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Atividades a distância – oficina: Capoeira

3º Ano:

Atividade Práticas

 1ª sequência da capoeira regional


 2ª sequência da capoeira regional

Atividades teóricas

 Leitura sequencias capoeira Regional.


 Apostila Capoeira regional.
 Vídeo: Bimba a capoeira iluminada –
https://www.youtube.com/watch?v=EHnPkKZxcmQ&t=2s

4º Ano:
Atividades práticas:

 Sequência básica (negativa de Angola, rabo de arraia)


 Manutenção: bananeira e aú.

Atividades teóricas:

 Apostila Capoeira Angola


 Vídeo – Pastinha, uma vida pela capoeira –
https://www.youtube.com/watch?v=nYJauh72KZU&t=352s
Apostila: Capoeira Regional – 3º Ano

Manuel dos Reis Machado nasceu no dia 23 de novembro de 1900, no bairro Engenho
Velho, Freguesia de Brotas, Salvador, Bahia. O apelido ele ganhou logo ao nascer de uma
aposta feita entre sua mãe, Maria Martinha do Bonfim e a parteira que o aparou.
Seu pai, Luís Cândido Machado, era conhecido como um grande batuqueiro, campeão de
batuque.
Iniciou-se na capoeira aos 12 anos de idade, seu mestre foi o africano Bentinho, capitão da
Companhia de Navegação Baiana.
Aos 18 anos começa a dar aulas no bairro onde nasceu. Como ele mesmo dizia:
“Em 1918 não havia escola de capoeira, havia sim rodas de capoeira, nas esquinas, nos
armazéns e no meio do mato”.
Em 1928 achando que a capoeira que ele praticava e ensinava era pouco competitiva, e
que deixava a desejar em termos de luta, juntou golpes de batuque à capoeira de angola e criou a
capoeira regional.

“Fiz a capoeira regional. Enquanto estudava e praticava a de angola fui inventando e


aperfeiçoando novos golpes”.
“Em 1928 eu criei, completa, a regional que é o batuque misturado com a angola, com mais
golpes, uma verdadeira luta, boa para o corpo e para a mente.”

A capoeira regional criada por Mestre Bimba foi motivo de muita polêmica entre os
outros capoeiristas que não concordavam com sua radical mudança. Por outro lado, os jornais e
revistas da época não cansavam de noticiar suas proezas. A fama de Bimba e da capoeira
regional se propaga pelo Brasil.
Em 1932, fundou sua primeira academia especializada com o nome de “Centro de Cultura
Física e Regional”. Cinco anos depois, em 1937, era reconhecida e registrada oficialmente pelo
governo. Em 1939, Bimba ensina capoeira regional no quartel do CPOR. Instalou sua segunda
academia em 1942.
Bimba leva a capoeira em exibições por todo o país e em 23 de julho de 1953 apresenta-se para
o então presidente Getúlio Vargas, no palácio da Aclamação em Salvador. Ao apertar-lhe a mão
o Presidente disse:
“A capoeira é o único esporte verdadeiramente nacional.”

Foi depois desta apresentação que Getúlio Vargas liberou as manifestações populares
até então perseguidas e, com isso, beneficiou a capoeira que deixou de ser proibida pela polícia.
Casado e pai de 10 filhos, Bimba enfrentava problemas financeiros. Assim, acreditando em
promessas de maior reconhecimento e de uma vida melhor, Mestre Bimba deixa Salvador e
parte para Goiânia.
Porém sua vida em Goiânia não foi como lhe haviam prometido. Um ano depois de deixar a
Bahia, no dia 05 de fevereiro de 1974, morre Mestre Bimba.

“O homem que elevou a capoeira de status, que a tirou de baixo do pé do boi, como gostava de
dizer, e a introduziu nos meios universitários e sociais de Salvador, que foi citado em
enciclopédias e filmado por turistas do mundo todo.”
Sepultado em Goiânia, seus restos mortais foram transladados para Salvador em 20 de
julho de 1978.
“Bimba se foi mas deixou sua majestosa, inigualável obra, a qual, como ele, tornaram-se
imortais, deixando sua filosofia e sua força de fazer uma capoeira forte e insuperável, uma
capoeira autêntica, digna de ser chamada Capoeira Regional, a arte marcial brasileira.”

Algumas criações de Mestre Bimba:


Simplificou a bateria com apenas 1 berimbau e 2 pandeiros.
Criou 8 toques de berimbau: São Bento Grande, Iúna, Banguela, Cavalaria, Santa Maria,
Idalina, Amazonas e o Hino.
Criou a capoeira regional, na época consistia de 52 golpes.
Criou um método de ensino, a chamada seqüência de Bimba que consiste em 8 seqüências de
ataque e defesa para serem executados na roda.
Criou a seqüência de cintura desprezada, que é uma série de balões cinturados, que os alunos só
podiam jogar depois de formados, ao toque de iúna.
Criou o batizado de capoeira, um ritual onde o aluno é iniciado na capoeira recebendo um
apelido e sua primeira graduação.
Criou a graduação na capoeira, que consistia em 4 lenços de esguião de seda:
1º lenço cor azul – aluno formado
2º lenço cor vermelho – aluno formado e especializado
3º lenço cor amarelo – curso de armas
4º lenço cor branco – mestre de capoeira

1º) Seqüência

1. Meia Lua de frente (com a perna direita).


2. Cocorinha (LD).
1. Meia Lua de frente (com a perna esquerda).
2. Cocorinha (LE), em seguida, armada (com a perna direita).
1. Negativa (por fora com a perna esquerda).
2. Aú e Rolé (LE).
1. Cabeçada no Aú do aluno B.

2º) Seqüência

1. Queixada (com a perna direita).


2. Cocorinha (LE).
1. Queixada (com a perna esquerda).
2. Cocorinha (LD), em seguida, Armada (com a perna direita).
1. Cocorinha (LE), em seguida, Benção (com a perna direita).
2. Tirar a benção com a palma de mão esquerda , em seguida , Negativa (por dentro com a
perna direita).
1. Aú e rolé (LD).
2. Cabeçada no Aú do aluno A.
3º) Seqüência

1. Martelo (com a perna direita).


2. Defesa (palma da mão) com o braço esquerdo.
1. Martelo (com a perna esquerda).
2. Defesa (palma da mão) com o braço direito.
1. Benção (com a perna direita).
2. Tirar a benção com a palma de mão esquerda, em seguida Armada (com a perna direita).
1. Negativa (por fora com a perna esquerda).
2. Aú e rolé (LE).
1. Cabeçada no Aú do aluno B.

4º) Seqüência

1. Godeme (com o braço direito).


2. Defesa (palma da mão) com os dois braços (LE).
1. Godeme (com o braço esquerdo).
2. Defesa (palma da mão) com Os dois braços (LD).
1. Arrastão.
2. Galopante (com a mão esquerda).
1. Aú e rolé (LE).
2. Negativa e cabeçada no Aú do aluno A.

5º) Seqüência

1. Giro (para o LD).


2. Cabeçada.
1. Joelhada (com a perna direita).
2. Tirar a joelhada para o lado esquerdo, em seguida,Negativa (por dentro com a perna
direita).
1. Aú e rolé (LD).
2. Cabeçada no Aú do aluno A.

6º) Seqüência

1. Meia lua de compasso (com a perna direita).


2. Cocorinha (LE), em seguida, meia lua de compasso (com a perna direita).
1. Cocorinha (LE), em seguida, joelhada (com a perna esquerda).
2. Tirar a joelhada para o lado direito, em seguida, Negativa (por dentro com a perna
esquerda).
1. Aú e rolé (LE).
2. Cabeçada no Aú do aluno A.

7º) Seqüência

1. Armada (com a perna direita).


2. Cocorinha (LE).
1. Armada (com a perna esquerda).
2. Cocorinha (LD), em seguida, benção (perna direita).
1. Tirar a benção com a palma de mão (E), em seguida, Negativa (por dentro com a perna
direita).
2. Aú e rolé (LD) .
1. Cabeçada no Aú do aluno B.
8º) Seqüência

1. Benção (com a perna direita).


2. Tirar a benção com a palma de mão (E), em seguida, Negativa (por dentro com a perna
direita).
1. Aú e rolé (LD).
2. Cabeçada no Aú do aluno A.
Capoeira de Angola

Capoeira de Angola ou somente Angola é o estilo de capoeira mais próximo de


como os negros escravos jogavam a capoeira. Caracterizada por ser mais lenta, porém
rápida, movimentos furtivos executados perto do solo, como em cima, ela enfatiza as
tradições da capoeira, que em sua raiz está ligada aos rituais afro-brasileiros,
caracterizados pelo candomblé. Sua música é cadenciada, orgânica e ritualizada e o
correto é estar sempre acompanhada por uma bateria completa de oito instrumentos,
chamada de bateria de Angola.[1]

É uma manifestação da cultura popular brasileira onde coexistem aspectos


normalmente compreendidos de forma segmentada pela cultura que se fez oficial, como
o jogo, a dança, a mímica, a luta e a ancestralidade, unidos de forma coesa, simples e
sintética. Possui suas origens em elementos da cultura de várias matizes de povos
africanos que foram escravizados e mantidos em cativeiro no Brasil no século XIX,
sincretizados com elementos de culturas nativas (povos indígenas) e de origem
européia.[2]

História

Desde um início de sua formação até os dias de hoje, a capoeira diferenciou-se


em diferentes "estilos", cada um marcado por suas visões próprias, hábitos específicos e
interações com a cultura local de cada região. Atualmente, essas diferentes leituras acerca
da capoeira estão manifestas através da prática dos diferentes grupos e declaradas em
duas principais vertentes: a capoeira de Angola, que possui como referência Mestre
Pastinha, e a capoeira regional, que tem como seu principal personagem Mestre Bimba.

A capoeira Angola, diferencia-se da luta regional baiana de Mestre Bimba por


possuir maior enfâse em características como o jogo, a brincadeira e a busca pela
ancestralidade, possuindo em regra movimentos mais lentos, rasteiros e lúdicos. Na "roda
de Angola" coexistem diferentes estéticas relativas aos seus diversos grupos e a
individualidade de cada "angoleiro", onde o objetivo é a busca intensiva e recíproca pelo
"axé", dentro dos fundamentos da arte.

A capoeira Angola não tem uma data definida em que teria sido criada, nem uma
pessoa a quem possamos atribuir com certeza a sua criação. Apesar disto, sempre que
falamos de capoeira Angola temos o nome de Mestre Pastinha (Vicente Joaquim Ferreira
Pastinha, 1889 - 1981) associado a ela. Pastinha foi um grande defensor da capoeira
Angola, divulgando-a e introduzindo-a na sociedade de um modo geral, fazendo, assim,
com que a capoeira deixasse de ser vista tão somente como uma luta marginalizada
praticada por vândalos e arruaceiros, ao mesmo tempo em que criava a primeira escola
de capoeira angola criada no Brasil.

Pastinha defendia arduamente a capoeira Angola, e pretendia, assim, fazer com


que esta mantivesse sua força, não perdendo suas principais características. Para isto,
divulgou a capoeira até onde pôde e como pode: fez muitas viagens ao exterior, inclusive
para África, como principal representante da capoeira. Pastinha também formou muitos
alunos, garantindo, assim, o futuro da capoeira angola.
Atualmente, existem algumas associações que representam exclusivamente a
capoeira Angola e buscam, principalmente, resgatar as antigas tradições da Angola, já
que não só ela, mas a capoeira no geral, evoluiu e hoje em dia apresenta diferenças
próprias da renovação das tradições. Graças ao esforço de muitos Mestres e pessoas
envolvidas com a capoeira.

Música e canto

O jogo de Angola é acompanhado por uma música mais lenta. Geralmente a


música é antecedida por uma ladainha, que é uma espécie de lamento, que quase sempre
fala da escravidão e da vida do negro escravo.

Música

Bateria de Angola

A capoeira angola também tem orquestra, sendo formada sempre por oito
instrumentos posicionados normalmente no seguinte arranjo da esquerda para direita:
Iago boquetim

 Atabaque
 Pandeiro
 Berimbau viola
 Berimbau médio
 Berimbau gunga ou berra-boi
 Pandeiro
 Reco-reco
 Agogô

Toques do berimbau

Os toques do berimbau são:

 São Bento Grande


 Angola
 São Bento Pequeno

Canto
Ladainha

O canto (ladainha) é sempre acompanhado num ritmo mais lento, em que os


capoeiristas ficam atentos para o início do jogo, que começa com o "corrido" dando um
ritmo mais acelerado.
Trajes

Em muitos grupos de capoeira Angola a roupa utilizada para se jogar é composta


por chapéu, paletó, calça e sapato, sendo calças e camisas geralmente brancas, embora
alguns grupos utilizam outras cores, como o amarelo e o preto que era utilizado na
academia de Pastinha.

Antigamente, por uma questão de respeito, não se devia sujar a roupa do adversário.

Jogo de Angola

O jogo de Angola é facilmente indentificado: é um jogo cadenciado, mais lento,


mas nem por isso deixa de ser uma luta, tem seus momentos de puro perigo, embora essa
demonstração de violencia sempre ficou intrinseca nas rodas de capoeira.

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