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ASSU/RN
20/05/2021
O ENSINO REMOTO NO CONTEXTO PANDÊMICO: REFLEXÕES ACERCA DA
HUMANIZAÇÃO EM MEIO AO COVID 19
RESUMO
Este artigo reflete o quadro pandêmico vivenciado no Brasil, no mundo, e mais precisamente
no Estado do Rio Grande do Norte, considerando as complexidades desse novo momento
ocasionado pela alta contaminação pelo novo Coronavírus. Se embasa na discussão
apresentada por Lopes e Lopes (2020), quanto a organização da humanização no ensino
remoto e no contexto familiar. Busca com as considerações que aqui se apresentam mostrar a
gravidade da situação e a necessidade do ensino remoto, bem como as dificuldades
vivenciadas desde março de 2020 aos dias atuais no tocante ao processo ensino aprendizagem
e atividades laborais por meio remoto. Tem seu enfoque no pensamento que busca valorizar a
ação docente, por entender que esta é necessária, contudo, ainda enaltece o papel da família
para a construção de uma educação humanizada, que prima pelo desenvolvimendo realmente
humano.
RESUMEN
Este artículo reflexiona la situación pandémica que se vive en Brasil, en el mundo, y más
precisamente en el estadio de Río Grande do Norte, considerando las complejidades de este
nuevo momento causadas por la alta contaminación por el nuevo Coronavirus. Embazase en
el debate presentado por Lopes y Lopes (2020), cuanto la organización de la humanización en
la educación remota y en el contexto familiar. Busca con las consideraciones aquí
presentadas mostrar la gravedad de la situación y la necesidad de enseñanza a distancia, así
como las dificultades experimentadas desde marzo de 2020 hasta la actualidad con respecto
al proceso de enseñanza de aprendizaje y actividades de trabajo a través de medios remotos.
Se centra en el pensamiento que busca valorar la acción docente, porque entiende que es
necesario, sin embargo, todavía alaba el papel de la familia para la construcción de una
educación humanizada, que sobresale en el desarrollo verdaderamente humano.
INTRODUÇÃO
Discutir sobre a pandemia que dominou o mundo desde o ano de 2020 tem sido uma
constante dentro da sociedade. Buscam-se estratégias para redução do contágio, buscam-se
ações que visem um tratamento eficaz para redução da mortalidade, e por fim, elencam-se
estratégias para a retomada das aulas presenciais, paralisadas desde março de 2020.
Nesse contexto, aqui neste artigo, pretende-se discutir sobre a questão do processo
ensino aprendizagem dentro da pandemia do novo Coronavírus, em que discorre-se sobre as
ideias de Lopes e Lopes (2020), quando consideram necessária a humanização na educação
remota.
Organizado em tópicos, este mostra o princípio da pandemia no Estado do Rio Grande
do Norte, apresentando dados estatísticos e leis que respaldam as medidas preventivas. Em
seguida, discorre sobre os professores da rede pública, diante do desafio de se reinventar em
meio a pandemia para oferecer um ensino significativo aos seus alunos, bem como a
importante participação familiar nessa nova realidade. Por fim, apresenta a questão do ensino
humanizado, em que mais do que nunca, torna-se primordial nesse tempo pandêmico.
As discussões se apresentam de modo sucinto e busca responder ao seguinte
questionamento: por que falar em humanização em período de pandemia? Assim, objetiva-se
com este trabalho apresentar não apenas a necessidade do professor para a sociedade, mas
também determinar que ação humanizadora neste momento é essencial para ensinar e
aprender.
Portanto, cabe aqui a reflexão, construindo pontes que conduzam a novos caminhos e
transformem o processo educativo, não apenas enquanto se vivencia o “novo”, mas que se
estenda aos demais momentos da educação.
Com esses dados, o que se pode apreender é que em meio a uma situação conflituosa,
o contexto educacional necessitou se reinventar, transformar práticas estritamente pessoais
em práticas coletivas, adaptar-se ao novo e driblar as dificuldades que surgiram no decorrer
dos meses em que se alastra essa pandemia.
Muitas coisas devem reajustar o próprio rumo, mas antes de tudo é a humanidade
que precisa mudar. Falta a consciência duma origem comum, duma recíproca
pertença e dum futuro partilhado por todos. Esta consciência basilar permitiria o
desenvolvimento de novas convicções, atitudes e estilos de vida. Surge, assim, um
grande desafio cultural, espiritual e educativo que implicará longos processos de
regeneração. (PAPA FRANCISCO, apud LOPES & LOPES, 2020, p. 77).
Num parâmetro educacional em que estar em contato com os alunos, olho no olho, é
de suma importância para o processo ensino aprendizagem, colocar-se diante de um período
em que há o distanciamento social e o contato se faz por meio de mensagens de audio, vídeos
e fotografias, se constitui em um ponto de reflexão para o docente, que está tão habituado ao
contato humano, numa prática constante de humanização.
Se manter a atenção dos alunos em sala de aula em determinados era difícil, em um
ensino remoto é atividade desafiadora e leva o professor a inovar sua prática, oferecer o novo,
conduzir a um determinado nível de interesse com atividades que façam sentido por meio da
tela de um celular ou computador.
Desse modo, estando o professor adequando-se a esta nova realidade, transformando
saberes e construindo com seus alunos novos vínculos, é que se reflete sobre a questão da
participação familiar nesse novo modelo educacional. É preciso que se entenda que o
ambiente escolar é diferente em todos os sentidos do ambiente familiar. E as dificuldades
tanto de professores quanto de familiares está justamente em assimilar as divergências e
trabalhar em conjunto para a superação das mesmas.
Os professores que trabalham em casa, ministram aulas, planejam, separam materiais,
também são pais e mães e vivenciam as mais diversas inquietações no campo familiar e
profissional, considerando que é preciso organização temporal para que todas as suas
atividades sejam desenvolvidas. Mas em um contexto de estresse e incertezas como reagir a
tudo isso? Por meio da humanização.
Além dos professores, cabe também falar dos pais ou responsáveis. Estes, nesse
momento crítico que se apresenta ainda nos dias atuais no país, têm passado por desafios
constantes no tocante ao processo ensino aprendizagem. Muitos trabalham em home office e
necessitam igualmente dedicação laboral e cumprir com suas responsabilidades familiares e
domésticas, pois conforme afirma Moser (apud MACHADO, 2020, p. 31), “é hora de se
repensar o sentido da família e da vida em família, da convivência em família e comunidade,
e despertar para a solidariedade”.
Um ponto positivo que se apresenta é o reconhecimento da atuação do professor e sua
importância, reconhecendo seu valor dentro da sociedade. Os pais se veem diante de um
processo educativo que necessita paciência, compreensão, maleabilidade, e
consequentemente, demanda retomada de estudos. Nesse momento, é imprescindível que eles
percebam que sua atuação é preponderante para o desenvolvimento das aulas.
Está sendo verdadeiramente desafiador cumprir então com esse ensino remoto, tanto
para professores quanto para os familiares. Mas diante desse contexto, adequar-se é
necessário. A adaptação é determinante para o sucesso desse processo ensino aprendizagem
que se desenha, em que as incertezas são tão frequentes. E por isso, cabe falar em
humanização, para que haja melhor entendimento por parte de todos os envolvidos que é um
desafio temporário, transformador e que conduzirá a um novo olhar quanto à educação.
O que é um justo? É alguém que põe sua força a serviço do direito e dos direitos, e
que, decretando nele a igualdade de todo homem com todo outro, apesar das
desigualdades de fato ou de talentos, que são inúmeras, instaura uma ordem que não
existe, mas sem a qual nenhuma ordem jamais poderia nos satisfazer. O mundo
resiste, e o homem. Portanto, é preciso resistir a eles – resistir antes de tudo à
injustiça que cada um traz em si mesmo, que é si mesmo (SPONVILLE apud
LOPES & LOPES, 2020 p. 78).
Então, no ensino remoto, vivenciado desde março de 2020 pelas escolas estaduais e
municipais no Estado do Rio Grande do Norte, a humanização consiste na sensibilidade de
conduzir o processo ensino aprendizagem da melhor forma, entendendo que o ser humano é
repleto de indagações, incertezas, mas que buscam constantemente humanizar-se. Trazer para
o mundo a empatia, o entendimento do outro, deixando de lado o egocentrismo e egoísmo,
que foram e são tão presentes na sociedade, tendo como premissa o respeito à tudo que diz
respeito ao outro.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua
portuguesa. Rio de Janeiro: Positivo, 2010.
LOPES, Luís Fernando; LOPES, Maria Aparecida da unha. Humanos demasiado humano:
educação em tempos de Covid 19. In: MACHADO, Dinamara Pereira. Educação em tempos
de Covid 19 [livro eletrônico]: reflexões e narrativas de pais e professores. 1.ed. Curitiba:
Editora Dialética e Realidade, 2020. PDF.