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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

COMPARAÇÃO ENTRE AS VERSÕES 6 E 7 DO


HIGHWAY CAPACITY MANUAL PARA A
ANÁLISE DE RODOVIAS DE PISTA SIMPLES

Lucas Mariano Toledo

Orientador: José Elievam Bessa Júnior

Belo Horizonte
2022
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

O processo de urbanização no Brasil é relativamente recente, tendo seu início a partir da década
de trinta. A inversão da superioridade populacional, rural e urbana, veio a ocorrer somente em
1970 (AMARAL et al., 2018). De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(PNAD), cerca de 84,72% da população do país vivia na área urbana em 2015, sendo o exôdo
rural ocorrido nas décadas de 1970 e 1980 o principal responsável por este percentual.

Com o aumento da urbanização e do crescimento populacional dos municípios há também a


ampliação de viagens e, consequentemente, da utilização das rodovias. O transporte rodoviário
no Brasil representa cerca de 65% de todas as viajens realizadas no caso de mercadorias, sendo
este responsável por 6,8% em média do custo logístico dos produtos (MOREIRA et al., 2014).
A importância de uma rodovia com boas características de geometria, sinalização e qualidade
do pavimento não esta, portanto, somente relacionada com a experiência e conforto do usuário,
mas também com o preço final das mercadorias. A partir da análise acima é possível entender
a relevância de determinar a qualidade de utilização de uma via, sendo essa obtida com base
nos conceitos de capacidade e nível de serviço.

De acordo com o Manual de Estudos de Tráfego do DNIT (2006), o objetivo da análise da


capacidade de uma via é a avaliação do seu grau de suficiência para acomodar os volumes de
tráfego solicitantes atuais e futuros, afim de permitir a inquirição de medidas que assegurem a
prestação de serviços prevista, durante a vida útil do pavimento. O número máximo de veículos
que podem trafegar por um trecho da via, em um período de tempo determinado, representa a
capacidade dessa via, sob suas atuais condições geométricas e de tráfego. O Highway Capacity
Manual (HCM) define condições padrão, para as quais é possível obter a capacidade básica de
uma rodovia.

Embora a capacidade de uma rodovia seja um dado relevante, com base neste por si só não é
possível determinar as condições atuais de de utilização da via para os usuários. Isso se deve ao
fato de haverem diversos outros fatores que impactam na experiência final do usuário, como a
qualidade da superfície de rolamento, a segurança e o conforto. Afim de obter um parâmetro
que possibilite esta análise o Highway Capacity Manual (HCM) introduziu o conceito de Nível
de Serviço, sendo este capaz de traduzir o real grau de eficiência da via para com o utilizador.
Foram estipulados seis níveis de serviço designados pelas primeiras seis letras do alfabeto,
sendo o nível A correspondente à melhor condição e o nível F a pior condição.

É necessário também levar em consideração que existem diversas versões do HCM, as quais
originam uma variabilidade nos resultados obtidos para a análise de uma mesma rodovia,
dependendo da versão do método escolhida. Segundo o Instituto de Transporte da Universidade
da Flórida (McTrans), houveram mudanças relevantes entre a 6ª e 7ª versões do Highway
Capacity Manual, sendo essas duas as mais recentes, principalmente para a análise de rodovias
de pista simples. Existem diferenças, sobretudo, na forma de segmentação da via, de
classificação e nos parâmetros utilizados.

Trabalho Integralizador Multidisciplinar III – TIM III


2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral


O objetivo geral dessa pesquisa é identificar, quantificar e comentar as principais diferenças
entre a versão mais recente do HCM e sua versão anterior, afim de verificar a relevância das
alterações nos parâmetros que compõe a análise de rodovias de pista simples no Brasil, assim
como a qualidade dos resultados.
2.2. Objetivos específicos
Para atingir o objetivo geral traçado, os seguintes objetivos específicos devem ser alcançados:
− Obtenção de dados confiáveis e suficientes para uma análise completa e um resultado bem
fundamentado.

− Cálculo da capacidade e do nível de serviço utilizando dos métodos intoduzidos por ambas
as versões do manual integralmente e seguindo todas as recomendações, afim de evitar
resultados infundados.

− Apresentar uma análise crítica dos resultados, comparando-os e determinando se, para o
caso das rodovias brasileiras, as mudanças entre as versões do método foram positivas.

3. METODOLOGIA

Afim de atingir os objetivos esperados, adotaram-se as seguites etapas metodológicas:


− Levantamento de dados:

− Tratamento e concepção dos dados:

− Determinação do nível de serviço:

− Análise e comparação dos resultados:

− Revisão final do texto:

É esperado obter, como resultado desse trabalho, uma análise comparativa entre a diferença da
capacidade e do nível de serviço baseados na 6ª e 7ª edições do Highway Capacity Manual
(HCM), já que os métodos apresentam parâmetros diferentes para a classificação de rodovias
de pista simples. Desta forma, é possível aferir o quão relevante estas mudanças são para os
resultados finais.

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4. CRONOGRAMA

Semana
ETAPAS
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
Levantamento de
dados
Tratamento e
concepção dos dados

Determinação do
nível de serviço
(HCM 6ª edição)

Determinação do
nível de serviço
(HCM 7ª edição)

Análise e comparação
dos resultados

Revisão Final do
Texto

Defesa Final

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, Ernesto F. L. et al. A urbanização recente no Brasil e as aglomerações


metropolitanas. Belo Horizonte, 2001.

SILVA, Frederico A. et al. Analysis of no-passing zones to asses the level of service on two
lane rural highways in Brazil. Case Studies on Transport Policy 10, 2022, p. 248-256.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT-IPR


723. Manual de Estudos de Tráfego. Rio de Janeiro, 2006.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Cidades e Estados.


Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados. Acesso em: 19/09/2022.

MOREIRA, Marco A. L. et al. O transporte rodoviário no Brasil e suas deficiências. Revista


FATEC Zona Sul – Refas, 1ª edição, outubro de 2014.

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De acordo,
Belo Horizonte, 19 de setembro de 2022.

Jose Elievam Bessa


ND: CN=Jose Elievam Bessa
Junior:00417674384, OU=UFMG -
Lucas Mariano Assinado de forma digital
por Lucas Mariano
Toledo:12342 Toledo:12342540698
Universidade Federal de Minas Gerais,
Junior:00417674384 O=ICPEdu, C=BR
Localização: Belo Horizonte - MG Dados: 2022.09.19
540698 23:49:01 -03'00'

Prof. José Elievam Bessa Júnior Lucas Mariano Toledo


Orientador 2017073622

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