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Em matemática, podemos representar conjuntos, subconjuntos e soluções de

equações pela notação de intervalo. Intervalo significa que o conjunto possui cada
número real entre dois extremos indicados, seja numericamente ou geometricamente.
Não é possível representar subconjuntos ou conjuntos que não sejam reais (ou
contidos nos reais) pela notação de intervalo.
Vamos, por exemplo, dizer que o conjunto A é um subconjunto dos números naturais e
que será representado por:

A={x∈N:1<x<2}
Note que qualquer elemento de A pertence ao conjunto dos naturais, porém é um
absurdo dizer que nos naturais existem números entre 1 e 2, ou seja, em ℕ não existe
o número 1,5 , por exemplo. Então, neste caso, dizemos que o conjunto A é vazio. E
será representado por:

A=∅
Logo não é correto dizer que A = ]1,2[. A não é um subconjunto dos números reais,
então nem todos os números possíveis estão no intervalo quaisquer números naturais,
ou inteiros ou racionais.
Mas, se A fosse um subconjunto dos reais, poderíamos dizer que:

A={x∈R:1<x<2}=]1,2[
O que geometricamente representamos:

º--------------------º-----------
--------

1 2

Intervalos Abertos

Dizemos que um intervalo é aberto quando seus extremos não estão incluídos.
Exemplo:

]a,b[={x∈R:a<x<b}
Geometricamente representamos por uma bolinha branca indicando o elemento não
incluído:

º--------------------º-----------
--------

a b
O intervalo também é aberto quando indicamos apenas um dos extremos e o outro
pode ser uma infinidade de elementos à direita (+∞) ou à esquerda (−∞). Ou seja:

]a,+∞[={x∈R:x>a}

º--------------------
--------

]−∞,a[={x∈R:x<a}

--------------------º-----------
a

Toda ocasião em que um extremo for uma infinidade de elementos, este sempre será
um extremo aberto.

Intervalo fechado

Toda ocasião em que um extremo for uma infinidade de elementos, este sempre será
um extremo aberto.

[a,b]={x∈R:a≤x≤b}
Na reta, o elemento incluído será um x(bolinha preta):

x--------------------x-----------
--------

a b
Produto Cartesiano
Dados dois conjuntos A e B, o produto cartesiano A x B é definido como o conjunto de
todos os pares ordenados cujo primeiro elemento é pertencente a A e o segundo à B.

A x B = (a,b), a ∈ A e b ∈ B6

Se A e B forem conjuntos com um número finito de números, teremos que A x B será


um conjunto de pontos. Se um dos dois conjuntos for um intervalo real teremos
segmentos de reta ou retas. Se ambos forem intervalos reais teremos que A x B
corresponde à regiões do plano.

Exemplo:

i) A = {2,5,7}; B = {2,4,8} ⇒
A x B = {(2,2); (2,4); (2,8); (5,2); (5,4); (5,8); (7,2); (7,4); (7,8)}

Obs.: O produto A x A pode ser representado por A2.

ii) A = {1,2}; B = {b ∈ R| - 1 ≤ b ≤ 2} = [-1,2] Rightarrow


A x B = {(x,y) in R2 [x = 1 ou x = 2, -1 ≤ y ≤ 2}
iii) A = {a ∈ R|1 ≤ a ≤2}; B = {b ∈ R| -1 ≤ b ≤ 2} = [-1,2] ⇒
A x B = {(x,y) ∈ R2| 1 ≤ x ≤ 2, -1 ≤ y ≤ 2}

Relação Binária
É um produto cartesiano que possui uma propriedade.

R = {(x,y) ∈ A x B|ρ (x,y) é verdadeira}

Por exemplo:

A = {1,3,4}; B = {3,6,8}

A x B = {(1,3), (1,6), (1,8), (3,3), (3,8), (4,3), (4,6), (4,8)}

R = {(a, b) ∈ A x B y = 2x} ⇒ R = {(3,6); (4,8)}

Graficamente temos, com os pontos vermelhos representando A x B e as bolas azuis a


relação R:
Outra maneira interessante de representar a relação binária graficamente é através do
diagrama de flechas. As flechas indicam os elementos de A que se relacionam com B
de acordo com a relação R. No exemplo anterior teríamos:

Domínio e Imagem

Sejam dois conjuntos não vazios A e B e seja R uma relação binária de A em B.

O domínio de R é o conjunto D de todas as abscissas (primeiros elementos) dos pares


ordenados pertencentes a R. Graficamente no diagrama de flechas o domínio pode ser
identificado como o conjunto de pontos de A dos quais partem flechas para elementos
de B.

A imagem de R é o conjunto I de todas as ordenadas (segundos elementos) dos pares


ordenados pertencentes a R. Graficamente no diagrama de flechas a imagem pode ser
identificado como o conjunto de pontos de B nos quais chegam flechas advindas de
elementos de A.

Exemplo: A = {2,4,6,8}; B = {1,3,5,7,9}; R = {(x,y) ϵ A x B| x > y + 1}


Vemos no diagrama de flechas que o domínio e a imagem de R são:

DR = {4,6,8}; IR = {1,3,5}

Relação inversa

A relação inversa pode ser definida como:

R−1 = {(y, x) ∈ B x A| (x, y) ∈ R

Mas simplesmente podemos ver que R-1 é o conjunto dos pares ordenados de R,
porém com a ordem dos elementos trocados. Como estamos trocando as abscissas
pelas ordenadas para obter R-1, podemos obter sua imagem no plano cartesiano
refletindo a imagem de R em torno da bissetriz do primeiro quadrante.

Exemplo: Podemos obter o diagrama de flechas da relação inversa do exemplo acima:

Nota-se também que o domínio da relação inversa corresponde à imagem de R e vice-


versa. Logo:

DR−1=IR = {1,3,5}; IR−1 = DR = {4,6,8}

Contradomínio
O contradomínio de uma função f: A → B é o conjunto B. O contradomínio que mais
trabalhamos é o conjunto dos números reais. É importante lembrarmo-nos de que no
domínio todo elemento tem que ter necessariamente um correspondente no
contradomínio, porém não há uma restrição para o contradomínio, logo, o conjunto
pode ter elementos que não sejam correspondentes de ninguém no domínio, um
exemplo seria a função f(x) = x² com f: R → R.

Note que por mais que nessa função a imagem nunca seja negativa, ou seja, para todo
valor de x, x² é sempre um número positivo, ainda sim o contradomínio pode ser os
números reais. Ter um resultado sempre positivo faz com que a imagem seja sempre
um número positivo, o que não altera o contradomínio.
Função Bijetora

A função bijetora, também chamada de bijetiva, é um tipo de função matemática que


relaciona elementos de duas funções.

Desse modo, os elementos de uma função A possuem correspondentes em uma


função B. Importante notar que elas apresentam o mesmo número de elementos em
seus conjuntos.

A partir desse diagrama, podemos concluir que:

O domínio dessa função é o conjunto {-1, 0, 1, 2}. O contradomínio reúne os


elementos: {4, 0, -4, -8}. Já o conjunto imagem da função é definido por: Im(f) = {4, 0, -
4, -8}.

A função bijetora recebe esse nome pois ela é injetora e sobrejetora ao mesmo tempo.
Em outras palavras, uma função f: A → B é bijetora quando f é injetora e sobrejetora.

Exemplos de Funções Bijetoras


Dada as funções A = {1, 2, 3, 4} e B = {1, 3, 5, 7} e definida pela lei y = 2x – 1, temos:
Vale notar que a função bijetora sempre admite uma função inversa (f -1). Ou seja, é
possível inverter e relacionar os elementos de ambas:

Gráfico Função Bijetora


Confira abaixo o gráfico de uma função bijetora f(x) = x + 2, onde f: [1; 3] → [3; 5]:
O que é uma função de 1º grau?
Uma função é classificada de 1º grau sempre quando ela puder ser escrita na forma de
y = ax + b. Em outras palavras, é uma função cuja incógnita (comumente expressa pela
letra “x”) está elevada à potência 1 e que tem um coeficiente “a” diferente de zero.

A função de primeiro grau recebe outros nomes similares, os quais podem aparecer na
prova e exigir do aluno a devida interpretação. São eles:

• função polinomial de 1º grau;


• equação de 1º grau;
• função afim;
• polinômio de grau 1.

Sendo assim, todos os nomes acima equivalem à mesma matéria: função de 1º grau.

Como é o gráfico da função de 1º grau?

Ao ler sobre gráfico de função afim, automaticamente o estudante precisa associar


com uma reta, já que todo gráfico de função de 1º grau (seja qual for o valor dos
coeficientes “a” e “b”) é expresso por uma reta.

Além desse conceito, é relevante também o estudante analisar corretamente qual a


influência do sinal do coeficiente “a” para o perfil da reta.

Coeficiente “a” positivo

Quando uma expressão de primeiro grau tem um coeficiente “a” maior que zero, seu
gráfico obrigatoriamente será uma reta crescente.

Coeficiente “a” negativo

Já para coeficientes “a” negativos, a reta sempre será decrescente.

Em relação à análise do coeficiente “b” para o estudo do gráfico, basta lembrar que o
valor numérico de “b” representa o ponto onde a reta intercepta o eixo y (conhecido
também como eixo das ordenadas).

Função crescente

Uma função é crescente quando o seu coeficiente “a” é maior que zero (como já
destacamos acima). Além disso, é interessante dizer que esse tipo de função (como o
próprio nome sugere) tem um comportamento crescente à medida que aumentamos o
valor da variável “x”. Para melhor compreensão, acompanhe o exemplo abaixo:

Considere a função: y = 3x + 2.

Se x = 1, ao substituirmos achamos y = 5.

Seguindo esse raciocínio, se x = 2, y = 8.

Por último, se x = 3, y = 11.


Notamos, então, que o aumento de “x” implica o aumento de “y”, caracterizando
assim uma função crescente.

Função decrescente

Para o estudo da função decrescente, a análise é reversa, isto é, se aumentamos o “x”, o valor
de “y” decresce. Veja abaixo o exemplo:

Considere a função: y = – 2x + 1.

Se x = 1, ao substituirmos, achamos y = – 1.

Adotando o mesmo raciocínio, se x = 2, y = – 3.

Por fim, se x = 3, y = – 5.

Portanto, “x” aumenta enquanto que “y” diminui na mesma proporção, evidenciando assim
uma função decrescente.

(https://www.todamateria.com.br/funcao-bijetora/)
(https://querobolsa.com.br/enem/matematica/relacoes-binarias)
(https://www.infoescola.com/matematica/intervalo/)

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