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Universidade Federal de Itajubá Termodinâmica I EME503 - Laboratório

Instituto de Engenharia Mecânica - IEM Prof. Fagner Luis Goulart Dias

Ensaio: DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DO ÍNDICE


POLITRÓPICO EM UM PROCESSO DE COMPRESSÃO
"Bancada Didática TecQuipment"

1. OBJETIVOS

Os objetivos deste experimento são:

• Calcular o valor do índice da politrópica de um processo de compressão em


um compressor instalado no laboratório de máquinas térmicas da UNIFEI, LMT/IEM,
para ar atmosférico, através de medidas experimentais de pressão e temperatura em
locais determinados.
• Avaliar o valor obtido comparando-o com valores recomendados/esperados
pela literatura.

2. BANCO DE ENSAIO

O ar comprimido é uma "fonte" de energia e de trabalho extensamente usada


nas indústrias, podendo ser utilizado com segurança em ambientes molhados e em
áreas que apresentam riscos de incêndio, onde o uso da energia elétrica seria
extremamente perigoso. Seus usos típicos são:

• Ferramentas de potência.
• Equipamentos de linhas de montagem em fábricas.
• Partida de máquinas de grandes portes.
• Operação de válvulas em indústrias químicas.

Em resumo, um compressor de ar entrega ar sob pressão normalmente a um


receptor (ou reservatório) cuja finalidade é armazenar o ar comprimido. Este
reservatório será, então, a fonte de ar comprimido necessária à alimentação dos
processos industriais.
O Compressor Alternativo (MFP104) mostrado na figura 1, é formado por um
compressor industrial e um reservatório de ar, ambos montados sobre uma estrutura
móvel adaptada para ser usada com segurança pelos alunos. O sistema inclui todos os
instrumentos necessários à execução dos experimentos, além do Dinamômetro
Universal (MFP100) utilizado para acionar o compressor. Os Instrumentos poderão ser
conectados ao Sistema de Aquisição de Dados Versátil (VDAS®) da TecQuipment
para exibição e aquisição, em tempo real, dos dados de todos os resultados do teste.

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1 Instruments Instrumentos
2 Instrument Frame Suporte de Instrumentos
3 Compressor Compressor
4 Belt Drive Acionador de Correia
5 Connection Plate Painel de Conexão
6 Dynamometer Dinamômetro
7 Outflow Valve Válvula de Descarga
8 Air receiver Reservatório
9 Drain tap Tap de dreno
10 Orifice to measure air flow Orifício para
medir a vazão de ar

Figura 1 Compressor Alternativo MFP104

2.1 Partes Principais

2.1.1 A estrutura

O Compressor Alternativo é montado em uma estrutura robusta sobre rodízios,


dos quais dois (em cantos opostos) são equipados com travas utilizadas para bloquear
o movimento do sistema durante os experimentos. A estrutura também suporta um
reservatório de ar que está conectado à saída do compressor. Próximo ao compressor
há um painel de conexão contendo um esquemático do sistema e pontos de conexão
para os instrumentos. O sistema também inclui um medidor de pressão. Acima do
compressor há um Suporte de Instrumentos onde os instrumentos são fixados (e,
também, o Acionador do Motor do Dinamômetro Universal separado).

2.1.2 O Acionador de Correia


O Dinamômetro Universal é acoplado a um eixo de transmissão escravo
montado em um mancal. O dinamômetro aciona uma polia e uma correia dentadas
que, por sua vez, fazem girar uma polia dentada no compressor. Este acoplamento
permite que o dinamômetro e o compressor operem com uma relação síncrona rígida.
A polia do compressor possui o dobro de dentes da polia motriz, dessa forma, o
compressor gira com metade da velocidade do dinamômetro. O compressor contém
dois discos de polias. Um deles é grande com a extremidade sulcada e possui aletas
que formam uma ventoinha. O outro é menor e possui dentes. A polia maior com as
aletas de ventoinha refrigera o compressor. A TecQuipment não usa a polia maior para
acionar o compressor, pois ela pode provocar resultados de testes falsos devido ao
movimento e escorregamento da correia.
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2.1.3 O Compressor
O compressor de ar é uma máquina comercial de dois cilindros acionada por
correias e equipada com válvulas automáticas de entrada e de saída. A saída do
compressor possui um pequeno resfriador de saída. Os cilindros e o resfriador de saída
são dotados de aletas para dissipação de calor. As aletas da ventoinha na polia grande
instalada no interior da cobertura do acionador de correia fazem circular o ar de
refrigeração em torno do compressor.

2.1.4 O Reservatório e a Válvula Unidirecional


Na estante inferior da estrutura há um receptor de ar (reservatório), uma válvula
de descarga, uma tubulação e uma placa orifício para medição do diferencial de
pressão. O compressor envia o ar através de uma válvula unidirecional para dentro do
reservatório. O reservatório é um elemento essencial, pois opera como um sistema de
armazenamento e ajuda a aplainar os pulsos de pressão provenientes dos cilindros do
compressor. Por medida de segurança, uma válvula unidirecional (Figura 3) impede o
retorno do ar ao compressor quando ele não está operando (e, portanto, não entregando
ar pressurizado).

Figura 3 Válvula Unidirecional

2.1.5 A Válvula de Descarga e a Placa de Orifício


A válvula de descarga controla a vazão de ar que deixa o reservatório e,
portanto, a pressão no reservatório. O ar flui através da válvula e ao longo de uma
seção de tubo que estabiliza a vazão de ar antes dela atravessar a placa de orifício. Em
seguida, o ar é descarregado de volta à atmosfera. Um dos instrumentos mede a queda
de pressão através do orifício. Deste valor, você pode calcular a vazão de ar que
atravessa o compressor.

Para proteger o usuário e as peças pressurizadas do sistema, o reservatório incorpora


uma válvula de alívio de pressão ajustada em fábrica (Figura 4).

2.1.6 Instrumentos

Há duas unidades de instrumentos fornecidas com o Compressor de Alternativo:

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• Display Digital de Temperatura (DT1) -mede e exibe temperaturas transmitidas


por até quatro termopares do tipo K. O Compressor Alternativo usa somente
três termopares. Um deles instalado na entrada do compressor (T1), um à saída
(T2) e um após a válvula de saída (T3) (antes do orifício). Há um borne de
entrada de temperatura (T4) disponível.
• Display Digital de Pressão (DP2) -mede e exibe pressões. Mede o diferencial de
pressão através orifício (P1), a pressão entregue (reservatório) (P2) e a pressão
atmosférica (absoluta) (P4). Há um borne de entrada de pressão (P3) disponível.

O medidor mecânico instalado na placa de conexão da estrutura é somente para


referência. Nos experimentos, você deverá usar o Display Digital de Pressão que é
mais preciso.

Ruído e Limites de Desempenho

Um dos principais efeitos ambientais dos compressores é a geração de ruído que


aumenta rapidamente com a velocidade do compressor e a pressão entregue. Nas
aplicações reais, os compressores são envolvidos por carcaças à prova de som, porém,
isto não é apropriado para uso experimental. Por esse motivo, o Compressor
Alternativo e seus instrumentos são protegidos para os ensaios de compressão a
velocidades de até 1.100 rev.min-1 e entrega de pressão de até 6 bar.

Detalhes Técnicos

Item Detalhes
Dimensões Largura:1400 mm Profundidade: 750 mm Altura:1700 mm

Peso 175 kg (incluindo dois instrumentos, sem o Dinamômetro Universal)


Velocidade Máxima do
1100 rev.min -1
Compressor

Óleo do compressor Shell Cordena Oil P68

Pressão Máxima de Trabalho 6 a 7 bar (ajustadas pela de válvula de alívio)

Relação de Velocidade 2:1 (Dinamômetro para o Compressor)

Diâmetro e área da entrada para


27.2 mm e 0.000581 m2
o orifício

Diâmetro e área do orifício 12.5 mm e 0.000123 m2

Coeficiente de Descarga do
0.61
Orifício
Volume deslocado do
0.18 L.rev -1
compressor

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Compressor Alternativo MFP104 Notação

Símbolo Descrição Unidades

Qv Vazão volumétrica (ar) m 3 .s -1

Qm Vazão mássica (ar) kg.s -1

Δp1 Diferença de pressão através do orifício Pa (Pascal)

P2 Pressão no reservatório Pa (Pascal)

P4 Pressão atmosférica absoluta Pa (Pascal)

NC Velocidade do Compressor rev.min -1

ND Velocidade do Dinamômetro rev.min -1

Cd Coeficiente de Descarga (do orifício) -

A1 Área na entrada para o orifício m2

A2 Área do orifício m2

ρ Massa Específica kg.m -3

T1 Temperatura na entrada para o compressor K (Kelvin)

T2 Temperatura na saída do compressor (entrega) K (Kelvin)

T3 Temperatura na saída (descarga) do reservatório K (Kelvin)

Rar Constante do Gás para o ar 287J.kg -1.K -1

wiso Trabalho isotérmico J (Joules)

wpoli Trabalho politrópico J (Joules)

Wh Potência perdidas por Calor W (Watts)

Wiso Potência Isotérmica W (Watts)

Wpoli Potência Politrópica W (Watts)

Capacidade de calor específico a volume constante J.kg -1.K -1


cv
γ Relação de calores específicos -

Unidades

Observe que, nesta teoria, as equações utilizam as unidades no SI (por exemplo -Pa
para pressão e K para temperatura), a menos que declarado. Assim, você terá que
converter suas leituras de pressão de bar ou mbar para Pa (Pascal) e suas leituras de
temperatura de Celsius (°C) para Kelvin (K).

1 bar = 100000 Pa 0°C = 273 K e 100°C = 373 K

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2.2 Teoria - Funcionamento do Compressor

Um compressor entrega uma quantidade de fluido a uma pressão específica. Um


compressor alternativo é um dispositivo de deslocamento positivo. Um êmbolo móvel
no interior de um cilindro reduz o volume de uma massa fixa de ar. De acordo com a
Lei de Boyle, a pressão de um gás é inversamente proporcional ao seu volume, assim,
a redução no volume do ar aumenta a sua pressão. Porém, para mover o êmbolo, o
compressor precisa receber uma entrada de trabalho. A quantidade necessária de
entrada de trabalho está relacionada à força no êmbolo e a distância em que ele se
move. Assim, em qualquer instante durante o processo de compressão de uma unidade
de massa de gás:

Entrada de trabalho = (força no êmbolo) x (distância percorrida pelo êmbolo)


= (pressão na superfície do êmbolo) x (área da superfície do êmbolo) x (distância
percorrida pelo êmbolo)
= (pressão na superfície do êmbolo) x (mudança no volume de ar)

1 Inlet valve 1. Válvula de entrada


2 Outlet valve 2. Válvula de saída
3 Large volume 3. Volume grande
4 low pressure 4. pressão baixa
5 Small volume 5. Volume pequeno
6 high pressure 6. pressão alta
7 Piston at top of stroke 7. Êmbolo no
máximo do curso
8 Piston at bottom of stroke 8. Êmbolo no
mínimo do curso

Figura 4 Esquema de um Compressor Alternativo

2.2.1 Compressão Contínua de uma vazão de Gás

A teoria termodinâmica mostra que, para um processo internamente reversível,


o trabalho (w) necessário para comprimir é determinado por:

3
Onde: w = trabalho específico (kJ/kg) v = V/m = volume específico do gás (m /kg) P =
2
pressão do gás (N/m )
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Esta equação mostra que o trabalho necessário para comprimir um gás depende
do seu volume específico. O volume específico de um gás aumenta com o aumento da
temperatura. Assim, para se alcançar a mínima entrada de trabalho para o processo de
compressão, a temperatura do gás não pode aumentar. Isto somente pode ser alcançado
se o calor for removido continuamente do fluido durante o processo (resultando num
processo isotérmico). Alguns compressores possuem uma camisa com água para
refrigeração em sua carcaça a fim de mantê-lo resfriado.

Se a temperatura do gás aumentar, então, o trabalho necessário para a


compressão dependerá da quantidade de calor liberado pelo gás através das paredes do
cilindro. Porém, se o cilindro for completamente isolado não haverá nenhuma
transferência de calor, resultando num processo adiabático. Na maioria dos
compressores reais sempre haverá alguma transferência de calor, resultando num
processo politrópico.

Trabalho Necessário para a Compressão de um Caudal de Gás e os


Processos Termodinâmicos

Pressure = Pressão Volume = Volume

O trabalho necessário para o processo completo de compressão do estado 1 até o


estado 2 é igual à área da seção 1234 do gráfico. Esta área é definida pela relação das pressões
saída/entrada, pelo volume deslocado pelo cilindro e pela característica P-V do processo. Esta
característica se relaciona ao processo termodinâmico aplicado (isotérmico, adiabático ou
politrópico).

Processo Isotérmico (1 -2a)

• Definição – é um processo onde a temperatura permanece constante ou estável (por


exemplo – uma fonte de calor contendo um dissipador de calor igual).
• De acordo com a equação característica de estado para um gás perfeito, PV = mRT.
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• A temperatura permanece constante. Assim, para uma massa fixa de gás, a pressão e o
volume estarão relacionados pela expressão pV = constante.
• Para a compressão isotérmica de uma massa fixa de gás entre as pressões absolutas 1 e 2:

Potência necessária =

Processo Politrópico (1 -2b)

• Definição – é um processo reversível com duas variáveis (pressão e volume, por


exemplo), onde o gráfico log v log das variáveis resulta em uma linha reta. Uma equação
de um processo politrópico com pressão e volume é:

Onde n é um número real (índice politrópico) e C é uma constante.

Cálculo do índice da politrópica

A transformação politrópica é dada por:


n −1
n −1 n −1
T2  p 2  n V  v 
=  =  1  =  1  (1)
T1  p1   V2   v2 

n −1
T P  n
Da equação (1) , 2 =  2  , temos que:
T1  P1 

T2 n −1 p  T p  p 
Ln = Ln  2  ou n Ln 2 = n Ln  2  − Ln  2 
T1 n  p1  T1  p1   p1 

 T   p  p 
n Ln  2  − Ln  2  = − Ln  2 
  T1   p1   p1 

 P2   Ln (T2 T1 ) 
Dividindo por − Ln   , temos que n − + 1 =1 ou
 P1   Ln (p 2 p1 ) 

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Ln (p1 p 2 ) Ln (T2 T1 )
n= ; n =1 + (2)
Ln (v 2 v1 ) Ln (v1 v 2 )

Logo, o índice da politrópica pode ser calculado por:

1
n= (3)
Ln (T2 T1 )
1−
Ln ( p2 p1 )

• A quantidade de transferência de calor aumenta à medida que valor de n reduz para 1.


• A potência necessária para comprimir uma massa fixa de gás é dado por:

Onde Cp é o calor específico à pressão constante para o gás (assumindo-se constante entre T1
e T2)

2.2.2 Vazão de Ar

Vazão de ar através do Orifício -Vazão Volumétrica

As pressões à montante e à jusante da placa de orifício ajudam a calcular a taxa de


vazão de ar através do compressor. A equação seguinte nos dá a vazão de ar em metros
cúbicos por segundo (vazão volumétrica) necessária para os cálculos da eficiência
volumétrica.

Onde a densidade do ar é a sua pressão dividida pela Constante do Gás e pela


temperatura:

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Onde po = pressão antes do orifício à temperatura T3 = (atmosférica + queda de pressão


através do orifício) = p4 +  p1

Para converter a vazão de ar para litros de ar por minuto (também vazão


volumétrica), necessária para a comparação com outras leituras, multiplique a resposta por
60000.

Vazão de ar através do Orifício -Vazão Mássica

Você precisa conhecer a vazão mássica de ar para aplicá-la à maioria dos cálculos. Ela
é simplesmente a vazão volumétrica multiplicada pela densidade do ar.

2.2.3 Perda Potência por Transferência de Calor

Estas são as perdas de calor do ar comprimido para o compressor e para o


ambiente. Para medi-las, nós encontramos a energia que causa a perda de calor. De fato,
este cálculo somente é válido quando o sistema está estável (quando alcança o equilíbrio
térmico).

Como a relação de calor específico para ar (γ) = 1.4 e a capacidade de calor específico do ar a
-1 -1
volume constante (cv) é 718 J kg k , esta equação pode ser simplificada para:

2.2.4 Potência Isotérmica

Este é a potência desenvolvida para aumentar a pressão de ar. Ele é um produto da


vazão mássica de ar, suas propriedades iniciais e o aumento de pressão. Ele não permite o
aumento da energia interna do ar. Observe que o aumento de pressão é em relação à
pressão atmosférica absoluta (P4).
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3. EXPERIMENTO - Procedimento

1 Verifique se você conectou os tubos e os cabos corretamente e se o nível de óleo no


compressor está correto
2 Certifique-se de que o controle de velocidade do Dinamômetro Universal está ajustado
para o mínimo (girado completamente no sentido anti-horário). Ligue a chave principal do
Acionador do Motor.
3 Espere, pelo menos, 5 minutos para os instrumentos aquecerem e estabilizarem. Este
passo é importante para os sensores de pressão.
4 Balance levemente o dinamômetro para remover qualquer pequeno efeito de atrito.
Ajuste a leitura de torque para zero pressionando e segurando o botão no painel dianteiro do
Acionador do Motor.
5 Ajuste as leituras de pressão para zero no instrumento de pressão pressionando e
segurando o botão em seu painel dianteiro.

A pressão P4 (atmosférica) é um valor absoluto -você não pode ajustá-la para zero.
6 Observe as leituras no instrumento de temperatura. Eles variarão ligeiramente à
temperatura ambiente porque algumas entradas têm sensibilidades diferentes para
proporcionar resultados mais precisos.

7 Com a válvula de descarga ainda completamente aberta, use o Dinamômetro Universal


para lentamente aumentar a velocidade do compressor para 1000 rev.min-1 (velocidade do
dinamômetro igual a 2000 rev.min-1).

Durante este experimento -ajuste sempre a válvula de descarga lentamente.


Mudanças bruscas de pressão são ruidosas, perigosas e podem danificar o
equipamento.

8 Feche lentamente a válvula de descarga por alguns segundos até a pressão do


reservatório alcançar 1 bar. Abra lentamente a válvula de descarga para ajustar a taxa de
vazão a fim de manter a pressão em 1 bar. Reveja a velocidade do compressor e reajuste-a, se
necessário.
9 Reveja a pressão e a velocidade uma vez mais e espere o sistema estabilizar. Para a
obtenção de bons resultados a velocidade deverá ser precisa (±10 rev.min-1); a pressão poderá
ser aproximada. É mais importante o sistema ficar estável a uma determinada velocidade do
que ter uma pressão de entrega exata. Ainda, o sistema terá uma constante de tempo longa,
portanto, levará muito tempo para pressão mudar e as condições estabilizarem cada vez que a
válvula for ajustada.
10 Observe a temperatura de saída do compressor -quando ela for estável, o sistema
estará estável.
11 Registre todos os resultados na tabela.
12 Novamente, feche lentamente a válvula de descarga até a pressão alcançar
11
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aproximadamente 2 bar e, em seguida, abra lentamente a válvula para obter uma taxa de
vazão que mantenha a pressão em aproximadamente 2 bar. Reveja a velocidade do
compressor e reajuste-a, se necessário. Registre todas as leituras quando o sistema ficar
estável.
13 Repita este procedimento para pressões de 3, 4, 5 e 6 bar (máxima). Não trabalhe
acima de 6 bar, pois a válvula de alívio de pressão começará a operar proporcionando leituras
incorretas.
14 Pare o dinamômetro e feche lentamente a válvula de descarga a fim de manter um
pouco de pressão no reservatório. Certifique-se de que você está usando óculos de segurança e
abra cuidadosamente a válvula no fundo do reservatório. Isto despressurizará o sistema e
escoará qualquer condensado existente (vapor de água condensado).

Não use a válvula de descarga para despressurizar o reservatório, pois ela poderá
causar uma súbita mudança

3.1- Tabelas de valores lidos e calculados

A Tabela 1 deve ser preenchida com os valores lidos durante o ensaio, enquanto
as Tabelas 2 e 3 devem ser preenchidas com os dados calculados.

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Tabela 1 - Valores lidos durante o ensaio

Velocidade do Teste: (rev/min):


Pressão atmosférica absoluta P4 (bar):
Umidade relativa (%):
Leitura P2  P1 T1 T2 T3
o o o
Dimensão bar Pa C C C
1
2
3
4
5
6

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Tabela 2 - Valores intermediários calculados

Vazão Vazão
Leitura  ar ma volumétrica mássica
V ma

Dimensão kg/m3 kg/s L/min kg/s

1
2
3
4
5
6

Tabela 3 - Tabela de resultados


Isotérmico Politrópico Perdas calor

Leitura n Ppol Piso W

Dimensão - W W
1
2
3
4
5
6

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4. RESULTADOS E CONCLUSÕES

• Discuta o significado do índice da politrópica. Qual valor médio esperado um


compressor deste tipo, baseado na literatura?
• Comentar o índice da politrópica obtido, discutindo possíveis afastamentos em
relação aos valores recomendados pela literatura, bem como seus efeitos para o
equipamento;
• Plotar o valor do índice da politrópica, n, em função da pressão do tanque;
• Plotar o valor da potência politrópica, em função da pressão do tanque,
juntamente com potência isotérmica correspondente
• Comentar a potência consumida no processo politrópico, comparando com a
potência isotérmica. Discuta os efeitos dos índices da politrópica levantados
experimentalmente na potência politrópica obtida.

5. REFERÊNCIAS
• Citar todas as referências utilizadas para a redação do relatório utilizando ABNT.

6. OBSERVAÇÕES

a) 10-15 páginas no máximo (podem fazer os itens/capítulos em sequência, sem


deixá-los separados em cada página) e deverá ser feito por 2 alunos.
b) Informações exigidas no relatório:
• Preencher as grandezas solicitadas nas Tabelas de 1 a 3;
• Fazer um memorial de cálculo para uma leitura, substituindo os valores nas
equações usadas;
• Observar nos gráficos: natureza técnica, escala adequada, legenda compatível,
título etc.
• comentários/discussões solicitadas anteriormente.
c) Itens obrigatórios do relatório
Capa
Introdução
Desenvolvimento Teórico
Levantamento de Dados (tabelas)
Conclusões e Discussões
Referências Bibliográficas

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