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A Compostagem da Borra de Café como

Alternativa Sustentável na Produção de
Fertilizante e Pesticida Orgânicos
Emerson Maciel de Sousa, Marcelle Mourão dos Santos, Vitória Luzia Bentes Pantoja, Rodrigo
Márcio Gomes Monteiro (Orientador), Aldeni Melo de Oliveira (Coorientador)

Escola Estadual Irmã Santina Rioli, Macapá - AP

fontes de nutriente para as plantas (OLIVEIRA, A.M. et al.

Resumo – Diante do cenário atual é preciso que a sociedade em
geral esteja cada vez mais atenta as estratégias de redução dos
impactos ambientais consequentes das suas atividades,
contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável. Neste
contexto, o uso da compostagem destaca como uma alternativa
sustentável no desperdício dos resíduos orgânicos. O presente
projeto apresenta uma atividade experimental que visa a
compostagem da borra de café adequando dessa forma, a
educação saudável e o empreendedorismo urbano de maneira
sustentável. Tem-se ciência que a alimentação humana deve ser
de forma saudável e sem agrotóxico, o que, atualmente, não vem
sendo possível devido ao mundo moderno e dificuldade de se
adequar o cultivo orgânico. Além disso, se busca tornar este
projeto de pesquisa uma fonte de consulta, tanto no campo
educacional quanto no setor agroecológico. Objetivou-se realizar
e avaliar a compostagem da borra de café como forma de
aproveitamento deste resíduo para fins agrícolas. A pesquisa
proporciona uma metodologia quali-quanti, analisando
aplicações de questionário semiestruturado e investigações de
fertilidade e de pesticida. Desta forma, o material foi coletado
com um grupo de alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental de
uma escola estadual no município de Macapá/AP. A respeito do
funcionamento e aplicação do adubo, foram possíveis análises
química e granulométrica de duas amostras de solo, primeira
somente a terra e a segunda a terra com compostagem de cascas
de frutas e borra de café, com excelentes resultados do pH de 4,7
para 6,0, matéria orgânica de 18,79 para 67,58, potássio de 0,10
para 0,99, além da diminuição de areia fina e aumento de silte de
103 para 246. Assim, aguarda-se uma melhor a alimentação das
famílias com baixo custo do fertilizante orgânico e sem a
necessidade de grandes cuidados, evitando também que as sobras
da borra de café sejam jogadas nas pias e lixos domésticos.
2005). Dessa maneira, a compostagem se torna indispensável
para o desenvolvimento sustentável, representando a
reciclagem e o reaproveitamento dos nutrientes, da matéria
orgânica, de maneira ampla e benéfica, como enfatiza
INÁCIO, C. et al (2009):
“o processo de compostagem como uma
questão de eficiência ecológica, não só pelos
benefícios do uso agrícola do fertilizante
orgânico, mas também pela diminuição de lixo
enviado diariamente para aterros sanitários e
lixões, consequentemente liberando metano,
efluentes poluentes e atraindo vetores de
doenças.”
Entretanto, para que o resultado objetivado seja alcançado,
alguns fatores são necessários, durante o processo de
compostagem para a formação do fertilizante orgânico, sendo
estes principalmente, aeração, umidade, temperatura,
granulometria, pH e proporção (KIEHL, 1985). Veja como
isso acontece no esquema abaixo:
Figura 1: Condições ambientais favoráveis no processo da
compostagem.

Palavras Chave: Borra de Café, Compostagem; Sustentabilidade.

I. INTRODUÇÃO

Com a expansão das áreas urbanas e o aumento

populacional no mundo com o passar do tempo, os métodos de
depósito dos resíduos sólidos urbanos se tornaram
inadequados, rapidamente. Simultaneamente, com a
intensificação da produção agrícola e animal, aumentou-se o
volume de dejetos orgânicos produzidos.
Do total do lixo orgânico gerado no planeta, 60% são
formados por resíduos orgânicos que podem ser excelentes Fonte: Adaptado de Meira et al (2003).

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Os resíduos orgânicos compostáveis podem ser
classificados, de forma simplificada em dois grupos (Tabela
01): os marrons que são aqueles que contêm maior proporção
em carbono, baixo teor de umidade e decomposição lenta e os
verdes que são aqueles que têm maior proporção de
nitrogênio, alto teor de umidade e decomposição mais rápida.
Tabela 01: Materiais Verdes e Marrons
VERDES MARRONS
Cascas de batata, restos de Feno, palha, aparas de
vegetais crus, restos e cascas madeira e serragem, aparas de
de frutos, cascas de frutos relva e erva seca, folhas
secos, borra de café secas, ramos pequenos e
(incluindo filtros), restos de pequenas quantidades de
pão, arroz e massas cinzas de madeira.
cozinhadas, cascas de ovos
esmagados, cereais, sacos de
chás e restos de comidas.
Fonte: Adaptado de Meira et al (2003).
Sabemos que o cafezinho é preferencia nacional, a bebida é
a segunda mais consumida no país, perdendo apenas para a
água. E a estimativa é de que este consumo cresça ainda mais,
não somente no Brasil como no mundo. Em terras brasileiras,
essa tendência está comprovada: o brasileiro está consumindo
mais café. Segundo a ABIC (2015) a bebida está presente 98%
dos lares brasileiros. A maior parte do consumo é feito dentro
de casa, mas o consumo fora do lar também está crescendo. O
café em pó (torrado e moído) ainda é o mais consumido, mas
está havendo uma migração para outros tipos de café. Um dos
segmentos que mais cresce é o de capsulas, com tendência de
aumentar ainda mais a utilização delas nos lares brasileiros.
Isso quer dizer quanto mais se consume café no Brasil maior
será a quantidade do descarte do pó da bebida, neste caso o da
borra de café.
A borra de café é classificada segundo Meira et al (2003)
como resíduo orgânico compostável verde: rico nitrogênio,
alto teor de umidade e com decomposição rápida, sendo uma
excelente matéria-prima para o processo de compostagem
orgânica.
II. OBJETIVOS E QUESTÃO PROBLEMA
A. Geral
 Realizar e avaliar a compostagem da borra de café
como forma de aproveitamento deste resíduo para
fins agrícolas.
B. Específicos
 Verificar o quantitativo do desperdício da borra de café
nas residências dos alunos da 8ª série;
 Desenvolver atividades experimentais através da
compostagem;
2
 Realizar análise química e granulométrica da amostra
do composto para avaliação de fertilidade e textura
do solo;
 Observar o crescimento das plantas com uso do
fertilizante, assim como a presença ou não de
predadores;
 Sensibilizar quanto aos conceitos e as práticas
sustentáveis.
Normalmente as borras de café são desperdiçadas e
descartadas junto com o lixo doméstico devido não existir
muitas alternativas de reaproveitamento para este tipo de
resíduo tão comum nas casas dos brasileiros. Então, questiona-
se: Como podemos transformar este subproduto do descarte do
café industrializado em uma forma de reaproveitamento para
atividades agrícolas sustentáveis?
.
III. DESCRIÇÃO DE MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa apresentou uma abordagem do tipo qualitativa e
quantitativa. Foi construído e aplicado questionário
semiestruturado com perguntas diretas e subjetivas referentes
o consumo do café, o destino e o reaproveitamento da borra de
café na casa dos entrevistados.
O projeto foi desenvolvido na Escola Estadual Irmã Santina
Rioli que funciona na Rua Jovino Dinoá, nº 2732, Bairro do
Trem no município de Macapá com quatro turmas da 8ª série
do Ensino Fundamental do turno vespertino, os quais levaram
para suas residências o questionário para delinear as
problemáticas no que diz respeito ao destino dado ao borra de
café. O projeto de pesquisa foi realizado no período 01 de
junho de 2016 aos dias atuais, o nome dos indivíduos
entrevistados foram preservados por motivo de ética e sigilo.
A. Caráter da Pesquisa
A investigação tem caráter exploratório ao analisar dados
sobre o objeto de estudo referente à borra de café, delimitando
um campo de pesquisa e mapeando as condições de
manifestação do objeto de análise.
B. Instrumento de Coleta de Dados
Quanto ao modo de ser abordada, a pesquisa aqui proposta
tem um caráter quali-quantitativa, discutindo os aspectos da
problemática, das hipóteses e das atividades experimentais,
gerando, assim, subsídios ao objeto de estudo.
Assim, foi possível registrar os dados quantitativos com a
investigação do uso e do descarte da borra de café. E uma
abordagem qualitativa, pois obteve uma análise química e
granulométrica da amostragem e as coletas de dados sobre o
resultado do composto oriundo do subproduto do café.

1201
C. Atividades experimentais com resíduos orgânicos da
borra de café
Para análise química e granulométrica foram utilizados três
tipos de amostras: terra preta, composto com cascas de frutas e
composto com cascas de frutas mais borra de café. A análise
foi feita pela Embrapa Amapá. Nesta compostagem foi
observado à decomposição da matéria orgânica assim como as
algumas alterações das características que vão ser perceptíveis
no final do processo de compostagem como: redução do
volume, coloração final mais escura, odor diferente e umidade
reduzida. O controle do processo de compostagem vai ser feito
de acordo com a metodologia descrita por KIEHL (1985), com
o respectivo monitoramento de alguns parâmetros como
umidade, pH e temperatura.
Também foi observado o crescimento de brotos da espécie
Aloe barbadensis Mller da família Liliaceae com nome
popular de babosa-medicinal e da espécie Lactuca sativa
(alface) com uso do fertilizante da borra do café assim como a
eficácia como pesticida no plantio destas plantas. No caso da
lactuca sativa foi também realizado o peso da biomassa da
planta através da pesagem das raízes, caules e folhas e da
medição da altura da planta; além da observação da presença
ou não de predadores nos canteiros.
E todo passo a passo da pesquisa foi registrado no diário de
bordo para sistematizar as informações cronologicamente.
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste item, são apresentados de forma sistemática, os
detalhes da compostagem de forma sustentável, análise
química e granulométrica de amostra de terra para avaliação
de fertilidade e textura do solo, estudos de grupos controles
com brotos de Aloe barbadensis Mller (babosa-medicinal) e
de Lactuca sativa (alface) cultivados em diferentes adubos,
com discussões para o problema socioambiental das
residências no que diz respeito ao destino da borra do café e
posteriormente promover a sensibilidade ecológica com os
pais dos alunos.
A. Utilização de borra de café e processos de
compostagem.
A compostagem foi realizada em uma área aberta em um
terreno de uma residência a construção da composteira foi
feito com furos na parte superior para entrada de nitrogênio e
sua absorção pelos fungos e bactérias, a mesma foi fura na
parte inferior.
Para Salvaro et al. (2007) a compostagem em pequena
escala, consegue atuar na própria fonte geradora (residência),
sem necessidade de transporte até uma unidade de
compostagem, possibilitando assim, aos moradores no
3
domicílio o cultivo de plantas a partir da utilização de seu
próprio composto.
O processo de compostagem ocorreu no período de 16 de
junho a 07 de julho de 2016. Inicialmente foram preparados
em sistemas de compostagem (baldes de plástico de peso
liquido 15 Kg) foram perfurados nas tampas e no fundo com
furos de 6 mm recebendo camadas de terra, casca de frutas e
borra de café em uma proporção de 65% de terra e 20% de
borra de café e 10% de casca de frutas.
A compostagem em pequena escala é ainda uma enorme
ferramenta de educação ambiental, pois o gerador do resíduo
acompanha todas as fases de produção e uso do composto.
Torna-se um processo com grande potencial de disseminação
junto à população, agindo como uma técnica complementar à
compostagem em grande escala (MARAGNO; TROMBIN;
VIANA, 2007).
A decomposição do material orgânico é diferenciada
segundo as características físicas, químicas e biológicas dos
seus diversos componentes. Dentre os fatores que influenciam
a compostagem pode-se citar: matéria orgânica aproveitada,
pH, temperatura, granulometria, concentração de nitrogênio e
umidade (HAUG, 1993).
B. Análise Química e Granulométrica do adubo
A presente pesquisa indicou a realização da análise química e
granulométrica da terra coletada a 15 cm de profundidade e
dos compostos gerados em sistemas de compostagem de
pequena escala, utilizando casca de frutas e o segundo
composto a partir de casca de frutas com acréscimo da borra
de café, buscando uma alternativa de reaproveitamento para
esses resíduos.
A coleta, o acondicionamento e o transporte das três
amostras foram de inteira responsabilidade dos alunos
pesquisadores. As análises de classificação foram realizadas
segundo os critérios definidos em recomendações para uso de
corretivos e fertilizantes em Minas Gerais, 5º aproximação,
1999. Observa-se que esta é uma classificação generalizada,
que não leva em consideração a adaptação das espécies e
variedades, nem as especificidades locais, como tipo de solo e
clima. Assim, deve ser utilizada com cautela. Tabela 2:
A partir das análises Químicas, foi possível registrar que as
cascas de frutas com borra de café apresentou relevância nos
aspectos: potencial hidrogênionico com 6,0 (levemente ácido).
Assim, valores baixos de pH são referentes a falta de
maturação devido à curta duração do processo ou à ocorrência
de processos anaeróbios no interior da composteira. Adverte
que se existir escassez de oxigênio, o pH poderá diminuir a
valores inferiores a 4,5 e restringir a atividade microbiana,
adiando, assim, o processo de compostagem. Nestes casos,
deve-se remexer a compostagem para o pH voltar a subir
(HAUG,1993).
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Babosa-medicinal para os estudos macroscópicos de grupo
Tabela 2 – Análise Química de amostra de terra para controle cultivados em diferentes tipos de solo.
pH MO P K+ Ca2++ Al 3+ SB V m Em cada recipiente, foi cultivada uma muda com 5cm de
Identificação Mg2+
caule, manteve-se em ambiente natural. Os brotos foram assim
H2O g/kg Mg/d Cmolc/dm3 %
denominados:
m3

Terra 4,7 18,79 619 0,10 7,0 0,0 7,1 61 0

(15cm) Figura 02 – Análise do grupo controle com a espécie: Aloe
Interpretação Baixo Baixo Muito Baixo Muito Muito Muito Alto Muito barbadensis.
de análise Baixo Baixo Baixo Boa Baixo
Casca de 5,2 25.52 600 1,07 6,0 0,0 7,1 70 0
frutas
Interpretação Baixo Médio Muito Muito Muito Muito Média Alto Muito
de análise Bom Bom Bom Baixo Baixa

Cascas de 6,0 67,58 276 0,99 5,1 0,0 6,1 61 0

frutas/ Borra
de café
Interpretação Médio Bom Muito Muito Bom Muito Muito Alta Muito
de análise Bom Bom Baixo Boa Baixa

Fonte: Embrapa/2016.

Apresentou valores excelentes em matéria orgânica de

18,79 para 67,58, potássio de 0,10 para 0,99, além da Fonte: Os autores.
diminuição de areia fina e aumento de silte de 103 para 246.
Nas análises Granulométricas, o laboratório da Empresa Os grupos controles com os brotos das plantas da espécie
Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa apresenta Aloe barbadensis Mller da família Liliaceae juntamente com
classes de tamanho: argila (< 0,002 mm), silte (0,002 a 0,05 os cultivos foram assim denominados (Figura 3):
mm), areia fina (0,05 a 0,2 mm) e areia grossa (0,2 a 2 mm). Grupo 1: Grupo controle – Plantio realizado no solo (terra
Análise granulométrica registra na tabela 3. extraída com 15cm) recebeu diariamente apenas água como
irrigação, sem complementação de compostagem.
Tabela 3 – Análise Granulométrica de amostra de terra Grupo 2: Grupo controle – Plantio realizado no solo com
para avaliação da textura do solo. compostagem de cascas de frutas (casca de maracujá, banana e
casca mamão) recebeu diariamente apenas água como
Identificação Argila Areia Areia Silte Classificação
irrigação e compostagem como complementação.
grossa fina Textual
g/kg SBCS
Grupo 3: Grupo Teste – Plantio realizado no solo e com
Terra (15cm) 163 576 158 103 Franco-arenosa compostagem de cascas de frutas (casca de maracujá, banana e
Casca de 132 576 144 148 Franco-arenosa casca mamão) e borra de café recebeu diariamente apenas
frutas água como irrigação e compostagem como complementação.
Cascas de 136 506 112 246 Franco-arenosa A análise avaliativa de todos os grupos estendeu-se durante
frutas/ Borra
de café
60 dias. No entanto, a avaliação foi realizada no 30º dia e 60º
Fonte: Embrapa/2016. dia de cultivo. Após as atividades experimentais realizadas no
cultivo da planta, obtivemos os seguintes resultados (Figuras 3
Assim, na Tabela 3 é possível avaliar que a amostra do e 4).
Nas análises de 30 dias, obteve as seguintes observações: no
adubo com cascas de frutas e borra de café apresentou a
classificação textual com segundo menor número de argila, grupo 1 a folha que melhor desenvolveu foi a folha
menor número de areia fina e silte superior ao das amostras do classificada de número 1 com crescimento de 4,6 cm; no
adubo com cascas de frutas e terra (15). Assim como também grupo 2 foi a folha classificada com número 1 com
apresentou uma textura franco-arenosa conforme apresenta a crescimento de 5,0 cm e no grupo 3 foi a folha classificada
com número 1 com crescimento de 5,5 cm, além desses
tabela 3.
registros, foi possível observar a deformação nas folhas
C. Grupo Controle 01 classificadas de números 2 e 3 do grupo 1.
No 60º dia de observação os três grupos ganharam mais
Foi selecionada três amostras de broto da espécie: Aloe uma folha chamada de numero 6. No Grupo 1 as folhas 1 e 2
barbadensis Mller da família Liliaceae com nome popular morreram e a folha que mais cresceu foi a de número 5 com
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5,5 cm. No Grupo 2 a folha que mais desenvolveu foi a de Folhas Cm Folhas Cm Folhas Cm
número 3 com crescimento de 7,5 cm. E no Grupo 3 a folha 1 14,5 1 20,0 1 17,0
de número 3 com 8 cm de crescimento. 2 13,7 2 19,0 2 10,0
A Tabela 4 apresenta o broto de planta da Espécie: Aloe 60º 3 17,0 3 26,0 3 20,5
barbadensis da Família Liliaceae com nome popular: Babosa- Dia 4 9,5 4 23,0 4 10,0
medicinal no 1º dia, 30º dia e 60º dia para o cultivo entre o 5 9,0 5 21,0 5 7,5
grupo 1, grupo 2 e grupo 3, iniciou a observação e o
6 9,9 6 11,0 6 7,0
crescimento e surgimento de suas respectivas folhas durante
Fonte: Os Autores.
um período de 60 dias.

O grupo controle e teste apresentou relevância no

Figura 03: 30º dia de análise do grupo controle.
desenvolvimento das plantas. A representação apresentou
importância ao analisar o grupo controle, pois o crescimento
de plantas com compostagem com cascas de frutas e
compostagem com cascas de frutas mais borra de café durante
os 60 dias apresentou resultados satisfatórios para agricultura.
Assim, a utilização de adubo com compostagem com cascas
de frutas mais borra de café mostrou-se promissor tendo em
vista que o crescimento das plantas em relação ao cultivo
tradicional em solo sem adubo apresentou-se um processo,
mas lento. Ressalta-se que esta análise foi apenas em 60 dias
de crescimento.
Fonte: Os autores.
D. Grupo Controle 2
Figura 04: 60º dia de análise do grupo controle.
Nesta fase da pesquisa foi construído um canteiro suspenso
onde foram plantadas mudas de Lactuca sativa (alface), sendo
assim distribuídas: do lado esquerdo ficou Grupo A (sem
borra de café) e do lado direito o Grupo B (com borra de
café), sendo cada um com a medida de 83cm x 114cm.
Durante a semana o canteiro ficou sob a responsabilidade de
duas turmas da 8ª série. E nos finais de semana as turmas
fizeram um sistema de gotejamento utilizando garrafas pet
para hidratar as plantas (Figura 5).

Figura 05 - Sistema de gotejamento com garrafas pet

Fonte: Os Autores.

Tabela 4 - Grupo (controle e teste) observando durante os

60 dias de cultivo.
Dia Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3

Grupo controle Grupo controle Teste

Folhas Cm Folhas Cm Folhas Cm
1 9,0 1 14,0 1 10,0
1º
2 8,5 2 10,0 2 2,0
Dia
3 14,5 3 15,0 3 8,0
Folhas Cm Folhas Cm Folhas Cm
Fonte: Os Autores.
1 13,6 1 19,0 1 15,5
30º
Dia 2 13,0 2 15,0 2 7,5
Durante dois dias foi observada a presença de insetos no
3 17,5 3 18,5 3 12,0
canteiro às 9 h. No primeiro dia foram encontrados 19 insetos
4 6,0 4 5,5 4 4,0
no Grupo A e 5 insetos no Grupo B. Já no segundo dia foram
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observados 16 insetos no Grupo A e 7 insetos no Grupo B. Tabela 05: Grupo (peso da biomassa) após 30 dias de
Então, ficou perceptível que o Grupo B que contem borra de cultivo
café obteve o menor número de insetos, comprovando a ITEM CRITÉRIO GRUPO A GRUPO B
eficácia de afugentar os predadores naturais, no caso do (SEM BORRA) (COM BORRA)
canteiro de alface, as formigas. 01 Quantidade Total 19 19
Após 30 dias do plantio das mudas de alface (Figura 05) foi 02 Morreram 01 -
feito o peso da biomassa das plantas, foram retirados 18 pés de
03 Descartados - 01
alface de cada grupo porque no Grupo A um pé morreu, então
04 Quantidade 18 18
descartamos aleatoriamente 1 pé do Grupo B para ficar em
Pesada
igualdade a pesagem das plantas. Separamos as folhas, os
caules e as raízes das plantas para pesagem, além de medir 05 Peso Folha 1.090 kg 1215 kg

altura do maior e menor pé de alface de cada grupo para fazer 06 Peso Caule 50 g 60 g
as comparações quantitativas e qualitativas (Figuras 06 e 07). 07 Peso Raiz 180 g 210 g
Confira os dados na Tabela 5: 10 cm (menor pé) 10 cm (menor pé)
08 Altura do Alface 23 cm (maior pé) 25 cm (maior pé)
Figura 05: Dia da pesagem da biomassa dos grupos de
Fonte: Os Autores.
controle após 30 dias de plantio.
É notório com os dados da tabela um resultado bem
satisfatório com a adubação feita no Grupo B com borra de
café em relação o peso da biomassa do Grupo A sem a borra
do café. Isso comprova que o grupo de controle, neste caso, o
composto com borra de café mais cascas de frutas apresentou
relevância no desenvolvimento e crescimento das plantas num
período de tempo de 30 dias.

E. Aplicação do Questionário

Fonte: Os Autores. Nas discussões deste projeto de pesquisa, foi realizada a

Figura 06: Pesagem da biomassa das folhas.
Fonte: Os Autores.
Figura 07: Maior e menor do pé de alface do Grupo B
Fonte: Os Autores.
aplicação do questionário semiestruturado com 32
pais/responsáveis de alunos da 8ª série, o que proporcionou os
seguintes resultados: A idade dos entrevistos variou de 23 a 65
anos e deste total, 72% eram do sexo feminino e 28%
masculino, com profissões que variam entre: professor, agente
consignado, manicure, enfermeiro, administrador, autônomo,
aposentado, domestica, empresário, pedagogo, contador,
policial, advogado e empresário.
Quando questionados quantas vezes ele consome café
diariamente, obteve-se como resposta que 35% dos
entrevistados afirmam consumir três vezes por dia, 31% duas
vezes por dia, 28% mais de três vezes por dia, 6% uma única
vez por dia e não obteve informações de entrevistados que
nunca consumiram (Gráfico 01).
Perguntou-se: Qual é a forma de preparo da bebida que
você mais utiliza para consumir o café, obteve-se como
resposta que 81% dos entrevistados afirmam consumir puro
(tradicional), 8% expresso, 5% cappuccino, 3% descafeinado,
3% sachê e não obteve informações de entrevistados que
consomem em capsulas.
Foram indagados aonde os entrevistados mais bebem café,
75% afirmam em suas casas e 25% no local de trabalho. Ainda
foi questionado se os entrevistados reaproveitam a barro de
café em suas residências, 84% afirmam que não tem tal habito
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e 16% dizem já terem pensado e/ou reaproveitado a borra de Consumo Semanal:
café para algum tipo de fins. 1 .................. 750
6 .................. X
Gráfico 01: consume diário de café X = 750 . 6
X = 4.500
4 ½ por semana.
calendário escolar, inclu
Consumo Mensal (4 semanas):
1 ................... 750
utores. 24 ................. X
X = 750 . 24
X = 18.000
18 kg por mês.
isar o destino dado à borra de café, os
Consumo Anual (200 dias letivos de acordo com o
afirmam jogar no lixo, na pia, esgoto e esfoliante calendário escolar, inclusive contando os sábados letivos):
Fonte: Os Autores. 1 ................... 750
ando pedido à opinião de que forma poderia ser X
200 ...............
Para analisar o destino dado à borra de café, os X = 750 . 200
a borra de café,
entrevistados obteve
afirmam jogar asesgoto
no lixo, na pia, seguintes
e esfoliante respostas:
X = 150 kg por ano.

e aque sãode
de pele. Quando pedido à opinião de que forma poderia ser
icida, aproveitada
esfoliante, tirar
a borra de café, obteveodor derespostas:
as seguintes ambiente Então, conclui-se consumidos 600 pacotes de café
adubo, inseticida, esfoliante, tirar odor de ambiente e a
az ideia para
de ¼, e consequentemente
altíssimo,
o
uma vez que
desperdício da borra de café é
maioria não faztal
ideiaatitude.
para tal atitude. altíssimo, uma vez que as cozinheiras relataram que toda a
Durante a aplicação do questionário semiestruturado foi borra é jogada no lixo.
aplicação doumaquestionário borra é jogada no lixo.
indagado sobre palavra que eles associam semiestruturado
a borra de café, foi V. CONCLUSÕES
as respostas mais comuns foram: adubo, reaproveitamento,
re umalixopalavra
e reciclagem. que eles associam a borra de café,
Espera-se que os dados obtidos com o projeto de pesquisa

mais comunsF. Quantidadeforam:

de Borra de Café adubo,
Consumida nareaproveitamento,
Escola
levem a conclusão de que é possível o processo de
compostagem a partir da borra de café. E que o composto final

gem. Foi utilizada a Matemática para saber a quantidade de borra tem condições de fornecer ao solo e as plantas riqueza
nutricional e biológica que irá auxiliar na agricultura,
de café desperdiçada na escola. Os alunos pesquisadores permitindo ainda melhorar as qualidades químicas, físicas e
foram até a cozinha da escola para perguntar quantos pacotes
de café são feitos diariamente para consumo da comunidade
levem a conclusão d
biológicas do solo, sendo uma alternativa barata e viável que

tidade de Borra de Café Consumida na Escola

escolar. Neste caso, os professores e o corpo técnico
administrativo são as pessoas que mais consumem o café
(bebida) na escola.
E tivemos a seguinte resposta: são três pacotes de café de ¼,
ajude o meio ambiente a reduzir os impactos ambientais.
compostagem a partir d
Assim, a utilização de adubo com compostagem com cascas
de frutas mais borra de café mostrou-se promissor tendo em
tem condições de for
vista que o crescimento das plantas em relação ao cultivo

da a Matemática para saber a quantidade de borra

ou seja, de 250 gramas, que são feitos diariamente na escola,
sendo um pacote de manhã e dois no turno da tarde. Então, são
perdiçada na escola. Os alunos pesquisadores
três pacotes de ¼, ou seja, 750 gramas de café consumidos por
dia.
A fórmula matemática escolhida para identificar esse
consumo (café) foi uma regra de três simples, sendo assim as
grandezas proporcionais:
Dias .........................Gramas/Quilos
Com essas informações e conhecendo agora as grandezas
proporcionais, segue as operações realizadas estimando o
consumo semanal, mensal e anual de café na escola:
tradicional em solo sem adubo apresentou-se um processo,
nutricional e biológic
mas lento. Ressalta-se que esta análise foi apenas em 60 dias
de crescimento.
permitindo ainda melh
Constatou-se que o processo de compostagem é uma
alternativa para solucionar o desperdício desse resíduo, e que
tem como resultado um fertilizante potencialmente rico em
nutrientes - uma vez que o borra de café é rico em nitrogênio,
que quando adicionado ao solo pode contribuir para o aumento
da produtividade agrícola. E ao sentir odor característico do
café certamente irá repelir as pragas que prejudicam a
qualidade da planta.
Com a finalização deste projeto de pesquisa foi possível que
as atividades experimentais possam rever questões ambientais
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e uma vida saudável, analisá-los frente a considerações
ecológicas e educativas, criando um ponto de união entre a
educação para a sustentabilidade e as boas práticas agrícolas,
concebendo ainda uma metodologia que foi usada na produção
de experimentos científicos.

VI REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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customizado preparado pelo Euromonitor International
para Associação Brasileira da Indústria de Café. ABIC.
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