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ATIVIDADE DE ESTÁGIO PARA: ENSINO INFANTIL

Nome: Sandra Aparecida Santos Silva


RA 1972565
Polo Capão Redondo
Modalidade Ensino Infantil

Entrevista com a professora do Ensino Infantil


Diante desta pandemia realizei a entrevista pelo aplicativo.
No dia vinte e três de novembro de dois mil e vinte conversamos e pude
conhecer um pouco desta profissional.
Rosângela Ferreira dos Santos formada pela UNISA e tem dois filhos.
Desde criança tinha um sonho de ser educadora profissional. Aos 15 anos iniciou
em sua casa, aulas de reforço. Pela manhã crianças até 6 anos e a tarde de 7 a
11 anos. Aos 20 casou-se e teve seu primeiro filho e a vontade de estudar e se
formar ainda existia em seu coração. Com muitos desafios conseguiu se
matricular na pedagogia e conquistou um estágio remunerado na Prefeitura de
Itapecerica da Serra. Estagiou no Centro de Referência a Assistência Social
(CRAS), Ensino Fundamental, Ensino Infantil onde se identificou. Em 2013
prestou concurso e assumiu o cardo de Auxiliar de Desenvolvimento Infantil
(ADI). E junto com mais uma ADI assumiu uma sala de 20 crianças de 2 e 3
anos. Planejamentos, diários, relatórios, ministrar aulas já faziam parte de sua
rotina. Em 2018, já Professora, assumiu uma sala com alunos de 3 e 4 anos. Em
2020 uma sala com 17 alunos de 1 ano e meses a 2 anos.
No período da pandemia utilizou o aplicativo whatsapp onde conseguiu
garantir durante um bom tempo o retorno de 12 alunos. Porém com o desânimo
dos pais em repassar as atividades às crianças, a equipe escolar decidiu postar
somente duas atividades semanais. Atividades simples e de fácil entendimento.
Infelizmente não houve muito retorno, porém Rosângela não deixa de postar
suas atividades com carinho, dedicação e profissionalismo.
Informar a população sobre os riscos à saúde apresentados pela COVID-
19 é tão importante quanto outras medidas de proteção. Informações precisas e
confiáveis permitem que pessoas tomem decisões conscientes e adotem
comportamentos positivos para proteger a si e seus entes queridos de doenças
como a causada pelo novo coronavírus. Informações baseadas em evidências
são a melhor vacina contra os boatos e a desinformação.
Na educação infantil, as crianças são estimuladas - através de atividades
lúdicas, brincadeiras e jogos - a exercitar as suas capacidades e potencialidades
emocionais, sociais, físicas, motoras, cognitivas e a fazer exploração,
experimentação e descobertas. A ação do professor é em prol do processo de
aprendizagem dos alunos, além de trabalhar questões relacionados aos valores
sociais e éticos. Não é nada simples para os pais assumirem este papel. Mas
com inteligência emocional iremos levando 2020 e carregando para 2021 o lado
bom de tudo isso.
Estávamos ciente que a reviravolta de alguns pais não aceitar as aulas á
distância se dava pela surpresa da situação. Não imaginávamos passar por um
ano tão turbulento com um vírus perigoso e devastador.
Quando sentimos o que o outro sente, despertamos nosso lado mais
altruísta, nosso lado menos egoísta. E esse momento de crise sanitária pede
muita empatia. Empatia com quem não tem uma casa com a infraestrutura para
fazer o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde,
empatia com quem está sem dinheiro para comer, empatia com os
profissionais de saúde na linha de frente da pandemia, empatia com os
professores, que estão dando o máximo para manter crianças e jovens
estudando, apesar do fechamento das escolas.

“Muitas vezes a gente se esquece do ser humano que esta por trás do
educador, daquele profissional que está tendo que se reinventar,
virar videomaker, especialista em lives, chats, … , tudo isso além do seu papel
original de construir conhecimento com seus alunos. Empatia é a base para
construirmos uma sociedade melhor e por isso empatia por quem educa é
crucial nesta nova era”

A região onde a maioria das crianças moram são de situação precária.


Muitos dos pais precisam do horário que as crianças estão na escola para
trabalhar e não ter mais a despesa de pagar uma pessoa para cuidar do filho. E
até mesmo os casos em que eles estariam sendo alimentados, fazendo as três
refeições do dia, sem correr o risco de estar em casa e chegar ao triste fato de
não terem o que comer.
Várias eram as dificuldades e necessidades dessas crianças precisarem
estar na escola. Mas enfim, ninguém espera o que estava por vir e nem entender
a gravidade dos fatos.
Por algumas vezes fomos destratadas por alguns pais revoltados e que
realmente não aceitou cooperar e ajustar a esse período de aulas á distância.
Tivemos que nos organizar, habituar e realizar o melhor para continuarmos um
relacionamento em que o foco era estimular e acompanhar nossas crianças o
máximo que fosse possível.
Além do tempo de pandemia, estávamos também em ano eleitoral que
dificulta e pouco ajuda. Além dos diversos problemas burocráticos. Alguns
conseguiram receber o auxílio do governo e outros não. Assim como o
recebimento das cestas básicas que foi outro motivo de revolta e falta de
cooperação de alguns pais. Mas ao final, tudo foi se resolvendo com calma,
diálogo e entendimento entre escola, direção, docente, pais e alunos.
Com certeza todos tiramos lições e aprendizado desse ano tão difícil. E
encerrando minha conversa com a professora Rosângela, percebemos e
concordamos em grau e gênero. Com a lição que nos foi dada nesse tempo,
acredito que é impossível o ser humano não se dar conta do que realmente é
importante como descrevemos abaixo:
Primeiramente fé em Deus e a humildade de se fazer menor para implorar a
misericórdia desse pai que não está feliz em ver seus filhos passarem por
tamanha devastação e tristeza.
Todos reconhecem que ninguém é melhor que ninguém. Não teve
dinheiro nem jóia mais valiosa, não teve cor que fizesse diferença, não teve
estética de gordo ou magro, bonito ou feio.
A doença veio, o vírus tem suas mutações e foi matando em todos os
países e o mundo ficou a mercê do homem. Mas o homem que tem a noção de
tamanha gravidade da palavra “Pandemia”
O mundo mais uma vez tem que reconhecer que o estudo é a base de
tudo. Porque os pesquisadores, cientistas, estudantes nos laboratórios estão
trabalhando feito loucos em busca da cura, da vacina que vai mudar a vida do
nosso futuro.
Até chegar esses casos novamente no mundo o governo não estava
investindo, nem dando suporte aos estudos dos cientistas. O tempo para
desenvolver uma vacina, entre produção e testes é de 2 a 3 anos e até podendo
se prolongar para 4 anos.
E agora chegamos ao final do ano e acreditamos que no começo do novo ano já
teremos vacina. Mais uma vez temos que reconhecer a importância do estudo e
do professor. E agradecer a Deus pela sabedoria, proteção e a oportunidade de
nós como os primeiros adultos a incentivar e despertar o interesse dessas
crianças no saber.

Erro pensar que é a ciência que mata uma religião. Só pode com ela outra
religião
Monteiro Lobato

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