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ANA VANI BATISTA 66094275004 ANA VANI BATISTA 66094275004 ANA VANI BATISTA 66094275004 ANA VANI BATIS

Português com Lógica

REDAÇÃO
TOTAL
PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO

Acompanhe com
aGramática
Comentada

Para Concursos Públicos


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COMO FAZER UMA REDAÇÃO NOTA 10?

O QUE VOCÊ VAI APRENDER NESTE CURSO?


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TIPOS DE REDAÇÃO
ÓTICA DAS PRINCIPAIS BANCAS
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DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA – EXEMPLO

(FCC 2015 / DEFENSORIA PÚBLICA SP / SECR. ADM. BILÍNGUE)


A taxa de reincidência de prisioneiros libertados nos Estados Unidos é de 60%; na Inglaterra,
de 50%; na Noruega, de 20%. A prisão de Halden foi projetada para incorporar a ideia que os
noruegueses têm de execução penal: a pena é a privação da liberdade, não o tratamento cruel.
O objetivo é a reabilitação, não a vingança. “Fundamentalmente, acreditamos que a
reabilitação do prisioneiro deve começar no dia em que ele chega à prisão", afirma a ministra
júnior da Justiça da Noruega, Kristin Bergersen: "a reabilitação do preso é do maior interesse
público, em termos de segurança".
(Adaptado de: http://www.conjur.com.br/2012-jun-27/noruega-reabilitar-80- criminosos-prisoes)

Considerando o que se afirma acima, redija um texto dissertativo- argumentativo a respeito


do tema:
Sistema prisional e ressocialização do preso

DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA POLÊMICA – EXEMPLO

(FCC 2014 / TRT 1ª / TÉC. JUDICIÁRIO /TI / MÉDIO)

Texto I
A violência contra as mulheres não é um fenômeno tópico, muito menos específico dos
espaços públicos, mas estrutural, multidimensional, disseminado, enraizado e,
correntemente, recôndito.
(FANINI, Michele Asmar. Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br)

Texto II
Não se corrigem do dia para a noite preconceitos ou abusos relacionados a questões de
gênero e enraizados na sociedade. Enquanto isso, é importante que sejam oferecidas formas
de minorar o dano das vítimas. A respeito do vagão rosa, afirma Olgamir Amância, titular da
Secretaria da Mulher do DF: “Ele desperta a atenção da população. Mas certamente, como
somos a maioria, um vagão não é o suficiente”.
(Adaptado de: LEAL, Aline. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br)

Texto III
No conceito do “vagão rosa” as mulheres são colocadas na posição de objetos de desejo ou
objetos de posse. E os homens são vistos como vítimas do próprio desejo, sem a
necessidade de se responsabilizar por ele. Acho curioso que homens não façam protestos
contra o “vagão rosa”: a ideia nele embutida sobre o que é ser um homem é ofensiva ao
extremo.
(BRUM, Eliane. Disponível em: http://brasil.elpais.com)
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Com base nos textos acima, escreva um texto dissertativo-argumentativo, justificando


amplamente seu ponto de vista, sobre o tema:

Questões de gênero e violência: medidas paliativas ou necessárias?

DISSERTAÇÃO EXPOSITIVA – EXEMPLO

(CESPE 2015 / MPOG / ADMINISTRADOR / SUPERIOR)


O orçamento público é peça que constitui a base do controle e da fiscalização da ação estatal,
além de ser elemento fundamental para planejamento e melhoria na qualidade da gestão
pública. Para que seja efetivo, o orçamento deve ser organizado de maneira clara, por meio de
regras básicas, as quais garantam a lógica e a racionalidade para seu processo de elaboração,
execução, acompanhamento e avaliação.
Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, elabore um texto
dissertativo sobre os princípios orçamentários, sua importância e fundamentação jurídica. Ao
elaborar seu texto, faça o que se pede a seguir:

➢ identifique e explique os princípios; [valor: 9,50 pontos]


➢ discorra sobre a relação entre os diversos princípios para organização do orçamento;
[valor: 7,50 pontos]
➢ apresente a fundamentação jurídica dos princípios, discorrendo sobre a aceitação, ou
não, dos princípios pelo ordenamento jurídico brasileiro. [valor: 11,50 pontos]
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ESTUDO DE CASO – EXEMPLO

(FGV 2014 / XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO)


Joana é servidora pública municipal do Município de Tribobó do Oeste, o qual não possui
regime jurídico próprio. Foi contratada na condição de celetista, tendo prestado concurso
público em 2004. Em 2014, imotivadamente foi dispensada. Já Paula é empregada da empresa
Banco Futuro S/A, que a contratou após processo seletivo composto por prova de
conhecimento na área de atuação e teste psicotécnico, tudo ocorrido também no ano de 2004,
e dispensada imotivadamente na mesma época que Joana.
Diante disso, responda:
A) Joana faz jus a algum tipo de estabilidade? Fundamente.
B) Paula faz jus a algum tipo de estabilidade? Fundamente.
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MODELO DO TEMA 2: SEM TÓPICOS


MODELO DE TEMA 1: COM TÓPICOS
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PERFIS DE TEMAS | PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

EXEMPLOS DE PROVAS DISSERTATIVAS


(FCC 2014 / SAEB-BA / PERITO CRIMINALÍSTICO / SUPERIOR)
Instrução: Escolha apenas um dos seguintes temas para a sua redação e identifique na Folha
de Redação o número do tema escolhido.

TEMA 1
Texto 1
O Marco Civil da Internet estabelece uma série de proteções a nossa privacidade na rede.
Embora não impeça a espionagem, coloca na ilegalidade a cooperação entre empresas e
governos no monitoramento massivo. A lei também não impedirá Google e Facebook de
venderem nossas informações, mas define que isso deve ser autorizado de maneira expressa
e informada.
(Adaptado de: EKMAN, Pedro. Intervozes-CartaCapital, 11.03.2014. Disponível em: <http://zip.net/bvmLsW>)

Texto 2
Há um debate hoje, em democracias consolidadas, sobre a inconveniência de se retirar
conteúdo jornalístico de circulação, um procedimento que pode ferir os princípios básicos da
liberdade de expressão. No Brasil, o Marco Civil da Internet permite que juízes de juizados
especiais, motivados por “interesse da coletividade” (um conceito vago e impreciso),
determinem liminarmente a retirada de conteúdo de um site.
(Adaptado de: RODRIGUES, Fernando. Uol Notícias, 26.03.2014. Disponível em: <http://zip.net/bgny9Y>)

A partir da reflexão suscitada pela leitura dos textos, escreva um texto dissertativo
argumentativo, a respeito do seguinte tema:

Marco civil da internet: proteção à privacidade ou censura?


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TEMA 2

Texto 1
A pressuposição do ser humano como completamente egoísta passou a imperar em grande
parte da teoria econômica dominante; contudo, essa visão nem sempre esteve presente. Os
primeiros autores sobre questões econômicas – como Aristóteles e Tomás de Aquino –
consideraram a ética como uma parte importante do comportamento humano. Ainda que,
hoje, a motivação de uma escolha seja caracterizada pela busca do autointeresse, não há nada
de errado em tomar decisões que sejam altruístas e ultrapassem as fronteiras estreitas da
busca exclusiva do autointeresse.
(Adaptado de: Amartya Sen. A ideia de justiça. São Paulo, Cia. das Letras, 2011)

Texto 2
Não escapou a Alexis de Tocqueville que o individualismo é também uma consequência direta,
e ao mesmo tempo nefasta, da democracia. Ele a diferencia do egoísmo, “vício tão antigo
quanto o mundo e que não pertence a uma forma de sociedade mais que a outra qualquer”.
(Adaptado de: ELIACHEFF, Caroline, LARIVIÈRE, Daniel Soulez. O Tempo das vítimas. São Paulo. FAP-UNIFESP, 2012)

Com base no que se afirma acima, redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito do


seguinte tema:

Altruísmo e autointeresse

TEMA 3

Escreva um texto dissertativo-argumentativo, posicionando-se em relação ao que se afirma


abaixo. Justifique amplamente seu ponto de vista.

O exercício da autoridade é necessário em muitas circunstâncias; já a prática do


autoritarismo é perniciosa, pois expõe, de um lado, a fraqueza íntima de quem o exerce,
julgando-se poderoso, e, do outro, a dor e a humilhação de quem o sofre, sentindo-se
impotente.
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(FCC / TRT 1ª / ANALISTA JUDICIÁRIO / TI / SUPERIOR)


TEXTO I
Eis o grande problema do mundo virtual: a falta do olhar alheio. Nosso cérebro está adaptado
para interagir face a face com os outros: nesse tipo de conversa recebemos uma série de
informações – se estamos agradando, se a pessoa está triste, feliz – e assim ajustamos o
conteúdo e também a forma de nosso discurso. Isso não apenas porque queremos agradar,
mas também porque ver o sofrimento do outro nos incomoda, refreando certos impulsos.
Talvez seja essa uma das razões para tantas pessoas assumirem atitudes antissociais diante
de uma tela.
(Adaptado de: BARROS, Daniel M. de. Psiquiatria e Sociedade. Disponível em: http://blogs.estadao.com.br/daniel-martins-
debarros/ psicopata-e-voce/)

TEXTO II

“Diga o que pensa. Seja você mesmo.” Assim começa a apresentação do Secret. Como
enviar uma mensagem em uma garrafa no meio do mar, o aplicativo convida a compartilhar
comentários e sensações de forma anônima. “Sabemos que muitos não se atrevem a dar sua
opinião no Facebook por temer represálias. Nem a colocar algo grave que ocorra em sua
empresa. Nos dois casos pode ser um conteúdo relevante que de outra maneira não viria à
tona”, sublinha Chrys Bader, um dos fundadores dessa rede social.
(Adaptado de: CANO, Rosa Jiménez. Secret, entre a liberdade de expressão e o insulto. Disponível em:
http://brasil.elpais.com/brasil/2014/08/24/).

Com base nos textos acima, escreva um texto dissertativo-argumentativo, justificando


amplamente seu ponto de vista, sobre o tema:

Ver e ser visto: comportamento e redes sociais.


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(FCC 2014 / TRF 1ª / ANALISTA JUDICIÁRIO / INFORMÁTICA / SUPERIOR)

Em entrevista recente, o filósofo francês Alain Badiou explicou sua afirmação de que “a
ecologia é o ópio do povo”, feita anteriormente. Segundo ele, “a ecologia é hoje um misticismo
que não teme assumir tonalidades catastrofistas. Com o declínio das religiões históricas, a
ecologia, com o acento que ela coloca em questões como ‘a preservação da natureza’, ou
mesmo de uma relação perdida do homem com esta mesma natureza, parece-me uma nova
forma de messianismo. Eu não me preocupo exatamente com o destino da natureza, preocupo-
me com o destino dos homens. É essa preocupação que deveria pautar nossas ações atuais”.
(Folha de S.Paulo, 6/7/14, com adaptações)

Desenvolva um texto dissertativo-argumentativo, sobre as questões que Alain Badiou discute


acima. Justifique seu ponto de vista.

(CESPE 2015 / MPOG / SUPERIOR) EXPOSITIVA


O setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 6,9 bilhões em maio de 2015. O
governo central e as empresas estatais apresentaram déficits de R$ 8,9 bilhões e R$ 72
milhões respectivamente; e os governos regionais, um superávit de R$ 2 bilhões.
No ano, o superávit primário acumulado é de R$ 25,5 bilhões, ante o superávit de R$ 31,5
bilhões para o mesmo período de 2014. No acumulado em doze meses, registrou-se déficit
primário de R$ 38,5 bilhões (0,68% do PIB), comparativamente ao déficit de R$ 42,6 bilhões
(0,76% do PIB) em abril.
Os juros nominais, apropriados por competência, alcançaram R$ 52,9 bilhões em maio,
comparativamente a R$ 2,2 bilhões em abril. Contribuiu para esse aumento o resultado
desfavorável de R$ 22,1 bilhões das operações de swap cambial no mês, ante o resultado
favorável de R$ 31,8 bilhões em abril. No acumulado no ano, os juros nominais somam R$
198,9 bilhões, comparativamente a R$ 101,6 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em
doze meses, os juros nominais totalizaram R$ 408,8 bilhões (7,22% do PIB), elevando-se 0,52
p.p. do PIB em relação ao observado em abril.

Nota do Banco Central do Brasil à Imprensa, 30/6/2015 (com adaptações).

Redija um texto dissertativo que contenha uma análise do resultado fiscal do governo no
período considerado no texto acima. Em seu texto, faça o que se pede a seguir.

- Teça considerações a respeito das necessidades de financiamento do setor público


(NFSP), com ênfase no nível federal, e das formas como são tratadas e registradas as NFSP
no orçamento público. [valor: 5,50 pontos]
- Comente acerca dos conceitos de resultado nominal e primário e das duas formas de
apuração: o critério abaixo da linha e o acima da linha. [valor: 15,00 pontos]
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- Teça considerações sobre o momento brasileiro, com resposta aos seguintes


questionamentos.
- Houve redução ou elevação do endividamento público? [valor: 3,00 pontos]
- Quais foram as principais medidas de compensação para se manter o ajuste fiscal?
[valor: 5,00 pontos]
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(FCC 2014 / TRF 4ª / OFICIAL DE JUSTIÇA / SUPERIOR) ESTUDO DE CASO


Na qualidade de Oficial de Justiça, José, encarregado do cumprimento de mandado de
citação da empresa “A Ltda.”, expedido em ação de execução fiscal, encontrou, em um
domingo, às 19h, em sua residência, Alfredo, sócio administrador da referida empresa.
Após a leitura do mandado, Alfredo confirmou que é o sócio administrador da empresa “A
Ltda.” mas disse que era domingo e estava em sua residência, não podendo a diligência ser
realizada naquele local, nesse dia, nem após às 18h, por afrontar a Constituição Federal.
Afirmou que nada devia ao Erário e que o Oficial de Justiça, querendo, se dirigisse à sua
empresa para citá-lo e que lá se entendesse com sua secretária, retirando-se do local.

Responda, fundamentadamente:
a. se a citação pode ser realizada em um domingo;
b. se pode ser efetivada após às 18h;
c. se é válida a citação na residência do representante legal ou se deve comparecer à
sede da empresa para concluir a diligência;
d. como deve o Oficial de Justiça proceder nessa situação.
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A seguir, um esquema para um texto argumentativo:


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OS OITO PASSOS PARA O PROCESSO DE UMA REDAÇÃO

1. LER o tema da questão e ler os textos norteadores, sublinhando em cada um deles a ideia
central. Neste momento, relacione cada texto lido a uma palavra do tema.
2. Diante do tema, formule uma tese.
3. Diante da tese, gere ideias (tudo que você sabe em relação a esse assunto).
4. Das ideias geradas, selecione de duas a três, as outras ideias terão que se subordinar a
elas.
5. Elabore um roteiro.
6. Redija um rascunho
7. leia duas vezes a sua redação
8. Passe a limpo o seu rascunho

A DISSERTAÇÃO

Aquilo que chamamos didaticamente de dissertação consiste na exposição de idéias, razões. Na


dissertação, predominam os conceitos abstratos, muitas vezes fora das esferas do tempo e do
espaço.

O TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO

Também chamado de opinativo, além de expor o que se sabe sobre um assunto – e muitas
vezes também informar – o texto dissertativo argumentativo tem por finalidade principal
persuadir o leitor sobre determinado assunto, modificar seu comportamento.

Exemplo: “Viver „plugado‟ a uma corrente de pessoas e informações pode ser divertido e útil.
Mas agride o que o ser humano tem de melhor e mais insubstituível: o seu gosto, o seu erro, a
sua miséria e sua glória.”

ALGUMAS DEFINIÇÕES IMPORTANTES

➢ Argumentar: apresentar fatos, ideias, razões lógicas, provas, etc., que comprovem uma
afirmação, uma tese.

➢ Argumentação: conjunto de ideias e fatos que constituem os argumentos que levam ao


convencimento de alguém ou a conclusão de algo.
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➢ Dissertar: expor algum assunto de modo sistemático (metódico, organizado), abrangente e


profundo, oralmente ou por escrito.

➢ Dissertação: *exposição escrita de assunto relevante nas áreas científica, artística,


doutrinária, etc. (* Exposição: apresentação organizada de um assunto, oralmente ou por
escrito.)

➢ Dissertação Argumentativa: Apresentação de argumentos que defendam uma * TESE


(posicionamento a respeito de determinado assunto), com intuito de convencer o leitor.

*Tese: posicionamento de um autor a respeito de determinado assunto (tema). Ou seja: tese é


posicionamento, e não opinião!

Portanto, uma dissertação argumentativa é um texto que versa a respeito de determinado


assunto (tema), com o intuito de, além de expor o que se sabe a respeito, defender um
posicionamento do autor a respeito do mesmo.

Defender tese não é dar opinião!


Defender uma tese não é simplesmente dar sua opinião a respeito de determinado assunto
(tema). Defender uma tese é expor argumentos pertinentes e lógicos, extraídos de fatos e
acontecimentos relacionados ao TEMA (assunto / questão relacionado a uma determinada
sociedade ou segmento desta, país, mundo, etc.), que demonstrem seu posicionamento
como verdadeiro.
Assim, argumentar é comprovar algo (tese) com fatos extraídos dos acontecimentos da vida
real, relacionado ao tema proposto (assunto)

Redação

Brasileiro, Homem do Amanhã


Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único
país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas
são: a capacidade de dar um jeito, a capacidade de adiar.
A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior, a
segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o
corpo diplomático contribua para isso.
Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer
amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada forma de
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conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da
vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça
brasileira.
Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que
protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa
deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto
com as palavras: logo à tarde, só à noite, amanhã, segunda-feira, depois do Carnaval, no ano
que vem.
Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes
se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o
dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma
agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o
concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a
China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós.
Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma
instituição sacrossanta no Brasil.
Quanto à morte, não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo na
Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem voltar para lá, isto é,
para cá. Já Álveres de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente
brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje,
postulando a Deus prazos mais confortáveis.
Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra
do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o
alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita, com a morte, o japonês
esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravatas mais colorida.
O brasileiro adia, logo existe.
A divulgação de nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as
fronteiras e o Atlãntico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro
francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do
volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos
endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o
seguinte tópico:

Palavras
Hier: ontem Aujourd´hui: hoje Demain: amanhã.
A única palavra importante é amanhã”.
Ora, este francês agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.
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Utopias e distopias
Todas as utopias imaginadas até hoje acabaram em distopias, ou tinham na sua origem
um defeito que as condenava.
A primeira, que deu nome às várias fantasias de um mundo perfeito que viriam depois,
foi inventada por sir Thomas Morus em 1516.
Dizem que ele se inspirou nas descobertas recentes do Novo Mundo, e mais
especificamente do Brasil, para descrever sua sociedade ideal, que significaria um
renascimento para a humanidade, livre dos vícios do mundo antigo. Na Utopia de Morus o
direito à educação e à saúde seria universal, a diversidade religiosa seria tolerada e a
propriedade privada, proibida. O governo seria exercido por um príncipe eleito, que poderia ser
substituído se mostrasse alguma tendência para a tirania, e as leis seriam tão simples que
dispensariam a existência de advogados. Mas para que tudo isso funcionasse Morus
prescrevia dois escravos para cada família, recrutados entre criminosos e prisioneiros de
guerra. Além disso, o príncipe deveria ser sempre homem e as mulheres tinham menos direitos
que os homens. Morus tirou o nome da sua sociedade perfeita da palavra grega para “lugar
nenhum”, o que de saída já significava que ela só poderia existir mesmo na sua imaginação.
Platão imaginou uma república idílica em que os governantes seriam filósofos, ou os
filósofos governantes. Nem ele nem os outros filósofos gregos da sua época se importavam
muito com o fato de viverem numa sociedade escravocrata. Em “Candide”, Voltaire colocou sua
sociedade ideal, onde havia muitas escolas mas nenhuma prisão, em El Dorado, mas
“Candide” é menos uma visão de um mundo perfeito do que uma sátira da ingenuidade
humana. Marx e Engels e outros pensadores previram um futuro redentor em que a
emancipação da classe trabalhadora traria igualdade e justiça para todos. O sonho acabou no
totalitarismo soviético e na sua demolição. Até John Lennon, na canção “Imagine”, propôs sua
utopia, na qual não haveria, entre outros atrasos, violência e religião. Ele mesmo foi vítima da
violência, enquanto no mundo todo e cada vez mais as pessoas se entregam a religiões e se
matam por elas.
Quando surgiu e se popularizou o automóvel anunciouse uma utopia possível. No futuro
previsto os carros ofereceriam transporte rápido e lazer inédito em estradas magnetizadas para
guiálos mesmo sem motorista. Isso se os carros não voassem, ou se não houvesse um
helicóptero em cada garagem. Nada disso aconteceu. Foi outra utopia que pifou. Hoje vivemos
em meio à sua negação, em engarrafamentos intermináveis, em chacinas nas estradas e num
caos que só aumenta, sem solução à vista. Mais uma vez, deu distopia.

(Veríssimo, Luiz Fernando. O Globo, 22/12/2013)


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Acredite, progredimos sim

Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como
acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente
constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.
É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país
progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em
uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.
Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de
bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o
que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com
que se atiça o touro na arena.
Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os
poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.
Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados
como “comunizantes” pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não
eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras
rurais subutilizadas.
Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como
tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.
Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato
de que bandeiras vermelhas – ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas – podem
ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem
estabelecida.
Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é
comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.
Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores
Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la.
Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de
trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa
carência.
Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais
absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do
ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.
Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também
votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve
capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.
Hoje, votar para presidente é tão rotineiro que ficou até meio monótono.
Democracia é assim mesmo.
Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade
das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.
(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)
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COMO INTRODUZIR UM TEXTO

Todo texto é composto por uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. A


introdução, primeiro segmento do texto, possui extremo valor, pois representa um compromisso
assumido pelo autor com todo o desenvolvimento. Por dar todo o encaminhamento do que vai
ser dito, uma boa dica é apenas prepará-la após a elaboração do roteiro que direcionará o
desenvolvimento.
Assim, escrever a introdução antes de se ter certeza do que vai ser abordado no
desenvolvimento é um risco que deve ser evitado, pois há o perigo de se propor uma
abordagem diferente do tema e desenvolver os argumentos por outro caminho.

ALGUNS TIPOS DE INTRODUÇÃO DO TEXTO DISSERTATIVO

1. Introdução Tese e Tópicos Frasais

É a introdução mais comumente vista. Aqui, inicia-se com a declaração inicial a respeito do
tema – a tese – , apresentando-se os tópicos frasais.

Apresentação da tese Explicitação dos tópicos frasais

Exemplos:
“Sabe-se que a qualidade de vida nas regiões rurais é, em alguns aspectos, superior à da zona
urbana. Esse fato ocorre porque no campo inexiste a agitação das grandes metrópoles, há
maiores possibilidades de se obterem alimentos adequados e as pessoas dispõem de maior
tempo para estabelecer relações humanas mais profundas e duradouras.”

“Muito se tem discutido sobre os fatores que induzem os jovens a consumirem drogas. Em
busca de auto-afirmação, fuga da realidade ou devido à falta de uma atuação familiar firme, a
juventude está consumindo entorpecentes abusivamente.”

2. Introdução com Afirmação de Cunho Geral ou Definição

Nesse caso, escolhe-se uma palavra-chave do tema e formula-se um período com a definição
dessa palavra ou com uma generalização a respeito dela.

Apresentação de definição/afirmação de cunho geral

Apresentação da tese
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Exemplo: Menor: um ser que é, de alguma forma, inferior, aquele que não atingiu a maioridade.
O uso da palavra “menor” para se referir às crianças no Brasil já demonstra como são tratadas:
em segundo plano.

3. Introdução com Raciocínio Concessivo

Nesse caso, inicia-se a introdução com uma afirmação de cunho geral e, a seguir, apresenta-se
a tese, que será uma oposição à primeira afirmação.

Apresentação de definição/afirmação de cunho geral

Apresentação da tese, por oposição

Exemplo: Embora o Brasil tenha evoluído muito em educação, ainda há muito o que ser feito
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O Texto Dissertativo - Como Redigir um Parágrafo

Inicialmente, deparamo-nos com o TEMA sobre o qual repousa a discussão do texto.


Caracteriza-se, portanto, por ser o assunto, o motivo da argumentação. Eis aí a diferença entre
tema e tese. A TESE caracteriza-se por ser a tomada de posição do autor em relação ao tema e
aparece, em um texto padrão, no 1º parágrafo. Será ela não só a ideia central do 1º parágrafo,
ou INTRODUÇÃO, mas do texto em sua totalidade, o qual terá como compromisso desenvolver
argumentos que a comprovem.

Nos parágrafos seguintes – que estruturarão o DESENVOLVIMENTO –, observa-se a presença


dos TÓPICOS FRASAIS, que são os argumentos centrais de cada parágrafo. Serão eles
desenvolvidos das mais variadas formas: apresentação de relações de causa e efeito, utilização
de exemplos, comparações, analogias, dados estatísticos, testemunhos de autoridade etc.

Por fim, o último parágrafo, ou CONCLUSÃO, surge no texto representando a retomada da


tese. É neste momento que, em geral, o autor externa suas opiniões, críticas, ou ainda
sugestões sobre a discussão desenvolvida em sua dissertação, finalizando-se, assim, o ciclo
textual.
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Texto comentado

QUALIDADE DE VIDA
Estudo de uma tipologia textual – Educação/UFRJ

É de conhecimento geral que a qualidade de vida nas regiões rurais é, em alguns aspectos,
superior à da zona urbana (1), porque no campo inexiste a agitação das grandes metrópoles (2),
há maiores possibilidades de se obterem alimentos adequados (3) e, além do mais, as pessoas
dispõem de maior tempo para estabelecer relações humanas mais profundas e duradouras (4).
Ninguém desconhece que o ritmo de trabalho de uma metrópole é intenso (5)
O espírito de concorrência, a busca de se obter uma melhor qualificação profissional, enfim, a
conquista de novos espaços lança o ambiente urbano em meio a um turbilhão de constantes
solicitações. Esse ritmo excessivamente intenso torna a vida bastante agitada, ao contrário do
que se poderia dizer sobre os moradores da zona rural.
Por outro lado, nas áreas campestres há maior qualidade de alimentos saudáveis (6). Em
contrapartida, o homem da cidade costuma receber gêneros alimentícios colhidos antes do
tempo de maturação, para garantir maior durabilidade durante o período de transporte e
comercialização.
Ainda convém lembrar a maneira como as pessoas se relacionam nas zonas rurais (7). Ela
difere da convivência habitual estabelecida pelos habitantes metropolitanos. Os moradores das
grandes cidades, pelos fatos já expostos, de pouco tempo dispõem para alimentar relações
humanas mais profundas.
Por isso tudo, entendemos que a zona rural proporciona a seus habitantes maiores
possibilidades de viver com tranquilidade (8). Só nos resta esperar que as dificuldades que
afligem os habitantes metropolitanos não venham a se agravar com o passar do tempo (9).

O parágrafo argumentativo
Segundo Othon M. Garcia, “o parágrafo é uma unidade de composição constituída por um ou
mais de um período, em que se desenvolve determinada ideia central, ou nuclear, a que se
agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrente
dela”.
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O tópico frasal
Inicialmente, vale lembrar que tópico frasal é a ideia ou argumento central do parágrafo,
apresentada de forma genérica. É a ideia-chave, a síntese do pensamento, a essência do
parágrafo. Tudo que se afirma no parágrafo girará, portanto, em torno da fundamentação do
tópico frasal.
No texto padrão, o tópico frasal inicia o parágrafo e na sequência vem a sua fundamentação.
Esse é o método dedutivo de raciocínio, em que o autor parte da generalização para o seu
detalhamento (GERAL → ESPECÍFICO).

Ex.: Conclui-se, sem esforço e sem exagero, que, no Brasil, registram-se duas grandes falhas:

a) há um excesso na importação de produtos culturais;

b) falta discernimento na escolha, havendo uma preferência, da parte dos empresários e, em


consequência, da parte do consumidor – na TV, nos livros, na música – por coisas de nível
inferior, pelo lixo cultural da época.
Pode também o parágrafo apresentar seu argumento principal no início ou no fim da
argumentação. Aqui, o autor parte das definições, exemplos, comparações, dados estatísticos,
para, na sequência, apresentar o tópico frasal. São parágrafos menos comuns, pautados no
método indutivo de raciocínio (ESPECÍFICO – GERAL).

Ex.: Pesquisa da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), realizada


em 2003, mostrou que 51,1% dos professores em atividade estavam na faixa dos 40 aos 59
anos, e 38,4% tinham entre 25 e 39 anos. Só 2,9% se encontravam na categoria entre 19 e 24
anos. A pergunta inescapável é: quem vai substituir os atuais mestres à medida que eles
forem se aposentando?
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A estruturação do parágrafo argumentativo


De modo geral, o parágrafo de dissertação deve ser uma unidade completa de informação,
sendo, portanto, constituído de:
1. uma ideia-núcleo (ou tópico frasal) – em geral apresentada no início do parágrafo;
2. desenvolvimento dessa ideia, que é então devidamente especificada, fundamentada,
justificada logo a seguir;
3. conclusão, a qual se caracteriza por ser facultativa, representada, em geral, pela
retomada do tópico frasal ou a apresentação da ideia-núcleo do parágrafo seguinte.

Como expandir o parágrafo


Desenvolver o parágrafo significa expandir sua ideia-núcleo, de modo a torná-lo claro e bem
fundamentado. Tal fundamentação pode ocorrer por diversos critérios, lembrando que, em um
único parágrafo, o autor pode utilizar mais de um artifício na busca da maneira mais
convincente de se expressar.

Apresentação de explicação ou esclarecimento

Neste caso, elucida-se o tópico frasal, quando este apresenta certa obscuridade, uma
necessidade de maior clareza.
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Ex.: As discussões sobre a liberdade assentam necessariamente e em princípio na negação de


suas próprias bases possibilitadoras (tópico frasal). Quero dizer que o único pressuposto
histórico viável para que se possa instaurar a inteireza do entendimento da questão está na
ausência de liberdade.

Utilização de exemplos
Os exemplos caracterizam-se como uma maneira bem elucidativa de concretizar o que há de
abstrato no tópico frasal. Seguindo esse critério, o parágrafo se desenvolve por meio da
ilustração da ideia-núcleo, constituindo-se em uma das formas mais simples de se demonstrar
aquilo que se afirma.

Ex.: Dependendo das circunstâncias, as espécies invasoras podem ser meras “imigrantes”
inofensivas ou invasoras altamente nocivas (tópico frasal). Dentro do sistema produtivo, por
exemplo, o búfalo e o pinus são apenas espécies exóticas. Quando escapam para a natureza,
entretanto, muitas vezes tornam-se organismos nocivos aos ecossistemas “naturais”.

Divisão ou explanação das ideias em cadeia


Nesse tipo de fundamentação de tópico frasal, o autor divide sua ideia inicialmente
apresentada em duas ou mais partes, e, na sequência, as explana, cada uma a seu momento.
Essa explanação em cadeia pode durar o parágrafo inteiro ou pode avançar ao longo do texto,
dependendo da dimensão da discussão.

Ex.: As cidades em processo rápido de crescimento no Brasil indicam pelo menos três
modalidades de crescimento dos organismos urbanos (tópico frasal): um crescimento
horizontal por partilha de espaços de antigas chácaras ou glebas congeladas para
especulação, de dinâmica similar a uma mancha de óleo em expansão; um crescimento
vertical, à custa de edifícios de muitos andares, aproveitando as facilidades aparentes dos
espaços centrais e subcentrais das cidades de porte médio, acumulando funções residenciais
em uma área de permanência duvidosa para tais funções; e, por fim, mecanismo de maior
gravidade, a partilha de glebas situadas em posições descontínuas, a quilômetros de distância
da área central, inicialmente semi-isoladas no meio de sítios e fazendas, os quais, por sua
vez, são espaços potenciais para loteamentos ulteriores e
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instalações de unidades industriais, com eliminação quase total das funções agrárias que
responderam pelo crescimento e a riqueza iniciais da própria cidade.

(...) O sermão há de ser duma só cor, há de ter um só objeto, um só assunto, uma só matéria.
Há de tomar o pregador uma só matéria, há de defini-la para que se conheça, há de dividi-la
para que se distinga, há de prová-la com a Escritura, há de declará-la com a razão, há de
confirmá-la com o exemplo, há de amplificá-la com as causas, com os efeitos, com as
circunstâncias, com as conveniências que se hão de seguir, com os inconvenientes que se há
de evitar, há de responder às dúvidas, há de satisfazer às dificuldades, há de impugnar e
refutar com toda a força da eloquência os argumentos contrários, e depois disto há de colher,
há de apertar, há de concluir, há de persuadir, há de acabar. Isto é sermão, isto é pregar, e o
que não é isto, é falar de mais alto. Não nego nem quero dizer que o sermão não haja de ter
variedade de discursos, mas esses hão de nascer todos da mesma matéria, e continuar e
acabar nela.
(Sermão da Sexagésima. In: – Os sermões. São Paulo, Difel, 1698, VI, p. 99.)

EXEMPLOS COMENTADOS

Em cada parágrafo de desenvolvimento a seguir, destaque seu tópico frasal, indicando o seu
desenvolvimento e, caso haja, sua conclusão. Analise também a(s) forma(s) como foram
desenvolvidos os tópicos frasais ao longo dos parágrafos.

1. Os seres humanos não vivem juntos, não vivem em sociedade, apenas porque escolhem
esse modo de vida, mas porque a vida em sociedade é uma necessidade da natureza
humana. Assim, por exemplo, se dependesse apenas da vontade, seria possível uma pessoa
muito rica isolar-se em algum lugar, onde tivesse armazenado grande quantidade de
alimentos. Mas essa pessoa estaria, em pouco tempo, sentindo falta de companhia, sofrendo
a tristeza da solidão, precisando de alguém com quem falar e trocar ideias, necessitar e dar
afeto.
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2. No início deste período, o homem inventou a escrita, graças à qual os conhecimentos


venceram o tempo e o espaço. Venceram o tempo, pois, as experiências acumuladas
puderam, sob a forma escrita, ser transmitidas com precisão às gerações seguintes. Venceram
o espaço, pois os conhecimentos passaram a ser transportados de um lugar para o outro em
papiros, papéis e demais materiais desenvolvidos para a fixação da escrita. Com o registro e
com a circulação da informação, o homem se beneficiou de um crescente repertório de
experiências, as quais lhe permitiram inventar mais, e mais facilmente.

3. Algumas pessoas refugiam-se nas drogas na tentativa de esquecer seus problemas. Em


função disso, acabam tornando-se dependentes dos psicotrópicos dos quais se utilizam e, na
maioria das vezes, transformam-se em pessoas inúteis para si mesmas e para a comunidade.

4. Liderança é um aspecto da personalidade, uma característica que alguns indivíduos têm


e outros não. Por definição, bons líderes são pessoas diferentes da média. Eles têm mais
determinação do que outros. Sua presença é tão marcante que ficam na memória das
pessoas. Por isso, liderança não é para qualquer um, é um dom.

5. Há muitos tipos de líder, e gosto de destacar três. A primeira categoria é dos líderes que
marcam diferença por serem grande estrategistas, objetivos e com visão de futuro. O legado
deles é o método. O segundo tipo tem forte poder intelectual, mergulha com intensidade nas
questões teóricas, disseca e diagnostica problemas como ninguém. São líderes que deixam
ideias originais, com marca própria. E um terceiro tipo chamo de líderes inspiradores. Eles
entendem as demandas do povo, suas paixões, conseguem entender emocionalmente as
pessoas. Os maiores líderes da história têm força porque reúnem método, intelecto e
habilidade de tocar nos sentimentos de seus liderados.

6. O homem hoje em dia desenvolveu para tudo que costumava fazer com o próprio corpo,
extensões ou prolongamentos desse mesmo corpo. A evolução de suas armas começa pelos
dentes e punhos e termina com a bomba atômica. Indumentária e casas são extensões dos
mecanismos biológicos de controle da temperatura do corpo. A mobília substitui o acocorar-se
e sentar-se no chão. Instrumentos mecânicos, lentes, televisão, telefones e livros que levam a
voz através do tempo e do espaço constituem exemplos de extensões materiais. Dinheiro é
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meio de estender os benefícios e de armazenar trabalho. Nosso sistema de transporte faz


agora o que costumávamos fazer com os pés e as costas. De fato, podemos tratar de todas as
coisas materiais feitas pelo homem como extensões ou prolongamentos do que ele fazia com
o corpo ou com alguma parte especializada do corpo.

7. O Estatuto do Desarmamento, aprovado no fim do ano, e ainda em fase de


regulamentação, surgiu por uma questão de sobrevivência. O contexto que deflagrou o
movimento político pelo endurecimento da legislação sobre armas é no mínimo dramático. Em
20 anos, de 1980 a 2000, conforme estudo do IBGE, 600 mil brasileiros foram assassinados,
uma média de 30 mil por ano.

8. Inúmeras hordas “primitivas” se encontram, ainda hoje, nesse “grau zero” – se assim
podemos dizer – quanto ao conhecimento dos números. É, por exemplo, o caso dos zulus e
dos pigmeus, da África, dos aranda e dos kamilarai, da Austrália, dos aborígenes das Ilhas
Murray e dos botocudos, do Brasil. “Um”, “dois” e... “muitos” constituem as únicas grandezas
numéricas desses indígenas que ainda vivem na Idade da Pedra.

9. Vários fatores criaram o espaço social necessário para transformar certo número de
pessoas associadas a certas práticas sociais em leitores: o individualismo da sociedade
burguesa, a visão de mundo antropocêntrica estimulada pela Renascença e difundida pela
filosofia humanista, o progresso tecnológico que facultou o desenvolvimento da imprensa, a
expansão da escola e do pensamento pedagógico apoiado na alfabetização, o fortalecimento
de instituições culturais como as universidades, as bibliotecas e as academias de escritores.

10. Disso resultaram duas noções: de um lado, a noção de público, massa coletiva e
anônima que, não obstante o anonimato, pode ter vontade própria e direção definida, incidindo
em linhas de ação que a literatura, em parte ou no todo, acata ou não; de outro, a noção de
leitor, indivíduo habilitado à leitura, com preferências demarcadas, figura que o escritor busca
seduzir, lançando mão de técnicas e de artifícios contabilizados pela crítica e história da
literatura.
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11. Comemoramos o nosso dia (8 de dezembro) sob o fogo cruzado da má vontade e da


desinformação. O Judiciário não pode ser culpabilizado pelo que a mídia chama com exagero
de impunidade. A polícia não prende, não investiga e nós, presos à aplicação da lei, pagamos
o pato. Além disso, há um cipoal de leis, medidas provisórias e atos normativos que acabam
por atravancar nossos corredores.

12. Quando começa a modernidade? A escolha de uma data ou de um evento não é


indiferente. O momento que elegemos como originário depende certamente da ideia de nós
mesmos que preferimos, hoje, contemplar. E vice- versa: a visão de nosso presente decide
das origens que confessamos (ou até inventamos). Assim acontece com as histórias de
nossas vidas que contamos para os amigos e para o espelho: os inícios estão sempre em
função da imagem de nós mesmos de que gostamos e que queremos divulgar. As coisas
funcionam do mesmo jeito para os tempos que consideramos “nossos”, ou seja, para a
modernidade.

13. Talvez não haja algum fenômeno social que assalte de forma tão brusca os direitos
humanos como a pobreza o faz, por desgastar ou anular os direitos econômicos e sociais,
como: direito à alimentação, à água potável, à saúde, à educação, à habitação, à segurança
pessoal, à justiça e à dignidade. Embora todos esses direitos sejam interligados e
interdependentes, observa-se que, para as pessoas que vivem na pobreza, talvez eles não
passem de um sonho muito distante de se tornar realidade.
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COMO CONCLUIR UM TEXTO


Obedecendo à sequência do nosso texto, observaremos ao final do nosso curso como deve ser
feita a conclusão. Embora muitos a considerem um simples fechamento da redação, a
conclusão constitui-se, muitas vezes, em sua parte mais importante. Os dados utilizados, as
ideias e os argumentos convergem para este ponto em que a discussão ou exposição se fecha.
No entanto, ainda que um dos fundamentos para um bom texto é que ele seja cíclico – deva
retomar ao final a tese – sua ideia inicial –, um texto bem concluído é aquele que evita repetir
literalmente os argumentos já utilizados. Também o uso de fórmulas feitas – expressões tais
quais “portanto, como já vimos antes...”, ou “concluindo...” – empobrecem demais uma
redação. A função de fechamento inerente à conclusão deve ficar evidente não nas palavras,
mas na clareza e força dos argumentos que arrematam a discussão do autor.

A conclusão deve, portanto, retomar a tese apresentada na introdução, dando encerramento ao


ciclo textual. Faz-se ainda conveniente que, além da retomada da tese, sua conclusão
apresente ideias que enriqueçam a redação, fazendo com que o texto seja também
progressivo.

A seguir algumas dicas que podem ser úteis na elaboração da conclusão de uma
redação:
✓ Reserve dois períodos para a sua conclusão: um para a retomada da tese, outro para
acréscimo.
✓ No acréscimo, procure apresentar soluções específicas ao tema sobre o qual se
discorreu ou simplesmente expor consequências, implicações do tema discutido.

Na transição do desenvolvimento do texto para a conclusão, pode-se optar uso de expressões


que indiquem esse fechamento, tais como: dessa forma, com isso, como consequência, por
esses motivos, por tudo isso. Além desses conectores, o uso de palavras de referência que
retomem as ideias anteriormente apresentadas pode ser conveniente. Dentre elas, podemos
citar o uso de sinônimos das palavras-chave do texto, ou até mesmo palavras do mesmo campo
semântico, pronomes demonstrativos etc.
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Quanto ao número de linhas, a conclusão tem, em média, o tamanho da introdução. Uma


conclusão longa demais aponta para possíveis erros, dentre os quais:
✓ O desenvolvimento não foi suficientemente explorado e invadiu a conclusão.
✓ O autor simplesmente está “enrolando”. Utiliza-se de frases vazias, perfeitamente
dispensáveis.

Seja qual for a técnica escolhida para sua conclusão, lembre-se de que será ela o trecho da
redação mais lembrado pelo leitor, simplesmente por ser aquele que se coloca ao final da
discussão.

Por todos esses aspectos, o reconhecimento da igualdade entre homens e mulheres


capacita-as para atuar de forma proativa em favor da sociedade. Sendo assim, melhor ainda
seria que o governo promovesse incentivos fiscais às empresas para contratação de mão de
obra feminina, a fim de proporcionar um acelerado desenvolvimento social.

Analise cada texto a seguir, verificando se eles têm conclusão ou não, e caso haja, a
maneira como a conclusão foi estruturada.

Texto 1
IGNORÂNCIA E PRECONCEITO
Lya Luft
(...) O preconceito, doença que turva nosso olhar e entorta nossa alma, que nos diminui
e nos emburrece, é uma das enfermidades mais sérias deste nosso mundo. E, atenção, não
falo apenas do preconceito contra deficientes nem do preconceito contra muçulmanos, cristãos,
negros, índios ou brancos. Não me refiro apenas ao preconceito contra pobres ou ricos, mas
também ao lamentável preconceito contra a classe média. Contra isso que os promotores do
ódio de classes chamam indiscriminadamente “as elites”. Que incluem bancários, professores,
auxiliares de escritório, motoristas, domésticas, balconistas, trabalhadores em geral. Isto é, os
que não dependem totalmente da ajuda dos governos.
Essa postura criminosa tanto perturba a mente das pessoas que numa manifestação de
parentes de vítimas dos dois acidentes aéreos recentes, que envergonham este país, houve
quem gritasse que aquela era uma manifestação “da elite”. Tal intervenção, movida pelo ódio
insensato e nascida da brutalidade, mostra que estamos seguindo um caminho muito perigoso.
Estamos chegando a um ponto em que os que perderam mãe, pai, filho, marido ou esposa, por
não serem realmente pobres, não têm direito nem de sofrer.
Quem sabe acabaremos como uma sociedade em que bancários, médicos, professores,
balconistas, operários devem se esconder de vergonha por não pedir esmola na rua ou não
viver de doações públicas? Alguém começa a acreditar que a classe média hoje tachada de
“elite”, os que com seu trabalho conseguem comer, morar, estudar, é exploradora e quer a
desgraça dos demais? Se for assim, estamos tragicamente desorientados por aqui,
confundindo perigosamente as coisas. Há no ar um tipo de estímulo a esse ódio de classes
destrutivo e antidemocrático. Que censura até os que, às vezes com incalculável sacrifício,
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entram numa universidade, fazem seu mestrado, quem sabe seu doutorado no exterior – com
bolsa de estudos, sim, porque com isso ajudam grandemente a melhorar as condições de vida
dos mais desprotegidos em nosso país.
Se permitirmos que essa doença maligna – o preconceito, pai do ódio e filho da
ignorância – nos domine, seremos em breve o mais atrasado no círculo dos povos atrasados,
uma manada confusa obedecendo a qualquer chibata ideológica.

Texto 2

FRONTEIRAS
Heloísa Seixas
Tenho refletido sobre fronteiras. Sobre a linha tênue e imprecisa que divide realidade e
sonho, sanidade e loucura. E me vem à mente história narrada por Otto Friedrich em seu livro
Going Crazy (Enlouquecendo). Ele diz que andava um dia pelas ruas de Nova York a caminho
do trabalho – como fazia todas as manhãs – quando de repente, diante de um cruzamento,
parou, assaltado por uma sensação desconhecida. Era algo avassalador, a impressão exata de
que algo se rompera, seguida de uma sensação de impotência e pânico.Ficou ali na calçada,
paralisado, sem saber o que se passava.
Demorou alguns segundos até compreender. Como fazia o mesmo percurso todos os
dias, costumava andar totalmente desligado, imerso em seus pensamentos, o “piloto
automático”. Ocorre que, naquele dia, se deparava de repente com um sinal de trânsito
quebrado – um elemento estranho à sua rotina. E aquela “ruptura” provocara uma espécie de
curto-circuito em seu cérebro, justamente por estar num estágio de semiconsciência, tal a sua
disposição. O sinal quebrado provocara uma pane em seu sistema de percepção. Fora coisa
rápida, não mais do que alguns segundos. Mas o que perturbava era perceber que, naqueles
instantes, vivera numa fronteira: estivera à beira do que se convencionou chamar “loucura”.

Texto 3

RACISMO, DISCRIMINAÇÃO, PRECONCEITO... COLOCANDO OS PINGOS NOS “IS”


Maria Aparecida da Silva

Recentemente assisti ao programa esportivo Cartão Verde, da TV Cultura, no qual se


discutia, de maneira tímida, a discriminação racial que um jogador branco do Palmeiras (Paulo
Nunes) teria praticado contra dois jogadores negros, Rincón (Corinthians) e Wagner (São
Paulo), em momentos distintos. Havia controvérsias quanto à veracidade dos fatos, quanto à
sinceridade dos protagonistas, quanto à oportunidade ou oportunismo das denúncias. Mas o
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que de fato despertou minha atenção foi a relativização do racismo presente no futebol
brasileiro. Os cronistas utilizavam a todo tempo a expressão preconceito, quando as situações
em foco constituíam, na verdade, práticas de discriminação racial. Depois de feita essa
constatação, procurei explicar para mim mesma porque existe tanta confusão em torno das
palavras preconceito, discriminação racial e racismo. É preciso entender exatamente o
significado de cada uma dessas expressões.
Estabelecendo diferenças
O preconceito é basicamente um sentimento negativo (é necessário que haja alguma
possibilidade de comparação), um estado de espírito negativamente determinado com relação
a um grupo ou pessoa. Ele é fruto da ignorância, de opiniões inexatas e de estereótipos. Os
preconceitos são muito genéricos e disseminados. Em todas as épocas e em todo o mundo, os
grupos humanos alimentaram preconceitos uns em relação aos outros. Diariamente,
enfrentamos inúmeros preconceitos. O racial é um deles.
A discriminação é a materialização dos preconceitos. São as atitudes práticas que dão
corpo e ação à disposição psicológica dos preconceitos. No caso específico da discriminação
racial são as atitudes de vetar, impedir, dificultar, preterir pessoas (predominantemente negras,
no caso brasileiro) em seu processo de desenvolvimento pleno como seres humanos.
O racismo. Ah, o racismo... tão presente em nossas vidas, nas instituições, na cultura e
nas relações pessoais e tão ausente do rol de preocupações da intelectualidade brasileira e
dos veículos formadores de opinião. A dificuldade de defini-lo – e assumir sua existência entre
nós – vem do fato de o racismo constituir-se numa prática social negativa, cruel, humanamente
repreensível, com a qual, ninguém, em sã consciência (afora os racistas declarados), deseja se
identificar.
Revista Raça Brasil. São Paulo: Símbolo, ano 4, n. 39, nov. 1999, p. 51.

Texto 4

COM QUE CORPO EU VOU?


Maria Rita Kehl, Folha de São Paulo, 30/06/2002

O cuidado de si volta-se para a produção da aparência, segundo a crença já muito


difundida de que a qualidade do invólucro muscular, a textura da pele e a cor dos cabelos
revelam o grau de sucesso de seus “proprietários”. Numa praia carioca, escreve Stéphane
Malysse, as pessoas parecem “cobertas por um sobrecorpo, como uma vestimenta muscular
usada sob a pele fina e esticada...”
São corpos em permanente produtividade, que trabalham a forma física ao mesmo
tempo em que exibem os resultados entre os passantes. São corpos-mensagem, que falam
pelos sujeitos. O rapaz “sarado”, a loira siliconada, a perna musculosa ostentam seus corpos
como se fossem aqueles cartazes que os homens sanduíches carregam nas ruas do centro da
cidade. “Compra-se ouro”. “Vendem-se cartões telefônicos”. “Belo espécime humano em
exposição”. A cultura do corpo não é a cultura da saúde, como quer parecer... É a produção de
um sistema fechado, tóxico, claustrofóbico.
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Nesse caldo de cultura insalubre, desenvolvem-se os sistemas sociais da drogadição


(incluindo o abuso de hormônios e anabolizantes), da violência e da depressão. Sinais claros
de que a vida, fechada diante do espelho, fica perigosamente vazia e sem sentido.
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Texto 5

A ARTE NA NOSSA VIDA


Jô Oliveira e Lucília Garcez
Você pode pensar que não conhece arte, que não convive com objetos artísticos, mas
estamos todos muito próximos da arte. Nossa vida está cercada dela por todos os lados.
Ao acordar pela manhã e olhar o relógio para saber a hora, você tem o primeiro contato
do dia com a arte. O relógio, qualquer que seja o seu desenho, passou por um processo de
produção que exigiu planejamento visual. Especialistas estudaram e aplicaram noções de arte.
A forma do seu relógio é resultado de uma longa história da imaginação humana e das suas
preferências. A cor, a forma, o volume, o material que foram escolhidos estão testemunhando o
tempo e a transformação do gosto e da técnica. Ao observá-lo, você percebe que é um objeto
antigo ou moderno, você reconhece que quem o desenhou preferia formas curvas ou retas, ou
ainda dourado, e até pedrinhas brilhantes.
Quem escolhe um relógio para comprar, decide com base em suas preferências
pessoais. Alguns preferem os mais elaborados, outros preferem os mais simples. É o gosto
pessoal que predomina, e este pode variar infinitamente. Varia porque recebe influências de
acordo com a idade, com a época, com o meio social em que a pessoa vive. E, como nos diz a
sabedoria popular: “gosto não se discute”. Mas, quem sabe, possamos discutir o gosto?
Em outros objetos do seu quarto e de seu cotidiano você pode observar a presença da
arte: na estampa de seu lençol, no desenho da sua cama, no formato da sua escova de dentes,
no desenho da torneira e da pia do banheiro, na xícara que você toma leite, nos talheres, no
modelo do carro, no formato do telefone. Em todos os objetos há um pouco de arte aplicada.
Esse esforço para produzir objetos bonitos, agradáveis ao olhar, atraentes e
harmoniosos, está em todas as culturas, em todas as civilizações. E em nosso dia a dia.

Texto 6

FALSA HARMONIA
Wellington Silva
Um dos principais argumentos dos que se opõem à adoção de políticas de ação
afirmativas é a pretensa harmonia com que negros e brancos sempre conviveram no Brasil. Os
defensores da adoção de cotas nas universidades federais estariam importando um remédio
feito sob medida para a racista sociedade americana, o que provoca no doente um efeito
colateral grave: o surgimento de conflitos entre negros beneficiados pelas cotas e brancos
“excluídos”. Diferentemente dos EUA, onde ocorreram e ocorrem manifestações explícitas de
segregação, no Brasil negros e pardos não são vítimas de preconceito racial: aqui não existem
guetos, e negros e brancos circulam livremente em todos os aspectos sociais. A cota seria um
perigo, pois poderíamos transformar o país em um barril de pólvora com a criação de um
fenômeno até então inexistente: o preconceito racial.
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Os defensores dessa tese precisam encontrar outro argumento para bombardear o


projeto do governo federal que institui as cotas nas universidades federais. Lamento informar,
mas existe segregação racial no Brasil, sim. Claro que, devido às histórias e formações
culturais distintas, temos um racismo com nuances diferentes, mas cuja essência é a mesma
do americano. Aqui, como nos EUA, existem espaços demarcados, espaços cujos acessos
tradicionalmente são vedados para os negros. Talvez os adversários das ações afirmativas não
percebam essa realidade pelo simples fato de ela não os afetar, uma vez que são em sua
maioria brancos. E uma coisa é analisar o racismo, outra é viver o racismo.

Texto 7

O leitor é personagem da modernidade, produto da sociedade burguesa e capitalista,


livre dos laços de dependência da aristocracia feudal e do estreitamento corporativista das ligas
medievais. A emancipação do leitor encena, de certo modo, o processo de libertação de que se
originou a sociedade moderna. Nesse sentido, narrar a formação da leitura no Brasil significa
também narrar, sob esse viés, a história da modernização de nossa sociedade.
Vários fatores criaram o espaço social necessário para transformar certo número de
pessoas associadas a certas práticas sociais em leitores: o individualismo da sociedade
burguesa, a visão de mundo antropocêntrica estimulada pela Renascença e difundida pela
filosofia humanista, o progresso tecnológico que facultou o desenvolvimento da imprensa, a
expansão da escola e do pensamento pedagógico apoiado na alfabetização, o fortalecimento
de instituições culturais como as universidades, as bibliotecas e as academias de escritores.
Disso resultaram duas noções: de um lado, a noção de público, massa coletiva e
anônima que, não obstante o anonimato, pode ter vontade própria e direção definida, incidindo
em linhas de ação que a literatura, em parte ou no todo, acata ou não; de outro, a noção de
leitor, indivíduo habilitado à leitura, com preferências demarcadas, figura que o escritor busca
seduzir, lançando mão de técnicas e de artifícios contabilizados pela crítica e história da
literatura.
Mesmo sendo presença suficientemente poderosa para influenciar os mecanismos
literários, o leitor não se mostra figura unidimensional nem unidirecional. E exatamente o que é
fugidio em sua história desdobra-se nos ângulos diferenciados que o leitor e a leitura foram
assumindo ao longo do tempo.
Não que a leitura seja prática sólida no Brasil; nem que as instituições culturais e
pedagógicas encarregadas de sua difusão tenham consistência ou estejam a salvo de críticas
que, desde o século XIX, a elas são dirigidas. Desde a separação de Portugal, reclama-se (e
com razão) uma atuação mais positiva e competente do Estado, no sentido de melhorar a
educação e a cultura do país; nada indica que hoje essas reivindicações tenham perdido
legitimidade e razão de ser.
Marisa Dajolo e Regina Zilberman. A formação da leitura no Brasil. São Paulo: Ática, 1998, p. 9-10 (com adaptações)
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Texto 8

UM JOGO, OS JOGOS
Toda interação pressupõe uma relação de reciprocidade, uma relação mútua entre dois
ou mais objetos, entre duas ou mais pessoas. Multiplicam-se, atualmente, os programas
interativos nos espetáculos de variedades da TV, surgem os primeiros filmes e as primeiras
peças de teatro interativas, exigindo do espectador uma atitude crítica ao lidar com as diversas
questões apresentadas e uma postura mais ativa ao intervir no desdobramento do que é visto
nas telas, nos palcos e nos salões.
Ao dirigirmos um olhar atento às manifestações mais recentes da arte interacional,
verificamos a expressiva tendência à utilização, em uma única obra, da combinação das
variadas formas artísticas. É comum, por exemplo, atualmente, ouvir referências não a
exposições de trabalho, mas a performances, instalações, instalações multimídias ou termos
equivalentes. A eletrônica define o futuro da arte interacional e revela uma nova consciência da
evolução da arte, inserida em uma era voltada para a interatividade e a realidade virtual.
A arte contemporânea busca, intencionalmente, uma multiplicação de significados. Em
um único livro, o leitor é convidado a conviver com uma pluralidade de histórias, de gêneros e
de direções de leitura. Ocorre um movimento de desindividualização dos gêneros de arte. A
literatura se associa aos roteiros de TV, à pintura, à escultura, à música, ao cinema,
inaugurando, em sua estruturação original, um amplo e inequívoco projeto interativo, não fora
esse o seu maior desafio.
(Maria Angélica Alves. Leitura e literatura infantil; a questão do ser, do fazer e do sentir, Brasília, 2000)
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1. Julgue as ideias dos períodos a seguir quanto à possibilidade de introduzirem um novo


parágrafo final, corretamente grafado, mantendo coerência com o texto acima.

a) Assim, um grande desafio para a literatura, na modernidade, é saber tecer em conjunto os


diversos saberes e os diversos códigos em uma visão pluralística e multifacetada do mundo.

b) Em síntese, o narrador e o leitor dos livros interativos reconhecem que, para vencer todos
os obstáculos e cumprir a missão proposta no início da narrativa, é preciso utilizar a esperteza
e o conhecimento.
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TIPOS DE REDAÇÃO
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EXEMPLO DE TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO

Prova Discursiva – Redação

Leia os textos abaixo:

Texto 1: A ONU Mulheres é a nova liderança global em prol das mulheres. A sua criação, em
2010, proporciona a oportunidade histórica de um rápido progresso para as mulheres e a
sociedade. A ONU Mulheres trabalha com as premissas fundamentais de que as mulheres têm
o direito a uma vida livre de discriminação, violência e pobreza, e de que a igualdade de gênero
é requisito central para se alcançar o desenvolvimento.

Texto 2: No Brasil, as mulheres representam mais da metade (52,6%) da População


Economicamente Ativa (PEA). Entretanto, ocupam principalmente a base da pirâmide
ocupacional, em cargos de menor qualificação e remuneração. Não bastasse isso, o
rendimento médio das mulheres corresponde a apenas 65,6% do rendimento dos homens
(PNAD 2006/IBGE). É nesse contexto que o Governo Federal assume a iniciativa de
implementar o Programa Pró-Equidade de Gênero, em parceria com o Fundo de
Desenvolvimento das Nações Unidades para a Mulher (Unifem) e Organização Internacional do
Trabalho (OIT).

Considere as informações acima para desenvolver um texto dissertativo a respeito do seguinte


tema:

A igualdade de gênero e a contribuição da mulher para o desenvolvimento das


sociedades.
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VISÃO GERAL DA ORGANIZAÇÃO DA REDAÇÃO


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EXEMPLO DE TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO

Não se pode negar que a equiparação de direitos e a colaboração da mulher são quesitos
fundamentais para o desenvolvimento da sociedade. Essa evolução social é possível não só
pela árdua batalha feminina em busca da conquista de seus direitos, mas também devido à
necessidade da presença da mulher no mercado de trabalho.
Sabe-se que as vitórias femininas na luta por seus direitos não são recentes. De fato, muitos
obstáculos foram superados pelo sexo aparentemente frágil, com paciência, trabalho e
determinação ao longo de séculos. Exemplo de conquista política feminina é a aquisição do
direito ao voto que, no passado, era uma restrição apenas aos homens. Como consequência
desse avanço, houve a valorização do eleitorado feminino, gerando, assim, uma participação
política ativa.
Outro fator importante para inclusão feminina no processo de evolução social é a
necessidade da presença desse gênero no mercado de trabalho. De fato, diante da
diversidade das atividades, o mercado de trabalho prima por diferentes perfis. Basta observar
as profissões que, outrora, eram exclusivamente masculinas e, atualmente, são ocupadas,
também, por mulheres, como acontece no ramo da construção civil. Tantas transformações
geram uma crescente valorização da mão de obra feminina, pois a mulher agora passa a ser
presença indispensável no meio corporativo.
Por todos esses aspectos, o reconhecimento da igualdade entre homens e mulheres
capacita-as para atuar de forma proativa em favor da sociedade. Sendo assim, melhor ainda
seria que o governo promovesse incentivos fiscais às empresas para contratação de mão de
obra feminina, a fim de proporcionar um acelerado desenvolvimento social.
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DISCURSIVA – REDAÇÃO

Atenção:
- Deverão ser rigorosamente observados os limites mínimos de 20 (vinte) linhas e máximo de
30 (trinta) linhas.
- Em hipótese alguma o rascunho elaborado pelo candidato será considerado na correção pela
banca examinadora.

Para Irma Passolini, gerente executiva do Instituto de Tecnologia Social (ITS), “a participação
das ONGs (Organizações não governamentais) no cenário político é uma questão de
princípios. É preciso que tenhamos organizações intermediárias entre os três poderes
constituídos: o poder da sociedade civil organizada.”
(Adaptado de WWW.fonte.org.br/reportagem-ong‟s-e-novos-governos-diálogo-possível)

Considerando o que está transcrito acima, redija um texto dissertativo- argumentativo sobre o
seguinte tema:

Os desafios da atuação das organizações não governamentais no cenário político atual


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TEMA: OS DESAFIOS DAS ATUAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS NO CENÁRIO POLÍTICO


ATUAL.

Muito se discute sobre a superação dos inúmeros obstáculos pelas organizações não
governamentais (ONG) na realidade política contemporânea. Verifica-se que tal fato ocorre não
só no âmbito social, mas também no meio ambiente.
Sabe-se que as ONGs realizam o que o Estado não consegue fazer, atuando em
âmbitos de suma importância como o social. Exemplo dessa desafiadora missão é a
ressocialização dos presos, pois há organizações que auxiliam na inclusão dos ex detentos no
mercado de trabalho. Como consequência dessa inserção de ex presidiários na sociedade,
esses terão a oportunidade de recomeçar suas vidas com mais dignidade.
Outro âmbito de atuação importante das ONGs é o do meio ambiente, pois esses organismos
atuam de forma decisiva na conscientização social. Observa-se a organização global e
independente
‟Greenpeace‟, que atua para defender o ambiente e promover a paz. Nesse contexto,
ela inspira pessoas a mudarem suas atitudes e comportamentos, pois seus valores são
independência, confronto pacífico e engajamento. Assim, com tal trabalho essa séria estrutura
ganhou o respeito social.
Portanto, é-se levado a acreditar que são incontáveis os desafios a serem superados pelas
ONGs no contexto político atual. Sendo assim, para que tais organismos conquistem a
credibilidade da sociedade é imprescindível que apresentem um trabalho sério, ratificado pela
transparência de suas contas.
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MÁSCARA DO TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO

Sabe-se que (contextualização, afirmação de cunho geral). Nesse contexto, (TESE-


posicionamento do aluno em relação ao tema). Isso ocorre não só por (1º Tópico Frasal), mas
também devido a (2º Tópico Frasal).
Observa-se que (1º Tópico Frasal). De fato,/Realmente, (explicação do 1º Tópico Frasal).
Exemplo disso é (exemplo do 1º Tópico Frasal). Como consequência, (consequência do 1º
Tópico Frasal ou do exemplo anteriormente apresentado).
Além disso,/Outro fato que contribui para (retomada da tese) é (2º Tópico Frasal). Com efeito,
(explicação do 2º argumento). Basta observar/É o que se vê em (exemplo do tópico frasal).
Tudo isso gera/acarreta (consequência do tópico frasal ou do exemplo anteriormente
apresentado).
Portanto,/Por todos esses aspectos, (retomada da tese).
Sendo assim, é preciso que (solução do problema)

MÁSCARA DO TEXTO DISSERTATIVO POLÊMICO

Todos sabem/ Muito se discute/Comenta-se, com frequência... Muito se discute a


importância do....(Tema- generalização).... Embora muitos acreditem que... ( ponto de vista
que você não defende)........., o que se nota/ se percebe é que
...(ponto de vista que você defende - tese) *
1° período: Alguns argumentam que....(reescritura do ponto de vista que você não defende)
2º período: Para eles, (argumento1) 3º período: FUNDAMENTAÇÃO (explicação ou
exemplo) De fato,/ Com efeito,/ Realmente,...(explicação/esclarecimento) e/ou Basta
observar /Como exemplo, observa-se / Exemplo disso é....(exemplo do argumento). 4°
período: Além disso, (argumento 2) + 5º período: FUNDAMENTAÇÃO De fato,/ Com efeito,/
Realmente, ... (explicação/ esclarecimento) ou Basta observar /Como exemplo, observa-se /
Exemplo disso é.... (exemplo do argumento).
............(ponto de vista que você não defende), mas/ porém/ todavia/ entretanto.....(ponto de
vista que você defende - tese).....Sendo assim,/ Dessa forma......(solução do problema)......
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COESÃO E COERÊNCIA

COESÃO: Ao escrevermos, devemos ter o compromisso de vincular cada enunciado ao


anterior de modo a não perdermos o fio do pensamento. Concatenar as frases, fazendo do
nosso texto uma estrutura sólida. Ao assumirmos esta tarefa, estamos nos preocupando com a
coesão textual, cuja função é a superfície do texto. A coesão deve, assim, se fazer presente
não só dentro da mesma frase (coesão interna), mas também entre os períodos de um texto
(coesão externa), de modo a garantir unidade e clareza do texto.
Para auxiliar essa nossa tarefa de criar as relações entre os enunciados, devemos fazer uso
dos recursos de coesão, alguns dos quais relacionamos a seguir.

➢ Realce / relevância
Vale lembrar, de modo geral, é inegável, é certo, de certo, sem dúvida, com toda a certeza, por
certo,
certamente.

➢ Atenuadores de opinião
Muitas vezes, em muitos casos, de certa forma, pode-se dizer, provavelmente, possivelmente,
é provável, de certo modo.

➢ Enumeração / prioridade
Em primeiro plano/lugar/momento, a princípio, antes de tudo, desde logo.

➢ Adição
Além disso, Por outro lado, Ademais, Soma-se a isso (retomada do parágrafo anterior).

➢ Negação /contraste /oposição


Não obstante isso, inobstante isso, de outra face, entretanto, ao contrário disso, no entanto, por
outro lado, por outro enfoque, diferente disso, de outra parte, diversamente disso, contudo, pelo
contrário.

➢ Explicação
Em verdade, Com efeito, De fato, Realmente.

➢ Semelhança / comparação
Igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, similarmente,
semelhantemente, analogamente.

➢ Conformidade
Segundo, conforme, de acordo com, de conformidade com.
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➢ Exemplificação
É o que se vê em, é o que se observa em, prova disso é, basta observar, exemplo disso é.

➢ Causa
Isso ocorre em função de, graças a, em virtude de, devido a, porque, já que, uma vez que, visto
que.

➢ Consequência / conclusão
Consequentemente, em decorrência disso, em consequência, por consequência, por
conseguinte, como resultado.

➢ Fecho / conclusão
Por conseguinte, por fim, finalmente, por tais razões, por tudo isso, em razão disso, diante
disso, assim, enfim, sendo assim, dessa forma.
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TEMA: Informação e Globalização na era do Conhecimento


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TEMA: Marco Civil na Internet


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TEMA: O que é ser herói na modernidade?


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TEMA: Obesidade: vencer esse mal, garantia de qualidade de vida


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Análise de Temas de Provas Anteriores


Tema 1
As armas de brinquedo devem sair de circulação no Distrito Federal em até dez meses, mas a
polêmica sobre a proibição delas parece estar longe do fim. A lei distrital, sancionada
recentemente, impede a fabricação, a comercialização e a distribuição de peças
semelhantes ou não aos armamentos convencionais. Estão inclusas as que disparam balas,
bolas, espuma, luz, laser e assemelhados, as que produzem sons e as que projetam quaisquer
substâncias. A aprovação da norma repercutiu nacionalmente e também fora do Brasil, com
reportagem no jornal britânico The Guardian.
Correio Braziliense, 29/9/2013, p. 27 (com adaptações)

Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um
texto dissertativo acerca do seguinte tema.

O CERCO ÀS ARMAS COMO ESTRATÉGIA DE COMBATE À VIOLÊNCIA

Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:

• percepções diversas acerca das armas, de instrumento de proteção a símbolo de morte e


destruição; [valor: 13,00 pontos]
• efeito educativo pretendido com a proibição da venda de armas de brinquedo; [valor: 13,00
pontos]
• limitações de uma medida legal como a proibição de venda de armas de brinquedo. [valor:
12,00 pontos]

Tema 2
(CESPE/UnB – ICMBio – 2014)

Redija um texto dissertativo acerca do aquecimento global e suas implicações para o meio
ambiente brasileiro. Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:

• causas do aquecimento global e o efeito estufa; [valor: 6,50 pontos]


• consequências do aquecimento global; [valor: 6,50 pontos]
• medidas mitigadoras do aquecimento global. [valor: 6,00 pontos]
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Tema 3
(TRT 3ª - Técnico Judiciário – FCC – Julho/2015)

Para além da fidelidade e integridade da informação, problema que se impunha com os


veículos tradicionais da mídia, hoje, com a internet, o homem enfrenta um novo desafio:
distinguir, de uma profusão de informações supérfluas, as que lhe importam na formação de
um pensamento que garanta sua identidade e papel social

II
Ponto de vista não é apenas a opinião que desenvolvemos sobre determinado assunto, mas
também o lugar a partir de onde consideramos o mundo e que influencia de maneira cabal
nossas percepções e ações.

III
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. “A flor e a náusea”)

Redija um texto dissertativo-argumentativo a partir do que se afirma em I, II e III.


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Tema 4
(TRT 2ª - Técnico Judiciário – FCC – Fevereiro/2014)

As pessoas vão às ruas protestar por vários motivos, exercendo um direito que é
legítimo, mas é preciso considerar alguns limites, sem os quais suas manifestações
perdem a legitimidade.

Escreva um texto dissertativo-argumentativo, no qual você deverá discutir o tema


apresentado.

Tema 5
(TRT 16ª - Técnico Judiciário – FCC – Junho/2014)

I
Venham de onde venham, imigrantes, emigrantes e refugiados, cada vez mais unidos em
redes sociais, estão aumentando sua capacidade de incidência política sobre uma
reivindicação fundamental: serem tratados como cidadãos, em vez de apenas como mão
de obra (barata ou de elite).
(Adaptado de: http://observatoriodadiversidade.org.br)

II
A intensificação dos fluxos migratórios internacionais das últimas décadas provocou o
aumento do número de países orientados a regulamentar a imigração. Os argumentos
alegados não são novos: o medo de uma “invasão migratória”, os riscos de desemprego
para os trabalhadores autóctones, a perda da identidade nacional.

III
Ainda não existe uma legislação internacional sólida sobre as migrações internacionais.
Assim, enquanto que os direitos relativos ao investimento estrangeiro foram se
reforçando cada vez mais nas regras estabelecidas para a economia global, pouca
atenção vem sendo dada aos direitos dos trabalhadores.
(II e III adaptados de: http://www.migrante.org.br)

Considerando o que se afirma em I, II e III, desenvolva um texto dissertativo-


argumentativo, posicionando-se a respeito do seguinte tema:

Mobilidade humana e cidadania na atualidade


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Tema 6
(TRT 23ª - Técnico Judiciário – FCC – Fevereiro/2016)

Um condomínio é estruturalmente semelhante a outros redutos cercados, como a prisão, o


shopping center e a favela. Seus muros não têm apenas a função defensiva de nos proteger:
eles criam um senso de exclusividade. Vemos surgir síndicos e muros, mas também uma
hipertrofia de regras, regulamentos e estatutos que exigem um contínuo processo de
autoadequação.
A expansão da vida em forma de condomínio tornou o medo, que justifica os muros, e a inveja,
que é a satisfação dos que estão dentro e fantasiam que os de fora querem entrar, nossos
afetos políticos dominantes.
(Adaptado de: DUNKER, Christian Ingo Lenz. Disponível em: http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1915)

Considerando o que se afirma acima, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o


seguinte tema:

O medo e a inveja em uma sociedade segmentada.

Tema 7
(TRT 19ª - Técnico Judiciário – FCC – Janeiro/2014)

Texto I
Uma coisa é o trabalho da pesquisa na medicina, outra coisa é a apropriação da medicina e da
pesquisa para fins de mercado. Não obstante, mesmo na apropriação do mercado é preciso
distinguir aqueles que o fazem dentro de limites éticos e os que não têm esses limites.

(Adaptado de: ROMANO, Roberto. Jovem para Sempre, em Polêmicas Contemporâneas, São Paulo, Sesc/Lazuli, 2004, p. 38)

Texto II
Gastrite, laringite, otite, diabete, artrose são termos bastante conhecidos. Os sufixos “ose” e
“(vogal)te” são utilizados no jargão técnico das ciências médicas para designar patologias ou
morbidades, infecções e inflamações, doenças e desordens. No entanto, como ocorre com o
termo “celulite”, esses mesmos sufixos têm sido usados para nomear condições normais do
corpo humano.
(Adaptado de: COUTINHO, Marília. Série Açougue, disponível em: http://blogueirasfeministas.com)

Com base nos textos acima, elabore um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema:

Ética e mercado na prática científica


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Tema 8
(TRT 23ª - Analista Judiciário – FCC –Fevereiro/2016)

Não é de hoje que se pergunta se a existência do museu ainda faz sentido, por mais que os
antigos e tradicionais museus continuem atraindo um bom público, ao passo que novos
espaços não deixam de ser construídos. Contudo, à medida que a própria arte se modifica,
com os quadros tradicionais cada vez mais dando lugar a instalações, a performances e aos
grafites, parece crescer o número daqueles para quem, segundo Hal Foster, no artigo “Museus
sem fim” (revista Piauí, edição 105, Junho/2015), “a contemplação estética é tediosa, a
compreensão histórica é elitista e, mais do que isso, o museu é um lugar morto, um mausoléu”.
Foster discorda: “Quando bem projetados e dotados de programação inteligente, os museus
admitem tanto entretenimento quanto contemplação, e nesse processo promovem também
alguma compreensão.” Assim, em lugar de propor que os museus permaneçam intocados, o
que o historiador e crítico norte-americano propõe é torná-los capazes de nos transportar “para
diferentes períodos e culturas − para diversos modos de perceber, pensar, representar e ser −,
a fim de que possamos testá- los em relação a nossas próprias época e cultura, e vice-versa,
e, nesse processo, quem sabe transformarmo-nos um pouco.”

Escreva um texto dissertativo-argumentativo posicionando-se em relação às diferentes ideias


expostas no texto anterior.

Tema 9
(TRT 2ª - Analista Judiciário – FCC – Fevereiro/2014)

Há quem acredite que, ao noticiar um fato, o jornalista deve ater-se à objetividade desse fato,
sem submetê-lo a uma perspectiva mais pessoal. Mas há também quem creia que nenhum fato
existe fora de alguma perspectiva pessoal e, nesse caso, a objetividade plena de uma notícia é
apenas ilusória.

Escreva uma dissertação em prosa posicionando-se quanto a uma das duas convicções
apresentadas ou ponderando sobre ambas. Justifique amplamente seu ponto de vista.
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Tema 10
(TRT 15ª - Técnico Judiciário – FCC – Dezembro/2013)

Texto I
“Rindo corrigem-se os costumes” − este era o lema em que se pautava, na antiguidade
clássica, grande parte das sátiras.

Texto II
O maior inimigo do riso é a emoção. A indiferença é seu ambiente natural. Isso não significa
negar, por exemplo, que não se possa rir de alguém que nos inspire piedade, ou mesmo
afeição: apenas, no caso, será preciso esquecer por alguns instantes essa afeição, ou
emudecer essa piedade.
(Henri Bergson. O Riso. Rio de Janeiro, Zahar Editores, p. 6)

Com base nos textos acima, redija um texto dissertativo- argumentativo a respeito do seguinte
tema:

O exercício do humor nas relações sociais


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VISÃO GERAL DA ORGANIZAÇÃO DA REDAÇÃO


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TEMAS DE REDAÇÃO

TEMA 1. AFRFB – ESAF – Julho/2012


TEMA (Auditoria)
O trabalho de auditoria governamental deve atender a diversas normas e procedimentos para
sua realização. Elabore uma dissertação, em um mínimo de 40 (quarenta) e um máximo de 60
(sessenta) linhas, evidenciando os principais pontos quanto à Metodologia e elaboração do
planejamento abordando o objetivo, abrangência, controle vertical ou transversal, prazo e
legalidade, confiabilidade e vulnerabilidade, critérios de determinação de relevância,
materialidade e risco, uso da estatística e da seleção de amostra, a documentação, opinião do
auditor, recomendação e relatório final.

QUESTÃO Nº 1 (Direito Tributário)


Sobre os tratados internacionais em matéria tributária, analise:
1. O processo de celebração e de entrada em vigor de um tratado internacional;
2. O status que possui o tratado internacional dentro do ordenamento jurídico interno;
3. As formas de resolução de conflitos entre o ordenamento jurídico interno e o tratado
internacional; e
4. O critério utilizado pelo Supremo Tribunal Federal para dirimir conflitos entre o
ordenamento jurídico interno e o tratado internacional.
(Desenvolvimento em um mínimo de 15 (quinze) e um máximo de 30 (trinta) linhas.

QUESTÃO Nº 2 (Legislação Tributária)


Muito se tem discutido, em doutrina e nos processos administrativos fiscais, sobre a
amortização do ágio em reorganizações societárias na tributação pelo Imposto de Renda da
Pessoa Jurídica – IRPJ. Discorra sobre o tema, abordando, necessariamente e de forma
objetiva, os seguintes aspectos:

a) Conceito legal tributário de ágio na aquisição de participação societária em sociedade


coligada ou controlada, caracterizada como investimento relevante sujeito à avaliação pelo
valor de patrimônio líquido;
b) Enumeração dos fundamentos econômicos tipificados pela legislação tributária como aptos
a amparar a contabilização (lançamento) do ágio referido no item “a”;
c) Fundamentos jurídicos favoráveis e contrários à licitude da amortização do ágio acima
referido, quando, criado e contabilizado no contexto de aquisições de participações societárias
entre pessoas jurídicas pertencentes a um grupo econômico, vier a ser aproveitado no
momento de futura incorporação entre essas pessoas jurídicas, considerando que todas sejam
domiciliadas no Brasil.
(Desenvolvimento em um mínimo de 15 (quinze) e um máximo de 30 (trinta linhas)
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TEMA 2. AFRFB – ESAF Março/2014

QUESTÃO Nº 4
Discorra, em um mínimo de 20 (vinte) e em um máximo de 40 (quarenta) linhas, sobre o
Simples Nacional, abordando os seguintes tópicos:
a) O que é, quem pode e quem não pode optar por este regime (quais os parâmetros legais);
de que forma se dá essa opção; quem possui a competência para regulamentá-lo; o que se
considera receita bruta para fins de aplicação do simples nacional.
b) Quais os tributos que têm seu recolhimento unificado abrangido pelo Simples Nacional; se
o Simples Nacional é facultativo para Estados e Municípios.
c) Como deverá proceder o contribuinte optante pelo Simples Nacional que auferir receitas
sujeitas a substituição tributária ou decorrentes de exportação; se há alguma distinção, no
tocante às obrigações acessórias, entre optantes do Simples Nacional e os demais
contribuintes.

TEMA 3. ESAF – Analista Técnico-Administrativo - PECFAZ/2013


TEMA: Um dos mais populares métodos de análise e solução de problemas utilizado no mundo
é o “QC Story”, conhecido no Brasil como MASP – Método de Análise e Solução de Problemas.
Disserte sobre o MASP - Método de Análise e Solução de Problemas, com base no ciclo
PDCA,
1. Apresente as fases do método;
2. Comente cada uma das fases e relacione-as com o PDCA;
3. Apresente pelo menos uma ferramenta ou técnica utilizada para acelerar ou facilitar o
processo decisório na análise e solução de problemas;
4. Discorra sobre fatores que afetam o sucesso na aplicação do método nas organizações
públicas.

TEMA 4. CESPE – MPENAP – 2015


O orçamento público é peça que constitui a base do controle e da fiscalização da ação estatal,
além de ser elemento fundamental para planejamento e melhoria na qualidade da gestão
pública. Para que seja efetivo, o orçamento deve ser organizado de maneira clara, por meio de
regras básicas, as quais garantam a lógica e a racionalidade para seu processo de elaboração,
execução, acompanhamento e avaliação.

Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, elabore um texto
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dissertativo sobre os princípios orçamentários, sua importância e fundamentação jurídica. Ao


elaborar seu texto, faça o que se pede a seguir:
• identifique e explique os princípios; [valor: 9,50 pontos]
• discorra sobre a relação entre os diversos princípios para organização do orçamento;
[valor: 7,50 pontos]
• apresente a fundamentação jurídica dos princípios, discorrendo sobre a aceitação, ou
não, dos princípios pelo ordenamento jurídico brasileiro. [valor: 11,50 pontos]

TEMA 5. CESPE – MPENAP – 2015


Tendo em vista a imperatividade da aprovação dos clientes para que as organizações
permaneçam no mercado, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema.

IMPORTÂNCIA DO BENCHMARKING PARA AS ORGANIZAÇÕES

Em seu texto, faça o que se pede a seguir:


• conceitue benchmarking; [valor: 8,50 pontos]
• apresente quatro pressupostos do benchmarking que podem contribuir para a melhoria dos
processos organizacionais; [valor: 12,00 pontos]
• descreva os tipos de benchmarking. [valor: 8,00 pontos]

TEMA 6. CESPE – TER-PI – Analista Judiciario – 2016


Nas últimas décadas, a administração pública brasileira vem passando por algumas reformas,
com vistas ao aprimoramento do serviço público prestado e à modernização da gestão. Entre
essas reformas, destaca-se o Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE),
implantado no ano de 1995, sob a supervisão do então Ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira,
como forma de aproximar a administração pública brasileira da chamada administração
gerencial.

A partir dessas informações, redija um texto dissertativo, atendendo ao que se pede a seguir.

• Discorra sobre os aspectos da administração pública e da prestação dos serviços públicos


que culminaram na implantação do PDRAE. [valor: 2,50 pontos]
• Aponte, no mínimo, três objetivos do PDRAE enquanto reforma de estado. [valor: 3,00
pontos]
• Apresente, no mínimo, quatro características da administração pública gerencial. [valor: 4,00
pontos]
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TEMA 7. TRT 3ª - Analista Judiciário – FCC – Julho/2015


ESTUDO DE CASO
QUESTÃO 1
Suponha que, iniciado o exercício orçamentário de 2015, o Estado tenha verificado significativa
queda das receitas de impostos em relação ao montante estimado na Lei Orçamentária Anual
− LOA. Diante de tal cenário, constatou-se que as despesas fixadas na LOA, tanto as de
pessoal e custeio, como os investimentos, inclusive aqueles previstos no Plano Plurianual –
PPA, não seriam passíveis de cobertura integral. Por outro lado, no final do exercício de 2014,
foram empenhadas várias despesas sem a correspondente liquidação financeira, gerando o
registro de valores expressivos de restos a pagar. Com base nas disposições constitucionais
que regem a matéria, bem como na legislação federal aplicável, em especial a Lei no 101/2000
(Lei de Responsabilidade Fiscal): no 4.320/1964 e Lei Complementar

a) aponte e descreva, fundamentadamente, o mecanismo aplicável no bojo do processo de


execução orçamentária e financeira para adequar as despesas previstas na LOA à frustração
ou expectativa de frustração das receitas nela estimadas.
b) supondo que, no decorrer do exercício, o Estado vislumbre a possibilidade de alienar ativos
para aumentar suas receitas orçamentárias, poderá valer-se de tal solução para cobertura
das despesas de investimento e custeio do mesmo exercício? Responda fundamentadamente.
c) os montantes inscritos em restos a pagar em 2014 podem ser utilizados para cobertura de
despesas previstas e/ou geradas no exercício de 2015? Responda fundamentadamente.

QUESTÃO 2
Suponha que determinada organização esteja prestes a iniciar um ciclo de aperfeiçoamento e
redirecionamento de sua atuação, o qual demandará grande envolvimento de seus funcionários
e, possivelmente, o recrutamento e seleção de novos colaboradores. Com base nos conceitos
correntes da doutrina especializada, discorra, fundamentadamente, sobre as metodologias e
ferramentas que podem ser utilizadas pela organização para a consecução dos objetivos
almejados, de acordo com as seguintes abordagens:
a. Gestão por Competências.
b. Planejamento Estratégico e Avaliação de Desempenho (descreva, ao menos, 2 (dois)
métodos consagrados).
c. Técnicas de Gestão e Resolução de Conflitos.
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TEMA 8. CESPE – TRT8 – Analista Judiciário - 2016


Em novembro de 2015, a Cia. Alfa abriu um processo contra a concorrente Cia. Beta, alegando
ter sido prejudicada por ela, que teria usado de concorrência desleal para derrubar os preços
dos produtos. A Cia. Alfa requereu judicialmente uma indenização de R$ 2 milhões. Antes do
fechamento do balanço patrimonial de 2015, a Cia. Beta reuniu sua diretoria para discutir essa
questão e avaliar como esse processo afetaria suas contas. O contador da empresa lembrou
que a primeira audiência estava marcada para o próximo ano e que o reconhecimento contábil
desse valor impactaria os resultados de 2015. O contador, então, solicitou um parecer jurídico
que avaliasse a possibilidade de a Cia. Beta perder a causa e pagar a indenização. O setor
jurídico declarou que a saída de recursos para o pagamento da indenização exigida era menos
que provável, embora não fosse remota. O diretor solicitou, então, que o contador explicasse
qual deveria ser o procedimento contábil a ser adotado para resolver essa questão.

Na condição de contador da Cia. Beta responsável pelo estudo do caso hipotético acima
descrito, redija um texto dissertativo composto das seguintes partes:

• introdução que apresente os conceitos de provisão [valor: 7,00 pontos] e de passivo


contingente; [valor:7,00 pontos]
• estudo de mérito, com esclarecimentos a respeito:
• enquadramento do caso: indenização solicitada pela Cia. Alfa; [valor: 10,00 pontos]
• da necessidade de reconhecimento, ou não; [valor: 7,00 pontos]
• da necessidade de evidenciação, ou não. [valor:7,00 pontos]

TEMA 9. P.M. São Paulo-SP – An. P.P.G.G.– VUNESP – Dez/2015


Duas das principais características da implementação das políticas públicas sociais no Brasil
no período após a Constituição Federal de 1988 são a descentralização e a existência de
mecanismos federais de coordenação.
Explique o que cada uma dessas características significa e as suas implicações para a
formulação, implementação e avaliação das políticas sociais nos municípios.

TEMA 10. UNICAMP – Procurador - VUNESP I - Fev/2014


QUESTÃO 2 - Direito Administrativo
Área técnica da Universidade Estadual de Campinas prepara aquisição de equipamentos e
suprimentos de informática por dispensa de licitação, por conta de o valor total da compra estar
dentro do limite em que a licitação é dispensável, nos termos do art. 24, inciso II, da Lei n.o
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8.666/93. O processo de aquisição aporta para manifestação da Procuradoria da Universidade


e, verificando-se as aquisições anteriores da mesma espécie de material, é possível constatar
que o mesmo setor da Universidade realizou 4 (quatro) aquisições de mesmo valor e produtos,
nos últimos 6 (seis) meses. Como Procurador Assistente da Universidade, examine a proposta
formulada, dando parecer que subsidie a conduta da área técnica proponente.

QUESTÃO 3 – Direito Constitucional


Mencione e explique, sucintamente, quatro princípios constitucionais orçamentários.
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TEMAS ATUALIZADOS

TEMA 11. Prova CESPE - 2020 - MPE-CE - Técnico Ministerial


Lei n.º 12.305, de 2 de agosto de 2010 Art. 6.º São princípios da Política Nacional de Resíduos
Sólidos:
(...)
VI – a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais
segmentos da sociedade;
VII – a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
VIII – o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e
de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania;
IX – o respeito às diversidades locais e regionais; (...)

média da composição gravimétrica dos resíduos sólidos gerados no Brasil

À proporção em que aumenta o número de habitantes nas cidades, cresce a geração de lixo.
Observa-se que as cidades, cada vez mais, apresentam dificuldades para implantar, ordenar e
gerenciar de modo sustentável os resíduos por elas gerados. Nesse contexto, em 12/8/2010
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foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), pela Lei n.º 12.305/2010, que
definiu princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes relativos à gestão e ao gerenciamento de
resíduos sólidos, incluídos os perigosos, em âmbito nacional.
Entre os conceitos introduzidos está o de responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida
dos produtos: “conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de
resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde
humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta
Lei”. Isso quer dizer que a lei exige que as empresas assumam o retorno de seus produtos
descartados e cuidem da adequada destinação ao final de seu ciclo de vida útil.
Internet: (com adaptações).

Cerca de 80% do impacto de um produto na natureza está relacionado ao seu design e a toda
a cadeia logística. Assim, torna-se necessário rever os tipos de materiais produzidos e
repensar suas formas de produção, para que seu destino final seja o começo de um novo ciclo,
e não os aterros sanitários e os oceanos. O principal objetivo da economia circular é acabar
com os resíduos, ou seja, não gerar desperdício.
Internet: (com adaptações)

Considerando que os fragmentos de texto precedentes têm caráter motivador, redija um texto
dissertativo sobre o seguinte tema.

O DESCARTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL NO SÉCULO XXI

Ao elaborar seu texto, responda aos seguintes questionamentos.


1. Por que o modelo de descarte de resíduos sólidos predominante até o início do século XXI
deve ser substituído? [valor: 9,50 pontos]
2. Em que consistem a economia circular e a responsabilidade compartilhada e de que forma
esses novos conceitos podem impactar a economia do país? [valor: 19,00 pontos]
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TEMA 12. Prova CESPE / CEBRASPE - 2020 - MPE-CE - Analista Ministerial - Serviço
Social

A remição de pena, ou seja, o direito do condenado de abreviar o tempo imposto em sua


sentença penal, pode ocorrer mediante trabalho, estudo e, de forma mais recente, pela leitura,
conforme disciplinado pela Recomendação n.º 44/2013 do CNJ. A remição de pena, prevista na
Lei de Execução Penal, está relacionada ao direito constitucional de individualização da pena.
Dessa forma, as penas devem ser justas e proporcionais, além de particularizadas, levando-se
em conta a aptidão à ressocialização demonstrada pelo apenado por meio do estudo ou do
trabalho.
A possibilidade de remir a pena por meio da leitura já é realidade em diversos presídios do
país. De acordo com a Recomendação n.º 44/2013 do CNJ, deve ser estimulada a remição
pela leitura como forma de atividade complementar, especialmente para apenados aos quais
não sejam assegurados os direitos ao trabalho, à educação e à qualificação profissional. Para
isso, há necessidade de elaboração de um projeto pela autoridade penitenciária estadual ou
federal com vistas à remição pela leitura, assegurando-se, entre outros critérios, a participação
voluntária do preso e a existência de um acervo de livros dentro da unidade penitenciária.
Segundo a norma, o preso deve ter o prazo de 21 a 30 dias para a leitura de uma obra,
apresentando, ao final do período, uma resenha a respeito do assunto, que deverá ser avaliada
pela comissão organizadora do projeto. Cada obra lida possibilita a remição de quatro dias de
pena, com o limite de doze obras por ano, ou seja, no máximo 48 dias de remição por leitura a
cada doze meses.

Internet: (com adaptações).

A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou projeto de lei que altera o art. 4.º da Lei n.º
15.718/2014, elaborada conforme recomendação do CNJ. O projeto de lei torna expressa a
possibilidade da leitura de livros religiosos proporcionarem a remição da pena em execução
penal. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), atualmente, no projeto
Livro Aberto, são 5.100 detentos que leem mensalmente em 17 unidades prisionais do Ceará.
O preso escolhe, a cada mês, uma obra literária dentre os títulos selecionados para a leitura, o
que agora poderá incluir livros religiosos. Em seguida, o apenado redigirá relatório de leitura ou
resenha — a ser elaborados de forma individual, presencial e em local adequado —, devendo
atingir nota igual ou superior a 6,0 para ser aprovado pela Secretaria de Educação do Estado
do Ceará (SEDUC). Depois, isso é levado para a vara judicial, para ser avaliada a redução da
pena.

Internet: (com adaptações).

É indiscutível que a obra literária tem o poder de reorganizar a nossa visão de mundo, nossa
mente e nossos sentimentos, tocando nosso espírito por meio das palavras, que não são
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apenas a forte presença do nosso código; elas comunicam sempre alguma coisa que nos toca,
porque obedece a certa ordem. O caos originário dá lugar à ordem e, por conseguinte, a
mensagem pode atuar. Uma boa notícia é que toda obra literária pressupõe essa superação do
caos, determinada por um arranjo especial das palavras, fazendo uma proposta de sentido

Maria Luzineide P. da C. Ribeiro e Maria do Rosário C. Rocha. Olhando pelo avesso: reflexões sobre a remição de pena pela
leitura e a escolarização nas prisões brasileiras. In: Fernanda Marsaro dos Santos et al. (Org.). Educação nas prisões. 1.ª ed.
Jundiaí: Paco, 2019, p. 203 (com adaptações).

A leitura é um poderoso instrumento de ascensão social, de amadurecimento do ser em


relação à sua função dentro de uma complexa sociedade, de absorção da sua cultura ao redor
(...) é uma atividade essencial a qualquer área do conhecimento e mais essencial ainda à
própria vida do ser humano.

Fernanda M. dos Santos, Gesuína de F. E. Leclerc e Luciano C. Barbosa. Leitura que liberta: uma experiência para remição de
pena no Distrito Federal. In: Fernanda Marsaro dos Santos et al. (Org.). Educação nas prisões. 1.ª ed. Jundiaí: Paco, 2019, p.
21.

Considerando que os textos anteriormente apresentados têm caráter unicamente motivador,


redija um texto dissertativo abordando os seguintes aspectos acerca da remição de pena pela
leitura.
1 A remição de pena pela leitura como forma de ressocialização. [valor: 9,50 pontos]
2 A importância da leitura como forma de reorganização da visão de mundo do detento. [valor:
9,50 pontos]
3 Possibilidades e desafios da implementação de projetos de leitura no sistema prisional
brasileiro. [valor: 9,50 pontos]

TEMA 13. Prova CESPE / CEBRASPE - 2020 - TJ-PA - Analista Judiciário – Psicologia

O que o seu computador ou celular diz sobre você? Mesmo que a gente não perceba, o uso da
Internet deixa pegadas e rastros no mundo virtual. Quando você acessa plataformas de jogos
online, interage em redes sociais, usa aplicativos, compra em uma loja virtual, lê notícias ou se
cadastra em um sistema, alguma empresa pode ter acesso a um dado seu. Quase todo clique
ou movimento é passível de rastreamento. A maioria dos websites possuem cookies,
pequenos arquivos que armazenam nossa informação cada vez que acessamos um site pela
primeira vez — descarregados em nosso aparelho incluem rastreadores que servem para
configurar um perfil nosso em função das buscas que fazemos. Já os aplicativos possuem
opções de cadastro com redes sociais, que possuem dados pessoais armazenados. O mundo
digital criou novas formas de comunicação e interação. Mas você tem cuidado com seus dados
pessoais e costuma ler as políticas de privacidade das páginas e aplicativos que utiliza?
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Carolina Cunha. Proteção de dados — a questão da privacidade dos cidadãos na Internet. Internet: (com adaptações).

O uso legal da Internet traz consigo a preocupação à obediência dos princípios básicos e
interesses do consumidor, do cidadão, das empresas e do poder público, como a livre
concorrência, a liberdade de expressão e a proteção da privacidade. O uso da Internet é
considerado essencial ao exercício da cidadania e as leis são de obediência obrigatória por
todos os usuários, inclusive por aqueles que a utilizam para a efetivação de seus interesses,
sejam eles pessoais, sociais ou comerciais. Dessa forma, estejamos sempre conscientes: o
mau uso da Internet, o desconhecimento das legislações específicas e o fato de permanecer
alheio a tudo isso é estar evidentemente exposto aos prejuízos que podem advir do meio
informático.

Lauren J.L. Teixeira Alves. O uso da Internet e a proteção dos dados pessoais. Internet: (com adaptações)

Considerando que os textos anteriormente apresentados têm caráter unicamente motivador,


redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema.

A SEGURANÇA DOS USUÁRIOS DA INTERNET DEPENDE TANTO DA LEGISLAÇÃO


QUANTO DO CUIDADO INDIVIDUAL

Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:


1 o contexto atual de uso cotidiano da Internet por milhões de usuários e de exposição de
dados na rede; [valor: 11,50 pontos]
2 a necessidade de legislação relacionada à privacidade na Internet; [valor: 8,50 pontos]
3 a necessidade de os cidadãos usarem de modo consciente e seguro a Internet. [valor: 8,50
pontos]

TEMA 14. Prova CESPE - 2019 - PRF - Policial Rodoviário Federal – Discursiva

A Lei n.º 11.705/2008, conhecida como Lei Seca, por reduzir a tolerância com motoristas que
dirigem embriagados, colocou o Brasil entre os países com legislação mais severa sobre o
tema. No entanto, a atitude dos motoristas pouco mudou nesses dez anos. Um levantamento,
por meio da Lei de Acesso à Informação, indicou mais de 1,7 milhão de autuações, com
crescimento contínuo desde 2008. O avanço das infrações nos últimos cinco anos ficou acima
do aumento da frota de veículos e de pessoas habilitadas: o número de motoristas flagrados
bêbados continua crescendo, em vez de diminuir com o endurecimento das punições ao longo
desses anos.
Internet: (com adaptações).

Nas estradas federais que cortam o estado de Pernambuco, durante o feriadão de Natal, a PRF
registrou cento e três acidentes de trânsito, com cinquenta e dois feridos e sete mortos.
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Segundo a corporação, seis motoristas foram presos por dirigir bêbados e houve oitenta e sete
autuações pela Lei Seca. Os números são parte da Operação Integrada Rodovia, deflagrada
pela PRF. Em 2017, foram registrados noventa acidentes. No ano passado, a ação da polícia
teve um dia a menos.
Internet: (com adaptações).

Considerando que os fragmentos de texto acima têm caráter unicamente motivador, redija um
texto dissertativo acerca do seguinte tema.

O COMBATE ÀS INFRAÇÕES DE TRÂNSITO NAS RODOVIAS FEDERAIS BRASILEIRAS

Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:


1 medidas adotadas pela PRF no combate às infrações; [valor: 7,00 pontos]
2 ações da sociedade que auxiliem no combate às infrações; [valor: 6,00 pontos]
3 atitudes individuais para a diminuição das infrações. [valor: 6,00 pontos]

TEMA 15. Prova CESPE - 2017 - SJDH- PE - Agente de Segurança Penitenciária –


Discursiva

Lei Estadual n.º 15.755/2016


Institui o Código Penitenciário do Estado de Pernambuco.

Art. 3.º A execução das medidas privativas da liberdade visa à reparação social pelo crime
cometido e deve orientar-se à reintegração da pessoa privada de liberdade à sociedade,
preparando-a para conduzir a sua vida de modo socialmente responsável.

§ 1.º A execução das medidas privativas de liberdade também se destina à defesa da


sociedade, na prevenção de crimes.

§ 2.º A pessoa privada de liberdade mantém a titularidade dos seus direitos fundamentais,
salvo as limitações inerentes ao sentido da condenação e as exigências próprias da respectiva
execução.

Foi publicado no Diário Oficial da União o decreto da Presidência da República que


regulamenta o uso de algemas em casos de prisão e o proíbe em relação às mulheres em
trabalho de parto. Segundo as novas regras, o uso é permitido apenas em casos de resistência
e de "fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física" tanto do algemado como
daqueles que o cercam. Nesse caso, é necessário que a excepcionalidade seja justificada por
escrito. Ainda de acordo com o decreto, é vedado o emprego de algemas em mulheres presas,
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em qualquer unidade do sistema penitenciário nacional, durante o trabalho de parto ou durante


o deslocamento entre as unidades prisional e hospitalar. Também é vedado o uso das algemas
durante o período em que a presa se encontrar no hospital. O decreto lembra que, para se
determinar o uso de algemas, devem-se observar "diretrizes previstas na Constituição relativas
à proteção e à dignidade da pessoa humana e sobre a proibição de submissão ao tratamento
desumano e degradante".
Internet: <http://justificando.cartacapital.com.br> (com adaptações)

El País: Que diferenças você observa entre um presídio masculino e um feminino?


Drauzio Varella: A diferença fundamental é que essas mulheres todas têm filhos. É muito raro
encontrar alguma sem filhos. O homem, quando está preso, pode até estar preocupado com os
filhos dele — alguns nem aí, né?! —, mas ele sabe que tem uma mulher cuidando das
crianças: uma irmã, uma tia, a mãe... Mas gravidez indesejada é problema para a mulher, não
para os homens, porque eles simplesmente abandonam. A mulher vai pra cadeia e perde o
controle da família. Ela sabe que as crianças vão ficar desprotegidas: as pessoas abusam de
criança com a mãe presa. E os filhos muitas vezes são espalhados. Imagina três irmãos,
acostumados a ficarem juntos, e, quando a mãe é presa, vai cada um para um lado. Imagina a
dor dessas crianças. E a mulher sabe disso, sabe que quem está causando isso é ela, que ela
foi a responsável pela separação. Ainda que de forma involuntária, foi algo provocado pelo
crime que ela cometeu.
El País: Uma quantidade grande de mulheres foi presa por tráfico de drogas. Como se
aproximam desse universo?
Drauzio Varella: Muitas vezes o crime foi a forma de sobrevivência que ela encontrou. Não
quer dizer que ela tenha a mentalidade perversa. Ela começou a traficar droga, usava um
pouco, conhecia os traficantes... Na periferia o traficante muitas vezes é o seu colega de
classe, você brincava com ele no recreio. E de repente ele está no crime. Aí num aperto ou até
por vontade de melhorar de vida, a mulher tem ali a pessoa que oferece uma oportunidade de
trabalho que ela não teria de outra forma. Sem ter que passar por aquela condição sofrida, com
um esforço enorme de deslocamento para ir trabalhar, horas e horas todo dia por um salário
ruim. E uma vez que elas começam a ganhar dinheiro traficando, esquece.

Drauzio Varella. Entrevista. Internet: (com adaptações).

A Assembleia Geral,
(...)
Considerando que mulheres presas são um dos grupos vulneráveis com necessidades e
exigências específicas, Consciente de que muitas instalações penitenciárias existentes no
mundo foram concebidas primordialmente para presos do sexo masculino, enquanto o número
de presas tem aumentado significativamente ao longo dos anos,
Reconhecendo que uma parcela das mulheres infratoras não representa risco à sociedade e,
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tal como ocorre com todos os infratores, seu encarceramento pode dificultar sua reinserção
social,
(...)
7. Convida os Estados-membros a considerarem as necessidades e realidades específicas das
mulheres presas ao desenvolver leis, procedimentos, políticas e planos de ação relevantes e a
se inspirarem, conforme seja apropriado, nas Regras de Bangkok;
8. Também convida os Estados membros a reunir, manter, analisar e publicar, oportunamente,
dados específicos sobre mulheres presas e infratoras;
9. Enfatiza que, ao sentenciar ou aplicar medidas cautelares a uma mulher gestante ou a
pessoa que seja fonte principal ou única de cuidado de uma criança, medidas não privativas de
liberdade devem ser preferidas sempre que possível e apropriado, e que se considere impor
penas privativas de liberdade apenas a casos de crimes graves ou violentos.

Conselho Nacional de Justiça. Regras de Bangkok: regras das Nações Unidas para o tratamento de mulheres
presas e medidas não privativas de liberdade para mulheres infratoras. Brasília, 2016 (com adaptações).

Considerando que os textos precedentes têm caráter unicamente motivador, redija um texto
dissertativo-argumentativo a respeito do seguinte tema.

A REALIDADE PRISIONAL FEMININA NO BRASIL: É POSSÍVEL DEVOLVER A


DIGNIDADE À MULHER PRESA PARA QUE ELA EXERÇA SEU PAPEL NA SOCIEDADE?

Em seu texto, posicione-se claramente em relação à pergunta constante no tema [valor: 1,00
ponto] e aborde os seguintes aspectos:
1 o encarceramento como reparação social pelo crime cometido e oportunidade de
reintegração social; [valor: 8,00 pontos]
2 o atendimento das demandas específicas das mulheres e a garantia da segurança nas
unidades prisionais; [valor: 8,00 pontos]
3 o papel da mulher na sociedade e na família no Brasil: participação no mercado de trabalho e
responsabilidade pelos filhos. [valor: 2,00 pontos]
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TEMA 16. Prova CESPE - 2017 - SEDF - Professor de Educação Básica - Atividades –
Discursiva

Nos momentos finais da COP22, em Marrakesh, a comunidade internacional instou o futuro


presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, a se comprometer com as
ações de prevenção e combate ao aquecimento global, que ele considera uma farsa. Em um
ambiente de incerteza, os quase 190 países que participaram da conferência climática das
Nações Unidas reafirmaram a determinação em aplicar o Acordo de Paris, lançando um
chamado ao "compromisso político máximo" ante o desafio de aquecimento do planeta, em
clara referência ao novo governo republicano que assumirá o poder em janeiro de 2017.
Trump, durante a campanha à sucessão de Barack Obama, disse estar disposto a retirar seu
país do Acordo de Paris. Assinado em dezembro de 2015 por 196 países, o documento
histórico estabeleceu uma meta de conter o aumento global dos termômetros abaixo dos 2 ºC e
revisar os compromissos dos países, atualmente insuficientes para atender esse limite.

Correio Braziliense, 19/11/2016, p. 15 (com adaptações).

Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um
texto dissertativo acerca do seguinte tema.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS: UM APELO DA COMUNIDADE INTERNACIONAL À SENSATEZ

Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:


1 mudanças climáticas e suas consequências para a natureza e para a população mundial;
[valor: 14,00 pontos]
2 papel da Organização das Nações Unidas junto à comunidade internacional para o
enfrentamento da questão ambiental; [valor: 12,00 pontos]
3 influência dos EUA em ações que visem conter o aumento da temperatura do planeta. [valor:
12,00 pontos]
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TEMA 17. CESPE | CEBRASPE – SEE/DF – Aplicação: 2017

O cubano Fidel Castro, que, por cinco décadas, desafiou o poder norte-americano com a
criação de um Estado comunista às portas dos Estados Unidos da América, morreu aos
noventa anos de idade, em Havana. O anúncio provocou festa entre exilados cubanos em
Miami e manifestações de pesar de grande parte da comunidade internacional. Em Cuba,
enquanto alguns comemoravam pelas ruas, muitos lamentavam a morte de Fidel, visto como
herói por parte da população. A saída dele do poder, em 2006, não significou o fim do regime,
que, com cinquenta e sete anos, é a ditadura de mais longa duração da história latino-
americana e a única que perdura na região. Com exceção da rainha Elizabeth II, ele era o líder
vivo há mais tempo no poder.

Folha de S.Paulo, especial, 27/11/2016, capa (com adaptações).

Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um
texto dissertativo acerca do seguinte tema.

CUBA SE DESPEDE DE FIDEL CASTRO

Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes tópicos.


1 Contexto de ascensão do líder cubano ao poder e seu impacto no continente americano.
[valor: 13,00 pontos]
2 Cuba na atualidade: conquistas sociais e repressão política. [valor: 12,50 pontos]
3 Visões contraditórias acerca de Fidel, evidenciadas após seu falecimento. [valor: 12,50
pontos]
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TEMA 18. CESPE | CEBRASPE – SEE/DF – Aplicação: 2017

Novos dados mostram que a saúde mental dos adolescentes deve ser foco importante das
autoridades dos Estados Unidos da América (EUA) nos próximos anos. Depressão, problemas
com uso de substâncias tóxicas e taxas de suicídio estão em alta. Entre os adultos jovens, a
faixa etária em que se nota um aumento mais nítido da depressão está entre os dezoito e os
vinte anos. Especialistas acreditam que o crescimento do cyberbullying pode ser uma das
razões do problema. Não estar na escola, estar desempregado e o abuso de substâncias
tóxicas apareceram como fatores de risco para a depressão. Para terminar, fica o alerta de que
muitos jovens “sofrem em silêncio” com depressão, consumo de drogas ou ideias de suicídio.
Os números revelam a importância de profissionais, pais e escolas estarem mais atentos para
a saúde mental dos mais novos. E o que vale para os EUA em parte também vale por aqui.

Jairo Bouer. Depressão entre jovens. In: O Estado de S.Paulo, 20/11/2016, p. A28 (com adaptações).

Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um
texto dissertativo acerca do seguinte tema.

SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: ENTRE A EXPANSÃO TECNOLÓGICA E A


INSTABILIDADE EMOCIONAL

Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes tópicos.


1 A contínua revolução técnico-científica e seu impacto na vida cotidiana. [valor: 13,00 pontos]
2 Tecnologias digitais e a crescente exposição da individualidade. [valor: 12,50 pontos]
3 Alternativas possíveis para o enfrentamento dos problemas emocionais suscitados pela vida
moderna. [valor: 12,50 pontos]
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TEMA 19. CESPE | CEBRASPE – SDS/PE 2016


À medida que o crescimento urbano avança, impulsionado ou não por novos investimentos e
iniciativas imobiliárias, mais desafios a administração pública e as empresas enfrentam.
Atualmente, não são as migrações as responsáveis pelo caos urbano das metrópoles
brasileiras, e sim a falta de políticas públicas que freiem o inchaço habitacional. Exemplo
clássico é a escassez de políticas habitacionais e de atividades econômicas que criem postos
de trabalho próximos às moradias, visando descentralizar essas atividades para os anéis
externos das cidades, as quais, ao evoluírem e ocuparem os respectivos territórios, tendem a
manter concentradas as atividades sociais e econômicas, o que alonga os deslocamentos
diários dos trabalhadores em razão do congestionamento do tráfego. Aldo Paviani.
Sustentabilidade urbana: utopia ou esperança?
In: Correio Braziliense, 6/5/2016, p. 13 (com adaptações).

Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um
texto dissertativo acerca do seguinte tema.

URBANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: PROBLEMAS, ALTERNATIVAS E


DESAFIOS

Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:


1 problemas da administração pública que dificultam a ocupação urbana ordenada; [valor: 6,50
pontos]
2 alternativas para enfrentar os problemas de mobilidade nas grandes metrópoles; [valor: 6,50
pontos]
3 desafios para a defesa social resultantes do crescimento desordenado das cidades. [valor:
6,00 pontos]
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Tema 20. CESPE | CEBRASPE – SDS/PE – Delegado de Polícia 2018

QUESTÃO DISSERTATIVA 1
Otávio, maior e capaz, frequentava determinado bar e, regularmente, jogava sinuca com
Carlos, também maior e capaz. Em uma das partidas, eles se desentenderam e Otávio, com a
intenção de matar Carlos, aplicou-lhe dois golpes com uma faca, ferindo-o e fazendo-o
sangrar. Imediatamente, o dono do bar e outras pessoas presentes no estabelecimento
detiveram o autor do delito, acionaram a polícia e chamaram uma ambulância, que conduziu o
ferido após os primeiros socorros terem sido prestados. No deslocamento para o hospital, a
ambulância colidiu com um caminhão e, em razão exclusivamente da colisão, todas as
pessoas que estavam na ambulância faleceram instantaneamente.

Considerando a situação hipotética apresentada, redija um texto dissertativo destacando as


teorias da relação de causalidade previstas no Código Penal [valor: 5,00 pontos] e a teoria de
causalidade aplicável à conduta de Otávio no que se refere ao falecimento de Carlos [valor:
4,50 pontos].

Tema 21. CESPE | CEBRASPE – SSP/MA – APC – Escrivão de Polícia 2018

Discorra sobre os princípios penais da reserva legal; da anterioridade da lei penal e da


intranscendência da pena, abordando o conceito de cada um, sua natureza jurídica e seus
objetivos.

Tema 22. CESPE | CEBRASPE – SSP/MA – Delegado de Polícia Civil

QUESTÃO 2
Em uma ação de combate ao tráfico de drogas em determinada cidade, a polícia civil, por meio de
departamento especializado em repressão ao narcotráfico, prendeu um homem que portava vinte
quilos de entorpecentes, balança de precisão e certa quantia em dinheiro, em cédulas trocadas. Esse
indivíduo foi encontrado em um bar de sua propriedade, oportunidade na qual foi algemado e
conduzido à delegacia. A operação deflagrada foi possível após a prisão de outro traficante, que
forneceu as informações em confissão extrajudicial realizada em sede inquisitorial após a utilização de
meios de tortura.

Considerando essa situação hipotética, disserte sobre o princípio da proibição à tortura, à luz da
Constituição Federal de 1988, da doutrina e do entendimento do STF. Em seu texto, aborde,
fundamentadamente, os seguintes aspectos:
1 proibição à tortura como direito fundamental e efeitos jurídicos de eventual violação a esse direito;
[valor: 5,00 pontos]
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2 extensão dos efeitos da violação ao princípio fundamental da proibição à tortura, no que se refere aos
sujeitos; [valor: 5,00 pontos]
3 limites para o uso de algemas em operações policiais. [valor: 4,25 pontos]

QUESTÃO 8
A Lei n.º 11.340/2006, também conhecida como Lei Maria da Penha, criou mecanismos para
coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, estabelecendo, entre outras,
medidas de proteção às mulheres em situações de abuso e de agressões.

Considerando as disposições da lei em referência e o entendimento dos tribunais superiores,


discorra sobre os seguintes tópicos.
1 Procedimento a ser instaurado pela autoridade policial nos crimes de lesão corporal leve, de
ameaça e de injúria cometidos contra a mulher em situação de violência doméstica, levando-
se em consideração a natureza da ação penal nos respectivos crimes. [valor: 5,25 pontos]
2 Possibilidade de retratação da vítima, no âmbito policial, quanto aos crimes indicados. [valor:
5,00 pontos]
3 Possibilidade de aplicação da Lei n.º 9.099/1995 e de seus institutos despenalizadores nos
casos dos referidos crimes cometidos em âmbito doméstico contra a mulher. [valor: 4,00
pontos]

Tema 23. CESPE | CEBRASPE – PC/GO 2016

No curso de uma investigação policial, atendendo a representação da autoridade policial, foi


autorizada judicialmente medida de busca e apreensão de bens e documentos, a ser realizada
em endereço determinado, conforme descrito no competente mandado. De posse do
mandado, os agentes de polícia, acompanhados da autoridade policial, chegaram ao sobredito
imóvel somente no período noturno, devido a vários contratempos havidos no decorrer das
diligências. Confirmado o endereço, constatou-se a presença de várias pessoas no interior do
imóvel, entre elas, o proprietário da casa, indiciado no inquérito policial que originou o
mandado de busca e apreensão. Adicionalmente, constatou-se a existência de três veículos na
garagem do imóvel.

Considerando a situação hipotética acima apresentada, redija um texto dissertativo acerca do


instituto da busca e apreensão no processo penal. Ao elaborar seu texto, aborde,
fundamentadamente, os seguintes tópicos.
1 Natureza jurídica da busca e apreensão, seus objetivos e suas características e normas
gerais. [valor: 7,00 pontos]
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2 Requisitos para o cumprimento da busca e apreensão em suas modalidades domiciliar e


pessoal. [valor: 6,00 pontos]
3 Relativamente à situação hipotética apresentada: possibilidade jurídica de realização da
diligência no horário noturno. [valor: 3,00 pontos]
4 Relativamente à situação hipotética apresentada: possibilidade jurídica de realização de
busca pessoal nas pessoas encontradas no interior do imóvel, bem como no interior dos
veículos estacionados na garagem. [valor: 3,00 pontos]

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Professora Adriana Figueiredo

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