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LEGISLAÇÃO

ADUANEIRA
Conceitos Iniciais – Jurisdição Aduaneira

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira

Sumário
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Conceitos Iniciais – Jurisdição Aduaneira. . ................................................................................. 6
1. Território Aduaneiro. . ................................................................................................................... 7
1.1. Dos Portos, Aeroportos e Pontos e Fronteira Alfandegados.......................................... 11
1.2. Alfandegamento. . .....................................................................................................................13
2. Recintos Alfandegados.. ........................................................................................................... 14
2.1. Lojas Francas............................................................................................................................15
2.2. Portos Secos. . ...........................................................................................................................15
3. Administração Aduaneira.. ........................................................................................................15
4. Controle Aduaneiro de Veículos............................................................................................. 18
4.1. Manifesto de Carga.. ............................................................................................................... 20
Resumo............................................................................................................................................. 22
Questões de Concurso.................................................................................................................. 26
Gabarito............................................................................................................................................ 43

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Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira

Apresentação
Antes de iniciarmos os comentários sobre o nosso curso, gostaríamos de fazer uma breve
apresentação pessoal.
Como você já deve ter notado – pois estamos escrevendo tudo aqui na primeira pessoa
do plural –, seremos dois a ministrar o curso.
Vou, na 1ª pessoa, explicar isso melhor e já aproveitar para fazer a minha apresenta-
ção: meu nome é Diego Degrazia da Silveira e sou Auditor-Fiscal da Receita Estadual do Rio
Grande do Sul.
Antes disso, fui Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda e trabalhei no
Serviço de Controle e Acompanhamento Tributário – SECAT –, na Delegacia da Receita Federal
de Porto Alegre.
Muito antes, mas muito antes mesmo de tudo isso, fui de tudo um pouco: de jornaleiro
a dono de boteco. Verdade, galera. Até planos de saúde e enciclopédias eu vendi de porta
em porta...
Quando decidi estudar para concursos, lá em 2005, eu tinha um pequeno restaurante em
Porto Alegre que me dava um trabalho hercúleo e uma remuneração espartana.
Essa decisão – de voltar a ser estudante –, como você pode imaginar, revolucionou a mi-
nha forma de viver. Entretanto, me ensinou diversas coisas muito legais e importantes.
Foram quatro anos de plena dedicação que passei estudando para atingir a aprovação.
Imagine: sem grana para passagem, comendo miojo com salsicha direto e copiando das livra-
rias – em cadernos usados – os conceitos da doutrina... sinistríssimo!!!
Entretanto, por mais paradoxal que possa parecer, tudo isso me trouxe muita coisa boa e
muito crescimento.
Posso dizer de carteirinha: foi a MELHOR decisão que eu tomei na minha vida. Estudar
para concursos me tornou um ser humano MUITO melhor em todos os sentidos. Verdade.
A coisa mais importante que a JORNADA me ensinou foi entender que, se a gente se DEDI-
CAR, PERSISTIR e TIVER FÉ, qualquer um consegue tudo, mas tudo mesmo, até aquela quase
inatingível aprovação em um concurso de altíssimo nível.
Eu sei que posso estar soando um pouco como um escritor de autoajuda misturado com
um stand up comedy man, mas eu tinha que falar isso para você.
É que isso é uma constante em todos os papos que eu tenho com a galera que aprova em
concursos de alto nível: todos eles, de uma forma ou de outra, passaram por essas três fases,
a da dedicação, a da persistência e a da fé. Todos.
Sério. Nesse caminho, eu aprendi que, quando a gente quer realizar algo de muito bom na
vida, a gente precisa se dedicar. A gente precisa persistir. E, at last but not least, a gente preci-
sa ter fé que essa coisa vai rolar...
Então, era isso que eu queria trazer para você agora no começo do nosso curso e queria
deixar claro que eu não deixei de ser um concurseiro.

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Eu falo isso para todos os meus alunos: “gurizada, eu não sou um professor de direito. Eu
sou um CONCURSEIRO que agora tem tempo para se dedicar ao Direito. E mais: que agora
tem a GRANA para comprar todos os livros e cursos que ele sempre sonhou, ehehehehe...”
Como você pode ver, eu continuo me dedicando, persistindo e tendo fé. Só que agora em
um outro objetivo: ajudar muito você na aprovação.
Por isso, tenha certeza de que estarei aqui do outro lado debulhando doutrinas, concei-
tos, jurisprudências e questões para trazer para você a melhor forma de estudo para obter a
aprovação.
Pode contar seriamente com isso.
Enfim, para finalizar, listo a seguir as minhas conquistas. Afinal de contas, é MUITO impor-
tante para um concurseiro contar as aprovações. Elas nos seguram no bom caminho:
• Auditor-Fiscal da Receita Estadual do Rio Grande do Sul, 2009, classificado na 24ª posi-
ção.
• Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda, 2009, classificado na 12ª
posição.
• Analista Judiciário TRT/SC, 2007, classificado na 15ª posição.
• Analista de Orçamentos do MPU, 2006; classificado na 1ª posição.

Metodologia

No que depender de nós, você estará preparado(a) para prestar qualquer concurso que en-
volva a disciplina de Legislação Aduaneira, em especial o de Auditor-Fiscal da Receita Federal
e de Analista-Tributário da Receita Federal!!
Durante a nossa preparação iremos estudar:
• Constituição Federal de 1988 – CF/88 e legislação correlata: dela retiraremos inúmeros
conceitos, regras e princípios.
• Doutrina: iremos nos debruçar sobre as principais doutrinas para que possamos pas-
sar para você o conhecimento necessário para responder às questões do concurso.
• Jurisprudência: traremos o posicionamento dos tribunais para melhor compreensão
de determinados temas e resolução de questões. Em sua maioria, como você verá, os
julgados serão do Supremo Tribunal Federal – STF.
• Esquemas: organizaremos alguns assuntos com tabelas e desenhos para auxiliar na
fixação da teoria e resolução de questões.
• Questões: esse é o maior diferencial para alcance da aprovação, e, por isso, resolve-
remos centenas de questões até o final do curso, diversas delas inéditas e focadas
especificamente na sua prova.

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Ao final da teoria de cada aula, tratemos uma lista de questões comentadas. Caso não
existam questões recentes sobre determinado assunto, utilizaremos questões inéditas sobre
o conteúdo formuladas pelos professores.
Lembre-se: qualquer dúvida/orientação só mandar um e-mail para professordegrazia@
gmail.com.
Gostaria, por fim, de agradecer a colaboração especialíssima do Francisco Gustavo Da-
masceno de Paula, Graduado em Comércio Exterior, que nos ajudou na redação, compilação
e busca de exemplos em diversas aulas, sendo, praticamente, um coautor desse curso de
Legislação Aduaneira.

Conteúdo Programático

• Aula 01 – Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira


• Aula 02 – Tributos no Comércio Exterior - Imposto de Importação
• Aula 03 – Tributos no Comércio Exterior - Imposto de Exportação, IPI, CIDE, ICMS e de-
mais tributos
• Aula 04 – Controle Aduaneiro
• Aula 05 – Regimes Aduaneiros Especiais – parte 01
• Aula 06 – Regimes Aduaneiros Especiais – parte 02
• Aula 07 – Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem
• Aula 08 – Intervenientes nas Operações de Comércio Exterior, Contrabando, Descami-
nho e Princípio da Insignificância
• Aula 09 – Valoração Aduaneira

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CONCEITOS INICIAIS – JURISDIÇÃO ADUANEIRA


Vamos começar nosso curso trazendo algumas ideias básicas sobre o Direito Aduaneiro.
De acordo com Maxsoel Bastos de Freitas1, o Direito Aduaneiro pode ser conceituado da
seguinte forma:

Na esteira de Idelfonso Sánchez González podemos conceituar o Direito Aduaneiro como o conjun-
to de normas e princípios que disciplinam juridicamente a política aduaneira, entendida esta como
a intervenção pública no intercâmbio internacional de mercadorias e que constitui um sistema de
controle e de limitações com fins públicos.

Tal ramo do direito, em que pese seja intrinsecamente relacionado com o Direito Tributário,
com ele não se confunde totalmente.
É possível entendermos que – por dentro do Sistema Tributário Nacional – existe um sub-
sistema aduaneiro com regramento específico, o qual se baseia, em especial, nas disposições
do Decreto-Lei n. 37/1966.
Note que tal norma foi aprovada ainda em 1966, após a publicação do Código Tributário
Nacional. Por óbvio, caro(a) aluno(a), não se pode negar a importância do Código Tributário
Nacional no que aborda o Direito Aduaneiro, não é isso.
A ideia que precisamos ter em mente é que o CTN, assim como no Direito Tributário, é nor-
ma geral no Direito Aduaneiro, enquanto o Decreto Lei n. 37/1966 torna-se norma específica
e especial a regular o subsistema aduaneiro, ok?
É com base no Decreto Lei n. 37/1966 que o Poder Executivo Federal, no exercício da com-
petência delimitada no artigo 84, IV, da Constituição Federal, exarou o Decreto n. 6.759/2009,
norma que servirá de base para o nosso curso de Legislação Aduaneira, pois regulamenta a
administração das atividades aduaneiras e a fiscalização, o controle e a tributação das opera-
ções de comércio exterior.
Até por isso, extremamente importante que você tenha a norma seca como guia. Ela servi-
rá, como dito, como um roteiro para o nosso curso, mas não se engane: em que pese o decreto
tenha mais de 800 artigos, a legislação não se esgota nele. Há diversos normativos esparsos
e instruções normativas importantes que, à medida que andamos no estudo, serão citados
pela sua importância.
Por agora vamos nos ater ao regulamento que você deverá baixar do site do planalto:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6759.htm

A norma está no site do planalto. É preciso ficar claro que isso ocorre em face de ser a
União o ente competente para legislar sobre Direito Aduaneiro no Sistema Constitucional Bra-
sileiro, por força do disposto no artigo 22, VIII da CF/88:
1
FREITAS, Maxsoel Bastos de. O Direito Aduaneiro como ramo autônomo do direito. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-
4862, Teresina, ano 9, n. 214, 5 fev. 2004. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/4791. Acesso em: 24 jan. 2020.

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Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:


...
VIII – comércio exterior e interestadual;

Ademais, a Constituição ainda outorga ao Ministério da Fazenda (atualmente incorporado


ao Ministério da Economia2) a tarefa de fiscalizar e controlar o comércio exterior, caracteriza-
dos como essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais.

Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses
fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda.

Como se pode ver, tal controle aduaneiro se manifesta de três diferentes níveis: controle
tributário, controle cambial e controle administrativo.
No controle tributário tem-se a fiscalização – a cargo da Receita Federal do Brasil – das
ocorrências de fatos geradores dos tributos incidentes no comércio exterior, como o Imposto
de Importação, Imposto de Exportação, ICMS, entre outros.
No controle administrativo faz-se a fiscalização relacionada às outras normas, que não
tributárias, no que diz com o ingresso e saída de bens do território nacional, como as normas
sanitárias.
Já no controle cambial a ideia é fiscalizar as contrapartidas financeiras relacionadas às
operações comerciais, sendo de competência do Banco Central do Brasil.
Com isso em mente vamos passar à definição de território aduaneiro.

1. Território Aduaneiro
Na redação do Decreto n. 6.759/2009, o território aduaneiro compreende todo o territó-
rio nacional:

Art. 2º O território aduaneiro compreende todo o território nacional.

O primeiro ponto importante aqui é entender que território aduaneiro não se confunde com
território nacional. São coisas distintas:
Território Nacional é o limite geográfico do Estado, onde este exerce a soberania.
Território Aduaneiro é o local onde impera uma única legislação aduaneira.

2
A Medida Provisória n. 870, de 1º de janeiro de 2019, criou o Ministério da Economia. Com isso, as estruturas dos minis-
térios da Fazenda; do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; da Indústria, Comércio Exterior e Serviços; e do Trabalho
passaram a integrar um novo ministério chamado Economia.

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É no território aduaneiro que se exerce a jurisdição aduaneira – o poder que a autoridade


aduaneira possui de submeter ao seu controle todas as operações de comércio exterior.
Como não poderia deixar de ser, o artigo 3º do Decreto impõe que a jurisdição aduaneira
se estenda por todo o território aduaneiro.

Art. 3º A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange
(Decreto-Lei n. 37, de 18 de novembro de 1966, art. 33, caput):
I – a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local:
a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados;
b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e
c) a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados; e
II – a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as
águas territoriais e o espaço aéreo.

Podemos notar, ainda, que o território aduaneiro está dividido em duas grandes zonas: a
zona primária e a zona secundária.
A zona primária é constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade adua-
neira local:
• a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados;
• a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e
• a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados.

As zonas primárias, quando demarcadas e alfandegadas, são os únicos locais nos quais
são permitidos o ingresso e a saída de bens, veículos ou pessoas, bem como a carga e des-
carga de mercadorias.
Note o artigo 8º do decreto:
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Art. 8º Somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a
entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas (Decreto-Lei n. 37,
de 1966, art. 34, incisos II e III).

Há, entretanto, possibilidade de exceção que é preciso ter em conta, citada no mesmo artigo:

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: (Redação dada pelo Decreto n. 8.010, de 2013)
I – à importação e à exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por du-
tos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil; e (Redação dada pelo Decreto n. 8.010, de 2013)
II – a outros casos estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Já a zona secundária se define por exclusão, ou seja, compreende a parte restante do ter-
ritório aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo.
Note, com atenção, que pela redação do artigo 3º, o território aduaneiro, composto pelas
zonas primária e secundária, é o território nacional. Até por isso, não há local do território
nacional imune à fiscalização aduaneira.
Agora vamos dar uma olhada nos parágrafos do artigo 3º do regulamento:

Art. 3º A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange
(Decreto-Lei n. 37, de 18 de novembro de 1966, art. 33, caput):...
§ 1º Para efeito de controle aduaneiro, as zonas de processamento de exportação, referidas no
art. 534, constituem zona primária (Lei n. 11.508, de 20 de julho de 2007, art. 1º, parágrafo único).
§ 2º Para a demarcação da zona primária, deverá ser ouvido o órgão ou empresa a que esteja afeta
a administração do local a ser alfandegado.
§ 3º A autoridade aduaneira poderá exigir que a zona primária, ou parte dela, seja protegida por
obstáculos que impeçam o acesso indiscriminado de veículos, pessoas ou animais.
§ 4º A autoridade aduaneira poderá estabelecer, em locais e recintos alfandegados, restrições à
entrada de pessoas que ali não exerçam atividades profissionais, e a veículos não utilizados em
serviço.
§ 5º A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se ainda às Áreas de Controle Integrado criadas
em regiões limítrofes dos países integrantes do Mercosul com o Brasil (Acordo de Alcance Parcial
para a Facilitação do Comércio n. 5 – Acordo de Recife, aprovado pelo Decreto Legislativo n. 66, de
16 de novembro de 1981, e promulgado pelo Decreto n. 1.280, de 14 de outubro de 1994; e Segundo
Protocolo Adicional ao Acordo de Recife, Anexo – Acordo de Alcance Parcial de Promoção do Co-
mércio n. 5 para a Facilitação do Comércio, art. 3º, alínea “a”, internalizado pelo Decreto n. 3.761, de
5 de março de 2001).

É muito importante gravar o que diz o § 1º: pois, de acordo com a legislação, as zonas
de processamento de exportação são consideradas, para fins de controle aduaneiro, zonas
primárias!
Note que essas zonas não fazem, efetivamente, parte da zona primária. São apenas consi-
deradas, pela legislação, para fins de controle, pois em realidade são parte da zona secundária.

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Em face da redação dos parágrafos seguintes, pode-se concluir que a zona primária de-
verá ser demarcada pela autoridade aduaneira competente, ouvido o órgão ou empresa a que
esteja afeta a administração do local a ser alfandegado.
Feito isso, a autoridade poderá exigir que a zona primária, ou parte dela, seja protegida por
obstáculos que impeçam o acesso indiscriminado de veículos, pessoas ou animais ou ainda
estabelecer, em locais e recintos alfandegados, restrições à entrada de pessoas que ali não
exerçam atividades profissionais, e a veículos não utilizados em serviço.
Vamos esquematizar e resumir o que vimos até aqui:

Por fim, é preciso ainda entender que, além da jurisdição aduaneira se estender por todo o
território nacional, ela poderá ainda exercer seus poderes FORA desse território.
A redação do § 5º do artigo 3º do Decreto nos informa que a jurisdição aduaneira se es-
tende ainda às Áreas de Controle Integrado criadas em regiões limítrofes dos países integran-
tes do Mercosul com o Brasil.
Tais áreas nasceram com o objetivo de facilitar o comércio (reduzir os entraves burocrá-
ticos ao comércio exterior) entre os países do Mercosul.
São pontos dentro do território do país sede, incluindo instalações, onde se realiza um
controle comum por parte dos servidores de ambos os países envolvidos.

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Portanto, caso exista uma Área de Controle Integrado sediada em um país do Mercosul –
fora do território brasileiro – o Brasil ali poderá exercer sua jurisdição aduaneira.
A conclusão pode – e foi – inclusive objeto de questão de prova (ESAF/SRFB-AFRB/2014
- questão discursiva): Auditor-Fiscal da Receita Federal poderá exercer suas atribuições além
da linha de fronteira terrestre do Brasil. Corretíssimo.
Tranquilo?
Vamos passar ao artigo 4º do Decreto, que traz o conceito de zonas de vigilância aduanei-
ra, para finalizarmos o seu Capítulo I.

Art. 4º O Ministro de Estado da Fazenda poderá demarcar, na orla marítima ou na faixa de fronteira,
zonas de vigilância aduaneira, nas quais a permanência de mercadorias ou a sua circulação e a
de veículos, pessoas ou animais ficarão sujeitas às exigências fiscais, proibições e restrições que
forem estabelecidas (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 33, parágrafo único).
§ 1º O ato que demarcar a zona de vigilância aduaneira poderá:
I – ser geral em relação à orla marítima ou à faixa de fronteira, ou específico em relação a determi-
nados segmentos delas;
II – estabelecer medidas específicas para determinado local; e
III – ter vigência temporária.
§ 2º Na orla marítima, a demarcação da zona de vigilância aduaneira levará em conta, além de ou-
tras circunstâncias de interesse fiscal, a existência de portos ou ancoradouros naturais, propícios
à realização de operações clandestinas de carga e descarga de mercadorias.
§ 3º Compreende-se na zona de vigilância aduaneira a totalidade do Município atravessado pela
linha de demarcação, ainda que parte dele fique fora da área demarcada.

A ideia que permeia a criação de zonas de vigilância aduaneira é a de permitir um controle mais
intenso sobre locais passíveis de realização de operações clandestinas, próximos da fronteira.
Quem delimita quais serão esses locais, desde que dentro da orla marítima ou na faixa de
fronteira, é o Ministro de Estado da Fazenda (no caso, atualmente, o Ministro da Economia).
Como não se enquadram nos tópicos que fazem parte da Zona Primária, tais zonas de vi-
gilância são conceituadas como pontos de Zona Secundária.

1.1. Dos Portos, Aeroportos e Pontos e Fronteira Alfandegados


Caro(a) estudante, são nos portos, aeroportos e outros pontos de fronteira alfandegados
que há o controle de mercadorias, pessoas e serviços que circulam entre nosso território e
o exterior.
Mais à frente, em tópico específico, veremos a natureza do alfandegamento.
Atualmente, há 235 instalações portuárias no Brasil.
Destas, 37 são Portos Públicos. Para você ter uma ideia da dimensão do nosso território,
são 8,5 mil quilômetros de costa navegável. Imagine, portanto, a importância da atividade
aduaneira no nosso país!

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Já no setor aeroviário, são 2.545 aeródromos registrados pela Agência Nacional de Avia-
ção Civil (ANAC), sendo 1966 privados e 579 públicos, de acordo com a Secretaria de Portos.
Nesses locais, sob controle aduaneiro, poderão ser realizadas movimentação, despacho
aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; operações de carga,
descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele des-
tinadas e embarque, desembarque ou trânsito de viajantes procedentes do exterior ou a ele
destinados.
Como você pode ver trata-se de um fluxo complexo de pessoas, bens e cargas. Por isso,
para que a atividade aduaneira seja realizada de forma eficiente, é importante que se tenha um
regramento jurídico que detalhe os meios pelos quais essa atividade seja realizada, a fim de se
garantir segurança jurídica e um efetivo controle; além disso, ela atua como instrumento para
políticas de comércio de modo a incrementar o desenvolvimento econômico do país.
Para que ocorra o alfandegamento dos recintos em matéria de transporte, é necessária a
habilitação ao tráfego internacional pelas autoridades competentes.
Quando do início do processo de habilitação, a Secretaria da Receita Federal do Brasil será
notificada pela autoridade competente.
Uma outra observação importante, tendo como base o Decreto-Lei n. 37/1966, recepcio-
nado pelo Regulamento Aduaneiro, em seu artigo 8º, é a de que somente nos portos, aeropor-
tos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias
procedentes do exterior ou a ele destinadas. Isso é um tanto dedutivo, né?
A restrição contida no decreto não se aplica à importação e exportação de mercadorias
conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior e a outros casos es-
tabelecidos em atos normativos da Secretaria da Receita Federal do Brasil, tal qual está es-
tabelecido abaixo:

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: (Redação dada pelo Decreto n. 8.010, de 2013)
I – à importação e à exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por du-
tos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil; e (Redação dada pelo Decreto n. 8.010, de 2013)
II – a outros casos estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil. (Re-
dação dada pelo Decreto n. 8.010, de 2013)

Veja como isso foi cobrado em um certame para a Receita Federal:

001. (RECEITA FEDERAL/ESAF/2014) Somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira


alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exte-
rior ou a ele destinadas, mas isso não se aplica à importação e à exportação de mercadorias
conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras

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de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e a outros casos esta-
belecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Perceba, com atenção, que a banca juntou numa mesma questão um artigo e a restrição con-
tida no parágrafo.
Certo.

1.2. Alfandegamento
Caro(a) aluno(a), a atividade aduaneira no Brasil tem origens ainda no período colonial. É,
desconsiderando o escambo de caça e pesca dos índios (rs), uma das primeiras atividades
comerciais em solo e território marítimo brasileiros.
É fácil inferirmos o porquê.
Com a chegada de Cabral à Bahia em 1500, houve as primeiras trocas comerciais e a ne-
cessidade de se estabelecer um controle marítimo no nosso território.
À época, esse controle se fazia mais necessário para evitar a invasão de outros países.
As primeiras alfândegas foram instaladas entre 1534 e 1540, ainda nos tempos de capi-
tanias hereditárias, mas foi a partir de 1808, com a abertura dos portos, que as alfândegas se
tornaram o principal meio de receita fiscal do Estado.
Isso perdurou até a Segunda Guerra Mundial, quando o Brasil adotou políticas fiscais con-
tracionistas.

Mas o que significa alfandegar?

De acordo com o artigo 2º da Portaria RFB n. 3.518/2011, entende-se por alfandegamento


a autorização, por parte da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), para estacionamen-
to ou trânsito de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados; embarque, desem-
barque ou trânsito de viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados; movimentação,
armazenagem e submissão a despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior,
ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial; bens de viajantes procedentes
do exterior, ou a ele destinados e remessas postais internacionais, nos locais e recintos onde
tais atividades ocorram sob controle aduaneiro.
Essa é uma das atividades mais importantes no comércio exterior, pois atua como um elo
entre nosso país e o resto do mundo. Perceba a importância do alfandegamento, de acordo
com a definição da própria Receita Federal.
Pessoas; bens; veículos: tudo isso passa pelo crivo da alfândega, pois é nesse recinto
onde é realizado o controle aduaneiro.

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O alfandegamento poderá abranger a totalidade ou parte da área dos portos e dos


aeroportos.
Quanto aos aspectos legais e burocráticos, cabe à Secretaria da Receita Federal do Brasil,
órgão vinculado ao Ministério da Fazenda (Economia) definir os requisitos técnicos e opera-
cionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controle aduaneiro,
movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias.
De olho no que diz o decreto:

Art. 13-A. Compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil definir os requisitos técnicos e ope-
racionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controle aduaneiro, mo-
vimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior, ou a
ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagem de viajantes procedentes do
exterior, ou a ele destinados, e remessas postais internacionais (Lei n. 12.350, de 20 de dezembro
de 2010, art. 34, caput). (Incluído pelo Decreto n. 8.010, de 2013).

2. Recintos Alfandegados
Os recintos alfandegados são os locais localizados na zona primária ou secundária onde
são realizadas atividades sujeitas ao controle aduaneiro.
Compete à autoridade aduaneira autorizar que nesses locais ocorra, sob controle adua-
neiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do
exterior, ou a ele destinados, inclusive sob regime aduaneiro especial; bagagem de viajantes
procedentes do exterior, ou a ele destinados e remessas postais internacionais.
Veja, novamente, o que diz o decreto:

Art. 9º Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneira competente,
na zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possam ocorrer, sob controle aduanei-
ro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de:
I – mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro
especial;
II – bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; e
III – remessas postais internacionais.

Atente para o fato de que mesmo mercadorias sob regime aduaneiro especial podem ser
movimentadas, armazenadas e despachadas em recintos declarados pela autoridade adua-
neira competente, seja em zona primária ou secundária.
Frise-se que, em zona primária, poderão ser alfandegados recintos destinados à instala-
ção de lojas francas, como atesta o parágrafo primeiro do artigo citado:

Parágrafo único. Poderão ainda ser alfandegados, em zona primária, recintos destinados à insta-
lação de lojas francas.

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2.1. Lojas Francas


Lojas francas funcionam como uma espécie de regime aduaneiro especial. O site da Re-
ceita Federal do Brasil nos dá a definição deste regime, segundo o qual permite a instala-
ção de estabelecimento comercial em portos ou em aeroportos alfandegados (zona primária)
para vender mercadoria nacional ou estrangeira a passageiro em viagem internacional, sem a
cobrança de tributos, contra pagamento em moeda nacional ou estrangeira.
São os famosos Duty Free.
Ainda de acordo com a Receita as vendas nas lojas francas podem ser realizadas a:
• tripulantes e passageiros em viagem internacional;
• missões diplomáticas, repartições consulares, representações de organismos interna-
cionais de caráter permanente e a seus integrantes e assemelhados; e
• empresas de navegação aérea ou marítima, para uso ou consumo de bordo de embar-
cações ou aeronaves, de bandeira estrangeira, aportadas no País.

2.2. Portos Secos


Um outro recinto alfandegado importante no nosso complexo aduaneiro são os chama-
dos Portos Secos.
Podemos definir porto seco como uma extensão da zona portuária ou aeroportuária. Es-
ses recintos especiais localizam-se na zona secundária e são autorizados a operar com car-
ga de importação e exportação.
O Regulamento Aduaneiro nos traz uma importante informação concernente à legisla-
ção que rege os portos secos: de acordo com o artigo 12, as operações de movimentação e
armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro, bem como a prestação de serviços
conexos, em porto seco, sujeitam-se ao regime de concessão ou de permissão (Lei n. 9.074,
de 7 de julho de 1995, art. 1º, inciso VI).
É uma informação subsidiária que pode ser cobrada em prova.
Conhecimento é munição contra examinador esperto! rs

3. Administração Aduaneira
A administração aduaneira se encarrega das atividades concernentes ao controle sobre o
comércio exterior.
Você, futuro(a) Auditor(a)-Fiscal da Receita Federal do Brasil, se encarregará de fiscalizar
os tributos incidentes sobre as operações de comércio exterior.
Seu ofício demandará tanto a execução quanto a supervisão das atividades de fiscaliza-
ção dos tributos incidentes na importação e exportação.

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Parágrafo único. As atividades de fiscalização de tributos incidentes sobre as operações de comér-


cio exterior serão supervisionadas e executadas por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (Lei
n. 5.172, de 1966, arts. 142, 194 e 196; Lei n. 4.502, de 1964, art. 93; Lei n. 10.593, de 6 de dezembro
de 2002, art. 6º, com a redação dada pela Lei n. 11.457, de 16 de março de 2007, art. 9º). (Incluído
pelo Decreto n. 7.213, de 2010).

Tal fiscalização poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou eventual, nos por-
tos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados. Observe:

Art. 16. A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou eventual, nos
portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 36,
caput, com a redação dada pela Lei n. 10.833, de 29 de dezembro de 2003, art. 77).

O artigo 19 do Decreto nos informa ainda que as pessoas físicas ou jurídicas exibirão aos
Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil, sempre que exigidos, as mercadorias, livros
das escritas fiscal e geral, documentos mantidos em arquivos magnéticos ou assemelhados,
e todos os documentos, em uso ou já arquivados, que forem julgados necessários à fiscali-
zação, e lhes franquearão os seus estabelecimentos, depósitos e dependências, bem assim
veículos, cofres e outros móveis, a qualquer hora do dia, ou da noite, se à noite os estabeleci-
mentos estiverem funcionando.
Note que a prerrogativa do Auditor-Fiscal não é absoluta. No caso da fiscalização à noite,
apenas se o estabelecimento estiver aberto, poderá a autoridade fiscal proceder a buscas por
mercadorias e documentos necessários ao controle aduaneiro.
A administração aduaneira é tão importante para o Estado, que seus servidores possuem,
nas suas áreas de atuação, prerrogativa sobre os demais servidores que atuem, também, em
recintos alfandegados. Isso denota a importância estratégia do comércio exterior para o de-
senvolvimento do país.
A própria Constituição Federal prevê essa precedência:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mo-
ralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucio-
nal n. 19, de 1998)
XVIII – a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de compe-
tência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;

O decreto atesta essa importância, como você pode verificar no artigo 17:

Art. 17. Nas áreas de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados, bem como
em outras áreas nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ou embarque e desembar-
que de viajante, procedentes do exterior ou a ele destinados, a autoridade aduaneira tem precedên-
cia sobre as demais que ali exerçam suas atribuições (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 35). (Redação
dada pelo Decreto n. 7.213, de 2010)

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O importador, exportador e adquirente de mercadoria importada por conta e ordem tem a


obrigação de manter os documentos relativos às operações comerciais que realizarem pelo
prazo decadencial estabelecido na legislação.
Veja o que diz o regramento:

Art. 18. O importador, o exportador ou o adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem
têm a obrigação de manter, em boa guarda e ordem, os documentos relativos às transações que
realizarem, pelo prazo decadencial estabelecido na legislação tributária a que estão submetidos, e
de apresentá-los à fiscalização aduaneira quando exigidos (Lei n. 10.833, de 2003, art. 70, caput):

No caso de haver incêndio, deterioração de documentos ou qualquer outro sinistro, como


deverá proceder o importador ou o exportador?
Nesse caso, deverá ser feita comunicação, por escrito, no prazo de quarenta e oito horas
do sinistro, à unidade de fiscalização aduaneira da Secretaria da Receita Federal do Brasil, ins-
truída com os documentos que comprovem o registro da ocorrência junto à autoridade com-
petente para apurar o fato.
Acompanhe:

§ 2º Nas hipóteses de incêndio, furto, roubo, extravio ou qualquer outro sinistro que provoque a per-
da ou deterioração dos documentos a que se refere o caput, deverá ser feita comunicação, por escri-
to, no prazo de quarenta e oito horas do sinistro, à unidade de fiscalização aduaneira da Secretaria
da Receita Federal do Brasil que jurisdicione o domicílio matriz do sujeito passivo, instruída com os
documentos que comprovem o registro da ocorrência junto à autoridade competente para apurar o
fato (Lei n. 10.833, de 2003, art. 70, §§ 2º e 4º).

Fique atento(a) ao fato de que cabe ao Ministro de Estado da Fazenda (Economia) regular
as unidades da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Art. 25. A estrutura, competência, denominação, sede e jurisdição das unidades da Secretaria da
Receita Federal do Brasil que desempenham as atividades aduaneiras serão reguladas em ato do
Ministro de Estado da Fazenda.

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4. Controle Aduaneiro de Veículos


O controle aduaneiro de veículos visa garantir que os trâmites legais sejam obedecidos
quando da entrada e saída destes no território nacional, assim como observação se a carga é
ilegal ou não; se há viajantes entrando ou saindo do nosso território em situação ilegal.
Tudo isso passa pelo crivo da alfândega.
Somente em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado poderá ser realizada a
entrada ou saída de veículos procedentes ou destinados ao exterior.

Art. 26. A entrada ou a saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados só poderá
ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado.

Porém, caro(a) aluno(a), essa norma não traz uma obrigação absoluta, já que em situações
justificadas o titular da unidade aduaneira poderá autorizar a entrada ou saída de veículos por
porto, aeroporto ou ponto de fronteira não alfandegado.
Veja o que diz o parágrafo segundo do artigo citado:

§ 2º O titular da unidade aduaneira jurisdicionante poderá autorizar a entrada ou a saída de veículos


por porto, aeroporto ou ponto de fronteira não alfandegado, em casos justificados, e sem prejuízo
do disposto no § 1º.

O parágrafo 1º refere-se ao controle aduaneiro, indicando que tal controle será exercido
sobre o veículo desde o seu ingresso no território aduaneiro até sua efetiva saída, incluindo
bagagem de viajantes e outros bens a bordo.

§ 1º O controle aduaneiro do veículo será exercido desde o seu ingresso no território aduaneiro até
a sua efetiva saída, e será estendido a mercadorias e a outros bens existentes a bordo, inclusive a
bagagens de viajantes.

Assim, temos:

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Algumas restrições que, aliás, já foram objeto de questão de prova, dizem respeito à atua-
ção do condutor de veículo que procede do exterior. Vamos à literalidade da norma:

Art. 27. É proibido ao condutor de veículo procedente do exterior ou a ele destinado:


I – estacionar ou efetuar operações de carga ou descarga de mercadoria, inclusive transbordo, fora
de local habilitado;
II – trafegar no território aduaneiro em situação ilegal quanto às normas reguladoras do transporte
internacional correspondente à sua espécie; e
III – desviá-lo da rota estabelecida pela autoridade aduaneira, sem motivo justificado.

O Regulamento também nos traz outra importante restrição, também já objeto de prova,
logo em seguida:

Art. 28. É proibido ao condutor do veículo colocá-lo nas proximidades de outro, sendo um deles
procedente do exterior ou a ele destinado, de modo a tornar possível o transbordo de pessoa ou
mercadoria, sem observância das normas de controle aduaneiro.
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição prevista no caput, os veículos:
I – de guerra, salvo se utilizados no transporte comercial;
II – das repartições públicas, em serviço;
III – autorizados para utilização em operações portuárias ou aeroportuárias, inclusive de transpor-
te de passageiros e tripulantes; e
IV – que estejam prestando ou recebendo socorro.

Como se viu, apenas em situações excepcionais é permitido ao condutor colocar o veículo


nas proximidades de outro.
É o caso de veículos de guerra, estando o país em situação bélica; salvo aqueles utilizados
no transporte comercial.
Os veículos utilizados em serviços públicos, os autorizados pelo controle aduaneiro e os
que estejam prestando ou recebendo socorro também são excetuados da proibição contida
no referido caput.
A autoridade aduaneira tem a prerrogativa em realizar buscas em qualquer veículo para
prevenir e reprimir a ocorrência de infração à legislação aduaneira.
Essa busca pode ser realizada mesmo em momento anterior à prestação de informações
pelo transportador da mercadoria.
Atenção para a norma mais uma vez. Não deixe de ler o decreto e fazer os grifos neces-
sários. (Recomendo que grife artigos e parágrafos com cores diferentes. Facilita o estudo.
Garanto-lhes!)

Art. 34. A autoridade aduaneira poderá proceder a buscas em qualquer veículo para prevenir e repri-
mir a ocorrência de infração à legislação aduaneira, inclusive em momento anterior à prestação das
informações referidas no art. 31 (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 37, § 4º, com a redação dada pela
Lei n. 10.833, de 2003, art. 77).

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Quais informações são essas? São aquelas prestadas à Secretaria da Receita Federal
acerca da carga transportada. Veja:

Art. 31. O transportador deve prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil, na forma e no prazo
por ela estabelecidos, as informações sobre as cargas transportadas, bem como sobre a chegada
de veículo procedente do exterior ou a ele destinado (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 37, caput, com
a redação dada pela Lei n. 10.833, de 2003, art. 77).

4.1. Manifesto de Carga


O manifesto de carga é, certamente, um dos documentos mais relevantes para a atividade
aduaneira. Nele, dados acerca da carga exportada ou importada são apresentados à autori-
dade fiscal para o controle do que entra e sai do território aduaneiro.
Mas quais são os dados que precisam estar contidos no manifesto de carga? Va-
mos à norma:

Art. 44. O manifesto de carga conterá:


I – a identificação do veículo e sua nacionalidade;
II – o local de embarque e o de destino das cargas;
III – o número de cada conhecimento;
IV – a quantidade, a espécie, as marcas, o número e o peso dos volumes;
V – a natureza das mercadorias;
VI – o consignatário de cada partida;
VII – a data do seu encerramento; e
VIII – o nome e a assinatura do responsável pelo veículo.

Note que são várias as informações contidas no manifesto de carga. Desde a identificação
do veículo e sua nacionalidade; local de embarque; destino das cargas; quantidade; peso; natu-
reza da mercadoria, dentre outros.
Esse manifesto é importante para a segurança jurídica da carga comercializada e auxilia
as autoridades para a guarda e análise de informações de nossas trocas comerciais com o
resto do mundo, contribuindo de forma subsidiária para políticas de comércio exterior.
O manifesto de carga poderá ser substituído por outra declaração de efeito equivalente.
Ainda, para cada ponto de descarga do território aduaneiro, o veículo deverá trazer tantos
manifestos quantos forem os locais, no exterior, em que tiver recebido a carga.
A não apresentação de manifesto ou declaração de efeito equivalente, em relação a qual-
quer ponto de escala no exterior, será considerada declaração negativa de carga.
Veja na sequência a literalidade da norma:

Art. 41. A mercadoria procedente do exterior, transportada por qualquer via, será registrada em
manifesto de carga ou em outras declarações de efeito equivalente (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art.
39, caput).

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Art. 43. Para cada ponto de descarga no território aduaneiro, o veículo deverá trazer tantos mani-
festos quantos forem os locais, no exterior, em que tiver recebido carga.
Parágrafo único. A não apresentação de manifesto ou declaração de efeito equivalente, em relação
a qualquer ponto de escala no exterior, será considerada declaração negativa de carga.

Uma outra informação relevante diz respeito à divergência entre o conhecimento de carga
e o manifesto de carga.

Mas o que seria exatamente o conhecimento de carga?

No sítio da Receita Federal, temos que o conhecimento de carga define a contratação da


operação de transporte internacional, comprova o recebimento da mercadoria na origem e a
obrigação de entregá-la no lugar de destino, constitui prova de posse ou propriedade da mer-
cadoria e é um documento que ampara a mercadoria e descreve a operação de transporte.
E quando há divergência entre o manifesto e o conhecimento de carga? O Regulamento
Aduaneiro nos traz a solução:

Art. 47. No caso de divergência entre o manifesto e o conhecimento, prevalecerá este, podendo a
correção daquele ser feita de ofício.

Caso a mercadoria seja descarregada em local diverso do registrado no manifesto, caberá


à autoridade aduaneira do novo destino autorizar a descarga da mercadoria.
A autoridade aduaneira do novo destino deverá, então, comunicar o fato à unidade adua-
neira onde a mercadoria estava manifestada.
Veja só:

Art. 52. A competência para autorizar descarga de mercadoria em local diverso do indicado no ma-
nifesto é da autoridade aduaneira do novo destino, que comunicará o fato à unidade com jurisdição
sobre o local para onde a mercadoria estava manifestada.

Caro(a) aluno(a), nesta aula, demos início ao estudo dessa importante disciplina que é a
Legislação Aduaneira.
Algumas definições contidas na aula são importantes para a compreensão da disciplina.
Não deixe de imprimir o Regulamento Aduaneiro. Faça uma leitura inicial e, em seguida,
após ler a teoria e resolver as questões, grife os tópicos mais importantes. Não recomendo que
saia grifando de cara! Analise o terreno em uma primeira leitura e só em seguida construa a es-
trada. É isso! Agora vamos à revisão e em seguida a uma bateria de questões para consolidar
o conhecimento. Bom trabalho e rumo à aprovação!

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RESUMO
Vamos resumir ao final de cada aula o conjunto de esquemas e mapas mentais que estuda-
mos para facilitar suas futuras revisões. Se surgir dúvida em algum esquema, retorne ao tópico
específico da aula!
O território aduaneiro compreende todo o território nacional.

O território aduaneiro é constituído pela zona primária e secundária.


Constituem a zona primária:
• a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados;
• a área terrestre, nos aeroportos alfandegados;
• a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados.

Constituem a zona secundária:


• restante do território aduaneiro;
• águas territoriais e espaço aéreo.

As zonas de processamento de exportação constituem a zona primária para efeito de con-


trole aduaneiro.

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Recintos alfandegados são locais onde se exerce o controle aduaneiro.


A Secretaria da Receita Federal do Brasil é o órgão responsável por declarar o recinto como
apto para que sejam efetivadas operações de comércio exterior.
Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas opera-
ções de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem,
sob controle aduaneiro.
Os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportos al-
fandegados.
As atividades de fiscalização de tributos incidentes sobre as operações de comércio exte-
rior serão supervisionadas e executadas por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil.

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A entrada ou a saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados só poderá


ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado.

É proibido ao condutor do veículo colocá-lo nas proximidades de outro, sendo um deles


procedente do exterior ou a ele destinado, de modo a tornar possível o transbordo de pessoa
ou mercadoria, sem observância das normas de controle aduaneiro.
Essa regra é excetuada nas seguintes situações:
• veículos de guerra, salvo se utilizados no transporte comercial;
• veículos das repartições públicas, em serviço;

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• veículos autorizados para utilização em operações portuárias ou aeroportuárias, inclusi-


ve de transporte de passageiros e tripulantes; e
• que estejam prestando ou recebendo socorro.

Manifesto de carga é um documento no qual estão elencadas informações acerca da car-


ga transportada.
No caso de divergência entre o manifesto e o conhecimento, prevalecerá este, podendo a
correção daquele ser feita de ofício.
A mercadoria descarregada de veículo procedente do exterior será registrada pelo trans-
portador, ou seu representante, e pelo depositário, na forma e no prazo estabelecidos pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil.

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QUESTÕES DE CONCURSO
002. (ESAF/RFB/2014) O território aduaneiro compreende todo o território nacional, exceto as
Áreas de Livre Comércio, sujeitas à legislação específica.

De fato, o território aduaneiro compreende todo o território nacional, mas a questão incorre
em erro ao apontar as Áreas de Livre Comércio como exceção.
Veja o que diz o decreto:

Art. 2º O território aduaneiro compreende todo o território nacional.


§ 5º A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se ainda às Áreas de Controle Integrado criadas
em regiões limítrofes dos países integrantes do Mercosul com o Brasil (Acordo de Alcance Parcial
para a Facilitação do Comércio n. 5 – Acordo de Recife, aprovado pelo Decreto Legislativo n. 66, de
16 de novembro de 1981, e promulgado pelo Decreto n. 1.280, de 14 de outubro de 1994; e Segundo
Protocolo Adicional ao Acordo de Recife, Anexo – Acordo de Alcance Parcial de Promoção do Co-
mércio n. 5 para a Facilitação do Comércio, art. 3º, alínea “a”, internalizado pelo Decreto n. 3.761, de
5 de março de 2001).
Errado.

003. (ESAF/RFB/2014) Compete ao Ministro de Estado da Fazenda definir os requisitos técni-


cos e operacionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controle
aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes
do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagem de viajan-
tes procedentes do exterior, ou a ele destinados, e remessas postais internacionais.

Amigo(a), essa competência não cabe ao Ministro da Fazenda, mas sim à autoridade adua-
neira competente na zona primária e secundária. Onde isso está dito? Nele mesmo, no nos-
so decreto:

Art. 9º Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneira competente,
na zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possam ocorrer, sob controle aduanei-
ro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de:
I – mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro
especial;
II – bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; e
III – remessas postais internacionais.
Errado.

004. (ESAF/RFB/2014) Relativamente à mercadoria descarregada de veículo procedente do


exterior, o volume que, ao ser descarregado, apresentar-se quebrado, com diferença de peso,

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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com indícios de violação ou de qualquer modo avariado, deverá ser objeto de conserto e pe-
sagem, fazendo-se, ato contínuo, a devida anotação no registro de descarga, pelo depositário.
A autoridade aduaneira poderá determinar a aplicação de cautelas fiscais e o isolamento dos
volumes em local próprio do recinto alfandegado, exceto nos casos de extravio ou avaria, dado
o estado já verificado dos volumes, os quais não poderão permanecer no recinto alfandegado.

A questão está quase toda correta, mas escorrega no final. Mesmo nos casos de extravio e
avaria, a autoridade aduaneira poderá determinar a aplicação de cautelas fiscais e o isola-
mento dos volumes em local próprio do recinto alfandegado.

Art. 63. A mercadoria descarregada de veículo procedente do exterior será registrada pelo transpor-
tador, ou seu representante, e pelo depositário, na forma e no prazo estabelecidos pela Secretaria
da Receita Federal do Brasil.
§ 1º O volume que, ao ser descarregado, apresentar-se quebrado, com diferença de peso, com indí-
cios de violação ou de qualquer modo avariado, deverá ser objeto de conserto e pesagem, fazendo-
se, ato contínuo, a devida anotação no registro de descarga, pelo depositário. (Incluído pelo Decreto
n. 8.010, de 2013)
§ 2º A autoridade aduaneira poderá determinar a aplicação de cautelas fiscais e o isolamento dos
volumes em local próprio do recinto alfandegado, inclusive nos casos de extravio ou avaria. (Incluído
pelo Decreto n. 8.010, de 2013)
Veja como é importante o estudo do Regulamento!
Errado.

005. (ESAF/RFB/2014) O transportador deve prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil,


na forma e no prazo por ela estabelecidos, as informações sobre as cargas transportadas,
bem como sobre a chegada de veículo procedente do exterior ou a ele destinado. A autorida-
de aduaneira poderá proceder às buscas em veículos necessárias para prevenir e reprimir a
ocorrência de infração à legislação, mas, em respeito à ampla defesa e ao contraditório, as
buscas poderão ocorrer apenas em momento ulterior à apresentação das referidas informa-
ções pelo transportador.

Realmente, o transportador deve prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil as informa-


ções expostas na questão assim como a autoridade aduaneira poderá proceder às buscas em
veículos. Mas onde está o erro? Está no final, quanto ao aspecto temporal, em relação à condi-
ção exposta no fim da questão. Não há a necessidade de que as buscas sejam realizadas ape-
nas em momento ulterior à apresentação das informações pelo transportador. Onde isso está
afirmado? Exatamente: no Decreto n. 6.759/2009, nosso Regulamento Aduaneiro. Vejamos:

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Art. 34. A autoridade aduaneira poderá proceder a buscas em qualquer veículo para prevenir e re-
primir a ocorrência de infração à legislação aduaneira, inclusive em momento anterior à prestação
das informações referidas no art. 31 (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 37, § 4º, com a redação dada
pela Lei n. 10.833, de 2003, art. 77).
Certo.

006. (INÉDITA) O território aduaneiro compreende apenas áreas estabelecidas pela autorida-
de competente.

O território aduaneiro compreende todo o território nacional! Informação básica e primordial


do estudo da legislação aduaneira.
Errado.

007. (INÉDITA) A jurisdição do território aduaneiro compreende as zonas primárias e zonas


secundárias. As águas territoriais e o espaço aéreo, devido às suas importâncias e abrangên-
cias, correspondem à zona primária.

Realmente, as águas territoriais e o espaço aéreo são importantes para a atividade adu-
aneira, mas eles não pertencem à zona primária; eles fazem parte da zona secundária. De
olho na norma:

Art. 3º A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange
(Decreto-Lei n. 37, de 18 de novembro de 1966, art. 33, caput):
II – a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as
águas territoriais e o espaço aéreo.
Errado.

008. (INÉDITA) Os recintos alfandegados serão declarados pela autoridade aduaneira compe-
tente, na zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possam ocorrer, sob contro-
le aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias proceden-
tes do exterior, ou a ele destinados, ou a ele destinadas, exceto sob regime aduaneiro especial.

Mais uma questão que começa bem, desenvolve-se bem, mas escorrega no final, pois não há
essa exceção. Repare:

Art. 9º Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneira competente,
na zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possam ocorrer, sob controle aduanei-
ro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de:

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I – mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro


especial;
II – bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; e
III – remessas postais internacionais.
Errado.

009. (INÉDITA) Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são execu-
tadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de
bagagem, sob controle aduaneiro.

Exatamente! Essa é a definição de portos secos.

Art. 11. Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas opera-
ções de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob
controle aduaneiro.
Certo.

010. (INÉDITA) Os portos secos são instalados em zona secundária.

O Regulamento, a contrariu sensu, afirma que os portos secos deverão ser instalados em zona
secundária:

§ 1º Os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportos alfan-
degados.
Certo.

011. (INÉDITA) Compete ao Ministro de Estado da Fazenda definir os requisitos técnicos e


operacionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controle adu-
aneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do
exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagem de viajantes
procedentes do exterior, ou a ele destinados, e remessas postais internacionais.

Caro(a) aluno(a), essa prerrogativa é da Secretaria da Receita Federal do Brasil. Não custa lem-
brar que esse é um órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, hoje, Ministério da Economia.
Errado.

012. (INÉDITA) O alfandegamento, quando efetuado, deverá abranger a totalidade dos portos
e aeroportos, garantindo, assim, um controle aduaneiro eficaz.

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A questão está incompleta, pois o alfandegamento poderá abranger, também, parte dos por-
tos e aeroportos.
Errado.

013. (INÉDITA) As atividades de fiscalização de tributos incidentes sobre as operações de


comércio exterior serão executadas por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e supervi-
sionadas pelo Ministro da Fazenda.

Até poderíamos deduzir que esse supervisionamento caberia ao Ministro da Fazenda, devido
a sua posição hierárquica, mas não é o que diz o decreto:

Parágrafo único. As atividades de fiscalização de tributos incidentes sobre as operações de comér-


cio exterior serão supervisionadas e executadas por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (Lei
n. 5.172, de 1966, arts. 142, 194 e 196; Lei n. 4.502, de 1964, art. 93; Lei n. 10.593, de 6 de dezembro
de 2002, art. 6º, com a redação dada pela Lei n. 11.457, de 16 de março de 2007, art. 9º). (Incluído
pelo Decreto n. 7.213, de 2010).
Portanto, caberá a você, futuro(a) Auditor(a)-Fiscal da Receita Federal, as atividades de fiscali-
zação e supervisão sobre operações de comércio exterior.
Errado.

014. (INÉDITA) A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou


eventual, nos portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados.

É o que diz o decreto, em seu art. 16. Veja o grau de importância da fiscalização aduaneira.

Art. 16. A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou eventual, nos
portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 36,
caput, com a redação dada pela Lei n. 10.833, de 29 de dezembro de 2003, art. 77).
Certo.

015. (INÉDITA) O importador, o exportador ou o adquirente de mercadoria importada por sua


conta e ordem têm a obrigação de manter, em boa guarda e ordem, os documentos relativos
às transações que realizarem, pelo prazo decadencial estabelecido na legislação tributária a
que estão submetidos, e de apresentá-los à fiscalização aduaneira quando exigidos.

Aqui temos a literalidade da norma:

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Art. 18. O importador, o exportador ou o adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem
têm a obrigação de manter, em boa guarda e ordem, os documentos relativos às transações que
realizarem, pelo prazo decadencial estabelecido na legislação tributária a que estão submetidos, e
de apresentá-los à fiscalização aduaneira quando exigidos (Lei n. 10.833, de 2003, art. 70, caput):
Certo.

016. (INÉDITA) As pessoas físicas ou jurídicas exibirão aos Auditores-Fiscais da Receita Fe-
deral do Brasil, sempre que exigidos, as mercadorias, livros das escritas fiscal e geral, docu-
mentos mantidos em arquivos magnéticos ou assemelhados, e todos os documentos, em uso
ou já arquivados, que forem julgados necessários à fiscalização, e lhes franquearão os seus
estabelecimentos, depósitos e dependências, bem assim veículos, cofres e outros móveis, a
qualquer hora do dia ou da noite.

Essa prerrogativa do Auditor-Fiscal não é absoluta. No caso de fiscalização à noite, apenas


se o estabelecimento estiver aberto neste turno poderá o auditor proceder a buscas e apreen-
sões por mercadorias e documentos.
Errado.

017. (INÉDITA) A estrutura, competência, denominação, sede e jurisdição das unidades da


Secretaria da Receita Federal do Brasil que desempenham as atividades aduaneiras serão
reguladas em ato da autoridade aduaneira competente.

A competência para regular estrutura, competência, denominação, sede e jurisdição das uni-
dades da Secretaria da Receita Federal do Brasil fica a cargo do Ministro da Fazenda, hoje
Ministro da Economia.
Errado.

018. (INÉDITA) Nas áreas de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados,
bem como em outras áreas nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ou em-
barque e desembarque de viajante, procedentes do exterior ou a ele destinados, a autoridade
aduaneira tem precedência sobre as demais que ali exerçam suas atribuições.

Mais uma questão que cobra a literalidade da norma. Devido à importância da atividade adu-
aneira e do comércio exterior como um forte indutor do desenvolvimento econômico, a auto-
ridade aduaneira tem precedência sobre os demais servidores que estejam atuando também
em algum recinto alfandegado.
Como sempre, o decreto nos dá o embasamento legal:

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Art. 17. Nas áreas de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados, bem como
em outras áreas nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ou embarque e desembar-
que de viajante, procedentes do exterior ou a ele destinados, a autoridade aduaneira tem precedên-
cia sobre as demais que ali exerçam suas atribuições (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 35). (Redação
dada pelo Decreto n. 7.213, de 2010).
Certo.

019. (INÉDITA) Nas hipóteses de incêndio, furto, roubo, extravio ou qualquer outro sinistro que
provoque a perda ou deterioração dos documentos necessários ao controle aduaneiro, deverá
ser feita comunicação, por escrito, no prazo de dez dias úteis do sinistro, à unidade de fiscali-
zação aduaneira da Secretaria da Receita Federal do Brasil que jurisdicione o domicílio matriz
do sujeito passivo, instruída com os documentos que comprovem o registro da ocorrência
junto à autoridade competente para apurar o fato.

O prazo que o decreto estabelece é de quarenta e oito horas e não de dez dias úteis como fora
dito na questão. Poderia dizer que foi viagem da banca, mas foi minha mesmo, que elaborei o
item (rs).
Errado.

020. (INÉDITA) Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer dispo-
sições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos,
documentos, papéis de efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes, industriais ou produ-
tores, ou da obrigação destes de exibi-los.

Essa é uma questão recorrente no Direito Tributário, e reiterada no regramento que rege a
atividade aduaneira no Brasil, tanto que está replicada no decreto:

Art. 21. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais ex-
cludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis de
efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes, industriais ou produtores, ou da obrigação destes
de exibi-los (Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966, art. 195, caput).
Certo.

021. (INÉDITA) A entrada ou a saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados


só poderá ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado, todavia, o titular da
unidade aduaneira jurisdicionante poderá autorizar a entrada ou a saída de veículos por porto,
aeroporto ou ponto de fronteira não alfandegado, em casos justificados.

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É isso, amigo(a)! O titular da unidade aduaneira poderá autorizar a entrada ou saída de veículos
por porto, aeroporto ou ponto de fronteira não alfandegado, em casos justificados.
Aqui foi feita uma combinação de um artigo e um parágrafo do decreto. Quais são? Veja-os:

Art. 26. A entrada ou a saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados só poderá
ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado.
§ 1º O controle aduaneiro do veículo será exercido desde o seu ingresso no território aduaneiro até
a sua efetiva saída, e será estendido a mercadorias e a outros bens existentes a bordo, inclusive a
bagagens de viajantes.
§ 2º O titular da unidade aduaneira jurisdicionante poderá autorizar a entrada ou a saída de ve-
ículos por porto, aeroporto ou ponto de fronteira não alfandegado, em casos justificados, e sem
prejuízo do disposto no § 1º.
Certo.

022. (INÉDITA) É proibido ao condutor do veículo colocá-lo nas proximidades de outro, sendo
um deles procedente do exterior ou a ele destinado, de modo a tornar possível o transbordo
de pessoa ou mercadoria, sem observância das normas de controle aduaneiro, sem exceções.

Realmente, a proibição exposta na questão é verdadeira, mas ela comporta, sim, exceção.
Veja como está no decreto:

Art. 28. É proibido ao condutor do veículo colocá-lo nas proximidades de outro, sendo um deles
procedente do exterior ou a ele destinado, de modo a tornar possível o transbordo de pessoa ou
mercadoria, sem observância das normas de controle aduaneiro.
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição prevista no caput, os veículos:
I – de guerra, salvo se utilizados no transporte comercial;
II – das repartições públicas, em serviço;
III – autorizados para utilização em operações portuárias ou aeroportuárias, inclusive de transpor-
te de passageiros e tripulantes; e
IV – que estejam prestando ou recebendo socorro.
Observe que são 4 exceções elencadas pelo decreto.
Errado.

023. (INÉDITA) É proibido ao condutor do veículo colocá-lo nas proximidades de outro, sendo
um deles procedente do exterior ou a ele destinado, de modo a tornar possível o transbordo
de pessoa ou mercadoria, sem observância das normas de controle aduaneiro. Todavia, a
legislação traz algumas exceções a esta regra. Assinale o item que não se coaduna com a
exceção exposta no Decreto.

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a) veículos autorizados para utilização em operações portuárias ou aeroportuárias, inclusive


de transporte de passageiros e tripulantes.
b) veículos que estejam prestando ou recebendo socorro.
c) veículos das repartições públicas, em serviço.
d) de guerra, ainda que utilizados no transporte comercial.

No caso de veículo de guerra, salvo se utilizado no transporte comercial.


Letra d.

024. (INÉDITA) O acompanhamento fiscal de veículo pelo território aduaneiro deve seguir es-
tritamente as regras impostas pela autoridade aduaneira.

A regra não é tão rígida assim, pois a Fazenda Nacional, quando do seu interesse, poderá de-
terminar o acompanhamento fiscal do veículo pelo território aduaneiro.

Art. 30. Quando conveniente aos interesses da Fazenda Nacional, poderá ser determinado, pela
autoridade aduaneira, o acompanhamento fiscal de veículo pelo território aduaneiro.
Errado.

025. (INÉDITA) O transportador deve prestar à autoridade aduaneira, na forma e no prazo por
ela estabelecidos, as informações sobre as cargas transportadas, bem como sobre a chegada
de veículo procedente do exterior ou a ele destinado.

Na verdade, amigo(a), o transportador deve apresentar essas informações à Secretaria da Re-


ceita Federal do Brasil, e não à autoridade aduaneira. Baita pegadinha nossa, não nos xingue,
mas é melhor você errar agora e memorizar isso de uma vez do que errar no dia da prova.
Vamos ao decreto para fundamentar nossa resolução:

Art. 31. O transportador deve prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil, na forma e no prazo
por ela estabelecidos, as informações sobre as cargas transportadas, bem como sobre a chegada
de veículo procedente do exterior ou a ele destinado (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 37, caput, com
a redação dada pela Lei n. 10.833, de 2003, art. 77).
Errado.

026. (INÉDITA) A autoridade aduaneira poderá proceder a buscas em qualquer veículo para
prevenir e reprimir a ocorrência de infração à legislação aduaneira. Essa busca será precedida
somente por escrito ao responsável pelo veículo.

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A busca a que se refere o item poderá ser precedida de comunicação verbal ou por escrito ao
responsável pelo veículo.
Errado.

027. (INÉDITA) Havendo indícios de falsa declaração de conteúdo, a autoridade aduaneira


poderá determinar a descarga de volume ou de unidade de carga, para a devida verificação,
lavrando-se termo.

Aqui nos deparamos com a literalidade da norma. Item simples, mas que pode ser objeto de
questão de prova. Está com a leitura do decreto em dia? Espero que sim.

Art. 36. Havendo indícios de falsa declaração de conteúdo, a autoridade aduaneira poderá deter-
minar a descarga de volume ou de unidade de carga, para a devida verificação, lavrando-se termo.
Certo.

028. (INÉDITA) A Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinará o funcionamento de lojas,


bares e instalações semelhantes, em embarcações, aeronaves e outros veículos empregados
no transporte internacional, de modo a impedir a venda de produtos sem o atendimento ao
disposto na legislação aduaneira.

Outro item que cobra a literalidade da norma. De fato, essa atribuição exposta cabe à Secre-
taria da Receita Federal do Brasil, como podemos verificar:

Art. 38. A Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinará o funcionamento de lojas, bares e ins-
talações semelhantes, em embarcações, aeronaves e outros veículos empregados no transporte
internacional, de modo a impedir a venda de produtos sem o atendimento ao disposto na legislação
aduaneira.
Certo.

029. (INÉDITA) O transportador de passageiros, no caso de veículo em viagem internacio-


nal ou que transite por zona de vigilância aduaneira, fica obrigado a identificar os volumes
transportados como bagagem em compartimento isolado dos viajantes e seus respectivos
proprietários.

Segue a literalidade da norma:

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Art. 40. O transportador de passageiros, no caso de veículo em viagem internacional ou que tran-
site por zona de vigilância aduaneira, fica obrigado a identificar os volumes transportados como
bagagem em compartimento isolado dos viajantes e seus respectivos proprietários (Lei n. 10.833,
de 2003, art. 74, caput).
Certo.

030. (INÉDITA) O manifesto de carga é um documento importante que contêm informações


acerca da carga sujeita ao controle aduaneiro e que não pode ser substituído por outro docu-
mento equivalente.

O manifesto de carga é um documento importante e que atesta segurança jurídica da carga


comercializada, mas que pode ser substituído por outra declaração de efeito equivalente.
Errado.

031. (INÉDITA) Para cada ponto de descarga no território aduaneiro, o veículo deverá trazer
tantos manifestos quantos forem os locais, no exterior, em que tiver recebido carga.

Literalidade da norma:

Art. 43. Para cada ponto de descarga no território aduaneiro, o veículo deverá trazer tantos mani-
festos quantos forem os locais, no exterior, em que tiver recebido carga.
Certo.

032. (INÉDITA) O manifesto de carga contém informações acerca da carga transportada. Den-
tre as informações obrigatórias, podemos citar a identificação do veículo e sua nacionalidade,
local de embarque e destino das cargas e natureza da mercadoria. Já como informações fa-
cultativas temos o número de conhecimento da carga e o consignatário da partida.

A lista de informações obrigatórias para o manifesto de carga é ampla e abrange todas as


citadas no item, além de outras:

Art. 44. O manifesto de carga conterá:


I – a identificação do veículo e sua nacionalidade;
II – o local de embarque e o de destino das cargas;
III – o número de cada conhecimento;
IV – a quantidade, a espécie, as marcas, o número e o peso dos volumes;
V – a natureza das mercadorias;

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VI – o consignatário de cada partida;


VII – a data do seu encerramento; e
VIII – o nome e a assinatura do responsável pelo veículo.
Errado.

033. (INÉDITA) A carga eventualmente embarcada após o encerramento do manifesto será


incluída em manifesto complementar, podendo constar neste apenas as informações impres-
cindíveis à identificação da mercadoria, de forma a garantir celeridade no processo de expor-
tação ou importação.

Viagem total! Caso a carga seja embarcada após o encerramento do manifesto, de fato será
incluída em manifesto complementar, mas as informações contidas serão as mesmas conti-
das no que afirma o artigo 44 do Regulamento Aduaneiro.
Errado.

034. (INÉDITA) No caso de divergência entre o manifesto e o conhecimento, prevalecerá


o primeiro.

No caso de divergência entre o manifesto e o conhecimento, prevalecerá o segundo.

Art. 47. No caso de divergência entre o manifesto e o conhecimento, prevalecerá este, podendo a
correção daquele ser feita de ofício.
Errado.

035. (INÉDITA) A correção do manifesto de carga poderá ser realizada de ofício.

Exato! A correção poderá ser feita de ofício. É o que diz o artigo 47 citado na questão anterior.
Certo.

036. (INÉDITA) No caso de descarga de mercadoria em local diverso do indicado no manifes-


to, a autoridade aduaneira de origem, responsável pelo embarque da carga, terá a competência
para autorizar descarga de mercadoria.

Nesse caso, a competência para autorizar descarga de mercadoria em local diverso do indi-
cado no manifesto é da autoridade aduaneira do novo destino.

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Art. 52. A competência para autorizar descarga de mercadoria em local diverso do indicado no ma-
nifesto é da autoridade aduaneira do novo destino, que comunicará o fato à unidade com jurisdição
sobre o local para onde a mercadoria estava manifestada.
Errado.

037. (INÉDITA) Os transportadores, bem como os agentes autorizados de embarcações pro-


cedentes do exterior, deverão informar à autoridade aduaneira dos portos de atracação, na
forma e com a antecedência mínima estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Bra-
sil, a hora estimada de sua chegada, a sua procedência, o seu destino e, se for o caso, a quan-
tidade de passageiros.

Isso mesmo. Literalidade da norma:

Art. 54. Os transportadores, bem como os agentes autorizados de embarcações procedentes do


exterior, deverão informar à autoridade aduaneira dos portos de atracação, na forma e com a an-
tecedência mínima estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, a hora estimada de
sua chegada, a sua procedência, o seu destino e, se for o caso, a quantidade de passageiros.
Certo.

038. (INÉDITA) O Ministério da Fazenda poderá estabelecer procedimentos de controle adua-


neiro para o tráfego de veículos nas localidades fronteiriças do Brasil com outros países.

Essa é uma atribuição da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Art. 62. A Secretaria da Receita Federal do Brasil poderá estabelecer procedimentos de controle
aduaneiro para o tráfego de veículos nas localidades fronteiriças do Brasil com outros países.
Errado.

039. (INÉDITA) A mercadoria descarregada de veículo procedente do exterior será registrada


pelo transportador, ou seu representante, e pelo depositário, na forma e no prazo estabeleci-
dos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Questão que aborda o procedimento a ser adotado quando do descarregamento de mercado-


ria procedente do exterior. Sem correções a serem feitas.

Art. 63. A mercadoria descarregada de veículo procedente do exterior será registrada pelo trans-
portador, ou seu representante, e pelo depositário, na forma e no prazo estabelecidos pela Secre-
taria da Receita Federal do Brasil.
Certo.

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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira

040. (INÉDITA) O volume que, ao ser descarregado, apresentar-se quebrado, com diferença de
peso, com indícios de violação ou de qualquer modo avariado, deverá ser objeto de conserto
e pesagem, fazendo-se, ato contínuo, a devida anotação no registro de descarga, pelo depo-
sitário. Além disso, a autoridade aduaneira poderá determinar a aplicação de cautelas fiscais
e o isolamento dos volumes em local próprio do recinto alfandegado, inclusive nos casos de
extravio ou avaria.

O item trata da descarga e custódia da mercadoria. Caso haja problemas verificados na na-
tureza da carga descarregada, deverá ser feita anotação no registro de descarga pelo depo-
sitário. E, de fato, como exposto, a autoridade aduaneira poderá determinar cautelas fiscais
e isolamento dos volumes no recinto alfandegado, mesmo nos casos de extravio e avaria.
Observe como o controle é rigoroso!

§ 1º O volume que, ao ser descarregado, apresentar-se quebrado, com diferença de peso, com
indícios de violação ou de qualquer modo avariado, deverá ser objeto de conserto e pesagem, fa-
zendo-se, ato contínuo, a devida anotação no registro de descarga, pelo depositário. (Incluído pelo
Decreto n. 8.010, de 2013)
§ 2º A autoridade aduaneira poderá determinar a aplicação de cautelas fiscais e o isolamento dos
volumes em local próprio do recinto alfandegado, inclusive nos casos de extravio ou avaria. (Inclu-
ído pelo Decreto n. 8.010, de 2013)
Certo.

041. (INÉDITA) O veículo não poderá ser tomado como garantia dos débitos fiscais, exceto os
decorrentes de multas que sejam aplicadas ao transportador ou ao seu condutor.

Amigo(a), o poder de império do Estado é demasiadamente grande. O veículo poderá ser to-
mado tanto como garantia dos débitos fiscais quanto de multas que forem aplicadas ao trans-
portador ou ao seu condutor.

Art. 64. O veículo será tomado como garantia dos débitos fiscais, inclusive os decorrentes de multas
que sejam aplicadas ao transportador ou ao seu condutor (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 39, § 2º).
Errado.

042. (INÉDITA) A autoridade aduaneira poderá impedir a saída, da zona primária, de qualquer
veículo que não haja satisfeito às exigências legais ou regulamentares.

É isso. Como dito na questão anterior, e reiterando nesta, essa é mais uma prerrogativa do
poder do império do Estado, conferido aos agentes administrativos, que, em seu nome, o repre-
sentam. (Bom, isso é do Direito Administrativo, rs).

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Vamos à norma?

Art. 65. A autoridade aduaneira poderá impedir a saída, da zona primária, de qualquer veículo que
não haja satisfeito às exigências legais ou regulamentares (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 42).
Certo.

043. (INÉDITA) Para efeito de controle aduaneiro, as zonas de processamento de exportação


constituem zona primária.

Exatamente! São áreas de livre comércio com o exterior, e constituem zona primária, para
efeito de controle aduaneiro.
Certo.

044. (INÉDITA) As Zonas de Processamento de Exportação - ZPE caracterizam-se como áreas


de livre comércio com o exterior, destinadas à instalação de empresas voltadas para a produ-
ção de bens a serem comercializados no exterior, sendo consideradas zonas primárias para
efeito de controle aduaneiro.

Definição correta acerca das ZPEs. Acrescento que, nessas áreas, as empresas instaladas
têm acesso a tratamentos tributário, cambial e administrativo específicos.
Certo.

045. (INÉDITA) A zona primária é constituída pelas áreas terrestres ou aquática contínua nos
portos alfandegados.

Não são apenas as áreas contínuas das áreas terrestres ou aquáticas dos portos alfandega-
dos que constituem a zona primária. As áreas descontínuas destes recintos também a com-
põem. É um detalhe relevante e que pode fazer diferença num item de prova.

Art. 3º A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange
(Decreto-Lei n. 37, de 18 de novembro de 1966, art. 33, caput):
I – a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local:
a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados;
b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e
c) a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados;
Errado.

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046. (INÉDITA) A autoridade aduaneira poderá estabelecer, em locais e recintos alfandegados,


restrições à entrada de pessoas que ali não exerçam atividades profissionais, e a veículos não
utilizados em serviço.

Mais uma literalidade da norma:

§ 4º A autoridade aduaneira poderá estabelecer, em locais e recintos alfandegados, restrições à


entrada de pessoas que ali não exerçam atividades profissionais, e a veículos não utilizados em
serviço.
Certo.

047. (INÉDITA) As operações de movimentação e armazenagem de mercadorias sob controle


aduaneiro, bem como a prestação de serviços conexos, em porto seco, sujeitam-se ao regime
de concessão ou de permissão

É isso mesmo, futuro(a) auditor(a). É a lei que rege as concessões e permissões que regula
essas operações nos portos secos. É o que atesta o decreto:

Art. 12. As operações de movimentação e armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro,


bem como a prestação de serviços conexos, em porto seco, sujeitam-se ao regime de concessão ou
de permissão (Lei n. 9.074, de 7 de julho de 1995, art. 1º, inciso VI).
Certo.

048. (INÉDITA) Em relação a busca em veículos, havendo indícios de falsa declaração de con-
teúdo, a autoridade aduaneira poderá determinar a descarga de volume ou de unidade de
carga, para a devida verificação, lavrando-se termo.

Mais uma prerrogativa conferida ao Auditor-Fiscal fundamentada no Regulamento:

Art. 36. Havendo indícios de falsa declaração de conteúdo, a autoridade aduaneira poderá deter-
minar a descarga de volume ou de unidade de carga, para a devida verificação, lavrando-se termo.
Certo.

049. (INÉDITA) O Ministério da Fazenda disciplinará o funcionamento de lojas, bares e insta-


lações semelhantes, em embarcações, aeronaves e outros veículos empregados no transpor-
te internacional, de modo a impedir a venda de produtos sem o atendimento ao disposto na
legislação aduaneira.

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A retificação a ser feita reside na atribuição imputada ao Ministério da Fazenda. É a Secretaria


da Receita Federal do Brasil a responsável por disciplinar normas de modo a impedir a venda
de produtos sem o atendimento ao disposto na legislação aduaneira.

Art. 38. A Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinará o funcionamento de lojas, bares e ins-
talações semelhantes, em embarcações, aeronaves e outros veículos empregados no transporte
internacional, de modo a impedir a venda de produtos sem o atendimento ao disposto na legislação
aduaneira (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 40).
Errado.

050. (INÉDITA) Presume-se de propriedade do transportador, para efeitos fiscais, a mercado-


ria transportada sem a identificação do respectivo proprietário.

Exato! Caso o transportador circule com mercadoria sem identificação sobre a quem perten-
ça, este terá a propriedade acerca desta, para efeitos fiscais.

Art. 40. O transportador de passageiros, no caso de veículo em viagem internacional ou que tran-
site por zona de vigilância aduaneira, fica obrigado a identificar os volumes transportados como
bagagem em compartimento isolado dos viajantes e seus respectivos proprietários (Lei n. 10.833,
de 2003, art. 74, caput).
§ 3º Presume-se de propriedade do transportador, para efeitos fiscais, a mercadoria transportada
sem a identificação do respectivo proprietário, nos termos deste artigo (Lei n. 10.833, de 2003, art.
74, § 3º).
Certo.

051. (INÉDITA) O Direito Aduaneiro pode ser conceituado como o conjunto de normas e prin-
cípios que disciplinam juridicamente a política aduaneira.

De acordo com Maxsoel Bastos de Freitas, o Direito Aduaneiro pode ser conceituado da se-
guinte forma:

Na esteira de Idelfonso Sánchez González podemos conceituar o Direito Aduaneiro como o conjun-
to de normas e princípios que disciplinam juridicamente a política aduaneira, entendida esta como
a intervenção pública no intercâmbio internacional de mercadorias e que constitui um sistema de
controle e de limitações com fins públicos.
Certo.

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Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira

GABARITO
2. E 19. E 36. E
3. E 20. C 37. C
4. E 21. C 38. E
5. C 22. E 39. C
6. E 23. d 40. C
7. E 24. E 41. E
8. E 25. E 42. C
9. C 26. E 43. C
10. C 27. C 44. C
11. E 28. C 45. E
12. E 29. C 46. C
13. E 30. E 47. C
14. C 31. C 48. C
15. C 32. E 49. E
16. E 33. E 50. C
17. E 34. E 51. C
18. C 35. C

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Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira

Diego Degrazia
Professor em cursos para concursos em Porto Alegre e em cursos online. Jornalista. Graduando em
Direito. Atualmente, é auditor-fiscal da Receita Estadual/RS (ICMS-RS), aprovado em 24º lugar no
concurso de 2009. Foi assistente técnico administrativo do Ministério da Fazenda, aprovado em 12º lugar.
Foi também aprovado em 1º lugar no concurso de analista de Orçamentos do Ministério Público da União.
É o fundador do Grupo de Estudos do Degrazia, no Facebook, comunidade que reúne mais de 11 mil
concurseiros de todo o País. Orientador de alunos, ajudou diretamente na aprovação de diversos alunos
nos principais concursos fiscais do País, em especial na 1º colocação do ICMS-SC.

Gabriel Britto

Auditor-fiscal da Receita Estadual do Rio Grande do Sul. Aprovados em vários concursos, dentre eles:
Secretaria Estadual de Saúde do RS, Cremers, Sefaz-RS, TJRS. Professor de cursinhos para concurso.

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