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Transcrição:
É sequencial: conforme a matriz
Ser assimétrica: uma só cadeia de ADN é transcrita
Início numa zona determinada, denominada o promotor.
O sentido da transcrição dá-se da 5’ para 3’, sendo adicionados de forma gradual os nucleótidos
complementares.
Nos procariotas a transcrição e tradução pode ser realizada ao mesmo tempo, ocorrendo no
citoplasma, contudo nos eucariotas estes processos ocorrem em sítios diferentes, não ocorrendo
em simultâneo.
São formadas por várias subunidades (alfa, beta, beta prime, sigma e ómega), nomeadamente o
fator sigma que vai reconhecer o promotor e ligar-se ao mesmo. A subunidade alfa e ómega
têm função desconhecida.
“Enhancer element” – 200 pb (estimulação da expressão de alguns genes). Estes podem não
estar próximos do promotor, podendo ser o DNA a fazer um processo de lupping para se
aproximar.
O fator sigma permite o início da transcrição, enquanto o fator oho inibe a transcrição (para).
O fator sigma liga-se à RNApolimerase, que permite a ligação desta ao promotor, ocorrendo a
reciclagem do fator sigma após o início da transcrição.
- TATA box ou TATAAA (ou uma variante) - localizada upstream (– 25 pb) do início
do gene.
- Existe em genes com elevado grau de transcrição pela ARN polimerase II (síntese das
histonas ou células específicas – produção da β globina).
- CAAT box - localizada upstream (-80 pb) do início do gene – o mais forte
determinante da eficiência do promotor.
Enhancer:
- Podem estar situadas a montante ou a jusante do gene (por vezes a grande distância).
Silencer:
Proteger o transcrito primário da acção 5’—3´ exonucleases (para que não seja
degradado no citoplasma).
Facilitar o transporte do ´núcleo para o citoplasma.
Facilitar o “splicing” - Promover a ligação à subunidade 40s do rARN.
Promover a ligação à subunidade 40s da rRNA.
POLIADENILAÇÂO:
(catalisada pela poli(A)polimerase)
Finalidade:
Nota: o transcrito primário do gene das histonas não sofre poliadenilação, mas está dependente
de uma estrutura secundária de ARN (sequência consensus em hairpin a montante do corte) e de
uma sequência curta a jusante que emparelha com snARN (U7).
Splicing:
Remoção das zonas não codificantes, os intrões, e união das zonas codificantes, ou seja dos
exõs.
Após a transcrição apresentamos o transcrito primário que sofre capping e poliadenilação,
seguindo-se a remoção sequencial dos intrões (redução do tamanho da cadeia).
Regra de Chambon:
As duas primeiras bases dos introns (5’) são GT.
As duas últimas bases dos introns (3’)são AG.
É mediado por um complexo RNA-proteínas, formado por cinco tipos de snRNA e por mais de
50 proteínas específicas (spliceosoma).
Tipos de spliceossomas:
Major – (GU-AG)spliceosoma:
Processo clássico GT-AG e que se encontra na maior parte dos intrões de genes que codificam
para polipéptidos.
RNA de transporte:
O RNA de transporte maduro apresenta uma estrutura em trevo devido aos nucleótidos que não
têm complementaridade.
No RNA de transporte os intrões também são removidos e ocorre a ligação dos exões através da
splicing ligase.
A ligação do aminoácido dá-se na extremidade na extremidade 3’ (braço aceitador), sendo
característica a sequencia CCA.
RNA ribossomal:
RNA e proteínas Ribossoma.
O RNA ribossomas é constituído por uma grande subunidade (50s) e uma pequena (30s),
originando a unidade 70s, que devido à união diminuía a área de superfície.
Tradução:
Síntese proteica:
A tradução envolve o RNA mensageiro, ribossomal e de transporte, e é um processo que ocorre
no citoplasma.
Código genético:
Existem dois códigos genéticos: mitocondriais e nuclear.
• Linear (a ordem de sucessão dos codões determina a sequência dos aa nas cadeias
peptídicas).
• Universal (idêntico em todas espécies conhecidas).
• Degenerado (para os 64 tipos diferentes de codões, só existem 20 aa).
• É pontuado (existem codões que representam sinais de iniciação e de terminação).
• Não é ambíguo (a um determinado codão apenas corresponde um aa).
• É de interpretação extrínseca (a transferência da informação é efectuada por um
mARN – indirecta).
Nota: numa grande variedade de células, humanas inclusive, alguns mensageiros codificantes
podem interpretar alternativamente UGA (STOP) como o 21º aa – seleno-ceisteína e UAG
(STOP) como glutamin
A formação das ligações peptídicas é catalisada pela ARN-peptidil-transferase que reside nos
componentes ARN da grande subunidade.
Mutação e Reparação:
A modificação do genoma pode ocorrer por:
Mutação: diz-se que há uma mutação genética quando os genes mudam de uma forma alélica a
outra.
Espontânias:
Radiações cósmicas.
Pela radioatividade terrestre permanente.
Pela radiação interna do corpo humana.
Induzidas:
Agentes físicos (radiações ionizantes e não ionizantes)
Agentes químicos (Ex: aminoporinas)
Somáticas:
Não existe transmissão para a descendencia
Os efeitos dependem se a mutação ocorre tardiamente (colones com menor mutação),
mais percose (existe um maior numero de células com a mutação)
Germinais:
Existe transmissão (mutação nos gâmetas)
Transversões: entre bases de famílias diferentes (são mais frequentes pelo número de
possibilidades).
Crossing-over desigual:
Genes que sofre a ação das transposases que permitem a troca de genes, sendo desigual quando
ocorre de forma desequilibrada.
Consequências das mutações:
Ocorre uma mutação génica, podendo ocorrer a reversão ou supressão.
Hemoglobinopatias:
A mutação de uma base, que em termos de transcrição e tradução verifica-se uma alteração no
aminoácido e consequentemente existe diferença na organização estrutural da proteína
(aminoácido solúvel e insolúvel), podendo polimerizar e formar trombos ou hemos.
Mutações do genoma:
Ex: S. Prader-Willi (transmissão paterna) e S. Angelman (transmissão materna)
Reparação do DNA:
• As células Eucariotas podem reparar o seu ADN (nuclear).
• O fenómeno é mais eficiente em algumas espécies.
• O ADN mitocondrial (mADN) não possui esta característica.
1. Fotoreactivação:
Não existe no homem, mas sim nos fungos.
As fotoliases são enzimas que absorvem energia a partir da luz visível e utilizam-na
para localizar e ligarem-se às pirimidinas em dímero, quebrando assim a ligação extra.
2. Excisão
Dois subtipos:
3. Mismatch-repair:
As enzimas de replicação do ADN atuam em pequenas zonas “como que salientes” quando
contêm um erro. As enzimas de excisão cortam a base errada para ser substituída pela
correta. Ocorrem em zonas dos cromossomas com micro e minissatélites.
5. Tolerância ao erro
Certas polimerases fazem um bypass à base errada inserindo outra e continuando a leitura.
A reparação do ADN é crucial para a saúde. Mutações que afetam as reparações do ADN
causam problemas graves (Ex: Xeroderma-pigmentosum – indivíduos que não podem estar à
exposição solar, pois desenvolvem carcinomas muito graves e de forma muito rápida).
A decisão crucial se uma célula cujo ADN foi lesado deve ou pode ser reparado, cabe ao gene
p53.
Este gene, situado no braço curto Cromossoma 17, codifica para uma proteína
de 53 kD, tem 393 codões e 11 exões e na extremidade N terminal tem um
domínio que activa a transcrição (ACT).
Normalmente este gene está inactivo.
A proteína deste gene desempenha um papel fundamental na regulação do ciclo
celular e é um factor de transcrição.
A alteração do p53 por uma mutação ou por acção de uma proteína
oncogénica, induz uma alteração do ciclo celular e o aparecimento de um
tumor.
Envolvido na replicação celular (ciclo celular).
➢ Se a lesão não permitir a reparação, o ciclo é acelerado – apoptose (ativação das caspases).
Se a lesão é do próprio p53 ou de uma proteína oncogénica de origem viral ligada à proteína
do gene p53, o ciclo é acelerado (G1=>S), não existe tempo para a reparação e origina-se um
tumor (obrigatoriamente).
Expressão do DNA:
Mutação:
Silenciosa: alteração não conduz a aminoácido alterado (devido ao código genético
degenerado). Este tipo de mutações não provoca alteração da sequência polipeptídica, porque o
codão alterado continua a codificar para o mesmo aminoácido.
Missense: este tipo de mutação pode conduzir a polipéptidos alterados em termos de estrutura
ou função.
Nonsende: este tipo de mutação conduz a um codão STOP precoce, conduzindo a polipéptidos
truncados.
Genética do cancro:
Tumor: significa qualquer lesão que ocupa espaço.
Neoplasia: significa crescimento novo, e este crescimento pode ser benigno ou maligno.
Cancro: palavra muitas vezes utilizada como a nomeação de uma neoplasia que tem
crescimento invasor e que é capaz de originar metástases.
O cancro é causado por alterações genéticas em células normais, mas não quer dizer que seja
herdado.
No caso do cancro, são necessárias várias alterações genéticas para que se origine uma
neoplasia.
Mutação no gene p53 provoca a falha da reparação genética no ciclo celular e a apoptose,
podendo originar tumores.