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22/04/2020

Profª Ms. Ângela Diniz Linhares Vieira


DIREITO AMBIENTAL
E-MAIL: linhares_professora@gmail.com
Descomplicado_e_direitinho

1. DISPOSIÇÕES GERAIS
 Art. 1º-A. Esta Lei estabelece normas gerais sobre
 a proteção da vegetação;
 áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal;
 a exploração florestal;
 o suprimento de matéria-prima florestal;
 o controle da origem dos produtos florestais;
 o controle e prevenção dos incêndios florestais; e
 instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos.

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 Objetivo principal:

Desenvolvimento
Sustentável

 Princípios:

Reafirmação da importância da função


Afirmação do compromisso soberano estratégica da atividade agropecuária e
do Brasil com a preservação das suas Ação governamental de proteção e uso
do papel das florestas e demais formas
florestas e demais formas de vegetação sustentável de florestas, consagrando o
de vegetação nativa na
nativa, bem como da biodiversidade, do compromisso do País com a
sustentabilidade, no crescimento
solo, dos recursos hídricos e da compatibilização e harmonização entre
econômico, na melhoria da qualidade
integridade do sistema climático, para o o uso produtivo da terra e a
de vida da população brasileira e na
bem estar das gerações presentes e preservação da água, do solo e da
presença do País nos mercados
futuras; vegetação
nacional e internacional de alimentos e
bioenergia;

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 Princípios:

Responsabilidade comum da
União, Estados, Distrito Federal e Criação e mobilização de
Fomento à pesquisa científica e
Municípios, em colaboração com a incentivos econômicos para
tecnológica na busca da inovação
sociedade civil, na criação de fomentar a preservação e a
para o uso sustentável do solo e da
políticas para a preservação e recuperação da vegetação nativa e
água, a recuperação e a
restauração da vegetação nativa e para promover o desenvolvimento
preservação das florestas e demais
de suas funções ecológicas e de atividades produtivas
formas de vegetação nativa;
sociais nas áreas urbanas e rurais sustentáveis.

As florestas existentes no
território nacional e as demais
formas de vegetação nativa, As obrigações previstas
reconhecidas de utilidade às nesta Lei têm natureza real
terras que revestem, são bens de e são transmitidas ao
interesse comum a todos os sucessor, de qualquer
habitantes do País, exercendo-se
os direitos de propriedade com natureza, no caso de
as limitações que a legislação em transferência de domínio ou
geral e especialmente esta Lei posse do imóvel rural.
estabelecem.

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• Conceitos:

Amazônia Legal

• os Estados do Acre, Pará,


Amazonas, Roraima, Rondônia,
Amapá e Mato Grosso e as
regiões situadas ao norte do
paralelo 13º S, dos Estados de
Tocantins e Goiás, e ao oeste
do meridiano de 44º W, do
Estado do Maranhão.

• Conceitos:

Área de Preservação Permanente -


APP

• área protegida, coberta ou não


por vegetação nativa, com a
função ambiental de preservar os
recursos hídricos, a paisagem, a
estabilidade geológica e a
biodiversidade, facilitar o fluxo
gênico de fauna e flora, proteger
o solo e assegurar o bem-estar
das populações humanas;

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Pequena propriedade ou posse


Reserva Legal Área rural consolidada
rural familiar
• área localizada no interior de • área de imóvel rural com • aquela explorada mediante o
uma propriedade ou posse ocupação antrópica trabalho pessoal do agricultor
rural, delimitada nos termos do preexistente a 22 de julho de familiar e empreendedor
art. 12, com a função de 2008, com edificações, familiar rural, incluindo os
assegurar o uso econômico de benfeitorias ou atividades assentamentos e projetos de
modo sustentável dos recursos agrossilvipastoris, admitida, reforma agrária, e que atenda
naturais do imóvel rural, neste último caso, a adoção do ao disposto no art. 3º da Lei nº
auxiliar a conservação e a regime de pousio; 11.326, de 24 de julho de 2006;
reabilitação dos processos
ecológicos e promover a
conservação da
biodiversidade, bem como o
abrigo e a proteção de fauna
silvestre e da flora nativa;

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Uso alternativo do solo Manejo sustentável

• substituição de vegetação nativa e • administração da vegetação natural


formações sucessoras por outras para a obtenção de benefícios
coberturas do solo, como atividades econômicos, sociais e ambientais,
agropecuárias, industriais, de geração respeitando-se os mecanismos de
e transmissão de energia, de sustentação do ecossistema objeto do
mineração e de transporte, manejo e considerando-se, cumulativa
assentamentos urbanos ou outras ou alternativamente, a utilização de
formas de ocupação humana; múltiplas espécies madeireiras ou não,
de múltiplos produtos e subprodutos
da flora, bem como a utilização de
outros bens e serviços;

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 VIII utilidade pública:


 a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária;
 b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços públicos de
transporte, sistema viário, inclusive aquele necessário aos parcelamentos de solo
urbano aprovados pelos Municípios, saneamento, gestão de resíduos , energia,
telecomunicações, radiodifusão, instalações necessárias à realização de competições
esportivas estaduais, nacionais ou internacionais , bem como mineração, exceto, neste
último caso, a extração de areia, argila, saibro e cascalho; O STF entendeu que não se
pode aceitar que um Estado, “ao qual é imposta
OBS.: constitucionalmente a defesa e preservação do meio ambiente, conceba a gestão
de resíduos e o lazer como hipóteses de intervenção e supressão de vegetação em áreas
de preservação permanente e em áreas de uso restrito”. Dessa forma, para a Corte não
se mostra compatível com o art. 225 da CF/88 permitir a relativização da proteção da
vegetação nativa para “gestão de resíduos” ou para a “realização de competições
esportivas”.

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 c) atividades e obras de defesa civil;


 d) atividades que comprovadamente proporcionem
melhorias na proteção das funções ambientais referidas no
inciso II deste artigo;
 e) outras atividades similares devidamente caracterizadas
e motivadas em procedimento administrativo próprio,
quando inexistir alternativa técnica e locacional ao
empreendimento proposto, definidas em ato do Chefe do
Poder Executivo federal;

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 O STF deu interpretação conforme a CF ao art. 3º, VIII, para


condicionar a intervenção excepcional em APP, POR
UTILIDADE PÚBLICA, À INEXISTÊNCIA DE ALTERNATIVA
TÉCNICA E/OU LOCACIONAL À ATIVIDADE PROPOSTA.
Segundo o STF, a previsão do art. 3º, VIII, é constitucional,
porém que a interpretação a ser dada é a de que apenas
pode haver intervenção em área de proteção permanente
(APP) EM CASOS EXCEPCIONAIS E DESDE QUE
COMPROVADA A INEXISTÊNCIA DE
ALTERNATIVATÉCNICA E/OU LOCACIONAL À ATIVIDADE
PROPOSTA.

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 IX interesse social:
 a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa,
tais como prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação
de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas;

 b) a exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena propriedade ou


posse rural familiar ou por povos e comunidades tradicionais, desde que não
descaracterize a cobertura vegetal existente e não prejudique a função ambiental
da área;

 c) a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e atividades


educacionais e culturais ao ar livre em áreas urbanas e rurais consolidadas,
observadas as condições estabelecidas nesta Lei;

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 d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados predominantemente por


população de baixa renda em áreas urbanas consolidadas, observadas as condições
estabelecidas na Lei nº 11.977 de 7 de julho de 2009;

 e) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e de efluentes


tratados para projetos cujos recursos hídricos são partes integrantes e essenciais da
atividade;

 f) as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho, outorgadas pela


autoridade competente;

 g) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento


administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional à atividade
proposta, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal;

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 O STF deu interpretação conforme a CF ao art. 3º, IX, para


condicionar a intervenção excepcional em APP, POR
INTERESSE SOCIAL, À INEXISTÊNCIA DE ALTERNATIVA
TÉCNICA E/OU LOCACIONAL À ATIVIDADE PROPOSTA.
Segundo o STF, a previsão do art. 3º, VIII, é constitucional,
porém que a interpretação a ser dada é a de que apenas
pode haver intervenção em área de proteção permanente
(APP) EM CASOS EXCEPCIONAIS E DESDE QUE
COMPROVADA A INEXISTÊNCIA DE ALTERNATIVA
TÉCNICA E/OU LOCACIONAL À ATIVIDADE PROPOSTA.

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