo para preservar essa parceria.
Quem nunca pensou na hora de comprar algum produto, seja ele importado ou não, se o
prazo da garantia é extenso?
Associada à garantia, também questionamos a facilidade em achar peças e acessórios
para reposição, além da existência de assistências técnicas próximas para nossa comodidade,
o que permite a qualidade na prestação de serviços caso ocorram problemas ao adquirir o
produto.
Isso faz parte do que chamamos de relacionamento pós-venda e é uma tática muito
importante para conseguir atrair seu cliente e incentivar novas aquisições.
A dificuldade de encontrar produtos devido à quantidade limitada e ao alto custo dos
mesmos (princi palmente equipamentos eletrônicos em geral) fazia com que as empresas
investissem bastante no suporte ao cliente. Hoje, devido ao avanço das tecnologias e à facilidade
de aquisição de novos equipamentos, isso já não tem se tornado tão comum.
As mercadorias de alto valor não são mais duradoras, pois além da alta competitividade
do mercado, empresas investem cada vez em novas versões, com o intuito de atrair clientes e
incentivar o consumo pensando na necessidade de se atualizar constantemente.
Se você comprar um aparelho e o mesmo apresentar defeito, muitas vezes o custo para
reparar por meio das assistências técnicas do próprio fabricante (chamadas de autorizadas)
acaba saindo mais caro do que obter um novo ou até mesmo a diferença de preço não compensa
consertar.
É o caso do celular, por exemplo. Nem precisamos chegar até o orçamento com a
assistência técnica para comprarmos um novo aparelho. Pessoas acabam por descartar seu
aparelho ainda funcionando e em boas condições, para trocar por um novo modelo inventado,
dotado de tecnologias cada vez mais aplicadas para a facilidade cotidiana.
ÁRVORE DO PRODUTO
Quando falamos em planejamento de produção, sempre devemos associar à estruturação
de um processo de manufatura que depende dos objetivos estratégicos definidos pela
empresa. Definir o produto e os componentes necessários para a fabricação do mesmo deve
ser considerado um dos primeiros itens para a formação de um planejamento efetivo. Esse
detalhamento é conhecido como árvore do produto, elemento indispensável elaborado pelo
setor de engenharia. Nele consta uma relação de peças, componentes utilizados e como eles
se relacionam, de modo a compor o produto final.
A expressão "árvore do produto" surgiu pelo resultado da apresentação dos componentes
e subcomponentes, sendo feita através de níveis hierárquicos.
a) O nível zero é o próprio produto final, sendo os próximos níveis componentes dele;
b) O nível um é o componente direto do nível zero, considerado um subproduto;
c) O nível dois é formado pelos elementos que compõem o nível um, de forma detalhada.
Sabemos ainda que a carga é composta por outros três itens: ponta esferográfica, tubo
de tinta e tinta.
Dessa forma, podemos representar a árvore do produto e seus níveis, como na figura a
seguir.
GRÁFICO DE GANTT
Um dos grandes desafios de um projeto de longa duração, com grande número de pessoas
envolvidas e diversas atividades a serem executadas, está na gestão. Tendo um cronograma
estabelecido e avaliado, é preciso fazer um controle mais aprofundado, a fim de evitar questões
como a falha na comunicação e coordenação independente, por exemplo.
O gráfico é representado por uma linha do tempo em que as atividades são colocadas
no eixo vertical e o eixo horizontal traz a sua duração estimada. O objetivo dessa ferramenta
é auxiliar na descoberta de pontos críticos durante o andamento das etapas do projeto,
identificando gargalos, intervalo de tempo ocioso e interação entre as fases.
Por ser uma ferramenta de gestão à vista, você pode incluir no gráfico informações sobre
os responsáveis de cada atividade, alterar cores, organizar de forma clara e objetiva, a fim de
evidenciar situações anormais, permitindo uma agilidade nas tomadas de decisões.
O diagrama de Gantt é dividido em cinco partes, são elas:
a) Tempo: eixo horizontal que pode ser dividido em horas, dias, meses e anos. É
responsável por mostrar o tempo de execução de cada tarefa, indicando ainda o andamento
das mesmas;
b) Responsáveis: representa, no eixo vertical, a equipe atuante em cada etapa/tarefa do
projeto;
c) Barras: as atividades/tarefas são faixas distribuídas no eixo horizontal que, através do
seu comprimento, mostram a duração de cada uma delas. Além do tamanho, elas podem possuir
tonalidades diferentes de modo a destacar seu status. Geralmente possuem as seguintes cores
indicativas azul (em execução), vermelha (em atraso) e verde (concluídas);
d) Setas: quando existem tarefas que são dependentes das outras, as setas marcam essa
relação.
Muito utilizada quando essa dependência se refere à finalização de uma para que se
possa dar início a outra na sequência;
e) Metas: etapas importantes (prioridades) são marcadas no gráfico, a fim de acompanhar
o prazo final, de modo a cumprir o cronograma estipulado.
Vamos agora conhecer a composição e aprender a interpretar o gráfico, utilizando a figura
seguinte como exemplo.
Gráfico de Gantt
Analisando a figura anterior, podemos afirmar que o projeto possui como duração cinco
meses, sendo ele dividido em quatro etapas. Cada etapa é composta por atividades e cada uma
delas tem a data limite e o responsável pela execução.
As barras indicam o andamento das atividades, sendo algumas em andamento (azul), outras
concluídas (verde) e atrasadas (vermelho). Além disso, é possível verificar as dependências
entre as atividades 1.1 e 1.2, 1.2 e 1.3, além da 2.1 e 2.2, devido às setas presentes entre elas.
Analisando um pouco mais sobre o exemplo exposto, verificamos que Antônio é o
responsável pelas etapas 1.1 e 1.3. Ele concluiu sua etapa dentro do prazo e está no aguardo
da etapa 1.2, que está nas mãos de Juliana para efetuar a seguinte. Juliana, além de trabalhar
na atividade 1.2, também precisa finalizar o projeto concluindo a etapa quatro. Porém, o mesmo
já se encontra em atraso devido às demais etapas. Já a Larissa está trabalhando na etapa dois,
sendo responsável pelas duas primeiras atividades. Por não ter tido um bom rendimento na
primeira etapa (ainda em andamento), a segunda já está em atraso, pois depende dela mesma.
A Paula já entregou sua atividade (2.3) no prazo e o Emanuel está com a 3.1 em andamento;
sem maiores problemas.
Utilizado como método de acompanhamento da execução das fases de um projeto, o
gráficico de Gantt representa o início e o final de cada etapa, sendo possível uma visualização do
andamento das tarefas, seu responsável, recursos necessários e o prazo para serem concluídas.
Dessa forma, essa ferramenta é utilizada também para evidenciar o ritmo de trabalho, consumo
de recursos e seus custos associados, através de uma representação ilustrativa.
PERT/CPM
Conforme estamos estudando, existem várias técnicas de gerenciamento, sendo que
cada uma delas, mesmo que possuindo o mesmo objetivo, aplica um método diferenciado para
auxiliar no controle efetivo de um projeto.
Depois do método gráfico de Gantt surgiram o método CPM (Critical Path Method ou
Método do Caminho Crítico) e o PERT (Program Evaluation and Review Technique ou Técnica
de Avaliação e Revisão de Programa).
ATIVIDADES
Representadas através de letras, as atividades são as tarefas que devem ser executadas,
de modo a gerar um resultado (acontecimento). O início da seta mostra o principio da atividade
e aponta o final, sendo o comprimento não determinado pelo tempo de duração e este
normalmente é exposto ao lado da letra (nome da atividade).
ACONTECIMENTOS
As atividades dão sequência aos acontecimentos, indicados através de números contidos
nos círculos, “comunicando-se” sempre do lado esquerdo para o lado direito e de cima para
baixo, conforme exemplo a seguir.
Diagrama PERT
PERT/CPM
Configurando um projeto através de uma rede, o PERT/CPM representa as etapas de um
projeto e sua sequência, de modo a definir qual a melhor estratégia para chegar ao objetivo
definido no escopo do projeto. Essa definição envolve a utilização de recursos da melhor maneira
possível evitando gastos desnecessários, desperdícios e atrasos na entrega do projeto. Essa
ferramenta permite calcular o momento de início e término de cada atividade, identificando
ainda se ela está no caminho crítico, a fim de evitar atrasos no prazo final da entrega do projeto.
Vamos entender um pouco desse conceito na imagem seguinte.
Diagrama PERT/COM
CURVA ABC
Também conhecida como Diagrama de Pareto, a curva ABC representa uma análise de
causas e suas consequências, propondo que dentre todos os defeitos presentes no processo
de produção, apenas alguns deles devem ser priorizados como mais significativos, ou seja, que
causam maior prejuízo.
As aplicações desse método são variadas, porém a sua utilização mais comum é quando
falamos de gestão de estoque. A curva ABC ajuda a classificar os elementos mais importantes
presentes no estoque de uma fábrica. Dessa forma, e possível efetuar um estudo dos produtos
que vendem mais, de modo a deixar de produzir os que não são tão relevantes, reduzindo
custos sem interferir no atendimento às demandas.
Vimos na figura anterior que ABC se refere à classificação dos itens em três faixas (A, B
e C), de acordo com a importância dos seus itens de estoque.
A classe A é composta pelos itens mais importantes, que necessitam de maior controle
por representarem grande parte do lucro. Como parte desse controle, podemos citar a gestão
de fornecedores, sendo im portante ter diferentes fornecedores, pois caso um deles não
tenha determinado produto, o outro poderá atender. Porém, é preciso que eles atendam às
expectativas, visto que não adianta solicitar determinada mercadoria e ser atendido em uma
quantidade insuficiente.
Os produtos que não geram impactos no financeiro, nem de perda e nem de ganho,
são aqueles que possuem um gerenciamento menos efetivo, podendo ser excluídos da sua
relação de venda ou pensar em melhorar sua forma de divulgação incentivando a aquisição.
Eles devem estar classificados na classe C.
Por fim, a classe B refere-se aos produtos que não precisam de uma gestão muito eficiente,
porém são importantes. Nessa classe existem produtos que podem ser avaliados e transferidos
para a classe A ou até para a classe C.
Na ilustração anterior, classificamos em porcentaçem (%) os itens (eixo honzontal) e seu
impacto financeiro (eixo vertical) da seguinte forma:
a) Classe A: 20% dos itens representam 80% do valor do estoque;
b) Classe B: 30% dos itens representam 15% do valor do estoque;
c) Classe C: 50% dos itens representam 5% do valor do estoque.
Ou seja:
SOFTWARE DE PLANEJAMENTO
A aplicação de software é cada vez mais utilizada nas indústrias. Facilitar o controle, o
histórico de dados acompanhamento de um processo e agilidade no tempo de resposta são
fortes características que incentivam uma empresa a utilizar essa ferramenta.
Uma vez que estudamos as representações gráficas como Gráfico de Gantt, PERT/
CPM e curva ABC, vimos que a utilização de um software é essencial para gerar esse tipo de
controle. Além da representação gráfica, os softwares promovem métodos para detalhamento
de atividades de forma a esclarecer se ela está direcionada corretamente para o cumprimento
da execução prevista no cronograma. lsso permite visualizar falhas e situações fora do comum,
também é uma característica que auxilia o gerenciamento de um projeto, podendo facilitar, com
agilidade, a identificação de um caminho crítico e também tomar decisões referentes a custos e
recursos, baseando-se no prazo definido.
Um exemplo de software muito utilizado nas empresas é o MS Project, da Microsoft,
que contém muitos recursos que auxiliam em uma gestão de projetos eficiente como duração,
etapas, cronogramas, gráficos, relatórios, custos, entre outros. Esses recursos podem ser
aplicados e acompanhados através de uma linha de tempo, conforme estudamos nos itens
anteriores.
Recursos necessários
FERRAMENTAS
Dentre vários recursos, as ferramentas são consideradas essenciais, uma vez que estão
diretamente relacionadas ao funcionamento correto do processo produtivo. Quando disponíveis
no momento certo e em perfeitas condições de uso, elas evitam danos e prejuízos, como perdas
causadas por paradas de máquina, por exemplo.
Não somente a disponibilidade correta e o estado em que se encontram são fatores
determinantes; é necessário que haja um controle dessas ferramentas. Por isso, é importante
que exista o que chamamos de Ordem de Serviço (O.S.) toda vez que for preciso efetuar a
manutenção nas ferramentas. Além do acompanhamento do conserto, das recorrências e causas
do defeito, a O.S. proporciona um controle de prazos de entrega da ferramenta, impedindo que
a falta dela influencie no andamento da produção.
Tendo como objetivo reduzir cada vez mais o lead time sem influenciar na entrega do
produto, foi criada a ideia conhecida como Troca Rápida de Ferramentas (TRF). Como o próprio
nome já sugere, trata-se de uma metodologia adotada para efetuar substituições rápidas, de
modo a agilizar o início da produção ou o setup e reduzir o tempo em que a produção ficou
parada durante a troca de ferramentas.
ALOCAÇÃO DE MÁQUINAS
Uma vez que as máquinas estão dimensionadas, instaladas corretamente e no fluxo
adequado, isso proporciona uma maior confiabilidade no cumprimento da demanda da
produção, evitando retrabalhos e movimentações desnecessárias, ou seja, perdas e falhas no
planejamento.
c) Direta: utilizada especificamente no chão de fábrica, essa mão de obra agrega valor ao
produto de forma direta, como exemplo: os operadores de máquina e os auxiliares da produção.
Além disso, pode ser vinculada a classificação de mão de obra variável, uma vez que depende
das alterações do que foi definido pelo plano de produção;
d) Indireta: ao contrário da direta, ela agrega valor ao produto, mas não diretamente,
servindo como apoio para dar seguimento à entrega do produto, como exemplo: os operadores
de empiIhadeira;
e) Não produtiva: serve como suporte à fábrica, sem atuar no processo produtivo.
É considerada importante para manter o funcionamento da produção, mas não interfere no
resultado da transformação de produtos, como exemplo: os líderes, coordenadores, gestores e
equipe de limpeza.
O quantitativo e a aplicação da mão de obra devem servir como base para adequar
o planejamento e garantir que os recursos definidos servirão para executar as atividades
planejadas. Para isso, devemos estabelecer uma relação entre a alocação de mão de obra e de
máquinas. Essa relação, por sua vez, determina o que chamamos de hora-máquina e homem-
hora, que servem como apoio na projeção de custos.
TEMPO DE PREPARAÇÃO
O tempo de preparação refere-se ao tempo de separação de matérias-primas (aquisição
e disponibilização) e preparação de equipamentos (limpeza) e outros insumos necessários
para chegarmos ao objetivo final: peça já pronta. Esse tempo pode ser classificado a partir
de atividades internas e externas. As atividades internas são aquelas feitas dentro da própria
empresa e precisam ser realizadas com os equipamentos parados, o que diminui a capacidade
de produção uma vez que reduz o tempo de trabalho nas máquinas.
Já as atividades externas são aquelas feitas em outras empresas (terceirizadas),
permitindo a utilização constante dos maqulnários pela empresa que terceiriza o serviço.
Imagine você fazendo um bolo, A receita utilizada é que define os ingredientes (matérIa-
prima) que você precisará adquirir e as ferramentas necessárias para conseguir elaborar o bolo
da forma desejada.
TEMPO DE FABRICAÇÃO
Seguido do tempo de preparação, o tempo de fabricação é aquele utilizado nas etapas do
processo produtivo, após recebimento dos insumos liberados. No exemplo do bolo, podemos
dizer que é o tempo gasto ao colocar os ingredientes no liquidificador, utilizar a batedeira, untar
e colocar a mistura na assadeira e o tempo em que o mesmo ficará no forno até ficar pronto.
TAKT TlME
O takt time é calculado de forma muito pareclda com o tempo de fabricação, mas, ao invés
de considerar apenas o período estipulado para produzir uma única peça, é o tempo utilizado
para fabricar determinada quantidade de produto de acordo com a demanda (o que foi vendido).
Ainda pensando no exemplo do bolo, vamos supor que você recebeu uma encomenda de
10 unidades de bolo de chocolate. Após calcular o tempo gasto para fazer apenas um bolo (lead
time), você consegue ter uma previsão de entrega do pedido total (takt time).
Exemplo prático
Após conhecer cada definição, veremos a seguir um exemplo da aplicação do lead time
em um processo de fabricação de um carro e o total gasto (takt time) para atender às demandas
do mercado.
Estudando esse assunto, podemos dizer que a elaboração de um automóvel possui
as seguintes principais etapas: preparação, estruturação e montagem, pintura, inspeção e
acabamentos e, por último, expedição, tendo diferentes durações, conforme a figura a seguir.
De acordo com a figura anterior, o lead time de produção é dado pela soma das durações
(D), ou seja: D1 + D2 + D3 + D4 + D5 = LT.
Sabemos que um carro dura um dia para ser finalizado, passando por todas as etapas.
Logo, o takt time é de 50 dias.
A partir do que estudamos, podemos dizer que takt time é o tempo de produção de acordo
com a demanda, ou seja, o tempo necessário para produzir somente aquilo que foi solicitado, que
no exemplo do carro foi de 50 dias. Para calcular o prazo de entrega de determinada demanda,
temos outros assuntos que precisam ser considerados e veremos nos tópicos seguintes.
Como conclusão, aprendemos que assim como em uma viagem, a capacidade instalada
deve ser dimensionada da melhor forma possível. Deve-se considerar os elementos envolvidos,
os custos, os riscos e o tempo gasto, a fim de avaliar todas as possibilidades e evitar ao máximo
situações que possam fugir do controle. Toda essa análise precisa ser efetuada antecipadamente
e avaliada através de uma simulação, conforme entenderemos no tópico a seguir.
ELIMINAÇÃO DE GARGALOS
Sabemos que em uma produção existem muitas etapas que se interagem e que precisam
estar coordenadas para gerar o produto final, por exemplo: aquisição de material, processo
industrial, expedição e vendas. Essas etapas podem sofrer interferências não planejadas que
comprometem no resultado esperado. Essas interferências são chamadas de gargalos e podem
ser previstas através de uma simulação da produção.
Tão importante quanto identificar os gargalos é saber aplicar a metodologia correta para
eliminá-Ios. Quando o gargalo não ocorre sempre durante o processo, torna-se fácil resolvê-
lo. É o caso do processo de expedição, em que o problema está no atraso da liberação do
produto final para as transportadoras e pode ser causado por fatores como alocação de mão
de obra e horas extras, por exemplo. Porém, quando associamos essa falha ao sistema como
um todo, observamos que esse atraso pode acarretar em um problema maior, gerando impacto
na capacidade produtiva, além do resultado final que pode ser comprometido. Administrar
corretamente esses gargalos, ou até mesmo não permitir que existam, torna o processo de
gerenciar a produção mais eficiente e com um controle de custos efetivo.
AJUSTES DO PLANEJAMENTO
Diante de diversos fatores, tanto externos como internos, torna-se muito comum a
necessidade de efetuar ajustes no planejamento. Conforme vimos em capítulos anteriores, um
PCP bem estruturado é aquele que se aproxima ao máximo da realidade, considerando todos
os fatos possíveis de ocorrer durante um processo de fabricação, avaliando também situações
fora do comum.
Durante a fase de planejamento, é preciso mapear todos os problemas que podem surgir
antes da fase de execução. Para isso, todos os setores envolvidos precisam evidenciar as
possíveis causas dessas mudanças de modo a resolver mais rapidamente, sem interferir no
resultado final.
Pensando na estratégia da simulação, imitar o processo produtivo antes que o mesmo
entre em execução ajuda no mapeamento de ajustes do planejamento. Aumento de demanda e
atraso na entrega da matéria-prima podem ser considerados fatores responsáveis por ocasionar
ajustes no planejamento.
Vamos pensar em uma situação bastante comum em nosso dia a dia.
Ao planejar uma festa você espera receber 100 amigos e se planeja de modo a oferecer
10 salgadinhos e 5 docinhos para cada um, além de bebidas em geral. No seu planejamento
você deverá adquirir 1000 salgadinhos e 500 docinhos para atender seus convidados.
Porém, durante o decorrer da semana, seus colegas avisaram que devem ir acompanhados,
cada um com sua respectiva esposa. Dessa forma, o seu planejamento inicial sofreu mudanças
devido ao aumento do quantitativo de pessoas (aumento da demanda) e precisou ser ajustado.
Além disso, por se tratar do dobro de salgadinhos e doces, o fornecedor precisará de mais uma
semana para conseguir atender seu pedido (atraso na entrega da matéria-prima) e, por isso,
sua festa deverá ser reprogramada para a próxima semana.
Se você parasse para imaginar uma festa, iria verificar a existência da possibilidade de
cada amigo levar uma acompanhante. Nessa realidade, pensando no prazo de entrega por
parte do fornecedor, você já passaria a quantidade exata de doces e salgadinhos e, diante da
data estipulada para atender sua solicitação, você planejaria sua festa evitando remarcá-Ia.
TRATAMENTO DE EXCEÇÕES
Além de eliminar gargalos e prever ajustes no planejamento, as simulações servem
ainda para avaliar fatores fora do comum, exceções, que geram impactos importantes no final
do processo produtivo. Como o próprio nome sugere, o tratamento dessas exceções envolve
avaliar suas causas e formas de resolvê-Ias.
Utilizando o mesmo exemplo anterior, vamos considerar a seguinte situação:
No momento da entrega, o fornecedor acaba tropeçando em uma pedra e derrubando
uma bandeja de salgadinhos, reduzindo a quantidade da encomendada. Essa situação foi algo
fora do comum, ou seja, não era provável que ela estivesse no local errado, na hora errada.
Porém, seu fornecedor já havia avaliado os riscos e, por isso, preveniu-se trazendo mais uma
bandeja, ou seja, tratou essa exceção.
MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
Quando falamos em movimentação de materiais, o que nos vem à cabeça? Mudar algo
de posição, arrumar os objetos em outro local, alterar a posição de um produto, etc. Todos
esses exemplos estão certos. Movimentação de materiais é o ato de deslocar os materiais de
um lugar para outro, independentemente de sua variação, estando no meio de um processo de
produção ou não.
Para que haja movimentação, é preciso que três elementos estejam presentes: homem,
material e equipamento. Nos processos industriais, o material é o elemento que mais se
movimenta durante um processo.
Reserva Operacional
Conforme já estudamos, ao falarmos sobre lead time de produção, dentro de um processo
de fabricação devem ser evitadas ao máximo as paradas desnecessárias. Essas paradas podem
ocasionar a redução do número de material acabado ao final da produção e, consequentemente,
prejuízos para a empresa.
Um dos motivos principais de parada na produção é a falta de matéria-prima no momento
da fabricação. Para que isso não aconteça, é necessário que a empresa invista em reserva
operacional ou seja, é importante planejar quais serão os recursos necessários para iniciar uma
produção, evitando que a fabricação pare pela falta deles.
Roteiro Processual
Para manter as linhas de produção funcionando, sem que ocorram paradas não
programadas, é preciso que os materiais que serão utilizados durante o processo sejam
continuamente movimentados. Isso faz com que a produção esteja sempre abastecida de todos
os recursos necessários (insumos, mão de obra, embalagens, componentes, equipamentos)
para obter o produto acabado. Para que esse abastecimento seja bem desenvolvido, a empresa
terá que elaborar um roteiro processual. Esse roteiro irá descrever a característica de cada
movimento e quais são os equipamentos que serão utilizados nesses deslocamentos.
É o que veremos no quadro a seguir.
Você está se perguntando: que equipamentos são esses? Veremos a seguir um quadro
demonstrando alguns deles.
Equipamentos de movimentação
OPERAÇÕES DE FABRICAÇÃO
O arranjo físico do chão de fábrica e as atividades de movimentação são consideradas
operações de fabricação. A maneira como os operários são organizados na tinha de produção
é conhecida como layout. Esse sistema de trabalho define como os roteiros processuais serão
executados.
O responsável pelas atividades de movimentação deverá avaliar os planejamentos de
produção antecipadamente para decidir quais equipamentos e mão de obra serão utilizados
nas operações solicitadas.
Produção automobilística
*Gasoduto: canalização ou tubos utilizados para transportar natural onde o fluxo funciona 24 h.
Em muitos casos, as empresas que trabalham com sistema de metas diárias gratificam
o colaborador com Participação nos Lucros de Produtividade (PLP) sempre que o setor de
produção alcança a meta desejada. A finalidade desse modelo de trabalho é melhorar a
produtividade da organização, uma vez que a PLP tende a motivar ainda mais o funcionário.
De maneira simples, foi possível aprendermos como planejar o volume diário de uma
produção, com suas metas, quantidades estipuladas e representações gráficas.
Existem vários outros tipos de controle de abastecímento, mas kanban e contentores são
os mais utilizados nas indústrias. Esses dois métodos facilitam a movimentação dos materiais
dentro da linha de produção porque seu controle é visual. Isso toma ainda mais ágil a reposição
de matéria-prima, evitando a parada da linha de produção por falta de insumos.
A movimentação de materiais serve para fornecer materiais necessários para a produção,
atendendo ao fluxo de forma mais eficiente. Para que tudo funcione em perfeita ordem, é
necessário também que o setor de produção informe a necessidade de insumos e matérias-
primas que serão utilizadas no processo produtivo. Assim, ambos os setores continuarão
trabalhando em perfeita harmonia.
EMBALAGENS
Tipos de embalagens
As embalagens podem ser classificadas em quatro tipos:
a) Primária: a embalagem está em contato direto com o produto;
b) Secundária: fica em contato direto com a embalagem primária;
c) Terciária: acondiciona as embalagens primárias e secundárias, e tem a finalidade
principal de facilitar a movimentação dos materiais dentro e fora da empresa;
d) Quaternária: embalagem utilizada no transporte dos três tipos anteriores.
Vejamos, a seguir, uma figura mostrando o exemplo de cada uma dessas classificações.
Esses quatro tipos de embalagens podem variar de acordo com a função de cada uma,
necessidade do cliente e ramo de fabricação da empresa.
A seguir, vamos entender o que significa unitizar e como essa técnica deve ser feita com
esses recipientes.
Unitilização
Unitização quer dizer agrupamento de produtos em uma única carga, formando um só
volume ou uma só embalagem. É o mesmo que pegar várias caixas e colocá-Ias em uma única
caixa maior, ou em um único palete, para que seja possível carregar vários volumes de uma só
vez.
Unitização de embalagens
o manuseio através da unitização é feito com a embalagem terciária. Em alguns casos (no
ramo logístico, principalmente), essa unitização também é chamada de paletização, estratégia
em que várias caixas são colocadas em cima do mesmo palete, fazendo com que sejam
movimentados vários volumes ao mesmo tempo.
A unitização facilita bastante na hora de carregar as mercadorias, principalmente durante
o método de conteinerização, que estudaremos a seguir.
Conteinerização
Conteinerização é um método de embalagem bastante utilizado no ramo logístico.
Nesse método de carregamento, os produtos são colocados dentro de contêineres e estes são
transportados.
* Transbordo: ato ou efeito de passar mercadorias, passageiro, etc., de um meio de transporte para outro, podendo
o meio de transporte ser do mesmo tipo ou não.
** Mercado varejista: instituição que vende produtos de vários tipos, em pequenas quantidades.
Conforme vimos na figura anterior, para cada grau de risco existe uma etiqueta e um
recipiente específico. Esses riscos são separados por classe e cada uma é determinada de
acordo com os produtos a serem carregados. Vejamos essa classificação no quadro a seguir.
Vamos analisar o gráfico dos dados que foram expostos na tabela anterior.
Embalagens reutilizáveis
CARACTERÍSTICAS
As características do produto determinam a fragilidade do mesmo, quando submetido
a movimentações logísticas. Saber o limite que um produto suporta ao passar por algum tipo
de esforço sem danificar suas características nem perder suas propriedades é essencial para
determinar a forma que o produto será embalado.
A avaliação da fragilidade e das características está associada ainda ao tipo de embalagem
e à necessidade de inserir componentes envolvendo o produto, a fim de amortecer os possíveis
impactos, como mostra a figura seguinte.
VIDA ÚTIL
O tempo de vida útil também é considerado um fator importante para tomada de decisão,
no que se refere ao tipo de embalagem aplicado a um produto e na forma de envolver o mesmo.
Os alimentos são produtos que exigem cuidados ao serem embalados, pois são muito
sensíveis e sofrem alterações no seu tempo de vida útil, quando submetidos a temperaturas
elevadas e umidade excessiva. No entanto, a depender do método utilizado para a embalagem,
eles podem ter maior durabilidade. As embalagens ativas, por exemplo, geralmente utilizadas
em alimentos, possuem componentes em sua composição, que ajudam na conservação dos
produtos e no aumento de sua vida útil.
A figura anterior mostra a diferença entre as formas de embalar e como ela pode influenciar
na durabilidade de um alimento. O café a vácuo possui um tempo de vida útil maior que o café
almofada. Além do processo de empacotamento ser diferente, a embalagem do café a vácuo
possui uma camada de alumínio que impede o contato com o oxigênio e umidade do ar. Essas
propriedades afetam a qualidade do produto, uma vez que o mesmo oxida mais rapidamente ao
ser submetido a esses fatores.
Até então falamos bastante sobre o ato de embalar produtos, mas isso não é tudo que
um programador e controlador de produção precisa conhecer para efetuar uma boa gestão.
No próximo tópico, traremos conceitos importantes referentes ao processo de movimentação
dessas embalagens entre a indústria e o comércio.
Gerenciar o fluxo de entrada de embalagens vazias e saídas cheias pela própria empresa
facilita o atendimento de demandas e identificação das necessidades de reposição ou liberação
de material. Tudo isso interfere diretamente no custo, uma vez que esses fatores permitem avaliar
o nível do estoque mínimo e, por consequência a compra e venda de produto armazenado.
Agora que entendemos como funciona o processo de entrada e saída, vamos estudar um
pouco sobre como escolher as embalagens adequadas.
Na figura anterior, temos uma caixa em formato de retângulo, sendo o volume resultado
da multiplicação das suas dimensões: 6m3. Conhecendo o volume de cada caixa e o quantitativo
previsto delas, temos o volume total ocupado no veículo. A partir disso, podemos definir qual
será o tipo de transporte a ser utilizado (caminhão ou avião, por exemplo) e a quantidade
necessária para entregar determinada demanda de embalagens.
Locais de guarda
Também conhecidos como almoxarifados e depósitos, os locais de guarda são espaços
destinados ao estoque de materiais. Esses espaços geralmente são definidos de acordo com a
necessidade de armazenagem do produto e sua embalagem.
Existem diversos fatores que influenciam o processo de estocagem do material e que
precisam ser avaliados no momento em que os mesmos são acomodados:
a) Umidade e luminosidade: manter produtos em locais secos e arejados garantem maior
proteção da sua embalagem no quesito umidade e luminosidade, uma vez que esses fatores
atingem diretamente as condições do produto;
b) Empilhamento: tamanho de caixas, metragem máxima de altura e largura são cuidados
necessários ao empilhar embalagens. Este tipo de preocupação evita danos aos produtos e
quedas com risco de acidentes;
c) Temperatura: manter o local em temperatura ambiente ou de acordo com a que o
mesmo necessita é um fator bastante relevante que influencia diretamente na qualidade do
produto. Produtos alimentícios, por exemplo, quando expostos a uma temperatura elevada,
possuem sua vida útíl reduzida;
d) Contaminação: produtos químicos e essências muito fortes podem alterar as condições
reais do produto e, por isso, influenciar na qualidade do mesmo. Os locais de guarda das
embalagens precisam estar de acordo com as suas propriedades, de modo a não sofrer
interferências na sua composição;
LOGÍSTICA REVERSA
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a logística reversa refere-se às
medidas adotadas para viabilizar o retorno das embalagens às indústrias e a correta destinação
das mesmas, de modo a reaproveitá-las em seu processo produtivo ou descarte adequado,
sem causar danos ao meio ambiente.
LOGÍSTICA VERDE
A análise dos impactos sociais e arnbientais causados pelas operações logísticas em
geral corresponde ao que chamamos de logística verde. Geralmente, refere-se à gestão desses
impactos com o objetivo de propor atividades e soluções para questões, como: diminuir a emissão
de resíduos no meio ambiente, aumentar o reaproveitamento de embalagens e condicionar as
mesmas de maneira adequada, a fim de reduzir o seu descarte.
SOFTWARES
MRP I
MRP I ou apenas MRP significa Material Requirement Planning, que traduzindo para o
português significa: Planejamento das Necessidades de Materiais. O MRP usa uma filosofia de
planejamento para controlar todo o fluxo e fabricação dos produtos.
O foco principal é a elaboração de um plano de suprimentos de materiais, seja interna ou
externamente, que atenda a toda demanda sem deixar que falte material durante a produção.
O MPR I permite que sejam avaliados qual e quanto de cada tipo de matéria-prima será
necessário para fabricar um determinado produto, permitindo que todos os setores envolvidos
tenham acesso a essas informações. Por exemplo, para fabricar uma cadeira, é preciso
determinar quais recursos serão utilizados na produção desse item, conforme a figura anterior.
MRP II
O MRP lI, que significa Manufacturing Resources Planning, ou em português: Planejamento
de Recursos da Manufatura, cuida do planejamento dos materiais que vão entrar na linha de
produção, especificação e quantidade de recursos que serão utilizados, o momento em que
os recursos deverão entrar na fabricação, dentre outros processos que estejam diretamente
envolvidos na produção.
Uma das funções do MRP II é integrar os setores de produção e vendas da empresa,
para que eles compartilhem das mesmas informações e tenham acesso a todo o fluxo seguido
pelo material, desde a entrada da matéria-prima na fábrica até o fim da produção. Dessa forma,
ambos os setores poderão visualizar quanto foi utilizado de cada insumo durante o processo.
O controle de materiais através do MRP II melhora o serviço oferecido pela empresa
através do cumprimento dos prazos de entrega dos produtos no cliente, além de reduzir custo
com estoque, uma vez que opera de acordo com a demanda.
Novas tendências
Tendência significa aquilo que leva alguém a seguir um determinado caminho ou agir
de certa forma e, no ramo da indústria, significa adquirir novas tecnologias com o objetivo
de facilitar o processo e a gestão. As novas tendências industriais são planejadas para que
as empresas acompanhem a modernização e se tornem cada vez mais atualizadas. Essa
atualização normalmente está mais focada nos sistemas de softwares que são a chave para o
controle de informações de uma instituição.
Nas últimas décadas, a tecnologia tem avançado com uma velocidade surpreendente,
transformando ideias em realidade. Quem imaginaria que aqueles aparelhos telefônicos
enormes que existiam na década de 1990 se tornariam minicomputadores de bolso? Ou então,
que acessar à internet ficaria tão simples com apenas um toque na tela de um computador ou
aparelho celular?
Se em algum momento achamos que já vimos tudo, surgem mais novidades no mercado
para nos deixar ainda mais surpresos. Vamos conhecer alguns exemplos a seguir.
IMPRESSÃO 3D
Uma forte tendência que já se tornou realidade e vem se modernizando cada vez mais é
a impressão 3D. Essa tecnologia permite imprimir as mais diversas formas de objetos, como a
impressão de seu próprio rosto e até próteses utilizadas para reabilitação de deficientes.
Na área industrial, a impressão 3D traz a ideia de criação de peças utilizadas em máquinas
e equipamentos ou até simulação de protótipos (testes, simulação da criação de produtos).
Apesar de não ser uma tecnologia tão recente, por se tratar de uma tecnologia diferenciada,
a aquisição e utilização de uma máquina impressora traz custos, como: mão de obra operacional
qualificada, aquisição de softwares simuladores e manutenção dos equipamentos. Porém, ainda
assim, temos um custo benefício relativamente bom, visto que a impressora possibilita criar, por
exemplo, peças de elevado custo.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
Outra tendência no mundo dos softwares chama-se: automação industrial. E o que
significa?
Quando falamos em automação, estamos nos referindo ao controle de processos feitos de
forma dinâmica, através de um software de controle. Geralmente são utilizados na implantação,
simulação, monitoramento de etapas industriais e gestão do processo por meio de uma única
base de dados.
Muitos dizem que a autornação industrial trouxe um significativo aumento na taxa de
desemprego, uma vez que ela permite a substltuição da mão de obra humana por máquinas.
Porém, devemos lembrar que essa novidade exige uma qualificação de profissionais, os quais
precisam conhecer não somente os softwares de controle, mas também todo o processo
de fabricação. Essa qualificação está associada ao avanço tecnológico do país, pois ela é
necessária para o crescimento da economia e condições de vida.
DRONES
Atualmente bastante conhecido no mercado, os drones são uma revolução quando o
assunto é visualizar algo a distância. Mas esses aparelhos já estão sendo utilizados para outros
fins, como fazer pequenas entregas.
Drone
Algumas empresas resolveram apostar nessa tecnologia para encurtar o tempo de entrega
de seus produtos ao cliente.
NUVEM
Quem já deve ter ouvido essas frases: salve na nuvem! Vamos guardar na nuvem! E ficou
se perguntando: o que é isso? Vou ter que voar até uma nuvem para guardar minhas coisas lá?
Essas expressões não se referem à nuvem que vemos no céu. Nuvem é uma nova tendência
em armazenamento de dados e arquivos sem sobrecarregar seu computador ou dispositivos
móveis como pen drive ou cartão de memória.
RFID
A Radio Frequency ldentification (RFID), em português, Identificação por Rádiofrequência,
é uma tecnologia recente que utiliza a frequênda de rádios como forma de armazenar e manipular
dados em um determinado sistema. Considerada como uma evolução de sistemas de captura
de dados, o RFID funciona como uma espécie de código de barras, sendo que a leitura é feita
de forma diferente, utilizando radiofrequência.
A tecnologia RFlD armazena dados em uma etiqueta e transmite o mesmo ao aproximá-Ia
do leitor, tomando a identificação mais ágil e dinâmica, facilitando sua utilização.
Diante de várias aplicações, na área da logística, a tecnologia RFID é utilizada para
armazenar e identificar produtos no estoque, facilitando o gerenciamento do fluxo de entrada
e saída dos materiais. Além disso, essa tecnologia está presente em sistemas de segurança
e liberação de acessos, como o local em que o colaborador registrar sua entrada e saída da
empresa. Esse tipo de transmissão de dados pode ser aplicado não somente como um leitor
de etiquetas. Existe também a utilização do RFID para proteção de furtos e roubos, em que
é possível rastrear cargas, empresas e transportadores que possuem este tipo de coleta de
dados.
VANTAGENS
Como vantagens do sistema OPT podemos citar a redução do tempo de fabricação de
produtos e redução de estoques, uma vez que a tendência é a eliminação total de gargalos e o
não acúmulo de produtos em estoque, que geram custos significativos. Esse sistema também
torna possivel a análise e eliminação das falhas existentes durante o processo de fabricação.
DESVANTAGENS
Com relação às desvantagens do sistema OPT, podemos afirmar que ele é muito
centralizador e não possui o armazenamento de históricos de falhas no processo, o que pode
dificultar a identificação de problemas (gargalos).
CUSTOS DO PRODUTO
Custos são gastos que a empresa realiza para produzir bens e serviços. logo, todos os
produtos apresentam custos ao serem fabricados, que precisam ser fielmente identificados.
Na indústria moderna é possível identificar custos relacionados aos softwares utilizados
no processo produtivo. Os softwares facilitam o gerenciamento de informações relacionadas às
diferentes etapas de fabricação, como a aquisição de matéria-prima e embalagem.
A relação de softwares com o custo do produto está associada aos novos sistemas que
agregam valor diretamente ao produto em si. Geralmente, eles são aqueles que envolvem
o processo de fabricação, como: aquisição de matéria-prima, processamento da mesma
embalagem, etc. A tecnologia RFlD pode ser algo tratada como custo do produto, visto que ela
implica na utilização de etiquetas que permitem a leitura e captação de dados, ao invés de um
código de barras, por exemplo.
CUSTO INDUSTRIAL
O custo industrial refere-se ao total dos gastos na fabricação de um produto e inclui a
soma de três despesas, que são: os materiais diretos, a mão de obra direta e os custos indiretos
de fabricação.
a) Materiais diretos: são todos os materiais consumidos na fabricação que, após as
operações de transformação, dão origem ao produto. Como exemplo, as matérias-primas e os
materiais de embalagens;
b) Mão de obra direta: é composta pelas remunerações e encargos dos operários que
trabalham diretamente na produção;
c) Custos indiretos de fabricação: referem-se a todos os outros custos existentes para o
funcionamento da fábrica, por exemplo: o pessoal que trabalha na administração.
Vale ressaltar que a automação, por exemplo, é um custo que está associado à produção,
uma vez que esse recurso facilita todo o processo de produção industrial.
CUSTO FINAL
O custo final é o somatórío de todos os custos envolvidos na fabricação, armazenagem,
transporte, comercialização, tributos, etc, de um produto, a fim de se determinar o preço de
venda deste no mercado, visando garantir o lucro.
Por exemplo, um cálculo feito baseado na utilização de tecnologias durante a fabricação
determinará como esse valor será repassado ao cliente. Para compreendermos o custo
final, vamos pensar no preço cobrado por dois produtos idênticos: leite de vaca líquido. No
supermercado, você encontra o mesmo litro de leite, porém de marcas diferentes: leite A e leite
B. O leite A custa aproximadamente o dobro do valor do leite B. Mas, por que essa diferença se
os dois representam o mesmo produto final e vão te satisfazer do mesmo jeito? A diferença é
muito simples: o custo associado à fabricação e ao produto reflete no custo final. Como assim?
O leite A é fabricado em uma indústria. Ele foi extraído por meio de um equipamento
instalado na vaca, o qual tira o leite de forma automática, sem precisar do esforço humano.
Após sua retirada, o leite passa por uma envasadora que separa cada litro em uma embalagem,
de maneira rápida e prática, passando por um controle de qualidade rigoroso durante suas
etapas de produção, Além disso, a embalagem do leite A é personalizada, com código de barras
e marca registrada da fábrica. Já o leite B é fabricado em uma fazenda, cujo leite é retirado
pelas mãos de fazendeiros e, depois, é ensacado em plásticos simples por trabalhadores da
própria fazenda.
No exemplo dado, observamos que a diferença do custo do produto ocorre através da
separação e da embalagem do leite e que o custo industrial é dado pela maneira em que o leite
é retirado e embalado.
Para a fabricação do leite A, é necessário o uso de tecnologias avançadas. Isso leva
a um aumento de custos com investimentos em mão de obra qualificada. Por Isso, surge a
necessidade de aumentar o valor do produto e de repassar essa despesa para o cliente. Já a
fabricação do leite B traz uma forma mais “caseira” de ser produzido, necessitando de poucos
funcionários. Dessa forma, a produção do leite B envolve menos gastos financeiros, pois o
processo de obtenção e embalagem ocorre de forma mais simples. Devido a isso, o seu custo
final será menor do que o leite A.
PROGRAMAÇÃO DE PRODUÇÃO
PROGRAMA MESTRE DE PRODUÇÃO
A figura acima representa as etapas do PMP. Neste capítulo, veremos como acontece
este processo, as fases do PMP diante da necessidade de venda, especificações de pedido
dos clientes, emissão da OP*, tendo relação direta com lead time de produção que precisa ser
atendido no prazo preestabeleddo, dentro das normas de produtividade.
Necessidade de venda
Mais difícil que conquistar um cliente é mantê-to na organização. Por isso, antes de vender
ou lançar um produto, bem ou serviço no mercado, é necessário identificar a real necessidade
que o cliente terá para adquiri-lo. Qual será o público-alvo, a forma como será vendido, os
desejos que este produto irá despertar no cliente.
Neste caso, existem alguns tipos de necessidades humanas a serem analisadas, porém,
as principais são:
a) Necessidade básica: é uma necessidade comum, porém indispensável para o dia a
dia. O cliente sempre será induzido a comprar, já que sua necessidade falará mais alto, por
exemplo, necessidade alimenticia. Se um colaborador dedica o dia inteiro de trabalho em uma
indústria, ele precisará comer para se manter disposto ao trabalho.
b) Necessidade instantânea: a situação do momento é que fará a necessidade do cliente,
por exemplo, fazer o reparo do pneu furado do carro. Se não houver este conserto, o carro não
terá como sair do lugar, consequentemente, o condutor também não, já que está dependendo
do veículo para se locomover.
c) Necessidade de realização pessoal: o cliente não precisa necessariamente do produto,
mas imagina em adquirir algum dia, pensando, por exemplo, “talvez um dia eu compre...”, “acho
que agora posso comprar...”. É nesta necessidade que o vendedor deve se empenhar para
ganhar a atenção do cliente, não apenas no pensamento e vontade futura de obter algo, mas
em concretizar esses desejos.
No ramo de vendas, também podem acontecer imprevistos e evitá-Ios é uma boa saída
para não haver constrangimentos ou até mesmo prejuízos para a empresa. Há algumas formas
de fazer isso, uma delas é a estimativa ou previsão de vendas.
Para evitar os imprevistos, a área de vendas costuma trabalhar com previsão de vendas.
Estas estimativas são de suma importância para o desenvolvimento de vendas da organização,
além de trazer muitos benefícios que são:
a) Otimização* de recursos;
b) Estar preparadas para responder às crescentes necessidades de mercado;
c) Setores mais organizados, interligados entre si e com objetivos bem definidos;
d) Evitar imprevistos de falta de estoques;
e) Ações de marketing mais eficientes;
f) Maior controle e acompanhamento das ações de venda.
Por isso que uma boa coordenação sobre estimativa de vendas dentro de uma empresa
é tão importante para a organização.
Pedidos de clientes
Pedido de clientes é o que foi solicitado pelo consumidor ao departamento de vendas, ou
seja, tudo que foi comprado e precisa ser atendido.
Para atender a um pedido de compra feito pelo cliente, o departamento de vendas precisa
levantar duas informações importantes: a primeira é saber se existe alguma quantidade de
material pronto e que esteja disponível no estoque e o segundo é que caso precise fabricar,
saber quando o produto estará finalizado para atender à demanda. Assim, o setor de vendas
conseguirá negociar melhor com os clientes.
O bom controle de pedidos dos clientes podem trazer muitos benefícios para uma
empresa, como:
a) Torna mais fácil a realização e inserção do pedido no sistema interno da empresa;
b) Mantém a satisfação do cliente;
c) Melhora a confiabilidade das informações;
d) Mantém mais precisas as informações sobre os pedidos, como por exemplo, a
quantidade correta a ser produzida;
e) Retorno rápido aos questionamentos dos clientes;
f) Melhor relação com outros setores, sem pôr em dúvida os dados do que foi solicitado.
Departamento de vendas
Na maioria dos casos, o pedido é atendido diretamente pela fabricação porque várias
empresas trabalham com o sistema just in time*. Estudaremos esse sistema um pouco mais
adiante. Quem disponibilizará essas informações é o setor de Planejamento e Controle de
Produção (PCP), que informará qual será o plano para atender ao pedido, qual será sua ordem
na fila de produção e o prazo em que o produto estará finalizado.
* Just in time: produção de acordo com a demanda (produz apenas o que foi vendido).
Fluxo de pedido
O pedido de cliente poderá ser atendido diretamente pelo departamento comercial. Para
isso, este setor precisa saber a quantidade e quando o produto estará disponível para atender
à demanda. Dessa forma, conseguirá negociar melhor com os clientes. Em alguns casos, o
pedido poderá ser atendido diretamente através do estoque do produto acabado e, em outros,
através dos recebimentos programados de matéria-prima para fabricação. Quem disponibilizará
essas informações é o departamento de PMP, que informará qual será o plano para atender ao
pedido, se através do estoque ou da fabricação, e o prazo em que o produto estará disponível.
Vejamos a seguir um modelo de pedido de venda, que contém todos os dados necessários
para a fabricação do produto, tais como descrição do item vendido, quantidade, dados do cliente,
data do pedido e prazo de entrega.
Para que o produto saia como desejado, o cliente pode descrever detalhadamente como
deseja que seu produto seja fabricado ou até mesmo enviar uma imagem ilustrativa ou de algo
que eIe já possui em sua empresa. A seguir, veremos um exemplo de uma imagem enviada pelo
cliente para produção do item solicitado.
Cadeira de balanço
Na figura acima, vimos a imagem de uma cadeira a ser produzida. A partir deste ponto,
o setor comercial irá inserir o pedido de venda no sistema para que sejam dadas as tratativas
necessárias e assim iniciar o processo de produção. Para que isto aconteça, é necessário emitir
um documento interno chamado Ordem de Produção (OP). Neste documento, será especificado
cada item que irá compor o produto. É o que iremos aprender logo a seguir.
Agora vamos explicar a especficação de cada dado exposto na OP para que você entenda
melhor como este controle funciona:
a) Código do produto: código criado internamente pela empresa a fim de identificar cada
produto, individualmente;
b) Descrição do componente: descrição da matéria-prima que irá compor o produto
acabado;
c) Un. Med.: unidade de medida da matéria-prima, por exemplo: un, kg, ml, I, etc;
d) Quant.: quantidade de cada item que será usado na montagem do produto;
e) Pedido de venda: quantidade vendida;
f) Total MP: total de matéria-prima utilizada de cada item;
g) Produzir: quantidade a produzir;
h) Comprar: necessidade de compra, caso o sistema sinalize que não há determinada
matéria-prima em estoque;
i) Já entregue: em caso de entrega parcial, o sistema indica quantos itens já foram
utilizados na produção do material. Assim, temos noção da quantidade de produto acabado que
já foi entregue ao cliente;
j) Saldo: em caso de entrega parcial, o sistema indica quantos itens ainda faltam ser
utilizados para assim obtermos a informação de quantos produtos acabados faltam produzir.
Não foi tão difícil, certo? Vamos tentar mais uma vez?
O cliente Wooden Seats gostou tanto da cadeira recebida que resolveu fazer um novo
pedido, comprando um conjunto de mesa e cadeiras. Só que desta vez o cliente não nos enviou
a imagem da mesa; ele manteve o mesmo modelo de cadeiras, porém com pernas fixas (não
será com balanço), e quer uma mesa nova.
Para este exemplo, usaremos o mesmo sistema para emitir a OP, porém desta vez
teremos que elaborar um modelo de mesa a produzir. Tenho certeza que encontraremos um
modelo bem atrativo para o cliente. A seguir, veremos o pedido de venda do cliente Wooden
Seats e a partir dele, será emitida a OP.
É necessário que haja insumos no estoque para que uma OP seja emitida, para a produção
não correr o risco de parar toda a linha aguardando até que a indústria possa disponibilizar
a quantidade de itens necessários. Bem, agora que já estudamos sobre pedido de venda e
emissão de OP, precisamos elaborar um modelo para o conjunto de mesas de cadeiras do
cliente Wooden Seats. O que sugere?
Vamos ajudá-Io! Encontramos um conjunto de mesa e cadeiras que vai atender à
necessidade do nosso cliente, Combina com o modelo das cadeiras que já foram produzidas
anteriormente. Na sequência, as OPs estarão de acordo com os itens solicitados.
Vamos ao trabalho?
Como os produtos são diferentes, é necessário emitir uma OP para cada um, pois, eles
precisarão de componentes específicos. Veremos em seguida como emitir essa ordem de
produção para cada item.
Depois destes exemplos, emitir uma ordem de produção não será tão difícil, não é mesmo?
Qualquer dúvida também pode ser tirada com seu tutor ou professor.
A OP é o que mantém o funcionamento da produção da empresa. Já pensou em como
seria complicado organizar este setor sem as OPs?
Lembrando que este é apenas um modelo dentre várias Ordens de Produção utilizadas
nas organizações. As OPs podem variar de cor, tamanho, leiaute, forma de impressão, inclusive
de sistema, já que cada empresa tem seu sistema próprio e você precisará conhecê-lo durante
sua rotina de trabalho.
O lead time também pode ser determinado para cada processo, separadamente. É o que
chamamos de lead time produtivo ou lead time de produção, conforme figura a seguir:
CUSTO
Custo é toda despesa exercida na fabricação de um produto ou na prestação de serviços.
Estes custos podem ser caracterizados em:
a) Custo fixo: são aqueles que não sofrem alteração de valor, mesmo que haja aumento
ou diminuição da produtividade, independente do nível de atividade, como por exemplo: aluguel
de galpões, manutenção de limpeza, salários administrativos, etc.;
b) Custo variável: são aqueles que sofrem alteração de valor, de acordo com o nível de
produção ou atividade. Exemplo: comissões, compra de matéria-prima, água, energia, etc.;
c) Custo direto: são aqueles atribuídos diretamente sobre o produto, a atividade exercida
ou departamento. Exemplo: hora extra, material de embalagem, etc.;
d) Custo indireto: são aqueles não atribuídos ao produto e dependem de cálculos.
Exemplo: mão de obra terceirizada;
e) Custo por absorção: são aqueles em que todos os produtos feitos acabam absorvendo
os custos de todos os gastos relativos à fabricação, independente deste custo ser fixo, variável,
direto ou indireto.
Esse sistema foi lançado pela primeira vez no Japão pelo engenheiro mecânico Taiichi
Ohno. Também é conhecido como Sistema Toyota de Produção por focar na redução de
desperdício. Na Toyota, a aplicação do lean enxugou o processo da linha de montagem de
automóveis, diminuindo o tempo entre as tarefas, aumentando o nível de qualidade da mão de
obra, reduzindo significativamente os desperdícios.
A aplicação do lean manufacturing sem dúvida traz inúmeros benefícios para as
organizações que o utilizam, porém é indispensável que haja colaboração de toda empresa
para que esta ferramenta continue dando certo e o fluxo produtivo permaneça eficiente.
A finalidade desta ferramenta é reduzir o tempo de produção e identificar e eliminar os
desperdícios, A figura a seguir demonstra, de uma forma simplificada, quais são eles:
Para que estas perdas sejam identificadas, é necessário realizar uma análise criteriosa
a fim de avaliá-Ias individualmente, uma vez que estão afetando diretamente a operação,
trazendo custo para a empresa.
Se cada setor reconhecer os seus desperdícios e repará-los, ficará ainda mais fácil
eliminá-Ias. Lembre-se: o que não pode ser mensurado, não tem como ser melhorado.
Após o levantamento destes dados, já é possível obter um lead time de todo o processo
e repassá-Ia ao cliente.
A seguir, vamos aprender como calcular o tempo de produção, utilizando o pedido da
Wooden Seats. Estes cálculos serão representado por dados e figuras.
O objetivo das empresas é reduzir o tempo de produção. Para que isso aconteça, a
organização deverá estudar todo tempo utilizado nos processos a fim de minimizá-los, No
momento de passar o lead time para o cliente, deve-se levar em consideração todo o período
desde a saída de matéria-prima do fornecedor até sua chegada à empresa, passando por
todo processo produtivo, embalagem, separação, até o produto acabado ser disponibilizado no
estoque para futura expedição.
Cabe destacar que o profissional qualificado em controlador e programador de produção
poderá atuar em empresas de diversos segmentos. Porém, a mesma estratégia de trabalho
poderá ser utilizada em todas elas.
ARMAZENAGEM
Para manter o fluxo logístico em ordem, é importante que a empresa tenha um controle
de armazenagem eficiente. Além de melhorar a localização dos materiais, ele organiza o layout
da empresa, podendo proporcionar um visual estético agradável aos clientes que visitam a
organização.
Neste capítulo, vamos estudar algumas técnicas de armazenagem como controle de esto
que (classificação, estoque médio e ponto de ressuprimento, empenho e lista crítica de mate
riais). Vamos falar um pouco sobre insumos e algumas maneiras de aplicá-lo em determinados
produtos acabados e abordaremos sobre o controle de armazenamento das embalagens, con
forme sua capacidade física.
Existem vários métodos de armazenamento e práticas que melhoram o processo produtivo
que envolve toda a empresa. Estas técnicas permitirão que o profissional qualficado em con
trolador e programador de produção desenvolva novas práticas de armazenagem em seu dia
a dia.
Estoque
O estoque é o armazenamento de materiais para venda ou consumo próprio. Também
pode ser considerado como uma forma da empresa se prevenir contra imprevistos, evitando a
falta de insumos ou matérias-primas durante o processo produtivo. Este abastecimento aborda
técnicas que melhoram a movimentação e o abastecimento das linhas de produção, assim
como o cálculo do estoque médio e ponto de ressuprimento.
Gestão de estoques
Classificação
Há duas formas de classificar o estoque dentro de uma empresa. Vejamos a seguir.
a) Estoque físico: estoque de materiais visíveis, que você pode ver e contar um por um.
Esses materiais podem variar desde produtos utilizados diretamente na linha de produção
(insumos, matéria-prima, produto acabado e semiacabado), até materiais de uso diário da
organização (material de escritório, limpeza, manutenção e outros). Os tipos de estoque, assim
como o nível da quantidade de materiais que serão armazenados, dependem do segmento de
atuação de cada empresa;
b) Estoque contábil: é o estoque que “não se pode ver”, apenas contar. Como assim?
Estes dados ficam dentro do sistema utilizado nos computadores da empresa. Este sistema
é abastecido com dados numéricos que são retirados da contagem de materiais no estoque
físico. Essa contagem se chama inventário.
INVENTÁRIO
Inventário é a contagem realizada para comparar a quantidade de material existente no
estoque físico com o material existente no estoque contábil. O inventário pode ser realizado em
vários períodos, dependo da sistemática adotada por cada empresa. Na maioria dos casos, é
feito uma vez por mês (normalmente no final do mês) para fechamento dos processos internos
da empresa (vendas, faturamento, produção, etc.), e um inventário geral no final do ano, para
balanço de tudo que foi produzido e vendido na empresa durante o ano vigente.
Quando essa comparação apresenta divergência, devem ser feitas as devidas reparações
e analisar onde, quando e como ocorreu a falha. Normalmente, essas divergências são
decorrentes de erros durante o lançamento dos dados do estoque físico no sistema. Também
podem acontecer por causa de uma expedição equivocada, ter vendido um produto “A” e
distribuído um produto “B”, logo estará faltando o produto “A” no sistema e sobrando produto
“B”. Vejamos um exemplo a seguir.
Inventário mensal
Na tabela anterior, foi possível verificar que houve divergência no inventário realizado.
No produto A, foram encontrados fisicamente 1.300 unidades, porém no sistema interno da
empresa havia 1.302, ou seja, duas unidades a mais. Já no produto B, havia 2 unidades a mais
no físico. Resumindo, tivemos duas faltas no produto A e duas sobras no produto B.
Suponhamos que o equívoco foi apenas no lançamento destes dados no sistema.
Precisará ser feita a retificação. Como faremos isto?
Vamos retirar do sistema dois itens do produto “A” e transferir este saldo para o item “B”.
Assim, ambos ficarão com a quantidade correta.
Para que você fique familiarizado com os termos logísticos utilizados nas empresas para
estes casos, vamos explicar como estas movimentações no sistema são chamadas:
a) Dar entrada: Inserir quantidade de um determinado produto no sistema;
b) Dar saída ou dar baixa: retirar ou excluir um determinado produto do sistema;
c) Transferir saldo: retirar saldo de um produto e colocar em outro.
Ajuste de Inventário
O inventário também pode ser feito através da classificação dos itens da empresa, de
acordo com seu valor agregado e quantidade utilizada.
Estoque médio
Estoque médio é a soma do que foi consumido ao longo de um determinado período
predeterminado, dividido pela quantidade de tempo em que este mesmo produto foi utilizado.
Por exemplo:
Nesta tabela, o saldo do estoque ao final do ano totalizou 25.000 itens. Ao dividirmos este
saldo por 12 (total em meses no ano), teremos o valor do estoque médio consumido no ano
vigente.
Ern = 25.000 /12
Em = 2.083
Ponto de Ressuprimento - PR
Exemplo 1:
O consumo de uma peça é de 30 unidades por mês, seu tempo de reposição é de 2
meses. Qual o ponto de ressuprimento desta peça?
Consumo mensal: 30 unidades (média diária 30/30 = 1)
Tempo de Reposição: 2 meses (tempo em dias 30 x 2 = 60)
PR= 1 * 60
PR= 60 unidades
Quando a quantidade desta peça atingir 60 unidades no estoque, será preciso inserir o
pedido de compra deste item. Agora vamos colocar estes dados em uma tabela?
Note na tabela anterior que, quando o estoque final atinge um valor menor que o valor do
PR, a tabela já sinaliza que precisa inserir um pedido de compra para a peça "A". Os demais
itens ainda estão com as quantidades abaixo do PR, logo, ainda não precisam ser comprados.
Vale ressaltar que, ao se analisar a fórmula do PR, pressupõe-se que a chegada de
material acontecerá antes que a última unidade de estoque seja expedida a um cliente. Quando
não se tem certeza da demanda, é recomendável o uso de estoque de segurança. Para calcular
o ponto de ressuprimento a partir do estoque de segurança, utilizaremos outra fórmula. Veja a
seguir:
PR = (D * T) + ES, em que:
PR = ponto de ressuprimento em unidades de produto
D = demanda diária média
T = duração média do ciclo de atividades
Vamos usar os dados do exemplo 1 para explicar este cálculo, mas, desta vez, iremos
inserir o valor do estoque de segurança na fórmula para compor o exemplo 2.
Exemplo 2:
O consumo de uma peça é de 30 unidades por mês, seu tempo de reposição é de 2 meses.
Qual é o ponto de pedido, uma vez que o estoque mínimo deve ser de 1 mês de consumo?
PR = (1 * 60) + 30
PR = 60 + 30
PR = 90
Quando a quantidade desta peça atingir 90 unidades no estoque, será preciso inserir o
pedido de compra deste item.
Observação: estas letras (PR, D, T, ES ... ) podem variar de acordo com as nomenclaturas
utilizadas na empresa, porém, conservando o mesmo formato de cálculo.
Para evitar imprevistos durante a produção, fazendo os pedidos de compra no tempo
certo e na quantidade correta, é indispensável a implantação do ponto de ressuprimento.
Lista crítica
Lista crítica, também chamada de lista de materiais críticos, são todos aqueles materiais
que possuem um determinado grau de risco no processo, por exemplo, os que precisam ser
repostos com maior frequência.
Antes de iniciar o planejamento da fabricação de um produto, é necessário analisar a
previsão de consumo dos materiais que serão utilizados nessa produção para que não venham
a faltar. Para isso, é criada uma lista de materiais para cada categoria, dentre elas, a lista de
materiais críticos.
Os materiais que entram na listra crítica podem ser identificados através das seguintes
dassificações:
a) Precisam de uma reposição específica (data e hora para entregar);
b) Têm uma demanda imprevisível (não se sabe ao certo quando será utilizado ou vendido);
c) Muito tempo para ser entregue na fábrica;
d) Possui alto valor agregado (muito caro};
e) Há apenas um fornecedor no mercado;
f) A fabricação é mais demorada;
g) Material perecível*;
h) Material importado, que eleva ainda mais o custo de obtenção (custo de armazenagem,
nacionalização, trâmite de importação, etc).
O ideal é que a empresa tenha sempre um “plano B”, ou seja, busque no mercado mais
de um fomecedor para seus materiais ou até mesmo fornecedores que tenham itens similares
ao seu para lhe suprir quando faltar componentes para fabricar seu produto.
O setor de planejamento deve analisar todos os graus de risco possíveis, antes de iniciar
a fabricação de produtos desta categoria, evitando, assim, imprevistos na produção ou atraso
na entrega do produto ao cliente.
Empenho
Empenho é a técnica de reservar uma determinada quantidade de material em estoque
para que não seja movimentada. Por exemplo: se o setor comercial vendeu 60 unidades de uma
determinada peça e no estoque havia 240, estas 60 unidades vendidas ficarão “bloqueadas”
para qualquer outra movimentação, até mesmo por outro vendedor. Isto evita que os mesmos
itens sejam vendidos ou movimentados por mais de uma pessoa, mais de uma vez.
Vejamos a seguir uma tabela de empenho para explicar melhor como essa técnica
funciona.
Relatório de empenho
Na tabela acima, podemos verificar que foi feita a reserva de alguns itens. Isto impede
que esta quantidade reservada seja movimentada ou que um item seja vendido em duplicidade.
O empenho normalmente é realizado por softwares que controlam o estoque. Cada vez
que um material é reservado, ele entra na lista de prioridades e só pode ser liberado por quem
fez a reserva; do contrário, ele será retirado automaticamente do estoque após ser faturado.
Insumos
Insumos são todos os itens necessários e essenciais para a fabricação de um determinado
produto. Os insumos também são um dos recursos responsáveis por manter o setor de produção
da empresa operando continuamente. Esses recursos podem ser diretos (recursos usados na
produção como máquinas, homens, capital, etc.) ou indiretos (adicionados ao produto final
como matéria-prima, embalagens, etc.). A matéria-prima, por exemplo, é considerada um tipo
de insumo direto, necessário para a produção, pois, vai passar por algum tipo de transformação.
Existem vários tipos de ínsumos, a utilização de cada um deles varia de acordo com
o ramo de atuação da empresa. No quadro a seguir, seguem os tipos de insumos e seus
respectivos exemplos.
Tipos de Insumos
Transformação de matéria-prima
Componentes de tecelagem
Componentes de um televisor
Componentes da tinta
São inúmeros os componentes existentes em cada produto acabado. Estes foram apenas
alguns exemplos para que você entenda como eles são aplicados em alguns materiais.
Materiais indiretos
Alocação de materiais
No modelo de ordem de produção que exibimos acima, foram alocados todos os itens que
serão utilizados para fabricação de uma caneta. Posteriormente, estes itens são distribuídos
pela linha de produção, alocados em seus devidos lugares para iniciar a fabricação.
Materiais improdutivos
Estes materiais são considerados insumos improdutivos porque se entende que, para
se fabricar um material de qualidade e esteticamente bem conservado, faz-se necessário um
ambiente fabril limpo e organizado.
Embalagens
A embalagem é um item indispensável para a conservação do produto. Ela serve para
garantir a quali
dade e segurança do material durante o manuseio, tornando-se um item
importante para movimentação dos materiais dentro de uma empresa.
Ao investir nas embalagens, o produtor/fornecedor ganha vários benefícios como, por
exemplo, ajuda a proteger o seu produto, garante que o material chegue ao cliente final em
perfeito estado, melhora a aparência estética do produto, chamando ainda mais a atenção do
cliente, permite que se movimente uma quantidade maior de materiais de uma única vez.
Nos tópicos a seguir, estudaremos sobre como controlar o estoque das embalagens de
acordo com sua capacidade e a forma de alocá-las, aproveitando melhor todo espaço disponível
no armazém.
As caixas abertas ocupam bem menos espaço no armazém, diferente das caixas
fechadas. Isso faz com que elas possam ser armazenadas em pallets, pois, além de deixá-Ias
mais organizadas, permite que seja em pilhada maior quantidade de volumes, movimentando
várias caixas de uma só vez.
Capacidade das embalagens: peso bruto e líquido das embalagens, volume das embalagens
A capacidade da embalagem pode variar de acordo com suas dimensões e peso bruto.
Cada embalagem tem uma especificação diferente e utilização bem variada. Elas devem atender
às demandas da produção, pois, a quantidade de volumes produzidos é que irá determinar a
quantidade de embalagens que serão utilizadas. Para isto, é necessário analisar os seguintes
itens:
a) Peso bruto e líquido das embalagens: estes fatores têm forte influência na definição
do cálculo de frete. O peso estabelece qual o tipo de veículo irá levar a carga e como ela será
arrumada dentro do caminhão. É simples definir qual é o peso bruto e o peso líquido de uma
embalagem. Veremos a seguir:
● Peso líquido: peso da embalagem vazia, sem o produto;
Tanto o peso bruto como o líquido deve ser contabilizado durante o carregamento. Eles
decidirão a capacidade do veículo que irá transportar os materiais, assim como influenciarão
diretamente no custo do frete.
b) Volume das embalagens: o volume é determinando pelo espaço que a embalagem irá
ocupar, podendo ser no armazém ou no veículo que irá transportá-Ia. Por exemplo: uma caixa
com as dimensões de 1,20 * 1,00 * 1,30 (altura * Iargura * comprimento), multiplicando estes
valores, terá um volume cúbico de 1,53m3.
Algodão prensado
O algodão, além de ser leve, tem um volume muito extenso. A vantagem é que ele pode
ser facilmente compactado, fazendo com que caibam mais volumes na embalagem. Isso vai
facilitar a movimentação e reduzir o custo do frete; do contrário, o frete não irá compensar o
envio, pois será muito volume para pouco peso. A solicitação do veículo deve estar de acordo
com os volumes a serem carregados, senão o frete pode sofrer alterações desnecessariamente.
Por exemplo: uma carga cubada para um caminhão com capacidade de 17 toneladas não pode
ser carregada num veículo de capacidade para 14 toneladas (t). A carga não caberá toda no
veículo, causando transtorno na operação.
Movimentação de embalagens
Essa movimentação tem que ser planejada de forma antecipada para evitar danos aos
materiais durante o percurso.
PRÁTICAS OPERACIONAIS
Máquinas
Máquinas são equipamentos que contribuem para a fabricação de um produto. Necessitam
de energia e trabalho para funcionar e têm o objetivo de atingir uma meta ou propósito esperado.
Estas máquinas podem ser automáticas, por exemplo: empilhadeira, guindaste, teares
etc. ou manuais, como paleteiras, ernpilhadeira manual, dentre outras.
A capacidade produtiva de uma empresa também está relacionada aos equipamentos que
são utilizados na movimentação entre as linhas de produção.
Máquinas
Existem vários tipos de máquinas e sua utilização varia de acordo com o segmento de
cada empresa.
Aqui, não estudaremos os tipos destes equipamentos, mas a forma como devem ser
alocados e disponibi
lizados para atender às necessidades do setor de produção de uma
empresa.
Capacidade instalada
Capacidade instalada é a capacidade máxima de materiais que uma máquina consegue
movimentar ou produzir.
O nível desta capacidade varia conforme quantidade de horas trabalhadas e volume
de materiais produzidos nestas horas. Por exemplo: suponhamos que sejam necessários 20
funcionários para produzir 240 garrafas em 1 hora, todos trabalhando 8 horas por dia. Então
teremos:
Qtd. Funcionários * Qtd. Produtos * Qtd. Horas diárias.
20 * 240 * 8 = 1.920 garrafas produzidas em 1 dia de trabalho.
Cada funcionário deste produz 12 garrafas por hora.
Produção de garrafas
Em alguns momentos, o nível desta capacidade pode reduzir, fazendo com que a produção
não atinja a meta diária esta belecida, como por exemplo, se faltar matéria-prima ou ínsurnos
para a fabricação dos produtos, se algum funcionário se ausentar, etc. Esta redução também
pode ser chamada de capacidade ociosa.
Porém, também pode acontecer o inverso, o nível de produção subir fazendo com que a
capacidade seja elevada. Por exemplo, se os funcionários passarem a trabalhar dez horas por
dia, a produtividade terá um aumento diário de 20%.
Para que haja harmonia no processo produtivo, é necessário que o fluxo de fabricação
esteja alinhado e as máquinas em perfeito estado de manutenção.
Máquinas disponíveis
O tempo de disponibilidade de uma máquina em um determinado processo varia de
acordo com a quantidade que o setor é capaz de produzir ou do tempo em que o equipamento
será utilizado para determinada atividade. Por exemplo: a utilização de uma empilhadeira
normalmente é feita por diversos setores. Este tipo de máquina abastece quase todas as áreas
do processo produtivo. Algumas vezes, dois setores estão precisando da mesma máquina ao
mesmo tempo.
b) Volume: quantidade de materiais que a máquina vai transportar ao longo do dia. Por
exemplo: uma paleteira consegue empurrar no máximo 100 caixas por vez. Se elevar essa
quantidade, os garfos poderão não conseguir levantar toda a carga.
c) Distância entre uma operação e outra: distância percorrida pelo equipamento entre os
setores da empresa, ao longo do dia de trabalho.
Também será preciso planejar o tempo em que este equipamento ficará na empresa para
que sejam apurados os custos finais desta operação. Por exemplo: um equipamento alocado
para a empresa pelo valor de RS 26,00 a hora, trabalhando 8 horas por dia, durante 12 dias
terá um custo final de quanto?
CF: 26 * 8 * 12 = RS 2.496,00 pelo serviço de locação solicitado.
Alocar também pode trazer vantagens para a organização, pois a empresa não precisará
se preocupar com alguns fatores e custos como:
a) Custo de manutenção;
b) Facilidade de substituição do equipamento em caso de defeito;
c) Fácil entrega no local desejado;
d) Dispensa o elo com operador e máquina (caso o equipamento venha acompanhado do
seu próprio operador).
Ferramentas
Aqui trataremos de itens muito utilizados pela produção. As ferramentas! Elas são muito
úteis durante a transformação da matéria-prima e sua falta num momento indesejado pode
parar a linha de produção, trazendo prejuízos financeiros para a empresa.
Neste tópico, abordaremos a importância das ferramentas no processo produtivo, como
elas devem ser alocadas, tornando-as disponíveis nos momentos necessários, atendendo a
linha de produção na hora solicitada.
Ferramentas disponíveis
Um simples parafuso solto, uma linha partida ou uma falta de calibração numa peça pode
ser suficiente para interromper uma linha de produção por um tempo maior que o previsto. Se
a empresa não dispuser da ferramenta necessária para resolver o problema no ato ou se a
mesma não estiver em condições adequadas para uso, o reparo pode se prolongar ainda mais.
As ferramentas precisam estar em bom estado e disponíveis para uso. O ideal é que o
setor de manutenção esteja sempre preparado para atender aos imprevistos ou dano durante
os processos, com equipamentos adequados às necessidades de cada setor da empresa.
Alocação de ferramentas
Como citamos no tópico anterior, as ferramentas precisam estar sempre disponíveis para
uso no momento em que se precisa delas. Para isso, a alocação destas peças deve ser planejada
considerando a distância do setor de manutenção até a linha de produção. A movimentação
destas ferramentas precisa ser rápida, reduzindo o tempo de reparo a ser executado.
Normalmente, as empresas dispõem de “carrinhos de manutenção” que são posicionados
em locais específicos na linha de produção para atender a uma necessidade de urgência.
Carrinho de ferramentas
Uma prática utilizada pelas empresas para aperfeiçoar o tempo de reparo e acelerar a
troca de ferramentas é chamada de Troca Rápida de Ferramentas (TRF). Esta técnica permite
diminuir o tempo de ajustes entre diferentes setores. A maneira de calcular este tempo é analisar
a hora em que a última peça ruim foi substituída pela peça boa e quanto tempo esta nova peça
irá durar.
Essa tecnologia deve mensurar a troca dos itens pela curva abc. Os itens de maior valor
agregado precisam ser trocados mais rápidos para evitar que a linha de produção fique parada
e cause prejuízos financeiros à empresa.
Uma maneira eficiente de impossibilitar que esses reparos aconteçam com frequência é
fazendo manutenção preventiva. É o que vamos estudar no tópico a seguir.
Manutenção Industrial
Manutenção é um conjunto de ações que preservam, fortalecem e mantêm algo ou alguma
coisa em íntegro funcionamento.
As práticas de manutenção dentro de uma empresa devem ser constantes. Elas evitam
que a organização tenha elevação de custos por conta de reparos que não foram planejados.
Para explicar de forma mais clara sobre como as técnicas de manutenção devem ser
aplicadas dentro de uma empresa e como elas funcionam, daremos exemplos aplicando-as
num veículo convencional.
Modelo de veículo convencional apresentando seus itens que necessitam de manutenção planejada
Máquinas disponíveis
O objetivo principal das manutenções industriais é fazer com que as máquinas só parem
de produzir mediante planejamento antecipado. Ou seja, será preciso fazer uma programação
definindo qual máquina deverá ficar parada durante o processo e por quanto tempo a manutenção
irá acontecer. O tempo de reparo será abatido pelo período em que a máquina habitualmente
trabalha, obtendo o resultado da disponibilidade do instrumento.
Equipamentos disponíveis
Assim como nas máquinas, as manutenções dos equipamentos também precisam de
planejamento prévio, calculando o tempo desde o início até o término da revisão.
“Disponibilidade é a relação entre o tempo em que a máquina, equipamento ou instalação
ficou disponível para produzir em relação ao tempo total” (PINTO, XAVIER, 2001, p, 13).
O cálculo de disponibilidade de um determinado equipamento é feito através da seguinte
fórmula:
DISPONIBILIDADE = TMEF / (TMEF + TMPR)
Em que TMEF significa tempo médio entre falhas e TMPR significa tempo médio para
reparo.
Vamos aprender a fazer este cálculo com um exemplo. Suponhamos que o primeiro lote
produzido por uma máquina dure 4 horas. Essa mesma máquina parou em seguida por 15
minutos para uma pequena manutenção. Em seguida, retornou ao trabalho, produzindo durante
6 horas, mas parou novamente por 1 hora e 20 minutos. Retornou a produção fabricando mais
um lote durante 8 horas sem mais interrupções. Iniciou o último lote, trabalhando por 2 horas
e sofreu uma parada para mais uma manutenção que durou 25 minutos. Vamos calcular a
disponibilidade desta máquina.
Mão de obra
Podemos dizer que mão de obra é todo trabalho executado de forma manual ou braçal por
operários de uma produção industrial.
A especificação da mão de obra está ligada diretamente ao tipo de atividade desenvolvida
por cada setor da empresa. A alocação deste serviço deve ser feita de acordo com a necessidade
e perfil de cada área.
A seguir, estudaremos sobre como essa atividade deve ser aplicada no processo produtivo,
podendo ser classificada como fixa, variável, direta e indireta.
a) Mão de obra fixa: o serviço não varia mesmo quando há aumento ou redução da
produção. A atividade é aplicada diretamente na linha de produção. Exemplo: diretores, gerentes,
trabalhadores administrativos;
b) Mão de obra variável: depende diretamente da produtividade da empresa. Se a
produção aumenta, eleva-se também a mão de obra. Se a produção diminui, consequentemente
a mão de obra é reduzida. Este serviço está vinculado ao processo produtivo. Por exemplo:
operários prestadores de serviço.
b) Mao de obra indireta: operários que estão vinculados ao processo de forma indireta, ou
seja, não atuam diretamente na fabricação do produto. Por exemplo: supervisores de equipe.
Cada processo funciona de forma independente, mas todos compõem a mesma linha de
produção, um completando o outro. Veremos a seguir quais são estes processos e como eles
funcionam.
a) Por ordem de produção: a alocação é feita de acordo com a demanda a ser produzida.
Por exemplo: se uma fábrica aumentou as vendas de brinquedos de 100 mil unidades no mês
anterior e pulou para 300 mil no mês atual, é contratada mão de obra extra para atender à
demanda desta produção;
b) Alocação de mão de obra direta: é relativa à quantidade de pessoas que serão
necessárias para operar no processo de produção. Por exemplo: quantidade necessária de
operários para operar uma determinada máquina na empresa;
c) Alocação de mão de obra indireta: é relativa à quantidade de pessoas que irá operar
de forma indireta no processo. Por exemplo: o pessoal da limpeza que irá cuidar e zelar pela
área, ao final do expediente.
PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO
Você deve estar se perguntando: Como farei para programar minha produção de forma
que saia tudo como planejado? Como enfrentarei os imprevistos?
Estas questões serão analisadas ao longo das páginas deste capítulo, onde iremos
aprender como planejar a fabricação de produtos, montagem destes materiais e tempo de
produção dos mesmos. Estudaremos também sobre Just in Time (JIT), sistemática de trabalho
bastante utilizada nas indústrias. Compreenderemos o que é Manufacturing Resources Planning
(MRP II)* e Optimized Production Tecnology (OTP)** para aprender como se faz cálculo de
hora-homem, hora-máquina e quais são os softwares específicos para executar todos estes
processos.
A princípio, podemos dizer que a programação da produção analisa todo processo de
manufatura, desde a entrada do pedido no setor comercial, emissão da ordem de produção, de
senvolvimento do plano de fabricação e montagem, até a expedição destes pedidos, através de
pessoas e máquinas ao longo do sistema produtivo.
É definido um tempo de montagem para cada peça a ser acoplada no carburador, Vejamos
no quadro seguinte:
Cada produto tem uma forma específica de ser montado, seja um motor, uma máquina,
uma roupa ou até mesmo uma caneta. Todos os encaixes precisam ser conferidos para que não
falte nenhum componente durante o processo.
A linha de produção possui algumas características especiais como o mix de produção e
o takt time.
Vamos estudar um pouco sobre estes atributos?
MIX DE PRODUÇÃO
O mix de produção acontece quando é inserido mais de um tipo de produto na linha
de fabricação. Neste caso, a programação de produção torna-se mais detalhada à medida
que o volume de produtos diferentes cresce. Os recursos para fabricá-los também devem
acompanhar esta subida, inclusive devem ser analisados e detalhados junto com todos os
elementos necessários que irão compor a produção de cada item como ordem do pedido,
escolha de produto, atendimento ao cliente, dentre outros.
Veremos uma situação envolvendo a prensa hidráulica que é utilizada para estampar e
frisar placas de carro. Esta máquina irá pressionar moldes de diversas cores, porém, para um
único tipo de produto: o carro.
TAKT TlME
É necessário que toda demanda tenha o tempo fabricação definido antes de iniciar a
operação. Este tempo preestabelecido é chamado de sistema takt time de produção. Para
calcular o período em que cada peça será criada, o tempo de produção deve ser dividido pela
demanda, ou seja, o tempo total de trabalho pelo que foi vendido.
Vejamos a seguir.
Em seguida, daremos um exemplo com dados numéricos para que entenda melhor.
Se uma empresa trabalha 9 horas por dia e a demanda diária é de 260 unidades, o takt
time deste processo é 1,5 minutos para produzir cada peça.
Em outra definição, takt time é o tempo disponibilizado para a fabricação dividido pela
solicitação do cliente. O takt controla o ritmo da produção para adaptar-se à necessidade do
consumidor. Desta forma, evita que falte insumos durante o processo ou que seja enviado para
a produção mais do que realmente será necessário para compor o produto final.
QUANTIDADES NECESSÁRIAS
Todos os recursos necessários para a linha de produção devem ser medidos pelo sistema
MRP. Os estoques devem ser verificados com maior frequência. Essas medidas são necessárias
para que a fábrica não tenha nenhuma surpresa quando iniciar o processo de fabricação.
É importante que a empresa tenha bom relacionamento com seus fornecedores para que
possam contar com eles num momento de urgência como, por exemplo, comprar um material
que não estava programado e o fornecedor entregar no prazo solicitado pela empresa. Se o
fornecedor entrega a matéria-prima no momento certo e na quantidade solicitada, certamente
ambos não terão que solucionar impasses inesperados.
HORAS-MÁQUINA E HORAS-HOMEM
Além de analisar as quantidades de recursos necessários que irão compor a fabricação
dos produtos, também devem ser calculados o tempo que cada homem ou máquina precisará
dispor durante o processo produtivo. Ou seja, quanto tempo cada pessoa e cada equipamento
levará para produzir um determinado item. Sem esta informação, o PCM não poderá determinar
quando uma fabricação será iniciada e finalizada. Será impossível estimar a entrega do pedido
ao cliente.
Produção de madeira
Cada tarefa realizada por uma determinada mão de obra (funcionário) durante uma
fabricação deve ser calculada, definindo um tempo médio para ser executada. Chamamos esse
cálculo de tempo de fabricação padrão. Com base neste tempo, o PCM faz o cálculo das horas
que serão necessárias para que todo o processo produtivo seja iniciado e concluído.
E em relação ao cálculo de mão de obra, como é feito? Normalmente, imaginamos que
um funcionário custe para a empresa somente o valor do seu salário, mas não é isso que
acontece. Um colaborador custa para a empresa quase o dobro do seu salário. Como assim?
Vamos analisar o exemplo a seguir:
Suponhamos que um
determinado colaborador receba
um salário de R$ 800,00 mensais.
Vamos calcu lar sua mão de obra,
determinando o custo mensal que a
empresa terá com este colaborador.
Como visto na tabela anterior, o custo mensal total da empresa com o colaborador será
de R$ 1.867,08.
Agora deu para percebermos que a diferença entre o custo mensal que a empresa tem
com o funcionário é bem diferente do que o valor que ele recebe ao mês.
Existem vários custos por trás de uma contratação de mão de obra que, muitas vezes, o
próprio colaborador desconhece. Assim como pode ser calculada a hora-homem, também pode
ser medida a hora-máquina. Podemos utilizar a mesma forma de contagem para calcular o custo
mensal das máquinas. Porém, os padrões de contagem serão diferentes. Vejamos na sequência.
Para efetivar este custo, é preciso levantar alguns dados como tempo de depreciação* do
equipamento, área que será ocupada pela máquina, consumo médio de energia, manutenção e
horas trabalhadas diariamente.
A seguir, uma forma de calcular o custo da hora-máquina. Neste caso, a empresa fará a
aquisição do equipamento.
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO
Equipamentos de movimentação são máquinas que auxiliam na transferência de produtos
de um lugar para outro. Podemos citar como exemplo destes equipamentos a empllhadeira e
a paleteira.
Exemplo de paleteira
EMBALAGENS
Embalagens são recipientes ou pacotes que envolvem um determinado produto. Na
logística, a principal função das embalagens é melhorar a condição de armazenagem, transporte
e distribuição, movimentando vários produtos de uma única vez, mantendo sua qualidade sem
danificá-Ios. Por exemplo, na embalagem tipo caixa, é possível colocar vários produtos em um
único acondicionamento.
Embalagem
Softwares específicos
É quase impossível imaginar uma empresa funcionando sem um computador, não é
mesmo? Imagine sem um sistema de Tecnologia da Informação - TI. Vamos entender porque a
tecnologia é tão importante também na área de produção? Neste tópico, estudaremos sobre os
softwares utilizados no programa de produção que auxiliam bastante no controle dos processos
de manufatura.
A adequação da tecnologia às empresas tem feito com que a estratégia de negócio
aumentasse ainda mais a competitividade e as vendas em diversas empresas. Isso se dá
graças aos sistemas de Informação integrado. Este sistema é chamado de Enterprise Resource
Planning (ERP).
O ERP é um método de informação que integra todos os dados de diversos setores
de uma empresa em um único sistema. A intenção é que todos tenham acessos às mesmas
informações, permitindo que os de partamentos “conversem entre si”, mesmo estando um
distante do outro. Por exemplo: o setor de estoque consegue ver através do sistema ERP uma
compra feita pelo setor de suprimentos, assim o estoquista pode se programar para receber um
material que ele já está ciente de quanto custa e quando irá chegar.
Já imaginou como seria uma empresa sem um sistema de informação interligado? Veja
um exemplo na figura a seguir:
A figura mostra que uma empresa que funciona sem sistema interligado faz com que as
pessoas tenham que se deslocar constantemente de seu local de trabalho para outro setor em
buscar de informações.
Apesar de esta tecnologia trazer alguns empecilhos durante sua implantação por trazer
com ela um custo elevado para implantação, possíveis problemas de manutenção e suporte
aos usuários, indisponibilidade do sistema por algum período, note as inúmeras vantagens que
um sistema ERP pode trazer para uma empresa:
a) Auxiliar na comunicação interna da empresa;
b) Acelerar a cumprimento dos processos internos:
c) Diminuir a quantidade de retrabalhos;
d) Evitar erros humanos (redução de rnanuscrito);
e) Melhorar o gerenciamento na tomada de decisões;
f) Assessorar a elaboração de estratégias para as atividades operacionais;
g) Facilitar a obtenção de dados em diversas situações;
h) Reduzir o tempo de entrega do produto ao cliente;
i) Melhorar no controle de grandes volumes de informação;
j) Reduzir a resistência a mudanças, fazendo com que a empresa e seus colaboradores
se adaptem melhor a modificações no mercado.
Neste sistema, só se produz o que foi vendido, ou seja, a empresa não mantém um alto
nível de estoque para evitar o capital parado. É o mesmo que ter o dinheiro investido sem
retorno imediato. No método JlT, os custos são mais baixos e a qualidade elevada em relação
aos controles tradicionais, já que o padrão desta técnica é não manter estoque desnecessário.
Muito se ouve falar em, MRP e MRP II, mas o que estas siglas significam? A sigla MRP
significa Manufacturing Resources Planning (planejamento de recursos de materiais) já a silga
MRP II significa Manufacturing Resources Planning (planejamento da necessidade de materiais).
MRP II é uma ferramenta utilizada para planejar todos os recursos necessários para
a fabricação de produtos, integrando muitos setores de uma empresa como produção e
planejamento, para que ambos possam acompanhar o fluxo de produção através do sistema,
sem que precisem se deslocar de suas áreas para outras.
A finalidade principal é fazer cumprir o prazo de entrega dos produtos através do controle
da utilização de recursos no processo de fabricação. O MRP ll controla este fluxo calculando a
quantidade necessária de cada item e o tempo de reposição dos mesmos, evitando que haja
falta destes elementos durante a produção.
Esta ferramenta irá processar no sistema todas as informações sobre diversos produtos,
verificando se há estoque disponível e, se for o caso, já solicitar os itens faltantes. Estas
informações podem ser obtidas através de inventários para garantir que as informações sobre
a quantidade de materiais que serão inseridas no sistema sejam consistentes.
Para que este recurso funcione de forma correta, é necessário que a empresa execute
alguns parâmetros básicos como:
a) Estrutura de produto: quantidade exata de cada componente do produto;
b) Tempo de reposição: tempo utilizado entre recebimento do pedido do cliente até a
entrada do material na linha de produção;
c) Tempo de produção: tempo utilizado desde o início até o final do processo de fabricação;
d) Estoque máximo: quantidade ou nível máximo que o estoque do produto fabricado
deve chegar.
A união destes parâmetros permitirá que o MRP II mantenha o controle das operações de
produção, seguindo o que foi planejado sem que falte ou sobre em excesso os componentes
que irão fazer parte do processo de fabricação dos materiais.
Visando elevar ao máximo o alcance destes objetivos, o OPT leva em consideração três
áreas de atuação:
a) Tipos de recursos;
b) Preparação de máquinas;
c) Tamanho dos lotes de fabricação.
OS RECURSOS
Recurso ou insumo é todo material indispensável na fabricação de um produto, por
exemplo, pessoas, máquinas, espaço, etc. A fim de alcançar os objetivos organizacionais
(lucro), o sistema OPT deixa clara a necessidade de entender os recursos que estão presentes
em todo processo produtivo de uma fábrica que são os “não gargalos” e os “gargalos”, a saber:
a) Não gargalo: quando o processo não causa alteração no fluxo produtivo, tendo sua
capacidade superior comparada aos demais recursos;
b) Gargalo: todo procedimento que causa redução do fluxo produtivo. Tem sua
disponibilidade inferior em comparação aos outros componentes da linha de produção.
O método gargalo limita o fluxo do sistema como um todo. Vamos entender melhor esse
conceito com o exemplo a seguir:
Vamos idealizar a fabricação de uma caixa. Quais seriam os recursos necessários para se
fabricar uma caixa? Precisaríamos de mão de obra, matéria-prima, equipamentos, instalações,
etc.
Se sua máquina só pode produzir 150 caixas por dia e sua demanda é de 200 unidades por
dia, então a capacidade de sua máquina está aquém da demanda, sendo assim, sua máquina
é um gargalo no seu processo de fabricação. Este fator lhe leva a pensar que seria mais viável
aumentar a sua capacidade produtiva, a capacidade de produção de sua máquina, adquirir uma
nova máquina com uma maior capacidade de produção ou até mesmo terceirizar a mão de obra
(contratar colaborador de outra empresa para prestar serviço à sua indústria).
PREPARAÇÃO DE MÁQUINAS
Antes de iniciar um processo de produção, uma máquina precisa ser preparada para
desenvolver a atividade que lhe será atribuída. Esta preparação envolve desde a análise
das necessidades do equipamento (óleo, lubrificação, reparos) até sua capacidade produtiva
(quantidade do produto que ela consegue fabricar).
O sistema OPT tem como uma das suas características básicas, a análise criteriosa do
setup (tempo de preparação das máquinas) do processo produtivo, uma vez que toma como
pressuposto básico de que uma hora ganha em um recurso gargalo, significa uma hora ganha
em todo o sistema de produção.
Fazendo uso destes recursos, será mais fácil resolver qualquer gargalo que possa surgir
durante a fabricação de algum produto.
A tabela anterior mostra um exemplo de OP emitida com todos os seus componentes. Isso
significa que todos os itens estão disponíveis em estoque. Vejamos agora como esta ordem
ficará quando alguns componentes não estão disponíveis.
Visualizando a tabela acima, o parafuso é o item de maior quantidade, ele será usado
como referência para identificar quantos itens a produção será capaz de fabricar diante do
estoque atual disponível na empresa. Analisando a tabela anterior, verificamos que o limite total
de cadeiras a produzir é 375 unidades.
Na sequência, veremos uma ordem de produção parcial que será liberada para a linha de
fabricação e montagem.
Depois que as ordens forem emitidas e liberadas, a fabricação passará para a etapa de
execução do processo e o PCP iniciará suas atividades de acompanhamento e controle da
produção.
Por setor
As liberações também podem ser feitas de forma isolada, por setores específicos que
compõem o quadro organizacional da empresa. Isso pode acontecer quando a área precisa de
uma amostra para representação ou até mesmo para uso interno. Para que a geração da ordem
de produção particular seja efetivada, é necessária sua emissão através dos setores:
a) De compra: especificam todos os itens que precisarão ser comprados para fabricação
e/ou montagem do produto:
b) De fabricação: especificam todos os itens que serão fabricados dentro da empresa;
c) De montagem: indicam às submontagens e montagens finais dos produtos.
Desta forma. cada setor fica responsável por uma parte do processo. Lembramos que
cada empresa possui diferentes modelos para ordem de compra, ordem de produção, ordem
de fabricação e montagem, indo de acordo com seus padrões e necessidades.
Por máquina
Toda máquina que faz parte de um sistema produtivo precisa ter, pelo ao menos, três
ordens de produção que devem atender aos seguintes requisitos:
a) Estar posicionada de forma visível: todas as ordens de produção devem ser colocadas
de maneira que sejam vistas facilmente. Caso haja mais de uma OP, é preciso informar na
primeira ordem de produção que há outras participando do processo produtivo.
b) Informar o ponto de liberação: deverá informar qual a próxima peça a ser produzida
para que o responsável disponibilize os recursos necessários para a próxima produção.
c) Ordem de produção alternativa: havendo imprevisto com a OP anterior, como extravio,
por exemplo, a segunda ordem deverá ser emitida assim que o fato for identificado, considerando
esta opção como um "plano b".
ORDEM DE PRODUÇÃO
Ordem de produção é um documento que contém todos os componentes necessários
para a fabricação de um produto, desde a descrição até a quantidade. A OP serve para controlar
o fluxo que o produto faz dentro do processo produtivo, do início até o final.
REQUISIÇÕES
As requisições são documentos que controlam a liberação de material que saem do
almoxarifado, como matéria-prima, por exemplo. A liberação de matéria-prima - MP, normalmente
é feita através de requisição diretamente ao armazém. Esta solicitação é direcionada ao
responsável pelo almoxarifado que faz a liberação física via sistema.
ORDEM DE SERVIÇO
Uma ordem de serviço serve para documentar a atividade que será feita por um determinado
colaborador, emitir informações internas sobre os trabalhos que devem ser executados, além
de controlar o fluxo da operação, estruturando melhor os processos. É indispensável que a OP
tenha número e data como também a assinatura do requisitante para que se possa controlar o
material que está saindo do armazém e quem o está retirando.
Em alguns casos, a embalagem precisa ser certificada pelo lNMETRO e Resolução ANTT
nº 701, de 25 de agosto de 2004, como, por exemplo, recipientes que transportam produtos
perigosos como material corrosivo, gás tóxico, etc,
A falta da embalagem pode acarretar em atraso na entrega do pedido, por isso é necessário
ter um sistema de controle de estoque eficiente para que não falte este item durante o processo
de produção.
GESTÃO DA PRODUÇÃO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS SISTEMAS PRODUTIVOS
Os primórdios
A função produção, entendida como o conjunto de atividades que levam à transformação
de um bem tangível em um outro com maior utilidade, acompanha o homem desde sua origem.
Quando polia a pedra a fim de transformá-la em utensílio mais eficaz, o homem pré-histórico
estava executando uma atividade de produção. Nesse primeiro estágio, as ferramentas e os
utensílios eram utilizados exclusivamente por quem os produzia, ou seja, inexistia o comércio,
mesmo que de troca ou escambo.
Até o século XVII, as atividades de produção de bens eram desempenhadas por artesãos.
Com inúmeras especializações e denominações, essa classe abarcava praticamente todas as
profissões liberais então existentes: pintores, escultores, marceneiros, vidraceiros, sapateiros,
arquitetos, armeiros e assim por diante.
O mestre artesão, proprietário de uma oficina, recebia aprendizes, geralmente membros
da família ou, então, jovens talentosos da região, para estudarem o ofício. Estes permaneciam
na oficina por um período de até quinze anos, aprendendo a dominar as técnicas da profissão.
Os novos artesãos uniam-se em corporações de ofício e os bons artesãos eram capazes de
realizar obras refinadas e de grande complexidade e detinham o domínio completo do ciclo
de produção, já que negociavam com o cliente o serviço a ser realizado, executavam estudos
e provas, selecionavam os materiais e as técnicas mais adequadas, construíam o bem e o
entregavam. Cada bem produzido era personalizado e incorporava inúmeros detalhes solicitados
pelo cliente: o número de variações é quase ilimitado.
A Revolução Industrial
A partir das invenções da imprensa de tipos (séc. XV) e do tear hidráulico (séc. XVIII),
ficara demonstrada a possibilidade de mecanizar o trabalho e produzir um bem em série. Mas
foi em 1776, com o desenvolvimento da máquina a vapor por James Watt, que o homem passou
a dispor de um recurso prático para substituir o trabalho humano ou a tração animal por outro
tipo de energia. Uma das atividades rapidamente mecanizada foi a produção de têxteis. A partir
de então, a velocidade da máquina passava a impor o ritmo da produção e os locais de trabalho
passavam a ser construídos em função das necessidades impostas pelos equipamentos: era o
nascimento das fábricas.
Muitos dos conceitos que hoje nos parecem óbvios não o eram na época, como o conceito
de padronização de componentes introduzido por Eli Whitney em 1790, quando conduziu a
produção de mosquetões com peças intercambiáveis, fornecendo uma grande vantagem
operacional aos exércitos. Teve início o registro, através de desenhos e croquis, dos produtos e
processos fabris, surgindo a função de projeto de processos, de instalações, de equipamentos
etc.
A indústria automobilística
Em 1887, a P&L (Penhard e Levanssor) iniciou sua produção de automóveis com motor
à gasolina e em 1890 já era a maior produtora. Sua fabricação era totalmente artesanal,
empregando máquinas de uso geral para diversas tarefas em diversos materiais. A força de
trabalho era altamente qualificada em projeto, operação de máquinas, ajuste e acabamento.
Os clientes não se preocupavam com custo, facilidade de dirigir ou manutenção e o volume de
produção era baixo.
para operar mais de uma máquina ao mesmo tempo, dando-lhe mais autonomia para resolver
os problemas da sua área (inclusive parar uma linha de produção se o problema não for
resolvido de imediato). Outra ideia por trás da autonomação é de que as máquinas devem
ter dispositivos à prova de erros (poka-yokes), tanto do homem, quanto da própria máquina,
fazendo com que um erro não se propague para frente e gere custos desnecessários. Com
isso, a Toyota teve seus custos reduzidos a ponto de, nos anos 1980, ameaçar seriamente as
indústrias automobilísticas americanas e europeias.
Algumas ferramentas do STP são:
● poka-yoke;
● kanban;
● setup rápido;
● parceria com fornecedores;
● layout celular;
● kaizen;
● trabalho em times semiautônomos (multidisciplinaridade da mão de obra);
● TPM (manutenção produtiva total); entre outras.
O STP (mais tarde chamado de “Produção Enxuta”, pelos autores do livro “A Máquina
que Mudou o Mundo”) obteve grande sucesso com a produção de pequenos lotes e com a
eliminação quase total de estoques, gerados antes pela produção em massa da era Ford. O
STP aumentou a flexibilidade das empresas e ao mesmo tempo reduziu os custos de produção.
High Tech
Nos anos 1980, os japoneses começam a consolidar o modelo de produção enxuta que
vem crescendo vertiginosamente e superando a produção em massa.
O layout de uma indústria é o corpo estrutural da sua produção, logo, é de suma importância
e se mal planejado, poderá prejudicar o bom andamento da produção devido a empecilhos como
maquinário fora de lugar ou distante, perda de tempo em localização e deslocamento de peças
de estoque e produto final, extravio de peças no decorrer do processo, dentre outros que levam
a organização a não ter eficiência, diminuindo as possibilidades de gerar mais lucros. Frente a
isso é que se deu este estudo de caso, que visou demonstrar pequenas alterações no layout
estudado e ampliou as possibilidades de utilização dos espaços da indústria implementando
uma sequência lógica de produção, a qual elimina os grandes tempos de localização e
deslocamento de peças, possibilitando um maior controle sobre o andamento da produção
além de poder obter mais eficiência por parte dos colaboradores. Tendo em vista que a indústria
em questão não produz em série, mas sim produtos 100% diferentes um do outro, de acordo
com a especificação do cliente, as mudanças foram satisfatórias e que mudanças como está
podem ser utilizadas em vários segmentos industriais de produtos não seriados desde que
sejam utilizados bons estudos sobre o produto, produção, tempos, métodos e layout.
LAYOUT É...
A integração do fluxo de materiais, da operação das máquinas e equipamentos de processos
e transformação, combinados com as características que conferem a maior produtividade ao
elemento humano. Marcilio Cunha
LAYOUT É...
A disposição física de máquinas, posto de trabalho, equipamentos, homens, áreas de
circulação, unidades de apoio e tudo mais que ocupa espaço na fábrica, distribuindo-os de
forma a maximizar a funcionalidade do processo produtivo e otimizar o ambiente de trabalho.
Referencial teórico
De acordo com Chiavenato (2005), o arranjo físico, ou ainda layout, de uma empresa ou de
apenas um departamento, nada mais é do que a distribuição física de máquinas e equipamentos
dentro da organização onde, através de cálculos e definições estabelecidas de acordo com o
produto a ser fabricado, organizam-se os mesmos para que o trabalho possa ser desenvolvido
da melhor forma possível e com o menor desperdício de tempo (CHIAVENATO, 2005, p. 86).
De acordo com Ivanqui (1997) desenvolver um novo layout em uma organização é
pesquisar e solucionar problemas de posicionamento de máquinas, setores e decidir sobre
qual a posição mais adequada que cada qual deve ficar. Em todo o desenvolvimento do novo
layout organizacional, uma preocupação básica deve estar sempre sendo buscada: Tornar mais
eficiente o fluxo de trabalho, seja ele dos colaboradores ou de materiais (IVANQUI, 1997).
De acordo com Tam e Li (1991), por mais que o ramo de atividade principal da organização,
a qual está desenvolvendo um estudo para implantação de um novo layout seja totalmente
diferente da outra, a dificuldade encontrada será bastante parecida uma com a outra, e as
metas de solução também: minimizar custos, maximizar qualidade de trabalho, melhorar o fluxo
da produção dentre outros (TAM e LI, 1991).
De acordo com Canen (1998) um dos principais motivos para um novo arranjo físico dentro
da organização é reduzir o tempo perdido entre a movimentação de materiais e do próprio
produto; com base nisso “a melhor movimentação do material é não movimentar” (CANEN e
WILLIAMON, 1998).
De acordo com Cury (2007), deve-se levar em conta também que um novo e bom layout
baseia-se em distribuir as máquinas, matéria prima e moveis para preencher da melhor maneira
possível os espaços nos setores ou na organização como um todo, levando-se em consideração
a melhor forma da mão de obra se adaptar no seu posto de trabalho para garantir a satisfação
e a qualidade no trabalho (CURY, 2007, p. 396).
As empresas que possuem um layout definido a partir de cálculos bem formulados e
fatores baseado na produção, com certeza, agregam em sua linha de fabricação uma vantagem
de larga escala onde se ganha tempo e organização. Escolher meticulosamente a posição de
cada máquina ou ferramenta, a sequência lógica de produção, o número de pessoas envolvidas
em cada processo e a quantidade a ser produzida faz parte do desenvolvimento de um bom
layout.
De acordo com Martins e Laugini (2005), para a elaboração do layout, são necessárias
informações sobre especificações e características do produto, quantidades de produtos e de
materiais, sequência de operações (MARTINS e LAUGINI, 2005, p. 141).
De acordo com Chiavenato (2005), antes de distribuir as máquinas pela empresa, é
necessário conhecer o produto que será desenvolvido, quais materiais serão utilizados para a
fabricação do mesmo, quais processos de produção etc. Definimos primeiramente o layout por
produto, que é aquele que representa todas as operações desde a entrada do material na ponta
do processo até o produto acabado na outra ponta. Após, definimos o layout por processo, que
representa o fluxo do processo e as mais variadas seções que a matéria prima irá passar dentro
do processo produtivo. (CHIAVENATO, 2005, p. 86).
De acordo com Matins e Laugini (2005), para elaborar um layout, é necessário
primeiramente saber a quantidade de peças/produto que será produzida, de acordo com a
capacidade preestabelecida, sendo levados em conta o número de funcionários, os turnos que
a empresa irá trabalhar e ainda a tecnologia disponível para desenvolver o produto de acordo
com o tempo de fabricação do mesmo. A partir destas definições, é possível estipular, com base
em dados concretos e cálculos de produção, a quantidade de máquinas/ferramentas que serão
necessárias para desenvolver o produto em questão e posteriormente distribuir as mesmas
pela empresa. (MARTINS e LAUGINI, 2005, p.136).
Com todas as informações sobre o produto e seu processo de produção coletadas e
calculadas, podemos então definir qual o tipo de layout adequado para a organização. Por ter
uma Produção em Lotes, a empresa em questão terá um melhor rendimento de seu maquinário
e mão de obra se optar pelo layout celular.
VANTAGENS:
● Reduzir desperdício do processo produtivo.
● Aumentar produtividade.
● Aumentar capacidade de processo.
● Melhoria no atendimento ao prazo.
OS 7 DESPERDÍCIOS
1. Movimentos desnecessários;
2. Excesso de inventário;
3. Subutilização/ sobrecarga;
4. Movimentação de material;
5. Má qualidade;
6. Espera;
7. Superprodução. Economia de Movimento;
Esperar por peças, excesso de produção, produzir mais que a demanda, ter mais estoque
que o necessário, transporte e movimento desnecessário de peças, desde o embarque até a
chegada, causam movimentos desnecessários para produzir a peça.
Deficiência no Layout
1. Longa distancia de operação para operação.
2. Movimentação fora da rota programada.
3. Armazém dentro ou fora da Planta.
4. Distância entre o Recebimento e o ponto de uso.
Objetivo do Layout
O layout tem um papel importante em uma empresa, decidir onde colocar todas as
instalações, máquinas, equipamentos e pessoal da produção. Dentro de um espaço disponível,
o layout procura uma combinação otimizada das instalações industriais, a fim de permitir o
máximo rendimento da produção, através da melhor distância e no menor tempo possível.
O arranjo físico procura uma combinação otimizada das instalações industriais e de tudo
que concorre para a produção, dentro de um espaço disponível. Visa harmonizar e integrar
equipamento, mão de obra, material, áreas de movimentação, estocagem, administração, mão
de obra indireta, enfim todos os itens que possibilitam uma atividade industrial. (PAOLESCHI,
2009, p.207)
O arranjo físico, portanto, é uma das etapas finais e só pode ser elaborado depois de
definida uma série de itens, como o volume de produção e seleção do equipamento produtivo.
O objetivo geral de um layout é proporcionar um fluxo de trabalho de materiais fluindo
através da fábrica, ou um padrão de tráfego que não seja complicado nem para clientes como
para trabalhadores em uma organização de serviços. Desta forma, fica evidente que, para que
haja o bom planejamento, como esses sejam seguidos à risca, a fim de se obter o sucesso
esperado (MARQUES, 2009 p. 51).
O planejamento de um arranjo físico é recomendável a qualquer empresa, grande ou
pequena. Com um bom layout obtêm-se resultados surpreendentes na redução de custos de
operação e no aumento da produtividade e eficiência. Na implantação de uma nova empresa,
esse planejamento é imprescindível. Naquelas já montadas, uma mudança no processo de
produção ou fluxo do serviço introdução de novos produtos ou serviços, a necessidade de
redução de custos, a expansão de uma seção, etc. necessitam de uma modificação no arranjo.
O estudo do layout pode ser feito para: fábricas em geral, escritório, lojas, supermercados,
bancos, etc.
O arranjo físico de uma operação é a maneira segundo a qual se encontram dispostos
fisicamente os recursos que ocupam espaço dentro da instalação de uma operação. Esses
recursos podem incluir uma escrivaninha, um centro de trabalho, um escritório, uma pessoa,
uma máquina, um departamento ou outros.
Pode-se dizer que, dentro dos limites estabelecidos pela estratégia competitiva da
operação, um bom projeto de arranjo físico pode visar tanto eliminar atividades que não
agreguem valor.
Princípios do Layout
Princípio da Flexibilidade:
– Quanto mais flexível (menos rígido) for o layout, com o fim de propiciar rearranjos
econômicos em face das inúmeras situações que as empresas podem enfrentar (adaptar a
produção às mudanças do produto, volume de produção, equipamentos, processo), mais útil
será para a organização.
● Capacidade para absorver alterações/variações;
● Expansão (da capacidade produtiva);
● Uso do espaço disponível;
● Reduzir investimento;
● Permitir controle da quantidade e da qualidade;
● Conforto e segurança;
● Facilitar a supervisão.
Importância do layout.
● Afeta a capacidade da instalação e a produtividade das operações.
● Mudanças de layout podem implicar no dispêndio de consideráveis somas de dinheiro.
● Afeta os custos de produção.
O layout por produto, por outro lado, pressupõe um processo contínuo, com os
equipamentos dispostos em uma linha de produção segundo a sequência de operações, com
os materiais partindo de uma extremidade e seguindo lentamente para cada equipamento até o
produto acabado, na outra extremidade da linha. Esse tipo de layout reduz o tempo de produção,
minimiza o manuseio de materiais e facilita o controle de material. Entretanto, mostra-se menos
flexível para atender a grandes mudanças no desenho do produto ou nas necessidades de
produção.
Características:
● Fabricação de produtos padronizados.
● Operações repetitivas.
● Elevada produção.
● Postos de trabalho sucessivo.
● Layout em linha ou por produto.
● Transporte e movimentação contínuos.
● Fluxo produtivo realizado de máquina para máquina ou em ter um posto de e outro
dentro da seção.
● Cada produto segue um roteiro e a sequência de atividades coincide com a sequência
na qual os processos foram arrojados.
Vantagens:
● Estoques reduzidos de materiais em processo.
● Pequeno manuseio de material.
● Fabricação de produtos padronizados.
● Produção contínua.
● Tempo de produção conhecido.
● Facilidade de treinamento de pessoas.
● Melhor controle de produção pessoal.
● Facilidade de planejamento e supervisão.
● Canalização do fluxo de materiais e trabalho.
● Minimiza o custo do trabalho, além de facilitar o treinamento do operador.
● Diminui a necessidade de inspeção intermediária.
● Melhora a ocupação da área destinada à produção.
● Reduz o tempo de processamento total.
● Controle fácil e simples da produção.
Desvantagens:
● Possibilidade de utilização incompleta da capacidade produtiva das máquinas.
● Alto investimento.
● Defeito em uma máquina implica a paralisação da linha.
● Custo elevado de sua capacidade for subutilizada.
● Falta de flexibilidade devido à dificuldade de utilizar a linha produtiva na
fabricação de outros produtos ou de usar cada máquina isoladamente.
● Investimento inicial elevado.
● Custo fixo elevado.
● Vulnerabilidade da linha de produção.
Outros Exemplos:
Montagem de automóveis: quase todas as variantes do mesmo modelo requerem a
mesma sequência de processo.
Programa de vacinação em massa: as atividades são as mesmas desde a parte burocrática
até a vacinação.
Restaurante self service: a disposição dos pratos é a mesma para todos os clientes, e a
sequência de serviços é comum a todos os clientes.
Série de trabalhos comandados pelo operador, que devem ser executados em sequência,
e que são divididos em postos de trabalho, nos quais trabalham um ou mais operadores, com
ou sem o auxílio de máquinas.
Linhas de montagem
Objetivo: usar o máximo (razoável) do tempo dos operadores e das máquinas
(balanceamento de linha).
Balanceamento de linhas de montagem nos layout por produto.
● O Balanceamento de Linha é a divisão das atividades do trabalho sequencial em
postos de trabalho, a fim de obter uma alta utilização da mão de obra e do equipamento
e assim, minimizar o tempo ocioso.
Arranjo/Layout posicional
É o exemplo da construção de um navio ou de um shopping center, o produto está num
único local e vai sendo processado sem sair do lugar. Ali equipes montam seus “canteiros” de
obra. O layout posicional é um dos quatro tipos de layout existentes, o mesmo é caracterizado
pelo fato de o produto final permanecer parado, enquanto as matérias, operadores e maquinários
vão se movimentando a sua volta. O layout posicional e mais utilizado quando os produtos finais
são volumosos como a construção de navios, vias, barragens pontes sobre rios e aviões.
Vantagens
● Elevada flexibilidade;
● Minimização de desperdício e custos com a movimentação;
● Mais satisfação do trabalhador em razão da variabilidade de tarefas.
Desvantagens
● Necessidade de força de trabalho qualificada e versátil;
● Mais satisfação de pessoas e equipamentos pode ser complexa;
● Custo unitário tende a ser alto.
Arranjo/Layout Celular
Arranjo que mescla características do arranjo de processos com arranjo por produtos.
As unidades/processos estão bem definidas no arranjo, porém em alguns espaços são criadas
pequenas células que contêm todos os equipamentos necessários para um determinado
produto. Assim, ganha-se mais velocidade naquele produto, dentre os vários outros, pois este
possui maior volume.
Vantagens:
● combina as vantagens dos arranjos por produto e por processo;
● maior flexibilidade;
● diminuição no transporte de recursos;
● diminuição dos estoques.
Desvantagens:
● maior complexidade na elaboração;
● específico para famílias de produtos.
Lead Time
A fim de expandir seus sistemas produtivos e controlar a produção e estoques, muitas
empresas estão se voltando a técnicas da ciência administrativa como o kanban (instrumento
de comunicação que auxilia a fabricação correta de produtos, nas quantidades corretas e no
tempo correto em qualquer estágio da produção), TRF – Troca Rápida de Ferramenta (método
que permite reduzir os tempos de mudança de utensílios, de matérias ou de séries), Poka-Yoke
(dispositivos com a finalidade de agir preventivamente de forma a evitar a ocorrência de erros
ou falhas mecânicas/humanas), entre outras. Entretanto, toda e qualquer técnica administrativa
voltada ao acréscimo de valor aos produtos manufaturados ou serviços oferecidos, como as
acima citadas, inevitavelmente percorrem por questões inerentes à redução de seu tempo
de entrega. Assim, o lead time ou tempo de aprovisionamento, mostra-se como um ponto
fundamental no estudo e na preparação de ambientes produtivos.
O professor Osny Augusto Junior entende o lead time como sendo o tempo necessário
para um produto percorrer todas as etapas de um processo ou fluxo de valor, do início até o fim.
Ainda, o professor arremata o termo tratando-o como “Tempo Porta-a-Porta”.
Algumas definições:
“Lead time é uma medida do tempo gasto pelo sistema produtivo para transformar
matérias-primas em produtos acabados” (TUBINO Dalvio Ferrar, 1999).
“Lead time ou tempo de throughput é o tempo necessário para que um produto evolua da
concepção ao lançamento, do pedido à entrega ou da matéria-prima ao cliente e inclui o tempo
de processamento e o tempo de fila” (CHRISTOPHER Martin, 1998).
“O lead time total é composto pelo tempo dedicado ao processamento de pedidos, à busca
de fornecimento e manufatura dos itens e ao transporte dos itens entre os diversos estágios da
cadeia de suprimentos” (SIMCHI-LEVI David, KAMINSKY Philip e SIMCHI-LEVI Edith, 2003).
Gilberto Kosaka, diretor-presidente do jornal São Paulo Shimbun, entende o lead time
como um componente do planejamento e, por isso, diferencia as práticas do lead time em áreas:
“(...) na área de Compras, as pessoas envolvidas nos processos deve saber claramente
qual é o lead time, o intervalo de tempo para comprar os materiais necessários para a sua
produção, desde a emissão do pedido até realmente o material estar a sua disposição para
uso. Na produção, o lead time é o intervalo de tempo necessário para que o material passe
pela fabricação – do primeiro até o último processo e estar pronto para outra etapa. Ou ainda,
o lead time de entrega, intervalo de tempo necessário desde o momento que o cliente adquiriu
a mercadoria até realmente ele tê-las em suas mãos”.
LEAD TIME É UMA MEDIDA DE TEMPO GASTO PELO SISTEMA PRODUTIVO PARA
TRANSFORMAR MATÉRIAS-PRIMAS EM PRODUTOS ACABADOS.
Em suma, é o tempo de aprovisionamento – ou o processo que abrange todos os aspectos
na relação entre os fornecedores e o abastecimento de uma empresa. Por isso, trata-se de
um termo relacionado à logística também, pois este abastecimento envolve matérias-primas,
componentes de produção sobressalentes, módulos, produtos acabados e semiacabados,
transporte, linha de montagens e armazéns.
As definições de lead time acima, assim, auxiliam o gerente de produção a pensar em
todas as etapas que um pedido percorre até chegar ao cliente. Dessa forma, ele consegue
elaborar e implantar iniciativas para reduzir o tempo total por meio da eliminação, ou pelo menos
alcançar a redução das esperas ao longo do MCT.
De forma um tanto resumida, este é o conceito de lead time. O importante é que você
esteja sempre atento a ele, de modo que consiga aprimorar cada vez mais a produtividade da
sua empresa.
Pelo gráfico, observamos que quando reduzimos a quantidade do lote, o inventário reduz
drasticamente. A princípio, qualquer pessoa percebe que é uma grande vantagem trabalhar
com o JIT. No entanto, não é tão simples assim. Vejamos as vantagens, as desvantagens e os
pré-requisitos para que o JIT possa funcionar de forma adequada na empresa.
As Vantagens e Desvantagens
A vantagem de utilizar este conceito está na agilidade e na redução de custos que
ocorrem em toda cadeia produtiva. Algumas plantas já são estruturadas com células onde são
alocados os fornecedores para que eles possam fornecer em pequenas quantidades e em
fluxo contínuo. Toda a lógica do sistema contribui para otimizar o espaço utilizado na planta.
Podemos relacionar ainda as seguintes vantagens:
Vantagens:
● Rápida conversão dos materiais;
● Redução do trabalho em processo;
● Redução de espaço e manuseio;
● Rápida resposta aos problemas;
● Redução de agendamentos e rastreamentos;
● Maior responsabilidade;
● Melhor qualidade;
● Menos desperdícios e retrabalhos;
● Melhor resposta ao mercado;
● Melhoria de atitude.
A principal vantagem dessa prática está na redução de estoques, pois não é necessário
disponibilizar um espaço e recursos humanos para tratar deste aspecto.
Existe também uma redução significativa dos tempos de preparação, de custos e
desperdícios, uma vez que o sistema procura reduzir os gastos dos equipamentos, materiais e
mão de obra.
Através do sistema Just in Time, há uma melhoria da qualidade do processo produtivo
por conta do planejamento e a responsabilidade dos encarregados da produção, sendo que, o
único nível aceitável de defeitos é zero, motivando a procura das causas dos problemas e das
soluções que eliminem essas mesmas causas.
O modelo de produção também aumenta a rapidez de resposta do sistema pela redução
dos tempos envolvidos no processo, pois, através da manutenção de níveis de estoque muito
baixos (ou nulos), um modelo de produto pode ser mudado sem que se originem muitos
componentes obsoletos.
DESVANTAGENS
De outro lado, as principais desvantagens do Just in Time estão ligadas à flexibilidade
do sistema produtivo, no que se refere à variedade dos produtos oferecidos ao mercado e à
variação da procura em curto prazo.
Este sistema requer que a procura seja estável em curto prazo para que se consiga um
balanceamento adequado dos recursos, possibilitando um fluxo de materiais contínuo e suave.
Caso a procura seja muito instável, há a necessidade de manutenção de estoques de produtos
acabados a um nível tal que permita que a procura efetivamente sentida pelo sistema produtivo
tenha certa estabilidade.
Outro fator limitador do Just in Time é que a redução do estoque pode aumentar o risco
de interrupção da produção em função de problemas de gestão de mão de obra, como, por
exemplo, greves tanto na fábrica como nos fornecedores.
A desvantagem é que este conceito não pode ser aplicado em produtos com demanda
pouco previsível e com grandes oscilações. Outro ponto é que ele funciona com maior eficiência
com pequenos números de fornecedores, sendo necessário que os mesmos tenham estabilidade
no fornecimento de materiais.
Kankan
O sistema Kanban foi desenvolvido na década de 1960 pelos engenheiros da Toyota
Motors Cia., com objetivo de tornar simples e rápidas as atividades de programação, controle e
acompanhamento de sistemas de produção em lotes. Kanban é um termo de origem japonesa
e significa literalmente “cartão” ou “sinalização”.
CONTROLE DE QUALIDADE
b) perdas evitáveIs: como o próprio nome já diz, são perdas que poderiam ser evitadas
com algumas medidas preventivas e podem existir por várias causas, por exemplo:
- superprodução;
- transporte;
- substituição;
- nos estoques;
- nas esperas;
- nos movimentos.
Pode haver ainda outras situações inusitadas como: roubo, acidentes etc.
Ação corretiva
Ação que age na causa do problema, evitando que o mesmo volte a acontecer.
A melhoria continua do sistema de gestão da qualidade está vinculada à atividade de
controle de produção, já que trata de processos essenciais a situações pontuais e de repercussão
para os resultados da empresa. Um exemplo é retratado na figura seguinte, através do processo
de satisfação do cliente.
Fluxo da qualidade
Para isso, é necessário atentar aos requisitos do processo, utilizando-as melhores práticas
processuais para atingir o objetivo de satisfação do cliente.
ISO 14050
As normas ISO 9000 e ISO 14050 são conhecidas como normas genéricas, pois não são
especificas para um produto, material ou processo particular. A grande maioria das normas da
série ISO é altamente específica.
A revisão das Normas deve ocorrer a cada cinco anos, de acordo com o protocolo da
ISO, e isso se dá para que possamos definir se elas devem ser revisadas, aperfeiçoadas e
confirmadas. A versão 2008 da Norma foi revisada pelo comitê técnico TC 176 da ISO.
A Norma ISO 9001:2008 foi escrita em uma linguagem simples e de fácil acesso para os
usuários, com uma terminologia conhecida por todas as áreas de negócios. A implantação da
Norma, através de um Sistema de Qualidade, ocorre para fins contratuais e de Certificação/
Registro.
Controle de qualidade
Gráfico de Pareto
Diagrama de Ishikawa
Diagrama de correlação
e) histograma - é uma projeção gráfica que compara a frequência das ocorrências entre
alguns dados obtidos após uma determinada observação;
Histograma
Folhas de verificação
Ciclo PDCA
A abordagem de processos deve ser gerenciada pelos princípios do ciclo PDCA (ciclo de
Deming). Os conceitos deste ciclo podem estar presentes em diversas áreas, independentemente
da sua complexidade.
Ciclo PDCA
d) fase de ação: na última fase do processo cíclico, ocorrem as tomadas de decisão para
que se corrijam os erros identificados na fase de verificação.
Gráfico estátisco
RECALL
É comum ouvir-se o termo recall. Este é um termo em inglês conhecido mundialmente e
que no Brasil é traduzido como “recolha de produto”, o que ocorre quando a empresa fabricante
solicita devolução de um determinado lote de fabricação ou até mesmo, em casos extremos, de
uma linha completa, por problemas graves de segurança no manuseio deste produto.
O problema ocorre quando um cliente compra algo defeituoso. Esta empresa pode cair
em descrédito por parte do usuário, especialmente quando estes erros são repetidos.
Hoje em dia, na era da informação, as notificações de insatisfação resultantes destes
erros podem ser rapidamente espalhadas na mídía, e a empresa pode ter um desgaste grande
na sua imagem. O recall é muito comum em indústrias automobilísticas, mas há muito tempo
é também usado pelas indústrias de medicamentos, brinquedos, dentre outras. Um exemplo
de recall ocorreu em 2007, na Mattel, quando a empresa foi obrigada a retirar do mercado
mundial cerca de 22 milhões de brinquedos; deste total, somente no Brasil, foi preciso retirar
uma quantia de 850 mil produtos.
Etiqueta de qualidade
O sistema da qualidade pode permear todos os níveis da organização. Isso se aplica tanto
aos processos estratégicos de alto nível quanto às simples atividades operacionais.
Anotações