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Sumário
INTRODUÇÃO
1. Introdução 83
2. Mobilização, organização do canteiro de obras 84
3. Fundações 86
4. Fundações 86
5. Sistema estrutural 91
6. Sistema estrutural 91
7. Alvenarias 96
8. Alvenarias 96
9. Acabamento 97
10. Acabamento 97
11. Estrutura metálica 99
12 Central argamassa e concreto, armação, carpintaria, montagem, serralheria 101
Ideia – chave; 105
Recapitulando; 105
1. Introdução 106
2. Tapume do canteiro de obras 107
3. Medidas de proteções contra quedas 108
4. Medidas de proteções contra quedas 108
5. Instalações elétricas provisórias 114
6. Instalações elétricas provisórias 114
7. Instalações elétricas provisórias 114
8. Sinalização de segurança 118
Ideia – chave; 122
Recapitulando; 122
1. Introdução 124
2. Tipos de andaimes 126
3. Andaimes simplesmente apoiados 127
4. Andaimes fachadeiro 128
5. Andaimes móveis 129
6. Andaimes em balanço 130
7. Andaimes suspensos 131
8. Treinamento e capacitação 140
9. Treinamento e capacitação 140
Ideia – chave; 144
Recapitulando; 144
1. Introdução 146
2. Programa de gerenciamento de riscos ambientais, aspectos gerais 147
3. Programa de gerenciamento de riscos ambientais, aspectos gerais 148
4. Matriz de riscos 151
5. Matriz de riscos 154
6. Inventário de riscos 158
7. Inventário de riscos 160
8. Plano de ação 161
9. PGR especifico NR 18 – documentos complementares 163
10. PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 165
Ideia – chave; 166
Recapitulando; 166
INTRODUÇÃO
No que se refere às NRs, a Portaria nº 787, de 27 de novembro de 2018, expedida pela Secretaria de
Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho, publicada no Diário Oficial da União em 19 de novembro
de 2018 e que entrou em vigor nessa data, apresenta as seguintes classificações: NR geral, NR especial
e NR setorial. Além da observância às NRs gerais e especiais, a indústria da construção possui uma NR
setorial, que é a NR-18. A partir do início de 2019, a NR-18 passou por um amplo processo de revisão
baseado em três pilares: harmonização, simplificação e desburocratização. Esse processo resultou em um
texto mais enxuto, desburocratizado, com regras mais claras e objetivas, mantendo os princípios e
aprimorando as práticas de segurança e saúde no trabalho na indústria da construção.
Ao analisar o novo texto da NR-18, observa-se que a norma deixa o patamar de apenas prescrição
(especificando como fazer), implementando a gestão de segurança e saúde no trabalho (por meio do
gerenciamento de riscos ocupacionais e do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e também a
valorização das soluções técnicas elaboradas por profissional legalmente habilitado (em planos de
demolição, projetos de proteção coletiva, projetos de proteção individual contra quedas, entre diversos
outros). O processo de revisão da NR-18 vem ao encontro da necessidade de tornar o arcabouço
normativo de SST mais atualizado e propício à implementação de soluções inovadoras, de modo que a
segurança e saúde do trabalhador sejam preservadas, contribuindo significativamente para a diminuição
do número de acidentes e doenças no trabalho.
UNIDADE I
As condições de segurança do trabalho na construção civil brasileira sempre foram muito precárias. Os
primeiros indicadores mais ou menos abrangentes são referentes ao período da ditadura militar, quando
se convencionou que o Brasil seria “campeão mundial de acidentes de trabalho”. Nesse cenário, a
construção civil ganhou notoriedade, especialmente pelas mortes nas grandes obras. Após a
redemocratização, a situação não parece ter melhorado, permanecendo uma grande quantidade de
acidentes e mortes na construção civil do país.
A primeira questão mais óbvia que provavelmente vem à mente de quem lê essas informações é: por que
morrem tantos trabalhadores na construção civil, se há uma norma, com força de lei, específica para
segurança do trabalho no setor desde o final dos anos 1970?
O reconhecimento dessa constrangedora realidade expressa-se no fato desse setor contar com uma
norma específica, a NR18, que regulamenta a Segurança e Medicina do Trabalho na Indústria da
Construção Civil. No entanto, como constatam Saurin e Formoso (2000) em estudo multicêntrico, cujo
objetivo foi subsidiar o aperfeiçoamento dessa norma, apenas 50% dos canteiros de obra atendem aos
preceitos de segurança do trabalho. O descumprimento nas instalações de andaimes e proteções
periféricas é o que mais se destaca. Essa observação explica a permanência das quedas de altura como
causa principal dos acidentes fatais (Lucca; Mendes, 1993; Machado; Minayo-Gomez, 1995; Pepe, 2002;
Waldvogel, 2003; Wünsch-Filho, 2004).
Os trabalhadores da construção civil celebram contratos por obra e, ao término desta, ele é demitido,
podendo ser ou não contratado novamente pelo mesmo CNPJ em outro canteiro de obras. Necessidades
próprias da peculiar gestão da produção e do trabalho – como aspectos técnicos relacionados às etapas
explicitamente fragmentadas – potencializam a rotatividade
2.1 Responsabilidades
O layout dos canteiros deve ser pensado para garantir fluxos mais ágeis, mais seguros, sem desperdícios
de horas trabalhadas e de produtos. Nesse sentido, está comprovado que é muito mais fácil cumprir um
cronograma de obra e seu orçamento com um canteiro bem estruturado:
4 Áreas de vivencias
As áreas de vivência devem ser projetadas de forma a oferecer, aos trabalhadores, condições mínimas de
segurança, de conforto e de privacidade e devem ser mantidas em perfeito estado de conservação,
higiene e limpeza, contemplando as seguintes instalações:
a) instalação sanitária;
b) vestiário;
c) local para refeição;
d) alojamento, quando houver trabalhador alojado.
As instalações da área de vivência devem atender, no que for cabível, ao disposto na NR-24 (Condições
Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho).
A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, bacia sanitária sifonada, dotada de assento com
tampo, e mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração,
bem como de chuveiro, na proporção de 1 (uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou
fração.
É obrigatória, quando o caso exigir, a instalação de alojamento, no canteiro de obras ou fora dele,
contemplando as seguintes instalações:
a) cozinha, quando houver preparo de refeições;
b) local para refeição;
c) instalação sanitária;
d) lavanderia, dotada de meios adequados para higienização e passagem das roupas;
e) área de lazer, para recreação dos trabalhadores alojados, podendo ser utilizado o local de refeição para
este fim.
6 Etapas da obra
6.1 Demolição
Deve ser elaborado e implementado Plano de Demolição, sob responsabilidade de profissional legalmente
habilitado, contemplando os riscos ocupacionais potencialmente existentes em todas as etapas da
demolição e as medidas de prevenção a serem adotadas para preservar a segurança e a saúde dos
trabalhadores.
Demolição de obras
O serviço de escavação, fundação e desmonte de rochas deve ser realizado e supervisionado conforme
projeto elaborado por profissional legalmente habilitado.
Os locais onde são realizadas as atividades de escavação, fundação e desmonte de rochas, quando
houver riscos, devem ter sinalização de advertência, inclusive noturna, e barreira de isolamento em todo
o seu perímetro, de modo a impedir a entrada de veículos e pessoas não autorizadas.
A sinalização deve ser colocada de modo visível em número e tamanho adequados. Escavação
Toda escavação com profundidade superior a 1,25 m (um metro e vinte e cinco centímetros) somente pode
ser iniciada com a liberação e autorização do profissional legalmente habilitado, atendendo o disposto nas
normas técnicas nacionais vigentes.
O projeto das escavações deve levar em conta a característica do solo, as cargas atuantes, os riscos a
que estão expostos os trabalhadores e as medidas de prevenção.
Nas escavações em encostas, devem ser tomadas precauções especiais para evitar escorregamentos ou
movimentos de grandes proporções no maciço adjacente, devendo merecer cuidado a remoção de blocos
e pedras soltas.
O talude da escavação, quando indicado no projeto, deve ser protegido contra os efeitos da erosão interna
e superficial durante a execução da obra.
Nas bordas da escavação, deve ser mantida uma faixa de proteção de no mínimo 1 m (um metro), livre de
cargas, bem como a manutenção de proteção para evitar a entrada de águas superficiais na cava da
escavação.
As escavações com profundidade superior a 1,25 m (um metro e vinte e cinco centímetros) devem ser
protegidas com taludes ou escoramentos definidos em projeto elaborado por profissional legalmente
habilitado e devem dispor de escadas ou rampas colocadas próximas aos postos de trabalho, a fim de
permitir, em caso de emergência, a saída rápida dos trabalhadores.
Para escavações com profundidade igual ou inferior a 1,25 m (um metro e vinte e cinco centímetros), deve-
se avaliar no local a existência de riscos ocupacionais e, se necessário, adotar as medidas de prevenção.
Quando existir, na proximidade da escavação, cabos elétricos, tubulações de água, esgoto, gás e outros,
devem ser tomadas medidas preventivas de modo a eliminar o risco de acidentes durante a execução da
escavação.
É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção
de materiais e objetos no entorno da obra, projetada por profissional legalmente habilitado.
8 Andaimes e plataformas
a) ser projetados por profissionais legalmente habilitados, de acordo com as normas técnicas nacionais
vigentes;
b) ser fabricados por empresas regularmente inscritas no respectivo conselho de classe;
c) ser acompanhados de manuais de instrução, em língua portuguesa, fornecidos pelo fabricante,
importador ou locador;
d) possuir sistema de proteção contra quedas em todo o perímetro, com exceção do lado da face de
trabalho;
e) possuir sistema de acesso ao andaime e aos postos de trabalho, de maneira segura, quando superiores
a 0,4 m (quarenta centímetros) de altura.
A montagem de andaimes deve ser executada conforme projeto elaborado por profissional legalmente
habilitado.
No caso de andaime simplesmente apoiado construído em torre única com altura inferior a 4 (quatro) vezes
a menor dimensão da base de apoio, fica dispensado o projeto de montagem, devendo, nesse caso, ser
montado de acordo com o manual de instrução.
Quando da utilização de andaime simplesmente apoiado com a interligação de pisos de trabalho,
independentemente da altura, deve ser elaborado projeto de montagem por profissional legalmente
habilitado.
As torres de andaimes, quando não estaiadas ou não fixadas à estrutura, não podem exceder, em altura,
4 (quatro) vezes a menor dimensão da base de apoio.
São obrigatórias a elaboração e a implementação do PGR nos canteiros de obras, contemplando os riscos
ocupacionais e suas respectivas medidas de prevenção.
O PGR deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado em segurança do trabalho e
implementado sob responsabilidade da organização.
Em canteiros de obras com até 7 m (sete metros) de altura e com, no máximo, 10 (dez) trabalhadores, o
PGR pode ser elaborado por profissional qualificado em segurança do trabalho e implementado sob
responsabilidade da organização.
O PGR, além de contemplar as exigências previstas na NR-01, deve conter os seguintes documentos:
a) projeto da área de vivência do canteiro de obras e de eventual frente de trabalho, elaborado por
profissional legalmente habilitado;
b) projeto elétrico das instalações temporárias, elaborado por profissional legalmente habilitado;
c) projetos dos sistemas de proteção coletiva elaborados por profissional legalmente habilitado;
d) projetos dos Sistemas de Proteção Individual Contra Quedas (SPIQ), quando aplicável, elaborados por
profissional legalmente habilitado;
e) relação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e suas respectivas especificações técnicas, de
acordo com os riscos ocupacionais existentes.
O PGR deve estar atualizado de acordo com a etapa em que se encontra o canteiro de obras.
IDÉIAS-CHAVE
Gerenciamento de riscos na indústria da construção
RECAPITULANDO
Estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que visam à
implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas
condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção.
UNIDADE II
1 Introdução
A falta de um canteiro bem organizado, planejado para cada situação específica, acaba afetando toda a
logística do empreendimento.
O layout do canteiro de obras acaba sendo uma das últimas preocupações dos gestores, normalmente
sendo implementado de acordo com a experiência e muitas vezes repetindo os mesmos padrões, por mera
repetição, sem um planejamento prévio que vise a sua otimização.
Costuma-se ver que as decisões sobre o layout do canteiro, na maioria das empresas, são tomadas de
improviso, conforme as necessidades aparecem. E assim, repetem-se antigos problemas que afetam o
prazo, os custos e a qualidade dos empreendimentos.
Tudo que envolve processamento de pedidos, transporte, recebimento, estocagem e manuseio de
materiais é prejudicado. Dessa forma, essas atividades diretamente relacionadas com o layout do canteiro
de obras e as falhas de logística, impactam na produtividade do empreendimento.
Para facilitar a logística, o canteiro de obras precisa ser pensado para garantir o melhor aproveitamento
possível da área disponível, conforme demonstra a imagem 01 a seguir, levando sempre em conta tudo
que vai ser instalado e circular por ali, em cada uma das suas etapas: implantação, pico da obra e
desmonte do canteiro.
Falhas de distribuição, armazenamento e movimentação costumam ser grandes fontes de perdas de
tempo e desperdícios de insumos. Sem contar os acidentes de trabalho, item no qual o Brasil é um dos
recordistas mundiais.
O layout dos canteiros deve ser pensado para garantir fluxos mais ágeis, mais seguros, sem desperdícios
de horas trabalhadas e de produtos. Nesse sentido, está comprovado que é muito mais fácil cumprir um
cronograma de obra e seu orçamento com um canteiro bem estruturado:
no Brasil, aconteceram cerca de 4,4 milhões de acidentes de trabalho. Desses, 97 mil foram na construção
civil. E dos 31,9 mil acidentes com óbito, 2.666 foram no setor da construção. Essas estatísticas tem
relação direta também com a organização do local de trabalho na construção.
Por isso, não é possível que o layout dos canteiros de obras continue sendo tão negligenciado, quando
são fundamentais para a eficiência das construções e a segurança dos trabalhadores.
Na elaboração do layout, é preciso planejar a localização mais correta de todos os materiais, máquinas e
equipamentos. Bem como prever a circulação racional dos trabalhadores e dos insumos, num fluxo rápido
e contínuo, sem paradas desnecessárias.
As instalações fixas e provisórias devem ser capazes de abrigar e garantir a realização com segurança de
todos os serviços previstos. Sempre da melhor maneira possível, no menor tempo e com a otimização de
todos os recursos.
Tudo visando evitar situações esdrúxulas, como transportar tijolos, argamassas, madeirame e outros
produtos de uma ponta a outra do canteiro, quando poderiam estar armazenados próximos do local onde
vão ser necessários.
Ou ainda precisar estender longas extensões de cabos de energia porque um equipamento foi instalado
muito longe das tomadas! Outrossim, são as torneiras que ficam, algumas vezes, distantes do local da
preparação da argamassa e os materiais e equipamentos mais sensíveis estão expostos às intempéries.
Canteiros restritos
Destinam-se a construções que ocupam o terreno totalmente ou a sua maior parte. Esses canteiros são
muito frequentes em áreas urbanas, especialmente nos pontos de maior densidade populacional. São
regiões com poucas áreas livres para novas edificações e com grandes limitações de espaço para
implantação dos canteiros de obras.
Canteiros amplos
Neste caso, a construção em si ocupa uma parcela relativamente pequena do terreno. Ao contrário do
anterior, isso possibilita maiores alternativas de acessos para manobras dos veículos, mais espaço para
armazenamento dos suprimentos e a acomodação de pessoal.
São os casos dos conjuntos habitacionais horizontais e outras obras maiores, como usinas hidrelétricas,
barragens e parques industriais. Pode ser considerado o “canteiro ideal”, mas não é o mais comum.
Canteiro de obras
São canteiros de construções restritas em apenas uma das dimensões, com possibilidade de acesso em
poucos pontos do canteiro, alguns exemplos de canteiros lineares: ferrovias, rodovias, redes de gás e
petróleo e algumas edificações urbanas.
É a partir do tipo de canteiro que se determina o seu layout, ou seja, o planejamento da distribuição,
localização e fluxos dos recursos empregados. E isso é realizado de acordo com normas muito específicas,
ÁREAS DE VIVENCIAS
Do ponto de vista do layout do canteiro, é importante destacar que as áreas de vivência devem ser
localizadas, sempre que for possível, próximas à entrada de pedestres da obra, para permitir o acesso
seguro dos funcionários. No caso das instalações sanitárias, vale ressaltar que devem ser constituídas “de
lavatório, vaso sanitário e mictório”. A proporção deve ser de um conjunto de lavatório, vaso e mictório
para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração. Bem como de um chuveiro para cada grupo de 10
(dez) trabalhadores ou fração. Já o refeitório deve ter paredes que permitam o isolamento durante as
refeições, piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável. E ter cobertura que proteja das
intempéries e capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições,
entre outros itens.
ÁREAS OPERACIONAIS
São os locais onde se desenvolvem as atividades de trabalho, diretamente ligadas à produção. Os mais
frequentes são:
• Escritórios;
• Sala de engenharia;
• Sala de reuniões
• Biblioteca;
• Portão de acesso;
• Almoxarifado (materiais que não podem ficar expostos);
• Locais de armazenamento (depósitos);
• Central de concreto;
• Central de argamassa;
• Central de armação;
• Central de serviços (serralheria, marcenaria, carpintaria);
• Entre outros
Recomendações práticas
Para começar, a implementação de um canteiro não deve ficar sob a responsabilidade de uma única
pessoa, de um trabalhador ou chefe de obra da sua confiança.
Uma tarefa dessa importância precisa envolver toda a equipe responsável pela coordenação da obra,
desde o projetista ao engenheiro responsável, coordenadores administrativos e responsáveis pela
segurança do trabalho.
É da visão de todos os envolvidos sobre o que virá pela frente, no decorrer da empreitada, que se faz um
planejamento capaz de prevenir problemas e otimizar recursos.
Mas antes de pensar no layout, a construtora precisa tomar algumas medidas prévias, começando pelo
levantamento cuidadoso do local e do entorno do futuro canteiro.
Deve-se mapear todos os elementos ambientais, logísticos, estruturais e sociais importantes nas
proximidades, tais como:
• Áreas de preservação
• Mananciais
• Vias de acesso
• Transporte público
• Prédios, moradias e condomínios vizinhos
• Associações de moradores
• Hospitais
• Escolas
• Outros equipamentos públicos
Este mapeamento da região é fundamental na hora de planejar aspectos como recebimento e transporte
de materiais, depósitos e deslocamento de resíduos, barulho, impactos no trânsito e outras intercorrências.
Imagine, por exemplo, um canteiro próximo a uma avenida muito movimentada: como e em quais horários
manobrar com grandes caminhões e equipamentos pesados, sem causar riscos na via pública?
Deve-se avaliar a área a ser ocupada pelo canteiro, se tem a estrutura necessária, como disponibilidade
abundante de redes de água e rede de energia elétrica estável.
Verificar ainda a estabilidade das edificações vizinhas, se existe alguma estrutura com rachaduras, para
evitar ser acusado de causar ou agravar problemas com a obra. Para esse caso é de fundamental
importância que seja feita uma vistoria técnica da vizinhança.
Da mesma forma, poeira, resíduos da utilização de materiais e a água suja não podem de maneira alguma
transbordar a área da obra e impactar na vizinhança.
Nada pode ser esquecido nesta etapa de desenho do canteiro, para que não ocorram as improvisações
tão nocivas para o trabalho quanto dispendiosas.
Por fim, criar uma gestão do canteiro, para que não se degrade no andamento da obra e mantenha sua
eficiência. Para tanto, é fundamental que sejam adotados alguns sistemas de gestão que já se mostraram
muito eficazes para isso.
O trabalho num canteiro de obras é tão vasto que é muito fácil algum aspecto fugir do controle, se não
existir uma gestão eficiente. Por isso, é muito recomendável que se adote algumas metodologias que
proporcionam não só o controle, como a melhoria contínua dos processos.
Este é um dos principais gargalos das obras, pois o transporte vertical de pessoal e de materiais exige
equipamentos de grande porte, difíceis de instalar e de operação complicada, cheia de riscos.
Sua movimentação e implantação interferem demasiadamente nas demais atividades. Por isso, a
implantação das gruas e cremalheiras demanda uma atenção especial nos canteiros.
No caso das gruas principalmente, a localização é o aspecto mais crucial para o seu desempenho com o
raio de atuação da lança. Ela precisa estar bem afastada de edifícios vizinhos para não haver o risco de
sua lança se aproximar indevidamente dos prédios
• Queda de pessoa;
• Intoxicação;
• Queimadura;
• Corte, perfuração etc.;
• Choque elétrico;
• Soterramento;
• Contaminação biológica;
• Incêndio;
• Explosão;
• Outros.
A indicação dos riscos por meio de cores não dispensa o emprego de outras formas de
prevenção de acidentes.
O planejamento em si
Projetos, cronogramas, orçamentos e demais ferramentas de gestão são extremamente importantes para
o acompanhamento da obra, e para garantir a integridade física e segurança de todos os profissionais que
forem atuar em cada uma dessas etapas, o planejamento de segurança de trabalho é essencial. Para isso,
cada obra deve passar primeiramente por um levantamento de riscos para que a construtora, em parceria
com especialistas no assunto, possa traçar uma estratégia de prevenção mais adequada à realidade.
Limpeza e organização
Outra orientação bastante importante que deve ser abordada em campanhas e treinamentos é a limpeza
e a organização do canteiro de obra. Entulhos, ferramentas, tijolos, areia, tábuas e outros objetos não
podem ficar espalhados pelo chão por um simples motivo: evitar situações como a mencionada no início
deste post. Por isso, sempre que necessário, esses materiais devem ser recolhidos para não obstruírem
a passagem e evitar acidentes.
Manutenções preventivas
Um benefício extremamente importante em se realizar revisões preventivas no maquinário utilizado pela
construtora é a segurança dos trabalhadores, uma vez que poderão utilizar todos os recursos oferecidos
pelos equipamentos sem se preocuparem em sofrer acidentes pelo seu mau funcionamento. Por isso, vale
a pena elaborar um planejamento de manutenções preventivas de todas as máquinas e todos os
equipamentos que fazem parte do patrimônio da construtora para mantê-los sempre em perfeito estado
de funcionamento.
Tecnologias
Colocar em prática um excelente projeto de segurança de trabalho vai exigir organização da construtora
para que prazos não sejam perdidos e ações sejam devidamente acompanhadas. Uma solução
tecnológica especializada no segmento de construção civil é a aliada perfeita para essa missão, pois ajuda
a acompanhar a saúde dos trabalhadores, controlar equipamentos de proteção e registrar e integrar dados
de documentos das NRs – entre muitas outras funcionalidades!
4 Estradas de acesso
Quanto aos acessos ao canteiro, deve haver pelo menos duas entradas, uma para os trabalhadores e
outra para carga e descarga, garantindo que o acesso esteja sempre liberado. Em relação aos escritórios
e almoxarifado, os planejadores recomendam que sejam instalados numa área que vá sofrer intervenção
somente ao final da obra. Evita-se, assim, que precisem ser deslocados e realocados no decorrer da
empreitada.
As vias de circulação devem ser mantidas desimpedidas, umidificadas, de forma a minimizar a geração de
poeira, quando não pavimentadas. Quando houver circulação de veículos e máquinas, recomenda-se que
o canteiro de obras ou a frente de trabalho possua um plano de trânsito contemplado no PGR
5 Estradas de acesso
Estabelecendo:
6 Resíduos
Resíduos
Resíduos da construção civil são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de
obras da construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos,
blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e
compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação
elétrica, entre outros restos, comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.
Os resíduos sólidos são classificados, segundo a Resolução do CONAMA 307 – Gestão de Resíduos da
Construção Civil - em:
• Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papéis ou papelões,
metais, vidros, madeiras e gesso;
• Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação;
• Classe D: são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes,
óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas
radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que
contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.
Dicas importantes
• Os sanitários, vestiários, refeitórios, cozinhas e alojamentos devem ser mantidos limpos Devem ser
adotados cuidados especiais para o destino das águas servidas, evitando- se a formação de poças ou
cursos de água favoráveis à proliferação de agentes biológicos;
• Deve ser mantida reserva suficiente de água potável para uso do pessoal da obra, mesmo quando for
possível a ligação com a rede pública de abastecimento. Água de poço ou outras fontes locais só podem
ser usadas depois de examinadas e aprovadas;
• Os restos de comida e todo lixo da obra devem ser colocados em condições de serem facilmente retirados
do canteiro.
IDÉIAS-CHAVE
RECAPITULANDO
Na elaboração do layout, é preciso planejar a localização mais correta de todos os materiais, máquinas e
equipamentos. Bem como prever a circulação racional dos trabalhadores e dos insumos, num fluxo rápido
e contínuo, sem paradas desnecessárias.
UNIDADE III
1 Introdução
Um bom planejamento deve evitar que a terra exposta sofra os efeitos das chuvas, erosão, contaminações,
assoreamento de rios, córregos e outros impactos ambientais. Para evitar o tempo ruim, o melhor é
concentrar os trabalhos nos meses mais secos.
Quando se encharca um solo com água, a resistência do mesmo é diminuída, podendo provocar recalques.
Essa é uma causa bem frequente, de fissuração das construções. Este efeito é tanto maior quanto mais
argiloso o solo.
A Movimentação de terra deve ser organizada para que volumes de cortes de terra ou de escavações
sejam aproveitados de maneira correta e planejada pelo profissional responsável.
Todo e qualquer trabalho de engenharia tem que ser feito por um técnico credenciado legalmente perante
órgãos afins.
Caso este serviço não for feito da maneira correta, pode ocasionar danos, causando a movimentação da
terra, aumentando as chances de desmoronamento.
2 Desmonte de rochas
Nas atividades de desmonte de rochas é obrigatória a adoção de “Plano de fogo” elaborado por profissional
habilitado.
A quantidade de explosivos e acessórios necessários ao “Plano de fogo” deve ser restrita ao momento de
detonação, evitando-se a estocagem próximo à frente de trabalho.
O Blaster deve se ater às condições atmosféricas para realizar as detonações, sendo proibido realizá-las
quando a atmosfera encontrar-se efetivamente carregada, evitando assim a detonação acidental
provocada por descarga elétrica atmosférica.
As áreas onde se utilizem explosivos deverão ser isoladas e sinalizadas, com sinais visuais e sonoros que
não se confundam com os sistemas padronizados de emergência, tais como ambulância, polícia,
bombeiro, etc.
3 Escavações e fundações
A área de trabalho deve ser previamente limpa e desobstruídas as áreas de circulação, retirando ou
escorando solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza.
Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela escavação devem ser
escoradas, segundo as especificações técnicas de profissional legalmente habilitado.
Riscos Comuns
- Operação de máquinas;
- Sobrecargas nas bordas dos taludes;
- Execução de talude inadequado;
- Aumento da umidade do solo;
- Falta de estabelecimento de fluxo;
- Vibrações na obra e adjacências;
- Realização de escavações abaixo do lençol freático;
- Realização de trabalhos de escavações sob condições meteorológicas adversas;
- Interferência de cabos elétricos, cabos de telefone e de redes de água potável e de sistema de esgoto; -
Obstrução de vias públicas;
- Recalque e bombeamento de lençóis freáticos;
- Falta de espaço suficiente para a operação e movimentação de máquinas.
Medidas Preventivas
O responsável técnico deverá encaminhar ao CREA e aos proprietários das edificações vizinhas cópias
dos projetos executivos, incluindo as técnicas e o horário de escavações a serem adotados.
Nos casos de risco de queda de árvores, linhas de transmissão, deslizamento de rochas e objetos de
qualquer natureza, é necessário o escoramento, a amarração ou a retirada dos mesmos, devendo ser feita
de maneira a não acarretar obstruções no fluxo de ações emergenciais.
As escavações com mais de 1,25 m (um metro e vinte e cinco centímetros) de profundidade devem dispor
de escadas de acesso em locais estratégicos, que permitam a saída rápida e segura dos trabalhadores
em caso de emergência.
As cargas e sobrecargas ocasionais, bem como possíveis vibrações, devem ser levadas em consideração
para a determinação das paredes do talude, a construção do escoramento e o cálculo dos seus elementos
estruturais.
O material retirado das escavações deve ser depositado a uma distância mínima que assegure a
segurança dos taludes.
A terraplenagem é uma importante etapa preliminar de qualquer obra. É a parte desse processo que o
solo passa a estar preparado para receber as fundações e toda a estrutura que será construída.
O primeiro passo para execução da abra é passar todo projeto pela avaliação de risco, a partir dela
serão expostos:
Movimentação de materiais
Máquinas e equipamentos
A estabilidade dos taludes deve ser garantida por meio das seguintes medidas de segurança:
O responsável técnico deverá buscar a adoção de técnicas de estabilização que garantam a completa
estabilidade dos taludes, tais como retaludamento, escoramento, atirantamento, grampeamento e
impermeabilização. As Figuras 7, 8 e 9 apresentam exemplos de técnicas de estabilização.
Escavação mista – com paredes em taludes e com paredes protegidas por cortinas
Devem ser evitados trabalhos nos pés de taludes sem uma avaliação prévia pelo responsável técnico,
pelos riscos de instabilidade que possam apresentar. A existência de riscos constitui impedimento à
execução dos trabalhos, até que estes sejam eliminados.
Deve ser evitada a execução de trabalho manual ou a permanência de observadores dentro do raio de
ação das máquinas em atividade de movimentação de terra.
Quando for necessário rebaixar o lençol de água (freático), os serviços devem ser executados por
pessoas ou empresas qualificadas.
Sinalização em Escavações
• Placas de advertência
• Bandeirolas
• Grades de proteção •
Tapumes
• Sinalizadores luminosos
O tráfego próximo às escavações deve ser desviado e, na sua impossibilidade, a velocidade dos veículos
deve ser reduzida.
Devem ser construídas, no mínimo, duas vias de acesso, uma para pedestres e outra para máquinas,
veículos e equipamentos pesados.
No estreitamento de pistas em vias públicas, deve ser adotado o sistema de sinalização luminosa
(utilizar como referencial para consulta o Código Brasileiro de Trânsito).
Para as escavações subterrâneas devem ser observadas as disposições da NR-18 – Locais Confinados, e as
da NR-22 – Trabalhos Subterrâneos.
As escavações devem ser sinalizadas e isoladas de maneira a evitar quedas de pessoas e/ou
equipamentos.
Riscos Comuns
São riscos comuns nas escavações de poços e nas fundações a céu aberto:
• Queda de materiais;
• Queda de pessoas;
• Fechamento das paredes do poço;
• Interferência com redes hidráulicas, elétricas, telefônicas e de abastecimento de gás;
• Inundação;
• Eletrocussão;
• Asfixia.
Medidas Preventivas
A execução do serviço de escavação deverá ser feita por trabalhadores qualificados. Na execução de poços
e tubulões a céu aberto, a exigência de escoramento/encamisamento fica a critério do responsável
técnico pela execução do serviço, considerando os requisitos de segurança que garantam a inexistência
de risco ao trabalhador.
Tubulões, túneis, galerias ou escavações profundas de pequenas dimensões, cuja frente de trabalho não
possibilite perfeito contato visual da atividade e em que exista trabalho individual, o trabalhador deve
estar preso a um cabo-guia que permita, em caso de emergência, a solicitação ao profissional de superfície
para o seu rápido socorro.
A partir de 1 m (um metro) de profundidade, o acesso da saída do poço ou tubulão será efetuado por
meio de sistemas que garantam a segurança do trabalhador, tais como:
• sarilho com trava;
• guincho mecânico.
Nas escavações manuais de poços e tubulões a céu aberto o diâmetro mínimo deverá ser de 0,60 m
(sessenta centímetros).
Caso se adote iluminação interior, devem ser adotados sistemas estanques à penetração de água e
umidade, alimentados por energia elétrica não superior a 24 volts.
Deve ser evitada a utilização de equipamentos acionados por combustão ou explosão no interior dos
poços e tubulões.
Deve ser garantida ao trabalhador no fundo do poço ou tubulão a comunicação com a equipe de superfície
através de sistema sonoro.
Deve ser garantida ao trabalhador a boa qualidade do ar no interior do poço ou tubulão.
Nas fundações escavadas a ar comprimido, tanto a compressão como a descompressão deverão ser feitas
de acordo com a NR-15 – Anexo 6, a fim de evitar danos à saúde do trabalhador.
Em poços e fundações escavadas a ar comprimido, a integridade dos equipamentos deve ser vistoriada
diariamente e deve haver a manutenção do serviço médico de plantão para casos de socorro de urgência.
A jornada de trabalho deve ser menor ou igual a 8 (oito) horas, em pressões de trabalho de 0 a 1,0
Kgf/cm2; a 6 horas, em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 Kgf/cm2; e a 4 horas, em pressão de trabalho de
2,6 a 3,4 Kgf/cm2, devendo ser respeitadas as demais disposições da NR-l5, citadas em seu Anexo 6.
A equipe de escavações deve ser constituída de trabalhadores qualificados e de um profissional treinado
em atendimento de emergência, que deve permanecer em regime de prontidão no local de trabalho.
Deve ser evitada a presença de pessoas estranhas junto aos equipamentos.
Devem ser construídas passarelas de largura mínima de 0,80 m (oitenta centímetros), protegidas por
guarda-corpos com altura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), quando houver necessidade
de circulação de pessoas sobre as escavações.
Devem ser construídas passarelas fixas para o tráfego de veículos sobre as escavações, com capacidade
de carga e largura mínima de 4 m (quatro metros), protegidas por meio de guarda corpo.
Seu uso deve ficar restrito a acessos provisórios e serviços de pequeno porte. A utilização frequente e sua
construção de forma inadequada podem levar a acidentes de trabalho. Acidentes poderiam ser evitados
se as escadas de mão fossem construídas de acordo com projetos e especificações técnicas, portanto,
recomendamos alguns detalhes construtivos que precisam ser seguidos a fim de garantir a segurança do
trabalhador quando de sua construção, uso, transporte e manutenção.
• Os degraus devem ser rígidos e fixados nos montantes por meio de dois pregos de cada lado da travessa
com cava de 3,5 x 2,5 cm (três centímetros e meio por dois centímetros e meio) ou outro meio que garanta
sua rigidez;
• Os degraus das escadas de mão devem ser uniformes, com um espaçamento constante de, no mínimo,
0,25 m (vinte e cinco centímetros) e, no máximo, 0,30 m (trinta centímetros), sendo ideal o espaçamento
de 0,28 m (vinte e oito centímetros);
• Os degraus devem ser antiderrapantes, com dimensões de 2,5 cm x 7,0 cm (dois centímetros e meio por
sete centímetros); Os montantes devem ser peças de 3,5 x 10 cm (três centímetros e meio por dez
centímetros) e o comprimento de 7,00 m (sete metros) em peças retas e sem emendas.
• É indispensável que os montantes fiquem paralelos, com um espaçamento entre 0,45 m (quarenta e
cinco centímetros) e 0,55 m (cinquenta e cinco centímetros);
• Tombamento do bate-estacas;
• Queda do pilão;
• Ruído;
Medidas Preventivas
Na operação de bate-estacas a vapor, devemos dar atenção especial às mangueiras e conexões, sendo
que o controle de manobra das válvulas deverá estar sempre ao alcance do operador.
Em situação específica, na qual o bate-estacas tenha de realizar sua operação próximo à rede de energia
elétrica, o responsável pela segurança na operação deve solicitar orientação técnica da concessionária
local quanto aos procedimentos operacionais e de segurança a serem seguidos.
Quando o topo da torre do bate-estacas estiver num nível imediatamente superior às edificações vizinhas,
o equipamento deve ser devidamente protegido contra descargas elétricas atmosféricas’
GRUAS
Este é um dos principais gargalos das obras, pois o transporte vertical de pessoal e de materiais exige
equipamentos de grande porte, difíceis de instalar e de operação complicada, cheia de riscos.
Sua movimentação e implantação interferem demasiadamente nas demais atividades. Por isso, a
implantação das gruas e cremalheiras demanda uma atenção especial nos canteiros.
No caso das gruas principalmente, a localização é o aspecto mais crucial para o seu desempenho com o
raio de atuação da lança. Ela precisa estar bem afastada de edifícios vizinhos para não haver o risco de
sua lança se aproximar indevidamente dos prédios.
ELEVADOR CREMALHEIRA
Ao mesmo tempo, deve ficar o mais próximo possível do lugar de recebimento dos materiais que vai
transportar. Devem ser considerados ainda os prazos da obra, os sistemas construtivos e materiais a
serem movimentados. Assim como também as cargas a serem movimentadas para definição da
capacidade da carga mínima da grua.
Deve ser observado, por fim, o uso de plataformas de descarrego que permitam a utilização da grua na
logística de transportes mesmo em pavimentos intermediários, onde a lança da grua não consegue mais
acessar devido a existência de lajes superiores já executadas.
]
Demonstração de cremalheiras alocadas no canteiro de obras
Tanto para as gruas como para os elevadores há uma extensa regulamentação na NR-18 que deve ser
observada. Isso, por si só, evita muitos problemas como acidentes e desorganização no canteiro.
Além disso, é importante que seja feito um estudo de viabilidade prévio para o dimensionamento e uso
desses equipamentos. É dessa maneira que se garante que eles tenham um efetivo retorno sobre o
investimento que deve ser considerado no orçamento de sua obra.
IDÉIAS-CHAVE
Movimentação de terra, equipamentos e acessos provisórios no canteiro de obras
RECAPITULANDO
A terraplenagem é uma importante etapa preliminar de qualquer obra. É a parte desse processo que o
solo passa a estar preparado para receber as fundações e toda a estrutura que será construída.
1 Introdução
Além do projeto e construção do canteiro de obras serem fundamentais para o sucesso da logística do
canteiro, também, deve ser considerado de extrema importância o projeto e construção das áreas de
vivência.
Áreas de vivência são áreas destinadas a suprir as necessidades básicas humanas de alimentação,
higiene, descanso, lazer, convivência e ambulatorial , devendo ficar fisicamente separadas das áreas
laborais. Essas áreas são as mais enfatizadas pela fiscalização, sendo responsável por garantir as boas
condições humanas no trabalho, influenciando o bem-estar do trabalhador e, consequentemente, o
número de acidentes. As condições de trabalho e os índices de acidentes estão fortemente ligados, na
medida em que essas condições determinam as bases das relações sociais e o estado psicológico dos
trabalhadores.
Apesar de a legislação prever área de lazer somente quando houver trabalhadores alojados, a maioria das
obras já possui essa área, pois a mesma contribui para o aumento da satisfação dos trabalhadores e o
local se revela uma iniciativa com bons resultados. A área de lazer pode ser implantada de várias formas,
sendo recomendável uma consulta prévia aos trabalhadores acerca de suas preferências (Saurin &
Formoso, 2006). Entretanto, as características do canteiro podem restringir ou ampliar a gama de opções.
Em canteiros restritos, a opção mais viável é uma área de lazer composta por um televisor e mesas de
jogos como pingue-pongue, pebolim, bilhar, xadrez, damas, etc.
Outro ponto importantíssimo é a manutenção das áreas de vivência, pois muitas vezes são projetadas
corretamente, mas com uma manutenção inadequada, além da falta de higiene e limpeza, levando a
fiscalização a autuar tais áreas pela falta de conservação.
A legislação vigente aceita que as áreas de vivência e frentes de trabalho sejam construídas
em instalações móveis, inclusive contêineres, desde que, cada módulo:
• Possua área de ventilação natural, efetiva, de no mínimo 15% da área do piso, composta por, no mínimo,
duas aberturas adequadamente dispostas para permitir eficaz ventilação interna;
• Garanta condições de conforto térmico;
• Possua pé direito mínimo de 2,40m;
• Garanta os demais requisitos mínimos de conforto e higiene estabelecidos na legislação;
• Possua proteção contra riscos de choque elétrico por contatos indiretos, além do aterramento elétrico.
2 Instalações sanitárias
• Produtividade
As instalações sanitárias adquirem relevância caso a empresa esteja empenhada em aumentar seus
índices de produtividade e deseje proporcionar melhor qualidade de vida a seus empregados. A
inexistência de boas instalações sanitárias desmotiva e gera descontentamento, o que se refletirá
diretamente nos resultados do trabalho.
Os problemas mais comuns em instalações são: a falta de planejamento, padronização e manutenção, a
utilização de materiais inadequados em sua construção e a falta de treinamento dos empregados. Muitas
vezes, as instalações são improvisadas e impróprias para o uso. Consideram-se satisfatórios somente os
sanitários que qualquer pessoa puder utilizar, seja presidente da empresa ou trabalhador da obra.
• Custo Reduzido
O custo de instalações sanitárias adequadas pode diferir muito pouco em relação às instalações
inadequadas e precárias. Basta que se empregue o bom senso na sua concepção e construção. Nas
paredes de alvenaria dos banheiros, por exemplo, podem ser assentados azulejos. Qual a construtora que
não dispõe de algumas caixas de azulejos e pisos que sobraram de obras concluídas para revestir a
instalação sanitária de um novo canteiro? Pouco importa que sejam de cores, desenhos ou até formatos
diferentes. O importante é que as paredes, assim como os pisos, fiquem impermeabilizados. A colocação
de ralos garante, também, melhores condições de limpeza, higiene e saúde, pois os banheiros poderão
ser lavados diariamente, evitando-se assim a proliferação de fungos, bactérias, etc. O custo da mão de
obra.
O custo da mão de obra para o assentamento dos azulejos e pisos praticamente inexiste se o serviço for
realizado por trabalhador em treinamento.
Essas cabines de material plástico vêm sendo muito utilizadas em obras da indústria da construção,
principalmente em locais com maior dificuldade de se construir banheiros em alvenaria ou outro material.
São constituídos por uma “privada”, que armazenam os efluentes originados da excreção humana. A
limpeza só acontece depois de muitos usarem o aparelho, se constituindo do maior problema da utilização
desse tipo de banheiro: a falta de higiene e limpeza.
Em obras de edificação é importante que esses banheiros sejam ligados à prumada de esgoto para que
os efluentes sejam retirados do local e ligados à rede de esgoto, fossa séptica ou sistema equivalente.
Quando da utilização de banheiros móveis nas frentes de trabalho, estes deverão:
• Ser dispostos na proporção determinada pela legislação;
• Dispor, no mínimo, de lavatório, vaso sanitário abastecido com água e material para lavagem e enxugo
das mãos;
• Ser mantidos limpos e higienizados, com a retirada dos dejetos, que devem ter destino adequado,
desinfecção e desodorização das cabinas;
• Localizar os banheiros móveis evitando a exposição direta aos raios solares, de forma a garantir o
conforto térmico dos trabalhadores, sobre superfícies estáveis e em locais de acesso fácil e seguro;
• Ser ventilados para o exterior.
Nas atividades de operação no interior da cabine de gruas e nos trabalhos em tubulões, além de outras
atividades em que tecnicamente for inviável o atendimento do disposto anteriormente, devem ser adotadas
soluções alternativas. Essas soluções são facultadas para as empresas construtoras, regularmente
registradas no Sistema CONFEA/CREA, sob responsabilidade de profissional de engenharia, em
situações especiais não previstas nas normas regulamentadoras, mediante cumprimento dos seguintes
requisitos, referentes às medidas de proteção coletiva, a adoção de técnicas de trabalho e uso de
equipamentos, tecnologias e outros dispositivos que:
• Propiciem avanço tecnológico em segurança, higiene e saúde dos trabalhadores;
• Objetivem a implantação de medidas de controle e de sistemas preventivos de segurança nos processos,
nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção;
• Garantam a realização das tarefas e atividades de modo seguro e saudável.
3 Vestiários
Nos canteiros em que trabalham operários é necessária a construção de vestiários próximos à entrada da
obra, em local de acesso fácil e seguro, de forma adjacente ou conjugada, com chuveiros, sem ligação
direta com o local destinado às refeições. O vestiário deve dispor de área mínima de 1,50m² por
trabalhador, considerando o maior efetivo dos turnos de trabalho.
Estes devem ter área de ventilação correspondente a 1/10 da área do piso, iluminação natural e/ou
artificial. Devem possuir armários individuais, com separação interna, dotados de dispositivo de
trancamento fornecidos pelo empregador.
É importante que garantam segurança a seus usuários, visto que o problema mais comum em vestiário é
a ocorrência de arrombamentos e furtos. É aconselhável que os armários sejam metálicos, como os
usados em clubes, escolas, indústrias e até mesmo em residências, pois são muito funcionais e
resistentes.
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
72
TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
O vestiário precisa ter bancos dimensionados para atender aos usuários, considerando o maior efetivo dos
turnos de trabalho, com largura mínima de 0,30m e possuir local próprio, coberto e ventilado para secagem
das toalhas.
Os vestiários dos alojamentos poderão ser considerados na base de cálculo do dimensionamento, desde
que próximos ao canteiro de obras ou frentes de trabalho e que o acesso
do vestiário ao alojamento seja por meio de passagem coberta.
Gabinetes Sanitários
As bacias sanitárias utilizadas nos gabinetes sanitários de obra devem ser do tipo sifonada (convencional),
equipadas com caixa de descarga ou válvula automática, com assento e tampa, ligadas à rede geral de
esgotos ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos.
Mictórios
Como os lavatórios, os mictórios podem ser do tipo individual (sifonado) ou coletivo (em formato de calha)
desde que cada segmento tenha, no mínimo, 0,60m, o que corresponde a um mictório tipo cuba. Devem
ser providos de descarga provocada ou automática.
Podem ser de louça, de metal ou construídos de alvenaria ou concreto na própria obra, desde que tenham
revestimento interno e externo de material liso, impermeável e lavável.
Chuveiros
A quantidade obrigatória de chuveiros na obra é de um para cada dez trabalhadores e a área mínima
necessária para utilização de cada chuveiro é de 0,80m², localizados a, no mínimo, 2,10m acima do piso.
Em cada chuveiro deve haver um suporte para sabonete e cabide para toalha.
4 Refeitório
Um dos requisitos mais importantes do refeitório de canteiro de obras é que tenha capacidade para atender
a todos os trabalhadores no horário das refeições, considerando o maior efetivo dos turnos de trabalho ou
das escalas de refeição, se houver. Se a obra envolver muitos empregados, porém, não necessitará de
um refeitório que abrigue a todos ao mesmo tempo. Pode-se dividir o horário de refeição em dois turnos,
o que resultará em melhor atendimento e possibilitará a redução da área do refeitório.
Vale lembrar que os refeitórios devem ser bem iluminados e ventilados. Precisam dispor de lavatórios
instalados em seu interior ou externamente, neste caso, adjacente à en trada, para que os funcionários
lavem as mãos antes e depois de comer. Além disso, é necessário que os empregados sejam treinados
quanto às noções de higiene e limpeza.
Em qualquer local em que o trabalhador esteja realizando uma atividade ou tarefa, em alojamentos e
refeitórios, deve ser garantido o fornecimento de água potável filtrada e refrigerada para os trabalhadores,
em condições higiênicas.
Este fornecimento de água pode ser feito por meio de bebedouros de jato inclinado com guarda protetora,
bebedouro industrial, tipo garrafão ou outro sistema que ofereça as mesmas condições, na proporção de,
no mínimo, um para cada grupo de 25 trabalhadores ou fração, sendo proibido o uso de copos coletivos.
5 Cozinha
Tão importante quanto à área física da cozinha é a qualidade da alimentação fornecida aos trabalhadores.
Se a higiene for precária, muitas doenças podem ser transmitidas pelos alimentos. A preservação de
contaminação dos alimentos baseia-se na adequada limpeza das mãos e do instrumental, evitar o contato
com insetos e ratos, empregar no preparo dos alimentos pessoas sadias (todas as que trabalham na
cozinha deverão usar, obrigatoriamente, aventais e gorros). A proliferação indesejável de micro-
organismos poderá ser evitada mantendo-se os alimentos devidamente refrigerados durante o transporte
e o armazenamento.
Na cozinha, os alimentos deverão ser lavados cuidadosamente e cozidos em temperaturas que garantam
sua esterilização. Fica clara a importância de se proibir cozinhar e aquecer qualquer tipo de refeição dentro
do alojamento, que deve ser mantido em permanente estado de conservação, higiene e limpeza. Quando
houver necessidade de cozinha no canteiro de obra, ela deve:
• Ter cobertura de material resistente ao fogo;
• Ter pia para lavar os alimentos e utensílios;
• Possuir instalações sanitárias que não se comuniquem com a cozinha, de uso exclusivo dos
encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições e utensílios, não devendo ser ligadas à caixa
de gordura;
• Dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo;
• Possuir equipamento de refrigeração para preservação dos alimentos;
• Dispor de aberturas protegidas por telas de proteção contra o ingresso de insetos e vetores transmissores
de doenças;
• Quando utilizado GLP, os botijões devem ser instalados fora do ambiente de utilização, em área
permanentemente ventilada e coberta.
Deve ser garantida a disposição dos resíduos gerados na cozinha de acordo com as normas sanitárias
locais e obrigatório o uso de calçados fechados, aventais e gorros pelos trabalhadores da cozinha.
6 Ambulatório
No canteiro de obras, deve existir local adequado com materiais de primeiros socorros de acordo com o
tipo da obra e principalmente riscos existentes para o devido atendimento, devendo o mesmo estar sob
responsabilidade de profissional treinado e autorizado pelo empresa a prática de primeiros socorros.
7 Área de lazer
Quando a obra contar com trabalhadores alojados, as áreas de vivência deverão ter local para recreação,
podendo ser utilizado o local de refeições. O trabalhador alojado aprecia distração e relaxamento após a
jornada de trabalho. A descontração e as brincadeiras saudáveis tornam o ambiente mais agradável e
sinérgico.
Em muitos canteiros de obra o espaço é limitado. De todo modo, podem compor uma área de lazer os
seguintes itens: televisor, videogame, mesa de bilhar, pebolim, mesa de pingue-pongue, jogos (dominó,
baralho, loto, damas, xadrez, quebra- -cabeças,etc.), livros, revistas, tabela de basquete, rede de voleibol,
traves de futebol, campo de malha, bocha, entre outros. Além do divertimento propiciado pelos jogos e
brincadeiras, poderão ser feitas nas áreas de lazer exposições de esculturas, pinturas e desenhos de
autoria dos próprios empregados da obra. Pode-se promover a integração dos trabalhadores também
através da música, organizando-se apresentações de instrumentistas e cantores que trabalhem na obra.
Essas são maneiras de tornar os trabalhadores mais envolvidos e comprometidos com a obra e com a
empresa. Muitas outras atividades poderão ser realizadas e devem ser idealizadas de acordo com o perfil
dos trabalhadores e, segundo um planejamento previamente elaborado.
8 Alojamento
O alojamento é um local na obra em que se deve dar especial atenção, pois sua qualidade influi
diretamente na qualidade de vida dos trabalhadores e na produtividade da obra.
Em muitas obras – sejam afastadas de centros urbanos ou não – há necessidade de instalação de
alojamentos provisórios para a permanência dos trabalhadores. Esses locais devem proporcionar a seus
moradores condições mínimas de vivência. Muitos alojamentos ainda não cumprem exigências mínimas
de habitação. Condições precárias nas instalações, com certeza, repercutirão diretamente no estado de
saúde dos trabalhadores.
Um bom alojamento preencherá os seguintes requisitos mínimos:
• Ter área de ventilação de no mínimo 1/10 da área do piso;
• Luz natural e artificial;
• Sistema higiênico de remoção de lixo;
• Temperatura confortável internamente;
• Atmosfera de razoável pureza e ventilação;
• Proteção contra ruídos excessivos;
• Abastecimento de água potável;
• Ausência de umidade;
• Ausência de ratos e insetos;
• Espaço suficiente nos dormitórios e áreas de lazer;
• Instalações elétricas protegidas.
9 Lavanderia
Quando a obra alojar trabalhadores, deverá ter uma lavanderia, ou seja, um local coberto, ventilado e
iluminado, para que o empregado possa lavar, secar e passar suas roupas de
uso pessoal.
IDÉIAS-CHAVE
RECAPITULANDO
Áreas de vivência são áreas destinadas a suprir as necessidades básicas humanas de alimentação,
higiene, descanso, lazer, convivência e ambulatorial , devendo ficar fisicamente separadas das áreas
laborais.
UNIDADE V
1 Introdução
Inicialmente, a empresa deve fazer um diagnóstico das condições de segurança da obra, analisando o
terreno, o entorno, o tipo e complexidade do empreendimento, etc. Só depois de se obter a maior
quantidade possível de informações é que será viável desenvolver um programa consistente e com
chances de obter sucesso.
Para ser possível a prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais num canteiro de obras e
garantir um ambiente saudável, é necessária a adoção de medidas e regras. Destacam-se, entre tantas, a
ordem e a limpeza como prioritárias para objetos de atenção dos engenheiros, mestres e encarregados.
Desde o início da obra, a ordem e a limpeza devem ser cuidadosamente planejadas até a entrega do
empreendimento ao cliente, pois, quando um canteiro está ordenado e limpo diminuem as confusões e
os trabalhos realizados são mais eficazes. Para tanto, o canteiro de obras deve apresentar-se organizado,
limpo, desimpedido, notadamente nas vias de circulação, passagens e escadarias.
Muitas doenças como tifo, diarreia ou outras enfermidades são causadas por água contaminada ou por
falta de higiene nas obras. Uma das primeiras providências a ser tomada na obra, deve ser a instalação de
serviços sanitários adequados. Se há sistema de esgoto devem ser feitas as ligações e instalações de bacias
sifonadas ou bacias turcas.
Os operários devem tomar água potável, fresca e pura, preferencialmente das redes públicas de
distribuição de água, em bebedouros industriais, de jato inclinado ou garrafões de água, com a utilização
de copos descartáveis, onde não houver rede pública. Se, em alguns canteiros de obras, a água for de
poço ou bica, recomenda-se a analise antes da sua utilização e, posteriormente, verificada, pelo menos,
uma vez por mês durante o inverno, e uma vez por semana durante o verão.
3 Fundações
Fundação é a parte de uma estrutura edificada que transmite ao terreno, e neste distribui, a carga da
edificação, ou ainda, o plano sobre o qual assentam os alicerces de uma construção. Os cuidados
necessários para a prevenção de acidentes em obras de fundações, inclusive que se refere a danos em
estruturas vizinhas, são idênticos aos já vistos no caso dos serviços de escavação.
Fundações Cravadas
Estacas Pré-moldadas
As estacas pré-moldadas podem ser feitas em concreto armado, protendido ou em metal. O sistema de
cravação deve ser dimensionado de modo a levar a estaca até a profundidade prevista para a sua
capacidade de carga sem danificá-la. Com essa finalidade, o uso de martelos mais pesados, com menor
altura de queda, é mais eficiente do que os martelos mais leves, com grande altura de queda, mantido o
mesmo conjunto de amortecedores.
Estacas de Concreto
Elemento estrutural de concreto armado ou protendido, vibrado ou centrifugado, e concretadas em
formas horizontais ou verticais. Devem ser executadas com concreto adequado e submetidas à cura
necessária para que possuam resistência compatível com os esforços decorrentes do transporte,
manuseio e da instalação, bem como resistência a eventuais solos agressivos. O sistema de cravação deve
estar sempre ajustado e com todos os elementos constituintes, tanto estruturais quanto acessórios, em
perfeito estado, a fim de evitar quaisquer danos às estacas durante a cravação. Os equipamentos,
acessórios e ferramentas necessários para a cravação da estaca são:
4 Fundações
• Bate-estacas para estaca pré-moldadas de concreto, que se movimentem sobre rolos, pranchas ou
esteiras, constituído de chassis reforçado e torre rígida ou guindastes com torres adaptadas para uso de
martelo do tipo “queda livre” automático ou vibratório;
• Torre guia com altura mínima compatível com os maiores elementos de estacas a serem cravados;
• Guinchos movimentados por motor diesel ou elétricos, providos de, no mínimo, dois tambores com
capacidades determinadas em função do peso do martelo e dos elementos de estacas a serem cravados;
• Martelos, que podem ser de queda livre, automáticos (diesel ou hidráulicos) ou vibratórios;
• Máquina de solda, capacete da estaca, coxins, cepos e suplementos (quando necessário). Equipe de
Fundação O equipamento para a execução de fundações profundas com estacas pré-moldadas de
concreto deve ser operado por equipe básica constituída de:
• Operador (pode ser o chefe da equipe);
• Soldador (pode ser empregado para mais de um equipamento);
Estacas Metálicas
Estacas metálicas são peças de aço laminado ou soldado, tais como perfis de seção I e H, tubos e chapas
dobradas de seção circular, quadrada ou retangular, bem como trilhos, estes geralmente reaproveitados
após remoção de linhas férreas, por perderem sua utilidade em face ao desgaste.
Cuidados na Operação
• Manutenção diária, visual e preventiva: é obrigação da equipe que opera o equipamento bate-estacas
atentar, além das verificações comuns de cunho mecânico, tais como: níveis de água e óleo, lubrificação,
alterações estruturais, para o estado, em particular, dos cabos de aço, lonas de freio e fricção, parafusos
e porcas, pinos e contrapinos, roldanas, prevenindo-se de eventuais danos que possam ser causados por
problema em algum dos dispositivos citados.
• Perigos de quedas de apetrechos ou tombamento do bate-estacas; em face das dimensões e forma
construtiva do equipamento, as quais especialmente lhe conferem, na sua movimentação, equilíbrio
instável, deve o operador agir com extremo cuidado em sua operação, prevenindo danos pessoais,
mormente aos componentes da equipe, sujeitos a acidentes com maior frequência, pela proximidade em
relação ao agente causador do fato;
• Assim sendo, em consequência, são estabelecidas as seguintes regras:
» Não permitir num raio de 12m do bate-estacas em funcionamento, a presença de qualquer pessoa que
não seja da equipe;
» Nos deslocamentos em terrenos inclinados os ajudantes devem se posicionar na parte mais alta do
terreno, entre os pontos do percurso;
» Quando o cabo de manobra for tracionado, tanto quanto possível, deve ser guardada distância de
carretilhas, ganchos e dispositivos afins, prevendo-se a possibilidade de rompimento de peças do
conjunto mecânico.
» Todas as partes móveis e todos os pontos de transmissão de força de máquinas e equipamentos devem
estar devidamente protegidos, por meio de anteparos ou proteções fixas de material resistente.
Tubulões
Entretanto, neste tipo de serviço, é proibido o trabalho simultâneo em tubulões adjacentes, seja quanto
à abertura do fuste, ao alargamento da base ou à concretagem. Além disso, deve atender, com relação a
trabalho em altura, além das exigências previstas na NR 35, as seguintes disposições:
• Os equipamentos de descida e içamento de trabalhadores devem ser independentes dos utilizados para
movimentação de materiais e atender às normas técnicas oficiais vigentes;
• Os equipamentos de retirada de materiais devem ser projetados por profissional legalmente habilitado
e dotados de sistema de segurança com travamento, composto por dupla trava no sarilho;
• Quando do uso da corda de fibra sintética ou de cabo de aço para movimentação de pessoas e de
materiais, deve atender as recomendações sobre cabo de aço e cabo de fibra sintética;
• A corda de sustentação do balde deve ter comprimento para que haja, em qualquer posição de trabalho,
no mínimo de seis voltas sobre o tambor;
• Possuir gancho com trava de segurança para conexão do balde;
• Possuir sistema de sarilho fixado no terreno, fabricado em material resistente, dimensionado conforme
a carga aplicável, com rodapé de 0,20m em sua base, e apoiado com no mínimo 0,50m de afastamento
em relação à borda do tubulão;
• Dispor de cobertura para proteção da radiação solar;
• Possuir sistema de iluminação, em conformidade com o Plano de Segurança;
• Isolar, sinalizar e fechar os poços nos intervalos e término da jornada de trabalho;
• Paralisação das atividades de escavação dos tubulões quando da existência de condições
meteorológicas adversas.
Responsável Técnico
Na execução de poços e tubulões a céu aberto, a exigência de escoramento (cambotas de madeira) e/ou
encamisamento fica a critério do engenheiro de fundações ou consultor, considerando os requisitos de
segurança que garantam a inexistência de risco ao trabalhador.
Medidas Preventivas
• Colocar rodapé de madeira, preso ao sarrilho, com 20cm de altura, ao redor da borda do tubulão, para
impedir a queda de solo ou entulhos sobre o trabalhador;
• Consultar sempre o engenheiro de fundações para delimitar as áreas de escavações, que devem ser
demarcadas com fitas zebradas ou barreiras fixas e avisos, a fim de evitar o tráfego de caminhões
causando vibrações no solo;
• Quando houver possibilidade de infiltração ou vazamento de gás, o local deve ser devidamente ventilado
e monitorado;
• Em trabalhos noturnos deve haver iluminação adequada, atendendo sempre à lei do silêncio;
• A água de chuva deve ser desviada por meio de valetas para evitar o retorno provocando
desbarrancamentos e inundações;
• Tubulões, túneis, galerias ou escavações profundas de pequenas dimensões, cuja frente de trabalho não
possibilite perfeito contato visual da atividade e em que exista trabalho individual, o trabalhador deve estar
preso a um cabo-guia que permita, em caso de emergência, a solicitação ao profissional de superfície para
o seu rápido socorro;
• A partir de 1m de profundidade, o acesso da saída do poço ou tubulão será efetuado por meio de sistemas
que garantam a segurança do trabalhador, tais como sarrilho com dupla trava ou guincho mecânico;
• Nas escavações manuais de poços e tubulões a céu aberto o diâmetro mínimo deverá ser de 0,80m;
• Caso se adote iluminação interior, devem ser adotados sistemas estanques à penetração de água e
umidade, alimentados por energia elétrica não superior a 24 Volts;
• Deve ser evitada a utilização de equipamentos acionados por combustão ou explosão no interior dos
poços e tubulões;
• Deve ser garantida ao trabalhador no fundo do poço ou tubulão a comunicação com a equipe de
superfície através de sistema sonoro;
• Deve ser garantida ao trabalhador a boa qualidade do ar no interior do poço ou tubulão.
5 Sistema estrutural
Concreto é um material de construção resultante da mistura de um aglomerante (cimento), com agregado
miúdo (areia), agregado graúdo (brita) e água em proporções exatas e bem definidas. Atualmente, é
comum a utilização de um novo componente - os “aditivos”, destinados a melhorar ou conferir propriedades
especiais ao concreto.
A pasta formada pelo cimento e água atua envolvendo os grãos dos agregados, enchendo os vazios entre
eles e unindo esses grãos, formando uma massa compacta e trabalhável.
A função dos agregados é dar ao conjunto condições de resistência aos esforços e ao desgaste, além de
redução no custo e redução na contração. Após a mistura, obtém-se o concreto fresco, material de
consistência mais ou menos plástica que permite a sua moldagem em formas.
Ao longo do tempo, o concreto endurece em virtude de reações químicas entre o cimento e a água
(hidratação do cimento). A resistência do concreto aumenta com o tempo, propriedade esta que o distingue
dos demais materiais de construção.
A propriedade marcante do concreto e sua elevada resistência aos esforços de compressão aliada a uma
baixa resistência a tração.
Fases da Construção da Estrutura de Concreto Armado As obras de construção, o trabalho com estruturas
de concreto compreende várias fases e cada uma dessas atividades apresenta perigos de acidentes
específicos:
• Cimbramento;
• Confecção de fôrmas;
• Colocação de armações de aço;
• Concretagem;
• Desforma
6 Sistema estrutural
Cimbramento
Também é corretamente chamado de escoramento, embora esta denominação se aplique, com mais
propriedade, ao cimbramento constituído apenas por montantes e escoras. Os acidentes com
cimbramento causam prejuízos diretos e indiretos e põem em risco vidas humanas. A medida de
segurança mais satisfatória é a constante inspeção durante a concretagem por pessoa qualificada
Cimbramento metálico
Perigos mais frequentes Os fatores de risco na instalação do cimbramento são análogos aos da construção
das fôrmas. Devem ser tomadas, portanto, as mesmas medidas de prevenção de acidentes e doenças.
São as seguintes as principais causas de acidentes durante os trabalhos de cimbramento:
• Utilização de materiais de má qualidade; • Recalques ou deslocamentos; • Instabilidade causada pela
intempérie e pelas condições do solo;
• Falta do uso dos equipamentos de proteção individual (EPI); • Prensagem de mãos e dedos; • Falta de
inspeção e vigilância; • Queda de material e peça; • Queda de pessoas; • Problemas de circulação de
pessoas; • Modificação de projeto; • Queda das fôrmas; • Ruído excessivo.
Escoramento de fôrmas
A parte do escoramento diretamente em contato com as fôrmas tem a função de enrijecê-las e de resistir
aos esforços verticais e horizontais produzidos pelo concreto lançado nos moldes. Esta parte é geralmente
denominada escoramento de fôrmas.
Escoramento metálico
Formas
As fôrmas e escoramentos devem ser dimensionados e construídos de acordo com as prescrições das
normas técnicas vigentes no país e de modo que resistam às cargas máximas de serviço. É necessária a
utilização de madeira em bom estado de conservação, sem nós, lascas e rachaduras. Para a confecção
das fôrmas, são empregadas serras circulares e outras ferramentas, cuja má utilização pode gerar perigos
de cortes, amputações, quedas e golpes. Todo cuidado deve ser tomado para que tais ferramentas não
caiam das lajes para os pavimentos inferiores.
Fôrmas de Pilares
Fôrmas de Vigas
As fôrmas das vigas podem ser lançadas após a concretagem dos pilares ou no conjunto de fôrmas pilares,
vigas e lajes para serem concretadas ao mesmo tempo. O usual é lançar as fôrmas de vigas a partir das
cabeças dos pilares com apoios intermediários em garfos ou escoras.
Nos serviços de montagem e instalação de armaduras de aço, há maior frequência dos seguintes tipos de
acidentes:
• Cortes e ferimentos nas mãos, braços, pernas e pés, provocados pelo manuseio de barras de aço;
• Esmagamento, durante as operações de carga e descarga de barras de aço;
• Ferimentos nas operações de montagem de armaduras;
• Tropeções e torções, ao caminhar sobre as armaduras;
• Acidentes derivados de eventuais rupturas das barras de aço durante as operações de dobra e corte;
• Acidentes por falta de uso dos equipamentos de proteção individual (EPI);
• Ruído excessivo dos equipamentos, na montagem das armaduras;
• Esforços inadequados;
• Queda de pessoas, no mesmo nível;
• Queda de carga suspensa;
• Choques elétricos etc.
Concretagem
Concretagem
7 Alvenarias
Comparados aos perigos de boa parte das atividades no canteiro de obras, aqueles envolvidos no
assentamento de tijolos, blocos ou pedras são menores e mais leves. No entanto, as atividades perigosas
podem estar relacionadas à realização desses trabalhos. São exemplos: a movimentação de materiais, o
uso de ferramentas, as quedas e as afecções decorrentes do emprego de cal e cimento. Existem ainda os
perigos de ordem física a que se expõe o trabalhador, principalmente em serviços de corte de blocos
cerâmicos e tijolos. Os cuidados necessários durante o uso das ferramentas manuais próprias para o
trabalho de alvenaria são simples e conhecidos, pois esses equipamentos evoluíram muito pouco nas
últimas décadas.
Perigos mais Frequentes: São os seguintes os perigos no trabalho de alvenaria:
• Queda de pessoas;
• Queda de objetos;
• Golpes de objetos em pessoas;
• Cortes no manuseio de objetos e ferramentas manuais;
• Dermatites pelo contato com cimento e cal;
• Projeção de partículas nos olhos;
• Esforço físico excessivo;
• Cortes provocados pela utilização de máquinas e equipamentos;
• Eletrocussão;
• Agarramento pelos meios de elevação e transporte;
• Os derivados de trabalho realizados em ambientes de poeira;
• Os derivados do uso de meios auxiliares como andaimes, escadas, etc..
8 Alvenarias
Na movimentação de tijolos e blocos em obras, é essencial considerar o peso dos materiais, possibilitando
o correto dimensionamento dos equipamentos de içar, bem como dos andaimes e plataformas. As
pranchas dos pisos dos andaimes não devem ser sobrecarregadas.
• Analisar o local onde serão colocados os pallets de blocos nas lajes (resistência da laje) e as condições
do piso;
• Evitar esforços desnecessários para conduzir carrinhos porta-pallets, mantendo a coluna vertebral reta;
• Distribuir os pallets de blocos próximos do local de trabalho;
• Cuidado com a retirada das fitas metálicas ou de plástico dos pallets;
• Não depositar pallets em lajes de sacadas ou próximos de janelas; • Sinalizar toda a área de depósito de
pallets;
• Válido também para o transporte de vergas e contravergas pré-moldadas.
9 Acabamento
• Como a fase de revestimento transcorre com rapidez, certos perigos de acidentes podem passar
despercebidos;
10 Acabamento
Tintas e Vernizes
São enormes os perigos envolvidos na aplicação de tintas e vernizes e no emprego de solventes, pois sua
composição inclui substâncias tóxicas e inflamáveis. Os perigos aumentam quando os materiais são
aplicados com pistola ou pulverizados. Isso acontece porque a pulverização dos solventes e diluentes
provoca uma maior dispersão no ar; isso origina uma maior evaporação, aumentando a concentração
desses produtos no ambiente. Os produtos devem ser pulverizados ao ar livre, em oficinas ou em cabinas,
e são classificados em:
• Fundos;
• Tintas solúveis em água;
• Tintas e vernizes à base de celulose;
• Tintas e vernizes sintéticos.
Os pigmentos se constituem de partículas muito finas em suspensão na tinta. A reduzida dimensão dessas
partículas favorece sua possibilidade de suspensão no ar. Por isso, do mesmo modo que ocorre com
solventes e diluentes, os pigmentos encontram maior facilidade de penetração no organismo. Nos serviços
de pintura podem ser estabelecidas três categorias principais de perigos, além dos decorrentes do próprio
material:
• Doenças ocupacionais;
• Incêndios e explosão;
• Perigos mecânicos e elétricos.
O uso de solventes e diluentes acima dos limites de tolerância pode causar danos à saúde do trabalhador.
A grande volatilidade de tintas e vernizes, sua aplicação por pulverização e a secagem dos objetos
determinam a produção, em grande escala, de vapores inflamáveis. Dependendo da concentração e da
ventilação do local, isso representa perigo de incêndios e explosões.
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), utilizados para trabalhos com tintas e vernizes são, dentre
outros: máscara com filtro contra solventes e contra poeiras tóxicas; proteção para os olhos, luvas e
calçados.
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
96
TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Vidros e Espelhos
Dada a fragilidade do material, o trabalho com vidros e espelhos precisa ser acompanhado de medidas
especiais de proteção. Para se evitarem perigos de acidentes, é essencial que os locais de trabalho sejam
limpos e estejam em ordem. Cacos de vidro caídos no chão devem ser imediatamente retirados.
É conveniente que vidros sejam estocados, separados de outros materiais. Precisam ser mantidos na
posição vertical, ligeiramente inclinados contra uma superfície de apoio. O percurso interno que será
utilizado para o transporte de vidro deve permanecer desimpedido, sem a presença de cabos, arames,
mangueiras ou fios que possam causar tropeções e quedas de operários.
11 Estrutura metálica
A montagem de estruturas metálicas é uma atividade que, por muitas vezes, é executada a muitos metros
do chão, entretanto podem ser negligenciadas as questões relativas à segurança em trabalho em altura.
Essa realidade está sendo transformada quando vemos as empresas cumprindo as determinações
estabelecidas na NR-35 - Trabalho em Altura. Segundo os especialistas da área, para que as ocorrências
fatais e os acidentes no trabalho sejam reduzidos é preciso um planejamento rigoroso dos serviços,
contemplando o atendimento das legislações de seguranças pertinentes, sendo este feito por um
profissional habilitado. Perigos mais Frequentes
• Queda de pilhares metálicos;
• Queda de cargas suspensas;
• Golpes em pessoas provocados por objetos pesados;
• Golpes ou cortes nas mãos, braços, pés e pernas, provocados por objetos ou ferramentas;
• Queda de estruturas;
• Radiações não-ionizantes provocadas por soldas;
• Quedas de pessoas; • Projeção de partículas nos olhos;
• Exposição a corrente elétrica;
• Explosões;
• Incêndios. Requisitos Legais
O projeto, fabricação, montagem e desmontagem de estrutura metálica e pré-moldados precisam estar
sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado. Os sistemas de ancoragem da proteção contra
queda e os meios de acessos dos trabalhadores à estrutura devem estar previstos no PGR.
Carpintaria
Dentre as diversas ferramentas utilizadas nos serviços de carpintaria - desde as manuais, como serras,
serrotes, torqueses, furadeiras elétricas, pés-de-cabra e martelos, até alguns tipos de máquinas, a serra
circular é a que mais oferece perigos de acidentes. Isso não ocorre só nos canteiros de obras, mas também
na indústria madeireira e nas atividades em que a carpintaria exerce papel secundário (manutenção,
fabricação de embalagens, de estrados de madeira e assim por diante).
A Serra Circular A serra circular utilizada em geral na construção civil é uma máquina simples e de alta
velocidade. É composta de mesa fixa (com uma abertura que permite a passagem de um disco de serra),
eixo, transmissão de força e motor. A força mecânica do motor é transmitida por correias, polias,
engrenagens e outros componentes.
Nos canteiros de obras, a instalação de serras circulares não pode ser precária e desprovida dos
dispositivos de segurança essenciais. Os acidentes com operários, no trabalho de corte da madeira para
fôrmas, por exemplo, costumam acarretar incapacidade permanente e total ou, até mesmo, a morte.
Quando a serra circular não está bem instalada, pode transformar-se numa arma de alta periculosidade.
As causas dos acidentes são facilmente identificáveis. Devem-se às condições peculiares das atividades
da construção civil e à operação por pessoas não habilitadas. Além disso, a máquina pode provocar
acidentes por defeito de fabricação ou dos dispositivos de proteção.
Medidas de Segurança As causas dos acidentes podem ser facilmente identificáveis. Devem-se às
condições peculiares das atividades da construção civil e à operação por pessoas não habilitadas. Para
evitar acidentes com a serra circular, são necessárias várias medidas de segurança, que devem ser
utilizadas conjuntamente.
Disco O disco de serra circular deve ser da mais alta qualidade, cuja precisão e rendimento ajudarão na
produtividade e darão mais confiança ao trabalhador.
Cutelo divisor Trata-se de um elemento metálico rígido, de espessura um pouco menor que a espessura
do disco da serra, disposto verticalmente, acompanhando a curvatura da parte posterior, não atuante, do
disco.
Coifa protetora É uma abertura que oferece proteção contra o perigo de contato das mãos do operador
com o disco da serra em movimento e contra a projeção de partículas e possui as seguintes características
Armações de aço
As barras de aço, colocadas no interior do concreto, compõem a chamada armação ou armadura. Essas
barras de aço, também chamadas de ferro de construção ou vergalhões, são amarradas umas às outras
com arame recozido. Existem também armaduras pré-fabricadas, que já vêm com as barras de aço unidas
entre si: são as telas soldadas, que servem de armadura para lajes e pisos.
Os feixes de vergalhões de aço que forem deslocados por guinchos, guindastes ou gruas devem ser
amarrados de modo a evitar escorregamento, sendo proibido o içamento pela própria amarração dos
feixes. As armações de pilares, vigas e outras estruturas devem ser apoiadas e escoradas para evitar
tombamento e desmoronamento. É obrigatória a colocação de pranchas de material resistente, firmemente
apoiadas sobre as armações nas fôrmas, para a circulação de trabalhadores e as extremidades de
vergalhões que ofereçam risco para os trabalhadores devem ser protegidas.
Descarregamento de Vergalhões:
• Queda de vergalhões por problemas na amarração ou ângulo da eslinga durante o transporte por grua,
guindaste, guincho, etc.;
• Golpes em pessoas durante o transporte;
• Queda de pessoas por tropeções;
• Queda de pessoas do caminhão;
• Lesões nos membros inferiores e superiores por falta de uso de equipamento de proteção individual;
• Quebra de amarração dos feixes de vergalhões;
• Acidentes com terceiros devido à falta de sinalização;
• Lesões lombares por carregamento inadequado dos vergalhões;
• Atropelamentos provocados por veículos e máquinas.
Corte de Vergalhões:
• Ruído; • Projeções de partículas metálicas nos olhos; • Prensagem de dedos e mãos; • Exposição à
energia elétrica por falta de aterramento; • Problemas ergonômicos provocados pela altura inadequada da
bancada; • Exposição a intempéries; • Utilização inadequada de máquinas como guilhotina manual,
policorte, solda elétrica e corte oxiacetileno; • Contato com o disco da policorte; • Ruptura do disco; • Falta
de utilização de EPI(s) (capacete, óculos de segurança, protetor auditivo, avental, ombreiras e luvas de
raspa, calçado de segurança, cinturão de segurança e protetor facial); • Esforço físico excessivo; •
Acionamento involuntário de máquina (caso esta não esteja adequada aos padrões.
IDÉIAS-CHAVE
Etapas das obras
RECAPITULANDO
Para ser possível a prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais num canteiro de obras e
garantir um ambiente saudável, é necessária a adoção de medidas e regras. Destacam-se, entre tantas, a
ordem e a limpeza como prioritárias para objetos de atenção dos engenheiros, mestres e encarregados.
1 Introdução
Onde houver perigo de queda de altura é necessária a instalação da proteção coletiva correspondente.
Medidas de proteção coletiva são ações, equipamentos ou elementos que servem de barreira entre o
perigo e o trabalhador. Numa visão mais ampla, são todas as medidas de segurança tomadas numa obra
para proteger uma ou mais pessoas. As medidas coletivas de proteção contra quedas de altura são
obrigatórias não só onde houver perigo de queda de trabalhadores, mas também quando existir perigo de
projeção de materiais, ferramentas, entulho, peças, equipamentos, etc.
A proteção coletiva deve priorizar a adoção de medidas que objetivem evitar a ocorrência de quedas. Na
impossibilidade da aplicação de tais medidas, e somente nessa hipótese, devem ser utilizados recursos
de limitação de quedas. Em sentido amplo, a proteção contra quedas de altura não inclui apenas as
estruturas montadas no local de trabalho e em máquinas e equipamentos, mas também normas e
procedimentos de trabalho destinados a evitar situações de perigo. É importante que se elabore uma lista
dos requisitos necessários para esse tipo de proteção na fase de orçamento e planejamento da obra para
que todas as medidas de proteção coletiva sejam de fato previstas.
Muitas vezes, os perigos de acidentes começam já na falta de planejamento da segurança, por falta de
conhecimento ou devido a uma preocupação equivocada com a redução dos custos da obra.
Isso dá origem a problemas. Por exemplo, conflitos entre o técnico ou engenheiro de segurança do trabalho
e o engenheiro responsável: o primeiro solicita que plataformas ou bandejas de proteção sejam instaladas
em determinada fase da obra (na primeira laje, por exemplo). Já o engenheiro responsável, além de não
dispor de previsão orçamentária para isso, é pressionado a executar a obra com o menor custo possível.
Porém, mesmo sem previsão no orçamento, aquelas medidas de proteção são obrigatórias. Tais conflitos
são evitados quando todas as medidas de proteção contra queda de altura recebem a consideração
necessária ainda na fase de orçamento.
Nunca é demais lembrar que o maior número de acidentes de trabalho na Indústria da Construção se
relaciona à queda de trabalhadores - ou seja, tem sua origem na falta de medidas de proteção coletivas.
A ideia principal do tapume de obra é justamente tampar o ambiente de trabalho. Ou seja, ao mesmo
tempo que ele delimita o espaço que será utilizado para o canteiro de obras, ele também serve para
resguardar os transeuntes que passem por ali, ao mesmo tempo que ajuda que “curiosos” não acabem
entrando onde não devem.
E claro, ele também é obrigatório de acordo com a NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção. E claro, a Norma não apenas torna obrigatório o uso de tapumes, mas como
também suas definições, tais como sua altura mínima de 2,20 m em relação ao nível do terreno, devem
ser fixados de maneira resistente e de mo
do que isolem todo o canteiro.
Tapume de obra
A proteção coletiva deve priorizar a adoção de medidas que objetivem evitar a ocorrência de quedas. Não
sendo tal possível, e somente nessa hipótese, deve-se utilizar recursos de limitação de quedas.
As aberturas no piso, mesmo quando utilizadas para o transporte de materiais e equipamentos, devem ser
protegidas por cercado rígido composto de travessa intermediária, rodapé e montantes de características
e sistema construtivo idêntico ao GcR. No ponto de entrada e saída de material o sistema de fechamento
deve ser do tipo cancela ou similar
Os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento vertical provisório, através de sistema
GcR ou de painel inteiriço de no mínimo 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura, constituído de
material resistente, fixado à estrutura da edificação, até a colocação definitiva das portas
Esses dispositivos de proteção são de instalação obrigatória em todos os níveis das edificação a serem
servidos por elevadores. Toda periferia da construção deve ser dotada de dispositivos de proteção contra
quedas desde o início dos serviços de concretagem da primeira laje. Um meio tecnicamente recomendado
para a viabilização dessa proteção periférica é se prever, desde a colocação das formas de lajes e pilares
inferiores, suportes de fixação para montantes de sistema de guarda-corpo e rodapé a ser instalado no
piso de trabalho superior. A proteção periférica provisória somente pode ser retirada para se executar a
vedação definitiva de todo o perímetro do pavimento.
Estas plataformas devem ser rígidas e dimensionadas de modo a resistir aos possíveis impactos a qual
estarão sujeitas.
A Plataforma Principal de Proteção deve ser instalada, na altura da primeira laje, em balanço ou apoiada,
a critério de construtor.
A Plataforma Principal de Proteção deve ter no mínimo 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) de
projeção horizontal da face externa da construção e um complemento de 0,80 m (oitenta centímetros) de
extensão, a 45º (quarenta e cinco graus) da sua extremidade.
A instalação da Plataforma Principal de Proteção deve ser após a concretagem da laje na qual será
apoiada. Recomenda-se, para tanto, que na própria laje concretada sejam previstos e instalados meios de
fixação ou apoio para as vigas, perfis metálicos ou equivalentes, que servirão para a Plataforma Principal
de Proteção (ganchos, forquilhas e/ou similares).
A Plataforma Principal de Proteção só poderá ser retirada, quando o revestimento externo de edificação
acima dela estiver concluído. Devem ser instaladas, igualmente, Plataformas Secundarias de Proteção,
em balanço, de 3 (três) em 3 (três) lajes, contadas a partir da Plataforma Principal de Proteção.
As Plataformas Secundárias de Proteção devem ter no mínimo 1,40 m (um metro e quarenta centímetros)
de balanço e um complemento de 0,80 m (oitenta centímetros) de extensão, a 45º (quarenta e cinco graus)
da sua extremidade. Toda Plataforma Secundária de Proteção deve ser instalada da mesma forma que a
Plataforma Principal de Proteção e somente retirada quando a vedação da periferia até a plataforma
imediatamente superior estiver concluída.
Todo o perímetro da construção de edifícios, entre as Plataformas de Proteção, deve ser fechado com tela
de resistência de 150 Kgf/metro linear, com malha de abertura de intervalo entre 20mm (vinte milímetros)
e 40mm (quarenta milímetros) ou material de resistência e durabilidade equivalentes fixada nas
extremidades dos complementos das plataformas.
A eletricidade é uma fonte de perigo, podendo causar acidentes graves e fatais se não forem tomados
cuidados especiais. Ela é perigosa mesmo quando utilizada em “baixas tensões”, como, por exemplo, as
de 110 volts. Portanto, para prevenir acidentes, toda instalação elétrica deve ser executada e mantida de
forma segura por um profissional qualificado e a supervisão de um profissional legalmente habilitado.
Todas as instalações elétricas temporárias devem ser inspecionadas e testadas antes de entrar em
funcionamento. As instalações elétricas temporárias em canteiros de obras são planejadas e projetadas
para acionar as máquinas e os equipamentos, bem como dotar de iluminação adequada os locais de
construção, sendo desfeitas quando do termino da obra. Deverão ser executadas de forma tecnicamente
correta, obedecendo a NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Para isso, é importante o
conhecimento prévio do projeto de instalações elétricas temporárias, inserido no PCMAT, com a previsão
da carga a ser instalada, a localização dos circuitos elétricos e suas ampliações, bem como seus
componentes elétricos (fios, cabos, quadros elétricos, chaves elétricas, tomadas/plugues, dentre outros).
O projeto das instalações elétricas deve ser assinado por profissional legalmente habilitado, atendendo à
norma regulamentadora NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade.
Se no canteiro de obras a carga instalada for superior a 75KW (setenta e cinco), deve ser constituído o
prontuário das instalações elétricas de acordo com a NR-10.
Prontuário elétrico Independentemente da carga instalada, recomenda-se que os prontuários elétricos nos
canteiros de obras atendam aos seguintes pontos: A – Quadros de distribuição • Data da instalação •
Aterramento • Programação de manutenções preventivas e preditivas B – Quadros de iluminação/tomadas
de serviços • Aterramento • Cabos identificados • Grau de proteção do painel coerente com o local instalado
• Existência de dispositivos de proteção DR • Cronograma de metas e ações para regularizar pendências
levantadas C – Fios e cabos • Desenhos atualizados contemplando o correto caminhamento dos cabos •
Verificar existência de “controle de manutenção” tais como nível de isolamento • Cronograma de metas e
ações para regularizar pendências levantadas • Verificar se todos os cabos são taqueados D – Motores
elétricos • Aterramento elétrico • Programação de manutenção preventiva • Cronograma de metas e ações
para regularizar pendências levantadas E – Iluminação e tomada de solda • Diagramas elétricos
disponíveis • Painéis aterrados • Sistemas com proteção contra fuga de corrente • Procedimento para
inspeção em maquinas de solda • Cronograma de metas e ações para regularizar pendências levantadas
47 F – Sistema de proteção contra choques elétricos/aterramentos • Projeto de execução • Laudos de
avaliação periódica • Manutenção • Relatório e periodicidade • Cronograma de metas e ações para
regularizar pendências levantadas
Quadro distribuição
Quadro de distribuição
Quadro distribuição
Chaves elétricas
Disjuntores
São dispositivos projetados para abrir o circuito elétrico quando a corrente elétrica for maior que um
determinado valor. Devem ser previstos disjuntores separadamente para:
a) cada prumada;
d) circuitos de iluminação;
Fios e cabos
Fios e cabos devem ser protegidos contra riscos de desgaste mecânico provocado pelo trânsito de
pessoas, máquinas e equipamentos, pois podem sofrer avarias em caso de atrito sobre superfícies
cortantes ou abrasivas. Devem ser colocados a uma determinada altura ou ser subterrâneos, de modo a
torná-los inacessíveis. Sua proteção dar-se-á através de invólucros apropriados (eletrodutos, calhas e
canaletas).
Antes de iniciar a escavação de uma vala, deverá ser efetuado um estudo completo do seu trajeto,
incluindo a verificação da existência de instalações elétricas subterrâneas.
É a ligação intencional com a terra que pode ser considerado um condutor através do qual a corrente
elétrica pode fluir. Toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos circuitos elétricos, mas que,
eventualmente, possa ficar sob tensão, deve ser devidamente aterrada. Neste caso, a corrente elétrica de
fuga seguirá para o ponto de aterramento pelo “condutor terra”, não passando pelo corpo do trabalhador
quando tocar em sua carcaça.
Aterramento elétrico
8 Sinalização de segurança
A sinalização de segurança em canteiro de obras faz sua parte como medida preventiva contra riscos aos
trabalhadores. Confira neste post a sua importância, obrigatoriedade (NR-18) e de que forma ela deve ser
utilizada.
Entende-se por sinalização de segurança: “Aquela sinalização que está relacionada com um objeto, uma
atividade ou uma determinada situação, suscetíveis de provocar determinados perigos para o trabalhador.
Esta sinalização fornece uma indicação relativa à segurança no trabalho, através de uma placa com forma
e cor característica, de um sinal luminoso, de um sinal acústico, ou através da comunicação verbal ou
gestual.”
A falta de estrutura nas construções são uma das várias razões da ocorrência de acidentes e lesões na
construção civil e por isso, para fornecer um ambiente seguro e saudável para os trabalhadores, é
necessário que os gestores cumpram com as exigências da sinalização de segurança e tenham
consciência de que este ambiente de trabalho pode ser muitas vezes complexo.
A sinalização de segurança possibilita uma melhor organização na obra e oferece informações e
orientações claras também para quem está de passagem por ali. É preciso sempre estar atento ás
sinalizações dos riscos, pois muitas vezes não parecem estar presentes.
É obrigatório o uso de vestimenta de alta visibilidade, coletes ou quaisquer outros meios, no tórax e costas,
quando o trabalhador estiver em serviço em áreas de movimentação de veículos e cargas.
Um dos fatores mais importantes para que os resultados da sinalização sejam efetivos é o treinamento
adequado dos funcionários. Assim, o gestor deve garantir que todos os trabalhadores saibam interpretar
as placas e estejam cientes dos cuidados que devem ter no ambiente de trabalho.
Com uma relação de confiança estabelecida, você também pode solicitar aos seus empregados que
indiquem qualquer ponto de atenção e perigo que possa surgir no canteiro de obras para que a devida
placa de sinalização seja implementada.
As placas devem ser posicionadas estrategicamente, sua aplicação deve tomar muito cuidado para não
ocasionar distrações ou confusões nos trabalhadores. Por isso é muito importante entendermos os
significados de cada cor utilizada na NR 26.
De acordo com a norma técnica, as cores são usadas para:
• indicar os equipamentos de segurança que devem ser utilizados;
• delimitar as áreas de atuação;
• indicar tubulações em que há condução de gases e líquidos;
• advertir contra possíveis riscos.
Vermelho
Diferentemente da utilização usual, o vermelho não é usado para sinalizações de perigo, mas para indicar
a presença de água e outros produtos de combate a incêndio.
Amarelo
Da mesma forma que ocorre nas sinalizações de trânsito, a cor amarela é utilizada para indicar cuidado
nos ambientes empresariais.
São utilizadas, principalmente, em locais e situações que representem algum risco, como pisos molhados,
corrimãos, fundos de letreiros, parapeitos e escadas móveis.
Branco
Além disso, também é usado para mostrar a localização de bebedouros, zonas de segurança e coletores
de resíduos.
Preto
Laranja
Como a cor chama atenção, o laranja é muito utilizado para mostrar a presença de possíveis ameaças.
É comum na presença de canalizações com ácidos, equipamentos de salvamento aquático, partes de
equipamentos móveis, além de dispositivos de corte, como bordas de serras e prensas.
Verde
O verde é usado para indicar segurança. Dessa forma, a cor é encontrada em caixas contendo os
equipamentos de proteção individual (EPI), itens de primeiros socorros, emblemas de segurança,
chuveiros de emergência e sinalizações de portas.
Púrpura
A tonalidade está presente para mostrar riscos provenientes de radiações eletromagnéticas e partículas
nucleares.
Além de equipamentos, está presente em recipientes e portas que tenham vários níveis de radiação.
Pequenos e grandes acidentes podem ser facilmente evitados com o uso da sinalização adequada.
IDÉIAS-CHAVE
Medidas de proteções coletivas
RECAPITULANDO
Onde houver perigo de queda de altura é necessária a instalação da proteção coletiva correspondente.
Medidas de proteção coletiva são ações, equipamentos ou elementos que servem de barreira entre o
perigo e o trabalhador. Numa visão mais ampla, são todas as medidas de segurança tomadas numa
obra para proteger uma ou mais pessoas.
1 Introdução
Andaimes são plataformas elevadas, suportadas por estruturas provisórias, que permitem o acesso de
pessoas e equipamentos aos locais de trabalho, usualmente superfícies verticais. Tais situações
acontecem tanto na construção como na demolição e na manutenção de edifícios. O uso de andaimes
oferece melhores condições de segurança em diversos tipos de atividades. Eles tanto podem ser
adquiridos ou locados de empresas especializadas como ser construídos na própria obra. Neste último
caso, seu projeto e o da estrutura de sustentação e fixação necessitam ser realizados por profissional
legalmente habilitado. Os projetos de andaimes do tipo fachadeiro, suspensos e em balanço devem ser
acompanhados pela respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica.
O andaime tem que ser capaz de suportar, com segurança, o esforço a que estará submetido. Somente
empresas regularmente inscritas no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, com profissional
legalmente habilitado pertencente ao seu quadro de empregados ou societário, podem fabricar andaimes
completos ou quaisquer componentes estruturais. A queda de altura é a maior causa de mortes no setor
da construção. No Brasil, a falta de segurança na utilização de andaimes e cadeiras suspensas, levando
à queda de trabalhadores, provoca um grande número de acidentes graves e fatais. A primeira causa
desses acidentes é a falta de acompanhamento por parte de pessoas habilitadas, o que atinge desde o
projeto até a montagem e a supervisão continuada do trabalho na obra.
Em alguns casos, os andaimes são encarados como meios auxiliares provisórios, que por isso poderiam
ser montados e desmontados sem obediência a todos os requisitos necessários para garantir a segurança
dos operários. O resultado são andaimes improvisados e inseguros. Há até quem acredite que acidentes
acontecem por caprichos do destino. Não é verdade. A esmagadora maioria dos acidentes de trabalho se
deve ao não cumprimento de normas de segurança. A legislação é genérica e prescreve apenas quais são
os requisitos que um andaime precisa apresentar, ou seja, as dimensões dos guarda-corpos, o fechamento
lateral, a resistência dos cabos de sustentação, as características do piso e assim por diante. O fato de,
frequentemente, os andaimes serem construídos na própria obra pode gerar improvisações que conduzem
a situações de risco.
A segunda causa de acidentes com andaimes é a não utilização, por parte do operário, do cinturão de
segurança com trava-quedas, preso à estrutura da edificação. Muitas vezes, tal fato acontece porque o
trabalhador não recebe o equipamento de segurança da empresa; também não é incomum que o próprio
operário resista a sua utilização, o que por sua vez decorre de falta de treinamento e conscientização
adequados. O cinturão de segurança é equipamento de segurança essencial em qualquer trabalho em
andaimes. Recomenda-se o uso do cinturão do tipo paraquedista, que oferece melhor proteção; o cinto
limitador de espaço é adequado para outras situações.
Entretanto, não se aplicam aos andaimes simplesmente apoiados em cavaletes: o projeto por profissional
habilitado, , inscrito no CREA, instruções do fabricante e acesso seguros para entrada no andaime.
Componentes Básicos de uma Plataforma de Trabalho Os componentes principais dos andaimes são:
• Plataforma de trabalho: superfície horizontal que suporta as cargas admissíveis, considerando
trabalhadores, ferramentas e materiais de trabalho. Ela deve ser adequadamente dimensionada; • Guarda-
corpo: dotado de travessão superior, travessão intermediário, rodapé e vãos fechados com tela ou outro
material de resistência e durabilidade equivalente. Esse sistema tem que ser fixado em todo o perímetro
e cabeceiras do andaime, com exceção da fase de trabalho;
• Estrutura: todos os elementos de apoio e de suporte necessários para a construção do andaime. Pode
ser construída de madeira ou metálica;
• Cabos de aço: cabos com cargas de ruptura equivalente a, no mínimo, cinco vezes a carga máxima de
trabalho a que estiverem sujeitos e resistência a tração de seus fios de, no mínimo, 160 Kgf/mm²;
• Guinchos ou catracas e motores: dispositivos que enrolam os fios do cabo de aço para a subida ou
descida do andaime. Os guinchos ou catracas são operados manualmente pelos trabalhadores, enquanto
os motores são acionados por energia elétrica;
• Vigas metálicas: responsáveis pela sustentação do andaime, com resistência equivalente a, no mínimo,
três vezes o maior esforço solicitante;
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
123
TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
• Sapatas: peças horizontais destinadas a distribuir as cargas dos montantes verticais sobre o terreno.
Devem ser capazes de resistir aos esforços solicitantes e às cargas transmitidas;
• Contraventos: peças fixadas nos montantes por meio de parafusos, abraçadeiras ou por encaixe em
pinos, devidamente travados ou contrapinados, de modo a assegurar a estabilidade e a rigidez necessárias
ao andaime;
• Rampas: superfícies utilizadas para acesso a andaimes situados em alturas superiores a 1,5m em
relação ao solo. O piso deve ser de material antiderrapante;
• Escadas: utilizadas somente para obter acesso a andaimes situados a mais de 1,5m de altura em relação
ao solo. No entanto, não se permite apoiar escadas ou quaisquer outros objetos no piso do andaime como
de atingir lugares mais altos;
• Talhas e guinchos portáteis: utilizados para elevar materiais aos andaimes. É fundamental considerar o
peso desses equipamentos no cálculo da resistência do andaime. Seja qual for o tipo, o andaime tem que
ser sinalizado e posicionado corretamente, em relação à estrutura que está sendo trabalhada.
Sinalização de andaimes
2 Tipos de andaimes
Os andaimes pré-fabricados são formados por componentes modulares encaixados uns aos outros.
São de montagem fácil e rápida, feita por encaixe, não exigindo peças de ligação ou ferramentas.
Necessitam ser submetidos às mesmas regras de segurança e uso que os andaimes tradicionais. Nesse
tipo de andaime, o fornecedor deve indicar claramente as cargas máximas admissíveis.
Os andaimes usados na indústria da construção podem ser classificados em:
• Andaimes Simplesmente Apoiados;
• Andaimes Fachadeiros;
• Andaimes Móveis;
• Andaimes em Balanço;
• Andaimes Suspensos;
• Andaimes Motorizados;
• Plataforma de Trabalho de Cremalheira para uso em Fachadas;
• Cadeira Suspensa.
Andaimes apoiados
4 Andaime Fachadeiro
Os andaimes fachadeiros são aqueles constituídos de quadros vertical e horizontal, placa de base,
travessa diagonal, guarda-corpo, tela e escada. Permitem o acesso de pessoas e materiais à obra, sendo
muito utilizados em serviços de manutenção de fachadas e de construção, quando não é possível o acesso
pela parte interna da obra. Algumas de suas características básicas dos andaimes fachadeiros são:
• Ser apoiados em sapatas sobre base rígida e nivelada capazes de resistir aos esforços solicitantes e às
cargas transmitidas;
• Possuir sistema de proteção contra quedas em todo o perímetro, com exceção do lado da face de
trabalho;
• Ser externamente revestidos por tela, de modo a impedir a projeção e queda de materiais;
• Os andaimes fachadeiros não devem receber cargas superiores às especificadas pelo fabricante. A carga
precisa ser distribuída de modo uniforme, sem obstruir a circulação de pessoas e ser limitada pela
resistência da forração da plataforma de trabalho; • Os acessos verticais ao andaime fachadeiro têm que
ser feitos em escada incorporada a sua própria estrutura ou por meio de torre de acesso;
• É importante que a movimentação vertical de componentes e acessórios para a montagem e/ou
desmontagem de andaime fachadeiro seja feita por meio de cordas ou por sistema próprio de içamento;
• Os montantes do andaime fachadeiro necessitam dos encaixes travados com parafusos, contrapinos,
braçadeiras ou similar;
• Os painéis dos andaimes fachadeiros destinados a suportar os pisos e/ou funcionar como travamento,
depois de encaixados nos montantes, serão contrapinados ou travados com parafusos, braçadeiras ou
similar;
• As peças de contraventamento têm que ser fixadas nos montantes através de parafusos, braçadeiras ou
por encaixe em pinos, devidamente travados ou contrapinados, de modo que assegurem a estabilidade e
a rigidez necessárias ao andaime;
• Os andaimes fachadeiros devem ser externamente cobertos por tela de material que apresente
resistência mecânica condizente com os trabalhos e que impeça a queda de objetos; As amarrações na
fachada constituem aspecto de fundamental importância no uso do andaime fachadeiro. Para garantir sua
firmeza e, assim, a segurança dos operários que se utilizam do andaime, recomenda-se:
• Executar travamentos bem feitos entre os quadros verticais ou horizontais e a fachada;
• Fazer, em torres isoladas, as amarrações a cada 10m², independentemente da altura. Em torres
contínuas (base maior que 2,5m), recomenda-se:
• Amarrar a cada 30m² para alturas até 10m;
• Amarrar a cada 20m² para alturas de 10m a 30m;
• Amarrar a cada 10m² para alturas maiores que 30m. Exemplo: Num andaime com 15m de base e 12m
de altura (180m²), haverá uma amarração a cada 20m², perfazendo um total de nove amarrações
distribuídas ao longo dos andaimes. Os principais tipos de amarração usados na montagem de andaimes
são:
• Macacos;
• Com abraçadeiras;
• Com madeiras nas janelas;
• Com cabos e clipes.
Andaimes fachadeiros
5 Andaimes móveis
Andaimes móveis são tipos de andaimes, geralmente, metálicos, pré-fabricados e de fácil montagem, que
são apoiados sobre rodas e não necessitam de projeto, cuidados especiais ou mão de obra especializada.
Suas dimensões são reduzidas e o transporte é fácil. Seu piso, guarda-corpos, dispositivos de ligação,
acesso e estabilidade são semelhantes aos andaimes normais. A única diferença é a presença de rodízios
providos de travas. Para evitar deslocamentos acidentais, é importante que os andaimes fiquem travados
por calços removíveis ou com freio incorporado já pelo fabricante. Utilizados, principalmente, em serviços
de instalações e acabamento, a aplicabilidade dos andaimes móveis restringe-se às superfícies horizontais
planas. Não devem ser utilizados como dispositivos de ligação de seus componentes as abraçadeiras,
correntes ou cabos. A escada de acesso precisa de degraus distanciados entre 25cm e 30cm. Nunca é
demais lembrar que a legislação proíbe o deslocamento de andaimes com a presença de materiais ou
pessoas na plataforma.
Andaimes móveis
6 Andaimes em balanço
Andaimes em balanço são plataformas de trabalho apoiadas em vigas em balanço que transmitem suas
cargas à estrutura da edificação. Geralmente, são usados quando os andaimes não podem apoiar-se
sobre o solo ou sobre uma superfície horizontal resistente, porque sua parte inferior precisa estar livre ou
porque a plataforma de trabalho está a uma altura muito elevada. As vigas podem ser de madeira ou
metálicas, e os andaimes em balanço podem ter uma ou mais plataformas superpostas. O sistema de
fixação à estrutura da edificação necessitará suportar três vezes os esforços solicitantes. É importante que
a estrutura seja projetada e calculada por profissional habilitado, e inspecionada periodicamente. É preciso
contraventá-la e ancorá-la para evitar oscilações, tanto verticais como horizontais. Ao utilizar esse tipo de
andaime é obrigatório o uso de cinturão de segurança do tipo paraquedista, ligado à trava-quedas, preso
em cabo guia independente do andaime.
Quando construído em madeira, é necessário verificar se:
• Ela é de boa qualidade, seca, não contaminada por fungos ou atacada por cupins;
• Não contém nós, pois estes reduzem a resistência estrutural;
• As fibras são retas, sem desvios helicoidais;
• Não contém rachaduras, trincas, empenamentos, etc.;
• Não tem pintura que encubra imperfeições. Não devem ser utilizadas aparas de madeira para a
construção de andaimes. São as seguintes as características dos pregos usados na montagem de
andaimes:
• Devem ser de aço, não se permitindo a utilização de pregos de ferro fundido ou de cobre;
• Não ser submetidos a esforços diretos ou de tração, quando tais esforços forem inevitáveis, devem ser
usados pregos grossos;
• Não devem estar situados próximos às bordas da peça, nem em demasiada quantidade sobre uma
mesma linha de fibras;
• Devem ser batidos até o afundamento da cabeça na madeira, para evitar o afrouxamento da estrutura.
7 Andaimes suspensos
Andaimes Suspensos Os andaimes suspensos são aqueles com sistemas de fixação e sustentação, que
têm suas estruturas de apoio precedidas de projeto elaborado e acompanhado por profissional legalmente
habilitado.
Algumas das suas características básicas são: Possuir placa de identificação; •
Ter sua estabilidade garantida na posição de trabalho;
• Possuir, no mínimo, quatro pontos de sustentação independentes;
• Dispor de sistema de fixação para o cinto de segurança em estrutura independente da estrutura do
andaime;
• Dispor de sistemas de fixação, sustentação e estruturas de apoio precedidos de projeto elaborado por
profissional legalmente habilitado;
• Possuir sistema de proteção contra quedas em todo o perímetro, com exceção do lado da face de
trabalho;
A placa de identificação dos andaimes suspensos deve ser fixada em local de fácil visualização e conter,
no mínimo, as seguintes informações:
• Identificação do fabricante;
• Capacidade de carga em peso e número de ocupantes.
É permitida a utilização de andaimes suspensos por dois pontos de sustentação independentes, desde
que cada ponto possua cabo de aço de segurança adicional ligado ao dispositivo de bloqueio mecânico
automático. Os andaimes suspensos manuais tipo catraca deverão possuir estrados com comprimento
máximo de 8,00m.
Em relação aos andaimes suspensos, é proibido:
• Utilizar trechos em balanço; • Interligar suas estruturas;
• Utilizá-los para transporte de pessoas ou materiais que não estejam vinculados aos serviços em
execução. O sistema de contrapeso, quando utilizado como forma de fixação da estrutura de sustentação
dos andaimes suspensos, deve:
• Ser projetado e fabricado sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado;
• Ser invariável quanto à forma e peso especificados no projeto;
Sistema de contrapeso
Andaimes suspensos
Plataforma de trabalho
» Sistema de proteção contra quedas em todo o perímetro, com exceção do lado da face de trabalho;
» Chave ou bloqueio que impeça o acionamento por pessoas não autorizadas;
» Acessos dotados de dispositivos eletroeletrônicos que impeçam sua movimentação quando abertos;
» Placa de identificação do fabricante. No caso de utilização de plataforma com chassi móvel, este deve
ficar devidamente nivelado, patolado ou travado no início de montagem das torres verticais de sustentação
da plataforma, permanecendo, dessa maneira, durante seu uso e desmontagem.
É necessário que a montagem da torre seja realizada de forma que o último elemento superior da torre
seja cego, não podendo possuir engrenagens de cremalheira, para garantir que os roletes permaneçam
em contato com as guias.
Os elementos de fixação utilizados no travamento das plataformas serão dimensionados para suportar os
esforços indicados no projeto. As ancoragens ou estroncamentos terão que obedecer às especificações
do fabricante e serem indicadas, também, no projeto.
• Todos os trabalhadores terão que utilizar cinto de segurança, tipo paraquedista,ligado a um cabo guia
fixado em estrutura independente do equipamento ou ponto de ancoragem indicado pelo fabricante;
• O equipamento deve estar afastado das redes elétricas, de acordo com as normas da concessionária
local, quando houver, e atendido o disposto na NR-10;
• A área sob a plataforma de trabalho deve ser sinalizada e o acesso controlado;
• No percurso vertical da plataforma, não pode haver interferências que obstruam o seu deslocamento
Cadeira suspensa
A cadeira suspensa, também chamada de balancim individual, foi desenvolvida para atender às áreas de
construção civil e industrial em serviços de pintura, limpeza de fachadas, instalação de antenas, montagem
e manutenção de tubulações externas e reparos gerais. É um equipamento de movimentação vertical com
acionamento manual. O comando do movimento vertical é realizado por manivelas e o equipamento conta
com dupla trava de segurança. É o equipamento ideal para trabalhar em espaços exíguos e confinados. A
cadeira suspensa constitui-se de um assento de forma anatômica, preso a um cabo de aço ou de fibra
sintética. O comando do movimento vertical é realizado por manivelas ou por guincho. Em quaisquer
atividades em que não seja possível a instalação de andaimes, é permitida a utilização de cadeira
suspensa (balancim individual), sendo que:
• O dimensionamento da cadeira suspensa, sua estrutura e fixação precisam ser realizados por profissional
legalmente habilitado. É obrigatório o fornecimento de ART - Anotação de Responsabilidade Técnica e
projeto de montagem.
• Os requisitos de normas técnicas oficiais vigentes terão que apresentar, em sua estrutura e em caracteres
indeléveis e bem visíveis, a razão social do fabricante e o respectivo número de registro no Cadastro
Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). •
O trabalhador precisará utilizar cinto de segurança tipo paraquedista, ligado ao travaquedas em cabo de
segurança independente. É proibida a improvisação de cadeira suspensa.
• O sistema de sustentação da cadeira suspensa depende de projeto elaborado por profissional legalmente
habilitado e ser independente do cabo de segurança do trava-quedas.
• A sustentação da cadeira suspensa deve ser feita por meio de cabo de aço ou cabo de fibra sintética,
adotando o seguinte critério:
A cadeira suspensa deve dispor de: » Sistema dotado com dispositivo de subida e descida com dupla
trava de segurança, quando a sustentação for através de cabo de aço;
» Sistema dotado com dispositivo de descida com dupla trava de segurança, quando a sustentação for por
meio de cabo de fibra sintética;
» Requisitos mínimos de conforto previstos na legislação de Ergonomia;
» Sistema de fixação do trabalhador por meio de cinto.
Cadeiras suspensas
• É obrigatório o uso dos seguintes EPI (s) pelo Operador de Cadeira Suspensa:
» Capacete;
» Calçado de segurança;
» Luva de segurança (raspa, látex ou malha pigmentada), quando houver exposição a risco;
» Protetor auricular; » Óculos de Segurança; » Cinturão de segurança tipo paraquedista;
» Capa impermeável;
» Outros, de acordo com as características do local de trabalho e com as do serviço a ser executado
Cabos de aço
Cabos de Aço O cabo de aço é composto, basicamente, por um conjunto de arames de aço, reunidos em
um feixe helicoidal, constituindo uma corda de metal resistente aos esforços de tração e com a
característica de possuir uma flexibilidade bastante acentuada. São utilizados para a elevação, transporte
ou reboque, transmitindo forças mecânicas por tração. A legislação obriga a observância das condições
de utilização, dimensionamento e conservação dos cabos de aço utilizados em obras de construção. Ela
remete à norma técnica vigente ABNT ISO NBR 2408:2008- Cabos de Aço para Uso Geral – Requisitos
Mínimos da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Cabo de aço
8 Treinamento e capacitação
É cada vez mais comum o uso da experiência de aprendizagem para integrar o conceito de treinamento e
educação. Todo trabalhador deve receber treinamento em Segurança e Saúde no Trabalho quando é
admitido, periodicamente e eventualmente, quando a situação exigir.
9 Treinamento e capacitação
A capacitação pode ser conceituada como processo de aprendizagem em que fica explícito “para que”,
“como”, “para quem” e “quando” fazer algo, segundo José Cerchi Fusari. Desta forma, ao capacitar o
trabalhador estamos dando autonomia, criando autoconfiança e promovendo o seu desenvolvimento. É de
grande importância que a capacitação do trabalhador seja formalizada em documento datado, contendo a
carga horária, a identificação e qualificação do instrutor, o conteúdo programático, os serviços para os
quais o trabalhador está capacitado e a avaliação do capacitado. A capacitação do trabalhador somente é
válida para a empresa que o capacitou e para as condições e serviços especificados na formalização.
Portanto, o trabalhador deverá realizar a capacitação antes do início de suas atividades na empresa,
sempre que houver mudança de função ou quando a situação assim o exigir. A capacitação, teórica e
prática, para os operadores de máquinas e equipamentos deve ter carga horária definida no conteúdo
programático mínimo a seguir: • Normas e regulamentos sobre segurança aplicáveis à máquinas e
equipamentos; • Análise de risco e condições impeditivas e medidas de proteção para a operação de
máquinas e equipamentos; • Riscos potenciais inerentes ao trabalho com máquinas e equipamentos; •
Sistemas de segurança de máquinas e equipamentos; • Acidentes e doenças do trabalho com máquinas
e equipamentos;
possua experiência comprovada em carteira. A capacitação dos trabalhadores para operar máquinas e
equipamentos deverá ser ministrada por profissional que tenha:
• Recebido formação específica como instrutor pelo fabricante ou importador da máquina e equipamento,
com carga horária e conteúdo programático definido pelo próprio fabricante; Recomenda-se trabalhador
capacitado para operar máquinas e equipamentos aquele que cumulativamente:
• Possuir capacitação comprovada para o modelo e tipo de equipamento a ser operado.
• Possuir treinamento em conformidade com os princípios básicos de segurança do trabalho;
• Portar autorização ou dispor no local de trabalho de autorização para a operação da máquina ou
equipamento, contendo a identificação do trabalhador, com nome, função e fotografia, e do empregador.
Treinamento
Todos os trabalhadores devem receber treinamento: admissional, antes do início de sua atividade na
empresa, periódico e eventual, conforme legislação de segurança e saúde no trabalho. O treinamento
admissional, antes do início da atividade do trabalhador na empresa, deve ser teórico e prático e ter carga
horária conforme a legislação, contemplando informações sobre: • Condições e meio ambiente de trabalho;
• Riscos inerentes a sua função;
• Sistemas de Proteção Coletiva - SPC;
• Medidas de ordem administrativa e de organização do trabalho;
• Equipamentos de proteção individual - EPI; O treinamento periódico deve ser realizado, anualmente, com
carga horária determinada pela legislação para trabalhadores do canteiro de obra e frentes de trabalho. O
treinamento eventual será promovido sempre que ocorrer qualquer das seguintes situações:
• Mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
• Evento que indique a necessidade de novo treinamento;
• Retorno de afastamento ao trabalho por período superior a 90 dias. A carga horária e o conteúdo
programático do treinamento eventual devem atender à situação que o motivou. É importante que os
treinamentos sejam realizados durante a jornada de trabalho, por profissional legalmente habilitado,
dependendo do conteúdo programático ou por trabalhador qualificado, ambos em Segurança e Saúde no
Trabalho. Ao término do treinamento, deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador,
conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos
instrutores, identificação do empregador e assinaturas do instrutor e do trabalhador, acrescido da
assinatura do responsável pelo empregador. O certificado de participação no treinamento deve ser
entregue ao trabalhador, arquivando-se uma cópia na empresa. O treinamento é parte da educação. É
quase uma forma prática de educação.
Basicamente, prepara as pessoas para melhor desempenharem suas atribuições em diferentes áreas de:
• Conhecimentos: aprende-se o que fazer e como fazer;
• Atitudes: adquire-se o desejo e a vontade de pôr em prática o que se aprendeu;
• Habilidades: adquire-se a capacidade de aplicar no trabalho o conhecimento adquirido no processo de
treinamento. Para que a empresa atinja tais objetivos é necessário que ela mantenha procedimentos
documentados para identificar as necessidades e providenciar treinamento admissional e periódico, com
a finalidade de garantir a execução de suas atividades com segurança. Elas devem ser qualificadas com
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
139
TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Entende-se que, neste caso, a experiência poderá substituir o treinamento sempre que isto não for contra
as exigências legais. Nos casos em que a experiência é aceita como substitutivo do treinamento é
importante a manutenção de registros adequados, contendo uma breve descrição da experiência da
pessoa. Para efeito de fiscalização é essencial que existam registros relativos a todas as atividades de
treinamento. Os registros devem conter informações do tipo:
• Nome e identificação;
• Setor;
• Data e duração do treinamento;
• Local do treinamento;
• Tipo de treinamento;
• Nome do curso;
• Número do certificado (se houver);
• Nome do instrutor;
• Nome do responsável pela empresa.
Também é de extrema importância a manutenção da lista de presença. Várias empresas realizam
treinamentos adequados, mas esquecem da documentação, o que, na fiscalização, poderá criar
dificuldades pela falta de evidências objetivas. Outro aspecto a ser abordado, refere-se à descrição de
tarefas que algumas empresas adotam no sentido de definir o conhecimento necessário para sua
realização. Neste caso, os critérios de treinamento devem ser coerentes com esta descrição. Também no
contexto deste item, deve-se considerar o aspecto da polivalência usado por inúmeras empresas. As
pessoas que exercem diversas atividades precisam ser treinadas em todas as funções que forem
desempenhar. Este é um ponto importante a ser observado, pois há muitos problemas pela falta de
cuidados neste particular observado. É válido, também, observar o próprio processo de integração pelo
qual irão passar todos os novos funcionários gerais da empresa, abordando assuntos como: prevenção
de acidentes e doenças do trabalho, ambiente de trabalho, equipamentos de proteção individual,e técnica
(conhecimentos específicos para o desempenho da função, instruções de trabalho, ordens de serviço,etc.).
Integração do Novo Empregado Qualquer manual de treinamento dedica sempre algumas páginas à
introdução de novos funcionários na empresa e no trabalho. Os termos introdução, orientação, indução ou
integração fazem referência a um conjunto de práticas (reuniões, projeção de filmes ou slides, visita às
instalações da empresa, etc.), mais ou menos regulares e semelhantes de empresa para empresa. Ao
nível do senso comum, o que se pretende é “ajustar” o novo empregado, “facilitar” seu primeiro contato
com a empresa, fazê-lo “vestir a camisa”, informá-lo e sensibilizá-lo. Existe uma diferença entre o indivíduo
que já trabalha há algum tempo na empresa e o novo empregado. Para o primeiro, a empresa é uma
realidade objetiva e subjetiva. Objetiva, porque exerce coerção sobre ele, determina suas ações. E
subjetiva porque, para ele, essas ações e a realidade na qual ocorrem são dotadas de sentido. Já para o
novo empregado, a empresa tem em princípio uma realidade objetiva. De alguma maneira, ela o afeta,
mas muita coisa nela ainda não faz sentido. Aos poucos, se estabelece uma relação simétrica entre a
realidade objetiva e a subjetiva. O que é real fora passa a corresponder ao que é real dentro do indivíduo.
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
140
TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Esse processo corresponde à absorção de papéis e atitudes, que gradativamente passam a fazer parte,
ao mesmo tempo, de sua autoidentidade e da identidade que a empresa lhe atribui.
Desse ponto de vista, o processo de integração seria, portanto, o processo mediante o qual o novo
empregado interioriza a realidade objetiva representada pela empresa, trans-formando-a em parte de sua
própria identidade e transformando-se em parte daquela realidade. Os objetivos da integração de novos
empregados são:
• Fazer que o novo empregado se sinta à vontade, bem como minimizar a tensão do primeiro contato com
a empresa;
• Promover ambiente para que o novo empregado tenha atitudes positivas com relação à empresa e ao
seu trabalho específico; •
Fazer que o novo empregado se sinta parte integrante da empresa, o mais rapidamente possível;
• Informarao novo funcionário o ramo de negócios e os produtos ou serviços da empresa;
• Informar a visão, missão, políticas, objetivos e metas da empresa;
• Informar acerca da estrutura organizacional e operacional da empresa;
• Informar sobre a disposição física das instalações e do local de trabalho;
• Informar as normas, regulamentos, deveres e responsabilidades de cada novo empregado;
• Informar o que a empresa oferece ao empregado (ex.: benefícios, cooperativa, pagamento, refeição,
ambulatório, agência bancária, uniforme, informativo, jornal, etc.);
• Informar como funciona a área de recursos humanos (ex.: recrutamento e seleção, pagamento,
treinamento, avaliação de desempenho, serviço social, relações trabalhistas, segurança patrimonial,
período de experiência, etc.);
• Informar como funciona a segurança do trabalho (ex.: normas de segurança, equipamentos de proteção
individual, medidas de proteção coletiva, comunicação de risco e de acidentes de trabalho, prevenção de
incêndios, sinalização de obras, incentivos, estatísticas, etc.);
• Informar aos empregados os seus direitos (ex.: acidente de trabalho, auxílio doença, auxílio maternidade,
auxílio natalidade, salário família, FGTS, PIS, etc.);
• Informar o que se espera do empregado (ex.: pontualidade, frequência, qualidade, produtividade,
utilização de crachá, sigilo, iniciativa, disciplina, uso de telefone, etc.);
• Dar algumas recomendações (ex.: portarias, estacionamentos na sede e nas obras, etc.);
• Levar uma mensagem de otimismo, comprometimento e entusiasmo para que desperte no empregado o
orgulho por trabalhar na empresa. Experiência Toda a vez que um novo funcionário for admitido na
empresa, deve ser verificada a sua experiência. Caso seja adequada, fazer sua integração e encaminhá-
lo para a obra. Se a mesma não for adequada deverá receber, em conjunto com a sua integração, um
treinamento sobre segurança do trabalho, dentro do horário de trabalho, antes de iniciar as suas atividades.
possuem somente um ano de experiência real, repetidos 19 vezes (anos) iguais. Algumas pessoas nunca
se aprimoram, não recebem treinamento, não fazem cursos, não assistem palestras, etc.
Como exemplo, podemos citar que o engenheiro que faz um curso de cinco anos de engenharia, não tem
o direito de ser engenheiro a vida toda se não aprimorar-se, desenvolver-se, instruir-se, ou seja, aprender
continuamente, pois, certamente, passado algum tempo, esquecerá o que aprendeu. Aliado a esse fato
há as mudanças tecnológicas, comportamentais, etc., que exigem constantes “inquietações” na
aprendizagem.
IDÉIAS-CHAVE
RECAPITULANDO
O andaime tem que ser capaz de suportar, com segurança, o esforço a que estará submetido. Somente
empresas regularmente inscritas no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, com profissional
legalmente habilitado pertencente ao seu quadro de empregados ou societário, podem fabricar andaimes
completos ou quaisquer componentes estruturais. A queda de altura é a maior causa de mortes no setor
da construção.
UNIDADE VIII
NR 18 PGR PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCO
1 Introdução
GRO
O Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) é um novo conceito da NR-1. Ele trata de todo escopo
do gerenciamento de riscos ocupacionais de forma ampla por estabelecimento da empresa. Foi criado
para que as empresas possam realizar uma gestão eficiente e identificar os perigos e riscos aos quais os
seus colaboradores estão submetidos. No GRO, temos a sistematização da gestão em SST nas empresas
para reduzir riscos ocupacionais e consequentemente os acidentes de trabalho. O GRO deve implementar
um PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos.
PGR
O PGR - Programa de Gerenciamento de Riscos faz parte do GRO. É um programa que deve estar
alinhado a outros planos e programas previstos na legislação de Segurança e Medicina do Trabalho. Dessa
forma, o PGR centraliza a gestão de todos os riscos – físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de
acidente. Além disso, ele deve estabelecer um plano de ação para minimizar os riscos identificados no
inventário de riscos.
A nova NR-1 irá exigir um ciclo contínuo (PDCA - Plan, Do, Check, Act) de melhorias nesse programa
(PGR), exigindo das empresas uma avaliação constante de seus processos produtivos sob a ótica de SST
- Saúde e Segurança do Trabalho.
GRO e PGR
A implementação do PGR visa tornar os processos menos burocráticos, além de aumentar o prazo de
renovação. Logo, estima-se que a novidade também seja benéfica para as empresas, financeiramente
falando. A nova redação também estabelece que as empresas necessitam prestar informações sobre a
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TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
segurança e a saúde do trabalho de forma digital. Para isso, deve ser usado um modelo que foi aprovado
pela Secretaria do Trabalho. Ou seja, estamos falando do eSocial no grupo de eventos de SST.
São obrigatórias a elaboração e a implementação do PGR nos canteiros de obras, contemplando os riscos
ocupacionais e suas respectivas medidas de prevenção.
O PGR deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado em segurança do trabalho e
implementado sob responsabilidade da organização.
Em canteiros de obras com até 7 m (sete metros) de altura e com, no máximo, 10 (dez) trabalhadores, o
PGR pode ser elaborado por profissional qualificado em segurança do trabalho e implementado sob
responsabilidade da organização.
O PGR, além de contemplar as exigências previstas na NR-01, deve conter os seguintes documentos:
a) projeto da área de vivência do canteiro de obras e de eventual frente de trabalho, elaborado por
profissional legalmente habilitado;
b) projeto elétrico das instalações temporárias, elaborado por profissional legalmente habilitado;
c) projetos dos sistemas de proteção coletiva elaborados por profissional legalmente habilitado;
d) projetos dos Sistemas de Proteção Individual Contra Quedas (SPIQ), quando aplicável, elaborados por
profissional legalmente habilitado;
e) relação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e suas respectivas especificações técnicas, de
acordo com os riscos ocupacionais existentes.
O PGR deve estar atualizado de acordo com a etapa em que se encontra o canteiro de obras.
4 Matriz de risco
Através de uma Matriz de Risco é possível identificar a magnitude do risco e dimensionar as devidas ações
para controle do mesmo. De maneira gráfica, como geralmente é feita, facilita o trabalho de acompanhar
processos e desenvolver projetos de segurança, priorizando e mapeando tarefas e ações que merecem
destaque. Além disso, ajuda bastante quando a empresa trabalha com equipes, pois é mais fácil de seguir
as ações e acompanhar o trabalho.
Situação hipotética 01
Um assistente de produção de uma fábrica precisa transitar pelo pátio do setor. Neste pátio há veículos
de carga que transitam raramente durante o dia. Esta situação de risco seria o equivalente a:
1. Probabilidade baixa (pouca chance de acidentes)
2. Severidade alta (a consequência, caso ocorra, seria alta pois se trata de um atropelamento)
Esse seria o risco do funcionário nessa situação hipotética, levando em consideração probabilidade X
gravidade: possui pouca chance de acontecer, mas caso aconteça, a severidade/consequência da
situação é alta.
Situação hipotética 02
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TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Nesta mesma fábrica, o número de demanda aumentou consideravelmente e agora muitos veículos de
carga transitam pelo pátio. O funcionário ainda precisa transitar e, agora com mais frequência ainda. O
ambiente e rotina parecem estar fora de controle em meio à alta demanda. Esta situação de risco seria o
equivalente a:
Abaixo consta um modelo baseado na AIHA, em esquema 5x5. Isso significa 5 níveis de
probabilidade e 5 níveis de severidade. Neste exemplo, a probabilidade é de nível 2 (B) e a severidade
também de nível 2 (menor), correspondendo a risco tolerável (como consta na legenda verde).
Uma dúvida muito frequente em relação ao PGR é qual matriz de risco utilizar ao fazer o gerenciamento
de riscos. Não há mistérios quanto a isso: matrizes de risco que tenham cruzamento entre probabilidade
e severidade, podem ser utilizadas para o PGR, da maneira adequada. A própria matriz mostrada acima,
baseada na metodologia AIHA, pode ser utilizada, assim como a matriz BS 8800. A diferença é que a
matriz AIHA apresenta 5 níveis de probabilidade e 5 níveis de severidade (5x5), e a matriz da BS 8800
resume as severidades em 3 níveis (3x5). A matriz de risco pode inclusive ser desenvolvida pelo próprio
profissional, desde que tenha como base os mesmos conceitos. A maioria acaba optando por modelos
baseados na AIHA ou BS 8800.
5 Matriz de riscos
5 Matriz de riscos
Índice de
Categoria Descrição
Probabilidade
Exposição Contatos infrequentes com o
Exposições<10% LEO 1
irrelevante agente
Contato frequente com o agente a
Exposição Exposições>10%
baixas concentrações ou 2
baixa e
infrequentes a altas concentrações
Exposição Contato frequente com o agente a
Exposições >50% e 3
moderada concentrações moderadas a altas
Exposição
Contato frequente com o agente a Exposições
muito 5
concentrações elevadíssimas superiores a 5 x LEO
excessiva
NÍVEL DE RISCO
CONSEQUÊNCIAS
Insignificante Menor Moderada Maior Catastrófica
1 2 4 8 16
PROBABILIDAD
Raro 1 1 2 4 8 16
E
Improvável 2 2 4 8 16 32
Possível 3 3 6 12 24 48
Provável 4 4 8 16 32 64
Certo 5 5 10 20 40 80
6 Inventário de riscos
O Inventário de Riscos Ocupacionais do PGR consolidam os dados das etapas de identificação dos perigos
e das avaliações dos riscos ocupacionais. Este documento está diretamente ligado ao Plano de Ação pois
é a partir dele que serão determinadas as ações a serem implementadas para a redução do risco e após
a implementação dessas, quando o risco for reduzido, o inventário deverá ser revisado, rodando o ciclo da
melhoria contínua, o PDCA.
Inventário de risos
O inventário não é um relatório de avaliação, ele consolida os demais relatórios que a empresa já tem.
Muito menos um laudo técnico! Não deve ser confundido com LTCAT, PPP ou Laudo de Insalubridade e
Periculosidade! Esses documentos são específicos para registrar atividades especiais, enquanto que o
Inventário de Riscos é uma ferramenta administrativa, de gerenciamento de riscos.
Inventario de riscos
7 Inventário de riscos
O inventário de riscos já existe em alguns países e não é uma grande novidade na área de segurança do
trabalho! Baseado no que já é feito nesses países, vamos dar algumas dicas na implementação, dividido
nas seguintes etapas:
▪ Preparação
A primeira etapa a ser realizada é a definição do responsável em conduzir esse processo, recomenda-
se que sejam pessoas capacitadas com algum conhecimento na área.
Em seguida fazer uma revisão da literatura, uma pesquisa sobre riscos já identificados na literatura
técnica, uma boa dica é consultar a Enciclopédia da OIT, que possui vários riscos já identificados. Sempre
identificando o que cabe a sua realidade!
Avaliar também a documentação já disponível para evitar que se repita o que já foi feito. Como PPRA,
PCMSO, relatórios de investigação de acidentes, inventário de produtos químicos e Análise Ergonômica.
Identificar uma visão geral dos processos de trabalho (fluxogramas) e unidades de trabalho… Desta forma
você pode estabelecer como será feita a distribuição do seu inventário, podendo dividi-lo em unidades ou
processos, conforme achar mais adequado. Também é importante identificar os responsáveis por estas
unidades, para serem os responsáveis pelos planos de ação ou auxiliar na implementação desses.
Apesar de não estar escrito na NR 1, o atendimento aos requisitos legais é obrigatório para todos e por
isso a verificação de conformidade legal precisa fazer parte da gestão dos riscos, identificando os
requisitos aplicáveis relacionados aos riscos.
Depois de definir como será organizado o seu inventário, é chegada a hora de descrever de forma
resumida os processos, ambientes de trabalho e caracterização das atividades, não sendo necessário
muito detalhamento Mas cuidado para não ficar de forma genérica demais! Senão não será possível
identificar qual atividade ou tipo de exposição está sendo avaliada.
Também deve ser incluída a descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde dos
trabalhadores, incluindo a identificação das fontes ou circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos
perigos, com a indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a esses riscos, e ainda a descrição de
medidas de prevenção implementadas.
Os dados da análise preliminar ou do monitoramento das exposições a agentes físicos, químicos e
biológicos e os resultados da avaliação de ergonomia nos termos da NR-17 também devem ser incluídos!
A norma evidencia a presença das questões de ergonomia no gerenciamento de riscos ocupacionais!
Reforçando que a obrigatoriedade não é somente para aqueles riscos incluídos no atual PPRA (físicos,
químicos e biológicos), indo além desses.
As informações específicas sobre metodologia dessas avaliações não precisam estar no inventário, e sim
em relatórios específicos.
E claro, a avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de elaboração do plano de ação, e
os critérios adotados para esta avaliação e tomada de decisão.
O histórico das atualizações deve ser mantido por um período mínimo de 20 anos.
8 Plano de ação
Após a avaliação e classificação dos riscos ocupacionais deve ser identificada a necessidade
de adoção de medidas de prevenção e elaboração do plano de ação.
Mas afinal, como você sai de uma situação sem controle e chega em um controle eficaz?
Vamos usar a Escada do Controle para demonstrar melhor.
Primeiro você deve saber qual o problema e identificá-lo como um risco, que pode ser aceitável ou não, e
decidir se será necessário implementar alguma ação para solucioná-lo.
É importante conhecer bem as causas que estão provocando esse problema e a partir de então começam
as ações de controle, passando a buscar as possíveis soluções e saber quais são as alternativas
possíveis (eliminação, substituição do material utilizado ou um sistema de engenharia para automatizar o
processo, por exemplo).
Faz parte do processo aceitar a melhor solução, uma vez que muitas vezes por conta de limitações de
verba, a solução escolhida não será a com menor risco. Mas essa decisão deve ser tomada pela empresa,
e não pelo especialista em SST, que tem a função de assessorar. Também é importante conhecer os
fornecedores, para que eles possam auxiliar nas soluções que sua empresa é capaz de financiar! E por
fim, implementar a solução, avaliando a sua eficácia!
Ao classificar os riscos, a empresa deve determinar qual resposta dará à cada nível de risco. Se ela
aceita o risco, se será necessário reduzir ou eliminá-lo, ou outras respostas que achar pertinente.
De acordo com essas respostas, os planos de ação devem ser elaborados e priorizados. O plano de
ação não deve ser genérico, deve ser específico ao risco identificado. Possuindo responsáveis,
cronograma, formas de acompanhamento e aferição de resultados para as medidas de prevenção.
Sempre que os prazos forem postergados, ou for necessário algum ajuste no plano de ação, deve haver
uma forma de justificar e registrar. Esses registros podem ser atas de reunião, listas de presença, fotos,
processos internos, qualquer documento que a empresa julgue eficaz. para comprovar que o plano está
sendo atendido conforme o planejado.
Resumindo, Plano de Ação do PGR é onde serão definidas quais medidas serão tomadas. Além da
sua implementação, é necessário o acompanhamento, pois não adianta dizer que vai implementar se
de fato não sair do papel. É importante avaliar se a medida foi eficaz e se trouxe uma redução no risco.
9 PGR especifico da NR 18
O PGR deve estar atualizado de acordo com a etapa em que se encontra o canteiro de obras.
As empresas contratadas devem fornecer ao contratante o inventário de riscos ocupacionais específicos
de suas atividades, o qual deve ser contemplado no PGR do canteiro de obras.
As frentes de trabalho devem ser consideradas na elaboração e implementação do PGR.
dos requisitos previstos nos subitens seguintes, a adoção de soluções alternativas às medidas de proteção
coletiva previstas nesta NR, a adoção de técnicas de trabalho e o uso de equipamentos, tecnologias e
outros dispositivos que:
a) propiciem avanço tecnológico em segurança, higiene e saúde dos trabalhadores;
b) objetivem a implementação de medidas de controle e de sistemas preventivos de segurança nos
processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção;
c) garantam a realização das tarefas e atividades de modo seguro e saudável.
As tarefas a serem executadas mediante a adoção de soluções alternativas devem estar expressamente
previstas em procedimentos de segurança do trabalho, nos quais devem constar:
a) os riscos ocupacionais aos quais os trabalhadores estarão expostos;
b) a descrição dos equipamentos e das medidas de proteção coletiva a serem implementadas;
c) a identificação e a indicação dos EPI a serem utilizados;
d) a descrição de uso e a indicação de procedimentos quanto aos Equipamentos de Proteção Coletiva
(EPC) e EPI, conforme as etapas das tarefas a serem realizadas; e) a descrição das medidas de prevenção
a serem observadas durante a execução dos serviços, dentre outras medidas a serem previstas e
prescritas por profissional legalmente habilitado em segurança do trabalho.
As tarefas envolvendo soluções alternativas somente devem ser iniciadas com autorização especial,
precedida de análise de risco e permissão de trabalho, que contemple os treinamentos, os procedimentos
operacionais, os materiais, as ferramentas e outros dispositivos necessários à execução segura da tarefa.
A documentação relativa à adoção de soluções alternativas integra o PGR do canteiro de obras, devendo
estar disponível no local de trabalho e acompanhada das respectivas memórias de cálculo, especificações
técnicas e procedimentos de trabalho.
O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da organização no campo da saúde de
seus empregados, devendo estar harmonizado com o disposto nas demais NR.
e) subsidiar análises epidemiológicas e estatísticas sobre os agravos à saúde e sua relação com os riscos
ocupacionais;
f) subsidiar decisões sobre o afastamento de empregados de situações de trabalho que possam
comprometer sua saúde;
g) subsidiar a emissão de notificações de agravos relacionados ao trabalho, de acordo com a
regulamentação pertinente;
h) subsidiar o encaminhamento de empregados à Previdência Social;
i) acompanhar de forma diferenciada o empregado cujo estado de saúde possa ser especialmente afetado
pelos riscos ocupacionais;
j) subsidiar a Previdência Social nas ações de reabilitação profissional;
k) subsidiar ações de readaptação profissional;
l) controlar da imunização ativa dos empregados, relacionada a riscos ocupacionais, sempre que houver
recomendação do Ministério da Saúde.
Para cada exame clínico ocupacional realizado, o médico emitirá Atestado de Saúde Ocupacional - ASO,
que deve ser comprovadamente disponibilizado ao empregado, devendo ser fornecido em meio físico
quando solicitado.
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TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
IDÉIAS-CHAVE
PCMSO – Programa de Controle médico de saúde ocupacional
RECAPITULANDO
O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da organização no campo da saúde de
seus empregados, devendo estar harmonizado com o disposto nas demais NR
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