Você está na página 1de 20

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO


CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM COMÉRCIO EXTERIOR

NATURA&CO.
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM VII

Aluno: Reynaldo Corralles Filho

SANTOS
2022
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

1
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM COMÉRCIO EXTERIOR

NATURA&CO.
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM VII

Aluno: Reynaldo Corralles Filho

Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM VII, apresentado como


um dos pré-requisitos para aprovação do bimestre vigente,
no Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior.

SANTOS
2022

2
RESUMO
Esse Projeto Integrado Multidisciplinar VII objetiva realizar uma análise de que
maneira se processou a globalização da organização Natura tornando-se a Natura&CO.
Internacionalizar uma empresa é uma metodologia em adquirir a parcialidade ou a
totalização de receita com a iniciação de determinada operação internacional, através de
aliança estratégica, exportaçãoes, licenciamentos, adquirir-se determinada empresa do
mesmo seguimento em outras nações ou erguimento de uma subsidiária própria. Pelo
meio de pesquisas exploratórias qualitativas, foram analisadas informações
disponibilizadas pela Natura através da exposição de relatórios diversos, consultas em
artigos acadêmicos, onde pudemos descortinar como uma indústria nacional de pequeno
porte obteve reconhecimentos de empresas internacionais, onde conseguiu realizar a
compra de outras patentes internacionais sempre voltadas para as responsabilidades
ambientais e sociais, sem jamais deixar sua cerne brasileira.

PALAVRAS-CHAVE: Globalização. Exportações. Natura&CO.

ABSTRACT
This Integrated Multidisciplinary Project VII aims to carry out an analysis of how the
globalization of the Natura organization took place, becoming Natura&CO.
Internationalizing a company is a methodology for acquiring the partiality or
totalization of revenue with the initiation of a certain international operation, through a
strategic alliance, exports, licensing, acquiring a certain company of the same segment
in other nations or the erection of a subsidiary of its own. Through qualitative
exploratory research, information provided by Natura was analyzed through the
exposure of various reports, consultations in academic articles, where we were able to
discover how a small national industry obtained recognition from international
companies, where it managed to purchase other international patents. always focused on
environmental and social responsibilities, without ever leaving its Brazilian core.

KEYWORDS: Globalization. Exports. Natura&CO.

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................. 0

3
5
1.HISTÓRICO DA NATURA&CO.............................................................................. 0
5
1.1 MISSÃO VISÃO E VALORES DA NATURA&CO............................................. 0
8
2. ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA DA NATURA&CO................................ 0
9
2.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL SOCIOAMBIENTAL E AMBIENTAL........... 1
2
2.1.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL DA NATURA&CO...................................... 1
2
2.1.2 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DA NATURA&CO.................. 1
2
2.1.3 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL DA 1
NATURA&CO............................... 3
2.2 AGENDA 2030...................................................................................................... 1
4
3. NEGÓCIOS INTERNACIONAIS DA NATURA&CO..................................... 1
5
3.1 OS PRINCIPAIS DESAFIOS DA INTERNACIONALIZAÇÃO......................... 1
6
4. DIREITO INTERNACIONAL........................................................................ 1
7
5. CONCLUSÃO........................................................................................................ 1
8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.......................................................................... 2
0

4
INTRODUÇÃO
Segundo Valdés (2003) “A exportação é a atividade que proporciona a abertura do país
para o mundo. É uma forma de se confrontar com os demais parceiros e,
principalmente, frequentar a melhor escola de administração, já que, lidando com
diferentes países, o país exportador assimila técnicas e conceitos a que não teria acesso
em seu mercado interno”. São vários os fatores que influem na tomada de decisão em
direção à internacionalização da empresa e as razões do investimento estrangeiro podem
classificar-se, em geral, em dois grandes grupos: o primeiro inclui investimentos que
buscam uma expansão ou diversificação do mercado e o segundo corresponde a
investimentos que perseguem vantagens do ponto de vista do custo do levantamento de
recursos.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral (FDC, 2002), os
principais motivos para as empresas brasileiras internacionalizarem-se são: busca de
economia de escala; desenvolvimento de competências para atuar em mercados
internacionais; exploração de vantagens de localização e saturação do mercado
brasileiro. Internacionalização é o processo de obtenção de parte ou totalidade do
faturamento a partir de operações internacionais, seja por meio de exportação,
licenciamento, alianças estratégicas, aquisição de empresas em outros países ou
construção de subsidiárias próprias.

1. HISTÓRICO DA NATURA&CO.

Segundo seu sítio eletrônico a Natura&CO é uma empresa de origem brasileira, seu
processo de internacionalização teve início na América Latina, e estendeu-se até outros
contentes, ao adquirir empresas estrangeiras, como a australiana Aesop, em 2013, a
inglesa The Body Shop em 2017, e a norte-americana Avon em 2019, deixando de ser
apenas “Natura” para tornar-se “Natura&CO”. Em 2020 foi classificada em primeiro

5
lugar como a empresa brasileira mais inovadora pelo “Prêmio Valor Inovação Brasil”,
levantamento desenvolvido pela PwC e pelo Valor Econômico. Devido a sua origem,
expansão e reconhecimento internacional, o presente artigo pretende analisar como
ocorreu a internacionalização da empresa Natura&CO.

A multinacional brasileira possui aproximadamente sete mil funcionários, está presente


em diversos países além do Brasil como Argentina, México, Estados Unidos e França.
Em território brasileiro, ela tem estrutura produtiva na cidade de Cajamar e Benevides.
Além disso, possui centros de pesquisa e tecnologia nos estados de São Paulo,
Amazônia e Nova Iorque. Sua dedicação em práticas voltadas para o tema
sustentabilidade, incluindo a responsabilidade ambiental, social e socioambiental, fez
com que ela se tornasse a maior organização do mundo com certificação B Corp.

As principais preocupações da Natura&CO. são a preservação da floresta, proteção do


clima, redução de resíduos, atuação para um comércio justo, combate à testes em
animais e comprometimento com a sociedade (NATURA BRASIL, 2022).

Por mais de vinte anos, a Natura&CO. se empenha no desenvolvimento de um comércio


responsável junto às comunidades brasileiras, principalmente na região amazônica. Com
suas vendas, aproximadamente 2000 famílias cultivadoras são ajudadas, totalizando em
torno de 8500 pessoas. Através desse tipo de ação a empresa garantiu a preservação de
1,8 milhões de hectares da floresta amazônica (NATURA BRASIL, 2022).

Para proteger o clima, desde 2007, a empresa controla de forma rigorosa em todas as
suas estruturas produtivas as emissões de carbono, seja no transporte, armazenamento
ou fabricação. Todo ano as emissões são avaliadas e então para compensá-las são feitos
reflorestamentos. Com o objetivo de emitir o mínimo possível de carbono, a empresa
utiliza preferencialmente transportes marítimos ou fluviais (NATURA BRASIL, 2022).

Em relação à redução de resíduos, a Natura&CO. utiliza plásticos 100% reciclados ou


verdes, reduzindo assim a quantidade de recursos para sua fabricação e de resíduos
acumulados. O plástico verde é um derivado da cana de açúcar que vem sendo cada vez
mais utilizado pela empresa. Além disso, há anos a empresa oferece a opção de produtos
com refil (NATURA BRASIL, 2022).

6
Para promover um comércio justo, a Natura&CO. é cautelosa na escolha de
ingredientes, seja respeitando a população da região amazônica ou extraindo as matérias
primas de forma que não gere desmatamento ou queimadas (NATURA BRASIL, 2022).

Se posicionando contra os testes em animais, a companhia tem a aprovação do


Programa Leaping Bunny, que possui diretrizes de padronização cruelty free. Para a
aplicação desse programa, foi definida uma data de corte fixa e foi realizada um
monitoramento dos fornecedores para garantir o cumprimento dos requisitos (NATURA
BRASIL, 2022).

O comprometimento da empresa para com a sociedade faz com que ela seja a maior
empresa B Corp reconhecida mundialmente. Esse comprometimento diz respeito a
práticas de responsabilidade socioambiental, pois beneficiam tanto a sociedade quanto o
planeta (NATURA BRASIL, 2022).

Dentro do setor onde a Natura&CO. está situada, atualmente há uma crescente


tendência em incorporar-se ativos advindos da biodiversidade da região amazônica,
como extrações de folhas, raízes e sementes, em seus produtos como forma de
diferenciação em relação às empresas multinacionais. Porém, entre as empresas
brasileiras esses ativos são aproveitados de diferentes maneiras e, consequentemente
diferentes formas de se desenvolverem sustentavelmente. Ainda levando em conta esse
aspecto de diferenciação, há empresas que utilizam essas matérias primas naturais,
porém não possuem obrigatoriamente atividades organizadas baseadas em princípios da
sustentabilidade, e há outras empresas (conhecidas como ‘empresas sustentáveis’) que,
além de usarem esses ativos, elas executam atividades de forma sustentável, tanto
ambiental quanto socialmente (NATURA, 2019).

A partir dessa internalização, as empresas tendem a rever seu poder de inovação,


recursos, processos e perspectivas diante da sustentabilidade. E é dentro desse conjunto
de organizações sustentáveis que a empresa Natura se encontra e se destaca (VILHA E
CARVALHO, 2012).

7
FONTE: GOOGLE

1.1. MISSÃO VISÃO E VALORES DA NATURA&CO.

Em conformidade com seu sítio eletrônico da Natura & CO define que sua missão é a
criação e a comercialização de mercadorias e serviços para promover o bem-estar de
seus clientes.

De acordo com as informações em seu sítio eletrônico a Natura & CO que sua visão são
através de sua conduta comercial alcançará fara sua marca ser respeitada
internacionalmente onde vai se identificar com seus clientes se comprometem com a
construção de um melhor planeta através da melhor relação consigo mesmas, com o
outro, com a natureza da qual fazem parte e com o todo.

Consoante com seu sítio eletrônico a Natura & CO define que seus valores em que tudo
é interdependente nada neste planeta existe por si só. Acredita na importância das
relações e na valorização da paz, da solidariedade e da vida em todas as suas
manifestações além de buscar permanente do aperfeiçoamento e o desenvolvimento dos
indivíduos, das organizações e da sociedade. O compromisso com a verdade é o
caminho para a qualidade das relações e seu valor e longevidade estão ligados à sua
capacidade de contribuir para a evolução da sociedade e seu desenvolvimento
sustentável.

8
FONTE: GOOGLE

2. ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA

A administração estratégica da Natura&CO. está baseada em quatro pilares


fundamentais: a força da sua marca, as relações de qualidade com todos os públicos,
os conceitos e produtos que são desenvolvidos e o compromisso com a
sustentabilidade. Objetiva , ser líder de mercado de cosméticos, construindo e
reforçando os atributos da Natura&CO. nas diferentes regiões do país, buscando a
ampliação do número de Consultoras e Consultores.

Segundo Serra, Torres & Torres, (2004) para compreender as cinco forças competitivas
devemos ter a análise do ambiente externo, e essa análise pode ser realizada por meio do
modelo de cinco forças de Porter, desenvolvido na década de 70. A Natura possui suas
forças de competitividade bem estabelecidas de acordo com os autores que propõe o
assunto, onde serão explícitas abaixo.

a) Grau de rivalidade entre as indústrias

No Brasil, de acordo com o Relatório Anual da Natura&CO o principal concorrente da


Natura&CO. é o Boticário, que distribui seus produtos às lojas de cosméticos.

b) Ameaças de novos entrantes

A ameaça de novos entrantes para a empresa Natura&CO é definida da seguinte forma


de acordo com o Relatório Anual da Natura&CO.: Um mercado difícil de entrar, se
inserir, pois exige canais de distribuição, logística estruturado, treinamento das
consultoras de venda etc.

c) Ameaças de produtos substitutos

9
Um substituto é particularmente ameaçador se representa uma melhoria significativa na
relação entre preço e desempenho em relação aos produtos da Natura. De acordo com o
Relatório Anual da Natura&CO., a Herbalife vem sendo uma empresa que possui
modalidade de vendas diretas. É um concorrente que atua com produtos substitutos
alimentares que atrelados a produtos de beleza vem ganhando mercado junto ao
consumidor.

d) Poder de barganha dos consumidores

De acordo com o Relatório Anual da Natura&CO., por serem compras individuais não
há o fator de barganha em produtos, mas, as revendedoras, que passam a ser um tipo de
comprador da Natura&CO., podem barganhar preços se adquirir grande quantidade de
produtos.

e) Poder de barganha dos fornecedores

Segundo o Relatório Anual da Natura&CO., a empresa está realizando ações de


conscientização dos fornecedores para que desenvolvam projetos de Sustentabilidade.

FONTE: GOOGLE

Segundo o autor Copeland et al (2005) todas as empresas devem explorar e desenvolver


suas vantagens competitivas para conseguir maior lucratividade. Seguindo esta
perspectiva, de acordo com o Relatório Anual da Natura&CO. é apresentada no Quadro
1 uma análise das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças inerentes aos planos de
negócio da Natura&CO.

- FORÇAS FRAQUEZAS

 Forte marca, com nome  Necessidade contínua de


reconhecido e admirado no investimentos em
mercado pela imagem marketing pesquisa e

10
associada a responsabilidade desenvolvimento para
social, ao desenvolvimento atrair e reter os
Análise Interna sustentável e a qualidade de consumidores.
seus produtos.  Total dependência dos
 Está listada no novo mercado representantes de vendas
garantindo padrões de diretas.
governança corporativa  A penetração em regiões
trazendo mais confiança aos remotas aumenta os
investidores e ao mercado. custos da logística.
 Sistema de distribuição bem
estruturado.

- OPORTUNIDADES AMEAÇAS

 Expansão nos mercados  Alto nível de exposição


brasileiro e internacional por as flutuações da economia
se tratar de uma empresa e da política brasileira já
sustentável. que o consumo de seus

Análise Externa  A variedade demográfica e produtos está relacionado


socioeconômica brasileira ao poder de compra.
permite a empresa  A nova legislação global
desenvolver produtos e local preocupada com o
diferenciados para atender as acesso e utilização da
necessidades específicas biodiversidade é um fator
desses vários nichos. que acarreta mais custos.
 Com uma loja em Paris a  A entrada de concorrentes
empresa tem a oportunidade nos canais de vendas
de exportar biodiversidade direta afeta os resultados
brasileira presente em seus da Natura &| CO.
produtos na Europa.

Fonte : Próprio Autor

2.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL, SOCIOAMBIENTAL

2.1.2 RESPONSABILIDADE SOCIAL

Atualmente, é essencial que os empresários considerem como um dos parâmetros da


gestão empresarial a Responsabilidade Social. Além disso, ela deve relacionar a
obtenção de lucro, preservação ambiental e a busca de uma qualidade de vida melhor.
(CAMINHAS; PICCHI, 2019).

11
O conceito de responsabilidade social nas empresas considera o envolvimento das
partes interessadas nos processos de determinação de normas, condutas, ações e demais
atividades que hão de ser implantadas na companhia. Entretanto, primeiramente devem
ser levados em conta uma série de valores relacionados a sociedade como melhorias de
comunidades e promoção de direitos humanos e trabalhistas, defesa e preservação do
meio ambiente e, por fim, o desenvolvimento da sociedade (RIBAS et al., 2017)

FONTE: GOOGLE

2.1.3 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Buscando reduzir seus danos no ambiente, as empresas passam a se preocupar com a


utilização dos recursos naturais e reciclagem de resíduos gerados tanto nos seus
processos produtivos quanto de seus consumidores (MASCARENHAS e COSTA,
2018).

Conforme Mascarenhas e Costa (2018), é importante citar que a questão ambiental


presente nas organizações não se trata mais de um altruísmo, mas sim um requisito
incluído nos novos métodos de produção, tornando-a essencial para sobreviverem e
competirem no mercado. As questões ambientais passam a compor um espaço de
ameaças e oportunidades, levando as organizações a posições mais vantajosas perante
suas concorrentes ou as tirando do setor.

FONTE: GOOGLE

12
2.1.4 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

Há tempos que se observa crescer a pressão social sobre as empresas, sendo elas um dos
principais agentes responsáveis pela poluição, para que elas se conscientizem a respeito
das consequências ruins de sua ação no meio ambiente. Junto a isso, um movimento
social que promove a procura de produtos “ecologicamente corretos” emerge. Por esses
motivos, as empresas fazem com que o conceito de Responsabilidade Social
Empresarial se amplifique, e, portanto, estas passam a ser mais responsáveis perante as
questões ambientais A responsabilidade socioambiental possui mais de uma perspectiva.
Elas podem significar um conceito de exigência normativa com leis e uma
responsabilidade e conduta coletivamente responsáveis num âmbito ético. Na prática,
ser uma empresa social e ambientalmente responsável representa uma imagem de
bondade, valorizando a imagem organizacional. (MASCARENHAS e COSTA, 2018).

FONTE: GOOGLE

2.2 AGENDA 2030

Uma vez que empresas se apropriam de recursos naturais para gerar seus lucros, estas
devem estar alinhadas com estratégias de desenvolvimento sustentável, já que esses
recursos não são infinitos. Assim, também deve haver uma relação que empodere
comunidades locais e reforce a governança institucional através de ações públicas.
Havendo a possibilidade de contribuição para o debate e avanços de questões
sustentáveis, é relevante analisar a fonte dos aspectos negativos e suas consequências
num contexto de gestão, obstáculos e agenda futura (MORAIS; MARTINS; SANTOS,
2020).

13
Tratada por vários agentes da sociedade, a existência da Agenda 2030 demonstra a
importância da preservação de recursos naturais e todo o sistema ambiental do mundo,
além de valorizar os direitos humanos, ligados à paz e justiça social. A Agenda de
Desenvolvimento para 2030 foi adotada pelos 193 países participantes da Assembleia
Geral da ONU. Esta recebeu o título de “Transformando nosso mundo: a Agenda para
2030 para o desenvolvimento sustentável”. É composta por 92 parágrafos, onde um
deles, mais especificamente o 59, caracteriza os 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) e as 196 metas com seus 232 indicadores (CABRAL e GEHRE,
2020; GEHRE e MARTINS, 2021; MORAIS; MARTINS; SANTOS, 2020; ONU,
2015;).

FONTE: GOOGLE

3. NEGÓCIOS INTERNACIONAIS DA NATURA&CO.

A Natura analisou o mercado francês de cosméticos para tomada de decisão de ingressar


na França por meio de entrevistas com jornalistas especializados no setor, visitando
empresas, como exemplo a L´Oreal e pesquisas com o consumidor final.

Os principais motivos que levaram a Natura&CO. a internacionalizar-se na França:

1. A França é a porta de difusão no mercado mundial de cosméticos, ou seja, sucesso na


França significa impacto positivo no mundo.

2. Possui um canal de relacionamento aberto em função de muitos fornecedores serem


franceses

14
3. Resgate da paixão do empreendedor Luis Seabra, pois quando ele fundou a Natura,
viajou várias vezes à França para entender o mercado de cosméticos.

A visão estratégica da Natura em escolher a França baseou-se no fato desse mercado ser
mais competitivo, com consumidores mais exigentes e uma vez obtendo sucesso, seria
mais fácil ingressar em outros mercados, tendo a França como referência.

FONTE: GOOGLE

3.1 OS PRINCIPAIS DESAFIOS DA INTERNACIONALIZAÇÃO DA NATURA


& CO NA FRANÇA

Apesar da operação na Europa ser relativamente pequena, não é uma tarefa fácil. O
desafio é colocar uma empresa brasileira competindo com os produtos cosméticos
franceses. Essa experiência é válida para consolidar a nossa marca. Isso nos faz
acreditar que podemos expandir esse modelo e consolidar uma operação comercial na
Europa, de uma maneira que está sendo estudada.

A estratégia para construção da marca foi um sucesso, sendo por ele identificado quatro
diferenciais:

• Uso da Biodiversidade

• Desenvolvimento Sustentável

• Brasilidade: alma brasileira, Brasil que inspira, a importância da relação, o jeito alegre
de se relacionar, acolhedor, musicalidade, entre outros.

15
• Inovação Cosmetologica: mostrar o know how da Natura através da cosmetologia.
Apresentar uma variedade de textura misturada com variedade de odores aliado aos
benefícios diferentes. A natura traz o cheiro próprio, mostra a expertise em textura
(sensorial), um com cheiro da castanha e o benefício da castanha outro com cheiro do
cupuaçu etc.

FONTE: GOOGLE

4. DIREITO INTERNACIONAL

Consoante com o relatório a ONU na Conferência de Estocolmo (1972) a proteção


ambiental e a problemática relacionada com este tema há muito que deixou de ser uma
questão apenas local, para ser considerada uma preocupação mundial e que a todos diz
respeito, sobretudo devido às constantes agressões que o meio ambiente tem sofrido no
decorrer dos últimos anos.

Conforme o tempo vai passando, é mais facilmente perceptível a necessidade de


intervir, nas questões do meio ambiente e da sua proteção. E se inicialmente esta
problemática era tratada regionalmente ou nacionalmente por se pensar que só os países
ou áreas envolvidas eram prejudicados, hoje é visível que o impacto se registra em
âmbito global.

A Conferência de Estocolmo, em 1972 surge assim como o marco inicial das


preocupações internacionais com o meio ambiente e da necessidade de se tomarem
medidas mais eficientes para a sua proteção e preservação.

16
Surge então o Direito Internacional Ambiental, decorrente dos vários tratados até então
assinados e derivando do Direito Internacional Público, levando os países signatários
desses tratados a incluírem nas suas legislações nacionais, leis e normas visando a
proteção do meio ambiente. O Direito Internacional Ambiental surge então como um
aparato jurídico, com o objetivo de proteger aquilo que é comum a toda a humanidade e
à medida que se passou a reconhecer o meio ambiente como um elemento jurídico
autônomo, o Direito Ambiental tende a tornar-se, por si só, uma disciplina jurídica
evolutiva, acompanhando as outras disciplinas do Direito.

Sendo o Brasil um país signatário de alguns desses tratados e fazendo parte da


Organização Mundial do Comércio (OMC), as questões relacionadas com a importação
de produtos vegetais, no caso presente de plantas e sementes, tem necessariamente que
obedecer a algumas normas emanadas desses tratados, sob a égide das Nações Unidas e
que a OMC procura incluir nas suas regras e normas de comércio entre os países, bem
como na obediência das Leis brasileiras, criadas no espírito de proteção do meio
ambiente e da saúde da população brasileira e baseada nas diretivas da ONU, sobretudo
dos seus programas ambientais. No decorrer deste artigo são abordados estes e outros
aspectos relacionados com a importação de plantas e sementes, normas de proteção
ambiental, bem como a evolução do Direito Internacional Ambiental.

FONTE: GOOGLE

5. CONCLUSÃO

17
A empresa Natura&CO. tem em seus modelos administrativos atitudes correspondentes
com as teorias cientificas de Planejamento Estratégico, aliada a isso podemos confirmar
que são por esses resultados mostrados acima que a Natura&CO. figura como uma líder
do mercado que atua, bem como uma marca conceituada de forma global, com amplas
condições de crescimento e consolidação no mundo dos negócios. Sendo assim
concluímos que os modelos mentais e o planejamento estratégico, são fortes aliados de
uma administração vitoriosa e próspera, a empresa compreende e analisa de forma
satisfatória conceitos que tornam uma empresa de sucesso, ou seja, bom planejamento.

A Natura&CO. vem alcançando resultados satisfatórios e crescimento acima da média


do setor nos últimos anos. É destaque no mercado de cosméticos não apenas pelo seu
crescimento, mas pelas práticas adotadas. Preocupa-se em levar para o mercado as mais
novas tendências, investe pesadamente em inovação de produtos, serviços e gestão.
Toda a estratégia da Natura&CO. está enraizada em conceitos e valores ligados ao
relacionamento, à transparência, às questões ligadas à sustentabilidade.
Por se destacar no ramo de cosméticos através da prática de inúmeras ações de
responsabilidade ambiental e social, a Natura foi escolhida para a elaboração do
presente PIM VII.

A partir de uma revisão bibliográfica e levantamento de informações de ações de


responsabilidade de cunho social e ambiental da empresa apresentadas nos Relatórios
Anuais no período entre 2015 e 2020, foi possível elaborar uma análise das ações
ambientais, sociais e socioambientais feitas pela Natura&CO.. Para tal, foi utilizado
como parâmetro a Agenda 2030, que apresenta Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável e metas a serem cumpridas.

Realizando um comparativo entre as ações praticadas pela empresa e os Objetivos


demonstrados na Agenda 2030, foi possível observar que a Natura&CO. já praticava,
em 2015, diversas ações que promovem a sustentabilidade, seja através de projetos de
desenvolvimento social, preservação de florestas, reciclagem de resíduos, até a
preocupação com a ocupação de cargos por mulheres e por funcionários com
deficiência.

A partir da relação entre as ações da empresa e a Agenda 2030, conclui-se que essa
adotou práticas sustentáveis nos três tipos de responsabilidade em questão, realizou

18
melhorias em seus processos e nos meios onde está presente, e ainda atingiu metas
dentro do período estimado.

Com sua forte atuação no âmbito sustentável, a organização encontra-se numa posição
de valor e com diferencial perante o mercado e seus consumidores. Isso se dá ao fato de
a sociedade exigir, cada vez mais, que as empresas se posicionem diante de problemas
climáticos e sociais, priorizando as mais dedicadas.

Antes mesmo de adotar a Agenda 2030, em 2011, a companhia criou o Programa Natura
Amazônia, que tinha como objetivo desenvolver a região através da solução de questões
socioambientais. Esse é um exemplo de ação sustentável que demonstra a preocupação
e esforço da empresa perante os problemas da sociedade e meio ambiente.

E dentro do período estudado nesse presente trabalho, foi possível observar a atuação da
Natura nos locais onde ela possui operações. Sendo que ela busca desenvolver as
comunidades locais nas regiões onde possui matérias-primas, amparando famílias e
fornecedores com recursos, educação e desenvolvimento. Além disso, ela se preocupa
com seus funcionários, incluindo minorias em suas equipes, oferecendo assistência,
desenvolvimento e capacitação. Outro aspecto que ganha destaque na atuação da
empresa é o papel ativo dela na sociedade através de conscientização e debates sobre
assuntos voltados à sustentabilidade e inovação.

Considerando as ações praticadas pela Natura&CO. de acordo com os ODS da Agenda


2030 e suas respectivas classificações, é possível concluir que os Objetivos mais
evidenciados, por ordem decrescente, nas práticas da empresa são: 1 – Consumo e
Produção Responsáveis; 2 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes; 3 – Trabalho Decente e
Crescimento Econômico; 4 – Redução das Desigualdades; e 5 – Vida Terrestre.

E, observando as ações com um contexto mais amplo, conclui-se que o tipo de ação que
tem mais foco é o Socioambiental. Em segundo lugar vem o Social e, em terceiro lugar,
o Ambiental. Desta forma, ficou evidente que, no período avaliado, a Natura tem
desenvolvido ações sociais, ambientais e socioambientais, mostrando na prática os ODS
da Agenda 2030.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CABRAL, R.; GEHRE, T (org). Guia Agenda 2030: integrando ODS, educação e
sociedade. São Paulo, 2020. Acesso em 06 set. 2022

19
CAMINHAS, A.M.T.; PICCHI, M. R. In: GALLI, L. C. L.A.; GARCIA, S.F.A (org.).
Estratégia Aplicada ao Agronegócio: conceitos, experiências e casos. 2. ed. Ribeirão
Preto: CEPECAF, 2020. cap. Responsabilidade Social Empresarial, p. 180-183. Acesso
em 06 set. 2022
COPELAND, T.; KOLLER, T., MURRIN, J. Avaliação de Empresas – Valuation:
Calculando e gerenciando o valor das empresas. Trad. Allan Vidigal Hastings. São
Paulo: Makron Books, 2005. Acesso em 06 set. 2022
FUNDAÇÃO DOM CABRAL. Pesquisa sobre as internacionalizações das empresas
brasileiras. Sumário executivo. 2002. Acesso em 05 set. 2022
MASCARENHAS, M. P. V.; COSTA, C. dos A. F. Responsabilidade Social e
Ambiental das Empresas. Uma perspectiva sociológica. Latitude, [S. l.], v. 5, n. 2, 2018.
DOI: 10.28998/lte.2011. n.2.1013. Disponível em:
https://www.seer.ufal.br/index.php/latitude/article/view/1013. Acesso em: 06 set. 2022
MORAIS, G. M.; MARTINS, H. C.; SANTOS, V. F. Relatórios de Sustentabilidade de
Empresas Mineradoras do Brasil:: Uma Análise do seu Alinhamento com a Agenda de
Sustentabilidade Global e Especificidades Locais. Brazilian Journal Development,
Curitiba, v. 6, n. 6, p. 39032-39059, 2020. DOI https://doi.org/10.34117/bjdv6n6-445.
Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/11905.
Acesso em 06 set. 2022
NATURA. Nossa História. Disponível em:
<https://www.natura.com.br/a-natura/nossahistoria>. Acesso em 05 set. 2022
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração de Estocolmo sobre o
ambiente humano, 1972. Disponível em:
<http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Meio-Ambiente/declaracao-
deestocolmo-sobre-o-ambiente-humano.html>. Acesso em: 19 fev. 2014. Acesso em 08
set. 2022
RELATÓRIO ANUAL NATURA - 2022. Disponível em
<http://www.natura.com.br/relatorio-anual>Acesso em 06 set. 2022
RIBAS, José Roberto; VICENTE, Túlio Vagner dos Santos; ALTAF, Joyce Gonçalves
e TROCCOLI, Irene Raguenet. INTEGRAÇÃO DE AÇÕES NA GESTÃO
SUSTENTÁVEL. Ler. Rev. eletrôn. adm. (Porto Alegre) [online]. 2017, vol.23, n.2,
pp.31-57. ISSN 1980-4164. https://doi.org/10.1590/1413.2311.112.58086. Acesso em
06 set. 2022
SERRA, F. A. R; TORRES, A. P; TORRES, M. C. S. Administração estratégica:
conceito, roteiros práticos e casos. Rio de Janeiro. Reichmann & Affonso Editores,
2004. Acesso em 06 set. 2022
VALDÉS, J. A. Marketing estratégico e estratégias competitivas de empresas turísticas:
um estudo de caso da cadeia hoteleira Sol Meliá. Tese (Doutorado em Administração de
Empresas). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de
São Paulo: São Paulo, 2003. Acesso em 05 set 2022

20

Você também pode gostar