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( Doutrina da Salvação )
Soteriologia (Doutrina da Salvação) -2-
Índice
Introdução.................................................................................................................................3
1. A Origem da Salvação........................................................................................4
2. A Natureza da Salvação...................................................................................5
3. O Processo do Novo Nascimento......................................................6
4. O que é Justificação.................................................................................................9
5. O que é Regeneração..........................................................................................11
6. O que é Santificação.............................................................................................13
7. Calvinismo................................................................................................................................15
8. Arminianismo.....................................................................................................................16
9. O Novo Nascimento...............................................................................................18
10. O Alcance da Salvação................................................................................ 20
11. A Realidade da Salvação.........................................................................22
12. A Salvação e a Fé.......................................................................................................23
13. A Salvação Mediante a Fé.......................................................................25
14. Jesus, o Caminho da Salvação...........................................................28
15. O Ensino de Jesus Sobre a Salvação.......................................30
16. O Ensino Bíblico Sobre o Perdão................................................ 31
17. A Conversão do Pecador.......................................................................... 32
18. A Redenção do Pecador................................................................................33
19. A Palavra de Deus Trás Salvação...............................................34
20. A Garantia da Nossa Salvação........................................................36
Bibliografia................................................................................................................................37
Soteriologia (Doutrina da Salvação) -3-
Introdução
O Jesus Cristo, pela sua morte expiatória, comprou a salvação para os homens.
Como Deus a aplica e como é ela recebida pelos homens para que se torne uma
realidade experimental? As verdades relacionadas com a aplicação da salvação
agrupam-se sob três títulos: Justificação, Regeneração e Santificação. As verdades
relacionadas com a aceitação da salvação, por parte dos homens, agrupam-se sob os
seguintes títulos: Arrependimento, Fé e Obediência.
Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação...
(Hb 2.3).
Soteriologia (Doutrina da Salvação) -4-
Lição 1
1. A Origem da Salvação
A Salvação do Homem
1. Definição de Salvação. De acordo com o doutor C.I. Scofield, são incluídas nesses
diversos aspectos as doutrinas fundamentais que, teologicamente falando constituem
aquilo que chamamos de Soteriologia ou seja, Doutrina da Salvação.
b) No que diz respeito à sua origem, a salvação teve (e tem) seu ponto inicial no
coração de Deus. Segundo se diz, ela foi criada por Ele, manifestada aos homens por
meio de Jesus Cristo e evidentemente, executada no coração humano através do Espírito
Santo. Leia: (Lc 1.68,69; Jo 12.48,49; 16.7-14 etc.). A obra propiciatória de Jesus Cristo
nosso Senhor é a maior revelação do grande propósito de Deus no plano da redenção em
salvar a humanidade.
Foi nele que todos os martizes da salvação plena tiveram seu encontro de expansão
Leia (Hb 2.3).
Soteriologia (Doutrina da Salvação) -5-
2. A Natureza da Salvação
Há três aspectos da salvação, e cada qual se caracteriza por uma palavra que
define ou ilustra cada aspecto:
(a) Justificação. é um termo forense que nos faz lembrar um tribunal. O homem
culpado e condenado perante Deus, é absolvido e declarado justo – isto é, justificado.
(b) Regeneração. (a experiência subjetiva) e Adoção (o privilegio objetivo) sugere
uma cena familiar. A alma morta em transgressões e ofensas, precisa duma nova vida,
sendo esta concedida por um ato divino de pessoa, por conseguinte, toma-se herdeira de
Deus e membro de sua família.
(c) Santificação. A palavra santificação sugere uma cena do templo, pois essa
palavra relaciona-se com o culto a Deus. Harmonizadas suas relações com a lei de Deus e
tendo recebido uma nova vida, a pessoa, dessa hora em diante dedica-se ao serviço de
Deus. Comprado por elevado preço, já não é dono de si não mais se afasta do templo
(figurativamente falando), mas serve a Deus de dia e de noite. (Luc. 2:37.) Tal pessoa é
santificada e por sua própria vontade entrega-se a Deus.
O homem salvo, portanto, é aquele cuja vida foi harmonizada com Deus, foi
adotado na família divina e agora dedica-se à servi-la. Em outras palavras, sua
experiência da salvação, ou seu estado de graça, consiste em justificação, regeneração (e
adoção), e santificação. Sendo justificado, ele pertence aos justos sendo regenerado, ele é
filho de Deus, sendo santificado, ele é santo (literalmente uma pessoa santa).
São essas bênçãos simultâneas ou consecutivas? Existe de fato, uma ordem lógica:
o pecador harmoniza-se, primeiramente perante a lei de Deus sua vida é desordenada,
precisa ser transformada. Ele vivia para o pecado e para o mundo e, portanto, precisa
separar-se para uma nova vida, para servir a Deus. Ao mesmo tempo as três experiências
são simultâneas no sentido de que, na prática não se separam. Nós as separamos para
poder estudá-las. As três constituem a plena salvação a mudança exterior, ou legal
chamada justificação, segue-se a mudança subjetiva chamada regeneração, e esta, por sua
vez é seguida por dedicação ao serviço de Deus. Não concordamos em que a pessoa
verdadeiramente justificada não seja regenerada, nem admitimos que a pessoa
verdadeiramente regenerada não seja santificada (embora seja possível, na prática uma
pessoa salva, às vezes viola a sua consagração). Não pode haver plena sem essas três
experiências, como não pode haver um triângulo sem três lados. Representam elas o
tríplice fundamento sobre o qual se baseia subsequente vida cristã. Começando com esses
três princípios, progride a vida cristã em direção a perfeição.
Soteriologia (Doutrina da Salvação) -6-
Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1.26). Portanto, um ser
perfeito. Mas ele se deixou levar pela tentação (Gn 3.5) e desobedeceu ao seu Criador
(Rm 5.19). Por isso todos nós, os seus descendentes tornamo-nos herdeiros de sua
natureza pecaminosa (o pecado original) e destituídos da glória eterna (Rm 3.23). Fazia-
se então, necessária a vinda de um justo para, por sua morte, salvar da condenação dos
injustos (1 Pd 3.18).
Jesus morreu por todos nós, pois Deus não faz acepção de pessoas (Dt 10.17). No
entanto, a obra da redenção só é válida para aqueles que aceitam a Cristo como Salvador
e têm suas vidas transformadas pelo poder do Evangelho. Este é o novo nascimento, que
não significa retornar ao ventre materno para renascer, mas o transporte da natureza de
Cristo, divina, santa, pela nossa pecaminosa, terrena, humana (2 Pd 1.4).
Na verdade, quando nascemos somos inocentes, mas trazemos em nosso corpo a
tendência para o pecado (Rm 6.6). Somos semelhantes aos leãozinhos ainda lactentes,
que se assustam quando vêem um pedaço da carne. Mas, ao crescerem, atacarão até os
seus domadores se não estiverem saciados, pois são carnívoros. Só no Milênio, o Rei dos
reis transformará as suas naturezas (Is 11.7). Por causa do pecado perdemos a imagem de
Deus, e por falta desta auréola de santidade, temos a tendência natural para o mal (Rm 7.
22,23). Só o novo nascimento tem o poder de eliminar o vírus do pecado que corrói os
nossos ossos (Sl 38. 3).
Jesus usou uma metáfora, ao empregar a água como elemento essencial, necessário
ao novo nascimento, a fim de que Nicodemos entendesse o efeito purificador que possui
a Palavra de Deus. O seu poder já era mencionado desde o Antigo Testamento (Sl 51.2;
Ez 36.25), e o versículo 26 registra como se processa a regeneração: E vos darei um coração
novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne, e vos
darei um coração de carne. O Novo Testamento também é enfático ao mencionar Efésios 5.
26 e Tito 3.5. Portanto, é a Bíblia Sagrada a Palavra de Deus, um dos elementos
necessários para o novo nascimento.
Entretanto, o elemento prioritário, para que se processe o novo nascimento, é a
atuação em nossa vida da terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo. Ele nos convence
que somos pecadores (Jo 16.8), pois conduz a água pelo nosso ser até a divisão e do
Espírito (Hb 4.12). Portanto, o pecado nos degenerou, mas a Palavra e o Espírito Santo
regeneraram-nos ao devolver a imagem divina perdida no Éden (Gn 1.26), através do
novo nascimento Leia: (Jo 3.5).
Soteriologia (Doutrina da Salvação) -7-
É a mudança total das nossas atitudes que a Bíblia chama de Fruto do Espírito, ou
seja o resultado da atuação da Palavra de Deus e da Trindade em nosso ser. Quem
mentia, roubava, enganava, adulterava, fumava, etc., agora tem aversão a tais coisas.
Hoje, é pacificador, longânimo, benigno, bondoso, manso e piedoso, temperante, virtudes
estas que comprovam o novo nascimento. Semelhante à metamorfose que acontece na
mutação da lagarta para borboleta, antes um inseto arrepiante, depois, delicado e
encantador. Esta mudança, parecida com este fenômeno da natureza, não acontece
repentina, mas paulatinamente, através da oração, do jejum, da consagração e das provas
que comprovam esta verdade Bíblica (Mt 5.39-41). Se você cumpre com naturalidade
esta determinação do Mestre dos mestres e Verbo divino, meus parabéns, pois já nasceu
de novo! Caso contrário, ore mais um pouco e alcance plenamente e regeneração. O
Espírito Santo coopera com você (Ef 4.30).
O Segredo do Novo Nascimento
Síntese Final
O novo nascimento, portanto é um processo que nos leva à vida eterna: fé,
arrependimento, conversão, santificação e glorificação.
1. Um dos desejos do Mestre dos mestres, é que ensinemos a sua Palavra a todos os
povos das ilhas, tribos, e nações, conforme registra Mt 28.19,20. Por isso devemos
aprimorar mais os nossos estudos, para alcançarmos os objetivos propostos. Só assim
satisfaremos plenamente os anseios do IDE de Jesus.
2. O novo nascimento se faz necessário porque, devido o pecado de desobediência
de Adão e Eva no Jardim do Éden, nascemos com a natureza pecaminosa, ou seja, com a
tendência natural para o mal. Por isso, para anularmos o seu efeito e recobrarmos a
imagem divina, é preciso o renascimento mediante a transformação da velha em uma
nova criatura.
3. O Espírito Santo coopera conosco neste processo do novo nascimento. Basta
apenas aceitarmos a sua atuação. Mediante a oração, consagração, leitura da Bíblia e o
jejum, a terceira pessoa da Trindade opera uma metamorfose em nossa vida. E
gradativamente, tornamo-nos diferentes do que éramos antes, passamos a produzir o fruto
do Espírito: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, e temperança.
Soteriologia (Doutrina da Salvação) -9-
4. O que é Justificação
1. Definição
Justificação é o ato de Deus declarar justo o pecador que pela fé aceita Jesus por
seu Salvador (Rm 5.1,33). Tal pessoa passa a ser vista por Deus como se jamais tivera
pecado em toda a sua vida. Deus declara o pecador livre de toda a culpa do pecado e de
suas consequências eternas.
2. Os benefícios da justificação
a) Remissão de pecados
O apóstolo Paulo quando pregou na sinagoga de Antioquia da Pisídia fez a seguinte
declaração: Seja-vos notório, varões irmãos, que por este que vos anuncia a remissão dos pecados.
E de tudo o que, pela lei de Moisés não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele
que crê (Ato 13; 38,39). Cristo ao cumprir toda a lei que o homem não pôde cumprir,
possibilitou ao homem ser plenamente justificado.
Natureza da Justificação:
Absolvição Divina
O substantivo justiça significa o estado de aceitação para o qual entra pela fé. Essa
aceitação é dom gratuito da Parte de Deus, posto à nossa disposição pela fé em Cristo.
(Rom. 1:17; 3:21, 22.) E o estado de aceitação no qual o crente permanece (Rom. 5:2).
Apesar de seu passado pecaminoso e de imperfeições no presente, o crente goza de
completa e segura posição para com Deus. Justificado é o veredicto divino e ninguém o
poderá contradizer. (Rom. 8.34). Essa doutrina assim se define: Justificação é um ato da
livre graça de Deus pelo qual ele perdoa todos os nossos pecados e nos aceita como
justos aos seus olhos, somente por nos ser imputada a justiça de Cristo que se recebe pela
fé.
Justificação inclui mais do que perdão dos pecados e remoção da condenação, pois
no ato da justificação Deus coloca o ofensor na posição de justo. O presidente da
Republica pode perdoar o criminoso, mas não pode reintegrá-lo na posição daquele que
nunca desrespeitou as leis. Mas a Deus é possível efetuar ambas as coisas. Ele apaga o
passado, os pecados e ofensas e em seguida, trata o ofensor como se nunca tivesse
cometido um pecado sequer! O criminoso perdoado não é considerado ou descrito como
bom ou justo, mas Deus ao perdoar o pecador, o declara justificado, isto é, justo aos
olhos divino. Juiz algum poderia justificar o criminoso isto é, declará-lo homem justo e
bom. Se Deus estivesse sujeito às mesmas limitações e justificasse somente gente boa,
então não haveria evangelho nenhum a ser anunciado aos pecadores. Paulo nos assegura
que Deus justifica o ímpio. O milagre do Evangelho é que Deus se aproxima dos ímpios
com uma misericórdia absolutamente justa e os capacita pela fé, a despeito do que são a
entrarem em nova relação com ele, relação pela qual é possível que se tornem bons. O
segredo do Cristianismo do Novo Testamento e de todos os avivamentos e reformas da
igreja, é justamente este maravilhoso paradoxo: Deus justifica o ímpio.
Assim vemos que justificação é primeiramente subtração - o cancelamento dos
pecados e segundo, adição - imputação de justiça.
Soteriologia (Doutrina da Salvação) - 11 -
5. O que é Regeneração
A Natureza da Regeneração
A regeneração é o ato divino que concede ao penitente que crê uma vida nova e
mais elevada mediante união pessoal com Cristo. O Novo Testamento assim descreve a
Regeneração:
(a) Nascimento. Deus o pai é quem gerou e o crente é nascido de Deus ( 1 João
5:1), nascido do Espírito (João 3:8), nascido do alto (tradução literal de João 3.3,7). Esses
termos referem-se ao ato da graça criadora que faz do crente um filho de Deus.
(b) Purificação. Deus nos salvou pela lavagem (literalmente, lavatório ou banho) de
regeneração (Tito 3:5). A alma foi lavada completamente das imundícias da vida de
outrora, recebendo novidade de vida, experiência simbolicamente no ato de batismo.
(Atos 22:16.)
(c) Vivificação. Somos salvos não somente pela lavagem da regeneração, mas
também pela renovação do Espírito Santo (Tito 3:5; Cl. 3.10; Rom. 12.2; Ef.4.23; Sl.
51.10). A essência da regeneração é uma nova vida concedida por Deus Pai, mediante
Jesus Cristo e pela operação do Espírito Santo.
(d) Criação. Aquele que criou o homem no princípio e soprou em suas narinas o
fôlego de vida, o recria pela operação do seu Espírito Santo. (2 Cor. 5:17; Ef 2.10; Gl.
6.15; Ef. 4:24; Gn. 2:7). O resultado prático é uma transformação radical da pessoa em
sua natureza, seu caráter, desejos e propósitos.
(e) Ressurreição. (Rom. 6:4,5; Cl. 2:13; 3:1; Ef. 2:5, 6.). Como Deus vivificou o
barro inanimado e o fez vivo para com o mundo físico, assim ele vivifica a alma em seus
pecados e a faz viva para as realidades do mundo espiritual. Esse ato de ressurreição
espiritual é simbolizado pelo batismo nas águas. A regeneração é a grande mudança que
Deus opera na alma quando a vivifica, quando ele a levanta da morte do pecado para a
vida de justiça (João Wesley).
Notar-se-á que os termos acima citados são apenas variantes de um grande
pensamento básico da regeneração, isto é, uma divina comunicação duma nova vida à
alma do homem. Três fatos científicos relativos à vida natural também se aplicam à vida
espiritual, isto é, ela surge repentinamente aparece misteriosamente e desenvolve-se
gradativamente.
Regeneração é o aspecto singular da religião do Novo Testamento. Nas religiões
pagãs, reconhece-se universalmente a permanência do caráter, embora essas religiões
recomendem penitências e ritos, pelos quais a pessoa espera expiar os seus pecados, não
há promessa de vida e de graça para transformar a sua natureza. A religião de Jesus
Cristo é a única religião no mundo que declara tomar a natureza decaída do homem e
regenerá-la, colocando-a em contacto com a vida de Deus. Assim declara fazer porque o
Fundador do Cristianismo é Pessoa Viva e Divina, que vive para salvar perfeitamente os
que por ele se chegam a Deus (Heb. 7:25). Não existe nenhuma analogia entre a religião
cristã e, digamos o Budismo ou a religião maometana. De maneira nenhuma pode dizer:
quem tem Buda tem a vida.
Soteriologia (Doutrina da Salvação) - 12 -
Leia (1 João 5.12). Buda pode ter algo em relação à moralidade. Pode
estimular, causar impressão, ensinar e guiar, mas nenhum elemento novo foi acrescido
às almas que professam o Budismo. Tais religiões podem ser produtos do homem natural
e moral.
Mas o Cristianismo declara-se ser muito mais. Além das coisas de ordem
natural e moral, o homem desfruta algo mais na Pessoa de Alguém mais,
Jesus Cristo.
Soteriologia (Doutrina da Salvação) - 13 -
6. O que é Santificação
1. Os sentidos da santificação
Santificação tem o sentido genérico de separação, dedicação, consagração de
pessoas ou coisas para uso exclusivo do Senhor (Êx 13.2; Jr 1.5; Lv 27.14,16; 2 Cr
29.19).
Em se tratando de santificação do crente, dois sentidos principais fluem da Palavra
de Deus.
a) Separação do mal, para pertencer a Deus (Lv 20.26). É chamado de aspecto
negativo da santificação, porque ocupa-se de não farás isso, não farás aquilo, etc.
b) Separação servir a Deus, dedicação a Deus, para seu serviço (Êx 19.5,6). É
chamado de aspecto positivo da santificação, porque ocupa-se em fazer o que Deus
ordena quanto à santificação (2 Co 7.1; Ap 22.11; Pv 4.18; 1 Ts 5.23).
Exercícios
3. O que é Justificação?.......................................................................................................................................................................................
.........................................................................................................................................................................................................................................................
4. A onde está escrito: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não
nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” .
............................................................................................................................................................................................................................................................
5. Como o Novo Testamento descreve a Regeneração?...................................................................................................
.....................................................................................................................................................................................................................................................
Soteriologia (Doutrina da Salvação) - 15 -
7. Calvinismo
Lição 2
1. Calvinismo
A doutrina de João Calvino não foi criada por ele, foi ensinado por santo Agostinho,
o grande teólogo do quarto século. Nem tampouco foi criada por Agostinho, que
afirmava estar interpretando a doutrina de Paulo sobre a livre graça.
A doutrina de Calvino é como segue:
A salvação é inteiramente de Deus, o homem absolutamente nada tem a ver com
sua salvação. Se ele, o homem se arrepender, crer for a Cristo, é inteiramente por causa
do poder atrativo do Espírito de Deus. Isso se deve ao fato de que a vontade do homem se
corrompeu tanto desde a queda que, sem a ajuda de Deus não pode nem se arrepender,
nem crer, nem escolher corretamente. Esse foi o ponto de partida de Calvino – a completa
servidão da vontade do homem ao mal. A salvação por conseguinte não pode ser outra
coisa, senão a execução dum decreto divino que fixa sua extensão e suas condições.
Se a salvação é inteiramente obra de Deus e o homem não tem nada a ver com ela,
e está desamparado a menos que o Espírito de Deus opere nele. Então, por que Deus não
salva a todos os homens, posto que todos estão perdidos e desamparados? A resposta de
Calvino era: Deus predestinou alguns para serem salvos e outros para serem perdidos. A
predestinação é o eterno decreto de Deus, pelo qual ele decidiu o que será de cada um e
de todos os indivíduos. Pois nem todos são criados na mesma condição, mas a vida
eterna está preordenada para alguns, e a condenação eterna para outros. Ao agir dessa
maneira Deus não é injusto, pois ele não é obrigado a salvar a ninguém, a
responsabilidade do homem permanece, pois a queda de Adão foi sua própria falta, e o
homem sempre é responsável por seus pecados.
Posto que Deus predestinou certos indivíduos para a salvação, Cristo morreu
unicamente pelos eleitos? A expiação fracassaria se alguns pelos quais Cristo morreu se
perdessem.
Dessa doutrina da predestinação segue-se o ensino de uma vez salvo sempre salvo,
porque se Deus predestinou um homem para a salvação e unicamente pode ser salvo e
guardado pela graça de Deus que é irresistível, então nunca pode perder-se.
Os defensores da doutrina da segurança eterna apresentam as seguintes referências
para sustentar sua posição:
Leia: (João 10.28,29; Rom.11.29; Fl. 1.6; 1 Pd 1.5; Rom.8.35; João 17.6).
Soteriologia (Doutrina da Salvação) - 16 -
8. Arminianismo
À vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos, porque Cristo morreu por
todos. (1 Tm. 2:4-6; Heb. 2:9; 2 Cor. 5:14; Tito 2:11,12.). Com essa finalidade ele
oferece sua graça a todos. Embora a salvação seja obra de Deus, absolutamente livre e
independente de nossas boas obras ou méritos, o homem tem certas condições a cumprir.
Ele pode escolher aceitar a graça de Deus, ou pode resistir-lhe e rejeitá-la. Seu direito de
livre arbítrio sempre permanece.
As Escrituras certamente ensinam uma predestinação, mas não que Deus predestina
alguns para a vida eterna e outros para o sofrimento eterno. Ele predestina a todos os que
querem a serem salvos - e esse plano é bastante amplo para incluir a todos que realmente
desejam ser salvos. Essa verdade tem sido explicada da seguinte maneira: na parte de fora
da porta da salvação lemos as palavras: quem quiser pode vir, quando entramos por essa
porta e somos salvos, lemos as palavras no outro lado da porta: eleitos segundo a
presciência de Deus. Deus em razão de seu conhecimento previu que essas pessoas
aceitariam o evangelho e permaneceriam salvos e predestinou para essas pessoas uma
herança celestial. Ele previu o destino delas, mas não o fixou.
Leia: (Ef 2.8,9). ...e isso não vem de vós, é dom de Deus (Ef 2.8). Sublinhamos a
palavra isso, lembrando que ela se refere diretamente à salvação e indiretamente à fé. A
salvação é o grandioso dom de Deus, bem evidente nesta passagem e no seu contexto.
Sem dúvida alguma a salvação trazida por Jesus Cristo foi o maior milagre
propiciado por Deus ao ser humano, depois da queda no Éden. As curas, as maravilhas, a
sua mensagem, tudo foi usado por Ele para despertar o homem para aceitar o dom de
Deus a Salvação (Ef 2.8). O perdido uma vez que creia e se arrependa dos seus pecados,
confessando a Cristo como seu Salvador e Senhor! Tem a Vida Eterna (Jo 5.24).
Soteriologia (Doutrina da Salvação) - 18 -
9. O Novo Nascimento
1. Novo nascimento
2. Nova criação
Mediante a palavra criativa de Deus, os que aceitam a Jesus Cristo pela fé, são
feitos novas criaturas. O crente é uma criatura renovada segundo a imagem de Deus, que
compartilhada sua glória. Em relação à primeira criação material, o homem está caído e
morto, porém na segunda a espiritual, ele é renovado pelo Espírito Santo.
Leia (2 Co 5.17; Gl 6.15; Ef 2.10).
3. Renovação
A renovação do Espírito Santo refere-se à outorga constante da vida divina aos
crentes à medida que se submetem a Deus
Leia (Rm 12.2). (Tt 3.5; Cl 3.10).
4. Ressurreição espiritual
É preciso morrer para o mundo e ressuscitar para uma nova vida em Cristo. A
Palavra de Deus diz que os que recebem a Cristo morrem e são sepultados com Ele, para
ressuscitarem em novidade de vida
Leia (Rm 6.2-7). (Ef 2.5,6).
Soteriologia (Doutrina da Salvação) - 19 -
A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para
Deus (Mt 3.2) e coloca a sua fé pessoal em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador.
A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de
obediência a Jesus Cristo (2 Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10). Aquele que realmente nasceu
de novo está liberto da escravidão do pecado e passa a ter desejo e disposição espiritual
de obedecer a Deus e de seguir a direção do Espírito (Rm 8.13,14). Vive uma vida de
retidão (1 Jo 2.29), ama aos demais crentes (1 Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1 Jo 3.9;
5.18) e não ama o mundo (1 Jo 2. 15,16).
Quem é nascido de Deus não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua
vida. Não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço
vitorioso de agradar a Deus e de evitar o mal (1 Jo 2.3-11, 15-17, 24-29; 3.6-24; 4.7,8,20;
5.1), mediante uma comunhão profunda com Cristo e a dependência do Espírito Santo
(Rm 8.2.14).
Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do
mundo, seja qual for a religião que professem, demonstram que ainda não nasceram de
novo (1 Jo 3.6,7).
Assim como uma pessoa nasce do Espírito ao receber a vida de Deus, também pode
extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em iniqüidade. As Escrituras afirmam:
Se viverdes segundo a carne, morrereis (Rm 8.13). Ver também Gl 5.19-21, atentando para
expressão como já antes vos disse.
O nosso nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o
relacionamento entre Deus e o salvo é questão do espírito e não da carne. Logo, embora a
ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de pai
para filho que Deus quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período
probatório na terra. Nosso relacionamento com Deus é condicionado pela nossa fé em
Cristo durante nossa vida terrena: fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor
sinceros
Leia (Hb 5.9; 2 Tm 2.12).
Soteriologia (Doutrina da Salvação) - 20 -
1. O Alcance da Salvação
a) A salvação era primeiramente vista como uma libertação material e concreta, diz
respeito à vista do homem ou do povo nas múltiplas peripécias em que ocorre perigo. Ser
salvo equivale a sair ileso de uma situação perigosa, uma derrota ou a morte. O israelita
sobre o campo da batalha (Dt 20.4), ou o fiel atacado pela doença ou angustia moral (Sl
6.5; 69.2 etc.), voltava-se para o seu Senhor em procura de libertação ou de saúde. Assim,
no Antigo Testamento muitas vezes, a salvação era concebida mais como libertação
coletiva e nacional do que individual.
Assim sendo, percebe-se que Deus ao traçar um plano para a recuperação moral e
física do homem, estabeleceu contado vital em cada ponto sucessivo. Não há falhas, não
há lacunas na obra da graça redentora, desde o principio até o fim. Tudo foi vitalizado
tudo é orgânico do Éden ao Trono divino.
Exercícios
......................................................................................................................................................................................................................................................
Lição 3
11. A Realidade da Salvação
Salvação é uma palavra de amplo sentido que abrange todos os atos e processos
redentores a saber: Justificação, redenção, graça, propiciação, imputação, perdão,
santificação e glorificação. A salvação procede de Deus e não do homem. Foi concebida
por Deus o Pai, consumada por Jesus o Filho, oferecida ao crente por intermédio do
Espírito Santo. O homem não teve participação alguma no plano de salvação, resta-lhe
apenas aceitar o Dom de Deus. Tão logo o homem pecou, Deus anunciou seu projeto para
salva-lo (Gn 3.15).
Salvação é palavra de profundo significado e de infinito alcance. Muitos têm uma
concepção bastante pobre da inefável salvação consumada por Jesus, o que às vezes
reflete numa vida espiritual descuidada e negligente, onde falta aquele amor ardente e
total por Jesus e busca constante de sua comunhão.
Salvação não significa apenas livramento da condenação do Inferno, ela abarca
todos os atos e processos redentores e transformadores da parte de Deus para com o
homem e o mundo através de Jesus, o Redentor, nesta vida e na outra.
A salvação é o resultado da redenção efetuada por Jesus, o meio que Deus proveu
para livrar o homem de seus pecados. Salvação é o usufruto desse livramento.
A doutrina da salvação diz respeito ao plano divino para restaurar o homem do
pecado e, consequentemente livrá-lo da condenação eterna. Cristo é o único caminho ao
Pai. A salvação é concedida mediante a graça de Deus, manifestada em Cristo Jesus e
está baseada na morte, ressurreição, e exaltação do Filho de Deus.
A doutrina em apreço pode ser estudada sob vários aspectos da salvação, nos
deteremos em apenas três: justificação, regeneração e santificação.
Soteriologia (Doutrina da Salvação) - 23 -
12. A Salvação e a Fé
Conceitos de Fé e Obras
1. A fé. A palavra fé ocorre 244 vezes no Novo Testamento, pode ser vista
com diversos significados: fé comum aos que crêem (Mc 16.17,18), fé
como fruto do Espírito (Gl 5.22), fé como dom outorgada pelo Espírito
Santo (1 Co 12.9), fé como meio para a salvação (ou fé salvífica), conforme
Rm 5.1, que o sentido pelo qual o termo é estudado na epístola de Tiago.
O que é a Fé
Anatole France estadista francês confessou que não tinha fé, mas considerava
felizes os que a tinham. Louvemos a Deus porque além da fé comum a todos os homens,
possuímos a fé salvadora que nos faz triunfar em todas as coisas através de Nosso Senhor
Jesus Cristo.
1. Definição. De conformidade com o autor da Epístola aos Hebreus, fé é o firme
fundamento das coisas que se esperam, e a aprova das coisas que se não vêem (Hb 11.1). É a
confiança que depositamos em todas as providencias de Deus. É a crença de que Ele está
no comando de tudo e que é capaz de manter as leis que estabeleceu. É a convicção de
que a sua Palavra é a Verdade. Enfim, é a tranquilidade que depositamos no plano da
salvação por Deus estabelecido e executado por seu Filho no Calvário.
b) Um homem sabe que Cristo é divino tanto quanto sabe que há um Deus, isto é,
pela percepção da fé. No mesmo ato de fé em que conhecemos Deus nós também
conhecemos Cristo como divino. Isto é verdade porque é em Cristo que conhecemos a
Deus. E nisto está à confirmação da vida eterna, e a vida eterna é esta: que te conheçam, a
ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo a quem enviaste (Jo 17.3). Neste
intercambio divino, duas coisas existem a respeito da vida religiosa do homem que
confirmam este ponto de vista.
A primeira
É o senso que o homem tem da sua dependência a Deus, este é um elemento
fundamental e essencial em religião. Não é o todo da religião como o definiu
Schleiermancher, mas é um elemento componente. Este senso de dependência dá
testemunho ao fato de que o homem não pode viver sem Deus. O outro lado da mesma
coisa é o espontâneo impulso de reconhecer Deus como o doador de todo o bem e lhe
render graças por esse bem. Deste modo é ele reconhecido como estando presente em
toda a vida.
A segunda
É reconhecida a presença de Deus na experiência cristã. Em nossa comunhão com
Deus em Cristo temos indisputável evidência de que Deus é real para a vida humana.
Agostinho invoca a imediata presença de Deus para que tivesse paz. Senhor Deus
concede-nos a paz, tu que tudo nos deste. Concede-nos a paz do repouso, a paz do sábado
(repouso do trabalho), uma paz se ocaso. Essa belíssima ordem de coisas muito boas,
uma vez cumprindo o seu papel, toda ela passará porque terão um amanhecer e uma tarde
(Gn 1.5,8,13,19,23,31).
O sétimo dia porém não tem tarde nem repouso, porque o santificaste para
permanecer eternamente.
Aquele descanso com que repousaste no sétimo dia depois de tantas obras muito
boas – que realizaste – é um anúncio que nos vem pela palavra da tua Escritura, também
nós descansaremos em ti, no sábado da vida eterna. Depois dos nossos trabalhos, que são
bons porque os concedeste a nós (Hb 4.3).
c) Em Deus repousaremos. O descanso almejado por Agostinho e os demais cristãos
não se referem ao repouso do sábado semanal, que era o quarto mandamento da Lei e sim
o repouso eterno que somente em Deus através de Cristo, o homem encontrará. Porque
nós, os que temos crido, entramos no repouso... (Hb 4.3). Este repouso existe – porque Deus
repousa em nós. Também então repousarás em nós, de maneira que agora agem em nós.
Este repouso será teu por nós, como são tuas essas ações por nós. Tu porém, Senhor,
estás sempre ativo e estás sempre em repouso. Não vê no tempo, não te moves no tempo,
não repousas no tempo, todavia crias a nossa visão no tempo, o próprio tempo, e o
repouso depois de Tempo.
Jesus ainda se encontrava em Jerusalém por ocasião de sua primeira visita a Cidade
Santa, durante aquela festa da Páscoa com que expulsou os vendedores e os cambistas do
Templo (Jo 2. 13-22). Oportunidade em que realizou diversos milagres e muitos creram
nele, inclusive Nicodemos, cujo nome significa conquistador do povo, o qual foi ter com
o Verbo divino de noite. Provavelmente com receio de ser visto pelos judeus, pois era
fariseu e membro do Sinédrio (Jo 7. 48.,50,51).
Nicodemos era tido como príncipe dos judeus, devido o seu elevado conceito que
gozava entre o povo, e o cargo o qual exercia de mestre da Lei. Era temente a Deus por
isso, observou algo sobrenatural no procedimento de Cristo e foi ter com Ele, para tirar
suas dúvidas.
1. Jesus, chamado de Rabi
Jesus é reconhecido mundialmente como o maior Pedagogo da história humana,
pois suplanta a todos os educadores que palmilharam a face da Terra. Por sua sabedoria e
capacidade de ensinar, este é mais um motivo para acreditarmos ser Ele o Verbo divino,
pois não frequentou alguma escola de renome da antiguidade que o fizesse o baluarte do
ensino. Seu conhecimento veio do Alto (Tg 3.17).
Cristo Ensinava:
Concluiu que Cristo atuava com perfeita segurança (mt 7.29). No entanto, pensava
que ele fosse apenas um profeta, até mesmo superior a João Batista, o qual, também tinha
uma conduta ilibada e pregava uma mensagem proveniente de Deus (Mt 3.7-12).
O Verbo divino, encarnado tornou-se o elo de nossa comunhão com Deus e o meio
de salvação da humanidade perdida. Por isso, Ele se constitui em o único caminho para o
Céu.
2. Como podemos conhecer o caminho? Tomé custou a entender que Jesus não era
apenas um Mestre, mas, principalmente o Verbo divino (Jo 20.28), que se fez homem e
habitou entre nós. Por isso de imediato interpelou a Cristo, para dizer-lhe que nenhum
deles conhecia aquele caminho que o Filho de Deus mencionou, pois nunca lhes
mostrara. Surgia então uma oportunidade de ouro para o Salvador do mundo, apresentar-
se como o mediador entre o Criador e suas criaturas (1 Tm 2.5).
c) A Vida. O sopro de vida foi-nos concedido por Deus (Gn 2.7). O diabo
insatisfeito por ter o Senhor concedido esta dádiva ao homem, induziu-o ao pecado e
como consequência, levou-nos à morte (Gn 3.4,5). Jesus veio ao mundo com o objetivo
de restituir a vida à humanidade (1 Jo 1.1,2). Portanto, ninguém retorna para Deus se não
por intermédio do Verbo (At 4.12).
Soteriologia (Doutrina da Salvação) - 30 -
2. A Necessidade do Arrependimento
O termo arrependimento na Bíblia tem o sentido de contrição, tristeza e angústia do
pecador diante de Deus por seus pecados, e também voltar-se resoluto para Deus. É uma
mudança total de rumo na vida, deixar a senda de pecado e caminhar de volta a Deus e
continuar a caminhar com Deus.
3. A Renúncia Indispensável
O arrependimento para a salvação não pode ser apenas um impulso de um momento.
Precisa ser vivido na prática, na continuidade da vivência do cristão. Para tanto, há
necessidade de renúncia quanto à velha vida (Leia: 2 Co 5.17). Jesus disse: Se alguém
quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me (Mt 16.24). Aqui
está o ponto crítico da conversão de um pecador. A natureza humana contaminada pelo
germe do egoísmo e da rebeldia contra Deus, relutam e resiste em dar lugar à renúncia
dos interesses mesquinhos, carnais e efêmeros, para aceitar o senhorio de Cristo.
4. A Perseverança do Salvo
A vida cristã não é um mar de rosas. Jesus afirmou aos seus discípulos que teriam
aflições no mundo, mas que tivessem bom ânimo, pois Ele venceu o mundo (Leia: Jo
16.33). Jesus nos garante a vitória, na luta pela permanência como salvos em seu nome.
Mas, para chegarmos à eternidade com Deus, é necessário que tenhamos perseverança.
O cristão enfrenta lutas e desafios constantes, a começar da parte de seus próprios
familiares e conhecidos. O Senhor previu que pais e filhos não se entenderiam e que os
crentes seriam odiados por causa de seu nome (Leia: Mt 10.21,22), mas que ...aquele que
perseverar até o fim será salvo (Leia: Mt 10.22). Diante disso não há base bíblica para a
doutrina da predestinação absoluta, segundo a qual uns já nascem para serem salvos, e
outros desafortunados, já nascem miseravelmente predestinado à perdição. Isso não
condiz com o caráter de Deus revelado nas Escrituras Sagradas. Para ser salvo é
necessário crer em Jesus, com arrependimento e permanecer salvo, através da
santificação (Leia: Hb 12.14). A santificação se manifesta através da perseverança, em
obediência aos ensinos de Jesus.
Soteriologia (Doutrina da Salvação) - 31 -
Exercícios
4. A onde está escrito:“...a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” ?................................................
..................................................................................................................................................................................................................................................
5. Cite um livro que diz que “Deus é perdoador” ?...............................................................................................................
............................................................................................................................................................................................................................................
Soteriologia (Doutrina da Salvação) - 32 -
O que é Conversão?
Conversão segundo a definição mais simples é: abandonar o pecado e aproximar-
se de Deus. (Atos 3:19.) O termo é usado para exprimir tanto o período critico em que o
pecador volta aos caminhos da justiça, como também para expressar o arrependimento
de alguma transgressão por parte de quem já se encontra nos caminhos da justiça. (Mt.
18:3; Lc 22:32; Tia. 5:20.).
A conversão está muito relacionada com o arrependimento e a fé, ocasionalmente
representa tanto um como outro ou ambos, no sentido de englobar todas as atividades
pelas quais o homem abandona o pecado e se aproxima de Deus. (Atos 3:19; 11:21; 1 Pe.
2:25.) O Catecismo de Westminster, em reposta à sua própria pergunta, oferece a
seguinte e adequada definição de conversão:
As Escrituras declaram que todos pecaram, isto é, por meio de Adão todos foram
atingidos pelo pecado. Mas, elas também declaram que por meio de Cristo Jesus, todos
podem ser salvos. Cristo quando veio a este mundo veio por causa dos homens e, quando
morreu, morreu em favor de todos os homens. A Bíblia afirma que Ele ...morreu por todos,
para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou
(2 Co. 5.14), doravante, diz Paulo em 1 Cor. 15.22: Porque, assim como todos morrem em adão,
assim também todos serão vivificados em Cristo. A condição imposta por Deus em todo este
processo é, somente crê que Jesus Cristo é seu Filho e que Ele é: o caminho e a verdade e
a vida, e que ninguém poderá entrar no céu a não ser por intermédio de Jesus Cristo e de
sua morte na cruz. Fora disso, não existem nem caminho para o céu e nem nome para
redenção, Cristo é o único mediador entre Deus e os homens.
Soteriologia (Doutrina da Salvação) - 34 -
6. A Palavra de Deus é o PODER DE DEUS. Paulo falou aos coríntios, foi enfático
Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós que somos salvos, é o
PODER DEUS (1 Co 1. 18). As palavras filosofias, os ensinos, as idéias e pensamentos dos
Soteriologia (Doutrina da Salvação) - 35 -
mestres do mundo, conseguem no máximo formular vidas. Mas a Palavra de Deus
transforma o mais vil pecador numa nova criatura: ela em si mesma é e tem o poder de
Deus.
7. A Palavra de Deus é VIVA e EFICAZ. Até hoje nenhum cirurgião conseguiu
descobrir onde fica a divisão da alma e do espírito. Os médicos só podem agir sobre o
corpo. Quanto à mente, limitam-se a trabalharem o comportamento observável dos
homens. Contudo, Porque a palavra de Deus é VIVA e EFICAZ... penetra até a divisão da alma,
e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração
(Hb 4.12). A Palavra de Deus tem vida e é eficaz, ou seja, produz efeitos, muda
comportamentos, transforma vidas.
Exercícios
1. O que é Convenção?...................................................................................................................................................................................
.........................................................................................................................................................................................................................................
Bibliografia
Atenção!
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obra sem prévia autorização por escrito do autor.
Todos os direitos reservados.
Lei Federal 5088 de 14 de dezembro de 1973.
Soteriologia (Doutrina da Salvação) - 39 -
Registro Nº.............................................. Professor.................................................................................
Prova de Soteriologia
(NOME LEGÍVEL)
Aluno (a).............................................................................................................data........../.........../............
Observação: Só existe uma alternativa correta em cada questão, e cada questão vale 1 Ponto.