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Desafio do Assunto 01 – Das pessoas jurídicas.

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O encerramento de uma sociedade pode ter diversos motivos, mas,
sempre será necessário realizar a dissolução da Pessoa Jurídica.
Cristiano e Marcelo são sócios em uma gráfica especializada em
convites para eventos, como casamentos e aniversários. Entretanto, nos
últimos meses, eles estão cada vez mais dedicados a outras atividades
profissionais, tendo pouco tempo para a gráfica, que quase registrou
prejuízo.
Eles marcaram um almoço para conversar e, como ambos estão
realizados com seus trabalhos fora da gráfica, concordaram em fechá-la.
Para isso, decidiram ir à Junta Comercial perguntar sobre o procedimento
para encerramento.
Suponha que você seja um funcionário da Junta Comercial do Estado e
esteja sendo consultado sobre como os sócios devem proceder para encerrar
legalmente as atividades da gráfica. Quais orientações você daria a eles?

Resolução do Desafio:

Devido ambos estarem vivos e o fato da empresa não ter sido constituída
com prazo determinado, eles podem extinguir de forma administrativa no próprio
Órgão de Registro Empresarial, conforme disposto no Art. 1.033, inciso III do
Código Civil. que diz que a pessoa jurídica pode ser dissolvida por deliberação dos
sócios, por maioria absoluta, mediante procedimento específico, no respectivo órgão
de registro empresarial.

CC – Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2022. Institui o Código Civil.


SUBTÍTULO II – Da Sociedade Personificada.
Art.1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:
Inciso III – a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo
indeterminado.
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Conclusão

A pessoa jurídica pode ser dissolvida em caso de comum acordo entre os


sócios, por maioria absoluta ou mediante procedimento específico, no respectivo
Órgão de Registro Empresarial.
Desafio do Assunto 02 – Dos bens.
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Maristela faleceu em 2016 e deixou um patrimônio para seus herdeiros.
Os bens que formam esse patrimônio consistem em:
- Um apartamento;
- Um carro importado;
- Dois cachorros;
- Uma cafeteira famosa entre aqueles que apreciam café.
Você é o advogado da família e está organizando os bens para propor
a partilha, em processo de inventário.
Como você classifica os bens deixados por Maristela, tendo em vista
os conceitos apresentados pelo Código Civil?

Resolução do Desafio:

Sendo o testamento da Maristela considerado uma vontade unilateral,


classificamos os bens descritos acima como:
- Apartamento: bem inconsumível, imóvel e corpóreo;
- Carro importado: bem móvel, corpóreo, inconsumível;
- Ambos os cachorros: bens corpóreos, semoventes, móveis e indivisíveis;
- Cafeteira famosa entre aqueles que apreciam café: bem infungível, material e
inconsumível.
Cada bem deixado por Maristela pode ser classificado sob diferentes
perspectivas. No entanto, é possível afirmar que o apartamento é um bem imóvel, o
veículo é um bem móvel, os dois cachorros são bens semoventes e a cafeteira é um
bem infungível, pois, nos termos do artigo 85, é um bem móvel que pode ser
substituído por outro idêntico.
Os bens que formam a herança deixada por Maristela podem ser
considerados também bens coletivos, indivisíveis e privados.
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Conclusão

O Código Civil nos apresenta um capítulo sobre os bens considerado em si


mesmos, esses não dependem da relação com outros, pois há uma individualidade
do próprio bem, nesse sentido existem as seguintes classificações no CC: • Bens
Imóveis X Móveis, Bens Fungíveis X Infungíveis, • Bens Consumíveis X
Inconsumíveis, • Bens Divisíveis X Indivisíveis, • Bens Singulares X Coletivos. Cada
bem deixado por Maristela pode ser classificado sob diferentes perspectivas.
No entanto, é possível afirmar que o apartamento é um bem imóvel, o veículo
é um bem móvel, os dois cachorros são bens semoventes e a cafeteira é um bem
fungível, pois, nos termos do artigo 85, é um bem móvel que pode ser substituído
por outro idêntico. Os bens que formam a herança deixada por Maristela podem ser
considerados também bens coletivos, indivisíveis e privados.
Desafio do Assunto 03 – Dos bens públicos.
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Imagine que você é um juiz federal, responsável por julgar o seguinte caso:
Um grupo de trabalhadores da madeireira Serra Legal é flagrado
desmatando uma área significativa da Mata Atlântica.
O Ministério Público Federal, ao considerar que a Mata Atlântica faz
parte do território nacional (art.225 °(símbolo do inciso) 4° CF/88) e que o
território nacional faz parte da União (art.20 CF/88), ingressa com ação civil
pública na Justiça Federal.
No seu papel, como você procederia?

Resolução do Desafio:

O Ministério Público Federal confundiu o termo “bem público” da União


(art. 20 CF/88) com o termo “patrimônio nacional”, tal qual apresentado no art.
225, inciso IV da Constituição Federal/88:
Art. 225: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações.
Inciso IV: A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar,
o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônios nacionais, e sua
utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a
preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
No cerne da confusão está a ideia de que se um bem é patrimônio nacional,
então ele deve necessariamente ser da União. Nesse contexto, o juiz federal deverá
se julgar incompetente para julgar o caso.

Conclusão

Como fundamento legal, é possível começar citando o art. 23, VI e VII, da


CF/88. Em função dele, é possível compreender que a proteção ao meio ambiente é
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de competência comum a todos os entes federativos. Tendo apenas isso em mente,
seria possível concluir que o juiz em questão é competente para julgar o caso de
desmatamento da Mata Atlântica. Porém, isso não é tudo: para avaliar se ele tem ou
não competência para julgar o caso, ele deverá observar o rol taxativo do art. 109 da
CF/88. Ao fazê-lo, dado que os crimes contra o patrimônio ambiental não constam
de modo explícito no rol de incisos do artigo supracitado, torna-se possível concluir
pela incompetência do juiz federal.
Referências.
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Inciso III do Artigo 1033 da Lei n°10.406 de 10 de janeiro de 2002. Jusbrasil.
Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10669643/inciso-iii-do-artigo-
1033-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002. Acessado em 19 de Novembro
de 2021.
PELUSO, Ministro Cezar. et al. Código Civil Comentado: Doutrina e
Jurisprudência. 14° Edição revisada e atualizada. Barueri, São Paulo. Manole,
2020.
FERRAZ, Anna Cândida da Cunha, et al. Constituição Federal Interpretada:
Artigo por artigo, parágrafo por parágrafo. 11° Edição revisada e atualizada.
Barueri, São Paulo. Manole, 2020.

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