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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


DEPARTAMENTO DE AQUICULTURA
CURSO DE ENGENHARIA DE AQUICULTURA

Janaína Gonçalves da Silva

Temperatura basal e soma térmica da Alface Crespa em sistema Hidropônico

Florianópolis
2022
Janaína Gonçalves da Silva

Temperatura basal e soma térmica da Alface Crespa em sistema Hidropônico

Trabalho Conclusão do Curso de Graduação em


Engenharia de Aquicultura do Centro de Ciências
Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina
como requisito para a obtenção do título de Engenheira
De Aquicultura

Orientador: Prof. Dr. Rosandro Boligon Minuzzi

Florianópolis
2022
Janaína Gonçalves da Silva

Temperatura basal e soma térmica da Alface Crespa em sistema Hidropônico

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de
Bacharel em Engenheira de Aquicultura” e aprovado em sua forma final pelo Curso de
Engenharia de Aquicultura

Florianópolis, 18 de Março de 2022.

________________________
Prof. Dr. Marcos Caivano Pedroso de Albuquerque
Coordenador do Curso

Banca Examinadora:

________________________
Prof. Dr. Rosandro Boligon Minuzzi
Orientador
Universidade Federal de Santa Catarina

________________________
Alisson Luan Daga
Avaliador
Engenheiro Eletricista

________________________
Marco Aurélio Dutra
Avaliador
Engenheiro Aquicultor
AGRADECIMENTOS

A Deus, por me conduzir com saúde, paciência e sabedoria. Amparando nos momentos
difíceis, me guiando e iluminando.
Aos meus pais (Josebir da Silva e Zilene Gonçalves), pelo amor incondicional, e por
todo o apoio para realizar meus sonhos em todos os momentos da minha vida.
A minha irmã Josiane Gonçalves, por me ajudar a superar todos os obstáculos, e seguir
em frente, com muito amor e gratidão. E ao meu sobrinho Anthoni que está chegando e já é
muito amado.
Ao meu namorado Juliano Calixto, por renovar minhas forças com amor e leveza.
Ao professor orientador Rosandro Minuzzi pela orientação, paciência e disposição no
decorrer deste trabalho.
Agradeço a todos os amigos que fizeram parte dessa caminhada, contribuindo com
sorrisos e compartilhando dos desafios.
Agradeço a UFSC e todos os professores que contribuíram e compartilharam
conhecimento para a vida pessoal e profissional.
“A vitalidade é demonstrada não apenas pela persistência, mas pela capacidade de
começar de novo”. (F. Scott Fitzgerald)
RESUMO

A temperatura do ar é o principal elemento do ambiente condicionante ao desenvolvimento do


vegetal, uma vez que no caso da alface, a temperatura basal inferior (Tb) é tido como importante
parâmetro para análise do desenvolvimento, que refere-se a temperatura mínima da qual a alface
não se desenvolve ou acontece de maneira reduzida. O conceito de graus-dia acumulado leva
em conta apenas o fator térmico, sem considerar outros fatores ambientais sobre o crescimento
vegetal. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo identificar a temperatura basal
inferior (Tb) e soma térmica em graus-dia acumulado da alface crespa (Lactuca sativa L.)
durante os períodos de semeadura, transplante final e colheita para quatro safras no cultivo
hidropônico. Para isso foram utilizados os métodos de menor desvio padrão em dias (DPdias),
desenvolvimento relativo (DR) e do coeficiente de regressão (CR). O experimento foi
conduzido em Florianópolis - SC, no Laboratório de Hidroponia (LabHidro) anexado ao Centro
de Ciências Agrárias (CCA), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), avaliando
quatro semeaduras feitas a partir de agosto de 2021. Os valores da temperatura basal inferior
foi de 4,10ºC e 6,11ºC e para a soma térmica o período de semeadura até o transplante final foi
de 398,64 GDA e entre os períodos de transplante final a colheita é de 472,79 GDA.

Palavras-chave: temperatura basal, soma térmica, Lactuca Sativa L., hidroponia,


ABSTRACT

The air temperature is the main element of the environment that conditionates the development
of vegetables, in the case of lettuce, the lower basal temperature (bt) is an important parameter
for the analysis of the development, which refers to a minimum temperature of the in which the
lettuce develops. The concept of accumulated degree-days takes into account only the thermal
factor, without considering other environmental factors on plant growth. In this context, this
study aimed to identify a lower basal temperature (bt) and thermal sum in accumulated degree-
days of crisp lettuce (Lactuca sativa L.) during the sowing, final transplanting and harvesting
periods for four crops in hydroponic cultivation. For this, the methods of standard deviation in
days (SDdays), and the coefficient of standard deviation in days (SDdays), and the coefficient
of minor standard deviation (CR) were used. The beginning of experiments in Florianópolis -
SC (LabHidro to the Science Center (CCA), of the Federal University of Santa Catarina),
evaluating four cycles from August 2021 and on. The values of the lower basal were 4.10ºC
and 6.11ºC and for the thermal sum, the period from sowing to the final transplant was 398.64
GDA and between the periods of final transplant the harvest was 472.79 GDA.

Keywords: basal temperature, thermal sum, Lactuca Sativa L., hydroponics,


LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Estufa e bancadas onde foram conduzidos os experimentos. .................................. 19
Figura 2 – Gráfico das Temperaturas médias no período analisado......................................... 20
Figura 3 – Sensor utilizado para monitoramento da temperatura do ar e umidade. ................. 21
Figura 4 – Medição da alface na colheita. ................................................................................ 23
Figura 5 – Temperatura basal inferior (Tb) média e obtida pelos métodos DPdias, CR e DR para
a cultura da alface hidropônico nas fases de ST e TP. .............................................................. 26
Figura 6 -Gráfico de dispersão e equação de regressão do crescimento relativo (DR) x
Temperatura média (ºC) para o período Semeadura a Transplante Final. ................................ 27
Figura 7 – Gráfico de dispersão e equação de regressão do crescimento relativo (DR) x
Temperatura média (ºC) para o período Transplante Final a Colheita. .................................... 28
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Datas das Safras e seus ciclos da bancada 14. ......................................................... 21
Tabela 2 – Formulação das soluções nutritivas utilizadas. ....................................................... 22
Tabela 3 – Duração do ciclo de cada estágio............................................................................ 25
Tabela 4 – Soma Térmica em Graus Dias Acumulado (GDA) para etapa das safras do ciclo do
alface no sistema hidropônico. ................................................................................................. 28
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

B – Boro
C.E. – Condutividade Elétrica
Ca – Cálcio
CCA – Centro de Ciência Agrárias
CFA – Clima Subtropical Úmido
Cl – Cloro
CR – Coeficiente de Regressão
Cu – Cobre
DPdia – Desvio Padrão em Dias
DR – Desenvolvimento Relativo
Fe – Ferro
GD – Grau-Dia
GDA – Graus-Dia Acumulado
K – Potássio
LabHidro – Laboratório de Hidroponia
Mg – Magnésio
Mn – Manganês
Mo - Molibdênio
N – Nitrogênio
n – Número de Dias do Ciclo Estudado
Ni – Niquel
P – Fosfóro
S – Enxofre
ST – Período entre Semeadura e Transplante Final
Tb – Temperatura Basal Inferior
TB – Temperatura Basal Superior
TC - Período entre Transplante Final e Colheita
Tmed – Temperatura Média
Zn – Zinco
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 14
1.1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 15

2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................. 16


2.1 CULTURA DO ALFACE ..................................................................................... 16

2.2 CULTIVO HIDROPÔNICO ................................................................................. 17

2.3 TEMPERATURA BASAL E SOMA TÉRMICA................................................. 18

3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................... 18


4 RESULTADOS .................................................................................................... 25
5 CONCLUSÃO...................................................................................................... 30
REFERÊNCIAS................................................................................................... 31
14

1 INTRODUÇÃO

A alface (Lactuca Sativa L.), pertencente à família Asteraceae, é uma das hortaliças
mais populares entre os consumidores brasileiros. A planta que é originária da Europa e da Ásia
ocidental, apresenta como característica um caule pequeno no qual se prendem as folhas lisas
ou crespas, apresentando vários tons de verde, arroxeadas e amarelas. Sua ampla aceitação na
alimentação não é apenas pelo sabor agradável e refrescante, mas também aos seus benefícios,
rica em sais minerais, vitaminas, apresenta efeito calmante, diurético e relaxante
(MOGHARBEL et al., 2005).
O cultivo da alface hidropônico tem crescido entre as hortaliças. A produção
hidropônica em ambiente protegido torna possível que a alface seja cultivada em qualquer
época do ano. O mesmo tem papel de importante alimento e valor econômico. Para cultivos
sem tecnologia de hidroponia e cobertura, resultam em baixa produtividade no verão devido ao
excesso de chuvas e altas temperaturas (SCHAFER, 2009).
A alface se destaca por ser a mais consumida no Brasil e a terceira hortaliça em volume de
produção (ABSCEM, 2012). É também a planta mais cultivada pela Técnica NFT (Nutrient
Film Technique ou fluxo laminar de solução), devido à fácil adaptação da alface em sistema
hidropônico, no qual tem revelado alto rendimento (OHSE et al. 2001). Possui um curto ciclo
de produção (45-60 dias) e fácil aceitação no mercado (LOPES et al., 2003). Com a tendência
de crescimento, um dos maiores desafios atuais é aumentar a produção de alimentos com menor
impacto ao meio ambiente (RODRIGUES, 2002). Nesse contexto, os cultivos hidropônicos têm
surgido como um caminho para atender uma produção intensiva em menor tempo, com menos
impacto ambiental, poupando água e reduzindo o uso de agrotóxicos. A redução de água
acontece em até 60% a menos que ao modo convencional no solo, isso por ser um sistema
fechado que utiliza a recirculação da água ou solução de nutrientes (EMBRAPA, 2020).
A temperatura do ar é o principal elemento do ambiente condicionante do
desenvolvimento dos vegetais, influenciando tanto na emissão de folhas, quanto na mudança
dos estágios fenológicos, atuando diretamente no crescimento, floração e senescência. Esta taxa
de desenvolvimento pode ser determinada tendo a sua temperatura basal inferior (Tb) ou
temperatura basal superior (TB), que são, respectivamente, as temperaturas abaixo ou acima
das quais a planta não se desenvolve ou ocorre de maneira reduzida. Conforme Pereira,
Angelocci e Sentelhas (2002), o conceito de graus-dia leva em conta apenas o fator térmico,
15

sem considerar outros fatores ambientais sobre o crescimento vegetal, que tem como
embasamento a taxa de desenvolvimento de um vegetal, está relacionada à temperatura do ar.
Conceitua-se soma térmica como o acúmulo de graus-dia do ciclo em função da
temperatura do ar. (PILAU et al., 2011). O monitoramento e pesquisa da variação dos elementos
climáticos permite delinear quais são as melhores épocas para o cultivo, constatando dessa
forma, a importância do conhecimento sobre os elementos climáticos bem como suas variações
(PEREIRA et al., 2002).

1.1 OBJETIVOS

Este trabalho teve como objetivo identificar a temperatura basal inferior (Tb) e soma
térmica da Alface crespa (Lactuca sativa L.) em cultivo hidropônico durante os estágios
fenológicos de semeadura-transplante (ST) e transplante-colheita (TC).
16

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CULTURA DO ALFACE

A alface crespa (Lactuca sativa L.) é uma hortaliça folhosa, herbácea, pertencente à
família Asteraceae, de grande aceitação na alimentação humana e fonte de diversas vitaminas
(A1,B1, B2 e C) e sais minerais (Cálcio e Ferro) (MENEZES et al. 2001)
Originária da Europa e da Ásia Ocidental, é uma planta de caule pequeno no qual se
dispõe folhas lisas ou crespas, podendo ou não formar cabeça, retratando vários tons de verde.
A raiz é superficial abrangendo em média 25 cm do solo. (FILGUEIRA 2003).
Dentre as hortaliças folhosas a alface é uma das mais consumidas e cultivadas no país,
bem como no nordeste brasileiro. Por ser muito perecível e pouco resistente ao transporte,
geralmente é cultivada próximo a centros urbanos. Além das doenças, uma das dificuldades do
cultivo da hortaliça em regiões tropicais são as altas temperaturas. Caracteriza-se como uma
espécie de clima temperado, sendo a temperatura o fator ambiental que mais interfere na
formação de folhas de qualidade (WHITAKER & RIDER, 1974). Atualmente, essa folhosa se
destaca por ser a terceira maior hortaliça em volume de produção, conforme a Associação
Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM, 2013). De acordo com a associação,
a alface movimenta anualmente, em média, um montante de R$ 8 bilhões no varejo, com uma
produção de mais de 1,5 milhão de toneladas ao ano, e que o principal segmento em termos de
consumo é o da alface crespa com mais de 50% do total (GUIMARÃES, 2018).
A sua fácil adaptação à condições climáticas, e possibilidade de cultivos sucessivos ao
longo do ano, o menor custo de produção, e rusticidade contra pragas e doenças, segurança na
comercialização, fazem com que esta seja a hortaliça mais cultivada pelos pequenos produtores,
o que lhe confere grande importância econômica e social (CAMARGO FILHO & MAZZEI,
2001).
No sistema hidropônico, a alface é a planta mais cultivada pela Técnica NFT. Isso se
deve à sua fácil adaptação ao sistema, no qual tem revelado alto rendimento, com redução do
ciclo em relação ao cultivo no solo (45 - 60 dias), melhor aspecto visual, maior durabilidade e
facilidade de limpeza do sistema (OHSE et al., 2001 e LOPES et al., 2003).
Assim, a necessidade de se analisar a temperatura para o cultivo da alface hidropônica
no Laboratório de Hidroponia (LabHidro) tornou-se primordial já que o mesmo tem projeto de
comercialização das mudas produzidas nas estufas para estudo. Com base na instalação de
estações de medições de temperatura do ar e outras variáveis que podem impactar o
17

desenvolvimento da Alface foi possível calcular a temperatura basal inferior (Tb) e a soma
térmica.
Sendo assim, pela dinâmica de desenvolvimento das mudas hidropônicas da alface,
que começa com a fase e semeadura que passa pela maternidade e berçário, e após isso é feito
o transplante final fase que vai até a colheita.

2.2 CULTIVO HIDROPÔNICO

A hidroponia (Hydro = água e ponos = trabalho) é a ciência de cultivar plantas sem


solo, onde a nutrição das mesmas é feita a partir de uma solução composta por todos os macros
e micros elementos essenciais ao desenvolvimento da cultura (BAPTISTA, 2007).
A técnica vem sendo desenvolvida há anos, em 1860, o botânico alemão Julius von
Sachs demonstrou que a fase sólida do solo pode ser inteiramente dispensada na nutrição de
plantas. Ele preparou soluções de sais fornecendo os principais elementos nutrientes minerais,
então conhecidos como essenciais, e contendo (sem ele saber disso) quantidades 'traço'
adequadas de micronutrientes presentes como contaminantes nos sais principais. Já em 1936,
Hoagland e Broyer formularam uma solução nutritiva que, com modificações, ainda é
amplamente usada (EPSTEIN; BLOOM, 2006).
Em meados de 1960, surgiu na Inglaterra a técnica de fluxo laminar de nutrientes
(NFT, do inglês nutrient flux technique) desenvolvido por Cooper e sua equipe no Glasshouse
Crops Research Institute (GCRI), cujas pesquisas também influenciaram o desenvolvimento de
outros sistemas hidropônicos. O sistema é considerado fechado, pois a solução nutritiva é
reaproveitada continuamente. Sua vantagem em relação aos sistemas abertos diz respeito ao
controle ambiental (RODRIGUES, 2002).
A solução nutritiva é composta por macro e micronutrientes, sendo os macronutrientes
o nitrogênio (N), o fósforo (P), o potássio (K), o cálcio (Ca), o magnésio (Mg), e o enxofre (S)
e, os micronutrientes, o boro (B), o cloro (CI), o cobre (Cu), o ferro (Fe), o manganês (Mn), o
molibdênio (Mo) e o zinco (Zn) (Furlani et al.1999). Cada espécie e/ou variedade a ser cultivada
possui sua própria exigência nutricional (BAPTISTA, 2007).
No Brasil, onde tem crescido o interesse nos últimos anos pela hidroponia, predomina
o sistema NFT (FURLANI et al., 1999). No país, ao final dos anos 90, a alface representava
80% da produção hidropônica e o restante da produção era distribuído entre as culturas de
agrião, rúcula, salsa, cebolinha, morango, manjericão e menta (FURLANI et al., 1999).
Paralelamente às suas vantagens, a grande objeção do sistema hidropônico é o alto custo inicial,
18

e a dependência de energia elétrica visando gastos com a prevenção, tecnologia e controle do


sistema.

2.3 TEMPERATURA BASAL E SOMA TÉRMICA

A temperatura é um dos principais elementos do ambiente, que influenciam


diretamente nas mudanças fisiológicas das plantas, como crescimento, floração e senescência.
Uma vez que, no caso da alface pode se determinar a sua taxa de desenvolvimento através de
sua temperatura basal inferior (Tb). As temperaturas basais variam entre as espécies vegetais,
genótipos dentro da mesma espécie, fase fenológica, e idade da planta (BARREIROS, 2021).
Para avaliar o efeito da temperatura do ar, pode-se utilizar o conceito de graus-dia, que
tem como base o fato de que a taxa de desenvolvimento de uma espécie vegetal está relacionada
à temperatura do ar. Tal conceito pressupõe a existência de temperaturas basais inferior (Tb),
a temperatura do ar inferior mesmo sob condição hídrica e níveis de radiação ideais a planta
não se desenvolve, se o fizer, sua taxa será extremamente reduzida, ou a planta tem a mesma
resposta, quando submetida a uma temperatura do ar superior, no caso da temperatura basal
superior (TB). A cada um grau de temperatura de ar acima da temperatura basal inferior,
corresponde a um grau-dia (1ºGD) (PEREIRA; ANGELOCCI; SENTELHAS, 2002).
Segundo FAÉ (2018), a soma térmica é uma ferramenta que representa o efeito da
temperatura do ar em relação ao desenvolvimento da planta, por ser mais eficiente em
comparação aos dias. Para a planta completar uma fase fisiológica, ela precisa acumular um
determinado número de graus dias. A posteriori, obtém-se a soma térmica do ciclo em função
da temperatura do ar, possibilitando através destas informações a realização do planejamento
da duração do ciclo, obtendo-se melhores épocas de semeadura para locais onde o cultivo não
é realizado, mas se dispõe de informações climáticas (PILAU et al., 2011).

3 MATERIAIS E MÉTODOS
19

O experimento foi desenvolvido no Laboratório de Hidroponia (LabHidro) do Centro


de Ciências Agrárias (CCA), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), localizado no
município de Florianópolis, cujas coordenadas geográficas são, latitude 27°34'59.07" S e
longitude 48°30'20.14" W, e altitude de 5 metros.
De acordo com o método de classificação climática de Köppen-Geiger, o clima em
Florianópolis é do tipo CFA (clima subtropical úmido), isto é, quente e temperado, com
temperatura média anual mínima de 15,6 °C e máxima de 24,7 °C, (ALVARES et al., 2013). O
experimento foi conduzido de 4 de agosto até 7 de dezembro de 2021.
O experimento foi realizado em uma estufa do tipo arco, que possui 10 metros de
largura por 30 metros de comprimento, com pé direito lateral de 3,5 metros. A estrutura conta
com uma bancada de maternidade, bancadas berçário e bancadas finais. As bancadas presentes
nos laboratórios utilizam o perfil retangular, para o escoamento dos nutrientes.
Na sua cobertura e fechamento lateral é utilizado um plástico de 125 micras
possibilitando a proteção do cultivo e difusão da luz, proporcionando um crescimento uniforme,
conforme Figura 1.

Figura 1 - Estufa e bancadas onde foram conduzidos os experimentos.

Fonte: Própria autoria. (2021)


20

Os sensores foram instalados na bancada 14, a uma altura de 1,5 metros, realizando a
aquisição dos dados em um intervalo de tempo de 10 minutos. Os dados coletados foram
enviados em tempo real, via comunicação wi-fi, para uma planilha no Google Drive.
Na Figura 2, pode-se observar a variação de temperatura no período estudado. Nas
séries mais ao fim do período, é observado uma maior temperatura média, que nas séries
iniciais.
O sensor de temperatura do ar, modelo HDC1080, possui precisão de ± 0,2°C (típico).
O microcontrolador utilizado pela estação é do modelo ESP-32 com capacidade de
comunicação sem fio com a rede de internet disponível nas estufas.

Figura 2 – Gráfico das Temperaturas médias no período analisado.

Fonte: Própria autoria. (2021)

Na Figura 3, pode-se observar a estação utilizada para as medições, instalada em uma


das bancadas, que foi utilizada como fonte de dados para estudo.
21

Figura 3 – Sensor utilizado para monitoramento da temperatura do ar e umidade.

Fonte: Própria autoria. (2021)

A cultivar utilizada no experimento foi a alface crespa variedade BSAC0055 da


empresa Blueseeds. Foram coletados dados de 4 ciclos da alface, sendo 192 alfaces por ciclo/
bancada, distribuídas em 8 perfis hidropônicos, com as datas de semeadura, transplante final
(berçário) e colheita (bancada final), indicadas na Tabela 1.

Tabela 1 - Datas das Safras e seus ciclos da bancada 14.


Safra Semeadura Transplante Final Colheita

1 28/7/2021 18/8/2021 14/9/2021

2 25/8/2021 14/9/2021 7/10/2021

3 22/9/2021 11/10/2021 2/11/2021

4 20/10/2021 5/11/2021 30/11/2021


Fonte: Própria Autoria (2022)

A formulação da solução é a mesma para o ciclo inteiro, o que vai mudar é a


concentração de cada elemento, diferenciado em cada etapa de cultivo até a bancada final. A
solução circula nos canais de cultivo intermitentemente com um auxílio de um temporizador a
cada 5 minutos.
Na maternidade a condutividade elétrica (C.E.) da solução nutritiva era de 0,3 mS/cm
que ficava em um reservatório de 100 L. Aumentando gradativamente para 0,9 mS/cm no
berçário em um reservatório de 80 L. até chegar em 1,4 mS/cm nas bancadas finais em um
22

reservatório de 200 L. A condutividade elétrica é corrigida todos os dias incluída na rotina de


trabalho do laboratório. A formulação da solução nutritiva utilizada no experimento, adaptado
de Barcelos-Oliveira (2008), está descrito na Tabela 2.

Tabela 2 – Formulação das soluções nutritivas utilizadas.


Solução utilizada
Fertilizante
g /1000 L

N tot 205,4

N-NO3 188,9

N-NH4 16,6

P 48,0

K 252,6

Ca 139,5

Mg 42,8

S 48,1

Cl -

B 0,617

Cu 0,614

Fe 2,70

Mn 0,614

Mo 0,138

Zn 0,240

Ni 0,122
Fonte: Autoria Própria (2022).

O porte médio da alface na colheita foi de 230 a 250 gramas, com a altura de 20 a 25
cm (Figura 4), e raiz média de 20 a 25 cm. Os dados de temperatura do ar foram usados para
determinar a temperatura basal inferior (Tb) e a soma térmica da alface nos subperíodos
semeadura-transplante e transplante-colheita.
23

Figura 4 – Medição da alface na colheita.

Fonte: Própria autoria. (2021)

Para determinar a temperatura basal inferior foram utilizados três métodos: menor
desvio padrão em dias (DPdia), desenvolvimento relativo (DR) e a equação de regressão linear
(CR).
Arnold (1959) sugeriu a determinação da temperatura basal, utilizando o método de
menor valor de desvio padrão em dias, representado por (DPdia), desenvolvimento relativo
(DR) e coeficiente de regressão (CR).
A equação 01, demonstra o método para obtenção do (DPdia):

𝐷𝑃𝑔𝑑𝑑
𝐷𝑃𝑑𝑖𝑎 = 𝑋𝑡 − 𝑇𝑏 (01)

● (DPdia), representa o desvio padrão em dia;


● (DPgdd), representa o desvio padrão em graus dia;
● (Xt), representa a temperatura média para o período entre a germinação e a
colheita de todos os plantios, em [°C];
Para o método do Desenvolvimento Relativo (DR), o qual é baseado na relação entre a
temperatura média do ar, e o desenvolvimento da cultura no período entre a germinação e a
colheita, é calculado pela Equação 02, baseado no método proposto por Brunini et al. (1976).
24

100
𝐷𝑅 = (02)
𝑁

● (DR), representa o Desenvolvimento Relativo;


● (N), representa o número de dias do período germinação-colheita, onde 100 é
um número arbitrário do desenvolvimento;
Utilizando o método de regressão linear simples.
A aplicação do método do coeficiente de regressão (CR), também utiliza o modelo de
regressão linear. Onde as relações entre a temperatura média do ar e graus-dia-acumulado
(GDA), foi estudada por Hoover (1995). Para a obtenção da temperatura basal, é utilizado o
(GDA) como variável dependente e a temperatura média como variável independente. A
temperatura candidatas (Tb), foram valores escolhidos arbitrariamente para a aplicação da
fórmula.
O modelo, retorna um valor com a variação do (Tb), e se o coeficiente de regressão
for negativo, a temperatura selecionada é muito baixa, caso contrário o coeficiente é positivo.
O valor que representa a temperatura basal adequada, é quando o (CR) é muito próximo de 0
(zero).
A (Tb) é determinada pela média aritmética simples dos valores obtidos através dos 3
(três) modelos previamente apresentados. Com o valor de (Tb), é obtido a soma térmica (ST),
aplicando o modelo simplificado para cada uma das safras. Utilizando os valores obtidos, foi
possível determinar a soma térmica da alface, conforme a Equação 03, abaixo:
𝑆𝑇 = ∑𝑛𝑖=1 (𝑇𝑚𝑒𝑑 − 𝑇𝑏) (03)

● n, corresponde ao número de dias do ciclo estudado;


● Tmed, temperatura média diária do ar, obtida através da estação de
monitoramento montada na bancada;
25

4 RESULTADOS

A tabela 3 apresenta para cada uma das quatro safras da alface, a duração da fase
semeadura-transplante (ST) e transplante-colheita (TC), com respectivas temperaturas médias
do ar durante as referidas fases fenológicas.

Tabela 3 – Duração do ciclo de cada estágio.

SAFRA TEMPO_ST TEMP_MÉDIA _ST TEMPO_TC TEMP_MÉDIA _TC


[DIAS] [ºC] [DIAS] [ºC]

1 21 22,99 27 25,59

2 20 25,26 23 25,49

3 19 24,31 22 26,28

4 16 28,53 21 28,72
Fonte: Própria autoria (2022).

Pode-se observar que a duração dos ciclos obteve duração inversamente proporcional
à temperatura do ar, mostrando assim que há uma relação entre o desenvolvimento da alface e
temperatura do ar. Pode-se notar que no estágio ST quando atinge-se maior temperatura média,
de 28,53ºC o período foi de 16 dias, ou seja o menor período com a média de maior temperatura
das safras. Para o estágio TC também houve esse comportamento observado na safra 4. A
temperatura foi a maior das safras estudadas (28,72ºC) com a duração de 21 dias (menor
período).
A Figura 5 apresenta a Tb obtida pelo Método do desvio padrão (DPdias), Coeficiente
de regressão (CR) e Método do desenvolvimento relativo (DR), para as fases de ST e TC.
Assim, com os resultados obtidos pelos referidos métodos é que são encontrados a Tb de 4,1°C
para a fase ST e 6,1°C para a fase TC.
26

Figura 5 – Temperatura basal inferior (Tb) média e obtida pelos métodos DPdias, CR e DR
para a cultura da alface hidropônico nas fases de ST e TP.

TEMPERATURA BASAL INFERIOR (Tb)


9,0 8,5
8,0 7,5
7,0
6,0 6,1
5,0 4,6 Tb_ ST
4,3
[°C]

4,0 3,4 4,1 Tb_TC


3,0 2,3 Tb_ST_MEDIA
2,0 Tb_TC_Media
1,0
0,0
DPdias CR DR

Fonte: Própria autoria (2022).

Os valores de temperatura basal inferior para a alface crespa foram obtidos através das
médias de temperaturas das 4 safras estudadas para os três métodos apresentados. Assim os
resultados dos três métodos mostram valores próximos, sendo que no período ST a diferença
foi de 1,2 ºC e para o período TC foi de 6,2ºC. Essa diferença maior no período TC foi devido
a que algumas safras não foram colhidas no tempo certo com base na referência de crescimento
adotada, já mencionada em materiais e métodos. Os valores calculados para Tb, no entanto
mostram que a alface hidropônica pode se desenvolver em várias regiões do Brasil, pois possui
grande amplitude térmica, sendo Tb a temperatura mínima para que suas funções vitais de
crescimento não sejam afetadas, dessa forma podendo se desenvolver.
A alface é considerada uma planta de inverno, pois é resistente a temperaturas baixas
e até geadas leves. É indicado como temperatura máxima para seu cultivo a temperatura de
30ºC. No caso do presente estudo, considerando o verão da cidade de Florianópolis (SC), notou-
se que a alface desenvolveu-se dentro do limite considerado saudável.
Para os métodos DPdias e CR no estágio TC das safras houve uma diferença de apenas
1ºC, isso impacta que a Tb média seria um pouco maior, pois analisando as temperaturas médias
nos períodos das quatro safras não houve quedas e nem altas súbitas de temperatura nesse
período analisado.
27

Para o método de desenvolvimento relativo (DR), Figuras 6 e 7 mostram a relação


diretamente proporcional de aumento entre temperatura do ar e taxa de desenvolvimento
relativo. A Tb por este método é indicado pelo valor de coeficiente de inclinação na equação
de regressão, sendo de 3,4°C e 2,3°C, respectivamente, para as fases de ST e TC.

Figura 6 -Gráfico de dispersão e equação de regressão do desenvolvimento relativo (DR) x


Temperatura média (ºC) para o período Semeadura a Transplante Final.

Fonte: Autoria própria (2022).


28

Figura 7 – Gráfico de dispersão e equação de regressão do crescimento relativo (DR) x


Temperatura média (ºC) para o período Transplante Final a Colheita.

Fonte: Autoria própria (2022).

Recorrendo à temperatura basal inferior obtida, calculou-se a soma térmica ou constante


térmica, utilizando o método simplificado. Na Tabela 6 são apresentados os valores de soma
térmica para cada uma das fases, sendo de 398,7 e 472,8 GDA necessários, para a alface
completar as fases de ST e TC, respectivamente.

Tabela 4 – Soma Térmica em Graus Dias Acumulado (GDA) para etapa das safras do ciclo do
alface no sistema hidropônico.
Safra Graus-dias acumulado
Soma Soma
Térmica_ST [GDA] Térmica_TC [GDA]
1 396,68 526,11
2 423,24 446,06
3 383,93 444,02
4 390,84 474,97
Soma Térmica 398,67 472,79
Fonte:Autoria própria (2022).

Assim sendo, a soma térmica fundamenta-se na necessidade da planta em consumir


determinada quantidade de energia, para que assim ela complete um determinado período ou
mesmo todo o ciclo, desde que não haja alterações que possam afetar o crescimento como
fotoperíodo ou estresse hídrico (SCHAFER, 2009).
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A alface é uma planta muito sensível a condições climáticas, principalmente a chuva


e a temperatura. Ela se adapta melhor em temperaturas mais amenas, sendo possível abranger
melhor condições para seu desenvolvimento no cultivo hidropônico em ambiente coberto. Para
a cultura da alface hidropônica a temperatura do ar influencia em vários aspectos vitais como:
transpiração, respiração, fotossíntese, germinação, crescimento, floração entre outras. Sendo
que quando a planta é submetida a temperaturas críticas altas ou baixas essas funções podem
ser paralisadas de seu desenvolvimento (SCHAFER, 2009).
BARRETOS (2021) apresenta que a relação graus dias é constante quando há uma
linearidade entre crescimento relativo e temperatura. Esta suposição pode ser ainda analisada
em mais safras.
Além das necessidades térmicas, como a temperatura do ar, analisada no presente
trabalho, é importante ressaltar que outros aspectos podem ser levados em consideração, como
a temperatura radicular, a umidade do ar, a radiação, o fotoperíodo, a iluminação e o tipo de
cobertura para os cultivos hidropônicos, que ficam como sugestões para trabalhos futuros.
A alface é uma planta que apesar de ter vários aspectos que podem influenciar em seu
desenvolvimento, tem como principal exigência a necessidade térmica (SCHAFER, 2009). O
cálculo de soma térmica pode facilitar o cálculo de duração de cultivo da alface.
30

5 CONCLUSÃO

A temperatura basal inferior média da alface é de 4,1ºC para o período entre semeadura
e transplante final e de 6,1ºC entre transplante final e colheita. A soma térmica apresentou uma
média de 398 GDA para o ciclo de semeadura e o transplante final e de 472 GDA para o ciclo
de transplante final até a colheita.
31

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