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BLOCOS PADRÃO
BLOCOS PADRÃO
A primeira patente para os blocos padrão foi solicitada pelo sueco Carl Edvard
Johansson no final do século XIX. Os primeiros blocos foram fabricados em formato
retangular com dimensões de 30 ou 35 x 9 mm e espessura variável. Essas características
geométricas se mantiveram até a atualidade. Hoje em dia, blocos padrão em milímetro
e em polegada são utilizados na indústria e nos laboratórios para a calibração de
instrumentos de medição, bem como na inspeção de peças e equipamentos.
Seria ideal que os sistemas de medição pudessem realizar medidas sempre com
o seu nível máximo de qualidade, independentemente do tempo de uso e dos fatores
externos. Entretanto, percebemos que há uma tendência dos instrumentos e sistemas
de medição a perderem seu desempenho metrológico, o que torna suas indicações
pouco confiáveis. Uma forma de avaliar e corrigir os erros do sistema de medição é
justamente fazer uma calibração sob condições bem estabelecidas utilizando, por
exemplo, os blocos-padrão como referência para uma calibração direta.
Tabela 1 – Erros aceitáveis em função da dimensão e da classe dos blocos padrão segundo as normas DIN e ISO.
O conjunto com 114 peças costuma incluir: dois blocos padrão protetores; um
bloco com dimensão 1,0005 mm; nove blocos com dimensões de 1,001 a 1,009 mm em
incrementos de 0,001 mm; quarenta e nove blocos com dimensões de 1,01 a 1,49 mm
em incrementos de 0,01 mm; quatro blocos com dimensões de 1,6 a 1,9 mm em
incrementos de 0,1 mm; quarenta e nove blocos com dimensões de 0,5 a 24,5 mm em
incrementos de 0,5 mm; oito blocos de 30 a 100 mm em incrementos de 10 mm; um
bloco de 25mm; e um bloco de 75 mm.
Os blocos protetores são unidos aos blocos padrão através de uma técnica
denominada de empilhamento. Esse procedimento também é utilizado para se realizar
a combinação de blocos de diferentes tamanhos com a finalidade de se obter uma
dimensão que não está disponível em um único bloco.
A escolha dos blocos para as combinações deve ser feita buscando utilizar a
menor quantidade de peças possível a fim de diminuir o desgaste e reduzir erro derivado
dessa associação. Além disso, quando uma dimensão puder ser obtida a partir de
diferentes combinações, recomenda-se optar por aquela cujos blocos tenham sido
menos utilizados e, assim, evitar que uma peça se deteriore prematuramente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA NETO, João Cirilo da. Metrologia e controle dimensional: conceitos normas e
aplicações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.