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2.4. GOVERNAÇÃO
As questões relativas à governação, monitorização e avaliação da EREI Alentejo 2020 foram equacionadas
na fase da conceção e permanecem como orientações fundamentadas, estabelecendo a necessidade de
articular dimensões institucionais (de resposta a desafios de coordenação de iniciativas, de instrumentos
de política e de dinamização dos atores regionais e setoriais implicados na cadeia de
conceção/implementação/avaliação) e dimensões técnicas (de acompanhamento e monitorização e
também de apoio ao Conselho Regional de inovação).
A governação das EREI é absolutamente central tendo em conta a necessidade de que possam cumprir o
seu conceptual de efetivas agendas de transformação baseadas no “local” (território). A combinação
virtuosa (integradora) que é preciso implementar, onde o foco, mais do que em setores de atividade, deve
ser em tecnologias ou domínios tecnológicos obriga a um modelo e governação flexível, robusto e de
participação/articulação/liderança conhecida e reconhecida. A priorização dos domínios tecnológicos
pelas autoridades e partes interessadas regionais, a descoberta da sua devida articulação com os recursos
de conhecimento que a região pode mobilizar e com a utilização avançada dessa mesma tecnologia
exigem, da região, um forte e empenhado investimento no modelo de governação, considerando até as
aprendizagens feitas sobre o resultante do previsto como modelo de governação na EREI2020.
A partir do modelo de governação pretende-se a mobilização dos atores regionais para uma focagem na
concretização dos objetivos estratégicos, tendo por base o sistema de monitorização e de avaliação
definido para a REI2030 que foi construído tendo em conta as conclusões/recomendações do processo de
monitorização da EREI Alentejo 2020 (realizada pela Quaternaire Portugal em 2019).
A clareza e simplicidade desta proposta de modelo de governação para a EREI2020 não obviaram a que a
sua implementação fosse claramente insatisfatória. Regista-se a implementação da unidade técnica de
gestão, consubstanciada na criação do Órgão de Acompanhamento das Dinâmicas Regionais de (OADR)
que, tendo outras competências, se assumiu como podendo ser a base dessa unidade técnica de gestão,
no entanto, este órgão nunca foi dotado dos recursos humanos e das dinâmicas necessárias para a
concretização das suas principais tarefas. As razões para esta inoperacionalidade prendem-se, de forma
inequívoca, com as limitações associadas à contratação de recursos humanos que tiveram efeitos
complexos nos anos inicias do período de programação. Regista-se também, a instalação do CRI que
ocorreu no inico de 2019. Este atraso que está, em parte, ligado às limitações de operacionalidade
apontadas ao OADR resulta, sobretudo, de uma serie de indefinições quanto à composição do CRI, muito
alargada e inoperacional numa primeira proposta, à dificuldade na definição das lideranças para cada uma
das plataformas de inovação e, de forma menos relevante, ao atraso em algumas componentes da
programação que foram responsáveis pelo congestionamento de tarefas durante os anos iniciais.
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ESTRATÉGIA REGIONAL DE ESPECIALIZAÇÃO INTELIGENTE - ALENTEJO2030
Uma lógica de planeamento e de coordenação. Nesta dimensão o CRI, constituído durante o processo de
revisitação, deve assumir a articulação geral de todos os espaços de interação entre atores e funcionar
como espaço de mobilização para o trabalho colaborativo no sentido da execução dos objetivos e metas
da EREI2030. Neste sentido, suportado pela CCDR Alentejo, numa lógica de estrutura verticalizada, cabe-
lhe, com o apoio da estrutura mista de apoio técnico (OADR/PACT): ser o órgão máximo de debate, de
deliberação e de coordenação de todos os outros fora/espaços que integram o modelo de governação da
EREI2030; efetuar recomendações às Plataformas de Inovação; apreciar as propostas das Plataformas de
Inovação; efetuar propostas às Autoridades de Gestão dos Programas Operacionais (PO) financiadores;
analisar e emitir parecer sobre os relatórios de monitorização e avaliação elaborados pela Unidade
Técnica de Gestão e/ou por avaliadores externos.
Uma lógica de coordenação operacional. Nesta dimensão, considerando a recente liderança do Sistema
Regional de Transferência de Tecnologia (SRTT) assumida pelo Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia
(PACT) e a necessidade de dotar o OADR de recursos técnicos, entende-se propor uma parceria cruzada
entre as duas estruturas que permitam o funcionamento de pêndulo/descodificador e/ou de elevador na
relação entre a dimensão de planeamento e a dimensão operacional. Neste sentido as competências
desta estrutura passam por submeter à apreciação/deliberação do CRI propostas que representem:
pareceres e/ou propostas de referenciais de mérito para análise dos projetos e/ou propostas
apresentadas pelas Plataformas de Inovação; a definição da elegibilidade de beneficiários no âmbito dos
avisos e/ou convites; a definição de regras especificas por cada um dos avisos e/ou convites à
apresentação de candidaturas; a ponderação sobre os calendários de lançamento de avisos de concurso
e/ou de convites à apresentação de candidaturas; relatórios regulares de monitorização e avaliação da
implementação da EREI; recomendações e/ou novas ações e/ou programas no âmbito da política regional
de ciência, tecnologia e inovação; e a definição de bateria consistente e fiável de indicadores de
acompanhamento, resultados e impactes que assegurem o apoio à decisão informada do CRI.
Uma lógica operacional. Nesta dimensão, porque importa promover, de forma permanente, o processo
de descoberta empreendedora e a variedade relacionada. O modelo proposto assenta na constituição de
duas plataformas regionais de inovação que coincidem, nas temáticas, com os dois domínios transversais
da EREI2030. Estas plataformas resultam da necessidade de dinamizar a criação de resultados que cumpram
os dois grandes desígnios regionais assentes na promoção da “circularidade da economia” e na
“digitalização da economia”. A partir destas plataformas de inovação admite-se a constituição de equipas
de articulação operacional para a concretização de projetos mobilizadores e/ou transformadores. Estes
espaços de atores resultam de projetos concretos que tenham como finalidade produzir mudança com
base num determinado recurso e/ou ativo regional.
Cada uma das plataformas de articulação operacional deve funcionar com a liberdade/autonomia
ajustada à concretização objetiva de cada um dos projetos mobilizadores, no entanto, é feita articulação
e/ou debate regular de resultados no âmbito do CRI e mesmo dentro do espaço do OADR/PACT.
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ESTRATÉGIA REGIONAL DE ESPECIALIZAÇÃO INTELIGENTE - ALENTEJO2030
Espaço de Espaço de
Projetos Mobilizadores Espaço Operacional Coordenação Planeamento e
Operacional Coordenação
Sistemas de Regadio Sustentáveis
Ecossistema Florestal Mediterrânea Plataforma Regional
Simbiose Industrial “Digitalização”
Programa Aeronáutico Completo Conselho
Plataforma regional de Mobilidade OADR/PACT Regional de
Sustentável em Metrópole Distribuída Inovação (CRI)
Plataforma Regional
Comunidades Energéticas
“Circularidade”
Sustentáveis
Rede Regional de Pedras Irradiáveis