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Livro Eletrônico

Aula 08

Contabilidade Geral e Avançada p/ Receita Federal (Auditor Fiscal)


Com videoaulas - 2019
Gabriel Rabelo, Júlio Cardozo, Luciano Rosa

20321040406 - Sarah Lins Dos Santos


Gabriel Rabelo, Júlio Cardozo, Luciano Rosa
Aula 08

20. OPERAÇÕES DE DUPLICATAS DESCONTADAS, CÁLCULOS E REGISTROS CONTÁBEIS. 21.


OPERAÇÕES FINANCEIRAS ATIVAS E PASSIVAS, TRATAMENTO CONTÁBIL E CÁLCULO DAS
VARIAÇÕES MONETÁRIAS, DAS RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS, EMPRÉSTIMOS E
FINANCIAMENTOS: APROPRIAÇÃO DE PRINCIPAL, JUROS TRANSCORRIDOS E A
TRANSCORRER. 22. DESPESAS ANTECIPADAS, RECEITAS ANTECIPADAS. 23. FOLHA DE
PAGAMENTOS: ELABORAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO. 24. PASSIVO ATUARIAL, DEPÓSITOS
JUDICIAIS, DEFINIÇÕES, CÁLCULO E FORMA DE CONTABILIZAÇÃO. 25. OPERAÇÕES COM
MERCADORIAS, FATORES QUE ALTERAM VALORES DE COMPRA E VENDA, FORMA DE
REGISTRO E APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS OU DOS SERVIÇOS VENDIDOS.

1 - MAIS UMA AULA... .............................................................................................................................................................................................................. 2


2 - OPERAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................................................................................................................................................... 2
2.1 - VENDA A PRAZO, EMISSÃO DE DUPLICATA ...................................................................................................................................................................................... 2
2.2 - DUPLICATAS DESCONTADAS ............................................................................................................................................................................................................. 4
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2.3 - OPERAÇÕES COM CHEQUE ............................................................................................................................................................................................................... 7
2.4 - EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS: APROPRIAÇÃO, PRINCIPAL, JUROS TRANSCORRIDOS E A TRANSCORRER. .......................................................................... 8
2.5 - VARIAÇÕES MONETÁRIAS ............................................................................................................................................................................................................... 10
2.6 - DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS ............................................................................................................................................................................................... 11
3 - JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO ....................................................................................................................................................................................... 13
4 - DEPÓSITOS JUDICIAIS ........................................................................................................................................................................................................ 15
5 - DESPESAS ANTECIPADAS E RECEITAS ANTECIPADAS .......................................................................................................................................................... 16
6 - FOLHA DE PAGAMENTOS: ELABORAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO ............................................................................................................................................ 18
6.1 - VALOR DA FOLHA DE PAGAMENTOS .............................................................................................................................................................................................. 20
6.2 - ENCARGOS SOCIAIS ......................................................................................................................................................................................................................... 20
6.3 - PROVISÃO PARA PAGAMENTO DE FÉRIAS ...................................................................................................................................................................................... 22
6.4 - PROVISÃO PARA PAGAMENTO DE 13º SALÁRIO ............................................................................................................................................................................. 23
6.5 - SALÁRIO MÍNIMO E VALE TRANSPORTE ......................................................................................................................................................................................... 24
7 - APLICAÇÕES FINANCEIRAS................................................................................................................................................................................................. 26
8 - OPERAÇÕES COM MERCADORIAS ...................................................................................................................................................................................... 29
8.1 - RESULTADO BRUTO COM MERCADORIAS....................................................................................................................................................................................... 29
8.2 - CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS ........................................................................................................................................................................................... 30
8.3 - TRIBUTOS RECUPERÁVEIS ............................................................................................................................................................................................................... 35
8.4 - COMPRA DE MATÉRIA PRIMA ......................................................................................................................................................................................................... 41
8.5 - COMPRA DE ATIVO IMOBILIZADO ................................................................................................................................................................................................... 42
8.6 - COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL (AQUISIÇÃO DE INDÚSTRIA) ................................................................................................................... 44
8.7 - COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL (AQUISIÇÃO DE EMPRESA COMERCIAL) ................................................................................................. 45
8.8 - QUADRO RESUMO TRIBUTOS ...................................................................................................................................................................................................... 47
9 - CONTROLE DE ESTOQUE .................................................................................................................................................................................................... 48
9.1 - INVENTÁRIO PERIÓDICO ................................................................................................................................................................................................................. 48
9.2 - CONTA DE MERCADORIAS DESDOBRADA ....................................................................................................................................................................................... 52
9.3 - INVENTÁRIO PERMANENTE ............................................................................................................................................................................................................ 52
9.4 - PEPS, UEPS E PREÇO MÉDIO............................................................................................................................................................................................................ 53
10 - TABELA DE CONTROLE DE ESTOQUE .................................................................................................................................................................................. 58
11 - PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS (PDD) .............................................................................................................................................................. 62
12 - RESUMO DOS PONTOS ABORDADOS NESTA AULA............................................................................................................................................................. 67
13 - QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................................................................................................. 71
13.1 - FCC ................................................................................................................................................................................................................................................. 71
13.2 - ESAF ............................................................................................................................................................................................................................................. 104
13.3 - CESPE ........................................................................................................................................................................................................................................... 116
13.4- FGV ............................................................................................................................................................................................................................................... 125
14 - LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA........................................................................................................................................................... 140
14.1 - FCC ............................................................................................................................................................................................................................................... 140
14.2 - ESAF ............................................................................................................................................................................................................................................. 151
14.3 - CESPE ........................................................................................................................................................................................................................................... 156
14.4 - FGV .............................................................................................................................................................................................................................................. 159
15 - GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS ....................................................................................................................................................................... 164

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1 - MAIS UMA AULA...


Olá, meus amigos. Como estão?!
Sejam muito bem-vindos a mais uma aula do nosso curso Contabilidade Geral para Receita
Federal (Auditor)!
Hoje, trataremos das escriturações de operações típicas. Esses pontos foram inaugurados na aula
01 e 02 do nosso curso. Todavia, agora que já temos um conhecimento um pouco mais profundo,
podemos aprofundar um pouco.
O fórum de dúvidas está em pleno funcionamento! Pedimos que as dúvidas sejam encaminhadas
preferencialmente ao fórum.
Então, vamos aos estudos?
Um abraço.
Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.
Dicas diárias de Contabilidade no Instagram: @contabilidadefacilitada
Fórum de dúvidas e mapas mentais: Professor Julio Cardozo

2 - OPERAÇÕES FINANCEIRAS
Comecemos a falar sobre as operações financeiras e, inicialmente, sobre as duplicatas.

2.1 - VENDA A PRAZO, EMISSÃO DE DUPLICATA

A duplicata é o título de crédito emitido com base em obrigação proveniente de compra e venda
comercial ou prestação de certos serviços. Rege-se pela Lei 5.474/1968.
É conhecida por ser um título causal, ou seja, encontra-se vinculada à relação jurídica que lhe dá
origem que é a compra e venda mercantil.
Na contabilidade, como trabalhamos com o regime de competência, a receita de venda deve ser
reconhecida na entrega da mercadoria, independentemente do recebimento, pois, neste
momento, há a transferência da titularidade (a chamada tradição).
Esquematizemos:
Tradição: Entrega da merc. (Reconhece receita)

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Assim, quando realizamos uma venda a prazo (e entregamos as mercadorias), faremos alguns
lançamentos contábeis. Por exemplo, venda por R$ 1.000,00 de mercadorias que custaram R$
700,00, sem a incidência de tributos, para recebimento em 30 dias.
Pelo registro da venda

D Clientes/Duplicatas a receber (ativo) 1.000,00


C Receita de vendas (resultado) 1.000,00

Razonetes:
Clientes Receita de vendas
1000 1000

Pela baixa no estoque

D Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00


C Estoque de mercadorias para revenda (ativo) 700,00

Razonetes:
CMV Estoque
700 700

Quando do recebimento da venda

D Caixa/Bancos (ativo) 1.000,00


C Clientes/Duplicatas a receber (ativo) 1.000,00

Razonetes:
Clientes Bancos
1000 1000 1000

Imagine-se agora que o cliente pagou a mercadoria, em 31.01.X1, no valor de R$ 1.000,00, para
recebimento em 31.03.X1, cujo custo é de R$ 700,00.
Quando do adiantamento

D Bancos/Caixa (ativo) 1.000,00


C - Adiantamento de clientes (passivo) 1.000,00

Razonetes:
Bancos Adian. Clientes
1000 1000

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Quando da entrega das mercadorias, em 31.03.X1

D Adiantamento de clientes (passivo) 1.000,00


C Receita de vendas (resultado) 1.000,00

Razonetes:
Receita de vendas Adian. Clientes
1000 1000 1000

Pela baixa no estoque

D Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00


C Estoque de mercadorias para revenda (ativo) 700,00

Razonetes:
CMV Estoque
700 700

2.2 - DUPLICATAS DESCONTADAS

Sabemos que as empresas dificilmente conseguem sobreviver sem que realizem operações a
prazo. Assim, ao realizar vendas a prazo, como já dissemos, a empresa pode emitir duplicatas.
Todavia, também pode acontecer de a empresa necessitar do recurso de maneira antecipada.
Contudo, ela não pode chegar ao cliente, antes do vencimento, e exigir a sua liquidação. Eis que
surge o desconto de duplicatas. A empresa portadora do título recorre ao banco e fala: olha,
preciso do dinheiro desta duplicata, todavia, o vencimento se dará somente lá na frente, na data x.
O banco então desconta essa duplicata, ou seja, entrega o valor à empresa, mediante a cobrança
de juros.
Descontar uma duplicata é, grosso modo, uma operação em que pegamos um adiantamento do
valor das duplicatas com o banco, deixando-as em garantia.
Funciona assim:
Operação de desconto de duplicata
- Descontamos o valor da duplicata. Recebemos o valor do principal menos os descontos
relativos à operação (juros e encargos).
- O banco fica com as duplicatas em sua carteira de clientes, para receber.
- Se o banco não receber, isto é, o cliente não quitar, o banco vai pegar o dinheiro de volta,
devolvendo a duplicata para a empresa, para que ela cobre com os meios legais.

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A conta duplicatas descontadas hoje é uma conta do passivo exigível. Antigamente, o


entendimento é que ela fazia parte das contas retificadoras do ativo.
Os encargos financeiros, por seu turno, ficam retificando a conta duplicatas descontadas.
Esquematizemos:

O critério que vige (de acordo com o FIPECAFI Manual de Contabilidade Societária) no registro do
desconto de duplicatas é o seguinte:
Exemplo:
Primeira hipótese: Duplicatas com valor de R$ 1.000,00, descontadas com encargos de R$
100,00, com o Banco Alfa.

D - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 900,00


D - Encargos Financeiros a Transcorrer (Ret. do Passivo Circulante) 100,00
C - Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante) 1.000,00

Razonetes:
Bancos Encargos a transc. Duplica. Descont.
900 100 1000

Portanto, repetimos: a conta duplicatas descontadas foi para o passivo exigível! A conta encargos
financeiros a transcorrer ficará retificando a conta duplicatas descontadas. É como se fosse um
empréstimo, deixando-se as duplicatas como garantia.
Segunda hipótese: Passou o período de juros (suponha R$ 10,00 ao mês).
Conforme o período da competência, lançaremos os juros:

D - Despesa de Juros (Resultado) 10,00


C - Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo exigível) 10,00

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Razonetes:
Encargos a transc. Despesa de juros
100 10 10

Terceira hipótese: O cliente liquidou a obrigação.


Com o recebimento do cliente, o lançamento será:

D - Duplicatas Descontadas (Passivo exigível) 1.000,00


C - Duplicatas a Receber (Ativo circulante) 1.000,00

Razonetes:
Dupl. Descont. Duplicatas a recer
1000 1000 1000

Quarta hipótese: O cliente não liquidou a obrigação. O banco devolveu as duplicatas.


O banco vai devolver a duplicata para que o cliente se vire, e pegar o seu dinheiro de volta.
O lançamento, neste caso, será:

D Duplicatas Descontadas (Passivo exigível) 1.000,00


C Caixa/Bancos (Diminuindo o caixa) 1.000,00

Razonetes:
Dupl. Descont. Caixa
1000 1000

Observação: Conta retificadora do passivo é uma conta que fica no passivo, mas tem
natureza devedora (tem saldo devedor). Lembra que o Passivo tem natureza credora?
Então, as contas retificadoras diminuem o passivo.
Do mesmo modo, as contas retificadoras do Ativo ficam no ativo, mas com natureza
credora. Por exemplo, a conta depreciação acumulada.

Vejamos uma questão:


(CESPE/SUFRAMA/Técnico Contabilidade/2014) Julgue o item subsequente, relativo à
contabilização de operações contábeis diversas.
O desconto de uma duplicata em banco, além de gerar um débito em caixa ou equivalentes
de caixa e um crédito em duplicatas descontadas, gera um débito em despesas do período na
demonstração do resultado do exercício (DRE) relativo aos juros pagos na data da liberação
do crédito.

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Comentários:
A contabilização, no momento inicial, é a seguinte (supondo que uma duplicata de 1.000 foi
descontada por 900):
D Caixa (Ativo) 900
D Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 100
C Duplicatas descontadas (Passivo) 1.000
Os encargos devem ser apropriados ao resultado por competência:
D Despesas financeiras (Resultado) 100
D Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 100
Assim, a questão está errada, pois não ocorre um débito em despesas do período na data da
liberação do crédito. A contabilização da despesa ocorre posteriormente, por competência,
conforme a passagem do tempo.
Gabarito → Errado.

2.3 - OPERAÇÕES COM CHEQUE

Assunto que é cobrado como pegadinha em muitos concursos é o tema recebimento e pagamento
em cheque.
O recebimento em cheque é realizado através da tesouraria, ou seja, da conta caixa.
Todavia, o pagamento em cheque é feito através de crédito na conta bancos conta movimento.

Pagamento Sai do banco


Cheque
Recebimento Entra no caixa

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2.4 - EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS: APROPRIAÇÃO, PRINCIPAL, JUROS TRANSCORRIDOS


E A TRANSCORRER.

Agora, falaremos sobre os empréstimos recebidos de terceiros. O primeiro aspecto digno de nota é
que a contabilização se dá com o recebimento dos recursos pela empresa. Se a sociedade ALFA
assina um contrato de empréstimo em 01.01.X1, no montante de R$ 15.000,00, mas só recebe os
recursos efetivamente em 05.01.X1, deverá fazer a contabilização tão-somente nesta última data.
Todavia, se em 01.01.X1, assina um contrato para receber R$ 5.000,00 em 01.02.X1, R$ 5.000,00
em 01.03.X1 e R$ 5.000,00 em 01.04.X1, deverá fazer a contabilização conforme o recebimento da
cada uma das prestações.
Suponhamos que a empresa receba uma quantia de R$ 10.000,00, para pagamento de R$
12.000,00 ao final.
Neste caso, vamos lançar, quando do recebimento do empréstimo:
Recebimento do principal

D Bancos conta movimento (ativo) 10.000,00


D Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 2.000,00
C Empréstimos a pagar (passivo) 12.000,00

Razonetes:
Bancos Encargos a trans. Emprés. a pagar
10000 2000 12000

Apropriação dos juros


Com o transcurso de um período, lançaremos:

D Encargos financeiros (resultado) 200,00


C Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 200,00

Razonetes:
Encargos financeiros Encargos a trans.
200 2000 200

Por fim, com o pagamento do principal (a conta encargos financeiros a transcorrer vai zerar com o
tempo), lançaremos:

D Empréstimos a pagar (passivo) 12.000,00


C Bancos conta movimento (ativo) 12.000,00

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Razonetes:
Bancos Encargos a trans. Emprés. a pagar
10000 12000 2000 2000 12000 12000

Considere que há mais dinheiro no banco além desses 10.000,00 (estamos nos restringindo à
operação de empréstimo).

Sempre que o valor total da carga de juros for conhecido quando da apropriação do
empréstimo, lançaremos como encargos financeiros a transcorrer.

Atenção! A conta encargos financeiros a transcorrer registra não só o valor dos juros, mas
quaisquer despesas incorridas e diretamente relacionadas à captação dos recursos, devendo ser
apropriada pelo regime de competência.

Os encargos financeiros têm como contrapartida conta de despesa, exceto no caso de ativos
qualificáveis.
Ativos qualificáveis são aqueles que demandam substancial tempo para ficarem prontos para o
uso que se pretende dar. Se, por exemplo, está sendo construído um grande navio, que necessita
de recursos de financiamento para a sua fabricação, tendo juros embutidos no valor de R$
50.000,00, lançaremos:

D Ativos em construção encargos financeiros (ANC Imob.) 50.000,00


C Financiamentos a pagar (PC ou PNC) 50.000,00

Portanto, os encargos financeiros para ativos qualificáveis, que são aqueles que demoram um
período de tempo substancial para ficarem pronto, devem ir para o custo do ativo e não para o
resultado, como é a regra.

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(CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) Acerca de endividamento das empresas, seus custos,


itens do patrimônio líquido e demonstração do resultado abrangente, julgue o item seguinte.
A conta de despesas financeiras a vencer, decorrentes de empréstimos e financiamentos
contraídos com correção pós-fixada, registra uma despesa a ser levada para a de resultado do
exercício do ano em que a empresa contraiu a dívida.
Comentários:
A despesa deve ser levada para o resultado por competência, conforme a passagem do
tempo, e não no ano em que a empresa contraiu a dívida.
Gabarito → Errado.

2.5 - VARIAÇÕES MONETÁRIAS

Os empréstimos representam obrigações da empresa. Contudo, é conhecimento elementar da


matemática financeira que o dinheiro não é moeda constante no tempo, isto é, sofre variações.
Uma espécie desta variação é a atualização monetária. A variação monetária não deve ser tratada
como encargo financeiro. Enquanto dissemos que os encargos financeiros são compostos pelos
juros e demais despesas incorridas e diretamente relacionadas à captação de recursos, a variação
monetária se trata, tão-somente, de atualização da dívida, caso essa condição tenha sido
acordada.
O reconhecimento da variação monetária será tido através do seguinte lançamento contábil:

D Variação monetária passiva


C Empréstimos/Financiamentos a pagar

Há que se ressaltar ainda que o registro é feito diretamente à conta que registra o valor do
empréstimo. Não há necessidade de se separar em subgrupos, tal como fazemos com os encargos.

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2.6 - DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS

Entre as receitas e despesas financeiras, destacam-se juros, descontos, atualizações monetárias,


entre outras.
As despesas ou receitas financeiras incluem os juros. Todavia, segundo o FIPECAFI a variação
monetária deve ser classificada separadamente, exceto se for uma atualização monetária
prefixada, hipótese em que será classificada como despesa ou receita financeira.

Além disso, uma pegadinha recorrente em concursos é a conta juros sobre capital próprio.
Embora figure com o nome de juros, esta conta não é uma despesa financeira, mas, sim,
destinação do lucro, como forma de remuneração do capital dos sócios.
Principais contas de receitas financeiras
As principais contas de receita financeira são:
1) Descontos obtidos: São aqueles provenientes de pagamentos antecipados de duplicatas. Por
exemplo, a empresa ALFA tem uma duplicata de R$ 1.000,00 a pagar, e, caso liquide com 30 dias
de antecedência, obterá um desconto de 10%. Considerando que a empresa o fez, lançaremos:

D Duplicatas a pagar (passivo) 1.000,0


C Receitas financeiras (resultado) 100,00
C Bancos conta movimento(ativo) 900,00

Razonetes:
Duplicatas a pagar Receitas fin. BCM
1000 100 900

2) Juros ativos, juros recebidos, juros auferidos: São os juros que a empresa obtém de seus
clientes, como remuneração de seu capital, que está sendo utilizado por terceiros ou atraso de
pagamentos nas obrigações com a empresa.
O cliente Z tem uma obrigação com a minha empresa no montante de R$ 5.000,00, para
pagamento em R$ 31.01.X1. Sabe-se que o cliente só efetuou o pagamento em 31.03.X1. Incidem
juros de 10% ao mês sobre o valor da venda.
Neste caso, como houve dois meses de mora, lançaremos:

D Bancos (ativo) 6.000,00


C Duplicatas a receber (ativo) 5.000,00
C Juros ativos (resultado) 1.000,00

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Razonetes:
Bancos Duplic. a receber Juros Ativos
6000 5000 1000

3) Receitas sobre outros investimentos temporários: Registra as receitas obtidas em


investimentos como, por exemplo, letra de câmbio.
4) Aluguéis ativos: Representa os aluguéis devidos à empresa.
Principais contas de despesas financeiras:
Já as principais contas de despesas financeiras são:
1) Juros passivos, juros de empréstimos: representam os juros devidos em operações com
terceiros.
2) Descontos concedidos, desconto financeiro, desconto condicional concedido:

Atenção! Não podemos confundir o desconto condicional com o incondicional. Senão vejamos. O
desconto condicional é aquele que depende de determinada condição a ser cumprida pelo cliente,
como, por exemplo, a quitação antecipada de título de crédito, recebendo um desconto de 10%.
Neste caso, a condição para que se aufira o bônus é que o cliente antecipe o pagamento. Não o
fazendo, não receberá.
Assim, se temos uma venda já registrada de R$ 1.000,00, e o cliente antecipa o pagamento,
lançaremos:

D Bancos (ativo) 900,00


D Descontos financeiros concedidos (resultado) 100,00
C Clientes (ativo) 1.000,00

O desconto incondicional, por seu turno, é aquele concedido no momento da compra,


independentemente de condição. Este não aparece como despesa financeira, mas, sim, como
dedução da receita bruta de vendas, logo no início da demonstração do resultado do exercício.
3) Comissões passivas e despesas bancárias: São despesas cobradas pelos bancos e instituições
financeiras, sejam em operações de desconto, seja em concessões de crédito.
Além destas, temos as variações monetárias, que podem ser ativas ou passivas. O FIPECAFI manda
que sejam classificadas em grupo à parte, e não como despesa ou receita financeira. Todavia, as
bancas de concurso não o fazem assim.

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3 - JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO


Sabe-se que os dividendos representam a forma principal de remuneração do capital dos sócios.
Ao término do exercício, a regra é que se distribua parcela do lucro aos acionistas, como forma de
compensação por empregarem seu capital em determinada atividade de risco.
Outra alternativa de remuneração às ações, como forma de atrair capital para a entidade, é o
pagamento de juros sobre capital próprio (JSCP). Trata-se o JSCP de forma de remuneração
atrelada ao capital investido na sociedade.
De acordo com a Deliberação n. 207/96 da Comissão de Valores Mobiliários, inciso I, o JSCP deve
ser contabilizado como destinação do lucro, diretamente na conta lucros acumulado, sem transitar
pelo resultado do exercício. Mas, para efeito do Imposto de Renda, o JSCP deve ser contabilizado
como despesa financeira, para que possa ser dedutível.
Para resolver esse impasse, a CVM, através da Deliberação 207/96, estabelecia que as empresas
que contabilizarem os JSCP como despesa financeira deviam realizar a reversão do seu valor, na
última linha da demonstração do resultado, antes do saldo da conta de lucro ou prejuízo do
exercício (Deliberação n. 207/96 da CVM, inciso VIII). Ficava assim:

Lucro Bruto
Despesas
Receitas
Despesas Financeiras (incluindo os Juros Sobre Capital Próprio)
Resultado após o Imposto de Renda e antes das participações
(-) Participações estatutárias sobre o lucro
Debenturistas
Empregados
Administradores
Partes beneficiárias
Fundo de assistência/previdência a empregados
+ Reversão dos juros sobre capital próprio
Lucro ou prejuízo líquido do exercício

Ocorre que a deliberação 207/96 CVM foi revogada pela Deliberação CVM 683/2012, que aprovou
a Interpretação Técnica ICPC 08 (R1), do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que estabelece o
seguinte:
Juros sobre o capital próprio (JCP)

10. Os juros sobre o capital próprio JCP são instituto criado pela legislação tributária,
incorporado ao ordenamento societário brasileiro por força da Lei 9.249/95. É prática
usual das sociedades distribuírem-nos aos seus acionistas e imputarem-nos ao
dividendo obrigatório, nos termos da legislação vigente.
11. Assim, o tratamento contábil dado aos JCP deve, por analogia, seguir o tratamento
dado ao dividendo. (...)

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Portanto, para o CPC, a história de tratar o JSCP como despesa financeira, com consequente
reversão, não vale mais para provas de contabilidade para concursos! Agora, os juros sobre
capital próprio têm o mesmo tratamento que possuem os dividendos.
E será que isso já caiu em prova?

(FGV/Contador/Caruaru/2015) Assinale a opção que indica a correta evidenciação nas


Demonstrações Contábeis do Valor dos Juros sobre Capital Próprio referentes a determinado
exercício.
a) Despesas Operacionais na Demonstração do Resultado do Exercício.
b) Despesas Financeiras na Demonstração do Resultado do Exercício.
c) Dividendos na Demonstração do Resultado do Exercício.
d) Dividendos na Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido.
e) Outros Resultados Abrangentes na Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido.
Comentários:
Como dissemos, o gabarito é a letra D.
Os juros sobre capital próprio têm a mesma natureza dos dividendos. Ambos compõem a
remuneração de quem está investindo o capital na entidade.
Gabarito → D.

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4 - DEPÓSITOS JUDICIAIS
A conta depósitos judiciais é uma conta do ativo. Vez ou outra aparece assolando os concursos
que exigem contabilidade.
Conceitua-se esta conta como valores depositados por ordem judicial e que estejam subordinados
ou vinculados a uma causa ainda não transitada em julgado, ou seja, que esteja em pendência.
Suponha-se, assim, que a empresa ALFA seja devedora em determinada ação trabalhista. Como
garantia o magistrado resolve realizar o bloqueio de alguns de seus bens, através do BACEN-JUD,
no montante de R$ 15.000,00. O lançamento de tal situação ficará do seguinte modo:

D Bloqueio judicial/depósito judicial (AC ou ANC RLP) 15.000,00


C Bancos conta movimento (ativo) 15.000,00

Outro exemplo é o caso clássico da discussão de tributos em juízo. Na pendenga, pode ou não
haver o depósito do montante discutido. Suponha-se que a empresa ALFA foi autuada pelo fisco
em R$ 2.000.000,00, levando a lide ao Poder Judiciário. Tal fato deverá ser contabilizado do
seguinte modo:

D Despesas com multa tributárias (resultado) 2.000.000,00


C Obrigações tributárias a pagar (passivo) 2.000.000,00

Existindo o depósito (para se esquivar do pagamento de juros de mora), contabilizaremos pelo


seguinte lançamento:

D Depósitos judiciais (AC ou ANC-RLP) 2.000.000,00


C Bancos conta movimento 2.000.000,00

Com o julgamento do mérito, as decisões podem ser em dois sentidos.


Favorável à empresa nenhuma obrigação é devida
Lançamentos:

D Bancos conta movimento 2.000.000,00


C Depósitos judiciais 2.000.000,00
D Obrigações tributárias a pagar (passivo) 2.000.000,00
C Reversão de despesas com multas tributárias 2.000.000,00

Desfavorável à empresa a obrigação é devida


Lançamentos:

D Obrigações tributárias a pagar(passivo) 2.000.000,00


C Depósitos judiciais 2.000.000,00

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5 - DESPESAS ANTECIPADAS E RECEITAS ANTECIPADAS


Já dissemos que na contabilidade vige o chamado regime de competência, segundo o qual as
receitas e despesas são reconhecidas quando ocorrem, independentemente de pagamento ou
recebimento.
Assim, a receita de venda de uma mercadoria é reconhecida quando da entrega da mercadoria,
que é quando ocorre a tradição, a transferência da propriedade. A despesa com salários, por seu
turno, é reconhecida quando do efetivo transcurso do mês trabalhado. Uma receita de aluguel é
reconhecida quando o inquilino, por exemplo, utiliza o imóvel. Tudo isso, independentemente do
recebimento ou pagamento.
Mas pode ocorrer de a empresa receber o valor de uma venda antes que efetue a referida entrega.
Por que não?! Pode ocorrer de determinado funcionário pedir um adiantamento de salário antes
de prestar efetivamente o serviço. Pode ocorrer ainda de minha empresa antecipar (devido a um
período de bons lucros) todo o aluguel do ano subsequente. Todas essas hipóteses configuram as
chamadas despesas e receitas antecipadas. A priori deve-se compreender que elas não são
reconhecidas como receitas ou despesas tão logo recebidas, mas tão-somente quando o período a
que elas se referem chegar.
Exemplifiquemos. O cliente A paga para a empresa ALFA em 28.01.X1 a quantia de R$ 1.000,00,
para recebimento de mercadorias em 20.04.X1. A receita só será reconhecida por ALFA quando da
entrega das mercadorias ao cliente. Em contrapartida, quando o cliente efetua o pagamento à
empresa, ele passa a ter direito a receber o produto. Direito para o cliente, obrigação para
empresa.
Lançamento no recebimento em dinheiro:

D Bancos (Ativo circulante) 1.000,00


C - Adiantamento de clientes (Passivo circulante) 1.000,00

Razonetes:
Bancos (AC) Adiant. Clientes (PC)
$ 1.000,00 $ 1.000,00

Até aqui, o que a empresa tem é uma obrigação, a de entregar os produtos, já que o dinheiro já foi
recebido. Como não houve entrega, nenhuma receita é reconhecida.
No dia 20.04.X1, quando a mercadoria for entregue, devemos reconhecer a receita, pelo seguinte
lançamento:

D Adiantamento de clientes (Passivo circulante) 1.000,00


C Receita de vendas (Receitas) 1.000,00

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Razonetes:
Bancos (AC) Adiant. Clientes (PC) Receita de vendas
1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00

Esta é uma hipótese de receita antecipada.


Há que se distinguir a classificação de uma receita antecipada da conta de receitas diferidas, no
passivo não circulante. No caso da antecipação do cliente, por exemplo, será gerada uma
obrigação para a empresa, devendo ser registrada no passivo.
Todavia, o exemplo clássico de receita antecipada que seria registrada no passivo não circulante
receitas diferidas seria o aluguel recebido antecipadamente, quando não houver cláusula de
restituição. A existência de cláusula de não restituição é importante. Todavia, se algum dia fizer
prova da ESAF deve tomar cuidado. A banca considera que a simples conta aluguéis ativos a
vencer já deve ser classificada como receita diferida (o entendimento era válido para resultado de
exercícios futuros e cremos que se manterá).
Agora, falemos um pouco sobre as despesas antecipadas. Segundo a lei 6.404:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:


I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício
social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;

O termo destacado refere-se às chamadas despesas antecipadas.


Suponhamos que nossa empresa efetue, em 31.12.X1, o pagamento de R$ 12.000,00, relativo ao
seguro do prédio onde se encontram instalados todos os nossos ativos. De acordo com o regime
de competência, a despesa só será incorrida quando houver transcorrido o período a que ela se
refere. Porém, como o pagamento foi realizado antes, devemos realizar algum registro, para
refletir corretamente os efeitos econômicos reais que se passam na sociedade. O lançamento,
quando do pagamento antecipado, será:

D Despesas antecipadas adiantamento de seguro (ativo) 12.000,00


C Bancos (ativo) 12.000,00

Razonetes:
Desp. Antec. (Ativo) Bancos (Ativo)
12.000,00 12.000,00

Com o transcurso do primeiro mês, vamos lançar:

D Despesas de seguros (resultado) 1.000,00


C - Despesas antecipadas adiantamento de seguro (ativo) 1.000,00

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Razonetes:
Desp. Antec. (Ativo) Bancos (Ativo) Desp. Seguros
12.000,00 1.000,00 12.000,00 1.000,00
1.000,00
E assim por diante, até que toda a despesa seja reconhecida.

6 - FOLHA DE PAGAMENTOS: ELABORAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO


Os salários são registrados como despesa da empresa. O mesmo tratamento deve ser dado às
contribuições e encargos trabalhistas que sejam ônus do empregador.
Assim, desconsiderado outros encargos, se tenho um funcionário que custa para a empresa o valor
de R$ 5.000,00, lançaremos ao término do mês.

D Despesa com salários 5.000,00


C Salários a pagar 5.000,00

Razonetes:
Despesa com sal. Salários a pagar
5000 5000

Este lançamento é para o salário provisionado. Caso o pagamento se dê ali, no ato, lançaremos:

D Despesa com salários 5.000,00


C Caixa/Bancos conta movimento 5.000,00

Razonetes:
Despesa com sal. Bancos
5000 5000

Agora, supondo que haja a incidência de FGTS e INSS.


Neste caso, devemos nos perguntar se os encargos são do empregador ou do empregado. Sendo
do empregador, a empresa lançará como despesa, fora do montante previsto para o salário. Sendo
do empregado, a empresa apenas reterá o valor, lançando-o como obrigação no passivo e
reduzindo o montante a pagar aos empregados. Retém na condição de responsável.
Esquematizemos:

Encargos do empregador
Lança como despesa, fora do valor dos salários

Encargos do empregado
Retém o valor, reduzindo o valor a pagar para o empregado

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(ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2009) Ao elaborar a folha de pagamento relativa ao


mês de abril, a empresa Rosácea Areal Ltda. computou os seguintes elementos e valores:
Salários e ordenados R$ 63.000,00
Horas-extras R$ 3.500,00
Salário-família R$ 80,00
Salário-maternidade R$ 1.500,00
INSS contribuição Segurados R$ 4.800,00
INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00
FGTS R$ 5.320,00
Considerando todas essas informações, desconsiderando qualquer outra forma de tributação,
inclusive de imposto de renda na fonte, pode-se dizer que a despesa efetiva a ser
contabilizada na empresa será de
a) R$ 66.500,00.
b) R$ 87.230,00.
c) R$ 79.270,00.
d) R$ 77.630,00.
e) R$ 80.850,00.
Comentários:
Salários e ordenados R$ 63.000,00
+ Horas-extras R$ 3.500,00
+ INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00
+ FGTS R$ 5.320,00 = R$ 80.850,00.
O salário família e maternidade são pagos pela empresa, porém, restituídos à empresa pelo
Estado! O lançamento do salário-família e salário-maternidade se dá do seguinte modo:
D INSS a recolher (passivo circulante)
C Salários a pagar (passivo circulante)
No histórico, especifica-se que se trata de recolhimento para o salário família.
O INSS dos segurados é despesa efetiva do próprio empregado, e, portanto, não deve ser
contabilizado como despesa da empresa.

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Gabarito → E.
Vejamos o assunto com mais detalhes.

6.1 - VALOR DA FOLHA DE PAGAMENTOS

O custo da mão de obra deve incluir todos os encargos sociais, a provisão de férias e a provisão de
décimo terceiro salário. Mas, naturalmente, para concursos, a questão pode indicar apenas alguns
encargos. Devemos sempre seguir as instruções da questão.
Vamos ver rapidamente o cálculo das provisões de férias e décimo terceiro, e dos encargos sociais.

6.2 - ENCARGOS SOCIAIS

Os principais encargos são o INSS e o FGTS.


INSS: Há dois tipos de recolhimentos que as empresas realizam, para o INSS:
6.2.1 - INSS retido do funcionário
As empresas descontam dos funcionários a contribuição previdenciária sobre o salário recebido, e
posteriormente repassa o valor para o INSS. Não é despesa da empresa. Essa parcela do
recolhimento ao INSS é devida pelo empregado. A empresa apenas desconta e repassa.
O percentual de desconto varia de 8% a 11%, conforme a faixa salarial do funcionário. Este valor
não é incluído na provisão para férias, pois não é encargo da empresa.
Vamos ver como ficaria a contabilização do pagamento de salário no valor de R$ 1.000,00, com
retenção do INSS de 9%:

D Despesa de salário 1.000


C INSS retido a recolher (Passivo) 90
C Salários a pagar (Passivo) 910

Razonetes:
Despesa de salário INSS retido a recolher Salários a pagar
1000 90 910

Vejam que não foi considerado este valor como despesa, já que o valor é ônus do empregado.
Temos de descontar do valor a pagar e recolher para o Governo.
Pelo pagamento do salário:

D Salário a pagar 910


C Caixa 910

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Razonetes:
Despesa de salário INSS retido a recolher Salários a pagar
1000 90 910 910

Caixa
910

Pelo recolhimento do INSS:

D INSS retido a recolher 90


C Caixa 90

Razonetes:
Despesa de salário INSS retido a recolher Salários a pagar
1000 90 90 910 910

Caixa
910
90

Como se observa, o INSS dos funcionários não é despesa para a empresa; e também não afeta o
valor das despesas de salários (a empresa apenas desconta e repassa, nada mais).
6.2.2 - INSS patronal
Constitui um encargo (despesa) da empresa, que deve recolher 20% do valor da folha salarial ao
INSS.
6.2.3 - FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço)
Também é encargo da empresa. Corresponde a 8% do valor do salário. O FGTS fica depositado
numa conta, em nome do funcionário, e pode ser retirado quando o funcionário é demitido, ou em
certos casos: compra de imóvel, doença, etc.
Há ainda outras contribuições, como o Seguro de Acidentes de Trabalho, Sebrae, Sesc, Senai, etc.
Algumas são variáveis, como o SAT (seguro de acidente do trabalho), cuja alíquota depende do
grau de risco da atividade.
Mas normalmente as questões informam o percentual de encargos sociais que deve ser
considerado.

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INSS patronal

Encargo da empresa

FGTS

Encargo do
INSS dos funcionários
trabalhador

6.3 - PROVISÃO PARA PAGAMENTO DE FÉRIAS

Entre os direitos dos funcionários, encontra-se o direito às férias, após trabalhar um ano. Mas,
contabilmente, deve ser reconhecido 1/12 por mês, para observar o Regime da Competência.
A legislação estabelece que o funcionário tem direito às férias, após um ano de trabalho; se for
demitido antes de um ano, a empresa deve pagar férias proporcionais. Ou seja, o funcionário
demitido após 9 meses de trabalho tem direito a 9/12 do salário, referente às férias proporcionais.
E “
do salário, pois, se ele estivesse de férias, receberia o salário normal, mesmo que não trabalhasse.
A provisão de férias é dedutível para efeito de Imposto de Renda, e deve ser calculada
individualmente para cada funcionário.
A contagem de dias de férias a que o funcionário tem direito na data do enceramento das
demonstrações financeiras será efetuada da seguinte forma:
1) Nos casos de períodos completos, após 12 meses de trabalho, o funcionário terá direito a férias
na seguinte proporção:

Até 5 faltas 30 dias corridos


De 6 a 14 faltas 24 dias corridos
De 15 a 23 faltas 18 dias corridos
De 24 a 32 faltas 12 dias corridos
Acima de 32 faltas perde o direito às férias.

2) Período incompleto: deverá ser constituída provisão para pagamento das férias proporcionais,
com base em 1/12 avos do salário mais encargos por mês ou fração superior a 14 dias.
Além do salário, devem ser também provisionados os encargos e o adicional de férias (um terço).
Abono de férias: Ao sair de férias, o funcionário tem direito ao Abono de férias, no valor de 1/3 do
salário. O abono deve ser somado ao salário, para cálculo dos encargos sociais.
Exemplo: Vamos considerar um funcionário com salário de R$ 1.000 reais e com direito a 10/12
avos de férias. A provisão de férias, com abono e encargos, ficaria assim

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Observação: vamos calcular apenas o INSS patronal, de 20%, e o FGTS, de 8%, como encargos.
Salário 1.000,00
Base para provisão (10/12 avos) 833,00
Abono de férias (1/3) 277,67
Subtotal 1.110,67
INSS (20%) 222,13
FGTS (8%) 88,85
Total Provisão férias 1.421,65
Esse cálculo deve ser feito para todos os funcionários, um a um. A contabilização, para os
funcionários da produção, entra como custo de mão-de-obra; para os outros funcionários, como
despesa:
Funcionários da produção:

D Custo de Mão de obra provisão de férias 1.421,65


C Provisão de Férias (passivo circulante) 1.421,65

Outros funcionários (escritório)

D Despesa admin. provisão de férias (resultado) 1.421,65


C Provisão de Férias (passivo circulante) 1.421,65

Observação: A empresa pode contabilizar separadamente cada parcela da provisão de férias


(férias, abono, INSS a Recolher, FGTS a recolher) ou pode contabilizar um valor total e manter um
controle à parte, extra-contábil.

6.4 - PROVISÃO PARA PAGAMENTO DE 13º SALÁRIO

É semelhante à provisão para férias. Deve ser apropriado 1/12 avos do salário por mês, mais
encargos.
A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será considerada como mês integral.
A provisão para 13º é contabilizada como custo, para os funcionários da produção; e como
despesa, para os outros funcionários.
Os encargos (INSS e FGTS) também devem ser provisionados.

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6.5 - SALÁRIO MÍNIMO E VALE TRANSPORTE

A seguir, o valor do salário mínimo de anos recentes:

Data Valor mensal


01.01.2018 R$ 954,00
01.01.2017 R$ 937,00
01.01.2016 R$ 880,00
01.01.2015 R$ 788,00
01.01.2014 R$ 724,00
01.01.2013 R$ 678,00
01.01.2012 R$ 622,00

É crueldade, mas algumas bancas costumam pedir questões e não dão o valor do salário mínimo.
Portanto, o candidato deve saber pelo menos de uns dois ou três anos recentes.
Quanto ao vale transporte, funciona da seguinte forma: a empresa paga o valor que o funcionário
gasta com transporte público (ônibus, metrô) e desconta 6% do salário do funcionário.
Vale transporte

Tem descontado 6% do
Empregado
valor do SALÁRIO

Lança como despesa a


Empresa
diferença

Por exemplo, se determinado funcionário gasta R$ 260,00 por mês e tem salário de $2.000,00 a
empresa desconta 6% do salário (120 reais) e considera o excesso (260 120 = 140) como despesa
com vale transporte (vai compor as despesas com folha de pagamento).

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Salário do funcionário R$ 2.000,00


Total da despesa com transporte R$ 260,00
Pode descontar do funcionário 6% x 2.000 = R$ 120,00
Despesa da empresa R$ 260,00 R$ 120,00 = R$ 140,00

Vamos praticar?

(FUNDATEC/CAGE/RS/Auditor do Estado/2014) Numa determinada empresa, o vale


transporte é concedido a alguns colaboradores que o solicitaram por ocasião da assinatura do
contrato de trabalho. Um determinado funcionário recebe a importância mensal de R$
1.600,00 e utiliza 4 vales transportes por dia de trabalho para deslocar-se de sua residência
até o seu local de trabalho. Cada vale transporte custa R$ 2,85. Para o mês de janeiro de
2013, este funcionário recebeu a quantia relativa a 22 dias de trabalho. O valor que o Setor
de Pessoal procederá o desconto em folha de pagamento relativo ao vale transporte deste
funcionário será:
A) R$ 96,00
B) R$ 125,40
C) R$ 250,80
D) R$ 342,00
E) R$ 346,80
Comentários
O valor total do vale transporte no mês de janeiro para esse funcionário é de R$ 2,85 x 4 x 22
dias = R$ 250,80. O valor que a empresa pode descontar do salário do funcionário é
$1.600,00 x 6% = R$ 96,00 (Gabarito da questão).
A diferença de $258,80 - $96,00 = $154,80 é despesa da empresa.
Gabarito → A

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7 - APLICAÇÕES FINANCEIRAS
Já vimos, nas aulas anteriores, como classificar e contabilizar as aplicações financeiras. Veremos, a
seguir, dois aspectos que costumam levantar dúvidas. O primeiro refere-se à contabilização dos
rendimentos financeiros.
Quando o valor dos juros já é conhecido no momento da aplicação (juros pré-fixados), devemos
incluí-los na contabilização, como juros ativos a vencer (ou rendimentos a apropriar ou juros a
apropriar).
Exemplo: A empresa KLS efetuou uma aplicação financeira, no valor de 10.000, com prazo de 5
meses, e irá resgatar 11.000 ao final. Efetue a contabilização:
Na aplicação: ==8a884==

D Aplicações financeiras (Ativo) 11.000


C Juros Ativos a Transcorrer (retificadora do ativo) 1.000
C Bancos (Ativo) 10.000

Pela apropriação mensal dos rendimentos (vamos usar juros simples, para facilitar os cálculos. Mas
o correto é usar o método exponencial):

D - Juros Ativos a Transcorrer (retificadora do ativo) 200


C Receitas Financeiras Juros ativos (Resultado) 200

A J A
o seu valor foi transferido para Receita financeira). A contabilização, quando do recebimento, fica
assim:

D Banco (Ativo) 11.000


C - Aplicações financeiras (Ativo) 11.000

Observação 1: Essa forma de contabilização, com o uso da conta retificad J


T
pré-fixados.
Observação 2: Por que juros ativos a transcorrer não é conta de resultado?
- O que é receita é XXXXXX ativo.
- XXXXXX ativo a vencer não é receita.
- XXXXXX ativo a receber não é receita
- XXXXXX ativo qualquer outra coisa" não é receita.
- O que é receita é XXXXXX ativo (sem mais nada depois de ativo).

Juros pós fixados: neste caso, não sabemos a priori qual será o valor dos rendimentos. Portanto,

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Exemplo: A empresa KLS efetuou uma aplicação financeira, no valor de 10.000, que irá render a
variação da taxa SELIC, no prazo de 5 meses.
Contabilização: No momento inicial, não sabemos qual será a taxa SELIC. Portanto, a contabilização
será a seguinte:

D Aplicações financeiras (Ativo) 10.000


C Bancos (Ativo) 10.000

Após um mês, digamos que a Taxa Selic tenha sido de 1%.


Cálculo dos juros: 10.000 x 1% = 100
Contabilização:

D Aplicação Financeiras (Ativo) 100


C Receitas financeiras (Resultado) 100

Este lançamento se repete mês após mês. Digamos que o valor dos juros, ao final dos 5 meses, seja
de 800. Assim, o valor da conta Aplicação Financeira seria de 10.800. O recebimento da aplicação
deve ser contabilizado assim:

D Banco (Ativo) 10.800


C - Aplicações financeiras (Ativo) 10.800

Encargos financeiros: Vamos estudar agora uma importante alteração ocorrida na contabilização
dos encargos financeiros.
Conforme o Pronunciamento CPC 08 Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e
Valores Mobiliários:

Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos de transação,
prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual representa a diferença entre
os valores recebidos e os valores pagos (ou a pagar) a terceiros.

Assim, os encargos financeiros passam a incluir, além das despesas de juros, todas das despesas (e
receitas) relativas à operação de captação, como taxas e comissões, prêmios recebidos, despesas
com consultores financeiros, auditores, advogados, etc.
Antes tais despesas eram contabilizadas diretamente no resultado.
Atualmente, con M C “ FIPECAFI
registrado no momento inicial da captação de recursos junto a terceiros deve corresponder aos

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valores líquidos recebidos pela entidade, sendo a diferença entre os valores pagos e a pagar
tratada como encargos financeiros.
Tais encargos devem ser apropriados ao resultado em função do prazo da operação.
Ressaltamos que, no caso de passivo classificado e avaliado pelo valor justo, com contrapartida
diretamente no resultado, os encargos são amortizados na primeira avaliação ao valor justo, e não
ao longo do prazo da operação.

(FCC/TRE AP/Analista Judiciário/Contabilidade) A empresa Financia Tudo S. A. é uma


companhia de capital aberto e, em 31/10/2010, realizou duas operações:
I. Aquisição de um caminhão, por meio de arrendamento mercantil financeiro, para ser pago
em 36 prestações mensais de R$ 5.000,00 cada. No entanto, se a empresa pagasse o
caminhão à vista pagaria R$ 144.000,00.
II. Obtenção de empréstimo no valor de R$ 50.000,00 para ser pago em 18 meses, em
parcelas de R$ 3.335,11, com taxa de juros composta de 2% a. m. Para conceder o crédito, a
instituição financeira cobrou no ato da contratação R$ 1.500,00.
Com base nessas informações, as duas operações em conjunto provocaram um aumento de
A) R$ 48.500,00 no ativo.
B) R$ 192.500,00 no passivo.
C) R$ 194.000,00 no passivo.
D) R$ 228.500,00 no ativo.
E) R$ 230.000,00 no passivo.
Comentários:
I. Aquisição de um caminhão, por meio de arrendamento mercantil financeiro, para ser
pago em 36 prestações mensais de R$ 5.000,00 cada. No entanto, se a empresa pagasse o
caminhão à vista pagaria R$ 144.000,00.
Contabilização no momento inicial:
D - Imobilizado Caminhão 144.000
D - Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 36.000
C - Arrendamento mercantil a pagar (passivo) 180.000
II. Obtenção de empréstimo no valor de R$ 50.000,00 para ser pago em 18 meses, em
parcelas de R$ 3.335,11, com taxa de juros composta de 2% a. m. Para conceder o crédito, a
instituição financeira cobrou no ato da contratação R$ 1.500,00.
Valor líquido recebido 48.500 (50.000 1.500)
Valor a pagar 60.031,98 (3.335,11 x 18)

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Encargos a transcorrer 10.031,98 + 1.500,00


Os 10.031,98 representam a diferença entre o valor dos juros e o valor captado de R$
50.000,00.
Contabilização no início:
D Caixa 48.500,00
D - Encargos financeiros a transcorrer (retificadora do passivo) 11.531,98
C - Empréstimos a pagar (Passivo) 60.031,98
Ativo: +144.000 48.500 = 192.500
Passivo: -36.000 + 180.000 11531,98 + 60.031,98 = 192.500
Alertamos que, antes das alterações, o valor de $1.500,00, cobrado pela instituição financeira
para conceder o crédito seria contabilizado diretamente no Resultado, como despesa. Agora,
fica dentre de encargos financeiros a transcorrer, para ser apropriada pelo prazo do
empréstimo.
Gabarito → B

8 - OPERAÇÕES COM MERCADORIAS


As questões de operações com mercadorias envolvem basicamente conhecimento da avaliação
dos estoques, operações que envolvem a parte inicial da DRE (da receita bruta até o lucro bruto e
apuração do CMV), tributação sobre as mercadorias e inventário periódico e permanente.

8.1 - RESULTADO BRUTO COM MERCADORIAS

O resultado bruto com mercadorias, ou resultado com mercadorias equivale ao lucro bruto na
Demonstração do Resultado.

Receita Bruta
(-) Deduções da Receita
- Devoluções de Vendas
- Cancelamento de Vendas
- Descontos incondicionais concedidos
- Abatimentos concedidos
- Impostos sobre vendas (ICMS, PIS e COFINS)
- Ajuste a Valor Presente de Clientes
(=) Receita Líquida
(-) Custo das Mercadorias Vendidas
(=) Lucro Bruto OU Resultado com Mercadorias.

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8.2 - CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS

Vamos começar falando sobre o custo da mercadoria vendida e do critério de avaliação do ativo.
8.2.1 - AVALIAÇÃO DO ESTOQUE

Custos do estoque
10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua
condição e localização atuais.
Custos de aquisição
11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de
importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os
custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de
produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros
itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR)
(Nova Redação dada pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)

Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:


1) Preço de compra
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis).
Os tributos recuperáveis são:
a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)
b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não
cumulativa)
3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição.
Esquematizemos:

Custo do estoque inclui:


Preço de compra
Impostos de importação e outros tributos (exceto recuperáveis)
Custo de transportes
Seguro
Manuseio
Custos diretamente atribuíveis
Não inclui
Tributos recuperáveis (MP: IPI, ICMS, PIS, COFINS não cumulativos.
Revenda: ICMS, PIS, COFINS não cumulativos)
Descontos comerciais
Abatimentos

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As devoluções, os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de


aquisição.

(CESPE/MPU/Finanças e Controle/2015) Julgue o item que se segue, relativo à contabilização


dos itens do ativo e do passivo.
O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação
bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e à sua localização
atuais.
Comentários:
Cópia do Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1) Estoque:
Custos do estoque
10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação,
bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização
atuais.
Gabarito → Correto.
8.2.2 - DEVOLUÇÕES

A nota fiscal de devolução deve ser um espelho da nota fiscal de venda, incluindo todos os itens
que nela aparecem.
Exemplo: vamos supor que a empresa KLS vendeu 10 unidades do produto X pelo preço unitário de
R$ 100, com IPI de 10% e ICMS de 18%. Além disso, concedeu um desconto comercial, que constou
na Nota Fiscal, de 20%.
A nota fiscal de venda fica assim:

Cálculo da Nota Fiscal


10 unidades x preço unitário R$ 100,00 $ 1.000,00
(-) Desconto comercial concedido $ (200,00)
IPI (tributo por fora - 1.000 x 10%) $ 100,00
ICMS (tributo por dentro - 800 x 18%) $ 144,00
Valor total da nota (1.000 + 100 - 200) $ 900,00

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Atenção! Por que o ICMS não foi somado no valor total da nota?
O ICMS é um tributo por dentro. Portanto, ele já está incluso nos R$ 1.000,00.
Diferentemente do IPI, que é um tributo por fora. Ele deve ser somado ao preço da
mercadoria.

A empresa compradora devolve duas unidades. A nota fiscal de devolução ficará assim:

Cálculo da Nota Fiscal de Devolução


2 unidade x preço unitário R$ 100,00 $ 200,00
(-) Desconto comercial concedido $ (40,00)
IPI (200 x 10%) $ 20,00
ICMS (160 x 18%) $ 28,80
Valor total da nota de devolução (200 + 20 - 40) $ 180,00

Repare que o total da NF de devolução corresponde a 20% do valor total da NF de venda, o que
está de acordo com a quantidade devolvida (2 unidades de uma venda de 10 unidade).
SE na NF de venda constar desconto incondicional ou comercial, na NF de devolução também deve
constar.
Entretanto, se constar frete na NF de vendas e houver devolução parcial, o frete das unidades
devolvidas deve sair do estoque, sendo transferido para o resultado, como despesa do exercício.

8.2.3 - DESCONTOS COMERCIAIS OU INCONDICIONAIS


São aqueles que são negociados no momento da compra, sem nenhuma condição. Exemplo:
determinada mercadoria custa 100 reais a unidades, mas, na negociação, acaba saindo por 95
reais. O vendedor concede um desconto de 5 reais, para realizar a venda. Esse tipo de desconto
deve ser deduzido do custo do produto. Além disso, quando constar na nota fiscal, o desconto
incondicional é abatido da base de cálculo do ICMS, do PIS/COFINS e do IPI.

(FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2014) Em dezembro de 2008, uma empresa vendeu


mercadorias por R$ 600.000 para recebimento em 90 dias. Na data da negociação, foi
estabelecido um desconto comercial de 10% da venda e um desconto adicional de 5% caso o
cliente pagasse na data acordada. O cliente costuma pagar no prazo correto, sendo muito
provável que receba o desconto adicional. A empresa paga a seus vendedores comissão de
20% das vendas. Além disso, o custo da mercadoria vendida foi de R$ 200.000. Considerando
que a empresa é isenta do pagamento do PIS e do COFINS, e que a alíquota incidente do
ICMS é de 18%, a receita líquida, em 31/12/2008, foi de:

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(A) R$ 242.800,00.
(B) R$ 418.200,00.
(C) R$ 432.000,00.
(D) R$ 442.800,00.
(E) R$ 492.000,00.
Comentário:
Vamos demonstrar a Receita Líquida:
Receita Bruta 600.000,00
Desconto comercial - 60.000,00
ICMS sobre vendas - 97.200,00
Receita Líquida 442.800,00

O desconto comercial é abatido da base de cálculo do ICMS. Fica assim:


$600.000 - $60.000 = $ 540.000
$540.000 x 18% = $97.200,00
O outro desconto, o adicional, é chamado de desconto financeiro ou desconto condicional e é
considerado como despesa financeira. Ele ficará situado mais abaixo, na demonstração do
resultado do exercício.
Gabarito → D

Atenção! O Senado Federal, por meio da Resolução nº 01/2017 (DOU de 09/03) suspendeu a
execução do § 2º do art. 14 da Lei nº 4.502 de 1964, com a redação conferida pelo art. 15 da Lei nº
7.798 de 1989, declarado inconstitucional por decisão definitiva proferida pelo Supremo Tribunal
Federal nos autos do Recurso Extraordinário nº 567.935, quanto à previsão de inclusão dos
descontos incondicionais na base de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Portanto, os descontos incondicionais DEVEM ser excluídos da base de cálculo do IPI, da mesma
forma que já acontecia com ICMS. Ainda não vimos esse novo entendimento ser cobrado em
provas.
Como as bancas ainda não estão cobrando, não sabemos como virá na prova, temos de esperar um
precedente, infelizmente. Por isso o exemplo anterior foi calculado da forma antiga, sobre o valor
cheio.

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8.2.4 - ABATIMENTO
O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma loja fecha um pedido
de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a mercadoria, a cor está diferente do que foi
pedido.
Nesse caso, o vendedor pode conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida.
Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Nesse caso, a Nota Fiscal é emitida por 100 reais
a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas 97 reais (sem considerar impostos ou outros
custos).
Como lançar o abatimento? Imagine a seguinte situação. A empresa faz a venda a prazo de 100
unidades de mercadoria por R$ 20,00/unidade.
Lançamento:

D - Clientes R$ 2000
C - Receita de Vendas R$ 2000

Porém, em virtude de problemas no envio e para não cancelar totalmente a compra, a empresa
concede um abatimento de 200 reais.
Lançamento

D - Abatimento sobre vendas - Resultado - Retificadora da Receita Bruta 200


C- Clientes 200

8.2.5 - FRETE
O custo do transporte integra o preço da mercadoria, quando o valor for pago pelo comprador.
Se a despesa for por conta e risco do vendedor, então não há ônus para o comprador.
Algumas considerações importantes!
1) ICMS sobre frete: para a contabilidade, só destacamos ICMS sobre frete se a questão mencionar
expressamente. Do contrário, não. Não é um aspecto muito usual em questões de contabilidade,
somente em questões de legislação tributária do ICMS.
2) Há diferença no tratamento contábil se o transporte for do próprio fornecedor (em um
caminhão próprio, por exemplo) ou de transportadora?
Não. O frete sobre compras entra no custo do produto transportado, seja por transportadora ou
pelo fornecedor.
3) Qual o lançamento correto relativo à parte que acerta o frete na devolução de mercadorias?
O frete referente às unidades devolvidas deve ser retirado do estoque e vai para o resultado,
como despesa.

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O lançamento é o seguinte:

D Despesa com frete (Resultado)


C - Estoque

4) Este raciocínio vale também para despesas de manuseio, seguros, já que o CPC 16 dá a elas o
mesmo tratamento?
Sim. Do contrário, a empresa ficaria com o estoque maior indevidamente.

8.3 - TRIBUTOS RECUPERÁVEIS

São os tributos não cumulativos, ou seja, a empresa pode se creditar (no sentido jurídico) do
imposto cobrado nas operações anteriores. Compreendem o IPI, o ICMS, o PIS e o COFINS.
IPI Imposto sobre Produtos Industrializados: É um , o que significa que não
está incluído no preço do produto. Portanto, deve ser acrescentado ao preço. Normalmente, a
questão informa qual a alíquota que deve ser considerada ou o valor do IPI. Então, portanto, a
questão vai dizer: o preço de venda foi R$ 100,00 e o IPI tem alíquota de 10%. O total será de R$
110,00, correspondente ao preço da mercadoria + IPI, que é por fora.
ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: é um , ou seja,
já está incluso no preço da mercadoria ou produto. Possui várias alíquotas, sendo que
normalmente a questão informa qual deve ser utilizada.
PIS P I “ É E
cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são:

Cumulativa: 0,65 %
Não-cumulativa: 1,65 %

COFINS C “ “ É E
cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são:

Cumulativa: 3,0 %
Não-cumulativa: 7,6 %

Observação: como estamos interessados nos aspectos contábeis, não entraremos em


maiores detalhes sobre os tributos, os quais podem ser estudados em Direito Tributário.

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Quadro resumo dos tributos

8.3.1 - IMPOSTO POR DENTRO E POR FORA


I . Vamos detalhar a forma de cálculo do IPI (por fora) e do ICMS
(por dentro).
Normalmente, as questões informam o preço da mercadoria ou o preço da compra. O preço inclui
o ICMS (imposto por dentro), mas não inclui o IPI (imposto por fora).
Exemplo: A empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, ao preço de R$ 1.000 reais, com
incidência de ICMS de 18% e IPI de 10%. Indique a contabilização.
Cálculo do imposto:
IPI: 1.000 x 10% = 100.
Como o IPI não está incluído no preço, deve ser somado.
Valor da Nota Fiscal: 1.000 + IPI 100 = $ 1.100
ICMS: 1.000 x 18% = 180
Contabilização (considerando que os dois impostos são recuperáveis):

D Estoque matéria prima 820


D ICMS a recuperar 180
D IPI a recuperar 100
C Fornecedores 1.100

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Razonetes:
Estoque de MP ICMS a recuperar IPI a recuperar
820 180 100

Fornecedores
1100

Já mencionamos que o preço da mercadoria inclui o ICMS, mas não o IPI. Mas devemos atentar

este já inclui o IPI.


Esquematizemos:

Inclui o ICMS e e não inclui o IPI


Preço da mercadoria, preço da compra

Incluiu o ICMS e o IPI


Valor da nota fiscal, valor pago

Explicando melhor:
1) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria ao preço total de R$ 1.000,
com ICMS de 18% e IPI de 10%.
Qual foi o valor total da Nota fiscal?
R: O preço inclui o ICMS (que é "por dentro") e não inclui o IPI ("por fora"). Assim, o total da NF
será: 1.000 + 10% de IPI = R$ 1.100,00
2) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria pagando o total de 1.000,00,
com ICMS de 18% e IPI de 10%.
Qual foi o valor total da Nota fiscal?
R: Se o comprador pagou R$ 1.000,00, este é o valor total da NF, já com 10% de IPI incluso.
Vamos ver, agora, como fica a contabilização do ICMS.
A empresa KLS comprou mercadorias, no valor de R$ 10.000,00, as quais foram revendidas
por R$ 15.000. Nas operações de compra e venda, incidiu ICMS à alíquota de 18%. As
operações foram realizadas a vista. Efetue a contabilização das operações, determine o valor
do ICMS a Recolher e apure o lucro bruto.
Comentários:
ICMS sobre as compras: 10.000 x 18% = 1.800
ICMS sobre as vendas: 15.000 x 18% = 2.700

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Contabilização da compra da mercadoria:


D Estoque (Ativo) 8.200
D ICMS a recuperar (Ativo) 1.800
C Caixa/bancos (Ativo) 10.000
Razonetes:
Estoques ICMS a recuperar Caixa
8200 1800 10000

Contabilização da venda:
Baixa do estoque:
D Custo da mercadoria vendida (resultado) 8.200
C Estoque (Ativo) 8.200
Razonetes:
Estoques ICMS a recuperar Caixa
8200 8200 1800 10000

CMV
8200

Reconhecimento da Receita:
D Caixa/bancos(Ativo) 15.000
C Receita de Vendas (Resultado) 15.000
Razonetes:
Estoques ICMS a recuperar Caixa
8200 8200 1800 15000 10000

CMV Receita de Vendas


8200 15000

Contabilização do ICMS sobre as vendas:


D Despesa com ICMS (Resultado) 2.700
C ICMS a Recolher (Passivo) 2.700

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Razonetes:
Estoques ICMS a recuperar Caixa
8200 8200 1800 15000 10000

CMV Receita de Vendas ICMS sobre vendas


8200 15000 2700

ICMS a recolher
2700

Cálculo do ICMS a recolher: devemos confrontar o saldo das duas contas de ICMS (a
recuperar x a recolher). Se a conta ICMS a recuperar for maior, o saldo passa para o próximo
mês. Se a conta ICMS a recolher for maior, a empresa deve recolher a diferença entre as
contas. Para isso, vamos transferir o saldo do ativo (ICMS a recuperar) para o passivo (ICMS a
recolher).
D ICMS a recolher (passivo) 1.800
C ICMS a recuperar (Ativo) 1.800
Após esse lançamento, a conta ICMS a recuperar fica com saldo zero, e a conta ICMS a
Recolher fica com saldo de $2.700 - $1.800 = $900.
Pelo recolhimento:
D ICMS a Recolher 900
C Caixa/bancos 900
Razonetes:
Estoques ICMS a recuperar Caixa
8200 8200 1800 1800 15000 10000
900

CMV Receita de Vendas ICMS sobre vendas


8200 15000 2700

ICMS a recolher
1800 2700
900
Repare que a empresa recolheu ICMS apenas sobre a diferença entre o preço de compra e o
preço de venda. Esse é o mecanismo da não-cumulatividade. O imposto destacado nas
operações anteriores é abatido do valor a recolher.

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Apuração do Lucro Bruto:


Receita de vendas bruta 15.000
(-) ICMS sobre vendas (2.700)
Receita líquida 12.300
(-) CMV (8.200)
Lucro Bruto 4.100
As bancas costumam cobrar apenas ICMS e IPI, nas questões sobre compra de matéria-prima e/ou
mercadorias. Mas vamos examinar também a incidência de PIS e COFINS.

MUITO IMPORTANTE!
O Supremo Tribunal Federal entendeu, em 2017, que o ICMS não deve integrar a base de cálculo
do PIS/COFINS, uma vez que não compõe o faturamento da empresa.
Foi reconhecido repercussão geral no assunto. Para provas de direito, o novo entendimento já está
sendo cobrado de imediato. Contudo, ainda não houve qualquer alteração legislativa.
Enquanto não houver uma manifestação do Senado Federal no sentido de sustar os dispositivos
julgados inconstitucionais pelo Supremo ou quando tivermos um posicionamento mais claro,
acreditamos que deve ser mantido em provas de contabilidade o procedimento atual, de calcular o
valor do PIS/COFINS, em regra, sobre o valor da receita bruta. Mas vamos demonstrar aqui as duas
formas de cálculo.
Vejam como caiu para noções de direito de Auditor Júnior da Petrobras.
(CESGRANRIO/Auditor Júnior/Petrobras/2018) Após muito debate, o Supremo Tribunal Federal
decidiu que não deve ser incluída na base de cálculo do PIS e da Cofins o Imposto
(A) de renda
(B) de importação
(C) sobre circulação de mercadoria e serviços
(D) sobre a propriedade intelectual
(E) sobre a energia elétrica
Gabarito → C.

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8.4 - COMPRA DE MATÉRIA PRIMA

A empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, com preço de $ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS
de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%.
Determine a contabilização.
IPI (100.000 x 10%) 10.000
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (100.000 x 1,65%) 1.650
COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600

OBS: Usaremos sempre esse formato de cálculo. A partir do preço da mercadoria


(segunda linha na tabela), o IPI irá aumentar o valor da nota
lembra?). Por isso, colocamos o cálculo do IPI acima do preço da mercadoria. Já o ICMS,
PI“ COFIN“
da nota fiscal.

Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000


Nesse caso, por se tratar de matéria-prima, portanto, destinada à produção, o IPI é recuperável.
O valor do estoque é:
110.000 10.000(IPI) 18.000 1.650 -7.600 = 72.750
Assim, a contabilização é a seguinte:

D Estoque 72.750
D IPI a recuperar 10.000
D ICMS a recuperar 18.000
D PIS a recuperar 1.650
D COFINS a recuperar 7.600
C Fornecedores 110.000

Cálculo excluindo o ICMS da base do PIS/Cofins.


IPI (100.000 x 10%) 10.000
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (82.000 x 1,65%) 1.353
COFINS (82.000 x 7,6 %) 6.232

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8.5 - COMPRA DE ATIVO IMOBILIZADO

A empresa LKS adquiriu uma máquina a prazo, para uso na produção, diretamente do fabricante,
com preço de R$ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%.
Determine a contabilização.
O ICMS não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos
industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à
industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos.
Atenção! No caso acima, em síntese, ficamos assim. Base de cálculo do ICMS:
- Se a mercadoria foi comprada para industrialização ou comercialização: não inclui o IPI na
BC do ICMS.
- Se a mercadorias foi comprada para consumo/imobilizado: inclui o IPI na BC do ICMS.

Industrialização ou Não inclui o IPI


Comercialização na BC do ICMS
Mercadoria Comprada
Consumo/ Inclui o IPI
Imobilizado na BC do ICMS

Neste caso, com se trata de aquisição de Ativo Imobilizado (não é matéria-prima destinada à
industrialização e nem mercadoria destinada à comercialização), o IPI será incluído na base de
cálculo do ICMS.
O IPI também será incluído na base de cálculo do PIS e COFINS, para o adquirente.
IPI (100.000 x 10%) 10.000
Preço do Imobilizado (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (110.000 x 18%) 19.800
PIS (110.000 x 1,65%) 1.815
COFINS (110.000 x 7,6 %) 8.360
Vejam que nós somamos o IPI para achar o valor do ICMS e do PIS/COFINS.
Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000
Nesse caso, o IPI não é recuperável.

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O valor do imobilizado é: 110.000 19.800 1.815 8.360 = 80.025


Assim, a contabilização é a seguinte:

D Imobilizado 80.025
D ICMS a recuperar 19.800
D PIS a recuperar 1.815
D Cofins a recuperar 8.360
C Fornecedores 110.000

A Lei Complementar 87/96 (Lei Kandir) estabelece que a aquisição de ativo imobilizado também dá
direito aos créditos de ICMS. Mas a compensação deve ser feita em 48 meses, ou seja, o valor do
ICMS na aquisição será compensado na proporção de 1/48 avos por mês.

Cálculo excluindo o ICMS da base do PIS/Cofins.


IPI (100.000 x 10%) 10.000
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (110.000 x 18%) 19.800
PIS (90.200 x 1,65%) 1.488
COFINS (90.200 x 7,6 %) 6.855

Com relação ao PIS e COFINS: as máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo
imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros ou para utilização na produção de
bens destinados à venda ou na prestação de serviços dão direito ao crédito do PIS e COFINS, na
modalidade não cumulativa.
Para as aquisições ocorridas a partir de julho de 2012, o comprador poderá se creditar
imediatamente do PIS/COFINS.

ICMS recuperável 1/48 por mês

Compra de Imobilizado

PIS/COFINS recuperáveis Imediatamente

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8.6 - COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL (AQUISIÇÃO DE INDÚSTRIA)

A empresa KLS adquiriu mercadoria a prazo, diretamente do fabricante, com preço de $


100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%.
Determine a contabilização.
Neste caso, o IPI não é recuperável. Vejam. Estamos comprando mercadoria de uma indústria
para revender. Como se trata de mercadoria destinada à comercialização, o IPI não entra na base
de cálculo do ICMS.
Mas, como será incorporado ao custo do estoque, o IPI entra na base de cálculo do PIS e do
COFINS. Chamamos a atenção para esse caso, em particular. A base de cálculo do ICMS será
diferente da base de cálculo do PIS e COFINS.

IPI não é recuperável

Comprada de Industrial

Compra de Mercadoria para IPI não entra


Revenda na BC do ICMS

IPI entra na BC do
PIS/COFINS

Vamos aos cálculos:


IPI (100.000 x 10%) 10.000
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (110.000 x 1,65%) 1.815
COFINS (110.000 x 7,6 %) 8.360
Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000
Nesse caso, o IPI não é recuperável. O ICMS e o PIS/COFINS sim.
O valor do estoque é: 110.000 18.000 1.815 -8.360 = 81.825

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Assim, a contabilização é a seguinte:

D Estoque 81.825
D ICMS a recuperar 18.000
D PIS a recuperar 1.815
D COFINS a recuperar 8.360
C Fornecedores 110.000

Cálculo excluindo o ICMS da base do PIS/Cofins.


IPI (100.000 x 10%) 10.000
Preço da Matéria Prima (sem ipi e com ICMS) 100.000
ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (92.000 x 1,65%) 1.518
COFINS (92.000 x 7,6 %) 6.992

8.7 - COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL (AQUISIÇÃO DE EMPRESA


COMERCIAL)

A empresa LKS adquiriu mercadoria a prazo, de uma empresa comercial, com preço de R$
100.000,00, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%.
Determine a contabilização.
Este é o caso mais fácil, por isso deixamos para o final. Como a empresa vendedora é uma empresa
comercial, não há IPI. Os cálculos ficam assim:
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (100.000 x 1,65%) 1.650
COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600
Valor da Nota Fiscal: 100.000
Nesse caso, não há IPI. O valor do estoque é: 100.000 18.000 1.650 -7.600 = 72.750
Assim, a contabilização é a seguinte:

D Estoque 72.750
D ICMS a recuperar 18.000
D PIS a recuperar 1.650
D COFINS a recuperar 7.600
C Fornecedores 100.000

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Cálculo excluindo o ICMS da base do PIS/Cofins.


Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (82.000 x 1,65%) 1.353
COFINS (82.000 x 7,6 %) 6.232

Os cálculos e a contabilização dos impostos normalmente provocam algumas dúvidas. Mas, com os
esquemas que detalhamos acima, ficou mais fácil, não é?
Há uma questão antiga, porém muito boa para praticar os conceitos acima. É uma questão clássica
da ESAF, que versa sobre latas de tinta!
Vamos dar uma olhada?

(ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2003) A empresa Comércio Industrial Ltda. comprou


250 latas de tinta ao custo unitário de R$ 120,00, tributadas com IPI de 5% e ICMS de 12%.
Pagou entrada de 20% e aceitou duas duplicatas mensais de igual valor. A tinta adquirida foi
contabilizada conforme sua natureza contábil funcional, com a seguinte destinação: 50 latas
para consumo interno; 100 latas para revender; e 100 latas para usar como matéria-prima.
Após efetuar o competente lançamento contábil, é correto afirmar que, com essa operação,
os estoques da empresa sofreram aumento no valor de
A) R$ 31.500,00
B) R$ 30.000,00
C) R$ 28.020,00
D) R$ 27.900,00
E) R$ 26.500,00
Resolução:
Custo unitário de $ 120,00
IPI de 5% = 120 x 5% = $ 6,00
Preço com IPI = $ 126,00
ICMS = 120 x 12% = $ 14,40
Custo do Estoque:
50 latas para consumo interno: neste caso, a empresa não recupera nem o IPI e nem o ICMS.
50 latas x $ 126,00 = $ 6.300,00
100 latas para Revender: a empresa recupera o ICMS, mas não o IPI.

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Preço total $126,00 ICMS 14,40 = $ 111,60


100 latas x $ 111,60 = $ 11.160,00
100 latas para usar como matéria prima: a empresa recupera o IPI e o ICMS.
Preço total $126,00 IPI 6,00 - ICMS 14,40 = $ 105,60
100 latas x $ 105,60 = $ 10.560,00
Total do estoque: 6.300,00 + 11.160,00 + 10.560,00 = 28.020,00
Gabarito → C

8.8 - QUADRO RESUMO TRIBUTOS

Apresentamos a seguir um resumo, elucidando que o tributo é ou não recuperável em cada caso.

Destinação ICMS IPI IPI na BC do ICMS


Industrialização Recupera Recupera Não

Comercialização Recupera Não recupera Não

Consumo Não recupera Não recupera Sim

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9 - CONTROLE DE ESTOQUE
O controle pode ser feito através do inventário permanente ou do inventário periódico.

9.1 - INVENTÁRIO PERIÓDICO

Os estoques são avaliados na data do balanço, através do inventário físico. Vejam. Não há
lançamento operação por operação. Apenas na data de encerramento é que apuramos o estoque
para ver o saldo.
O CESPE já cobrou isso em prova da seguinte maneira:

(CESPE/Especialista em Regulação/ANAC/2012) Se adota o sistema de inventário periódico,


a empresa não deve fazer registro a débito ou a crédito na conta de mercadorias-estoque
entre um período de inventário e outro.
Comentários:
O item está correto. Vejam que o próprio nome estabelece que o inventário é periódico.
Apenas na data do balanço é que realizamos o inventário físico. A empresa não faz registro a
cada compra ou a cada venda na conta estoques.
O inventário periódico é apurado através da conta mercadorias função mista.
Gabarito → Correto.
Para calcular o valor do Custo das Mercadorias Vendidas, usamos a fórmula:

CMV = Estoque inicial + Compras Estoque final.

No sistema de inventário periódico, usamos a Conta Mista Mercadorias. Nessa conta, lançamos o
estoque inicial e as compras a débito; e lançamos as vendas a crédito. No final do período, ao
apurar o estoque final, podemos calcular o Resultado com Mercadorias.
Conta Mista Mercadorias
Estoque Inicial Vendas
Compras
Estoque final
A conta mista tem esse nome, pois possui características de conta patrimonial (ao registrar o
estoque inicial e final) e de conta de resultado (ao registrar as vendas).

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Exemplo: A empresa KLS, que utiliza o sistema de inventário periódico, possuía estoque inicial de
1.000, registrado na conta mista mercadoria. Durante o ano de X1, comprou mercadorias no valor
de 15.000 e efetuou vendas no valor de 25.000. O estoque final, apurado através de inventário
físico, foi de 2.000.
Efetue a contabilização na conta mista mercadoria e apure o resultado com mercadorias do
período.
Resolução: A conta mista mercadoria apresenta saldo inicial (que é o saldo final do ano anterior)
de 1.000. A partir daí, ocorrem as seguintes contabilizações:
Compra de mercadorias: 15.000

D Conta Mista Mercadoria 15.000


C Fornecedores 15.000

Venda de mercadorias: 25.000

D Clientes 25.000
C Conta Mista Mercadoria 25.000

Saldo da conta mista de mercadorias, após esses lançamentos:

D Estoque inicial 1.000


D Compras 15.000
C Vendas 25.000

Saldo: 9.000 a crédito.


Conta Mista Mercadorias
Estoque Inicial 1000 25000 Vendas
Compras 15000
9000 Saldo
Como o estoque final apurado foi de 2.000, devemos debitar a conta Mista Mercadoria no valor
de 11.000.
Vejam que para o estoque final ficar com valor de 2.000,00 precisamos fazer um débito de algum
valor.
Conta Mista Mercadorias
Estoque Inicial 1000 25000 Vendas
Compras 15000
X
Estoque final 2000

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A conta apresenta saldo credor de 9.000, com o débito de 11.000, passa a ter saldo devedor de
2.000, que equivale ao estoque final. A contrapartida é o Resultado com Mercadorias. Portanto, no
nosso razonete acima, o valor X que acerta essa equação é 11.000,00.

D Conta Mista Mercadoria 11.000


C Resultado com Mercadorias 11.000

Vamos conferir o valor do Resultado com Mercadorias.


Custo Mercadoria Vendida: Estoque inicial + compras estoque final
CMV = 1.000 + 15.000 2.000
CMV = 14.000

Vendas 25.000
(-) CMV (14.000)
(=) Resultado com mercadorias (Lucro Bruto) 11.000

Vejam que o custo da mercadoria vendida somente será conhecido ao final do período.
E isso já caiu em prova.

(CESGRANRIO/Técnico/Termo Macaé/2009) A característica básica do inventário periódico é


que o
a) valor das compras só é conhecido no final do período.
b) estoque físico só é conhecido no início do período.
c) CMV só é conhecido no final do período.
d) estoque é baixado a cada compra.
e) estoque é baixado a cada venda.
Comentários:
O gabarito é a letra c. O CMV somente será conhecido ao final do período.
O estoque não é baixado por compra/venda. Por isso as letras d e e estão incorretas.
A letra a está errada. O valor das compras é conhecido no início do período.
E, por fim, a letra b está incorreta, já que o estoque físico é conhecido no final do período.
Gabarito → C.

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Mais uma questão...

(ESAF/SUSEP/Agente Executivo/2006) A firma Agrária Agronegócios Ltda. utiliza a conta


Mercadorias na modalidade conta mista, sendo debitada pelo valor das compras e creditada
pelo valor das vendas. Se, no fim do período, a conta mercadorias, que representa o item
"geagá", inteiramente isento de tributação, apresentar saldo contábil credor, no valor de R$
5.000,00, e o inventário físico final for avaliado em R$ 2.000,00, pode-se dizer que as
operações com esse item ocasionaram
A) prejuízo de R$ 2.000,00.
B) prejuízo de R$ 3.000,00.
C) lucro de R$ 3.000,00.
D) lucro de R$ 5.000,00.
E) lucro de R$ 7.000,00.
Comentários
Temos apenas as seguintes informações:
Conta Mista Mercadorias
Estoque Inicial Vendas
Compras
Estoque final 2.000 5.000 Saldo

A conta Mista de Mercadorias apresentava saldo credor de 5.000, e o estoque final foi
avaliado em 2.000. Assim, o saldo credor da Conta Mista de 5.000 deve ficar devedor em
2.000, que é o valor do estoque.
Você precisa zerar o saldo credor, ou seja, debitar R$ 5.000,00 e apresentar a conta mista
pelo valor de R$ 2.000,00, que é o estoque final, debitando, pois, mais este valor.
Portanto, vamos debitar a conta Mista em 7.000, e a contrapartida é a conta Resultado com
Mercadorias.
D - Conta Mista Mercadorias 7.000
C Resultado com Mercadorias 7.000
O lançamento a crédito na conta Resultado com Mercadorias indica que houve lucro.
Conta Mista Mercadorias
Zerando o saldo credor 5.000
Ainda falta deixar o saldo do EF 2.000
Estoque final 2.000 5.000 Saldo

Gabarito → E

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9.2 - CONTA DE MERCADORIAS DESDOBRADA

Nesse caso, usamos três contas para o controle e apuração do resultado, ao invés de uma. São
elas:
1) Mercadorias: registra o estoque inicial. Seu saldo não se altera durante o ano.
2) Compras: registra as compras efetuadas durante o ano
3) Vendas: Registra as vendas ocorridas durante o ano.
Esquematizemos:

Mercadorias: Compras: Vendas:


Estoque Inicial Compras do período Vendas durante o ano

No final do ano, após o inventário, apuramos o resultado com mercadorias, de forma semelhante
ao cálculo da conta única, que já vimos acima.

Observação: Q
também lançar todos os fatos que afetam o valor das compras e das vendas, como
devoluções, abatimentos, fretes, seguros, etc.

9.3 - INVENTÁRIO PERMANENTE

Nesse caso, a empresa controla o estoque de forma contínua, dando baixa em cada operação de
venda. A contabilização é a seguinte:
Pela aquisição de mercadorias, a prazo, no valor de 1.000 (Obs: vamos desconsiderar os impostos
para fins didáticos):

D Estoque (Ativo) 1.000


C Fornecedores (Passivo) 1.000

Vamos supor que metade dessa mercadoria foi vendida por 1.200. Teremos duas contabilizações:
Pela baixa do estoque e reconhecimento do custo:

D CMV (Resultado) 500


C Estoque (Ativo) 500

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Pelo reconhecimento da receita:

D Duplicatas a Receber OU Clientes (ativo) 1.200


C Receita de vendas (Resultado) 1.200

Dessa forma, a empresa consegue controlar os estoques de forma permanente. Após tais
operações, o estoque da empresa (supondo que iniciou com estoque zero) apresenta os seguintes
lançamentos:

D Estoque (Ativo) 1.000


C Estoque (Ativo) 500

Saldo da conta Estoque: 500

9.4 - PEPS, UEPS E PREÇO MÉDIO

Dificilmente as mercadorias são compradas pelo mesmo preço. Surge, assim, a necessidade de
atribuir preço ao estoque que está sendo vendido.
Vamos supor que determinada empresa, tendo iniciado o ano com estoque zero, efetuou duas
compras do produto X: a primeira de 10 unidades, com custo unitário de $10, e a segunda de 20
unidades, com custo unitário de $12.
Em seguida, a empresa efetuou a venda de 15 unidades do produto X, por 20 reais a unidade.
Vamos ver como fica o resultado e o estoque final, usando cada um dos métodos acima.
9.4.1 - PEPS PRIMEIRO QUE ENTRA PRIMEIRO QUE SAI
Significa Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela sigla em inglês FIFO
(First in first out).
No nosso exemplo, ficaria assim:

1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100


2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240
Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)

Usando o PEPS, valorizamos as unidades vendidas usando o custo das unidades que entraram
primeiro no estoque.
Assim:
Custo das 15 unidades:
10 unidades a 10 reais = $ 100
5 unidades a 12 reais = $ 60
15 unidades que custaram, no total, 160 reais.

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Resultado:
Receita vendas 300
(-) CMV (160)
Lucro Bruto 140

Estoque final: 15 unidades a 12 reais = 180


9.4.2 - UEPS ÚLTIMO QUE ENTRA PRIMEIRO QUE SAI
Significa Último que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela sigla em inglês LIFO (Last
In First Out). Usando os mesmos dados do exemplo acima, fica assim:

1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100


2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240
Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)

Custo das 15 unidades vendidas: 15 unidades a 12 reais = R$ 180

Resultado:
Receita vendas 300
(-) CMV (180)
Lucro Bruto 120

Estoque final:
10 unidades a 10 reais = 100
5 unidades a 12 reais = 60
Estoque final: 15 unidades com custo total de 160.
9.4.3 - CUSTO MÉDIO
Usamos o custo médio do estoque, para calcular o custo das vendas. Retomando o exemplo acima,
temos:

1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100


2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240
Custo médio: R$ 340 / 30 unidades = R$ 11,3333 por unidade.

Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)


Custo das vendas:15 unidades x $ 11,33 = 170 (OBS: arredondando centavos)
Resultado:

Receita vendas 300


(-) CMV (170)
Lucro Bruto 130

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Estoque final: 15 unidades x R$ 11,3333 = R$ 170


Para calcular o custo médio, podemos usar a média ponderada fixa ou a média ponderada móvel.
No primeiro caso, calculamos a média de todas as entradas do mês e usamos esse valor para todas
as saídas do mês.
Assim:
Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total
1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00
4 Compras 150 12,00 1.800,00
6 Compras 200 13,00 2.600,00
10 Vendas -100
15 Compras 200 15,00 3.000,00
20 Vendas -250
Vamos calcular o custo das vendas dos dias 10 e 20, usando as duas médias ponderadas (fixa e
móvel).
9.4.3.1 - MÉDIA PONDERADA FIXA
A partir do estoque inicial e das entradas, calculamos o custo médio que será usado para todas as
saídas do mês.
Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total
1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00
4 Compras 150 12,00 1.800,00
6 Compras 200 13,00 2.600,00
15 Compras 200 15,00 3.000,00
Total 650 12,92 8.400,00

Atenção: Para chegar aos R$ 12,92, pegamos o valor total dos estoques e dividimos pelo
total de unidades: 8.400/650 = 12,92.

O Custo Médio Fixo é de $ 12,92.


O custo das vendas será:

Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,92 = $ 1.292,00


Dia 20: venda de 250 unidades x $ 12,92 = $ 3.230,00
Custo total do mês: $ 1.292,00 + $ 3.230,00 = $ 4.522,00

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9.4.3.2 - MÉDIA PONDERADA MÓVEL


Nesse caso, calculamos o custo médio vigente na data de cada venda. A venda do dia 10 fica com o
seguinte custo médio ponderado móvel:
Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total
1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00
4 Compras 150 12,00 1.800,00
6 compras 200 13,00 2.600,00
Total 450 12,00 5.400,00
Assim, a venda do dia 10 terá custo médio de R$ 12,00. Do total de 450 unidades, sobram 350,
após a venda.
Podemos agora calcular o custo médio móvel para a venda do dia 12:
Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total
11 estoque inicial 350 12,00 4.200,00
15 compras 200 15,00 3.000,00
Total 550 13,09 7.200,00
A venda do dia 20 terá custo médio de R$ 13,09. Agora podemos calcular o total do custo das
vendas do mês:

Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,00 = $ 1.200,00


Dia 20: venda de 250 unidades x $ 13,09 = $ 3.272,50
Custo total do mês: $ 1.200,00 + $ 3.272,50 = $ 4.472,50

Atenção: Para chegar aos R$ 13,09, pegamos o valor total dos estoques e dividimos pelo total de
unidades: 7.200/550 = 13,09.
9.4.4 - CUSTO ESPECÍFICO
Outra forma de atribuir custos às vendas é através do custo específico. Podemos exemplificar da
seguinte forma:
Suponha que uma agência de automóveis possua 10 unidades de um determinado modelo em
estoque. Três foram comprados há 6 meses, por R$ 20.000,00. Seis foram comprados na última
semana, por R$ 22.000,00. O último é um carro usado, que foi aceito como parte de pagamento de
um veículo novo, pelo custo de R$ 12.000,00.
A empresa realiza a venda de quatro veículos: um que foi comprado há 6 meses, dois comprados
na última semana e o veículo usado.
Nesse caso, a empresa pode atribuir o custo específico de cada item vendido.

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9.4.5 - MÉTODO DO VAREJO


Usado em empresas que trabalham com muitos itens e apresentam uma grande rotatividade de
estoque, como os supermercados.
Se a empresa costuma usar uma margem fixa sobre o custo para formar o preço de venda, ela
pode valorizar o seu estoque final a partir do preço de venda e calcular o custo usando a fórmula:

CMV = estoque inicial + compras estoque final.

Por exemplo, suponha que determinado supermercado forme o seu preço de venda multiplicando
o custo por 1,5. Para calcular o estoque final, basta pegar o preço de venda dos itens em estoque e
dividir por 1,5.
Esse procedimento está previsto no Pronunciamento CPC 16 Estoques, confira:

22. O método de varejo é muitas vezes usado no setor de varejo para mensurar
estoques de grande quantidade de itens que mudam rapidamente, itens que têm
margens semelhantes e para os quais não é praticável usar outros métodos de custeio.
O custo do estoque deve ser determinado pela redução do seu preço de venda na
percentagem apropriada da margem bruta. A percentagem usada deve levar em
consideração o estoque que tenha tido seu preço de venda reduzido abaixo do preço de
venda original. É usada muitas vezes uma percentagem média para cada departamento
de varejo..

Este método era muito útil quando não havia computadores. Imagine controlar e apurar o custo
A
informatizados, as empresas podem apurar os custos de estoque de forma mais adequadas que o
Método do Varejo. Mas nada impede que usem esse método, caso julguem adequado.

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10 - TABELA DE CONTROLE DE ESTOQUE


No inventário permanente podemos utilizar também a tabela de controle de estoque.
E como fazer a tabela? Você irá montar a tabela seguinte:

PEPS/UEPS/Média
Entrada Venda Saldo
Data Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total

CMV Estoque final

Imagine a seguinte operação.


Saldo inicial 10 unidades a R$ 100,00 R$ 1.000,00
Compra de 10 unidades a R$ 120,00 R$ 1.200,00
Venda de 7 unidades a R$ 200,00 R$ 1.400,00
Compra de 2 unidades a R$ 150,00 R$ 300,00
Vamos utilizar cada um dos métodos. É simples! Fica assim.

PEPS
Entrada Venda Saldo
Data Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
XX.XX 10,00 100,00 1.000,00
10,00 100,00 1.000,00
XX.XX 10,00 120,00 1.200,00
10,00 120,00 1.200,00
3,00 100,00 300,00
XX.XX 7,00 100,00 700,00
10,00 120,00 1.200,00
3,00 100,00 300,00
XX.XX 2,00 150,00 300,00 10,00 120,00 1.200,00
2,00 150,00 300,00
CMV 700,00 Estoque final 1.800,00

Observações:
- Vejam que as vendas ficam registradas pelo preço de custo. Não importa o preço de venda para o
cálculo da planilha de estoques.
- O CMV é a soma do total das saídas.
- O estoque final é a soma do total da coluna saldo.
- As devoluções de compras são registradas na planilha entradas, com sinal negativo.
- As devoluções de vendas são registradas na planilha saídas, com sinal negativo.

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UEPS
Entrada Venda Saldo
Data Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
XX.XX 10,00 100,00 1.000,00
10,00 100,00 1.000,00
XX.XX 10,00 120,00 1.200,00
10,00 120,00 1.200,00
10,00 100,00 1.000,00
XX.XX 7,00 120,00 840,00
3,00 120,00 360,00
2,00 150,00 300,00
XX.XX 2,00 150,00 300,00 10,00 100,00 1.000,00
3,00 120,00 360,00
CMV 840,00 Estoque final 1.660,00

Vejam que no UEPS o CMV é maior. Por isso, de modo geral, a tributação acaba sendo reduzida.
Assim, o UEPS é proibido pela legislação brasileira.
MÉDIA PONDERADA
Entrada Venda Saldo
Data Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
XX.XX 10,00 100,00 1.000,00
XX.XX 10,00 120,00 1.200,00 20,00 110,00 2.200,00
XX.XX 7,00 110,00 770,00 13,00 110,00 1.430,00
XX.XX 2,00 150,00 300,00 15,00 115,33 1.730,00
CMV 770,00 Estoque final 1.730,00

Você precisa saber o seguinte para prova:

CMV Estoque Final Lucro Permitido


UEPS Maior Menor Menor Não
PEPS Menor Maior Maior Sim
Média ponderada Fica no Meio Fica no Meio Fica no Meio Sim

(FGV/Contador/Niterói/2015) Em 02/01/x1, a Atacadista Iota S.A. adquiriu 100.000 unidades


do Protetor Solar Y, por um custo unitário de R$ 10,00. Em 09/01/x1, a companhia adquiriu
mais 30.000 unidades, por um custo unitário de R$ 11,30. Em 15/01/x1, a companhia vendeu
40.000 unidades desse produto, por um preço de R$ 16,00 cada. Em 23/01/x1, foram
adquiridas mais 20.000 unidades, por um custo unitário de R$ 9,75. Em 30/01/x1, a
companhia vendeu 60.000 unidades, por R$ 15,50 cada. Como a companhia não possuía
estoques iniciais desse produto, a diferença entre os valores pelos quais o custo dos
Protetores Solares Y vendidos durante janeiro de x1 poderá ser apresentado, de acordo com
as práticas contábeis adotadas no Brasil, será de:

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(A) R$ 10.000;
(B) R$ 10.600;
(C) R$ 13.000;
(D) R$ 24.000;
(E) R$ 34.000.
Comentários:
Montemos o controle de estoque.
Pelo Pronunciamento CPC 16, a mercadoria pode ser avaliada pelo PEPS ou pelo Custo Médio.

Diferença: 1.024.000 1.000.000 = 24.000,00


Gabarito → D.

Mais uma...

(FCC/Esp. Regulação/ARTESP/2017) A empresa Organizada S.A. controla seu estoque pelo


P E P “ PEP“ N empresa
realizou as seguintes operações.

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O estoque inicial de dezembro era composto por 300 peças ao valor de R$ 10,00 cada. O
Resultado com Mercadorias obtido pela empresa em dezembro foi, em reais,
(A) 11.900,00.
(B) 12.600,00.
(C) 20.800,00.
(D) 7.400,00.
(E) 13.400,00.
Comentários:
O Resultado com Mercadorias ou Lucro Bruto é obtido pela diferença entre a Receita Líquida de
Vendas e o Custo da Mercadoria Vendida.
A receita de vendas será igual a (150+370) x 40 = R$ 20.800,00.
Foram vendidas 520 unidades, como o critério de controle é o PEPS, foram vendidas as 300 peças
do estoque inicial, avaliadas a R$ 10,00 cada e 220 peças da compra realizada no dia 04/12, cujo
valor unitário é R$ 20,00.
Assim sendo:

Por fim, o Resultado com mercadorias será:

Gabarito → E

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11 - PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS (PDD)


Sabemos que as empresas, para sobreviver, precisam realizar vendas a prazo. Todavia, nem
sempre ela acaba por receber todo o valor vendido. Se uma entidade do varejo vende, por
exemplo, R$ 1.000.000,00, é quase certo que ela levará algum calote.
Por isso surge a provisão para devedores duvidosos. Esse nome, contudo, vem sendo substituído
gradativamente em provas de concursos.
Embora continue sendo chamada de Provisão, o nome tecnicamente mais correto seria perdas
estimadas com devedores duvidosos, ou, se formos mais rigorosos, perdas estimadas com
créditos de liquidação duvidosa.
A conta perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa é retificadora da conta
clientes/duplicatas a receber.
Expliquemos!
Uma empresa vendeu R$ 100.000,00 a prazo, e constitui provisão para devedores duvidosos de
3%.
Na venda dos R$ 100.000,00:

D Clientes (ativo) 100.000,00


C Receita de vendas (resultado) 100.000,00

Razonetes:
Clientes (Ativo) Receita Vendas
100.000,00 100.000,00

Na constituição da provisão para devedores duvidosos:

D Despesa com provisão para devedores duvidosos (despesa) 3.000,00


C Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 3.000,00

Razonetes:
Despesa com PDD PDD (Ret. Ativo)
3.000,00 3.000,00

Primeira hipótese: perdeu exatamente os R$ 3.000,00 e recebeu R$ 97.000,00.

D Bancos (ativo) 97.000,00


D - Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 3.000,00
C Clientes (ativo) 100.000,00

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Razonetes:
Clientes (Ativo) PDD (Ret. Ativo)
100.000,00 100.000,00 3.000,00 3.000,00

Bancos (Ativo)
97.000,00

Nesta hipótese, demos baixa em toda a conta clientes. Entrou R$ 97.000,00 no banco e liquidamos
a PDD, como era esperado. O calote foi totalmente absorvido pela provisão.
Segunda hipótese: perdemos somente R$ 2.000,00, recebendo R$ 98.000,00.

D Bancos (ativo) 98.000,00


D - Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 2.000,00
C Clientes (ativo) 100.000,00

Razonetes:
Clientes (Ativo) PDD (Ret. Ativo)
100.000,00 100.000,00 2.000,00 3.000,00
1.000,00

Bancos (Ativo)
98.000,00

Vejam que sobrou na conta provisão para devedores duvidosos o valor de R$ 1.000,00.
Assim, restam duas possibilidades para a empresa:
1 Método da complementação:
Complementar o valor que faltar no próximo exercício. Assim, se ela vender R$ 50.000,00 no
exercício seguinte, terá de constituir PDD de R$ 1.500,00 (3% de 50.000,00). Como já temos R$
1.000,00 na conta PDD, constituiremos somente R$ 500,00.

D Despesa com provisão para devedores duvidosos (despesa) 500,00


C Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 500,00

Razonetes:
Despesa com PDD PDD (Ret. Ativo)
500,00 1.000,00 Saldo Inicial
500,00

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2 Método da reversão:
Reverter o valor que sobrou. Nesta hipótese, havendo sobra no período, revertemos todo o
montante, constituindo nova provisão no exercício subsequente.

D - Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 1.000,00


C Reversão da PDD (receita) 1.000,00

Razonetes:
PDD (Ret. Ativo) Reversão da PDD
2.000,00 3.000,00 1.000,00
1.000,00 1.000,00

E no exercício subsequente

D Despesa com provisão para devedores duvidosos (despesa) 1.500,00


C Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 1.500,00

Razonetes:
Despesa com PDD PDD (Ret. Ativo)
1.500,00 1.500,00

Terceira hipótese: perdeu R$ 5.000,00, recebendo somente R$ 95.000,00.


Neste caso, a conta provisão para devedores duvidosos revela-se insuficiente para absorver o
calote. Teremos de lançar uma perda, no resultado do exercício, no valor de R$ 2.000,00.

D Bancos (ativo) 95.000,00


D Perdas com clientes (despesa) 2.000,00
D - Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 3.000,00
C Clientes (ativo) 100.000,00

Razonetes:
Clientes (Ativo) PDD (Ret. Ativo) Perda com clientes
100.000,00 100.000,00 3.000,00 3.000,00 2.000,00

Bancos (Ativo)
95.000,00

Tudo bem?
Estas são as hipóteses existentes para o caso da provisão para devedores duvidosos PDD.

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Mais uma coisa...


Quando a provisão é constituída, nós lançamos:

D Despesa com PCLD


C PCLD (redutora ativo)

Posteriormente, se a perda for reconhecida como efetiva, quando o cliente é considerado


incobrável, nós fazemos o seguinte:

D PCLD
C Duplicatas a receber

Vejam que, neste lançamento, a conta foi considerada como incobrável. Ocorre que,
posteriormente, o cliente que havia sido considerado incobrável, efetuou o pagamento. Mas já
havíamos dado baixa na conta. O que fazer? Nesta hipótese, lançamos o valor na conta caixa, o
montante recebido, e a contrapartida será uma conta de receita (outras receitas operacionais).

D Disponível
C Outras receitas operacionais

No balanço patrimonial, a conta PDD aparece no Ativo, embora tenha saldo credor (é retificadora
do Ativo):

Ativo
Caixa
Bancos
Duplicatas a Receber 100.000
Provisão para Devedores Duvidosos (4.000)

(FCC/Analista/TRF 3/2014) Em 31/12/2012, a empresa Credora S.A. possuía R$ 150.000,00


em duplicatas a receber de clientes e uma estimativa de perdas com créditos de liquidação
duvidosa (EPCLD) no valor de R$ 7.500,00. Em fevereiro de 2013, o cliente Caloteiro, que
devia R$ 4.000,00, se tornou incobrável. Ao registrar este evento na contabilidade, a empresa
Credora S.A.:
a) reduziu o total do Ativo.
b) reconheceu um Passivo.
c) reduziu o Patrimônio Líquido.

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d) reduziu o saldo da estimativa (EPCLD).


e) reconheceu uma Perda com Clientes, no resultado.
Comentários:
O balanço estava do seguinte modo:
Clientes 150.000,00
(-) PCLD (7.500,00)
Saldo líquido 142.500,00
Quando a provisão é constituída, nós lançamos:
D Despesa com PCLD 7.000
C PCLD (redutora ativo) 7.000
Posteriormente, se a perda for reconhecida como efetiva, quando o cliente é considerado
incobrável, nós fazemos o seguinte:
D PCLD 4.000
C Duplicatas a receber 4.000
Com esse lançamento, o ativo ficará:
Clientes 146.000,00
(-) PCLD (3.500,00)
Saldo líquido 142.500,00
Portanto, houve redução do saldo da estimativa da PCLD.
Gabarito → D.

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12 - RESUMO DOS PONTOS ABORDADOS NESTA AULA

1 - Na contabilidade, como trabalhamos com o regime de competência, a receita de venda deve


ser reconhecida na entrega da mercadoria, independentemente do recebimento, pois, neste
momento, há a transferência da titularidade (a chamada tradição).
2 - A conta duplicatas descontadas hoje é uma conta do passivo exigível. Antigamente, o
entendimento é que ela fazia parte das contas retificadoras do ativo. Os encargos financeiros, por
seu turno, ficam retificando a conta duplicatas descontadas.
3 - O recebimento em cheque é realizado através da tesouraria, ou seja, da conta caixa. Todavia, o
pagamento em cheque é feito através de crédito na conta bancos conta movimento.
4 - Sempre que o valor total da carga de juros for conhecido quando da apropriação do
empréstimo, lançaremos como encargos financeiros a transcorrer.
5 - A conta encargos financeiros a transcorrer registra não só o valor dos juros, mas quaisquer
despesas incorridas e diretamente relacionadas à captação dos recursos, devendo ser apropriada
pelo regime de competência.
6 - Os encargos financeiros têm como contrapartida conta de despesa, exceto no caso de ativos
qualificáveis.
7 - Agora, os juros sobre capital próprio têm o mesmo tratamento que possuem os dividendos.
8 - A conta depósitos judiciais é uma conta do ativo.
9 - Os salários são registrados como despesa da empresa. O mesmo tratamento deve ser dado às
contribuições e encargos trabalhistas que sejam ônus do empregador.
10 As empresas descontam dos funcionários a contribuição previdenciária sobre o salário
recebido, e posteriormente repassa o valor para o INSS. Não é despesa da empresa. Essa parcela
do recolhimento ao INSS é devida pelo empregado. A empresa apenas desconta e repassa.
11 - O salário família e maternidade são pagos pela empresa, porém, restituídos à empresa pelo
Estado! O lançamento do salário-família e salário-maternidade se dá do seguinte modo:

D INSS a recolher (passivo circulante)


C Salários a pagar (passivo circulante)

12 O FGTS também é encargo da empresa. Corresponde a 8% do valor do salário.

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13 - A seguir, o valor do salário mínimo de anos recentes:

Data Valor mensal


01.01.2018 R$ 954,00
01.01.2017 R$ 937,00
01.01.2016 R$ 880,00
01.01.2015 R$ 788,00
01.01.2014 R$ 724,00
01.01.2013 R$ 678,00
01.01.2012 R$ 622,00

14 - Quanto ao vale transporte, funciona da seguinte forma: a empresa paga o valor que o
funcionário gasta com transporte público (ônibus, metrô) e desconta 6% do salário do funcionário.
15 - O resultado bruto com mercadorias, ou resultado com mercadorias equivale ao lucro bruto na
Demonstração do Resultado.

Receita Bruta
(-) Deduções da Receita
- Devoluções de Vendas
- Cancelamento de Vendas
- Descontos incondicionais concedidos
- Abatimentos concedidos
- Impostos sobre vendas (ICMS, PIS e COFINS)
- Ajuste a Valor Presente de Clientes
(=) Receita Líquida
(-) Custo das Mercadorias Vendidas
(=) Lucro Bruto OU Resultado com Mercadorias.

16 Custo do estoque:

Custo do estoque inclui


Preço de compra
Impostos de importação e outros tributos (exceto recuperáveis)
Custo de transportes
Seguro
Manuseio
Custos diretamente atribuíveis

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Não inclui
Tributos recuperáveis (MP: IPI, ICMS, PIS, COFINS não cumulativos.
Revenda: ICMS, PIS, COFINS não cumulativos)
Descontos comerciais
Abatimentos

16 Descontos comerciais: São aqueles que são negociados no momento da compra, sem
nenhuma condição.
17 Desconto financeiro: Sujeitos à condição, como o pagamento antecipado de uma duplicata.
18 - O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma loja fecha um
pedido de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a mercadoria, a cor está diferente do
que foi pedido. Nesse caso, o vendedor pode conceder um abatimento para que a mercadoria não
seja devolvida. Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade.
19 Tributos:

20 - Normalmente, as questões informam o preço da mercadoria ou o preço da compra. O preço


inclui o ICMS (imposto por dentro), mas não inclui o IPI (imposto por fora).
21 Inventário periódico
Os estoques são avaliados na data do balanço, através do inventário físico. Vejam. Não há
lançamento operação por operação. Apenas na data de encerramento é que apuramos o estoque
para ver o saldo.
Para calcular o valor do Custo das Mercadorias Vendidas, usamos a fórmula:
CMV = Estoque inicial + Compras Estoque final.

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No sistema de inventário periódico, usamos a Conta Mista Mercadorias. Nessa conta, lançamos o
estoque inicial e as compras a débito; e lançamos as vendas a crédito. No final do período, ao
apurar o estoque final, podemos calcular o Resultado com Mercadorias.

Conta Mista Mercadorias


Estoque Inicial Vendas
Compras
Estoque final
22 Inventário permanente:
PEPS: Primeiro que entra primeiro que sai
UEPS: Último que entra primeiro que sai
Média: Cálculo do preço médio
23 Na prova, é mais prático usar a tabela de controle de estoque

PEPS/UEPS/Média
Entrada Venda Saldo
Data Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total

CMV Estoque final

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13 - QUESTÕES COMENTADAS

13.1 - FCC

1. (FCC/Analista/DPE AM/2018)
A Cia. Açúcar & Sal adquiriu produtos para serem utilizados no seu processo industrial. Os
produtos foram adquiridos à vista pelo valor total de R$ 120.000,00. No valor pago pelos
produtos estavam inclusos tributos recuperáveis de R$ 25.000,00 e tributos não recuperáveis
de R$ 15.000,00. Na mesma data, a Cia. pagou frete e seguro no valor de R$ 8.000,00 para
transporte dos produtos até a empresa. Na aquisição dos produtos, a Cia. Açúcar & Sal
efetuou nas contas Caixa e Estoques os seguintes lançamentos:
a) Débito em Estoques e crédito em Caixa, ambos no valor de R$ 128.000,00.
b) Débito em Estoques e crédito em Caixa, ambos no valor de R$ 95.000,00.
c) Débito em Estoques no valor de R$ 95.000,00 e crédito em Caixa no valor de R$
128.000,00.
d) Débito em Estoques no valor de R$ 80.000,00 e crédito em Caixa no valor de R$
128.000,00.
e) Débito em Estoques no valor de R$ 103.000,00 e crédito em Caixa no valor de R$
128.000,00.
Comentários:
Segundo o Pronunciamento Contábil CPC 16 que trata dos estoques, o custo de aquisição dos
estoques compreende:
1) Preço de compra
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis).
Os tributos recuperáveis são:
a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)
b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)
3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição.
Esquematizemos:

Custo do estoque inclui:


Preço de compra
Impostos de importação e outros tributos (exceto recuperáveis)
Custo de transportes (Frete sobre compra)
Seguro
Manuseio
Custos diretamente atribuíveis

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Não inclui
Tributos recuperáveis (MP: IPI, ICMS, PIS, COFINS não cumulativos.
Revenda: ICMS, PIS, COFINS não cumulativos)
Descontos comerciais
Abatimentos

Portanto, o custo do estoque será de 120.000 - 25.000 + 8.000 = 103.000.


Contabilização:

D Estoques 103.000
D Tributos a recuperar 25.000
C Caixa 128.000

Gabarito → E

2. (FCC/ARTESP/Especialista em Regulação/2017)
A empresa Organizada S.A. controla seu estoque pelo critério Primeiro que Entra, Primeiro
“ PEP“ N a realizou as seguintes operações.

O estoque inicial de dezembro era composto por 300 peças ao valor de R$ 10,00 cada. O
Resultado com Mercadorias obtido pela empresa em dezembro foi, em reais,
(A) 11.900,00.
(B) 12.600,00.
(C) 20.800,00.
(D) 7.400,00.
(E) 13.400,00.
Comentários:
O Resultado com Mercadorias ou Lucro Bruto é obtido pela diferença entre a Receita Líquida de
Vendas e o Custo da Mercadoria Vendida. A receita de vendas será igual a (150+370) *40 = R$
20.800,00. Foram vendidas 520 unidades, como o critério de controle é o PEPS, foram vendidas as
300 peças do estoque inicial, avaliadas a R$ 10,00 cada e 220 peças da compra realizada no dia
04/12, cujo valor unitário é R$ 20,00.
Assim sendo:

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Por fim, o Resultado com mercadorias será:

Gabarito→E

3. (FCC/ARTESP/Especialista em Regulação/2017)
Em determinado mês, a companhia É Biscoito S.A., revendedora de biscoitos confeitados,
adquiriu mercadorias para revenda incorrendo nos seguintes gastos:
Mercadorias: R$ 20.000,00 (valor líquido dos tributos)
Fretes: R$1.200,00 (valor líquido dos tributos)
Seguros: R$ 400,00
ICMS: R$ 1.000,00
Neste mesmo mês, a Cia. vendeu todos os produtos adquiridos por R$ 40.000,00 à vista, com
desconto de 5%, e incorreu em despesa com frete para entrega das mercadorias no valor de
R$ 300,00. Sabendo que a companhia é contribuinte do ICMS, o Custo das Mercadorias
Vendidas e o Lucro Bruto apurados pela É Biscoito S.A., no referido mês, foram,
respectivamente, em reais,
(A) 21.600,00 e 16.400,00.
(B) 21.200,00 e 16.100,00.
(C) 22.600,00 e 15.400,00.
(D) 22.600,00 e 17.100,00.
(E) 21.600,00 e 16.100,00.
Comentários:

Custos do estoque
10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua
condição e localização atuais.
Custos de aquisição
11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de
importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os
custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de
produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros
itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR)
(Nova Redação dada pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)

Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:


1) Preço de compra
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis).

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Os tributos recuperáveis são:


a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)
b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)
3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição.
Esquematizemos:
Custo do estoque inclui:
Preço de compra
Impostos de importação e outros tributos (exceto recuperáveis)
Custo de transportes (Frete sobre compra)
Seguro
Manuseio
Custos diretamente atribuíveis

Não inclui
Tributos recuperáveis (MP: IPI, ICMS, PIS, COFINS não cumulativos.
Revenda: ICMS, PIS, COFINS não cumulativos)
Descontos comerciais
Abatimentos

As devoluções, os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de


aquisição. Na aquisição, o custo do estoque será de:
(+) Mercadorias R$ 20.000,00
(+) Frete R$ 1.200,00
(+) Seguro R$ 400,00
(=) Custo do Estoque R$ 21.600,00
Como o ICMS é recuperável, não deverá ser contabilizado no custo dos estoques e como não havia
estoques iniciais e a questão afirma que toda mercadoria foi vendida, o valor do CMV também será
21.600. Para apurarmos o Lucro Bruto, precisamos da Receita Líquida de Vendas e do CMV:
(+) Receita Bruta de Vendas R$ 40.000,00
(-) Descontos Incondicionais -R$ 2.000,00
(-) Custo dos Serviços Prestados -R$ 21.600,00
(=) Lucro Bruto R$ 16.400,00

OBS: a questão fala que a empresa é contribuinte de ICMS, mas não forneceu o valor do
ICMS sobre as vendas, o que é, no mínimo, incoerente. Esse fato afetaria o valor da
Receita Líquida de Vendas e, por consequência, o Lucro Bruto.

Gabarito→A

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4. (FCC/ARTESP/Especialista em Regulação/2017)
A Cia. Compra & Vende adquiriu produtos para revenda e desembolsou os seguintes valores:
Valor pago ao fornecedor dos produtos adquiridos R$ 230.000,00
Valor pago por um seguro para transportar os produtos até a empresa R$ 6.000,00
No valor total pago ao fornecedor dos produtos adquiridos estavam incluídos os seguintes
tributos:
Tributos recuperáveis R$ 32.000,00
Tributos não recuperáveis R$ 18.000,00
A Cia. Compra & Vende revendeu todos os produtos adquiridos por R$ 500.000,00 à vista,
mas concedeu um desconto de 10% no momento da venda. Sobre o valor da venda houve a
incidência de ICMS no valor de R$ 53.000,00 e pagamento de comissão para os vendedores
no valor de R$ 12.000,00. O lucro bruto apurado pela Cia. Compra & Vende, em relação à esta
transação foi, em reais,
a) 161.000,00
b) 143.000,00
c) 193.000,00
d) 181.000,00
e) 179.000,00
Comentários:
O Lucro Bruto é a diferença entre a Receita Líquida de Vendas e o Custo das Mercadorias Vendidas
(CMV). Vamos encontrar o valor da Receita Líquida:
Receita Bruta R$ 500.000,00
(-) Descontos Incondicionais -R$ 50.000,00
(-) ICMS sobre vendas -R$ 53.000,00
Receita Líquida de Vendas R$ 397.000,00
Para encontramos o CMV, temos que saber qual o valor de custo dos estoques, conforme previsão
do CPC 16:

Valor pago ao fornecedor dos produtos adquiridos R$ 230.000,00


Valor pago por um seguro para transportar os produtos até a empresa R$ 6.000,00
(-) Tributos recuperáveis (R$ 32.000,00)
Custo do Estoque R$ 204.000,00

Professor, e os Tributos não Recuperáveis. Eles integram o custo dos estoques, não é mesmo? Eu
não deveria somar o valor de R$ 18.000,00??? A RESPOSTA É NÃO!!

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No valor total pago ao fornecedor dos produtos já estavam incluídos adquiridos estavam incluídos
os tributos, o valor de R$ 18.000 já estava naquele total, não era preciso somar novamente. Muito
cuidado com isso, a FCC adora fazer esse tipo de confusão!
Portanto, o custo do estoque é de R$ 204.000,00 e como foram vendidos 100% dos estoques, o
CMV é R$ 204.000,00.
Agora podemos calcular o Lucro Bruto = R$ 397.000,00 R$ 204.000 = 193.000,00
Gabarito→C
5. (FCC/ARTESP/Técnico/2017)
A empresa Coruja S.A., ao adquirir mercadorias para o carnaval de 2017, incorreu nos
seguintes gastos:
Mercadorias: R$ 120.000,00 (valor líquido de tributos)
Frete sobre compras: R$ 3.000,00 (valor líquido de tributos)
Seguro: R$ 2.000,00 (transporte das mercadorias até a empresa)
ICMS: R$ 20.000,00
IPI: R$ 10.000,00
Sabe-se que a empresa é contribuinte do ICMS, mas não é contribuinte do IPI. Com base
nestas informações, o valor reconhecido como Estoques foi, em reais,
a) 135.000,00.
b) 123.000,00.
c) 125.000,00.
d) 145.000,00.
e) 155.000,00.
Comentários:
Segundo o CPC 16 Estoques, o custo de aquisição dos estoques compreende:
Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:
1) Preço de compra
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os tributos recuperáveis são:
a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)
b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)
3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição.

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Esquematizemos:

Custo do estoque inclui:


Preço de compra
Impostos de importação e outros tributos (exceto recuperáveis)
Custo de transportes (Frete sobre compra)
Seguro
Manuseio
Custos diretamente atribuíveis

Não inclui
Tributos recuperáveis (MP: IPI, ICMS, PIS, COFINS não cumulativos.
Revenda: ICMS, PIS, COFINS não cumulativos)
Descontos comerciais
Abatimentos

Considerando que a empresa é contribuinte de ICMS, mas não de IPI, o custo do estoque será:

(+) Mercadorias: R$ 120.000,00


(+) Frete sobre compras: R$ 3.000,00 (valor líquido de tributos)
(+) Seguro: R$ 2.000,00 (transporte das mercadorias até a empresa)
(+) IPI: R$ 10.000,00
Total $ 135.000,00

Você pode estar se perguntando por que não excluímos o valor do ICMS, visto que ele NÃO FAZ
PARTE DO CUSTO. Muito cuidado com isso! A questão já nos forneceu o valor das mercadorias
líquido de tributos. Assim sendo, nesse valor não tem ICMS nem IPI, ou seja, para
ICM“
Algumas questões da própria FCC apresentam o VALOR TOTAL DA NOTA FISCAL, nesse caso é
diferente! Se 120.000 fosse esse valor, teríamos que excluir o saldo do ICMS para não incluí-lo no
custo do estoque. Não podemos vacilar nisso.
Bizu da FCC: não confundir valor das Mercadorias com o Valor Total da Nota Fiscal.
Gabarito→A
6. (FCC/Artesp/Especialista em Regulação/2017)
A Cia. Vai com Fé S.A. foi constituída, em 02/01/2017, mediante integralização em dinheiro
de 50% de seu Capital Social, sendo este, de acordo com o Estatuto Social, de R$ 500.000,00.
Durante o mês de janeiro de 2017, a Cia. realizou as seguintes operações:

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Após o registro das operações acima, o Patrimônio Líquido Cia. Vai com Fé S.A., em
31/01/2017, era, em reais,
(A) 625.000,00.
(B) 555.000,00.
(C) 580.000,00.
(D) 560.000,00.
(E) 630.000,00.
Comentários:
A configuração inicial do Patrimônio Líquido da Cia. Vai com Fé S.A era:

Capital Social R$ 500.000,00


(-) Capital a Integralizar R$ 250.000,00
= Patrimônio Líquido R$ 250.000,00

Agora, vamos contabilizar cada um dos eventos, para verificarmos o efeito no Patrimônio Líquido
da empresa:
02/01/07 Compra de estoques no valor de R$ 70.000,00, à vista, sendo que neste valor estavam
inclusos impostos recuperáveis de R$ 10.000,00. Adicionalmente, a Cia. pagou seguro no valor de
R$ 2.000,00 referente a esta compra.

D Estoques (inclui os seguros) R$ 62.000,00


D Impostos a Recuperar R$ 10.000,00
C Bancos R$ 72.000,00

05/01/07 Recebimento antecipado de R$ 70.000,00 do Cliente Alfredo, para que a Cia. lhe
entregue mercadorias em 30/01/2017.

D Bancos R$ 70.000
C Adiantamento de Clientes R$ 70.000

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08/01/07 Venda de R$ 40.000,00 do Estoque por R$ 120.000,00, recebendo 40% à vista e o


restante para ser recebido em 08/03/2017, sem juros.
Receita de Vendas

D Bancos R$ 48.000,00
D Clientes R$ 72.000,00
C Receita de Vendas R$ 120.000,00

Baixa no Estoque

D CMV R$ 40.000,00
C Estoques R$ 40.000,00

O efeito no Patrimônio Líquido dessa operação foi de 120.000 40.000 = aumento de R$ 80.000
20/01/07 Integralização do restante do Capital Social com um terreno.

D Terrenos R$ 250.000,00
C Capital a Integralizar R$ 250.000,00.

Essa operação gerou aumento no PL de 250.000,00


30/01/07 Entrega das mercadorias ao Cliente Alfredo, referentes ao recebimento antecipado do
dia 05/01/2017.

D Adiantamento de Clientes R$ 70.000,00


C Receita de Vendas R$ 70.000,00

O custo das mercadorias entregues foi R$ 20.000,00.

D CMV R$ 20.000,00
C Estoques R$ 20.000,00

Com essa operação, o resultado no PL foi de 70.000 20.000 = aumento de R$ 50.000,00.


31/01/07 A Cia. foi informada a respeito de um processo trabalhista, cujo desembolso de caixa no
valor de R$ 5.000,00 é considerado provável, de acordo com o entendimento do departamento
jurídico da Cia.
Como a perda foi considerada provável, faz-se necessária a constituição de uma provisão para
processo trabalhista, conforme lançamento a seguir:

D Despesas com provisões trabalhistas R$ 5.000,00


C Provisão Trabalhistas R$ 5.000,00.

Esse lançamento gerou diminuição no Patrimônio Líquido de R$ 5.000,00.

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31/01/07 Contratação e pagamento de um seguro contra roubo e incêndio no valor de R$


30.000,00, com vigência de 01/02/2017 a 31/01/2018.

D Prêmio de Seguros a apropriar (Ativo)


C Bancos R$ 30.000,00

O efeito no patrimônio líquido dessas operações foi:

80.000 + 250.000,00 + 50.000,00 - 5.000,00 = aumento de 375.000.

Portanto, o saldo final será de 250.000 + 375.000 = R$ 625.000,00.


Gabarito→A

7. (FCC/Artesp/Especialista em Regulação/2017)
A empresa de fretes PDF S.A. contratou e pagou, em 31/01/2016, um seguro contra furto de
mercadorias no valor de R$ 48.000,00. Esse seguro possui vigência de 01/02/2016 a
31/01/2017. Nas demonstrações contábeis da empresa PDF S.A., em 31/12/2016, a empresa
apresentou
(A) despesas com seguros no valor de R$ 40.000,00 na Demonstração de Resultado.
(B) despesas com seguros no valor de R$ 48.000,00 na Demonstração de Resultado.
(C) seguros pagos antecipadamente de R$ 48.000,00 no Balanço Patrimonial.
(D) seguros pagos antecipadamente de R$ 4.000,00 no Balanço Patrimonial.
(E) seguros pagos antecipadamente de R$ 44.000,00 no Balanço Patrimonial.
Comentários:
No momento da contração do seguro, em 31.01.2016, a empresa efetuou a seguinte
contabilização:

D Seguros pagos antecipadamente (Ativo) R$ 48.000,00


C Bancos R$ 48.000,00

Como a vigência do seguro é de 12 meses, a cada mês a empresa irá reconhecer a despesa de
48.000/12 = R$ 4000,00 no resultado tendo como contrapartida a conta de Seguros pagos
antecipadamente. Ao longo de exercício de 2016, a empresa terá contabilizado a despesa de
seguros por 11 meses, portanto, a despesa total será de 44.000:

D Despesas com seguros R$ 44.000,00.


C - Prêmio de Seguros a apropriar (Ativo) R$ 44.000,00.

O saldo da conta Seguros Pagos antecipadamente apresentará o saldo de 48.000 44.000 = 4.000
e a despesa de seguros contabilizada na Demonstração do Resultado de 2016 será de 44.000.

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Gabarito→D

8. (FCC/DPE-RS/Contabilidade/2017)
A Cia. S.A. é uma empresa comercial e possuía, em 30/4/2017, a seguinte situação
patrimonial:
Disponível: ........................................................................................R$ 115.000,00
Estoques: ......................................................................................... R$ 55.000,00
Adiantamento de Clientes (cliente José): ........................................ R$ 60.000,00
Capital Social: .................................................................................. R$ 110.000,00
Durante o mês de maio de 2017, a Cia. S.A. realizou as seguintes operações:

Após o registro das operações acima, o total do Ativo da Cia. S.A., em 31/05/17, era, em reais,
a) 211.000,00
b) 204.000,00
c) 179.000,00
d) 219.000,00
e) 188.000,00
Comentários:
O saldo inicial do Ativo da empresa era de:

Disponível R$ 115.000,00
Estoques R$ 55.000,00
Total R$ 160.000,00

Agora vamos analisar as operações ocorridas no mês de maio de 2017, para verificarmos se há
efeito no Ativo:

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02/05/17 Pagamento antecipado, no valor de R$ 32.000,00, ao Fornecedor Augusto. O


Fornecedor entregará as mercadorias em 31/5/2017.

D - Adiantamento a fornecedores 32.000


C Disponível 32.000

Efeito nulo no Ativo.


08/05/17 Venda de Estoque por R$ 88.000,00, para ser recebida em agosto de 2017. O custo das
mercadorias entregues foi R$ 35.000,00 e os tributos incidentes sobre a venda foram R$ 7.000,00
e serão pagos em junho de 2017.
Contabilização da Receita

D - Clientes 88.000 (aumento do ativo)


C - Receita de Vendas 88.000 (receitas)

Contabilização da Baixa do Estoque:

D - CMV 35.000 (despesas)


C - Estoques 35.000 (diminuição do ativo)

D Tributos sobre a venda 7.000 (despesas)


C Tributos a pagar 7.000 (aumento do passivo)

16/05/17 Recebimento antecipado de R$ 12.000,00 do Cliente Rafael, para que a Cia. lhe
entregue produtos em setembro.

D - Disponibilidades 12.000 (aumento do ativo)


C - Adiantamento de clientes 12.000 (aumento do passivo)

19/05/17 Entrega das mercadorias para o cliente José. O custo das mercadorias entregues foi R$
15.000,00.
Reconhecimento da Receita

D Adiantamento de clientes 60.000,00 (diminuição do passivo)


C Receita de vendas 60.000,00 (receitas)

Reconhecimento do CMV

D - CMV 15.000 (despesas)


C - Estoques 15.000 (diminuição do ativo)

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22/05/17 Compra de Estoque no valor de R$ 23.000,00, à vista.

D - Estoques 23.000 (aumento do ativo)


C - Disponibilidades 23.000 (diminuição do ativo)

30/05/17 Pagamento dos salários dos funcionários no valor de R$ 9.000,00, referentes aos
serviços prestados em maio de 2017.

D - Despesas de Salários 9.000 (despesas)


C - Disponibilidades 9.000 (diminuição do ativo)

31/01/17 recebimento das mercadorias, pagas no dia 2/5/2017, do Fornecedor Augusto

D Estoque 32.000 (aumento do ativo)


C Adiantamento a fornecedores 32.000 (diminuição do ativo)

Após as contabilizações apresentadas, o saldo final do Ativo será:

Saldo Inicial = 170.000 + 88.000 35.000 + 12.000 15.000 - 9.000 = 211.000

Gabarito→A
9. (FCC/Artesp/Técnico/2017)
A Cia. Italiana possuía em 31/12/2016 a seguinte situação patrimonial:

Após o registro das operações acima, o Ativo da Cia. Italiana, em 31/01/2017, era, em reais,
a) 275.000,00.
b) 240.000,00.
c) 265.000,00.
d) 215.000,00.
e) 250.000,00.

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Comentários:
O saldo inicial do Ativo da empresa era de:

Disponível R$ 100.000,00
Estoques R$ 50.000,00
Total R$ 150.000,00

Agora vamos analisar as operações ocorridas no mês de janeiro de 2017, para verificarmos se há
efeito no Ativo:
02/01/17 Venda de Mercadorias que havia custado R$ 15.000,00, por R$ 60.000,00, a prazo.

150.000 + 60.000 15.000 5.000 10.000 + 30.000 + 25.000 + 35.000 35.000 +


40.000

Contabilização da Receita:

D - Clientes 60.000 (aumento do ativo)


C - Receita de Vendas 60.000 (receitas)

Contabilização da Baixa do Estoque:

D - CMV 15.000 (despesas)


C - Estoques 15.000 (diminuição do ativo)

08/01/17 Pagamento de fornecedores no valor de R$ 5.000,00.

D Fornecedores 5.000 (diminuição do passivo)


C Disponível 5.000 (diminuição do ativo)

12/01/17 Pagamento de dividendos no valor de R$ 10.000,00.

D - Dividendos a pagar 10.000 (diminuição do passivo)


C - Disponível 10.000 (diminuição do ativo)

15/01/17 Aumento de capital no valor de R$ 30.000,00, com um veículo.

D - Veículos 30.000 (aumento do ativo)


C - Capital social 30.000 (aumento do Patrimônio Líquido)

20/01/17 Recebimento de R$ 25.000,00, referente à venda realizada no dia 02/01/2017.

D - Disponível 25.000 (aumento do ativo)


C - Clientes 25.000 (diminuição do ativo)

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24/01/17 Aquisição de Estoque no valor de R$ 35.000,00, à vista.

D - Estoques 35.000 (aumento do ativo)


C - Disponível 35.000 (diminuição do ativo)

31/01/17 Recebimento de R$ 40.000,00 do cliente Pedro, referente a mercadorias que serão


entregues em dois meses.

D - Disponível 40.000 (aumento do ativo)


C - Adiantamento de clientes 40.000 (aumento do passivo)

Após as contabilizações apresentadas, o saldo final do Ativo será:

Saldo Inicial = 150.000 + 60.000 15.000 5.000 10.000 + 30.000 + 40.000 = 250.000

Nós fizemos uma resolução mais completa, para treinamento, mas não era necessário fazer a
contabilização de todos os fatos contábeis para encontrarmos o gabarito da questão.
Gabarito→E

10. (FCC/DPE-RS/Contabilidade/2017)
A empresa Só Luxo S.A. possuía R$ 100.000,00 na conta de Clientes e uma estimativa de
perda com créditos de liquidação duvidosa (EPCLD) no valor de R$ 10.000,00 no Balanço
Patrimonial de 31/12/2016. Em março de 2017, o cliente A, que devia R$ 9.000,00, se tornou
incobrável. Ao registrar este evento na contabilidade, a empresa Só Luxo S.A.
a) reconheceu uma Perda com Clientes, no resultado, no valor de R$ 9.000,00.
b) diminuiu em R$ 9.000,00 o total do Ativo.
c) aumentou em R$ 9.000,00 o Passivo.
d) diminuiu em R$ 1.000,00 o Patrimônio Líquido.
e) diminuiu o saldo da EPCLD em R$ 9.000,00.
Comentários:
A empresa já havia constituído uma estimativa de perda com créditos de liquidação duvidosa
(EPCLD) no valor de R$ 10.000,00 e R$ 9.000 se tornou incobrável, isto é, uma quantia que estava
dentro da estimativa de perda.
Assim sendo, o lançamento será:

D Estimativa de Perdas com Clientes (retificadora do ativo)


C Clientes (Ativo).

Não reconhecemos despesas no resultado, pois esse valor estava na estimativa de perda.
Gabarito→E

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11. (FCC/Artesp/Técnico/2017)
A empresa comercial On Line S.A. adota o critério da Média Ponderada Móvel para controle
dos estoques e realizou as seguintes operações durante o mês de março de 2017, conforme
tabela abaixo.

Sabendo que a empresa comercial On Line S.A. não apresentava estoque inicial, o custo das
mercadorias vendidas no mês de março de 2017 foi, em reais,
a) 6.000,00.
b) 9.000,00.
c) 5.920,00.
d) 4.080,00.
e) 5.400,00.
Comentários:
Em questões que utilizam o como critério de avaliação a Média Ponderada Móvel, acaba sendo
N
todos os campos, mas acaba sendo a melhor solução:
Entradas Saídas Saldo Final
QTD VU Total QTD VU Total QTD VU Total
200 R$ 30,00 R$ 6.000,00 200 R$ 30,00 R$ 6.000,00
50 R$ 30,00 R$ 1.500,00 150 R$ 30,00 R$ 4.500,00
100 R$ 40,00 R$ 4.000,00 250 R$ 34,00 R$ 8.500,00
90 R$ 34,00 R$ 3.060,00 160 R$ 34,00 R$ 5.440,00
40 R$ 34,00 R$ 1.360,00 120 R$ 34,00 R$ 4.080,00
CMV R$ 5.920,00

O CMV é a soma do custo das saídas efetuadas nas vendas: 1.500 + 3.060 + 1.360 = R$ 5.920,00
Gabarito→C

12. (FCC/TRF-5ª Região/Analista Judiciário/2017)


A empresa JKL iniciou as suas atividades em 01/01/2016 e, durante o ano de 2016, realizou
as seguintes transações:
Subscrição do capital social no valor de R$ 150.000,00, sendo integralizado totalmente em
dinheiro em 01/01/2016.

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Aquisição à vista de prédio no valor de R$ 50.000,00, em 01/01/2016.


Compra de mercadorias a prazo, em 02/01/2016, no valor total de R$ 40.000,00, com
pagamento sem juros para 01/02/2017.
Aquisição à vista de veículo no valor de R$ 30.000,00, em 01/03/2016.
Venda, em 30/06/2016, de 20% do estoque de mercadorias adquirido anteriormente por R$
30.000,00, sendo recebido 50% à vista e 50% para 15/02/2017.
Aquisição à vista de software no valor de R$ 10.000,00, em 01/07/2016.
Pagamento à vista de despesas gerais no valor de R$ 10.000,00, em 31/12/2016.
Sabe-se que a vida útil econômica do prédio é de 20 anos, a do veículo e do software é de 5
anos e a empresa adota o critério de cotas constantes para cálculo da depreciação e
amortização. O total do ativo e do patrimônio líquido apresentado em 31/12/2016 e o lucro
líquido apurado no ano de 2016 foram, respectivamente, em reais,
(A) 191.500,00; 151.500,00; 1.500,00.
(B) 193.500,00; 151.500,00; 1.500,00.
(C) 202.000,00; 153.500,00; 3.500,00.
(D) 193.500,00; 153.500,00; 3.500,00.
(E) 202.000,00; 152.500,00; 2.500,00.
Comentários:
Vamos efetuar a contabilização dos fatos contábeis apresentados:
Subscrição do capital social no valor de R$ 150.000,00, sendo integralizado totalmente em
dinheiro em 01/01/2016.

D Bancos 150.000
C Capital Social 150.000

Esse lançamento gerou aumento no ativo e no PL de 150.000


Aquisição à vista de prédio no valor de R$ 50.000,00, em 01/01/2016.

D Prédios e Edificações 50.000


C Bancos 50.000

Esse lançamento não gerou aumento nem diminuição do ativo. Apenas permutação.
Compra de mercadorias a prazo, em 02/01/2016, no valor total de R$ 40.000,00, com pagamento
sem juros para 01/02/2017.

D Estoques (Ativo) 40.000


C Fornecedores 40.000

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Esse lançamento gerou aumento no ativo e no passivo de 40.000


Aquisição à vista de veículo no valor de R$ 30.000,00, em 01/03/2016.

D Veículos 30.000
C Bancos 30.000

Esse lançamento não gerou aumento nem diminuição do ativo.


Venda, em 30/06/2016, de 20% do estoque de mercadorias adquirido anteriormente por R$
30.000,00, sendo recebido 50% à vista e 50% para 15/02/2017.

D Bancos 15.000
D Clientes 15.000
C Receita de Vendas 30.000

Esse lançamento gerou aumento no ativo e no PL de 30.000

D CMV 8.000
C Estoques 8.000

Esse lançamento gerou diminuição no ativo e no PL de 8.000.


Aquisição à vista de software no valor de R$ 10.000,00, em 01/07/2016.

D Intangível - Software 10.000


C Bancos 10.000

Esse lançamento não gerou aumento nem diminuição do ativo.


Pagamento à vista de despesas gerais no valor de R$ 10.000,00, em 31/12/2016.

D Despesas Gerais 10.000


C Bancos 10.000

Esse lançamento gerou diminuição no ativo de 10.000.


- Contabilização dos encargos de depreciação e amortização:
Prédio:
Valor Contábil: 50.000
Vida Útil = 20 anos ou 240 meses
Depreciação no ano de 2016 =1 ano ou 12 meses = 50.000/20 = 2.500

D Despesas de Depreciação 2.500


C Depreciação Acumulada 2.500

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Esse lançamento gerou diminuição no ativo de 2.500.


Veículo:
Valor Contábil: 30.000
Vida Útil = 5 anos ou 60 meses
Depreciação no ano de 2016 = 10 meses = (30.000/60) x 10 = 5000

D Despesas de Depreciação 5.000


C Depreciação Acumulada 5.000

Esse lançamento gerou diminuição no ativo de 5000.


Software:
Valor Contábil: 10.000
Vida Útil = 5 anos ou 60 meses
Amortização no ano de 2016 = 6 meses ou 0,5 ano = (10.000/5) x 0,5 = 1000

D Despesas de Amortização 1.000


C Amortização Acumulada 1.000

Esse lançamento gerou diminuição no ativo de 1000.


Após esses lançamentos o saldo do Ativo será de:

+ 150.000 + 40.000 + 30.000 - 8.000 - 10.000 - 2.500 - 5.000 - 1.000 = 193.500

Agora vamos encontrar o valor do Lucro Líquido confrontando as receitas e despesas:

Receita de Vendas 30.000


(-) CMV (8.000)
(-) Despesas Gerais (10.000)
(-) Despesas de Depreciação (7.500)
(-) Despesas de Amortização (1.000)
= Lucro Líquido 3.500

Por fim, o saldo do Patrimônio Líquido será: Capital Social + Lucro Líquido = 153.500
Gabarito→D

13. (FCC/TRF-5ª Região/Analista Judiciário/2017)


A empresa PQR iniciou as suas atividades em 01/01/2016 e, durante janeiro de 2016,
realizou as seguintes transações:

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Em 02/01/2016, comprou mercadorias (30 unidades) no valor de R$ 5.700,00, e pagou,


adicionalmente, frete no valor de R$ 300,00.
Em 04/01/2016, comprou mercadorias (25 unidades) no valor de R$ 4.450,00, e pagou,
adicionalmente, frete no valor de R$ 550,00.
Em 12/01/2016, comprou mercadorias (35 unidades) no valor total de R$ 7.000,00.
Em 15/01/2016, vendeu mercadorias (50 unidades) por R$ 25.000,00 à vista. Para a entrega
das mercadorias, a empresa pagou frete no valor de R$ 400,00.
Em 19/01/2016, comprou mercadorias (20 unidades) no valor total de R$ 4.600,00.
Em 30/01/2016, vendeu mercadorias (20 unidades) por R$ 10.000,00, à vista.
Sabendo-se que a empresa PQR não possuía estoque inicial, os valores do Lucro Bruto
P E P “
PEPS e Custo Médio Ponderado Móvel foram, respectivamente, em reais,
(A) 21.850,00 e 21.398,00.
(B) 21.000,00 e 20.800,00.
(C) 20.600,00 e 20.400,00.
(D) 21.000,00 e 20.400,00.
(E) 21.450,00 e 20.800,00.
Comentários:
Vamos calcular, já considerando o valor do frete no estoque:

Data Operação Quantidade $ Unitário Total


02/01 Compra 30 200 6000
04/01 Compra 25 200 5000
12/01 Compra 35 200 7000
15/01 Venda -35
19/01 Compra 20 230 4600
30/01 Venda -20

PEPS: Primeiro que entra, primeiro que sai:


Como as vendas foram de 70 unidades, podemos valorizar todas por $200 unitários. A empresa
comprou 90 unidades com esse custo unitário.

Primeiro que Entra, Primeiro que Sai (PEPS)


Quantidade $ Unitário Total
CMV 70 200 14000

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Custo médio:

Data Operação Quantidade $ Unitário Total CMV


02/01 Compra 30 200 6000
04/01 Compra 25 200 5000
12/01 Compra 35 200 7000
Subtotal 90 200 18000
15/01 Venda -50 200 10000
Subtotal 40 8000
19/01 Compra 20 230 4600
Subtotal 60 210,00 12600
30/01 Venda -20 210,00 4200
Total 14200

Total da Receita: $25.000 + $ 10.000 = $35.000

PEPS Média Móvel


Receita Vendas 35.000 35.000
CMV -11.000 -14.200
Lucro Bruto 24.000 20.800
Gabarito → B

14. (FCC/SEFAZ-PI/Auditor Fiscal/2015)


Uma empresa comercial realizou, durante o ano de 2012, as seguintes transações de compra
e venda de mercadorias, em ordem cronológica:
Data Transação
15/01 Compra de 10.000 unidades ao preço unitário de R$ 5,00.
10/02 Pagamento de frete pela compra de 15/01 no valor total de R$ 2.000,00.
18/05 Compra de 10.000 unidades ao preço unitário de R$ 6,00.
30/05 Venda de 10.000 unidades pelo valor total de R$ 60.500,00.
20/06 Devolução de 1.000 unidades da compra de 15/01 por apresentarem defeitos
de fabricação.
18/09 Concessão de um abatimento de R$ 500,00 na venda realizada em 30/05.
A empresa adota o Método da Média Ponderada Móvel para a avaliação do estoque e início
do ano de 2012 não mantinha estoque de mercadorias. Supondo que não há incidência de
qualquer tributo na compra e venda das mercadorias, o valor evidenciado para a conta
Estoque no Balanço Patrimonial de 31/12/2012 e o Resultado Bruto com Vendas apresentado
na Demonstração do Resultado de 2012 foram, respectivamente, em reais,

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a) 50.000,00 e 3.000,00.
b) 51.000,00 e 4.000,00
c) 50.000,00 e 5.500,00.
d) 51.000,00 e 4.500,00.
e) 50.000,00 e 5.000,00.
Comentários:
Vamos organizar as informações apresentadas em uma ficha de estoque:

Data Entrada Saída Saldo Final


QTD VU Total QTD VU Total
QTD VU Total
15/jan 10000 R$ 5,00 R$ 50.000,00 10000 R$ 5,00 R$ 50.000,00
10/fev 10000 R$ 0,20 R$ 2.000,00 10000 R$ 5,20 R$ 52.000,00
18/mai 10000 R$ 6,00 R$ 60.000,00 20000 R$ 5,60 R$ 112.000,00
30/mai 10000 R$ 5,60 R$ 56.000,00 10000 R$ 5,60 R$ 56.000,00
20/jun -1000 R$ 5,00 -R$ 5.000,00 9000 R$ 5,67 R$ 51.000,00
CMV R$ 56.000,00 9000 R$ 5,67 R$ 51.000,00

* A devolução de mercadorias adquiridas não é lançada como uma saída, mas como um ajuste na
entrada.
Portanto, o saldo final do estoque é de R$ 51.000,00
Agora vamos encontrar o Lucro Bruto:

Receita Bruta de Vendas 60.500


(-) Abatimentos (500)
(-) CMV (56.000)
Lucro Bruto 4.000

Gabarito→B

15. (FCC/SEFAZ-PI/Auditor Fiscal/2015)


Em 31/12/2013, a Cia. Financiada realizou a emissão de debêntures para captação de
recursos no valor de R$ 10.000.000,00. As debêntures apresentaram as seguintes
características:
P
T
P guais e anuais de R$ 2.637.974,81
Para a emissão e colocação das debêntures no mercado, a Cia. incorreu em custos de
transação no valor total de R$ 150.000,00. No entanto, a expectativa do mercado futuro de

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juros era que ocorreria um aumento nas taxas de juros nos próximos anos e a Cia. obteve um
valor inferior ao da emissão, vendendo os títulos por R$ 9.500.000,00.
A taxa de custo efetivo da emissão foi 12,6855% ao ano. O valor dos encargos financeiros
apropriados no resultado de 2014 foi, em reais,
(A) 1.355.122,50.
(B) 1.186.094,25.
(C) 2.637.974,81.
(D) 1.150.000,00.
(E) 1.268.550,00.
Comentários:
Na emissão de debêntures, podemos efetuar a captação com ágio, isto é, um valor acima do

nominal.
O ágio na emissão é contabilizado, inicialmente, como receita diferida e será apropriada ao
resultado por competência, como receita financeira. De outra forma, o deságio fica registrado em
conta retificadora do Passivo e será apropriada ao resultado também, por competência, como
despesa financeira.

Acima do Valor
Nominal

Ágio
Receita Diferida (vai
para o resultado por
competência)
Emissão de
Debêntures
Abaixo do Valor
Nominal

Deságio
Retificadora do
Passivo (vai para o
resultado por
competência)

Vamos fazer a contabilização apresentada:

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Valor de emissão: R$ 10.000.000,00


(-) deságio a amortizar: (R$ 500.000,00)
(-) custos de transação (R$ 150.000,00)
= Captação Líquida R$ 9.350.000,00

Encargos Financeiros: Captação Líquida x Taxa Efetiva: 9.350.000,00 x 12,6855%


Encargos Financeiros = R$ 1.186.094,25
Gabarito→B

16. (FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ/RJ/2014)


A Cia. Comerciante adquiriu, em 01/07/2013, mercadorias para serem revendidas. As
mercadorias foram adquiridas, à vista, por R$ 150.000,00, sendo que neste valor estavam
inclusos os tributos recuperáveis de R$ 22.000,00 e os tributos não recuperáveis de R$
15.000,00. Adicionalmente, a Cia. Comerciante contratou e pagou frete e seguro, para
transporte das mercadorias adquiridas até a empresa, no valor de R$ 5.000,00, sendo que
neste valor estavam inclusos tributos recuperáveis de R$ 600,00. Em 31/07/2013, a empresa
Comerciante revendeu todas estas mercadorias por R$ 300.000,00, à vista. Sobre o valor da
venda houve incidência de ICM“ I C M P
Serviços no valor de R$ 45.000,00 e pagamento de comissão para os vendedores no valor de
R$ 9.000,00. Com base nestas informações, o valor do lucro bruto apurado pela Cia.
Comerciante no mês de julho de 2013 foi
(A) R$ 100.000,00.
(B) R$ 122.600,00.
(C) R$ 113.600,00.
(D) R$ 150.000,00.
(E) R$ 127.000,00.
Comentários:

Compra bruta 150.000,00


(-) Tributos recuperáveis (22.000,00)
+ Frete 5.000,00
- Tributos recuperáveis (600,00)
Compras líquidas 132.400,00

Lucro bruto = 300.000,00 45.000,00 132.400,00 = 122.600,00.


A comissão sobre venda é despesa operacional.
Gabarito → B.

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17. (FCC/TRT 19ª/Contabilidade/2014)


A Empresa Geral de Comércio S.A. adquiriu um estoque de mercadorias para revenda no
valor de R$ 300.000,00. A compra foi realizada no dia 30/12/2011, o prazo para pagamento
concedido pelo fornecedor foi de 210 dias e sabe-se que o preço das mercadorias seria R$
280.000,00 se a compra fosse efetuada com pagamento à vista. A Empresa Geral de Comércio
S.A. ficou responsável pela retirada das mercadorias na fábrica da empresa vendedora e
efetuou o pagamento do frete no valor de R$ 2.000,00. A empresa possui um estudo
estatístico confiável e auditado por empresa independente e avalia, por este modelo, que as
perdas de estoque, em função do seu processo de armazenagem e distribuição, representa
1% do valor total adquirido em cada compra. Os valores, em reais, apresentados pela
empresa nas demonstrações contábeis de 2011, relativos às informações anteriores são:
(A) Estoque = 297.000;
Passivo = 300.000;
Despesa com Frete = 2.000;
Despesa com Impairment = 3.000.
(B) Estoque = 300.000;
Passivo = 300.000;
Despesa com Frete = 2.000.
(C) Estoque = 280.000;
Passivo = 300.000;
Despesa com Frete = 2.000;
Despesa Financeira = 20.000.
(D) Estoque = 277.180;
Passivo = 280.000;
Despesa com Frete = 2.000;
Despesa com Impairment = 2.820.
(E) Estoque = 279.180;
Passivo = 280.000;
Despesa com Impairment = 2.820.
Comentários:
Apresentamos uma sugestão de recurso para essa questão:
O gabarito provisório foi a Letra E.
Aparentemente, o cálculo da Ilustre Banca Examinadora foi o seguinte:
Preço à vista da mercadoria 280.000 + frete 2.000 = 282.000
Perda de 1% = 282.000 x 1% = 2.820
Valor total do estoque: 282.000 2.820 = 279.180.
Vejamos, em primeiro lugar, o valor da compra, de 280.000.

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Poderíamos justificar tal procedimento com o Pronunciamento CPC 16 (R1) Estoques:

CPC 16 (R1) Estoques


18. A entidade geralmente compra estoques com condição para pagamento a prazo. A
negociação pode efetivamente conter um elemento de financiamento, como, por
exemplo, uma diferença entre o preço de aquisição em condição normal de pagamento
e o valor pago; essa diferença deve ser reconhecida como despesa de juros durante o
período do financiamento.

O procedimento acima é o Ajuste a Valor Presente, que foi detalhado no CPC 12 Ajuste a Valor
Presente:

CPC 12 Ajuste a Valor Presente


21. Os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de operações de longo
prazo, ou de curto prazo quando houver efeito relevante, devem ser ajustados a valor
presente com base em taxas de desconto que reflitam as melhores avaliações do
mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos do ativo e do
passivo em suas datas originais.

A Lei das SAs (Lei 6.404/76) segue a mesma linha:

Critérios de Avaliação do Ativo


Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes
critérios:

VIII os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a


valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído
pela Lei nº 11.638,de 2007)

A operação em tela não foi a longo prazo (foi de 210 dias, o que corresponde a sete meses. No
circulante, ficam classificados os valores que serão realizados nos 12 meses seguintes à data do
balanço).
E a questão não menciona, em nenhum momento, que o ajuste a valor presente seria relevante
para essa operação (o que poderia justificar o uso do Ajuste a Valor Presente).
Assim, a empresa deve considerar 300.000 como o valor da compra. O cálculo ficaria assim:

Preço à vista da mercadoria 300.000 + frete 2.000 = 302.000


Perda de 1% = 302.000 x 1% = 3.020
Valor total do estoque: 302.000 3.020 = 298.980.

Sem Resposta. Assim, solicitamos a anulação da questão.


Há ainda outro problema.

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A alternativa E (gabarito provisório da questão) indica o valor de 2.820 com Despesa com
Impairment.
Ocorre que o valor de 2.820 não se refere a Impairment (Teste de Recuperabilidade).
O teste de Recuperabilidade ou Impairment compara o valor contábil do ativo com o seu valor
recuperável.
O valor recuperável é o maior entre o valor em uso e o valor líquido realizável.
Assim, iríamos apurar uma Despesa de Impairment caso a questão indicasse um valor realizável
líquido menor que o valor contábil do estoque.
O D
P P E D I
O lançamento correto seria:
Estoque = 298.980;
Passivo = 300.000;
Despesa com Ajuste para perdas prováveis no estoque = 3.020.
Como não corresponde a nenhuma alternativa, solicitamos respeitosamente a ANULAÇÂO da
questão
Mas a Banca não aceitou o recurso, mantendo como gabarito definitivo a Letra E.
Gabarito → E

18. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS/SP /2013)


Determinada empresa adquiriu mercadorias para revenda, cujo valor total da nota fiscal foi
R$ 123.000,00, estando incluso neste valor: ICMS: R$ 20.000,00 IPI: R$ 12.000,00, Frete: R$
8.000,00 Seguro: R$ 3.000,00 Sabendo que a empresa é contribuinte do ICMS, mas não
contribuinte do IPI, o valor das mercadorias adquiridas reconhecido nos estoques foi, em
reais,
A) 123.000
B) 92.000
C) 103.000
D) 112.000
E) 80.000
Comentário:
Conforme o Pronunciamento CPC 16 (R1) Estoques:

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de


importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os
custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de

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produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros


itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.
(NR) (Nova Redação dada pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010

A questão menciona que a empresa é contribuinte do ICMS, mas não do IPI. Assim, o ICMS será
recuperado (e portanto não integra o custo do estoque).
Quanto ao frete e seguro, são incluídos no custo do estoque. Assim, temos:

Valor total da nota fiscal 123.000,00


(-) ICMS a recuperar (20.000,00)
Valor do estoque 103.000,00

Gabarito → C

19. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS/SP /2013)


Considere:
I. O valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou outros insumos de produção.
II. Gastos com armazenamento de produtos em fase de processo, aguardando próxima etapa.
III. Despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos
clientes.
Deve compor os estoques das empresas o que consta em
A) I, II e III. C) III, apenas. E) II e III, apenas.
B) II, apenas. D) I, apenas.
Comentários:
Texto do Pronunciamento CPC 16 (R1) Estoques:

CUSTOS DO ESTOQUE
10. O VALOR DE CUSTO DO ESTOQUE DEVE INCLUIR TODOS OS CUSTOS DE AQUISIÇÃO
E DE TRANSFORMAÇÃO, BEM COMO OUTROS CUSTOS INCORRIDOS PARA TRAZER OS
ESTOQUES À SUA CONDIÇÃO E LOCALIZAÇÃO ATUAIS.
CUSTOS DE AQUISIÇÃO
11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de
importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os
custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de
produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros
itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR)
(Nova Redação dada pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)

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Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:


1) Preço de compra
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis).
3) Os tributos recuperáveis são:
a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)
b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)
4) Custos de transporte (frete), seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição.
Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de aquisição.
Assim, a assertiva II entra no custo dos estoques.
O valor anormal de desperdícios não compõe o custo dos estoques, sendo contabilizada
diretamente no resultado do exercício.
E as despesas de comercialização entram em Despesas Comerciais.
Gabarito → B

20. (FCC/TRT 18º/Analista Contabilidade/2013)


A Cia. Vende Água adquiriu mercadorias para serem revendidas, à vista, por R$ 80.000,00.
Neste valor estavam inclusos os tributos recuperáveis de R$ 13.000,00 e os tributos não
recuperáveis de R$ 8.000,00.
Adicionalmente, a Cia. Vende Água pagou seguro no valor de R$ 6.000,00 referente à
aquisição dessas mercadorias. Com base nestas informações, o valor reconhecido no estoque
de mercadorias referente a esta compra foi
(A) R$ 59.000,00.
(B) R$ 80.000,00.
(C) R$ 67.000,00.
(D) R$ 73.000,00.
(E) R$ 65.000,00.
Comentários:
Vale lembrar que os impostos recuperáveis não entram no custo da mercadoria; os impostos não
recuperáveis e o seguro da aquisição entram.

Custo da mercadoria: 80.000 impostos recuperáveis 13.000 + seguro 6.000


Custo da mercadoria: 80.000 13.000 + 6.000 = $73.000,00

Gabarito → D

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21. (FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ PI/2015)


Em 30/09/2013, uma empresa obteve um empréstimo no valor de R$ 200.000,00 que será
liquidado integralmente (principal e juros) em 30/09/2016. A taxa de juros compostos
contratada foi 1% ao mês e o saldo do empréstimo é corrigido por um índice de preços que
variou 3% entre a data da obtenção do empréstimo e a data de 31/12/2013. Considere que
os meses são de 30 dias corridos.
O valor contábil evidenciado no Balanço Patrimonial de 31/12/2013 deste empréstimo foi,
em reais:
a) 206.000,00
b) 212.242,01
c) 212.180,00
d) 272.000,00
e) 280.160,00
Comentários:
Questão de matemática financeira:

1,01 x Valor anterior 1,03 x Valor anterior


Principal Outubro Novembro Dezembro Correção
R$ 200.000,00 R$ 202.000,00 R$ 204.020,00 R$ 206.060,20 R$ 212.242,01

Gabarito → B.

22. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2013)


Determinada empresa comercial possuía em seu Balanço Patrimonial, em 31/12/2011, R$
350.000,00 em duplicatas a receber e uma estimativa de perdas com créditos de liquidação
duvidosa (EPCLD) no valor de R$ 10.500,00. Em janeiro de 2012, um cliente que devia R$
5.000,00 foi considerado incobrável. Ao reconhecer este evento, a empresa debitou
a) EPCLD e creditou Duplicatas a Receber.
b) EPCLD e creditou Provisão no passivo.
c) Despesa com EPCLD e creditou Disponível.
d) Perdas com Clientes e creditou EPCLD.
e) Perdas com Clientes e creditou Duplicatas a Receber.
Comentários:
Balanço patrimonial em 31.12.2011.

Duplicatas a receber 350.000,00


(-) PCLD (10.500,00)

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O lançamento para reconhecer essa provisão para créditos de liquidação duvidosa é:

D Despesa com PCLD 10.500,00


C PCLD 10.500,00

Como a perda de R$ 5.000,00 foi confirmada em janeiro de 2012, daremos baixa nesse valor.

D PCLD 5.000,00
C Duplicatas a receber 5.000,00

Como a perda foi considerada incobrável, devemos baixar a conta clientes.


Gabarito → A.

23. (FCC/Analista Judiciário/TRT RO/2013)


Considere os seguintes dados contábeis da Cia. DZB:
Duplicatas a Receber em 31/12/2012 R$ 200.000,00
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD) em 31/12/2012 R$ 4.000,00
Em janeiro de 2013, um cliente considerado incobrável em outubro de 2012 pagou uma
duplicata no valor de R$ 3.000,00. O lançamento contábil referente ao pagamento do cliente
gerou um:
a) débito em PCLD.
b) crédito em PCLD.
c) crédito em Duplicatas a Receber.
d) crédito em Receita de Vendas.
e) crédito em Outras Receitas Operacionais.
Comentários:
Nosso balanço, estava do seguinte modo:

Duplicatas a Receber em 31/12/2012 R$ 200.000,00


Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa(PCLD) em 31/12/2012 R$ 4.000,00

Quando a provisão é constituída, nós lançamos:

D Despesa com PCLD


C PCLD (redutora ativo)

Posteriormente, se a perda for reconhecida como efetiva, quando o cliente é considerado


incobrável, nós fazemos o seguinte:

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D PCLD
C Duplicatas a receber

Vejam que, neste lançamento, a conta foi considerada como incobrável. Ocorre que,
posteriormente, o cliente que havia sido considerado incobrável, efetuou o pagamento. Mas já
havíamos dado baixa na conta. O que fazer? Nesta hipótese, lançamos o valor na conta caixa, o
montante recebido, e a contrapartida será uma conta de receita (outras receitas operacionais).

D Disponível
C Outras receitas operacionais

Gabarito → E.

24. (FCC/Analista/TRF 3/2014)


Em 31/12/2012, a empresa Credora S.A. possuía R$ 150.000,00 em duplicatas a receber de
clientes e uma estimativa de perdas com créditos de liquidação duvidosa (EPCLD) no valor de
R$ 7.500,00. Em fevereiro de 2013, o cliente Caloteiro, que devia R$ 4.000,00, se tornou
incobrável. Ao registrar este evento na contabilidade, a empresa Credora S.A.:
a) reduziu o total do Ativo.
b) reconheceu um Passivo.
c) reduziu o Patrimônio Líquido.
d) reduziu o saldo da estimativa (EPCLD).
e) reconheceu uma Perda com Clientes, no resultado.
Comentários:
O balanço estava do seguinte modo:

Clientes 150.000,00
(-) PCLD (7.500,00)
Saldo líquido 142.500,00

Quando a provisão é constituída, nós lançamos:

D Despesa com PCLD 7.000


C PCLD (redutora ativo) 7.000

Posteriormente, se a perda for reconhecida como efetiva, quando o cliente é considerado


incobrável, nós fazemos o seguinte:

D PCLD 4.000
C Duplicatas a receber 4.000

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Com esse lançamento, o ativo ficará:

Clientes 146.000,00
(-) PCLD (3.500,00)
Saldo líquido 142.500,00

Portanto, houve redução do saldo da estimativa da PCLD.


Gabarito → D.

25. (FCC/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRF 3/2014)


A empresa Conceitual contratou e pagou, em 31/07/2013, um seguro contra incêndio no
valor de R$ 48.000,00. Esse seguro tem vigência de 01/08/2013 a 31/07/2014. Ao elaborar
suas demonstrações contábeis, em 30/09/2013, a empresa Conceitual apresentou
a) despesas acumuladas com seguros no valor de R$ 48.000,00, na DRE.
b) despesas acumuladas com seguros no valor de R$ 8.000,00, na DRE.
c) despesas acumuladas com seguros no valor de R$ 12.000,00, na DRE.
d) seguros pagos antecipadamente de R$ 48.000,00, no Balanço Patrimonial.
e) seguros pagos antecipadamente de R$ 44.000,00, no Balanço Patrimonial.
Comentários:
A empresa contratou seguro durante doze meses. O valor do seguro é, portanto, de R$ 4.000,00
por mês.
Ao elaborar as demonstrações contábeis, em 30/09/2013, terão transcorridos dois meses de uso.
Os lançamentos são os seguintes:
Quando da contratação e pagamento:

D Seguros a vencer (ativo) 48.000,00


C Caixa (ativo) 48.000,00

Vejam que o valor fica lançado como seguro a vencer e não como despesa? Mas por quê? Pois a
despesa, segundo o princípio da competência, somente deve ser reconhecida quando o período de
competência ocorrer.
Portanto, mês a mês, lançaremos:

D Despesa de seguros (despesa) 4.000,00


C Seguros a vencer (ativo) 4.000,00

Em 30.09, terão transcorridos dois meses, portanto, teremos reconhecido uma despesa total de R$
8.000,00 e teremos um saldo de R$ 40.000,00.
Vejamos as alternativas:

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a) despesas acumuladas com seguros no valor de R$ 48.000,00, na DRE.


Não! As despesas acumuladas são de R$ 8.000,00.
b) despesas acumuladas com seguros no valor de R$ 8.000,00, na DRE. Gabarito!
c) despesas acumuladas com seguros no valor de R$ 12.000,00, na DRE.
Não! As despesas acumuladas são de R$ 8.000,00.
d) seguros pagos antecipadamente de R$ 48.000,00, no Balanço Patrimonial.
Incorreto. O saldo de seguro pago antecipadamente será de R$ 40.000,00.
e) seguros pagos antecipadamente de R$ 44.000,00, no Balanço Patrimonial.
Incorreto. O saldo de seguro pago antecipadamente será de R$ 40.000,00.
Gabarito → B.

13.2 - ESAF

26. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012)


O lançamento contábil apropriado para registrar o recebimento de notas promissórias no
valor de R$ 400,00 com descontos de 8% é o que segue abaixo:
a) Diversos
a Títulos a Receber
Caixa 368,00
Descontos Passivos 32,00 400,00
b) Caixa
a Diversos
a Títulos a Receber 368,00
a Descontos Ativos 32,00 400,00
c) Diversos
a Caixa
Títulos a Receber 368,00
Descontos Passivos 32,00 400,00
d) Caixa
a Diversos
a Títulos a Receber 400,00
a Descontos Ativos 32,00 432,00

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e) Diversos
a Caixa
Títulos a Receber 400,00
Descontos Passivos 32,00 432,00
Comentários:
Como a nota promissória é um direito, eventual desconto concedido pela empresa será tido como
uma perda, portanto, uma despesa ou desconto passivo. O desconto foi de 8% x 400,00 = R$ 32,00.
Logo:
- R$ 368,00 → Entrou no caixa.
- R$ 32,00 → Foi o desconto financeiro concedido.
- R$ 400 → Era o que esperávamos receber e, portanto, o valor que deve ser baixado contra o
caixa e desconto.
O lançamento é o seguinte:

D Caixa 368,00
D Descontos passivos 32,00
C Títulos a receber 400,00

Gabarito → A.

27. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012)


O lançamento contábil apropriado para registrar o pagamento de duplicatas no valor de R$
2.800,00, com descontos de 15%, é o que segue abaixo:
a) Diversos
a Caixa
Duplicatas a Pagar 2.380,00
Descontos Ativos 420,00 2.800,00
b) Caixa
a Diversos
a Duplicatas a Pagar 2.380,00
a Descontos Ativos 420,00 2.800,00
c) Diversos
a Duplicatas a Pagar
Caixa 2.380,00
Descontos Passivos 420,00 2.800,00

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d) Duplicatas a Pagar
a Diversos
a Caixa 2.380,00
a Descontos Ativos 420,00 2.800,00
e) Duplicatas a Pagar
a Diversos
a Caixa 2.380,00
a Descontos Passivos 420,00 2.800,00
Comentários:
Trata-se de questão sobre duplicata a pagar, com a liquidação antecipada da obrigação. Esperava-
se pagar R$ 2.800,00, no entanto, houve um desconto financeiro no valor de R$ 420,00 (15%). Este
valor é considerado, assim, uma receita para a entidade, ou desconto ativo.
Logo, temos:

- Dívida: R$ 2.800,00
- Desconto: R$ 420,00
Total pago: R$ 2.380,00 (saiu do caixa).

O lançamento, portanto, é:

D Fornecedores 2.800,00
C Caixa 2.380,00
C Descontos ativos 420,00

Gabarito, portanto, letra d.


Gabarito → D.

28. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012)


A empresa Redesconto S.A. trabalha com o desconto de duplicatas. Considerando que a
operação de desconto foi realizada com duplicatas que tinham vencimento em 30, 60, 90 e
120 dias, o valor dos juros descontados a serem reconhecidos no ato da operação devem ser
contabilizados como:
a) conta redutora das duplicatas descontadas no Passivo.
b) conta redutora das Receitas, no Resultado.
c) despesa antecipada, no Ativo Circulante.
d) despesas financeiras no Resultado.
e) conta redutora das duplicatas descontadas no Ativo.

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Comentários:
A ESAF entendia, antigamente, que os encargos a transcorrer deveriam ficar no ativo, como
despesa antecipada. O mais correto, tecnicamente, é classificar como redutora do passivo, e
apropriar conforme o prazo da operação.
A resposta deveria ser letra a, mas a banca considerou como gabarito a letra c.
Todavia, hoje, a ESAF consideraria como gabarito a letra a! Ela teve esse entendimento na prova
da ANAC, em 2016.
Nós comentamos isso no nosso canal: https://www.youtube.com/watch?v=8XdXr-qXbNk&t=321s
Veja o que diz o Manual de Contabilidade Societária, FIPECAFI, página 304:

"Há determinados empréstimos cujos encargos financeiros são preestabelecidos sem


valor prefixado, sendo recebido pela empresa somente o líquido do empréstimo. Nesse
caso, a empresa deve registrar o valor recebido na conta Bancos e o empréstimo total
na conta de Passivo; os encargos financeiros a transcorrer devem ser debitados em uma
conta redutora, denominada Encargos Financeiros a Transcorrer. Essa conta deverá ser
apropriada posteriormente para despesas financeiras à medida do tempo transcorrido.
Além disso, a parcela dos encargos ainda não transcorridos, e inclusa por contrapartida
na conta de empréstimo, não representa ainda um passivo. Dessa forma, tal conta deve
ser classificada como redução do passivo correspondente. Por esse motivo, o Plano de
Contas já apresenta a conta Encargos Financeiros a Transcorrer (conta devedora) como
redução dos empréstimos e financiamentos, estando a mesma prevista tanto no
circulante com no não circulante."

Gabarito da banca → C. Gabarito que a ESAF adotaria hoje → A.

29. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012)


A empresa Data Power S.A. apura sobre sua folha de pagamentos administrativa de R$
100.000,00 o total de 20% de INSS, correspondente a 12% de contribuição da parcela de
responsabilidade da empresa e 8% da parcela do empregado. A empresa efetuou a
contabilização de R$ 20.000,00 como despesa de INSS no resultado. Ao fazer a conciliação da
conta, deve o contador:
a) considerar o lançamento correto, uma vez que a folha refere-se a despesas
administrativas.
b) estornar da despesa o valor de R$ 8.000,00, lançando a débito da conta salários a pagar.
c) reverter da despesa o valor de R$ 12.000,00, lançando contra a conta de INSS a recolher.
d) reconhecer mais R$ 8.000,00 a débito de despesa de INSS pertinente a parcela do
empregado.
e) lançar um complemento de R$ 12.000,00 a crédito da conta salários a pagar.

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Comentários:
Os salários são registrados como despesa da empresa! O mesmo tratamento deve ser dado às
contribuições e encargos trabalhistas que sejam ônus do empregador.
Sobre o INSS, devemos perquirir se os encargos são do empregador ou do empregado. Sendo do
empregador, a empresa lançará como despesa, fora do montante previsto para o salário. Sendo do
empregado, a empresa apenas reterá o valor, lançando-o como obrigação no passivo e reduzindo o
montante a pagar aos empregados. Retém na condição de responsável.
Os lançamentos efetuados foram:
Pelo salário a pagar

D Despesa de salário 100.000


C Salários a pagar 100.000

Pelo INSS do empregado e do empregador

D Despesa com INSS 20.000


C INSS a recolher 20.000

Todavia, o correto seria:


Pelo salário a pagar

D Despesa de salários 100.000


C Salários a pagar 100.000

Pelo INSS devido pelo empregador

D Despesa com INSS 12.000


C INSS a recolher 12.000

Pelo INSS devido pelo empregado

D Salários a pagar 8.000


C INSS a recolher 8.000

Para corrigir o lançamento incorreto, uma solução viável é estornar o lançamento a maior na conta
Despesa com INSS (crédito), tendo-se como contrapartida um lançamento a débito na conta
Salários a pagar:

D Salários a pagar 8.000


C Despesa com INSS 8.000

Gabarito definitivo → B.

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30. (ESAF/MTUR/Contador/2014)
Uma das despesas mais usuais em qualquer entidade é a despesa com pessoal. Tomemos
como exemplo uma atividade realizada por apenas um empregado contratado, o qual tenha
demandado gastos mensais com a seguinte composição:
Salário mensal do empregado R$ 1.000,00
Adiantamento salarial R$ 250,00
Previdência social, parte patronal 21%
Previdência social, parte do segurado 11%
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 8%
Considerando que tenha sido este o fato ocorrido, podemos dizer que essa empresa deverá
contabilizar uma despesa no valor de
a) R$ 1.400,00
b) R$ 1.210,00
c) R$ 1.150,00
d) R$ 1.320,00
e) R$ 1.290,00
Comentários:
As despesas são as seguintes:

- Salário mensal do empregado R$ 1.000,00


- Previdência social, parte patronal 21% x $1.000,00 = $ 210,00
- Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 8% x $1.000,00 = $80,00
Total de despesas = $1.000,00 + $210,00 + $80,00 = $1.290,00

O Adiantamento salarial não é despesa. A contabilização fica assim:

D Adiantamento de salário (Ativo) 250,00


C Caixa ou Banco (Ativo) 250,00

Quando do pagamento do salário:

D Despesa de salários (Resultado) 1.000,00


C - Adiantamento de salário (Ativo) 250,00
C Caixa ou bancos (Ativo) 750,00

E a Previdência Social, parte do segurado, 11%, também não é despesa. A empresa desconta esse
valor do funcionário e repassa para o INSS.
Gabarito → E

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31. (ESAF/MTUR/Contador/2014)
As informações abaixo foram extraídas da Ficha de Controle de Estoques de determinada
mercadoria, na empresa Comercial de Varejos S.A., em 31/12/2013.
Quantidade no estoque inicial 250
Quantidade comprada no período 750
Quantidade vendida no período 800
Preço de compra no período R$ 16,00 por unidade
Preço de venda no período R$17.600,00 pelo total vendido
ICMS sobre compra 17%
ICMS sobre vendas 17%
Valor do estoque inicial R$ 3.500,00
A partir das informações acima, pode-se dizer que o valor do estoque final, avaliado pelo
método do preço médio ponderado, é de
a) R$ 2.575,00
b) R$ 2.692,00
c) R$ 2.728,00
d) R$ 3.100,00
e) R$ 4.140,00
Comentários:
Vamos organizar os dados fornecidos pela questão:
Estoque inicial = 250 unidades e valor total de $3.500,00
Compras: 750 unidades x $16,00 p/ unidade = $ 12.000,00
Há ICMS de 17% sobre as compras. Vamos calcular: $12.000,00 x 17% = $2.040,00
Valor líquido das compras: $12.000,00 - $ 2.040,00 = $ 9.960,00
Custo calculado pelo preço médio ponderado:
Quantidade Preço Unitário Preço total
Estoque inicial 250 R$ 3.500,00
Compras 750 R$ 9.960,00
Subtotal 1.000 R$ 13,46 R$ 13.460,00

Como a quantidade vendida no período foi de 800 unidades, o estoque final é de 1.000 800 = 200
unidades.
Valor do estoque final = 200 unid. x $13,46 = $ 2.692,00

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Gabarito → B

32. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014)


Da folha de pagamento da Cia. Pagadora foram extraídos os dados abaixo:
Salários Brutos 400.000
Imposto de Renda Retido na Fonte Pessoa Física 3.400
INSS Retido 6.000
Salário Família 1.500
FGTS 32.000
Contribuição Patronal INSS 40.000
Auxílio Maternidade 2.500
Tomando como base apenas os dados fornecidos, pode-se afirmar que o total a ser
apropriado como Despesas de Período é:
a) R$476.000.
b) R$472.000.
c) R$436.600.
d) R$400.000.
e) R$394.600.
Comentários:
A despesa da empresa é composta pelas contas:
Salários Brutos 400.000
FGTS 32.000
Contribuição Patronal INSS 40.000
Total 472.000
O Imposto de Renda Retido e o INSS retido não são despesa da empresa, que só retém e repassa
tais valores.
E o Salário Família e o Auxílio Maternidade são pagos pela empresa e descontados do valor a
recolher ao INSS.
Adendo! O salário bruto não inclui o salário família e o salário maternidade. Do salário bruto, a
empresa desconta o IR e o INSS. Mas isso é despesa do funcionário. A empresa só desconta e
repassa. E o Salário família e salário maternidade são pagos pelo governo. A empresa adianta ao
funcionário e depois desconta do INSS a pagar.
Portanto, as despesas da empresa são:

Salário bruto
Fundo de garantia
Contribuição patronal do INSS.

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Gabarito → B

Dados para a resolução das questões de n. 33 a 35.


A Cia. XYZ, em 01/03/2012, apresenta ao Banco Valioso o fluxo de duplicatas a seguir:
Titulo Prazo Valores
Duplicatas 1 (D1) 30 dias 1.500.000
Duplicatas 2 (D2) 60 dias 1.500.000
Duplicatas 3 (D3) 90 dias 1.000.000
Na ocasião, contrata uma operação de desconto a uma taxa mensal de 8% ao mês (juros
simples) além de taxas administrativas de R$5.000 cobradas pela instituição financiadora.
33. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014)
De acordo com os dados fornecidos, pode-se afirmar que o registro inicial da operação gera:
a) um aumento total de R$3.400.000 nos passivos circulantes.
b) uma diminuição total na situação líquida de R$600.000.
c) um aumento de R$3.995.000 total nos ativos circulantes.
d) uma diminuição total de passivo circulante de R$320.000.
e) um aumento total de despesas financeiras de R$120.000.
Comentários:
À época dessa questão, a ESAF considerava os encargos financeiros a transcorrer como ativo.
Todavia, a partir da prova FUNAI/2016, podemos considerar como retificadora do passivo, que é
mais correto tecnicamente.
Nessa questão, como entramos com recursos e a banca acatou a anulação, vamos desenvolver de
acordo com o método da banca.
O valor total dos juros é de R$ 600.000,00. Aparentemente, a Douta Banca considerou a seguinte
contabilização inicial:

D Caixa/bancos (Ativo) 3.395.000


D Juros a transcorrer (Ativo) 600.000
D Despesas Bancárias (Resultado) 5.000
C Duplicatas Descontadas (Passivo) 4.000.000

Os juros a transcorrer deveriam ser classificados no Passivo, como conta retificadora das
Duplicatas Descontadas.
Mas é bem conhecida a posição da ESAF de classificar tal conta no Ativo Circulante.
Muito bem. Aceitamos. Vamos discutir outro ponto.
A taxa administrativa de R$5.000,00 deve ser incluída nos Encargos Financeiros a Transcorrer,
sendo apropriada no prazo da operação, por competência.

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Vejamos o texto do CPC 08 (R1) Custos de Transação:

Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente atribuíveis às


atividades necessárias exclusivamente à consecução das transações citadas no item 2.
São, por natureza, gastos incrementais, já que não existiriam ou teriam sido evitados se
essas transações não ocorressem.

Exemplos de custos de transação são:


• gastos com elaboração de prospectos e relatórios;
• remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores, auditores,
consultores, profissionais de bancos de investimento, corretores etc.);
• gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road shows);
• taxas e comissões;
• custos de transferência;
• custos de registro etc.
Custos de transação não incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos e valores mobiliários,
despesas financeiras, custos internos administrativos ou custos de carregamento.
Despesas financeiras são os custos ou as despesas que representam o ônus pago ou a pagar como
remuneração direta do recurso tomado emprestado do financiador derivado dos fatores tempo,
risco, inflação, câmbio, índice específico de variação de preços e assemelhados; incluem, portanto,
os juros, a atualização monetária, a variação cambial etc., mas não incluem taxas, descontos,
prêmios, despesas administrativas, honorários etc.
Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos de transação, prêmios,
descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual representa a diferença entre os valores
recebidos e os valores pagos (ou a pagar) a terceiros.
Contabilização da captação de recursos de terceiros

11. O registro do montante inicial dos recursos captados de terceiros, classificáveis no


passivo exigível, deve corresponder ao seu valor justo líquido dos custos de transação
diretamente atribuíveis à emissão do passivo financeiro.
12. Os encargos financeiros incorridos na captação de recursos junto a terceiros devem
ser apropriados ao resultado em função da fluência do prazo, pelo custo amortizado

Assim, de acordo com o pronunciamento técnico do CPC acima, a contabilização inicial deveria ser
(já considerando o entendimento da ESAF de que os encargos financeiros a transcorrer ficam no
Ativo):

D Caixa/bancos (Ativo) 3.395.000


D Encargos financeiros a transcorrer (Ativo) 605.000
C Duplicatas Descontadas (Passivo) 4.000.000

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Observação: De onde saiu o valor de R$ 605.000,00?


São os juros mais a taxa administrativa de $5.000
Título Prazo Valores
Duplicatas 1 (D1) 30 dias 1.500.000 x 8% = $ 120.000
Duplicatas 2 (D2) 60 dias 1.500.000 x 16% = $ 240.000
Duplicatas 3 (D3) 90 dias 1.000.000 s 24% = $240.000
120.000 + 240.000 + 240.000 = $ 600.000 de juros a transcorrer
Mais $ 5.000 de taxa administrativa = 605.000

Na mesma linha, o Manual de Contabilidade Societária, de Sérgio de Iudícibus e outros, Editora


Atlas, 1ª Edição, 2010, pg. 307:
Para melhor visualização, vejamos os registros contábeis necessários a uma operação de desconto
de duplicatas. Suponha a existência de duplicatas a receber no valor de $ 1.000, descontadas em
bancos, pelas quais foram recebidos $ 900, sendo retidos $30 a título de despesas bancárias e $ 70
a títulos de juros. Os registros contábeis seriam os seguintes quando do desconto das duplicatas e
recebimento do valor líquido:

D Bancos 900
D Encargos Financeiros a transcorrer (redutora do Passivo) 100
C Duplicatas Descontadas (Passivo) 1000

O Manual de Contabilidade Societária classifica corretamente os Encargos financeiros a


Transcorrer como Redutora do Passivo. Mas podemos
costuma classificar tal conta no Ativo.
Ainda assim, não haveria resposta correta. O aumento do Ativo seria de R$ 4.000.000, sendo $
3.395.000 em Caixa e $ 605.000 como Encargos Financeiros a Transcorrer.
Portanto, solicitamos a anulação da questão por não apresentar resposta correta, sendo que a
ESAF acatou a sugestão.
Gabarito Preliminar → C. Gabarito Definitivo → Anulada.

34. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014)


Em 16/04/2012 o Banco Valioso comunica à Cia. XYZ que a duplicata (D1) não foi quitada pelo
cliente. No aviso de cobrança bancária, enviado para a empresa, o banco informa que lançou
na conta corrente da empresa R$1.505.500, relativos ao valor do título em atraso e a juros
adicionais e comissão de permanência no valor de R$5.500. Nesse caso, a empresa deve
registrar em sua contabilidade:
a) Contas Débito Crédito
Duplicatas /descontadas 1.500.000
Contas a Receber 5.500
a Bancos C/ Movimento 1.505.500

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b) Contas Débito Crédito


Duplicatas /descontadas 1.505.500
a Bancos C/ Movimento 1.505.500
c) Contas Débito Crédito
Duplicatas a Receber 1.505.500
a Bancos C/ Movimento 1.505.500
d) Contas Débito Crédito
Duplicatas a Receber 1.500.000
Despesas Bancárias 5.500
a Bancos C/ Movimento 1.505.500
e) Contas Débito Crédito
Contas a Receber 1.505.500
a Duplicatas Descontadas 1.505.500
Comentários:
O lançamento correto, na situação em tela, seria:

Contas Débito Crédito


Duplicatas/descontadas 1.500.000
Despesas Bancárias 5.500
a Bancos C/ Movimento 1.505.500

Pois não há justificativa, pelos dados da questão, para considerar o valor de $5.500, referente a
C R
Ainda que a empresa tenha a firme intenção de cobrar futuramente tal valor do cliente que não
pagou a duplicata, não há base para contabilizá- c despesa,
no resultado. Senão, vejamos:
A contabilização em contas a receber fere o princípio da prudência, pois deixa de reconhecer uma
despesa que já ocorreu.
Fere o princípio da Oportunidade, pois não fornece informações integras e tempestivas, ao não
contabilizar a despesa.
Fere o princípio da competência, deixando de reconhecer uma despesa já ocorrida.
E não atende à definição de Ativo:

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O único evento passado, na situação retratada, é o pagamento de juros e despesas ao banco. Se a


empresa PRETENDE cobrar isso do seu cliente, que cobre primeiro e depois reconheça um ativo.
Assim, por não apresentar alternativa correta, pedimos a anulação da questão, que foi acatada
pela banca.
Gabarito Preliminar → A. Gabarito definitivo → Anulada.

35. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014)


De acordo com as normas contábeis atualizadas, os juros cobrados sobre a operação de
desconto devem ser:
a) lançados como despesa financeira após o recebimento do último título descontado.
b) contabilizados pelo montante total dos juros descontados como despesas no momento
inicial da operação.
c) registrados como despesas financeiras no momento da quitação de cada um dos títulos
descontados.
d) registrados como despesa financeira em três parcelas iguais através de rateio do total por
90 dias.
e) transferidos para o resultado como despesa financeira de acordo com o regime de
competência.
Comentários:
Dissemos que os encargos financeiros devem ficar registrados em conta retificadora do passivo e
ser apropriados ao resultado como despesa financeira, de acordo com o regime de competência.
Entretanto, a ESAF considera que os encargos financeiros devem ficar no Ativo, como se fossem
despesas antecipadas, sendo apropriados ao resultado como despesa financeira, de acordo com o
regime de competência
Gabarito → E.

13.3 - CESPE

36. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017)
No dia 31/8/2015, determinada empresa pública firmou contrato de seguros para cobertura
de seus ativos para o período equivalente a 1.º/9/2015 a 31/8/2016. Na referida data, a
entidade pagou o montante total de R$ 18.000. Em caso de sinistro, o valor da franquia
equivale a R$ 1.800 e a empresa poderá receber indenização no montante de até dez vezes o
prêmio pago.
As demonstrações contábeis da empresa foram feitas de acordo com a legislação societária
em 31/12/2015. Com base nessas informações, é correto afirmar que

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a) a conta Despesas Pagas Antecipadamente, integrante do grupo ativo não circulante, foi
apresentada no balanço patrimonial, com saldo de R$ 18.000.
b) a conta Seguros a Vencer, integrante do grupo ativo circulante, foi apresentada no balanço
patrimonial, com saldo de R$ 12.000.
c) o balanço patrimonial apresentou a conta Seguros a Receber, no ativo não circulante, com
saldo de R$ 180.000.
d) a DRE continha o valor de R$ 4.500, referente à conta Despesas com Seguros, no rol de
despesas operacionais.
e) a DRE continha o valor de R$ 1.800, referente à conta Despesas com Seguros, no rol de
despesas não operacionais.
Comentários:
Lançamento em 31.8.2015:

D Despesas pagas antecipadamente 18.000


C Caixa 18.000

Despesa mensal = 18.000/12 = 1.500/mês


De setembro a dezembro

D Despesa de seguros 6.000


C Despesas pagas antecipadamente 6.000

A franquia não deve ser contabilizada, já que não há uma obrigação presente. Assim, o saldo da
conta seguros a vencer ou despesas pagas antecipadamente será de R$ 18.000 6.000 =
12.000,00.
Gabarito→B.

A tabela a seguir mostra o relatório de compras de mercadorias para revenda e de vendas de


mercadorias de determinada entidade no mês de fevereiro de 20X6.

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37. (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade/2016)
Com referência ao relatório apresentado, julgue o item a seguir.
Caso a entidade mantenha os registros por meio do método PEPS (primeiro a entrar, primeiro
a sair) e resolva alterar a forma de mensuração para a média ponderada móvel (MPM), será
necessário ajustar o resultado, de modo a constar um débito na conta de custo da
mercadoria vendida e um crédito em estoques de mercadorias.
Comentários:
Pessoal, poderíamos pensar que o caminho mais rápido para resolver essa questão seria fazer a
ficha de estoque pelo PEPS e após pelo MPM para compararmos o resultado, mas vamos ganhar
tempo.
O critério UEPS (último que entra é o primeiro que sai) significa que será atribuído ao custo das
unidades vendidas o preço das unidades mais recentes.
Há também o PEPS (Primeiro que entra é o primeiro a sair) e o Custo Médio Ponderado, que pode
ser Móvel (calculamos o custo médio ponderado a cada saída) ou fixo (calculamos o custo médio
ponderado para o mês e usamos esse valor para todas as saídas).
Normalmente, o Custo Médio Ponderado resulta num valor intermediário, entre o PEPS e o UEPS.
Mas, quando a questão se refere uma economia inflacionária (em que os preços aumentam) ou
deflacionária (em que os preços diminuem), o custo médio ponderado irá sempre resultar num
valor intermediário entre o PEPS e o UEPS.
A questão analisada evidencia que os preços são sempre crescentes, então a economia é
inflacionária. Como PEPS apresenta o menor custo, é o método que produz o maior resultado
bruto.
Em uma economia inflacionária, temos que:
CMVUEPS > CMVMPM > CMV PEPS
Lucro Bruto PEPS > Lucro Bruto MPM >Lucro Bruto UEPS
Percebam que o CMV PEPS é menor que o CMVMPM. Portanto, está correto afirmar que para ajustar
o resultado, devemos efetuar um lançamento a débito na conta de custo da mercadoria vendida e
um crédito em estoques de mercadorias. O resultado bruto pelo MPM é menor, mas o estoque
final é maior. Sem fazer conta alguma, podemos garantir que o item está correto.
Gabarito→Correto.

38. (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade/2016)
Com referência ao relatório apresentado, julgue o item a seguir.
Pelo método PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) de avaliação de estoque, constata-se
que o valor do estoque final foi inferior a R$ 275.000,00.

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Comentários:
Aqui temos também mais de uma maneira de resolver. Primeiro, vamos fazer a ficha de estoque:
Entrada Saída Saldo
VU QTD TOTAL VU QTD TOTAL VU QTD TOTAL
R$ 10,00 10000 R$ 100.000,00 R$ 10,00 10000 R$ 100.000,00
R$ 15,00 15000 R$ 225.000,00 R$ 10,00 10000 R$ 100.000,00
R$ 15,00 15000 R$ 225.000,00
R$ 10,00 10000 R$ 100.000,00
R$ 15,00 10000 R$ 150.000,00 R$ 15,00 5000 R$ 75.000,00
R$ 20,00 25000 R$ 500.000,00 R$ 15,00 5000 R$ 75.000,00
R$ 20,00 25000 R$ 500.000,00
R$ 15,00 5000 R$ 75.000,00 R$ 20,00 10000 R$ 200.000,00
R$ 20,00 15000 R$ 300.000,00
R$ 25,00 30000 R$ 750.000,00 R$ 20,00 10000 R$ 200.000,00
R$ 25,00 30000 R$ 750.000,00
R$ 20,00 10000 R$ 200.000,00
R$ 25,00 15000 R$ 375.000,00
Estoque Final R$ 25,00 15000 R$ 375.000,00

Portanto, o valor do estoque final é R$ 375.000, superior a R$ 275.000,00. Portanto, item errado.
Mas temos uma dica bem legal para resolver esse tipo de questão!

2ª Solução:
O PEP“ P P portanto, o estoque final é
aquele que fica após as últimas compras, concordam?
Então, analisando apenas a entrada e saída de unidades, temos o seguinte:
Entradas: 10+15+25+30 = 80.000 unidades
Saídas: 20+20+25= 65.000
Saldo = 15.000 unidades
Qual será o valor dessas unidades? Aquele realizado na última compra, isto é, R$ 25,00.
Portanto, o valor do estoque final é de 15.000*25 = R$ 375.000,00.

Bem mais rápido, não é mesmo?


Gabarito→Errado.

39. (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade/2016)
Com referência ao relatório apresentado, julgue o item a seguir.
Considerando-se o método de avaliação de estoque pela média ponderada, é correto afirmar
que o lucro foi superior a R$ 550.000,00.
Comentários:
o valor da receita de vendas é igual a:

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Receita de Vendas
QTD VU TOTAL
20000 R$ 20,00 R$ 400.000,00
20000 R$ 30,00 R$ 600.000,00
25000 R$ 45,00 R$ 1.125.000,00
Total R$ 2.125.000,00

Pela ficha de estoque, saberemos o valor do CMV:

Entrada Saída Saldo


VU QTD TOTAL VU QTD TOTAL VU QTD TOTAL
R$ 10,00 10000 R$ 100.000,00 R$ 10,00 10000 R$ 100.000,00
R$ 15,00 15000 R$ 225.000,00 R$ 13,00 25000 R$ 325.000,00
R$ 13,00 20000 R$ 260.000,00 R$ 13,00 5000 R$ 65.000,00
R$ 20,00 25000 R$ 500.000,00 R$ 18,83 30000 R$ 565.000,00
R$ 18,83 20000 R$ 376.666,67 R$ 18,83 10000 R$ 188.333,33
R$ 25,00 30000 R$ 750.000,00 R$ 23,46 40000 R$ 938.333,33
R$ 23,46 25000 R$ 586.458,33 Estoque Final
CMV R$ 1.223.125,00 R$ 23,46 15000 R$ 351.875,00

Portanto, o Lucro dessa operação foi de R$ 2.125.000,00 - R$ 1.223.125,00 = R$ 901.875,00


Gabarito→Correto.

40. (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade/2016)
Com referência ao relatório apresentado, julgue o item a seguir.
Se a avaliação de estoque tivesse sido feita pela média ponderada, o valor do estoque final
teria sido superior a R$ 300.000,00.
Comentários:
Como vimos na ficha de estoque o valor do estoque final era de R$ 351.875,00
Gabarito→ Correto.

41. (CESPE /Funpresp-JUD/Contabilidade/2016)


Acerca da apuração de resultados, julgue o item subsequente.
A partir de 2009, as despesas decorrentes do pagamento de juros de empréstimos passaram
a ser incluídas em um novo grupo de contas, denominado outras despesas, o qual substituiu
o antigo grupo despesas não operacionais.
Comentários:
A Lei 6.404 reza que:

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Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:


III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as
despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

Assim, basicamente, estas são as despesas que a LSA considera como operacionais:
- Despesas de vendas: São gastos de promoção, colocação e distribuição dos produtos da empresa.
Por exemplo: gastos com marketing, gastos com distribuição, gasto com frete sobre vendas, gastos
com pessoal da área de vendas, gasto com comissões.
- Despesas gerais e administrativas: São gastos pagos ou incorridos para a direção e/ou gestão da
empresa. Correspondem a atividades gerais que beneficiam todo o negócio. Por exemplo:
honorários da administração, salário administrativos, despesas com publicidade, despesas com
material de limpeza, despesa com assinaturas de revistas.
- Despesas financeiras e receitas financeiras: As despesas financeiras compreendem: juros
passivos, descontos condicionais concedidos, comissões passivas. Já as receitas financeiras
compreendem, por exemplo, descontos obtidos, juros ativos, receitas de títulos vinculados ao
mercado aberto.
No balanço, a lei ordena que se publiquem as despesas financeiras líquidas das receitas
financeiras. Todavia, tanto o valor das despesas como os das receitas devem ser publicados. Assim,
a demonstração do resultado pode aparecer dos seguintes modos:
MODO 1

Despesas financeiras (deduzido de R$ 1.000,00 de receita fin.) 500,00.

MODO 2

Resultado financeiro líquido (500,00)


Despesas financeiras (1.500,00)
Receitas financeiras 1.000,00

- Outras receitas e despesas operacionais: O exemplo clássico de outras receitas operacionais e


outras despesas operacionais são os resultados de investimentos avaliados pelo método da
equivalência patrimonial e pelo método de custo.
A parte da DRE que outrora era denominada receitas não operacionais e despesas não
operacionais passa agora a figurar como outras receitas e outras despesas.
A Lei 6.404 não trouxe um rol do que vem a se classificar como outras receitas e outras despesas. A
contabilidade, contudo, traz emprestado para si o conceito estatuído pela legislação do IR.
Segundo o Imposto de Renda, são não operacionais os ganhos e perdas de capital. Por exemplo, a
alienação de investimentos e ativos imobilizados com lucro ou prejuízo.
Portanto, o item erra ao afirmar que as despesas financeiras agora são denominadas outras
despesas; esse grupo ainda é considerada uma despesa operacional.

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Gabarito→Errado

42. (CESPE /Funpresp-EXE/Contabilidade e Finanças/2016)


Julgue o item a seguir, relativos aos procedimentos contábeis e à forma correta de registro
das transações.
Se o valor histórico da conta de estoques de uma entidade for superior ao valor realizável,
então a diferença entre eles deverá ser reconhecida no balanço patrimonial, mediante débito
em estoques.
Comentários:
De acordo com o CPC 16, os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor
realizável líquido, dos dois o menor.
Assim sendo, se o valor histórico for superior ao valor realizável deverá ser reconhecido um Ajuste
ao valor de mercado registrado em conta retificadora dos estoques veja:

D Despesas com ajuste ao valor de mercado (resultado)


C Ajuste ao valor de mercado (retificadora de estoques)

Perceba que não há lançamento de débito em estoques, mas em conta de resultado e crédito em
conta Ajuste ao valor de mercado, retificadora da conta Estoques.
Gabarito→Errado.

43. (CESPE/PC-PE/Perito Criminal Ciências Contábeis/2016)


Os itens que podem ser reconhecidos como custo dos estoques incluem:
a) lote de matérias-primas danificado por queda durante seu deslocamento até a área
produtiva.
b) salários e encargos do almoxarife responsável pelo estoque de produtos em
processamento.
c) custos de telefonia e salários e encargos do departamento de compra de matérias-primas
industrializáveis.
d) fretes e seguros relativos aos produtos acabados comercializados.
e) encargos financeiros cobrados em aquisição de matérias primas a prazo.
Comentários:
a) lote de matérias-primas danificado por queda durante seu deslocamento até a área produtiva.
Não é custo do estoque. Trata-se de perda anormal e, portanto, deverá ir para despesa no
resultado.
b) salários e encargos do almoxarife responsável pelo estoque de produtos em processamento.
Correto!

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Com relação à armazenagem, ocorre a seguinte distinção: quando a empresa compra matéria
prima, pode ser necessário armazená-la por algum tempo, antes de utilizá-la na produção. Tais
gastos com armazenagem são incluídos no custo da produção. Gabarito!
c) custos de telefonia e salários e encargos do departamento de compra de matérias-primas
industrializáveis.
Errado, como se trata se atividade administrativa, não é considerado custo, mas sim despesa.
d) fretes e seguros relativos aos produtos acabados comercializados. O frete sobre venda é
considerado despesa.
e) encargos financeiros cobrados em aquisição de matérias primas a prazo.

18. A entidade geralmente compra estoques com condição para pagamento a prazo. A
negociação pode efetivamente conter um elemento de financiamento, como, por
exemplo, uma diferença entre o preço de aquisição em condição normal de pagamento
e o valor pago; essa diferença deve ser reconhecida como despesa de juros durante o
período do financiamento.

Gabarito→B.

44. (CESPE/PC-PE/Perito Criminal Ciências Contábeis/2016)


Em 2016, uma concessionária de veículos iniciou o mês de janeiro com três veículos em
estoque, cada um dos quais tendo custado R$ 50.000. Ainda em janeiro, a empresa adquiriu
mais dois veículos por R$ 40.000 cada um e, em fevereiro, vendeu três veículos, obtendo uma
receita líquida de vendas de R$ 180.000. Nessa situação hipotética, considerando que a
empresa adote o método do custo específico e que apenas um dos veículos vendidos tenha
sido adquirido em janeiro de 2016,
a) o valor total de veículos em estoque no final do mês de janeiro foi inferior a R$ 225.000.
b) o lucro bruto auferido pela concessionária foi superior a 19% da receita líquida de vendas.
c) o valor do estoque final no mês de fevereiro ficou abaixo de R$ 88.000.
d) o custo das mercadorias vendidas no período foi obtido pelo valor das mercadorias que
permaneceram em estoque no final de fevereiro.
e) o custo dos veículos vendidos é superior a R$ 142.000.
Comentários:
Pessoal, uma forma de atribuir custos às vendas é através do Custo Específico.
Podemos exemplificar da seguinte forma:
Suponha que uma agência de automóveis possua 10 unidades de um determinado modelo em
estoque. Três foram comprados há 6 meses, por R$ 20.000,00. Seis foram comprados na última
semana, por R$ 22.000,00.

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O último é um carro usado, que foi aceito como parte de pagamento de um veículo novo, pelo
custo de R$ 12.000,00.
A empresa realiza a venda de quatro veículos: um que foi comprado há 6 meses, dois comprados
na última semana e o veículo usado. Nesse caso, a empresa pode atribuir o custo específico de
cada item vendido.
Na questão apresentada, o examinador afirma que foram vendidos três veículos, sendo que um
dos veículos vendido foi aquele adquirido em janeiro (custo de R$ 40.000) e, por consequência, os
outros dois foram os que estavam no saldo inicial (2x R$ 50.000=R$ 100.000).
Com isso, já podemos calcular o CMV=40.000 + 100.000= R$ 140.000 e descartamos a alternativa
E
Com as informações dadas, montamos o seguinte controle de estoque:
Entradas Saídas Saldo
qtd valor unitário Total qtd valor unitário Total qtd valor unitário Total
Saldo Inicial em Janeiro 3 R$ 50.000,00 R$ 150.000,00
2 R$ 40.000,00 R$ 80.000,00 3 R$ 50.000,00 R$ 150.000,00
2 R$ 40.000,00 R$ 80.000,00
Estoque no final de janeiro 5 R$ - R$ 230.000,00
2 R$ 50.000,00 R$ 100.000,00 1 R$ 50.000,00 R$ 50.000,00
1 R$ 40.000,00 R$ 40.000,00 1 R$ 40.000,00 R$ 40.000,00
CMV R$ 140.000,00 Estoque Final R$ 90.000,00

Vamos analisar as demais assertivas:


a) o valor total de veículos em estoque no final do mês de janeiro foi inferior a R$ 225.000.
Item incorreto, pois, conforme vimos no controle do estoque, o valor do estoque é de R$ 230.000.
b) o lucro bruto auferido pela concessionária foi superior a 19% da receita líquida de vendas. O
lucro bruto é obtido pela expressão:
Receita líquida de Venda CMV = R$ 180.000 - 140.000 = 40.000.
Assim sendo, 40.000/180.000=0,22(22%).
Esse é o nosso gabarito.
c) o valor do estoque final no mês de fevereiro ficou abaixo de R$ 88.000.
Item incorreto, pois vimos que o valor do estoque final é de R$ 90.000.
d) o custo das mercadorias vendidas no período foi obtido pelo valor das mercadorias que
permaneceram em estoque no final de fevereiro.
Item incorreto, visto que o CMV foi apurado pelo valor das mercadorias que foram vendidas em
fevereiro e não das que permaneceram no estoque.
e) o custo dos veículos vendidos é superior a R$ 142.000. Já apuramos o CMV no valor de R$
140.000
Gabarito→ B.

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45. (CESPE/TCE-PR/Analista de Controle Atuarial/2016)


Prática tradicional da contabilidade brasileira, a constituição de provisão ou perda estimada
para créditos de liquidação duvidosa atende ao princípio contábil fundamental da
a) prudência.
b) competência.
c) continuidade.
d) atualização monetária.
e) entidade.
Comentários:
A constituição de provisão ou perda estimada para créditos de liquidação duvidosa registra as
perdas esperadas com as contas a receber. Embora não seja mais dedutível para imposto de renda,
deve continuar sendo calculada e contabilizada, para que as contas a receber não constem no
balanço por valores superiores aos futuros benefícios econômicos.
Embora continue sendo cham P P
E P E
C L D
Essa contabilização é uma aplicação do Princípio da Prudência. Ressaltamos que a Resolução nº
750/93, que tratava dos Princípios de Contabilidade, fora revogada recentemente, mas não
significa que não tenhamos ainda a aplicação desse princípio de em diversas situações na
contabilidade!
Gabarito→A

13.4- FGV

46. (FGV/Técnico/Prefeitura de Salvador/2017)


A Cia. Coração vende apontadores. Em 30/06/2017, seu estoque era avaliado em R$ 100 e
era formado por vinte apontadores.
Durante o mês de julho de 2017, a empresa realizou as seguintes operações:
V 10 unidades de apontadores pelo valor total de R$ 110.
C R
C R
V R
Assinale a opção que indica o valor aproximado do custo das mercadorias vendidas de acordo
com os métodos PEPS e Custo Médio Ponderado Médio, respectivamente, em 31/07/2017.
a) R$ 220 e R$ 297.

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b) R$ 220 e R$ 305.
c) R$ 270 e R$ 297.
d) R$ 270 e R$ 305.
e) R$ 500 e R$ 530.
Comentários:
Vamos fazer o PEPS pelo método fácil.

Estoque inicial: 20 apontadores


Compra: 15 apontadores
Compra: 20 apontadores
Total: 55 apontadores

Agora, na venda, temos:

Venda: 10 apontadores.
Venda: 30 apontadores.
Total: 40 apontadores.

Como no PEPS o primeiro a entrar é o primeiro a sair, teremos um saldo de 15 unidades correto
(55 apontadores 40 apontadores)?
Então, podemos dizer que essas 15 serão das que foram compradas por último (as 20).
As mercadorias que foram vendidas e, consequentemente, o CMV será composto então pelo
seguinte:
- Estoque inicial: R$ 100,00
- Primeira compra: R$ 120,00
- 5 unidades das 20 da segunda compra, ou que dá 5/20, ou ¼ de 200: R$ 50,00.
Logo, o CMV será de R$ 270,00 para o PEPS. Não foi necessário montar a tabela de controle de
estoques, que, na prova, toma mais tempo.
Você já teria 50% de chance de acertar, pois apenas duas alternativas tem o valor de R$ 270,00.
Agora, para a média ponderada não tem jeito, tem que fazer a tabela...

Entrada Saída Saldo


Quantidade Valor Saldo Quantidade Valor Saldo Quantidade Valor Saldo
20 5,0 100
10 5 50 10 5,0 50
15 8 120 25 6,8 170
20 10 200 45 8,2 370
30 8,2 246 15 8,2 123
CMV 296

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Gabarito → C.

47. (FGV/Auditor Tributário/ISS Niterói/2015)


Em 04/01/X1, a Agropecuária Zeta S.A adquiriu 150.000 kg da Ração Z, por um custo de R$
1.500.000,00. Em 13/01/X1, a companhia adquiriu mais 50.000 kg, por R$ 560.000,000. Em
16/01/X1, a companhia vendeu 120.000 kg por R$ 1.800.000,00. Em 25/01/X1, foram
adquiridos mais 40.000 kg, por R$ 388.000. Em 30/01/X1, a companhia vendeu 70.000 kg, por
R$ 1.065.000,00.
Como a companhia não possuía estoques iniciais desse produto, de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil, o resultado bruto da venda da Ração Z durante janeiro de X1
poderá ser apresentado por
a) R$ 905.000,00 ou 917.000,00
b) R$ 905.000,00 ou 922.000,00
c) R$ 905.000,00 ou 927.000,00
d) R$ 917.000,00 ou 922.000,00
e) R$ 917.000,00 ou 927.000,00
Comentários:

PEPS
Entrada Venda Saldo
Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
04.01.X1 150.000,00 10 1.500.000,00 150.000,00 10 1.500.000,00
150.000,00 10 1.500.000,00
13.01.X1 50.000,00 11,2 560.000,00
50.000,00 11,2 560.000,00
30.000,00 10 300.000,00
16.01.X1 120.000,00 10 1.200.000,00
50.000,00 11,2 560.000,00
30.000,00 10 300.000,00
25.01.X1 40.000,00 9,7 388.000,00 50.000,00 11,2 560.000,00
40.000,00 9,7 388.000,00
10.000,00 11,2 112.000,00
30.000,00 10 300.000,00
30.01.X1 40.000,00 9,7 388.000,00
40.000,00 11,2 448.000,00
CMV 1.948.000,00

Resultado no PEPS:

Receita de vendas: 2.865.000 (1.800.00,00 + 1.065.000,00)


(-) CMV 1.948.000
Lucro: 917.000

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MÉDIA PONDERADA MÓVEL


Entrada Venda Saldo
Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
150.000,00 10 1.500.000,00 150.000,00 10 1.500.000,00
50.000,00 11,2 560.000,00 200.000,00 10,3 2.060.000,00
120.000,00 10,3 1.236.000,00 80.000,00 10,3 824.000,00
40.000,00 9,7 388.000,00 120.000,00 10,10 1.212.000,00
70.000,00 10,1 707.000,00 50.000,00 10,1 505.000,00
CMV 1.943.000,00

Resultado na Média Móvel:

Receita de vendas: 2.865.000 (1.800.00,00 + 1.065.000,00)


(-) CMV 1.943.000
Lucro: 922.000

Todavia, nesta questão, há duas respostas possíveis! A questão é silente quanto à possibilidade de
utilização da média ponderada móvel ou da média ponderada fixa. Tampouco há, no
Pronunciamento Contábil CPC 16, alguma restrição do tipo.
E se fizermos pela média ponderada fixa, encontraremos CVM de 1.938.000,00, o que dará o
Gabarito de letra E. Vejam!
Valor para média ponderada fixa
150.000,00 10 1.500.000,00
50.000,00 11,2 560.000,00
40.000,00 9,7 388.000,00
Média fixa 240.000,00 10,2 2.448.000,00

MÉDIA PONDERADA FIXA


Entrada Venda Saldo
Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
150.000,00 10,2 1.500.000,00 150.000,00 10,2 1.500.000,00
50.000,00 10,2 510.000,00 200.000,00 10,2 2.010.000,00
120.000,00 10,2 1.224.000,00 80.000,00 10,2 816.000,00
40.000,00 10,2 408.000,00 120.000,00 10,20 1.224.000,00
70.000,00 10,2 714.000,00 50.000,00 10,2 510.000,00
CMV 1.938.000,00

Resultado na Média Fixa:

Receita de vendas: 2.865.000 (1.800.00,00 + 1.065.000,00)


(-) CMV 1.938.000
Lucro: 927.000

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Segundo o CPC 16:

25. O custo dos estoques, que não sejam os tratados nos itens 23 e 24, deve ser
atribuído pelo uso do critério Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS) ou pelo critério
do custo médio ponderado. A entidade deve usar o mesmo critério de custeio para
todos os estoques que tenham natureza e uso semelhantes para a entidade. Para os
estoques que tenham outra natureza ou uso, podem justificar-se diferentes critérios de
valoração.
26. Por exemplo, os estoques usados em um segmento de negócio podem ter um uso
para a entidade diferente do mesmo tipo de estoques usados em outro segmento de
negócio. Porém, uma diferença na localização geográfica dos estoques (ou nas
respectivas normas fiscais), por si só, não é suficiente para justificar o uso de diferentes
critérios de valoração do estoque.
27. O critério PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) pressupõe que os itens de
estoque que foram comprados ou produzidos primeiro sejam vendidos em primeiro
lugar e, consequentemente, os itens que permanecerem em estoque no fim do período
sejam os mais recentemente comprados ou produzidos. Pelo critério do custo médio
ponderado, o custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo
de itens semelhantes no começo de um período e do custo dos mesmos itens
comprados ou produzidos durante o período. A média pode ser determinada em base
periódica ou à medida que cada lote seja recebido, dependendo das circunstâncias da
entidade.

Gabarito Preliminar → D. Gabarito Final → Anulada.

48. (FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2014)


Em 30/12/2013, uma empresa localizada em Cuiabá possuía em seu estoque vinte unidades
do produto YMM. O estoque estava avaliado a R$ 4.000,00. O produto era vendido em
Brasília e, na data, o preço de venda unitário era de R$ 190,00. Pelo transporte dos produtos
até Brasília, a empresa deveria pagar R$ 60,00. Além disso, a empresa pagava comissão de
10% do preço de venda aos vendedores. Em 31/12/2013, o estoque de YMM deve estar
contabilizado no balanço patrimonial da empresa por
(A) R$ 2.220,00.
(B) R$ 3.360,00.
(C) R$ 3.740,00
(D) R$ 3.800,00.
(E) R$ 4.000,00.
Comentários:
O gabarito preliminar foi a letra B.

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O cálculo proposto pela Douta Banca foi o seguinte:

Valor contábil do estoque: $4.000,00


Valor realizável líquido:
Receita: $190,00 x 20 unidades = $ 3.800,00
Frete até Brasília: ($60,00)
Comissão (10% x $3.800) ($ 380,00)
Valor realizável líquido = $ 3.360,00 Letra B.

Ocorre que a questão não esclarece se o frete de $60,00 é unitário ou referente às 20 unidades do
estoque.
Se considerarmos o frete de $60,00 por unidades, chegaremos ao seguinte valor:

Receita: $190,00 x 20 unidades = $ 3.800,00


Frete até Brasília ($60,00 x 20 unid.): ($ 1.200,00)
Comissão (10% x $3.800) ($ 380,00)
Valor realizável líquido = $ 2.220,00 Letra A.

Como a questão apresenta duas possíveis respostas, solicitamos a sua anulação.


Mas a banca não aceitou o recurso.
Gabarito → B.

49. (FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2014)


Em dezembro de 2008, uma empresa vendeu mercadorias por R$ 600.000 para recebimento
em 90 dias. Na data da negociação, foi estabelecido um desconto comercial de 10% da venda
e um desconto adicional de 5% caso o cliente pagasse na data acordada. O cliente costuma
pagar no prazo correto, sendo muito provável que receba o desconto adicional. A empresa
paga a seus vendedores comissão de 20% das vendas. Além disso, o custo da mercadoria
vendida foi de R$ 200.000. Considerando que a empresa é isenta do pagamento do PIS e do
COFINS, e que a alíquota incidente do ICMS é de 18%, a receita líquida, em 31/12/2008, foi
de:
(A) R$ 242.800,00.
(B) R$ 418.200,00.
(C) R$ 432.000,00.
(D) R$ 442.800,00.
(E) R$ 492.000,00.
Comentários:
Vamos demonstrar a Receita Líquida:

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Receita Bruta 600.000,00


Desconto comercial - 60.000,00
ICMS sobre vendas - 97.200,00
Receita Líquida 442.800,00

O desconto comercial é abatido da base de cálculo do ICMS. Fica assim:

$600.000 - $60.000 = $ 540.000


$540.000 x 18% = $97.200,00

Gabarito → D

50. (FGV/TCM SP/Contador/2015)


A Cia. Expec comercializa projetores multimídia e, no início do mês de janeiro de 20x4, tinha
um estoque de 25 unidades ao custo unitário de R$1.100. Durante esse mês foram realizadas
as seguintes movimentações:
03/01 Compra a prazo de seis unidades a R$1.180 cada uma;
07/01 Devolução de uma das unidades adquiridas na compra anterior, por defeito;
09/01 Venda à vista de treze unidades, pelo preço unitário de R$2.150;
16/01 Compra à vista de sete unidades pelo valor unitário de R$1.150;
21/01 Venda a prazo de dezesseis unidades, pelo preço unitário de R$2.100.
Considerando apenas as informações apresentadas, após os registros no controle de estoque
durante o mês de janeiro de 20x4 na Cia. Expec, é correto afirmar que:
(A) o custo médio ponderado apresentou o menor custo das mercadorias vendidas;
(B) o custo da venda do dia 09/01, pelo método UEPS, foi R$14.300;
(C) pelo método PEPS, o custo da venda do dia 21/01 foi R$ 17.950;
(D) a devolução da compra do dia 07/01 não afetou o custo médio dos estoques;
(E) o uso do método UEPS implica menor valor do estoque final de mercadorias.
Comentários:
Vamos resumir as informações:

Quant. $ Médio $ Total


Estoque inicial 25 1100 27500
Compra 5 1180 5900
Venda -13
Compra 7 1150 8050
Venda -16
Estoque final 8

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Vejamos as letra A e E:
(A) o custo médio ponderado apresentou o menor custo das mercadorias vendidas;
(E) o uso do método UEPS implica menor valor do estoque final de mercadorias.
A fórmula a ser usada para a conta estoque é:

Estoque inicial + entradas (compras) saídas (CMV) = estoque final


27.500 + 13.950 CMV = Estoque final
41.450 CMV = Estoque final

Para resolver as letras A e E, basta calcular o estoque final. O maior estoque final corresponderá ao
menor CMV: 45.450 estoque final = CMV.
Estoque final PEPS:
Calculamos pelas últimas entradas. Como o estoque final é de 8 unidades, pelo PEPS, teremos 7
unidades a 1.150 e 1 unidade a 1.180.

PEPS Quant. $ Médio $ Total


Compra 1 1180 1180
Compra 7 1150 8050
Estoque final 8 9230

Estoque final UEPS:


Precisamos calcular os estoques intermediários, para descobrir o valor unitário do estoque final.
Podemos calcular inicialmente apenas em quantidade.
Assim: na venda do dia 09/01, de 13 unidades, usamos 5 unidades da compra de 07/01 e mais 8
unidades do estoque inicial. Sobram 25-8 = 17 unidades do estoque inicial.
Na venda do dia 20/01, usamos 7 unidades da compra do dia 16/01 e mais 9 unidades do estoque
inicial.

Estoque final: 17 9 = 8 unidades do estoque inicial.


Estoque final pelo UEPS = 8 unidades x $1.100 = $8.800

Estoque final Custo médio ponderado:


Esse tem que calcular. Vamos lá:

Custo Médio Quant. $ médio $ total


Estoque inicial 25 1.100,00 27.500
Compra 5 1.180,00 5.900
Sub total 30 1.113,33 33.400
Venda -13 1.113,33 - 14.473
Subtotal 17 1.113,33 18.927

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Custo Médio Quant. $ médio $ total


Compra 7 1.150,00 8.050
Subtotal 24 1.124,03 26.977
Venda -16 1.124,03 - 17.984
Estoque final 8 1.124,03 8.992

Assim, o estoque final por cada método é:

PEPS = 9.230
UEPS = 8.800
Custo médio = 8.992

Voltando às duas alternativas:


(A) o custo médio ponderado apresentou o menor custo das mercadorias vendidas;
Errado, o menor custo das mercadorias vendidas é apresentado pelo PEPS, que tem o maior
estoque final.
(E) o uso do método UEPS implica menor valor do estoque final de mercadorias.
Correto. O estoque final pelo UEPS, de $8.800, é o menor dos três.
Vejamos as outras alternativas:
(B) o custo da venda do dia 09/01, pelo método UEPS, foi R$14.300;
Vamos calcular. A venda do dia 09/01 foi de 13 unidades. Pelo UEPS, usamos 5 unidades da
compra do dia 03/01 e mais 8 unidades do estoque inicial:
Quant. $ Unitário $ Total
8 1.100 8.800
5 1.180 5.900
Total 14.700

Errado, foi de 14.700, e não de 14.300.


(C) pelo método PEPS, o custo da venda do dia 21/01 foi R$ 17.950;

Quant. $ Médio $ Total


Estoque inicial 25 1100 27500
Compra 5 1180 5900
Venda -13

Após a venda de 13 unidades, usando PEPS, sobra em estoque 12 unidades a 1.100 e 5 a 1180, no
total de 17 unidades. Considerando esse estoque, o custo da venda do dia 21/01, de 16 unidades,
fica assim:

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Quant. $ Unitário $ Total


12 1.100 13.200
4 1.180 4.720
Total 17.920

Errado, foi de 17.920, e não de 17.950.


(D) a devolução da compra do dia 07/01 não afetou o custo médio dos estoques;
Errado, a devolução diminuiu o valor do estoque, e afetou todos os cálculos. Não afetaria se o
estoque inicial e as compras tivessem o mesmo custo unitário.
Gabarito → E

51. (FGV/TCM SP/Contador/2015)


A Cia. Expec adquiriu mercadorias a prazo, no dia 01/04/20x4, pelo valor de R$50.000, com
incidência de 18% de ICMS. O estoque adquirido era composto por 2.000 unidades. Após a
inspeção das mercadorias recebidas, a empresa procedeu à devolução de 15% da compra. O
lançamento contábil para registro da devolução pela Cia. Expec é o seguinte:
A) D Fornecedores R$7.500
C Estoque de mercadorias R$7.500
B) D Estoque de mercadorias R$7.500
C Fornecedores R$7.500
C) D Fornecedores R$7.500
C Estoque de mercadorias R$6.150
C ICMS a recuperar R$1.350
D) D Fornecedores R$8.850
C Estoque de mercadorias R$7.500
C ICMS a recuperar R$1.350
E) D Fornecedores R$8.850
C Estoque de mercadorias R$7.500
C ICMS a recolher R$1.350
Comentários:
Vamos calcular o valor da devolução: $50.000 x 15% = $ 7.500
ICMS sobre a devolução: $7500 x 18% = $1.350
Valor do estoque devolvido = $7.500 - $1.350 = $6.150
Na compra, a contabilização foi:

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D Estoque
D ICMS a recuperar
C Fornecedores

Na devolução, temos:

D Fornecedores $7.500
C Estoque de mercadoria $6.150
C ICMS a Recuperar $1.350

Gabarito → C

52. (FGV/TCM SP/Administração/2015)


Uma empresa industrial realizou vendas no período de 1.000 itens do seu estoque, por
R$180,00 cada um, para pagamento em 30 dias. Ao cliente foi concedido um desconto de
1,5%, na nota fiscal e o frete, no valor de R$2.250,00, é de responsabilidade da empresa.
Dados adicionais:
- O cliente terá um desconto de R$1.800,00 no pagamento dentro do prazo;
- O custo de cada produto vendido é de R$90,00;
- No mesmo período foram registrados: salários dos vendedores no valor de R$4.200,00,
outras despesas no valor de R$1.350,00;
- ICMS no valor de R$34.200;
- IPI no valor R$9.000,00;
- PIS no valor de R$1.170,00;
- COFINS no valor de R$5.400,00.
Com base nas informações anteriores e nos dados acima, é possível determinar que a receita
líquida é:
(A) R$46.530;
(B) R$129.680;
(C) R$136.530;
(D) R$138.680;
(E) R$139.230.
Comentários:
Vamos calcular:

1000 itens x $180,00 = $180.000,00

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Essa é a receita bruta.


Vejamos agora as deduções da receita, para calcular a receita líquida:
A
É o desconto comercial, entra como Dedução da Receita: $180.000 x 1,5% = $2.700
. R
O frete entra como despesa. Não é dedução da receita.
Vamos em frente.
- R desconto
financeiro, se ocorrer entra como despesa financeira.
- R C P V
para apurar o Lucro Bruto.
- no mesmo período foram registrados: salários dos vendedores no valor de R$4.200,00, outras
despe R - entra como despesas, e não como dedução de vendas.
- ICM“ R - dedução de vendas.
- IPI no valor R$9.000 - O IPI P
IPI F
diminuir o IPI para chegar na Receita Bruta.
- PIS no valor de R$1.170,0 - Dedução da Receita
- COFIN“ R - Dedução da Receita.
Na prova, calcule assim:

180000 2700 34200 1170 5400 = 136530

A DRE completa (incluindo o IPI), e considerando que o cliente aproveite o desconto financeiro,
fica assim:
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) R$
Faturamento 189.000
(-) IPI - 9.000
Receita Bruta 180.000
Desconto comercial - 2.700
ICMS - 34.200
PIS - 1.170
COFINS - 5.400
Receita Líquida 136.530
Custo produto vendidos - 90.000
Lucro bruto 46.530
Despesas

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Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) R$


Salários dos vendedores - 4.200
Outras despesas - 1.350
Despesa de fretes - 2.250
Despesa financeira - 1.800
Lucro Líquido 36.930

Gabarito → C.

53. (FGV/DPE RJ/Técnico superior Ciências Contábeis/2014)


A Indústria Tapertado captou recursos no dia 01/01/X1 com a finalidade de alongar suas
dívidas. As informações sobre o empréstimo estão evidenciadas a seguir:
Valor: R$ 4.000.000,00
Taxa de juros: 10% a. a.
Pagamento: 10 parcelas anuais de R$ 651.000,00
Custos relacionados à captação (custo de transação): R$ 170.000,00
O contador, após analisar as condições de financiamento, informou que o custo efetivo da
captação de recursos será de 11% a.a.
Com base nessas informações, o impacto na Demonstração do Resultado do Exercício em X1,
será
(A) despesas (DRE) R$ 400.000,00
(B) despesas (DRE) R$ 417.000,00
(C) despesas (DRE) R$ 440.000,00
(D) despesas (DRE) R$ 421.300,00
(E) despesas (DRE) R$ 570.000,00
Comentários:
O valor efetivamente recebido foi $4.000.000 - $170.000 = $3.830.000.
Os custos de transação (que antigamente eram contabilizados diretamente em despesas, no
Resultado do Exercício), agora ficam como Encargos a Transcorrer, junto com os juros (conta
retificadora do Passivo), e são apropriados ao Resultado por competência, pela passagem do
tempo.
Contabilização inicial:

D Caixa/bancos (Ativo) 3.830.000


D Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 2.680.000
C Empréstimos a pagar (Passivo 10 x 651.000) 6.510.000

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A questão indica uma taxa de juros de 10%. Mas isso sem contar os custos de transação.
Quando levamos em conta os custos de transação, o custo efetivo da captação passa para 11%.
Agora fica fácil, o impacto na Demonstração do Resultado em X1 será: $ 3.830.000 x 11% =
421.300
Gabarito letra D, mas parece que a banca se equivocou. Ela apontou como gabarito definitivo a
Letra C, que aparentemente foi assim calculada: $4.000.000 x 11% = $440.000
Esse cálculo está errado. O correto é o que mostramos acima, levando em conta os custos de
transação. A resposta correta deveria ser a Letra D.
Gabarito da banca → C Gabarito correto → D

54. (FGV/Técnico/Prefeitura de Salvador/2017)


A Cia. Rent a Book oferece aluguel de livros. Ela cobra uma anuidade de R$ 240,00 e mais R$
5,00 por livro alugado.
Em 31/12/2016 a empresa possuía 200 associados. Em janeiro de 2017 a empresa recebeu a
inscrição de mais 40 associados, que começaram a pagar suas anuidades em fevereiro e se
tornaram sócios em março, estando aptos a alugar livros. Além disso, a empresa alugou 400
livros em janeiro, 500 em fevereiro e 700 em março.
Assinale a opção que indica o valor da Receita do primeiro trimestre de 2017 da Cia. Rent a
Book de acordo com o Regime de Competência.
a) R$ 20.800.
b) R$ 21.600.
c) R$ 22.400
d) R$ 56.000.
e) R$ 65.600.
Comentários:
Como a anuidade é de R$ 240,00, devemos reconhecer uma receita de R$ 20,00 por mês. A partir
do momento em que se torna sócio é que a anuidade é devida. A simples inscrição não caracteriza
qualquer obrigação. A partir do momento é que se tornam sócios é que eles estavam aptos a
alugar livros.
Receita Quantidade Receita Receita total
Associados janeiros 200 R$ 20,00 R$ 4.000,00
Associedos fevereiro 200 R$ 20,00 R$ 4.000,00
Associados março 240 R$ 20,00 R$ 4.800,00
Livros alugados janeiro 400 R$ 5,00 R$ 2.000,00
Livros alugados fevereiro 500 R$ 5,00 R$ 2.500,00
Livros alugados março 700 R$ 5,00 R$ 3.500,00
Total R$ 20.800,00

Gabarito → A.

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55. (FGV/Analista/COMPESA/2016)
Em janeiro de 2016, uma sociedade empresária de costura foi sondada em relação à
encomenda de uma roupa, no valor de R$ 1.000,00.
O contrato para fornecimento da roupa foi assinado em fevereiro. Do valor, metade foi
recebida em março e o restante em maio, com a entrega da roupa e a aceitação do cliente.
A costureira da empresa trabalhou nesta encomenda nos meses de março, abril e maio.
Assinale a opção que indica o mês em que a receita foi contabilizada pela sociedade
empresária.
a) Janeiro.
b) Fevereiro.
c) Março.
d) Abril.
e) Maio.
Comentários:
A receita deve ser reconhecida no momento da tradição, isto é, com a entrega da encomenda, que
ocorreu em maio.
Janeiro: Foi sondada apenas. Não faz nada.
Fevereiro: Assinatura do contrato. Não faz nada.
Março: Recebeu um valor. Adiantamento de clientes. Passivo.
Abril: Não faz nada.
Maio: Entregou a roupa, reconhece a receita.
Gabarito → E.

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14 - LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

14.1 - FCC

1. (FCC/Analista/DPE AM/2018)
A Cia. Açúcar & Sal adquiriu produtos para serem utilizados no seu processo industrial. Os
produtos foram adquiridos à vista pelo valor total de R$ 120.000,00. No valor pago pelos
produtos estavam inclusos tributos recuperáveis de R$ 25.000,00 e tributos não recuperáveis
de R$ 15.000,00. Na mesma data, a Cia. pagou frete e seguro no valor de R$ 8.000,00 para
transporte dos produtos até a empresa. Na aquisição dos produtos, a Cia. Açúcar & Sal
efetuou nas contas Caixa e Estoques os seguintes lançamentos:
a) Débito em Estoques e crédito em Caixa, ambos no valor de R$ 128.000,00.
b) Débito em Estoques e crédito em Caixa, ambos no valor de R$ 95.000,00.
c) Débito em Estoques no valor de R$ 95.000,00 e crédito em Caixa no valor de R$
128.000,00.
d) Débito em Estoques no valor de R$ 80.000,00 e crédito em Caixa no valor de R$
128.000,00.
e) Débito em Estoques no valor de R$ 103.000,00 e crédito em Caixa no valor de R$
128.000,00.
2. (FCC/ARTESP/Especialista em Regulação/2017)
A empresa Organizada S.A. controla seu estoque pelo critério Primeiro que Entra, Primeiro
“ PEP“ N

O estoque inicial de dezembro era composto por 300 peças ao valor de R$ 10,00 cada. O
Resultado com Mercadorias obtido pela empresa em dezembro foi, em reais,
(A) 11.900,00.
(B) 12.600,00.
(C) 20.800,00.
(D) 7.400,00.
(E) 13.400,00.

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3. (FCC/ARTESP/Especialista em Regulação/2017)
Em determinado mês, a companhia É Biscoito S.A., revendedora de biscoitos confeitados,
adquiriu mercadorias para revenda incorrendo nos seguintes gastos:
Mercadorias: R$ 20.000,00 (valor líquido dos tributos)
Fretes: R$1.200,00 (valor líquido dos tributos)
Seguros: R$ 400,00
ICMS: R$ 1.000,00
Neste mesmo mês, a Cia. vendeu todos os produtos adquiridos por R$ 40.000,00 à vista, com
desconto de 5%, e incorreu em despesa com frete para entrega das mercadorias no valor de
R$ 300,00. Sabendo que a companhia é contribuinte do ICMS, o Custo das Mercadorias
Vendidas e o Lucro Bruto apurados pela É Biscoito S.A., no referido mês, foram,
respectivamente, em reais,
(A) 21.600,00 e 16.400,00.
(B) 21.200,00 e 16.100,00.
(C) 22.600,00 e 15.400,00.
(D) 22.600,00 e 17.100,00.
(E) 21.600,00 e 16.100,00.
4. (FCC/ARTESP/Especialista em Regulação/2017)
A Cia. Compra & Vende adquiriu produtos para revenda e desembolsou os seguintes valores:
Valor pago ao fornecedor dos produtos adquiridos R$ 230.000,00
Valor pago por um seguro para transportar os produtos até a empresa R$ 6.000,00
No valor total pago ao fornecedor dos produtos adquiridos estavam incluídos os seguintes
tributos:
Tributos recuperáveis R$ 32.000,00
Tributos não recuperáveis R$ 18.000,00
A Cia. Compra & Vende revendeu todos os produtos adquiridos por R$ 500.000,00 à vista,
mas concedeu um desconto de 10% no momento da venda. Sobre o valor da venda houve a
incidência de ICMS no valor de R$ 53.000,00 e pagamento de comissão para os vendedores
no valor de R$ 12.000,00. O lucro bruto apurado pela Cia. Compra & Vende, em relação à esta
transação foi, em reais,
a) 161.000,00
b) 143.000,00
c) 193.000,00
d) 181.000,00

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e) 179.000,00
5. (FCC/ARTESP/Técnico/2017)
A empresa Coruja S.A., ao adquirir mercadorias para o carnaval de 2017, incorreu nos
seguintes gastos:
Mercadorias: R$ 120.000,00 (valor líquido de tributos)
Frete sobre compras: R$ 3.000,00 (valor líquido de tributos)
Seguro: R$ 2.000,00 (transporte das mercadorias até a empresa)
ICMS: R$ 20.000,00
IPI: R$ 10.000,00
Sabe-se que a empresa é contribuinte do ICMS, mas não é contribuinte do IPI. Com base
nestas informações, o valor reconhecido como Estoques foi, em reais,
a) 135.000,00.
b) 123.000,00.
c) 125.000,00.
d) 145.000,00.
e) 155.000,00.
6. (FCC/Artesp/Especialista em Regulação/2017)
A Cia. Vai com Fé S.A. foi constituída, em 02/01/2017, mediante integralização em dinheiro
de 50% de seu Capital Social, sendo este, de acordo com o Estatuto Social, de R$ 500.000,00.
Durante o mês de janeiro de 2017, a Cia. realizou as seguintes operações:

Após o registro das operações acima, o Patrimônio Líquido Cia. Vai com Fé S.A., em
31/01/2017, era, em reais,
(A) 625.000,00.
(B) 555.000,00.
(C) 580.000,00.
(D) 560.000,00.

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(E) 630.000,00.
7. (FCC/Artesp/Especialista em Regulação/2017)
A empresa de fretes PDF S.A. contratou e pagou, em 31/01/2016, um seguro contra furto de
mercadorias no valor de R$ 48.000,00. Esse seguro possui vigência de 01/02/2016 a
31/01/2017. Nas demonstrações contábeis da empresa PDF S.A., em 31/12/2016, a empresa
apresentou
(A) despesas com seguros no valor de R$ 40.000,00 na Demonstração de Resultado.
(B) despesas com seguros no valor de R$ 48.000,00 na Demonstração de Resultado.
(C) seguros pagos antecipadamente de R$ 48.000,00 no Balanço Patrimonial.
(D) seguros pagos antecipadamente de R$ 4.000,00 no Balanço Patrimonial.
(E) seguros pagos antecipadamente de R$ 44.000,00 no Balanço Patrimonial.
8. (FCC/DPE-RS/Contabilidade/2017)
A Cia. S.A. é uma empresa comercial e possuía, em 30/4/2017, a seguinte situação
patrimonial:
Disponível: ........................................................................................R$ 115.000,00
Estoques: ......................................................................................... R$ 55.000,00
Adiantamento de Clientes (cliente José): ........................................ R$ 60.000,00
Capital Social: .................................................................................. R$ 110.000,00
Durante o mês de maio de 2017, a Cia. S.A. realizou as seguintes operações:

Após o registro das operações acima, o total do Ativo da Cia. S.A., em 31/05/17, era, em reais,
a) 211.000,00
b) 204.000,00
c) 179.000,00
d) 219.000,00

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e) 188.000,00
9. (FCC/Artesp/Técnico/2017)
A Cia. Italiana possuía em 31/12/2016 a seguinte situação patrimonial:

Após o registro das operações acima, o Ativo da Cia. Italiana, em 31/01/2017, era, em reais,
a) 275.000,00.
b) 240.000,00.
c) 265.000,00.
d) 215.000,00.
e) 250.000,00.
10. (FCC/DPE-RS/Contabilidade/2017)
A empresa Só Luxo S.A. possuía R$ 100.000,00 na conta de Clientes e uma estimativa de
perda com créditos de liquidação duvidosa (EPCLD) no valor de R$ 10.000,00 no Balanço
Patrimonial de 31/12/2016. Em março de 2017, o cliente A, que devia R$ 9.000,00, se tornou
incobrável. Ao registrar este evento na contabilidade, a empresa Só Luxo S.A.
a) reconheceu uma Perda com Clientes, no resultado, no valor de R$ 9.000,00.
b) diminuiu em R$ 9.000,00 o total do Ativo.
c) aumentou em R$ 9.000,00 o Passivo.
d) diminuiu em R$ 1.000,00 o Patrimônio Líquido.
e) diminuiu o saldo da EPCLD em R$ 9.000,00.
11. (FCC/Artesp/Técnico/2017)
A empresa comercial On Line S.A. adota o critério da Média Ponderada Móvel para controle
dos estoques e realizou as seguintes operações durante o mês de março de 2017, conforme
tabela abaixo.

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Sabendo que a empresa comercial On Line S.A. não apresentava estoque inicial, o custo das
mercadorias vendidas no mês de março de 2017 foi, em reais,
a) 6.000,00.
b) 9.000,00.
c) 5.920,00.
d) 4.080,00.
e) 5.400,00.
12. (FCC/TRF-5ª Região/Analista Judiciário/2017)
A empresa JKL iniciou as suas atividades em 01/01/2016 e, durante o ano de 2016, realizou
as seguintes transações:
Subscrição do capital social no valor de R$ 150.000,00, sendo integralizado totalmente em
dinheiro em 01/01/2016.
Aquisição à vista de prédio no valor de R$ 50.000,00, em 01/01/2016.
Compra de mercadorias a prazo, em 02/01/2016, no valor total de R$ 40.000,00, com
pagamento sem juros para 01/02/2017.
Aquisição à vista de veículo no valor de R$ 30.000,00, em 01/03/2016.
Venda, em 30/06/2016, de 20% do estoque de mercadorias adquirido anteriormente por R$
30.000,00, sendo recebido 50% à vista e 50% para 15/02/2017.
Aquisição à vista de software no valor de R$ 10.000,00, em 01/07/2016.
Pagamento à vista de despesas gerais no valor de R$ 10.000,00, em 31/12/2016.
Sabe-se que a vida útil econômica do prédio é de 20 anos, a do veículo e do software é de 5
anos e a empresa adota o critério de cotas constantes para cálculo da depreciação e
amortização. O total do ativo e do patrimônio líquido apresentado em 31/12/2016 e o lucro
líquido apurado no ano de 2016 foram, respectivamente, em reais,
(A) 191.500,00; 151.500,00; 1.500,00.
(B) 193.500,00; 151.500,00; 1.500,00.
(C) 202.000,00; 153.500,00; 3.500,00.
(D) 193.500,00; 153.500,00; 3.500,00.
(E) 202.000,00; 152.500,00; 2.500,00.

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13. (FCC/TRF-5ª Região/Analista Judiciário/2017)


A empresa PQR iniciou as suas atividades em 01/01/2016 e, durante janeiro de 2016,
realizou as seguintes transações:
Em 02/01/2016, comprou mercadorias (30 unidades) no valor de R$ 5.700,00, e pagou,
adicionalmente, frete no valor de R$ 300,00.
Em 04/01/2016, comprou mercadorias (25 unidades) no valor de R$ 4.450,00, e pagou,
adicionalmente, frete no valor de R$ 550,00.
Em 12/01/2016, comprou mercadorias (35 unidades) no valor total de R$ 7.000,00.
Em 15/01/2016, vendeu mercadorias (50 unidades) por R$ 25.000,00 à vista. Para a entrega
das mercadorias, a empresa pagou frete no valor de R$ 400,00.
Em 19/01/2016, comprou mercadorias (20 unidades) no valor total de R$ 4.600,00.
Em 30/01/2016, vendeu mercadorias (20 unidades) por R$ 10.000,00, à vista.
Sabendo-se que a empresa PQR não possuía estoque inicial, os valores do Lucro Bruto
P E P “
PEPS e Custo Médio Ponderado Móvel foram, respectivamente, em reais,
(A) 21.850,00 e 21.398,00.
(B) 21.000,00 e 20.800,00.
(C) 20.600,00 e 20.400,00.
(D) 21.000,00 e 20.400,00.
(E) 21.450,00 e 20.800,00.
14. (FCC/SEFAZ-PI/Auditor Fiscal/2015)
Uma empresa comercial realizou, durante o ano de 2012, as seguintes transações de compra
e venda de mercadorias, em ordem cronológica:
Data Transação
15/01 Compra de 10.000 unidades ao preço unitário de R$ 5,00.
10/02 Pagamento de frete pela compra de 15/01 no valor total de R$ 2.000,00.
18/05 Compra de 10.000 unidades ao preço unitário de R$ 6,00.
30/05 Venda de 10.000 unidades pelo valor total de R$ 60.500,00.
20/06 Devolução de 1.000 unidades da compra de 15/01 por apresentarem defeitos
de fabricação.
18/09 Concessão de um abatimento de R$ 500,00 na venda realizada em 30/05.
A empresa adota o Método da Média Ponderada Móvel para a avaliação do estoque e início
do ano de 2012 não mantinha estoque de mercadorias. Supondo que não há incidência de
qualquer tributo na compra e venda das mercadorias, o valor evidenciado para a conta

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Estoque no Balanço Patrimonial de 31/12/2012 e o Resultado Bruto com Vendas apresentado


na Demonstração do Resultado de 2012 foram, respectivamente, em reais,
a) 50.000,00 e 3.000,00.
b) 51.000,00 e 4.000,00
c) 50.000,00 e 5.500,00.
d) 51.000,00 e 4.500,00.
e) 50.000,00 e 5.000,00.
15. (FCC/SEFAZ-PI/Auditor Fiscal/2015)
Em 31/12/2013, a Cia. Financiada realizou a emissão de debêntures para captação de
recursos no valor de R$ 10.000.000,00. As debêntures apresentaram as seguintes
características:
P al: 5 anos
T
P R
Para a emissão e colocação das debêntures no mercado, a Cia. incorreu em custos de
transação no valor total de R$ 150.000,00. No entanto, a expectativa do mercado futuro de
juros era que ocorreria um aumento nas taxas de juros nos próximos anos e a Cia. obteve um
valor inferior ao da emissão, vendendo os títulos por R$ 9.500.000,00.
A taxa de custo efetivo da emissão foi 12,6855% ao ano. O valor dos encargos financeiros
apropriados no resultado de 2014 foi, em reais,
(A) 1.355.122,50.
(B) 1.186.094,25.
(C) 2.637.974,81.
(D) 1.150.000,00.
(E) 1.268.550,00.
16. (FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ/RJ/2014)
A Cia. Comerciante adquiriu, em 01/07/2013, mercadorias para serem revendidas. As
mercadorias foram adquiridas, à vista, por R$ 150.000,00, sendo que neste valor estavam
inclusos os tributos recuperáveis de R$ 22.000,00 e os tributos não recuperáveis de R$
15.000,00. Adicionalmente, a Cia. Comerciante contratou e pagou frete e seguro, para
transporte das mercadorias adquiridas até a empresa, no valor de R$ 5.000,00, sendo que
neste valor estavam inclusos tributos recuperáveis de R$ 600,00. Em 31/07/2013, a empresa
Comerciante revendeu todas estas mercadorias por R$ 300.000,00, à vista. Sobre o valor da
venda houve incidência de ICM“ I C M P
Serviços no valor de R$ 45.000,00 e pagamento de comissão para os vendedores no valor de

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R$ 9.000,00. Com base nestas informações, o valor do lucro bruto apurado pela Cia.
Comerciante no mês de julho de 2013 foi
(A) R$ 100.000,00.
(B) R$ 122.600,00.
(C) R$ 113.600,00.
(D) R$ 150.000,00.
(E) R$ 127.000,00.
17. (FCC/TRT 19ª/Contabilidade/2014)
A Empresa Geral de Comércio S.A. adquiriu um estoque de mercadorias para revenda no
valor de R$ 300.000,00. A compra foi realizada no dia 30/12/2011, o prazo para pagamento
concedido pelo fornecedor foi de 210 dias e sabe-se que o preço das mercadorias seria R$
280.000,00 se a compra fosse efetuada com pagamento à vista. A Empresa Geral de Comércio
S.A. ficou responsável pela retirada das mercadorias na fábrica da empresa vendedora e
efetuou o pagamento do frete no valor de R$ 2.000,00. A empresa possui um estudo
estatístico confiável e auditado por empresa independente e avalia, por este modelo, que as
perdas de estoque, em função do seu processo de armazenagem e distribuição, representa
1% do valor total adquirido em cada compra. Os valores, em reais, apresentados pela
empresa nas demonstrações contábeis de 2011, relativos às informações anteriores são:
(A) Estoque = 297.000;
Passivo = 300.000;
Despesa com Frete = 2.000;
Despesa com Impairment = 3.000.
(B) Estoque = 300.000;
Passivo = 300.000;
Despesa com Frete = 2.000.
(C) Estoque = 280.000;
Passivo = 300.000;
Despesa com Frete = 2.000;
Despesa Financeira = 20.000.
(D) Estoque = 277.180;
Passivo = 280.000;
Despesa com Frete = 2.000;
Despesa com Impairment = 2.820.
(E) Estoque = 279.180;
Passivo = 280.000;
Despesa com Impairment = 2.820.

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18. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS/SP /2013)


Determinada empresa adquiriu mercadorias para revenda, cujo valor total da nota fiscal foi
R$ 123.000,00, estando incluso neste valor: ICMS: R$ 20.000,00 IPI: R$ 12.000,00, Frete: R$
8.000,00 Seguro: R$ 3.000,00 Sabendo que a empresa é contribuinte do ICMS, mas não
contribuinte do IPI, o valor das mercadorias adquiridas reconhecido nos estoques foi, em
reais,
A) 123.000
B) 92.000
C) 103.000
D) 112.000
E) 80.000
19. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS/SP /2013)
Considere:
I. O valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou outros insumos de produção.
II. Gastos com armazenamento de produtos em fase de processo, aguardando próxima etapa.
III. Despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos
clientes.
Deve compor os estoques das empresas o que consta em
A) I, II e III.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) I, apenas.
E) II e III, apenas.
20. (FCC/TRT 18º/Analista Contabilidade/2013)
A Cia. Vende Água adquiriu mercadorias para serem revendidas, à vista, por R$ 80.000,00.
Neste valor estavam inclusos os tributos recuperáveis de R$ 13.000,00 e os tributos não
recuperáveis de R$ 8.000,00.
Adicionalmente, a Cia. Vende Água pagou seguro no valor de R$ 6.000,00 referente à
aquisição dessas mercadorias. Com base nestas informações, o valor reconhecido no estoque
de mercadorias referente a esta compra foi
(A) R$ 59.000,00.
(B) R$ 80.000,00.
(C) R$ 67.000,00.
(D) R$ 73.000,00.

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(E) R$ 65.000,00.
21. (FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ PI/2015)
Em 30/09/2013, uma empresa obteve um empréstimo no valor de R$ 200.000,00 que será
liquidado integralmente (principal e juros) em 30/09/2016. A taxa de juros compostos
contratada foi 1% ao mês e o saldo do empréstimo é corrigido por um índice de preços que
variou 3% entre a data da obtenção do empréstimo e a data de 31/12/2013. Considere que
os meses são de 30 dias corridos.
O valor contábil evidenciado no Balanço Patrimonial de 31/12/2013 deste empréstimo foi,
em reais:
a) 206.000,00
b) 212.242,01
c) 212.180,00
d) 272.000,00
e) 280.160,00.
22. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2013)
Determinada empresa comercial possuía em seu Balanço Patrimonial, em 31/12/2011, R$
350.000,00 em duplicatas a receber e uma estimativa de perdas com créditos de liquidação
duvidosa (EPCLD) no valor de R$ 10.500,00. Em janeiro de 2012, um cliente que devia R$
5.000,00 foi considerado incobrável. Ao reconhecer este evento, a empresa debitou
a) EPCLD e creditou Duplicatas a Receber.
b) EPCLD e creditou Provisão no passivo.
c) Despesa com EPCLD e creditou Disponível.
d) Perdas com Clientes e creditou EPCLD.
e) Perdas com Clientes e creditou Duplicatas a Receber.
23. (FCC/Analista Judiciário/TRT RO/2013)
Considere os seguintes dados contábeis da Cia. DZB:
Duplicatas a Receber em 31/12/2012 R$ 200.000,00
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD) em 31/12/2012 R$ 4.000,00
Em janeiro de 2013, um cliente considerado incobrável em outubro de 2012 pagou uma
duplicata no valor de R$ 3.000,00. O lançamento contábil referente ao pagamento do cliente
gerou um:
a) débito em PCLD.
b) crédito em PCLD.
c) crédito em Duplicatas a Receber.

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d) crédito em Receita de Vendas.


e) crédito em Outras Receitas Operacionais.
24. (FCC/Analista/TRF 3/2014)
Em 31/12/2012, a empresa Credora S.A. possuía R$ 150.000,00 em duplicatas a receber de
clientes e uma estimativa de perdas com créditos de liquidação duvidosa (EPCLD) no valor de
R$ 7.500,00. Em fevereiro de 2013, o cliente Caloteiro, que devia R$ 4.000,00, se tornou
incobrável. Ao registrar este evento na contabilidade, a empresa Credora S.A.:
a) reduziu o total do Ativo.
b) reconheceu um Passivo.
c) reduziu o Patrimônio Líquido.
d) reduziu o saldo da estimativa (EPCLD).
e) reconheceu uma Perda com Clientes, no resultado.
25. (FCC/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRF 3/2014)
A empresa Conceitual contratou e pagou, em 31/07/2013, um seguro contra incêndio no
valor de R$ 48.000,00. Esse seguro tem vigência de 01/08/2013 a 31/07/2014. Ao elaborar
suas demonstrações contábeis, em 30/09/2013, a empresa Conceitual apresentou
a) despesas acumuladas com seguros no valor de R$ 48.000,00, na DRE.
b) despesas acumuladas com seguros no valor de R$ 8.000,00, na DRE.
c) despesas acumuladas com seguros no valor de R$ 12.000,00, na DRE.
d) seguros pagos antecipadamente de R$ 48.000,00, no Balanço Patrimonial.
e) seguros pagos antecipadamente de R$ 44.000,00, no Balanço Patrimonial.

14.2 - ESAF

26. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012)


O lançamento contábil apropriado para registrar o recebimento de notas promissórias no
valor de R$ 400,00 com descontos de 8% é o que segue abaixo:
a) Diversos
a Títulos a Receber
Caixa 368,00
Descontos Passivos 32,00 400,00

b) Caixa
a Diversos
a Títulos a Receber 368,00
a Descontos Ativos 32,00 400,00

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c) Diversos
a Caixa
Títulos a Receber 368,00
Descontos Passivos 32,00 400,00

d) Caixa
a Diversos
a Títulos a Receber 400,00
a Descontos Ativos 32,00 432,00

e) Diversos
a Caixa
Títulos a Receber 400,00
Descontos Passivos 32,00 432,00
27. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012)
O lançamento contábil apropriado para registrar o pagamento de duplicatas no valor de R$
2.800,00, com descontos de 15%, é o que segue abaixo:
a) Diversos
a Caixa
Duplicatas a Pagar 2.380,00
Descontos Ativos 420,00 2.800,00
b) Caixa
a Diversos
a Duplicatas a Pagar 2.380,00
a Descontos Ativos 420,00 2.800,00
c) Diversos
a Duplicatas a Pagar
Caixa 2.380,00
Descontos Passivos 420,00 2.800,00
d) Duplicatas a Pagar
a Diversos
a Caixa 2.380,00
a Descontos Ativos 420,00 2.800,00
e) Duplicatas a Pagar
a Diversos
a Caixa 2.380,00
a Descontos Passivos 420,00 2.800,00

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28. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012)


A empresa Redesconto S.A. trabalha com o desconto de duplicatas. Considerando que a
operação de desconto foi realizada com duplicatas que tinham vencimento em 30, 60, 90 e
120 dias, o valor dos juros descontados a serem reconhecidos no ato da operação devem ser
contabilizados como:
a) conta redutora das duplicatas descontadas no Passivo.
b) conta redutora das Receitas, no Resultado.
c) despesa antecipada, no Ativo Circulante.
d) despesas financeiras no Resultado.
e) conta redutora das duplicatas descontadas no Ativo.
29. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012)
A empresa Data Power S.A. apura sobre sua folha de pagamentos administrativa de R$
100.000,00 o total de 20% de INSS, correspondente a 12% de contribuição da parcela de
responsabilidade da empresa e 8% da parcela do empregado. A empresa efetuou a
contabilização de R$ 20.000,00 como despesa de INSS no resultado. Ao fazer a conciliação da
conta, deve o contador:
a) considerar o lançamento correto, uma vez que a folha refere-se a despesas
administrativas.
b) estornar da despesa o valor de R$ 8.000,00, lançando a débito da conta salários a pagar.
c) reverter da despesa o valor de R$ 12.000,00, lançando contra a conta de INSS a recolher.
d) reconhecer mais R$ 8.000,00 a débito de despesa de INSS pertinente a parcela do
empregado.
e) lançar um complemento de R$ 12.000,00 a crédito da conta salários a pagar.
30. (ESAF/MTUR/Contador/2014)
Uma das despesas mais usuais em qualquer entidade é a despesa com pessoal. Tomemos
como exemplo uma atividade realizada por apenas um empregado contratado, o qual tenha
demandado gastos mensais com a seguinte composição:
Salário mensal do empregado R$ 1.000,00
Adiantamento salarial R$ 250,00
Previdência social, parte patronal 21%
Previdência social, parte do segurado 11%
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 8%
Considerando que tenha sido este o fato ocorrido, podemos dizer que essa empresa deverá
contabilizar uma despesa no valor de
a) R$ 1.400,00

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b) R$ 1.210,00
c) R$ 1.150,00
d) R$ 1.320,00
e) R$ 1.290,00
31. (ESAF/MTUR/Contador/2014)
As informações abaixo foram extraídas da Ficha de Controle de Estoques de determinada
mercadoria, na empresa Comercial de Varejos S.A., em 31/12/2013.
Quantidade no estoque inicial 250
Quantidade comprada no período 750
Quantidade vendida no período 800
Preço de compra no período R$ 16,00 por unidade
Preço de venda no período R$17.600,00 pelo total vendido
ICMS sobre compra 17%
ICMS sobre vendas 17%
Valor do estoque inicial R$ 3.500,00
A partir das informações acima, pode-se dizer que o valor do estoque final, avaliado pelo
método do preço médio ponderado, é de
a) R$ 2.575,00
b) R$ 2.692,00
c) R$ 2.728,00
d) R$ 3.100,00
e) R$ 4.140,00
32. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014)
Da folha de pagamento da Cia. Pagadora foram extraídos os dados abaixo:
Salários Brutos 400.000
Imposto de Renda Retido na Fonte Pessoa 3.400
Física
INSS Retido 6.000
Salário Família 1.500
FGTS 32.000
Contribuição Patronal INSS 40.000
Auxílio Maternidade 2.500
Tomando como base apenas os dados fornecidos, pode-se afirmar que o total a ser
apropriado como Despesas de Período é:

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a) R$476.000.
b) R$472.000.
c) R$436.600.
d) R$400.000.
e) R$394.600.

Dados para a resolução das questões de n. 33 a 35.


A Cia. XYZ, em 01/03/2012, apresenta ao Banco Valioso o fluxo de duplicatas a seguir:
Titulo Prazo Valores
Duplicatas 1 (D1) 30 dias 1.500.000
Duplicatas 2 (D2) 60 dias 1.500.000
Duplicatas 3 (D3) 90 dias 1.000.000
Na ocasião, contrata uma operação de desconto a uma taxa mensal de 8% ao mês (juros
simples) além de taxas administrativas de R$5.000 cobradas pela instituição financiadora.
33. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014)
De acordo com os dados fornecidos, pode-se afirmar que o registro inicial da operação gera:
a) um aumento total de R$3.400.000 nos passivos circulantes.
b) uma diminuição total na situação líquida de R$600.000.
c) um aumento de R$3.995.000 total nos ativos circulantes.
d) uma diminuição total de passivo circulante de R$320.000.
e) um aumento total de despesas financeiras de R$120.000.
34. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014)
Em 16/04/2012 o Banco Valioso comunica à Cia. XYZ que a duplicata (D1) não foi quitada pelo
cliente. No aviso de cobrança bancária, enviado para a empresa, o banco informa que lançou
na conta corrente da empresa R$1.505.500, relativos ao valor do título em atraso e a juros
adicionais e comissão de permanência no valor de R$5.500. Nesse caso, a empresa deve
registrar em sua contabilidade:
a) Contas Débito Crédito
Duplicatas /descontadas 1.500.000
Contas a Receber 5.500
a Bancos C/ Movimento 1.505.500
b) Contas Débito Crédito
Duplicatas /descontadas 1.505.500
a Bancos C/ Movimento 1.505.500

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c) Contas Débito Crédito


Duplicatas a Receber 1.505.500
a Bancos C/ Movimento 1.505.500
d) Contas Débito Crédito
Duplicatas a Receber 1.500.000
Despesas Bancárias 5.500
a Bancos C/ Movimento 1.505.500
e) Contas Débito Crédito
Contas a Receber 1.505.500
a Duplicatas Descontadas 1.505.500
35. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014)
De acordo com as normas contábeis atualizadas, os juros cobrados sobre a operação de
desconto devem ser:
a) lançados como despesa financeira após o recebimento do último título descontado.
b) contabilizados pelo montante total dos juros descontados como despesas no momento
inicial da operação.
c) registrados como despesas financeiras no momento da quitação de cada um dos títulos
descontados.
d) registrados como despesa financeira em três parcelas iguais através de rateio do total por
90 dias.
e) transferidos para o resultado como despesa financeira de acordo com o regime de
competência.

14.3 - CESPE

36. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017)
No dia 31/8/2015, determinada empresa pública firmou contrato de seguros para cobertura
de seus ativos para o período equivalente a 1.º/9/2015 a 31/8/2016. Na referida data, a
entidade pagou o montante total de R$ 18.000. Em caso de sinistro, o valor da franquia
equivale a R$ 1.800 e a empresa poderá receber indenização no montante de até dez vezes o
prêmio pago.
As demonstrações contábeis da empresa foram feitas de acordo com a legislação societária
em 31/12/2015. Com base nessas informações, é correto afirmar que
a) a conta Despesas Pagas Antecipadamente, integrante do grupo ativo não circulante, foi
apresentada no balanço patrimonial, com saldo de R$ 18.000.

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b) a conta Seguros a Vencer, integrante do grupo ativo circulante, foi apresentada no balanço
patrimonial, com saldo de R$ 12.000.
c) o balanço patrimonial apresentou a conta Seguros a Receber, no ativo não circulante, com
saldo de R$ 180.000.
d) a DRE continha o valor de R$ 4.500, referente à conta Despesas com Seguros, no rol de
despesas operacionais.
e) a DRE continha o valor de R$ 1.800, referente à conta Despesas com Seguros, no rol de
despesas não operacionais.

A tabela a seguir mostra o relatório de compras de mercadorias para revenda e de vendas de


mercadorias de determinada entidade no mês de fevereiro de 20X6.

37. (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade/2016)
Com referência ao relatório apresentado, julgue o item a seguir.
Caso a entidade mantenha os registros por meio do método PEPS (primeiro a entrar, primeiro
a sair) e resolva alterar a forma de mensuração para a média ponderada móvel (MPM), será
necessário ajustar o resultado, de modo a constar um débito na conta de custo da
mercadoria vendida e um crédito em estoques de mercadorias.
38. . (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade/2016)
Com referência ao relatório apresentado, julgue o item a seguir.
Pelo método PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) de avaliação de estoque, constata-se
que o valor do estoque final foi inferior a R$ 275.000,00.
39. (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade/2016)
Com referência ao relatório apresentado, julgue o item a seguir.
Considerando-se o método de avaliação de estoque pela média ponderada, é correto afirmar
que o lucro foi superior a R$ 550.000,00.

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40. (CESPE/Funpresp-JUD/Contabilidade/2016)
Com referência ao relatório apresentado, julgue o item a seguir.
Se a avaliação de estoque tivesse sido feita pela média ponderada, o valor do estoque final
teria sido superior a R$ 300.000,00..
41. (CESPE /Funpresp-JUD/Contabilidade/2016)
Acerca da apuração de resultados, julgue o item subsequente.
A partir de 2009, as despesas decorrentes do pagamento de juros de empréstimos passaram
a ser incluídas em um novo grupo de contas, denominado outras despesas, o qual substituiu
o antigo grupo despesas não operacionais.
42. (CESPE /Funpresp-EXE/Contabilidade e Finanças/2016)
Julgue o item a seguir, relativos aos procedimentos contábeis e à forma correta de registro
das transações.
Se o valor histórico da conta de estoques de uma entidade for superior ao valor realizável,
então a diferença entre eles deverá ser reconhecida no balanço patrimonial, mediante débito
em estoques.
43. (CESPE/PC-PE/Perito Criminal Ciências Contábeis/2016)
Os itens que podem ser reconhecidos como custo dos estoques incluem:
a) lote de matérias-primas danificado por queda durante seu deslocamento até a área
produtiva.
b) salários e encargos do almoxarife responsável pelo estoque de produtos em
processamento.
c) custos de telefonia e salários e encargos do departamento de compra de matérias-primas
industrializáveis.
d) fretes e seguros relativos aos produtos acabados comercializados.
e) encargos financeiros cobrados em aquisição de matérias primas a prazo.
44. (CESPE/PC-PE/Perito Criminal Ciências Contábeis/2016)
Em 2016, uma concessionária de veículos iniciou o mês de janeiro com três veículos em
estoque, cada um dos quais tendo custado R$ 50.000. Ainda em janeiro, a empresa adquiriu
mais dois veículos por R$ 40.000 cada um e, em fevereiro, vendeu três veículos, obtendo uma
receita líquida de vendas de R$ 180.000. Nessa situação hipotética, considerando que a
empresa adote o método do custo específico e que apenas um dos veículos vendidos tenha
sido adquirido em janeiro de 2016,
a) o valor total de veículos em estoque no final do mês de janeiro foi inferior a R$ 225.000.
b) o lucro bruto auferido pela concessionária foi superior a 19% da receita líquida de vendas.
c) o valor do estoque final no mês de fevereiro ficou abaixo de R$ 88.000.

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d) o custo das mercadorias vendidas no período foi obtido pelo valor das mercadorias que
permaneceram em estoque no final de fevereiro.
e) o custo dos veículos vendidos é superior a R$ 142.000.
45. (CESPE/TCE-PR/Analista de Controle Atuarial/2016)
Prática tradicional da contabilidade brasileira, a constituição de provisão ou perda estimada
para créditos de liquidação duvidosa atende ao princípio contábil fundamental da
a) prudência.
b) competência.
c) continuidade.
d) atualização monetária.
e) entidade.

14.4 - FGV

46. (FGV/Técnico/Prefeitura de Salvador/2017)


A Cia. Coração vende apontadores. Em 30/06/2017, seu estoque era avaliado em R$ 100 e
era formado por vinte apontadores.
Durante o mês de julho de 2017, a empresa realizou as seguintes operações:
V R
C R
C R
V es pelo valor total de R$ 420.
Assinale a opção que indica o valor aproximado do custo das mercadorias vendidas de acordo
com os métodos PEPS e Custo Médio Ponderado Médio, respectivamente, em 31/07/2017.
a) R$ 220 e R$ 297.
b) R$ 220 e R$ 305.
c) R$ 270 e R$ 297.
d) R$ 270 e R$ 305.
e) R$ 500 e R$ 530.
47. (FGV/Auditor Tributário/ISS Niterói/2015)
Em 04/01/X1, a Agropecuária Zeta S.A adquiriu 150.000 kg da Ração Z, por um custo de R$
1.500.000,00. Em 13/01/X1, a companhia adquiriu mais 50.000 kg, por R$ 560.000,000. Em
16/01/X1, a companhia vendeu 120.000 kg por R$ 1.800.000,00. Em 25/01/X1, foram

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adquiridos mais 40.000 kg, por R$ 388.000. Em 30/01/X1, a companhia vendeu 70.000 kg, por
R$ 1.065.000,00.
Como a companhia não possuía estoques iniciais desse produto, de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil, o resultado bruto da venda da Ração Z durante janeiro de X1
poderá ser apresentado por
a) R$ 905.000,00 ou 917.000,00
b) R$ 905.000,00 ou 922.000,00
c) R$ 905.000,00 ou 927.000,00
d) R$ 917.000,00 ou 922.000,00
e) R$ 917.000,00 ou 927.000,00
48. (FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2014)
Em 30/12/2013, uma empresa localizada em Cuiabá possuía em seu estoque vinte unidades
do produto YMM. O estoque estava avaliado a R$ 4.000,00. O produto era vendido em
Brasília e, na data, o preço de venda unitário era de R$ 190,00. Pelo transporte dos produtos
até Brasília, a empresa deveria pagar R$ 60,00. Além disso, a empresa pagava comissão de
10% do preço de venda aos vendedores. Em 31/12/2013, o estoque de YMM deve estar
contabilizado no balanço patrimonial da empresa por
(A) R$ 2.220,00.
(B) R$ 3.360,00.
(C) R$ 3.740,00
(D) R$ 3.800,00.
(E) R$ 4.000,00.
49. (FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2014)
Em dezembro de 2008, uma empresa vendeu mercadorias por R$ 600.000 para recebimento
em 90 dias. Na data da negociação, foi estabelecido um desconto comercial de 10% da venda
e um desconto adicional de 5% caso o cliente pagasse na data acordada. O cliente costuma
pagar no prazo correto, sendo muito provável que receba o desconto adicional. A empresa
paga a seus vendedores comissão de 20% das vendas. Além disso, o custo da mercadoria
vendida foi de R$ 200.000. Considerando que a empresa é isenta do pagamento do PIS e do
COFINS, e que a alíquota incidente do ICMS é de 18%, a receita líquida, em 31/12/2008, foi
de:
(A) R$ 242.800,00.
(B) R$ 418.200,00.
(C) R$ 432.000,00.
(D) R$ 442.800,00.

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(E) R$ 492.000,00.
50. (FGV/TCM SP/Contador/2015)
A Cia. Expec comercializa projetores multimídia e, no início do mês de janeiro de 20x4, tinha
um estoque de 25 unidades ao custo unitário de R$1.100. Durante esse mês foram realizadas
as seguintes movimentações:
03/01 Compra a prazo de seis unidades a R$1.180 cada uma;
07/01 Devolução de uma das unidades adquiridas na compra anterior, por defeito;
09/01 Venda à vista de treze unidades, pelo preço unitário de R$2.150;
16/01 Compra à vista de sete unidades pelo valor unitário de R$1.150;
21/01 Venda a prazo de dezesseis unidades, pelo preço unitário de R$2.100.
Considerando apenas as informações apresentadas, após os registros no controle de estoque
durante o mês de janeiro de 20x4 na Cia. Expec, é correto afirmar que:
(A) o custo médio ponderado apresentou o menor custo das mercadorias vendidas;
(B) o custo da venda do dia 09/01, pelo método UEPS, foi R$14.300;
(C) pelo método PEPS, o custo da venda do dia 21/01 foi R$ 17.950;
(D) a devolução da compra do dia 07/01 não afetou o custo médio dos estoques;
(E) o uso do método UEPS implica menor valor do estoque final de mercadorias.
51. (FGV/TCM SP/Contador/2015)
A Cia. Expec adquiriu mercadorias a prazo, no dia 01/04/20x4, pelo valor de R$50.000, com
incidência de 18% de ICMS. O estoque adquirido era composto por 2.000 unidades. Após a
inspeção das mercadorias recebidas, a empresa procedeu à devolução de 15% da compra. O
lançamento contábil para registro da devolução pela Cia. Expec é o seguinte:
A) D Fornecedores R$7.500
C Estoque de mercadorias R$7.500
B) D Estoque de mercadorias R$7.500
C Fornecedores R$7.500
C) D Fornecedores R$7.500
C Estoque de mercadorias R$6.150
C ICMS a recuperar R$1.350
D) D Fornecedores R$8.850
C Estoque de mercadorias R$7.500
C ICMS a recuperar R$1.350

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E) D Fornecedores R$8.850
C Estoque de mercadorias R$7.500
C ICMS a recolher R$1.350
52. (FGV/TCM SP/Administração/2015)
Uma empresa industrial realizou vendas no período de 1.000 itens do seu estoque, por
R$180,00 cada um, para pagamento em 30 dias. Ao cliente foi concedido um desconto de
1,5%, na nota fiscal e o frete, no valor de R$2.250,00, é de responsabilidade da empresa.
Dados adicionais:
- O cliente terá um desconto de R$1.800,00 no pagamento dentro do prazo;
- O custo de cada produto vendido é de R$90,00;
- No mesmo período foram registrados: salários dos vendedores no valor de R$4.200,00,
outras despesas no valor de R$1.350,00;
- ICMS no valor de R$34.200;
- IPI no valor R$9.000,00;
- PIS no valor de R$1.170,00;
- COFINS no valor de R$5.400,00.
Com base nas informações anteriores e nos dados acima, é possível determinar que a receita
líquida é:
(A) R$46.530;
(B) R$129.680;
(C) R$136.530;
(D) R$138.680;
(E) R$139.230.
53. (FGV/DPE RJ/Técnico superior Ciências Contábeis/2014)
A Indústria Tapertado captou recursos no dia 01/01/X1 com a finalidade de alongar suas
dívidas. As informações sobre o empréstimo estão evidenciadas a seguir:
Valor: R$ 4.000.000,00
Taxa de juros: 10% a. a.
Pagamento: 10 parcelas anuais de R$ 651.000,00
Custos relacionados à captação (custo de transação): R$ 170.000,00
O contador, após analisar as condições de financiamento, informou que o custo efetivo da
captação de recursos será de 11% a.a.
Com base nessas informações, o impacto na Demonstração do Resultado do Exercício em X1,
será

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(A) despesas (DRE) R$ 400.000,00


(B) despesas (DRE) R$ 417.000,00
(C) despesas (DRE) R$ 440.000,00
(D) despesas (DRE) R$ 421.300,00
(E) despesas (DRE) R$ 570.000,00
54. (FGV/Técnico/Prefeitura de Salvador/2017)
A Cia. Rent a Book oferece aluguel de livros. Ela cobra uma anuidade de R$ 240,00 e mais R$
5,00 por livro alugado.
Em 31/12/2016 a empresa possuía 200 associados. Em janeiro de 2017 a empresa recebeu a
inscrição de mais 40 associados, que começaram a pagar suas anuidades em fevereiro e se
tornaram sócios em março, estando aptos a alugar livros. Além disso, a empresa alugou 400
livros em janeiro, 500 em fevereiro e 700 em março.
Assinale a opção que indica o valor da Receita do primeiro trimestre de 2017 da Cia. Rent a
Book de acordo com o Regime de Competência.
a) R$ 20.800.
b) R$ 21.600.
c) R$ 22.400
d) R$ 56.000.
e) R$ 65.600.
55. (FGV/Analista/COMPESA/2016)
Em janeiro de 2016, uma sociedade empresária de costura foi sondada em relação à
encomenda de uma roupa, no valor de R$ 1.000,00.
O contrato para fornecimento da roupa foi assinado em fevereiro. Do valor, metade foi
recebida em março e o restante em maio, com a entrega da roupa e a aceitação do cliente.
A costureira da empresa trabalhou nesta encomenda nos meses de março, abril e maio.
Assinale a opção que indica o mês em que a receita foi contabilizada pela sociedade
empresária.
a) Janeiro.
b) Fevereiro.
c) Março.
d) Abril.
e) Maio.

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15 - GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO


1 E 29 B
2 E 30 E
3 A 31 B
4 C 32 B
5 A 33 ANULADA
6 A 34 ANULADA
7 D 35 E
8 A 36 B
9 E 37 CERTO
10 E 38 ERRADO
11 C 39 CERTO
12 D 40 CERTO
13 B 41 ERRADO
14 B 42 ERRADO
15 B 43 B
16 B 44 B
17 E 45 A
18 C 46 C
19 B 47 ANULADA
20 D 48 B
21 B 49 D
22 A 50 E
23 E 51 C
24 D 52 C
25 B 53 D
26 A 54 A
27 D 55 E
28 C

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