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CURSO:

REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO

Prof. Wesley Patrick R. Brito

Engenheiro Mecânico

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Sumário
1. Introdução ................................................................................................... 4
2. Princípio básico termodinâmico .................................................................. 5
3. Conhecimentos gerais de máquina de Refrigeração e Ar Condicionado .... 7
3.1. Compressor ........................................................................................... 7
3.2. Serpentina ou radiador .......................................................................... 8
3.3. Turbina, Fan, Cooler, Ventoinha ou Ventilador ..................................... 9
3.4. Refrigeradores .................................................................................... 10
3.4.1. Filtro Secador ............................................................................... 11
3.4.2. Válvula de Serviço Schrader ............................................................ 11
3.4.3. Placa interface .............................................................................. 11
3.4.4. Bobina .......................................................................................... 12
3.4.5. Termostato ................................................................................... 12
3.4.6. Capacitor ...................................................................................... 13
3.4.7. Protetor Térmico ........................................................................... 13
3.4.8. Relê de Partida ............................................................................. 14
3.5. Tipos de ar condicionados .................................................................. 14
3.5.1. Ar Condicionado Duto: .................................................................. 16
3.5.2. Ar Condicionado Janela ................................................................ 16
3.5.3. Ar Condicionado Portátil ............................................................... 16
3.5.4. Ar Condicionado Split Hi-wall / Inverter ........................................ 17
3.5.5. Multisplit ........................................................................................ 17
3.5.6. Split Canto Teto ............................................................................ 18
3.5.7. Split Cassete................................................................................. 18
3.5.8. Split Piso-Teto .............................................................................. 19
3.5.9. VRF .............................................................................................. 19
4. Eletricidade básica .................................................................................... 19
4.1. Corrente (I) .......................................................................................... 20
4.2. Tensão (V ou U) .................................................................................. 20
4.3. Resistência (R) .................................................................................... 21
4.4. Potência (P) ........................................................................................ 22
5. Equipamentos necessários para manutenção de refrigeração e ar
condicionado .................................................................................................... 23
5.1. Equipamento de proteção individual - EPI .......................................... 23
5.2. Manifold............................................................................................... 24

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5.3. Bomba de vácuo ................................................................................. 25
5.5. Gás refrigerante .................................................................................. 27
5.6. Nitrogênio ............................................................................................ 27
5.7. Balança ............................................................................................... 28
5.8. Alicate amperímetro / Multímetro ........................................................ 28
5.9. Escada ................................................................................................ 29
5.10. Ferramentarias................................................................................. 29
5.10.1. Furadeira ................................................................................... 29
5.10.2. Maleta de ferramentas............................................................... 30
5.10.3. Flangeador ................................................................................ 31
5.10.4. Cortador de tubo ....................................................................... 31
5.10.5. Equipamentos de soldagem ...................................................... 31
5.10.6. Fita PVC, fita Silver Tape e tubo isolante térmico antichama .... 32
6. Conhecimento gerais sobre manutenção .................................................. 33
7. Manutenções de refrigeradores e Ar condicionado ................................... 35
7.1 Troca de óleo de compressor ................................................................. 35
7.2. Parte elétrica de partida do compressor.............................................. 36
7.3. Soldagem ............................................................................................ 39
7.4. Dimensionamento de tubo de cobre para ar condicionado ................. 40
7.5. Realizando vácuo no sistema ............................................................. 40
7.6. Calculo de linha, inserção de gás e descobrimento de furos com
nitrogênio em linha ....................................................................................... 42
8. Conclusão ................................................................................................. 48
9. Bibliografia ................................................................................................ 49

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1. Introdução

Este material foi desenvolvido pelo Engenheiro Wesley Patrick R. Brito,


bacharel em engenharia mecânica pelo Centro Universitário do Distrito Federal
– UDF, pós graduando em Engenharia de Segurança do Trabalho pela
Universidade Cruzeiro do Sul – UNICSUL, e pós graduando em Engenharia de
Petróleo e Gás pela Faculdade UNYLEYA, no intuito de auxiliar nos
conhecimentos adquiridos no decorrer deste curso de Refrigeração e Ar
Condicionado.

Esta apostila tem com orientações básicas:

• Princípios termodinâmicos;
• Conhecimento dos componentes de uma máquina de refrigeração;
• Princípios de eletricidade;
• Manutenções em equipamentos de refrigeração.

Possuindo conhecimentos destes tópicos citados acima de forma


proveitosa no decorrer do curso, o aluno estará apto para exercer suas
atividades no ramo de Refrigeração e Ar Condicionado de forma ética e
profissional.

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2. Princípio básico termodinâmico

Para entendermos melhor o funcionamento básico de um funcionamento


de um equipamento de refrigeração e ar condicionado, devemos partir do
princípio termodinâmico, logo temos a primeira lei da termodinâmica no que diz
respeito a conservação de energia.

Olhamos a imagem acima, percebemos que possui um copo com gelo e


líquido, porém sabemos que o gelo com o decorrer do tempo se derrete e fica
homogeneo e totalmente líquido, por quê isso acontece?

Para explicar o porquê disto acontecer devemos primeiramente entender


o que é energia, então temos a definição de energia tudo aquilo que é capaz de
produzir trabalho (movimento, interação entre corpors e etc), como exemplo
temos energia termica (geladeira), quimica (pilha), eolica e etc...

Sabendo o que é energia já podemos explicar o porquê do gelo se derreter


com o passar do tempo dentro de um copo com um líquido. O gelo se derrete
devido uma variação de temperatura entre o ambiente interno e externo, no qual
tenta se igualar e manter um equilibrio termico, ou seja, o gelo tenta ter um
equilibrio com a tempartura externa adjunto com o do liquido (ambiente interno),
logo temos o principio da primeira lei da termodinâmica.

De forma basica destrinxamos a primeira lei da termodinâmica e de forma


facil podemos entender sem que haja uma exemplificação de formulas e etc...,
porém a termodinâmica para entender o funcionamento de uma maquina de
refrigeração e ar condicionado devemos entender a segunda lei da
termodinâmica estudada e desenvolvida pelo físico frânces Sandi Carnot, no que

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diz respeito que para uma máquina termica funcione este tem que desenvolver
trabalho em função do calor distribuido em ciclos entre fonte quente e fonte fria.

Parece confuso a primeira instância, porém com a imagem a baixo


podemos entendermos melhor de forma exemplificada como a segunda lei da
termodinamica funciona.

Na imagem acima temos um funcionamento de uma máquina a vapor de


forma rudimentar e grosseira.

Vemos uma caldeira com agua abaixo de um “forno” que definimos como
Fonte Quente, logo isso a água dentro deste recipiente começa a esquentar e
produzir vapor a alta pressão passando em uma tubulação/cano, este vapor
empurra o pistão para “direita” fazendo girar a roda, logo esse processo define
realização de Trabalho, após girar a roda (trabalho) a alavanca da roda empurra
o pistão para “esquerda” comprimindo o vapor d’água, logo o vapor comprimido
passa pela válvula de saída se refrigerando em um condensador (Fonte Fria)
composto por serpentina de dissipação de calor envolvido em um recipiente com
agua de refrigeração (a grosso modo compare com um radiador de carro), após
a refrigeração do vapor d’agua o mesmo fica liquido retornando para a caldeira
reiniciando o ciclo, então de forma mais exemplificada temos a seguinte imagem.

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3. Conhecimentos gerais de máquina de Refrigeração e Ar
Condicionado

Com a explicação do tópico passado, podemos definir que uma máquina


de refrigeração e ar condicionado funciona em cima da segunda lei da
termodinâmica, partindo da lógica que temos uma Fonte Quente e Fonte Fria.

Porém só isso não podemos definir uma máquina de refrigeração e ar


condicionado, sabemos que esses equipamentos possuem componentes e com
isso podemos explicar e conhecer alguns componentes que são comuns em
ambos equipamentos, logo temos:

3.1. Compressor

O compressor é um equipamento responsável por remanejar gás


refrigerante tanto na entrada após a fonte quente quanto na saída fonte fria, no
qual veremos mais detalhadamente um pouco mais a frente. Neste equipamento
temos óleo e motor elétrico de forma grosseira, de forma detalhada temos a
exemplificação na imagem a seguir.

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3.2. Serpentina ou radiador
É um equipamento responsável tanto por resfriar quanto transferir calor
dependo de sua aplicação, como por exemplo a imagem abaixo.

A imagem da esquerda à direita temos respectivamente serpentina de


refrigeração do ambiente podendo ser de um ar condicionado ou refrigeradores,
e por último a serpentina responsável para dissipar o calor quente conhecida e
apelidada como “grade”, muito comum ter em uma geladeira ou freezer, vale

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salientar que somente isso não resfria o ambiente, logo devemos ter uma turbina
para transferir o seu calor.

3.3. Turbina, Fan, Cooler, Ventoinha ou Ventilador


Como dito no subtópico acima não é somente as serpentinas que é
responsável por transferir calor para o ambiente para isso temos de ter uma
turbina, podendo variar de termos técnicos com isso temos alguns que pode se
referir a mesma coisa como Fan, Cooler, Ventoinha ou Ventilador.

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3.4. Refrigeradores
Geladeira e freezer podem ser considerados um refrigerador, neles temos
um funcionamento muito parecido e comum, podendo ser explicado de forma
única.

Um refrigerador temos além dos explicados nos subtópicos acima:

• Filtro secador;
• Válvula de Serviço Schrader;
• Placa interface;
• Bobina;
• Termostato;
• Capacitor;
• Protetor Térmico (Borne Comum);
• Relê de partida (Borne Marcha e Auxiliar).

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3.4.1. Filtro Secador
O filtro secador é responsável por retirar umidade e sujeiras do ambiente
que possa contaminar o sistema tanto o óleo do compressor ou entupir as
tubulações do sistema, geralmente possui “bolinhas” de sílica e telas filtradores.

3.4.2. Válvula de Serviço Schrader


Esta válvula é extremamente importante e dever possui em todo
compressor, pois sem ele não pode se realizar quais quer tipo de serviço, como
troca e retirada de gás.

3.4.3. Placa interface


Placa interface é a placa que transmite o comando de modo que o usuário
determina quais as condições que ele deseja que a máquina opera, ou seja,
modos de temperatura exemplo como: legumes, gelo rápido e etc. A troca deste
equipamento deve ser consultada de acordo com o modelo e marca.

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3.4.4. Bobina
Esse componente é responsável por realizar a partida do compressor,
portanto a sua explicação também servirá para compressores de ar
condicionado. A bobina ela é composta por 3 terminas bornes C (Comum), S
(Auxiliar, Alta ou Partida) e R (Marcha ou Lento).

3.4.5. Termostato
Termostato é um equipamento eletrônico responsável por mensurar a
temperatura, a grosso modo podemos dizer que ele é o um termômetro do
refrigerador ou até mesmo um ar condicionado, alguns possui um compartimento
de mercúrio liquido se expande e retrai com a variação de temperatura, portanto
é exatamente frágil e deve se manter cuidado ao manuseá-lo, pois além de ser
frágil o mercúrio em contato a pele é cancerígeno e danoso à saúde.

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3.4.6. Capacitor
O capacitor é um componente eletrônico de “resistência” elétrica, pois a
sua função é armazenagem de carga energia que se passa em excesso no
sistema. Este componente tem sua participação na partida do compressor, logo
ele está aplicado junto a bobina do compressor, assim como também relê de
partida e protetor termino que veremos a seguir.

3.4.7. Protetor Térmico


O Protetor térmico é um componente elétrico que tem sua função adjunto
a bobina (Borne comum) desligar o compressor caso haja excesso de corrente,
ou seja, é um equipamento que mantem a integridade do sistema elétrico do
compressor.

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3.4.8. Relê de Partida
É um equipamento eletrônico responsável por realizar a partida do
compressor através de um pequeno curto em fase com os bornes de Marcha e
Auxiliar da bobina do compressor, logo eles são ligados nestes bornes.

3.5. Tipos de ar condicionados


Podemos dizer que o ar condicionado é uma aplicação direta de uma
máquina refrigeradora em um ambiente externo seja com pessoas ou objetos,
como por exemplo clinicas, supermercados, escritórios, oficinas de precisão
(motores importados) e etc.

O Ar condicionado possui uma unidade externa chamada de


condensadora responsável por jogar o ar quente fora, no qual esse ar quente é
o ar retirado do local que está sendo refrigerado (calor da unidade interna) como
por exemplo uma sala de escritório, e uma unidade interna chamada de
evaporadas que é responsável por resfriar o local que no caso de nosso
exemplo é a sala de escritório.

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O seu funcionamento pode ser exemplificado pela imagem a seguir.

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3.5.1. Ar Condicionado Duto:
São comumente utilizados em ambientes industriais em longa escala
onde o seu ambiente possui um padrão de temperatura a ser monitorada.

3.5.2. Ar Condicionado Janela


Foram uns dos primeiros tipos de ar condicionado inventado e sua
aplicação era e é comumente em áreas residenciais e escritórios, trata-se de um
ar condicionado “único”, ou seja, evaporador e condensador em um só
equipamento, logo o rendimento térmico é relativamente inferior aos demais
tipos, pois há conflito de temperatura do ambiente a ser resfriado com o
equipamento em si, com isso esse equipamento é considerado um “custo
benefícios” devido seu preço inferior aos concorrentes de outras categorias.

3.5.3. Ar Condicionado Portátil


Devido a comodidade e conforto em alguns ambientes no qual os usuários
dispõem de reforma de seu ambiente, o mercado inovou no seguimento de ar
condicionados portáteis, um utensílio praticamente recente com uma eficiência

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térmica parecida com o ar condicionado de janela. O Princípio térmicos deste
equipamento é parecido com o ar condicionado de janela.

3.5.4. Ar Condicionado Split Hi-wall / Inverter


É comumente usado devido sua “praticidade” e preço, possui uma
eficiência térmica superior alguns modelos concorrentes de outra categoria, pois
possui unidade externa e interna separadas.

3.5.5. Multisplit
Este equipamento não difere dos demais considerado categoria Split, a
sua atenção se deve ao fato de sua unidade externa que possui mais de uma
entrada para as unidades interna, ou seja, a grosso modo pode colocar mais de
um ar condicionado evaporador em uma só condensadora, pois o mesmo possui
vários conectores de linha.

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3.5.6. Split Canto Teto
Este equipamento é peculiar, de aplicação rara no Brasil, porém devemos
citar aqui, pois é uma das categorias de ar condicionado, no qual é instalado no
teto assim como o modelo Cassete, porem de quina entre paredes de angulação
de 90 graus.

3.5.7. Split Cassete


Os equipamentos do tipo cassete são de aplicação em um ambiente
relativamente grande, pois o seu alcance e potência é superior à de um Hi-wall,
a sua instalação é no teto e geralmente no meio do ambiente a ser resfriado.

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3.5.8. Split Piso-Teto
Esse equipamento é semelhante a um hi-wall porem sua eficiência é
melhor, sua instalação vai na parede adjunto ao teto, por isso a denominação
piso-teto.

3.5.9. VRF
Os modelos VRF é semelhante ao um multisplit, porém a sua condensadora é
diferente e com maior potência.

4. Eletricidade básica
Para entendermos melhor as mensurações e até mesmo atuar na área de
manutenção devemos entender como funciona o princípio básico de eletricidade
chamada de lei de Ohms, isto devemos saber e entender o que é corrente (I),
tensão (V), resistência (R) e Potência (P).

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4.1. Corrente (I)
Corrente um fluxo de carga elétrica ordenada em um sentido especifico
em um condutor elétrico (fio) de origem positivo ao negativo (terra), ou seja, a
corrente de início de partida e termino, podendo ser continua (DC) ou
alternada/direcional (AC). E sua unidade é dada em Ampére representada por
A.

4.2. Tensão (V ou U)
Tensão é a diferença ou variação de potencial entre dois pontos ou polos
sendo positivo e negativo, sua unidade é dada em Volts representada por V ou

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U. Por curiosidade temos no brasil quatro tipos de tensões que no caso é
monofásico 110 Volts e 220 Volts designados para equipamentos eletrônicos
comuns, e trifásico 220 Volts e 380 Volts designados para equipamentos de alta
tensão geralmente industriais e de grande escala.

4.3. Resistência (R)


Como o próprio nome diz resistência é a capacidade de suportar uma
carga elétrica basicamente uma corrente elétrica, afim de não deixar que
estrangule o sistema elétrico, fazendo o queimar ou até mesmo ocasionar um
curto circuito. Para entender melhor, imagine uma seringa de injeção hospitalar,
essa seringa possui uma ponta em formato de um funil, logo isso seria uma
redução correto? Essa redução seria basicamente a resistência da seringa, pois
assim que você empurra o êmbolo da seringa com a finalidade de espirrar o
conteúdo (liquido) de forma ignorantemente bruta, logicamente terá uma certa
dificuldade de empurrar o liquido sem que haja uma pressão maior do que a
superada pela resistência.

Entendendo melhor esse exemplo conseguimos entender qual o


propósito da resistência elétrica, no qual possui uma finalidade semelhante,
porém na aplicação elétrica de superar e reduzir a quantidade de corrente
elétrica passada, logo essa superação é dada em Ohms representada por Ω.

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Em resistências continuas no diagrama realizamos as somas dos valores
dada em Ohms, como por exemplo a imagem a seguir.

Já em resistências paralelas no diagrama colocamos 1 sobre a relação de


número total de resistores dividido pelo valor de cada resistência como por
exemplo a imagem a baixo.

4.4. Potência (P)


Potência e a relação do trabalho realizado em função de um tempo, por
isso a potência é dada em função de tempo seja segundo, minutos ou horas. A
potência é dada em Watts representada por W ou em BTU, onde 1 BTU é
equivalente a 0,29 W.

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5. Equipamentos necessários para manutenção de refrigeração e ar
condicionado
Sabemos que sem ferramentaria torna-se quase impossível realizar
qualquer tipo de manutenção independentemente do tipo de equipamento, logo
isso não vai ser diferente no ramo de refrigeração e ar condicionado, no qual
temos por exemplo: alicate amperímetro, multímetro, manifold, vacuômetro,
balança, bomba de vácuo, flangeador, dobrador de tubo e etc., que são
extremamente importantes para a manutenção, pois sem eles você não realiza
os serviços.

5.1. Equipamento de proteção individual - EPI


A sua segurança deve ser analisada sempre em primeiro lugar, portanto
sempre que possível utilize o EPI na aplicação do tipo de serviço, sendo
obrigatório a empresa oferecer e também é o dever do profissional exigir estes
equipamentos, mas de forma branda podemos citar como obrigatório os
seguintes equipamentos:

• Bota de segurança;
• Capacete de proteção;
• Cinto talabarte ao utilizar uma escada;
• Luva de alta temperatura ao utilizar tocha maçarico;
• Máscara de gás ao manipular gás refrigerante no sistema;
• Óculos de proteção.

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5.2. Manifold
Manifold é uma ferramenta responsável por mensurar (medir) a pressão
exercida em um sistema de refrigeração, demostra valores em seus manômetros
de alta e baixa pressão, e executar serviços na saída de “serviço” sendo possível
realizar nas duas saídas existentes em sua extremidade, respectivamente na
imagem a seguir da esquerda à direita schrader de baixa, scharder de serviço,
schrader de alta. Sendo que no manômetro de baixa pressão é capaz de
identificar um vácuo no sistema, visto que a escala dele varia de zero ao positivo
ou negativo.

Manômetro é um relógio que mensura/medi qualquer variação de pressão


em um determinado trecho possível a ser colocado, seja de forma positiva ou

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negativa, no qual as unidades de pressão comumente usadas são em PSI que
é lbf/in² (libra forca por polegada ao quadrado) ou kgf/cm² (quilograma forca por
centímetro quadrado).

A diferença dos dois é que PSI é na unidade americana utilizadas por


alguns países como (Estados Unidos da América, Canadá, Japão e outros
países de colônia dos Estados Unidos da América), já a unidades kgf/cm² é
comumente usada como sistema internacional ou seja os demais países por
grande maioria do continente europeu e asiáticos e américa latina utiliza este
sistema, porém no ramo de refrigeração de ar condicionado utilizaremos PSI. O
valor de 1 PSI é equivalente a 0,07 kgf/cm², ou seja, divida 1 PSI por 14,223 que
dará o resultado em kgf/cm², já para dar o resultado inverso, ou seja, kgf/cm²
para PSI basta multiplicar por 14,223.

5.3. Bomba de vácuo


Bomba de vácuo é um equipamento extremamente importante pra realizar
a limpeza dos dutos da máquina de refrigeração sendo elas, impurezas
provenientes do gás refrigerante e umidade do sistema. Este equipamento há de
realizar manutenções preventivas e preditivas periódicas no que diz respeito a

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sua troca de óleo, portanto ficar atento ao seu nível de óleo. Alguns modelos de
bomba de vácuo possui um Schrader para colocar de forma opcional um
manômetro denominado vacuômetro.

5.4. Vacuômetro

Vacuômetro é um equipamento opcional para um técnico de refrigeração,


porém não deixa de ser extremamente útil para ter um serviço de excelência,
visto que esse equipamento monitora o vácuo no sistema em relação a um tempo
determinado, podendo ser digital que por grande maioria é dada pela unidade
Microns de mercúrio, ou analógico que é dado pela unidade mbar (Milibar).

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5.5. Gás refrigerante
O gás refrigerante é um fluido responsável por realizar o resfriamento caso
seja induzido por alta pressão em uma tubulação, ou seja, sem fluido refrigerante
no sistema não há como o equipamento resfriar o ambiente da unidade interna.
Os gases comumente usados são:

Ar Condicionado Refrigeradores
410 A 134 A
R 22 R 12
Lembrando por se tratar de um Gás evite trabalhar em espaço confinado
e sempre utilize o EPI adequado.

5.6. Nitrogênio
O nitrogênio é responsável por identificar possíveis fugas de gás, portanto
a sua aplicação varia diante suspeita ou certeza de fugas e deve ser colocado
no sistema sem que haja fluido refrigerante, após o vácuo do sistema. Utilizar
sempre o EPI.

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5.7. Balança
Para inserção de gás é possível realizar sem o uso de uma balança,
porém para um maior controle de qualidade e até mesmo monitoramento de seu
fluido refrigerante, a balança torna imprescindível neste tipo de “manutenção”,
visto que os fluidos refrigerantes vem armazenados em gramas, unidade de
medida de peso, logo os fabricantes de refrigeradores determinam em sua
etiqueta quantas gramas e qual modelo de gás deve ser colocado no sistema de
refrigeração.

5.8. Alicate amperímetro / Multímetro


Alicante amperímetro ou multímetro é importante para monitorar a
integridade do funcionamento dos componentes eletrônicos do refrigerador,
sendo mais usual utilizar o alicate amperímetro devido sua praticidade
dispensando conectores “manuais” de fase e terra durante sua medição.

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5.9. Escada
Por mais obvio que pareça a escada é importante para realizar serviços
em altura especialmente ar condicionado, portanto a escolha e o uso de uma
escada de qualidade que atenda as exigências e normas é extremamente
importante em seu serviço.

5.10. Ferramentarias
Ferramentarias é indispensável em qualquer manutenção como dito em
um tópico passado, com isso abordaremos as ferramentas mais usuais e uteis
para realizar qualquer tipo de serviço no ramo de refrigeração e ar condicionado.

5.10.1. Furadeira
Furadeira é tão importante quanto, devido a necessidade de fazer furos
para colocação de buchas e ate mesmo furos para passar as linhas (tubulação)
de um ar condicionado, porém para realizar furos necessitamos de brocas e
serra copo (furos maiores).

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5.10.2. Maleta de ferramentas
Maleta de ferramentas torna-se viável além de manter as ferramentas
existentes no kit de forma organizada possui o básico necessário para uma
instalação de ar condicionado, com isso temos as ferramentas básicas
obrigatórias:

• Alicate de pressão (opcional);


• Alicate universal;
• Chave allen;
• Chave do tipo fenda.
• Chave do tipo Philips;
• Chave inglesa ou grifo;
• Chave inglesa;
• Estilete;
• Fita isolante;
• Kit de chave de boca;
• Lanterna (opcional);
• Martelo;
• Nível;
• Serra de mão (opcional);
• Trena manual.

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5.10.3. Flangeador
Flangeador é uma ferramenta que é responsável por alargar uma
tubulação pra adaptações, emendas ou facilitar uma soldagem. Este
equipamento possui a unidade alargadora/flangeador e uma morsa/torno que é
o compartimento que acopla a tubulação.

5.10.4. Cortador de tubo


O cortador de tubo é uma ferramenta que realiza o corte da tubulação em
etapas de forma uniforme de acordo com a pressão, este equipamento deve ser
manuseado com cautela e paciência, visto que se aplicar muita pressão pode
acabar tirando o fio de corte (“cegar”) do disco cortador.

5.10.5. Equipamentos de soldagem


Para um serviço “rápido” e de soldagem, utiliza-se:

• Maçarico: Responsável por derreter a solda;

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• Fluxo de solda: Responsável por aderir a solda na tubulação,
portanto deve ser passada tanto na vareta de solda quanto na área
da tubulação a ser soldada;

• Vareta de solda foscoper: Essa vareta é o que derrete e une de


forma homogênea na tubulação, esta vareta pode ser do tipo para
alumínio, cobre e ferro.

5.10.6. Fita PVC, fita Silver Tape e tubo isolante térmico antichama
Todo tipo de instalação de ar condicionado deve possuir fita PVC, fita
Silver tape e tubo isolante térmico antichama, para acabamento e integridade do
sistema linha de um ar condicionado.

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6. Conhecimento gerais sobre manutenção
Agora que conhecemos o funcionamento, tipos de maquinas de
refrigeração e ferramentas, devemos saber diante tudo os tipos de manutenções
e o que é OS.

Atualmente temos três tipos de manutenções independente de área a ser


trabalhada, ou seja, essas definições são aplicadas de forma geral, logo temos:

• Manutenção Preventiva: É uma manutenção planejada do tipo que


visa prever e aumentar o tempo de vida útil de um equipamento e
evitar danos. Exemplo: Limpeza de um ar condicionado ou
refrigerador.
• Manutenção Preditiva: Também é uma manutenção planejada,
porém visa predizer/programar uma manutenção futura a ser
realizada afim de manter a integridade do equipamento e aumentar
a vida útil. Exemplo: Troca do gás refrigerante de um refrigerador,
após um período de uso previsto pelo manual do equipamento.
• Manutenção Corretiva: Essa manutenção pode ser planejada ou
não planejada, no qual visa reparar ou trocar um componente
estragado. A manutenção planejada é quando possui ciência do
equipamento e já está programado a troca, pois, essa peça ou
equipamento tem de ser usado até sua vida útil. Já a manutenção
não planejada é aquela que se desconhece o motivo e razão e de
forma repentina podendo não ser programado esse tipo de
manutenção. Exemplo: Compressor fadigado após uso de óleo
gasto, necessário fazer a troca por um compressor novo, porém
para ter chegado nessa conclusão foi preciso tempo, pois o

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compressor apresentava funcionamento, mas não tinha
desempenho padrão.

Sem uma OS fica difícil ter um monitoramento e controle do que será feito,
uma OS significa Ordem de Serviço, neste possui um documento relatando o
que será feito, quem, e algumas vezes pode haver uma justificativa.

Geralmente as OS são em função do PMOC (Plano de Manutenção,


Operação e Controle) prevista por um Engenheiro Responsável, o PMOC por
sua vez está entrelaçado com uma ART (Anotação de responsabilidade técnica),
logo as responsabilidades de qualquer serviço realizado por um auxiliar ou
técnico de refrigeração está nas “mãos” de um engenheiro responsável, com isso
qualquer erro ou acidente a princípio quem responderá pelo seus atos é o
engenheiro responsável pela obra/serviço.

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7. Manutenções de refrigeradores e Ar condicionado

7.1 Troca de óleo de compressor


Sabemos que o compressor possui um motor, componentes eletrônicos e
armazenamento de óleo, e por possuir óleo é importante realizar a troca de seu
óleo conforme o manual prescreve, ficamos atentos que óleo de compressor é
diferente dos automotivos, portanto, adquira sempre o óleo especifico para
compressores.

Para retirar o óleo basta tombar o compressor para o lado em que há a


entrada da tubulação de baixa pressão, em um recipiente de preferência um
copo de medida despejar todo o óleo gasto para saber a medida. Dica: Pela cor
do óleo dá para condenar um compressor, caso o compressor demostre um oléo
retirado na cor cinza escuro próximo a cor de grafite, este compressor estará
gasto, logo fazer a troca do compressor. Óleo normalmente gasto possui uma
cor esverdeada, logo é viável a troca do óleo por um novo respeitando a
indicação do tipo de óleo para aquele tipo de compressor.

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Para colocar um novo óleo no compressor basta colocar o óleo especifico
de acordo com a medida do antigo óleo, recomenda compensar um pouco a mais
a medida do óleo, visto que o antigo óleo foi gasto com isso diminui um pouco
seu nível. Após colocar o óleo novo recipiente conecte a mangueira do manifold
de baixa na válvula de serviço do compressor, e a mangueira de serviço do
manifold no recipiente, logo ligue o compressor, abra a válvula do manifold de
baixa e espere ele sugar todo o óleo, após isso feche a válvula do manifold de
baixa e retire a mangueira da válvula de serviço do compressor, finalizando
assim o serviço de troca de óleo.

7.2. Parte elétrica de partida do compressor


Sabemos que o compressor é um motor, e assim como qualquer motor
necessita de partida para estar funcionando correto? Com o compresso não seria
diferente, logo os responsáveis pela partida do compressor será:

• Relê de partida;
• Protetor térmico;
• Bobina.

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Tendo em mente o conhecimento básico de que cada componente faz,
visto nos tópicos anterior, podemos então entender o seguinte esquema de
ligação de partida.

Notamos que é praticamente simples, desde que ligue com atenção os


componentes eletrônicos e utilize o EPI correto. A partida de forma teórica
acontece quando há um pequeno curto entre os bornes de marcha (M) e auxiliar
(A), e o rele de partida é responsável justamente por este efeito. Para sabermos
qual é os bornes de marcha, auxiliar e comum, primeiramente é necessário
realizar medições de corrente nos bornes com um multímetro.

Partindo disso o comum sempre será o borne da extremidade, seja pra


cima ou para baixo, porém como queremos dinamismo didático iremos
desconsiderar isso por enquanto, logo teremos medidas do gênero:

Verifique se há continuidade de corrente Ampére é diferente de zero entre


os terminais da bobina comum e principal (CP), comum e auxiliar (CA) e entre a
bobina principal e auxiliar (PA). A resistência do borne auxiliar deverá ser maior
do que a de marcha, e a resistência entre os bornes A e P deverá ser o somatório
das duas.

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Para saber se a bobina do compressor está queimada basta, colocar um
terminal do multímetro na carcaça sem tinta do compressor e o outro em todos
os bornes um por um, no teste de continuidade símbolo de sinal sonoro ●<)))
caso apresente um bipe significa que a bobina está em curto (continuidade de
corrente), logo será necessário repor outro compressor.

Para fazer teste em um capacitor basta realizar teste de resistência Ohms,


se o valor diminuir e logo após aumentar o valor, o capacitor está funcionando
perfeitamente, fora deste padrão citado necessário trocar de capacito, pois está
em curto.

Para fazer teste em um compressor térmico, basta realizar teste de


continuidade entre os terminais de contato, caso não apresente bip, realizar a
troca.

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7.3. Soldagem
A soldagem torna necessário quando há de realizar trocas de válvula
Schrader, filtro secador, emendas ou reparados em tubulações.

Antes de soldar qualquer superfície, verifique se há ventilação e sistema


de combate a incêndio (extintores, mangueiras e etc.), evite trabalhar em espaço
confinado, pois qualquer centelha é explosão eminente. Portanto trabalhe em um
local arejado e com EPI, relate que estará trabalhando com um equipamento de
solda e que não o distraia ao realizar uma soldagem, evitando assim possíveis
riscos de acidente, qualquer incerteza pare o que está fazendo imediatamente.

Para realizar uma solda basta realizar os seguintes passo:

i. Selecione a zona de contato. Exemplo: 2 tubos face a face.


ii. Passe fluxo suficiente que cubra a possível zona de contato entre
as duas superfícies;
iii. Libere o fluxo de gás do maçarico, assim que você perceber que
há passagem de gás (irá fazer um barulho) ligue a centelha
automática ou um isqueiro.
iv. Controle a tocha do maçarico, tocha de cor verde significa que há
pouca passagem de gás havendo risco de explosão pois a tocha
ira aquece o cilindro de gás, tocha de cor laranja significa que
possui muita passagem de gás a tendência é esquentar o bico do
maçarico podendo até fundi-lo, já a tocha de cor azul é o ideal para
se trabalhar, pois não há excesso ou falta de gás.
v. Nunca coloque a tocha do maçarico muito próximo a área de
contato, pois poderá ocorre risco de explosão devido o vácuo que
possa causar no maçarico, o mesmo irá fazer um barulho de falha
de tocha. O ideal é manter sempre a ponta da tocha/chama na face,
ou seja, a tocha ela faz um “desenho” em formato característico de
“ponta” no final de sua chama.
vi. Aproxime a tocha/chama na superfície com fluxo de solda
respeitando as orientações acima;
vii. Nunca deixe a tubulação ficar totalmente vermelha brasa, pois há
risco de derreter.

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viii. Após perceber que o fluxo derreteu um pouco, aproxime a vareta
foscoper junto a face/área a ser soldada, espere até que a vareta
se dilua e derreta. Coloque uma porção generosa de solda na área
em forma de liquido, retire a vareta lentamente sem que se
solidifique e grude na área.
ix. Após isso remaneje com a tocha/chama a poça de solda fazendo
com que se espalhe melhor na zona de soldagem.

7.4. Dimensionamento de tubo de cobre para ar condicionado


Antes de instalar um equipamento é necessário ler o manual do fabricante,
nele contem todos os detalhes técnicos e dentre eles é o tipo e o tamanho da
tubulação recomendada, mas usualmente são utilizados tubo de cobre de ½” e
1/8”.

Sabendo das medidas da tubulação é necessário medir o local aonde será


colocado o ar condicionado, dependendo do tipo de equipamento o fabricante
determinará o mínimo de tubo de cobre a ser utilizado denominado linha.

7.5. Realizando vácuo no sistema


Como discutido no tópico a respeito da bomba a vácuo, é uma ferramenta
importante para eliminar impureza e a umidade do sistema. Esse processo é
obrigatório de se realizar toda ordem de serviço que há reposição de gás ou
descobrimento de vazamento de gás.

Com isso é necessário um manifold para utilizar sua mangueira de serviço


do manifold, logo o mesmo tenha de ser conectado na bomba de vácuo, no qual

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a mangueira de baixa do manifold seja conectada na válvula Schrader de serviço
do equipamento condensadora ou compressor de um refrigerador. Verifique que
a válvula de alta e baixo do manifold estejam totalmente fechada, evitando fuga
de gás.

Passos a se seguir para realizar o vácuo no sistema:

i. Se for em uma condensadora de ar condicionado, verifique com


antes de colocar o manifold, com uma chave allen se o sistema
está totalmente fechado tanto a de alta quanta a de baixa pressão;
(os procedimentos são iguais à para ar condicionado ou
refrigerador, a seguir)
ii. Conecte a mangueira de baixa pressão do manifold na válvula de
serviço do equipamento evaporador ou compressor e verifique se
as válvulas do manifold estão fechadas;

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iii. Desligue a unidade externa condensadora ou o refrigerador, e ligue
a bomba de vácuo;
iv. Espere 1 minuto e libere as válvulas fechadas do manifold e as
válvulas de baixa e alta do equipamento ar condicionado (se este
for o caso);
v. Espere o tempo estipulado entre 30 minutos a 24 horas (ao seu
critério).
vi. Após este tempo feche a válvula somente do manifold e desligue o
equipamento;
vii. Marque o valor apontado pelo manômetro do manifold de baixa
pressão ou vacuômetro e espere um tempo de no mínimo 30
minutos.
viii. Após isso, caso o valor apontado pelo manômetro do manifold seja
0 ou no vacuômetro seja maior que 1000 microns, seu sistema está
com fuga de gás (possíveis furos), no qual é necessário reparos, é
possível identificar as fugas colocando nitrogênio no sistema. Caso
o valor apontado pelo manômetro do manifold seja a mesma ou
possua uma variação mínima, e no vacuômetro (se utilizar) um
número menor que 500 microns, o seu sistema está intacto
totalmente integro, sem possíveis furos, podendo executar o
próximo passo que é a inserção de gás refrigerante.

7.6. Calculo de linha, inserção de gás e descobrimento de furos com


nitrogênio em linha
Sabemos a importância de ler o manual do equipamento, mas caso haja
a ausência de um manual é possível saber o tipo de gás, quantidade e sua
condição de operação através da etiqueta de normalidade, colado na unidade
externa / condensadora, como por exemplo na imagem a seguir.

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Fazendo uma análise didática somente olhando as unidades
conseguimos identificar os dados importantes como por exemplo sua Potência
(3620 W/h), tipo de gás (R-22) e sua quantidade (2.100 g), corrente de
funcionamento (16,5 A), Tensão suportada (220 V) e o modelo caso haja a
necessidade de reposição de peça (RB1CT36AC2BC).

Suponhamos que o manual deste equipamento descreve que o mínimo


de linha seja equivalente a 2 metros e que a cada metro excedente seja
acrescentado 120 gramas de fluido refrigerante, e que nós temos uma instalação
de uma unidade interna evaporadora a 40 metros de distância da nossa unidade
externa condensadora. Sabemos que a carga mínima é de 2.100 gramas, logo
deduzimos que esse valor é equivalente à 2 metros, porém há os metros
excedentes:

𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑥𝑐𝑒𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 = 40 𝑚 − 2 𝑚

𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑥𝑐𝑒𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 = 38 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠

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Também sabemos que a cada metro excedente temos de acrescentar 120
gramas, logos temos de multiplicar o valor:

𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑔á𝑠 𝑒𝑚 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑒𝑥𝑐𝑒𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 = 38 𝑚 × 120 𝑔

𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑔á𝑠 𝑒𝑚 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑒𝑥𝑐𝑒𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 = 4.560 𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜

Logo teremos que somar os valores de gás mínimo e gás excedente,

𝐺á𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑖𝑛𝑠𝑒𝑟𝑖𝑑𝑜 = 2.100 𝑔𝑔á𝑠 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑜 + 4.560 𝑔𝑔á𝑠 𝑒𝑥𝑐𝑒𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒

𝐺á𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑖𝑛𝑠𝑒𝑟𝑖𝑑𝑜 = 6.660 𝑔

Sabendo do total de gás a ser inserido no sistema, podemos posicionar


os equipamentos no posto de trabalho, após o vácuo do sistema. Para sistema
de refrigeração simples, seguimos a imagem seguir.

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Já em sistema de ar condicionado unidade externa condensadora
seguimos a imagem a seguir.

Observado bem as imagens podemos ter uma noção de como posicionar


o equipamento, logo seguiremos essas recomendações:

i. Verifique se todas as válvulas do manifold estão fechadas e que as


válvulas da unidade externa estejam abertas (se for o caso);
ii. Coloque o cilindro de gás em uma balança (se possuir) e marque
o referencial, caso seja uma balança que não possua a função
TARA (zerar), subtraia o valor total do cilindro mostrado na balança
com o valor que deva ser inserido no sistema;
iii. Conecte a mangueira de baixa do manifold na válvula de serviço
Schrader do equipamento e em seguida conecte a mangueira de
serviço do manifold no cilindro de gás refrigerante a se utilizar;
iv. Realize a sangria do gás a ser inserido, desrosqueando levemente
a mangueira de baixa do manifold na parte superior do
equipamento até que se escute a passagem de gás refrigerante na
mangueira e conecte novamente no manifold;
v. Ligue o equipamento refrigeradora ou ar condicionado, e após 1
minuto de funcionamento libere a válvula do manifold de baixa
lentamente, pois se abrir de forma grosseira pode congelar a

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tubulação devido a alta pressão do gás em sua saída. Tente manter
no manômetro entre 15 a 20 PSI, caso não possua uma balança.
Na balança tente manter um fluxo entre baixo até que atinja o valor
estipulador. Se necessário abre e feche as válvulas cronicamente,
ao perceber um resfriamento da mangueira exageradamente.
vi. Após a inserção de carga de gás feche todas as válvulas tanto do
manifold quanto da unidade externa (se for o caso);
vii. Retire os equipamentos utilizados em ordem, manifold do
compressor, manifold do gás refrigerante, gás refrigerante da
balança;
viii. Após a retirada dos equipamentos liberar a válvula da unidade
externa (se for o caso).

Vimos uma operação normal de inserção de gás, mas caso haja detectado
uma fuga no processo de vácuo o que deveremos fazer?

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A princípio o gás utilizado será nitrogênio ao invés de gás refrigerante, no
qual esse procedimento só deve ser iniciado com equipamento desligado, logo
os procedimentos são:

i. Verificar se o equipamento esteja desligado seja geladeira ou ar


condicionado, caso seja um ar condicionado verificar se as válvulas
da unidade externa estejam todas abertas/aliviadas;
ii. Utilizar o manifold, caso o cilindro com nitrogênio não possuir
manômetro de inspeção de pressão utilizar a mangueira de alta
pressão no qual irá na válvula Schrader no equipamento
condensadora e a mangueira de serviço no cilindro de nitrogênio;
iii. Verificar a inserção de gás de nitrogênio de forma cuidadosa e
moderada nunca aceder 50 PSI;
iv. De forma pausada verificar se há formação de bolhas, caso seja
provada esse é o local de fuga;
v. Marcar com uma caneta ou punção o local de manutenção;
vi. Após a marcação dos locais, realizar o vácuo do sistema
novamente, afim de retirar todo nitrogênio em linha;
vii. Logo após a retirada do nitrogênio realizar a manutenção do local
marcado;
viii. Adiante realizar o vácuo novamente para averiguar se realmente
sanou o problema de fuga de gás.

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8. Conclusão

Diante todos os procedimentos ensinados adjunto a teoria aprendida e


aplicada em sala de aula, conclui-se que o profissional matriculado após o
termino do curso estará totalmente apto a exercer com profissionalismo a área
de manutenção de refrigeradores e ar condicionado.

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9. Bibliografia

Link:<http://oleomontreal.com.br/site/conteudo/29-qual-o-oleo-compativel-
com-cada-fluido-refriger.html>, acessado em setembro de 2019.

Link:<http://www.portaldoeletrodomestico.com.br/curso_refrigeracao_rote
iro_teste_componentes.htm>, acessado em setembro de 2019.

Link:<https://blog.eletrofrigor.com.br/cuidado-fluido-refrigerante/>,
acessado em setembro de 2019.

Link:<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4444130/mod_resource/con
tent/1/Aula4evaporador2018.pdf>, acessado em setembro de 2019

Link:<https://pt.wikihow.com/Calcular-Resist%C3%AAncias-em-
S%C3%A9rie-e-em-Paralelo>, acessado em setembro de 2019.

Link:<https://www.blog.auvo.com/post/manutencao-preditiva-preventiva-e-
corretiva>, acessado em setembro de 2019.

Link:<https://www.youtube.com/watch?v=sHyoQoLI-pY&t=81s>, acessado
em setembro de 2019.

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