Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMÁRIO
SOBRE A PROFESSORA..................................................................... 03
2
SOBRE A DOCENTE
A docente Fabiana Paiva Ribeiro possui graduação em Biologia pelo
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA (2011) e curso
Técnico em Aquicultura (IFPA). Possui bacharelado em Biomedicina pela
Universidade Federal do Pará – UFPA (2017), com habilitações em: Análises
Clínicas pelo Hospital Universitário João de Barros Barretos (HUJBB); Biologia
Molecular pelo Laboratório de Erros Inatos do Metabolismo (LEIM/UFPA) e
Hemoterapia-Banco de sangue pelo Hemocentro do Pará (Hemopa). Especialista
em Bioestatística e em Microbiologia Clínica, ambas pela UFPA. Especialista em
Biomedicina Estética pelo Núcleo de Estudos em Estética Ana Carolina Puga -
Nepuga/Ribeirão Preto – São Paulo.
3
PLANO DE ESTUDO
O plano de estudos visa orientá-lo (a) no desenvolvimento da Disciplina.
Nele, você encontrará elementos que esclarecerão o contexto da Disciplina e
sugerirão formas de organizar o seu tempo de estudos.
4
Na prática: esse elemento consiste em um exercício em que a questão
elaborada pelo professor-autor permitirá ao estudante mobilizar os conhecimentos
tratados e analisar, na prática, um caso (estudo de caso), voltado ao ambiente
organizacional educacional. Essa atividade avaliativa vale 02 (dois pontos).
Exercite: trata-se de um exercício nos moldes de um questionário com
questões a serem resolvidas e terá um único formato de resposta: o de escolha
múltipla, ou seja, você escolherá a resposta correta dentre quatro opções. Essa
ferramenta será usada como exercício de fixação de conteúdos e fará parte do
processo de avaliação web. Tem o valor de 01 (um) ponto.
Prova presencial: a prova encerra o conjunto de atividades avaliativas da
disciplina e deve ser realizada no Polo de Apoio Presencial. A prova vale 06 (seis)
pontos.
O conjunto de atividades avaliativas e sua pontuação estão resumidos na
tabela abaixo:
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
Nossos fóruns temáticos terão data de início e término, por isso você deve
ficar atento aos avisos e comunicados disponibilizados no AVA. Assim, o acesso a
esse ambiente deve ser diário.
Cada contribuição nos fóruns não poderá conter mais de 200 palavras, pois
este limite é importante para garantir-lhes uma maior e mais leve dinâmica.
Contribuições formadas por um número de palavras superior a 200 palavras
5
deverão ser divididas em mais de uma postagem ou serão penalizadas ao final da
avaliação.
6
CUIDADOS NO ENVIO DAS ATIVIDADES AVALIATIVAS
Não será permitido o envio de tarefas por qualquer outro meio que não o
local específico para isso na plataforma ou fora do prazo. O não envio de uma
tarefa no prazo acarretará na nota zero ao aluno sem oportunidade de substituição
do trabalho.
EMENTA DA DISCIPLINA
Terapia capilar. Noções de tricologia. Revisão da anatomia: folículo piloso,
estrutura, ciclo de crescimento, composição química e outros. Alopecias, tipos de
alopecias e suas características principais. Higienização capilar, tratamentos em
nível de haste (hidratação e queratinização) e em nível de couro cabeludo
7
(seborreia, pitiríase capitis). Conceito de hidratação e queratinização. Tipos de
cabelo, características quanto à etnia, forma, diâmetro, teor lipídico e outros para
anamnes. Técnicas de finalização. Função do microvisor e procedimento de uso.
Distúrbios couro cabeludo, seborreia, pitiríase capitis e dermatite seborréica e suas
forma de tratamento. A pesquisa na área de estética capilar.
8
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Bem-vindo à disciplina Estética Capilar e Anexos Cutâneos. A partir de
agora, começaremos uma jornada para conhecer o mundo da estética capilar. Há
muito tempo, cuidar dos cabelos deixou de ser vaidade. Atualmente, as pessoas
cuidam muito dos seus fios e do couro cabeludo. O estudo da estética capilar
envolve tricologia, anatomia capilar, patologias dos fios e do couro cabeludo e suas
formas de tratamento, terapias capilares, hidratações dos cabelos, modo correto de
fazer a higienização, diagnosticar o fio de cabelo, saber sua densidade,
porosidade, teor hídrico e lipídico, enfim, tudo que possa melhorar a saúde e o
cuidado com o fio de cabelo.
9
dificuldades e responsabilidades norteiam esse ramo. Há uma crescente de
profissionais graduados em tecnologia em estética e cosmética que atuam como
terapeutas capilares, apontando a expansão do mercado para o tecnólogo, bem
como sua importância na manutenção da saúde e beleza.
Bons estudos!
10
UNIDADE 1 - ESTÉTICA CAPILAR E SEUS ANEXOS
NOÇÕES DE TRICOLOGIA
Os cabelos são estruturas anexas especializadas, as quais possuem
função biológica básica de controle térmico da calota craniana, protegendo-a contra
o frio, calor e radiação ultravioleta. São também responsáveis pela proteção
mecânica e percepções táteis (ROBBINS, 2000). Historicamente, os cabelos
sempre exerceram um papel fundamental na vida do ser humano, mesmo quando
não eram disponíveis as tecnologias e recursos que existem nos dias de hoje.
Devido a essa valorização do cabelo, Macedo (1989) ressalta que situações em
que há ausência e queda são causas de grande preocupação para homens e
mulheres.
ANATOMIA
Folículo piloso, estrutura, ciclo de crescimento
11
já que é possível a extração e amplificação do DNA para comparações genéticas.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIRURGIA DA RESTAURAÇÃO CAPILAR, 2017;
CARVALHO et al., 2005; NATIONAL GEOGRAPHIC LEARNING, 2017).
O folículo piloso é invisível aos olhos, pois está na parte interna da pele.
Nessa estrutura existe a raiz do cabelo, sua única parte viva, formada pela papila
dérmica, pelo bulbo capilar e também por uma protuberância chamada glândula
sebácea que aparece na parte superior do folículo. As glândulas sebáceas são
responsáveis pela produção de sebo que é secretado no folículo capilar,
lubrificando e condicionando tanto o cabelo quanto a pele. O folículo piloso começa
a desenvolver-se na vida embrionária por volta da nona semana. Após 22
semanas, o feto já tem todos os seus folículos maduros, e não há formação de
novos folículos após esse estágio, isto é, o número de pelos que uma pessoa terá
é determinado antes do nascimento, incluindo os do couro cabeludo (KEDE;
SABATOVICH, 2009). Os pelos são constituídos por uma parte livre – a haste − e
uma porção intradérmica – a raiz. O pelo é contínuo com a epiderme, faz parte do
aparelho pilossebáceo, é ricamente inervado e altamente vascularizado (KEDE;
SABATOVICH, 2009). Segundo Kede e Sabatovich (2009), o folículo piloso se
divide em:
12
Estrutura do pelo
Folículo piloso
13
Cutícula: é a camada mais externa do fio; formada por células sobrepostas
transparentes tipo escamas, unidas por um cimento intercelular rico em lipídios. A
cutícula protege o córtex e a medula. A cutícula é responsável por todos os efeitos
sensoriais do cabelo, como brilho, suavidade e maciez. Age como uma barreira
para produtos químicos, como coloração para cabelo, loções relaxantes e
permanentes. Essa barreira não é impenetrável. Um pH alto e temperatura alta
podem abrir a cutícula e deixar que produtos químicos penetrem no córtex. Já que
a camada de cutícula é transparente, é o pigmento no córtex que determina a cor
natural do cabelo (HALAL, 2012).
14
manutenção da saúde do fio (ABRAHAM et al., 2009; BARBOSA, SILVA, 1995;
ISIC – INSTITUTO SCHULMAN DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, 2018;
OLIVEIRA, 2013; PINHEIRO et al., 2013; ROBBINS, 2012). A importância da
queratina no fio é indiscutível, porém é interessante ressaltar que há outras
proteínas associadas a queratinas, denominadas KAPs (keratin associated
proteins), que são primordiais para a coesão das fibras de queratina.
Correspondem a 50 % da estrutura capilar, mas diante de agressões por agentes
externos nos fios, a sua concentração diminui e fragiliza os fios, deixando-os
susceptíveis à quebras (KERASTASE, 2018).
15
Quanto ao crescimento do fio segue um padrão cíclico e contínuo que
consiste em três fases distintas:
16
UNIDADE 2 – TIPOS, CARACTERÍSTICAS, TRATAMENTOS E
TÉCNICAS.
TIPOS E CARACTERÍSTICAS
Mistos – são oleosos na raiz e secos nas pontas. A explicação para esse
tipo de cabelo reside numa alta atividade das glândulas sebáceas, associada a
uma falha na distribuição da oleosidade ao longo dos fios (GOMES, 1999).
17
vermelho. Os níveis de feomelanina e de eumelanina e o tipo produzido são
controlados geneticamente. A diminuição significativa do pigmento produz cabelos
cinzas e a ausência do pigmento forma cabelos brancos. O pigmento fica
predominantemente no córtex do cabelo.
Cabelo loiro
Cabelo preto
18
irá determinar alguns aspectos do fio de cabelo como: cor, tipo, forma, entre outros.
Podemos observar também que a haste capilar está dividida em três camadas
principais: cutícula, córtex e medula. Elas também apresentam características
próprias.
19
que o posicionamento do folículo piloso no couro cabeludo, assim como o formato
transversal da haste são fatores com influência direta na textura capilar
(CARVALHO et al., 2005). Fios negroides crescem praticamente paralelos ao couro
cabeludo, permitindo que se enrolem neles próprios, ao contrário do oriental, que
apresenta o crescimento perpendicular, e do caucasiano, com um ângulo oblíquo,
resultando em uma leve curvatura (CARVALHO et al., 2005). Transversalmente, o
fio é uma elipse que pode ter variações mais ou menos próximas a uma
circunferência. Secções nos diversos fios apresentaram desigualdades, sendo que
o fio oriental mostrou um diâmetro maior e formato cilíndrico, ao passo que o
negroide, além de ter um alto grau de irregularidade no diâmetro ao longo da fibra,
é achatado e fino, fator que propicia o encaracolado característico. O caucasiano
apresenta mais variações, visto que pode ter fios lisos, ondulados e até mesmo
cachos, mas é válido ressaltar que tende ao formato elíptico (CARVALHO et al.,
2005; NAKANO, 2006; PINHEIRO et al., 2013). Os fios de diferentes etnias
também possuem diferentes resistências à tração mecânica. Fios orientais são
conhecidos por apresentar maior resistência em relação aos negroides. Essas
diferenças são consequência das concentrações distintas de aminoácidos nas
microestruturas dos fios. Há uma maior quantidade de cistina nos microfilamentos
dos fios orientais, ao contrário dos negroides, que apresentam maiores
concentrações de cistina na matriz cortical (CARVALHO et al., 2005). Pode-se
observar também que as quantidades dos folículos pilosos variam nas diferentes
etnias e segundo colorações distintas dos fios.
20
necessário aplicar uma maior força para penteá-lo. Porém, é um fio mais delicado e
susceptível a quebras em comparação ao caucasiano. De acordo com o estudo de
Lisboa (2007), a maior sorção do ácido oleico e do colato de sódio em cabelo
negroide do que em cabelo caucasiano evidenciam as diferenças físico-químicas
desses dois tipos de cabelo e deve estar relacionada à menor concentração lipídica
do cabelo negroide. Em outro estudo, realizado através de microespectroscopia de
infravermelho com radiação Sincrotron, foram analisadas amostras de fios
caucasianos e negroides. Verificou-se que o cabelo caucasiano apresenta uma
maior quantidade de lipídeos dentro da medula e menor na extensão da cutícula.
Em contrapartida, não foi detectada essa quantidade de lipídeos medulares no fio
negroide (PINHEIRO et al., 2013).
- O cabelo afro-étnicos
É um tipo muito específico com espessura mais fina e fios mais crespos e
achatados que, por sua configuração espiralada, não recebem adequadamente a
lubrificação natural produzida pelas glândulas sebáceas do couro cabeludo. Dessa
forma, são cabelos naturalmente ressecados e frágeis, muitas vezes quebradiços e
de crescimento muito lento ou mesmo limitado, volumosos ou não. Tendem a ser
bastante escuros pela maior quantidade de eumelanina em relação à feomelanina.
Este tipo de cabelo deve sempre estar úmido ou molhado para ser
penteado e o pente deve ter dentes largos para evitar a ruptura mecânica dos fios e
ajudar na definição dos cachos. Outro cuidado fundamental é a hidratação que
deve ser constante.
21
Cabelo afro-étnicos
- O cabelo oriental
Cabelo oriental
22
- Cabelo caucasiano
Cabelo caucasiano
23
chamadas detergentes ou tensoativos, que se ligam à sujeira e às gorduras,
permitindo que elas sejam arrastadas pela água (GOMES, 1999). Um bom xampu
deverá ter as seguintes características, segundo Gomes (1999):
Para cabelos mistos: difícil encontrar um produto específico para esse tipo
de cabelo. Recomenda-se usar o xampu para cabelos oleosos e condicionar as
pontas.
24
Fortalecedores da raiz dos cabelos: nutrem o bulbo capilar, apresentando
componentes capazes de agir no couro cabeludo.
Condicionadores
25
Por vez, a queratinização é um processo usado em fios expostos a muitas
agressões externas (sol, cloro, vento, sal etc), mas os processos químicos são os
que agridem mais. Fazendo uma reconstrução e hidratação dos fios danificados.
26
O fio capilar é utilizado como amostra, o qual, depois de posicionado na lâmina,
permite realizar o estudo das condições do bulbo capilar.
27
LEITURA COMPLEMENTAR
Introdução
Mudanças na forma e cor dos cabelos têm sido desde o início das
civilizações, um dos indicadores de beleza. A moda não se restringe às
vestimentas, mas expande-se aos cabelos, gerando uma busca incessante por
uma aparência diferenciada. O alisamento dos cabelos teve seu auge registrado
em meados do ano 1900 com a técnica para alisamento de cabelos afroétnicos que
utilizava vaselina sólida e pente de metal quente a uma temperatura entre 150 e
260°C denominada hot comb. Ao longo dos anos subsequentes, foram
desenvolvidas substâncias químicas que possibilitaram alisar ou enrolar os cabelos
de forma permanente e mais segura. Atualmente, observa-se uma tendência à
busca pelos cabelos extremamente lisos de modo definitivo. Dúvidas sobre a ação
dos cosméticos capilares sobre a saúde do corpo e dos cabelos são cada vez mais
abordadas nas consultas dermatológicas. Somando-se a isso o já tradicional uso
de agentes que modificam a cor natural do cabelo ou escondem os indesejáveis
fios brancos, temos uma associação que pode realmente ser perigosa para a
saúde dos fios. A cada dia, aumentam as consultas médicas para esclarecimento
de quais técnicas e produtos químicos são mais indicados para permitir que os
cabelos sofram as alterações desejadas de seu aspecto natural e, ao mesmo
tempo, mantenham-se saudáveis e belos. Neste artigo dividido em duas partes,
abordamos a fisiologia dos cabelos, sua estrutura e natureza química, os agentes
usados para seu alisamento, sua coloração, higiene e seu tratamento estético e as
consequências que tais procedimentos podem ter na saúde em geral, incluindo sua
segurança no uso durante a gravidez e lactação.
28
cabelos (Tabela 1). A maioria dos pelos se encontra em locais visíveis, com
conotação psicossocial importante. Embora os três tipos principais de folículos
pilosos (lanugo, vellus e terminal) tenham diferenças na sua estrutura e
pigmentação, eles seguem os mesmos princípios de formação.
29
sanguíneos alcançam todo o folículo, através da bainha de tecido conjuntivo, e
ainda se inserem na papila dérmica folicular dos cabelos terminais.
Ciclo capilar
Anágena
30
Catágena
Telógena
31
Exógena e Kenógena
32
como as ligações iônicas ou pontes dissulfeto. Tais ligações químicas quando
rompidas, em caráter permanente ou temporário, possibilitam a mudança na forma
física do pelo.
Queratinas
33
A queratina é incolor. A cor dos cabelos do couro cabeludo é dada pela
melanina do córtex e da medula, possivelmente oriunda dos melanócitos do bulbo
capilar, que compõem apenas 3% da massa do fio. Existem dois tipos de melanina
que irão determinar a cor natural dos cabelos: cinza, loiro, castanho, vermelho e
preto, dependendo da quantidade e a taxa de eumelanina (marrom e preta) e
feomelanina (amarela e vermelha). A melanina presente nos grânulos encontra-se
ligada a uma proteína referida como melanoproteína. Ambas as melaninas são
dependentes da quantidade de cisteína presente no melanócito.
34
penteando o cabelo sob condições de baixa temperatura ou aumentando a
umidade capilar.
Técnicas de coloração
35
para a saúde por órgãos como Food and Drug Administration (FDA) e Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
36
permanente não sendo removido jamais por lavagens. A raiz deve ser tingida a
cada 4 ou 6 semanas. A utilização de uma nova coloração sobre o cabelo já tingido
pode danificar os fios. A coloração permanente resulta de uma reação de oxidação
entre paraminofenóis, metaminofenóis, fenilenodiaminas e peróxido de hidrogênio.
Caso o cabelo seja muito escuro e se queira atingir um tom muito mais claro, é
necessário uma despigmentação prévia com persulfato de amônio e potássio e
peróxido de hidrogênio. O pigmento definitivo é aplicado sobre os fios descoloridos.
É recomendado que procedimentos de alisamento ou permanente sejam realizados
pelo menos 2 semanas antes da coloração.
37
Referência complementar
Sinclair RD, Banfield CC, Dawber RPR. Handbook of diseases of the hair and
scalp. Oxford: Blackwell Science 1999:3-26
Paus R, Peker S, Sundberg JP. Biology of hair and nails. In: Bologna JL, Jorizzo JL,
Rapini RP, editors. Dermatology. Mosby Elsevier, 2. ed. 2008;1:965-986
Vogt A, Mcelwee KJ, Blume-Peytavi U. Biology of the hair follicle. In: Blume-
Peytavi U, Tosti A, Whiting DA, Trüeb R (eds.). Hair growth and disorders. Berlin:
Springer 2008:1-23
Stenn K, Paus R. Controls of hair follicle cycling. Physiol Rev 2001;81:449- 494
Yano K, Brown LF, Detmar M. Control of hair growth and follicle size by VEGF-
mediated angiogenesis. J Clin Invest 2001;107(4):409-417
38
Thibaut S, Gaillard O, Bouhanna P, Cannell DW, Bernard BA. Human hair shape is
programmed from the bulb. Br J Dermat 2005;152:632-638
Müller-Röver S, Handjiski B, van der Veen C et al. A comprehensive guide for the
accurate classification of murine hair follicles in distinct hair cycle stages. J Invest
Dermatol 2001;117(1):3-15
Lin KK, Chudova D, Hatfield GW, Smyth P, Andersen B. Identification of hair cycle-
associated genes from time-course gene expression profile data by using replicate
variance. Proc Natl Acad Sci USA. 2004;101(45):15955-15960
De Berker DAR, Messenger AG, Sinclair RD. Disorders of hair. In: Burns T,
Breathnach S, Cox N, Griffiths C (eds.). Rook´s textbook of dermatology. Oxford:
Blackwell publishing, 7. ed., 2004;4:63.01-120
Tobin DJ, Paus R. Graying: gerontobiology of the hair follicle pigmentary unit. Exp
Gerontol 2001;36(1):29-54. Erratum in: Mar; 36(3):591-2
Sharov A, Tobin DJ, Sharova TY, Atoyan R, Botchkarev VA. Changes in different
melanocyte populations during hair follicle involution (catagen). J Invest Dermatol
2005;125(6):1259-1267
Nishimura EK, Granter SR, Fisher DE. Mechanisms of hair graying: incomplete
melanocyte stem cell maintenance in the niche. Science 2005;4;307(5710):720-724
Stenn K. Exogen is an active, separately controlled phase of the hair growth cycle. J
Am Acad Dermatol 2005;52(2):374-375
39
Draelos ZD. Hair physiology. In: Draelos ZD (ed.). Hair Care: a illustrated
dermatologic handbook. London and New York: Taylor & Francis group 2005:1-19
Rossi A, Barbieri L, Pistola G, Bonaccorsi P, Calvieri S. Hair and nail structure and
function. J Appl Cosmetol 2003;21:1-8
de Sá Dias TC, Baby AR, Kaneko TM, Robles Velasco MV. Relaxing/ straightening
of Afro-ethnic hair: historical overview. J Cosmet Dermatol 2007;6(1):2-5
Robbins CR. Chemical and physical behavior of human hair. 2. ed. Springer- Verlag
NY Inc
Swee W, Klontz KC, Lambert LA. A nationwide outbreak of alopecia associated with
the use of a hair-relaxing formulation. Arch Dermatol 2000;136(9):1104- 1108
Koutros S, Baris D, Bell E et al. Use of hair coloring products and risk of multiple
myeloma among US women. Occup Environ Med 2009;66(1):68-70
Kelsh MA, Alexander DD, Kalmes RM, Buffler PA. Personal use of hair dyes and
risk of bladder cancer: a meta-analysis of epidemiologic data. Câncer Causes
Control 2008;19(6):549-558
40
UNIDADE 3 – AFECÇÕES DOS FOLÍCULOS PILOSOS E
TRATAMENTO
Na maioria das vezes, o cabelo cai porque o seu ciclo chegou ao fim, e um
novo fio já está pronto para nascer. Porém quando a queda parece ser exagerada
e sem causa aparente, pode sinalizar que algum aspecto da nossa saúde precisa
de atenção. Assim, os profissionais da saúde capilar têm um papel fundamental na
hora de orientar os seus clientes quanto às alopecias, seborréias, pitiríase capitis e
dermatite seborréica, etc.
41
Alopecias cicatriciais
42
ultravioleta, método chamado PUVA, que consiste na ingestão de um psoraleno e
aplicação de raios ultravioleta (TAVEIRA, 2001).
Dermatite seborréica
43
Dermatofitoses são infecções cutâneas superficiais causadas por fungos
denominados genericamente de dermatófitos (gêneros: Microsporum, Trichophyton
e Epidermatophyton) que afetam tecidos queratinizados como pele, cabelos e
unhas. Uma vez que estes fungos são encontrados em humanos, animais e no
ambiente, o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença é o contato
direto com animais ou humanos doentes ou portadores. A transmissão também
pode ocorrer através do contato com objetos ou ambientes contaminados tais
como: escovas de cabelo, roupa de cama, vestiários, carpetes ou outras
superfícies contaminadas. O diagnóstico das dermatofitoses costuma ser com base
no quadro clínico. Porém, na dúvida diagnóstica ou falha ao tratamento, pode-se
solicitar o exame micológico direto para confirmar a infecção.
44
Tinea Capitis
Outro exemplo das doenças de couro cabeludo, mas que por vez são
45
causadas por bactérias é a foliculite, onde ocorre a inflamação do folículo piloso
com formação de pústulas, vermelhidão, coceira e ardor. É muito importante que o
diagnóstico seja corretamente realizado, uma vez que a foliculite também pode ser
causada por fungos. Então, para melhor direcionar o tratamento, é necessário que
exames laboratoriais confirmem os agentes causadores da foliculite.
Foliculite
46
da tricologista Sheila Bellotti, em que ela explica com detalhes a função e
benefícios de cada um desses aparelhos para o diagnóstico e tratamento dos
cabelos.
47
Outras técnicas utilizadas em consultórios são a dermatoscopia
(microscópio óptico que aumenta o fio), análise do couro cabeludo, distribuição
arquitetônica dos fios, contagem dos fios e análise da densidade capilar, análise da
haste capilar. Por último, o tricograma é um dos exames mais específicos, onde
literalmente há o arranque de alguns fios em chumaço para avaliação desde a raiz
até a ponta dos fios, esta técnica pode necessitar o uso de anestésicos. Além
disso, para casos mais graves e que necessitam de análise mais detalhada, pode-
se realizar uma biópsia do couro cabeludo.
Quando a saúde do cabelo não vai bem, parece que algo está errado em
nosso corpo. E é isso mesmo! O cabelo serve como um espelho do que nos
acomete por dentro. Seja um distúrbio emocional ou fisiológico, uma carência
nutricional ou uma patologia mais grave. A verdade é que todos queremos estar de
bem com nossa saúde e com a saúde dos cabelos. Devido à importância que se dá
à estética capilar, desde antigamente até os dias atuais não se medem esforços
quando o assunto é cabelo. Muitas vezes, o valor que será gasto no salão de
beleza já entra no planejamento orçamentário de muitas pessoas. O fato é que,
além de embelezar, os tratamentos estéticos podem, sim, ser adjuvantes na hora
de tratar as diversas disfunções capilares que estudamos até aqui. E o terapeuta
capilar tem uma importância fundamental neste processo. É ele que vai poder
indicar, com todo seu conhecimento e prática, qual é a melhor opção para auxiliar o
seu cliente. Vamos agora, caro acadêmico, estudar as principais técnicas utilizadas
em salões de beleza, e daremos continuidade com o estudo de produtos que você
pode indicar para o seu cliente utilizar em casa, dando continuidade ao sucesso do
seu trabalho.
48
LEITURA COMPLEMENTAR
Introdução
49
uso tópico também são usados pela sua ação anti-inflamatória.
Este estudo teve por objetivo avaliar duas novas formulações de xampus
para controle da dermatite seborreica com veículos diferenciados, em que as ações
anti-inflamatória e antifúngica associam-se à proposta inovadora de prevenir o
dano capilar e as recidivas, mantendo ainda um perfil ótimo de eficácia e
tolerabilidade desde a primeira aplicação.
Métodos
50
aprovado por comitê de ética independente (CAAE: 08031319.0.0000.5514 e
08033219.2.0000.5514).
Esta medida teve por objetivo fazer com que cada grupo representasse de
modo mais fidedigno as variedades de processamentos e texturas de cabelo que
51
encontramos atualmente, principalmente no sexo feminino.
Todos foram orientados a não lavar o cabelo por dois dias e comparecer ao
Centro no terceiro dia, para as seguintes avaliações:
Resultados
Discussão
52
Este artigo de revisão demonstra que a ciclopirox olamina, agente
reconhecidamente antifúngico, proporciona melhora clínica e dos sintomas em
formulações rinsáveis quando comparada ao placebo, podendo reduzir recidivas
até 12 semanas após a fase inicial de tratamento; embora o piritionato de zinco
tenha menor número de estudos, também demonstra uma efetividade significativa
contra o placebo no controle da dermatite seborreica, pela sua ação
seborreguladora.
Conclusão
53
Referência complementar
Aschoff R, Kempter W, Meurer M. Seborrheic dermatitis. Hautarzt. 2011;62(4):297-
307.
Naldi L, Diphoorn J. Seborrhoeic dermatitis of the scalp. BMJ Clin Evid. 2015:1713.
Epub 2015 May 27.
Smith SA; Baker AE; Williams JH. Effective treatment of seborrheic dermatitis using
a low dose, oral homeopathic medication consisting of potassium bromide, sodium
bromide, nickel sulfate, and sodium chloride in a double-blind, placebo-controlled
study. Altern Med Rev. 2002;7(1):59-67.
Barak-Shinar D, Green LJ. Scalp seborrheic dermatitis and dandruff therapy using a
herbal and zinc pyrithione-based therapy of shampoo and scalp lotion. J Clin
Aesthet Dermatol. 2018;11(1):26-31.
Ratnavel RC, Squire RA, Boorman GC. Clinical efficacies of shampoos containing
ciclopirox olamine (1.5%) and ketoconazole (2.0%) in the treatment of seborrheic
dermatitis. J Dermatolog Treat. 2007;18(2):88-96.
Chen SC, Yeung J, Chren MM. Scalpdex: a quality-of-life instrument for scalp
dermatitis. Arch Dermatol. 2002;138(6):803-7.
54
Roques C, Brousse S, Panizzutti C. In vitro antifungal efficacy of ciclopirox olamine
alone and associated with zinc pyrithione compared to ketoconazole against
Malassezia globosa and Malassezia restricta reference strains. Mycopathologia.
2006;162(6):395-400.
Sampaio ALSB, Mameri ACA, Vargas TJS, Ramos-e-Silva M, Nunes AP, Carneiro
SCS. Dermatite Seborreica. An Bras Dermatol. 2011;86(6):1061-74.
Draelos ZD. Essentials of hair care often neglected: hair cleansing. Int J Trichology.
2010;2(1):24-9.
Method for quantitative evaluation of the efficacy of treatments for hair loss using image
analysis: preliminary study
Introdução
55
perda de cabelo visível, como é o caso de alguns sprays de pigmentos. Xampus e
outros agentes tópicos podem depositar partículas para adicionar volume à
superfície das fibras capilares e minimizar o espaço entre elas, dando a sensação
de um couro cabeludo com maior cobertura. O diâmetro da haste é reduzido na
AGA, aumentando a suscetibilidade à fratura (quebra dos fios). A lubrificação de
proteção externa para minimizar o atrito ao lado de agentes que fornecem adesão
temporária para evitar danos às cutículas ajuda a reduzir a quebra do cabelo e
consequentemente a queda. Há ainda alguns produtos que apresentam em sua
composição ativos que estimulam o ciclo de crescimento capilar, como o Minoxidil.
Objetivo
Metodologia
56
As fotos foram analisadas individualmente, com auxílio do software Image
Pro Premier®(Media Cybernetics,Rockville,USA). Em todas as fotos foi realizada a
correção da exposição, de modo a ressaltar o contraste entre as áreas de cabelo e
áreas de falha. A análise consiste no cálculo automático da área de perda capilar,
em pixels quadrados, realizado pelo software a partir do contraste entre claro
(região com perda capilar) e escuro (área sem perda capilar), conforme
evidenciado nas figuras 1 e 2. Desse modo, é possível estimar a área (pixel2) do
couro cabeludo que não apresenta cobertura capilar e, assim, quantificar a eficácia
dos tratamentos utilizados para AGA e ET, comparando fotografias obtidas antes e
depois de sua aplicação.
Resultados e discussão
57
440.529 pixel2, e a segunda imagem (Figura 2.b) destaca a redução da área
afetada para 296.151 pixel2, o que corresponderia ao nível II-1 da escala de Savin
após nove meses de tratamento.
Conclusão
Introdução
58
de couro cabeludo com pústulas, erosões, crostas e escamas. Embora
o Staphylococcus aureus seja isolado dessas pústulas, é interrogado se o processo
é primário ou secundário. Histologicamente se observa abcesso centrado no
infundíbulo folicular acometido, seguido de infiltrado inflamatório perifolicular
predominantemente linfocitário com plasmócitos, neutrófilos, eosinófilos e células
gigantes, destruição folicular e fibrose dérmica difusa, com possibilidade de
hiperceratose e oclusão (plug) folicular. Antibióticos, corticoides tópicos/sistêmicos
e retinoides sistêmicos podem ser benéficos. A foliculite dissecante do couro
cabeludo começa com nódulos inflamatórios na região occipital que progridem para
alopecia cicatricial. Histologicamente há hiperceratose com obstrução e dilatação
do folículo, infiltrado inflamatório constituído por neutrófilos, linfócitos e histiócitos,
destruição das estruturas anexais, tecido de granulação, reação gigantocitária tipo
corpo estranho, formação de fístulas e fibrose extensa. Incisões
cirúrgicas/drenagem, excisão/enxertia, epilação por Rx são empregadas nos casos
refratários. A foliculite queloidiana da nuca, mais comum em negros, evolui com
pápulas, pústulas, queloides e placas cicatriciais principalmente na região occipital.
A histopatologia revela processo inflamatório crônico com numerosos plasmócitos
relacionado à estrutura folicular, destruição folicular, microabscessos e reação
gigantocitária tipo corpo estranho ao redor de hastes avulsas, fístulas e fibrose
dérmica intensa com fibras queloidianas. Antibióticos e infiltrações intralesionais
com triamcinolona estão indicados.1-4
Discussão
59
intralesionais de triamcinolona, com remissão em metade dos casos e baixa
recorrência/ recaída; mas admitem que são necessários anos para descontinuar os
antibióticos em alguns pacientes, bem como, há casos recalcitrantes.1-3 Outros
autores4 consideram que a isotretinoína oral foi a melhor opção no estudo de 28
pacientes,4 levando à remissão estável até dois anos após interrupção do
tratamento. No caso em apreço, a droga se mostrou totalmente ineficaz.
Conclusão
60
Referência complementar
Rigopoulos D, Stamatios G, Ioannides D. Primary scarring alopecias. Curr Probl
Dermatol. 2015;47:76-86.
Tietze JK, Heppt MV, von Preußen A, Wolf U, Ruzicka T, Wolff H, et al. Oral
isotretinoin as the most effective treatment in folliculitis decalvans: a retrospective
comparison of different treatment regimens in 28 patients. J Eur Acad Dermatol
Venereol. 2015;29(9):1816-21.
Walker SL, Smith HR, Lun K, Griffiths WA. Improvement of folliculitis decalvans
following shaving of the scalp. Br J Dermatol. 2000;142(6):1245-6.
61
REFERÊNCIA
ROBBINS, C. R. Chemical and Psysical Behavior of Human Hair. New York:
Springer-verlag, 2000.
HALAL, John. Tricologia e a química cosmética capilar. 5. ed. São Paulo: Cengage,
2012.
CARVALHO, A.; EGÍDIO, C.; NAKAYA, E.; SALOTTI J.; FONTANARI, J. C.;
CARDOZO, K. H. M.; SAKABE, N. J.; ASPRINO, P. F.; TORRES, B .B. 2005. A
Bioquímica da Beleza – Apostila, IQ – USP. Disponível em: . Acesso em:
28/06/2017.
62
& Cosmetic Dermatology. Disponível em: <
http://www.surgicalcosmetic.org.br/exportar-pdf/1/1_n4_40_pt/Tratamentos-
esteticose-cuidados-dos-cabelos--uma-visao-medica--parte-2->. Acesso em:
20/05/2018.
CARVALHO, A.; EGÍDIO, C.; NAKAYA, E.; SALOTTI J.; FONTANARI, J. C.;
CARDOZO, K. H. M.; SAKABE, N. J.; ASPRINO, P. F.; TORRES, B .B. 2005. A
Bioquímica da Beleza – Apostila, IQ – USP. Disponível em: . Acesso em:
28/06/2017.
PINHEIRO A.; TERCI D.; PICON F.; ALBARICI V. 2013. Fisiologia dos Cabelos.
Kosmoscience. Valinhos, SP, Brasil. LONGO Valeria. Departamento de Química,
Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR, São Carlos SP, Brasil. Editora
Tecnopress. 2013.
CARVALHO, A.; EGÍDIO, C.; NAKAYA, E.; SALOTTI J.; FONTANARI, J. C.;
CARDOZO, K. H. M.; SAKABE, N. J.; ASPRINO, P. F.; TORRES, B .B. 2005. A
Bioquímica da Beleza – Apostila, IQ – USP.
PINHEIRO A.; TERCI D.; PICON F.; ALBARICI V. 2013. Fisiologia dos Cabelos.
Kosmoscience. Valinhos, SP, Brasil. LONGO Valeria. Departamento de Química,
Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR, São Carlos SP, Brasil. Editora
Tecnopress. 2013. Revista Cosmetics&Toiletries Brasil, vol 25, mai-jun, p. 36-47,
2013.
63