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Física 3 Série Ime-Ita Vol-2
Física 3 Série Ime-Ita Vol-2
∆v
mudança da intensidade da velocidade, a força centrípeta é a força atrelada
v +∆v à mudança da direção da velocidade do corpo, proporcionando a trajetória
curvilínea observada. A aceleração associada a essa força é chamada de
Logo, se existe um vetor ∆v em um certo intervalo de tempo ∆t, aceleração centrípeta (acp).
devemos lembrar o conceito de aceleração, que é a taxa de variação Aplicando a Segunda Lei de Newton, teremos:
temporal da velocidade, ou seja, a = ∆v/∆t. Então, esse vetor aceleração
vai ter a mesma direção e sentido do vetor ∆v, já que ∆t é um escalar F t m at
positivo. Esse vetor está representado na figura a seguir:
F cp m acp
R
B 5. Classificação dos movimentos
curvilíneos
v
B Dependendo da presença ou não da aceleração tangencial, os
Sabemos que v v B v A e v A v B v . Com isso, podemos
movimentos curvilíneos podem ser classificados da seguinte maneira:
formar o seguinte triângulo:
→
→ F
F
Dv
eixo tangencial
B
→
g →
P
Como o carrinho está em MCU, sua velocidade no ponto B é também b. Sabemos, pelo item “a”, que a resultante centrípeta que atua na esfera
v = 8 m/s. Temos que o raio também é igual a 2 m, já que ainda é no ponto B tem intensidade de 2 N. Sabemos também que ela é a
1 8 2 resultante da soma vetorial entre a tração no fio e o peso da esfera
um MCU. Logo, temos: Fcp 32 N.
naquele ponto e que deve ter sentido “para cima”, já que o centro de
2
rotação está acima do ponto B. Então, a tração deve ter intensidade
Como P = 1 · 10 = 10 N, temos que, de (II), 32 = NB – 10 →
maior que o peso. Dessa forma:
NB = 42 N.
Fcp = T – P → 2 = T – 1 · 10 → T = 12 N
02 O pêndulo da figura oscila em condições ideais, invertendo seu
movimento sucessivamente nos pontos A e C.
03 (IME-1996) Uma mesa giratória tem velocidade angular constante w,
em torno do eixo y. Sobre essa mesa encontram-se dois blocos, de massa
m e M, ligados por uma corda inelástica que passa por uma roldana fixa à
mesa, conforme a figura abaixo. Considerando que não existe atrito entre
→ a mesa e o bloco M, determine o coeficiente de atrito mínimo entre os
g
dois blocos para que haja movimento relativo entre eles. Considere d a
distância dos blocos ao eixo de rotação. Despreze as massas da roldana
e da corda.
w
A C m
B M
Agora veja que, no ponto B, a tração que atua no corpo é vertical, já que o N2
Fat M · w2d
fio está na vertical, apontando para cima. Existe também o peso, vertical,
M
mas apontando para baixo. Dessa forma, só existem forças sobre o eixo
normal, o que significa que só existe resultante centrípeta atuando na T
N1
esfera no ponto B. Logo, a força resultante que age na esfera é dada por: M·g
1 22
FR Fcp → FR = 2 N
2
Como a força centrífuga na caixa M é maior, já que M > m, a caixa M tende Temos a mesma condição de iminência de escorregamento da solução
a escorregar para a direita no eixo normal, o que faz com que, devido ao anterior: Fat = m · N2 = m · mg.
vínculo geométrico proporcionado pelo fio, a caixa m tenda a se deslocar Veja que as equações escritas aqui são equivalentes às da solução anterior.
para a esquerda no mesmo eixo. Dessa forma, deve aparecer um atrito Dessa forma, resolvendo o sistema, temos:
para a direita no bloco m provocado pelo bloco M a fim de impedir essa ( M m) 2 d
tendência de movimento. Pela Terceira Lei de Newton, surge um atrito de 2 m g
mesma intensidade, porém sentido contrário; no bloco M · N2 é a normal
trocada pelos blocos, e N1 é a normal que a superfície exerce no bloco M.
m
02 (AFA-2002) A figura representa uma curva plana de um circuito de
Fat m·g fórmula 1.
N2
Fat
M
T
N1
M·g
Para o bloco M:
– eixo normal, Segunda Lei de Newton: M · w2d = T + Fat
– eixo perpendicular, Primeira Lei de Newton, já que não há aceleração
nesse eixo: M · g + N2 = N1.
Para o bloco m: Se, durante uma corrida, um piloto necessitar fazer tal curva com
– eixo normal, Segunda Lei de Newton: m · w2d = T – Fat velocidade elevada, evitando o risco de derrapar, deverá optar pela trajetória
– eixo perpendicular, Primeira Lei de Newton, já que não há aceleração representada em qual alternativa?
nesse eixo: N2 = m · g.
→ →
v v
r 2r
A B
03 Considere uma partícula de massa M descrevendo movimento circular
e uniforme com velocidade de intensidade V. Se o período do movimento
(A) ambos desenvolverão mesma velocidade angular.
é igual a T, a intensidade da força resultante na partícula é:
(B) ambos estarão submetidos à mesma força centrípeta.
(C) em um mesmo intervalo de tempo o corpo A dará maior número de
voltas que o B.
(A) MV . (D) o corpo A desenvolve menor aceleração centrípeta que o B.
T
2MV 08 Considere uma curva circular de 200 m de raio contida em um plano
(B) .
T horizontal. Um carro de 700 kg de massa deverá percorrer essa curva
com a máxima velocidade admissível para não derrapar. Sabendo que
2πMV
(C) . os coeficientes de atrito estático e cinético entre os pneus do carro e o
T solo valem, respectivamente, 0,80 e 0,70 e que g = 10 m/s2, determine
πMV a velocidade do veículo.
(D) .
T
09 (ITA-1969) Um satélite artificial é lançado em órbita circular equatorial,
2πV no mesmo sentido da rotação da Terra, de tal modo que o seu período seja
(E) .
T de 24 horas.
Assim sendo, um observador situado no equador poderá ver o satélite
04 Um ponto material de 4,0 kg de massa realiza movimento circular parado sempre sobre sua cabeça. Referindo-se a um sistema de
e uniforme ao longo de uma trajetória vertical de 7,5 m de raio. Sua coordenadas, rigidamente ligado à Terra, esse observador dirá que isso
acontece porque:
velocidade angular é w = 1,0 rad/s e no local g = 10 m/s2 . No ponto A
indicado na figura, além da força da gravidade P, age no ponto material (A) Sobre o satélite atua uma força centrífuga que equilibra a força da
somente uma outra força: F. Caracterize F, calculando sua intensidade e gravidade da Terra.
indicando graficamente sua orientação. (B) Existe uma força tangente à órbita que dá ao satélite um movimento
igual ao da Terra e que impede a sua queda.
ω (C) A força centrípeta que atua sobre o satélite é igual à força da gravidade.
(D) Em relação ao Sol, o satélite também está parado.
(E) A essa distância em que o satélite se encontra seu peso é nulo.
→
A g 10 Considere um satélite artificial em órbita circular em torno da Terra.
0
→ Seja M a sua massa e R o raio de curvatura de sua trajetória. Se a força
p de atração gravitacional exercida pela Terra sobre ele tem intensidade F,
então pode-se afirmar que seu período de revolução vale:
11 Na figura seguinte, um carro com massa de 5,0 · 102 kg percorre 14 A esfera de massa M da figura, presa ao ponto P por um fio de massa
uma depressão assimilável a um arco de circunferência de 20 m de raio. desprezível e comprimento L, executa movimento circular uniforme em
No ponto mais baixo da trajetória, suposta contida em um plano vertical, torno do eixo E. A aceleração da gravidade tem módulo g. A velocidade
existe uma ponte de madeira, que pode resistir a uma compressão normal angular da esfera é:
máxima equivalente a 1,5 · 104 N.
0 P
θ
m L
20
E
r=
g
(C) w = .
L cos θ
θ Mg
(D) w = .
L cos θ
(E) w = 2π g .
L
13
Sendo g a aceleração da gravidade local e θ o ângulo do fio com a vertical,
→ 0 a velocidade do corpo pode ser calculada por:
g 53°
(A) Rg .
(B) 2 Rg .
(C) Rg sen θ.
(D) Rg tan θ .
Na figura, representa-se um pêndulo fixo em O, oscilando em um plano
vertical. No local, despreza-se a influência do ar e adota-se g = 10 m/s2. 16 (IME-1989) Uma massa M = 20 kg é suspensa por um fio de
A esfera tem massa de 3,0 kg, o fio é leve e inextensível, apresentando comprimento L = 10 m, inextensível e sem peso, conforme mostra a
comprimento de 1,5 m. Se na posição A o fio forma com a direção vertical figura. A barra ABC gira em torno do seu eixo vertical com velocidade
um ângulo de 53° e a esfera tem velocidade igual a 2,0 m/s, determine a angular constante de forma que o fio atinge a posição indicada.
intensidade da força tensora no fio.
A velocidade do disco é:
(A) 3 rad/s. →
(B) 5 rad/s. g
(C) 5 2 rad/s.
(D) 8 3 rad/s.
(E) 10 rad/s.
suporte
18 Um carro de dimensões desprezíveis percorre uma curva circular de
raio R em movimento uniforme, sem receber a ação de forças de atrito
exercidas pelo asfalto. A curva é sobrelevada de um ângulo θ, conforme
indica o perfil abaixo:
21 (IME-1997) Um inseto de massa m = 1,0 g está pousado no disco a
12,5 cm do eixo de rotação. Sabendo-se que o coeficiente de atrito estático
→
do inseto com a superfície do disco é µe = 0,8, determine qual o valor
g mínimo da velocidade angular, em rpm (rotações por minuto), necessário
para arremessar o inseto para fora do disco.
2
plano horizontal Dado: g = 10m/s
θ
22 Na situação esquematizada na figura, a mesa é plana, horizontal e 25 Um motociclista, pilotando sua motocicleta, move-se com uma
perfeitamente polida. A mola tem massa desprezível, constante elástica velocidade constante durante a realização do looping da figura abaixo.
igual a 2,0 · 102 N/m e comprimento natural (sem deformação) de 80 cm.
Se a esfera (massa de 2,0 kg) descreve movimento circular e uniforme, A
qual o módulo da sua velocidade tangencial?
90 cm R
B
23 A figura mostra duas esferas iguais E1 e E2, que, ligadas a fios
inextensíveis e de massas desprezíveis, descrevem movimento circular e Quando está passando pelo ponto mais alto dessa trajetória circular, o
uniforme sobre uma mesa horizontal perfeitamente lisa. Desprezando a motociclista lança, para trás, um objeto de massa desprezível, comparada
resistência do ar e supondo que E1 e E2 se mantenham sempre alinhadas à massa de todo o conjunto motocicleta-motociclista. Dessa forma,
com o centro, aponte a alternativa que traz o valor correto da relação o objeto cai, em relação à superfície da Terra, como se tivesse sido
T1 e T2 entre as intensidades das forças tensoras nos fios (1) e (2): abandonado em A, percorrendo uma trajetória retilínea até B. Ao passar,
após esse lançamento, em B, o motociclista consegue recuperar o objeto
imediatamente antes de ele tocar o solo.
L Desprezando a resistência do ar e as dimensões do conjunto motocicleta-
L motociclista, e considerando π2 = 10, a razão entre a normal (N), que age
(2)
(1) sobre a motocicleta no instante em que passa no ponto A, e o peso (P) do
E2 conjunto motocicleta-motociclista, (N/P), será igual a:
E1
(A) 0,5.
(B) 1,0.
(A) 2. (C) 1,5.
(B) 3/2. (D) 3,5.
(C) 1.
(D) 1/2.
(E) 2/3.
24 O esquema seguinte representa um disco horizontal, que, acoplado 01 Um ventilador de teto, com eixo vertical, é constituído por três pás
rigidamente a um eixo vertical, gira uniformemente sem sofrer resistência iguais e rígidas, encaixadas em um rotor de raio R = 0,10 m, formando
do ar: ângulos de 120° entre si. Cada pá tem massa M = 0,20 kg e comprimento
L = 0,50 m. No centro de uma das pás foi fixado um prego P, com massa
ω mP = 0,020 kg, que desequilibra o ventilador, principalmente quando este
se movimenta. Suponha, então, o ventilador girando com uma velocidade
de 60 rotações por minuto e determine:
B A figura A figura B
0,50 m
120°
Sobre o disco estão apoiados dois bloquinhos, A e B, constituídos de
materiais diferentes, que distam do eixo 40 cm e 20 cm, respectivamente. rotor
Sabendo que, nas condições do problema, os bloquinhos estão na
iminência de deslizar, obtenha:
a. A relação VA / VB das velocidades lineares de A e de B em relação ao a. A intensidade da força radial horizontal F, em newtons, exercida pelo
eixo. prego sobre o rotor.
b. A relação µA / µB dos coeficientes de atrito estático entre os blocos A b. A massa Mo, em kg, de um pequeno contrapeso que deve ser colocado
e B e o disco. em um ponto Do, sobre a borda do rotor, para que a resultante das
forças horizontais agindo sobre o rotor seja nula.
c. A posição do ponto Do, localizando-a no esquema anterior (fig. B).
(Se necessário, utilize π = 3).
03 (IME-1994) Uma pequena esfera está suspensa por um fio ideal que m m
está preso ao teto de um vagão. O trem faz uma curva plana horizontal de
raio r, com velocidade v constante. Determine o ângulo que o fio forma E’
com a direção vertical.
(A) As esferas permanecem na parte inferior do aro porque essa é a
04 A figura abaixo representa dois corpos idênticos girando horizontalmente posição de mínima energia potencial.
T (B) As esferas permanecem a distâncias r e de EE’ tal que, se 2θ for o
em MCU com velocidades lineares v1 e v2. A razão 1 entre as intensidades
T2 ângulo central cujo vértice é o centro do aro e cujos lados passam
das trações nos fios ideais 1 e 2 é: pelo centro das esferas, na posição de equilíbrio estável, então,
w2 r
R R tan θ = , estando as esferas abaixo do diâmetro horizontal do aro.
g
(C) As esferas permanecem a distâncias r e de EE’ tal que, se 2θ for o
ângulo central cujo vértice é o centro do aro e cujos lados passam
pelo centro das esferas, na posição de equilíbrio estável, então,
1 2
w2 r
tan θ = , estando as esferas acima do diâmetro horizontal do aro.
g
(D) As alternativas (B) e (C) estão corretas.
fio 1 fio 2 (E) A posição de maior estabilidade ocorre quando as esferas estão nos
extremos de um mesmo diâmetro.
2v12 + v 22 07 Uma pequena conta de 100 g de massa desliza sem atrito por um
(A) .
v 22 arame semicircular de 10 cm de raio que gira em torno de um eixo vertical
v12 + v 22 à taxa de 2 revoluções por segundo. Encontre o valor de θ para o qual a
(B) . conta permanecerá estacionária em relação ao arame que gira.
v 22
v12 − v 22
(C) .
v 22
v 22
(D) .
v12
cm
10
08 Na figura, uma bola de 1,34 kg é ligada por meio de dois fios de cos θ A sen θ B
massa desprezível, cada um com comprimento L = 1,70 m, a uma (A) 2 .
haste vertical giratória. Os fios estão amarrados à haste a uma distância cos θ B sen θ A
d = 1,70 m um do outro e estão esticados. A tensão do fio de cima é 35 N. cos θ A sen θ A
(B) .
cos θ B sen θ B
sen θ A cos θ A
(C) .
L sen θ B cos θ B
cos θ A cos θ B
d (D) 4 .
sen θ A sen θ B
Vm T
Determine:
(A) gL 6mg
a. a tensão do fio de baixo; (B) gL mg
b. o módulo da força resultante F a que está sujeita a bola;
(C) gL2 2mg
c. a velocidade escalar da bola;
d. a direção de F. (D) 2 gL 2mg
(E) gL 0
09 (AFA) Dois pequenos corpos A e B são ligados a uma haste rígida
através de fios ideias de comprimentos L A e LB, respectivamente, conforme
figura a seguir. 11 (ITA-1997) Uma massa pontual se move, sob a influência da gravidade
e sem atrito, com velocidade angular em um círculo a uma altura h ≠ 0
na superfície interna de um cone que forma um ângulo α com seu eixo
central, como mostrado na figura.
θA
LA
A
θa
LB B
α
h
12 Um pequeno bloco de massa m é colocado no interior de um cone A figura anterior mostra um pequeno bloco, inicialmente em repouso, no
invertido que gira em torno do eixo vertical de modo que o tempo para ponto A, correspondente ao topo de uma esfera perfeitamente lisa de raio
uma revolução é igual a T. As paredes do cone fazem um ângulo β com R = 135 m. A esfera está presa ao chão no ponto B. O bloco começa a
a vertical. O coeficiente de atrito estático entre o bloco e o cone é µ. Para deslizar para baixo, sem atrito, com uma velocidade inicial tão pequena
que o bloco permaneça a uma altura h acima do vértice do cone, qual que pode ser desprezada, e ao chegar ao ponto C, o bloco perde contato
deve ser o valor máximo e o valor mínimo de T? com a esfera. Sabendo que a distância horizontal percorrida pelo bloco
durante seu voo é d=102 m, o tempo de voo do bloco, em segundos, ao
cair do ponto C ao ponto D vale:
Dado: g = 10m/s2
(A) 1,3.
(B) 5,1.
(C) 9,2.
(D) 13.
m (E) 18.
x
A
C 16 (ITA-1994) Um motociclista trafega em uma estrada reta e nivelada
atrás de um caminhão de 4 m de largura, perpendicularmente à carroceria.
R
Ambos estão trafegando à velocidade constante de 72 km/h, quando o
caminhão se detém instantaneamente devido a uma colisão. Se o tempo
de reação do motorista for 0,5 s, a que distância mínima ele deverá trafegar
para evitar o choque apenas com mudança de trajetória? Considere o
coeficiente de atrito entre o pneu e o solo µ =0,8, aceleração gravitacional
g = 10 m/s2 e que a trajetória original o levaria a colidir no meio da carroceria.
B D
d (A) 19,6 m.
(B) 79,3 m.
(C) 69,3 m.
(D) 24,0 m.
(E) 14,0 m.
17 Um motoqueiro efetua uma curva de raio de curvatura de 80 m a 05 No ponto A da figura, um pequeno corpo de massa m = 0,01 kg,
20 m/s em um plano horizontal. A massa total (motoqueiro + moto) é de inicialmente em repouso, comprime uma mola ideal de constante elástica
100 kg. Se o coeficiente de atrito estático entre o solo e o pneu da moto k = 2 N/m. A compressão inicial da mola em relação à sua posição de equilíbrio
vale 0,6, quanto vale a máxima força de atrito estático? Qual a tangente é denotada por x. Em um dado instante, a mola subitamente impulsiona o
do ângulo de inclinação θ da moto em relação à vertical? corpo, que passa a mover-se sobre uma superfície sem atrito. Tal superfície
é composta por seções retilíneas e horizontais AB e BE, e por porções curvas
BC e DB. As partes curvas da superfície são arcos de circunferência que
compõem um loop circular e vertical de raio R = 1 m, o qual teve a porção
CD, de abertura angular 2θ = 120°, completamente retirada.
01 Existe uma ponte de forma parabólica sobre um rio com d = 100 m
de largura. O ponto mais alto da ponte está 5 metros acima da base dela.
Um carro de massa 1.000 kg está atravessando a ponte a uma velocidade
D C
constante de 20 m/s. Calcule a força feita na ponte pelo carro quando ele
está no ponto mais alto da ponte. θ θ
R
d
a. Calcule o valor mínimo da compressão inicial da mola para que o
corpo, partindo em repouso do ponto A, atinja o ponto E sem perder
contato com a superfície ABCDE, a não ser no trecho entre C e D.
b. Nas circunstâncias do item a, calcule a força normal que o loop exerce
02 Um corpo suspenso em repouso de um ponto fixo por uma mola de sobre o corpo quando este passa pelo ponto C. Indique claramente o
comprimento natural Lo gera um novo comprimento da mola igual a L1. módulo, a direção e o sentido do vetor.
Se esse corpo for movido em uma trajetória circular horizontal (como um
pêndulo cônico), sendo que o fio forma um ângulo θ com a vertical, qual 06 (ITA-1999) Um pêndulo é constituído por uma partícula de massa
o período de revolução? m suspensa por um fio de massa desprezível, flexível e inextensível, de
comprimento L. O pêndulo é solto a partir do repouso, na posição A, e
03 O disco B, na figura, tem, em determinado instante, velocidade angular desliza sem atrito ao longo de um plano de inclinação α, como mostra a
w = 2 rad/s e aceleração angular α = 3 rad/s2, em torno de um eixo figura. Considere que o corpo abandona suavemente o plano no ponto B,
vertical. Qual o menor coeficiente de atrito que deve existir entre o bloco após percorrer uma distância d sobre ele. A tração no fio, no instante em
A (colocado a 50 cm do eixo) e o disco para que o bloco não deslize em que o corpo deixa o plano, é:
relação a ele, nesse instante?
A
B A
L
50 cm
B
07 Uma polia fixa carrega um fio de massa desprezível, com massas m1 e 09 Sobre um plano inclinado que forma um ângulo α com a horizontal foi
m2 presas em seus extremos. Sabendo que tem atrito entre o fio e a polia, colocado um pequeno bloco A ao qual foi comunicada uma velocidade inicial
e que o fio começa a deslizar quando a razão m2 /m2 = ηo. Determine: V0. Encontre a relação entre a velocidade do bloco e o ângulo ϕ, se o coeficiente
de atrito µ = tan α e, no momento inicial, ϕ0 = π/2
T2 ϕ
T1 α
m1 m2
a. O coeficiente de atrito. X
b. A aceleração das massas quando m2/m1 = ηo.
10 O anel C de 0,5 kg pode deslizar livremente ao longo da barra
08 (FUVEST-2004) Um brinquedo consiste em duas pequenas bolas, A e lisa AB. Em um dado instante, a barra AB está girando com uma
B, de mesma massa M, e um fio flexível. A bola B está presa na extremidade velocidade angular de ω = 2 rad/s e tem aceleração angular de
do fio e a bola A possui um orifício pelo qual o fio passa livremente. Para θ = 2 rad/s2. Determine a força normal da barra AB e a reação radial da
o jogo, um operador (com treino) deve segurar o fio e girá-lo de tal forma placa na extremidade B sobre o anel neste instante. Despreze a massa da
que as bolas descrevam trajetórias circulares, com o mesmo período T barra e a dimensão do anel.
e raios diferentes. Nessa situação, como indicado na figura 1, as bolas
permanecem em lados opostos em relação ao eixo vertical fixo que passa
pelo ponto O. A figura 2 representa o plano que contém as bolas e que A
gira em torno do eixo vertical, indicando os raios e os ângulos que o fio 0,6 m
faz com a horizontal.
Assim, determine:
θ, θ
C B
0
0
g
A
A α θ 11 Um mecanismo está girando em torno do eixo vertical com velocidade
B angular constante ω = 6 rad/s. Se a barra AB é lisa, determine a posição
R2 constante r do anel C de 3 kg. A mola tem um comprimento não deformado
de 400 mm. Desprezando a massa da barra e a dimensão do anel.
B R1
b
figura 1 figura 2 r
Dados:
Não há atrito entre as bolas e o fio.
Considere sen θ ≈ 0,4; cos θ ≈ 0,9 e π ≈ 3. B
A C
a. o módulo da força de tensão F, que permanece constante ao longo
de todo o fio, em função de M e g.
300 mm
b. a razão K = sen α/sen θ, entre os senos dos ângulos que o fio faz
k = 200 N/m
com a horizontal.
c. o número N de voltas por segundo que o conjunto realiza quando o
raio R1 da trajetória descrita pela bolinha B for igual a 0,10 m.
12 Uma bola de massa m é guiada ao longo da trajetória circular vertical 13 O instrumento da figura consiste em uma barra em L lisa, disposta
r = 2ro cosθ usando o braço AO. Se o braço tem velocidade angular em um plano horizontal, e um pequeno corpo A de massa m, ligado por
constante ω, determine o ângulo θ < 45° no qual a bola começa a deixar uma mola ao ponto B. A constante elástica da mola é k. O sistema gira ao
a superfície do semicírculo. Desprezando atrito e a dimensão da bola. redor de um eixo vertical que passa pelo ponto O, a uma velocidade angular
ω. Quanto vale a deformação relativa da mola? O resultado depende do
P sentido de rotação?
A
θ
B
0
→
2. Condições de equilíbrio estático → F2
F1
Observe-se o sistema mostrado na figura abaixo:
α β →
F3
T1 T2
→
F4
P → → → →
F1 + F2 + F3 + F4 = 0
2.1.2 Tipo 2: problemas que envolvem apenas três Outra forma de resolver problemas do tipo é decompor as forças em
forças dois eixos perpendiculares, geralmente chamados de x e y. O melhor modo
de escolher os eixos é aquele que comporta o maior número de forças já
Quando se trata de três forças, elas não necessariamente são nos eixos, para facilitar o trabalho de decomposição. Daí, conclui-se que
coplanares. Dessa forma, haverá abordagens diferentes para quando forem a força resultante em cada eixo deve ser nula.
coplanares e para quando não forem.
Quando as forças não são coplanares, ou seja, quando o problema
Quando as forças são coplanares, os vetores que as representam passa a ter três dimensões, o melhor jeito de resolvê-lo é trabalhar com
devem formar um triângulo de forças de mesmo sentido (horário ou anti- vetores da mesma forma utilizada no assunto vetores, de Física III. Os
-horário), pois já foi visto, no assunto sobre vetores em Física III, que sem- vetores unitários serão sempre grandes aliados na resolução desses
pre que vetores formam um polígono, a resultante deles é nula. Proceder problemas.
dessa forma na maioria das vezes simplifica o problema, principalmente
quando duas das forças são perpendiculares.
2.1.3 Tipo 3: problemas que envolvem mais de três
→
→
F1 → F2 forças
F2 β
Da mesma forma que com apenas três forças, elas podem ou não
θ → ser coplanares. A única abordagem que não é aplicável para mais de três
F3
forças é a formação do triângulo de forças. A decomposição de forças nos
→ α eixos x e y para o caso em que as forças são coplanares e a utilização de
F1
→ vetores unitários para quando as forças não são coplanares representam
F3
os melhores métodos de resolução de problemas desse tipo.
Na figura, um corpo de peso 120 N encontra-se em equilíbrio, suspenso Como o nó está em equilíbrio, temos:
por um conjunto de três fios ideais A, B e C. Calcule as intensidades das
trações nesses fios. Considere sen θ = 0,6 e cos θ = 0,8. Σ F = 0 → TC y = TA → TC · sen θ = 120 →
y
TC · 0, 6 = 120
TC
y TC =200 N.
TC
Σ F = 0 → TC x = TB → TC · cos θ = TB →
x
TB = 200 · 0, 8
θ • TB =160 N.
TB TC
x
2a solução: utilização do triângulo de forças.
Já sabendo que TA = 120 N, podemos determinar as outras duas trações
utilizando o triângulo de forças:
TA
TC
1a solução: decomposição das forças em eixos x e y. TA
Sabemos que a tração no fio A tem que ser igual ao peso do corpo, já que
são as únicas duas forças que atuam no corpo. → TA =120 N.
θ
O diagrama de corpo livre do nó, bem como as trações já decompostas •
nos eixos, estão representadas na figura a seguir: TB
→
F4 MF, r F
A representação geométrica do momento de uma força em relação a Dessa forma, vemos que forças que possuem braço de momento nulo,
um ponto está expressa na figura a seguir: ou seja, forças que têm direção passando pelo ponto em relação ao qual
se deseja calcular o momento, têm momento em relação a esse ponto
nulo. Isso será extremamente importante na resolução de questões, já que
o ponto mais conveniente em relação ao qual se calculará os momentos
MO das forças que deverá ser escolhido será aquele que apresentar momentos
→ F sen θ
F nulos para as forças que não são importantes no problema. Veja também
que qualquer força em cima de uma mesma linha de ação terá o mesmo
θ braço de momento, o que significa que podemos deslizar uma mesma
força sobre sua linha de ação e obter o mesmo efeito, confirmando, mais
P uma vez, o princípio da transmissibilidade.
O θ
r se O momento de uma força pode fazer com que o corpo gire no
nθ sentido horário ou no sentido anti-horário. Dessa forma, cada um desses
momentos recebe um sinal diferente, dependente da convenção adotada
por que está resolvendo o problema. A convenção mais usada é:
Da fórmula do módulo do produto vetorial, depreende-se:
sentido anti-horário → positivo
MF ,O r · F · sen
+O
→ →
em que θ é o ângulo entre o vetor r e F . →
M F,Ο
→ →
Logo, pela figura, r · sen θ é o módulo da projeção do vetor r na direção F
→
perpendicular à linha de ação da força F . Pela fórmula da intensidade do
momento da força, vê-se, então, que ela é dada pelo produto da intensidade →
→ M F,O< 0
da força pelo módulo dessa projeção do vetor r . Vê-se também que
r · sen θ é a distância entre a linha de ação da força e uma reta paralela
sentido horário → negativo
a essa linha que passe pelo ponto O. Por isso chama-se essa distância
→
de braço de momento (b) da força F em relação ao ponto O. Logo, +O
r · sen θ = b, o que, em módulo, é:
→
M F,Ο →
MF ,O = F · b F
→
linha de ação da força M F,O < 0
+O
braço
de
b →
F
Σ
Logo, como o equilíbrio de translação é dado por F = 0, nada mais
justo que, pela analogia feita, afirmar que a condição necessária para que
momento • o equilíbrio de rotação seja satisfeito é:
Note-se que, no SI, a unidade do momento é N · m, dimensionalmente ΣM = 0
igual ao Joule (J), unidade de energia. Então, por que as duas grandezas,
tendo a mesma unidade, são completamente diferentes? Dica: para → →
M1 M2
responder, deve-se pensar nas definições de torque e trabalho e na analogia
entre força e torque.
Essa relação será a mais usada na resolução de questões, já que quase
todas elas tratarão o momento apenas de acordo com sua característica
escalar. → →
→ M4 M3
O mesmo efeito é obtido se a força F foi decomposta em uma direção
→
perpendicular ao vetor r . Dessa forma, a intensidade dessa componente → → → →
passa a ser F · sen θ, enquanto que a outra componente, F · cos θ, teria M1+ M3+ M3+ M3=0
sua direção passando pelo ponto O. Então, apenas a componente F · sen θ
exerceria momento em O, com braço de momento igual a r, enquanto que Assim, o somatório vetorial dos momentos das forças que atuam em
o momento de F · cos θ seria nulo, já que seu braço de momento também. um corpo rígido em relação a qualquer ponto do espaço tem que ser nulo
Logo, pode-se calcular o momento de uma força de duas formas: para que o corpo esteja em equilíbrio de rotação. Se existir pelo menos
calculando o braço de momento b da força aplicada (geometricamente um ponto em relação ao qual o somatório dos momentos das forças não
→ seja nulo, o corpo estará em rotação pelo menos em torno daquele ponto.
ou pela simples decomposição do vetor r na direção perpendicular à linha
de ação da força) ou decompondo a força em uma direção perpendicular Suponha-se, então, que existam três forças coplanares atuando em
→ → →
→ um corpo rígido que não sejam paralelas entre si, F 1, F 2 e F 3. Como não
à direção do vetor r , e multiplicando sua intensidade pela intensidade do
→ são paralelas, são concorrentes. Agora, suponha-se que elas não sejam
vetor r . concorrentes no mesmo ponto, duas a duas. Calculando-se o momento das
pode ser ignorada, já que está sendo aplicada no ponto no qual estamos 2.2.4 Momento binário
calculando o somatório dos momentos. Dessa forma, as forças a serem
Para transpor tar-se uma força de um ponto P a um ponto Q,
consideradas nesse somatório serão o peso da barra, a tração no cabo
pertencente ao corpo, que não esteja na mesma linha de ação da força
que sustenta o peso Q e a tração no cabo CD. Como conhecemos o peso
que passa por P, é conveniente a utilização do momento binário.
da barra e a tração no cabo que sustenta o peso Q, conseguimos calcular
direto a tração no cabo CD. Essa é a vantagem de se analisar em que O momento binário é exercido quando são aplicadas duas forças
ponto é mais conveniente aplicar o somatório dos momentos, evitando-se, em pontos distintos de um corpo, que não pertençam à mesma linha de
assim, mais equações e contas. A figura a seguir representa a situação. ação e com linhas de ação paralelas, de mesma intensidade e sentidos
contrários, como mostra a figura.
→ B
T D
→ M →
→ Q F
Ry
G
→
r PQ
→
P P Q
θ
A → d
→ –F
Rx
b momento →
produzido apenas pela força F em relação ao ponto P, ou pela
→ força – F no ponto Q. Dessa forma, se apenas essas duas forças
agem no
Σ
P
θ corpo, existirá um equilíbrio de translação, já que F = F − F = 0, mas
θ
→
o corpo estará rotacionando, já que existirá momento. Exemplo disso é
quando se gira uma chave para abrir uma porta (a parte de cima da chave
A Rx
Nas fórmulas, se cada peso for substituído pelo produto da massa pela
gravidade, a gravidade “cortará”, caso ela seja constante. Essas novas
fórmulas resultantes representam o centro de massa do sistema. Dessa
forma, quando a gravidade é constante, o centro de gravidade do sistema estável instável indiferente
coincide com o centro de massa do sistema.
Essas fórmulas só se aplicam para distribuições de partículas Uma placa retangular homogênea é fixada em uma parede por um
discretas. Para distribuições contínuas, só é necessário se preocupar prego em três situações:
com formas geométricas que sejam minimamente simétricas, pois dessa
forma o centro de gravidade coincidirá com o centro geométrico do corpo, I. Prego fixado no centro de gravidade.
e é o que vem a ser cobrado nos vestibulares. Para uma placa retangular II Prego fixado na linha de ação do peso, acima do centro de gravidade.
homogênea, por exemplo, o centro de gravidade será o ponto de encontro III. Prego fixado na linha de ação do peso, abaixo do centro de gravidade.
das diagonais. Em um triângulo qualquer homogêneo, o centro de gravidade Que tipo de equilíbrio será experimentado em cada uma das situações?
é o encontro das medianas (baricentro: bari = peso). Para figuras formadas
por mais de uma figura que tenham os centros de gravidades conhecidos,
o centro de gravidade resultante será a média dos centros de gravidade
das figuras, ponderada por suas áreas. Um exemplo é o trapézio retângulo,
formado por um retângulo e um triângulo.
01 (ENEM) Um portão está fixo em um muro por duas dobradiças A e B,
Pensando, agora, no exemplo do prato apoiado sobre a mesa, conforme mostra a figura, sendo P o peso do portão.
mostrado no início do capítulo, pode-se deduzir, naturalmente, que seu
centro de gravidade se localiza no centro da circunferência do prato,
considerando-o homogêneo. O prato só cairá, de fato, da mesa, quando
seu centro de gravidade atravessar a beirada dele. Enquanto o centro de A
gravidade ainda estava apoiado na mesa, o prato permanecia em equilíbrio
de rotação. Isso acontece porque, quando o centro de gravidade não
pertence mais à superfície de apoio, a linha de ação do peso resultante
do prato não passará mais por essa superfície de apoio, provocando,
então, momento em relação a qualquer um dos pontos dela, fazendo-o
B
tombar da mesa, ou seja, para corpos rígidos apoiados e submetidos
exclusivamente às forças peso e às reações do apoio, as linhas de ação
de suas forças peso, isto é, as retas verticais que passem pelo centro de
gravidade, devem passar pelo ponto ou superfície de apoio do corpo, para
que estes permaneçam em equilíbrio de rotação.
Caso um garoto se dependure no portão pela extremidade livre e supondo 04 (AFA) Na figura, os fios são ideais, o corpo tem massa M e a aceleração
que as reações máximas suportadas pelas dobradiças sejam iguais: da gravidade no local tem módulo g. A intensidade da tração no fio AB
e a intensidade da força F que mantém o sistema em equilíbrio, valem,
(A) é mais provável que a dobradiça A arrebente primeiro que a B. respectivamente:
(B) é mais provável que a dobradiça B arrebente primeiro que a A.
(C) seguramente as dobradiças A e B arrebentarão simultaneamente.
(D) nenhuma delas sofrerá qualquer esforço. A
(E) o portão quebraria ao meio, ou nada sofreria.
F
02 (AFA) Uma esfera metálica de peso P está presa a uma das
extremidades de um fio de massa desprezível, cuja extremidade oposta está
ligada a um suporte fixo. Sabendo-se que o sistema está em equilíbrio, em B
uma posição na qual o fio forma com a vertical um ângulo θ, equilíbrio este
conseguido pela ação de uma força horizontal F aplicada à esfera, pode-se
afirmar que o módulo de tal força é:
θ F
(A) Mg cos θ; Mg sen θ.
Mg
(B) ; Mg sen θ.
cos θ
(C) Mg sen θ; Mg cos θ.
Mg
(D) ; Mg tan θ.
cos θ
(A) P tan θ.
(B) P/tan θ. 05 (EFOMM) Seja o sistema abaixo:
(C) P cos θ.
(D) P/cos θ.
T1 60° 45°
03 (AFA) Um corpo é sustentado por duas cordas inextensíveis, conforme
a figura. Sabendo-se que a intensidade da tração na corda AB é de 80 N, T2
a intensidade da tração na corda BC será:
m = 23,2 Kg
A
A razão entre as trações T1 e T2 é, aproximadamente:
(A) 1,2.
(B) 1,4.
30° (C) 1,6.
C (D) 1,8.
(E) 1,9.
B
06 (AFA) Na figura abaixo, as polias e os fios são ideais. Se o sistema
está em equilíbrio, a razão m1/m2 é:
(A) 60 N.
(B) 40 N.
(C) 40 3 N. 30°
(D) 60 3 N.
m1
m2
30 cm 20 cm
P
(A) 3.
0
(B) 2.
3
A (C) .
2
2
08 (ITA) Um brinquedo que as mamães utilizam para enfeitar quartos (D) .
de crianças é conhecido como “móbile”. Considere o “móbile” de luas 2
esquematizado na figura a seguir. As luas estão presas por meio de fios de
massas desprezíveis a três barras horizontais, também de massas desprezíveis. 10 A figura representa uma esfera homogênea em equilíbrio, sustentada
O conjunto todo está em equilíbrio e suspenso em um único ponto A. Se a por um fio e apoiada em uma parede vertical, nas condições geométricas
massa da lua 4 é 10 g, então a massa em quilograma da lua 1 é: ilustradas.
A
L 2L
L 2L
L 2L
1
2
3 4
11 A figura representa uma escada homogênea, em equilíbrio, apoiada 14 (AFA) Uma prancha de comprimento 4 m e de massa 2 kg está apoiada
em uma parede vertical muito lisa. Trace o vetor que determina a direção nos pontos A e B, conforme a figura. Um bloco de massa igual a 10 kg é
e o sentido da força que a escada recebe do chão. colocado sobre a prancha à distância x = 1 m da extremidade da direita e
o sistema permanece em repouso. Nessas condições, o módulo da força
que a prancha exerce sobre o apoio no ponto B é, em newtons:
x
B
10 kg
A B
(A) 340.
(B) 100.
(C) 85.
(D) 35.
12 Uma barra homogênea de comprimento L e peso P encontra-se apoiada 15 (EFOMM) Uma viga de concreto, de 2,4 m de comprimento, apoia-se em
na parede vertical lisa e no chão horizontal áspero formando um ângulo θ duas colunas A e B. Supondo sua distribuição de massa homogênea e que, a
como mostra a figura abaixo. O coeficiente de atrito estático mínimo (µe) 1 m do apoio da coluna A é posicionada uma massa teste de 180 kg, calcule
entre a barra e o chão deve ser: as reações nos apoios A e B.
2,4 m
1m
cos θ
(A) .
2sen θ
massa
cos θ de teste
(B) . A B
sen θ
cos θ Considere:
(C) .
L sen θ • g = 10 m/s2;
• as reações devem ser calculadas em newtons;
sen θ • massa da viga = 240 kg.
(D) .
2cos θ
sen θ 16 (EFOMM) No diagrama de forças abaixo aplicadas, a força F = 200 N
(E) . promove o equilíbrio de rotação. Pode-se afirmar que a força F está
L cos θ
localizada a:
13 (ITA) Uma barra homogênea de peso P tem uma extremidade apoiada 400 N
em um assoalho horizontal e a outra em uma parede vertical. O coeficiente F = 200 N
250 N
de atrito com relação ao assoalho e o coeficiente de atrito com relação à
parede são iguais a µ. Quando a inclinação da barra com relação à vertical
é de 45°, a barra encontra-se na iminência de deslizar. Qual o valor de µ? 2m 2m
17 A figura mostra uma barra homogênea de 2,0 m, cujo peso é de 1.000 N, A barra possui massa m e comprimento L0, a mola possui comprimento
disposta horizontalmente e apoiada em uma das extremidades, sobre um natural L0 e a distância entre as articulações é de 2 L0 .
dinamômetro. Qual a leitura no dinamômetro (graduado em newtons) Esse sistema (barra-mola) está sujeito à ação da gravidade, cujo módulo
sabendo que uma pessoa de peso igual a 500 N está sobre a barra, a 40 cm da aceleração é g e nessas condições, a constante elástica da mola vale:
do dinamômetro?
mgL0 −1
(A) .
4( 3 − 1)
dinamômetro −1
(B) mgL0 .
18 Na figura, uma barra rígida e homogênea de peso igual a 100 N (C) 2 mgL0 −1.
e comprimento igual a 10 m articula-se sem atrito em O. A 8 m de O
suspende-se uma mg
carga de peso igual a 200 N. Calcule a intensidade da (D) .
força vertical F que equilibra o sistema. 6 −2
→
F 21 Na figura, temos uma barra homogênea de espessura e largura
uniformes, em forma de L, articulada sem atrito em A. A parte vertical da
barra tem 1 m de comprimento, enquanto a parte horizontal mede 3 m.
Sendo de 120 N o peso total da barra, calcule a intensidade da força
horizontal F, que mantém a barra em equilíbrio.
carga
→
F
A B
22 Na figura, temos uma roda de peso igual a 100 3 kgf e raio r igual a 2
m, que deve ser erguida do plano horizontal (1) para o plano horizontal (2).
Calcule a intensidade da força horizontal, aplicada no centro de gravidade
da roda, capaz de erguê-la, sabendo que o centro de gravidade da roda
L/6 L/4
coincide com seu centro geométrico.
L
- roda
A razão entre as trações nos fios A e B vale:
1
(A) . (2)
2
2
(B) . (1) h=1m
3
3
(C) .
4
5
(D) .
6
01 (AFA) A figura abaixo apresenta dois corpos de massa m suspensos
por fios ideais que passam por roldanas também ideais. Um terceiro corpo,
20 (AFA)A figura abaixo mostra um sistema em equilíbrio estático, também de massa m, é suspenso no ponto médio M do fio e baixado até
formado por uma barra homogênea e uma mola ideal que estão ligadas a posição de equilíbrio.
através de uma de suas extremidades e livremente articuladas às paredes.
d d
2 L0
M M
m
m m
m m
O afastamento do ponto M em relação à sua posição inicial é de: 04 Na figura, (I) e (II) são duas rampas planas perfeitamente lisas que
se interceptam em uma reta horizontal, que passa por A e é perpendicular
3 ao plano do papel. Nas rampas, apoia-se um prisma reto, hexagonal,
(A) d. regular e homogêneo, de peso igual a 100 N. Sabendo que sen α = 3/5 e
2
cos α= 4/5, determine as intensidades das forças aplicadas pelo prisma
3 sobre as rampas.
(B) d.
3
(II)
(C) 3 d.
4
(I)
3
(D) d.
6
C
Determine:
θ2 θ1
a. a tração no fio;
b. se a tração no fio depende do desnível entre A e B.
π sen θ1
03 Na figura abaixo, α + β = . Considere que a corrente abaixo possui (A) mg.
2 sen( θ1 + θ2 )
14 kg de massa, e seu extremo direito (B) suporta uma tensão de módulo sen θ2
igual a 100 N. Qual a tensão experimentada pela extremidade esquerda (A)? (B) mg.
sen( θ1 + θ2 )
B cos θ1
(C) mg.
cos( θ1 + θ2 )
β cos θ2
(D) mg.
A cos( θ1 + θ2 )
g tan θ2
(E) mg.
α tan( θ1 + θ2 )
06 Um cubo de massa M está apoiado contra uma parede vertical 08 (IME) Considerando a figura, determine a expressão, em função do
sem atrito, fazendo um ângulo q com o piso, conforme figura. Calcule o peso W, da força vertical exercida pelo solo sobre a barra AD.
coeficiente de atrito estático mínimo m entre o cubo e o piso, que garanta
o equilíbrio do cubo.
D
45°
30°
A C
90°
(B) pq .
p+q
(C) .
F 2
p+q
60° (D) .
2
Dados: g = 10m/s2 ; sen 60° = 0,85. pq
(E) .
p+q
(A) 100 N.
(B) 140 N.
(C) 180 N.
(D) 200 N
(E) 240 N.
11 Uma escada de 5 m de comprimento e massa M está apoiada em 14 Uma barra ACB, prismática, delgada, homogênea, em cotovelo a 90°
um solo rugoso horizontal e contra uma parede vertical lisa. A distância é suspensa pelo vértice do ângulo e apresenta-se em equilíbrio, conforme
máxima a que seu pé pode estar da parede sem escorregar é igual a 4 m. o esquema anexo. (AC = 2a; CB = 2b; BCH ˆ = θ.).
Quando seu pé está a apenas 3 m da parede, qual é:
B
A B
X Vale a condição:
L
(A) =b a tan θ.
(B) =b a cot θ.
A intensidade RA da reação do apoio A é dada pelo gráfico a seguir, em
que x é a distância de A ao homem: (C)
= b a tan θ .
(D)
= b a cot θ .
RA(N)
F
0 2 8 R (M)
C A 75°
L 15°
C
B 90°
L
A
16 (IME) Três molas, a, b e c, têm comprimento natural La = 0,5, PM = QM = 5,0 cm; CM = 2,0 cm; Â = 120°; sen 30° = 0,50;
Lb = 0,6 m e Lc = 0,7 m, e constante elástica Ka = 10 N / m, Kb = 15 N / m cos 30° = 0,87 e g = 10 m/s2.
e Kc = 18 N / m, respectivamente. Elas são ligadas entre si e estiradas entre
duas paredes distantes 2,0 metros uma da outra, onde as extremidades (A) 12 g.
estão fixadas, conforme figura abaixo. Qual o comprimento de cada uma (B) 30 g.
das molas estiradas, em equilíbrio? (C) 6,0 g.
(D) 10 g.
(E) 24 g.
0,25 m
d
→
F
0,50 m θ
cg h
O valor máximo da altura h para que a base d permaneça em contato
com o plano é:
a. Calcule o módulo de F.
d
b. Calcule o valor de h para o qual o fardo está na iminência de tombar. (A) .
c. Supondo que se mantenha a mesma força F, só que agora não tem α
atrito, dessa forma, determine a posição que deve ser aplicada a força d
de modo a não tombar. (B) .
sen α
P Q L
Â
1
M
2
X L/2
C
figura 1 figura 2
Dados:
F L
2
(A) P
= ( FA + FB ).
(g = 9,8 m/s2) 3cos θ
(A) 19,6 N. 2
(B) P
= ( FA + 2 FB ).
(B) 7,2 N. 3cos θ
(C) 1,2 N. 3
(D) 2,4 N. (C) P
= ( FA + FB ).
2cos θ
(E) 2,9 N.
2
=(D) P (2 FA + FB ).
23 (ITA) Uma das extremidades de uma corda de peso desprezível está 3cos θ
atada a uma massa M1 que repousa sobre um cilindro fixo, liso, de eixo 3
horizontal. A outra extremidade está atada a uma outra massa M2 como = (E) P ( FA + 2 FB ).
2cos θ
mostra a figura. O ângulo indicado na figura vale 60°. Para que haja
equilíbrio na situação indicada, deve-se ter:
25 A figura indica, em corte, um prisma e um cubo homogêneos, de pesos
iguais a 6,0 N e 5,5 N, respectivamente, sobre o travessão horizontal de uma
balança em equilíbrio. O cubo é suspenso por um cabo de massa desprezível,
M1 60° que, passando por uma polia ideal, sustenta um contrapeso A.
Calcule o peso de A e a tração no cabo.
20 cm
A
45 cm 70 cm 40 cm
M2
15 cm
A
bar
2,0 m
A
B
X
2,0 m bloco
viga E
C
C µ1 µ2 µ3 F
D
ca
bo figura. Determine a posição de equilíbrio e as forças de reações em função
do ângulo α.
B barra horizontal D
µ1 µ2
barra vertical
1,0 m 1,0 m
φ
2,0 m
α
A
04 Uma barra homogênea BD de comprimento L e massa M se apoia 07 (ITA) Considere um semicilindro de peso P e raio R sobre um plano
nos pontos B e C indicados no diagrama abaixo. Nessas condições, qual horizontal não liso, mostrado em corte na figura. Uma barra homogênea de
a reação no ponto B, para uma configuração de equilíbrio? comprimento L e peso Q está articulada no ponto O. A barra está apoiada
na superfície lisa do semicilindro, formando um ângulo α com a vertical.
Quanto vale o coeficiente de atrito mínimo entre o semicilindro e o plano
D horizontal para que o sistema todo permaneça em equilíbrio?
O
θ
C L α
B h
a
cos α
m= .
(A) 2h R
05 A figura indica uma superfície semicircular lisa de raio R em que cos α + 2 P −
repousa uma barra homogênea de comprimento L. Nessas condições, LQ cos2α LQ sen α
quanto vale o ângulo θ para a condição de equilíbrio da referida barra?
cos α
m= .
(B) 2h 2R
cos α + P −
LQ sen2α LQ cos α
L
θ cos α
m= .
horizontal (C) 2h R
R sen α + 2 P −
LQ sen2α LQ cos α
sen α
m= .
(D) 2h 2R
sen α + 2 P −
LQ cos α LQ cos α
sen α
06 A figura abaixo apresenta uma barra homogênea de 6 kg e 2 m de m= .
(E) 2h 2R
comprimento, apoiada sobre uma polia em repouso. Qual é o módulo da cos α + P −
reação em P? LQ sen α LQ cos α
08 (EN) Observe a figura a seguir.
b b 0
R/4
A
6 kg 37 °
P
Na figura anterior, temos um disco de raio R = 0,1m e espessura R/3 com um 11 (ITA) Na figura abaixo, temos um cilindro de massa desprezível de raio r
buraco circular de raio R/4. A distância entre o centro do disco e o centro do que pode girar sem atrito em torno do eixo que passa pelo centro O. Nos
buraco é R/2. A massa específica do material do disco é p = 9,6 · 103 kg/m3. pontos P1 e P2 estão fixados dois fios de massa também desprezível.
Qual o módulo, em newtons, da força que, aplicada ao ponto A, garante o Para que haja equilíbrio nas condições do esquema, a relação entre as
equilíbrio estático do disco na configuração representada anteriormente? massas m1 e m2 é :
Dados: g = 10 m/s2 ; π = 3.
P2
(A) 1,2.
(B) 2,4. 0
(C) 3,0.
(D) 3,6. 30°
(E) 4,0.
P1
T m1
(A) m1 = m2 .
(B) 3 m1 = 2 3 m2 .
A (C) 3 m2 = 2 3 m1.
(D) m1 = 3 m2 .
B (E) m2 = 2 3 m2 .
37°
37°
13 (ITA) Um cilindro de raio R está em equilíbrio, apoiado em um 15 (IME) Na figura abaixo, o coeficiente de atrito entre o peso P e a cunha
plano inclinado, áspero, de forma que seu eixo é horizontal. O cilindro é é µ1 e, entre a cunha e o bloco inferior é µ2. Desprezando o peso da cunha,
formado de duas metades unidas pela seção longitudinal, das quais uma e considerando que não há atrito na parede vertical, determine a expressão
tem densidade d1 e a outra densidade d2 < d1. São dados o ângulo α de da força F necessária para levantar o peso P, forçando a cunha para a
4R direita.
inclinação do plano inclinado e a distância h = do centro de massa
3π
de cada metade à seção longitudinal. Qual a relação entre o ângulo β de
inclinação da seção longitudinal de separação sobre o horizonte e α, d1 , P
d2 e h?
h
θ
h
α
90°
1
(A) sen α = .
2
(B) tan α =1.
(C) tan α =2. 1
mg m 2 − 1 2
(D) tan α =3. (A) .
(E) cot α =2. 2 m2 + 1
1
mg m 2 + 1 2
(B) .
2 m2 − 1
mg m 2 − 1
(C) .
2 m2 + 1
mg m 2 + 1
(D) .
2 m2 − 1
(E) n.d.a.
Termodinâmica
3
1. Definição de gás ideal ou perfeito Em que:
• Variação da quantidade de movimento: ∆Q = 2 mv x
F
• Pressão: p = ⇒ F = pA
A
• Tempo para a molécula percorrer o caminho de ida e volta ao longo
2x
da direção x: ∆t =
vx
Substituindo:
2x
2 mv x = pA ⇒ mv 2x = p ( Ax ) ⇒
vx
m
mv 2x =pV ⇒ p = v 2x ⇒ p = ρv 2x
V
Devido ao movimento caótico das moléculas, assume-se distribuição
v²
uniforme das velocidades, isto é: v x2 = v y2 = v z2 ⇒ v x2 = . Portanto:
3
1
p= ρv ²
3
A teoria cinética dos gases aceita o fato de as leis da Mecânica
Newtoniana serem aplicadas ao movimento molecular e supõe as seguintes
hipóteses para um modelo microscópico de gás denominado ideal: 3. Energia interna de um gás (U)
A energia interna de um gás é dada pela soma das energias cinéticas de
• Uma porção de gás perfeito é constituída por um grande número de suas moléculas, uma vez que são desprezadas interações intermoleculares e
moléculas em movimento caótico (todas as direções são igualmente gravitacionais. Utilizando a definição de energia cinética e a pressão, tem-se:
prováveis);
• As moléculas não exercem força umas sobre as outras, somente mv ² ρVv ² 1 3 3
Ec === 3 ρv ² 2 V = pV
durante as colisões; 2 2 2
• As colisões entre as moléculas ou entre elas e as paredes do recipiente Pela equação de Clapeyron, conclui-se:
que contém o gás são perfeitamente elásticas (conservam energia e
3
quantidade de movimento) e de duração desprezível; U = nRT (gás monoatômico)
• Entre colisões sucessivas, o movimento das moléculas é retilíneo e 2
uniforme. Isto equivale a desprezar as forças de interação gravitacional Ao deduzir tal expressão, considera-se que a energia cinética consiste
e intermoleculares; mv²
na soma de termos da forma . Implicitamente, leva-se em conta que
• As moléculas são consideradas pontos materiais; isto é, suas dimensões 2
são desprezíveis se comparadas aos espaços intermoleculares e à esta resulta somente de translações, entretanto muitas moléculas também
distância que percorrem entre colisões sucessivas. possuem energias associadas à rotação. Tal expressão não está errada,
mas é um caso particular, no qual é correto desconsiderar as rotações, por
ser um caso de moléculas monoatômicas. Para poliatômicas, a geometria
2. Pressão de um gás permite que haja rotações, alterando o resultado.
pressão 5
U = nRT (gás diatômico)
2
U = 3nRT (gás poliatômico)
3 5
As constantes , , 3 são resultado dessas mudanças na
2 2
colisões possibilidade de movimento. Em outras palavras, os graus de liberdade do
sistema influenciam sua energia interna. O teorema da equipartição afirma
que a energia de cada molécula de um gás é a soma das energias geradas
Dado um gás em um recipiente, a pressão existente nas paredes
pelos graus de liberdade, cada um contribuindo com uma parcela na forma
decorrerá dos choques sucessivos das moléculas em movimento caótico.
Nesse sentido, é intuitivo que se consiga relacionar matematicamente 1
kT . Com isso, conclui-se que cada grau de liberdade contribui com uma
pressão e velocidade. 2
1
Considere um paralelepípedo no qual há certa quantidade de gás. parcela da forma nRT para a energia interna. Para os monoatômicos, há
Nele serão analisados dois choques consecutivos em paredes paralelas, 2
três translações; para os diatômicos, três translações e duas rotações, uma
portanto será possível equacionar o movimento para a direção x.
vez que é desprezada a rotação em torno do eixo que contém os átomos
I = F ∆t ⇒ ∆Q = F ∆t e; para os poliatômicos, três translações e três rotações.
4. Velocidade média das moléculas Na Mecânica, trabalho realizado é definido por uma força resultante do
produto do módulo de F pelo deslocamento. Esse produto escalar serve
Igualando as expressões de energia cinética: apenas para garantir que a direção da força é igual à do deslocamento.
∫
1 2 3 =τ F ⋅ dS
=Ec = mv nRT
2 2
em que n é o número de mols do gás, dado por n = m/M: No caso de um gás, será mais comumente usado o conceito de força
quando associada à pressão aplicada nas paredes do recipiente no qual o
1 2 3m gás encontra-se confinado:
mv = RT
2 2M F
Como P = , pode-se escrever que
A
Obtemos então:
v=
3 RT
M
= τ =
∫
( pA)dS
∫
p( =
AdS ) ⇒τ
dV
∫ pdV
Dessa forma, continuamente será registrado que o trabalho exercido
5. Energia cinética média por molécula ou sofrido por um gás será:
ec =
E
= c
3 nRT 3 nRT 3 R
= = T ∫
τ = pdV
N 2N 2 nN A 2 N A
Uma importante interpretação dessa equação consiste em afirmar que
Pode-se obter também a energia cinética média de cada molécula, a área de um gráfico resulta, matematicamente, no módulo do trabalho
dividindo a energia cinética total da molécula pelo número de moléculas do gás.
N = n · NA P
R
em que o quociente é denominado constante de Boltzmann (k)
NA
k = 1,38 · 10–23 J/K V
• •
9.1 Isobárica
•
• • Transformação gasosa à pressão constante.
• F
nRT
p = constante =
V
x
II. Trabalho
V2
τ=
∫
V1
pdV , como a pressão é constante, pode sair da integral, V T
V2 9.3 Isotérmica
restando: τ = p
∫V1
dV = p(V2 − V1) = p∆V
• Transformação gasosa à temperatura constante.
Pela equação de Clapeyron: p∆V= nR∆Τ: pV
=T = constante
nR
τ= nR∆T I. Variação da energia interna
Como é sabido, para qualquer processo em que TI = TF :
III. Variação da energia interna ∆U =0
∆U= Q − τ
Substituindo pelas relações encontradas acima, obtém-se que: II. Trabalho
∆U= ncP ∆T − nR∆T , o termo n∆T é comum aos dois fatores, logo: V2
∆U = n∆T ( cP − R )
τ=
∫
V1
pdV , vale que: pV = nRT . Nesse caso, = = constante .
pV nRT
V2 nRT V2 dV
P0 =τ
∫V1
=
V ∫
dV nRT= nRT (ln V2 − ln V1)
V1 V
V
τ nRT ⋅ ln 2
=
V1
V III. Calor
Nos processos isotérmicos, por definição, TI = TF . Desse modo, a
9.2 Isovolumétrica variação de temperatura é nula. Consequentemente, pela 1a Lei da
• Transformação gasosa a volume constante. V
Termodinâmica: ∆U = Q − τ ⇒ ∆U = 0. Logo: Q = τ = nRT ⋅ ln 2 .
nRT V1
= V = constante
P IV. Gráfico (PV)
I. Calor
=
Q ncV ∆T P
[CV ] J/mol ⋅ K.
cv: calor específico molar a volume constante. No SI: =
Obs.: Essa equação também pode ser escrita em função da massa, isto
Q mcV ∆T . Nesse caso, no SI: [ C=
é:= V ] J/kg ⋅ K .
II. Trabalho
∫
τ = pdV
V
Para um processo isovolumétrico, não há variação de volume, portanto:
dV = 0. 9.4 Adiabática
τ =0 • Transformação gasosa na qual a troca de calor é nula.
III. Variação da energia interna
Pela 1a Lei e com as relações encontradas anteriormente, resulta: I. Calor
Pela definição: Q = 0
∆U = Q − 0 = ncV ∆T . Logo: ∆U = ncV ∆T
IME-ITA – Vol. 2 239
FÍSICA II
Assunto 3
II. Trabalho
Para chegar ao resultado pretendido, será utilizada uma importante
11. Variação da energia interna em um
relação que será demonstrada ao final deste módulo: PVY = constante processo qualquer
V2 V2 k V2 dV
pV γ = k , então:
= τ =
V1 ∫
pdV
∫ =
V1 V
γ
dV k
∫
V1 V
γ , novamente
Suponha um processo termodinâmico qualquer AB. Como a variação
da energia interna não depende do processo, podemos imaginar, por
x 1− n
há uma integral simples de ser resolvida: x − n dx =
V2 1−γ 1−γ
∫ 1− n
. Assim: exemplo, um caminho ACB composto por uma isotérmica (AC) e uma
isovolumétrica (CB), como mostra a figura abaixo:
V − V1
k
V1 ∫
V −γ dV = k 2
1 − γ
.
P
γ
Agora pode-se substituir = k p= 1V1 p2V2 γ . Assim:
p2V2 − p1V1 nR(T2 − T1) nR∆T
= τ = = .
1− γ 1− γ 1− γ A
B
III. Variação da energia interna
TB
Como nas transformações adiabáticas Q = 0, tem-se: ∆U = − τ
TA V
C
IV. Gráfico (PV)
P
nRt ∆UAB = ∆UAC + ∆UCB = 0 + (QCB – τCB) = 0 + (n · Cv · ∆T – 0) = n · Cv · ∆T
p=
V
Logo, em qualquer processo termodinâmico a variação da energia
isoterma interna poderá ser dada por:
Seja ACB um processo termodinâmico composto por uma isobárica e Como p não interessa, será trocado por: nRT .
por uma isovolumétrica. Como os estados A e B pertencem a uma mesma V
isoterma →∆UACB = 0. nRT dT dV
ncV dT = − dV ⇒ cV = − R
V T
∆UACB = ∆UAC + ∆UCB constante constante V
Solução: Letra B.
Muita atenção sempre nas unidades!
Neste problema a temperatura é dada em Celsius, porém, como
01 (UFG-2007) Na figura abaixo são mostradas transformações utilizaremos a equação de Clapeyron na forma de transformações gasosas
termodinâmicas realizadas sobre um gás de número de mols constante
PV PV
que obedece à lei geral dos gases ideais. 1 1
= 2 2 , devemos transformar sempre para escala absoluta. Assim,
n1T1 n2T2
V teremos a seguinte relação:
I P1 P P 393
2 2 1, 297 129, 7%.
III 303 393 P1 303
Logo, o aumento percentual foi de aproximadamente 30%.
II
Analisando, ainda assim, o gráfico I, vemos que a relação não é linear. Isso
P0
significa que tanto volume como temperatura e pressão estarão variando. R
T0 g=10 m/s²
Não resta outra opção a não ser a transformação ADIABÁTICA. Podemos y3
P3
obter essa relação (hiperbólica) partindo da relação entre P e V na adiabática: H=6 m
Q Q
Q R
P · Vγ=c y1
P2
y2
0,5 m P1
Dado: R = 0,082 atm · L/mol · K (A) a energia cinética média das partículas aumentará.
(B) a pressão aumentará e a energia cinética média das partículas
Solução: diminuirá.
PV P V V V 3 V2 (C) a energia cinética média não se alterará e a pressão aumentará.
a. 1 1 2 2 1 2
T1 T2 T1 T2 400 400 · 1, 3 (D) a energia cinética média e a pressão permanecerão constantes.
(E) nada do que foi dito ocorrerá.
=V2 3=
· 1, 3 3, 9 L
0, 3 05 Considere uma mistura de gases H2 e N2 em equilíbrio térmico. Sobre
· 0, 082 · 400
n·R·T a energia cinética média e sobre a velocidade média das moléculas de
b. P · V n · R · T P 10
V 3 cada gás, pode-se concluir que:
P = 0, 328 atm
(A) as moléculas de N2 e H2 têm a mesma energia cinética média e a
c. τ = P · ∆V = 0,328 · (3,9 – 3) = 0,2952 atm · L mesma velocidade média.
(B) ambas têm a mesma velocidade média, mas as moléculas de N2 têm
d. Q = m · c · ∆T = 0,3 · 10–3 · 2,05 · 103 · (520 – 400) maior energia cinética média.
Q = 73, 8 J (C) ambas têm a mesma velocidade média, mas as moléculas de H2 têm
3 3 maior energia cinética média.
e. ∆U
U n·R· ∆TT · 0, 03 · 0, 082 · 520 – 400
2 2 (D) ambas têm a mesma energia cinética média, mas as moléculas de N2
têm maior velocidade média.
DU = 0,4428 · L
(E) ambas têm a mesma energia cinética média, mas as moléculas de H2
têm maior velocidade média.
Obs.: Para transformar a unidade de energia de [atm · L] para [J], devemos
multiplicar por 100. Assim, teremos: 06 Sejam o recipiente (1) contendo 1 moI de H2 (massa molecular
τ = 29,52 J M = 2) e o recipiente (2) contendo 1 moI de He (massa atômica M = 4)
∆U = 44,28 J ocupando o mesmo volume, ambos mantidos a mesma pressão. Assinale
Note que o calor é a soma do trabalho realizado e da variação de energia a alternativa correta:
interna.
(A) A temperatura do gás no recipiente 1 é menor que a temperatura do
gás no recipiente 2.
(B) A temperatura do gás no recipiente 1 é maior que a temperatura do
gás no recipiente 2.
01 Um gás é mantido sob pressão constante. Se a temperatura e o volume (C) A energia cinética média por molécula do recipiente 1 é maior que a
aumentam: do recipiente 2.
(D) O valor médio da velocidade das moléculas no recipiente 1 é menor
I. o número de choques por cm2 de parede deve aumentar. que o valor médio da velocidade das moléculas no recipiente 2.
II. a distância média entre as moléculas aumenta. (E) O valor médio da velocidade das moléculas no recipiente 1 é maior
III. a energia cinética média das moléculas não sofre alteração. que o valor médio da velocidade das moléculas no recipiente 2.
Quais são as afirmativas verdadeiras (V) e quais são as falsas (F)? 07 (EN) Considere certa amostra de um gás ideal na temperatura T kelvin
cujas moléculas, de massa M, possuem velocidade média V m/s. Em uma
02 Em relação à teoria cinética dos gases, indique quais afirmativas são amostra de outro gás também ideal, mas na temperatura 2T kelvin e com
verdadeiras e falsas. moléculas de massa M/4, a velocidade média das moléculas é V’ m/s. A
razão V’/V vale:
I. As moléculas de um gás se movem em uma direção preferencial.
II. Os choques entre as moléculas ou entre as moléculas e as paredes (A) 1/2.
são considerados elásticos. (B) 2.
III. As moléculas de gases ideais têm sempre o mesmo grau de liberdade (C) 4.
em seus movimentos. (D) 2 2.
(E) 2 / 2.
03 As moléculas de hidrogênio, em um recipiente, têm a mesma
velocidade quadrática média que as moléculas de nitrogênio, de outro 08 A primeira coluna descreve uma transformação sofrida pelo gás; a
recipiente. É correto afirmar, comparando-se os dois gases, que: segunda contém a denominação utilizada para indicar essa transformação.
(A) o nitrogênio apresenta maior temperatura. A. O gás realiza trabalho e sua energia interna não varia.
(B) o nitrogênio apresenta menor pressão. B. O gás tem sua energia interna aumentada e não troca trabalho com o
(C) ambos apresentam mesma pressão. meio externo.
C. O gás não troca calor com o meio externo, mas sua temperatura 11 O gráfico a seguir representa a pressão em função do volume para 1
aumenta. mol de um gás perfeito. O gás vai do estado A para o estado B, segundo
D. O gás recebe trabalho e sua energia interna não varia. a transformação indicada no gráfico. Assinale a opção correta:
1. Compressão isotérmica. P
2. Compressão adiabática.
3. Aquecimento isométrico.
A
4. Expansão isotérmica. 4a
09 Quanto aos processos sofridos por gases ideais entre dois estados,
0 b 4b V
julgue os itens a seguir:
(A) A transformação indicada é isotérmica.
(A) Em um processo isotérmico, há troca de calor com o meio exterior.
(B) A área assinalada na figura mede a variação de energia interna do gás.
(B) Em um processo adiabático, não há transferência de calor para o meio
(C) Na transformação de A para B o gás recebe um calor Q, realiza um
exterior.
trabalho W, de modo que |Q|=|W|.
(C) Um processo adiabático é um processo lento, em que a variação de
(D) A transformação de A para B é adiabática porque não houve acréscimo
energia do gás é igual ao trabalho realizado por este.
de energia interna do gás.
(D) Um processo isotérmico é um processo lento, no qual há variação de
(E) A área assinalada na figura não pode ser usada para se medir o calor
energia interna do gás.
recebido pelo gás.
(E) Em um processo isotérmico, a energia cinética média das moléculas
é a mesma nos estados final e inicial. 12 (EN) Analise o gráfico a seguir.
(F) Em um processo isotérmico de compressão de um gás, a pressão
exercida sobre as paredes do recipiente que contém o gás aumentará. P
(G) Em um processo adiabático, a variação de energia do gás é nula. A C
(H) A temperatura do gás no estado final depende do processo seguido
e da natureza do gás.
(A) V
D B C
T2
C T1
V
(A) 323.
(B) 355.
(C) 430.
B
(D) 628.
(A) 50%.
(B) 40%.
(C) 60%.
(D) 30%.
(E) 20%.
A 16 Um gás perfeito ocupa o volume de 8 litros sob pressão de 2 atm.
Após uma transformação adiabática, o volume do gás passou para 2 litros.
T Sendo o expoente de Poisson igual a 1,5, a nova pressão do gás será:
(D) V
(A) 8 atm.
C B
(B) 16 atm.
(C) 32 atm.
(D) 64 atm.
(E) n.r.a.
T p (atm)
(E) V
B C A B
3,0
A C
isoterma
T
0 8,0 10,0 V (L)
13 Um tubo fechado nas extremidades tem um pistão móvel em seu
interior, que o divide em duas regiões. A secção transversal do tubo é a. Qual a temperatura do gás no estado A?
constante. Na região A existe 1 mol de hidrogênio a 300 K, enquanto que b. Qual é o trabalho realizado pelo gás na expansão AB?
na região B existem 2 mols de nitrogênio a 600 K. Determine a posição c. Qual é a temperatura do gás no estado C?
de equilíbrio do pistão.
18 (AFA) Uma amostra de n mols de gás ideal sofre as transformações AB
(isovolumétrica), BC (isobárica) e CD (isotérmica) conforme representação
A B no diagrama pressão (p) × volume (V), mostrado a seguir.
L
20 Um reservatório indeformável contém um gás perfeito na temperatura
de 27°C e à pressão de 12 atmosferas. A pressão máxima admissível no
reservatório é de 15 atmosferas.
Hg
Dados:
• Coeficiente de Poisson do gás: 1,4;
• Constante Universal dos gases perfeitos: R = 2,0 cal/mol·K;
• Massa molecular do gás: 37 g/mol.
A quantidade máxima de calor que pode então ser fornecida a cada grama 04 (ITA) Na figura, uma pipeta cilíndrica de 25 cm de altura, com ambas
de gás, em calorias, é aproximadamente: as extremidades abertas, tem 20 cm mergulhados em um recipiente com
mercúrio. Com sua extremidade superior tapada, em seguida a pipeta é
(A) 10. retirada lentamente do recipiente.
(B) 8.
(C) 6.
Ar
(D) 4.
(E) 2.
25 cm
20 cm
05 O tubo, em forma de U, mostrado na figura, possui uma de suas 07 Dentro de um cilindro fechado, retira-se todo o ar, isto é: um ambiente
colunas aberta para a atmosfera e a outra contém um gás. Entre o gás com vácuo é gerado. Nesta situação, o êmbolo que está dentro do cilindro
e a atmosfera, existe mercúrio líquido. Inicialmente, o gás ocupa um encontra-se em equilíbrio junto ao fundo. Abaixo do êmbolo, injeta-se certa
comprimento de 18 cm e a coluna de mercúrio encontra-se 76 cm acima quantidade de gás, de modo que o equilíbrio do pistão passa a ocorrer
do gás. Qual será a altura que deverá ser preenchida com mercúrio a fim a uma altura de h = 5 cm de base. Qual altura atingirá o êmbolo se a
de que o volume do gás se reduza a 2/3 do inicial. A pressão atmosférica temperatura do gás for quadriplicada?
vale 76 cmHg.
Hg g k
76 cm Ar
h
18 cm
∆H = 2,0 cm
L0 x
H=10 cm
T 2T
09 Uma haste de 1 m de comprimento e coeficiente de dilatação térmica
linear = 19 · 10-6 (°C) é aquecida de 10°C até 110°C. De acordo com a
Instante t Instante t’ > t figura, a haste possui uma extremidade fixa e outra ligada a um êmbolo,
cuja área da seção reta é A = 0,04 m2. Sabendo que o cilindro possui
uma válvula que mantém a pressão constante com o valor p = 105 N/m2,
determine o trabalho realizado pela haste.
(A) 0,2. 10 A figura a seguir representa um cilindro com êmbolo móvel de massa
(B) 1,2. m = 200 kg e área S = 100 cm², que contém inicialmente 2,4 litros de um
(C) 2,2. gás ideal à temperatura de 27°C. Aquece-se o sistema até a temperatura
(D) 3,2. estabilizar em 127°C. A pressão atmosférica é igual a 105 N/m².
(E) 4,2.
(A) 249.
(B) 147.
(C) 87.
(D) 75.
(E) 27.
(A) 8,00.
g
(B) 10,0. M
(C) 15,0.
(D) 18,0.
(E) 26,0.
522
êmbolo
B chave 300
R V H gás
gás
1,2 V0
V0
V (m3)
figura I figura II
Em um cilindro vertical têm-se dois mols de um gás ideal. Este está
O recipiente da figura I possui as paredes externas e a parede móvel separado da atmosfera por meio de um êmbolo unido a um ponto fixo
interna compostas de isolante térmico. Inicialmente, os compartimentos por uma mola de rigidez k. A temperatura inicial T1, o êmbolo se encontra
de mesmo volume possuem, cada um, um mol de certo gás ideal a uma altura h do fundo do recipiente. A que temperatura o gás tem que
monoatômico na temperatura de 300 K. Então, por meio da fonte externa estar para que o êmbolo se eleve a altura H?
de calor, o gás do compartimento B (gás B) se expande lentamente
(A) V – V – F.
(B) V – V – V.
Po (C) F – V – V.
g (D) V – F – V.
E
(E) F – F – F.
água
19 Dois mols de um gás monoatômico realizam os processos
representados pelo diagrama P × V a seguir.
Dados:
p
• 1Pa = 1 pascal = 1 N/m2;
2 3
• massa de 1 mol de água: 18 gramas; p2
• massa específica da água: 1,0 kg/L;
• calor específico da água: 4.000 J/(°C · kg).
p1 1
Na temperatura de 100°C e à pressão de 1,00 · 105 Pa, 1 mol de vapor
de água ocupa 30 L e o calor de vaporização da água vale 40.000 J/mol.
Determine:
0 V 2V
a. o intervalo de tempo tA, em segundos, necessário para levar a água
até a ebulição. Sabe-se que: T1 = 27°C; p2 = 2p1; V3 = 2V2. Determine a variação de
b. o intervalo de tempo tB, em segundos, necessário para evaporar energia interna de 1 para 3.
0,27 mol de água. Dado: R = 8,31 J/mol · K.
c. o trabalho W, em joules, realizado pelo vapor de água durante o
processo de ebulição. 20 (EN) Um reservatório fechado contém certa quantidade de um gás
ideal à pressão inicial P = 1,00 x 105 N/m². Em um primeiro processo,
17 Um balão esférico de raio 3 metros deve ser inflado com um gás esse gás é lentamente aquecido de T até uma temperatura T processo,
ideal proveniente de um cilindro. Admitindo que o processo ocorra um pequeno orifício é aberto na parede do reservatório e deixa-se escapar
isotermicamente, que o balão esteja inicialmente vazio e que a pressão ¼ do gás, mantendo-se, porém, a temperatura constante. (T2 = T1, ver
final do conjunto cilindro-balão seja a atmosférica, determine: gráfico). Sabendo do segundo processo, a pressão do gás no interior do
reservatório é de P N/m², o valor de T2, em:
P (×105 N/m2) P
P1
P2 b
1,0
a c
P1
0,9
V1 V
27 T1 T (ºC)
(A) ( p1 − p2 ) V1.
(A) 103.
(B) 100.
p2
(C) 97,0. (B) p2 V1 ln .
(D) 90,0. p1
(E) 87,0.
p
(C) V1 p1 − p2 + p2 ln 2 .
21 Um mol de um gás ideal é submetido ao processo apresentado na p1
figura abaixo, passando o gás do estado A ao estado B. Calcule a variação
de energia interna (U = UB – UA) do gás e a razão r = Q/W, em que Q e 3 p
(D) V1 ( p1 − p2 ) + p2 ln 2 .
W são respectivamente o calor absorvido e o trabalho realizado pelo gás. 2 p1
volume p −p p
(E) V1 1 2 + p2 ln 2 .
B 2 p1
3V0
B
4 V
V0 5V0
Dados:
• calor específico do reservatório: 1 J/ kg K; 1
• calor específico a volume constante do gás: 1 J/ kg K;
• constante universal dos gases: 8,31 kJ/kmol K; 1 4 V (L)
• massa molecular do gás: 83,1 kg/kmol;
• coeficiente de dilatação linear do material do reservatório: 10–3 K–1;
• pressão externa ao sistema: 100 kPa. 02 O recipiente cilíndrico mostrado abaixo possui dois pistões internos. O
pistão da esquerda está encostado em uma mola fixa à parede esquerda
26 Um mol de um gás ideal realiza dois processos, indo do estado 1 do recipiente. Essa parede possui um orifício que a expõe à atmosfera.
para 2, posteriormente de 2 para 3, conforme apresenta o diagrama P×V. O volume de ar entre os pistões é de 2.000 cm³ e sua pressão inicial é
Sabendo que o trabalho realizado entre 1 e 3 vale W e que P2 = aP3, igual à atmosférica (105 N/m²). Nessas condições, o pistão da direita é
determine a temperatura do estado 1. lentamente pressionado para esquerda mantendo constante a temperatura
interna, até sua superfície de dentro chegar à posição que anteriormente
W era ocupada pelo pistão da esquerda. Qual será o volume de ar confinado
(A) . ao final do experimento?
aR
W Dados:
(B) .
a −1 • área da seção: 100 cm²;
Ra • constante elástica da mola: 1.000 N/m;
(C) .
W • 5 ≅ 2, 24 .
W
(D) .
R ( a − 1)
(E) ( R − 1) aW .
( )
(D) kRn V22 − V12 , absorvido.
kRn 2
(E)
2
(
V2 − V12 , cedido.)
1 dm2
cilindro
+Q
Consideração: +2Q
2r r
• Não existe atrito entre o cilindro e o êmbolo.
ch
R
Dados:
• a pressão atmosférica é 100 kPa;
• a área da seção transversal do cilindro é 0,04 m²;
Sabendo que a área da seção transversal do cilindro vale A e a constante
• o volume inicial do gás ideal é 0,008 m³;;
eletrostática do meio vale K, determine o deslocamento vertical sofrido
• a massa do êmbolo é 0,5 kg;
pelo êmbolo quando a chave ch é fechada.
• o calor específico a pressão constante do gás ideal é 1 kJ / kg · K;
• o calor específico a volume constante do gás ideal é 0,6 kJ / kg · K;
• a temperatura inicial do gás ideal é 200 K. cP
12 No método de Rüchhardt para medir γ= do ar, usa-se um grande
10 Um cilindro aberto contém um pistão de massa desprezível, que é livre
cV
para se movimentar e que se encontra, inicialmente, submerso em água frasco com um gargalo cilíndrico estreito de raio a, aberto para a atmosfera
à temperatura Ta. Uma certa quantidade de ar encontra-se sob o pistão. (p0= pressão atmosférica), no qual se ajusta uma bolinha metálica de raio a
Considere as seguintes situações: e massa m. Na posição de equilíbrio O da bolinha, o volume de ar abaixo dela
no frasco é V (fig.). Ao deslocar a bolinha, ela passa a oscilar em torno de seu
Po ponto de equilíbrio. Calcule o período associado a esse movimento.
2a
H2O
O
m
p0
ar
13 Um recipiente fechado contém certa quantidade de gás diatômico 15 Um cilindro fechado em um dos lados é girado em um plano horizontal
confinado, à pressão p1 e temperatura T1. O gás recebe calor até atingir a com velocidade angular constante w em torno de um eixo vertical que passa
temperatura T2 e, nesse processo, 20% das moléculas são quebradas em pela sua extremidade aberta. A pressão do ar externo é P0, a temperatura
átomos. Determine: T e a massa molecular do ar vale M. Encontre a pressão do ar em função
da sua distância r ao eixo de rotação, assumindo que a massa molecular
a. a pressão final do gás. independe de r.
b. a razão entre as energias internas final e inicial do gás.
1 3
0 V2 = V 4 V
i
roda
(primeira forma)
mov
A segunda lei da termodinâmica pode ser enunciada de várias formas; caldeira
uma que nos é conveniente nesta primeira abordagem é: correia água
“O calor só pode passar espontaneamente de um corpo para outro vapor
de temperatura mais baixa que o primeiro. É impossível de se converter calor
eletricidade
totalmente calor em outra forma de energia.”
combustível
Por exemplo, para operarmos uma máquina térmica (que são gerador
máquinas que se utilizam da transferência de calor para produzir trabalho), Exemplo real de uma máquina térmica
precisamos de duas fontes: uma quente e uma fria. Parte do calor que Disponível em:<gemb-arhte.blogspot.com.br>.
sai da fonte quente vai para a fonte fria, e outra parte é convertida em
trabalho útil. 2.1 Refrigeradores
Um refrigerador é uma máquina que, operando entre duas fontes, uma
2. Máquinas térmicas quente e uma fria, retira calor da fonte fria e o entrega à fonte quente. É
claro que esse processo não é espontâneo; logo, para efetuá-lo, a máquina
Estudemos as máquinas térmicas tendo em mente as leis da térmica precisa receber trabalho. Observe o esquema geral:
Termodinâmica. Para isso, façamos um esquema geral:
trabalho
Qq Qf
fonte máquina fonte
quente térmica fria fonte Qf máquina Qq fonte
fria térmica quente
τ
O refrigerador opera recebendo um trabalho τ de uma fonte externa, de
Trabalho modo que isso a possibilite retirar calor Qf de uma fonte fria e entregá-lo à
fonte quente, por meio de um processo não espontâneo. Pela conservação
Perceba que, para que a máquina térmica execute um trabalho τ, é de energia, o calor total Qq que chega à fonte quente é dado por:
necessário ligá-la a duas fontes de calor: uma fonte quente e uma fonte
fria. Espontaneamente, o calor tende a se transferir da fonte quente para Qq = τ + Qf
a fonte fria, pelo segundo princípio da termodinâmica. A máquina térmica
No caso de refrigeradores, não definimos para eles um rendimento,
“rouba” parte desse calor e o converte em trabalho, de modo que parte
e sim algo semelhante chamado “eficiência” (e). A eficiência de um
do calor Qq fornecido pela fonte quente chega à fonte fria como Qf, e
refrigerador é entendida como a fração de calor Qf retirada da fonte fria
a outra parte se transforma em trabalho útil τ. É claro que, pela lei da
por trabalho cedido ao refrigerador:
conservação da energia:
Qf Qf 1
e
Qq Qf Qq Qf Qq
1
Qf
Também podemos pensar no rendimento η dessa máquina térmica. Observe que, diferentemente do rendimento, a eficiência não tem a
Por definição, seu rendimento calcula qual a fração de calor provindo da restrição de estar compreendida entre 0 e 1. Por essa razão, não pode ser
fonte quente Qq que efetivamente se torna trabalho útil τ, ou: expresso em porcentagem. Quanto maior o calor retirado da fonte fria e quanto
menor o trabalho necessário para isso, maior será a eficiência do refrigerador.
Qq Qf Q
1 f evaporador
Qq Qq Qq válvula de
expansão válvula de
evaporador condensador
expansão
Lembre-se de que rendimento é uma grandeza adimensional, a qual FRIO QUENTE
baixa alta
deve ser expressa como um número entre 0 e 1, ou em porcentagem. pressão pressão condensador
2.2 Ciclo de Carnot Porém, para o caso específico de um ciclo de Carnot, é possível
demonstrarmos que o rendimento também pode ser escrito como:
Antigamente, acreditava-se na possibilidade de se criar máquinas
térmicas com rendimento de 100%, isto é, uma máquina que poderia Tq Tf Tf
1
converter integralmente em trabalho o calor retirado de uma fonte quente. Tq Tq
O jovem engenheiro francês Nicolas Carnot demonstrou a impossibilidade
dessa ambição ao demonstrar dois fatos:
Em que Tq é a temperatura absoluta da fonte quente (no diagrama
I. Fixadas duas fontes (uma quente e uma fria), existe um ciclo que, anterior, T1) e Tf é a temperatura absoluta da fonte fria (no diagrama anterior,
operado entre tais fontes, proporciona a máxima extração de trabalho T2). A demonstração dessa expressão encontra-se no próximo item.
possível do fluxo de calor. Há, ainda, o Teorema de Carnot, que enuncia:
II. É impossível que o ciclo supracitado tenha rendimento de 100%.
“O rendimento de uma máquina térmica que funcione segundo um
ciclo de Carnot é máximo.”
Uma máquina térmica de rendimento máximo usa como substância
de trabalho um fluido que, trabalhando entre duas fontes de calor – uma Observe que ele afirma que, fixadas duas fontes de calor (uma quente
quente e uma fria – opera em ciclos. Cada ciclo é composto por duas e uma fria), a máquina térmica que pode extrair o máximo de trabalho do
transformações isotérmicas e duas transformações adiabáticas, unidas processo é aquela que opera em um ciclo de Carnot.
entre si. Observe o diagrama de Clapeyron, que mostra um desses ciclos Observe ainda que esse rendimento não pode ser de 100%, pois
– denominado ciclo de Carnot: η = 1 conduz a um Tf = 0 no ciclo de Carnot – o que é impossível pela
Segunda lei da termodinâmica, que afirma que, para haver produção de
adiabáticas trabalho e transferência de calor, a fonte fria deve continuamente receber
calor.
p No caso de refrigeradores, também temos uma nova expressão para
A sua eficiência máxima:
1 1
e
Qq Tq
T1 1 1
Qf Tf
B
isotermas
T2
C
D
01 Uma máquina térmica trabalha entre as temperaturas de 300 K e 600 K.
Em cada ciclo, a máquina retira 221 J de calor da fonte quente e rejeita
V 170 J de calor para a fonte fria. O rendimento da máquina e o rendimento
máximo, em porcentagem, que ela poderia ter com as temperaturas entre
Repare que as isotermas são hipérboles, pois há uma relação de as quais opera são, respectivamente:
proporcionalidade inversa entre pressão e volume; contudo, as adiabáticas
são mais inclinadas, pois, pela equação de Poisson (lembre-se: em uma (A) 44 e 56.
transformação adiabática, p · V γ = constante), a variável de estado (B) 23 e 50.
“volume” está elevada a γ, fator maior do que 1; e na equação de Boyle (C) 50 e 77.
(p · V = constante) está elevada a 1. (D) 23 e 77.
02 Uma geladeira industrial consome 20 MJ em um dia para manter em 2.3 Demonstração da fórmula de
–23°C a temperatura interior e o ambiente externo é muito quente (em
média 77°C). Sabe-se que, em média, a quantidade de calor lançada para rendimento carnotiano
esse ambiente externo é de, aproximadamente, 50% maior que a energia • Entre A e B, no gráfico P × V anterior, é válida a expressão de
necessária para a geladeira operar. transformação isotérmica:
Determine: VB
Qq τ ab nRTq In
VA
a. O calor recebido pela fonte quente.
b. A eficiência desse refrigerador. • Entre C e D, no gráfico P × V anterior, é válida a expressão de
c. A eficiência máxima desse refrigerador para as condições do problema. transformação isotérmica:
VD
Solução: Qf =τ cd =nRTf In
a. τ = –20 MJ VC
QQ= 1,5 · 20 = –30 MJ
Dividindo as equações acima, temos:
Logo
τ = QQ + Qf → –20 = –30 + Qf ⇒ Qf = 10 MJ.
VB
1 1 In
b. e 0, 5 (Não pode colocar em %). Qq Tq VA
Qq 30 = . (equação 1)
1 1 Qf Tf In VD
Qf 10 VC
1
c. e 2, 5.
350
1 • Entre B e C, no gráfico P × V anterior, é válida a expressão de
250
transformação adiabática:
03 Imagine uma máquina de Carnot que opera entre as temperaturas nRTq nRT
TA = 800 K e TB = 300 K. A máquina realiza 2.200 J de trabalho em cada PBVBγ =PCVCγ → VBγ = f VCγ → TqVBγ −1 =Tf VCγ −1
VB VC
ciclo, o qual leva 0,25 s.
04 Um inventor alega ter construído uma máquina que possui uma 3. Processos reversíveis
eficiência de 75% quando operada entre as temperaturas dos pontos de e irreversíveis
ebulição e congelamento da água. Isso é possível?
Denomina-se processo reversível aquele em que o sistema passa
por estágios (‘caminho’) de equilíbrio intermediário. O processo pode ser
Solução:
revertido, passando pelos mesmos estágios de equilíbrio, retornando às
Atenção: Não esqueça que a unidade de temperatura deve sempre ser Kelvin.
condições iniciais sem a interferência externa.
T 273
O rendimento máximo é dado por 1 f 1 26, 8%. Do ponto de vista dos gases ideais, em outras palavras, podemos
Tq 373
dizer que os processos reversíveis são aqueles em que é possível traçar
Logo, não é possível. o gráfico (P × V ou P × T ou V × T).
Na verdade, na natureza, todos os processos são irreversíveis. Os
processos reversíveis são uma simplificação teórica (modelos teóricos).
Exemplo de um processo reversível (aproximadamente):
Compressão lenta (processo quasi-estático) de um gás de modo que,
em cada instante, o sistema permaneça em equilíbrio termodinâmico.
3.1 Entropia
Em 1865, Rudolf Clausius utilizou o conceito para explicar como as
leis da natureza podem atuar em um sistema isolado tornando-o sempre
mais desorganizado. V
Este conceito levou à definição da entropia, que seria a medida da
desordem de um sistema. O conceito poderia explicar mais uma diferença Dividindo em ciclos de Carnot infinitos e somando esses percursos,
entre os processos reversíveis e irreversíveis, além de indicar o sentido temos o ciclo original (para os que têm noção de cálculo integral,
natural (espontâneo) dos processos, como um simples objeto caindo, realizamos uma soma de Riemann).
uma pedra de gelo derretendo, a expansão de um gás, envelhecimento
Tendo em vista que, em um ciclo de Carnot:
dos seres vivos, etc.
Q1 Q2
=
4. Introdução à entropia T1 T2
A primeira lei da termodinâmica diz respeito à conservação da energia
em um processo. Porém, ela não diz nada a respeito da possibilidade de Ao incluirmos um sinal negativo do calor cedido, temos:
esse processo ocorrer naturalmente (espontaneamente).
Por exemplo, embora a energia se conserve em um modelo imaginário Q1 Q2
+ = 0
em que uma poça-d’água se congele formando um cubo de gelo à T1 T2
temperatura ambiente, isso não ocorre espontaneamente. O ambiente não
retirará energia da poça para que a água se congele nesse modelo. Da
mesma forma, sabemos que é impossível um processo espontâneo em No ciclo acima, temos, então:
que parte da energia cinética das moléculas do chão sejam transferidas
para uma pedra sobre ele, de modo que a pedra atinja uma altura e que Q
∑ =
0
a nova energia potencial gravitacional da pedra, em sua altura limite, seja T
igual à energia cinética por ela recebida – embora tal processo seja, pelos
olhos da primeira lei, possível. Como são infinitos ciclos diferenciais e estamos somando uma área
A segunda lei da termodinâmica é uma resposta para a previsão de fechada:
espontaneidade de um processo. Associada a essa lei, define-se uma dQ
grandeza termodinâmica útil chamada entropia. Na verdade, a todas as leis
da termodinâmica associam-se “grandezas úteis”. À lei zero foi associada
∫ T
=0
Note ainda que, pelo fato de a variação de entropia entre dois estados
não depender do caminho do processo, podemos calcular a variação de
entropia em um processo irreversível como se esta fosse uma variação
01 Um bloco de gelo com massa de 240 g derrete reversivelmente. A reversível com os mesmos estados inicial e final.
temperatura permaneceu 0°C durante todo o processo. Para processos irreversíveis, a entropia sempre aumenta e sua
Dado: Lfusão = 327,6 J/g. propriedade central é conhecida como postulado da entropia que pode
ser enunciado como:
a. Qual a variação de entropia do gelo? “Se um processo irreversível ocorrer em um sistema fechado, a
Como a temperatura permanece constante nesse processo, a variável T entropia S dos sistemas sempre aumenta, ela nunca diminui”.
na fórmula da variação de entropia pode “sair” da integral, de modo
Como a entropia não depende do processo (‘caminho’), se
que, em geral, para processos isotérmicos:
B B conhecemos os estados inicial e final de um processo irreversível podemos
dQ 1 Q calcular a variação de entropia procurando um processo reversível que
∆=S ∫ = ∫ =
dQ
T T T passe pelos mesmos estados.
A A
No caso descrito:
Q mL 240 ⋅ 327,6
∆S = = = = 288 J/K
T T 273
b. Qual a variação de entropia do meio externo?
Como o processo é reversível, a variação de entropia do meio 01 Um gás ideal está contido no recipiente A. No recipiente B é mantido
corresponde ao negativo da variação de entropia do gelo, de modo vácuo. As paredes dos recipientes são isolantes. Calcule a variação de
que a soma das duas se anulem. Logo: ∆Smeio = –288 J / K. entropia do gás quando a válvula é aberta e o gás passa rapidamente a
ocupar os dois recipientes.
Nota: Quando ocorre uma transformação reversível em um sistema isolado,
a entropia não aumenta nem diminui. expansão livre
A B A B
gás vazio C
o V
04 (AFA) Considere um gás ideal que pode ser submetido a duas 07 O que podemos afirmar sobre a substância de trabalho no ciclo de
transformações cíclicas reversíveis e não simultâneas, 1 e 2, como Carnot?
mostrado no diagrama PV abaixo.
(A) Sua entropia é constante ao longo de cada etapa isotérmica.
P (B) Sua entropia é constante ao longo de cada etapa adiabática.
adiabática (C) Sua entropia é proporcional ao inverso da temperatura ao longo de
A cada etapa adiabática.
(D) Sua variação de entropia no ciclo é positiva.
(E) Sua variação de entropia nas etapas adiabáticas é positiva.
adiabática
D B
1
T1 = 500 K 08 (EN) Analise as afirmativas abaixo referentes à entropia.
C T2 = 400 K I. Em um dia úmido, o vapor de água se condensa sobre uma superfície
E
F T3 = 300 K fria. Na condensação, a entropia da água diminui.
2 II. Em um processo adiabático reversível, a entropia do sistema se
H G T = 1.000 K mantém constante.
4
11 (AFA) Com relação às máquinas térmicas e à segunda lei da 14 Uma máquina térmica opera segundo o ciclo de Carnot entre as
termodinâmica, analise as proposições a seguir. temperaturas de 477°C e 27°C, recebendo 2.000 J de calor da fonte quente.
O calor rejeitado para a fonte fria, o trabalho realizado e o rendimento, são,
I. Máquinas térmicas são dispositivos usados para converter energia respectivamente:
mecânica em energia térmica com consequente realização de trabalho.
II. O enunciado da segunda lei da termodinâmica, proposto por Clausius, (A) 1.200 J, 800 J e 60%.
afirma que o calor não passa espontaneamente de um corpo frio para (B) 1.200 J, 800 J e 40%.
um corpo mais quente, a não ser forçado por um agente externo como (C) 800 J, 1.200 J e 60%.
é o caso do refrigerador. (D) 800 J, 1.200 J e 40%.
III. É possível construir uma máquina térmica que, operando em (E) n.r.a.
transformações cíclicas, tenha como único efeito transformar
completamente em trabalho a energia térmica de uma fonte quente. 15 Um refrigerador absorve 5 kJ de um reservatório frio e rejeita 8 kJ.
IV. Nenhuma máquina térmica operando entre duas temperaturas fixadas
pode ter rendimento maior que a máquina ideal de Carnot, operando a. Calcule o rendimento desse refrigerador.
entre essas mesmas temperaturas. b. O refrigerador é reversível e pode operar como máquina térmica
(Qq = 8 kJ e Qf = 5 kJ). Qual a sua eficiência?
São corretas apenas:
16 (EN) Uma máquina de Carnot, operando inicialmente com rendimento
(A) I e II.
igual a 40%, produz um trabalho de 10 joules por ciclo. Mantendo-se
(B) II e III.
constante a temperatura inicial da fonte quente, reduziu-se a temperatura
(C) I, III e IV .
da fonte fria de modo que o rendimento passou para 60%. Com isso, o
(D) II e IV.
módulo da variação percentual ocorrida no calor transferido à fonte fria,
por ciclo é de:
12 Um engenheiro propôs à sua empresa construir uma máquina térmica
onde um gás ideal monoatômico sofre os processos indicados no diagrama
(A) 67%.
da figura: (1 → 2): processo isotérmico, (2 → 3): processo adiabático,
(B) 60%.
(3 → 1): processo adiabático. A proposta foi rejeitada. Quais das afirmativas
(C) 40%.
abaixo são justificativas corretas para essa rejeição?
(D) 33%.
I. Esta máquina não funciona pois viola a segunda lei da termodinâmica. (E) 25%.
II. Esta máquina não interessa pois tem uma eficiência muito baixa.
III. O ciclo é inconsistente. Uma das etapas indicadas não pode ocorrer. 17 Uma máquina térmica recebe vapor de água aquecido, a 270°C, e
IV. Esta máquina não funciona pois viola a primeira lei da termodinâmica. descarrega vapor condensado, a 50°C. A eficiência é 30% e 200 kW é
a potência útil da máquina. Qual a quantidade de calor que a máquina
P descarrega na sua vizinhança em 1 hora?
1
18 Uma geladeira retira, por segundo, 1.000 kcal do congelador, enviando
para o ambiente 1.200 kcal. Considere 1 kcal = 4,2 kJ. Qual a potência
2 do compressor da geladeira?
III. Se a máquina 2 retirar 4.000 J de calor da fonte quente vai liberar Dados: R = 8,30 J/mol · K; ln 2 = 0,700; ln 3 = 1,10; ln 4 = 1,40
aproximadamente 1.720 J de calor para a fonte fria.
IV. Para uma mesma quantidade de calor retirada da fonte quente pelas (A) 2,05.
duas máquinas, a máquina 2 rejeita mais calor para a fonte fria. (B) 2,23.
(C) 2,40.
São corretas apenas: (D) 2,45.
(E) 2,49.
(A) I e II.
(B) I e III. 04 Uma máquina de Carnot trabalha entre as temperaturas de
(C) II e IV. T1 = 400 K e T2 = 150 K. Essa máquina alimenta um refrigerador de Carnot
(D) III e IV. que opera entre as temperaturas T3 = 325 K e T4 = 225 K.
Q
Qual a razão 3 ?
Q1
T1
01 Um inventor afirmou ter construído uma máquina térmica cujo
desempenho atinge 90% daquele de uma máquina de Carnot. Sua máquina, T3
Q1
que trabalha entre as temperaturas de 27°C e 327°C, recebe, durante certo
período, 1,2 · 104 cal e fornece, simultaneamente, um trabalho útil de 1 · Q3
104 J.
A B
2,0 B C
2,0
1,0
D C
1,0
A D
0,2 0,4 0,6 V (L)
Sabendo-se que em cada segundo o sistema realiza 40 ciclos iguais a 0,2 0,4 V (m3)
este, é correto afirmar que a(o):
Sabendo-se que a temperatura em A é 227°C, que os calores específicos
(A) potência desse sistema é de 1.600 W. molares do gás, o volume constante e a pressão constante, valem,
(B) trabalho realizado em cada ciclo é –40 J. respectivamente, 2/3 R e 5/2 R e que R vale aproximadamente 8 J/mol · K,
(C) quantidade de calor trocada pelo gás com o ambiente em cada ciclo o rendimento dessa máquina, em porcentagem, está mais próximo de:
é nula.
(D) temperatura do gás é menor no ponto C. (A) 12.
(B) 15.
03 (EN) Uma máquina térmica, que tem como substância de trabalho (C) 18.
2,00 mols de um gás ideal monoatômico, descreve o ciclo de Carnot. Na (D) 21.
sua expansão isotérmica, o gás recebe 4.648 J de calor e verifica-se que
o seu volume aumenta de 0,200 m³ para 0,400 m³. Sabendo-se que o 06 Uma máquina térmica opera com um mol de um gás monoatômico
rendimento da máquina é de 25%, o trabalho (em kJ) realizado pelo gás ideal. O gás realiza o ciclo ABCA, representado no plano PV, conforme
na expansão adiabática é: mostra a figura.
p (atm)
C
80 B
A 2
1 8 V (m3) C
1
A
a. a eficiência da máquina;
b. a variação da entropia na transformação BC.
0 5 10 V (L)
07 Sabendo que o ciclo mostrado é realizado por um gás ideal e que
durante o processo 1 – 2 – 3 o gás recebe um calor de 1.500 J. Determine:
a. Qual será a eficiência deste dispositivo?
a. o trabalho realizado pelo gás, ao percorrer o ciclo uma vez.
b. Se esse ciclo fosse percorrido em sentido inverso, isto é, 4 – 3 – 2 – 1 – 4,
b. a potência desenvolvida, sabendo-se que a duração de cada ciclo é
qual eficiência teria?
de 0,5 s.
p (Pa) c. o ponto em que a energia do sistema é máxima e em que é mínima.
2 3
250 Dados: 1 atm = 105 N/m2; 1 L = 1 dm3 = 10–3 m3.
12 Dois ciclos de potência de Carnot são montados em série. Um dos 19 Fornece-se calor a 0,5 kg de gelo a 0°C até que toda a massa derreta.
ciclos rejeita calor para um reservatório a temperatura T enquanto o outro
recebe calor do reservatório a temperatura T. Sabe-se que TL < T < TH. a. Qual a variação na entropia da água?
Determine T quando: b. Sendo a fonte de calor um corpo de massa muito grande a temperatura
de 20°C, qual a variação na entropia deste corpo?
a. o trabalho líquido dos dois ciclos é igual. c. Qual a variação total na entropia do sistema água-fonte de calor?
b. as eficiências térmicas dos dois ciclos são iguais. (Considere Lfusão= 80 cal/g; 1 cal = 4,2 J.)
13 Considere um ciclo de Carnot cuja taxa de compressão (razão entre 20 Um mol de um gás monoatômico ideal tem sua temperatura elevada
o volume máximo e o mínimo) seja 16. Esse ciclo é descrito por um gás de 300 K para 400 K, com volume mantido constante. Qual a variação de
ideal monoatômico e possui rendimento 75%. Qual é a variação percentual entropia?
de volume desse gás durante a fase de expansão isotérmica no decorrer
do ciclo? 21 Considera-se nula a entropia da água quando na fase líquida a 0°C e
sob pressão atmosférica.
(A) 50%.
(B) 200%. a. Qual a quantidade de calor que deve ser fornecida para elevar a
(C) 300%. temperatura de 1 kg de água de 0°C a 100°C?
(D) 100%. b. Qual a entropia de 1 kg de água a 100°C?
(E) 400%. c. Mistura-se 1 kg de água a 0°C com 1 kg de água a 100°C. Determine
a temperatura de equilíbrio.
14 Um pesquisador afirma que é possível desenvolver um processo d. Calcule a entropia da mistura após o equilíbrio.
termodinâmico isobárico que converte em trabalho até 50% de calor
necessário para a expansão de um gás. Admitindo que o gás seja o ar, 22
determine se esse processo é termodinamicamente admissível. Considere T (K)
válida a hipótese de gás ideal e que o ar possa ser interpretado como
diatômico.
A
400
15 Calor pode ser removido da água a 0,0°C e pressão atmosférica sem
que a água congele, se o processo for feito com o mínimo possível de
perturbação sobre a água. Suponha que uma gota-d’água é resfriada
desta maneira até que sua temperatura seja a do ar circundante, que é B
–5,0°C. A gota subitamente se congela e transfere calor para o ar até ficar 200
novamente a –5,0°C. Qual é a variação de entropia por grama de água
durante o congelamento e a transferência de calor?
T (K) 1
J K
T2
4 3
T1
M L V
T1 T2
1
15 A figura mostra um processo cíclico, sofrido por n moles de um gás 17 Há um copo de água em contato com o ambiente, e ambos se
ideal monoatômico, representado no plano (S, U) em que U é a energia encontram a uma temperatura T0.
interna do sistema, e S a sua entropia. A respeito desse sistema, responda
às seguintes questões: a. Mostre que não é natural ver a água do copo variar sua temperatura
e resolver se manter em equilíbrio a uma temperatura diferente de T0.
U b. Dois corpos em contato térmico se encontram isolados do resto do
universo. Eles possuem massas e calores específicos m1, c1 e m2, c2,
c b com os índices (1, 2) se referindo a cada corpo. Se ambos estão na
3U0
mesma temperatura T0, mostre que não é esperado que eles troquem
calor e se equilibrem (termicamente) em temperaturas diferentes.
d
U0 a
S0 2S0 S
Neste capítulo, vamos apresentar o conceito de carga elétrica (positiva Nome Carga elétrica Símbolo
e negativa), descobrindo sua origem por meio de uma análise microscópica
e estendendo até uma visão macro sobre a carga de um corpo qualquer. próton +1,6 · 10 –19
C +e p+
A partir daí, poderemos distinguir os estados de eletrização de elétron –1,6 · 10–19 C –e e–
um corpo (neutro ou eletrizado), analisando os princípios da atração e antipróton –1,6 · 10–19 C –e p–
repulsão dos corpos e da conservação total da carga. Por meio da lei
pósitron +1,6 · 10 –19
C +e e+
de Coulomb, será possível medir a força de atração ou repulsão de duas
cargas puntiformes.
Assim, dizemos que um corpo está eletrizado quando há um
Além disso, vamos caracterizar e diferenciar corpos condutores de
desequilíbrio entre seu número de prótons e de elétrons. Se um corpo tiver
isolantes, permitindo, assim, entender o motivo pelo qual usamos borracha
o mesmo número de prótons e elétrons, será considerado não eletrizado
para encapar um fio metálico ou o porquê de a parte externa do soquete
ou neutro.
para lâmpada ser feita de cerâmica e a interna, de metal.
Por fim, vamos apresentar os diversos processos de eletrização (atrito,
contato e indução), o que possibilitará o entendimento de um eletroscópio 3. Princípios da eletrostática
de folhas ou da experiência de uma caneta, que assim que atritada com
os fios de cabelo, atrai pequenos pedaços de papel.
3.1 Lei de Du Fay – Princípios da atração e
repulsão
2. Carga elétrica Corpos eletrizados com carga elétrica de mesmo sinal se repelem, e
É uma propriedade eletromagnética que certas partículas elementares os com sinais opostos se atraem.
possuem. Tal propriedade está diretamente relacionada com o poder de
atração e repulsão dessas partículas. Essa cargas podem ser positivas q1 q2
ou negativas. F F
+ +
Sabemos que a matéria é constituída basicamente de elétrons, prótons
e nêutrons. Os nêutrons possuem carga elétrica nula e os prótons e elétrons
possuem carga elétrica elementar, representada por e, respectivamente F F
– –
positiva e negativa. A determinação da carga elementar foi feita pelo físico
Robert Milikan, que analisou o comportamento de gotículas de água
eletrizadas submetidas à ação simultânea das forças gravitacional e elétrica. F F
+ –
A B A B
Q = (np – ne) · e
QA QB Q A’ QB’
Q A + Q B = Q A ’ + Q B’
k=
1 5.2 Isolantes (dielétricos)
4 πε
São materiais nos quais os portadores de cargas elétricas não
apresentam grande mobilidade.
Em que:
ε → constante de permissividade absoluta do meio Ex.: ar, água, borracha, vidro, plástico, madeira.
para o vácuo: ε0 = 8,85 ∙ 10–12 C2N–1m–2
++++++
logo, k0 = 9,0 ∙ 109 Nm2C–2 +
+ carga isolada na região
+ em que foi gerada
Obs.: A permissividade relativa é a razão entre a permissividade de um +
++++++
meio e o vácuo; por exemplo:
εPORCELANA = 5,31 ∙ 10–11 C2N–1m–2 → permissividade absoluta da Nos isolantes eletrizados, os portadores de cargas em excesso ficam
porcelana concentrados na região onde foram gerados.
Qfinal =
∑Q início
aproximação (sem contato) de outro corpo carregado. Consegue-se com
n o de corpos em contato esse processo que a carga final do condutor a ser eletrizado seja induzido
de sinal oposto àquela do corpo carregado (indutor). O processo é feito
do seguinte modo:
Ex.:
I. Aproxima-se o corpo carregado do condutor neutro.
A B após o A B
contato
Q neutro Q Q
2 2
após o
A B A B
contato
+ + Solução:
+ +
+ + Como temos três esferas idênticas, as cargas das esferas após o contato
serão iguais e terão o valor da média aritmética das cargas iniciais. Dessa
forma, teremos:
1
Descarregar, nesse caso, significa anular a carga elétrica daquela região. No exemplo, essa
descarga é feita pelo envio de elétrons da Terra para o corpo.
2
Ligação terra (aterramento) – será explicado no capítulo sobre potencial elétrico.
II. Note que a “região negativa” do corpo neutro está mais próxima do
corpo positivo do que a “região positiva” do corpo neutro. Como a
distância é menor, a força de atração é maior entre as cargas de sinais Na tentativa de explicar esse fenômeno, cinco alunos fizeram os seguintes
opostos do que a força de repulsão entre as cargas de sinais iguais. comentários:
III. Com isso, uma carga positiva acaba atraindo um corpo neutro, devido
à indução.
Celine – uma esfera pode estar eletrizada negativamente e a outra, neutra. (B) (E)
F F
Fizeram comentários corretos os alunos:
(A) A (D)
A
Q q, m
Solução:
C B C B A bolinha está sujeita a três forças: peso, tração e força elétrica. Para que se
tenha uma situação de equilíbrio, essa força elétrica deverá ser necessariamente
de repulsão. Portanto, o sinal da carga desconhecida é positivo.
(B) A (E) A Representando as três forças citadas acima e decompondo a tração nas
direções horizontal e vertical, verificamos que:
Tx = Fe (I) e Ty = P (II)
Chamaremos de θ o ângulo formado entre a vertical e o fio.
C B C B Assim, Tx = T · sen θ e Ty = T · cos θ
(C) A Fe
Dividindo a equação II pela equação I: tan θ =(III)
P
Aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo da figura, obtemos a
distância x entre as duas cargas:
L2 = x2 + d2 ⇒ x = 3 cm.
C B
Portanto, na equação III, temos:
Solução: Letra B.
Representando as forças de interação eletrostática entre as partículas
eletrizadas, teremos:
k Q q uma da outra. Uma terceira carga, q0, é colocada no ponto médio entre as
x m g x3 (0,4 10 3 ) 10 (3 10 2 )3 duas primeiras, como ilustra a figura A. Nessa situação, o módulo da força
x2 q = eletrostática resultante sobre a carga q0 vale FA. A carga q0 é, então, afastada
d m g k Q d (9 109 ) (10 10 9 ) (4 10 2 )
dessa posição ao longo da mediatriz entre as duas outras até atingir o ponto P,
q 3 10 8 C 30 nC. onde é fixada, como ilustra a figura B. Agora, as três cargas estão nos vértices
de um triângulo equilátero. Nessa situação, o módulo da força eletrostática
09 (UNICAMP-SP) Uma pequena esfera isolante, de massa igual a 5 · 10–2 kg resultante sobre a carga q0 vale FB. Calcule a razão FA / FB.
e carregada com uma carga positiva de 5 · 10–7 C, está presa ao teto por um fio
de seda. Uma segunda esfera com carga negativa de –5 ∙ 10–7 C, movendo-se Figura A q0
na direção vertical, é aproximada da primeira. q d/2 d/2 –q
Considere K = 9 ∙ 109 N m2/C2 e g = 10 m/s2.
Figura B p q0
d d
q –q
q1 = +5 ∙ 10–7 C d
Solução:
Na posição inicial, independentemente do seu sinal, a carga s sofrerá duas
q2 = –5 ∙ 10–7 C forças elétricas de mesmo sentido.
movimento
k q q0 k q q0 k q q0 k q q0
a. Calcule a força eletrostática entre as duas esferas quando a distância F1 2
4 2
e F2 2
4
d d d d2
entre os seus centros é de 0,5 m. 2 2
b. Para uma distância de 5 ∙ 10–2 m entre os centros, o fio de seda se
rompe. Determine a tração máxima suportada pelo fio.
k q q0
Assim, FA F1 F2 FA 8 .
Solução: d2
a. Lei de Coulomb Na posição final, novamente independente do seu sinal, a carga q0 sofrerá
k · q1 · q2 9 · 109 · 5 · 107 · 5 · 107 duas forças elétricas que formarão um ângulo de 120°.
FE 9 · 103 N
d122 (5 · 101)2
FB 2 F12 F22 2 F 1 F 2 cos 120
b.
Da mesma forma que aconteceu no primeiro caso, perceberemos que F1
e F2 terão o mesmo módulo, uma vez que as cargas que influenciam q0
k q q0
têm o mesmo módulo e estão à mesma distância de q0. F1 F2
d2
T
T = P + FE Obtendo a resultante:
1 k q q0
FB 2 F12 F12 2 F 1 F 1 F12 FB F1
2 d2
P
Fe
Portanto, FA = 8 .
k q1 q2 9 7
9 10 5 10 5 10 7
FB
T mg (5 102 10)
d122 (5 102 )2
T 1, 4 N.
07 Na figura abaixo, estão representadas duas partículas de massas m1 11 Pequenas esferas, carregadas com cargas elétricas negativas de
e m2, carregadas, respectivamente, com cargas q1 e q2 e suspensas de mesmo módulo Q, estão dispostas sobre um anel isolante e circular, como
um mesmo ponto por fios de iguais comprimentos e massas desprezíveis. indicado na figura I. A intensidade da força elétrica que age sobre uma
A figura está em escala. carga de prova negativa, colocada no centro do anel (ponto P), é F1. Se
forem acrescentadas sobre o anel três outras cargas de mesmo módulo Q,
mas positivas, como na figura II, a intensidade da força elétrica no ponto
P passará a ser:
I II
m2 – –
– – – –
q2
θ θ θ θ
m1 – – – –
P P
q1 + +
+
(A) 1 · 105.
(B) 2 · 105. R R
(C) 3 · 105.
(D) 4 · 105. m m
(E) 5 · 105. R
14 Uma esfera A, condutora, carregada com uma carga de +16 μC, Fy [N]
foi colocada em contato simultâneo com outras m esferas condutoras
neutras. Em seguida, a esfera A realizou contatos simultâneos com outras
n esferas condutoras neutras. Todas as esferas do problema são idênticas. 0
Sabendo-se que m + n = 5 e que a última esfera a ser contatada ficou
com uma carga igual a +1 μC, determine m e n.
(A) 5. Fy [N]
(B) 10.
(C) 15.
(D) 20. 0
(E) 25.
(A) 1/9! (A) As três cargas possuem módulos iguais, q2 é positiva e está fixa em
(B) 1/10! uma coordenada θ2 = 3π/2.
(C) 1/11! (B) As cargas q1 e q2 possuem módulos diferentes, q2 é positiva e está
(D) 1/12! fixa em uma coordenada θ2 = 5π/3.
(E) 1/13! (C) As cargas q1 e q2 possuem módulos diferentes, q2 é positiva e está
fixa em uma coordenada θ2 = 3π/2.
02 Três cargas elétricas possuem a seguinte configuração: A carga q0 (D) As cargas q1 e q2 possuem módulos diferentes, q2 é negativa e está
é negativa e está fixa na origem. A carga q1 é positiva, movimenta-se fixa em uma coordenada θ2 = 3π/2.
lentamente ao longo do arco de círculo de raio R e sua posição angular varia (E) As cargas q1 e q2 possuem módulos iguais, q2 é negativa e está fixa
de q1 = 0 a q1 = π [radianos]. A carga q2 está sobre o arco inferior e tem em uma coordenada θ2 = 5π/3.
posição fixa dada pela coordenada angular q2. O sistema de coordenadas
angulares é o mesmo para as cargas q1 e q2 e suas posições angulares 04 Sobre a superfície lateral de um cone de plástico, uma partícula de
são definidas por q1 e q2, respectivamente (ver figura). As componentes massa 20 g e eletrizada com carga q = 4 μC sobe lentamente desde um
Fx e Fy da força elétrica resultante atuando na carga q0 são mostradas nos ponto A qualquer da circunferência da base ao ponto B, vértice do cone,
gráficos abaixo. Com base nestas informações, qual das alternativas abaixo percorrendo um caminho aleatório. Calcule o valor máximo da força elétrica
é verdadeira? entre q e Q = 6 μC, fixa no centro da base do cone reto de raio r = 15 cm.
O ângulo de abertura do cone é de 74°.
y
q1
R
θ1 x
q
0
Considere uma carga positiva no interior de uma esfera oca de vidro, 07 Na figura, vemos uma haste vertical rígida de comprimento L. Preso a
de centro C, carregada uniformemente com carga negativa, conforme a sua extremidade superior temos um pêndulo elétrico composto por um fio
figura abaixo. de comprimento L e uma partícula de massa m. Nas extremidades da haste
e do fio existem duas partículas A e B que se repelem. Uma escala graduada
marcada na superfície desse dispositivo permite medir o ângulo α que o
fio forma com a vertical. Logicamente, quanto maior o ângulo α, maior a
carga elétrica das partículas. Esse aparelho é denominado eletrômetro e
+q visa a medir cargas elétricas a partir do ângulo α. Admita que ambas as
partículas A e B têm cargas elétricas idênticas Q. Se a gravidade local vale
C g e a permissividade elétrica do vácuo vale ε, determine a carga elétrica Q.
α
L
L
B
Podemos afirmar que:
A
(A) a carga +q descreverá um movimento circular uniforme em torno do
ponto C, cujo raio é igual à distância da carga +q ao centro C da esfera.
α α
(B) a carga +q descreverá um movimento cuja trajetória será uma hélice (A) 4 L sen 2πemgsen .
cilíndrica até atingir a casca esférica. 2 2
(C) a carga +q continuará na posição de equilíbrio mostrada na figura.
α α
(B) 4 L cos 2πemgcos .
2 2
q
α α
(C) 4 L sen 2πemgcos .
2 2
Q θ Q
α α
(D) 4 L cos 2πemgsen .
2
2
α α q
(E) 2Lsen 2πemgcos .
2 2
(A) 30°.
(B) 37°.
08 (IME/CG) Uma carga de massa m localizada no ponto B desloca-se (C) 45°.
momentaneamente com velocidade v para baixo, sem efeito da gravidade, (D) 53°.
sofrendo apenas a interação elétrica com as cargas fixadas nos pontos A (E) 60°.
e C, como mostra a figura. Em função de Q1, Q2, d, v e m, calcule, para a
carga no ponto B: 11 Na figura, três cargas puntiformes podem mover-se vinculadas (sem
atrito) a um aro circular apoiado em um plano horizontal. Duas das cargas
a. o módulo de sua aceleração centrípeta instantânea. têm o mesmo valor q1, e a terceira tem valor q2. Para que as partículas
b. o módulo de sua aceleração tangencial instantânea. permaneçam em equilíbrio como mostrado, deve-se satisfazer a relação:
c. o raio de curvatura instantâneo da sua trajetória.
A B q1
v, m, +Q2
–Q1
5d q2
α
+Q1
C 12d
q1
09 A figura mostra uma carga elétrica de carga q > 0, suspensa por um
fio isolante. Ela está a uma altura h acima do centro de um anel eletrizado
uniformemente com uma carga Q < 0 e de raio R. Sabendo que o anel
está em equilíbrio, determine sua massa. A aceleração da gravidade no
q12 2 (1 − cos α )
3
q1 2 (1 − cos α )
3
(B) = .
g q2 cos2 α
q
q12 2 (1 − sen α )
3
(C) = .
q22 sen2 α
q1 2 (1 − sen α )
3
Q
(D) = .
q2 sen2 α
10 Quatro cargas positivas q, Q, q, Q estão ligadas por quatro fios, cada
q12 2 (1 − tan α )
3
um com comprimento L. Sabe-se que Q2 = 8q2. Determine o ângulo θ.
(E) = .
q22 tan2 α
(A) sec3 q.
(B) sec2 q.
(C) tan3 q.
(D) tan2 q. P2(+Q) X
(E) cot3 q.
14 Três partículas de massas 1 g e cargas q cada são suspensas por 17 Um anel de madeira de raio 0,1 3 m se encontra sobre uma mesa
um ponto comum por fios isolantes de comprimentos iguais a 1 m. As horizontal isolante e tem, incrustradas nele, três partículas de carga
partículas, então, permanecem em equilíbrio nos vértices de um triângulo Q = 10 μC. Determine o módulo da força de tração no anel de AA’.
equilátero de lado igual a 1 m, cujo plano em que está contido é horizontal.
Determine o valor do módulo de q. Q+
(A) 10 nC.
(B) 10 µC.
(C) 10 nC. 60°
(D) 10 mC.
(E) 1 nC.
A A’
15 Um pequeno corpo está eletrizado com uma carga +Q. Ele é, então,
dividido em duas partes, de modo que as cargas dessas duas partes
continuam positivas. Determine a carga resultante de cada uma das partes, 60° 60°
de modo que, quando separadas a uma determinada distância, a repulsão
entre elas seja máxima. Q+ Q+
x = acos(ωt) (A) 5 N.
y = bsen(ωt) (B) 5 3 N.
(C) 10 N.
(D) 15 3 N.
(E) 20 3 N.
18 Uma molécula linear polar pode ser modelada por um dipolo elétrico 20 Uma partícula A com carga elétrica +Q encontra-se fixa ao ponto
de cargas +q e –q dispostas a uma distância microscópica L uma da mais baixo de um aro circular de raio R localizado em um plano vertical.
outra. Admita que uma molécula dessas esteja a uma grande distância d Outra partícula B de carga +Q e massa m encontra-se livre para se mover
de uma carga puntiforme +Q. Sendo K a constante eletrostática do meio, apoiada internamente sobre a superfície lisa desse aro. Sabendo que a
determine a força elétrica resultante agindo sobre essa molécula. Admita gravidade local vale g e a constante eletrostática do meio vale K, determine:
d >> L.
L
– +q
– + + +Q
q
d R
2 KQqL
(A) .
d3 B
KQqL
(B) .
2d 3 A
3 KQqL
(C) . a. a distância entre as partículas A e B na posição de equilíbrio estático
d3 de B.
KQqL b. a força de contato que o aro circular exerce na partícula B nessa
(D) . posição.
3d 3
21 (ITA) Considere um tubo horizontal cilíndrico de comprimento λ,
4 KQqL
(E) . no interior do qual encontram-se respectivamente fixadas em cada
d3 extremidade de sua geratriz inferior as cargas q1 e q2, positivamente
carregadas. Nessa mesma geratriz, em uma posição entre as cargas,
19 Duas cargas puntiformes de mesmo módulo +q encontram-se fixas encontra-se uma pequena esfera em condição de equilíbrio, também
aos pontos A e B da figura abaixo, contida em um plano vertical. Uma positivamente carregada. Assinale a opção com as respostas corretas na
terceira carga –q encontra-se livre para se deslocar ao longo do segmento ordem das seguintes perguntas:
de reta horizontal perfeitamente liso. Verifica-se que essa terceira carga
fica em equilíbrio ao atingir o ponto C tal que o ângulo ACB é reto. Assim, I. Essa posição de equilíbrio é estável?
assinale a opção que apresenta a relação correta entre as distâncias a, b II. Essa posição de equilíbrio seria estável se não houvesse o tubo?
e c na figura: III. Se a esfera fosse negativamente carregada e não houvesse o tubo,
ela estaria em equilíbrio estável?
A +q
(A) Não. Sim. Não.
+q B
(B) Não. Sim. Sim.
(C) Sim. Não. Não.
(D) Sim. Não. Sim.
a (E) Sim. Sim. Não.
b
22 (ITA) Uma carga q ocupa o centro de um hexágono regular de lado d
–q C tendo em cada vértice uma carga idêntica q. Estando todas as sete cargas
interligadas por fios inextensíveis, determine as tensões em cada um deles.
C
23 (IME) Uma partícula A, de carga positiva +Q, está presa a um veículo
(A) a + b = (a + b)c.
2 2 em movimento, cujas coordenadas de sua posição XA e YA, em metros,
(B) a3 + b3 = abc. estão descritas abaixo em função do tempo t, em segundos.
(C) a3 + b3 = 3abc.
(D) ab = (a + b)c. A ( t ) 3 2t + 2 2
X=
(E) 2ab = (a + b)c. YA ( t ) = t 2 + t − 11
Xn 05 Duas cargas positivas iguais estão separadas por uma distância 2a.
Uma carga de prova puntiforme é colocada em um plano equidistante das
duas primeiras, perpendicular ao segmento de reta que as une. Calcule o
raio r da circunferência nesse plano, centrada no ponto médio do segmento,
que contém os pontos nos quais a força na carga de prova é máxima.
06 (AFA) Três cargas elétricas puntiformes qA, qB e qC estão fixas, Uma carga positiva está presa a um espelho plano. O espelho aproxima-se,
respectivamente, nos vértices A, B e C de um triângulo isósceles, como sem rotação, com velocidade constante paralela ao eixo x, de uma carga
indica a figura abaixo. negativa, pendurada no teto por um fio inextensível. No instante ilustrado
na figura, a carga negativa se move no sentido oposto ao da carga
B positiva, com a mesma velocidade escalar do espelho. Determine, para
esse instante:
Dados:
• ângulo entre o eixo x e o espelho: α;
• ângulo entre o eixo x e o segmento de reta formado pelas cargas: β;
• diferença entre as coordenadas y das cargas: d;
• comprimento do fio: L;
• velocidade escalar do espelho: v;
a a
• módulo das cargas elétricas: Q;
C • massa da carga negativa: m;
A
• constante elétrica do meio: K.
Considerando FA o módulo da força elétrica de interação entre as cargas
a. as componentes x e y do vetor velocidade da imagem da carga negativa
qA e qC; FB o módulo da força elétrica de interação entre as cargas qB e qC
refletida no espelho.
e sabendo-se que a força resultante sobre a carga qC é perpendicular ao
b. as acelerações tangencial e centrípeta da carga negativa.
lado AB e aponta para dentro do triângulo, pode-se afirmar, certamente,
c. as componentes x e y do vetor aceleração da imagem da carga negativa
que a relação entre os valores das cargas elétricas é:
refletida no espelho.
qA F
(C) 0 < <4 A.
qB FB
L
qA FB –q
++++++++++++++
(D) 0 < < . x
qB FA
+Q
d
07 (IME) Gráfico da função 1/x2 entre x = 1 e x = 5
1
0,9
y 0,8
L
0,7
x
v 0,6
– Q,m 0,5
d
+Q β 0,4
0,3
v 0,2
α
0,1
0
1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5
x1 x x2
d d
1 h 2 (A)
π 4 πe0 ma3
.
+q +q –q –q 4 qQ
l (B)
π 4 πe0 ma3
.
2 qQ
mπed 3 ( d + l ) mπed 3 ( d + l )
3 3
mπed 3 ( d − l )
3
mπed 3 (D)
(B) 2π . (E) 2π . 4 πe0 ma3
q2 2
( 2
q 3d l + 3dl + l 2 3
) 2π
qQ
.
(E)
mπed 3 4 πe0 ma3
(C) π . 4π .
q2 qQ
Campo elétrico
4
1. Introdução 2.2 Campo elétrico produzido
Neste capítulo, estudaremos o conceito e a representação das linhas por várias cargas puntiformes
de campo elétrico, detalhando os diversos casos para a sua geração. O campo elétrico será dado pela soma vetorial dos campos elétricos
Iniciaremos estudando o campo elétrico gerado por cargas puntiformes gerados por cada carga puntiforme.
e depois falaremos os casos mais complexos, nos quais introduziremos
o conceito de superfície gaussiana para evitar o uso de cálculo integral E1
nas deduções das fórmulas.
Por fim, veremos a relação que existe entre campo elétrico e força E2 ER
elétrica, estudada no capítulo anterior. Concluiremos que há uma analogia Q• ER = E + E2 + E3
1
E3
com a relação entre campo e força gravitacionais.
Repare que neste exemplo, pela
Q2• orientação dos vetores, podemos concluir
2. Campo elétrico que a carga Q1 é positiva, enquanto as
•
Q3 cargas Q2 e Q3 são negativas.
O campo elétrico é uma propriedade física relativa a pontos do espaço
que estão sob a influência de uma carga elétrica fonte, tal que uma carga
de prova, ao ser colocada em um desses pontos, fica sujeita a uma força
de atração ou de repulsão em relação à carga elétrica que gerou o campo
3. Linhas de força
(carga fonte). O campo elétrico em um determinado ponto do espaço será Também conhecidas como linhas de campo, são linhas imaginárias
representado por meio de um vetor (grandeza vetorial). orientadas que auxiliam na visualização dos campos elétricos de uma certa
Símbolo → E região. A tangente a uma linha de força em um dado ponto nos dá a direção
Unidade no SI: [N/C] (Newton/Coulomb) ou [V/m] (Volt/metro) e o sentido do vetor campo elétrico E nesse ponto.
O sentido do vetor campo elétrico dependerá do sinal da carga fonte. carga fonte positiva carga fonte negativa
d
+
dipolo elétrico
A quantidade de linhas que partem ou chegam a uma determinada
2.1.2 Partícula com carga negativa carga fonte está diretamente relacionada ao módulo dessa carga, ou seja,
O sentido do vetor aponta para a carga fonte. quanto maior o número de linhas maior será o módulo da carga da partícula.
(vetor campo elétrico) ponto qualquer Além disso, quanto mais concentradas as linhas de força estiverem, maior
no espaço será a intensidade do campo naquela região.
partícula com carga – Q E
_ d
A B C
• • •
EB > E C > E A
IME-ITA – Vol. 2 287
FÍSICA III
Assunto 4
dA
θ E
n̂dA
θ b E
E dA E
n̂dA θ E
θ a c
dA
E 2
3 1
n̂dA
Podemos dividir tal superfície em três partes: as suas duas bases
(“tampas”) e a superfície lateral do cilindro. Logo, o fluxo total será dado
Veja a figura acima. Ela mostra uma certa região do espaço alterada
por:
pela presença de um campo elétrico E . Nessa região do espaço, há uma
superfície fechada atravessada por esse campo elétrico. Cada ponto total base da direita área lateral base da esquerda
dessa superfície possui um vetor unitário normal à superfície (ou seja,
perpendicular a ela), que denominaremos n . Cada ponto representa uma
quantidade de área infinitesimal dessa superfície, que chamaremos de dA. O que pode ser reescrito da seguinte maneira:
(perceba que
Dessa forma, para cada ponto, podemos definir o vetor ndA
o módulo desse vetor passa a ser dA, já que n é unitário, ou seja, possui
∫ E ⋅=
A
ndA ∫
base da direita
( E ⋅ ndA
)+ ∫
área lateral
( E ⋅ ndA
)+ ∫
base da esquerda
( E ⋅ ndA
)
módulo igual a 1). O campo elétrico E atravessa cada área infinitesimal dA
dessa superfície. Dessa forma, podemos associar um fluxo infinitesimal do Trocamos o símbolo da integral pelo fato de as partes da superfície
campo elétrico (que denominaremos dφ ) a cada ponto dessa superfície. não serem mais fechadas.
Esse fluxo infinitesimal é definido por: Perceba que, em toda a superfície lateral, o fluxo do campo elétrico é
nulo, já que todos os vetores dA serão perpendiculares ao campo. Logo:
Qint Qint Q
=
Para a base
da esquerda, o ângulo entre o campo elétrico e todos ∫ E ⋅ ndA
A å0
→ ∫ EdA cos0=
A
°
å 0
→ E ∫ dA
A
= int
å0
os vetores dA é 180°. Dessa forma, o cálculo do fluxo nessa base é feito
analogamente ao cálculo para a base da direita, trocando a constante
O que implica, finalmente:
cos 0° por cos 180°, o que resultaria em um sinal de “–”, propriamente
retirado da integral. Como as duas bases têm a mesma área, temos: Qint Q
EA = → E = int
ε0 Aε 0
∫
base da esquerda
(
E ⋅ ndA )
=− E ⋅ A
em que A é a área da superfície gaussiana considerada.
Logo, o fluxo total pela superfície considerada é: 1
Substituindo, ainda, ε 0 = , teremos:
4k π
� = EA + 0 − EA = 0
φtotal
3o passo: Determinação da carga interna à gaussiana escolhida. Temos 1o passo: Determinação da superfície gaussiana conveniente.
de calcular a carga interna (Qint) à gaussiana escolhida. Nem sempre ela Perceba que, dividindo o fio em várias cargas infinitesimais, cada carga
é toda a carga disponível e apresentada no problema. infinitesimal terá gaussiana esférica, de raio r, como já vimos. Como as
cargas são infinitesimais, as distâncias entre elas também são, de modo
4 o passo: Determinação do campo elétrico. Com a fórmula que, para uma carga e as suas vizinhas, as superfícies gaussianas de cada
apresentada, tendo calculado Qint e A, podemos determinar o campo uma delas se confudem. Logo, esferas consecutivas têm como interseção
elétrico no ponto desejado. o círculo que corta cada esfera pelo seu centro, ou seja, um círculo de
raio r. Juntando todos os círculos, teremos uma superfície gaussiana
4.2.1 Carga elétrica puntiforme cilíndrica, de raio r, de altura infinita, o que nos mostra que o campo elétrico
Já conhecemos o valor do campo elétrico gerado por uma carga a uma distância r dessa linha deve ser perpendicular à área lateral dessa
puntiforme a uma distância r dela, como visto na seção 2.1. Desejamos casca cilíndrica, e igual em todos os pontos dela, como mostra a figura.
obter o mesmo resultado, aplicando agora a lei de Gauss, a fim de testar
sua validade.
r
1o passo: Escolha da superfície gaussiana conveniente. λ
É natural que o campo elétrico a uma distância r da carga puntiforme,
em qualquer direção relativa à posição da carga puntiforme, tenha o mesmo
valor, o que nos induz a pensar em uma simetria esférica. Logo, a gaussiana
escolhida deve ser uma superfície esférica centrada na carga, de raio r.
P
r 2o passo: Determinação da área da gaussiana escolhida.
Como a gaussiana é infinita, devemos nos restringir a um pedaço de
Q linha de tamanho , para que seja possível algum cálculo, como mostra a
figura anterior. A área dessa gaussiana é a área lateral da casca cilíndrica
considerada. As bases não precisam ser consideradas, já que não são
atravessadas por nenhuma linha de campo. Logo:
A = Ab ⋅ h = 2πr
2o passo: Determinação da área da gaussiana escolhida. 3o passo: Determinação da carga interna à gaussiana escolhida.
A gaussiana escolhida é uma esfera de raio r. Logo, a sua área é: A carga interna será a carga referente a um tamanho ℓ de linha. Como
o fio tem densidade linear de carga λ:
A = 4 πr 2
Qint = λ
3o passo: Determinação da carga interna à gaussiana escolhida.
É, obviamente, a carga elétrica puntiforme em questão. Logo: 4o passo: Determinação do campo elétrico.
Aplicando a fórmula:
Qint = Q
4 k πQint 4 k πλ 2k λ
=E →
= E →
= E
4o passo: Determinação do campo elétrico. A 2πr r
Aplicando a fórmula:
Veja a expressão não depende de ℓ. Tal dependência nunca poderia
4 k πQint 4 k πQ kQ acontecer, já que a linha é infinita.
=
E →=
E →=
E
A 4 πr 2 r2
4.2.3 Placa infinita fina condutora uniformemente
que é, de fato, o campo elétrico gerado por uma carga puntiforme. carregada
A distribuição de cargas em questão é uma placa infinita, fina
4.2.2 Linha infinita com densidade linear de carga condutora, com carga uniformemente distribuída. Como a placa é
uniforme condutora, a carga fica uniformemente distribuída nas duas faces da placa.
A densidade superficial de cargas em cada face (carga/área) é σ. Queremos
A distribuição de cargas em questão é uma linha reta infinita, com carga
calcular o campo elétrico a uma distância r da placa, em qualquer direção.
uniformemente distribuída ao longo dela. A densidade linear de cargas na
linha (carga/comprimento) é λ. Queremos calcular o campo elétrico a uma
distância r do fio, em qualquer direção. 1o passo: Determinação da superfície gaussiana conveniente.
É natural que a superfície gaussiana conveniente sejam dois planos
paralelos à placa, ambos à distância r da placa, já que essa é a única
forma de se obter simetria em relação a ela. Da mesma forma que para
a linha infinita, devemos escolher uma área finita da gaussiana, para que 4.2.4 Casca esférica fina ou esfera maciça
cálculos sejam possíveis. Dessa forma, vamos escolher círculos de raio condutora de carga Q e raio R
R nessas gaussianas.
+ Em ambos os casos, a carga está distribuída uniformemente na
+ superfície. Logo, dentro das duas distribuições, não há carga nenhuma.
+ +
+ R
1o passo: Determinação da superfície gaussiana conveniente.
+
+ P Obviamente, assim como para a carga puntiforme, a gaussiana
+ + conveniente será uma uma superfície esférica concêntrica à distribuição
+ de cargas, de raio r.
+ ++
+
σ + 2o passo: Determinação da área da gaussiana escolhida.
+
Como é uma superfície esférica de raio r, a área da gaussiana será
+
sempre:
A= 4 πr 2
2o passo: Determinação da área da gaussiana escolhida.
Como existem duas gaussianas, a área total furada pelo campo da
3o passo: Determinação da carga interna à gaussiana escolhida.
gaussiana restrita aos círculos de raio R é:
As três regiões de nosso interesse são a região interna, a superfície
A= 2πR 2 e a região externa. Vamos dividir nossa análise em três.
Aplicando a fórmula: R
4 k πQint 4 k πσ2πR 2
E= →E= → E = 4 k πσ r
A 2πR 2
P
ou:
σ
E=
e0
II. Superfície (r = R)
Se estivéssemos pensando em um plano infinito, sem espessura, ele É consideração universal (boa aproximação) que metade da carga da
teria apenas uma face, com densidade σ. Dessa forma, a carga interna superfície esteja interna à superfície e metade da carga seja externa. Logo,
seria a metade, o que resultaria em: para uma gaussiana na superfície:
σ Q
E= Qint =
2e0 2
Q P (R = r)
Também podemos considerar que, em vez de distribuições de cargas
infinitas, podemos considerar as expressões calculadas para campos R
gerados pelas mesmas distribuições, porém finitas, em pontos muito
próximos delas. As aproximações consideradas nos levariam aos mesmos
resultados.
Perceba que o campo elétrico, nesse caso, não depende da distância
r à placa. Ou seja, é constante.
Essa última expressão é utilizada para cálculo do campo elétrico no
interior de um capacitor plano de placas paralelas, aliada à consideração
de distribuição finita, em pontos próximos. Tal assunto ainda veremos ao
longo do curso.
III. Região externa (r > R) 3o passo: Determinação da carga interna à gaussiana escolhida.
A gaussiana, agora, englobará toda a distribuição de cargas. Logo, As três regiões de nosso interesse são a região interna, a superfície
sua carga interna é a carga total da distribuição: e a região externa. Vamos dividir nossa análise em três.
4 k πQint 4kπ ⋅ 0
=E →
= E →=E 0
A 4 πR 2 II. Superfície (r = R)
A carga interna será a carga total da esfera (não há carga na superfície
II. Superfície (r = R): externa). Logo:
4
4 k πQint 4kπ ⋅ Q 2 kQ Qint = ρ ⋅ πR 3 = Q
=E →
= E →
= E 3
A 4 πR 2 2R 2
Q P (R = r)
III. Região externa (r > R):
R
4 k πQint 4kπ ⋅ Q kQ
=E →
= E 2
→
= E
A 4 πR R2
Q
1o passo: Determinação da superfície gaussiana conveniente.
P
Obviamente, assim como para a carga puntiforme, a gaussiana r
conveniente será uma superfície esférica concêntrica à esfera, de raio r.
4o passo: Determinação do campo elétrico. Considere agora que, eventualmente, retiramos a carga positiva da
Como a carga interna difere em cada região, é natural que o campo região. Logo, o novo campo elétrico resultante passa a ser apenas o campo
também varie em diferentes regiões. Aplicando a fórmula: elétrico gerado pelas carga negativas, certo?
Matematicamente falando, poderíamos obter esse campo resultante
I. Região interna (r < R): ( )
adicionando à configuração original um vetor oposto − E1 ao vetor campo
4 k πQint 4kπ r 3 kQ ρ
E= → E= Q → E= =
r r elétrico gerado pela carga positiva, que o “cancelaria”, gerando o efeito
A 4 πr 2 R 3 R3 3e 0 esperado, como mostra a figura:
Q2
Nesse caso, a esfera isolante pode ser considerada equivalente a uma
carga puntiforme igual à sua carga, localizada em seu centro.
Q3
III. Região externa (r > R):
= 4 k πQint 4kπ ⋅ Q kQ Fisicamente falando, esse vetor poderia ser originado por uma carga
E →
= E →
= E
A 4 πr 2
r2 negativa –Q1 colocada adjacente à carga positiva Q1. Ou seja, a carga
total no ponto em que elas se encontram seria nula. Em outras palavras,
a ausência da carga Q1 causa o mesmo efeito da configuração original
Nesse caso, a esfera condutora ou casca esférica pode ser considerada
equivalente a uma carga puntiforme igual às suas cargas, localizada em (
menos a carga Q1: E2 + E3 = E1 + E2 + E3 − E1. )
seu centro. É notório que esse esforço todo não precisa ser realizado caso
estejamos tratando apenas de cargas puntiformes, devido à facilidade
Perceba que, se fizermos r = R na expressão do campo para a região
com que trabalhamos com elas.
interna, obteremos a expressão deduzida para o campo na superfície.
A mesma coisa acontece se repetirmos o procedimento com a expressão Entretanto, esse princípio se torna muito útil quando estamos nos
deduzida para o campo na região externa. Isso deveria acontecer, pois referindo a distribuições contínuas de carga, como vimos na seção 4.
o campo elétrico, para uma distribuição contínua de cargas ao longo Uma das maiores aplicações desse princípio é o exemplo a seguir,
da distância r, que é o caso da esfera isolante, não pode apresentar que tomaremos como suporte para explicação.
descontinuidade, já que a própria distribuição não apresenta. Ou seja, seu Suponha que tenhamos uma esfera isolante, de raio R, uniformemente
gráfico não pode ter saltos. carregada com uma densidade volumétrica de cargas +ρ. Uma cavidade
esférica de diâmetro menor que R é aberta na esfera, com centro a uma
distância a do centro da esfera, como mostra a figura a seguir. Queremos
5. Princípio da superposição determinar campo elétrico em um ponto genérico no interior dessa cavidade.
Agora, aprenderemos uma nova ferramenta para resolução de
problemas para os quais a lei de Gauss não é suficiente.
O princípio da superposição afirma, de maneira simples, que o campo
elétrico presente em uma determinada região do espaço é a soma das
contribuições de campo elétrico presentes naquela região do espaço.
Parece que já sabíamos disso, certo? Conseguimos calcular facilmente
o campo elétrico em um ponto pertencente a uma região do espaço próximo
do qual estão algumas cargas puntiformes usando esse princípio. Basta a
somarmos vetorialmente as contribuições de campo elétrico de cada
carga puntiforme.
No entanto, o que está implícito nesse princípio e, portanto, passa
despercebido por nós, é o fato de que esse princípio também considera
contribuições “negativas” de campo elétrico.
Mas o que seriam essas contribuições “negativas”? Pelo princípio da superposição, o campo elétrico em um ponto no
Suponha que tenhamos três cargas puntiformes, uma positiva (Q1) e interior da cavidade – E – é o mesmo que o campo elétrico gerado pela
duas negativas (Q2 e Q3), como mostrado na seção 2.2. Em um dado ponto esfera no mesmo ponto, caso a esfera fosse inteiramente preenchida – E1
próximo a elas, um campo elétrico resultante é gerado devido à presença –, menos a contribuição de campo das cargas pertencentes ao volume da
delas. Esse campo elétrico é a soma vetorial dos campos elétricos gerados carga esférica – E2 . Dessa forma:
por cada uma das cargas.
E= E1 − E2
Sabemos, pela lei de Gauss, como mostrado na seção 4.2.5, que: Concluímos, com isso, que o vetor campo elétrico no interior da
cavidade é constante (tem sempre a direção e sentido do vetor a que
ρ
E1 = d liga o centro da esfera ao centro da cavidade, e seu módulo é constante
3e 0 ρ
e igual a E = a).
3e 0
em que d é a distância do ponto genérico da cavidade ao centro da
esfera. 6. Blindagem eletrostática
Na figura a seguir, montamos um sistema de coordenadas, com origem
no centro da esfera, representando a cavidade e o ponto considerado.
(gaiola de Faraday)
Michael Faraday (1791-1867) construiu uma gaiola metálica que era
z mantida sobre suportes isolantes e eletrizada negativamente. Mesmo
quando Faraday entrava na gaiola, ele não sofria choque, pois o campo
elétrico dentro dela era nulo. Faraday demonstrou que os condutores
carregados eletrizam-se apenas na sua superfície externa.
d
r
a y
ρ
E1 = dd
3e 0
d ρ
Tendo d = : E1 = d
d 3e 0
O princípio da gaiola de Faraday é bastante usado na proteção de
aparelhos eletrônicos contra interferências externas.
Considerando que o ponto apontado esteja a uma distância r do centro Automóveis e aviões também se comportam como uma gaiola de
da cavidade, e que r seja o vetor unitário que liga o centro da cavidade Faraday. Em um dia chuvoso, o melhor lugar para ter proteção contra os
ao ponto, temos, analogamente: raios (exceto os prédios) é dentro de um carro.
ρ ρ
A
=E2 = rr r
3e 0 3e 0
r
com r = .
r
a
Logo:
ρ ρ ρ
E = E1 − E2 =
3e 0
d−
3e 0
r=
3e 0
(
d−r )
Da geometria, temos:
A
d = a+ r →d −r = a
Logo:
ρ ρ
=
E a →=
E a
3e 0 3e 0 b
Na figura (b), inserimos a pequena esfera dentro de uma gaiola de Solução: Letra A.
Faraday e mesmo com o condutor eletrizado negativamente, a esfera não Como a carga é positiva, a força elétrica sobre ela tem a mesma direção
sofre ação da força eletrostática devido à blindagem exercida pela gaiola e o sentido do campo elétrico, ou seja, vertical para cima.
de Faraday.
02 Duas cargas elétricas de módulos iguais, q, porém de sinais contrários,
geram no ponto O um campo elétrico resultante E. Qual o vetor que melhor
7. Força elétrica representa esse campo elétrico?
Vimos que uma carga puntiforme Q é capaz de gerar campo elétrico E2
em qualquer ponto ao seu redor. Se em um ponto P qualquer do espaço E1
colocarmos uma outra carga puntiforme q, sobre este atuará uma força E3
elétrica de atração ou de repulsão, dependendo do sinal das cargas
envolvidas. Dessa forma, temos: + E4
q
k. Q k. Q . q 0
EP = 2 Fe =
d d2 E5
E
– q
E
Fe
03 (UFRJ) Em dois vértices opostos de um quadrado de lado a estão
fixas duas cargas puntiformes de valores Q e Q’. Essas cargas geram, em
outro vértice P do quadrado, um campo elétrico E, cuja direção e sentido
Fe estão especificados na figura a seguir:
Q P
Obs.: Nota-se uma semelhança clara entre o campo elétrico e o campo
gravitacional, mas nesse último, a força gravitacional que atua em uma 60°
massa de prova terá sempre natureza atrativa Fg m g . a
E
Q’
a
01 (PUC-Rio) Uma carga positiva encontra-se em uma região do espaço
em que há um campo elétrico dirigido verticalmente para cima. Podemos Indique os sinais das cargas Q e Q’ e calcule o valor da razão Q/Q’.
afirmar que a força elétrica sobre ela é:
Solução:
(A) para cima. Sabemos que o vetor campo elétrico gerado pela carga Q no ponto
(B) para baixo. P tem direção horizontal, enquanto o campo gerado pela carga Q’ é
(C) horizontal para a direita. vertical, embora não se possa dizer imediatamente seus sentidos.
(D) horizontal para a esquerda. Dessa forma, se fizermos a decomposição do vetor campo elétrico
(E) nula. resultante de P nas direções horizontal e vertical, concluímos que:
(x – 3) (12 – x) 20
0 3 P 12 A C EA
+Q E (+4Q) E (+Q) +4Q x (m)
B
Para o campo elétrico ser nulo, os módulos dos campos elétricos criados 0 40 × (cm)
por essas duas cargas devem ser iguais.
Temos que:
E Q E4 Q E E A EB
k· Q k · 4Q E 2 EA2 EB2
( x 3)2 (12 x )2
x 6 m. k QA 9 109 48 106
EA 27 105 N/C
d 2
A ( 40 102 )2
05 Sabendo-se que o vetor campo elétrico no ponto A é nulo, determine k QB 9 109 16 106
a relação entre d1 e d2. EB 36 105 N/C
d 2
B ( 20 102 )2
Solução:
a. As cargas elétricas do cilindro (+q) ficam distribuídas em sua
Considere o campo elétrico praticamente uniforme no local e despreze superfície externa, uma vez que se trata de um material condutor. Tais
qualquer outra força atuando sobre a bolinha. cargas induzirão as cargas da casca cilíndrica.
Solução: Dessa forma, uma quantidade de carga –q será induzida, ficando assim
A primeira força que atua na partícula é a força peso, na vertical para baixo. na parte interna da casca, enquanto o restante das cargas da casca
Para que a bolinha fique em equilíbrio, a força eletrostática gerada pelo (–q também) ficarão distribuídas na parte externa.
campo elétrico da Terra deve estar na vertical para cima e ter o mesmo
módulo da força peso. b. Usando a lei de Gauss para um ponto fora da casca e distando r do
Fe P q · E m · g centro do sistema, temos:
q · 100 50 · 103 · 10 E · ASG = 4 · π · k · |QINT|
3
q 5 · 10 C
A superfície gaussiana, neste problema, será um cilindro de raio r e
comprimento L.
Como o campo elétrico da Terra está orientado para baixo e a força
eletrostática deve estar para cima, a carga é negativa. 2· k ·q
E · (2 · π · r · L) = 4 · π · k · |–q| ⇒ E = ⇒ E =
Logo, q = –5 ∙ 10–3 C. q r·L
= (apontando para o centro).
2 · π · e0 · r · L
08 (UFPE) Uma gota de óleo, de massa m = 1 mg e carga q = 2 · 10–7 C,
é solta em uma região de campo elétrico uniforme E, conforme mostra c. Usando a lei de Gauss para um ponto na região pedida e distando r
a figura a seguir. Mesmo sob o efeito da gravidade, a gota move-se para do centro do sistema, temos:
cima, com uma aceleração de 1 m/s2. Determine o módulo do campo E · Asg = 4 · π · k · |QINT |
elétrico. Considere g = 10 m/s2. 2· k ·q
E · (2 · π · r · L) = 4 · π · k · |+q| ⇒ E = ⇒E=
r·L
q
= (dirigido para fora).
2 · π · e0 · r · L
d. Usando a lei de Gauss para um ponto dentro do cilindro e distando r
do centro do sistema, temos:
E · ASG = 4 · π · k · |QINT|
E Como a carga interna à superfície gaussiana é nula, temos E = 0.
Solução:
Por possuir carga positiva, a gota sofrerá, além da força peso dirigida para
baixo, uma força elétrica no mesmo sentido do campo elétrico. Como o 10 (ITA) Em uma impressora a jato de tinta, gotas de certo tamanho são
seu movimento é acelerado, temos: ejetadas de um pulverizador em movimento, passam por uma unidade
eletrostática em que perdem alguns elétrons, adquirindo uma carga q, e, a
FRes = FE – P
seguir, se deslocam no espaço entre placas planas paralelas eletricamente
m · a = |q| · E – m · g ⇒
carregadas, pouco antes da impressão. Considere gotas de raio igual a
10 mm lançadas com velocidade de módulo v = 20 m/s entre placas
m · ( a + g) 1· 10−6 · (1 + 10)
=E = ⇒ E = 55 N/C. de comprimento igual a 2,0 cm, no interior das quais existe um campo
q 2 · 10−7 elétrico vertical uniforme, cujo módulo é E = 8,0 · 104 N/C (veja a figura).
Considerando que a densidade da gota seja de 1.000 kg/m3 e sabendo que
09 Um cilindro condutor muito longo (comprimento L), carregando uma esta sofre um desvio de 0,30 mm ao atingir o final do percurso, determine
carga total Q1 = +q, é envolvido por uma casca cilíndrica condutora o módulo da sua carga elétrica. Considere π = 3.
(também de comprimento L) com carga total Q2 = –2q, como é mostrado
em seção transversal na figura. Use a lei de Gauss para determinar:
E
v
0,30 mm
R1
R2
Q1 2,0 cm
Q2
Solução: 04 (ITA) Três cargas, q1 e q2, iguais e positivas, e q3, estão dispostas
Notamos que a gota sofre um desvio para baixo graças à existência de conforme a figura:
um campo elétrico uniforme. Assim, como a força elétrica tem o mesmo
sentido do campo, conclui-se que a gota tem carga elétrica positiva. Y
01 (MACKENZIE-SP) A intensidade do campo elétrico em um ponto 05 Nos vértices de um triângulo retângulo isósceles, inscrito em uma
situado a 3,0 mm de uma carga elétrica puntiforme Q igual a 2,7 μC no circunferência de raio R, são colocadas três cargas pontuais, como mostra
vácuo (K = 9,0 · 109 N · m2/C2) é: a figura a seguir.
2
=(D) E mv0 d e mL + .
2
E1
2
=(E) E mv0 d e mL − .
2
q
E2
E1 sen θ
(A) .
5sen2θ
5 E1 cos θ
(B) .
sen2θ 09 No interior de uma esfera metálica oca, isolada, de raio interno
60 cm e externo 80 cm e eletrizada com carga Q = +8 μC, é colocada,
E1 cos θ concentricamente a ela, outra esfera condutora, de 20 cm de raio, eletrizada
(C) .
5cos2θ com carga q = –4 μC. Determine o módulo do campo elétrico:
5 E sen θ a. em um ponto A distante 40 cm do centro das esferas;
(D) 1
.
cos2θ b. em um ponto B distante 70 cm do centro das esferas;
c. em um ponto C, externo à esfera maior, distante 100 cm do centro
5 E1 cos θ das esferas.
(E) .
cos2θ
10 Na figura abaixo, uma pequena esfera, não condutora, de massa
07 (ITA) Duas placas planas e paralelas de comprimento ℓ estão m = 1,0 mg e carga q = 2,0 · 10–8 C uniformemente distribuída, está
carregadas e servem como controladoras de elétrons em um tubo de suspensa de um fio isolante, que faz um ângulo θ = 30°C com uma
raios catódicos. A distância das placas até a tela do tubo é L. Um feixe de chapa não condutora, vertical, uniformemente carregada. Supondo a
elétrons de massa m penetra entre as placas com uma velocidade v0, como chapa suficientemente extensa, calcule a densidade superficial de carga
mostra a figura. Qual é o campo elétrico entre as placas se o deslocamento da chapa.
do feixe da tela do tubo é igual a d?
+
l L +
+
+
+
V0
+
θ
+ + + + +
d
+
+
2
=(A) E mv0 d e L − . +
2
+
2 +
=
(B) E mv0 e L + .
2
2
=(C) E mv0 d e L + .
2
11 (ITA) Um fio de densidade linear de carga positiva atravessa três (A) 0.3
superfícies fechadas A, B e C, de formas respectivamente cilíndrica, 0.2
esférica e cúbica, como mostra a figura. Sabe-se que A tem comprimento 0.2
L = diâmetro de B = comprimento de um lado de C e que o raio da base 0
x
de A é a metade do raio da esfera B. –0.1
–0.2
A B c –0.3
λ 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
t
(B) 0.3
0.2
L
0.2
0
x
Sobre o fluxo do campo elétrico, através de cada superfície fechada, –0.1
pode-se concluir que: –0.2
–0.3
(A) φ A =φ B =φC . 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
t
(B) φ A > φ B > φC .
(C) φ A < φ B < φC . (C) 0.3
0.2
(D) φ A 2 =φ B =φC .
0.2
(E) φ A =2φ B =φC . 0
x
–0.1
12 (ITA) Uma carga pontual P é mostrada na figura adiante com duas –0.2
superfícies gaussianas A e B, de raios a e b = 2a, respectivamente. Sobre –0.3
o fluxo elétrico que passa pelas superfícies de áreas A e B, pode-se concluir 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
t
que:
(D) 0.3
0.2
A=4πb 2
0.2
b
0
x
a –0.1
P –0.2
–0.3
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
t
B=4πb2
(E) 0.3
0.2
(A) o fluxo elétrico que atravessa a área B é duas vezes maior que o fluxo
que passa pela área A. 0.2
(B) o fluxo elétrico que atravessa a área B é a metade do fluxo que passa 0
x
–0.1
pela área A.
–0.2
(C) o fluxo elétrico que atravessa a área B é um quarto do fluxo que passa
–0.3
pela área A. 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
(D) o fluxo elétrico que atravessa a área B é quatro vezes maior que o fluxo t
A figura acima apresenta um pêndulo simples constituído por um corpo 02 (CESGRANRIO) Um sistema tridimensional de coordenadas
de massa 4 g e carga +50 μC e um fio inextensível de 1 m. Esse sistema ortogonais, graduadas em metros, encontra-se em um meio cuja constante
se encontra sob a ação de um campo elétrico E de 128 kN/C, indicado eletrostática é 1,3 · 109 Nm2/C2. Nesse meio, há apenas três cargas
na figura. Considerando que o pêndulo oscile com amplitude pequena e positivas puntiformes, Q1, Q2 e Q3, todas com carga igual a 1,44 · 10–4 C.
que o campo gravitacional seja desprezível, o período de oscilação, em Essas cargas estão fixas, respectivamente, nos pontos (0, b, c), (a, 0, c)
segundos, é: e (a, b, 0). Os números a, b e c (c < a < b) são as raízes da equação
x3 – 19x2 + 96x – 144 = 0. O vetor campo elétrico resultante no ponto
π (a, b, c) é paralelo ao vetor:
(A) .
20
(A) (1, 5, 9).
π
(B) . (B) (5, 19, 16).
10 (C) (5, 12, 13).
π (D) (9, 16, 1).
(C) .
5 (E) (9, 1, 16).
2π
(D) .
5 03 A figura mostra as linhas de força para o sistema isolado por duas
cargas pontuais q1 e q2. Medidos em unidades de 10–19 Coulombs, dois
4π
(E) . possíveis valores para q1 e q2 são, respectivamente:
5
R2
R1
r
λ1
α
x
λ2
01 (UFC) Duas partículas carregadas, uma com massa M e carga +Q
e a outra com massa m e carga –q, são colocadas em uma região onde
existe um campo elétrico constante e uniforme E. Depois que as partículas
são soltas, observa-se que a distância L entre elas permanece constante.
Sendo K a constante eletrostática do meio, ache uma expressão para a
distância L em função de K, E, q, Q, m e M.
D
abaixo da
placa
–Q
figura 3
O
+Q
(A) é inversamente proporcional à distância ao ponto O.
D D
(B) é inversamente proporcional ao quadrado da distância ao ponto O. o A
(C) é inversamente proporcional ao cubo da distância ao ponto O.
(D) é diretamente proporcional ao quadrado da distância ao ponto O.
(E) não varia com a distância ao ponto O.
figura 1
+Q r
D D
θ
o A
–q +q
l
A figura apresenta uma fonte de luz e um objeto com carga +q e massa m 20 (IME)
que penetram numa região sujeita a um campo elétrico E uniforme e sem
a influência da força da gravidade. No instante t = 0, suas velocidades + + + ++ + ++ + + + ++ + + ++ + + + + +
horizontais iniciais são v e 2v, respectivamente. Determine:
Dados:
• módulo do campo elétrico do plano XY: E;
• massa do elétron: m;
01 Considere dois anéis de raio r e carregados com a mesma densidade • carga do elétron: –q;
linear de carga λ, dispostos coaxialmente, com uma distância 2d entre os • velocidade escalar do canhão e velocidade de saída do feixe: v.
mesmos. No ponto médio entre os centros dos dois anéis, coloca-se uma
carga positiva +q com uma massa m, permanecendo em equilíbrio. Nessa 03 Determine o período das pequenas oscilações de uma molécula polar
condição, a posição da carga +q é alterada de uma distância x << d ao em um campo elétrico homogêneo, cuja intensidade é E. A molécula polar
longo da reta que passa pelos centros. Sendo a constante eletrostática K, pode ser apresentada como um haltere de comprimento λ, nos extremos
mostre que o movimento da carga é harmônico simples. Se d = r, calcule do qual se encontram massas pontuais iguais m, portadoras de carga +q
o período desse MHS. e –q correspondentemente.
02 (IME) 04 Uma lâmina metálica retangular, com lados a e b, tem espessura que
pode ser considerada desprezível com relação a a e b. A uma distância d
Y do centro da lâmina, em uma reta perpendicular à lâmina que passa por
ele, coloca-se uma carga pontual +Q. A distância d também é muito menor
–q, m que a e b. O sistema encontra-se no vácuo. Considere, nessa questão, a
permissividade elétrica do vácuo igual a ε0.
v
v a. Considerando-se a placa inicialmente descarregada e valendo-se do
método da carga-imagem, determine a força que as cargas induzidas
na placa realizam sobre a carga +Q.
b. Carregando-se, agora, a placa com uma carga +q, e sabendo que
o efeito das cargas de indução explicitado no item a coexiste com a
E carga +q, determine o valor mínimo da razão Q/q para que a carga
+Q seja atraída pela lâmina, em função dos dados do problema.
(0,0) X
05 Prove que é impossível produzir um campo elétrico no qual todas
as linhas de força devem ser linhas retas paralelas, com a densidade
situação 1 aumentando constantemente na direção perpendicular às linhas de força,
como mostra a figura abaixo.
Y
v
v
–q, m
E
06 Duas esferas de raios R com densidades uniformes +ρ e –ρ,
respectivamente, estão localizadas de tal forma que existe
uma interseção
(0,0) X
parcial entre elas, como mostrado na figura. Seja d o vetor ligando os
centros das esferas e d o seu módulo. Considerando a permissividade
elétrica do meio igual a ε0, determine o campo elétrico na região em comum.
Situação 2
R Q 2R
r
E
r
Q
(A) .
e0
08 Duas cargas puntiformes +q e –q estão separadas por uma distância Q
2l. No ponto médio do segmento de reta que une as duas cargas e (B) .
perpendicularmente a ele, existe um círculo de raio R. Determine o fluxo 2e0
elétrico através desse círculo. Considere a permissividade elétrica do meio Q
(C) .
igual a ε0. 3e 0
Q
(D) .
4e0
R
Q
(E) .
5e 0
+q –q
l l
10 Considere uma semicircunferência de raio R com carga ao longo de seu
comprimento. No centro dessa semicircunferência, uma carga puntiforme
q com massa m está em equilíbrio sujeita apenas à força elétrica e ao seu
09 Uma carga puntiforme +q está localizada no ponto médio do eixo de peso. Qual o valor da densidade linear de carga da semicircunferência?
um cilindro de altura h = 2R e raio da base r = 2 2 R. Considerando a Considere a gravidade g e a permissividade elétrica do meio ε0.
permissividade elétrica do meio igual a ε0, determine o fluxo elétrico através
da superfície lateral desse cilindro.
Lentes
3
1. Definição Nomenclatura:
A → ponto antiprincipal objeto.
Qualquer meio homogêneo limitado por duas superfícies esféricas A’→ ponto antiprincipal imagem.
ou uma esférica e outra plana. F → foco objeto.
F’ → foco imagem.
2. Classificação C → centro óptico.
= ' C f → distância focal.
FC F=
Borda fina Borda espessa
3.2 Raios particulares
Biconvexa Bicôncava convergente
Plano-convexa Plano-côncava
Côncavo-convexa Convexo-côncava A F C F’ A’
3. Lentes delgadas
Lentes esféricas cuja espessura é pequena comparada com os raios
de curvatura:
3.3 Eixo secundário e plano focal
convergente
eixo secundário
divergente F’’
3.1 Elementos
convergente divergente
F F’
F’’ → foco secundário
A F C F’ A’ A’ F’ C F A
plano focal
3.4 Construção e classificação de imagens Obs. 1: Existe uma analogia entre lentes convergentes e espelhos côncavos
e entre lentes divergentes e espelhos convexos (analise-as).
3.4.1 Lentes convergentes Obs. 2: Imagens projetadas em anteparos sempre são reais.
Obs. 3: Mantendo-se a distância entre o objeto e um anteparo e alterando-se
a posição da lente, as abcissas do objeto e da imagem se permutam para
obter uma imagem nítida (princípio da reversibilidade).
o θo o θ
A F C F’ A’ A F C F’ A’
Lente divergente 1
V=
f
o
4.4 Equação de Halley ou
dos “fabricantes de lentes”
A F C F’ A’ A’ F’ C F A
1 n2 1 1
= − 1
+
f n1 R1 R2
virtual – direita – maior virtual – direita – menor
Em que:
4. A matemática das lentes n2
= n2.1 → índice de refração da lente em relação ao meio externo.
n1
D G
p’ R2 e R1 → raios de curvatura das faces
o face convexa → R > 0
E’
face côncava → R < 0
A E F C A’
F’ face plana → R → ∞
i
p 4.5 Associação de lentes
A distância entre as lentes é curta.
D’
f1 f2
Equação dos Aumento linear
pontos conjugados: transversal:
1 1 1 i − p'
= + A= =
f p p' o p O I I’
1 1 1
C C I. = +
p A F F’ A’ p’ p A’ F’ F A p’ f1 p ' p1 '
5. Óptica da visão
Obs.: Para efeito de cálculo, usa-se ppto próximo = 25 cm
cristalino
músculos
5.2.1 Correção de defeitos visuais
ciliares retina
íris
córnea
olho humano
pupila
nervos
ópticos
pupila
(controla a entrada de luz)
5.2 Acomodação visual • O míope sem óculos e enxergando seu ponto remoto (a maior distância
que ele enxerga nitidamente)
Processo de ajuste da distância do sistema óptico do globo ocular à
visão nítida de objetos diferentemente afastados. Olho emetrope Olho míope
Foco
• Ponto remoto: é o ponto objeto para o qual a vista conjuga imagem Objeto (PR)
nítida sem nenhum esforço de acomodação. Os músculos ciliares Imagem
encontram-se relaxados e o cristalino assume máxima distância focal. “nítida”
Olho emetrope
Obs.: Deve-se interpretar que o objeto está muito longe quando se diz que
ele está no infinito. Porém, para efeito de cálculo, usa-se ppto remoto=∞.
F2
F Imagem
“nítida”
F1
d fmáx slide
p’ Esquema de funcionamento do mecanismo projetor de slides
e da formação de imagens
Correção: lentes convergentes
Tela de projeção
• O hipermetrope com óculos e enxergando seu ponto próximo
i
o
Olho hipermetrope Olho emetrope F F’
p p’
F Imagem
“nítida”
6.1.1 Aumento linear transversal
i − p'
fmáx A= =
d o p
p’
©urfinguss/iStock
Duas lentes convergentes dispostas
Uma lente convergente que produz uma imagem virtual, maior e direita. coaxialmente, sendo a objetiva com distância
O objeto deve estar entre o foco e o centro óptico. Quanto mais próximo focal da ordem de milímetros. O objeto deve
do foco, maior será a ampliação. ser posicionado depois do foco, como mostra
o esquema a seguir. A imagem final conjugada
será invertida, virtual e maior.
6.2.1 Aumento linear transversal
i Objetiva Ocular
L
o F’
F o Focu
p
p’ Fobj F’obj i1 F’ocu
i2
i − p'
A= =
o p
o
tan θ =
p 6.4 Luneta astronômica ou telescópio
de refração
Assim, o aumento angular será: Duas lentes convergentes dispostas coaxialmente, sendo a objetiva,
o diferentemente do microscópio, com distância focal maior que a ocular.
tan θ p ppp
M= = = A imagem final conjugada será invertida, virtual e maior.
tan θo o p
ppp
Os pontos focais coincidem
Obs.: Para o cálculo do aumento angular em condição de “conforto” para Objetiva Ocular
o observador, normalmente utiliza-se ppp=25 cm (distância mínima de
visão distinta) e deseja-se enxergar com o olho relaxado, isto é, p’≅∞
e p ≅ flupa. Assim, tem-se uma nova expressão para o aumento angular: F’obj
θo
Focu i θ
25 θo 1 F’ocu
M =
flupa
i2
Aplicando a equação de ampliação, temos: 06 (PUC-SP) O olho humano pode ser entendido como um sistema
i − p' 4 − p' óptico composto basicamente por duas lentes: córnea (A) e cristalino (B).
= → = → p′ = −6 cm (o sinal negativo para p’ confirma
o p 20 30 Ambas devem ser transparentes e possuir superfícies lisas e regulares
que a imagem é virtual). para permitirem a formação de imagens nítidas. Podemos classificar as
lentes naturais de nossos olhos, A e B, respectivamente, como sendo:
Aplicando, agora, a equação dos pontos conjugados, temos:
(A) convergente e convergente.
1 1 1 1 1 1 −4
= + → = + = → f = −7, 5 cm (B) convergente e divergente.
f p p' f 30 −6 30 (C) divergente e divergente.
(D) divergente e convergente.
O foco negativo indica que a lente é divergente. (E) divergente e plana.
09 (UFF) Uma lente convergente de pequena distância focal pode ser 11 Um pesquisador emetrope utilizará um microscópio composto para
usada como lupa, ou lente de aumento, auxiliando, por exemplo, pessoas suas experiências. Determine as possíveis ampliações de um microscópio
com deficiências visuais a lerem textos impressos em caracteres pequenos. cujo canhão mede 240 mm e possui as seguintes opções de objetivas
Supondo que o objeto esteja à esquerda da lente, é correto afirmar que, para e oculares:
produzir uma imagem maior que o objeto, este deve ser:
Objetiva Ocular
– colocado sobre o foco e a imagem será real; 20 mm 100 mm
– posicionado entre a lente e o foco e a imagem será real;
– posicionado em um ponto à esquerda muito afastado da lente e a 10 mm 50 mm
imagem será virtual; 5 mm
– posicionado em um ponto à esquerda do foco, mas próximo deste, e
a imagem será virtual; Dado: Ponto próximo de olho emétrope: 25 cm.
– posicionado entre a lente e o foco e a imagem será virtual. Solução:
Utilizaremos a fórmula da ampliação de microscópio composto
Solução: Letra E. (demonstrada anteriormente) assumindo que:
Trata-se de um instrumento óptico simples, a lupa. O objeto é sempre
posicionado entre o foco e o centro óptico da lente. A imagem conjugada L 25 240 mm 25 cm
é virtual, direita e maior. A micro = ⋅ = ⋅
fobj flupa fobj flupa
10 Em um projetor de slides no qual a posição de um dispositivo é de Atenção para as unidades. O resultado deve ser adimensional. Assim,
100 mm, deseja-se obter uma imagem 20 vezes maior. Para isso, dispomos as unidades dos numeradores devem ser iguais às dos denominadores.
de quatro lentes – L1, L2, L3 e L4 – que podem ser utilizadas individualmente Da forma como está acima, a distância focal da objetiva deve ser
ou em conjunto. As suas distâncias focais são, respectivamente, 10 m, utilizada em mm e a da ocular, em cm.
20 m, 50 m e 200 m. Escolha a forma correta de uso das lentes no projetor. A tabela abaixo dará todas as possibilidades de aumento para esse
microscópio.
Solução:
Sabemos que a imagem de um projetor de slides é invertida como mostra Objetiva Ocular Ampliação
a figura abaixo:
Tela 240 mm 25 cm
20 mm A micro = ⋅ = 25
20 mm 12 cm
F2
F1 240 mm 25 cm
10 mm 12 cm A micro= ⋅ = 50
10 mm 12 cm
slide
240 mm 25 cm
5 mm A micro = ⋅ = 100
Aplicando a equação de ampliação temos: 5 mm 12 cm
i − p' −20o − p'
= → = → p′ = +2000 mm (o sinal positivo para p’ 240 mm 25 cm
o p o 100 20 mm A micro = ⋅ = 75
20 mm 4 cm
confirma que a imagem é real)
Aplicando agora a equação dos pontos conjugados para calcular a 240 mm 25 cm
vergência necessária, temos: 10 mm 4 cm A micro= ⋅ = 150
10 mm 4 cm
1 1 1 1 21
V = + →V = + = → V = 0,105 di 240 mm 25 cm
p p' 10 200 200 A micro = ⋅ = 300
5 mm
5 mm 4 cm
Verificando as vergências das lentes disponíveis, poderemos tomar
a decisão de escolha:
1 1 12 O esquema a seguir mostra a formação da imagem em uma luneta
L1: V1 = → V1 = = 0,1 di astronômica.
f1 10 observador
Fobj
1 1 objeto muito distante
L2: V2 = → V2 = = 0, 05 di Foc
f2 20 ocular
1 1 objetivo
L3: V3 = → V3 = = 0, 02 di
f3 50
1 1
L4: V4 = → V4 = = 0, 005 di i1
f4 200
Vemos claramente que devemos utilizar as lentes L1 e L2 em associação
(justapostas) para atingir a vergência necessária. i2
Foc
Em uma certa luneta, as distâncias focais da objetiva e da ocular são de
60 cm e 30 cm, respectivamente, e a distância entre elas é de 80 cm.
Determine, nessa luneta, a distância entre a imagem final formada de um 02 O arranjo experimental da figura é composto por uma lente biconvexa
astro distante e a ocular. de vidro e um espelho plano. A montagem é feita no interior de uma sala
Solução: de aula pelo professor de óptica, que dispõe o espelho perpendicularmente
Como o objeto está distante, sua imagem converge para o foco da objetiva ao eixo principal da lente:
e assim p’= 60 cm (distância da objetiva até i1)
Para a ocular p=80 – 60 = 20 cm
1 1 1 1 1 1
Então temos: = + → = +
focu p p ' 30 20 p '
p’= –60 cm (a nova imagem i2 é virtual e está a 60 cm da ocular)
Fobj observador
objeto muito distante
Foc ocular
objetivo
Lente Espelho
i1
De um ponto P, situado sobre o eixo principal e distante 30 cm do centro
óptico da lente, provém luz que se refrata através da lente, incide no
60 cm
i2 espelho, reflete-se e volta a atravessar a lente, convergindo novamente
Foc para o ponto P, independente da distância entre a lente e o espelho.
60 cm 20 cm
a. Classifique a lente como convergente ou divergente.
b. Obtenha o valor absoluto de sua distância focal.
Lente
Lente
II. V. d
Eixo
óptico Eixo
óptico
Lente
Lente Nesse diagrama, as duas linhas horizontais com setas representam dois
raios de luz do feixe. O diâmetro do feixe é indicado pela letra d. A linha
tracejada horizontal representa o eixo das duas lentes.
III. VI. O feixe de luz, que incide nesse arranjo, atravessa-o e sai dele alargado,
na mesma direção de incidência.
04 A figura ilustra uma experiência realizada com o fim de determinar a A figura representa esquematicamente uma câmera fotográfica digital.
distância focal de uma lente divergente. Um feixe de raios paralelos incide A lente objetiva L tem distância focal constante e foi montada dentro de
sobre a lente. Três deles, após atravessarem essa lente, passam pelos um suporte S, indicado na figura, que pode mover-se para a esquerda,
orifícios O1, O2 e O3 existentes em um anteparo fosco à sua frente, indo afastando a objetiva do CCD ou para a direita, aproximando-a dele. Na
encontrar um segundo anteparo nos pontos P1, P2 e P3. situação representada, a objetiva focaliza com nitidez a imagem do objeto
O sobre a superfície do CCD.
s
o
L CCD
d1
O1 O2 O3
S
d2
07 Nas câmeras fotográficas digitais, os filmes são substituídos por 10 (ITA) Numa certa experiência mediram-se a distância p entre um objeto
sensores digitais, como um CCD (sigla em inglês para Dispositivo de e uma lente e a distância p’ entre a lente e a sua imagem real, em vários
Carga Acoplada). Uma lente esférica convergente (L), denominada objetiva, pontos. O resultado dessas medições é apresentado no gráfico a seguir:
projeta uma imagem nítida, real e invertida do objeto que se quer fotografar
sobre o CCD, que lê e armazena eletronicamente essa imagem.
18 Uma pessoa míope possui óculos com lentes divergentes de vergência O objetivo de se usar duas lentes dispostas dessa maneira é que a lente
igual a –4 di. O ponto próximo emetrope é, em média, 25 cm. Podemos ocular ampliará a imagem de um objeto que a lente objetiva já deixou maior,
afirmar que o comprimento do campo visual e a distância máxima de visão conseguindo, assim, aumentos bem significativos. Imagine uma estrutura
nítida dessa pessoa valem respectiva e corretamente, em cm: vegetal esférica de diâmetro 4 mm sendo colocada a 1 cm da lente objetiva.
A imagem final observada tem diâmetro 0,4 m e se encontra a 0,5 m da
(A) 25,0 e infinito. lente ocular. Sendo a distância entre as duas lentes 30 cm, determine a
(B) 12,4 e 80,0. ampliação da imagem realizada apenas pela lente objetiva.
(C) 12,5 e 25,0.
(D) 30,0 e 25,0.
(E) 25,0 e 45,0.
19 (AFA-2012) A figura 1 abaixo ilustra o que um observador visualiza 01 Uma lente delgada conjuga uma imagem de altura h a um objeto
quando este coloca uma lente delgada côncavo-convexa a uma distância (segmento de reta que intercepta perpendicularmente o eixo óptico principal
d sobre uma folha de papel onde está escrita a palavra lente. da lente). No gráfico, o valor absoluto de h está representado em função
da distância d entre o objeto e a lente:
LENT
TEfigura 1
h(cm)
50
40
LENTTE
30
20
figura 2
R S
A imagem observada é: registrada a imagem pelo filme é de 120 mm. A que distância à frente da
lente deve se localizar um objeto para que sua foto fique perfeitamente
(A) (D) focalizada?
A B
60 cm 60 cm
03 (AFA-2014) Um pequeno objeto plano e luminoso pode ser utilizado em 180 cm
três arranjos ópticos distintos (I, II e III), imersos em ar, como apresentado
na figura a seguir.
L lente
36 cm
tampo da mesa
(I) (II) (III)
A figura acima ilustra a situação. Pede-se:
No arranjo I, o objeto é colocado sobre um plano no qual se apoiam dois a. a distância focal da lente;
espelhos planos ortogonais entre si. Nos arranjos II e III, respectivamente, b. o comprimento da imagem da lâmpada e a sua representação
o objeto é disposto de forma perpendicular ao eixo óptico de um espelho geométrica. Utilize os símbolos A’ e B’ para indicar as extremidades
esférico côncavo gaussiano e de uma lente convergente delgada. Dessa da imagem da lâmpada.
maneira, o plano do objeto se encontra paralelo aos planos focais desses
dois dispositivos. Considere que as distâncias do objeto ao vértice do 07 Um objeto se move em direção a um espelho côncavo de raio de
espelho esférico e ao centro óptico da lente sejam maiores do que as curvatura R = 15 cm ao longo do seu eixo principal com velocidade
distâncias focais do espelho côncavo e da lente. constante igual a 9 cm/s. Encontre a velocidade da imagem formada pelo
espelho quando o objeto estiver a uma distância de 30 cm do vértice
Nessas condições, das imagens abaixo, a que não pode ser conjugada do espelho.
por nenhum dos três arranjos ópticos é:
(A) 1 cm/s.
(A) (B) 2 cm/s.
(C) 3 cm/s.
(D) 4 cm/s.
(E) 5 cm/s.
(D) Objeto
d D
O objeto tem um comprimento inicial de 4,0 cm. Após ser submetido a Um delgado objeto luminoso de 40 cm de altura está colocado com sua
uma variação de temperatura de 250°C, sua imagem projetada na tela base sobre o eixo das lentes e a uma distância d > 2f1 da primeira lente.
aumentou 1,0 cm. Com base no exposto, calcule o valor do coeficiente O tamanho da imagem final, vista pelo observador O, será então:
de dilatação linear do objeto.
(A) 40 cm. (D) 4 cm.
09 Um estudante possui uma lente côncavo-convexa de vidro (nv = 3/2), d 2d
(B) . (E) .
cujas faces têm raios de curvatura 10 cm e 5,0 cm. Sabendo que a lente 10 5
é utilizada no ar (nar = 1) e posteriormente na água (nA = 4/3), responda:
(C) 20 cm.
a. Do ar para a água os focos principais aproximam-se ou afastam-se
13 Uma lente convergente que obedece às condições de convergência de
do centro óptico?
Gauss possui distância focal igual a 20 cm e está a 50 cm de um espelho
b. Qual é a variação da distância focal da lente?
plano vertical. Uma fonte de luz vertical está a 30 cm da lente, entre a
mesma e o espelho plano. Podemos afirmar que o número de imagens
10 (AFA-2017) Considere uma lente esférica delgada, S, de bordas
formadas e a mínima distância entre duas delas valem, respectivamente:
finas, feita de material de índice de refração n maior do que o índice de
refração do ar. Com esta lente podem-se realizar dois experimentos. No espelho
primeiro, a lente é imersa em um meio ideal, de índice de refração n1, e lente
o seu comportamento óptico, quando um feixe de luz paralelo passa por convergente
ela, é o mesmo de uma lente côncavo-convexa de índice de refração n objeto
imersa no ar. No segundo, a lente S é imersa em outro meio ideal, de índice
de refração n2, e o seu comportamento óptico é o mesmo de uma lente
convexo-côncava de índice de refração n imersa no ar.
12 Duas lentes convergentes, L1 e L2, com distâncias focais 100 cm e a. A que distância de L1 encontra-se L2?
20 cm, respectivamente, estão dispostas coaxialmente, conforme ilustra b. Qual a amplificação do sistema L1 L2?
a figura, sendo a distância entre elas igual à soma das distâncias focais.
15 Um sistema óptico é formado por duas lentes positivas, I e lI, de
distâncias focais iguais a 10 cm e 15 cm, com eixos ópticos coincidentes
e separadas por 60 cm. Determine a localização da imagem final de um
objeto AB colocado a 20 cm da lente I e a ampliação total do sistema.
F1 ≡ F2 O
B
I II
d f1 f2
16 Considere um objeto AB colocado sobre o eixo óptico de uma lente Sabendo que para o objeto O o microscópio fornece a imagem final i2,
delgada biconvexa de raio de curvatura R, composta por dois meios calcule o módulo do aumento linear transversal fornecido pelo instrumento.
transparentes com índices de refração n1 = 2 e n2 = 4, como mostra a
figura abaixo. 19 Neste ano o mundo todo comemora os 400 anos das primeiras
observações astronômicas realizadas por Galileu Galilei. Popularizam-se
A esquemas de montagens caseiras de lunetas utilizando materiais de baixo
n1 custo, tais como, por exemplo, tubos de PVC, uma lente convergente
n2 (objetiva) e uma lente divergente ou convergente (ocular).
3R Na escolha das lentes a serem utilizadas na montagem da luneta,
B geralmente, não são relevantes as suas distâncias focais, f1 e f2 (medidas
em metros), mas sim as suas potências de refração (vergência), cuja
A imagem final da lente será: unidade de medida é a dioptria (“grau”). A vergência V de uma lente
convergente ou divergente é dada pelo inverso da distância focal.
(A) A Na montagem da luneta, a distância entre as duas lentes é igual à soma
B”
n1 B’ das distâncias focais dessas lentes e o aumento no tamanho da imagem
n2 observada com a luneta é dado pela razão entre as distâncias focais das
A’ A” lentes objetiva e ocular.
B
(B) A
n1
n2 A’
B
(C) A B’
n1 B”
n2
A’ A”
B
(D) A
n1 A’
n2
B
22 (IME) Quando uma fonte brilhante de luz é colocada a 30 cm de uma Para que um objeto no infinito, cujos raios luminosos são oblíquos ao
lente, há uma imagem a 7,5 cm da mesma. Há também uma imagem eixo óptico do espelho esférico, apresente uma imagem final focada nas
invertida fraca a 6 cm da frente da lente, devida à reflexão em sua superfície condições usuais de observação (objeto da ocular no seu plano focal),
frontal. Quando a lente é invertida, a imagem invertida fraca está a 10 cm o valor de b deve ser:
da frente da lente. Determine:
(A) fL + fE – a.
a. a distância focal da lente. (B) fE – fL – a.
b. os raios de curvatura da lente.
ff
c. o índice de refração do material da lente. (C) L E .
a
23 (IME-2013) afE
(D) .
fL
objeto lente convergente tela afE
(E) fL + .
fL
25 (ITA) Um objeto em forma de um segmento de reta de comprimento
está situado ao longo do eixo óptico de uma lente convergente de distância
r focal f. O centro do segmento se encontra a uma distância a da lente e
esta produz uma imagem real de todos os pontos do objeto. Quanto vale
o aumento linear β do objeto?
eixo principal
X f2
(A) β = 2
.
a −
2
L 2
(A) 1. (a − f ) 2
−
2
(B) 3.
(C) 6.
(D) 9. f2
(D) β = 2 .
(E) 12.
(
a + f ) −
2
2
24 (IME-2012)
f2
objeto no infinito (E) β = 2
.
(a + f )
Espelho de Gauss
2
+
2
b
a
01 O índice de refração absoluto de um meio gasoso homogêneo é 1,02.
Um raio luminoso, proveniente do meio gasoso, incide na superfície de
A figura apresenta o esquema de um telescópio refletor composto de:
separação entre o meio gasoso e o meio líquido, também homogêneo,
– um espelho esférico de Gauss com distância focal fE; cujo índice de refração absoluto é 1,67, conforme mostrado na figura
– um espelho plano inclinado 45° em relação ao eixo principal do espelho abaixo. Posteriormente a isso, uma lente com distância focal positiva,
esférico e disposto a uma distância a do vértice do espelho esférico, construída com material cujo índice de refração absoluto é 1,54,
sendo a < fE; é colocada, completamente imersa, no meio líquido.
– uma lente ocular delgada convergente com distância focal fL, disposta
a uma distância b do eixo do espelho esférico.
03 (IME-2010)
meio gasoso
Vácuo
normal Vácuo n
p f
líquido
(A) V – F – V – F. 04 (IME-2016)
Tela de
(B) F – V – F – V. Projeção
(C) V – F – V – V. Lâmpada
(D) F – F – V – V. Filme
C
(E) V – V – F – F.
Quantas divisões verá, através da lente, um observador cuja pupila está a 05 Enche-se uma fina esfera, feita de vidro transparente, com um líquido,
10 cm do centro óptico dela? até completar-se exatamente a metade de seu volume. O resto do volume
da esfera contém ar (índice de refração nar = 1). Uma fonte de luz gera um
(A) 20.
cone de finos raios luminosos que interceptam a esfera, formando uma
(B) 40.
circunferência de diâmetro d. Os raios emergem da esfera, formando um novo
(C) 60.
cone que intercepta a esfera em outra circunferência de diâmetro D. Na figura,
(D) 80.
mostram-se dois raios incidentes SO e TO, nos limites da interseção do cone
(E) 120.
com o plano da figura, bem como os correspondentes raios emergentes OS’
e OT’. O ponto O é o centro da esfera. Despreze qualquer efeito de refração
na passagem dos raios de luz através do vidro da esfera.
A F1 45° F2
d 2f
(A)
( n − 1) R .
n
R
(B) .
n −1
07 (ITA) Situa-se um objeto a uma distância p diante de uma lente
convergente de distância focal f, de modo a obter uma imagem real a uma nR
(C) .
distância p’ da lente. Considerando a condição de mínima distância entre n −1
imagem e objeto, então é correto afirmar que:
nR
(D) .
(A) p3 + fpp’ + p’3 = 5f3. n +1
(B) p3 + fpp’ + p’3 = 10f3. (E) nR.
(C) p3 + fpp’ + p’3 = 20f3.
(D) p3 + fpp’ + p’3 = 25f3.
(E) p3 + fpp’ + p’3 = 30f3.
11 Com uma lente convergente se obtém imagens de duas fontes pontuais 13 Duas lentes convergentes cujas distâncias focais são f1 e f2 estão
A e B. A fonte A se encontra no eixo óptico a uma distância da lente igual situadas no mesmo eixo. Com este sistema de lentes obtém-se a imagem
ao dobro da distância focal; a fonte B está deslocada do eixo, a uma de um objeto, sendo que o tamanho da imagem não depende da distância
distância pequena, de forma que a reta que une as duas fontes forma, entre o objeto e o sistema de lentes. Descubra a distância entre as lentes.
com o eixo óptico, um ângulo φ = 30°. Sobre qual ângulo a tela plana
deve ser colocada para obter-se simultaneamente sobre ela as imagens 14 Um observador olha a imagem de seu olho em um espelho plano,
nítidas de ambas as fontes. situado a uma distância de a = 20 cm. Se no caminho dos raios coloca-se
uma lente convergente muito perto do espelho, o tamanho angular aumenta
L 1,5 vezes*. Neste caso, a imagem segue sendo virtual. Qual é a distância
P
focal da lente?
B
A *Chamamos de aumento angular a relação entre as tangentes dos ângulos que formam entre
ϕ os raios que saem e entram no sistema óptico com o eixo deste.
ψ
15 Por meio de uma lente convergente de distância focal f, obtém-se uma
imagem real tridimensional de um cubo transparente cuja aresta vale .
2f
A imagem da face do cubo mais próxima da lente encontra-se a uma
distância de 2f desta. Calcule o volume da imagem obtida.
12 De uma lâmina de vidro plana obtêm-se três lentes. A distância focal
das lentes 1 e 2 juntas é f12 < 0; a distância focal entre as lentes 2 e 3,
também juntas, é f23 < 0. Supondo que as lentes são delgadas, descubra
a distância focal de cada uma das lentes.
1 3
Relatividade restrita
4
1. Introdução No eixo x, o referencial R’ se deslocou vt em um intervalo de tempo t.
vrel = 60 + 40 = 100 km/h, Considere agora um evento qualquer. Esse evento, de acordo com
Galileu, acontecerá no mesmo instante (t = t’) para ambos os referenciais
ou seja, seria a mesma situação física do carro 1 estar em repouso e o (relógio fixo no referencial R e outro relógio fixo no referencial R’).
carro 2 aproximar-se dele com a velocidade de 100 km/h, ou o carro 2 As relações abaixo resumem as transformações galilelianas:
estar em repouso e o carro 1 aproximar-se dele com essa velocidade.
Para velocidades próximas à da luz, esse método clássico de
composição de velocidades leva a resultados errados. x’ = x – vt
y’ = y
z’ = z
3. Relatividade galileana t’ = t
Considere um referencial R (em repouso), referencial no solo.
Um ponto P está localizado em uma região do espaço e pode ser definido
pelas coordenadas cartesianas x, y e z. Galileu também postulou que as leis da mecânica são iguais tanto
para o referencial R quanto para o referencial R’, ou seja, fisicamente, os
dois referenciais são equivalentes.
Y
Uma outra maneira de interpretar essa ideia, é que, segundo Galileu,
não seria possível realizar um experimento dentro de um navio, por
exemplo, para determinar se ele está em repouso ou em movimento
retilíneo uniforme.
R P
4. Experiência de Michelson-Morley
y Os gregos não acreditavam no vácuo e, por isso, supunham que
O
todo o espaço entre os planetas e as estrelas deveria ser preenchido por
X uma substância invisível denominada éter. Acreditava-se também que,
z
x através do éter, as ondas eletromagnéticas se propagavam no espaço
da mesma forma que as ondas mecânicas, que necessitam de um meio
Z para se propagarem.
Para tentar comprovar a existência do éter, Albert Michelson e Edward
Considere agora um referencial R’ com velocidade constante (v) no eixo x
Morley, realizaram uma série de experimentos com a luz, conhecida como
se afastando da origem O do referencial R. Para esse referencial inercial,
experimento de Michelson-Morley.
as coordenadas y’ e z’ são iguais, respectivamente, às coordenadas y e z
do referencial R (y’ = y; z’= z).
O experimento consistia na produção de um feixe de luz que, ao Dessa forma, precisamos modificar as equações das transformações
atravessar um espelho semirrefletor, dividia-se em dois feixes, que de Galileu:
deveriam percorrer a mesma distância. Por meio de um detector eram
analisados os padrões de interferência desses feixes.
x’ = γ (x – vt)
espelho E2 y’ = y
fonte de luz
z’ = z
c2 – v2 v⋅x
c2 – v2 t' = γt − 2
espelho E1
c–v c
velocidade
da luz c espelho c+v
semirrefletor em que γ é o fator de Lorentz:
5.2 A velocidade da luz é a mesma para Observador em movimento. Em seu referencial, ele observa o objeto
qualquer referencial inercial com o comprimento próprio, medido no referencial em repouso (t).
João
trajetória da luz Trajetória da luz observada por João. em que t é chamado de tempo próprio.
observada por Maria A luz não sofre influência da
velocidade v do trem. Para velocidades v muito pequenas comparadas com a da luz (c),
∆t tem-se a razão
∆t0 ∆t0 v2
≈0
c2
Maria e
t’ = t
Para Maria, a luz percorre uma distância 2D e o tempo entre a emissão
e a recepção do raio de luz (v = c) é: Para velocidades próximas à da luz, o tempo para o observador em
movimento será menor do que para o observador em repouso.
∆s 2D 2D
v= →c= →t = (I)
∆t t c
8. Composição de velocidades
Maria precisa de apenas um relógio para marcar o tempo t. Considere uma pessoa em movimento (velocidade v’ no referencial
Para João, a luz percorre uma distância 2L e o tempo entre a emissão em movimento) na mesma direção e sentido de um trem com velocidade
e a recepção do raio de luz (v = c pelo segundo postulado da teoria da constante v. Para um observador em repouso fora do trem, a velocidade
relatividade restrita) é: da pessoa (vo) seria, pela mecânica clássica,
2L v0 = v’ + v (I)
t' = (II)
c
espelho Mas, para velocidades próximas à da luz, essa velocidade não pode
M
ser calculada com essa simplicidade clássica. A expressão correta para
a determinação da velocidade v0 é
v '+ v
L D L v0 =
v 'v
1+ 2
c
evento 1 evento 2
B B Em situações do cotidiano, em que v’ e v são muito menores que a da
emissor/receptor emissor/receptor
luz, tem-se a razão
∆t
v 'v
≈0
c1 c2 c2
L2 = D2 + x2 (III)
m0
m= • Comprimento
v2
1− 2 ∆x
c ∆x ' = γ
m = γm0
E = mc 2
• Energia
E = γm0c²
10. Energia e quantidade de movimento
Considere-se um corpo de massa m se movimentando com velocidade • Quantidade de movimento
v em relação a um referencial inercial. A energia (E) e a quantidade de
movimento (Q) desse corpo é dada por
Q = γm0v
m0 c2
E=
v2
1−
c2
01 A meia-vida de uma certa partícula fundamental, quando estacionária
em relação à Terra, é de 2,2 μs. Quando emitida por um raio cósmico em
alta velocidade, passa a ser de 16 μs, também no referencial da Terra.
m0v
Q= Determine a velocidade de tal raio cósmico.
v2
1−
c2 02 Com que velocidade um foguete deve se deslocar em relação à Terra
para que o tempo no foguete se retarde até metade de seu valor para
observadores na Terra?
Combinando as duas expressões, temos
03 Certo pai é 20 anos mais velho que sua filha. Ele deseja viajar em
velocidade constante por dois anos até determinado ponto no espaço,
E = Q2 · c2 + (m0 · c2)2 levando mais dois anos, com a mesma velocidade, para retornar à Terra.
Ele se baseará num relógio presente na nave que utilizará para realizar a
viagem. Feita a experiência, ao voltar à Terra, percebeu que estava 20 anos
Para os fótons que não possuem massa (m0 = 0), a expressão acima mais novo que sua filha. Com que velocidade viajou?
se reduz para
04 Uma nave passa por Marte a uma velocidade de 0,985 c em relação
àquele planeta. Quando a nave está passando pela vertical de um ponto
E=Q·c na superfície, um pulso de luz muito forte é emitido e logo em seguida
desligado. Para um observador localizado em Marte, o pulso durou
75 μs. Quanto tempo durou o pulso para o piloto da nave?
Portanto, os fótons possuem energia e quantidade de movimento.
05 Um referencial S’ passa pelo referencial S com uma velocidade relativa 10 Uma partícula instável se forma na parte superior da atmosfera terrestre
v ao longo de seus eixos x’ e x. Um observador fixo em ’ começa a medir e se desloca verticalmente de cima para baixo com velocidade 0,9954 c
um intervalo de tempo em seu relógio de pulso. Outro observador, fixo em em relação à Terra. Um cientista em repouso na superfície da Terra verifica
S, mede o intervalo de tempo ∆t, correspondente ao intervalo de tempo que essa partícula é gerada a uma altura de 45 km.
medido pelo outro observador. O gráfico a seguir mostra a relação ∆t ×
β, no qual β é o parâmetro de velocidade interveniente: a. Para o cientista, quanto tempo a partícula levará para se deslocar 45
km até a Terra?
∆ta b. No referencial da partícula, qual é a distância entre ela e a superfície
da Terra, no momento em que foi criada?
c. No referencial da partícula, qual é o intervalo de tempo desde o
momento em que é gerada até o instante em que atinge a superfície
terrestre? Determine esse tempo duas vezes, uma usando a fórmula
∆t (s)
L (m)
relativa ao detector é de 0,92 c. Quanto tempo ela teria durado antes de
decair caso estivesse em repouso em relação ao detector? Tudo é medido
do referencial do laboratório.
07 Suponha que você está pilotando uma nave, e uma outra nave passa
por você com velocidade de 0,8 c em relação a você. Nesse instante, você 0 0,4 0,8
e o piloto da outra nave passam a cronometrar o tempo a partir do zero. β
a. No instante em que a outra nave está a 1,2 · 108 m de você, qual é a 12 Uma partícula se move ao longo do eixo x’ de um referencial S’ com
leitura indicada no cronômetro do piloto da outra nave? velocidade 0,4 c. O referencial S’ se move com velocidade 0,6 c em
b. Quando o piloto da outra nave mede o tempo indicado no item anterior, relação ao referencial S. Qual é a velocidade da partícula com relação ao
qual é a distância que ele mede entre a sua nave e a dele? referencial S?
c. Quando o piloto da outra nave mede o tempo indicado no item a, qual
é o intervalo de tempo que você verifica no seu cronômetro? 13 Um observador em um sistema S’ move-se da esquerda para a direita
d. Se o piloto da outra nave fosse perguntado sobre o tempo que você (no sentido +x) com u = 0,6 c, afastando-se de um observador em
marcou, quanto ele responderia? repouso no sistema S. O observador no sistema S’ mede a velocidade v’
de uma partícula que se afasta dela da esquerda para a direita. Qual é a
08 Uma espaçonave tem comprimento de repouso igual a 130 m. velocidade v que o observador no sistema S mede para a velocidade da
Ela se locomove com uma velocidade de 0,74 c em relação a uma estação partícula quando:
espacial.
a. v’ = 0,4 c?
a. Qual é o comprimento da espaçonave medido por um observador b. v’ = 0,9 c?
parado na estação? c. v’ = 0,99 c?
b. Qual o intervalo de tempo que um relógio presente na estação medirá
entre as passagens da parte da frente e da parte de trás da nave? 14 O astronauta A passa pelo astronauta B com velocidade relativa igual a
0,8 c. A e B sincronizam o instante zero de seus respectivos cronômetros
09 Um astronauta parte da Terra, com velocidade 0,99 c, em direção à quando A está passando exatamente por B. Quando o cronômetro de A
estrela Vega, distante 26 anos-luz. indica 5 s, ele liga uma fonte luminosa muito forte.
a. Quanto tempo haverá passado na Terra quando o astronauta chegar a. Determine a posição x e o instante t medidos pelo referencial B para
a Vega? o evento ocorrido, considerando a origem do referencial de posição
b. Assim que o astronauta chega na estrela, ele emite um sinal de A sua própria espaçonave.
eletromagnético indicando que chegou. Quanto tempo haverá passado b. Calcule o intervalo de tempo entre os dois eventos (instante em que
na Terra desde a partida do astronauta até a recepção desse sinal? A passa por B e o instante em que a luz se acende), conforme medido
c. Quão mais velhas as pessoas na Terra estarão, para o astronauta, pelo astronauta B, usando a dilatação do tempo. Compare com o valor
quando ele chegar a Vega? de t achado no item a.
c. Multiplique o intervalo de tempo encontrado pela velocidade do 07 Com que velocidade você deve se aproximar de um sinal de trânsito
astronauta A em relação ao astronauta B, ambas medidas por B, para vermelho (λ = 675 nm) para que ele aparente uma cor amarela (λ = 575 nm)?
calcular a distância que A se deslocou, medida pelo astronauta B. Se você usou isso como desculpa para não pagar a multa pelo avanço
Compare com o valor de x achado no item a. do sinal vermelho, quanto você teria de pagar de multa pelo excesso de
velocidade? Suponha uma multa de R$1,00 para cada km/h de excesso
15 Duas partículas são produzidas em um acelerador de partículas de de velocidade acima da velocidade máxima permitida de 90 km/h.
alta energia e se afastam em sentidos opostos. A velocidade de uma das
partículas, medida no laboratório, é igual a 0,65 c, e a velocidade relativa 08 Que trabalho deve ser realizado para aumentar a velocidade de um
entre as duas é de 0,95 c. Qual é a velocidade da outra partícula, medida elétron do repouso até:
no laboratório?
a. 0,5 c?
b. 0,99 c?
c. 0,999 c?
Dado: Considere que a energia de repouso do elétron é 511 keV.
01 Duas partículas geradas em um acelerador de partículas de alta energia
se aproximam frontalmente com uma velocidade relativa igual a 0,952 c 09 Uma partícula de massa m se move em alta velocidade ao longo de
medida no laboratório. Qual é o módulo da velocidade com que uma se uma linha reta sob a ação de uma força F dirigida ao longo da mesma
aproxima da outra? linha reta.
04 Um avião, cujo comprimento medido por um observador dentro dele 12 Em que porcentagem sua massa de repouso aumenta quando você
é de 40 m, move-se com velocidade constante de 630 m/s em relação sobe 30 m até o topo de um edifício de dez andares?
à Terra.
13 Em quantos gramas a massa de uma mola de 12 g com uma constante
a. Por qual fração do seu comprimento de repouso o seu comprimento de 200 N/cm varia quando você a comprime em 6 cm?
é reduzido para um observador na Terra?
b. Quanto tempo levaria, de acordo com os relógios da Terra, para que 14 Numa colisão altamente energética entre uma partícula oriunda de
o relógio do avião atrasasse 1 μs? um raio cósmico e uma partícula próxima à atmosfera terrestre, 120 km
Obs.: Considere (1+ x ) ≈ (1+ nx ), para x << 1.
n
acima do nível do mar, um píon é criado. O píon tem uma energia total de
1,35 · 105 MeV e viaja verticalmente para baixo. No referencial do píon,
05 Suponha que um corredor muito veloz, com velocidade 0,6 c, ele decai 35 ns após sua criação. A que altitude acima do nível do mar,
segurando uma vara muito longa, esteja correndo em direção a um celeiro medida no referencial da Terra, o decaimento ocorre? A energia de repouso
aberto em ambas as extremidades. O comprimento da vara (no sistema do píon é de 139,6 MeV.
de repouso da vara) é 6 m e o comprimento do celeiro (no sistema de
repouso do celeiro) é 5 m. No sistema de referência do celeiro, a vara 15 Um comprimido de aspirina tem massa 320 mg. Por quantos
sofre contração de comprimento e pode se encaixar totalmente dentro quilômetros a energia equivalente a essa massa consegue fazer um
do celeiro. Porém, no sistema de referência do corredor, o celeiro sofre carro movido a gasolina andar? Considere que o carro faz uma média de
contração, logo, a vara nunca poderá se encaixar completamente dentro 12,75 km/L e que o calor de combustão da gasolina é de 3,65 · 107 J/L.
do celeiro. Explique como se resolve esse paradoxo.
16 Enquanto você lê essa página, um próton oriundo de um raio cósmico
06 Imagine que uma espaçonave inimiga está perseguindo sua passa rasante à página, com velocidade relativa v e energia total de 14,24 nJ,
espaçonave com velocidade, medida em relação a você, igual a 0,4 c. da esquerda para a direita, ao longo de sua largura. De acordo com suas
A espaçonave inimiga dispara um míssil para atingir a sua com uma medidas, a largura da página é de 21 cm.
velocidade, em relação à espaçonave inimiga, de 0,7 c.
a. Qual é a largura da página medida no referencial do próton?
a. Qual é a velocidade do míssil em relação à sua espaçonave? b. Quanto tempo durou a passagem do próton no referencial dele?
b. Se você mediu uma distância de 8 · 106 km entre você e a espaçonave c. Quanto tempo durou o movimento do próton no seu referencial?
inimiga no instante em que o míssil foi disparado, qual será o tempo
que o míssil levará para atingi-lo?
17 Quando uma partícula encontra sua antipartícula, elas se aniquilam, 02 Dois prótons, cada um com massa M = 1,67 · 1027 kg, se movem
e sua massa é convertida em energia luminosa. Os EUA consomem com velocidade de módulos iguais e sentidos opostos. Depois da colisão
aproximadamente 1 · 1020 J de energia por ano. eles continuam a existir, porém, ocorre a produção de um píon neutro com
massa m = 2,40 · 1028 kg. Sabendo que os prótons e o píon permanecem
a. Se toda essa energia viesse de um reator antimatéria futurista, que em repouso após a colisão, calcule a velocidade inicial dos prótons.
massa de matéria e antimatéria seria consumida anualmente? A energia é conservada na colisão.
b. Se esse combustível tivesse a densidade do ferro (7,86 g/cm³) e
estivesse empilhado em tijolos formando um cubo, qual seria a aresta 03 Um aluno, que se move com uma velocidade 0, 9 c em relação ao
desse cubo? professor parado, realiza uma prova cuja duração deve ser de duas horas,
medida pelo relógio de pulso do professor. O professor começa a contagem
18 (ITA-2013) Considere as seguintes relações fundamentais da dinâmica do tempo quando o aluno passa por ele. Posteriormente, quando do término
relativística de uma partícula: a massa relativística m = m0 γ, o momentum da prova no seu referencial, emite um sinal luminoso. O estudante para de
relativístico p = m0γv e a energia relativística E = m0γc2, em que m0 é a escrever quando o sinal o alcança. Quanto tempo o aluno teve para fazer
1 a prova?
massa de repouso da partícula e γ = é o fator de Lorentz.
1− v 2
04 Uma elipse de semieixo a > b, está em repouso no referencial S.
c2
Calcule a velocidade v do referencial S’, para que ele, ao observar a elipse,
Demonstre que E – p c = (m0c ) e, com base nessa relação, discuta
2 2 2 2 2
veja uma circunferência.
a afirmação: “Toda partícula com massa de repouso nula viaja com a
velocidade da luz c”.
05 Se uma partícula de massa de repouso m0 é acelerada, a partir do
repouso, por uma força dependente do tempo e dada por F(t) = 2bt, (t > 0 ),
19 (ITA-2015) Um múon de meia-vida de 1,5 µs é criado a uma altura de
calcule a equação que dá v com função do tempo. Tome o limite de v
1 km da superfície da Terra devido à colisão de um raio cósmico com um
quando t → ∞.
núcleo e se desloca diretamente para o chão. Qual deve ser a magnitude
mínima da velocidade do múon para que ele tenha 50% de probabilidade
06 Uma par tícula de carga q e massa de repouso m penetra
de chegar ao chão?
perpendicularmente um campo magnético B com uma velocidade v
(A) 6,7 · 107 m/s. muito grande, comparável à da luz. Determine se o período do movimento
(B) 1,2 · 108 m/s. subsequente é dependente ou não do valor de v.
(C) 1,8 · 108 m/s.
(D) 2,0 · 108 m/s. 07 Uma partícula de poeira de 0,1 μg é acelerada a partir do repouso até
(E) 2,7 · 108 m/s. uma velocidade de 0,9 c por uma força constante de 1 · 106 N.
20 (ITA-2016) Enquanto em repouso relativo a uma estrela, um astronauta a. Se a forma clássica da lei de Newton for usada, que distância a partícula
vê a luz dela como predominantemente vermelha, de comprimento de onda percorrerá?
próximo a 600 nm. Acelerando sua nave na direção da estrela, a luz será b. Usando o tratamento relativístico, que distância o objeto percorrerá?
vista como predominantemente violeta, de comprimento de onda próximo c. Qual das duas distâncias é maior? Por quê?
a 400 nm, ocasião em que a razão da velocidade da nave em relação à da
luz será de: 08 Quasares são núcleos de galáxias ativas nos estágios mais primórdios
de sua formação. Um quasar típico emite energia a uma taxa de 1041 W.
A que taxa a massa do quasar é reduzida para suprir essa quantidade de
(A) 1 . (D) 5 .
3 9 energia? Expresse sua resposta em unidades de massa solar (u.m.s.) por
ano, sendo 1 u.m.s = 2 · 1030 kg (massa do Sol).
(B) 2 . (E) 5
.
3 13 09 Uma partícula de massa m tem velocidade c/2 em relação a um
referencial em repouso S. A partícula colide com uma outra partícula
(C) 4 .
9 idêntica a ela, em repouso em relação a S. Relativo a S, qual é a velocidade
do referencial S’ no qual o momento linear total dessas partículas é zero?
Esse referencial é chamado de centro de momento linear.