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TÉC NI CAS

CON ST RUTI VAS I


FUNDAÇÕES Parte - 01

Prof. Sérgio Bezerra de Sant’ Anna


FUNDA ÇÕES : Cla ssif ic aç ão qu ant o a o
tip o

 Classificação geral
 Os principais tipos de fundações podem ser reunidos em dois grandes grupos:
 fundações diretas.
Fundações: Clas sifi ca çã o q uan to ao
tip o
 e fundações indiretas.
Fundações: cl as sifi ca çã o q ua nto a
pr ofu ndi da de

 Quanto a profundidade podemos


iniciar analisando uma sapata direta.
 quando Df < A+B ⇒ Fundações
rasas.
 quando Df > A+B ⇒ Fundações
profundas.
(sendo “A” e “B” as dimensões da
sapata)
 Se a fundação for corrida considerar
a maior dimensão “A” igual a 1,00 m.

As fundações são assentadas onde as camadas do subsolo, abaixo da estrutura, são capazes de
suportar as cargas.

Com o auxílio da sondagem, obtemos o SPT na profundidade adotada e calculamos a tensão admissível
do solo que se obtém dividindo o SPT por cinco. Dividindo a carga P pela tensão admissível do solo,
encontramos a área necessária da sapata . Arbitrando um dos lados e com o valor da área encontramos
as dimensões procuradas:
P SPT
S nec = , σs≅
σs 5
Fundações: Cla ssifi caç ão qu ant o a
hi pót ese d e cá lcu lo do d ime ns io na me nto.

 Quanto a hipótese de cálculo as fundações


podem ser rígidas ou flexíveis:

 No dimensionamento das fundações rígidas não  No dimensionamento das fundações flexíveis


se considera a deformação da superfície de deve ser levado em consideração a deformação
transmissão de cargas sob efeito do da superfície de transmissão de cargas sob efeito
carregamento, por este motivo, o material do carregamento, por este motivo, o material
empregado deve apenas resistir a compressão, empregado deve resistir a compressão e a
sua altura “h” deve ter tal dimensão que evite o tração, o emprego da armadura de aço em
colapso da fundação quando deformada sob o conjunto com o concreto, permite que a altura “h”
efeito do esforço de tração. seja reduzida em aproximadamente 60% em
relação as fundações rígidas.
 A altura “h” é calculada pela seguinte fórmula:  A altura “h” é calculada pela seguinte fórmula:

 h = 0,5 (A-b)  h = d + 5 cm
Onde: 1) para fundações isoladas Onde: 5 cm é o recobrimento da armadura
A ⇒ maior dimensão da fundação “d” ⇒ é a altura do concreto medida da
b ⇒ menor dimensão do pilar armadura até a face da seção de concreto,
2) para fundações corridas sendo calculado em função do momento,
da resistência a compressão do concreto, a
A ⇒ considerar igual a 1,00 m resistência a tração do aço e o domínio de
b ⇒ espessura da parede cálculo através da seguinte fórmula:
d = √ k6 x√(M/bw)
Fundações: cl as sifi ca çã o q ua nto a
fo rma de d is tr ibui ção d as car gas n o solo :

 Quanto a forma de distribuição das cargas


no solo as fundações podem ser:

 Diretas ⇒ quando as cargas provenientes  Indiretas ⇒ quando as cargas


da edificação são transferida através da provenientes da edificação são
superfície de de contato com o solo, transferidas através da superfície lateral
da fundação que se atrita com o solo,
portanto, são concebidas em forma de portanto, são concebidas em forma de
placa, ou seja, possuem duas dimensões poste, ou seja, possuem duas dimensões
grandes que formam a superfície de pequenas que formam a superfície de
contato (A e B) e uma diminuta que penetração (devidamente apontada) e
determina a altura (h). uma grande que determina o
comprimento.
Fundações: Dim en sion am en to d as
fu nd aç ões dir etas

 Suponhamos que um pilar medindo 20 x 30 cm, transmite para uma fundação direta isolada a
carga de 45.000 Kg. Analisando a sondagem do terreno o engenheiro projetista detectou que a
resistência a compressão é crescente e que a uma profundidade de 60 cm encontra-se areia
média compacta com SPT igual a 10 golpes. Pretendendo assentar ã fundação nesta
profundidade o projetista calcula a resistência do solo a compressão:

σs = SPT/05 = 10/05 = 2,0 Kg/cm²


Calculando a área necessária:
S = P/σs = 45.000 kg/2,0 Kg/cm²
S = 22.500 cm²
Fazendo um dos lados da superfície de contato igual a 160 cm, temos:
L = 22.500 cm²/160 cm = 140 cm
Assim: A = 160 cm e B = 140 cm

Se o projetista optar por uma fundação direta em bloco de concreto armado, a altura “h” será
calculada da seguinte forma:

h = 0,5 (A-b) = 0,5 (160-20) = 0,5 x 140 = 70 cm


Fundações

Como referência temos (Tensão admissível do


solo) como sendo:

Boa = 4,0 kg/cm²


Regular = 2,0 kg/cm²
Fraca = 0,5 kg/cm²

A Distribuição das pressões, no terreno, é função


do tipo de solo e da consideração da sapata ser
rígida ou flexível, podendo ser bitriangular,
retangular ou triangular.
Uma sapata será considerada flexível quando
possuir altura relativamente pequena e , sob
atuação do carregamento, apresentar deformação
de flexão.
Fundações: So nda ge m do So lo

 É sempre aconselhável a execução de sondagens, no sentido de reconhecer o


subsolo e escolher a fundação adequada, obtendo assim, o barateamento das
fundações. As sondagens representam, em média, apenas 0,05 à 0,005% do custo
total da obra.

 Os requisitos técnicos a serem preenchidos pela sondagem do subsolo são os


seguintes:

 • Determinação dos tipos de solo que ocorrem, no subsolo, até a profundidade de


interesse do projeto;
 • Determinação da condição de compacidade (areias) ou consistência (argilas) que
ocorre nos diversos tipos de solo;
 • Determinação da espessura das camadas constituintes do subsolo e avaliação da
orientação dos planos (superfícies) que as separam;
 • Informação sobre a ocorrência de água no subsolo.
Fundações: S on da ge m d o So lo

 A sondagem é realizada
contando o número de golpes
necessários à cravação de
parte de um amostrador no
solo provocada pela queda livre
de um martelo de massa e
altura de queda padronizadas.
A resistência à penetração
dinâmica no solo medida é
denominada S.P.T. - Standart
Penetration Test.
Fundações: Son dag em do S ol o

 A execução de uma sondagem é um


55cm - Abertura
processo repetitivo, que consiste em
100cm
abertura do furo, ensaio de penetração e
amostragem a cada metro de solo 45cm - Ensaio

sondado.
 Desta forma, em cada metro, faz-se 55cm - Abertura

inicialmente a abertura do furo com um 100cm

comprimento de 55cm, o restante dos 45cm - Ensaio

45cm destina-se à realização do ensaio


de penetração.

As fases de ensaio e de amostragem são realizadas simultaneamente, utilizando um tripé, um


martelo de 65kg, uma haste e o amostrador.
O amostrador é cravado 45cm no solo, sendo anotado o número de golpes necessários à
penetração de cada 15 cm.
O Índice de Resistência à Penetração é determinado através do número de golpes do peso
padrão, caindo de uma altura de 75cm, considerando-se o número necessário à penetração dos
últimos 30 cm do amostrador. Conhecido como S.P.T.
Fundações: So nd age m d o So lo

COMPACIDADES E CONSISTÊNCIAS SEGUNDO A


A tabela ao lado apresenta RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO - S.P.T.
correlações empíricas, que permite SOLO DENOMINAÇÃO No DE GOLPES
uma estimativa da compacidade das
areias e da consistência das argilas, Compacidade de Fofa ≤4
a partir da resistência à penetração areias e siltes
medida nas sondagens. arenosos Pouco Compacta 5-8

Med. Compacta 9 - 18
Os pontos de sondagem devem ser
criteriosamente distribuídos na área Compacta 19 - 41
em estudo, e devem ter profundidade
que inclua todas as camadas do Muito Compacta > 41
subsolo que possam influir,
significativamente, no comportamento Consistência de Muito Mole <2
argilas e siltes
da fundação.
argilosos Mole 2-5

No caso de fundações para edifícios, Média 6 - 10


o número mínimo de pontos de
sondagens a realizar é função da Rija 11 - 19
área a ser construída.
Dura > 19
Fundações: So nd age m do Sol o

A NBR 8036/83 estabelece o número mínimo de pontos em função da área construída que
pode ser observado na tabela abaixo:

ÁREA CONSTRUÍDA Nº DE SONDAGENS

de 200m² até 1,200m² 1 sondagem para cada 200m²

de 1,200m² até 2,400m² 1 sondagem para cada 400m² que exceder a 1,200m²

acima de 2,400m² Será fixada a critério, dependendo do plano de construção.

Podemos ainda, avaliar o mínimo de furos para qualquer circunstância em função da área do
terreno para lotes urbanos:
• 2 furos para terreno até 200m²
• 3 furos para terreno entre 200 a 400m², ou
• No mínimo, três furos para determinação da disposição e espessura das camadas.

Os furos de sondagens deverão ser distribuídos em planta, de maneira a cobrir toda a área em
estudo. A apresentamos no slide seguinte alguns exemplos de locação de sondagens em terrenos
urbanos.
Fundações: S on da ge m d o So lo

 Em relação a profundidade das sondagens,


existem alguns métodos para determiná-
la: a) pelo critério do bulbo de pressão e b)
pelas recomendações da norma brasileira.

40
 A distância entre os furos de sondagem
deve ser de 15 a 25m, evitando que fiquem

30

30
25
numa mesma reta e de preferência,
próximos aos limites da área em estudo.
 Mas, um técnico experimentado pode fixar a
profundidade a ser atingida, durante a 7 10-12 20 20

execução da sondagem, pelo exame das


amostras recuperadas e pelo número de Obs.: profundidade mínima 8,0m. Essa profundidade
golpes. pode ser corrigida, à medida que os primeiros resultados
 Em geral, quatro índices elevados de forem conhecidos. Poderá ocorrer obstrução nos furos de
resistência à penetração, em material de sondagens pela ocorrência de matacões (rochas
dispersas no subsolo) confundindo com um
boa qualidade, permitem a interrupção do
embasamento rochoso. Neste caso a verificação é
furo.
realizada executando-se uma nova sondagem a 3,0m,
 Nos terrenos argilosos, a sondagem deverá em planta, da anterior. Se for confirmada a ocorrência de
ultrapassar todas as camadas. obstrução na mesma profundidade, a sondagem deverá
 Nos terrenos arenosos, as sondagens ser novamente deslocada 3,0m numa direção ortogonal
raramente necessitam ultrapassar os 15 a ao primeiro deslocamento. Caso necessário, a sondagem
20m. na rocha é realizada com equipamento de sondagem
rotativo.
rotativo
Fundações: Son dag em do S ol o

 Os dados obtidos em uma investigação do


subsolo, são normalmente apresentados
na forma de um perfil para cada furo de
sondagem.
 A posição das sondagens é amarrada
topograficamente e apresentada numa
planta de locação bem como o nível da
boca do furo que é amarrado a uma
referência de nível RN bem definido.
 No perfil do subsolo as resistências à
penetração são indicadas por números à
esquerda da vertical da sondagem, nas
respectivas cotas. A posição do nível
d'água - NA - também é indicada, bem
como a data inicial e final de sua medição
.
GUIA EXISTENTE

CASA EXISTENTE EM CONSTRUÇÃO

2.20 25.00
1.40

2.00

S2
CALÇADA

5.60
RUA ...

(99,95)
7.00

2
21.4
5.60

S1
(100,13)
2.00 21.00
1.40

44
2.

RN=100,00

CASA EXISTENTE
Fundações: crit ério de es col ha do
ho rizo nt e d o s olo

 A resistência (sustentação) de um solo


destinado a suportar uma construção é
definida pela carga unitária (expressa em kgf/
cm2 ou Mpa), sob a qual, praticamente, o a
fundação se estabiliza. Os solos apresentam
resistências por limite de carga que podem
suportar, sem comprometer a estabilidade de
construção. O grau de resistência indica qual
tipo de fundação é mais adequada, como o
exemplo mostrado no esquema na próxima
figura.

a) Se os solos A=B=C têm características iguais


de resistência, é possível implantar a fundação
em A;
b) Se só A é resistente, deve-se apoiar
fundações de estruturas leves, cuja carga limite
deve ser determinada por análise de recalque;
c) Se A é solo fraco e B é resistente, a fundação
é do tipo profunda, atendendo-se para a carga
limite em função da resistência de C;
d) Se A=B são solos fracos e C é resistente, o
apoio da fundação deverá ser em C.
Fundação: Es co lh a d o tip o

 ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇÃO


 Com os resultados das sondagens, a grandeza e natureza das cargas estruturais
e conhecendo as condições de estabilidade, fundações, etc... das construções
vizinhas, pode o engenheiro proceder a escolha do tipo de fundação mais
adequada, técnica e economicamente.
 O estudo é conduzido inicialmente, pela verificação da possibilidade do emprego
de fundações diretas.
 Mesmo sendo viável a adoção das fundações diretas é aconselhável comparar o
seu custo com o de uma fundação indireta.
 E finalmente, verificando a impossibilidade da execução das fundações diretas,
estuda-se o tipo de fundação profunda mais adequada.
 Quando a camada ideal for encontrada à profundidade de 5,0 à 6,0m, podemos
adotar brocas, se as cargas forem na ordem de 4 a 5 toneladas
 Em terrenos firmes a mais de 6,0m, devemos utilizar estacas ou tubulões.
Fundações: Bloc os e A lic erce s

Blocos e Alicerces
Este tipo de fundação é utilizado quando há atuação de pequenas cargas, como por exemplo um prédio
até 04 pavimentos. Os blocos são elementos estruturais de grande rigidez, são reforçados por
cintamentos em concreto armado (blocos corridos) ou por vigas baldrames (blocos isolados), que tem
por objetivo solidarizar a fundação reduzindo os efeitos causados pelos recalques diferenciais.
Suportam predominantemente esforços de compressão simples, provenientes das cargas dos pilares. Os
eventuais esforços de tração são absorvidos pelo próprio material do bloco. Podem ser de concreto
ciclópico (não armado), alvenarias de tijolos comuns ou mesmo de pedra de mão (argamassada ou não).
Geralmente, usa-se blocos quando a profundidade da camada resistente do solo está entre 0,5 e 1,0 m de
profundidade.
Os alicerces, também denominados de blocos corridos, são utilizados na construção de pequenas
edificações, principalmente as residenciais e suportam diretamente as cargas provenientes das paredes
resistentes, podendo ser de concreto ciclópico, alvenaria de tijolo maciço ou alvenaria de pedra.

Na Figura ao lado apresentam-


se três tipos de blocos corridos
(alicerces), sem a presença do
cintamento em concreto
armado.
Fundações: Bloc os e A lic erce s

 O processo de execução de um alicerce consiste em:


1. promover a abertura da vala;
2. aumentar a compactação da camada do solo resistente, apiloando o fundo;
3. Aplicação do lastro de concreto magro (90 kgf/cm²) de 5 a 10 cm de espessura;
4. execução do embasamento, que pode ser de concreto ciclópico, alvenaria de bloco ou de
pedra;
5. construir uma cinta de amarração, com a finalidade de absorver esforços não previstos,
suportar pequenos recalques, distribuir o carregamento e combater esforços horizontais;
6. fazer a impermeabilização para evitar a percolação capilar, utilizando uma argamassa
“impermeável” (com aditivo) ou ainda, uma chapa de cobre, de alumínio ou ardósia.

 Deve-se, ainda, observar com cuidado:


– se há ocorrência de formigueiros e raízes de árvore no momento da escavação da vala;
– compatibilização da carga da parede x largura do alicerce, observando as fórmulas
estabelecidas para o cálculo.
Na figura ao lado, Blocos
corrido em alvenaria de
tijolo maciço (alicerce) com
a presença de cintamento de
concreto armado (ver
detalhe da colocação da
armadura).
Fundações: Blo cos e Alic er ces

Abertura de vala
Profundidade nunca inferiores a
40cm.
Largura das valas:
- parede de 1 tijolo = 45cm
- parede de 1/2 tijolo = 40cm
Em terrenos inclinados, o fundo
da vala é formado por degraus
(Figura ao lado), sempre em
nível, mantendo-se o valor "h"
em no mínimo 40 cm e h1, no
máximo 50cm;

Apiloamento
Se faz manualmente com soquete
(maço) de 10 à 20kg, com o
objetivo unicamente de
conseguir a uniformização do
fundo da vala e não aumentar a
resistência do solo.
Fundações: Blo co s e Alic er ces

 As fundações em alicerce (bloco corrido)


são utilizadas para transmitir diretamente
as cargas das paredes para o solo
(estrutura mural) para o terreno firme logo
abaixo, assim sendo, onde houver parede,
deve haver fundação. A figura ao lado
representa uma fundação em bloco
corrido, sobre a qual deve ser executada
uma cinta de concreto armado e
posteriormente a alvenaria de bloco.

 Exemplos de alicerces
Fundações : Blocos e Alicerces

Foto de bloco em alvenaria de pedra corrida com cintamento inferior.


Fundações: Sa pa tas e m con cr eto
ar mado

Ao contrário dos blocos, as sapatas não trabalham apenas à compressão simples, mas
também à flexão, devendo neste caso serem executadas incluindo material resistente à
tração.

As sapatas transmitem para o solo, através de sua base, a carga de uma coluna (pilar) ou um
conjunto de paredes.

As sapatas de concreto armado, podem ter formato piramidal ou cônico, possuindo pequena
altura em relação a sua base, que pode ter forma quadrada ou retangular (formatos mais
comuns). Podem ser isoladas quando são posicionada para transmitir ao solo as cargas das
edificações concentradas nos pilares (fig. Abaixo a esquerda), neste caso, devem ser
interligadas por vigas baldrames ou, corridas (figura abaixo a direita) quando transmitem para
o solo as cargas da edificação transmitidas pelas paredes.
Fundações: Sa pa tas isol ada s e m
co ncr eto

As sapatas isoladas podem ter os


formatos da figura ao lado:
Para construção de uma sapata isolada,
devem ser executadas as seguintes etapas:
1. Escavação, compactação do solo,
colocação da fôrma para o rodapé, com
folga de 5 cm e execução do concreto
“magro”;
2. Posicionamento das fôrmas, de acordo
com a marcação executada no gabarito de
locação;
3. Limpeza da da superfície de apoio;
4. Colocação da armadura;
5. Posicionamento do arranque do pilar
em relação à caixa com as armações;
6. Colocação das guias de arame, para
acompanhamento da declividade das
superfícies do concreto se a fundação
for tronco piramidal;
7. concretagem: a base poderá ser vibrada
normalmente, porém para o concreto
inclinado deverá ser feita uma
compactação manual, isto é, sem o uso do
vibrador
Fundações: Sap at as is ola das em
co ncr eto

Na figura superior da esquerda, vemos o corte esquemático de uma sapata, na superior a


direita vemos a forma da sapata já posicionada sobre o concreto magro, na figura na inferior
a direita a armadura de tração da sapata já se encontra posicionada, faltando a colocação do
arranque do pilar, na inferior a direita a armadura do arranque já está posicionada.
Fundações: Sa pat as is ola das em
co ncr eto

Nas figuras acima verifica-se a conclusão


da concretagem da sapata e de seu tronco
piramidal, no se topo é visível a armadura
de arranque do pilar.

Na figura inferior a sapata já se encontra


desformada se pode observar a aplicação
do gastalho que fixa a forma do arranque do
pilar, verifica-se também o recorte na forma
do arranque do pilar para o encaixe da
forma das vigas baldrames.
Fundações: sap atas isol ad as em
co ncr eto

Seqüência de montagem das vigas baldrames:


 montagem das formas;
 Colocação das armaduras; e,
 Concretagem.
 As vigas baldrames são responsáveis pela
solidarização da fundação por sapatas
isoladas e também pelo suporte das
paredes do pavimento imediatamente
acima.
Fundações: sap atas iso lad as e m
co ncr eto
Seqüência de produção de uma sapata isolada
Fundações: sapa tas co rrida s em
co ncr eto

As sapatas corridas em concreto armado são utilizadas na confecção de


estruturas com paredes estruturais autoportante. Ou seja, neste tipo de
edificação, as paredes suportam as cargas das lajes e dos elementos sobre
elas situados e transmitem estas cargas para o solo por intermédio das
fundações corridas. Portanto, não esqueça, onde houver parede, haverá logo
abaixo uma fundação corrida.

Sapata
excêntrica

Sapata centrada
Fundações: Sap atas espe ci ai s

 Um projeto econômico deve ser feito com o


maior número possível de sapatas isoladas.

 No caso de sapatas de pilares de divisa ou


próximos a obstáculos onde não seja possível
fazer com que o centro de gravidade da sapata
coincida com o centro de carga do pilar, cria-se
uma viga alavanca ligada entre duas sapatas
(Figura da esquerda), de modo que um pilar
absorva o momento resultante da
excentricidade da posição do outro pilar.

 No caso em que a proximidade entre dois ou


mais pilares seja tal que as sapatas isoladas
se superponham, deve-se executar uma sapata
associada. A viga que une os dois pilares
denomina-se viga de rigidez (Figura da
direita), e tem a função de permitir que a sapata
trabalhe com tensão constante.
Fundações: R ad ie r

 Quando todas as paredes ou todos os pilares de uma edificação transmitem as cargas ao solo através
de uma única sapata, tem-se o que se denomina uma fundação em radier.
 Os radiers são elementos contínuos que podem ser executados em concreto armado, protendido ou
em concreto reforçado com fibras de aço.
 A utilização de sapatas corridas é adequada economicamente enquanto sua área em relação à da
edificação não ultrapasse 50%. Caso contrário, é mais vantajoso reunir todas as sapatas num só
elemento de fundação denominado radier (Figura abaixo). Este é executado em concreto armado,
uma vez que, além de esforços de compressão, devem resistir a momentos provenientes dos pilares
diferencialmente carregados, e ocasionalmente a pressões do lençol freático (necessidade de
armadura negativa). O fato do radier ser uma peça inteiriça pode lhe conferir uma alta rigidez, o que
muitas vezes evita grandes recalques diferenciais. Uma outra vantagem é que a sua execução cria
uma plataforma de trabalho para os serviços posteriores; porém, em contrapartida, impõe a execução
precoce de todos os serviços enterrados na área do radier (instalações sanitárias, etc.).
Fundações: Radi er

Podem ser executados dois tipos de sistemas com radier: sistema constituído por
laje de concreto (flexível) e sistema de laje e vigas de concreto (sistema rígido).
Fundações : Radier

Detalhe de posicionamento dos cabos de protenção.


TÉCNICAS
CONSTRUTIVAS I

FUNDAÇÕES Parte - 02

Prof. Sérgio Bezerra de Sant’ Anna


Fundações: Tubulões

 A seqüência de fotos mostra a escavação manual de tubulão a céu aberto tipo poço:
escavação do fuste; alargamento da base; lastro de concreto magro; colocação da
armadura de tração e do fuste e concretagem.
Fundações:
Tubulões
 Tubulões são elementos estruturais
da fundação que transmitem a carga
ao solo resistente por compressão,
através da escavação de um fuste
cilíndrico e uma base alargada
tronco-cônica a uma profundidade
igual ou maior do que três vezes o
seu diâmetro.

 De acordo com o método de sua


escavação, os tubulões se classificam
em:

 Tubulões a céu aberto

 Consiste em um poço aberto


manualmente ou mecanicamente em
solos coesivos, de modo que não haja
desmoronamento durante a
escavação, e acima do nível d’água.
O fuste é escavado até a cota
Fundações:
Tubulões
 Quando há tendência de
desmoronamento, reveste-
se o furo com alvenaria de
tijolo, tubo de concreto ou
tubo de aço.

 Na figura ao lado aplica-se


manualmente um
revestimento em anéis de
concreto armado que vai se
enterrando no solo pela
ação do seu
O tubulão à peso próprio.
céu aberto é o mais simples, resulta de um poço perfurado
manualmente ou mecanicamente. Seu emprego é limitado para solos coesivos e
acima do nível d'água.
Existem vários sistemas utilizados: No sistema de poço simples a escavação é feita
manualmente e sem revestimento; no sistema de poço revestido a escavação é
feita manualmente e revestida com anéis pré-moldados de concreto; no sistema de
poço mecanizado a escavação é feita mecanicamente (perfuratriz tipo hélice), sem
revestimento; no sistema Chicago a escavação é feita manualmente, em etapas, as
paredes são escoradas com pranchas verticais ajustadas por meio de anéis de aço;
no sistema Benoto a escavação é feita mecanicamente através de cavador clam
shell que penetra em um revestimento tubular de aço cravado por rotação; e, no
Fundações: Tubulões

 Seqüência de fotos que mostram a escavação de um sistema poço mecanizado


(perfuratriz do tipo hélice) e concretagem do tubulão
Fundações:
Tubulões
Equipamento para escavação de tubulão clamshell e tremonha para
lançamento de concreto
Fundações: Tubulões

 Tubulões com ar comprimido


Este tipo de fundação é utilizado quando existe
água, exige-se grandes profundidades e existe o
perigo de desmoronamento das paredes. Neste
caso, a injeção de ar comprimido nos tubulões
impede a entrada de água, pois a pressão interna é
maior que a pressão da água, sendo a pressão
empregada no máximo de 3 atm, limitando a
profundidade em 30m abaixo do nível d’água.
Isso permite que seja executados normalmente os
trabalhos de escavação, alargamento do fuste e
concretagem.
O equipamento utilizado compõe de uma câmara
de equilíbrio e um compressor. Durante o
trabalho sob o regime a compressão, o pulmão
humano absorve mais gases do que na pressão
normal, que se liquefazem no sangue. Se a
descompressão for feita muito rapidamente, o gás
absorvido em excesso e liquefeito no sangue pode
se transformar em bolhas, que por sua vez podem
provocar dores e até morte por embolia. Para
evitar esse problema, antes de passar à pressão
normal, os trabalhadores devem sofrer um
processo de descompressão lenta (nunca inferior
a 15 minutos) numa câmara de emergência.
Fundações: Tubulões

 Abaixo, dois modelos simples de equipamento pressurizado para escavação de


tubulões
Fundações: Tubulões

Ao fundo dois tubulões já prontos, na


frente um tubulão concretado ainda com
a campânula de ar comprimido
Fundações: Estacas

Estacas

As estacas são peças estruturais


alongadas, de formato cilíndrico ou
prismático, que são cravadas (pré-
fabricadas) ou confeccionadas no
local (in loco), com as seguintes
finalidades:
a) transmissão de cargas a
camadas profundas do terreno;
b) contenção dos empuxos de
terras ou de água (estaca prancha);
c) compactação de terrenos.
As estacas recebem, da obra que
suportam, esforços axiais de
compressão.
A estes esforços elas resistem, seja
pela atrito das paredes laterais da
estaca contra o solo, seja pelas
reações exercidas pelo solo
resistente sobre a ponta da peça.
Conforme a estaca resista apenas
Fundações: Estacas

 A figura ao lado ilustra definições


dadas no quadro anterior, em relação
ao modo de trabalhar das estacas:
a) a capacidade resistente da estaca
se compõe de duas parcelas: atrito
lateral e de ponta;
b) a estaca é carregada na ponta,
trabalhando pois como pilar;
c) ela resiste pelo atrito lateral: é a
estaca flutuante;
d) a estaca atravessa um terreno que
se adensa sob seu peso próprio, ou
sob a ação de uma camada de aterro
sobrejacente, produzindo o fenômeno
do atrito negativo, isto é, o solo em
vez de se opor ao afundamento da
estaca, contrariamente, vai pesar
sobre ela favorecendo assim a sua
penetração no solo.
Quanto a posição, as estacas podem
ser verticais e inclinadas
Fundações: Estacas

Os blocos de coroamento
têm também a função de
Ø= diâmetro
absorver os momentos
da estaca
produzidos por forças
horizontais, excentricidade
UMA ESTACA DUAS ESTACAS TRÊS ESTACAS QUATRO ESTACAS ...

e outras solicitações, a
esquerda temos uma vista
em planta baixa.

A direita temos dois cortes


exemplificativos de blocos onde
podemos ver esquematicamente
o detalhamento das armaduras
do bloco e das estacas que
devem penetrar no bloco e se
fundir com ele.
Fundações: Estacas Brocas

 Estacas Brocas
 Estas estacas são executadas por uma ferramenta simples denominada broca (trado de concha ou
helicoidal - um tipo de saca rolha), que pode atingir até 6 metros de profundidade, com diâmetro
variando entre 15 a 25 cm, sendo aceitáveis para pequenas cargas, ou seja, de 4000 kgf a 10.000
kgf. Recomenda-se que sejam executadas estacas somente acima do nível do lençol freático, para
evitar o risco de estrangulamento do fuste. Devido ao esforço de escavação exigido são
necessárias duas pessoas para o trabalho.
 O espaçamento entre as estacas brocas numa edificação não pode ultrapassar 4 metros e devem
ser colocadas nas interseções das paredes e de forma eqüidistante ao longo das paredes desde
que menor ou igual ao espaçamento máximo permitido.
 Na figura ao abaixo a esquerda pode-se ver um exemplo da distribuição das estacas brocas numa
edificação de pequeno porte.
Fundações: Estacas brocas

 Roteiro para execução de estacas brocas


a) Escavação ou perfuração: utilizando trado manual (tipo concha ou helicoidal),
usando de água para facilitar a perfuração;
b) Preparação: depois de atingir a profundidade máxima, promover o apiloamento
do fundo, executando um pequeno bulbo com pedra britada 2 ou 3, com um pilão
metálico;
c) Concretagem: Preencher todo o furo com concreto (traço 1x3x4), promovendo o
adequado adensamento, tomando cuidados especiais para não contaminar o
concreto (utilizar uma chapa de compensado com furo para o lançamento do
concreto para proteger a boca do furo);
d) Colocação das esperas: fazer o acabamento na cota de arrasamento desejada,
fixando os arranques para os baldrames.
Fundações: Estacão

 Estacão
 Com uso crescente na construção civil em
função de sua rapidez, o estacão (uma
derivação das estacas brocas) tem o processo
de perfuração executado por meio de
escavadeiras hidráulicas equipadas com
trados de diâmetro de 25 cm. Todos os
cuidados relativos às estacas brocas devem
ser observados na execução do estacão,
principalmente no que diz respeito a
integridade da estaca na fase de concretagem.
Fundações: Estacas Hélice

A estaca hélice contínua é uma estaca


de concreto moldada "in loco", executada
por meio de trado contínuo e injeção de
concreto através da haste central do trado
simultaneamente a sua retirada do terreno.

A perfuração consiste em fazer a hélice


penetrar no terreno por meio de torque
apropriado para vencer a sua resistência.
A haste de perfuração é composta por uma
hélice espiral solidarizada a um tubo
central, equipada com dentes na
extremidade inferior (ver foto no próximo
slide) que possibilitam a sua penetração no
terreno.
A metodologia de perfuração permite a
sua execução em terrenos coesivos e
arenosos, na presença ou não do lençol
freático e atravessa camadas de solos
resistentes com índices de STP`s acima de
50 dependendo do tipo de equipamento
utilizado.
A velocidade de perfuração produz em
média 250m por dia dependendo do
Fundações: Estacas Hélice

Alcançada a profundidade desejada, o


concreto é bombeado através do tubo
central no eixo da hélice (fotos ao
lado), preenchendo simultaneamente
a cavidade deixada pela hélice que é
extraída do terreno sem girar ou
girando lentamente no mesmo sentido
da perfuração.
O concreto normalmente utilizado
apresenta resistência característica fck
de 18 Mpa, é bombeável e composto
de areia, pedriscos ou brita 1 e
consumo de cimento de 350 a 450
Kg/m3, sendo facultativa a utilização
de aditivos.
O abatimento ou "Slump" é mantido
entre 200 e 240mm. Normalmente é
utilizada bomba de concreto ligada ao
equipamento de perfuração através de
mangueira flexível. O preenchimento
Fundações: Estacas Hélice

 O método de execução da estaca hélice


contínua exige a colocação da armação
após a sua concretagem.
A armação, em forma de gaiola, é
introduzida na estaca por gravidade ou
com o auxílio de um pilão de pequena
carga ou vibrador. As estacas
submetidas a esforços de compressão
levam uma armação no topo, em geral
de 2 a 5,5m de comprimento. No caso
de estacas submetidas a esforços
transversais ou de tração, somente
será possível para comprimentos de
armações de no máximo 16m, em
função do método construtivo. No caso
de armações longas, as "gaiolas"
devem ser constituídas de barras
grossas e estribo espiral soldado na
Fundações: Estacas Strauss

Estas estacas abrangem a faixa de


carga compreendida entre 20.000 e
40.000 kgf, com diâmetro variando
entre 25 e 40 cm. Uma estaca do
tipo strauss com diâmetro de 25 cm
pode suportar até 20 toneladas, de
32 cm até 30 t e de 38 cm chega a
suportar 40 t.

A execução requer um
equipamento constituído de um
tripé de madeira ou de aço, um
guincho acoplado a um motor
(combustão ou elétrico), uma sonda
de percussão munida de válvula em
sua extremidade inferior, para a
retirada de terra, um soquete com
aproximadamente 300 kg,
tubulação de aço com elementos de
2 a 3 metros de comprimento,
rosqueáveis entre si, um guincho
Fundações: Estacas Strauss

 A estaca strauss apresenta


vantagem de leveza e simplicidade
do equipamento que emprega, o que
possibilita a sua utilização em locais
confinados, em terrenos acidentados
ou ainda no interior de construções
existentes, com o pé direito
reduzido. Outra vantagem
operacional é de o processo não
causa vibrações que poderiam
provocar danos nas edificações
vizinhas ou instalações que se
encontrem em situação
relativamente precária.

 Como característica principal, o


sistema de execução usa
revestimento metálico recuperável,
de ponta aberta, para permitir a
escavação do solo, podendo ser em
solo seco ou abaixo do nível d'água,
Fundações: Estacas Strauss

 Processo executivo das estacas


strauss
a) centraliza-se o soquete com o piquete
de locação, perfura-se com o soquete a
profundidade de 1,0 m, furo este que
servirá para a introdução do primeiro tubo,
que é dentado na extremidade inferior
(chamado de coroa), cravando-o no solo;
b) a seguir é substituída pela sonda de
percussão, que por meio de golpes, captura
e retira o solo;
c) quando a coroa estiver toda cravada é
rosqueado o tubo seguinte e assim
sucessivamente até atingir a camada de
solo resistente, providenciando sempre a
limpeza da lama e da água acumulada
dentro do tubo;
d) substituindo-se a sonda pelo soquete, é
lançado no tubo, em quantidade suficiente
para ter-se uma coluna de 1,0 m, o
concreto meio seco;
e) sem tirar a tubulação, apiloa-se o
concreto formando um bulbo e na
seqüência executa-se o fuste lançando-se o
concreto sucessivamente em camadas
Fundações: Estaca Simplex

Neste tipo de estaca a descida do


tubo é feita por cravação e não por
perfuração como é feita na estaca
strauss. Este tubo é espesso e provido
de uma ponteira metálica
(recuperável) ou elemento pré-
moldado de concreto (perdido na
concretagem), para impedir a entrada
de solo no interior do tubo.

Durante a descida do tubo, utilizamos


um pequeno peso, servindo de sonda,
que fica suspenso dentro do molde
por uma roldana presa ao topo do
mesmo. Desta maneira, temos um
modo de verificar, se a ponteira de
concreto permanece intacta, durante
a cravação.

Alcançada a profundidade desejada,


enche-se o tubo até o topo com
concreto plástico e, por um
movimento lento, mas contínuo,
Fundações: Estacas Franki

 Estas estacas abrangem a faixa de


carga de 5.000 a 30.000 kgf e seu
progresso executivo consiste na
cravação de um tubo com ponta
fechada e execução de base
alargada, causando muita vibração,
podendo provocar danos nas
construções vizinhas.
 Na execução, crava-se o tubo no
solo, logo a seguir se derrama uma
quantidade de concreto quase seco,
apiloado por meio de um pesado
maço, de modo a formar um tampão,
para impedir a entrada d'água e solo
no interior do tubo, que é arrastado e
obrigado a penetrar no terreno.
 Alcançado a profundidade desejada,
imobiliza-se o tubo e com percussões
energéticas destaca-se o tampão, o
qual junto com uma carga de
concreto é apiloada no terreno para a
formação do bulbo.
 Logo após lançam-se novas
quantidades de concreto que se
apiloa ao mesmo tempo em que se
Fundações: Estacas Franki

 Ao contrário das estacas pré-


moldadas, estas estacas são
recomendadas para o caso da camada
resistente encontra-se a profundidade
variáveis. Também no caso de
terrenos com pedregulhos ou
pequenos matacões relativamente
dispersos, pode-se utilizar esse tipo de
estacas. A forma rugosa do fuste
garante boa aderência ao solo
(resistência por atrito). Havendo a
ocorrência de camada de argila rija
poderá haver deslocamento da estaca
já concretada por compressão lateral.
Nesse caso a solução é atravessar a
Fundações: Estacas Franki

 As fotos mostram
uma seqüência
de operações
para execução de
uma estaca
Franki
TÉCNICAS
CONSTRUTIVAS I

FUNDAÇÕES Parte - 03

Prof. Sérgio Bezerra de Sant’ Anna


Fundações: Estacas Raiz

São estacas moldadas in loco


perfuradas com circulação de água ou
método rotativo ou rotativo-percursivo
em diâmetros variando de 130 a 450
mm e executadas com injeção de
argamassa ou calda de cimento sob
baixa pressão.

No caso de estacas raiz perfuradas


exclusivamente em solos, a perfuração
é revestida com tubo metálico
recuperável para garantir a integridade
do fuste. Se ocorrer perfuração em
trecho de rocha (passagem de
matacões ou engastamento em rochas
sãs), isso se dará pelo processo
rotativo-percursivo sem a necessidade
de revestimento metálico.

A estaca raiz é indicada para reforços


de fundação, complementação de
obras (ampliações), locais de difícil
acesso e em obras onde é necessário
ultrapassar camadas rochosas,
fundações de obras com vizinhança
Fundações: Estacas Raiz

 Dependendo do equipamento
utilizado as estacas podem ser
executadas em ângulos diferentes da
vertical (0° a 90°). O equipamento
perfuratriz é equipado com sistema
de rotação e avanço do revestimento
metálico provisório ou por máquinas
a roto-percussão com martelo
acionados a ar comprimido. São
equipamentos relativamente
pequenos e robustos que possibilitam
a operação em locais com espaços
restritos, no interior de construções
existentes e locais subterrâneos.
 Existem ainda equipamentos
autônomos sobre trator de esteiras,
acionados por motor diesel para sua
locomoção e para funcionamento do
sistema hidráulico.
Completada a perfuração com
revestimento total do furo, é colocada
a armadura necessária, procedendo-
se a seguir a concretagem do fuste
com a correspondente retirada do
tubo de revestimento. A armadura
Fundações: Estacas Raiz

 A concretagem é executada de baixo


para cima, aplicando-se
regularmente uma pressão
rigorosamente controlada e variável,
em função da natureza do terreno.
Normalmente, esta pressão varia de
0 a 0,4 Mpa (4,0 kgf/cm2). A
argamassa de cimento e areia
(podendo utilizar cimento de alta
resistência inicial quando houver a
possibilidade de fuga da nata de
cimento) com resistência mínima de
18 Mpa.

 a) perfuração com utilização de


circulação d'água e revestida do furo;
b) perfuração executada até a
profundidade necessária, cota de
ponta da estaca;
c) colocação da armação após
limpeza final do interior do tubo;
d) introdução de argamassa de
cimento e areia, sob pressão baixa;
e) retirada do tubo de revestimento e
aplicações parciais de ar comprimido
Fundações: Estacas Raiz

 A seqüência de fotos mostra a


confecção de uma estaca raiz.
Fundações: Estacas Cravadas

 Bate-estacas por
gravidade
São os mais utilizados e de
funcionamento mais
simples, constituído de uma
massa metálica (pilão ou
martelo) que içado por meio
de guinchos, cabos e uma
torre ou tripé, é deixado
cair de uma altura
determinada, cravando a
estaca com golpes
sucessivos. Embora de
custo relativamente
acessível, tem como
principal desvantagem sua
lentidão, pois não consegue
Fundações: Estacas Cravadas

 Bate-estacas de simples ou duplo


efeito

 Em geral, funcionam a vapor ou a ar


comprimido, proporcionando uma
cravação mais rápida pois além da
gravidade recebem um adicional de
pressão no martelo. Embora muito
eficientes estão caindo em desuso. A
estrutura da torre, a movimentação e
a operação são muito semelhantes
ao bate-estaca comum de gravidade.
Os de simples efeito, apenas
recebem pressão no martelo de baixo
para cima para elevar o martelo e a
cravação se dá por gravidade. Os de
duplo efeito, além da pressão de
levantamento ocorre uma pressão
adicional no momento da queda do
martelo, somando-se o efeito da
gravidade e da pressão adicional na
Fundações: Estacas Cravadas

 Capacidade de carga das


estacas
 A determinação da
resistência de estacas
cravadas pode ser feita por
meio da aplicação de
fórmulas empíricas que
relacionam a resistência da
estaca com a penetração
média ocorrida na última
série de batidas do bate-
estaca. Já para estacas
moldadas in loco o ideal é
realizar provas de carga de
conformidade com a norma
técnica. A prova de carga
também é necessária nas
obras de maior vulto, pois
poderão indicar a
possibilidade da redução dos
coeficientes de segurança
adotados e com isso auferir
menos custo de execução
dentro de uma garantia
Fundações: Estacas Cravadas em
Concreto Armado

 As estacas de concreto são indicadas


para transpor camadas extensas de
solo mole e em terrenos onde o plano
de fundação se encontra a uma
profundidade homogênea, sem
restrição ao seu uso abaixo do lençol
freático.

 As estacas podem ser de concreto


centrifugado ou receber protensão e
exigem controle tecnológico na sua
fabricação.

 A principal desvantagem é a
relacionadas ao transporte, que exige
cuidado redobrado no manuseio e
verificação de sua integridade
momentos antes da sua cravação.
Fundações: Estacas Cravadas em
Concreto Armado

 Modelos de estacas pré-moldadas em


concreto armado, capacete de cravação, e
anéis metálicos utilizados para execução
de uma emenda.
Fundações: Estacas Cravadas em
Concreto Armado

 A Seqüência de fotos mostra a cravação de


uma estaca em concreto armado.
Fundações: Estacas Cravadas em
Concreto armado

 A seqüência de fotos mostra o coroamento de


quatro estacas cravadas de concreto armado.
Fundações: Estacas Cravadas
Metálicas

 As estacas metálicas são particularmente indicadas pela


sua grande capacidades de suporte de cargas e em
terrenos onde a profundidade do plano de fundação é
muito variável, sem problemas quanto ao transporte e
manuseio, permitindo aproveitamento de peças cortadas
e a combinação de perfis, desde que devidamente
soldados.
A principal vantagem é a rapidez na cravação, podendo
ser utilizadas em solos duros e a desvantagem particular
é a dificuldade em avaliar a nega.
Fundações: Estacas Cravadas
Metálicas

 A seqüência de fotos mostram a


cravação de uma estaca metálica.
Fundações: Estacas Cravadas de
Madeira

 As estacas de madeiras devem ser de madeira dura, resistente, em


peças retas, roliças e descascadas. O diâmetro da seção pode variar de
18 a 35 cm e o comprimento de 5 a 8 metros, geralmente limitado a 12
metros com emendas. No caso da necessidade de comprimentos
maiores as emendas deverão ser providenciadas com talas de chapas
metálicas e parafusos, devidamente dimensionados. Durante a
cravação, as cabeças das estacas devem ser protegidas por um anel
cilíndrico de aço, destinado a evitar seu rompimento sob os golpes do
pilão, assim como é recomendável o emprego de uma ponteira metálica,
a fim de facilitar a penetração e proteger a madeira. A vida útil de uma
estaca de madeira é praticamente ilimitada, quando mantida
permanentemente sob lençol freático (água). Caso esteja sujeita a
variação de umidade apodrecerá rapidamente. De qualquer maneira a
estaca deve receber tratamento de preservação para evitar o
apodrecimento precoce e contra ataques de insetos xilófagos. As
Fundações: Estacas Cravadas de
Madeira

 Empiricamente, pode-se calcular


o diâmetro mínimo de uma
estaca de madeira em função do
seu comprimento, usando a
seguinte fórmula que aparece na
figura.

A carga admissível depende das


dimensões da estaca e da
natureza das camadas
atravessadas no terreno, como
ordem de grandeza, exemplifica-
se no quadro.
Fundações: Estacas Mega ou de
Reação

 Este tipo de estaca é indicado para


recuperação de estruturas que
sofreram algum tipo de recalque ou
dano ou para reforço de
embasamento nos casos em que se
deseje aumentar a carga sobre a
fundação existente. Na sua execução
é usado pessoal e equipamento
especializados e utilizam módulos de
estacas pré-moldados sendo sua
cravação conseguida por reação da
estrutura existente.
 Os elementos constituem de uma
ponta que pode ser em aço ou, mais
freqüente, de concreto pré-moldado
e por módulos extensores em
formato de tubo, ou seja oco por
dentro, com encaixes, de modo que
fiquem bem travados. A solidarização
é conseguida, após atingir a nega
(por reação), colocando-se a
armadura e concretando-se na parte
oca da estaca, deixando esperas. Por
fim é conveniente executar um bloco
de coroamento logo acima de um
Fundações: Estacas Mega ou de
Reação

 Foto abaixo o macaco hidráulico apoiando-


se nas fundações e empurrando a estaca
Mega para baixo, até encontrar o valor de
reação e iniciar a suspensão da fundação
recalcada.
 Foto ao lado, momento da inserção de novo
estágio da estaca.
 No esquema abaixo é apresentado a estaca
pronta com o bloco de solidarização, o
travesseiro e o canal de solidarização dos
elementos pré-moldados após a
concretagem.

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