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Faculdade de Ciências Agrárias

Licenciatura em Engenharia Florestal


IIº semestre, Iº ano
Cadeira: Climatologia

TRABALHO PRÁTICO

VENTOS

Unango, Março de 2022


Universidade Lúrio
Faculdade de Ciências Agrárias
Licenciatura em Engenharia Florestal
IIº semestre, Iº ano
Cadeira Climatologia

TRABALHO PRÁTICO

VENTOS

Discentes Docente
Arnaldo John Nanguidya PhD. Marcelino Muleva

Unango, Março de 2022

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Índice
I. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4
1.1. Objetivos ................................................................................................................................. 4
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................... 5
2.1. Vento ....................................................................................................................................... 5
2.1.1. Origem ................................................................................................................................ 5
2.1.2. Tipos de ventos ................................................................................................................... 6
2.1.2.1. Ventos constantes............................................................................................................... 6
2.1.2.2. Ventos periódicos............................................................................................................... 7
2.1.2.3. Ventos locais ...................................................................................................................... 8
2.2. Instrumentos usados para a medição do vento ........................................................................ 9
2.3. Importância do vento (plantas) ............................................................................................. 10
III. PRINCIPAIS CONSTATACÕES .................................................................................... 11
IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 12

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I. INTRODUÇÃO

Este coerente trabalho de climatologia, ira debruçar o vento como o tema principal, ao longo
do seu desenvolvimento, estarão citados o conceito, importância, origem e tipos do vento,
como tema principal acima citado.
É importante salientar que o desenvolvimento do trabalho estará relacionado com a área
florestal, porquê com isso vamos passar a saber que impacto o vento tem ou que correlação o
vento tem com o nosso curso.

O vento: é um elemento climático que influencia diretamente no microclima de uma área na


atmosfera, interferindo no crescimento de plantas e animais, tendo tanto efeitos favoráveis
assim como desfavoráveis.

1.1.Objetivos

1.1.1. Geral:
➢ Desenvolver o tema de modo que seja compreensível a correlação entre o vento e a
floresta;
1.1.2. Específicos:
➢ Falar do conceito do vento;
➢ Origem;
➢ Tipos;
➢ Importância
➢ Instrumentos usados para medir o vento;

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II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1.Vento
Antes de abordar do vento devemos ter em conta o que são elementos climáticos. Elementos
climáticos são grandezas meteorológicas que podem ser medidas por instrumentos
específicos e são responsáveis pelas características que retratam o estado da atmosfera, em
que um dos elementos climáticos é o vento.

Vento é o ar em movimento. É o deslocamento frequente e contínuo do ar na superfície


terrestre. Embora não consigamos ver o ar se movimentando, somos capazes de identificar
sua existência e intensidade por meio do balançar das árvores, deslocamento de folhas, areia e
poeira. Sentimos o ar se deslocando pelo toque em nosso corpo, observamos a movimentação
das nuvens e das dunas no litoral. A pipa no céu usa o vento para se manter no alto e cata-
vento gira pelo efeito do deslocamento do ar.

2.1.1. Origem
O vento é a deslocação de gases atmosféricos em grande escala causada por diferenças na
pressão atmosférica. Quando uma região da Terra aquece, a pressão atmosférica nessa região
diminui e o ar eleva-se. Isto cria uma diferença na pressão atmosférica, fazendo com que o ar
envolvente, mais frio, se desloque da área de maior pressão (anticiclónica) para a área de
menor pressão (ciclónica). Uma vez que a Terra se encontra em rotação o ar é também
deslocado pela força de Coriolis, exceto exatamente na linha do equador. Em termos globais,
os dois principais fatores dos padrões de vento em grande escala (a circulação atmosférica)
são a diferença de temperatura entre o equador e os polos (a diferença de absorção de energia
solar que provoca forças de impulsão) e a rotação do planeta.

Fora dos trópicos e nas camadas superiores da atmosfera, os ventos de grande escala tendem
a aproximar-se do equilíbrio geostrófico. Perto da superfície terrestre, o atrito faz diminuir a
velocidade do vento e faz com que os ventos soprem mais para o interior das áreas de baixas
pressões. Uma teoria nova e controversa sugere que os gradientes atmosféricos são causados
pela condensação de água induzida pelas florestas, o que provoca um ciclo de
retroalimentação positiva em que as florestas atraem ar húmido a partir da costa marítima.

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2.1.2. Tipos de ventos
Existem vários critérios para a classificação dos ventos, nas quais os mais destacados são:
ventos constantes, periódicos e locais.

2.1.2.1. Ventos constantes


Existem três conjuntos de ventos constantes que dominam a circulação atmosférica na Terra:
os alísios, os ventos de oeste e os ventos polares de este. Os alísios sopram de este e
dominam as correntes que atravessam os trópicos da Terra em direção ao equador.

Os ventos do oeste sopram de oeste e dominam as latitudes intermédias, entre os 35 e 60


graus. Os ventos polares sopram de este e dominam as regiões polares acima dos 60 graus de
latitude. Os ventos são menos intensos perto da latitude da crista subtropical, onde a
humidade relativa da massa de ar é menor. Os ventos mais intensos sopram nas latitudes
intermédias, onde o ar frio polar se encontra com o ar quente tropical.

Os ventos alísios são os ventos predominantes nos trópicos. Estes ventos deslocam-se nas
camadas inferiores da troposfera junto à superfície terrestre. Os alísios sopram
predominantemente a partir de nordeste no hemisfério Norte e de sudeste no hemisfério Sul,
das regiões tropicais em direção ao equador, e são mais fortes durante o inverno. Estes ventos
orientam a deslocação dos furacões tropicais que se formam nos oceanos Atlântico, Pacífico e
Índico e se dirigem, respetivamente, para a América do Norte, Sudeste Asiático e África
Ocidental. Os alísios do norte e do sul encontram-se numa zona envolvente ao equador
denominada zona de convergência intertropical.

Figura 1: ventos alísios.

Os ventos do oeste são os ventos dominantes nas latitudes intermédias, entre os 35 e 65


graus de latitude. No hemisfério norte, estes ventos sopram predominantemente a partir de

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sudoeste em direção ao equador, enquanto no hemisfério sul sopram predominantemente a
partir de noroeste, também em direção ao equador.

Os ventos do oeste têm um papel importante ao transportar os ventos e águas quentes


equatoriais para as costas ocidentais dos continentes e em direção às regiões polares. Devido
aos ventos persistentes de oeste, nas fronteiras polares das altas subtropicais do Atlântico e
do Pacífico as correntes oceânicas são conduzidas de forma semelhante em ambos os
hemisférios. Devido à diferença de força entre os ventos de oeste nos dois hemisférios, as
correntes oceânicas do hemisfério norte são mais fracas do que as do hemisfério sul.

Os ventos polares ocorrem nas células polares e são ventos prevalentes frios e secos que
sopram dos planaltos polares norte e sul em direção às regiões de baixa pressão nas latitudes
dos ventos do oeste. Ao contrário dos ventos do oeste, estes ventos prevalentes sopram de
este em direção a oeste e são muitas vezes fracos e irregulares. Devido ao menor ângulo de
incidência solar, o ar frio acumula-se nos polos e cria áreas de elevada pressão na superfície,
o que força o ar a deslocar-se em direção ao equador.

2.1.2.2. Ventos periódicos


As brisas e as monções são ventos periódicos que sopram alternadamente numa direção e na
direção inversa. Este tipo de ventos forma-se devido às diferenças entre o aquecimento dos
oceanos e dos continentes.

Uma monção é um vento periódico acompanhado por alterações de precipitação que, na


estação quente, sopra do mar em direção a terra – monção marítima, húmida e chuvosa e, na
estação fria, sopra de terra em direção ao mar – monção terrestre e seca. Estes ventos têm a
duração de vários meses e são causados pelo aquecimento assimétrico entre a terra e o mar.

Na maior parte das monções da estação quente, os ventos dominantes sopram de oeste e têm
tendência a subir e provocar quantidades significativas de chuva, devido à condensação de
vapor no ar em ascensão. No entanto, a intensidade e duração das chuvas não é uniforme de
ano para ano. Por outro lado, nas monções de inverno os ventos dominantes sopram de este e
têm tendência a divergir, diminuir de intensidade e provocar secas.

Brisa costeira em regiões costeiras, as brisas marítimas e terrestres podem influenciar


significativamente os ventos dominantes de determinada localidade. Como a água tem maior
capacidade térmica do que a terra, o sol aquece o mar mais lentamente do que o terreno da
costa. À medida que a temperatura da superfície do terreno aumenta, o ar por cima dela é

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aquecido através de condução térmica. Este ar quente é menos denso do que a envolvente, o
que faz com que suba. Isto causa um gradiente de pressão de cerca de 2 milibars entre o
oceano e a terra.

O ar fresco por cima do mar, que agora tem maior pressão, desloca-se em direção a terra, o
que cria uma brisa fresca junto à costa. Quando os ventos de grande escala estão calmos, a
força da brisa marítima é diretamente proporcional à diferença entre de temperatura entre a
terra e o mar. No entanto, se existir vento costeiro superior a 8 nós (15 km/h) é pouco
provável que se forme uma brisa marítima.

Figura 2: Brisa marítima;

Durante a noite a terra arrefece mais rapidamente do que o mar devido às diferenças de
capacidade térmica. Esta alteração na temperatura faz com que a brisa marítima diurna se
dissipe. Quando a temperatura do ar em terra se torna menor que a do mar e,
consequentemente, a pressão atmosférica no mar se torna menor do que a da terra, forma-se
uma brisa terrestre, desde que não existam ventos que a ela se oponham.

2.1.2.3. Ventos locais


Os ventos locais são bastante influenciados pelos elementos de paisagem de superfície,
principalmente pelo relevo, florestas, bosques, savanas e edifícios. As árvores têm impacto
direto nos ventos e na turbulência do ar, e indireto na deposição de poeiras, na temperatura,
na evaporação, na mistura da coluna de ar e na regularidade do vento, o que é determinante,
por exemplo, para a instalação de parques eólicos. As florestas e os desertos podem diminuir
ou aumentar, respetivamente, a velocidade do vento entre 5 e 15%.

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Ventos de montanha: Em terrenos de elevada altitude, o aquecimento do terreno é superior
ao do ar envolvente à mesma altitude, o que cria uma depressão térmica sobre o terreno. Em
áreas de topografia acidentada, a circulação de vento entre a montanha e o vale é o fator que
mais contribui para os ventos prevalentes. As colinas e os vales distorcem substancialmente o
fluxo de ar, ao aumentar o atrito entre a atmosfera e a terra. Bloqueado pelas montanhas, o
vento é defletido paralelamente à topografia, criando uma corrente de jato. Esta corrente é
capaz de aumentar a força de ventos fracos até 45%. A geometria do relevo também altera a
direção do vento.

2.2.Instrumentos usados para a medição do vento


A direção do vento é geralmente expressa de acordo com a direção em que o vento tem
origem. Por exemplo, o vento de nortada sopra do norte para sul. Os cata-ventos giram sobre
si próprios para indicar a direção do vento. As mangas de vento, usadas principalmente em
aeroportos, não só indicam a direção como também podem ser usadas para estimar a
velocidade do vento de acordo com o ângulo da manga. A velocidade do vento é medida com
anemómetros, sendo os mais comuns os de copo e de hélice.

Quando são necessárias medições de maior precisão, como em investigação científica, o


vento pode ser medido pela velocidade de propagação de sinais ultrassónicos ou pelo efeito
da ventilação na resistência de um arame aquecido. Um outro tipo de anemómetro usa tubos
de Pitot que tiram partido do diferencial de pressão entre um tubo interior e outro exterior
expostos ao vento. A pressão dinâmica assim obtida é depois usada para calcular a velocidade
do vento.

Figura 3: Anemómetro.

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2.3.Importância do vento (plantas)
A dispersão de sementes pelo vento (anemocoria) é uma das principais formas de
disseminação de sementes. A dispersão pelo vento pode assumir uma de duas formas básicas:
as sementes podem ser transportadas pela brisa ou, em alternativa, podem flutuar suavemente
até ao solo. Os exemplos clássicos destes mecanismos de dispersão são o dente-de-leão, que
têm um papilho anexo às sementes e pode ser transportado ao longo de grandes distâncias, e
o ácer, cujas sementes têm asas e flutuam até ao solo.

A anemófila é um processo similar à anemocoria, com a diferença de ser o pólen a ser


disperso pelo vento. Umas grandes quantidades de famílias de plantas são dispersas desta
forma, que é preferida quando os indivíduos das espécies de plantas dominantes se encontram
concentrados em pouco espaço.

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III. PRINCIPAIS CONSTATACÕES
Durante o desenvolvimento do trabalho constato se que o Vento é o ar em movimento. É o
deslocamento frequente e contínuo do ar na superfície terrestre. Embora não consigamos ver
o ar se movimentando, somos capazes de identificar sua existência e intensidade por meio do
balançar das árvores, deslocamento de folhas, areia e poeira. Sentimos o ar se deslocando
pelo toque em nosso corpo, observamos a movimentação das nuvens e das dunas no litoral. A
pipa no céu usa o vento para se manter no alto e cata-vento gira pelo efeito do deslocamento
do ar.

O vento é a deslocação de gases atmosféricos em grande escala causada por diferenças na


pressão atmosférica. Quando uma região da Terra aquece, a pressão atmosférica nessa região
diminui e o ar eleva-se. Isto cria uma diferença na pressão atmosférica, fazendo com que o ar
envolvente, mais frio, se desloque da área de maior pressão (anticiclónica) para a área de
menor pressão (ciclónica). Uma vez que a Terra se encontra em rotação o ar é também
deslocado pela força de Coriolis, exceto exatamente na linha do equador.

Existem vários critérios para a classificação dos ventos, nas quais os mais destacados são:
ventos constantes, periódicos e locais.

Com isso podemos afirmar que este elemento do clima tem uma correlação com o sector
florestal, ajudando não só no crescimento da planta mas também na diversificação das plantas
na própria floresta.

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IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vento#cite_note-natgeo-23

https://www.infoescola.com/geografia/origem-e-tipos-de-ventos/

https://www.todamateria.com.br/fatores-que-influenciam-o-clima/

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/vento.htm

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