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Livro Eletrônico

Aula 07

Contabilidade Geral p/ ISS-Guarulhos (Inspetor Fiscal de Rendas)


Com Videoaulas - Pós-Edital
Gabriel Rabelo, Júlio Cardozo, Luciano Rosa

89423704115 - Anderson Ricardo Giongo


Gabriel Rabelo, Júlio Cardozo, Luciano Rosa
Aula 07

ATIVO NÃO-CIRCULANTE IMOBILIZADO - ITENS COMPONENTES,


MÉTODOS DE AVALIAÇÃO, TRATAMENTO CONTÁBIL, PROCESSO DE
REAVALIAÇÃO, CONTROLES PATRIMONIAIS, PROCESSO DE
PROVISIONAMENTO, TRATAMENTO DAS BAIXAS E ALIENAÇÕES.
1 - MAIS UMA AULA... .................................................................................................................................................................................................................. 2
2 - ATIVO IMOBILIZADO ............................................................................................................................................................................................................... 2
2.1 - CONCEITO DE IMOBILIZADO SEGUNDO A LEI 6.404/76 E CPC 27 ..................................................................................................................................................... 2
2.2 IDENTIFICAÇÃO DE UM ARRENDAMENTO ....................................................................................................................................................................................... 5
3 - CUSTO DE UM ATIVO IMOBILIZADO ........................................................................................................................................................................................ 7
3.1 - RECONHECIMENTO INICIAL ............................................................................................................................................................................................................... 7
3.2 - MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE ........................................................................................................................................................................................................ 12
4 - GASTOS DE CAPITAL X GASTOS DO PERÍODO ........................................................................................................................................................................ 13
5 - ATIVO CONSTRUÍDO PELA EMPRESA ..................................................................................................................................................................................... 15
6 - ATIVO QUALIFICÁVEL ............................................................................................................................................................................................................ 16
6.1 - CONTABILIZAÇÃO DA CAPITALIZAÇÃO DOS CUSTOS DOS EMPRÉSTIMOS.368928 .................................................................................................................................... 21
7 - DIVISÃO DO IMOBILIZADO .................................................................................................................................................................................................... 22
8 - CONTEÚDO DAS CONTAS DO IMOBILIZADO .......................................................................................................................................................................... 23
8.1 - TERRENOS........................................................................................................................................................................................................................................ 23
8.2 - MÁQUINAS, APARELHOS E EQUIPAMENTOS .................................................................................................................................................................................. 23
8.3 - EQUIPAMENTOS DE PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE DADOS HARDWARE - E SISTEMAS APLICATIVOS - SOFTWARE .......................................................... 23
8.4 - MÓVEIS E UTENSÍLIOS ..................................................................................................................................................................................................................... 24
8.5 - VEÍCULOS ......................................................................................................................................................................................................................................... 24
8.6 - PEÇAS E CONJUNTOS DE REPOSIÇÃO .............................................................................................................................................................................................. 24
8.7 - IMOBILIZADO BIOLÓGICO ............................................................................................................................................................................................................... 24
8.8 - BENFEITORIAS EM IMÓVEIS DE TERCEIROS .................................................................................................................................................................................... 24
9 - IMOBILIZADOS EM ANDAMENTO .......................................................................................................................................................................................... 26
10 - CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO ............................................................................................................................................................... 27
10.1 - DEPRECIAÇÃO ................................................................................................................................................................................................................................ 27
10.2- ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO X DEPRECIAÇÃO ACUMULADA! ..................................................................................................................................................... 27
10.3 - INÍCIO DA DEPRECIAÇÃO ............................................................................................................................................................................................................... 28
10.4 - MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO. ........................................................................................................................................................................................................ 28
11 - ESTIMATIVA CONTÁBIL VERSUS CRITÉRIO FISCAL ................................................................................................................................................................. 31
12 - DEPRECIAÇÃO DE BENS USADOS ........................................................................................................................................................................................... 31
13 - DEPRECIAÇÃO ACELERADA .................................................................................................................................................................................................... 32
14 - DEPRECIAÇÃO NO PRONUNCIAMENTO CPC 27 ATIVO IMOBILIZADO ................................................................................................................................. 32
15 - ALTERAÇÃO DA VIDA ÚTIL DO IMOBILIZADO ........................................................................................................................................................................ 35
16 - VALOR RESIDUAL > VALOR CONTÁBIL ................................................................................................................................................................................... 38
17 - REPARO E CONSERVAÇÃO DE BENS E SUBSTITUIÇÃO DE PEÇAS ............................................................................................................................................ 42
17.1 - GASTOS COM LIMPEZA, MANUTENÇÃO DO BEM, CONSERVAÇÃO .............................................................................................................................................. 42
17.2 - SUBSTITUIÇÃO DE PEÇAS .............................................................................................................................................................................................................. 42
18 - AMORTIZAÇÃO ...................................................................................................................................................................................................................... 43
18.1 - REVISÃO 08 CPC AMORTIZAÇÃO PELA RECEITA ...................................................................................................................................................................... 45
19 - EXAUSTÃO............................................................................................................................................................................................................................. 49
19.1 - CONCEITOS DA LEI 6.404/76 E CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO ......................................................................................................................................................... 49
19.2 EXAUSTÃO DE BENS APLICADOS NA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS E FLORESTAIS ...................................................................................................... 50
19.3 - CLASSIFICAÇÃO: RECURSOS DE PROPRIEDADE DA EMPRESA X DIREITOS DE EXPLORAÇÃO EM PROPRIEDADES DE TERCEIROS ................................................ 51
19.4 - RECURSOS FLORESTAIS PRÓPRIOS ................................................................................................................................................................................................ 54
19.5 - DIREITOS DE EXPLORAÇÃO DE FLORESTA ..................................................................................................................................................................................... 54
19.6 - MAPA MENTAL DA EXAUSTÃO...................................................................................................................................................................................................... 56
20 - RESUMO DOS PONTOS COMENTADOS NESTA AULA ............................................................................................................................................................. 57
21 - MAPAS MENTAIS ELABORADOS NESTA AULA ....................................................................................................................................................................... 60
22 - QUESTÕES COMENTADAS ..................................................................................................................................................................................................... 63
23 - LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................................................................................................................................... 89
24 - GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ....................................................................................................................................................... 99

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1 - MAIS UMA AULA...


Olá, meus amigos. Como estão?!
Agradecemos por estarem aqui, em mais um encontro conosco, no curso de Contabilidade Geral
para ISS Guarulhos.
Hoje, falaremos sobre um tema muito importante, que vem sendo objeto de cobrança sistemática
em provas, o ativo imobilizado. Teceremos comentários sobre os aspectos contábeis e fiscais, além
de falar sobre o CPC 27 Ativo imobilizado.
O fórum de dúvidas está em pleno funcionamento! Pedimos que as dúvidas sejam encaminhadas
preferencialmente ao fórum.
Vamos à aula?! Então, aos estudos!
Um abraço.
Gabriel Rabelo/Luciano Rosa
Instagram: @contabilidadefacilitada
Fórum de dúvidas e mapas mentais: Professor Julio Cardozo

2 - ATIVO IMOBILIZADO
Faremos um passeio sobre o ativo imobilizado, pois as bancas adoram este tema.
Falaremos sobre o imobilizado de forma geral, com enfoque no tópico que constam no título da aula.
Comecemos!
O ativo imobilizado tem definição básica em dois diplomas. O primeiro e principal é a lei 6.404/76.
O segundo é o CPC 27 Ativo Imobilizado.

2.1 - CONCEITO DE IMOBILIZADO SEGUNDO A LEI 6.404/76 E CPC 27

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio


que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação
financeira da companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos
elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
II ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos,
imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Ainda, continua...

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Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:


IV no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados
à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa
finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os
benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Esquematizemos:

Segundo o CPC 27:

Ativo imobilizado é o item tangível que:


(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para
aluguel a outros, ou para fins administrativos; e
(b) se espera utilizar por mais de um período.

Mercadorias
Mantido para uso na
produção ou
fornecimento
Prestação de serviços
Mantido para aluguel a
Item tangível outros (quando aluguel
não é o fim)
Ativo Imobilizado
Mantido para fins
administrativos

Espera-se utilizar por


mais de 1 período

Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das
atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que
transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens.

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Assim, classificam-se no imobilizado direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia como, por exemplo, os terrenos, edificações, máquinas
e equipamentos, móveis e utensílios, veículos. Os bens incorpóreos passam a ficar no intangível.
A regra é a classificação de bens de propriedade da companhia. Bens locados não satisfazem, em
regra, o critério para serem classificados como ativo.
Esquematizemos:

Regra Classificação dos bens de propriedade da companhia

“ à à à à à à Oà à à à à à à à
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa, ou exercidos com essa
finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos
e controle desses bens à à à à à à à à
Trata-se esta última parte de bens que não são de propriedade da empresa juridicamente, como os
bens objetos de arrendamento (leasing).
O leasing, basicamente, pode ser de dois tipos: operacional e financeiro.
Com a revisão 2 do CPC 06 vigente a partir de 2019 houve mudança na contabilização do
arrendamento operacional.
Os arrendamentos continuam sendo divididos em arrendamentos financeiros e operacionais. Mas,
para o arrendatário, mudou drasticamente a contabilização do arrendamento operacional.
Agora, no arrendamento operacional, o arrendatário reconhece (contabiliza) o ativo, e passa a ter
despesa de depreciação e despesa financeira.
Essa alteração foi motivada pelo fato de que, na contabilização anterior do arrendamento
operacional, a empresa não reconhecia (não contabilizava) um ativo e um passivo que de fato
existiam. Há o direito de usar o ativo (que deve ser registrado no Ativo) e uma obrigação de pagar
as prestações do contrato (um Passivo).
Além disso, as duas formas de contabilização do arrendamento (financeiro e operacional)
possibilitavam manipulações nas demonstrações financeiras e dificultavam a comparabilidade.
Assim, com as alterações, o arrendamento operacional, no arrendatário, passa a ser contabilizado
como os arrendamentos financeiros.

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2.2 IDENTIFICAÇÃO DE UM ARRENDAMENTO

Na celebração de contrato, a entidade deve avaliar se o contrato é, ou contém, um arrendamento.

Conceito de Arrendamento: O contrato é um arrendamento se ele transmite o direito de


controlar o uso de ativo identificado por um período de tempo em troca de
contraprestação.

De um Ativo
identificado

Contrato de Por um período de


Controlar o uso
Arrendamento tempo

Mediante
Contraprestação
(Pagamento)

Com as alterações contábeis, tanto o arrendamento financeiro como o arrendamento operacional


devem ser contabilizados como um ativo, em contrapartida com o passivo correspondente.
A contabilização inicial de um arrendamento mercantil deve ser feita pelo valor presente!

Contabilização Inicial Arrendamento Valor Presente

Todavia, existem duas hipóteses em que o CPC 06 poderá não ser aplicado. Neste caso, o
reconhecimento não será como ativo, mas como despesa. E que casos são esses?
O Pronunciamento permite duas exceções, para as quais o arrendatário pode decidir não aplicar a
nova contabilização para os arrendamentos operacionais:
(a) arrendamentos de curto prazo (até 12 meses); e
(b) arrendamentos para os quais o ativo subjacente é de baixo valor.

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Arrendamento de
Até 12 meses
Curto Prazo
Casos em que o CPC
06 poderá não ser
aplicado para o
arrendatário
Arrendamento de CPC não diz o que é
Pequeno Valor baixo valor

Arrendamento de curto prazo é o arrendamento que, na data de início, possui o prazo de 12 meses
ou menos. O arrendamento que contém opção de compra não é arrendamento de curto prazo.
Quanto ao arrendamento para ativos de baixo valor, o pronunciamento não estabelece qual seria
à à à
Mas determina que seja considerado o valor do ativo quando este é novo, independentemente da
idade do ativo que está sendo arrendado. Por exemplo, arrendamentos de veículos não são
incluídos, porque o veículo novo normalmente não é de baixo valor.
Exemplos de ativos subjacentes de baixo valor podem incluir computadores pessoais, tablets,
pequenos itens de mobiliário de escritório e telefones.
Se o arrendatário decidir não aplicar a nova contabilização aos arrendamentos de curto prazo ou
a arrendamentos de baixo valor, deve reconhecer os pagamentos como despesa em base linear
ao longo do prazo do arrendamento. O arrendatário deve aplicar outra base sistemática se essa
base representar melhor o padrão do benefício do arrendatário.

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3 - CUSTO DE UM ATIVO IMOBILIZADO


3.1 - RECONHECIMENTO INICIAL

Conforme a lei 6404/76:

Critérios de avaliação do ativo


Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes
critérios:
V - Os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo
da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão;

Portanto, o imobilizado é avaliado inicialmente ao custo!

Os itens do ativo imobilizado são mensurados inicialmente pelo seu custo, o qual inclui todos os
custos necessários para colocá-lo em condições de uso.
Conforme o Pronunciamento CPC 27 Ativo Imobilizado:

16. O custo de um item do ativo imobilizado compreende:


(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não
recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e
abatimentos;
(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição
necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela
administração;
(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração
do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que
a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante
determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse
período.
17. Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:
(a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no Pronunciamento Técnico
CPC 33 Benefícios a Empregados) decorrentes diretamente da construção ou aquisição
de item do ativo imobilizado;
(b) custos de preparação do local;
(c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);

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(d) custos de instalação e montagem;


(e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após
dedução das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido
enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando
se testa o equipamento); e
(f) honorários profissionais.
19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:
(a) custos de abertura de nova instalação;
(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e
atividades promocionais);
(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de
clientes (incluindo custos de treinamento); e
(d) custos administrativos e outros custos indiretos.

Custo do ativo imobilizado (CPC 27)


Inclui Não inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação Descontos comerciais e abatimentos
+ Impostos não recuperáveis
Preparação do local Custos de abertura de nova instalação
Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor
Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais
Testes Custos de treinamento
Honorários profissionais Transferência posterior (novo local)
(engenheiros, arquitetos, por exemplo)
Custos de desmontagem Custos administrativos
(futuro, traz a valor presente)
Custo de remoção (futuro, traz a valor presente) Outros custos indiretos
Outros custos diretamente atribuíveis Remoção, desmontagem de máquinas antigas

O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado cessa quando o
item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração.
Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de um item não são
incluídos no seu valor contábil, mas lançados como despesas, como, por exemplo, os seguintes
custos:
(a) custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar nas condições operacionais
pretendidas pela administração não é utilizado ou está sendo operado a uma capacidade inferior à
sua capacidade total;
(b) prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a demanda pelos produtos do
ativo é estabelecida; e

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(c) custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as operações da entidade.


Algumas operações realizadas em conexão com a construção ou o desenvolvimento de um item do
ativo imobilizado não são necessárias para deixá-lo no local e nas condições operacionais
pretendidas pela administração.
Essas atividades eventuais podem ocorrer antes ou durante as atividades de construção ou
desenvolvimento. Por exemplo, o local de construção pode ser usado como estacionamento e gerar
receitas, até que a construção se inicie.
Como essas atividades não são necessárias para que o ativo fique em condições de funcionar no
local e nas condições operacionais pretendidas pela administração, as receitas e as despesas
relacionadas devem ser reconhecidas no resultado e incluídas nas respectivas classificações de
receita e despesa.
Oà à à à à à à à à à ontagem e remoção do item e de restauração
à à à à à à à àOà à à
Imagine que a Petrobrás, através de um contrato de arrendamento financeiro, assuma uma
plataforma de petróleo. Esse bem será registrado no Ativo Imobilizado e, além dos custos de
instalação, o contrato prevê que a desmontagem e remoção da plataforma ocorrerão daqui a 10
anos e serão de responsabilidade da Petrobrás.
Esses gastos devem ser incorporados ao custo da plataforma. Eles devem ser trazidos a valor
presente.
Vamos treinar? A questão a seguir é difícil!
(FGV/Auditor Tributário/ISS Niterói/2015) Em 01/02/X0, a Cia. Digama adquiriu, por R$
3.000.000,00, um terreno destinado à construção de um novo armazém. De 01/02/X0 a
30/04/X0 o terreno foi utilizado como estacionamento, e a companhia faturou R$ 70.000,00
durante esse período com a locação de vagas.
Em 01/05/X0, a companhia pagou R$ 25.000,00 de honorários aos engenheiros responsáveis
pelo projeto do armazém e deu início à sua construção.
Para isso, ela tomou um empréstimo de R$ 6.000.000,00 junto ao Banco Zeta S.A. Até 01/12/X0
data em que foi concluída, a Cia. Digama gastou na construção do armazém R$ 850.000,00 com
mão de obra, R$ 150.000,00 com a preparação do terreno, R$ 300.000,00 com frete e R$
5.000.000,00 com materiais de construção.
Os juros incorridos sobre o empréstimo tomado junto ao Banco Zeta S.A, durante esse período
foram de R$ 40.000,00, e a companhia obteve receitas financeiras de R$ 8.000,00 pela
aplicação desses recursos antes de efetuar os pagamentos necessários à condução da obra. De
01/12/X0 a 15/12/X0, data em que o armazém foi inaugurado, a Cia. Digama gastou R$
50.000,00 para transferir os equipamentos de um armazém antigo para esse novo armazém.
Esse novo armazém deverá ser reconhecido no imobilizado da Cia. Digama pelo custo de:
a) 6.287.000
b) 6.325.000

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c) 6.357.000
d) 6.365.000
e) 6.407.000
Comentários:
Como dissemos, o custo do imobilizado inclui:
Custo do ativo imobilizado (CPC 27)
Inclui Não inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação Descontos comerciais e abatimentos
+ Impostos não recuperáveis
Preparação do local Custos de abertura de nova instalação
Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor
Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais
Testes Custos de treinamento
Honorários profissionais Transferência posterior (novo local)
(engenheiros, arquitetos, por exemplo)
Custos de desmontagem Custos administrativos
(futuro, traz a valor presente)
Custo de remoção (futuro, traz a valor presente) Outros custos indiretos
Outros custos diretamente atribuíveis Remoção, desmontagem de máquinas antigas

Vamos para a questão...


Os trechos da questão estão em negrito.
Em 01/02/X0, a Cia. Digama adquiriu, por R$ 3.000.000,00, um terreno destinado à construção de
um novo armazém. De 01/02/X0 a 30/04/X0 o terreno foi utilizado como estacionamento, e a
companhia faturou R$ 70.000,00 durante esse período com a locação de vagas.
A primeira coisa é perceber lá no final da questão que ela pede o valor contábil do armazém e não
do terreno.
Portanto, as informações relativas ao terreno devem ser reconhecidas separadamente. Terreno é
terreno, armazém é armazém.
O terreno deve ser reconhecido separadamente no balanço patrimonial.
Em 01/05/X0, a companhia pagou R$ 25.000,00 de honorários aos engenheiros responsáveis pelo
projeto do armazém e deu início à sua construção.
Os honorários com engenheiros, arquitetos e profissionais do gênero são reconhecidos como custo
do imobilizado. Este item é um custo diretamente atribuível, segundo o CPC 27, 17, f.
Para isso, ela tomou um empréstimo de R$ 6.000.000,00 junto ao Banco Zeta S.A. Até 01/12/X0
data em que foi concluída, a Cia. Digama gastou na construção do armazém R$ 850.000,00 com
mão de obra, R$ 150.000,00 com a preparação do terreno, R$ 300.000,00 com frete e R$
5.000.000,00 com materiais de construção.
O empréstimo obtido vai ingressar no banco, em contrapartida à conta empréstimos a pagar.

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Depois disso, temos gastos com a construção do armazém:

- Mão de obra: R$ 850.000,00 (entra no custo)


- Preparação do terreno: R$ 150.000,00 (entra no custo)
- Materiais de construção: R$ 5.000.000,00 (entra no custo)
- Frete: R$ 300.000,00

Os juros incorridos sobre o empréstimo tomado junto ao Banco Zeta S.A, durante esse período
foram de R$ 40.000,00, e a companhia obteve receitas financeiras de R$ 8.000,00 pela aplicação
desses recursos antes de efetuar os pagamentos necessários à condução da obra.
Nós sabemos que a regra para o reconhecimento dos juros é lança-los como despesa na DRE
conforme o período de competência.
Todavia, se estivermos frente a um ativo qualificável, a situação muda e reconhecemos esses juros
como parte do custo do ativo.
Assim, nesta hipótese, vamos lançar os R$ 40.000,00 como custo do ativo, subtraindo os R$ 8.000,00
obtidos como receitas.
Segundo o CPC 20:

12. Na extensão em que a entidade toma recursos emprestados especificamente com o


propósito de obter um ativo qualificável, a entidade deve determinar o montante dos
custos dos empréstimos elegíveis à capitalização como sendo aqueles efetivamente
incorridos sobre tais empréstimos durante o período, menos qualquer receita financeira
decorrente do investimento temporário de tais empréstimos.

De 01/12/X0 a 15/12/X0, data em que o armazém foi inaugurado, a Cia. Digama gastou R$
50.000,00 para transferir os equipamentos de um armazém antigo para esse novo armazém.
Vejam que esses gastos nada têm a ver com a construção do armazém. Os gastos para remoção dos
equipamentos antigos do armazém antigo para o novo devem ser considerados como despesa, na
DRE.
Esse novo armazém deverá ser reconhecido no imobilizado da Cia. Digama pelo custo de:

- Honorários 25.000,00
- Gastos mão de obra 850.000,00
- Preparação do terreno 150.000,00
- Frete 300.000,00
- Materiais de construção 5.000.000,00
- Juros (ativo qualificável) 40.000,00 8.000 = 32.000,00
Total 6.357.000,00

Professores, e as receitas com estacionamento? Elas devem ser reconhecidas na DRE.


Vejam o que diz o CPC 27:

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21. Algumas operações realizadas em conexão com a construção ou o desenvolvimento


de um item do ativo imobilizado não são necessárias para deixá-lo no local e nas
condições operacionais pretendidas pela administração. Essas atividades eventuais
podem ocorrer antes ou durante as atividades de construção ou desenvolvimento. Por
exemplo, o local de construção pode ser usado como estacionamento e gerar receitas,
até que a construção se inicie. Como essas atividades não são necessárias para que o
ativo fique em condições de funcionar no local e nas condições operacionais
pretendidas pela administração, as receitas e as despesas relacionadas devem ser
reconhecidas no resultado e incluídas nas respectivas classificações de receita e
despesa.

Questão bem difícil, mas um ótimo treino para entender o assunto!


Gabarito → C.

3.2 - MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE

Assim como os outros ativos, o ativo imobilizado pode mudar de valor. Ele pode se desgastar, pode
sofrer perda no seu valor de mercado ou perder também o valor que se espera em relação à
capacidade de gerar produtos.
Portanto, depois de integrado, ele fica sujeito à depreciação, amortização e exaustão e ao teste de
recuperabilidade. A previsão para estes institutos encontra-se na Lei 6.404 do seguinte modo:

Art. 183. § 2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível
será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto
bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição
de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou
exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado;
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de
direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa
exploração.
§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos
valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)
I registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de
interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando
comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse
valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)

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II revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica


estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. (Incluído pela Lei nº
11.638,de 2007)

Avaliação do imobilizado: Custo - depreciação/amortização/exaustão - red. val. rec.


Diminuição: Perda do valor aplicado:
Depreciação Por desgaste
Por uso
Por ação da natureza
Por obsolescência
Amortização Por aquisição de direitos de propriedade industrial ou comercial com existência ou
exercício de duração limitada
Por aquisição de direitos cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado
Exaustão Recursos minerais ou florestais ou bens aplicados nessa exploração.

4 - GASTOS DE CAPITAL X GASTOS DO PERÍODO


C à à à C à“ à à à à professores da USP, os gastos
subsequentes podem ser de duas espécies:
Gastos de capital: são os que irão beneficiar mais de um exercício social e devem ser adicionados
ao valor do ativo imobilizado, desde que atendam às condições de reconhecimento de um ativo.
Exemplo: custo de aquisição do bem, custo de instalação e montagem, etc.
Gastos do período (despesas): são os que devem ser agregados às contas de despesas do período,
pois só beneficiam um exercício e são necessários para manter o imobilizado em condições de
operar, não lhe aumentando o valor. Não é provável que esses gastos tenham o potencial de gerar
benefícios econômicos futuros para a entidade. Logo, não podem ser reconhecidos como ativo, mas
sim como despesa. Exemplo: manutenção e reparos, etc.
Vejamos o CPC 27 Ativo Imobilizado:

12. Segundo o princípio de reconhecimento do item 7, a entidade não reconhece no valor


contábil de um item do ativo imobilizado os custos da manutenção periódica do item.
Pelo contrário, esses custos são reconhecidos no resultado quando incorridos. Os custos
da manutenção periódica são principalmente os custos de mão-de-obra e de produtos
consumíveis, e podem incluir o custo de pequenas peças. A finalidade desses gastos é
muitas vezes descrita como à à à à à à à à à
imobilizado.

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13. Partes de alguns itens do ativo imobilizado podem requerer substituição em


intervalos regulares. Por exemplo, um forno pode requerer novo revestimento após um
número específico de horas de uso; ou o interior dos aviões, como bancos e
equipamentos internos, pode exigir substituição diversas vezes durante a vida da
estrutura. Itens do ativo imobilizado também podem ser adquiridos para efetuar
substituição recorrente menos frequente, tal como a substituição das paredes interiores
de edifício, ou para efetuar substituição não recorrente. Segundo o princípio de
reconhecimento do item 7, a entidade reconhece no valor contábil de um item do ativo
imobilizado o custo da peça reposta desse item quando o custo é incorrido se os critérios
de reconhecimento forem atendidos. O valor contábil das peças que são substituídas é
baixado de acordo com as disposições de baixa deste Pronunciamento (ver itens 67 a
72).
14. Uma condição para continuar a operar um item do ativo imobilizado (por exemplo,
uma aeronave) pode ser a realização regular de inspeções importantes em busca de
falhas, independentemente das peças desse item serem ou não substituídas. Quando
cada inspeção importante for efetuada, o seu custo é reconhecido no valor contábil do
item do ativo imobilizado como uma substituição se os critérios de reconhecimento
forem satisfeitos. Qualquer valor contábil remanescente do custo da inspeção anterior
(distinta das peças físicas) é baixado. Isso ocorre independentemente do custo da
inspeção anterior ter sido identificado na transação em que o item foi adquirido ou
construído. Se necessário, o custo estimado de futura inspeção semelhante pode ser
usado como indicador de qual é o custo do componente de inspeção existente, quando o
item foi adquirido ou construído.

Os gastos subsequentes podem ser divididos em manutenção periódica (que vai para despesa) e as
paradas programadas (que são gastos de capital e são ativadas, isto é, o valor gasto é contabilizado
no custo do ativo, e passa a ser depreciado).

Esquematizemos:
Manutenção Só beneficiam um
Gastos do período Despesa na DRE
periódica exercício social

Paradas Beneficiam mais de


Gastos de capital Ativo Imobilizado
programadas um exercício social

A prática anterior era a de provisionar o valor da parada programada. Mas este procedimento foi
alterado, pois não há base para o reconhecimento de um passivo neste caso. Não há obrigação
presente.
O método atual é de dar baixa no valor contábil do item substituído e capitalizar (contabilizar
como ativo) o novo item.

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5 - ATIVO CONSTRUÍDO PELA EMPRESA


O custo de ativo construído pela própria empresa determina-se utilizando os mesmos princípios
de ativo adquirido. Se a entidade produz ativos idênticos para venda no curso normal de suas
operações, o custo do ativo é geralmente o mesmo que o custo de construir o ativo para venda. Por
isso, quaisquer lucros gerados internamente, são eliminados para determinar tais custos.
Basicamente, se a empresa produz ativos para vender, mas resolve utilizar um ou alguns como
imobilizado, a mensuração deve ser feita pelos mesmos princípios do ativo adquirido, isto é, você
irá capitalizar a mão de obra, gastos com seguro, materiais, honorários de engenheiros, entre outros.
Se o ativo construído pela empresa custou R$ 300.000,00, e é vendido por R$500.000,00, ele ficará
contabilizado por R$ 300.000,00, pois não devemos reconhecer lucros gerados internamente.
De forma semelhante, o custo de valores anormais de materiais, de mão-de-obra ou de outros
recursos desperdiçados incorridos na construção de um ativo não é incluído no custo do ativo.

(CESGRANRIO/Transpetro/Contador/2018) A empresa Industrial T, que produz máquinas de


alta tecnologia, para aumentar a geração de seus benefícios econômicos, decidiu destinar uma
máquina de sua produção para uso próprio, fazendo as seguintes anotações referentes,
exclusivamente, à produção dessa mesma máquina:
Aquisição de insumos, incluindo o valor do IPI 720.000,00
IPI sobre esses insumos adquiridos 120.000,00
ICMS destacado na nota fiscal da compra desses insumos 72.000,00
Mão de obra utilizada na produção da máquina 42.000,00
Outros custos indiretos anotados na produção da máquina 25.000,00
Valor de venda da máquina praticado pela indústria 925.000,00
Considerando as informações recebidas, as normas contábeis e pronunciamentos técnicos CPC,
aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o valor dessa máquina, a ser
evidenciado no imobilizado da indústria T, em reais, é
(A) 595.000,00
(B) 648.000,00
(C) 667.000,00
(D) 787.000,00
(E) 925.000,00

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Comentários:
Aquisição de insumos, incluindo o valor do IPI 720.000,00
IPI sobre esses insumos adquiridos (120.000,00)
ICMS destacado na nota fiscal da compra desses insumos (72.000,00)
Mão de obra utilizada na produção da máquina 42.000,00
Outros custos indiretos anotados na produção da máquina 25.000,00
Total 595.000,00
O IPI é um tributo por fora. Mas como já estava no preço dos insumos e, neste caso, é
recuperável, devemos tirá-lo do valor.
O valor de venda não deve ser considerado, pois seria o mesmo que reconhecer ágio por
expectativa de rentabilidade futura gerado internamente.
Gabarito→A

6 - ATIVO QUALIFICÁVEL
O Pronunciamento Técnico CPC 20 Custos de Empréstimos estabelece critérios para o
reconhecimento dos juros como componente do valor contábil de um item do ativo imobilizado
construído pela própria empresa. Os juros de empréstimos contratados para a construção ou
aquisição de ativo qualificável (ativo que demanda um tempo substancial para ficar pronto para o
seu uso ou venda pretendidos) devem ser capitalizados, ou seja, são contabilizados como custo do
ativo qualificado.
Vamos explicar melhor o item acima. Conforme o Pronunciamento CPC 20 (R1) Custos de
Empréstimos:

Custos de empréstimos são juros e outros custos em que a entidade incorre em conexão
com o empréstimo de recursos.

Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo


substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos.

7. Dependendo das circunstâncias, um ou mais dos seguintes ativos podem ser


considerados ativos qualificáveis:
(a) estoque;
(b) plantas industriais para manufatura;
(c) usina de geração de energia;
(d) ativos intangíveis;
(e) propriedades para investimentos.

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8. A entidade deve capitalizar os custos de empréstimo que são diretamente atribuíveis


à aquisição, construção ou produção de ativo qualificável como parte do custo do ativo.
A entidade deve reconhecer os outros custos de empréstimos como despesa no período
em que são incorridos. (g.n.)

U à à àà à à à à à à à à à à
um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos, também
chamado de ativo qualificado.

Os custos de empréstimos diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de ativo


qualificável devem ser capitalizados, ou seja, contabilizados como custo do estoque.
Os outros custos de empréstimos (que não são para ativos qualificáveis) devem ser reconhecidos
como despesas no período em que incorrerem.
Esquematizemos:

Custos de empréstimos - hoje:


Ativos qualificáveis - Parte do custo dos ativos
Outros custos de empréstimos - Despesa na DRE

Atenção! Uma questão interessante é a seguinte:


a) Levando em consideração que cessa o reconhecimento dos custos do ativo quando o mesmo se
encontra em condições pretendidas de uso;
b) A empresa contraiu empréstimo para financiar o ativo qualificável e;
c) A duração do empréstimo será maior que o tempo gasto para o ativo ficar pronto. Portanto,
quando cessar a contabilização dos custos do ativo qualificável a empresa não terá incorrido na
totalidade dos custos do empréstimo.

Como é feita a contabilização do restante dos custos de financiamento do ativo e o cálculo da


depreciação?
Após o ativo qualificável estar pronto para o uso, os juros do empréstimo vão para despesa
financeira.
Ademais, este cálculo não afeta a depreciação, ou seja, a empresa só deprecia o valor atribuído ao
ativo qualificável. Os juros que vão para a despesa não afetam o cálculo da depreciação.

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(Inédita) A empresa KLR decidiu aumentar a área da sua fábrica, construindo um imóvel anexo
à à à áà à à à à à à àá à à
valor muito caro, a empresa KLR resolveu construir o anexo por sua conta. Após um tempo
substancial, a empresa terminou a construção, tendo incorrido nos seguintes gastos:
- Material de construção 160.000
- Mão de obra 120.000
- Custos indiretos de Fabricação 30.000
Para financiar parte da construção do anexo, a empresa contratou um empréstimo no valor de
$ 250.000,00, incorrendo em juros no valor de $ 40.000,00. Calcule o valor pelo qual o
puxadinho será incluído no imobilizado:
A) 280.000
B) 310.000
C) 350.000
D) 500.000
E) 600.000
Comentários:
Primeiro ponto: Não poderíamos contabilizá-lo pelo valor de mercado, o valor justo (500.000)?
Afinal, esse é o preço que a empresa gastaria para contratar uma construtora para fazer o
serviço.
Resposta: Não. A empresa não deve reconhecer lucro gerado internamente. Portanto, descarte
a letra D ($500.000). Superado esse ponto, vamos em frente.
O anexo é um Ativo Qualificável (que demora um tempo substancial para ficar pronta para o
seu uso pretendido), portanto os encargos do empréstimo usado para financiá-lo são incluídos
no custo do ativo. Assim, temos:
Material de construção 160.000
+ Mão de obra 120.000
+ Custos indiretos de Fabricação 30.000
+ Juros do empréstimo 40.000
TOTAL 350.000
Adendo! O que são custos indiretos? Os custos indiretos são aqueles que não podem ser
atribuídos diretamente, sendo necessário algum critério de rateio. Por exemplo:

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- Aluguel da fábrica. Deve ser atribuído aos produtos com base na metragem que cada um
ocupa da fábrica.
- Depreciação de máquinas usadas na fabricação de diversos produtos: a depreciação deve ser
atribuída aos produtos conforme algum critério de rateio, e assim por diante.
Os custos diretos são aqueles que podem ser atribuídos diretamente ao produto, sem precisar
de rateio.
Exemplo de custo direto: matéria prima e mão de obra direta.
Professores, mas vocês disseram lá em cima que, segundo o CPC 27:
19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:
(d) custos administrativos e outros custos indiretos.
Vejam que esses outros custos indiretos são administrativos.
Aqui, nós estamos falando de custos indiretos de fabricação! São situações distintas.
Gabarito → C.

Muito bem. Ativo qualificável demora um tempo substancial para ficar pronto. E qual seria esse
à àU à à“ à à
Não há uma definição ou determinação sobre esse prazo. A empresa deve usar o seu melhor
julgamento técnico, para enquadrar um ativo como qualificável ou não. As normas falam sempre
à à à à à à à à à àá à à à à
esse assunto devem mencionar que a construção d à à à à à à à
algum sinôni à à à à à à à à à à à à
vai.)
Estudamos a inclusão dos juros no ativo. Agora vejamos a exclusão dos juros.
Conforme o Pronunciamento CPC 27 Imobilizado:

23. O custo de um item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista na data do


reconhecimento. Se o prazo de pagamento excede os prazos normais de crédito, a
diferença entre o preço equivalente à vista e o total dos pagamentos deve ser
reconhecida como despesa com juros durante o período (...), a menos que seja passível
de capitalização de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 20 Custos de
Empréstimos. (g.n.)

Comentários:
Vamos supor que uma empresa possa comprar um ativo à vista, por 100.000,00, ou a prazo, por
110.000,00.

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Nesse caso, o total a prazo excede o preço à vista, e tal diferença deve ser reconhecida
(contabilizada) como despesa com juros.
Digamos que o prazo seja de um mês. A contabilização seria a seguinte:
Compra à vista:

D Imobilizado (ativo) 100.000


C Caixa/bancos (ativo) 100.000

Razonetes:
Imobilizado Caixa
100.000,00 100.000,00

Na compra a prazo:
Ao invés de contabilizar o ativo pelo valor total, como é o procedimento normal, o correto é o
seguinte:

D Imobilizado (Ativo) 100.000


D Juros a apropriar (ret. Passivo) 10.000
C Fornecedores (Passivo) 110.000

Razonetes:
Imobilizado (A) Juros a apropriar (Ret. P) Fornecedores (P)
100.000,00 10.000,00 110.000,00

Passado um mês, teríamos:

D Despesa financeira (resultado) 10.000


D Fornecedores (Passivo) 110.000
C - Juros a apropriar (ret. Passivo) 10.000
C Caixa/bancos (ativo) 110.000

Razonetes:
Imobilizado (A) Juros a apropriar (Ret. P) Fornecedores (P)
100.000,00 10.000,00 10.000,00 110.000,00 110.000,00

Despesa finan. Caixa


10.000,00 110.000,00

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A contabilização acima trata-se do ajuste a valor presente. Na nossa legislação, devemos efetuar o
ajuste a valor presente para as operações de longo prazo, e para as de curto prazo quando forem
relevantes.
Confira a Lei das SA:

Critérios de Avaliação do Ativo


Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes
critérios:
VIII os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a
valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído pela
Lei nº 11.638, de 2007)
Critérios de Avaliação do Passivo
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os
seguintes critérios:
III as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão
ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito
relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

A contabilização acima (no prazo de um mês) foi demonstrada apenas como exemplo. Só poderia
ser ajustada a valor presente se houvesse efeito relevante. Do contrário, apenas os elementos de
longo prazo sofrem o ajuste a valor presente, conforme determina a legislação.

1 Na construção de ativo qualificado devemos incluir os encargos financeiros no custo do Ativo.


2 Na compra a prazo de ativos, devemos excluir os encargos financeiros, os quais serão apropriados
como Despesa Financeira por competência.

6.1 - CONTABILIZAÇÃO DA CAPITALIZAÇÃO DOS CUSTOS DOS EMPRÉSTIMOS.

Normalmente, a contabilização dos custos de empréstimos (no caso de ativos não qualificáveis) é
feita a débito de despesa financeira e crédito do passivo:

D Despesa financeira (resultado)


C Empréstimos a pagar (Passivo)

Razonetes:
Desp. Finan. (Resul) Emp. a pagar
XX,XX XX,XX

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Observação: a contabilização acima refere-se à situação em que o custo do empréstimo é tratado


como despesa financeira. Ou seja, quando não estamos diante de um ativo qualificável.
No caso dos ativos qualificáveis, para capitalizar os custos dos empréstimos, debitamos o Ativo que
está sendo adquirido ou construído:

D Ativo qualificado em construção


C Empréstimo a pagar (passivo)

Razonetes:
Ativo qual. em constru. Emp. a pagar
XX,XX XX,XX

Pelo término da construção do ativo:

D Ativo (Estoque ou imobilizado ou intangível, etc,)


C Ativo qualificado em construção.

Normalmente, durante a construção, é usada uma conta transitória, à á à à


C à à à à à à à à à à à
Depois de concluído, a conta transitória é zerada e seu saldo transferido para ativo imobilizado, ou
ativo intangível, enfim, para a conta definitiva.

7 - DIVISÃO DO IMOBILIZADO
De acordo com o Manual de Contabilidade Societária, o ativo imobilizado pode ser dividido
basicamente em dois grandes grupos:
- Bens em operação: Aqueles que estão sendo utilizados pela sociedade em suas atividades fins.
- Imobilizados em andamento: Aqueles que ainda não estão operando.
Além da segregação do imobilizado entre bens em operação e imobilizado em andamento, outros
critérios podem ser adotados, como, por exemplo, a separação por área geográfica, segmento
econômico, função ou departamento, necessidades internas e de terceiros, exigências fiscais.

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8 - CONTEÚDO DAS CONTAS DO IMOBILIZADO


Várias são as contas registradas no ativo imobilizado. Vejamos agora as principais:

8.1 - TERRENOS

Registra os terrenos realmente utilizados nas operações. É, por exemplo, onde se encontra a fábrica,
estoques, filiais, lojas. Se o terreno for destinado à atividade fim, mas ainda não estiver pronto, será
classificado como imobilizado em andamento.
Se, ao revés, o terreno não estiver sendo utilizado nas atividades fim da empresa, deverá ir para o
ativo não circulante investimentos.

Atenção!
Professores, e no caso de uma indústria, temos a fábrica que executa a atividade fim,
correto? E temos, muitas vezes, o escritório administrativo, separado da fábrica, que
executa "atividades meio". Como fica a classificação nesta hipótese?
Ora, as atividades fim não são apenas as atividades de fabricação. Inclui administração,
contabilidade, compras, vendas e outras. A fábrica compra um prédio para usar como
escritório. Fica no imobilizado.
Se o mesmo prédio for usado para alugar a terceiros e auferir renda, fica em investimento.
Não é mais usado nas atividades fim.
Por outro lado, há a diferença entre "custos" e "despesas". O prédio da fábrica tem custo
de depreciação (entra no custo dos produtos). Já o prédio da administração tem "despesa
de depreciação". Mas ambos ficam no imobilizado.

8.2 - MÁQUINAS, APARELHOS E EQUIPAMENTOS

Envolve o conjunto de bens corpóreos desta natureza utilizado no processo de produção da


empresa.

8.3 - EQUIPAMENTOS DE PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE DADOS HARDWARE - E


SISTEMAS APLICATIVOS - SOFTWARE

Os hardwares adquiridos pela empresa ficam registrados à conta do ativo imobilizado. Por seu turno,
para a classificação dos softwares devemos perquirir qual a ligação do software com o equipamento
que o utiliza. Se o software for identificável, separável e puder ser segregado e transacionado pela
entidade, reconheceremos então um intangível, hipótese em que será amortizado.

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8.4 - MÓVEIS E UTENSÍLIOS

Representa, por exemplo, mesas, cadeiras, arquivos, estantes, entre outros móveis que estejam
sendo utilizados nas atividades fins da empresa.

8.5 - VEÍCULOS

Registram-se nessa conta veículos sob controle da empresa. Todavia, o FIPECAFI defende que se os
veículos forem utilizados diretamente na produção, tal como empilhadeira, escavadeira, etc,
poderão ser agrupados na conta equipamentos.

8.6 - PEÇAS E CONJUNTOS DE REPOSIÇÃO

Peças e conjuntos de reposição são aquelas que se destinam à substituição de outras em máquinas,
equipamentos, etc.
Trataremos melhor deste assunto à frente.

8.7 - IMOBILIZADO BIOLÓGICO

São os animais, plantas vivas, mantidos para produção, que se esperem utilizar por mais de um
período social. Exemplo: gados reprodutores, gados produtores de leite, plantação de café.

8.8 - BENFEITORIAS EM IMÓVEIS DE TERCEIROS

Benfeitorias em imóveis de terceiros, cujo valor será revertido ao proprietário do imóvel ao final
do contrato de locação, são classificadas no ativo imobilizado.
Se as benfeitorias em imóveis de terceiros forem em contrato de locação por prazo indeterminado,
ou se o prazo do contrato for maior que a vida útil da benfeitoria, devemos depreciar estas
benfeitorias.
Caso o contrato tenha duração determinada e menor que a vida útil da benfeitoria, esta será
amortizada pelo prazo do contrato.
Exemplo: Benfeitoria em imóveis de terceiros:
1º caso: Prazo indeterminado.

Vida útil: 8 anos.


Contrato por prazo indeterminado.
Deprecia a benfeitoria em 8 anos.

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2º caso: Prazo determinado e contrato > Vida útil.

Vida útil: 8 anos.


Contrato por prazo determinado, de 10 anos.
Deprecia a benfeitoria em 8 anos.

3º caso: Prazo determinado e contrato < Vida útil.

Vida útil: 8 anos.


Contrato por prazo determinado, de 5 anos.
Amortiza a benfeitoria em 5 anos.

Ou seja, se o desgaste da benfeitoria puder ser reconhecido pelo prazo de vida útil, seja porque o
contrato é por prazo indeterminado, seja porque o prazo do contrato é maior que a vida útil da
benfeitoria, será depreciação.
Se o desgaste da benfeitoria tiver que ser abreviado, porque o prazo do contrato é menor que a vida
útil da benfeitoria, será amortização.

Benfeitorias em imóveis de terceiros


Contrato Critério de avaliação
Prazo indeterminado Depreciação (Vida útil)
Prazo determinado e Contrato > Vida útil
Prazo determinado e Contrato < Vida útil Amortização (Contrato)

(AOCP/Analista/Contabilidade/UFSM/2014) Benfeitorias em imóveis de terceiros devem ser


reconhecidas como
a) Ativo circulante Estoque
b) Passivo circulante Obrigações diversas
c) Ativo não circulante Imobilizado.
d) Ativo não circulante Investimentos permanentes.
e) Ativo não circulante Intangível.

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Comentários:
Benfeitorias em imóveis de terceiros, cujo valor será revertido ao proprietário do imóvel ao
final do contrato de locação, são classificadas no ativo imobilizado.
Gabarito → C.
(IDECAN/Assistente/Contabilidade/INMETRO/2015) Para instalação de sua nova fábrica, uma
empresa realiza uma série de benfeitorias em um imóvel alugado pelo período de dois anos,
cujo contrato prevê a restituição do valor gasto ao final da vigência. O contador deverá registrar
à à à à à à à à àá Assim, essa conta deverá
ser classificada no grupo:
a) Intangível.
b) Circulante.
c) Imobilizado.
d) Investimentos.
e) Realizável a longo prazo.
Comentários:
Benfeitorias em imóveis de terceiros, cujo valor será revertido ao proprietário do imóvel ao
final do contrato de locação, são classificadas no ativo imobilizado.
Nesta hipótese, vai haver restituição do valor gasto ao final da vigência. Assim, a classificação
será no ativo não circulante realizável a longo prazo. Se fosse em menos de um ano, a
classificação seria no ativo circulante.
Fiquem de olho nesta hipótese!
Gabarito → E.

9 - IMOBILIZADOS EM ANDAMENTO
Além das contas listadas acima, classificam-se no imobilizado: construções em andamento, bens em
uso na fase de implantação, importações em andamento de bens.
Ainda, uma pegadinha que pode aparecer em provas é a conta adiantamento a fornecedores de
imobilizado, classificada no ativo imobilizado, que registra todos os adiantamentos a fornecedores
por conta de fornecimento sob encomenda de bens do ativo imobilizado
Esquematizemos:

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10 - CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO


Dissemos que o ativo imobilizado é classificado pelo custo de aquisição, subtraído da depreciação,
amortização, exaustão, e/ou, ainda, ajuste por redução ao valor recuperável.

Ativo Imobilizado
Custo de aquisição
(-) Depreciação, amortização, exaustão
(-) Ajuste ao valor recuperável

10.1 - DEPRECIAÇÃO
==5a120==

Vamos apresentar uma breve introdução, incluindo as determinações fiscais a respeito (que são
aplicáveis à maioria das questões anteriores envolvendo depreciação) e depois analisar o
pronunciamento.
A depreciação assim está prevista na Lei 6.404/76:

Art. 183. § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível
será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto
bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência;

10.2- ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO X DEPRECIAÇÃO ACUMULADA!

Pessoal, é muito importante que tenhamos em mente a diferença entre encargos de depreciação e
depreciação acumulada.
Esquematizemos:

Por exemplo, móvel adquirido em 01.01.X1, por R$ 1.000,00 que deprecia 10% ao ano, sem valor
residual.

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Qual o encargo de depreciação e qual a depreciação acumulada no encerramento do exercício em


31.12.X2?
Bom, nesta hipótese, a depreciação anual é de R$ 100,00 (10% de 1.000,00).
O encargo de depreciação representa a conta do exercício, refere-se à depreciação deste período,
conta esta que é zerada no encerramento do exercício social. Portanto, no exercício de X2 será R$
100,00. É uma conta de despesa, fica no resultado do exercício.
A depreciação acumulada, por sua vez, é uma conta retificadora do ativo. Como o próprio nome
sugere, ela computa a soma da depreciação acumulada. Esta conta só é baixada, zerada, com o fim
da vida útil do bem, e sua baixa ou alienação.
Então, a depreciação acumulada em 31.12.X2 será 200,00 (100,00 de X1 + 100,00 de X2).
Agora, vamos falar um pouco sobre os métodos de depreciação.

10.3 - INÍCIO DA DEPRECIAÇÃO

A depreciação se inicia quando o ativo está pronto para uso. Então, em regra, o mês de aquisição
vai entrar no cálculo. Você deve procurar, nas questões, a data em que o ativo está pronto para ser
utilizado.
O mais correto tecnicamente é adotar a data em que o ativo está pronto para uso. Por exemplo, se
estiver pronto no dia 20, deprecia a partir desta data. Todavia, para facilitar os cálculos, em provas,
pode aparecer da seguinte maneira:
- Se o imobilizado está pronto para uso até o dia 15: deprecia o mês todo.
- Se o imobilizado está pronto para uso após o dia 15: deprecia a partir do mês seguinte.
Como saber? Somente testando os números.

10.4 - MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO.

Há vários métodos para se calcular a depreciação. Apresentaremos, a seguir, os principais abordados


em prova. Os mais usados são:
10.4.1 - Método da linha reta ou linear ou método das quotas constantes:

Disparadamente o método mais cobrado em provas!


Este é o método tradicional e o mais recorrente em provas. Dividimos o valor depreciável pelo
tempo de vida útil estimada. Se nada disser a questão sobre um método específico, devemos utilizar
o da linha reta.

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Ex: Máquina com vida útil de 10 anos e valor depreciável de 100.000.


Depreciação anual = $ 100.000 / 10 anos = $ 10.000/ano.

Como calcular a depreciação pelo método da linha reta?


1) Pegue o valor de aquisição.
2) Encontre o valor residual. Se não falar nada, é igual a zero.
3) Faça a diferença entre o valor de aquisição e o valor residual e encontraremos o chamado valor
depreciável.
4) Encontre a vida útil (em meses ou anos, geralmente).
5) Divida o valor depreciável pela vida útil
6) Você encontrará o valor da depreciação.
Atenção! Se a questão der no enunciado uma vida útil e disser o prazo que é aceito pelo fisco,
utilize o prazo contábil. É este que vale, já que a legislação fiscal, segundo a Lei 6.404/76, não tem
o condão de alterar os dispositivos da legislação contábil!

10.4.2 - Método da Soma dos Dígitos ou Método de Cole ou Método das Quotas
Decrescentes
Através deste método, somamos os dígitos da vida útil e dividimos cada algarismo pela soma.
Por exemplo: Se temos em nossa empresa uma máquina cuja vida útil é de 5 anos, tomaremos os
seguintes procedimentos:
Somamos: 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15.
Depreciação:

Ano 1 = 5 / 15;
Ano 2 = 4/15;
Ano 3 = 3/15;
Ano 4 = 2/15 e
Ano 5 = 1/15.

Mas por que, professor?! Por que isso?


Há uma justificativa técnica para tal método: a de que a despesa de depreciação menor nos últimos
anos é compensada pelo aumento das despesas de manutenção. Ademais, o declínio do valor do
ativo é mais acentuado nos primeiros anos.
Vejam que a despesa de depreciação será decrescente. Começará maior e terminará menor.

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Supondo um bem cujo valor depreciável é R$ 90.000,00.

Ano 1: 5/15 x 90.000 = 30.000,00


Ano 2: 4/15 x 90.000 = 24.000,00
Ano 3: 3/15 x 90.000 = 18.000,00
Ano 4: 2/15 x 90.000 = 12.000,00
Ano 5: 1/5 x 90.000 = 6.000,00
Total da depreciação = 90.000,00

Atenção, alunos! A ESAF já elaborou uma questão em que a depreciação era calculada de
à à à M à àC à à à à à epreciação do ano 1 é 1/15, do
ano 2 é 2/15, e assim por diante. Nunca vimos registro desse tipo de questão por outra
banca, mas fiquemos de olho.
10.4.3 - Método De Unidades Produzidas
Por este método, estima-se a quantidade total de unidades que será produzida. A depreciação é
feita dividindo-se o total efetivamente produzido pela capacidade total de produção.
Por exemplo, uma máquina custou 100.000 e com capacidade de produção total, ao longo de toda
a sua vida útil, de 1.000.000 de unidades. No ano de X1, foram produzidas 80.000 unidades.
Portanto, a depreciação em X1 será:

(80.000 / 1.000.000) = 0,08 ou 8%.


Valor da depreciação em X1: $100.000 x 8% = $ 8.000,00.

Por último, resta o método das horas trabalhadas...


10.4.4 - Método das Horas de Trabalho
É feito de forma semelhante ao método explicado anteriormente. Inicialmente, estima-se o total de
horas que determinado ativo vai trabalhar, ao longo de sua vida útil.
E a depreciação é calculada dividindo-se as horas efetivamente trabalhadas pelo total de horas.
Ex. Máquina com vida útil de 50.000 horas. Trabalhou 4.500 horas em X1.
Depreciação anual: 4.500 / 50.000 = 0,09 ou 9%.
Somente isso.

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11 - ESTIMATIVA CONTÁBIL VERSUS CRITÉRIO FISCAL


Contabilmente, a depreciação deve ser calculada conforme a melhor estimativa técnica disponível.
Exemplificando. Se a Empresa ALFA adquire dois veículos idênticos e estima que um terá vida útil de
10 anos e o outro terá vida útil de 7 anos, deve depreciá-los conforme esta estimativa.
Ocorre que a RFB aceita apenas determinados prazos para cálculo da depreciação. As diferenças
deveriam ser ajustadas, para efeito de Imposto de Renda. Com isso, as empresas passaram a usar o
critério fiscal. Todavia, contabilmente, deve ser usada a melhor estimativa técnica, ainda que
diferente do critério fiscal.
Para concursos, devemos usar o que informa a questão. Se não mencionar vida útil, usamos o que o
fisco determina:
Caso a questão seja silente!
Depreciação: Taxas permitidas pelo fisco para efeito de IR:
Veículos: 5 anos ou 20% ao ano
Máquinas e equipamentos: 10 anos ou 10% ao ano
Móveis e utensílios: 10 anos ou 10 % ao ano
Imóveis: 25 anos ou 4 % ao ano.
Tratores: 4 anos ou 25%.

12 - DEPRECIAÇÃO DE BENS USADOS


No caso de aquisição de bens usados, há uma regra diferente da utilizada para bens novos.
O Regulamento do IR prescreve que a depreciação seja calculada pelo maior prazo entre:
1) Pelo tempo de vida útil restante;
2) Pela metade da vida útil do bem novo.
Esquematizemos:
Depreciação de bens usados
Maior prazo Vida útil restante
Metade da vida útil do bem novo
Regulamento do IR (Decreto 3000 de março de 1999):

Depreciação de bens usados


Art. 311. A taxa anual de depreciação de bens adquiridos usados será fixada tendo em
vista o maior dos seguintes prazos:
I - metade da vida útil admissível para o bem adquirido novo;
II - restante da vida útil, considerada esta em relação à primeira instalação para utilização
do bem.

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Se adquirimos duas máquinas usadas, a primeira com 1 ano de vida e a segunda com 6 anos.

Máquina 1: Vida útil restante: 10 anos 1 ano = 9 anos


Metade da vida útil do bem novo: 10 anos/2 = 5 anos

Devemos usar o maior dos dois prazos, portanto a máquina será depreciada em 9 anos, o que
resultará um menor valor de depreciação.

Máquina 2: Vida útil restante: 10 anos 6 anos = 4 anos


Metade da vida útil do bem novo: 10 anos/2 = 5 anos

Neste caso, a máquina será depreciada em 5 anos.

13 - DEPRECIAÇÃO ACELERADA
Para o caso em que os ativos sejam utilizados em dois ou mais turnos de 8 horas de trabalho, o Fisco
admite que a depreciação seja acelerada:

Utilização da depreciação acelerada


1 turno de 8 horas: fator 1,0
2 turnos de 8 horas: fator 1,5
3 turnos de 8 horas: fator 2,0

14 - DEPRECIAÇÃO NO PRONUNCIAMENTO CPC 27 ATIVO IMOBILIZADO


Falemos agora sobre as novidades contábeis trazidas com o CPC 27, que trata sobre o ativo
imobilizado. De acordo com o texto do pronunciamento CPC 27:

43. Cada componente de um item do ativo imobilizado com custo significativo em


relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente.
44. A entidade aloca o valor inicialmente reconhecido de um item do ativo imobilizado
aos componentes significativos desse item e os deprecia separadamente. Por exemplo,
pode ser adequado depreciar separadamente a estrutura e os motores de aeronave, seja
ela de propriedade da entidade ou obtida por meio de operação de arrendamento
mercantil financeiro. De forma similar, se o arrendador adquire um ativo imobilizado que
esteja sujeito a arrendamento mercantil operacional, pode ser adequado depreciar
separadamente os montantes relativos ao custo daquele item que sejam atribuíveis a
condições do contrato de arrendamento mercantil favoráveis ou desfavoráveis em
relação a condições de mercado.

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45. Um componente significativo de um item do ativo imobilizado pode ter a vida útil e o
método de depreciação que sejam os mesmos que a vida útil e o método de depreciação
de outro componente significativo do mesmo item. Esses componentes podem ser
agrupados no cálculo da despesa de depreciação.
46. Conforme a entidade deprecia separadamente alguns componentes de um item do
ativo imobilizado, também deprecia separadamente o remanescente do item. Esse
remanescente consiste em componentes de um item que não são individualmente
significativos. Se a entidade possui expectativas diferentes para essas partes, técnicas de
aproximação podem ser necessárias para depreciar o remanescente de forma que
represente fidedignamente o padrão de consumo e/ou a vida útil desses componentes.
47. A entidade pode escolher depreciar separadamente os componentes de um item que
não tenham custo significativo em relação ao custo total do item.

Vamos lá! Tratemos de explicar.


Temos aqui algumas alterações significativas em relação ao que era adotado anteriormente para a
depreciação.

Normalmente, as diversas partes e itens que compõe um ativo são depreciados conjuntamente.
Todavia, de acordo com o pronunciamento, um item do ativo imobilizado com custo significativo em
relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente.
Assim, a empresa pode, por exemplo, como disse o próprio CPC, depreciar uma aeronave em 12
anos e depreciar os motores da aeronave em 5 anos.
Explique-se melhor este ponto, através do exemplo a seguir, do livro que escrevemos
Contabilidade Avançada Facilitada para Concursos, pela Editora Método.
A prática contábil consagrada, no Brasil, para os casos de grande revisão (também chamada de
paradas programadas) consistia em provisionar o valor da revisão. Por exemplo, vamos considerar
que a revisão de um motor de aeronave será feita a cada 5 anos, com custo estimado de $500.000.
Durante os cinco anos anteriores à revisão, a empresa provisiona $100.000 por ano.
Lançamento:

D Resultado do exercício despesa com paradas programadas 100.000


C Passivo LP Provisão para paradas programadas 100.000

Ao final do quinto ano, a empresa efetua a revisão e debita a provisão já realizada.


Ocorre que tal provisão não atende aos requisitos para ser reconhecida como um Passivo. Não é
uma obrigação presente. Ao final de 5 anos, a empresa pode optar por trocar a aeronave, ao invés
de efetuar a revisão no motor (Veja o Pronunciamento CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e
Ativos Contingentes).

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Assim, o tratamento contábil atual é o seguinte: a empresa efetua a revisão e capitaliza o valor no
ativo. Por exemplo, a troca do motor de um avião. Aí, dá baixa no valor remanescente do motor
antigo e deprecia o novo motor, pela melhor estimativa técnica.
Por exemplo: Uma empresa compra uma aeronave pelo valor total de $ 1.200.000. O custo do motor
(já incluído nesse total) é de $200.000. O motor tem vida útil de 5 anos, e o restante do conjunto do
avião tem vida útil de 10 anos, sem valor residual.
A depreciação anual fica assim:

Motor: 200.000 / 5 anos = 40.000 por ano


Avião (sem o motor): 1.000.000 / 10 anos = 100.000

Contabilização da depreciação:

D Despesa de depreciação (resultado) 140.000


C Depreciação acumulada Motor 40.000
C Depreciação acumulada avião 100.000

No quinto ano, ao efetuar a troca do motor, a empresa dá baixa contabilmente no motor antigo e
capitaliza (contabiliza como custo do ativo) o novo motor.
Situação do Imobilizado ao final do quinto ano:

Motor 200.000
Depreciação acumulada (200.000)
Aeronave 1.000.000
Depreciação acumulada (500.000)

Baixa do motor antigo:

D Depreciação acumulada 200.000


C Motor 200.000

Capitalização do novo motor (ao custo, digamos, de 280.000)

D Motor (ativo) 280.000


C Caixa ou bancos 280.000

A partir do sexto ano, a empresa passa a depreciar o novo motor.

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15 - ALTERAÇÃO DA VIDA ÚTIL DO IMOBILIZADO


Nos termos do CPC 27:

50. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo
da sua vida útil estimada.
51. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada
exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser
contabilizada como mudança de estimativa contábil, segundo o Pronunciamento
Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.

Esta é outra novidade importante.


Antes da edição do CPC 27, o valor residual e a vida útil eram definidos (geralmente, as empresas
usavam o critério fiscal) e não mais se alteravam, durante a vida útil do ativo.
Todavia, com as mudanças, o valor residual e a vida útil de um ativo devem ser revisados pelo
menos ao final de cada ano. Se houver diferença, deve ser realizada e tratada como mudança de
estimativa contábil, como reza o artigo 51 do CPC 27.
A vida útil e valor residual agora podem aumentar e diminuir.
A mudança na depreciação deve ser considerada mudança de estimativa contábil, isto implica
produzir efeitos prospectivos no ano corrente e nos anos futuros. Não deve ser feita nenhuma
alteração nos valores já contabilizados como depreciação.

(FCC/Esp. Regulação/ARTESP/2017) A empresa Metais Pesados S.A. adquiriu, em 31/12/2014,


um imobilizado por R$ 50.000,00, à vista. A vida útil econômica estimada da máquina, na data
de aquisição, foi 10 anos e o valor residual estimado foi R$ 5.000,00.
Em 31/12/2015, a empresa reavaliou a vida útil e determinou que a vida útil econômica
remanescente da máquina era 5 anos e o valor residual era R$ 8.000,00.
Com base nestas informações e sabendo que a empresa utiliza o critério de quotas constantes
para cálculo da depreciação, o valor da depreciação acumulada evidenciado no Balanço
Patrimonial da empresa, em 31/12/2016, foi, em reais,
(A) 11.000,00.
(B) 12.000,00.
(C) 16.800,00.
(D) 9.000,00.
(E) 14.000,00

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Comentários:
Nesse tipo de questão é fundamental que possamos organizar bem as datas informadas, pois nos
ajudarão a calcular a depreciação acumulada dos ativos. Antes da reavaliação, o valor da depreciação
anual do bem era:

çã

Portanto, em 31.12.2015, após um ano da aquisição dos bens, a depreciação acumulada era de R$
4.500,00 e valor contábil líquido de 50.000 - 4.500= 45.500. Após a reavaliação, o valor da
depreciação anual também foi alterado:

çã

Diante do exposto, em 31.12.2016, a depreciação acumulada do ativo era de 4500+7500=R$ 12.000.


Gabarito → B

Vamos praticar mais uma?

(FCC/Contabilidade/TRE/PR/2017) No dia 02/01/2013 uma empresa adquiriu um


equipamento de produção pelo valor de R$ 30.000.000,00 e efetuou o pagamento à vista. A
vida útil definida pela empresa para o equipamento foi 12 anos e a vida útil para fins fiscais é
10 anos. A despesa de depreciação é calculada em função do tempo decorrido e no início do
prazo de utilização a empresa estimou o valor residual para venda do equipamento no final da
vida útil em R$ 3.000.000,00. No início do ano de 2016 foi identificado que o valor residual no
final da vida útil estimada originalmente pela empresa foi reduzido para R$ 2.550.000,00, em
decorrência de mudanças no mercado secundário para este tipo de equipamento. O valor
contábil que deveria ser evidenciado no Balanço Patrimonial de 31/12/2016 para este
equipamento era, em reais,
(A) 19.200.000,00.
(B) 20.000.000,00.
(C) 18.000.000,00.
(D) 20.950.000,00.
(E) 21.000.000,00.
Comentários:
O que interessa, para fins de depreciação, é a estimativa contábil. A estimativa fiscal é utilizada para
cálculo de imposto de renda e afins.

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Valor de aquisição 30.000.000


(-) Valor residual (3.000.000)
Valor depreciável 27.000.000

Depreciação anual 27.000.000/12 = 2.250.000/ano


Depreciação até 2016. Depreciou em 2013, 2014 e 2015: 2.250.000,00 x 3 = 6.750.000,00
Lembre-se de que ao menos no final do exercício, há necessidade de revisar a vida útil e o valor
residual. Como a questão não falou nada sobre a vida útil, pressupomos que ela continua a mesma.
Valor contábil em 01.01.2016

Valor de aquisição 30.000.000


(-) Depreciação acumulada (6.750.000)
Valor contábil 23.250.000

Novo valor depreciável

Valor já depreciado 23.250.000


(-) Valor residual (2.550.000)
Valor depreciável 20.700.000

Como já depreciou pelo período de 3 anos, ainda restam 9 anos.


Depreciação anual 20.700.000/9 = 2.300.000/ano
Portanto, depreciando mais um ano

Valor já depreciado 23.250.000


(-) Depreciação em 2016 2.300.000
Valor contábil 20.950.000,00

Gabarito → D.

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16 - VALOR RESIDUAL > VALOR CONTÁBIL


Segundo o CPC 27:

52. A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor
contábil, desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. A reparação
e a manutenção de um ativo não evitam a necessidade de depreciá-lo.
53. O valor depreciável de um ativo é determinado após a dedução de seu valor residual.
Na prática, o valor residual de um ativo frequentemente não é significativo e por isso
imaterial para o cálculo do valor depreciável.
54. O valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação será zero
enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil.

Quem quiser entender melhor estes pontos pode assistir a esta revisão de 40 minutos que
fizemos em nosso canal do YouTube.
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=6sEJj4HoeaY&t=734s
Vamos lá! Vamos explicar.
Nós reconhecemos inicialmente o ativo pelo seu valor de aquisição. Correto? Subtraímos o valor
residual e encontramos o valor depreciável.
Quando retiramos a depreciação anualmente, encontramos o que chamamos de valor contábil.
Pode acontecer muitas vezes de o valor justo (valor de mercado) ser superior ao valor contábil. A
depreciação é reconhecida mesmo se o valor justo exceder o valor contábil. Não há problemas nesta
hipótese.
Esquematizemos:

Por exemplo, você tem um valor contábil de uma edificação de R$ 15.000,00 e seu valor de mercado
de R$ 25.000,00. Você deve continuar a depreciar normalmente.
Todavia, como o valor residual pode aumentar, se ele exceder o valor contábil, então devemos
suspender a depreciação até que essa situação se inverta. O valor da depreciação será zero.

54. O valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação será zero
enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil.

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Esquematizemos:

Há que se salientar ainda que se o valor justo for menor do que o valor contábil estamos diante de
uma hipótese de ajuste ao valor recuperável de ativos.
Fica assim:

Valor justo > Valor contábil


Deprecia normalmente
Valor residual > Valor contábil
Depreciação = Zero
Valor justo < Valor contábil
Teste de Recuperabilidade
Falta um último aspecto.

53. O valor depreciável de um ativo é determinado após a dedução de seu valor residual.
Na prática, o valor residual de um ativo frequentemente não é significativo e por isso
imaterial para o cálculo do valor depreciável.

Em tese, o valor depreciável é encontrado quando pegamos o valor de aquisição e subtraímos o


valor residual.
Todavia, na prática, o valor residual pode ser imaterial, ou seja, irrelevante para o cálculo da
depreciação. Por exemplo, um veículo geralmente tem valor residual. Contudo, máquinas de
produção não. A empresa usa e depois desmancha, para não criar ou não fortalecer a concorrência.
Imagine que determinada empresa tenha máquinas para produzir sabão em pó. No fim da vida útil,
as máquinas ainda estão em bom estado e ela aliena para um pequeno concorrente no interior.
Nesta hipótese, você vai vender máquinas para um concorrente? Para que ele possa se fortalecer?
Não!
A maioria das empresas não alienam, por isso o valor residual pode ser considerado imaterial.
C à àCPCà à à à à à à à à à à à à valor
residual normalmente para a sua prova.

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Então, vamos praticar?

(FGV/Auditor Fiscal da Receita Estadual/ICMS/RJ/2010) A Cia Barra Mansa apresentava os


seguintes dados em relação ao seu Ativo Imobilizado:
Equipamentos custo R$10.000,00.
Esses ativos entraram em operação em 01.01.2007 e têm vida útil estimada em 5 anos, sendo
depreciados pelo método linear.
No início de 2010, a empresa procedeu a uma revisão dos valores, conforme previsto no CPC
27, aprovado pelo CFC. Assim, constatou as seguintes informações:
Valor Justo R$ 4.500,00.
Valor Residual R$ 4.800,00.
Analisando as informações citadas, assinale a alternativa que indique corretamente o
tratamento contábil a ser seguido, a partir de 01.01.2010.
(A) A empresa deve manter a despesa de depreciação de R$ 2.000,00 ao ano.
(B) A empresa deve acelerar a despesa de depreciação uma vez que o valor residual aumentou.
(C) A empresa deve suspender a despesa de depreciação uma vez que o valor residual está
maior que o valor contábil.
(D) A empresa deve suspender a despesa de depreciação uma vez que o valor justo está maior
que o valor contábil.
(E) A empresa deve acelerar a despesa de depreciação uma vez que o valor justo aumentou.
Comentários:
Trata-se de questão sobre o CPC 27 Ativo Imobilizado e que demanda o seu conhecimento para
solução.
O ativo imobilizado foi adquirido pelo valor de R$ 10.000,00.
O enunciado nos informou que a vida útil é de 5 anos, depreciados pelo método linear.
Ora, falou, neste momento, em valor residual? Não! Portanto, para o cálculo inicial do valor
depreciável, devemos utilizar o valor de custo.
Valor depreciável = 10.000,00 / 5 anos = 2.000 / ano, ou 20% a.a.
Segundo o CPC 27:

50. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo
da sua vida útil estimada.

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51. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada
exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser
contabilizada como mudança de estimativa contábil, segundo o Pronunciamento Técnico
CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.

Vejam que é exatamente disso que fala a questão, da revisão da vida útil e do valor residual.
Quando da revisão, o valor contábil do ativo já montava a R$ 4.000,00, posto que a R$ 6.000,00 já
constava como saldo de depreciação acumulada (10.000,00 - 3 anos x R$ 2.000).
Desta forma, ficamos com o seguinte, no início de 2010:

Valor contábil: R$ 4.000,00


Valor justo: R$ 4.500,00
Valor residual: R$ 4.800,00.

Não há óbice ao posterior surgimento de valor residual de um ativo. Antigamente, o valor residual
de um ativo era visto no momento da contabilização e, posteriormente, não mais se alterava. Isso
não mais existe.

52. A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor
contábil, desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. A reparação
e a manutenção de um ativo não evitam a necessidade de depreciá-lo.
53. O valor depreciável de um ativo é determinado após a dedução de seu valor residual.
Na prática, o valor residual de um ativo frequentemente não é significativo e por isso
imaterial para o cálculo do valor depreciável.
54. O valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação será zero
enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil.

É neste item 54 que está a inteligência da nossa questão. A despesa de depreciação, na questão,
deve ser zero, uma vez que o valor residual é maior do que o valor contábil do ativo. Frise-se que a
depreciação já contabilizada não deverá sofrer alterações.
Nosso gabarito, portanto, é a letra C.
Caso o valor justo fosse menor que o valor contábil deveríamos também proceder ao ajuste a valor
recuperável do ativo, nos termos do Pronunciamento correspondente.
Há que se mencionar que a questão possui uma impropriedade técnica. Não há como o valor residual
ser maior que o valor justo. Seria o mesmo que dizer que um carro vale, hoje, 10.000 reais, mas o
seu valor residual, daqui a 3 anos, será de 12.000 reais. Enfim....essa informação aparece na questão
apenas para tentar confundir o candidato.
Gabarito → C.

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17 - REPARO E CONSERVAÇÃO DE BENS E SUBSTITUIÇÃO DE PEÇAS


Diversos são os cuidados que os empresários tomam para manter seu imobilizado com zelo. Entre
tais precauções, vários são os gastos realizados, tal como gastos com reparos, substituição de peças,
reposição, revisão.
Vejamos agora caso a caso.

17.1 - GASTOS COM LIMPEZA, MANUTENÇÃO DO BEM, CONSERVAÇÃO

Segundo o FIPECAFI, gastos desta natureza são considerados, em regra, como despesa operacional
no exercício em que ocorrerem.

17.2 - SUBSTITUIÇÃO DE PEÇAS

As substituições de peças podem se dar de dois modos:


1) Manutenção periódica: por segurança ou caráter preventivo.
2) Quebra ou avaria.
Em regra, ativamos as peças que serão integradas ao ativo imobilizado. Não devemos lançá-las como
despesas. Todavia, para classificá-las no imobilizado, os critérios para reconhecimento do ativo
devem ser atendidos. A um só tempo, baixamos também as peças substituídas.
Passemos agora a alguns casos específicos:
1) Peças de uso específico e vida útil comum.
Determinadas vezes, na compra de alguns equipamentos de grande porte, além do imobilizado
principal, a compra é acompanhada de peças e componentes que são essenciais para que a máquina
continue a funcionar, em casos de emergência (caráter corretivo) ou manutenção (preventivo).
Essas peças essenciais devem ser classificadas junto do ativo imobilizado, neste grupo, sendo
depreciadas com a mesma base que o equipamento a que correspondem.
2) Peças e material de consumo e manutenção
Os estoques mantidos pela empresa, que sejam materiais de consumo (O FIPECAFI exemplifica como
óleo, graxas, ferramentas e peças de pouca duração) devem ser classificadas no ativo circulante. À
medida que a empresa utilize ou consuma, apropriará tais valores ao resultado ou custo do produto.

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18 - AMORTIZAÇÃO
Segundo a Lei das S.A.s (Lei 6404/76)

§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será


registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição
de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou
exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado;

A amortização refere-se geralmente aos itens classificados no Intangível. Mas pode ocorrer também
com itens do Imobilizado, como no caso de Benfeitoria em Propriedades de Terceiros, que pode ser
depreciada ou amortizada (veja item 3.8, pg. 14, desta aula).
A amortização baseia-se na vida útil do Intangível.
O Pronunciamento CPC 04 Ativo Intangível - define vida útil como o período de tempo no qual a
entidade espera utilizar um ativo; ou o número de unidades de produção ou de unidades
semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo.
Se o item a ser amortizado tiver um valor residual, o mesmo deve ser abatido do valor que será
amortizado.
A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo intangível com vida útil
definida deve ser amortizado, enquanto a de um ativo intangível com vida útil indefinida não deve
ser amortizado.
Conforme o Pronunciamento CPC 04 (R1 rev. 03) Ativo Intangível:

97. O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida deve ser apropriado de
forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. A amortização deve ser iniciada a
partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso, ou seja, quando se
encontrar no local e nas condições necessários para que possa funcionar da maneira
pretendida pela administração.
A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para
venda ou incluído em um grupo de ativos classificado como mantido para venda, de
acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 Ativo Não Circulante Mantido para
Venda e Operação Descontinuada, ou, ainda, na data em que ele é baixado, o que ocorrer
primeiro.
O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade dos
benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse padrão com
confiabilidade, deve ser utilizado o método linear. A despesa de amortização para cada
período deve ser reconhecida no resultado, a não ser que outra norma ou
pronunciamento contábil permita ou exija a sua inclusão no valor contábil de outro ativo.

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98. Podem ser utilizados vários métodos de amortização para apropriar de forma
sistemática o valor amortizável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos
incluem o método linear, também conhecido como método de linha reta, o método dos
saldos decrescentes e o método de unidades produzidas. A seleção do método deve
obedecer ao padrão de consumo dos benefícios econômicos futuros esperados,
incorporados ao ativo, e aplicado consistentemente entre períodos, a não ser que exista
alteração nesse padrão.
99. A amortização deve normalmente ser reconhecida no resultado. No entanto, por
vezes os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são absorvidos para a
produção de outros ativos. Nesses casos, a amortização faz parte do custo de outro ativo,
devendo ser incluída no seu valor contábil. Por exemplo, a amortização de ativos
intangíveis utilizados em processo de produção faz parte do valor contábil dos estoques
(ver Pronunciamento Técnico CPC 16 Estoques).

Resumo geral:
1) Vida útil é:
a) o período de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou
b) o número de unidades de produção.
2) Intangível com vida útil definida: deve ser amortizado.
Com vida útil indefinida: não deve ser amortizado.
3) A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso,
ou seja, quando se encontrar no local e nas condições necessários para que possa funcionar da
maneira pretendida pela administração.
4) A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou na
data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro.
5) O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade dos benefícios
econômicos futuros. Se não for possível determinar esse padrão com confiabilidade, deve ser
utilizado o método linear.
6) Podem ser utilizados vários métodos de amortização para apropriar de forma sistemática o valor
amortizável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método linear, também
conhecido como método de linha reta, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades
produzidas.
7) A amortização deve normalmente ser reconhecida no resultado, mas pode também ser incluída
no custo de outros ativos.

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Exemplo: A empresa KLS adquiriu um ativo intangível, no valor de $ 120.000,00, com valor residual
de $30.000,00 e vida útil de 5 anos.
Calcule o valor da amortização mensal.
Valor amortizável: $ 120.000 - $ 30.000 = $ 90.000
Prazo: 5 anos = 60 meses
Amortização mensal: $90.000 / 60 meses = $ 1.500 por mês.

18.1 - REVISÃO 08 CPC AMORTIZAÇÃO PELA RECEITA

Segundo o CPC 04:

98A. Há uma presunção refutável de que o método de amortização baseado na receita


gerada por atividade que inclui o uso de ativo intangível não é apropriado. A receita
gerada por atividade que inclui o uso de ativo intangível reflete fatores típicos que não
estão diretamente ligados ao consumo dos benefícios econômicos incorporados no ativo
intangível. Por exemplo, a receita é afetada por outros insumos e processos, atividades
de venda e mudanças nos volumes e preços de venda. O componente de preço da receita
pode ser afetado pela inflação, o que não tem qualquer influência sobre a maneira como
o ativo é consumido. Essa presunção só pode ser superada em circunstâncias limitadas:
(a) em que o ativo intangível é expresso como mensuração de receitas, conforme descrito
no item 98C; ou (b) quando possa ser demonstrado que as receitas e o consumo dos
benefícios econômicos do ativo intangível são altamente correlacionados. (Incluído pela
Revisão CPC 08)
98B. Na escolha do método de amortização adequado, de acordo com o item 98, a
entidade pode determinar o fator limitante predominante que é inerente ao ativo
intangível. Por exemplo, o contrato que estabelece os direitos da entidade sobre o uso do
ativo intangível pode especificar o uso do ativo intangível pela entidade como número
predeterminado de anos (ou seja, tempo), como número de unidades produzidas ou
como montante total fixo da receita a ser gerada. A identificação do fator limitante
predominante pode servir de ponto de partida para a identificação da base adequada da
amortização, mas outra base pode ser aplicada se refletir de forma mais próxima o padrão
esperado de consumo de benefícios econômicos. (Incluído pela Revisão CPC 08)
98C. Na circunstância em que o fator limitante predominante, que é inerente ao ativo
intangível, é a obtenção de um limite de receita, a receita a ser gerada pode ser a base
adequada para a amortização. Por exemplo, a entidade pode adquirir uma concessão
para explorar e extrair ouro de uma mina de ouro. O fim do contrato pode estar baseado
no valor fixo da receita total a ser gerada a partir da extração (por exemplo, o contrato
pode permitir a extração de ouro da mina até que a receita total acumulada com a venda
de ouro atinja $ 2 bilhões) e não ser baseado no tempo ou na quantidade de ouro
extraído. Em outro exemplo, o direito de operar a estrada com pedágio pode estar
baseado no montante total fixo de receita a ser gerado a partir de pedágios cobrados

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cumulativos (por exemplo, o contrato pode permitir a operação da estrada com pedágio
até que o montante acumulado de pedágios gerados a partir da operação da estrada
atinja $ 100 milhões). No caso em que a receita foi estabelecida como o fator limitante
predominante no contrato para a utilização do ativo intangível, a receita que será gerada
pode ser a base adequada para a amortização do ativo intangível, desde que o contrato
especifique o valor fixo total da receita a ser gerado sobre o qual a amortização deve ser
determinada. (Incluído pela Revisão CPC 08)

Muito bem. Vamos explicar com um exemplo:


A Cia de Mineração Ouramarelinho S.A. procurou o Sr. Pedro di Pedra com uma oferta para
comprar a sua mina de ouro pelo valor de 1 bilhão.
1) Supondo que a empresa Ouramarelinho compre a mina, indique a contabilização inicial e
subsequente:
Contabilização inicial:

D Imobilizado mina de ouro 1.000.0000.000


C Disponibilidades (ativo) 1.000.000.000

Após a aquisição, a Cia de Mineração Ouramarelinho deverá estimar a possança da mina (capacidade
total de produção) e exaurir conforme a extração do ouro.
Supondo que a possança seja de 10 toneladas de ouro, a empresa deverá exaurir, para cada quilo
extraído, o valor de:
$ 1.000.000.000 / 10.000 kg. = $ 100.000 / kg.
Um bilhão dividido por 10.000 quilos = Cem mil por quilo.
Contabilização da exaustão (para 1 quilo):

D Estoque de ouro (Ativo) 100.000


C Exaustão acumulada (retificadora do ativo) 100.000

A exaustão vai compor o custo do estoque de ouro.


Vamos continuar:
O Sr. Pedro di Pedra resolve fazer uma contra oferta:
- Não tenho interesse em vender. Mas posso arrendar por 5 anos, pelo preço certo e ajustado de
cem milhões ($ 100.000.000). Nesse tempo, você extrai o ouro e depois me devolve a mina.

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2) Caso a Cia de Mineração Ouramarelinho aceite a proposta e adquira os direitos de exploração


por 5 anos, indique a contabilização inicial e subsequente:
Contabilização Inicial:

D Direitos de exploração (ativo intangível) 100.000.000


C Disponibilidade (Ativo) 100.000.000

Como o fator limitante determinante é o Tempo, o valor será amortizado por 5 anos.
$100.000.000 / 5 anos = $20.000.000 por ano.
Contabilização:

D Estoque de ouro (Ativo) 20.000.000


C Amortização acumulada (Ret. Do Ativo) 20.000.000

Continuando...
O representante da Cia Mineradora Ouramarelinho ficou muito feliz com a proposta. E falou:
- Aceito! Aceito, sim, imediatamente! Em cinco anos, vou extrair cada grama de ouro que houver
nessa mina. Vou colocar três turnos dobrados de trabalho. Vamos assinar logo esse contrato, que
eu tenho uma mina para explorar.
O Sr. Pedro di Pedra recuou, ante a fúria extrativista do representante da mineradora:
- Opa! Assim também não! Você vai esgotar a mina e me devolver só o bagaço! Assim não quero!
Vamos fazer o seguinte: eu arrendo por 100 milhões, e você pode extrair uma tonelada de ouro. Só
uma tonelada! Nem um grama a mais!
3) Caso a Cia de Mineração Ouramarelinho aceite a proposta, indique a contabilização inicial e
subsequente:
Contabilização Inicial:

D Direitos de exploração (Ativo intangível) 100.000.000


C Disponibilidade (Ativo) 100.000.000

Como o fator limitante determinante é a quantidade extraída, o valor amortizado será


$100.000.000 / 1.000 kg = $100.000.000 por quilo.
Contabilização:

D Estoque de ouro (Ativo) 100.000


C Amortização acumulada (Ret. Do Ativo) 100.000

Continuando...
Os dois ficaram de pensar melhor sobre o assunto e resolver no dia seguinte.

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Na hora combinada, os dois negociantes exclamaram:


- Mas assim eu posso perder dinheiro!
Disse o representante da empresa:
- O ouro é uma commodity e tem o preço fixado pelo mercado. E se o preço desabar? Nesse caso, a
tonelada que vou extrair vai valor menos! Eu vou perder dinheiro!
Disse o Sr. Pedro de Pedra:
- E se o preço do ouro disparar? Nesse caso, eu vou receber muito menos pela tonelada de ouro do
que realmente vale. Vou deixar de ganhar uma fortuna!
Então acertaram o seguinte: a empresa vai extrair o metal, e vai valorizá-lo pelo preço de mercado,
até chegar a 500 milhões de receita. Assim, se o preço desabar, será necessário extrair mais ouro;
se o preço subir, a empresa irá extrair uma quantidade menor para atingir a receita de 500 milhões.
Nesse caso, o fator limitante é a receita. A amortização deverá ser feita de forma proporcional à
receita auferida.
Contabilização Inicial:

D Direitos de exploração (Ativo intangível) 100.000.000


C Disponibilidade (Ativo) 100.000.000

Como o fator limitante determinante é a Receita, o valor do pagamento será amortizado


proporcionalmente à receita:
$100.000.000 / $500.000.000 = 20% da Receita.
Assim, se a receita em um determinado mês for de $10.000.000, a amortização será:
$10.000.000 x 20% = $2.000.000
Contabilização:

D Estoque de ouro (Ativo) 2.000.000


C Amortização acumulada (Ret. Do Ativo) 2.000.000

Professores!
No exemplo da Cia. Ouro Amarelinho, não seria mais correto tratarmos como uma
exaustão? Ou neste caso é mesmo uma amortização?
Quando a empresa possui uma concessão para exploração, a regra é que os direitos sejam
amortizados. Se você é proprietário, aí sim estamos frente a uma hipótese de exaustão.

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19 - EXAUSTÃO
19.1 - CONCEITOS DA LEI 6.404/76 E CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO

De acordo com a Lei 6404/76 (Lei das SA):

Art. 183. § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível
será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de
direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa
exploração.

A exaustão é utilizada para recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
Normalmente, a exaustão é calculada com base na possança (quantidade efetivamente explorada
no ano) do recurso mineral ou florestal. Mas, se o prazo de exploração for insuficiente para esgotar
os recursos, a exaustão deve ser calculada em função do prazo de concessão.
Exemplo: A empresa ABC pagou R$ 10.000.000 por uma mina com possança de 10.000 toneladas.
No primeiro ano, a empresa extraiu 800 toneladas.
Calcule a exaustão do primeiro ano.

800 tons/10.000 tons. = 0,08 ou 8,0%


R$ 10.000.000 x 8% = R$ 800.000

Esse é o cálculo que usualmente vai aparecer na sua prova: a questão dá uma capacidade z e fala
que no ano x foi extraído y. Você então dividirá y/z e encontrará o percentual exaurido.
Contabilização:

D Custo do minério extraído (Ativo) 800.000


C Exaustão acumulada (Ret. Ativo) 800.000

Atenção! Vejam que, nesta hipótese, não vai direto para o resultado como despesa. Primeiro,
colocamos em uma conta custo do minério extraído. Essa conta é uma conta de estoque. Você está
diminuindo da capacidade da mina e colocando em uma conta de estoque!

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19.2 EXAUSTÃO DE BENS APLICADOS NA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS E


FLORESTAIS

áà à à à à à à à à à à à à à à bens
aplicados nessa exploração
A doutrina, entretanto, considera que os bens tangíveis usados na exploração dos recursos
minerais e florestais sofrem depreciação, de acordo com o estabelecido no regulamento do Imposto
de Renda:

Art. 309 § 3º A quota de depreciação, registrável em cada período de apuração, dos bens
aplicados exclusivamente na exploração de minas, jazidas e florestas, cujo período de
exploração total seja inferior ao tempo de vida útil desses bens, poderá ser determinada,
opcionalmente, em função do prazo da concessão ou do contrato de exploração ou,
ainda, do volume da produção de cada período de apuração e sua relação com a possança
conhecida da mina ou dimensão da floresta explorada.

Assim, se o bem aplicado na exploração de minas e florestas será usado durante todo o período,
deverá ser depreciado proporcionalmente à exaustão.
Se o bem tem vida útil menor que o tempo da exploração, deverá ser depreciado de acordo com sua
vida útil.
Exemplo: Uma empresa comprou um caminhão, com vida útil estimada de 10 anos, para transportar
minério em sua mina.
Se o tempo de operação da mina é menor que 10 anos, a depreciação deverá ser feita
proporcionalmente à exaustão. Se a exaustão do primeiro ano for de 12%, o caminhão será
depreciado em 12%.
Se o tempo de operação da mina é superior a 10 anos ou é indeterminado, o caminhão será
depreciado em 10 anos.
Esquematizemos:

Mina Caminhão deprecia


conforme o prazo da
(Vida útil<10anos) mina
Caminhão
(Vida útil: 10 anos)
Mina Caminhão deprecia em
(Vida útil>10anos) 10 anos

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Então, vamos praticar?


(CS-UFG/UEAP/2014) Constituem objeto da exaustão:
A) as máquinas de propriedade da empresa.
B) os equipamentos de empresa mineradora.
C) os recursos florestais e minerais
D) as dívidas ou compromissos assumidos.
Comentários:
O gabarito é a letra C. Entretanto, de acordo com a lei 6404/76, a letra B também está correta.
Gabarito → C.
(AOCP/EBSERH/Contabilidade/2015) A diminuição de valor dos elementos do Ativo
Imobilizado, decorrente da sua exploração de direitos cujo objeto sejam recursos minerais
ou florestais, denomina-se
A) exaustão.
B) depreciação.
C) amortização.
D) diminuição.
E) desgaste.
Gabarito → A

19.3 - CLASSIFICAÇÃO: RECURSOS DE PROPRIEDADE DA EMPRESA X DIREITOS DE


EXPLORAÇÃO EM PROPRIEDADES DE TERCEIROS

As jazidas inesgotáveis ou de exaurimento indeterminável, como as de água mineral, não sofrem


exaustão.
Quando a empresa adquire a propriedade da mina, fica classificado no Imobilizado.
Quando adquire os direitos de exploração, fica no Intangível.
Esquematizemos:

Própria Ativo Imobilizado

Mina
De terceiros
Ativo Intangível
( Direito de exploração)

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(CESPE/ANTT/Ciências Contábeis/2013) Os direitos sobre jazidas minerais são registrados no


ativo intangível.
Comentários:
Vejam que se trata de um direito de exploração, por isso é classificado no intangível.
Se a mina fosse própria, a classificação seria no imobilizado
Gabarito → Correto.
(FCC/TRF 1ª Região/2011) Os direitos obtidos por uma empresa relacionados à exploração de
recursos minerais são classificados, no balanço,
A) como item do Ativo Intangível.
B) em conta do Imobilizado como propriedade de terceiros.
C) em conta de Despesa Diferida pelos gastos de instalação.
D) como item de Resultado de Exercício Futuro.
E) obrigatoriamente, como item dedutível do Passivo assumido na concessão.
Comentário:
Os direitos de exploração de recursos naturais ficam classificados no Ativo Intangível.
Gabarito → A
Os direitos classificados no Intangível devem ser amortizados conforme o fator limitante. Se não
houver fator limitante, a empresa deve aplicar a exaustão.
Os fatores limitantes mais comuns são o tempo de exploração e a quantidade a ser extraída. Mas
pode ser usada também a receita auferida.
Esquematizemos:
Direito de
exploração

Há fator
limitante?

Sim Não

Amortização Exaustão

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Conforme o CPC 04 Ativo Intangível:

98B. Na escolha do método de amortização adequado, de acordo com o item 98, a


entidade pode determinar o fator limitante predominante que é inerente ao ativo
intangível. Por exemplo, o contrato que estabelece os direitos da entidade sobre o uso do
ativo intangível pode especificar o uso do ativo intangível pela entidade como número
predeterminado de anos (ou seja, tempo), como número de unidades produzidas ou
como montante total fixo da receita a ser gerada. A identificação do fator limitante
predominante pode servir de ponto de partida para a identificação da base adequada da
amortização, mas outra base pode ser aplicada se refletir de forma mais próxima o padrão
esperado de consumo de benefícios econômicos.

Esquematizemos:

Tempo

Intangível: Base
Fator Limitante Quantidade
para Amortização

Receita

(CESPE/Agente PF/2009) Suponha que uma empresa mineradora tenha adquirido os direitos
de exploração de uma mina por R$ 5 milhões, por meio de um contrato com cinco anos de
vigência. Nesse caso, após dois anos de exploração, se tiverem sido extraídos 30% da possança
da mina, o referido ativo, classificado no imobilizado, deverá estar avaliado no balanço da
empresa por R$ 3 milhões.
Comentários:
A classificação correta é no Intangível, assim já podemos marcar a questão como errada.
O problema é como efetuar o cálculo da exaustão ou amortização.
Segundo a banca:
L à à à à à à àIVà àVI à à àVà àVII à à à àE à reitos, por sua
natureza incorpórea, deverão classificar-se no intangível e, por se tratar de recursos minerais,
aplicar-se-á a exaustão. Logo: 0,3 x 5 milhões = 1,5 milhão, donde, valor líquido contábil, 3,5

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A questão é de 2009.
A Revisão CPC 8, que incluiu o conceito de fator limitante, foi realizada em novembro de 2015.
De acordo com o texto atual, devemos considerar o fator limitante que, nessa questão, seria o
tempo (5 anos): 2 anos/5 anos = 40%.
40% x 5 milhões = 2 milhões, o que resultaria, então em um valor contábil líquido de 3 milhões.
Mas a classificação continuaria errada. É intangível, e não imobilizado.
Gabarito → Errada.

19.4 - RECURSOS FLORESTAIS PRÓPRIOS

Com relação aos recursos florestais, podemos ter recursos renováveis (exemplo: uma plantação de
café, que tem uma nova safra a cada ano) ou exauríveis (exemplo: uma plantação de arvores para
corte, para extrair a madeira).
No primeiro caso (em que se exploram os frutos) o ativo é depreciado.
Dessa forma, se uma plantação de café irá durar 20 anos, deve ser depreciada em 5% ao ano.
No caso de madeira para corte, a empresa deve exaurir o percentual extraído. Exemplo: uma
plantação com possança de 10 toneladas de madeira. Se a empresa extrair 1 tonelada no primeiro
ano, irá exaurir 10% do valor da plantação.
Vamos esquematizar?

Renováveis
Depreciação
(Plantação de café)

Recursos Florestais

Exauríveis
Exaustão
( Árvores para corte)

19.5 - DIREITOS DE EXPLORAÇÃO DE FLORESTA

Se uma empresa adquire de terceiros os direitos de exploração de uma floresta, para extrair
madeira, temos as seguintes situações:
1) Contrato indeterminado: nesse caso, haverá exaustão.
2) Prazo determinado, maior que a previsão para esgotar o recurso: Exaustão.
3) Prazo determinado, menor que o tempo previsto para esgotar o recurso: Amortização (nesse
caso, o tempo é o fator limitante, pois o contrato termina antes de esgotar os recursos naturais.).
Vamos resolver agora algumas questões sobre o assunto!

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(FCC/TRT 3ª/Contabilidade/2009) A empresa MG adquiriu o direito de exploração de uma


mina de titânio por R$ 990.000,00. Sabe-se que a capacidade da mina é 20.000 toneladas. No
primeiro ano, a empresa extraiu 2.000 toneladas. No início do segundo ano, a empresa
descobriu que a mina possuía uma capacidade adicional de 2.000 toneladas. Sabe-se que, no
segundo ano, a empresa extraiu 3.000 toneladas. Com base nestas informações, a empresa
apresentou, no final do segundo ano, um saldo de
A) amortização acumulada de R$ 225.000,00.
B) exaustão acumulada de R$ 225.000,00.
C) exaustão acumulada de R$ 232.650,00.
D) amortização acumulada de R$ 234.000,00.
E) amortização acumulada de R$ 247.500,00.
Comentários:
Vamos calcular a exaustão da mina.
Primeiro ano: 2.000 tons/20.000 tons = 10%
Exaustão: R$ 990.000 x 10% = $ 99.000
Segundo ano:
Capacidade: 20.000 tons (18.000 + 2.000).
Valor: R$ 990.000 99.000 = R$ 891.000
Exaustão segundo ano: 3.000 tons/ 20.000 tons = 15%
Exaustão = R$ 891.000 x 15% = R$ 133.650
Exaustão acumulada = $99.000 + $133.650 = $232.650
Gabarito → C
(CFC/Técnico/2014) Em 20.12.2013, uma Sociedade Empresária adquiriu um terreno, à vista,
para a extração de minério. Com relação à aquisição, os seguintes dados foram apresentados:

Em agosto de 2014, foram explorados 3.000m 3 de minério. A empresa utiliza o método das
unidades produzidas para cálculo da exaustão.
Conforme as informações acima, é CORRETO afirmar que o valor do custo da exaustão, em
agosto de 2014, é de:

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A) R$21.600,00.
B) R$27.000,00.
C) R$28.800,00.
D) R$36.000,00.
Comentário:
Valor exaurível = Preço do terreno - valor residual
Valor exaurível = R$ 2.400.000 - $600.000
Valor exaurível = R$ 1.800.000
Taxa de exaustão = quant. extraída/possança
Taxa de exaustão = 3.000 tons / 200.000 tons
Taxa de exaustão = 1,5 %
Exaustão = $1.800.000 x 1,5 % = $27.000
Gabarito → B

19.6 - MAPA MENTAL DA EXAUSTÃO

Ma pa Menta l da
Recurs os mi nera i s Propri eda de da empres a : Imobi l i za do
Exa us tã o

Recurs os fl ores ta i s Propri eda de de tercei ros : Inta ngível


Bens uti l i za dos na
expl ora çã o

Se houver fa tor l i mi ta nte (tempo, qua nti da de,


etc): a morti za conforme o fa to l i mi ta nte

Vi da úti l da mi na < Vi da
Doutri na di z que
úti l do bem: Depreci a no
tem que depreci a r
pra zo da mi na
Renová vei s (Pl a nta çã o de
Recurs os ca fé): Depreci a
Vi da úti l da mi na > Vi da fl ores ta i s
Lei 6404 ma nda Exa urívei s (Árvores pa ra
úti l do bem: Depreci a no própri os
exa uri r corte): Exa ure
pra zo norma l do bem
Contra to i ndetermi na do:
Exa us tã o
Contra to > Pra zo
Recurs os
es gota mento recurs os :
fl ores ta i s de
Exa us tã o
tercei ros
Contra to < Pra zo
es gota mento recurs os :
Amorti za çã o

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20 - RESUMO DOS PONTOS COMENTADOS NESTA AULA


Classificam-se no imobilizado direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia como, por exemplo, os terrenos, edificações, máquinas
e equipamentos, móveis e utensílios, veículos. Os bens incorpóreos passam a ficar no intangível.

Principais características de um arrendamento financeiro


1) Transfere-se a propriedade ao final do contrato;
2) Valor residual mais baixo que o valor justo;
3) O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do ativo
4) O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente o todo o valor justo do
ativo;
5) O ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o arrendatário pode usá-
lo sem grandes modificações.

Os itens do ativo imobilizado são mensurados inicialmente pelo seu custo, o qual inclui todos os
custos necessários para colocá-lo em condições de uso.
Custo do ativo imobilizado (CPC 27)
Inclui Não inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação Descontos comerciais e abatimentos
+ Impostos não recuperáveis
Preparação do local Custos de abertura de nova instalação
Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor
Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais
Testes Custos de treinamento
Honorários profissionais Transferência posterior (novo local)
(engenheiros, arquitetos, por exemplo)
Custos de desmontagem Custos administrativos
(futuro, traz a valor presente)
Custo de remoção (futuro, traz a valor presente) Outros custos indiretos
Outros custos diretamente atribuíveis Remoção, desmontagem de máquinas antigas
Gastos de capital: são os que irão beneficiar mais de um exercício social e devem ser adicionados
ao valor do ativo imobilizado, desde que atendam às condições de reconhecimento de um ativo.
Exemplo: custo de aquisição do bem, custo de instalação e montagem, etc.
Gastos do período (despesas): são os que devem ser agregados às contas de despesas do período,
pois só beneficiam um exercício e são necessários para manter o imobilizado em condições de
operar, não lhe aumentando o valor. Não é provável que esses gastos tenham o potencial de gerar
benefícios econômicos futuros para a entidade. Logo, não podem ser reconhecidos como ativo, mas
sim como despesa. Exemplo: manutenção e reparos, etc.

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Os gastos subsequentes podem ser divididos em manutenção periódica (que vai para despesa) e as
paradas programadas (que são gastos de capital e são ativadas, isto é, o valor gasto é contabilizado
no custo do ativo, e passa a ser depreciado).
1 Na construção de ativo qualificado devemos incluir os encargos financeiros no custo do Ativo.
2 Na compra a prazo de ativos, devemos excluir os encargos financeiros, os quais serão apropriados
como Despesa Financeira por competência.
Benfeitorias em imóveis de terceiros
Contrato Critério de avaliação
Prazo indeterminado Depreciação (Vida útil)
Prazo determinado e Contrato > Vida útil
Prazo determinado e Contrato < Vida útil Amortização (Contrato)
Método de depreciação da linha reta.
Este é o método tradicional e o mais recorrente em provas. Dividimos o valor depreciável pelo
tempo de vida útil estimada. Se nada disser a questão sobre um método específico, devemos utilizar
o da linha reta.
Ex: Máquina com vida útil de 10 anos e valor depreciável de 100.000.
Depreciação anual = $ 100.000 / 10 anos = $ 10.000/ano.

Como calcular a depreciação pelo método da linha reta?


1) Pegue o valor de aquisição.
2) Encontre o valor residual. Se não falar nada, é igual a zero.
3) Faça a diferença entre o valor de aquisição e o valor residual e encontraremos o
chamado valor depreciável.
4) Encontre a vida útil (em meses ou anos, geralmente).
5) Divida o valor depreciável pela vida útil
6) Você encontrará o valor da depreciação anual.
Atenção! Se a questão der no enunciado uma vida útil e disser o prazo que é aceito pelo
fisco, utilize o prazo contábil. É este que vale, já que a legislação fiscal, segundo a Lei
6.404/76, não tem o condão de alterar os dispositivos da legislação contábil!

Contabilmente, a depreciação deve ser calculada conforme a melhor estimativa técnica disponível.

Caso a questão seja silente!


Depreciação: Taxas permitidas pelo fisco para efeito de IR:
Veículos: 5 anos ou 20% ao ano
Máquinas e equipamentos: 10 anos ou 10% ao ano
Móveis e utensílios: 10 anos ou 10 % ao ano
Imóveis: 25 anos ou 4 % ao ano.

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Depreciação de bens usados


Maior prazo Vida útil restante
Metade da vida útil do bem novo
Utilização da depreciação acelerada

1 turno de 8 horas: fator 1,0


2 turnos de 8 horas: fator 1,5
3 turnos de 8 horas: fator 2,0

Antes da edição do CPC 27, o valor residual e a vida útil eram definidos (geralmente, as empresas
usavam o critério fiscal) e não mais se alteravam, durante a vida útil do ativo.
Todavia, com as mudanças, o valor residual e a vida útil de um ativo devem ser revisados pelo
menos ao final de cada ano. Se houver diferença, deve ser realizada e tratada como mudança de
estimativa contábil, como reza o artigo 51 do CPC 27.

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21 - MAPAS MENTAIS ELABORADOS NESTA AULA

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22 - QUESTÕES COMENTADAS

1. (VUNESP/Contador/Registro/2018)
Em conformidade com o CPC 27, é correto afirmar que as demonstrações contábeis devem
divulgar, para cada classe de ativo imobilizado,
a) os critérios de mensuração utilizados para determinar o valor contábil bruto.
b) a diferença entre o valor de custo e o valor justo do ativo imobilizado.
c) o valor dos gastos reconhecidos no valor contábil de um item do ativo imobilizado durante
a sua compra.
d) as provisões para perdas do ativo imobilizado e exercícios anteriores reconhecidas no
resultado atual.
e) as variações cambiais, somente passivas, quando o ativo imobilizado for importado de um
país com moeda forte.
Comentários:
Segundo o CPC 27:

73. As demonstrações contábeis devem divulgar, para cada classe de ativo imobilizado:
(a) os critérios de mensuração utilizados para determinar o valor contábil bruto;
(b) os métodos de depreciação utilizados;
(c) as vidas úteis ou as taxas de depreciação utilizadas;
(d) o valor contábil bruto e a depreciação acumulada (mais as perdas por redução ao valor
recuperável acumuladas) no início e no final do período; e
(e) a conciliação do valor contábil no início e no final do período demonstrando: (...)

Gabarito → A.

2. (VUNESP/Contador/Registro/2018)
Em conformidade com as regras e legislação contábil aplicável, o valor contábil de um item do
ativo imobilizado deve ser baixado por ocasião de sua alienação ou quando:
a) o valor residual for igual a zero.
b) o valor de custo igualar-se ao valor máximo depreciável.
c) o valor do ativo for igual ou inferior a R$ 1.000,00.

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d) houver uma perda significativa do valor de custo frente ao valor justo.


e) não há expectativa de benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação.
Comentários:
Segundo o CPC 27:

Baixa
67. O valor contábil de um item do ativo imobilizado deve ser baixado:
(a) por ocasião de sua alienação; ou
(b) quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou
alienação.

Assim, se você decide vender um ativo imobilizado, ao vender, fará a baixa do respectivo item.
De igual forma, já estudamos que um requisito para reconhecer um ativo imobilizado é que ele gere
benefício econômico futuro. Se não houver expectativa de benefício econômico futuro, pela
utilização ou alienação, o item deve igualmente ser baixado.
Gabarito → E.

3. (VUNESP/Diretor/CM Dois Córregos/2018)


A empresa Alfa S.A. adquiriu, em 31 de dezembro de 2014, uma máquina por R$ 300.000,00, à
vista. Na data da aquisição, a vida útil econômica da máquina e o seu valor residual foram
estimados, respectivamente, em 10 anos e R$ 60.000,00. Em 31 de agosto de 2017, a empresa
vendeu a máquina por R$ 222.000,00 à vista. Considerando que a empresa utilizou o método
das cotas constantes para o cálculo da despesa de depreciação, o resultado obtido com a venda
da máquina, evidenciado na Demonstração do Resultado do exercício de 2017, foi
a) positivo em R$ 2.000,00.
b) positivo em R$ 10.000,00.
c) negativo em R$ 14.000,00.
d) positivo em R$ 46.000,00.
e) positivo em R$ 62.000,00.
Comentários:
Vamos lá!

Valor de aquisição 300.000


(-) Valor Residual (60.000)
Valor depreciável 240.000

Depreciação anual (240.000/10) 24.000/ano (2.000 por mês)


Depreciação acumulada até agosto de 2017

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2015 inteiro 24.000


2016 inteiro 24.000
2017 (8 meses) 16.000
Depreciação acumulada 64.000

Valor contábil em 31.08.2017

Valor de aquisição 300.000


(-) Depreciação acumulada (64.000)
Valor contábil líquido 236.000

Valor de venda 222.000


Prejuízo da operação (236.000 222.000) = (14.000).
Gabarito → C.

4. (VUNESP/Contador/PAULIPREV/2018)
Uma empresa necessita projetar o valor da depreciação de um bem que planeja adquirir, de
forma a ter conhecimento da equalização de seu resultado. Para tanto, apresentou ao contador
as seguintes informações:
àE à à àO àá
Data de entrada do bem em funcionamento: 1º de fevereiro de 2018
àV à àB àR à
àV à àI à à à nsado: 10% do valor bem
àá à à à à à à à à à à àR à
àV à àF à à à à à à à à
Valor de realização (residual) do bem, determinado em laudo técnico: R$ 75.000,00
àV à l econômica do bem: 12 anos
àD àL
Com base nessas informações, o contador calculou corretamente que o valor da depreciação
acumulada na data base de 31 de dezembro de 2018 será de
a) R$ 79.520,83.
b) R$ 80.625,00.
c) R$ 88.687,50.
d) R$ 93.750,00.
e) R$ 94.416,67.

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Comentários:

Valor do bem 1.200.000


(-) Imposto (120.000)
Obra para colocar o bem em funcionamento 120.000
Frete 36.000
Custo de aquisição 1.236.000

Agora, vamos ao cálculo da depreciação

Custo de aquisição 1.236.000


(-) Valor residual (75.000)
Valor depreciável 1.161.000

Depreciação anual (1.161.000/12) 96.750/ano


Depreciação de 2018 = 11 meses → 11/12 x 96.750 = 88.687,50
Gabarito → C.

5. (VUNESP/Técnico/CM Indaiatuba/2018)
Uma empresa adquiriu um determinado bem industrial para o seu ativo imobilizado, com as
seguintes características:
àT à à àP àH
àD à à à à àjaneiro de 2017
àV à àB àR à à à à
àV à à à à à à ação R$ 20.000,00
àV à à à à à à à
Com base nessas informações, assinale a alternativa que indica corretamente o valor em Reais
da prensa em 31 de dezembro de 2017:
a) 346.750,00.
b) 356.250,00.
c) 375.000,00.
d) 375.350,00.
e) 376.250,00.
Comentários:

Valor do bem 400.000


(-) Valor residual (20.000)
Valor depreciável 380.000

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Depreciação anual → 380.000/16 = 23.750

Valor em 31.12.2017 400.000


(-) Depreciação acumulada (23.750)
Valor contábil 376.250

Gabarito → E.

6. (VUNESP/Contador/SJC/2018)
Um equipamento foi adquirido por uma empresa em 30.06.2014. A empresa pagou R$
2.000.000,00 à vista, definiu sua vida útil em 8 anos e estimou o valor residual do equipamento
em R$ 240.000,00. A empresa utiliza o método das cotas constantes para cálculo da
depreciação.
Em 31.12.2017, a empresa vendeu o equipamento por R$ 1.050.000,00, à vista. Assim, o
resultado apurado na venda, que foi evidenciado na Demonstração do Resultado de 2017, foi
um
a) prejuízo no valor de R$ 180.000,00.
b) lucro no valor de R$ 60.000,00.
c) lucro no valor de R$ 1.050.000,00.
d) prejuízo no valor de R$ 70.000,00.
e) lucro no valor de R$ 170.000,00.
Comentários:

Valor de aquisição 2.000.000


(-) Valor residual (240.000)
Valor depreciável 1.760.000

Depreciação anual 1.760.000/8 = 220.000


Depreciação acumulada:

2014 (6 meses) 110.000


2015 (12 meses) 220.000
2016 (12 meses) 220.000
2017 (12 meses) 220.000
Depreciação acumulada 770.000

Valor de aquisição 2.000.000


(-) Depreciação acumulada (770.000)
Valor contábil 1.230.000

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Venda = 1.050.000 1.230.000 = 180.000


Gabarito → A.

7. (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE COTIA/Contador/2017)


Com base nas informações descritas a seguir, relativamente à aquisição em janeiro de 2017,
de um equipamento para uso em operações industriais, responda à questão.
• Valor do bem adquirido por meio do financiamento do BNDES R$ 550.000,00;
• O valor da obra civil para se colocar a máquina em funcionamento foi de R$
35.000,00;
• A vida útil calculada para o bem foi de 16 anos;
• O valor residual do bem total contabilizado foi calculado em 5% do valor do bem
adquirido;
• O valor do ICMS recuperável foi de 17% do valor do bem;
• O valor do frete foi de 10% do valor líquido do bem.
O valor, em Reais, do custo a ser contabilizado do bem, o valor depreciável e a taxa de
depreciação serão, respectivamente:
a) R$ 456.500,00, R$ 429.000,00 e 10%.
b) R$ 550.000,00, R$ 380.000,00 e 8,5%.
c) R$ 537.150,00, R$ 509.650,00 e 6,25%.
d) R$ 630.650,00, R$ 603.150,00 e 10%.
e) R$ 630.650,00, R$ 603.150,00 e 6,25%.
Comentários:
Conforme a lei 6404/76:

Critérios de avaliação do ativo


Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes
critérios:
V - Os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo
da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão;

Portanto, o imobilizado é avaliado inicialmente ao custo!


Esquematizemos:

Os itens do ativo imobilizado são mensurados inicialmente pelo seu custo, o qual inclui todos os
custos necessários para colocá-lo em condições de uso.

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Conforme o Pronunciamento CPC 27 Ativo Imobilizado:

16. O custo de um item do ativo imobilizado compreende:


(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não
recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e
abatimentos;
(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição
necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela
administração;
(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração
do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que
a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante
determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse
período.
17. Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:
(a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no Pronunciamento Técnico
CPC 33 Benefícios a Empregados) decorrentes diretamente da construção ou aquisição
de item do ativo imobilizado;
(b) custos de preparação do local;
(c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);
(d) custos de instalação e montagem;
(e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após
dedução das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido
enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando
se testa o equipamento); e
(f) honorários profissionais.

Continuando...

19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:
(a) custos de abertura de nova instalação;
(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e
atividades promocionais);
(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de
clientes (incluindo custos de treinamento); e
(d) custos administrativos e outros custos indiretos.

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Custo do ativo imobilizado (CPC 27)


Inclui Não inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação Descontos comerciais e
+ Impostos não recuperáveis abatimentos
Preparação do local Custos de abertura de nova instalação
Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor
Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais
Testes Custos de treinamento
Honorários profissionais Transferência posterior
(engenheiros, arquitetos, por exemplo) (novo local)
Custos de desmontagem Custos administrativos
(futuro, traz a valor presente)
Custo de remoção Outros custos indiretos
(futuro, traz a valor presente)
Outros custos diretamente atribuíveis Remoção,
desmontagem de máquinas antigas

O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado cessa quando o item
está no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração.
Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de um item não são
incluídos no seu valor contábil, como, por exemplo, os seguintes custos:
(a) custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar nas condições operacionais
pretendidas pela administração não é utilizado ou está sendo operado a uma capacidade inferior à
sua capacidade total;
(b) prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a demanda pelos produtos do
ativo é estabelecida; e
(c) custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as operações da entidade.
Algumas operações realizadas em conexão com a construção ou o desenvolvimento de um item do
ativo imobilizado não são necessárias para deixá-lo no local e nas condições operacionais
pretendidas pela administração.
Essas atividades eventuais podem ocorrer antes ou durante as atividades de construção ou
desenvolvimento. Por exemplo, o local de construção pode ser usado como estacionamento e gerar
receitas, até que a construção se inicie.
Como essas atividades não são necessárias para que o ativo fique em condições de funcionar no
local e nas condições operacionais pretendidas pela administração, as receitas e as despesas
relacionadas devem ser reconhecidas no resultado e incluídas nas respectivas classificações de
receita e despesa.
Oà à à à à à à à à à à à à à à à à à
à à à à à à à àOà à à

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Imagine que a Petrobrás, através de um contrato de arrendamento financeiro, assuma uma


plataforma de petróleo. Esse bem será registrado no Ativo Imobilizado e, além dos custos de
instalação, o contrato prevê que a desmontagem e remoção da plataforma ocorrerão daqui a 10
anos e serão de responsabilidade da Petrobrás. Esses gastos devem ser incorporados ao custo da
plataforma. Eles devem ser trazidos a valor presente.
A nossa questão apresentou algumas informações e vamos verificar quais dos itens devem ser
considerados no custo do Imobilizado, conforme previsão do CPC 27:
Valor do bem adquirido por meio do financiamento do BNDES R$ 550.000,00; (entra no
custo)
O valor da obra civil para se colocar a máquina em funcionamento foi de R$ 35.000,00;
(entra no custo)
A vida útil calculada para o bem foi de 16 anos;
O valor residual do bem total contabilizado foi calculado em 5% do valor do bem
adquirido;
O valor do ICMS recuperável foi de 17% do valor do bem; (não entra no custo)
O valor do frete foi de 10% do valor líquido do bem. (entra no custo).
Custo do Imobilizado:

Valor do bem adquirido 550.000


(+) obra civil (custo de preparação 35.000
(-) ICMS recuperável = 550.000 x 0,17 93.500
(+) frete 10% valor líquido de ICMS 45.650
= Valor Contábil Imobilizado 537.150

O valor depreciável é a diferença entre o custo do Imobilizado e o valor residual =

537.150 550.000 x0,05 = 509.650.

Por fim, a taxa de depreciação é o inverso da vida útil do bem, isto é, 1/16 = 6,25%.
Gabarito→C

8. (VUNESP/Câmara Municipal de Pirassununga/Contador/2016)


A depreciação do ativo deve cessar quando
(A) o ativo for classificado como mantido para venda.
(B) o ativo estiver ocioso.
(C) o ativo não puder gerar mais valor.
(D) a vida útil do ativo estiver próxima do seu término.
(E) o valor em uso for menor que o valor contábil registrado

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Comentários:
A depreciação assim está prevista na Lei 6.404/76:

Art. 183. § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível
será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto
bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência;

A depreciação se inicia quando o ativo está pronto para uso e termina quando ele é classificado
como mantido para venda ou baixado, o que ocorrer primeiro. Há previsão expressa no CPC 27
sobre o tema, vejam:

55. A depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou seja,
quando está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela
administração. A depreciação de um ativo deve cessar na data em que o ativo é
classificado como mantido para venda (ou incluído em um grupo de ativos classificado
como mantido para venda de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 Ativo-Não
Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada) ou, ainda, na data em que o
ativo é baixado, o que ocorrer primeiro. Portanto, a depreciação não cessa quando o ativo
se torna ocioso ou é retirado do uso normal, a não ser que o ativo esteja totalmente
depreciado. No entanto, de acordo com os métodos de depreciação pelo uso, a despesa
de depreciação pode ser zero enquanto não houver produção.

Gabarito→A

Com base nas informações descritas a seguir, acerca da aquisição de um ativo fixo para a
empresa Faço Tudo S.A., responda às questões de números 03 e 04.
Bem adquirido: equipamento de corte de aço a laser.
Custo de aquisição do bem: R$ 1.500.000,00;
Impostos: ICMS (dentro do Estado) recuperável é de 18% do valor do bem;
PIS e COFINS: não há incidência;
Frete e seguro por conta do comprador: 5% do valor do bem;
Mão de obra interna do comprador para colocar a máquina em funcionamento: R$
24.500,00;
A vida útil calculada para o bem foi de 20 anos (utilizar apenas uma casa após a
vírgula, para cálculo da depreciação);
O valor residual do bem: 10% do valor bruto do equipamento;
Data da entrada em operação da máquina: 25 de janeiro de 2015.

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9. (VUNESP/Câmara Municipal de Marília/Contador/2016)


O valor do bem a ser contabilizado por ocasião da compra é
(A) R$ 1.234.500.
(B) R$ 1.289.200.
(C) R$ 1.310.100.
(D) R$ 1.329.500.
(E) R$ 1.339.300
Comentários:
Vamos recorrer ao CPC 27 para resolvermos essa questão:
Custo do ativo imobilizado (CPC 27)
Inclui Não inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação Descontos comerciais e
+ Impostos não recuperáveis abatimentos
Preparação do local Custos de abertura de nova instalação
Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor
Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais
Testes Custos de treinamento
Honorários profissionais Transferência posterior
(engenheiros, arquitetos, por exemplo) (novo local)
Custos de desmontagem Custos administrativos
(futuro, traz a valor presente)
Custo de remoção Outros custos indiretos
(futuro, traz a valor presente)
Outros custos diretamente atribuíveis Remoção,
desmontagem de máquinas antigas
Custo do Imobilizado

(+) Custo de aquisição do bem: R$ 1.500.000,00


(-) ICMS recuperável: (R$ 270.000,00)
(+) Frete e seguro R$ 75.000,00
(+) Mão de obra interna R$ 24.500,00
= R$ 1.329.500

Gabarito→D

10. (VUNESP/Câmara Municipal de Marília/Contador/2016)


Calcule o valor do encargo de depreciação pelo método linear, a ser reconhecido no resultado
do exercício em 31 de dezembro de 2015.

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(A) R$ 52.045,30.
(B) R$ 54.060,42.
(C) R$ 54.160,44.
(D) R$ 55.101,20.
(E) R$ 55.200,50.
Comentários:
Pessoal, é muito importante que tenhamos em mente a diferença entre encargos de depreciação e
depreciação acumulada.
Esquematizemos:

Por exemplo, móvel adquirido em 01.01.X1, por R$ 1.000,00 que deprecia 10% ao ano, sem valor
residual.
Qual o encargo de depreciação e qual a depreciação acumulada no encerramento do exercício em
31.12.X2?
Bom, nesta hipótese, a depreciação anual é de R$ 100,00 (10% de 1.000,00).
O encargo de depreciação representa a conta do exercício, refere-se à depreciação deste período,
conta esta que é zerada no encerramento do exercício social. Portanto, no exercício de X2 será R$
100,00. É uma conta de despesa, fica no resultado do exercício.
A depreciação acumulada, por sua vez, é uma conta retificadora do ativo. Como o próprio nome
sugere, ela computa a soma da depreciação acumulada. Esta conta só é baixada, zerada, com o fim
da vida útil do bem, e sua baixa ou alienação.
Então, a depreciação acumulada em 31.12.X2 será 200,00 (100,00 de X1 + 100,00 de X2).
Na nossa questão, para encontrarmos os encargos de depreciação, temos que encontrar,
primeiramente, o valor depreciável:
Valor Depreciável = Custo do Imobilizado Valor Residual
Valor Depreciável = 1.329.500 150.000 = 1.179.500
Vida Útil= 20 anos
Depreciação Anual = 1.179.500/20 = 58.975
Depreciação Mensal = 58.975/12 = 4.914,60 (aproximadamente).

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A máquina entrou em operação no dia 25 de janeiro e a banca desconsiderou os dias que faltavam
para terminar o mês e considerou que a máquina foi depreciada 11 meses em 2015. Portanto, os
encargos de depreciação de 2015 foram: 11 x 4.914,60 = R$ 54.060,42
Gabarito→B

11. (VUNESP/Câmara Municipal de Pirassununga/Contador/2016)


Determinada empresa industrial adquiriu uma máquina de injeção de plásticos em junho de
2005, colocando-a em funcionamento no mês subsequente. Sabendo-se que
a vida útil do bem foi estipulada em 18 anos;
o valor de aquisição do bem foi de R$ 1.200.000,00, já líquido de todos os impostos;
a depreciação é contabilizada no final do mês;
o valor de realização do bem foi estipulado em 10% do valor de compra;
Pode-se afirmar que o valor residual da máquina, em Reais, em 30 de junho de 2015, é de
(A) 360.000,00.
(B) 480.000,00.
(C) 600.000,00.
(D) 670.000,00.
(E) 700.000,00.
Comentários:
Questão Polêmica! Pessoal, a questão chamou de valor residual o valor contábil líquido, isto é, o
valor histórico depreciação acumulada. O CPC 27 apresenta a seguinte definição:

Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria com a venda do
ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a
condição esperadas para o fim de sua vida útil.

A questão fala que o valor de realização do bem foi estipulado em 10% do valor de compra,
isto é, 1.200.000 x 0,10 = 120.000. Esse é o valor residual do bem. Agora, vamos resolver a questão,
como a banca queria:
Como calcular a depreciação pelo método da linha reta?
1) Pegue o valor de aquisição: 1.200.000
2) Encontre o valor residual. 120.000
3) Faça a diferença entre o valor de aquisição e o valor residual e encontraremos o
chamado valor depreciável: 1.080.000
4) Encontre a vida útil (em meses ou anos, geralmente). 18 anos
5) Divida o valor depreciável pela vida útil: 1.080.000/18 = 60.000 por ano ou 5.000 por
mês.

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O bem foi adquirido em Jun/2005 e a precisamos calcular a depreciação acumulada em Jun/2015,


isto é, 10 anos depois: 60.000 x 10 anos = 600.000
Assim sendo, o valor contábil líquido = 1.200.000 600.000 = 600.000. A banca chamou esse valor
à à àà
Gabarito→C

12. (VUNESP/Câmara Municipal de Registro/Contador/2016)


Uma empresa adquiriu uma máquina para sua produção no dia 01 de março de 2015 no valor
de R$ 150.000,00. Os engenheiros avaliaram sua vida útil em vinte anos e também
determinaram que, ao final dessa vida útil estimada, seu valor residual será de 15% do custo
de aquisição.
A organização utiliza-se do método linear para cálculo da depreciação. Não existem créditos
tributários, modificações no bem, na vida útil e tampouco no valor residual. Isto posto, no final
de 2015, o valor líquido desse ativo correspondeu a
(A) 120.000,50.
(B) 133.504,50.
(C) 137.500,00.
(D) 144.687,50.
(E) 146.687,50.
Comentários:
Vamos usar a nossa receita de bolo:
Como calcular a depreciação pelo método da linha reta?
1) Pegue o valor de aquisição: 150.000
2) Encontre o valor residual. 150.000 x 15% = 22.500
3) Faça a diferença entre o valor de aquisição e o valor residual e encontraremos o
chamado valor depreciável: 127.500
4) Encontre a vida útil (em meses ou anos, geralmente). 20 anos ou 240
5) Divida o valor depreciável pela vida útil: 127.500/240 = 531,25 por mês
A questão fala que a máquina foi adquirida em março de 2015, portanto, nesse ano a máquina fora
depreciada por 10 meses, o que nos leva a depreciação acumulada de 531,25 x 10 = 5312,50
No final de 2015, o valor líquido desse ativo correspondeu a:

Valor Histórico 150.000


(-) Depreciação Acumulada (5312,50)
= Valor Contábil Líquido 144.687,50

Gabarito→D

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13. (VUNESP/Câmara Municipal de Descalvado/Contador/2015)


Uma empresa adquiriu, no dia 02 de fevereiro de 2014, um veículo cuja vida útil foi estimada
em cinco anos. A contabilização correspondeu a R$ 85.000,00. Ao final de sua vida útil
estimada, o valor de realização corresponderá a R$ 25.000,00. O método utilizado para o
cálculo da depreciação é o linear. Não existem modificações no veículo, na vida útil e tampouco
no valor de realização. No final de 2014, o valor líquido do veículo será correspondente a R$
a) 25.000,00.
b) 60.000,00.
c) 68.000,00.
d) 73.000,00.
e) 74.000,00.
Comentários:
Valor Depreciável = Custo do Imobilizado Valor Residual
Valor Depreciável = 85.000 25.000 = 60.000
Vida Útil= 5 anos ou 60 meses
Depreciação Mensal = 60.000/60 = 1.000 (aproximadamente).
Agora vamos calcular a depreciação acumulada no final de 2014. Devemos tomar cuidado, pois o
veículo foi depreciação por 11 meses, isto é, de fevereiro a dezembro.
Depreciação Acumulada = 11 x 1.000 = 11.000

Valor Histórico 85.000


(-) Depreciação Acumulada (11.000)
= Valor Contábil Líquido 74.000

Gabarito→E

14. (VUNESP/SAEG/Analista de Serviços/2015)


Com relação a um bem cuja taxa de depreciação é de 10% ao ano, é correto afirmar que após
48 meses de uso, considerando valor residual zero, faltará depreciar o bem em
a) 40,0%.
b) 50,0%.
c) 60,0%.
d) 70,0%.
e) 80,0%.

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Comentários:
Se o bem deprecia 10% ao ano, após 48 meses, isto é, 4 anos, ele terá depreciado 40% e, assim
sendo, faltará 60% a ser depreciado.
Gabarito→C

15. (VUNESP/Câmara Municipal de Jaboticabal/Contador/2015)


De quanto foi o lucro ou prejuízo, desconsiderando os centavos, decorrente da alienação de
um veículo, sabendo-se que:
O exercício social da empresa coincide com o ano calendário 1° de janeiro a 31 de
dezembro;
O bem foi adquirido em 1° de dezembro de 2011 e o valor de compra foi de R$85.000,00;
O veículo foi alienado em 3 de janeiro de 2014 por R$ 55.000,00;
A vida útil estimada para o veículo foi de 5 anos; e
O método de depreciação foi linear.
a) Prejuízo de R$ 4.167
b) Prejuízo de R$ 5.167
c) Lucro de R$ 5.416
d) Lucro de R$ 5.874
e) Lucro de R46.129
Comentários:
Para sabermos se houve ganho ou perda na venda do Imobilizado, temos que comparar o valor
contábil líquido no momento da venda com o valor recebido pela alienação.
O CPC 27 disciplina esse tratamento:

71. Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo imobilizado devem


ser determinados pela diferença entre o valor líquido da alienação, se houver, e o valor
contábil do item.

Agora vamos encontrar o valor contábil líquido do Imobilizado no momento da venda:


Valor Depreciável = Custo do Imobilizado Valor Residual
Valor Depreciável = 85.000 0 = 85.000
Vida Útil= 5 anos ou 60 meses
Depreciação Anual = 85.000/5 = 17.000
Dez/2011 a Jan/2014 = 25 meses ou 2,08333 anos
Depreciação Acumulada = 17.000 x 2,083333 =

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Valor Histórico 85.000


(-) Depreciação Acumulada (35.416,67)
= Valor Contábil Líquido 49.583,33

O bem foi vendido por 55.000, portanto, tivemos um lucro de 55.000 49.583,33 = R$ 5.874
Gabarito→ C

16. (VUNESP/Câmara Municipal de Itatiba/Contador/2015)


A empresa Fabrica Tudo Ltda. adquiriu uma máquina para a sua linha de produção, em 20 de
março de 2015, e necessita contabilizá-la no grupo do ativo imobilizado. Para tanto, o contador
dispõe das seguintes informações:
àB àM à à à à à à
àV à à àR à
àV à àICM“à à à valor do bem.
àF à à guro: R$ 13.500,00 Modalidade de entrega do vendedor é FOB (disponível para
retirada).
àO à à à à à à à à àR à à
àV à à à à à à à à -se apenas uma casa após a vírgula, para
cálculo da depreciação).
àV à à à à à à à à à à à
Considerando os dados apresentados e o fato de a máquina ter entrado em operação em 26
de março de 2015, assinale a alternativa que indica, correta e respectivamente, o valor, em
reais, do bem a ser contabilizado e da projeção da despesa de depreciação até 31 de dezembro
de 2015, dispensando centavos e arredondamento.
a) 240.540,00 e 11.840,00.
b) 254.040,00 e 21.170,00.
c) 254.040,00 e 12.518,00.
d) 249.130,00 e 14.183,00.
e) 235.630,00 e 13.090,00
Comentários:
Questão polêmica! Pessoal, antes de comentarmos essa questão vamos diferenciar o que é Frete
FOB ( Free on board) e Frete CIF (Cost, Insurance and Freight).
Na modalidade CIF o frete e o seguro são pagos pelo fornecedor, que é responsável pela entrega até
o local de destino. No caso do FOB, o cliente é que paga pelo frete e pelo seguro da mercadoria em
questão.

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A questão fala que o frete foi na modalidade FOB, isto é, o cliente paga pelo frete e pelo seguro da
máquina e, atendendo ao previsto no CPC 27, esse frete deveria ser incluído no custo do Imobilizado:
Custo do Imobilizado

(+) Custo de aquisição do bem: R$ 245.500,00


(-) ICMS recuperável: (R$ 29.460,00)
(+) Frete e seguro R$ 13.500,00
(+) Mão de obra interna R$ 24.500,00
= Custo do Imobilizado R$ 254.040,00

Agora iremos calcular a despesa de depreciação do ano:


Valor Depreciável = Custo do Imobilizado Valor Residual
Valor Depreciável = 254.040 254.040 x 0,02 = 248.959,20
Vida Útil= 15 anos ou 900 meses
Depreciação Anual = 248.959,20/15 = 16.597,28
26/mar/2015 a 31/dez/2015 = 9 meses ou 0,75 ano
Depreciação Acumulada = 16.597,28 x 0,75 = 12.447,96
áà à à à à à C à à à à à à à á à áà à à
considerou o valor do frete no custo do Imobilizado e mesmo chamando o frete de FOB, considerou
como se fora um frete CIF, isto é, pago pelo fornecedor:

(+) Custo de aquisição do bem: R$ 245.500,00


(-) ICMS recuperável: (R$ 29.460,00)
(+) Mão de obra interna R$ 24.500,00
= Custo do Imobilizado R$ 240.540,00

Valor Depreciável = Custo do Imobilizado Valor Residual


Valor Depreciável = 240.540,00 240.540,00 x 0,02 = 235.729,20
Vida Útil= 15 anos ou 900 meses
Depreciação Anual = 235.729,20/15 = 15.715,28
26/mar/2015 a 31/dez/2015 = 9 meses ou 0,75 ano
Depreciação Acumulada = 15.715,28 x 0,75 = 11.840,00 (aproximadamente)
A questão deveria ter o gabarito alterado ou anulada!
Gabarito→A

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17. (VUNESP/São José do Campos/Auditor Fiscal/2015)


A Cia. Industrial América do Norte adquiriu uma máquina para utilização em suas atividades
industriais por R$ 2.700.000,00. O referido imobilizado foi colocado em uso pela companhia no
mês de abril de 2010. A vida útil da máquina, prevista pelo departamento de engenharia da
companhia, foi de 20 anos, com um valor residual estimado em R$ 300.000,00. Os valores da
depreciação foram revistos ao longo do tempo e a vida útil e o valor residual foram mantidos
como corretos. O valor contábil da máquina no Balanço Patrimonial da companhia, levantado
em 31.12.2014, correspondia, em R$, a
a) 1.800.000,00.
b) 1.860.000,00.
c) 2.058.750,00.
d) 2.130.000,00.
e) 2.025.000,00.
Comentários:
Vamos usar a nossa receita de bolo:
Como calcular a depreciação pelo método da linha reta?
1) Pegue o valor de aquisição: 2.700.000
2) Encontre o valor residual. 300.000
3) Faça a diferença entre o valor de aquisição e o valor residual e encontraremos o chamado
valor depreciável: 2.400.000
4) Encontre a vida útil (em meses ou anos, geralmente). 20 anos ou 240
5) Divida o valor depreciável pela vida útil: 2.400.000/240 = 10.000 por mês
Abril/2010 a 31/12/2015 = 4 anos e 9 meses ou 57 meses.
Depreciação Acumulada = 57 x 10.000 = 570.000

Valor Histórico 2.700.000


(-) Depreciação Acumulada (570.000)
= Valor Contábil Líquido 2.130.000

Gabarito→D

18. (VUNESP/Analista/Urbanismo/SP/2014)
Uma Entidade adquiriu, em julho de 2014, um equipamento para uso nas suas operações
industriais, portanto, para seu ativo imobilizado. As informações referentes à aquisição do
equipamento são:
O equipamento foi financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social BNDES, no valor de R$ 850.000,00;

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O valor da obra civil para se colocar a máquina em funcionamento foi de R$


87.000,00;
A vida útil calculada para o bem foi de 8 anos;
O valor residual do bem foi calculado em 5% do valor do equipamento;
O valor do frete foi de 10% do valor do bem;
O valor do ICMS recuperável foi de 17% do valor do bem.
Com base nessas informações, assinale a alternativa que indica o valor de custo do bem a ser
contabilizado, o valor depreciável e a taxa de depreciação, respectivamente.
(A) R$ 848.260,00; R$ 805.847,00 e 12,5%.
(B) 850.000,00; R$ 850.000,00 e 10%.
(C) R$ 877.500,00; R$ 845.000,00 e 12,5%.
(D) R$ 935.000,00; R$ 835.000,00 e 20%.
(E) R$ 1022.000,00; R$ 970.900,00 e 20%.
Comentários:
Vamos usar o nosso esquema:
Custo do ativo imobilizado (CPC 27)
Inclui Não inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação Descontos comerciais e
+ Impostos não recuperáveis abatimentos
Preparação do local Custos de abertura de nova instalação
Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor
Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais
Testes Custos de treinamento
Honorários profissionais Transferência posterior
(engenheiros, arquitetos, por exemplo) (novo local)
Custos de desmontagem Custos administrativos
(futuro, traz a valor presente)
Custo de remoção Outros custos indiretos
(futuro, traz a valor presente)
Outros custos diretamente atribuíveis Remoção,
desmontagem de máquinas antigas
Agora, iremos analisar o que deve ser considerado no custo ou não do Imobilizado, conforme
previsão do CPC 27:
O equipamento foi financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BNDES, no valor de R$ 850.000,00: (entra no custo)
O valor da obra civil para se colocar a máquina em funcionamento foi de R$ 87.000,00:
(entra no custo)

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O valor do frete foi de 10% do valor do bem: 10% de 850.000 = 85.000: (entra no custo)
O valor do ICMS recuperável foi de 17% do valor do bem: 17% de 850.000 = 144.500:
(não entra no custo)
Com base nessas informações, assinale a alternativa que indica o valor de custo do bem a ser
contabilizado, o valor depreciável e a taxa de depreciação, respectivamente.
Custo do Imobilizado:

Valor do bem adquirido 850.000,00


(+) obra civil (custo de preparação 87.000,00
(-) ICMS recuperável 144.500
(+) frete 10% valor líquido de ICMS 85.000
= Valor Contábil Imobilizado 877.500

O valor depreciável é a diferença entre o custo do Imobilizado e o valor residual =

877.500 850.000,00 x 0,05 = 845.000.

Por fim, a taxa de depreciação é o inverso da vida útil do bem, isto é, 1/8 = 12,50%.
Gabarito→C

19. (VUNESP/Auditor/SJRP/2014)
A Cia. Cruzeiro do Norte efetuou o teste de recuperabilidade do valor dos ativos (impairment
test) em uma máquina de seu ativo imobilizado, tendo registrado uma perda de valor de R$
28.000,00. A máquina foi adquirida por R$ 600.000,00. Na ocasião do teste, o percentual de
depreciação acumulada da máquina era de 40% do valor depreciável, e a companhia estimou
o valor justo da máquina em R$ 325.000,00.
À vista do exposto, é correto afirmar que o valor em uso da referida máquina foi estimado pela
companhia como correspondente, em R$, a:
a) 326.000,00
b) 322.000,00.
c) 332.000,00.
d) 330.000,00.
e) 336.000,00.
Comentários:
Pesso à à à à à à à à à à à à à à
à à

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Valor justo líquido de


Maior
despesa de venda
Valor recuperável
Valor em uso

A questão nos forneceu as seguintes informações:

Valor Histórico 600.000


(Depreciação Acumulada (40%) (240.000)
(Perda por recuperabilidade) (28.000)
= Valor Contábil Líquido 332.000.

Valor Líquido de Venda 325.000


Valor em Uso ???
Ou seja:
Valor Recuperável: 332.000
Valor Justo = 325.000
Valor em uso: podemos garantir que é 332.000 que esse será o valor recuperável.
Gabarito→C

20. (VUNESP/SPTrans/Analista de Gestão Pleno/2012)


A contabilização da compra de um veículo, mediante leasing financeiro, no valor de R$
36.000,00, em trinta e seis parcelas fixas mensais de R$ 1.000,00, se dará da seguinte forma:
a) Débito de Veículos Imobilizado Ativo Não Circulante R$ 36.000,00;
Crédito de Financiamento Passivo Circulante R$ 12.000,00;
Crédito de Financiamento Passivo Não Circulante R$ 24.000,00.
b) Débito de Veículos Ativo Circulante R$ 12.000,00;
Débito de Veículos Imobilizado Ativo Não Circulante R$ 24.000,00;
Crédito de Financiamento Passivo Circulante R$ 12.000,00;
Crédito de Financiamento Passivo Não Circulante R$ 24.000,00.
c) Débito de Veículos Imobilizado Ativo Não Circulante R$ 36.000,00;
Crédito de Financiamento Passivo Circulante R$ 36.000,00.
d) Débito de Veículos Ativo Circulante R$ 36.000,00;
Crédito de Financiamento Passivo Circulante R$ 36.000,00.

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e) Débito de Veículos Ativo Circulante R$ 36.000,00;


Débito de Veículos Imobilizado Ativo Não Circulante R$ 24.000,00;
Crédito de Financiamento Passivo Não Circulante R$ 36.000,00.
Comentários:
O leasing, basicamente, pode ser de dois tipos: operacional e financeiro. A diferença entre um e
outro reside principalmente no seguinte critério: o leasing transfere ou não os riscos e benefícios
inerentes à propriedade.
Se transferir, será classificado como leasing financeiro. Se não, como leasing operacional. E como
saberemos se há ou não transferência dos riscos e benefícios? O tema está prescrito no CPC 06, que
dispõe sobre o arrendamento mercantil.
Esquematizemos:
Riscos e benefícios com Classificação
Arrendatário Arrendamento financeiro
Arrendador Arrendamento operacional
Para se caracterizar um arrendamento financeiro, basicamente cinco características podem
aparecer:

Principais características de um arrendamento financeiro

1) Transfere-se a propriedade ao final do contrato;


2) Valor residual mais baixo que o valor justo;
3) O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do ativo
4) O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente todo o valor justo do ativo;
5) O ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o arrendatário pode usá-
lo sem grandes modificações.

Expliquemos item a item...


1) Transfere-se a propriedade ao final do contrato.
É provável que ao final do contrato o arrendatário vá adquirir o bem objeto de arrendamento
mercantil financeiro.
2) Valor residual mais baixo que o valor justo;
O valor residual que será pago pelo arrendamento é menor do que o valor de mercado avaliado do
ativo ao final do contrato.
3) O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do ativo Item autoexplicativo.
4) O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente todo o valor justo do ativo;
Basicamente, você paga quase todo o valor de mercado de um ativo. O valor presente (as parcelas
descontadas para valor de hoje) consubstancia basicamente todo o valor de mercado deste ativo.

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5) O ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o arrendatário pode usá-lo sem
grandes modificações.
Se há o arrendamento de uma máquina para uma indústria produtora de calçado, é por que
provavelmente somente a arrendatária é produtora deste tipo de produto. O arrendador,
provavelmente, produzirá a máquina que é arrendada. Daí dizer que somente o arrendatário pode
usar sem grandes modificações.
Memorize os 5 itens acima. Não são difíceis, e uma questão pode não mencionar se o arrendamento
é operacional ou financeiro, mas indicar uma ou mais das características acima.
Voltando à nossa questão, o bem foi adquirido através de um contrato de leasing financeiro,
portanto, o bem deve ser considerado no Imobilizado da empresa. Além disso, devemos fazer a
separação entre Passivo Circulante e Não Circulante, isto é, 12 parcelas ficam no Passivo Circulante
e 24 no Passivo Não Circulante:

Débito de Veículos Imobilizado Ativo Não Circulante R$ 36.000,00;


Crédito de Financiamento Passivo Circulante R$ 12.000,00;
Crédito de Financiamento Passivo Não Circulante R$ 24.000,00

Gabarito→A

21. (VUNESP/Contador/Louveira/2007)
A diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado será registrada periodicamente nas
contas de:
(A) EXAUSTÃO, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens
físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
(B) AMORTIZAÇÃO, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto
bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência.
(C) DEPRECIAÇÃO, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de
direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício
de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado.
(D) AMORTIZAÇÃO, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de
direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício
de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado.
(E) DEPRECIAÇÃO, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de
direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
Comentários:
Segundo a Lei 6.404/76:

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Art. 183, § 2º. A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível
será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto
bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição
de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou
exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado;
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de
direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa
exploração.

Analisemos assertiva por assertiva.


(A) EXAUSTÃO, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos
sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
O item está incorreto, já que corresponde ao conceito de depreciação.
(B) AMORTIZAÇÃO, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens
físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
O item está incorreto, já que corresponde ao conceito de depreciação.
(C) DEPRECIAÇÃO, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de
direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de
duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente
limitado
O item está incorreto, uma vez que corresponde ao conceito de amortização.
(D) AMORTIZAÇÃO, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de
direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de
duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente
limitado.
Item correto.
(E) DEPRECIAÇÃO, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de
direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
O item está incorreto, haja vista que nos remete ao conceito de exaustão.
Gabarito → D.

22. (VUNESP/Contador/Desenvolvesp/2014)
U à à à I T L à à à à à à à
adquirir um edifício comercial no centro da cidade onde está instalada sua fábrica.

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O pagamento foi feito com 50% a vista e 50% a prazo. Uma vez que esse edifício foi adquirido
com o objetivo de valorização do capital investido, no pressuposto de se apresentar por um
preço de oportunidade, a administração da Indústria resolveu auferir receita adicional com
aluguel do bem. O contrato de aluguel foi gerado na mesma época em que ocorreu a aquisição
do bem. Baseado nessas informações, o lançamento contábil para registro dessa operação
será:
(A) Caixa e Bancos
a Títulos a pagar.
(B) Imobilizado
a Títulos a pagar.
(C) Estoques
a Contas a pagar.
(D) Propriedade para investimentos
a Bancos
a Títulos a pagar.
(E) Investimentos
a bancos.
Comentários:
Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício ou parte de edifício ou
ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro) para auferir
aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não para:
(a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou
(b) venda no curso ordinário do negócio.
Portanto, este é, indubitavelmente, um dos pontos mais importantes para nossa prova, saber
discernir uma propriedade para investimento.
O CPC a define como aquela que é mantida para auferir aluguel ou para valorização (ou ambas),
contanto que não sejam utilizadas para finalidades administrativas e nem sejam vendidas como
curso ordinário do negócio.
É o caso da nossa questão! O lançamento, portanto, será:

D Propriedade para investimentos


C Bancos
C Títulos a pagar

Gabarito → D.

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23 - LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (VUNESP/Contador/Registro/2018)
Em conformidade com o CPC 27, é correto afirmar que as demonstrações contábeis devem
divulgar, para cada classe de ativo imobilizado,
a) os critérios de mensuração utilizados para determinar o valor contábil bruto.
b) a diferença entre o valor de custo e o valor justo do ativo imobilizado.
c) o valor dos gastos reconhecidos no valor contábil de um item do ativo imobilizado durante
a sua compra.
d) as provisões para perdas do ativo imobilizado e exercícios anteriores reconhecidas no
resultado atual.
e) as variações cambiais, somente passivas, quando o ativo imobilizado for importado de um
país com moeda forte.
2. (VUNESP/Contador/Registro/2018)
Em conformidade com as regras e legislação contábil aplicável, o valor contábil de um item do
ativo imobilizado deve ser baixado por ocasião de sua alienação ou quando:
a) o valor residual for igual a zero.
b) o valor de custo igualar-se ao valor máximo depreciável.
c) o valor do ativo for igual ou inferior a R$ 1.000,00.
d) houver uma perda significativa do valor de custo frente ao valor justo.
e) não há expectativa de benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação.
3. (VUNESP/Diretor/CM Dois Córregos/2018)
A empresa Alfa S.A. adquiriu, em 31 de dezembro de 2014, uma máquina por R$ 300.000,00, à
vista. Na data da aquisição, a vida útil econômica da máquina e o seu valor residual foram
estimados, respectivamente, em 10 anos e R$ 60.000,00. Em 31 de agosto de 2017, a empresa
vendeu a máquina por R$ 222.000,00 à vista. Considerando que a empresa utilizou o método
das cotas constantes para o cálculo da despesa de depreciação, o resultado obtido com a venda
da máquina, evidenciado na Demonstração do Resultado do exercício de 2017, foi
a) positivo em R$ 2.000,00.
b) positivo em R$ 10.000,00.

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c) negativo em R$ 14.000,00.
d) positivo em R$ 46.000,00.
e) positivo em R$ 62.000,00.
4. (VUNESP/Contador/PAULIPREV/2018)
Uma empresa necessita projetar o valor da depreciação de um bem que planeja adquirir, de
forma a ter conhecimento da equalização de seu resultado. Para tanto, apresentou ao contador
as seguintes informações:
àE à à àO àá
Data de entrada do bem em funcionamento: 1º de fevereiro de 2018
àV à àB àR à
àV à àI à à à nsado: 10% do valor bem
àá à à à à à à à à à à àR à
àV à àF à à à à à à à à
Valor de realização (residual) do bem, determinado em laudo técnico: R$ 75.000,00
àV à l econômica do bem: 12 anos
àD àL
Com base nessas informações, o contador calculou corretamente que o valor da depreciação
acumulada na data base de 31 de dezembro de 2018 será de
a) R$ 79.520,83.
b) R$ 80.625,00.
c) R$ 88.687,50.
d) R$ 93.750,00.
e) R$ 94.416,67.
5. (VUNESP/Técnico/CM Indaiatuba/2018)
Uma empresa adquiriu um determinado bem industrial para o seu ativo imobilizado, com as
seguintes características:
àT à à àP àH
àD à à à à àjaneiro de 2017
àV à àB àR à à à à
àV à à à à à à ação R$ 20.000,00
àV à à à à à à à
Com base nessas informações, assinale a alternativa que indica corretamente o valor em Reais
da prensa em 31 de dezembro de 2017:

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a) 346.750,00.
b) 356.250,00.
c) 375.000,00.
d) 375.350,00.
e) 376.250,00.
6. (VUNESP/Contador/SJC/2018)
Um equipamento foi adquirido por uma empresa em 30.06.2014. A empresa pagou R$
2.000.000,00 à vista, definiu sua vida útil em 8 anos e estimou o valor residual do equipamento
em R$ 240.000,00. A empresa utiliza o método das cotas constantes para cálculo da
depreciação.
Em 31.12.2017, a empresa vendeu o equipamento por R$ 1.050.000,00, à vista. Assim, o
resultado apurado na venda, que foi evidenciado na Demonstração do Resultado de 2017, foi
um
a) prejuízo no valor de R$ 180.000,00.
b) lucro no valor de R$ 60.000,00.
c) lucro no valor de R$ 1.050.000,00.
d) prejuízo no valor de R$ 70.000,00.
e) lucro no valor de R$ 170.000,00.
7. (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE COTIA/Contador/2017)
Com base nas informações descritas a seguir, relativamente à aquisição em janeiro de 2017,
de um equipamento para uso em operações industriais, responda à questão.
• Valor do bem adquirido por meio do financiamento do BNDES R$ 550.000,00;
• O valor da obra civil para se colocar a máquina em funcionamento foi de R$
35.000,00;
• A vida útil calculada para o bem foi de 16 anos;
• O valor residual do bem total contabilizado foi calculado em 5% do valor do bem
adquirido;
• O valor do ICMS recuperável foi de 17% do valor do bem;
• O valor do frete foi de 10% do valor líquido do bem.
O valor, em Reais, do custo a ser contabilizado do bem, o valor depreciável e a taxa de
depreciação serão, respectivamente:
a) R$ 456.500,00, R$ 429.000,00 e 10%.
b) R$ 550.000,00, R$ 380.000,00 e 8,5%.
c) R$ 537.150,00, R$ 509.650,00 e 6,25%.

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d) R$ 630.650,00, R$ 603.150,00 e 10%.


e) R$ 630.650,00, R$ 603.150,00 e 6,25%.
8. (VUNESP/Câmara Municipal de Pirassununga/Contador/2016)
A depreciação do ativo deve cessar quando
(A) o ativo for classificado como mantido para venda.
(B) o ativo estiver ocioso.
(C) o ativo não puder gerar mais valor.
(D) a vida útil do ativo estiver próxima do seu término.
(E) o valor em uso for menor que o valor contábil registrado

Com base nas informações descritas a seguir, acerca da aquisição de um ativo fixo para a
empresa Faço Tudo S.A., responda às questões de números 03 e 04.
Bem adquirido: equipamento de corte de aço a laser.
Custo de aquisição do bem: R$ 1.500.000,00;
Impostos: ICMS (dentro do Estado) recuperável é de 18% do valor do bem;
PIS e COFINS: não há incidência;
Frete e seguro por conta do comprador: 5% do valor do bem;
Mão de obra interna do comprador para colocar a máquina em funcionamento: R$
24.500,00;
A vida útil calculada para o bem foi de 20 anos (utilizar apenas uma casa após a
vírgula, para cálculo da depreciação);
O valor residual do bem: 10% do valor bruto do equipamento;
Data da entrada em operação da máquina: 25 de janeiro de 2015.
9. (VUNESP/Câmara Municipal de Marília/Contador/2016)
O valor do bem a ser contabilizado por ocasião da compra é
(A) R$ 1.234.500.
(B) R$ 1.289.200.
(C) R$ 1.310.100.
(D) R$ 1.329.500.
(E) R$ 1.339.300

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10. (VUNESP/Câmara Municipal de Marília/Contador/2016)


Calcule o valor do encargo de depreciação pelo método linear, a ser reconhecido no resultado
do exercício em 31 de dezembro de 2015.
(A) R$ 52.045,30.
(B) R$ 54.060,42.
(C) R$ 54.160,44.
(D) R$ 55.101,20.
(E) R$ 55.200,50.
11. (VUNESP/Câmara Municipal de Pirassununga/Contador/2016)
Determinada empresa industrial adquiriu uma máquina de injeção de plásticos em junho de
2005, colocando-a em funcionamento no mês subsequente. Sabendo-se que
a vida útil do bem foi estipulada em 18 anos;
o valor de aquisição do bem foi de R$ 1.200.000,00, já líquido de todos os impostos;
a depreciação é contabilizada no final do mês;
o valor de realização do bem foi estipulado em 10% do valor de compra;
Pode-se afirmar que o valor residual da máquina, em Reais, em 30 de junho de 2015, é de
(A) 360.000,00.
(B) 480.000,00.
(C) 600.000,00.
(D) 670.000,00.
(E) 700.000,00.
12. (VUNESP/Câmara Municipal de Registro/Contador/2016)
Uma empresa adquiriu uma máquina para sua produção no dia 01 de março de 2015 no valor
de R$ 150.000,00. Os engenheiros avaliaram sua vida útil em vinte anos e também
determinaram que, ao final dessa vida útil estimada, seu valor residual será de 15% do custo
de aquisição.
A organização utiliza-se do método linear para cálculo da depreciação. Não existem créditos
tributários, modificações no bem, na vida útil e tampouco no valor residual. Isto posto, no final
de 2015, o valor líquido desse ativo correspondeu a
(A) 120.000,50.
(B) 133.504,50.
(C) 137.500,00.
(D) 144.687,50.

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(E) 146.687,50.
13. (VUNESP/Câmara Municipal de Descalvado/Contador/2015)
Uma empresa adquiriu, no dia 02 de fevereiro de 2014, um veículo cuja vida útil foi estimada
em cinco anos. A contabilização correspondeu a R$ 85.000,00. Ao final de sua vida útil
estimada, o valor de realização corresponderá a R$ 25.000,00. O método utilizado para o
cálculo da depreciação é o linear. Não existem modificações no veículo, na vida útil e tampouco
no valor de realização. No final de 2014, o valor líquido do veículo será correspondente a R$
a) 25.000,00.
b) 60.000,00.
c) 68.000,00.
d) 73.000,00.
e) 74.000,00.
14. (VUNESP/SAEG/Analista de Serviços/2015)
Com relação a um bem cuja taxa de depreciação é de 10% ao ano, é correto afirmar que após
48 meses de uso, considerando valor residual zero, faltará depreciar o bem em
a) 40,0%.
b) 50,0%.
c) 60,0%.
d) 70,0%.
e) 80,0%.
15. (VUNESP/Câmara Municipal de Jaboticabal/Contador/2015)
De quanto foi o lucro ou prejuízo, desconsiderando os centavos, decorrente da alienação de
um veículo, sabendo-se que:
O exercício social da empresa coincide com o ano calendário 1° de janeiro a 31 de
dezembro;
O bem foi adquirido em 1° de dezembro de 2011 e o valor de compra foi de R$85.000,00;
O veículo foi alienado em 3 de janeiro de 2014 por R$ 55.000,00;
A vida útil estimada para o veículo foi de 5 anos; e
O método de depreciação foi linear.
a) Prejuízo de R$ 4.167
b) Prejuízo de R$ 5.167
c) Lucro de R$ 5.416
d) Lucro de R$ 5.874

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e) Lucro de R46.129
16. (VUNESP/Câmara Municipal de Itatiba/Contador/2015)
A empresa Fabrica Tudo Ltda. adquiriu uma máquina para a sua linha de produção, em 20 de
março de 2015, e necessita contabilizá-la no grupo do ativo imobilizado. Para tanto, o contador
dispõe das seguintes informações:
àB àM à à à à à à
àV à à àR à
àV à àICM“à à à valor do bem.
àF à à guro: R$ 13.500,00 Modalidade de entrega do vendedor é FOB (disponível para
retirada).
àO à à à à à à à à àR à à
àV à à à à à à à à -se apenas uma casa após a vírgula, para
cálculo da depreciação).
àV à à à à à à à à à à à
Considerando os dados apresentados e o fato de a máquina ter entrado em operação em 26
de março de 2015, assinale a alternativa que indica, correta e respectivamente, o valor, em
reais, do bem a ser contabilizado e da projeção da despesa de depreciação até 31 de dezembro
de 2015, dispensando centavos e arredondamento.
a) 240.540,00 e 11.840,00.
b) 254.040,00 e 21.170,00.
c) 254.040,00 e 12.518,00.
d) 249.130,00 e 14.183,00.
e) 235.630,00 e 13.090,00
17. (VUNESP/São José do Campos/Auditor Fiscal/2015)
A Cia. Industrial América do Norte adquiriu uma máquina para utilização em suas atividades
industriais por R$ 2.700.000,00. O referido imobilizado foi colocado em uso pela companhia no
mês de abril de 2010. A vida útil da máquina, prevista pelo departamento de engenharia da
companhia, foi de 20 anos, com um valor residual estimado em R$ 300.000,00. Os valores da
depreciação foram revistos ao longo do tempo e a vida útil e o valor residual foram mantidos
como corretos. O valor contábil da máquina no Balanço Patrimonial da companhia, levantado
em 31.12.2014, correspondia, em R$, a
a) 1.800.000,00.
b) 1.860.000,00.
c) 2.058.750,00.
d) 2.130.000,00.

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e) 2.025.000,00.
18. (VUNESP/Analista/Urbanismo/SP/2014)
Uma Entidade adquiriu, em julho de 2014, um equipamento para uso nas suas operações
industriais, portanto, para seu ativo imobilizado. As informações referentes à aquisição do
equipamento são:
O equipamento foi financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social BNDES, no valor de R$ 850.000,00;
O valor da obra civil para se colocar a máquina em funcionamento foi de R$
87.000,00;
A vida útil calculada para o bem foi de 8 anos;
O valor residual do bem foi calculado em 5% do valor do equipamento;
O valor do frete foi de 10% do valor do bem;
O valor do ICMS recuperável foi de 17% do valor do bem.
Com base nessas informações, assinale a alternativa que indica o valor de custo do bem a ser
contabilizado, o valor depreciável e a taxa de depreciação, respectivamente.
(A) R$ 848.260,00; R$ 805.847,00 e 12,5%.
(B) 850.000,00; R$ 850.000,00 e 10%.
(C) R$ 877.500,00; R$ 845.000,00 e 12,5%.
(D) R$ 935.000,00; R$ 835.000,00 e 20%.
(E) R$ 1022.000,00; R$ 970.900,00 e 20%.
19. (VUNESP/Auditor/SJRP/2014)
A Cia. Cruzeiro do Norte efetuou o teste de recuperabilidade do valor dos ativos (impairment
test) em uma máquina de seu ativo imobilizado, tendo registrado uma perda de valor de R$
28.000,00. A máquina foi adquirida por R$ 600.000,00. Na ocasião do teste, o percentual de
depreciação acumulada da máquina era de 40% do valor depreciável, e a companhia estimou
o valor justo da máquina em R$ 325.000,00.
À vista do exposto, é correto afirmar que o valor em uso da referida máquina foi estimado pela
companhia como correspondente, em R$, a:
a) 326.000,00
b) 322.000,00.
c) 332.000,00.
d) 330.000,00.
e) 336.000,00.

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20. (VUNESP/SPTrans/Analista de Gestão Pleno/2012)


A contabilização da compra de um veículo, mediante leasing financeiro, no valor de R$
36.000,00, em trinta e seis parcelas fixas mensais de R$ 1.000,00, se dará da seguinte forma:
a) Débito de Veículos Imobilizado Ativo Não Circulante R$ 36.000,00;
Crédito de Financiamento Passivo Circulante R$ 12.000,00;
Crédito de Financiamento Passivo Não Circulante R$ 24.000,00.
b) Débito de Veículos Ativo Circulante R$ 12.000,00;
Débito de Veículos Imobilizado Ativo Não Circulante R$ 24.000,00;
Crédito de Financiamento Passivo Circulante R$ 12.000,00;
Crédito de Financiamento Passivo Não Circulante R$ 24.000,00.
c) Débito de Veículos Imobilizado Ativo Não Circulante R$ 36.000,00;
Crédito de Financiamento Passivo Circulante R$ 36.000,00.
d) Débito de Veículos Ativo Circulante R$ 36.000,00;
Crédito de Financiamento Passivo Circulante R$ 36.000,00.
e) Débito de Veículos Ativo Circulante R$ 36.000,00;
Débito de Veículos Imobilizado Ativo Não Circulante R$ 24.000,00;
Crédito de Financiamento Passivo Não Circulante R$ 36.000,00.
21. (VUNESP/Contador/Louveira/2007)
A diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado será registrada periodicamente nas
contas de:
(A) EXAUSTÃO, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens
físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
(B) AMORTIZAÇÃO, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto
bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência.
(C) DEPRECIAÇÃO, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de
direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício
de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado.
(D) AMORTIZAÇÃO, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de
direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício
de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado.
(E) DEPRECIAÇÃO, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de
direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

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22. (VUNESP/Contador/Desenvolvesp/2014)
U à à à I T L à à à à à à à
adquirir um edifício comercial no centro da cidade onde está instalada sua fábrica.
O pagamento foi feito com 50% a vista e 50% a prazo. Uma vez que esse edifício foi adquirido
com o objetivo de valorização do capital investido, no pressuposto de se apresentar por um
preço de oportunidade, a administração da Indústria resolveu auferir receita adicional com
aluguel do bem. O contrato de aluguel foi gerado na mesma época em que ocorreu a aquisição
do bem. Baseado nessas informações, o lançamento contábil para registro dessa operação
será:
(A) Caixa e Bancos
a Títulos a pagar.
(B) Imobilizado
a Títulos a pagar.
(C) Estoques
a Contas a pagar.
(D) Propriedade para investimentos
a Bancos
a Títulos a pagar.
(E) Investimentos
a bancos.

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24 - GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÕES GABARITO QUESTÕES GABARITO


1 A 12 D
2 E 13 E
3 C 14 C
4 C 15 C
5 E 16 A
6 A 17 D
7 C 18 C
8 A 19 C
9 D 20 A
10 B 21 D
11 C 22 D

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