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1I/ʻOumuamua

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C/2017 U1
Eso1737a.jpg
Localização
Asc. reta
0 grau
Declinação
0 grau
Constelação
Pisces
Espectografia
Albedo
0,04
Astrometria
Magnitude absoluta
22,08
Órbita
Semi grande eixo
-
Inclinação
122,68 grau
Nodo ascendente
24,6 grau
Argumento do periastro
241,5 grau
Caracteristicas físicas
Raio
0 Raio de Júpiter
Diametro
230 m
Período de rotação
8,14 h
Exploração
Descobridor
Pan-STARRS-1 (d)
Locais de descoberta
Pan-STARRS
Haleakalā
Arquipélago do Havai
Data de descoberta
19 de outubro de 2017
editar - editar código-fonte - editar WikidataDocumentação da predefinição

Oumuamua (do havaiano: "mensageiro de longe que chegou primeiro"), formalmente


designado 1I/'Oumuamua (anteriormente C/2017 U1 (PANSTARRS) e A/2017 U1) é um
objeto interestelar que passou pelo Sistema Solar em uma trajetória altamente
hiperbólica, descoberto por Robert Weryk em 19 de outubro de 2017, com observações
feitas pelo telescópio Pan-STARRS,[1] quando o objeto estava distante 0,2 UA (30
000 000 km) da Terra. Inicialmente classificado como um cometa, reclassificado como
um asteroide uma semana depois. Sendo o primeiro objeto externo ao Sistema Solar
descoberto,[2][3] e também o primeiro de uma nova classe chamada asteroides
hiperbólicos.[4]
Observou-se que a excentricidade orbital de ʻOumuamua é de 1,20, a mais alta que
qualquer objeto já observado no Sistema Solar.[4][5] Esta característica indica
que, este nunca esteve gravitacionalmente ligado ao Sistema Solar e é um objeto
interestelar devido à alta velocidade de entrada. Por ser mais rápida que o
esperado, astrônomos da Universidade de Harvard cogitaram a possibilidade de o
objeto ser artificial de origem alienígena e de caráter investigatório.[6] Mas, um
estudo de 2021 argumenta que o objeto interestelar é parte de um planeta semelhante
a Plutão em outro sistema solar.[7]

Etimologia
Inicialmente o objeto foi nomeado de C/2017 U1, porque foi assumido como um cometa,
mas foi renomeado para A/2017 U1 após não este não apresentar atividade cometária.
[8] Depois que sua natureza interestelar foi confirmada, foi renomeado para
"1I/'Oumuamua", onde: "1" determina que este é o primeiro desse tipo de objeto
astronômico a ser descoberto; "I" determina ser algo interestelar, e; "'Oumuamua'"
é uma palavra havaiana que etmológicamente significa "um mensageiro de longe que
chegou primeiro".[9]

Origens e estrutura molecular


Depois de notar que Oumuamua exibe aceleração não gravitacional, o chefe do
departamento de astronomia da Universidade de Harvard sugeriu que poderia ser uma
sonda de navegação solar.[10] Mais tarde, o estudo publicado por Seligman &
Laughlin em 2020[11] - depois que observações do Telescópio Espacial Spitzer
estabeleceram limites rígidos para a liberação de moléculas baseadas em carbono -
sugeriu que se Oumuamua fosse um iceberg de hidrogênio, então o gás hidrogênio puro
que lhe proporciona um impulso semelhante a um foguete, que teria escapado da
detecção.[12][13] A teoria é baseada na suposição de que o gelo H2 pode se formar
em densas nuvens moleculares. Se isso for verdade, objetos com essa formação podem
ser abundantes no universo (o gelo H2 também foi proposto para explicar a matéria
escura). O local mais provável para a produção de icebergs de hidrogênio é nos
ambientes mais densos do meio interestelar. No entanto, esses ambientes estão muito
distantes e não são propícios ao desenvolvimento de icebergs de hidrogênio.[14]
Além disso, em regiões com alta densidade de gás, o aquecimento colisional por
colisões de gás pode sublimar rapidamente o manto de hidrogênio nos grãos,
impedindo-os de crescer ainda mais.

Para formar um objeto com o tamanho de km, é preciso primeiro formar grãos de
micron, então esses grãos crescem por colisões pegajosas, mas no caso de um iceberg
de hidrogênio, essa teoria não se sustentaria. A sublimação térmica por aquecimento
colisional em GMCs poderia destruir icebergs de hidrogênio molecular do tamanho de
Oumuamua antes de sua fuga para o meio interestelar como matéria escura. O
resfriamento evaporativo nessas situações não reduz o papel da sublimação térmica
pela luz das estrelas na destruição de objetos de gelo H2. Apesar de promessas
anteriores afirmações, o objeto interestelar não é feito de gelo de hidrogênio
molecular, o debate sobre as origens e estrutura molecular de Oumuamua continua
atualmente.[15]

Por causa da velocidade do objeto, mais rápida que o esperado (com pico a 87,71
km/s no periélio), astrônomos da Universidade de Harvard cogitaram a possibilidade
de o objeto ser artificial de origem alienígena, sendo usado para investigar a
Terra.[6] Todavia, a maioria dos cientistas da área rechaça essa hipótese.[16]
Pois, um estudo de 2021 argumenta que o objeto interestelar é parte de um planeta
semelhante a Plutão (exo-Plutão) em outro sistema solar.[7]

Características
Com base em um arco de observação de 29 dias, observou-se que a excentricidade
orbital de ʻOumuamua é de 1,20, a mais alta que qualquer objeto já observado no
Sistema Solar.[4][5] O recorde anterior era do C/1980 E1, com uma excentricidade
orbital de 1,057.[17][18] Esta alta excentricidade do 'Oumuamua indica que, nunca
esteve gravitacionalmente ligado ao Sistema Solar e é um objeto interestelar devido
à sua alta velocidade de entrada. Tendo uma inclinação de 123° em relação à
eclíptica e uma velocidade orbital de 26,33 km/s em relação ao Sol quando no espaço
interestelar, que atingiu o pico a 87,71 km/s no periélio.[5]

O corpo celeste tem cerca de 400 metros de comprimento e 40 metros de largura.x

Ver também

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