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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
SISTEMÁTICA VEGETAL

GUILHERME DOS ANJOS SOBRINHO PEREIRA

A VIDA DAS PLANTAS


(RESENHA CRÍTICA)

IMPERATRIZ - MA
2022
O documentário em questão trata-se de uma história referente ao processo de
desenvolvimento das plantas e como se dá a interação flora x fauna. As flores de
diferentes espécies de plantas mostram como cada flor se adapta para sua sobrevivência,
em termos de reprodução e dispersão de sementes. Cada flor possui seu próprio sistema
de polinização, uma vez que, modificam sua estrutura física externa para atrair insetos,
onde requer energia para produzir néctar que consequentemente também chama atenção
dos insetos polinizadores.
As ervas daninhas, o principal tema do documentário, são espécies de plantas de
caráter silvestre que crescem em áreas controladas pelos seres humanos como cultivos,
hortas e jardins, cuja presença é indesejada. A capacidade de reprodução das ervas
daninhas é bastante eficiente, elas mesmas encontram a forma de gerar diversas
sementes que se dispersam pela ação dos ventos, animais, humanos e semeadura.
Apesar de não serem plantas bem-vistas, nem todas as ervas daninhas são maléficas ao
ambiente, pois por exemplo podem proteger os solos contra erosão, servir de matéria
orgânica, melhorar a estrutura do solo, podem criar um microclima favorável para os
cultivos, e beneficiar a biodiversidade abrigando os insetos polinizadores.

A polinização, fator importante para manutenção das ervas daninhas no meio


ambiente, se dá por diversos processos. O primeiro, já citado anteriormente, se dá pela
ação de insetos que ao se alimentarem do néctar produzidos pelas flores, o pólen se
adere ao corpo deles sendo levado até outras flores para serem polinizadas e gerar
sementes e posteriormente uma nova planta. Outra forma disseminação do pólen é
através do vento, onde as plantas produzem um pólen menor e mais leve sem a
necessidade dos insetos. Essas plantas são mais altas e com hastes eretas para a
dispersão das partículas de pólen. Algumas espécies de plantas possuem formas próprias
de polinizarem, por exemplo, a Xanthim strumarium e Artemisia vulgaris que possui
estames que retrai para dentro da inflorescência fazendo com que o pólen se desprenda e
encontre outra planta. Há uma flor em particular que possui uma peculiaridade, é a flor
cleistogâmica (ela nunca se abre, mas produz sementes pela autopolinização).

Com a ausência de vento e insetos, algumas plantas desenvolveram uma forma


de perpetuarem a sua espécie, por meio do método de autopolinização, no entanto esse
processo não gera descentes geneticamente superiores, porém adaptadas ao meio onde
nasceram. Em determinadas plantas, tudo irá se resumir à flor se adaptar para polinizar
seu próprio pistilo, órgão de extrema importância para a reprodução das mesmas.

Portanto, as ervas daninhas possuem habilidades adaptativas e um sistema


reprodutivo eficaz, capaz de sobreviver em diversos locais dependendo ou não dos
agentes externos para isso. A fonte de todo esse poder de proliferação se dá pela própria
natureza, mesmo em ambientes altamente poluídos e devastados pela ação humana, uma
vez que, elas podem ser o principal agente para a regeneração de áreas degradadas com
suas propriedades de limpar o solo de metais pesados, carregar nutrientes de áreas mais
profundas para a superfície, evitar a erosão do solo e quando morrem são fonte de
matéria orgânica ajudando a enriquecer o solo e beneficiando outras formas de vida.

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