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RESUMO
A pesquisa
Para primeira etapa utilizamos um Survey, que se configura como um estudo do tipo
levantamento de dados, que visa “descrever ou explicar características ou opiniões de uma
população através de uma amostra representativa” (May, 2004, p.109). Trata-se de um
estudo que abrange um grande número de participantes, o que foi viabilizado pela utilização
de software específico: SurveyMonkey.
O instrumento de coleta de dados, o questionário, foi elaborado tendo em vista
caracterizar os coordenadores em relação à idade, sexo, rede de ensino (pública estadual
e/ou municipal); segmento de atuação da educação básica; formação inicial e complementar;
tempo no magistério, experiência na coordenação e tempo de atuação como coordenador na
atual unidade escolar. Utilizamos uma questão aberta: Que estratégias você costuma utilizar
em reuniões coletivas semanais de formação com o grupo de professores?
Em relação à finalidade de um survey, Babbie (2003, p. 95) esclarece que são “três
objetivos gerais: descrição, explicação e exploração. Um survey pode visar (e usualmente
visa) atingir mais de um destes objetivos”. Assim, a pergunta aberta foi elaborada com
objetivo de: a) explorar os discursos dos coordenadores, o que de fato eles classificam pelo
termo ‘estratégia’, e assim possibilitar mapear quais estratégias estão sendo utilizadas nas
escolas; b) permitir aos coordenadores descrever ações que realizam no encontro formativo;
c) explicar, por meio da análise, certos traços ou modelos de formação realizados por eles,
bem como os motivos subjacentes por trás de suas práticas apontadas nas respostas.
Foi elaborada uma versão preliminar do questionário, que foi pré-testada em situação
similar a real e com base nas informações, foi reformulado. Após novo teste e nova
calibração, o instrumento foi inserido na plataforma SurveyMonkey.
Para o levantamento de dados que teve início em outubro de 2017, foram contatados
100 coordenadores pedagógicos de diferentes escolas públicas da capital paulista.
Obtivemos até o momento 72 respostas. Em princípio, nosso contato com os sujeitos foi feito
por e-mail, mensagens pessoais e por redes sociais (facebook, instagram e whatsapp). O
questionário produzido por meio do SurveyMonkey permitiu que os participantes pudessem,
por meio de um link de internet, acessar as perguntas; o que facilitou o processo. Mesmo
assim, as respostas foram lentas, por isso para agilizar o acesso adotamos outra estratégia
de captação: o recurso “bola de neve”
Refletir sobre as teorias para ressignificar as Aprofundamos, com base na teoria, a prática (CP
práticas (CP 22) 42)
Há descompromisso ou desinteresse de muitos Vou trazendo a teoria para iluminar as práticas
em ampliarem seu universo de compreensão por (CP 51)
meio de leituras (CP 37)
Traduzo em teorias as práticas (CP 19)
Tento fazer com que o grupo busque referenciais
Leitura de textos teóricos (CP 48)
teóricos e saia do senso comum (CP 39)
Leitura de bibliografias indicadas no PEA (CP 2)
Leitura de textos, pois a leitura é premissa para
formação (CP 11) Prática reflexiva, relatos de prática (CP 7)
É um desafio buscar instrumentos de formação Estudo de experiências exitosas (CP 49)
que não use apenas a leitura como recurso. (CP
Planejo a utilização da teoria ligada à prática (CP
5)
55)
O grupo não tolera a teoria pela teoria. (CP 60)
Relatos de prática (CP 3)
Tematização da prática (CP 18)
Compartilhamento de práticas (CP 38)
Considerações preliminares
Referências
ALMEIDA, Laurinda R. O coordenador pedagógico e as relações interpessoais no
ambiente escolar: entre acertos e desacertos. In. PLACCO, Vera M. N. S.; ALMEIDA,
Laurinda R. (orgs.) O coordenador pedagógico e a legitimidade de sua função. São
Paulo: Edições Loyola, 2017.
AMARAL, Maria J.; et al. O papel do supervisor no desenvolvimento do professor
reflexivo: estratégias de supervisão. In. ALARCÃO, Isabel. (org.) Formação reflexiva de
professores: estratégias de supervisão. Porto, Portugal: Porto Editora, 1996.
ANDRÉ, Marli E. D. A. Estudo de Caso em pesquisa e Avaliação Educacional. Brasília,
Liberlivros, 2005.
______________. O coordenador pedagógico e a questão dos saberes. In. ALMEIDA,
Laurinda R.; PLACCO, Vera M. N. S. (orgs.). O coordenador pedagógico e questões
da contemporaneidade. 6ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2012
_______________. Formar o professor pesquisador para um novo desenvolvimento
profissional. In. ANDRÉ, Marli E. D. A. (org.). Práticas inovadoras na formação de
professores. Campinas, SP: Papirus, 2016.
BABBIE, Earl. Métodos de Pesquisas de Survey. Tradução Guilherme Cezarino. Belo
Horizonte: Ed. UFMG, 2003.
CANÁRIO, RUI. Articulação Entre as Formações Inicial e Continuada de Professores.
In.: Marfan, M. A. (Org.). Simpósios [do] Congresso Brasileiro de Qualidade na
Educação: formação de professores. Brasília: MEC, SEF, 2002. Disponível em
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/vol1c.pdf Acesso em 10/02/2015.
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. 6. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000.