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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RAIMUNDO SÁ

GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

DISCIPLINA: PSICANÁLISE II

DOCENTE: ANA RAILA ARRAIS DE SOUSA

RESUMO FERENCZI E GRODDECK

Islane Alves de Freitas

PICOS

MARÇO DE 2022
Psicanálise II: Resumo Ferenczi e Groddeck 2

Resumo Ferenczi e Groddeck

Em 7 de julho de 1873 nascia Sándor Ferenczi, oitavo filho de um imigrante judeu

polonês e uma polonesa residente em Viena. A grande família trazia para sua mãe bastante

peso e sobrecarga, o que resultou em uma vida familiar com “pouquíssimo amor e um

excesso de severidade” (Nasio, 1994, p. 70). Assim, se entende a busca pessoal por

confirmação de suas capacidades, nunca correspondida.

Ferenczi não se deixou abalar, buscando sempre se capacitar mais. Cursou medicina e

seguiu o exemplo do, então contemporâneo, Freud, focando nos aspectos psicanalíticos. E,

por meio de correspondências trocadas, Ferenczi manteria contato tanto com Freud como

Jung. E eles tinham muito em comum.

A começar por episódios de “atentados homossexuais” sofrido por Ferenczi ainda

adolescente, quando um amigo o ‘incumbiu’ a pôr o seu órgão sexual em na boca, o que o

traumatizaria. Esse episódio faria com que Sándor sentisse repulsa por mulheres por um

tempo, a mudança veio ao se sensibilizar com outras vítimas de abusos.

Entre os anos de 1914 e 1918, houve a primeira grande guerra que faria com que

Ferenczi matasse pela primeira vez e tivesse vários intercâmbios com Groddeck. Esse o

ajudaria a largar a técnica ativa por outra, a “técnica da indulgência e de relaxamento”. A

relação entre eles foi tamanha que ambos foram analistas um do outro, gerando uma análise

mútua.

Georg Groddeck era o quinto filho de um médico e uma intelectual, nascido em 1866

na Prússia. Criado como uma menina, isso causaria mais tarde uma crise de identidade

sexual. Tendo, por motivos financeiros, que se mudar para Berlim, iniciou, por influência do

pai, no estudo da medicina.

No curso, Groddeck entrou em contato com a filosofia, e focava em uma medicina

que visava a observação do homem no meio e uma redução do peso do diagnóstico (Nasio,
Psicanálise II: Resumo Ferenczi e Groddeck 3

1994, p. 109). Mas, se encontrando com Freud e a psicanálise, Groddeck mudaria sua

abordagem profissional. O primeiro parentesco entre Groddeck e a psicanálise é a mudança

da visão aprendida anteriormente: “não é o médico que sabe, mas o doente” (Nasio, 1994, p.

114).

Essa mudança aproximou Groddeck de Freud. E em junho de 1917, Georg escreve a

Freud. Em sua primeira carta, escreveu: “Corpo e alma são um todo. O ser humano não tem

duas funções, não reconheço nenhuma doença do corpo” Groddeck assegurava que havia

uma assimilação entre doença e criação. Como explica Nasio:

“A doença estava do lado das pulsões de vida, do lado da expressão do

que era mais essencial em nós. Mas constituía também, e esse era o reverso da

moeda, a marca de um conflito, de um sentimento de culpa enraizado na

infância.” (Nasio, 1994, p. 121)

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