Você está na página 1de 124

DIREITO

CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Sobre o Curso......................................................................................................................................................................4
Cronograma de Aulas.....................................................................................................................................................5
Sistema Tributário Nacional......................................................................................................................................6
Dos Princípios Gerais.. ....................................................................................................................................................6
Espécies de Tributos e Breves Noções................................................................................................................6
Das Limitações do Poder de Tributar. . ............................................................................................................... 22
Dos Impostos da União. . .............................................................................................................................................37
Dos Impostos dos Estados e do Distrito Federal.......................................................................................40
Dos Impostos Dos Municípios. . ..............................................................................................................................50
Resumo................................................................................................................................................................................53
Questões de Concurso................................................................................................................................................60
Gabarito...............................................................................................................................................................................77
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 78

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 2 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Apresentação
Antes de iniciarmos os comentários sobre o nosso curso, gostaríamos de fazer uma breve
apresentação pessoal.
Meu nome é Diego Degrazia da Silveira e sou Auditor-Fiscal da Receita Estadual do Rio
Grande do Sul.
Antes disso, fui Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda e trabalhei no
Serviço de Controle e Acompanhamento Tributário – SECAT -, na Delegacia da Receita Federal
de Porto Alegre.
Muito antes, mas muito antes mesmo de tudo isso, fui de tudo um pouco: de jornaleiro
a dono de boteco. Verdade, galera. Até planos de saúde e enciclopédias eu vendi de porta
em porta...
Quando decidi estudar para concursos, lá em 2005, eu tinha um pequeno restaurante em
Porto Alegre que me dava um trabalho hercúleo e uma remuneração espartana.
Essa decisão – de voltar a ser estudante –, como você pode imaginar, revolucionou a mi-
nha forma de viver. Entretanto, me ensinou diversas coisas muito legais e importantes.
Foram quatro anos de plena dedicação que passei estudando para atingir a aprovação.
Imagine: sem grana para passagem, comendo miojo com salsicha direto e copiando das livra-
rias - em cadernos usados - os conceitos da doutrina... sinistríssimo!!!
Entretanto, por mais paradoxal que possa parecer, tudo isso me trouxe muita coisa boa e
muito crescimento.
Posso dizer de carteirinha: foi a MELHOR decisão que eu tomei na minha vida. Estudar para
concursos me tornou um ser humano MUITO melhor em todos os sentidos. Verdade.
A coisa mais importante que a JORNADA me ensinou foi entender que, se a gente se DEDI-
CAR, PERSISTIR e TIVER FÉ, qualquer um consegue tudo, mas tudo mesmo, até aquela quase
inatingível aprovação em um concurso de altíssimo nível.
Eu sei que posso estar soando um pouco como um escritor de autoajuda misturado com
um stand up comedy man, mas eu tinha que falar isso para você.
É que isso é uma constante em todos os papos que eu tenho com a galera que aprova em
concursos de alto nível: todos eles, de uma forma ou de outra, passaram por essas três fases,
a da dedicação, a da persistência e a da fé. Todos.
Sério. Neste caminho, eu aprendi que, quando a gente quer realizar algo de muito bom na
vida, a gente precisa se dedicar. A gente precisa persistir. E, at last but not least, a gente precisa
ter fé que essa coisa vai rolar...
Então, era isso que eu queria trazer para vocês agora no começo do nosso curso e queria
deixar claro que eu não deixei de ser um concurseiro.
Eu falo isso para todos os meus alunos: “gurizada, eu não sou um professor de direito. Eu
sou um CONCURSEIRO que agora tem tempo para se dedicar ao Direito. E mais: que agora tem
a GRANA para comprar todos os livros e cursos que ele sempre sonhou, ehehehehe...”
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 3 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Como você pode ver, eu continuo me dedicando, persistindo e tendo fé. Só que agora em
um outro objetivo: ajudar você na aprovação.
Por isso, tenha certeza de que estarei aqui do outro lado debulhando doutrinas, concei-
tos, jurisprudências e questões para trazer para você a melhor forma de estudo para obter a
aprovação.
Pode contar seriamente com isso.
Enfim, pra finalizar, listo abaixo as minhas conquistas. Afinal de contas, é MUITO importan-
te para um concurseiro contar as aprovações. Elas nos seguram no bom caminho:
Auditor-Fiscal da Receita Estadual do Rio Grande do Sul, 2009, classificado na 24ª posição.
Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda, 2009, classificado na
12ª posição.
Analista Judiciário TRT/SC, 2007, classificado na 15ª posição.
Analista de Orçamentos do MPU, 2006; classificado na 1ª posição.
Um abração a todos.

Sobre o Curso
No que depender de mim, você estará preparado para prestar o concurso do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e Territórios.
Durante a nossa preparação iremos estudar:
1- Constituição Federal de 1988 – CF/88: Dela retiraremos inúmeros conceitos, regras e
princípios, e faremos a indicação dos seus artigos sobre cada assunto e esquemas para faci-
litar a sua compreensão e memorização. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao.htm)

2- Jurisprudência: Traremos o posicionamento dos tribunais para melhor compreensão de


determinados temas e resolução de questões. Em sua maioria, como você verá, os julgados
serão do Supremo Tribunal Federal – STF.
3- Esquemas: Organizaremos alguns assuntos com tabelas e desenhos para auxiliar na
fixação da teoria e resolução de questões.
4- Questões: Esse é o maior diferencial para alcance da aprovação, e, por isso, resolvere-
mos centenas de questões até o final do curso.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 4 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Ao final da teoria, traremos uma lista de questões comentadas de concursos com foco na
banca FGV. Comentaremos também questões de outras bancas de forma pontual no corpo do
curso, tendo em vista que algumas são importantes para fins de fixação do conteúdo.
Lembre-se: qualquer dúvida/orientação só mandar um e-mail para professordegrazia@
gmail.com.

Cronograma de Aulas
Nosso curso foi organizado com base no edital do concurso e está adequado para ser rea-
lizado em apenas UMA aula:

Sistema Tributário Nacional: princípios gerais, limitações


Aula 01 do poder de tributar, impostos da União, dos Estados e dos
Municípios

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 5 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL


Dos Princípios Gerais
Espécies de Tributos e Breves Noções
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I – impostos;
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de servi-
ços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Veja que a Constituição fala em 3 tributos: impostos, taxas e contribuição de melhoria.


Embora a Constituição enumere os tributos como sendo esses três (teoria tripartite), atu-
almente, o entendimento do STF é no sentido da teoria quintipartite (cinco tributos), já que o
tribunal considera que os tributos são cinco:
1. Impostos;
2. Taxas;
3. Contribuições de Melhoria;
4. Contribuições Especiais; e

5. Empréstimos Compulsórios.
Estes 2 últimos também são enquadrados como tributos pois satisfazem perfeitamente a
definição de tri­buto contida no art. 3º do CTN, qual seja:

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir,
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.

Quer dizer que o tributo é pago em dinheiro, ou em algo que esteja


atrelado a uma unidade monetária (ex. UFIR), não há, hoje em dia,
Prestação pagamento de tributos em parte da produção, em trabalho etc.
pecuniária, em Quer dizer que não posso pagar meus tributos com bens de meu
moeda ou em patrimônio?
valor que nela se Em regra não, mas a partir de 2001, com a LC 104 passou a existir
possa exprimir a dação em pagamento de bens imóveis como forma de se “pagar”
o tributo, mas, isso será apenas nas formas e condições que a lei
estabelecer. Atenção especial para a palavra “imóveis”.
Para ser tributo tem que ser algo obrigatório, se houver algum fato
Compulsória
que se defina como gerador de tributo, ninguém se eximirá de pagá-lo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 6 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Esse trecho é muito importante! Aqui o CTN está dizendo “Ei, tributo
não é multa”, ou seja, você paga o tributo porque fez algo que está
definido em lei como fato gerador dele e não porque fez algo de
Não constitua
errado, que é o que constitui a multa.
sanção de ato
Muitas vezes o contribuinte terá de pagar um montante de
ilícito
tributo+multa, por ter atrasado o pagamento ou por ter agido com
alguma irregularidade. Mas, aqui o CTN já avisa: “nem tudo isso aí que
você está pagando é tributo”
Esse é um dos princípios do direito tributário, a “Legalidade”, que
acaba se constituindo também em uma limitação ao poder de tributar,
já que apenas mediante uma lei é que poderá começar a se cobrar
Instituída em lei um tributo, este princípio também foi expresso pela Constituição.
Essa lei é em sentido amplo, em regra é Lei Ordinária, mas até
mesmo uma Medida Provisória ou Lei Delegada está apta a instituir
um tributo.
Calma, só está se dizendo que o tributo é cobrado por uma atividade
Mediante administrativa!
atividade Um juiz, por exemplo, não pode em um julgamento fazer o lançamento
administrativa de um tributo, pois não seria atividade administrativa, quem faz isso
plenamente é o fiscal! E também quer dizer que essa atividade é vinculada, o fiscal
vinculada não possui a discricionariedade de decidir se vai ou não cobrar o
tributo, quanto irá cobrar etc. Está vinculado pela lei.

Como poderei distinguir um tributo do outro?

A única maneira de distinguir um do outro é analisando qual é o seu FATO GERADOR.


O CTN nos ensina que só o fato gerador do tributo é que dará a sua natureza jurídica, sendo
irrelevante qualquer denominação ou análise do destino de sua arrecadação para classificá-lo.
Pronto, agora você já sabe quais as características de um tributo e já saberá quando estará
se cobrando um tributo ou não, basta apenas se lembrar da definição e observar se está se
enquadrando em todos os requisitos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 7 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Não sei se você percebeu, mas acabamos de aprender também uma coisa muito importan-
te e que é muito confundida pela sociedade em geral:

 Obs.: “Imposto” não é sinônimo de “tributo”, já que este é gênero, aquele é espécie.

Assim temos:
1- Impostos - Imposto é um tipo de tributo que é cobrado independente de qualquer con-
traprestação do Estado. Ou seja, o Estado não precisa fazer específico para o contribuinte para
ter o direito de cobrar o imposto, e a receita que ele arrecada com o imposto também não terá
nenhuma destinação específica. Por exemplo, o imposto de renda:

O que o Estado fez para ter o direito de cobrar o imposto de renda?

Nada, nem precisava. Imposto é tributo “não-vinculado”, ou seja, não se vincula a nenhuma
atividade contraprestacional do Estado.

O que o Estado irá fazer com a receita arrecadada com o imposto de renda?

Vai aplicar de forma “genérica”, não será dada a ela nenhuma destinação específica, irá
custear os serviços gerais da sociedade. Inclusive o art. 167, IV da Constituição (princípio da
não-afetação) dispõe que é “proibido” vincular a receita de impostos a algum fim específico,
com exceção das seguintes destinações:
• repartição da receita tributária aos Estados e Municípios;
• destinação aos serviços de saúde e ensino;
• realização de atividades da administração tributária; e
• prestação de garantias às operações de créditos por antecipação de receita, inclusive
garantia e contragarantia à União.

Por este motivo, diz-se também que os impostos, além de serem “tributos não-vinculados”
(independem de contraprestação), são também tributos de “receita não-vinculada”.
Os impostos estão previstos e devidamente separados na Constituição para cada um dos
entes públicos. Ou seja, os Municípios podem instituir o ISS, o ITBI e o IPTU. Os Estados podem
instituir o ICMS, o ITCD e o IPVA. A União pode instituir o IR, o II, IE, o IEG, o ITR, o IPI, o IOF,
o IGF e ainda os residuais (através de lei complementar, criar novos impostos que não estão
previstos na Constituição).
2- Taxas - Diferentemente dos impostos, as taxas já são tributos vinculados pois elas só
podem ser cobradas em 2 casos:
a) Se o Estado estiver prestando um serviço público específico e divisível;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 8 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

b) Se o Estado estiver realizando algum ato de Poder de Polícia (fiscalização).


Assim, diferentemente dos impostos, as taxas pressupõem a existência de um anterior
serviço público ou do exercício de um poder de polícia.
Segundo o CTN, o serviço público é considerado específico e divisível quando ele não é
prestado de forma genérica, ou seja, quando se pode identificar exatamente quem está rece-
bendo a prestação do serviço (o qual será o contribuinte da taxa). Por ex. Serviço de ilumina-
ção pública é um serviço genérico, pois não se sabe quem é o destinatário desta iluminação
- logo - não pode ser cobrado taxa por ele. Por outro lado, o serviço de “combate a incêndios” é
específico e divisível, pois consegue-se identificar exatamente qual a casa que está “pegando
fogo”, assim, pode ser cobrado taxa por ele.
3- Contribuição de melhoria - É o tributo que se cobra no caso de obras públicas. Não se
trata de serviço público, mas de obras. Ou seja, o Estado pavimentou um rua, fez uma praça,
um viaduto... e etc. Este tributo é cobrado pelo fato de que obras públicas, geralmente, promo-
vem uma valorização do imóvel. E como no direito temos o princípio da “proibição do enrique-
cimento sem causa”, o Estado tenta absorver através do tributo, a valorização extraordinária
do imóvel.
A Contribuição de melhoria tem 2 limites para ser cobrada:
a) Limite individual - O tributo não pode ser nunca em valor superior à valorização individu-
al do imóvel.
b) Limite geral - A arrecadação geral do tributo não pode ser superior ao custo total da
obra pública.
4- Contribuições Especiais - É um tributo bem complexo, são contribuições que a União
(em regra) institui para que sejam financiadas algumas áreas específicas, como a saúde, previ-
dência, assistência social e etc. Elas estão previstas no art. 149 da Constituição e no 195. Em
regra somente a União poderá instituí-las, porém existe exceção:
- Os Estados e os Municípios poderão instituí-las no caso da contribuição para o finan-
ciamento do regime próprio de previdência social dos servidores estaduais e municipais, res-
pectivamente.
- Outra exceção é a “Contribuição de Iluminação Pública (CIP ou COSIP)” que é de compe-
tência dos Municípios.
5- Empréstimos Compulsórios - É um tributo que a União instituir para financiar algumas
despesas de grande relevância. Existem duas modalidades de empréstimos compulsórios no art.
148 da Constituição:
I – imprevisível: Despesas extraordinárias, calamidade pública, guerra externa ou sua iminência;
II – previsível: Investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
Agora que já conhecemos os 5 tributos, vamos esquematizar as competências, ou seja, quem pode
instituir cada um deles.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 9 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Tributo Competência

Privativa - Cada ente Municípios - ISS, ITBI e IPTU


só pode instituir aquele Estados - ICMS, ITCD e IPVA
Impostos que está previsto União - IR, II, IE, IPI, IOF, IEG, IGF, ITR
expressamente para si. e Imposto Residual.

Comum - Todos os entes podem instituir taxas dentro de sua área


Taxas de competência.

Cont. de Comum - Todos os entes podem instituir contribuições de melhoria


Melhoria dentro de sua área de competência.

Exceção 1 - Contribuição instituída


pelos Municípios ou Estados para
custeio do Regime Próprio de
Cont. Privativa da União Previdência.
Especiais Exceção 2 - Contribuição de
Iluminação Pública instituída pelo
Município.

Empréstimos Privativa da União


compulsórios

 Obs.: Como o DF tem competência híbrida, ele acumulará as competências tributárias tanto
dos Estados quanto dos Municípios.

Vamos, nesse momento, já fazer uma diferenciação quanto aos impostos:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 10 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Competência Tributo Fato Gerador (FG) Observações


Prestação de serviços de
Serviços do ICMS =
qualquer natureza, que estejam
ISS Transportes interestadual ou
listados na Lei Complementar,
intermunicipal e comunicações.
exceto os do ICMS.
A Propriedade, o domínio
útil ou a posse de bem imóvel
- Por natureza = Terreno
por natureza ou por acessão
IPTU - Por acessão física =
física, como definido na lei civil,
construído.
localizado na ZONA URBANA
Municipal do Município.
Transmissão “inter vivos”,
Direitos reais de garantia =
a qualquer título, por ato
Hipoteca, Penhor e Anticrese.
oneroso (venda), de bens
Transmissão de direitos reais de
imóveis, por natureza ou
ITBI garantia não fazem incidir o ITBI.
acessão física, e de direitos
Grosso modo, o ITBI é o
reais sobre imóveis, exceto os
imposto que incide na venda
de garantia, bem como cessão
de imóveis.
de direitos a sua aquisição.
Operações relativas à
circulação de mercadorias e
sobre prestações de serviços
de transporte interestadual
ICMS
e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as
operações e as prestações se
iniciem no exterior.
Estadual
Propriedade de veículos
IPVA
automotores.
Enquanto o ITBI incide sobre
Transmissão causa mortis e VENDA, o ITCD incide sobre
ITCD doação, de quaisquer bens ou herança e doações.
direitos. O ITBI é somente para imóveis,
o ITCD é para quaisquer bens.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 11 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Competência Tributo Fato Gerador (FG) Observações


Importação de produtos
II estrangeiros (O FG é a entrada
destes no território nacional).
Exportação, para o exterior,
de produtos nacionais ou
IE
nacionalizados (O FG é a saída
destes do território nacional).
Renda e proventos de qualquer
IR
natureza
Operações com produtos
IPI
industrializados.
Operações de crédito, câmbio
IOF e seguro, ou relativas a títulos
ou valores mobiliários.
A propriedade, o domínio
Federal útil ou a posse de imóvel por
ITR natureza, como definido na
lei civil, localização FORA DA
ZONA URBANA do Município.
Deverá ser regulamentado em
IGF Grandes fortunas.
lei complementar.
Motivo: Iminência ou
declaração de guerra
externa - eles poderão estar
Não definido - será de acordo com compreendidos ou não na
IEG
a lei instituidora. competência tributária da
União e devem ser suprimidos,
gradativamente, cessadas as
causas de sua criação.
Imposto De acordo com o disposto na lei
Residual complementar instituidora.

001. (CESGRANRIO/ADVOGADO JR./PETROBRÁS/2010) Constitui competência tributária


da União o imposto sobre:
a) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de trans-
porte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS).
b) transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis (ITBI).
c) transmissão causa mortis e doação (ITCMD).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 12 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

d) propriedade territorial rural (ITR).


e) propriedade predial e territorial urbana (IPTU).

a) Errada. ICMS é imposto estadual.


b) Errada. ITBI é imposto municipal.
c) Errada. ITCD é imposto Estadual.
d) Certa.
e) Errada. IPTU é imposto municipal.
Letra d.

002. (CESPE/AUDITOR/TCE-PB/2018) A instituição da alíquota do imposto devido em decor-


rência da realização de uma doação de bem imóvel mediante negócio realizado entre pessoas
residentes no Brasil compete
a) ao estado e ao município ou ao DF.
b) à União e ao estado ou ao DF.
c) à União.
d) ao município de localização do imóvel.
e) ao estado ou ao DF, a depender da localização do imóvel.

Trata-se do ITCD (Imposto sobre transmissão de bens, qualquer natureza, por DOAÇÃO ou CAU-
SA MORTIS), não confundir com o ITBI (Imposto sobre Transmissão Onerosa de Bens Imóveis).
O ITCD é competência do Estado (ou DF, pois este é ente híbrido), já o ITBI é de competência
municipal (ou DF, também, já que este reúne competências de Estados e Municípios).
Letra e.

003. (CESPE/AUDITOR/TCE-PA/2016) A Constituição Federal de 1988 estabeleceu uma des-


centralização do sistema tributário, aumentando o poder dos estados e municípios.

É verdade, na CF de 1988 houve uma maior descentralização da competência tributária e um


grande esforço para uma melhor repartição de receitas.
Certo.

Pessoalidade e Capacidade Contributiva para os Impostos

§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capa-
cidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 13 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

 Obs.: As bancas, não raramente, modificam a palavra “impostos” por “tributos”, tornando
uma disposição errada.

A Constituição, então, dispõe que os impostos:


• sempre que possível, terão caráter pessoal; e
• serão graduados (sempre) segundo a capacidade econômica do contribuinte.

Isso não quer dizer que outros tributos não possam ser informados pelo princípio da ca-
pacidade contributiva, mas, para os impostos esta característica é de observância obrigatória.
Outra pegadinha é que as bancas, não raramente, modificam a palavra “impostos” por “tri-
butos”, tornando uma disposição errada, já que os impostos são apenas uma espécie do gê-
nero tributo.

004. (CESPE/TÉCNICO/ANVISA/2016) A CF determina que, havendo possibilidade, os impos-


tos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.

Exatamente de acordo com a Parte superior do formulário


CF, art. 145 §1º, que dispõe que os impostos:

• sempre que possível, terão caráter pessoal; e


• serão graduados (sempre) segundo a capacidade econômica do contribuinte.
Isso não quer dizer que outros tributos não possam ser informados pelo princípio da capacida-
de contributiva, mas, para os impostos esta característica é de observância obrigatória.
Certo.

005. (CESPE/DELEGADO/PC-PE/2016) De acordo com a CF, é vedado à administração tribu-


tária, visando aferir a capacidade econômica do contribuinte, identificar, independentemente
de ordem judicial, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Isso contraria a Parte superior do formulário


CF, art. 145 §1º:

Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacida-
de econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 14 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

006. (ESAF/ADVOGADO/IRB/2006) Todos os tributos deverão respeitar a capacidade econômica


dos contribuintes.

Somente os impostos têm esta obrigação segundo o art. 145 §1º da Constituição. Alguns
outros tributos até poderão ser graduados segundo a capacidade contributiva, mas não têm obriga-
ção para tal.
Errado.

007. (ESAF/APOFP-SP/2009) O princípio da capacidade contributiva aplica-se somente


aos impostos.

Tal princípio poderá ser levado em consideração na hora da instituição de outros tributos, embora isso
deva ocorrer obrigatoriamente para os impostos.
Errado.

008. (ESAF/CGU/2008) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem instituir


impostos, taxas e contribuições de melhoria e, sempre que possível, esses tributos devem ter
caráter pessoal e serem graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.

A obrigação constitucional de observância destes institutos, presente no art. 145 §1º da Con-
stituição se refere somente aos impostos.
Errado.

Vedação às Taxas

§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Caberá a lei complementar em matéria tributária

Art. 146. Cabe à lei complementar:


I – dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios;
II – regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados
nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas
de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art.
155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art.
239. (Incluído pela EC 42/03)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 15 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

155, II - ICMS;
195, I e §§ 12 e 13 - Contribuição social previdenciária patronal;
239 - Contribuição para o PIS.

Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime
único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, observado que: (Incluído pela EC 42/03)
I – será opcional para o contribuinte; (Incluído pela EC 42/03)
II – poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; (Incluído pela
EC 42/03)
III – o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencen-
tes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento;
(Incluído pela EC 42/03)
IV – a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados,
adotado cadastro nacional único de contribuintes. (Incluído pela EC 42/03)

O art. 146, alínea “d” e parágrafo único, foi regulamentado pela LC 123/06 que instituiu o
Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte e instituiu o Simples Nacional ou
Super Simples em substituição ao antigo simples que era muito menos abrangente. A LC 123
obedeceu aos mandamentos constitucionais, e assim o super simples instituído possui como
características:
• é o contribuinte que opta por fazer ou não parte do super simples;
• as condições de enquadramento são diferenciadas para empresas de acordo com o
Estado de situação;
• a arrecadação ficou centralizada pela Receita Federal do Brasil, inclusive em relação ao
ICMS e ISS (tributos, respectivamente, estadual e municipal que antes só eram arreca-
dados pelo simples se houvesse convênio).

ADCT, art. 94 → Os regimes especiais de tributação para microempresas e empresas de


pequeno porte próprios da União, dos Estados, do DF e dos Municípios cessarão a partir da
entrada em vigor do regime previsto no art. 146, III, d, da Constituição.
Assim, ao entrar em vigor a LC 123/06, cessaram os regimes especiais que cada ente esta-
belecia em separado para suas MEs e EPPs.

009. (FCC/ANALISTA DE GESTÃO CONTÁBIL/PREF RECIFE/2019) De acordo com o que


estabelece a Constituição Federal sobre o Sistema Tributário Nacional,
a) compete concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal, instituir contribuições
sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas.
b) é vedada aos Municípios e ao Distrito Federal a instituição de contribuição para o custeio
do serviço de iluminação pública, pois tal serviço deve ser custeado pela receita de impostos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 16 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

c) a União, mediante medida provisória, poderá instituir empréstimos compulsórios no caso de


investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
d) competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for
dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem
somente os impostos estaduais.
e) cabe à lei complementar regular, dentre outras matérias, as limitações constitucionais ao
poder de tributar.

A alternativa que informa o que preconiza a Constituição é a letra E, pois limitações ao poder
de tributar só podem ser aprovadas mediante lei complementar, caso contrário a lei será con-
siderada inconstitucional.
Letra e.

010. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Cabe à lei complementar dispor sobre conflitos de com-


petência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e
regular as limitações constitucionais ao poder de tributar, mas as normas gerais em matéria de
legislação tributária podem ser estabelecidas por lei ordinária.

As normas gerais de legislação tributária devem igualmente ser dispostas em lei complemen-
tar (CF, art. 146, III).
Errado.

Critérios Especiais de Tributação

Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo
de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabe-
lecer normas de igual objetivo. (Incluído pela EC 42/03)

011. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais


de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da com-
petência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.

Esta disposição pode ser encontrada literalmente no art. 146-A da Constituição.


Certo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 17 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Impostos no Distrito Federal e Territórios Federais:

Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for
dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os
impostos municipais.

Assim
TF:
• se não divididos em municípios → Compete à União cumulativamente os tributos esta-
duais e os municipais;
• se divididos em municípios → Compete à União os tributos estaduais e, aos municípios
do TF, os tributos municipais.

DF:
• será competente, também cumulativamente, para instituir os tributos estaduais e os mu-
nicipais;

Essa mesma disposição, referente ao DF, aplica-se, segundo o CTN, ao Estado que porven-
tura não estiver dividido em municípios.

Empréstimo Compulsório

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa
ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado
o disposto no art. 150, III, “b”.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada
à despesa que fundamentou sua instituição.

O art. 150, III, “b” se refere à anterioridade, limitação ao poder de tributar que será vis-
ta à frente.
Deste modo, o inciso I constituirá, como será visto, uma exceção à anterioridade, porém, no
caso do inciso II esta deverá ser observada.

012. (CEBRASPE/CESPE/JUIZ ESTADUAL/TJ PA/2019) Assinale a opção que apresenta


hipótese de instituição de empréstimos compulsórios prevista na Constituição Federal de
1988 (CF).
a) conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo
b) previsão de déficit primário
c) guerra externa
d) inversões financeiras urgentes e de relevante interesse nacional
e) criação de nova unidade da Federação

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 18 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Dentre as alternativas, a única hipótese prevista na Constituição para instituição de emprésti-


mos compulsórios é em caso de guerra externa, conforme preconiza o art. 148, inciso I:

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra
externa ou sua iminência;
Letra c.

013. (ESAF/ADVOGADO/IRB/2006) A aplicação dos recursos provenientes de empréstimos com-


pulsórios será preferencialmente vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

Deve ser obrigatoriamente, é um tributo de receita vinculada.


Errado.

014. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) A União, somente, possui a competência para a instituição de duas


diferentes modalidades de empréstimos compulsórios, sendo necessário, para ambas, a edição de lei
complementar.

A ESAF considerou cada inciso do art. 148 da Constituição como sendo uma das hipóteses.
Assim temos duas possibilidades: a imprevisível e a previsível. Ambas necessitam de lei
complementar.
Certo.

015. (ESAF/SEFAZ-CE/ 2007) Os empréstimos compulsórios poderão, ou não, sujeitar-se


ao princípio constitucional da anterioridade (conforme a hipótese que tenha motivado a sua
instituição).

A hipótese do inciso I “para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade


pública, de guerra externa ou sua iminência”, pela urgência que o caso requer, dispensa-se a
observância da anterioridade.
Certo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 19 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Contribuições Sociais Gerais e de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE)

Em sentido amplo, o termo “contribuição especial” engloba as contribuições para segurida-


de social, a CIP e as contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas.

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do
previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

016. (CEBRASPE/CESPE/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TC-DF/2021)


No que diz respeito às limitações do poder de tributar, aos mecanismos de freios e contrape-
sos e ao regime de precatórios, julgue o item a seguir.
Afronta limitações constitucionais do poder de tributar lei federal que autorize, sem parâmetro
legal, conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas a fixar genericamente, cobrar e
executar as contribuições anuais devidas por pessoas físicas ou jurídicas, bem como as mul-
tas e os preços de serviços relacionados com suas atribuições legais que constituam receitas
próprias de cada conselho.

É inconstitucional uma lei que autorize a criação de contribuições sem nenhum parâmetro
legal por parte do conselho de profissões, essa competência é exclusivamente dada ao Legis-
lador Constituinte e não pode ser delegada aos Conselhos.
Segundo o art. 149, da Constituição Federal:

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do
previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Certo.

017. (ESAF/CGU/2008) A União, os Estados e o Distrito Federal podem instituir contribuições


sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas.

É competência somente da União (CF, art. 149).


Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 20 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições
para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos aposen-
tados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de
contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões. (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional n. 103, de 2019) (Vigência)
§ 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição ordinária dos aposentados e pensionistas
poderá incidir sobre o valor dos proventos de aposentadoria e de pensões que supere o salário-mí-
nimo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) (Vigência)
§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § 1º-A para equacionar o deficit atuarial,
é facultada a instituição de contribuição extraordinária, no âmbito da União, dos servidores públicos
ativos, dos aposentados e dos pensionistas. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
(Vigência)
§ 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-B deverá ser instituída simultaneamente
com outras medidas para equacionamento do deficit e vigorará por período determinado, contado
da data de sua instituição. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) (Vigência)
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste
artigo: (Incluído pela EC 33/01)
I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela EC 33/01)
II – incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços;
(Redação dada pela EC 42/03 que modificou o verbo de “poderão incidir sobre a importação de petró-
leo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível” para “incidirão também sobre
a importação de produtos estrangeiros ou serviços”)
III – poderão ter alíquotas: (Incluído pela EC 33/01)
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de
importação, o valor aduaneiro;
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa
jurídica, na forma da lei. (Incluído pela EC 33/01)
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. (Incluído pela EC
33/01)
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respec-
tivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
(Incluído pela EC 39/02)
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consu-
mo de energia elétrica. (Incluído pela EC 39/02)

018. (ESAF/CGU/2008) Os Municípios e o Distrito Federal podem instituir contribuição para


custeio dos serviços de iluminação e segurança públicas.

Apenas “iluminação pública”, segurança pública não se inclui nessa competência (CF, art. 149-A).
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 21 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Das Limitações do Poder de Tributar


São consideradas cláusulas pétreas por serem garantias individuais, embora fora do art. 5º.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

• O CTN diz que poderá se alterar a alíquota e a “base de cálculo” dos regulatórios por ato
do executivo (decreto), mas isso não foi recepcionado, podendo somente alterar suas
alíquotas sem obedecer a esse princípio.

Princípio da Isonomia Tributária

II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equiva-


lente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exer-
cida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

019. (FCC/ANALISTA-MPE-SE/2009) É vedado aos entes da Federação instituir tratamento


desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, admitida apenas dis-
tinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, conforme denominação
jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.

Errado. Não é admitida a tal “distinção” mencionada pelo enunciado. Pelo princípio da isono-
mia tributária, previsto na Constituição, art. 150, II, é vedado aos entes da Federação instituir
tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, indepen-
dentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 22 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Princípio da Irretroatividade

III – cobrar tributos:


a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído
ou aumentado;

Princípio da Anterioridade e da Noventena

(III - cobrar tributos:)


b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela EC 42/03 que instituiu a noventena em
nosso ordenamento)

Não se confunde o princípio da anterioridade com o princípio da anualidade, pelo qual


nenhum tributo podia ser cobrado, em cada exercício, sem prévia autorização orçamentária
anual, que existiu no Brasil durante a vigência da Constituição de 1946, e após isto deixou de
existir, cedendo espaço ao princípio da anterioridade.
Observe que o termo, na anterioridade e na noventena, é “cobrar tributos”, logo não se apli-
ca a normas que não estejam estritamente ligadas à cobrança efetiva de tributos.

STF – Súmula n. 669 → Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tri-
butária, não se sujeita a anterioridade.

Exceções à Anterioridade

1. Tributos de motivos imprevisíveis: Empréstimo Compulsório (apenas no caso de calami-


dade ou guerra externa) e o Imposto Extraordinário de Guerra (IEG);
2. Regulatórios: II, IE, IOF e o IPI;
3. Restabelecimento da alíquota da CIDE combustíveis e do ICMS monofásico;

 Obs.: As contribuições sociais (sentido estrito – que custeiam a seguridade social – ou


seja, não inclui a CIDE, CIP, nem as corporativas) não se sujeitam a anterioridade, mas
sim, a chamada anterioridade nonagesimal ou “mitigada”, que funciona nos moldes da
noventena.

Exceções à Noventena

1. Tributos de motivos imprevisíveis: Empréstimo Compulsório (apenas no caso de calami-


dade ou guerra externa) e o Imposto Extraordinário de Guerra (IEG);

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 23 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

2. Regulatórios: II, IE, IOF e o IR; (Perceba que aqui temos uma troca o IPI pelo Impos-
to de Renda)
3. Fixação da base de cálculo do IPVA e IPTU.
Assim os tributos podem estar sujeitos, segundo a doutrina, a três tipos de anterioridade:
anterioridade máxima ou cheia → Quando está sujeito tanto à anterioridade anual quanto
à noventena;
anterioridade média → Quando está sujeito apenas à anterioridade anual;
anterioridade mínima → Quando o tributo está sujeito apenas à anterioridade nonagesimal
(ou noventena).

020. (FCC/ANALISTA-MPE-SE/2009) É vedado aos entes da Federação cobrar tributos no


mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, o
que não se aplica, no entanto, em alguns casos, como o do imposto sobre a renda ou proventos
de qualquer natureza.

A questão trata inicialmente de forma correta sobre o princípio da “anterioridade” (CF, art. 150,
III, b). Porém, erra ao dizer que o imposto de renda seria uma exceção a este princípio. O “IR” é
execção à noventena (CF, art. 150, III, c), mas não à anterioridade, por força do art. 150 §1º da
Constituição.
Errado.

021. (FCC/ANALISTA-MPE-SE/2009) É vedado aos entes da Federação cobrar tributos antes


de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumen-
tou, exceto para casos expressamente referidos na Constituição, como o do imposto sobre
produtos industrializados.

Errado. A questão até corria bem, dispondo de forma correta sobre o princípio da “noventena”
(CF, art. 150, III, c). Porém, pecou ao dizer que o IPI seria exemplo de “exeção à noventena”. Tal
tributo é exceção à anterioridade (CF, art. 150, III, b), mas não à noventena, por força do art. 150
§1º da Constituição.
Certo.

022. (FCC/ANALISTA/TCE - AM/2008) A vedação constitucional de cobrar tributos no mes-


mo exercício financeiro em que publicada a lei que os criou ou instituiu NÃO se aplica ao im-
posto sobre produtos industrializados.

Embora o IPI não seja um exemplo de exeção à noventena (CF, art. 150, III, c), tal tributo é ex-
ceção à anterioridade (CF, art. 150, III, b), por força do art. 150 §1º da Constituição.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 24 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

023. (CESPE/DELEGADO/PC-PE/2016) Em razão do princípio da anterioridade tributária, a


cobrança de tributo não pode ser feita no mesmo exercício financeiro em que fora publicada a
norma impositiva tributária.

Embora essa seja a regra, existem exceções em relação a:


Tributosde motivos imprevisíveis. Ou seja: Empréstimo Compulsório (apenas no caso de cala-
midade ou guerra externa) e o Imposto Extraordinário de Guerra (IEG);
Regulatórios: II, IE, IOF e o IPI;
Restabelecimento da alíquota da CIDE combustíveis e do ICMS monofásico.
Errado.

024. (CESPE/TRE-BA-AJAJ/2010) Entre as regras constitucionais básicas referentes às limi-


tações ao poder de tributar, destaca-se a que impõe a necessidade de prévia autorização orça-
mentária para a exigibilidade dos tributos.

Isso era o que previa o princípio da anualidade que não foi recepcionado pela Constituição
de 1988. Tal princípio, pelo qual nenhum tributo podia ser cobrado, em cada exercício, sem
prévia autorização orçamentária anual, existiu no Brasil durante a vigência da Constituição de
1946, e após isto cedeu espaço ao princípio da anterioridade, segundo o qual, em regra, os tri-
butos só poderão ser cobrados no ano seguinte ao da publicação da lei que os tiver instituído
ou majorado.
Errado.

025. (ESAF/CGU/2004) Segundo precedentes do STF, a revogação de isenção torna o tributo


imediatamente exigível, não se aplicando, nessa hipótese, o princípio da anterioridade.

O STF entende que a revogação da isenção não se confunde com majoração de tributo, poden-
do ser desde logo aplicável, ressalva se faz apenas aos impostos sobre patrimônio e renda,
devido a disposição expressa no CTN 104, III: “Entram em vigor no primeiro dia do exercício
seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos
sobre o patrimônio ou renda que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de
maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178”.
Certo.

026. (FGV/AUDITOR/SEFIN-RO/2018) A Lei Z, do estado Delta, publicada no dia 31 de de-


zembro de 2016, alterou, em seu Art. 1º, a data de recolhimento do imposto de transmissão
causa mortis e doação, de quaisquer bens e direitos, e, em seu Art. 2º, aumentou a respectiva
alíquota. O Art. 3º, por sua vez, dispôs que a Lei Z entraria em vigor no dia 1º de janeiro de 2017.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 25 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

À luz da sistemática constitucional afeta ao sistema tributário nacional, o Art. 3º da Lei Z


a) é totalmente inconstitucional, sob o prisma material.
b) é totalmente constitucional, sob os prismas formal e material.
c) é parcialmente inconstitucional, sob o prisma material, em relação à entrada em vigor
do Art. 1º.
d) é parcialmente inconstitucional, sob o prisma material, em relação à entrada em vigor
do Art. 2º.
e) é totalmente constitucional, apenas sob o prisma material.

A lei trata de majoração de impostos. Como o ITCD não é exceção nem à legalidade, nem à
anterioridade, nem à noventena, uma majoração só é constitucional se for instituída por lei e
começar a valer somente no ano seguinte (anterioridade) e, após 90 dias (noventena).
Foi feita por lei, logo, é formalmente válida. Mas o conteúdo desta lei (aspecto material) é
inconstitucional pois, embora tenha respeitado a anterioridade, não respeitou a noventena.
Logo, é parcialmente inconstitucional, sob o prisma material, em relação à entrada em vigor
do Art. 2º.
Letra d.

Princípio do não Confisco

IV – utilizar tributo com efeito de confisco;

027. (CESPE/PGE–ES/2008) Considere que um decreto presidencial tenha majorado a alíquo-


ta do imposto sobre a importação de determinado bem de 10% para 200%. Nesse caso, por se
tratar de tributo com função extrafiscal de controle da balança comercial, a referida majoração
não fere o princípio do não confisco.

Certo. O item considerou que, em se tratando de tributos extrafiscais, esse aumento não fere
a vedação ao confisco, pois um tributo extrafiscal não tem a função de arrecadar valores, mas
de intervir em certas áreas.
Certo.

028. (FCC/Promotor-MPE-CE/2009)É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos


Municípios utilizar tributo com efeito confiscatório, efeito esse cuja identificação deve ser feita
em função da totalidade da carga tributária, mediante verificação da capacidade de o contri-
buinte suportar a incidência de todos os tributos que ele deverá pagar, dentro de determinado
período, à mesma pessoa política que os houver instituído.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 26 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

O art. 150, IV, institui o princípio do “não confisco”. Assim, o Poder Público não pode usar os tri-
butos como forma de absorção indiscriminada do pratimônio ou renda do contribuinte. Segun-
do a doutrina, para se verificar se o tributo está sendo usado ou não como forma de confisco,
a identificação deve ser feita em função da totalidade da carga tributária, verificando a capaci-
dade de o contribuinte, de uma forma geral, suportar a incidência dos tributos instituídos por
uma mesma pessoa política.
Certo.

Princípio da Liberdade de Tráfego

V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou


intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder
Público;

029. (ESAF/AFPS/2002) A cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder pú-
blico não constitui violação do dispositivo constitucional que veda o estabelecimento de limitações ao
tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais.

Observe duas coisas importantes:


1– A literalidade veda apenas os tributos interestaduais e intermunicipais;
2– Fala-se também em relação ao pedágio. Pedágio não é tido como tributo, e sim tarifa ou
preço público. Porém, alguns doutrinadores afirmam que se o pedágio tiver natureza contratual
será tarifa, mas se for instituído por lei será tributo, mas, mesmo sendo tributo, por expressa
disposição constitucional seria lícito seu uso no caso acima.
Certo.

030. (ESAF/CGU/2008) Aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é vedado estabele-
cer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermu-
nicipais, mas a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público é
expressamente permitida, inclusive para a União.

É o disposto no art. 150, V da Constituição Federal.


Certo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 27 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Imunidades a Impostos

A regra é só para impostos, e não tributos em geral.

VI – instituir impostos sobre:

Imunidade Recíproca

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

CF, art. 150, § 2ª → Extensível também às Autarquias e Fundações Públicas, desde que o
patrimônio, a renda e os serviços abrangidos pela imunidade estejam vinculados às suas fina-
lidades essenciais ou às delas decorrentes.
CF, art. 150, § 3ª → Não se aplica imunidade se o patrimônio, renda ou serviços estiverem
relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelo direito privado, ou em
que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário. Deste modo as
empresas públicas e sociedades de economia mista não recebem, em regra, a imunidade recí-
proca, pois são regidas pelas normas de direito privado.
CF, art. 150, § 3ª cont. → O promitente comprador não é exonerado da obrigação de pagar
imposto relativamente ao bem imóvel. Assim, se alguém firmar promessa de compra de um
imóvel público, pode, por exemplo, assumir a obrigação pelo pagamento do IPTU.
Perceba que essa imunidade abrange apenas impostos, e somente aqueles incidentes so-
bre patrimônio, renda e serviços, logo, não abrangerá, por exemplo: o II, IE (são impostos sobre
comércio exterior), IPI, ICMS (impostos sobre produção e circulação) etc.
Observa-se que o STF, algumas vezes, em seus julgados, também já estendeu essa imuni-
dade não só às Autarquias e Fundações Públicas, mas também às EP e SEM desde que fos-
sem prestadoras de serviços públicos exclusivos como o caso dos Correios, mas, isso ocorreu
no caso concreto e não possui efeito vinculante até o momento, ou seja:
• Regra → Só para Autarquias e Fundações Públicas;
• Entendimento do STF → Administração indireta que preste serviço público em caráter de
exclusividade.

031. (FGV/JUIZ SUBSTITUTO-TJ-MG/2008/ADAPTADA) A garantia constitucional de imu-


nidade recíproca entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios é corolária do princípio
federativo.

Como já vimos, a imunidade recíproca é a proibição de um ente da federação instituir impostos


sobre o patrimônio, renda ou serviços dos outros entes (CF, art. 150, VI, a). Por exemplo: a União
não pode cobrar imposto sobre as rendas dos Estados. Também vimos que esse tipo de imuni-
dade é reconhecida pelo STF como vital ao pacto federativo, na medida em que é importante ins-
trumento para evitar conflitos e fortalecer a harmonia e cooperação entre os entes da federação.
Certo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 28 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

032. (ESAF/APO-MPOG/2010) As empresas públicas federais prestadoras de serviços públi-


cos em regime de monopólio são alcançadas pela imunidade de imposto sobre seu patrimônio.

Trata do entendimento do STF: ainda que seja uma empresa pública, se prestar serviço público
em regime de monopólio, é capaz de fazer jus à imunidade.
Certo.

033. (FCC/Promotor-MPE-CE/2009)É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos


Municípios instituir tributos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros.

A questão tentou cobrar a chamada “imunidade recíproca”, ou seja, um ente não pode tributar
o outro através de impostos. Porém, errou ao usar o termo “tributos” em vez de “impostos”.
Já que somente estes é que não poderão incidir, não havendo nenhuma vedação para outros
tributos como taxas e contribuições.
Certo.

034. (FCC/ANALISTA-MPE-SE/2009) É vedado aos entes da Federação instituir impostos so-


bre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, estendendo-se esta vedação às autarquias e
às fundações instituídas ou mantidas pelo poder público, no que se refere a patrimônio, renda
e serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou delas decorrentes.

Essa é a chamada imunidade recíproca, ou seja, um ente não pode tributar o outro através de
impostos (outros tributos podem). Essa imunidade recíproca, que é prevista no art. 150, VI, “a”
da Constituição, se estende, por força do art. 150, § 2º, às autarquias e às fundações instituí-
das ou mantidas pelo poder público, no que se refere a patrimônio, renda e serviços vinculados
a suas finalidades essenciais ou delas decorrentes.
Certo.

Imunidade Religiosa, Partidária, Sindical, Educacional e Assistencial

b) templos de qualquer culto;


c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sin-
dicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei;

CF, art. 150, § 4º → Essa vedação compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços,
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 29 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Perceba, ainda, que a imunidade descrita na aliena “c” não alcança todas as entidades sin-
dicais, mas somente as entidades sindicais “dos trabalhadores”.
Jurisprudência 1

Súmula Vinculante 52 à Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o


imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constitui-
ção Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais
tais entidades foram constituídas.

Uma observação importante é que esta SV 52 nasceu da conversão da súmula comum 724 do
Supremo, que dizia:

STF – Súmula n. 724 → Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU,
o imóvel pertencentes a quaisquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “C” da CF,
desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.

Embora com redação bem parecida, a SV 52 flexibilizou a súmula 724 e o próprio dispositivo
contido na CF, art. 150, § 4º, ao passo que não se exige mais que o valor dos aluguéis seja apli-
cado nas atividades ditas “essenciais” da entidade, bastando somente que o valor dos aluguéis
seja investido nas atividades – genericamente falando - da entidade.
Isso gerou um prato cheio para as bancas examinadoras e ainda motivou um outro julgado,
importante, que vemos a seguir.

Jurisprudência 2 - Imóvel destinado à residência de ministro religioso

O fato de os imóveis estarem sendo utilizados como escritório e residência de membros


da entidade não afasta a imunidade prevista no art. 150, VI, c, § 4º da Constituição Fede-
ral. (ARE 895972 AgR, Relator Ministro Roberto Barroso, Primeira Turma, julgamento em
2.2.2016, DJe de 24.2.2016)

Jurisprudência 3 → Imunidade persiste para lotes ainda vagos

O STF entende que, ainda que os lotes estejam vagos, as imunidades devem subsistir, pois
não se pressupõe que os fins foram desvirtuados, veja o acórdão de 20031: Recurso extra-
ordinário. Imunidade. Entidade assistencial. Iptu. O caráter benemérito da recorrida jamais
foi questionado pelo recorrente, devendo-se presumir que todo seu patrimônio, bem como
o produto de seus serviços está destinado ao cumprimento de seu mister estatutário.
As instâncias ordinárias assentaram que os imóveis em questão encontram-se vagos, em

1
STF – RE 251772 / SP – SÃO PAULO, 24/06/2003.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 30 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

razão de a recorrida ainda não ter arrecadado recursos suficientes para construir prédios
destinados ao cumprimento de sua função institucional, descartando a hipótese de desvir-
tuamento de seus fins.

Jurisprudência 4

STF – Súmula n. 730 → A imunidade conferida a instituições de assistência social sem


fins lucrativos pelo art. 150, VI, “c”, da CF, somente alcançará as entidades fechadas de
previdência social se não houver contribuição dos beneficiários.

035. (CESPE/ESPECIALISTA FUNPRESP-EXE/2016) Os imóveis de propriedade de entida-


des de assistência social sem fins lucrativos que gozem de imunidade tributária por força da
Constituição Federal alugados a terceiros não gozam da imunidade de IPTU, ainda que o valor
dos aluguéis seja inteiramente aplicado nas atividades para as quais a entidade locadora tiver
sido constituída.

A questão contraria a Súmula Vinculante 52 que diz: Ainda quando alugado a terceiros, perma-
nece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI,
“c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para
as quais tais entidades foram constituídas.
Errada.

036. (ESAF/APO-MPOG/2010) Os aluguéis decorrentes da exploração de imóvel de proprie-


dade de entidade imune não são atingidos pela imunidade tributária.

O STF entende que, ainda que alugado a terceiro, permanece imune o imóvel e o aluguel, des-
de que a renda obtida seja revertida para as atividades da entidade, conforme a Súmula Vin-
culante 52 que diz: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel
pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal,
desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram
constituídas.
Errado.

037. (ESAF/PGDF/2004) É legítima a cobrança de IPTU de lotes vagos e prédios comerciais


de entidade religiosa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 31 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

O STF entende que, ainda que os lotes estejam vagos, as imunidades devem subsistir, pois não
se pressupõe que os fins foram desvirtuados, veja o acórdão de 20032: Recurso extraordinário.
Imunidade. Entidade assistencial. Iptu. O caráter benemérito da recorrida jamais foi questiona-
do pelo recorrente, devendo-se presumir que todo seu patrimônio, bem como o produto de
seus serviços está destinado ao cumprimento de seu mister estatutário. As instâncias ordiná-
rias assentaram que os imóveis em questão encontram-se vagos, em razão de a recorrida ain-
da não ter arrecadado recursos suficientes para construir prédios destinados ao cumprimento
de sua função institucional, descartando a hipótese de desvirtuamento de seus fins.
Errado.

Imunidade Objetiva

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.


e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou litero-
musicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como
os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial
de mídias ópticas de leitura a laser. (Incluída pela Emenda Constitucional n. 75, de 15.10.2013)

É uma imunidade objetiva, pois quem é imune é o “objeto” e não a pessoa que faz a operação.

STF – Súmula n. 657 → A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da Constituição Federal
abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.

 Obs.: Ainda segundo orientação do STF, a imunidade do livro, jornal, período e do papel des-
tinado à sua impressão é aplicável às operações com listas telefônicas, ainda que vei-
culem publicidade.

038. (CESPE/JUIZ-TJDFT/2016) As atividades de impressão e comercialização de listas te-


lefônicas pode ser objeto de fato gerador de impostos, uma vez que não estão abarcadas por
hipótese de imunidade prevista na Constituição.

O entendimento do STF é pacífico em inúmeros julgados por considerar as listas telefônicas


como publicação de interesse público, ainda que veiculem publicidade, estando imunes pelo
artigo 150, VI, “d”, da Constituição.
Errado.

2
STF – RE 251772 / SP – SÃO PAULO, 24/06/2003.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 32 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

039. (FGV/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-MS/2008/ADAPTADA) A imunidade prevista no artigo 150,


VI, d, da Constituição Federal de 1988 abrange filmes e papéis fotográficos necessários à pu-
blicação de jornais e periódicos.

Atualmente o entendimento do STF é essa.


Certo.

040. (ESAF/APO-MPOG/2010) A imunidade tributária incidente sobre papel destinado à im-


pressão de jornal alcança também a tinta utilizada em razão de a finalidade do constituinte
originário tutelar o direito à informação.

Segundo a jurisprudência recente do STF, qualquer outro insumo que não seja o papel e os
filmes fotográficos, não estão abrangidos pela imunidade. Assim, não há o que se falar em
imunidade para tinta, espiral de encadernação e etc.
Errado.

041. (CESPE/TÉCNICO - TCE-TO/2008) O estado do Tocantins não poderá cobrar Imposto


sobre Veículos Automotores (IPVA) dos veículos oficiais usados para transportar os servidores
em serviço de determina autarquia pública federal, já que haverá imunidade recíproca.

A imunidade recíproca impede que um ente político cobre impostos de outro ente político e se
estende às autarquias e fundações públicas, no que tange às suas atividades essenciais. Atu-
almente, a jurisprudência estende ainda tal imunidade as demais entidades da administração
pública indireta, desde que prestadoras de serviço público de caráter essencial.
Certo.

Esclarecimento aos Consumidores

§ 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos
que incidam sobre mercadorias e serviços.

Concessão de Benefícios e Renúncia de Receita

§ 6º - Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido,


anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante
lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enume-
radas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2º, XII, g.
(Redação dada pela EC 3/93)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 33 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Esquema sobre Concessão de Subsídios e Renúncia de Receitas:

• Só por lei específica: Poderá conceder qualquer subsídio ou renúncia de receita relativa a:
− impostos;
− taxas; ou
− contribuições.

Exceção: Em se tratando do ICMS, esses institutos serão concedidos por convênio entre os
Estados/DF.
Para este fim, lei específica é aquela que regule:
• exclusivamente o benefício concedido; ou
• apenas o correspondente tributo ou contribuição.

042. (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO - TJAM/2016) Aos estados e aos municípios compete regu-
lar a maneira como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

Dentro da autonomia legislativa de cada ente, essa afirmação é quase correta. Cabe ao ente
instituir determinado tributo e caberá ao mesmo ente regular incentivos e isenções aos seus
tributos. Acontece que isso não funciona para TODOS, existem duas exceções: o ICMS e o ISS.
Sobre o ICMS, a Constituição diz no art. 155, § 2º, XII, g - Cabe à lei complementar (editada pela
União): regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isen-
ções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
Sobre o ISS, a Constituição diz no art. 153, § 3º, III - Cabe à lei complementar (editada pela
União): regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão
concedidos e
Errado.

043. (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJAM/2016) Lei estadual poderá prever a possibilidade de


concessão de incentivos fiscais a empreendimentos, afastada a necessidade de prévio acordo
conjunto entre os estados e o DF.

No caso de benefícios fiscais de ICMS, que é um imposto estadual, está previsto constitucio-
nalmente (art. 155, § 2º, XII, g) que é necessária uma deliberação dos Estados e do Distrito
Federal (Convênio Fazendário - CONFAZ), na forma da lei complementar, para que isenções,
incentivos e benefícios fiscais sejam concedidos e revogados.
Após autorizado por esta deliberação entre os entes, aí sim, a lei estadual poderá conceder benefícios.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 34 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

044. (CESPE/PROCURADOR-TCE-ES/2009) A isenção tributária pode ter por objeto qualquer


espécie tributária.

Certo. Isenção é dispensar o pagamento de um tributo regularmente instituído, mesmo que o


seu fato gerador ocorra. A isenção pode ser concedida para qualquer tributo, desde que me-
diante lei específica (CF, art. 150 §6º) ou em se tratando do ICMS, mediante convênio entre os
Estados e DF.
Certo.

Responsabilidade Tributária por Antecipação de Receita (Fato Gerador Presumido)

§ 7º - A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada
a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.
(Incluído pela EC 3/93)

Essa disposição é importante e deve-se atentar especialmente para os seguintes fatos:


• FG presumido → lei ordinária normal ≠ Crédito presumido → lei específica;
• Só para impostos e contribuições;
• Ocorre restituição só se o FG presumido não ocorrer. Se acontecer em valor a mais ou a
menos não deve haver nenhuma compensação.

045. (ESAF/AFC-CGU/2008) Assinale a única opção correta relativa ao Sistema Tributá-


rio Nacional.
a) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem instituir impostos, taxas e
contribuições de melhoria e, sempre que possível, esses tributos devem ter caráter pessoal e
serem graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.
b) A União, os Estados e o Distrito Federal podem instituir contribuições sociais, de intervenção
no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como ins-
trumento de sua atuação nas respectivas áreas.
c) Os Municípios e o Distrito Federal podem instituir contribuição para custeio dos serviços de
iluminação e segurança públicas.
d) A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo
pagamento de taxa ou contribuição de melhoria, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormen-
te, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato
gerador presumido.
e) Aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é vedado estabelecer limitações ao tráfe-
go de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, mas a cobrança
de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público é expressamente permitida,
inclusive para a União.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 35 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

a) Errada. Está correto dizer que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios po-
dem instituir impostos, taxas e contribuições de melhoria. Porém, a parte que diz “sempre que
possível, esses tributos devem ter caráter pessoal e serem graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte” está errada, pois refere-se ao art. 145 parágrafo 1º, que dispõe tal
situação somente para os IMPOSTOS.
b) Errada. Baseado no art. 149 da Constituição, tal competência é privativa da União.
c) Errada. O erro está apenas na expressão “segurança pública”. Estaria correto se a assertiva
se limita-se a dizer: os Municípios e o Distrito Federal podem instituir contribuição para custeio
dos serviços de iluminação pública.
d) Errada. Trata-se do instituto do “fato gerador presumido”. Tal instituto aplica-se tão so-
mente aos impostos e contribuições. Não se aplica às taxas e contribuição de melhora (CF,
art. 150 §7º).
e) Certa. Trata-se de imunidade prevista no art. 150, V da Constituição.
Letra e.

Vedação Somente à União

Art. 151. É vedado à União:


I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção
ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro,
admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento
sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;

É o princípio da “uniformidade geográfica”, veja que não se veda, porém, que se conceda
incentivos fiscais para promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as
diferentes regiões.

II – tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superio-
res aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;
III – instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municí-
pios.

Essa é a vedação de se instituírem as chamadas “isenções heterônomas”, estas só podem


ser feitas se expressamente previstas no texto constitucional, como por exemplo, quando a
CF ordena que por lei complementar a União exclua a incidência do ISS na exportação, como
veremos à frente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 36 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Um ponto importante a ser tratado é que poderá ser criada esta isenção por tratados inter-
nacionais, pois, segundo entendimento dos tribunais, quando se cria isenção de tributos muni-
cipais ou estaduais através de tratados, quem está criando a isenção é a República Federativa
do Brasil e não a União como ente federativo, tratando-se então de lei nacional e não federal.

046. (ESAF/ANA/2009) O pacto federativo sustenta-se na harmonia que deve presidir as rela-
ções institucionais entre as comunidades políticas que compõem o Estado Federal, e não legi-
tima restrições de ordem constitucional que afetem o exercício da competência normativa em
tema de exoneração tributária pertinente ao ICMS pelos Estados-membros e Distrito Federal.

A Constituição Federal é uma norma nacional e não uma norma federal, ou seja, é uma norma
de observância obrigatória para todos os entes da República. Desta forma, uma restrição feita
pela Constituição não se trata de ingerência federal na competência estadual, mas sim, de um
poder de caráter nacional.
Errado.

Vedação a todos os demais Entes, mas não à União

Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária
entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

Por exemplo, um Município não pode cobrar IPVA sobre um carro importado com alíquotas
maiores do que cobra para um nacional, pois estaria fazendo diferença tributária em razão da
procedência. Porém, a União poderá estabelecer que o II sobre produtos oriundos dos mem-
bros do MERCOSUL seja diferenciado em relação aos demais países.

Dos Impostos da União


Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I – importação de produtos estrangeiros;
II – exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III – renda e proventos de qualquer natureza;
IV – produtos industrializados;
V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI – propriedade territorial rural;
VII – grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

E ainda:
• IEG: imposto extraordinário de guerra - art. 154, I.
• Imposto novo (ou residual) - art. 154, II.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 37 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Impostos Regulatórios

Já visto anteriormente em “exceções à legalidade”.

§ 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei,


alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.

Os incisos tratam dos seguintes impostos: II, IE, IPI e IOF

Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza (IR)

§ 2º - O imposto previsto no inciso III:


I – será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma
da lei;

• generalidade - elemento subjetivo - todas as pessoas deverão pagar;


• universalidade - elemento objetivo - todas as rendas serão tributadas;
• progressividade - gradação da alíquota, que aumentará quanto maior for a renda.

STJ Súmula n. 386 - São isentas de imposto de renda as indenizações de fériasproporcio-


nais e o respectivo adicional.

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

§ 3º - O imposto previsto no inciso IV:


I – será seletivo, em função da essencialidade do produto;

É diferente do que veremos quanto ao ICMS, neste, a expressão é “poderá ser” seletivo.

II – será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante
cobrado nas anteriores;

Aqui já funciona da mesma forma que veremos para o ICMS.

III – não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.

Imunidade de IPI na exportação, da mesma forma ocorre para o ICMS e Contribuições.

IV – terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na
forma da lei. (Incluído pela EC 42/03)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 38 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)

§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela EC 42/03 que incluiu os seus inci-
sos dispostos abaixo)
I – será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de proprie-
dades improdutivas;

Diz-se que o ITR - bem como os impostos regulatórios - é um imposto eminentemente


extrafiscal, pois a sua função precípua não é arrecadar valores, mas sim atingir algum outro
objetivo, que no caso é o desestímulo às propriedades improdutivas.

II – não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que
não possua outro imóvel;
III – será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não
implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.

Em regra, o município recebe 50% da receita gerada pelo ITR que incida sobre as proprie-
dades de seu território, porém, se optar por fiscalizá-lo e cobrá-lo terá direito a 100% da receita,
nos termos do art. 158, II.

Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou


Valores Mobiliários (IOF)

§ 5º - O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclu-
sivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do caput deste artigo, devido na operação
de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da
arrecadação nos seguintes termos:
I – trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;
II – setenta por cento para o Município de origem.

O único imposto que poderá incidir é o IOF, mas, nada impede que possa ocorrer incidência
de outros tributos como as contribuições. A vedação só vale para os impostos.
Observe que é um imposto da União, e quanto da receita ficará para União? Nada. Fica 30%
para o Estado e 70% para o Município. Atenção ainda:
• o imposto será devido na operação de origem;
• a alíquota mínima será de 1%;

Demais Impostos

Art. 154. A União poderá instituir:


Imposto novo ou residual
I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumu-
lativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 39 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Este imposto novo (ou residual) é fruto do uso da competência residual que só a União
possui em se tratando de impostos e contribuições.
De acordo com o art. 195, § 4º da CF, a União também pode instituir contribuições novas,
desde que também observe:
• mediante lei complementar;
• sejam não cumulativas; e
• não tenham FG ou BC próprias das demais contribuiçõesdiscriminados na CF.

047. (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJAM/2016) Além dos tributos previstos expressamente na


CF, a União detém competência residual para instituir, por lei complementar, outros impostos,
ainda que cumulativos.

Isso. Segundo a Constituição, em seu art. 154, I, a União poderá instituir, por meio de lei com-
plementar, outros impostos, desde que não-cumulativos e não que tenham fato gerador ou
base de cálculo própria dos impostos descriminados na Constituição.
Errado.

048. (CESPE/PROCURADOR-TCE-ES/2009) A CF não prevê reserva específica de lei comple-


mentar para que a União exerça sua competência residual tributária.

A competência residual é estabelecida no art. 154, I, quando a Constituição autoriza a criação


de novos impostos, além dos constitucionalmente previstos, desde que
• mediante lei complementar;
• sejam não cumulativas; e
• não tenham FG ou BC próprias dos demais discriminados na CF.
Errado.

Impostos Extraordinários de Guerra

II – na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em


sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua
criação.

Dos Impostos dos Estados e do Distrito Federal


Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
(Redação dada pela EC 3/93. Esta EC apenas promoveu uma reorganização do texto e excluiu a pre-
visão que existia para os Estados e DF instituírem um adicional de até cinco por cento do que fosse
pago à União por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas nos respectivos territórios, a título do im-
posto de renda, incidente sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 40 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas
I – transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
III – propriedade de veículos automotores.

Imposto sobre a Transmissão Causa Mortise Doação, de Quais­quer Bens ou Di-


reitos (ITCD).

§ 1º O imposto previsto no inciso I: (Redação dada pela EC 3/93)


I – relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou
ao Distrito Federal
II – relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventá-
rio ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;
III – terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior;
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no
exterior;
IV – terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;

Foi fixado esse teto em 8%, por Resolução do Senado (Res. n. 9/92), a qual também permi-
tiu que fossem adotadas alíquotas progressivas.
Durante muito tempo se discutiu a constitucionalidade da progressividade do ITCD. Muitos
estados adotam essa progressividade, embora não tenha previsão constitucional expressa, e
o entendimento do STF é que a progressividade de impostos reais deveria ter previsão na CF,
como ocorre com o IR e IPTU (ADI 2010-2/DF).
No entanto, depois de muitos anos, veio a reconhecer a constitucionalidade da progressi-
vidade do ITCD, estando ela limitada à 8% devido a Resolução do Senado 9/92. (STF, 1ª turma,
RE 542.485 AgR/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, DJu 19/02/2013).

049. (FGV/AUDITOR/SEFIN-RO/2018) O Estado X editou uma lei na qual fixou alíquotas pro-
gressivas, que variam de 1% a 8% do Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação
(ITCD), em razão do valor do bem a ser transmitido e sua localidade. Sobre o caso descrito,
assinale a afirmativa correta.
a) A fixação de alíquotas do ITCD não cabe aos Estados-membros e sim ao Senado Federal.
b) A fixação de alíquotas progressivas do ITCD é inconstitucional, uma vez que a progressi-
vidade, no caso dos impostos reais, só pode ser adotada se houver expressa previsão cons-
titucional.
c) A progressividade estabelecida é valida, porém a alíquota máxima de 8% viola o confisco,
uma vez que restringe desmedidamente o matrimônio do contribuinte.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 41 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

d) A fixação de alíquotas progressivas do ITCD não ofende a Constituição Federal, pois é um im-
posto que revela efetiva capacidade contributiva de quem percebe a transferência patrimonial.
e) A fixação de alíquotas progressivas do ITCD é inconstitucional, uma vez que a Constituição
Federal veda a progressividade de impostos de natureza real.

a) Errada. Compete sim ao Estado fixar alíquotas. Ao Senado compete estabelecer as “alíquo-
tas máximas”.
b) Errada. Durante muito tempo se discutiu a constitucionalidade da progressividade do ITCD.
O entendimento do STF é que a progressividade de impostos reais deveria ter previsão na CF
(ADI 2010-2/DF). No entanto, depois de muitos anos, veio a reconhecer a constitucionalidade
da progressividade do ITCD, estando ela limitada à 8% devido a Resolução do Senado 9/92.
(STF, 1ª turma, RE 542.485 AgR/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, DJu 19/02/2013).
c) Errada. Essa alíquota inclusive está fixada pela Res. 2/92 do Senado.
d) Certa.
e) Errada. A Constituição não fala nada sobre isso, este entendimento era o do STF.
Letra d.

Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Pres-


tações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal (ICMS)

Embora, em regra, os serviços sejam tributados pelo ISS, ressalvam-se 3 serviços que serão
tributados pelo ICMS:
• Transporte intermunicipal;
• Transporte interestadual;
• Comunicação.

050. (CESPE/ADVOGADO/CEHAP-PB/2009) A JN Transportes Ltda. é pessoa jurídica presta-


dora de serviços de transporte interestadual e intermunicipal de bens, mercadorias e valores.
Nessa situação hipotética, ao exercer as referidas atividades, a JN Transportes Ltda. pratica o
fato gerador do ISS -Imposto sobre serviços de qualquer natureza.

Embora, em regra, os serviços sejam tributados pelo ISS, ressalvam-se 3 serviços que serão
tributados pelo ICMS:
• Transporte intermunicipal;
• Transporte interestadual;
• Comunicação.
Perceba que se o transporte fosse intramunicipal, aí sim o imposto devido seria o ISS e
não o ICMS.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 42 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela EC 3/93)
I – será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação
de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou
outro Estado ou pelo Distrito Federal;
II – a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações
seguintes;
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;

Vimos que: ao se promover uma operação com ICMS, onde não haja pagamento do tri-
buto, qualquer que seja o motivo - isenção, imunidade, ou não incidência -, o contribuinte que
promoveu a saída da mercadoria deverá estornar os créditos anteriormente gerados por esta
mercadoria, e o contribuinte que comprou o produto não poderá constituir crédito para com-
pensações futuras.
A regra vista, não se aplica porém, no caso da imunidade sobre a exportação concedida
pelo art. 155, X,”a”, já que a Constituição assegura que os créditos sejam mantidos neste caso,
não precisando que o contribuinte os estorne.

STJ – Súmula n. 129 → O exportador adquire o direito de transferência de crédito do ICMS


quando realiza a exportação do produto e não ao estocar a matéria prima.

Outro ponto, é o uso do termo “salvo disposição da legislação em contrário”, esse termo
deve ser entendido como “salvo o disposto em convênio entre os Estados e DF”, nos termos
da alínea “g”, do art. 155, XII, já que somente por convênio é que poderão ser concedidos bene-
fícios fiscais referentes ao ICMS.

III – poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;

Veja que aqui temos uma disposição diferente do IPI, usou-se o termo “po­derá ser” e não o
termo “deverá ser” seletivo.

Alíquotas do ICMS

IV – resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Se-


nadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às
operações e prestações, interestaduais e de exportação;
V – é facultado ao Senado Federal:
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um
terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 43 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva in-
teresse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços
de seus membros;
VI – salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no
inciso XII, “g”, as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas pres-
tações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais;
Vemos que o ICMS tem várias peculiaridades em relação às suas alíquotas.

Vamos esquematizar para facilitar o entendimento:

Qual o
A quem cabe
quórum
Alíquotas: a iniciativa Observações:
exigido para
da resolução?
ser votada?
Presidente da
INTERESTADUAL E Rep. ou 1/3 dos
MA dos
Obrigação do Senado
EXPORTAÇÃO Senadores
Senadores

MÍNIMA 1/3 dos MA dos


Facultativo ao Senado
INTERNA Senadores Senadores

Facultativo ao Senado e apenas


MÁXIMA MA dos 2/3 dos para resolver conflito específico
INTERNA Senadores Senadores que envolva interesse de
Estados

MACETE DO DEGRAZIA:
Para gravar, pense o seguinte:
1- Fixar uma alíquota interestadual é muito mais importante do
que estabelecer tetos e pisos para a alíquota interna, certo? Pois
sem ela, ficariam inviabilizadas as operações interestaduais!
2- Visto isso, percebemos que é uma obrigação do Senado fa-
zê-la, e deverá ter o processo mais simplificado (Tanto o Pre-
sidente quanto 1/3 dos Senadores poderão tomar a iniciativa e
basta maioria absoluta pra votar).
3- Já para estabelecer o piso da alíquota interna, não precisa
de tanta pressa, então não há necessidade de o presidente to-
mar a iniciativa e passa a ser uma faculdade estabelecê-lo.
4- Em relação ao teto, isso é ainda mais dificultado, pois só po-
derá ser feito para resolver conflito específico, então é o maior
quórum exigido para votação e iniciativa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 44 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas
VII – nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou
não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado
de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do
Estado destinatário e a alíquota interestadual; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 87, de
2015) (Produção de efeito)
a) (revogada);
b) (revogada);
VIII – a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota
interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída:(Redação dada pela Emenda Consti-
tucional n. 87, de 2015)
a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; (Incluído pela Emenda Constitucional n.
87, de 2015)
b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto; (Incluído pela Emenda Cons-
titucional n. 87, de 2015)

Outros Casos de Incidência do ICMS

IX – incidirá também:
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda
que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre
o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o
estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;
(Redação dada pela EC 33/01 que inseriu a previsão de que o imposto incidiria sobre bens e merca-
dorias - antes a previsão era somente para mercadorias - além de prever que a incidência ocorreria
independentemente de ser uma pessoa física ou jurídica que fosse a responsável pela importação, e
ainda, independentemente da finalidade com que a importação foi feita)

Antes da EC 33/01 o STF editou a seguinte súmula:

STF – Súmula n. 660 → Não incide ICMS na importação de bens por PF ou PJ que não seja
contribuinte do imposto.

Após a entrada em vigor da EC 33/01 tentaram levá-la ao plenário do STF para que se alte-
rasse o seu texto para: “Até a vigência da EC 33/01, não incide ICMS...”
Porém, essa proposta foi recusada em decisão plenária em 2003 e em 2006 foi republicada
no DOU com o mesmo teor anteriormente aprovado.

b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compre-
endidos na competência tributária dos Municípios;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 45 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Cabe ao Mun. instituir o ISS – Imposto sobre serviços de qualquer natureza, exceto os
de transporte interestadual, intermunicipal e comunicações. Acontece que estes serviços que
competem aos Municípios estão expressos em uma lista taxativa da LC 116/03.
Existem também alguns artigos da LC 116 em que expressamente, a letra desta lei exclui a
incidência do ISS, fazendo uma “ressalva” a certos itens. Estes itens estarão sujeitos ao ICMS.
Exemplo da letra da LC 116/03 → Incide o ISS sobre:
Item 14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, que
ficam sujeitas ao ICMS).
Então temos que:
• venda de Mercadorias + prestação de serviços fora da lista da LC 116 → caberá o ICMS
sobre o valor total;
• venda de Mercadorias + prestação de serviços incluídos na lista da LC 116, sem ressalva
→ caberá o ISS sobre o valor total;
• venda Mercadorias + serviços da lista do ISS, com ressalva → caberá o ICMS sobre as
mercadorias ressalvadas e o ISS sobre o serviço;

Imunidades ao ICMS

X – não incidirá:
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a des-
tinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobra-
do nas operações e prestações anteriores;
(Redação dada pela EC 42/03 que assegurou a manutenção e o aproveitamento do montante do im-
posto cobrado nas operações e prestações anteriores. Antes da EC 42 também havia previsão para
que houvesse incidência sobre produtos industrializados semi-elaborados definidos em lei comple-
mentar)

Vimos acima que uma operação prestada com não incidência ou isenta acarreta anulação
do crédito formado. Se for para o exterior não se aplica esta regra, já que a CF assegura a
manutenção.

b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis
líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;

A saída do Estado é sempre imune para estes produtos, já a entrada vai depender da finali-
dade que terão, como será visto à frente.

c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º;

Só incidirá o IOF, mais nenhum outro imposto.

d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e


imagens de recepção livre e gratuita; (Incluído pela EC 42/03).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 46 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

051. (ESAF/TCU/2006) O ICMS incidirá nas prestações de serviço de comunicação nas moda-
lidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.

É uma imunidade constitucional conferida pelo art. 155 §2º X, d.


Errado.

Exclusão do IPI da Base de Cálculo para Operações entre Con­tribuintes

XI – não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industriali-
zados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industriali-
zação ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos;

Lei Complementar no ICMS

XII – cabe à lei complementar:


a) definir seus contribuintes;
b) dispor sobre substituição tributária;

É o regime de responsabilidade pelo encargo de pagar o tributo, um exemplo, é o FG pre-


sumido visto acima, que é chamado substituição para frente (a pessoa paga em relação às
operações que irão ocorrer em seguida), mas também existe a substituição para trás, e todas
elas serão reguladas por lei complementar. Quem fez isso foi a Lei Kandir (LC 87/96).

c) disciplinar o regime de compensação do imposto;

Para assegurar a não cumulatividade.

d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das opera-
ções relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços;

A Lei Kandir define, por exemplo, que no caso de serviço de transporte intermunicipal ou
interestadual, o fato gerador ocorre onde se dá o início da prestação e é para tal Estado que
caberá o imposto.

e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além
dos mencionados no inciso X, “a”

Atualmente é “letra morta”, pois com a entrada em vigor da EC 42, todos os serviços e
mercadorias destinados ao exterior são imunes. Frequentemente é cobrado em concursos se
cabe à lei complementar essa tarefa. Resposta: sim! Apenas não precisa, mas segundo a CF é
função da lei complementar.

f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação
para o exterior, de serviços e de mercadorias;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 47 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Da mesma forma, a manutenção do crédito na exportação será sempre mantida, sendo


esta parte letra morta. Mas, não a parte referente à: “remessa para outro Estado”.

g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incenti-
vos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

Essa é uma disposição muito importante, traduzindo: cabe à lei complementar dispor so-
bre os convênios e é através deles que serão concedidos os benefícios do ICMS, e não por lei
específica como ocorre para os demais tributos.

h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer
que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; (Incluído pela
EC 33/01)

Vide comentário após o § 5º.

i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do
exterior de bem, mercadoria ou serviço. (Incluído pela EC 33/01)

Exclusividade do ICMS

§ 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, ne-
nhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de teleco-
municações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.
(Redação primeiramente alterada pela EC 3/93. Antes da EC 3 havia uma exclusividade do ICMS, II e IE
para “energia elétrica, combustíveis líquidos e gasosos, lubrificantes e minerais”, a EC 3, retirou “com-
bustíveis líquidos e gasosos e lubrificantes” e em seu lugar colocou “derivados de petróleo”, além de
incluir “telecomunicações” na relação. A EC 33/01 posteriormente alterou a redação e promoveu a mu-
dança mais explorada em concursos públicos. A EC 33 trocou o termo “nenhum outro tributo poderá
incidir” por “nenhum outro imposto poderá incidir”, e desta forma, abriu espaço para incidência de ou-
tros tributos como contribuições, CIDE e etc. vedando-se a incidência somente aos demais impostos)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 48 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

ICMS Monofásico

§ 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: (Incluído pela EC 33/01)


I – nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá ao
Estado onde ocorrer o consumo; (Incluído pela EC 33/01)
II – nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados, e lubrifican-
tes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido entre os Es-
tados de origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações
com as demais mercadorias; (Incluído pela EC 33/01)
III – nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis
não incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao Estado
de origem; (Incluído pela EC 33/01)
IV – as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal,
nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte: (Incluído pela EC 33/01)
a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto; (Incluído
pela EC 33/01)
b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o valor
da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições
de livre concorrência; (Incluído pela EC 33/01)
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b. (Inclu-
ído pela EC 33/01)
§ 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusive as relativas à apuração e à
destinação do imposto, serão estabelecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal,
nos termos do § 2º, XII, g. (Incluído pela EC 33/01)

Organizando as Disposições

(ICMS Monofásico) Cabe à LC definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o


imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade. Isso vai ocorrer do se-
guinte modo:
a) em se tratando de lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo:
• O imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consumo;

b) em se tratando de operações interestaduais com não derivados de petróleo (gás natural


e seus derivados, e os demais lubrificantes e combustíveis não derivados do petróleo):
• Segue a mesma regra vista anteriormente para quaisquer mercadorias;

c) o convênio entre os Estados/DF vai definir as regras necessárias à aplicação do ICMS


monofásico, inclusive as relativas à apuração e à destinação do imposto, e diferentemente do
que ocorre para as demais mercadorias e serviços onde a lei estadual fixa a alíquota, aqui, o
próprio convênio fixará as alíquotas e da seguinte forma:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 49 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

• serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto;
• poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre
o valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma
venda em condições de livre concorrência.

Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)

§ 6º O imposto previsto no inciso III: (Incluído pela EC 42/03)


I – terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;
II – poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.

Observe que o Senado interfere nas alíquotas de todos os impostos estaduais. E ele faz
isso do seguinte modo:
ITCD – Fixa as máximas;
ICMS – Fixa as máximas, mínimas, interestaduais e de exportação;
IPVA – Fixa as mínimas.

Dos Impostos Dos Municípios


Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I – propriedade predial e territorial urbana;
II – transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos
a sua aquisição;
III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complemen-
tar.
(Redação do inciso III dada pela EC 3/93 que revogou a competência para instituição do imposto so-
bre “vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel” e colocou o ISS, que já
existia, só que no inciso IV, em seu lugar. O inciso IV, então, foi revogado pela EC 3/93)

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)

§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto
previsto no inciso I poderá:
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
(Redação do §1º dada pela EC 29/00. Antes desta EC o IPTU só poderia ser progressivo como forma
de assegurar o cumprimento da função social. Após a EC 29, temos que, além da progressividade, no
tempo, para assegurar a função social do imóvel, passamos a ter também em nosso ordenamento a
progressividade em razão do valor)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 50 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

STF - Súmula n. 668 → É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes
da EC 29/00, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumpri-
mento da função social da propriedade urbana.

052. (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO - TJ-AC/2007) O IPTU progressivo é cabível apenas em re-


lação a imóvel que não esteja cumprindo sua função social, de acordo com o plano diretor
municipal.

A progressividade do IPTU pode ser:


No tempo – até certo limite da lei, se a propriedade situada em área incluída no plano diretor
não estiver cumprindo sua função social. Conforme visto em desapropriação (CF, art. 182,
§ 4º, III).
Em função do valor do imóvel – Somente após a EC 29/00 (CF, art. 156, §1º).
Errado.

Imposto sobre a Transmissão “Inter Vivos”, a qualquer Título, por Ato Oneroso,
de Bens Imóveis (ITBI):

§ 2º - O imposto previsto no inciso II:


I – não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídi-
ca em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incor-
poração, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do
adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento
mercantil;
II – compete ao Município da situação do bem.

O ITBI não incide sobre direitos reais de garantia. São eles: penhor, hipo­teca e anticrese,
sendo esses dois últimos, os incidentes sobre bens imóveis, não sendo portanto incluídos no
campo de incidência do ITBI.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 51 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

STF – Súmula n. 656 → É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas


para o ITBI com base no valor venal do imóvel.

Imposto sobre Serviços de qualquer Natureza (ISS)

§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:
(Redação dada pela EC 37/02)
I – fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; (Redação dada pela EC 37/02, antes tínhamos uma
redação dada pela EC 3/93 que previa somente a fixação das alíquotas máximas)
II – excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. (Incluído pela EC 37/02)
III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos
e revogados. (Incluído pela EC 37/02)

CF, ADCT, Art. 88 → Enquanto lei complementar não disciplinar o disposto nos incisos I e III
do § 3º do art. 156 da Constituição Federal, o imposto a que se refere o inciso III do caput do
mesmo artigo (EC 37/02):

I – terá alíquota mínima de dois por cento, exceto para os serviços a que se referem os itens 32, 33
e 34 da Lista de Serviços anexa ao Decreto–Lei n. 406, de 31 de dezembro de 1968;
II – não será objeto de concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais, que resulte, direta ou
indiretamente, na redução da alíquota mínima estabelecida no inciso I.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 52 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

RESUMO
Tributos:

Segundo a CF: impostos, taxas e contr. de melhoria.


Segundo o STF: Além desses 3 acima, ainda considera os empréstimos compulsórios e as
contribuições
Taxas → Pelo exercício do poder de polícia; ou prestação efetiva ou potencial de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
Contribuição de Melhoria → Decorrente de OBRAS públicas;
É vedado vincular a receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo:
• repartição da receita tributária aos Estados e Municípios;
• destinação aos serviços de saúde e ensino;
• realização de atividades da administração tributária; e
• prestação de garantias às operações de créditos por antecipação de receita, inclusive
garantia e contragarantia à União.

Taxas não podem ter base de cálculo própria dos impostos.


Em matéria tributária caberá à LC:
1- Dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária;
2- Regular as limitações ao poder de tributar;
3- Estabelecer normas gerais da legislação tributária, entre outras:
• Adequado tratamento tributário ao ato cooperativo;
• Definição de tratamento diferenciado e favorecido para as ME e EPP.
− Poderá se instituir regime único de arrecadação de impostos e contribuições dos en-
tes, observado que:
o Será opcional para o contribuinte;
o Poderá haver condições de enquadramento diferenciadas por Estado;
o O recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição aos respectivos entes
será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento;
o A arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos en-
tes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes.

Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais para prevenir desequilíbrios


da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de
igual objetivo.
Imunidades do art. 150 → É vedado aos entes instituírem IMPOSTOS sobre:
• Recíproca: Patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
− Extensível também às Autarquias e Fundações Públicas, desde que o patrimônio, a
renda e os serviços abrangidos pela imunidade estejam vinculados às suas finalida-
des essenciais ou às delas decorrentes
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 53 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

O promitente comprador não é exonerado de pagar imposto relativo ao bem imóvel.


• Religiosa: Templos de qualquer culto;
• Partidária, Assistencial e Educacional: Patrimônio, renda ou serviços dos partidos polí-
ticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das institui-
ções de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos
da lei;

 Obs.: Somente os relacionados com finalidades essenciais das entidades mencionadas.

• Objetiva:

1 - Livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão

 Obs.: Abrange também o filme e o papel fotográfico usado neles.

2 - (EC 75/2013) Fonogramas e videofonogramas musicais comercializados no Brasil,


desde que:
1. Produzidos no Brasil;
2. De autoria de brasileiros e/ou interpretadas por artistas brasileiros.Vale lembrar que:
• Incluem-se na imunidade os suportes materiais (CDs, DVDs...) ou arquivos digitais que
servem de armazenamento da obra.
• Excluem-se da imunidade, quando na etapa de replicação industrial, as mídias ópticas
de leitura a laser (CDs, DVDs..., no momento da replicação na indústria).

Exceções à Anterioridade:

• Tributos de motivos imprevisíveis: Empréstimo Compulsório (apenas no caso de CALA-


MIDADE ou GUERRA EXTERNA) e o IEG;
• Regulatórios: II, IE, IOF e o IPI;
• Re-estabelecimento da alíquota da CIDE combustíveis e do ICMS monofásico;

 Obs.: Contribuições para sociais (estritas) não se sujeitam a anterioridade, mas sim, a cha-
mada ANTERIORIDADE NONAGESIMAL ou mitigada, que funciona nos moldes da
noventena.

Exceções à Noventena:

• Tributos de motivos imprevisíveis: Empréstimo Compulsório (apenas no caso de CALA-


MIDADE ou GUERRA EXTERNA) e o Imposto Extraordinário de Guerra (IEG);
• Regulatórios: II, IE, IOF e o IR; (troca o IPI pelo Imposto de Renda aqui)
• Fixação da base de cálculo do IPVA e IPTU
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 54 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Exceções à Legalidade:

Benefícios fiscais → Só por LEI ESPECÍFICA, federal, estadual ou municipal.


Para este fim, lei específica é:
• Aquela que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas; ou
• Regule apenas o correspondente tributo ou contribuição.

Isto não se aplica ao ICMS, que somente poderá receber benefícios tributários se autoriza-
dos em CONVÊNIO entre os Estados/DF.
Fato Gerador Presumido → Só se aplica a IMPOSTOS ou CONTRIBUIÇÃO e só cabe resti-
tuição da quantia paga, caso NÃO SE REALIZE o FG presumido.
Tributos no TF ‘s e no DF:
TF não divididos em municípios → Compete à União cumulativamente os tributos estadu-
ais e os municipais;
TF divididos em municípios → Compete à União os tributos estaduais e, aos municípios do
TF, os tributos municipais.
DF à Compete, também cumulativamente, os tributos estaduais e os municipais;
Tributos por Lei Complementar: EC, IGF, Imposto novo e Contribuição nova;

Motivos do Empréstimo Compulsório:


• Despesas decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
• De investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.

Contribuição para seguridade social;


• Regra: União
• Exceção: Est./DF e Mun. para custeio de seus RPPS ‘s.

 Obs.: As alíquotas dos Est./DF e Mun. não serão inferiores à cobrada dos servidores efeti-
vos da União.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 55 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

CIDE
• Quem pode instituí-la: Exclusivamente a União;
• CIDE combustível: Importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás
natural e seus derivados e álcool combustível. Requisitos:
• Poderá ter alíquotas:
− Diferenciada por produto ou uso;
• Os recursos arrecadados serão destinados:
− Ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural
e seus derivados e derivados de petróleo;
− Ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e
do gás;
− Ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes.

CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS E CIDE:


• Não incidirão sobre Exportação, mas incidirão sobre a importação;
• Poderão ter alíquotas: ad valorem ou específica;

IMPOSTOS DA UNIÃO - II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF, IEG e Imposto Novo (ou residual).
IMPOSTOS DOS ESTADOS/DF - ITDCM, ICMS IPVA;
• O Senado, interfere em todos estes impostos estaduais:
o ITDCM – Fixa a alíquota máxima;
o IPVA – Fixa a alíquota mínima;
o ICMS – Fixa as máximas e mínimas internas e as alíquotas interestaduais e ex-
portação;

IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS – ISS, IPTU e ITBI;


Cabe à Lei Complementar no ISS:
• Fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; - Excluir da sua incidência exportações de
serviços para o exterior.
• Regular as condições p/ isenções e benefícios fiscais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 56 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

ITR
• Será progressivo para desestimular a manutenção de propriedades improdutivas;
• Não incidirá sobre pequenas glebas rurais, se o proprietário que não possuir outra;
• Será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem ficando assim com
100% da arrecadação;

Ouro à Definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, só incidirá como IM-
POSTO o IOF e este será devido na operação de origem;

 Obs.: A alíquota MÍNIMA neste caso será de um 1%.


 30% da receita para o Est./DF ou o TF e 70% para o Município, conforme a origem.

IMPOSTO NOVO
• Mediante LC;
• Sejam não-cumulativos;
• Não tenham FG ou BC próprios dos demais impostos discriminados na CF.

ITCMD: Transmissão de qualquer tipo de bens por ato gratuito (doação ou herança);
X
ITBI: Transmissão de bens imóveis, exceto os de garantia, por ato oneroso;

Embora seja não-cumulativo, salvo se a LEGISLAÇÃO dispuser em contrário, a isenção ou


não-incidência dada ao ICMS:
• Não implicará em crédito para ser compensado com o montante de débito que será de-
vido nas operações ou prestações seguintes;
• Acarretará a anulação dos créditos relativos às operações anteriores;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 57 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

(EC 87/2015) Para o ICMS em operações interestaduais para CONSUMIDOR FINAL, será
adotado será SEMPRE adotada a Alíquota interestadual, seja o destinatário contribuinte ou
não do imposto.

 Obs.: Neste caso caberá ao estado de origem a alíquota interestadual e ao Estado de Desti-
no, caberá a diferença entre sua alíquota interna e essa alíquota interestadual já cobra-
da. E a responsabilidade pelo recolhimento deste ICMS em operações interestaduais,
no que tange à diferença entre a alíquota interna e a interestadual caberá:

• o destinatário, quando este for contribuinte do imposto;


• ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto;

Mercadorias + serviços fora da lista do ISS → Caberá o ICMS sobre o valor total;
Mercadorias + serviços da lista do ISS, sem ressalva → Caberá o ISS sobre o valor total;
Mercadorias + serviços da lista do ISS, com ressalva → Caberá o ICMS sobre a mercadoria
e ISS sobre o serviço;
Radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita → Imunidade de ICMS;
Operações que destinem a outros Estados: petróleo e seus DERIVADOS, e energia elétrica
→ A saída do Estado é imune ao ICMS;

IPVA → Poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 58 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

IPTU → Pode ter alíquotas diferenciadas por localização e uso do imóvel e ser progressivo:
• No tempo – Até certo limite da lei, se a propriedade situada em área incluída no plano
diretor não estiver cumprindo sua função social.
• Em função do valor do imóvel – só após a EC 29/00.

Imunidade do ITBI → Na incorporação ao patrimônio de um PJ em realização de capital,


bem como no caso de fusão, incorporação, cisão ou extinção de PJ.

 Obs.: Não se aplica se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra
e venda desses bens ou direitos referente a imóveis ou arrendamento mercantil;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 59 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

QUESTÕES DE CONCURSO
FGV

001. (FGV/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE-AL/2018/ADAPTADA) Leia a frase a


seguir e julgue o item.
“Diz respeito à incidência progressiva de alíquotas na razão inversa da essencialidade da mer-
cadoria ou do serviço”.
A afirmativa diz respeito ao princípio da seletividade.

002. (FGV/ADVOGADO/ALE-RO/2018) A União, desejando implementar política pública de


fomento ao povoamento do interior do país, concedeu isenção de IPTU no território de alguns
Municípios pouco populosos situados no Estado X.
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
a) A União pode conceder tal isenção, por ser ela a principal responsável pela promoção das
políticas de redução das desigualdades regionais, objetivo fundamental da República.
b) A União pode conceder tal isenção, desde que compense os Municípios afetados mediante
transferências voluntárias.
c) A União pode conceder tal isenção, desde que por meio de resolução do Senado Federal
aprovada por maioria absoluta dos senadores.
d) O Estado ABC, e não a União, é o ente federado competente para conceder tais isenções
relativas a tributo de competência dos Municípios situados no território estadual.
e) A União não pode conceder tal isenção, por violar a autonomia municipal.

003. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO/ALE-RO/2018) O Governador do Estado ABC, por


meio de Decreto publicado em 29 de dezembro de 2017, alterou a base de cálculo do IPVA
para incorporar a ela a atualização do valor monetário por índices oficiais de correção.
Sobre a referida alteração de base de cálculo, assinale a afirmativa correta.
a) Somente pode ser feita por intermédio de lei em sentido estrito, mas terá eficácia imediata
a partir da data em que haja sido publicada a lei.
b) Somente pode ser feita por intermédio de lei em sentido estrito, mas somente terá eficácia
após decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei.
c) Somente pode ser feita por intermédio de lei em sentido estrito, mas somente terá eficácia
no exercício financeiro seguinte àquele em que haja sido publicada a lei.
d) Embora possa ser feita mediante Decreto, somente poderá ter eficácia depois de decorridos
noventa dias da data em que haja sido publicado o Decreto.
e) Não é reputada majoração de tributo para fins de aplicação do princípio da reserva legal em
sentido estrito.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 60 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

004. (FGV/AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO DA RECEITA MUNICIPAL/CUIABÁ/2016) A União


Federal estabeleceu, por meio de lei ordinária, alíquotas progressivas aplicáveis ao Imposto
sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF).
Segundo a referida lei ordinária, sobre a renda dos contribuintes localizados nos Estados da
região Sudeste, incidiria a alíquota máxima de 10% (dez por cento) e, sobre a renda dos contri-
buintes localizados no restante do país, incidiria a alíquota máxima de 20% (vinte por cento).
Assinale a opção que indica o princípio constitucional violado na hipótese apresentada.
a) Legalidade, uma vez que competiria à lei complementar a fixação de alíquotas do IRPF.
b) Capacidade contributiva, no que se refere à alíquota máxima de 20%, pois a referida legisla-
ção afetaria de maneira desproporcional a renda do contribuinte.
c) Uniformidade geográfica da tributação, visto que a legislação fixaria alíquotas diversas no
território nacional.
d) Não-confisco, uma vez que a União está utilizando o IRPF com fins confiscatórios.
e) Imunidade tributária recíproca, uma vez que os contribuintes dos Estados da região Sudeste
irão pagar menos tributos que os demais Estados da Federação.

005. (FGV/ANALISTA DE GESTÃO/COMPESA/2016-ADAPTADA) Sobre o princípio da isono-


mia no direito tributário e sua efetividade, julgue o item a seguir.
Viola o princípio da isonomia a instituição de isenção de custas e emolumentos para membros
do Poder Judiciário.

006. (FGV/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO/TCM-SP/2015) Lei municipal, publicada em 20 de


dezembro de 2015, aumenta a base de cálculo e também a alíquota do IPTU. Em relação ao
fato gerador que ocorrerá em 1º/01/2016:
a) será aplicável a nova base de cálculo e será aplicável a nova alíquota;
b) não será aplicável a nova base de cálculo, mas será aplicável a nova alíquota;
c) será aplicável a nova base de cálculo e não será aplicável a nova alíquota;
d) não será aplicável a nova base de cálculo e não será aplicável a nova alíquota;
e) será aplicável a nova base de cálculo e será aplicável metade da nova alíquota.

007. (FGV/AGENTE FAZENDÁRIO/NITERÓI/2015) De acordo com as normas do Sistema Tri-


butário Nacional previstas na Constituição de 1988, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:
a) exigir ou aumentar imposto conforme disposto em lei ordinária;
b) cobrar tributos do exercício financeiro seguinte àquele em que haja sido publicada a lei que
o instituiu;
c) instituir, através de lei, impostos sobre a renda ou serviços uns dos outros;
d) instituir, através de lei, contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas;
e) instituir taxa pelo exercício de poder de polícia dentro de sua competência material.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 61 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

008. (FGV/ANALISTA DA PROCURADORIA/PGE-RO/2015) O Presidente da República tem o


poder de, dentro dos limites da lei e sem obediência aos princípios da anterioridade de exercí-
cio e da noventena, aumentar as alíquotas do imposto:
a) sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários e
imposto de importação;
b) sobre produtos industrializados e imposto de renda;
c) sobre produtos industrializados e imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou
relativas a títulos ou valores mobiliários;
d) sobre produtos industrializados e imposto sobre propriedade territorial rural;
e) de renda e imposto de importação

009. (FGV/AUDITOR DO ESTADO/CGE-MA/2014) A respeito das limitações constitucionais


ao poder de tributar do Sistema Tributário Nacional, analise as afirmativas a seguir.
I – Pelo princípio da legalidade somente a Constituição Federal pode criar e majorar tributos.
II – Pelo princípio da legalidade tributária só lei em sentido estrito pode criar tributo novo.
III – A lei complementar só de forma excepcional é utilizada para criar tributos.
IV – A iniciativa da lei tributária, sempre privativa, é reflexo do princípio da legalidade.
Assinale:
a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.

010. (FGV/AUDITOR/ALBA/2014) Uma lei de determinado estado da Federação estabelece


base de cálculo reduzida para produtos que compõem a cesta básica. A lei foi regulamentada
por ato normativo do Executivo, que subordinou a aplicação da base legalmente reduzida ao
cumprimento, pelo contribuinte, das obrigações acessórias.
A regulamentação da lei
a) é compatível com o ordenamento jurídico pátrio, não sendo razoável que o contribuinte des-
cumpridor de obrigação acessória se beneficie de redução de carga tributária.
b) desborda dos limites materiais dos atos normativos ao inovar o conteúdo da lei, no que tan-
ge às condições de gozo do benefício fiscal.
c) é cabível, já que o benefício fiscal foi criado por lei e a regulamentação desta não extrapola
a matéria própria dos atos normativos.
d) é incompatível com o ordenamento jurídico pátrio, por contemplar renúncia fiscal que deve-
rá vir regulada por lei complementar.
e) encontra respaldo na presunção de legalidade dos atos da administração fiscal, que deve
fixar os limites e condições de fruição dos benefícios fiscais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 62 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

011. (FGV/AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL/RECIFE/2014) Augusto José se insurge em


face da cobrança de IPTU que recebeu, com valores majorados para o presente exercício fiscal.
Segundo alegado e provado, a lei que alterou a legislação anterior sobre o referido imposto foi
publicada, de forma parcial, no ano anterior ao presente exercício; a tabela relativa à Planta
de Valores, contudo, foi publicada no mesmo exercício fiscal da cobrança dos novos valores.
A Fazenda Municipal, entretanto, registra que a tabela representa mero regulamento editado
pelo Poder Executivo local, não se confundindo com a lei anterior, esta regularmente publicada,
conforme determina a Constituição.
A cobrança com base na nova tabela e a posição da Fazenda Municipal podem ser caracte-
rizadas como
a) constitucionais, não havendo exigência para que o ato que fixa a Planta de Valores seja pu-
blicado em exercício anterior, sendo materialmente de natureza administrativa.
b) inconstitucionais, já que a cobrança no mesmo exercício fiscal fere o princípio da anteriori-
dade, e a argumentação da Fazenda fere o princípio da legalidade.
c) constitucional a posição da Fazenda Municipal, sendo certo que a Planta de Valores não
majora o IPTU, mas sim a lei que instituiu as novas alíquotas.
d) inconstitucionais, uma vez que há ofensa ao princípio da legalidade por parte da cobrança e
ofensa ao princípio da irretroatividade na argumentação da Fazenda.
e) constitucional a cobrança, já que houve a publicação da lei no exercício anterior ao de sua
vigência e a posição da Fazenda é legal, por observar a natureza jurídica da Planta de Valores.

012. (FGV/ANALISTA DE CONTROLE INTERNO/PREFEITURA DE RECIFE/2014/ADAPTA-


DA) Julgue o item a seguir. Quando a alíquota de determinado imposto cresce na medida em
que aumenta a base de cálculo em que incidir a exação em questão, estar-se-á diante da apli-
cação do Princípio da Seletividade.

013. (FGV/AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO DA RECEITA MUNICIPAL/CUIABÁ/2014) As op-


ções a seguir apresentam princípios expressamente albergados na Constituição da República
aprovada em 1988, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Princípio da Legalidade
b) Princípio da Isonomia
c) Princípio da Irretroatividade
d) Princípio da Anterioridade
e) Princípio da Anualidade

014. (FGV/AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO DA RECEITA MUNICIPAL/CUIABÁ/2014) De


acordo com a Constituição Federal, não é vedado à União
a) instituir tributo uniforme em todo o território nacional.
b) instituir tributo que implique distinção ou preferência em relação a um Estado, ao Distrito Fe-
deral ou a um Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 63 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

c) tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
d) tributar a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos em níveis superio-
res aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes.
e) instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios.

015. (FGV/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-ES/2021) O Estado X não vem recolhendo a taxa muni-


cipal de coleta de lixo domiciliar quanto a um terreno em que pretende construir, no futuro, o
novo prédio-sede da Secretaria Estadual de Fazenda.
Em razão disto, teve o débito inscrito em dívida ativa e contra ele foi promovida a execução
para cobrança dos valores não pagos. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
a) O Estado X goza de imunidade recíproca, não podendo ser cobrado por tal dívida.
b) A imunidade tributária recíproca não se aplica à hipótese, por se tratar de terreno ainda não
vinculado a uma finalidade pública.
c) A imunidade tributária recíproca não se aplica a taxas.
d) A taxa municipal de coleta de lixo domiciliar é inconstitucional, por tomar como base de
cálculo a metragem do imóvel.
e) A taxa municipal de coleta de lixo domiciliar é inconstitucional, pelo fato de o serviço pres-
tado ou posto à disposição, não ser específico e divisível.

016. (FGV/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-PR/2021) Lei ordinária do Estado X, acompanhada de esti-


mativa de impacto orçamentário e financeiro, proibiu a cobrança de ICMS nas contas de ener-
gia elétrica fornecida a templos de qualquer culto, desde que o imóvel esteja comprovadamen-
te na propriedade ou posse da entidade religiosa e seja usado para a prática religiosa.
Diante desse cenário e à luz do entendimento do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que:
a) tal benefício quanto ao ICMS necessita de autorização por convênio do Conselho Nacional
de Política Fazendária;
b) tal benefício quanto ao ICMS configura aplicação da imunidade tributária dos templos de
qualquer culto;
c) a concessão de tal benefício não enseja guerra fiscal nem indevida competição entre
os Estados;
d) os templos de qualquer culto são contribuintes de direito quanto ao ICMS cobrado nas fatu-
ras de energia elétrica;
e) a lei estadual deveria estender tal benefício a todos os imóveis de propriedade da entidade,
ainda que alugados a terceiros, desde que os aluguéis fossem revertidos para sua finalidade
essencial.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 64 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

017. (FGV/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/PREF SALVADOR/SUPORTE ADMINISTRATIVO/


DIREITO/2017) A Editora WW Ltda. publica livros impressos e livros eletrônicos (e-books),
além de comercializar aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais (e-re-
aders). O sóciogerente dessa editora, diante da dúvida quanto à incidência de imunidade tribu-
tária objetiva sobre os itens por ela publicados e comercializados, consulta Roberto, advogado
tributarista, a respeito do tema.
Levando em conta a Constituição da República e a jurisprudência consolidada do Supremo
Tribunal Federal, assinale a opção que apresenta a resposta de Roberto.
a) A imunidade objetiva prevista na CRFB/88 abarca livros impressos e livros eletrônicos, mas
não alcança aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.
b) A imunidade objetiva prevista na CRFB/88 abarca apenas e tão somente livros impressos.
c) A imunidade objetiva prevista na CRFB/88 abrange livros impressos, livros eletrônicos e
aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.
d) A imunidade objetiva prevista na CRFB/88 abrange livros eletrônicos e aparelhos eletrônicos
especializados em leitura de obras digitais. Quanto aos livros impressos, a hipótese é de mera
isenção legal.
e) A imunidade subjetiva prevista na CRFB/88 abrange livros impressos, livros eletrônicos e
aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.

018. (FGV/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO/TCM SP/CIÊNCIAS JURÍDICAS/2015) De acordo


com o sistema constitucional tributário, a previsão de imunidade é:
a) limitação à instituição de tributos estaduais e municipais, imposta pela União, através de lei
complementar nacional;
b) dispensa legal do pagamento do tributo ou penalidade pecuniária;
c) modalidade especial de extinção do crédito tributário;
d) não incidência qualificada pela lei;
e) limitação constitucional ao poder de tributar.

019. (FGV/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO/CODEMIG/ADVOGADO SO-


CIETÁRIO/2015) A norma que impede que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
pios instituam e cobrem mutuamente impostos sobre seus patrimônios, rendas ou serviços é
uma espécie de:
a) imunidade;
b) suspensão;
c) isenção;
d) exclusão;
e) extinção.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 65 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

020. (FGV/ANALISTA AMBIENTAL/INEA/ADVOGADO/2013) Eduardo resolve estudar teolo-


gia e, após cinco anos de intensa atividade intelectual, resolve atuar na atividade missionária
vinculando‐se à Igreja protestante. Sua missão é designada para o interior do Brasil onde, com
a ajuda dos fieis, constrói uma igreja e uma habitação adjacente.
O município onde o imóvel está localizado notifica o religioso para que pague imposto predial
urbano sobre a construção da igreja e da habitação adjacente.
Nos termos da Constituição Federal, o caso descrito caracteriza a aplicação de
a) isenção.
b) imunidade.
c) não incidência.
d) supressão.
e) extraterritorialidade.

021. (FGV/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS/SEFIN RO/2018) Determinado Es-


tado da Federação cedeu um imóvel de sua propriedade à pessoa jurídica de direito privado
ABC, para que esta exerça atividade econômica com fins lucrativos, no local do imóvel.
Em relação à cobrança de Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) do
imóvel, assinale a afirmativa correta.
a) É vedada a cobrança do IPTU do imóvel, tendo em vista a imunidade recíproca das pessoas
de direito público, princípio garantidor da Federação e cláusula pétrea.
b) É vedada a cobrança do IPTU do imóvel, tendo em vista que o Estado é isento do pagamento
do IPTU de imóveis de sua propriedade.
c) O IPTU é devido e o Estado, contribuinte do imposto, deve realizar o pagamento.
d) O IPTU não é devido, uma vez que o Estado não é sujeito passivo da exação.
e) O IPTU é devido e a pessoa jurídica de direito privado é a responsável tributária e quem deve
realizar o pagamento.

022. (FGV/ADVOGADO/ALERO/2018) Um imóvel de propriedade do Estado ABC está regu-


larmente alugado para uma empresa privada que nele explora atividade hoteleira. No ano de
2018, a empresa recebeu notificação do Município XYZ para pagamento de IPTU referente ao
imóvel alugado, sob a alegação de que o Código Tributário Municipal prevê o locatário comer-
cial como contribuinte de IPTU.
Diante desse cenário, e à luz da mais recente jurisprudência do STF, assinale a afirmativa correta.
a) Tal cobrança é indevida, pois este locatário comercial, na qualidade de mero possuidor sem
animus domini, não poderia ser definido como contribuinte do IPTU.
b) Por ser o imóvel de propriedade do Estado ABC, não é possível a cobrança de IPTU do loca-
tário comercial, mas apenas do proprietário.
c) O proprietário do imóvel (Estado ABC) e o seu locatário (empresa hoteleira) podem respon-
der solidariamente pelo débito de IPTU.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 66 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

d) Tal cobrança é devida, pois o locatário comercial explora atividade econômica com fins
lucrativos.
e) O IPTU não poderá ser cobrado do locatário comercial, uma vez que o imóvel pertence a um
Estado-membro da Federação, o qual goza de imunidade tributária.

023. (FGV/AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO DA RECEITA MUNICIPAL/CUIABÁ/2016) As imu-


nidades tributárias são consideradas regras negativas de competência, estabelecidas pela
Constituição Federal, afastando a tributação de determinadas pessoas ou bases econômicas.
Sobre as imunidades tributárias, analise as afirmativas a seguir.
I – São imunes de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assis-
tência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
II – A imunidade dos templos de qualquer culto não alcança a COFINS (Contribuição para Fi-
nanciamento da Seguridade Social) e a Contribuição ao PIS (Programas de Integração Social).
III – É imune de taxas o exercício do direito de obtenção de certidões em repartições públicas,
para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

024. (FGV/PROCURADOR/PAULÍNIA/2016) As imunidades são normas constitucionais que


afastam a possibilidade de tributação de determinadas pessoas ou bases econômicas.
As opções a seguir apresentam hipóteses de imunidade, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Patrimônio, serviços e renda, vinculados à finalidade essencial das autarquias, no que se
refere aos impostos.
b) A obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento
de situações de interesse pessoal, em relação às taxas.
c) Patrimônio, renda e serviços das editoras de livros e periódicos, em relação aos impostos.
d) O imóvel de propriedade de determinada igreja que, alugado a terceiro, tem o valor do alu-
guel destinado às suas finalidades essenciais, em relação aos impostos.
e) As operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária, no
que se refere aos impostos.

025. (FGV/AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL/RECIFE/2014) Determinada escola foi autu-


ada pelo Fisco Municipal por não ter recolhido o imposto sobre os serviços que presta, apesar
de ter recebido o título de instituição de utilidade pública, tendo sua imunidade reconhecida
por meio de ato declaratório próprio, não possuindo fins lucrativos. A Fazenda alega que a es-
cola não se cadastrou junto à Secretaria de Educação, órgão que estabelece os critérios para
que um estabelecimento possa ser considerado “educacional” e, portanto, imune, sendo essa
exigência ato privativo do Poder Executivo, que pode condicionar a fruição do benefício ao
cumprimento de obrigações acessórias.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 67 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Nesse caso, a Fazenda agiu


a) incorretamente, uma vez que a exigência de cadastro representa limite, a ser fixado por lei
complementar, à imunidade gozada pela escola.
b) corretamente, já que cabe ao Poder Executivo fixar a organização das entidades imunes.
c) corretamente, eis que cabe à Secretaria de Educação exercer controle sobre as escolas.
d) incorretamente, já que as exigências quanto à organização das entidades imunes devem ser
veiculadas por lei complementar.
e) corretamente, uma vez que, mesmo imune, a escola tem que cumprir as obrigações
acessórias.

026. (FGV/ANALISTA DE CONTROLE INTERNO/PREF RECIFE/FINANÇAS PÚBLICAS/2014)


Com relação às limitações ao poder de tributar, assinale V para a afirmativa verdadeira e F
para a falsa.
( ) A imunidade é regra de exclusão legal da competência tributária.
( ) A imunidade é aplicável apenas aos tributos não vinculados.
( ) A imunidade recíproca é extensiva às autarquias federais, estaduais e municipais.
As afirmativas são, respectivamente,
a) V, F e V.
b) F, V e F.
c) F, F e V.
d) V, V e F.
e) F, V e V.

027. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO/CM RECIFE/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, TRIBUTA-


ÇÃO, ORÇAMENTO, FINANÇAS E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO/2014) As imunidades
atuam no plano da definição da competência tributária, tem previsão constitucional e são hi-
póteses de não-incidência qualificada.
Nesse sentido, a imunidade recíproca impede que:
a) o Estado cobre contribuição de melhoria em relação a bem da União valorizado em decor-
rência de obra pública;
b) o Município cobre a taxa de licenciamento de obra do Estado;
c) o Estado cobre tarifa de esgoto de imóvel da União;
d) a União cobre imposto de Renda sobre os juros das aplicações financeiras dos Municípios;
e) a União Federal cobre contribuições destinadas ao custeio da Seguridade Social dos Esta-
dos e dos Municípios.

028. (FGV/ANALISTA DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS/CONDER/ADMINISTRATIVA/


ADVOGADO/2013) Entidade beneficente, sem fins lucrativos, que atende aos requisitos legais
e foi declarada de utilidade pública federal, importou, para fins de integralizar seu ativo fixo, um
maquinário a ser usado na atividade que presta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 68 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Entretanto, no momento do desembaraço aduaneiro, o fiscal do Estado lhe exige o pagamento


do ICMS incidente sobre a importação da mercadoria, alegando que a imunidade da entidade é
sobre seu patrimônio e não sobre a atividade de importação, sobre a qual recai a exação.
Neste caso, a entidade
a) deve pagar o ICMS, contabilizar o imposto como crédito e posteriormente compensar o
que pagou.
b) não deve pagar o ICMS, já que a imunidade tributária a torna não contribuinte de qualquer
espécie tributária.
c) deve pagar o ICMS e quando integralizar a máquina em seu ativo imobilizado, compensar o
que pagou.
d) só deve pagar o ICMS na operação se a máquina não for usada para a atividade beneficente
que presta.
e) não deve pagar o ICMS, já que é beneficiada por imunidade constitucionalmente prevista,
bastando comprovar que cumpre os requisitos legais para seu gozo.

029. (FGV/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ RJ/2011) A respeito da imuni-


dade tributária, é correto afirmar que
a) os templos de qualquer culto não poderão ser tributados em relação ao IPTU e às taxas de
contribuição de melhoria.
b) a imunidade recíproca entre os entes federados é absoluta, ou seja, abarca todas as espé-
cies de tributos.
c) as imunidades seguem as regras de competência previstas na Constituição, mas são cria-
das por meio de lei.
d) as entidades sindicais dos trabalhadores e as patronais gozam de imunidade tributária.
e) a imunidade recíproca entre os entes federados não se aplica em relação à Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido.

030. (FGV/ADVOGADO DO SENADO FEDERAL/2008) Em determinado município houve a


cobrança de IPTU sobre área que a Sociedade da Igreja de São Jorge utiliza como cemitério.
Essa cobrança:
a) é legal, pois a norma imunizante inscrita no artigo 150, VI, b refere-se tão-somente aos tem-
plos de qualquer natureza.
b) é constitucional, pois a imunidade do artigo 150, VI, “b” só compreende os templos e a casa
do celebrantes.
c) é inconstitucional, por ferir o disposto no artigo 150, VI, “b”, que protege a liberdade de ex-
pressão religiosa.
d) é válida, se ficar provado que há recursos arrecadados com a exploração do cemitério.
e) é ineficaz, em face da isenção de que os templos gozam, bem como todas as atividades
relacionadas à liberdade religiosa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 69 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

031. (FGV/JUIZ ESTADUAL/TJ PA/2008) Com base na Constituição da República Federativa


de 1988 e suas atualizações e na jurisprudência do STF, julgue as afirmativas a seguir:
I – As imunidades recíprocas vedam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios de
instituírem impostos sobre patrimônio, renda e serviços uns dos outros, e são extensivas aos
Correios e à Infraero.
II – Os partidos políticos, entidade sindicais dos trabalhadores, instituições de ensino e enti-
dades assistenciais sem fins lucrativos são imunes ao pagamento de IPTU de imóveis de sua
titularidade, ainda que locados a terceiros, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas
respectivas atividades essenciais.
III – A imunidade dos livros, jornais, periódicos e do papel destinado a sua impressão abrange
os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.
Assinale:
a) se nenhuma afirmativa estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

032. (FGV/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ AM/2005) Assinale a alternativa correta.


a) É ilimitada a competência tributária que a Constituição Federal concede aos entes tributantes.
b) Os Estados e Municípios, excepcionalmente, podem aumentar tributo por meio de ato admi-
nistrativo desde que devidamente motivado.
c) Os entes tributantes podem instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços uns dos
outros desde que pela alíquota mínima.
d) Pode a União instituir isenção de tributo que não seja de sua competência desde que o faça
por meio de lei federal.
e) Os entes estatais não podem instituir impostos sobre livros e jornais.

033. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO/ALERO/2018) Um parlamentar do Estado ABC deseja


alterar a alíquota interestadual de ICMS que afeta o seu Estado. Para tanto, necessita saber
qual o instrumento normativo e de quem será a iniciativa para essa finalidade.
Acerca desse tema, para alterar a alíquota interestadual de ICMS, será necessária (o)
a) uma emenda constitucional de iniciativa do Presidente da República ou de um membro do
Senado Federal.
b) uma lei ordinária de iniciativa do Presidente da República.
c) uma lei complementar de iniciativa do Presidente da República.
d) uma Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço
dos Senadores.
e) um decreto legislativo do Congresso Nacional, de iniciativa de qualquer parlamentar

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 70 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

034. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO/ALERO/2018) Uma emissora de rádio de âmbito lo-


cal, cuja radiodifusão sonora é de recepção livre e gratuita, foi autuada pelo fisco municipal
pelo não recolhimento do tributo devido sobre a prestação de serviços de comunicação.
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
a) A referida prestação de serviços de comunicação não é tributável;
b) A referida prestação de serviços de comunicação constitui fato gerador de ICMS, cuja com-
petência para tributar é do Estado-membro e não do Município;
c) A referida prestação de serviços de comunicação constitui fato gerador de ISS, cuja compe-
tência para tributar é do Município;
d) A competência para tributar tal prestação de serviços é do Município, por se tratar de radio-
difusão de âmbito local.
e) O aspecto livre e gratuito da referida radiodifusão permite ao legislador local instituir uma
isenção em favor do prestador do serviço, nos termos do autorizado pela lei complementar
nacional do ISS.

035. (FGV/PROCURADOR/ALERJ/2017) A empresa XYZ Comércio e Atacadista Ltda. está


sujeita ao regime de substituição tributária para frente em relação às mercadorias que co-
mercializa. Ao efetuar a saída dessas mercadorias, adotou um preço de venda menor do que
aquele que serviu como base de cálculo do ICMS-ST, recolhido antecipadamente. Diante disso,
a empresa apresentou pedido de restituição do ICMS-ST recolhido a maior, com fundamento
no art. 150, § 7º, da Constituição Federal.
Considerando a legislação sobre o regime de substituição tributária para frente no caso do
ICMS, bem como o atual entendimento do STF firmado sob a sistemática da repercussão geral
(RE n. 593.849 – Tema 201), a pretensão da empresa está:
a) Errada, pois o regime de substituição tributária para frente, em que a legislação estabelece
uma base de cálculo presumida do ICMS-ST, que é recolhido antecipadamente pelo sujeito
passivo, não admite a restituição proporcional do imposto na hipótese em que a base de cál-
culo da operação efetivamente realizada é menor do que a presumida;
b) Errada, pois é admitida a restituição do ICMS pago a maior no regime de substituição tributá-
ria para frente quando a base de cálculo efetiva da operação foi inferior à presumida, sob pena
de enriquecimento ilícito do Estado;
c) Errada, pois no regime de substituição tributária para frente a tributação é definitiva, não se
admitindo a restituição do ICMS recolhido antecipadamente de acordo com a base de cálculo
presumida, ainda que o fato gerador não se concretize;
d) Certa, pois no regime de substituição tributária para frente admite-se a restituição do tributo
recolhido antecipadamente sob a base de cálculo presumida quando o fato gerador não se
concretizar ou ocorrer parcialmente;
e) Errada, pois o instituto da substituição tributária para frente, em que os critérios para apu-
ração da base de cálculo presumida são fixados com base em pesquisas de mercado, a fim
de facilitar a fiscalização de setores difíceis de monitorar e evitar a sonegação, é incompatível
com a restituição do ICMS-ST na hipótese em que a base de cálculo efetiva da operação for
inferior à presumida, pois restaria violada a própria natureza do instituto.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 71 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

036. (FGV/AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO DA RECEITA MUNICIPAL/CUIABÁ/2016/ADAP-


TADA) Em relação à incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
sobre operações interestaduais de exportação e importação, julgue o item a seguir.
Cabe ao Senado Federal, por meio de Resolução, estabelecer as alíquotas do ICMS aplicáveis
às operações e prestações, interestaduais e de exportação.

037. (FGV/AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO DA RECEITA MUNICIPAL/CUIABÁ/2016/ADAP-


TADA) Em relação à incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
sobre operações interestaduais de exportação e importação, julgue o item a seguir.
Incide ICMS sobre a entrada de bens importados por pessoa física, qualquer que seja sua
finalidade.

038. (FGV/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO/CODEMIG/2015) O ICMS é um


imposto estadual, com previsão no art. 155 da Constituição Federal, e tem suas normas gerais
disciplinadas na Lei Complementar n. 87/1996 e pelos convênios firmados entre os diversos
estados no âmbito do CONFAZ.
Com base nessas normas, o ICMS incide sobre:
a) operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;
b) operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;
c) operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários
e produtos industrializados semielaborados, ou serviços;
d) fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competên-
cia tributária dos Municípios;
e) operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e
combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à industrialização ou à
comercialização.

039. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO/CM RECIFE/2014/ADAPTADA) O ICMS é um impos-


to de competência dos Estados e do Distrito Federal e, sendo não cumulativo, o valor devido
em cada operação ou prestação é compensado com o montante cobrado anteriormente.
A respeito do ICMS, é correto afirmar que deve ser aplicada a alíquota interna do Estado do es-
tabelecimento vendedor, nas operações que destinem bens a consumidor final localizado em
outro Estado, quando este (o consumidor final) for contribuinte do ICMS.

040. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO/CM RECIFE/2014-ADAPTADA) O ICMS é um imposto


de competência dos Estados e do Distrito Federal e, sendo não cumulativo, o valor devido em
cada operação ou prestação é compensado com o montante cobrado anteriormente.
A respeito do ICMS, é correto afirmar que incide sobre prestação de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, e sobre o valor total da operação se as mer-
cadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência municipal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 72 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

041. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO/CM RECIFE/2014/ADAPTADA) O ICMS é um impos-


to de competência dos Estados e do Distrito Federal e, sendo não cumulativo, o valor devido
em cada operação ou prestação é compensado com o montante cobrado anteriormente.
A respeito do ICMS, é correto afirmar que o crédito para compensação com o montante devido
nas operações ou prestações seguintes é assegurado em qualquer hipótese.

042. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO/CM RECIFE/2014-ADAPTADA) O ICMS é um imposto


de competência dos Estados e do Distrito Federal e, sendo não cumulativo, o valor devido em
cada operação ou prestação é compensado com o montante cobrado anteriormente.
A respeito do ICMS, é correto afirmar que sendo de competência tributária do Estado-Membro,
somente a legislação estadual pode excluir da incidência do imposto, nas exportações para o
exterior, serviços e produtos determinados.

043. (FGV/ANALISTA DE GESTÃO/COMPESA/2016) José ajuizou ação trabalhista contra a


sociedade empresária Gama, sua antiga empregadora, visando à cobrança de salários atrasa-
dos, horas-extras trabalhadas, 13º salário, e, ainda, licença-prêmio não gozada por necessida-
de do serviço.
O juiz deu provimento aos pedidos e José recebeu todas as verbas com o desconto do Imposto
sobre Renda Pessoa Física – IRPF.
Sobre a hipótese descrita, assinale a afirmativa correta.
a) Está correta a retenção do IRPF, uma vez que todas as verbas são produto do trabalho de José.
b) Está incorreta a retenção do IRPF no que se refere às verbas de horas-extras e do 13º salário,
por serem verbas de caráter indenizatório.
c) Está incorreta a retenção do IRPF no que se refere às verbas de horas-extras e de licença-
-prêmio não gozadas por necessidade do serviço, por serem verbas de caráter indenizatório.
d) Está incorreta a retenção do IRPF apenas no que se refere à verba de licença-prêmio não
gozadas por necessidade do serviço, por ter caráter indenizatório.
e) Está incorreta a retenção do IRPF apenas no que se refere à verba de horas-extras, por ter
caráter indenizatório.

044. (FGV/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-ES/2021) Uma entidade religiosa, em difícil situação fi-


nanceira, resolveu alugar apartamentos de sua propriedade, situados em diversos lugares do
Município X, para fiéis da própria entidade. O dinheiro dos aluguéis é revertido em favor do paga-
mento das remunerações eclesiásticas dos ministros de culto, que se encontravam atrasadas.
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
a) A imunidade tributária em favor das entidades religiosas abarca apenas o templo e os imó-
veis a ele adjacentes.
b) Tais imóveis, em razão de a renda de seus aluguéis ser usada no pagamento de remunera-
ção dos ministros de culto, não fazem jus à imunidade tributária de IPTU.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 73 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

c) Tais imóveis, em razão de serem alugados a terceiros, não fazem jus à imunidade tributá-
ria de IPTU.
d) Tais imóveis fazem jus à imunidade de IPTU, uma vez que o uso do valor dos aluguéis está
relacionado com as finalidades essenciais da entidade.
e) O uso de valores da entidade para pagamento de ministros de culto configura distribuição
proibida de suas rendas, devendo a condição de imune da entidade ser revogada.

045. (FGV/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-ES/2021) João, proprietário de um imóvel com acesso


à praia, pretende instituir uma servidão de passagem em favor de Jorge, para que este possa
acessar a referida praia diretamente. Jorge se compromete a pagar, parceladamente, o valor
do referido negócio jurídico, dando, em hipoteca, um terreno de sua propriedade para garantir
o adimplemento.
Acerca da incidência do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e do Imposto de
Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD) nesse cenário, assinale a afirmativa correta.
a) Tanto sobre a instituição de servidão de passagem quanto sobre a instituição da hipoteca
incide ITBI.
b) Sobre a instituição de servidão de passagem incide ITBI; sobre a instituição da hipoteca não
incide qualquer imposto de transmissão.
c) Sobre a instituição de servidão de passagem não incide qualquer imposto de transmissão;
sobre a instituição da hipoteca, incide ITBI.
d) Sobre a instituição de servidão de passagem incide ITCMD; sobre a instituição da hipoteca,
incide ITBI.
e) Tanto sobre a instituição de servidão de passagem como sobre a instituição da hipoteca,
incide ITCMD.

046. (FGV/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO/PC-RN/2021) Lei ordinária do Município


Alfa estabeleceu alíquotas progressivas no imposto de transmissão inter vivos de bens imó-
veis (ITBI) com base no valor venal do imóvel, inclusive para a transmissão do mero domínio
útil. João, adquirente do domínio útil sobre terreno de marinha, insurge-se contra a cobrança.
Diante desse cenário e da jurisprudência sumulada do STF, é correto afirmar que:
a) a Constituição da República de 1988 exige lei complementar para estabelecimento de alí-
quotas progressivas de ITBI com base no valor venal do imóvel;
b) pelo princípio da capacidade contributiva, é possível instituir alíquotas progressivas de ITBI
com base no valor venal do imóvel;
c) não é possível cobrar ITBI sobre transmissão inter vivos de terrenos de marinha, por serem
de propriedade da União, ente imune;
d) a alíquota progressiva do ITBI em razão do valor venal do imóvel não é permitida no direito
brasileiro;
e) a transmissão do domínio útil não é fato gerador de ITBI.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 74 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

047. (FGV/ANALISTA-ORÇAMENTO/IMBEL/2021) Assinale a opção que indica o fato sobre


o qual incide o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
a) Exportação de serviços para o exterior do país.
b) Serviço cuja prestação teve início no exterior do país.
c) Valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários.
d) Valores de depósito bancário, principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações
de crédito realizadas por instituições financeiras.
e) Prestação de serviço em relação de emprego dos trabalhadores avulsos, dos diretores e
membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações.

048. (FGV/ANALISTA-ORÇAMENTO/IMBEL/2021) De acordo com a Lei Complementar n.


116/2003, um serviço é considerado prestado e o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Nature-
za (ISS) devido no local do estabelecimento prestador.
O estabelecimento prestador é o local que configura unidade econômica ou profissional em que
a) reside o tomador do serviço.
b) está localizada a sede da entidade.
c) é realizada pela entidade a cobrança pelo serviço.
d) está localizado o escritório de representação da entidade.
e) é desenvolvida pelo contribuinte a atividade de prestação do serviço.

049. (FGV/PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE NITERÓI/2014) Lei Complementar federal in-


troduz, em relação ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), as seguintes altera-
ções, prevendo que deverão ser observadas pelos Municípios, necessariamente:
I – fixa a alíquota mínima do tributo;
II – exclui da incidência do tributo a exportação de serviços para o exterior; e
III – fixa a data de recolhimento do tributo.
Assinale:
a) se somente a inovação I for válida.
b) se somente a inovação II for válida.
c) se somente a inovação III for válida.
d) se somente as inovações I e II forem válidas.
e) se somente as inovações I e III forem válidas.

050. (FGV/OAB UNIFICADO/2018/XXV EXAME) Em 2015, o Município X estabeleceu, por


meio da Lei n. 123, alíquotas progressivas do Imposto sobre propriedade Predial e Territorial
Urbana (IPTU), tendo em conta o valor do imóvel.
Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 75 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

a) A lei é inconstitucional, pois a Constituição da República admite alíquotas progressivas do


IPTU apenas se destinadas a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urba-
na, o que não é a hipótese.
b) A lei é inconstitucional, pois viola o Princípio da Isonomia.
c) A lei está de acordo com a Constituição da República, e a fixação de alíquotas progressivas
poderia até mesmo ser estabelecida por Decreto.
d) A lei está de acordo com a Constituição da República, que estabelece a possibilidade de o
IPTU ser progressivo em razão do valor do imóvel.

051. (FGV/PROCURADOR/PAULÍNIA/2016/ADAPTADA) O Município X enviou para os pro-


prietários de imóveis localizados na zona urbana o carnê do Imposto sobre Propriedade Pre-
dial e Territorial Urbana (IPTU).
Sobre a hipótese, julgue o item a seguir.
O lançamento do crédito ocorreu de ofício, e o envio do carnê ao endereço do contribuinte
configura a notificação presumida do lançamento do tributo, passível de ser ilidida pelo contri-
buinte, a quem cabe comprovar seu não recebimento.

052. (FGV/AUDITOR SUBSTITUTO/TCE-RJ/2015) O Município Alfa altera a legislação do Im-


posto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), que, graças às inovações intro-
duzidas, passa a ter alíquotas (i) diferenciadas pela localização do imóvel; e (ii) progressivas
conforme o valor do imóvel. Nesse contexto, é correto afirmar que:
a) é constitucional a inovação introduzida no item (i), apenas;
b) é constitucional a inovação introduzida no item (ii), apenas;
c) é constitucional a inovação introduzida em ambos os itens;
d) é inconstitucional a inovação introduzida em ambos os itens, pois a diferenciação e a pro-
gressividade de alíquota do IPTU é tema reservado à lei complementar nacional;
e) é inconstitucional a inovação introduzida em ambos os itens, pois nem mesmo por lei com-
plementar se admite a diferenciação e a progressividade de alíquota do IPTU em razão da
localização e do valor do imóvel.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 76 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

GABARITO
1. C 37. c
2. e 38. d
3. e 39. E
4. c 40. C
5. C 41. E
6. c 42. E
7. c 43. d
8. a 44. d
9. b 45. b
10. b 46. d
11. b 47. b
12. E 48. e
13. e 49. d
14. a 50. d
15. c 51. C
16. c 52. c
17. c
18. e
19. a
20. b
21. e
22. d
23. e
24. c
25. e
26. c
27. d
28. e
29. e
30. c
31. e
32. e
33. d
34. b
35. b
36. C

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 77 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

GABARITO COMENTADO
FGV

001. (FGV/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE-AL/2018/ADAPTADA) Leia a frase a


seguir e julgue o item.
“Diz respeito à incidência progressiva de alíquotas na razão inversa da essencialidade da mer-
cadoria ou do serviço”.
A afirmativa diz respeito ao princípio da seletividade.

A questão descreve o Princípio da Seletividade: quanto mais essencial é o bem, menor é a


alíquota do tributo incidente sobre ele. Pense na cesta básica, ela é um bem essencial para
a sobrevivência dos cidadãos, a carga tributária incidente sobre ela deve ser menor do que a
incidente sobre chocolate, por exemplo.
Não são todos os tributos que se sujeitam a esse princípio: o ICMS pode ser seletivo, enquanto
o IPI deve ser seletivo.
Certo.

002. (FGV/ADVOGADO/ALE-RO/2018) A União, desejando implementar política pública de


fomento ao povoamento do interior do país, concedeu isenção de IPTU no território de alguns
Municípios pouco populosos situados no Estado X.
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
a) A União pode conceder tal isenção, por ser ela a principal responsável pela promoção das
políticas de redução das desigualdades regionais, objetivo fundamental da República.
b) A União pode conceder tal isenção, desde que compense os Municípios afetados mediante
transferências voluntárias.
c) A União pode conceder tal isenção, desde que por meio de resolução do Senado Federal
aprovada por maioria absoluta dos senadores.
d) O Estado ABC, e não a União, é o ente federado competente para conceder tais isenções
relativas a tributo de competência dos Municípios situados no território estadual.
e) A União não pode conceder tal isenção, por violar a autonomia municipal.

O Princípio da Isenção Heterônoma está previsto no inc. III, art. 151 da CF/88:

Art. 151. É vedado à União:


...
III – instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municí-
pios.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 78 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Como se vê, a União não pode conceder a isenção de tributos dos estados, do DF e nem dos
municípios, só podendo conceder isenção de tributos de sua própria competência, em atenção
ao pacto federativo. i
No caso da questão, o IPTU é um tributo municipal, e, em razão do Princípio da Isenção Hete-
rônoma, a União não pode conceder isenção do referido imposto.
Letra e.

003. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO/ALE-RO/2018) O Governador do Estado ABC, por


meio de Decreto publicado em 29 de dezembro de 2017, alterou a base de cálculo do IPVA
para incorporar a ela a atualização do valor monetário por índices oficiais de correção.
Sobre a referida alteração de base de cálculo, assinale a afirmativa correta.
a) Somente pode ser feita por intermédio de lei em sentido estrito, mas terá eficácia imediata
a partir da data em que haja sido publicada a lei.
b) Somente pode ser feita por intermédio de lei em sentido estrito, mas somente terá eficácia
após decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei.
c) Somente pode ser feita por intermédio de lei em sentido estrito, mas somente terá eficácia
no exercício financeiro seguinte àquele em que haja sido publicada a lei.
d) Embora possa ser feita mediante Decreto, somente poderá ter eficácia depois de decorridos
noventa dias da data em que haja sido publicado o Decreto.
e) Não é reputada majoração de tributo para fins de aplicação do princípio da reserva legal em
sentido estrito.

Segundo o Princípio da Legalidade, previsto no inc. I do art. 150 da CF/88, e no art. 97 do CTN,
os tributos só podem ser criados e majorados por meio de lei:
CF/88, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.


...
CTN, Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I – a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II – a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
...
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualiza-
ção do valor monetário da respectiva base de cálculo.

Quanto à alteração da base de cálculo em razão de mera atualização, o CTN destaca que ela
não deve ser considerada como majoração do tributo, sendo afastado, por isso, o Princípio da
Legalidade, nesses casos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 79 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Nesse sentido, foi editada a Súmula 160 do STJ que prevê que “é defeso, ao Município, atuali-
zar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária”.
Isso quer dizer que a alteração da base de cálculo do IPVA para incorporar a ela a atualização
do valor monetário por índices oficiais de correção, pode se dar por Decreto, estando certa a
alternativa “e”.
No que se refere ao Princípio da Anterioridade, esse não é aplicável no caso da questão pois
não se considera que houve aumento nem criação de tributo.
No entanto, vale ressaltar que a majoração da base de cálculo do IPVA é exceção ao Princí-
pio da Anterioridade Nonagesimal, só sendo exigida a observância ao Princípio da Anteriori-
dade Anual.
Com isso, caso a lei que prevê a majoração da base de cálculo do IPVA seja publicada em
29.12.2017, em 01.01.2018 já pode ser feita a sua cobrança levando em consideração a nova
base de cálculo.
Letra e.

004. (FGV/AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO DA RECEITA MUNICIPAL/CUIABÁ/2016) A União


Federal estabeleceu, por meio de lei ordinária, alíquotas progressivas aplicáveis ao Imposto
sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF).
Segundo a referida lei ordinária, sobre a renda dos contribuintes localizados nos Estados da
região Sudeste, incidiria a alíquota máxima de 10% (dez por cento) e, sobre a renda dos contri-
buintes localizados no restante do país, incidiria a alíquota máxima de 20% (vinte por cento).
Assinale a opção que indica o princípio constitucional violado na hipótese apresentada.
a) Legalidade, uma vez que competiria à lei complementar a fixação de alíquotas do IRPF.
b) Capacidade contributiva, no que se refere à alíquota máxima de 20%, pois a referida legisla-
ção afetaria de maneira desproporcional a renda do contribuinte.
c) Uniformidade geográfica da tributação, visto que a legislação fixaria alíquotas diversas no
território nacional.
d) Não-confisco, uma vez que a União está utilizando o IRPF com fins confiscatórios.
e) Imunidade tributária recíproca, uma vez que os contribuintes dos Estados da região Sudeste
irão pagar menos tributos que os demais Estados da Federação.

a) Errada. Não há ofensas ao Princípio da Legalidade.


b) Errada. A questão não utilizou como critério para diferenciação entre as alíquotas o aumento
da base de cálculo, razão pela qual não se pode concluir que houve violação da capacidade
contributiva nos casos em que se aplica alíquota de 20%.
c) Certa. Segundo o Princípio da Uniformidade Geográfica, previsto no inc. I, do art. 151 da
CF/88, os tributos devem ser exigidos de forma equivalente em todo território nacional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 80 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas
Art. 151. É vedado à União:
I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção
ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro,
admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento
sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;

Assim, há violação a esse princípio, pois não foi determinada aplicação de alíquota uniforme
em todo o país.
d) Errada. Não se fala no Princípio do Não Confisco no caso da questão, tendo em vista que
não foi imputada cobrança de tributo com valor exorbitante.
e) Errada. Segundo a alínea “a” do inc. VI do art. 150 da CF/88, em razão da Imunidade Tribu-
tária Recíproca, os entes políticos não podem cobrar impostos sobre a renda, patrimônio e
serviços uns dos outros.
Letra c.

005. (FGV/ANALISTA DE GESTÃO/COMPESA/2016-ADAPTADA) Sobre o princípio da isono-


mia no direito tributário e sua efetividade, julgue o item a seguir.
Viola o princípio da isonomia a instituição de isenção de custas e emolumentos para membros
do Poder Judiciário.

O Princípio da Isonomia está previsto no inc. II do art. 150 da CF/88:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, inde-
pendentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

Nesse sentido, as pessoas que apresentem situações equivalentes devem se sujeitar à carga
tributária, de forma igual, tendo o STF concluído que a isenção de custas e emolumentos para
membros do Poder Judiciário viola o Princípio da Isonomia (ADI 3334 RN):

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 240 DA LEI COMPLEMEN-


TAR 165/1999 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. ISENÇÃO DE CUSTAS E EMO-
LUMENTOS AOS MEMBROS E SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO. VIOLAÇÃO AO ART.
150, II, DA CONSTITUIÇÃO. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. I – A Constituição consagra
o tratamento isonômico a contribuintes que se encontrem na mesma situação, vedando
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida (art.
150, II, CF). II – Assim, afigura-se inconstitucional dispositivo de lei que concede aos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 81 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

membros e servidores do Poder Judiciário isenção no pagamento de custas e emolu-


mentos pelos serviços judiciais e extrajudiciais. III – Ação direta julgada procedente para
declarar a inconstitucionalidade do art. 240 da Lei Complementar 165/199 do Estado do
Rio Grande do Norte.
(ADI 3334, Relator(a): RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 17/03/2011,
DJe-064 DIVULG 04-04-2011 PUBLIC 05-04-2011 EMENT VOL-02496-01 PP-00035 RTJ
VOL-00220-01 PP-00145)

Certo.

006. (FGV/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO/TCM-SP/2015) Lei municipal, publicada em 20 de


dezembro de 2015, aumenta a base de cálculo e também a alíquota do IPTU. Em relação ao
fato gerador que ocorrerá em 1º/01/2016:
a) será aplicável a nova base de cálculo e será aplicável a nova alíquota;
b) não será aplicável a nova base de cálculo, mas será aplicável a nova alíquota;
c) será aplicável a nova base de cálculo e não será aplicável a nova alíquota;
d) não será aplicável a nova base de cálculo e não será aplicável a nova alíquota;
e) será aplicável a nova base de cálculo e será aplicável metade da nova alíquota.

O Princípio da Anterioridade Anual, previsto na alínea “b” do inc. III do art. 150 da CF/88, asse-
gura que o tributo só seja cobrado no exercício financeiro seguinte ao que publicada a lei que
cria ou majora o tributo.
O Princípio da Anterioridade Nonagesimal, previsto na alínea “c” do inc. III do art. 150 da CF/88,
assegura que o tributo só seja cobrado 90 dias após a publicação da lei que o instituir ou
o majorar:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, inde-
pendentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
III – cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído
ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou, observado o disposto na alínea b;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 82 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

No primeiro parágrafo do art. 150, o legislador constituinte destaca exceções a esses princí-
pios, dentre eles, a fixação da base de cálculo do IPTU, no que se refere ao Princípio da Ante-
rioridade Nonagesimal.
Com efeito, se uma é lei publicada em 20.12.2015 de determinado, em 01.01.2016 já pode ser
cobrado o IPTU nos termos da referida lei.
No entanto, quanto ao aumento da alíquota do IPTU, a Constituição não faz nenhuma ressal-
va, devendo ser respeitado tanto o Princípio da Anterioridade Anual como da Anterioridade
Nonagesimal.
No caso da questão, somente em 2016, e em 90 dias após a publicação da lei que majora a
alíquota, pode ser feita a cobrança com base nessa nova alíquota.
Diante do exposto, o gabarito é a alternativa “c”.
Letra c.

007. (FGV/AGENTE FAZENDÁRIO/NITERÓI/2015) De acordo com as normas do Sistema Tri-


butário Nacional previstas na Constituição de 1988, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:
a) exigir ou aumentar imposto conforme disposto em lei ordinária;
b) cobrar tributos do exercício financeiro seguinte àquele em que haja sido publicada a lei que
o instituiu;
c) instituir, através de lei, impostos sobre a renda ou serviços uns dos outros;
d) instituir, através de lei, contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas;
e) instituir taxa pelo exercício de poder de polícia dentro de sua competência material.

a, d) Erradas. Não é vedado, mas sim exigido, que se institua ou aumente o tributo por meio de
lei, em atenção ao Princípio da Legalidade.
b) Errada. O tributo deve ser cobrado no exercício financeiro seguinte àquele em que haja sido
publicada a lei que o instituiu, em atenção ao Princípio da Anterioridade Anual (alínea “b”, inc.
III, art. 150, CF/88).
c) Certa. Esta alternativa descreve a Imunidade Tributária Recíproca, a qual proíbe que os entes
políticos cobrem impostos sobre o patrimônio, renda e serviços uns dos outros (alínea “a”, inc.
VI, art. 150, CF/88).
e) Errada. A instituição de taxa, seja de serviço ou de polícia, pelos entes políticos, deve se dar
conforme a sua competência material delimitada na Constituição Federal.
Letra c.

008. (FGV/ANALISTA DA PROCURADORIA/PGE-RO/2015) O Presidente da República tem o


poder de, dentro dos limites da lei e sem obediência aos princípios da anterioridade de exercí-
cio e da noventena, aumentar as alíquotas do imposto:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 83 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

a) sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários e


imposto de importação;
b) sobre produtos industrializados e imposto de renda;
c) sobre produtos industrializados e imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou
relativas a títulos ou valores mobiliários;
d) sobre produtos industrializados e imposto sobre propriedade territorial rural;
e) de renda e imposto de importação

Nessa questão o examinador exige que o (a) candidato (a) saiba quais os impostos que não se
sujeitam aos Princípios da Legalidade, da Anterioridade Anual e da Anterioridade Nonagesimal.
Vamos ver os impostos que foram citados e se sujeitam a um desses princípios e por isso
tornou a alternativa errada.
Quanto ao gabarito, reveja aos esquemas abaixo para relembrar as exceções a cada um des-
ses princípios.
O IPI se sujeita ao Princípio da Anterioridade Nonagesimal, o IR se sujeita aos Princípios da
Legalidade e da Anterioridade Anual, e o ITR se sujeita aos Princípios da Legalidade, da Ante-
rioridade Anual e da Anterioridade Nonagesimal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 84 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Letra a.

009. (FGV/AUDITOR DO ESTADO/CGE-MA/2014) A respeito das limitações constitucionais


ao poder de tributar do Sistema Tributário Nacional, analise as afirmativas a seguir.
I – Pelo princípio da legalidade somente a Constituição Federal pode criar e majorar tributos.
II – Pelo princípio da legalidade tributária só lei em sentido estrito pode criar tributo novo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 85 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

III – A lei complementar só de forma excepcional é utilizada para criar tributos.


IV – A iniciativa da lei tributária, sempre privativa, é reflexo do princípio da legalidade.
Assinale:
a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.

Item I) Errado. Pelo Princípio da Legalidade, segundo o inc. I do art. 150 da CF/88, somente a
lei pode criar e majorar tributos.
Item II) Certo. O Princípio da Legalidade exige que tributo somente seja criado e majorado por
meio de lei em sentido estrito.
Item III) Certo. A exigência de edição de lei complementar para instituição de determinado
tributo se dá de forma expressa pelo legislador constituinte. Caso não haja no texto constitu-
cional “lei complementar”, e haja somente “lei”, basta edição de lei ordinária para criação do
respectivo tributo. Por exemplo, a CF diz expressamente que a criação de Imposto sobre Gran-
des Fortunas deve se dar por meio de “lei complementar”.
Item IV) Errado. O Princípio da Legalidade não se confunde com a competência tributária, pri-
vativa, comum ou extraordinária, de cada ente político, prevista na Constituição Federal.
Letra b.

010. (FGV/AUDITOR/ALBA/2014) Uma lei de determinado estado da Federação estabelece


base de cálculo reduzida para produtos que compõem a cesta básica. A lei foi regulamentada
por ato normativo do Executivo, que subordinou a aplicação da base legalmente reduzida ao
cumprimento, pelo contribuinte, das obrigações acessórias.
A regulamentação da lei
a) é compatível com o ordenamento jurídico pátrio, não sendo razoável que o contribuinte des-
cumpridor de obrigação acessória se beneficie de redução de carga tributária.
b) desborda dos limites materiais dos atos normativos ao inovar o conteúdo da lei, no que tan-
ge às condições de gozo do benefício fiscal.
c) é cabível, já que o benefício fiscal foi criado por lei e a regulamentação desta não extrapola
a matéria própria dos atos normativos.
d) é incompatível com o ordenamento jurídico pátrio, por contemplar renúncia fiscal que deve-
rá vir regulada por lei complementar.
e) encontra respaldo na presunção de legalidade dos atos da administração fiscal, que deve
fixar os limites e condições de fruição dos benefícios fiscais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 86 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Segundo o Princípio da Legalidade, a instituição e a majoração de tributo devem se dar por


meio de lei.
Outros temas relacionados ao tributo podem ser editados por meio de ato normativo, como a
fixação de data para pagamento e determinação de obrigações acessórias, mas ele não pode
ultrapassar nem contrariar as informações que constam na lei.
a, b, c) O ato normativo regulamentador é incompatível com o ordenamento jurídico pátrio,
pois ele subordina o gozo de determinado benefício a cumprimento de obrigações acessórias,
ultrapassando, assim, as previsões e os limites da lei.
d) Errada. A renúncia fiscal é concedida por lei, sendo possível a sua regulamentação por meio
de ato normativo infralegal, e não por meio de lei complementar, já que esta (a regulamenta-
ção) não pode inovar no mundo jurídico e se dá por ato normativo inferior.
e) Errada. É a lei que fixa os limites e condições para fruição de benefícios, devendo os atos
normativos regulamentadores respeitá-los.
Letra b.

011. (FGV/AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL/RECIFE/2014) Augusto José se insurge em


face da cobrança de IPTU que recebeu, com valores majorados para o presente exercício fiscal.
Segundo alegado e provado, a lei que alterou a legislação anterior sobre o referido imposto foi
publicada, de forma parcial, no ano anterior ao presente exercício; a tabela relativa à Planta
de Valores, contudo, foi publicada no mesmo exercício fiscal da cobrança dos novos valores.
A Fazenda Municipal, entretanto, registra que a tabela representa mero regulamento editado
pelo Poder Executivo local, não se confundindo com a lei anterior, esta regularmente publicada,
conforme determina a Constituição.
A cobrança com base na nova tabela e a posição da Fazenda Municipal podem ser caracte-
rizadas como
a) constitucionais, não havendo exigência para que o ato que fixa a Planta de Valores seja pu-
blicado em exercício anterior, sendo materialmente de natureza administrativa.
b) inconstitucionais, já que a cobrança no mesmo exercício fiscal fere o princípio da anteriori-
dade, e a argumentação da Fazenda fere o princípio da legalidade.
c) constitucional a posição da Fazenda Municipal, sendo certo que a Planta de Valores não
majora o IPTU, mas sim a lei que instituiu as novas alíquotas.
d) inconstitucionais, uma vez que há ofensa ao princípio da legalidade por parte da cobrança e
ofensa ao princípio da irretroatividade na argumentação da Fazenda.
e) constitucional a cobrança, já que houve a publicação da lei no exercício anterior ao de sua
vigência e a posição da Fazenda é legal, por observar a natureza jurídica da Planta de Valores.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 87 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Para responder esta questão vamos recordar das principais características do IPTU.
A majoração da sua base de cálculo é exceção ao Princípio da Anterioridade Nonagesimal,
mas deve respeito ao Princípio da Anterioridade Anual.
A sua atualização com base nos índices oficiais não é considerada majoração, a qual pode se
dar por meio de Decreto.
A primeira inconstitucionalidade é cobrar o IPTU majorado no mesmo exercício fiscal
da cobrança.
A segunda diz respeito ao fato de que a Planta de Valores é responsável pela determinação da
base de cálculo do IPTU, e, por isso, a sua aplicação deve respeitar o Princípio da Anterioridade
Anual, e deve ser prevista por meio de lei.
Diante do exposto, o gabarito é a alternativa “b”.
Letra b.

012. (FGV/ANALISTA DE CONTROLE INTERNO/PREFEITURA DE RECIFE/2014/ADAPTA-


DA) Julgue o item a seguir. Quando a alíquota de determinado imposto cresce na medida em
que aumenta a base de cálculo em que incidir a exação em questão, estar-se-á diante da apli-
cação do Princípio da Seletividade.

O Princípio da Seletividade assegura que quanto mais essencial o bem, menor a carga tributá-
ria incidente sobre ele.
No item, o examinador descreve, em verdade, o Princípio da Progressividade, que diz respeito
ao aumento da alíquota conforme aumenta a base de cálculo.
Errado.

013. (FGV/AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO DA RECEITA MUNICIPAL/CUIABÁ/2014) As op-


ções a seguir apresentam princípios expressamente albergados na Constituição da República
aprovada em 1988, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Princípio da Legalidade
b) Princípio da Isonomia
c) Princípio da Irretroatividade
d) Princípio da Anterioridade
e) Princípio da Anualidade

A única alternativa que não consta um princípio constitucional tributário é a “e”.


Nas demais, identifica-se um princípio previsto no art. 150 do CTN.
Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 88 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

014. (FGV/AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO DA RECEITA MUNICIPAL/CUIABÁ/2014) De


acordo com a Constituição Federal, não é vedado à União
a) instituir tributo uniforme em todo o território nacional.
b) instituir tributo que implique distinção ou preferência em relação a um Estado, ao Distrito Fe-
deral ou a um Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais.
c) tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
d) tributar a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos em níveis superio-
res aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes.
e) instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios.

a) Certa. Segundo o inc. I do art. 151 da CF, a União deve instituir tributo uniforme em todo o
território nacional.
Art. 151. É vedado à União:
I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distin-
ção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de
outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desen-
volvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
b) Errada. Segundo o inc. I do art. 151 transcrito, é vedado à União instituir tributo que implique
distinção ou preferência em relação a um Estado, ao Distrito Federal ou a um Município, em
detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais.
c) Errada. Segundo o inc. II do art. 151, é vedado à União tributar a renda das obrigações da
dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Art. 151. É vedado à União:


...
II – tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superio-
res aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;

d) Errada. Segundo o inc. II do art. 151 da CF, transcrito acima, é vedado à União tributar a remu-
neração e os proventos dos respectivos agentes públicos em níveis superiores aos que fixar
para suas obrigações e para seus agentes.
e) Errada. Segundo o inc. III do art. 151 da CF, é vedado à União instituir isenções de tributos da
competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

Art. 151. É vedado à União:


...
III – instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
Letra a.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 89 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

015. (FGV/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-ES/2021) O Estado X não vem recolhendo a taxa muni-


cipal de coleta de lixo domiciliar quanto a um terreno em que pretende construir, no futuro, o
novo prédio-sede da Secretaria Estadual de Fazenda.
Em razão disto, teve o débito inscrito em dívida ativa e contra ele foi promovida a execução
para cobrança dos valores não pagos. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
a) O Estado X goza de imunidade recíproca, não podendo ser cobrado por tal dívida.
b) A imunidade tributária recíproca não se aplica à hipótese, por se tratar de terreno ainda não
vinculado a uma finalidade pública.
c) A imunidade tributária recíproca não se aplica a taxas.
d) A taxa municipal de coleta de lixo domiciliar é inconstitucional, por tomar como base de
cálculo a metragem do imóvel.
e) A taxa municipal de coleta de lixo domiciliar é inconstitucional, pelo fato de o serviço pres-
tado ou posto à disposição, não ser específico e divisível.

A taxa municipal que não foi recolhida pelo Estado X foi devidamente inscrita em dívida ativa,
tendo em vista que os entes políticos são obrigados a pagar essa espécie tributária quando
praticam o seu fato gerador.
Por meio dessa questão, o examinador tentou confundir o candidato em relação à Imunidade
Tributária Recíproca.
A Imunidade Tributária Recíproca é uma Limitação Constitucional ao Poder de Tributar, pre-
vista na alínea “a” do inc. VI do art. 150 da CF/88, que afirma que os entes políticos (União,
estados, municípios e DF) não podem instituir IMPOSTOS sobre patrimônio, renda ou serviços,
uns dos outros:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

Nesse sentido, o Estado X não goza de imunidade recíproca relativamente a taxas, podendo
ser cobrado por tal dívida (alternativa “c” correta).
Além disso, a questão exige o conhecimento da Súmula Vinculante n. 19, a qual destaca que a
taxa municipal de coleta de lixo domiciliar é constitucional:

Súmula Vinculante n. 19, STF: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços
públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes
de imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.

Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 90 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

016. (FGV/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-PR/2021) Lei ordinária do Estado X, acompanhada de esti-


mativa de impacto orçamentário e financeiro, proibiu a cobrança de ICMS nas contas de ener-
gia elétrica fornecida a templos de qualquer culto, desde que o imóvel esteja comprovadamen-
te na propriedade ou posse da entidade religiosa e seja usado para a prática religiosa.
Diante desse cenário e à luz do entendimento do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que:
a) tal benefício quanto ao ICMS necessita de autorização por convênio do Conselho Nacional
de Política Fazendária;
b) tal benefício quanto ao ICMS configura aplicação da imunidade tributária dos templos de
qualquer culto;
c) a concessão de tal benefício não enseja guerra fiscal nem indevida competição entre
os Estados;
d) os templos de qualquer culto são contribuintes de direito quanto ao ICMS cobrado nas fatu-
ras de energia elétrica;
e) a lei estadual deveria estender tal benefício a todos os imóveis de propriedade da entidade,
ainda que alugados a terceiros, desde que os aluguéis fossem revertidos para sua finalidade
essencial.

Esta questão exige o conhecimento da Imunidade Tributária Religiosa, da isenção, e de um


caso analisado sob a ótica da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
A Imunidade Religiosa, prevista na alínea “b” do inc. VI do art. 150 da CF/88, proíbe que os en-
tes políticos instituam impostos sobre templos de qualquer culto. O par. 4º do mesmo artigo
vai além, destacando que é proibida também a cobrança de impostos sobre operações relati-
vas a finalidades essenciais dos templos religiosos.
Já a isenção é um benefício fiscal que pode ser concedido pelos entes tributantes, relativa-
mente às espécies tributárias de sua competência, nos termos do par. 6º do art. 150 da CF/88:

§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido,


anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante
lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enume-
radas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2º, XII, g.

Segundo o julgamento da ADI n. 3421, a imunidade é aplicável aos contribuintes de direito,


enquanto no que se refere à isenção é possível a sua concessão para contribuintes de fato.
Relativamente ao ICMS cobrado nas contas de água, luz e telefone como a entidade religiosa
é contribuinte de fato, e não de direito, foi questionada a constitucionalidade de lei estadual
que concedeu isenção à entidade religiosa quanto ao ICMS incidente sobre essas contas. O
STF reconheceu a constitucionalidade dessa lei, destacando que a lei concessiva de isenção
de ICMS deve respeitar a alínea “g” do inc. XII do par. 2º do art. 155 da CF/88, que afirma que
lei complementar deve “regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito
Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados”.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 91 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

No caso analisado pelo STF, que dizia respeito ao ICMS incidente sobre as contas de luz de
entidades religiosas, o STF reconheceu que a respectiva lei específica do ente tributante con-
cedente da isenção respeitou a Lei Complementar vigente de n. 24/1975, e que esta lei garante
a autonomia dos estados para concessão de ICMS, em algumas situações, sem a necessidade
de haver Convênio prévio entre os estados, razão pela qual no caso em apreço não se fala em
“Guerra Fiscal”.
Agora vamos analisar as alternativas, as quais resumem o julgamento do STF exigido pela
banca examinadora.
a) Errada. Tal benefício quanto ao ICMS não necessita de autorização por convênio do Conse-
lho Nacional de Política Fazendária.
b) Errada. Tal benefício quanto ao ICMS não configura aplicação da imunidade tributária dos
templos de qualquer culto, mas da isenção.
c) Certa. A concessão de tal benefício não enseja guerra fiscal nem indevida competição entre
os Estados.
d) Errada. Os templos de qualquer culto são contribuintes de fato quanto ao ICMS cobrado nas
faturas de energia elétrica.
e) Errada. A alternativa “e” narra casos de imunidade, os quais são previstos na Constitui-
ção Federal.
Letra c.

017. (FGV/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/PREF SALVADOR/SUPORTE ADMINISTRATIVO/


DIREITO/2017) A Editora WW Ltda. publica livros impressos e livros eletrônicos (e-books),
além de comercializar aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais (e-re-
aders). O sóciogerente dessa editora, diante da dúvida quanto à incidência de imunidade tribu-
tária objetiva sobre os itens por ela publicados e comercializados, consulta Roberto, advogado
tributarista, a respeito do tema.
Levando em conta a Constituição da República e a jurisprudência consolidada do Supremo
Tribunal Federal, assinale a opção que apresenta a resposta de Roberto.
a) A imunidade objetiva prevista na CRFB/88 abarca livros impressos e livros eletrônicos, mas
não alcança aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.
b) A imunidade objetiva prevista na CRFB/88 abarca apenas e tão somente livros impressos.
c) A imunidade objetiva prevista na CRFB/88 abrange livros impressos, livros eletrônicos e
aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.
d) A imunidade objetiva prevista na CRFB/88 abrange livros eletrônicos e aparelhos eletrônicos
especializados em leitura de obras digitais. Quanto aos livros impressos, a hipótese é de mera
isenção legal.
e) A imunidade subjetiva prevista na CRFB/88 abrange livros impressos, livros eletrônicos e
aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 92 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Questão que abarca a jurisprudência recente do STF, o que é uma das características da Banca.
Para fins de concurso é MUITO importante fixar as teses delimitadas pela Corte Maior:

1) RE 330817: “A imunidade tributária constante do artigo 150, VI, “d”, da Constituição


Federal, aplica-se ao livro eletrônico (e-book), inclusive aos suportes exclusivamente
utilizados para fixá-lo.”
2) RE 595676 “A imunidade tributária da alínea “d” do inciso VI do artigo 150 da Consti-
tuição Federal alcança componentes eletrônicos destinados exclusivamente a integrar
unidades didáticas com fascículos”.

Por fim, ainda em 2020, a tese relacionada no RE 330.817 acabou por ser base para a publica-
ção da súmula vinculante número 57:

SÚMULA VINCULANTE 57
A imunidade tributária constante do art. 150, VI, d, da CF/88 aplica-se à importação e
comercialização, no mercado interno, do livro eletrônico (e-book) e dos suportes exclusi-
vamente utilizados para fixá-los, como leitores de livros eletrônicos (e-readers), ainda que
possuam funcionalidades acessórias.

Letra c.

018. (FGV/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO/TCM SP/CIÊNCIAS JURÍDICAS/2015) De acordo


com o sistema constitucional tributário, a previsão de imunidade é:
a) limitação à instituição de tributos estaduais e municipais, imposta pela União, através de lei
complementar nacional;
b) dispensa legal do pagamento do tributo ou penalidade pecuniária;
c) modalidade especial de extinção do crédito tributário;
d) não incidência qualificada pela lei;
e) limitação constitucional ao poder de tributar.

Por traçar esses limites à competência tributária, as imunidades são espécies de limitações
constitucionais ao poder de tributar, ao lado dos princípios.
Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 93 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

019. (FGV/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO/CODEMIG/ADVOGADO SO-


CIETÁRIO/2015) A norma que impede que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
pios instituam e cobrem mutuamente impostos sobre seus patrimônios, rendas ou serviços é
uma espécie de:
a) imunidade;
b) suspensão;
c) isenção;
d) exclusão;
e) extinção.

De acordo com o disposto no art. 150, VI, a, da Constituição Federal é vedado à União, aos
Estados, ao DF e aos Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços uns
dos outros.
Tal imunidade, como se vê, além de genérica é eminentemente subjetiva, ontológica, incondi-
cionada e relacionada aos Entes Políticos da Federação.
Letra a.

020. (FGV/ANALISTA AMBIENTAL/INEA/ADVOGADO/2013) Eduardo resolve estudar teolo-


gia e, após cinco anos de intensa atividade intelectual, resolve atuar na atividade missionária
vinculando‐se à Igreja protestante. Sua missão é designada para o interior do Brasil onde, com
a ajuda dos fieis, constrói uma igreja e uma habitação adjacente.
O município onde o imóvel está localizado notifica o religioso para que pague imposto predial
urbano sobre a construção da igreja e da habitação adjacente.
Nos termos da Constituição Federal, o caso descrito caracteriza a aplicação de
a) isenção.
b) imunidade.
c) não incidência.
d) supressão.
e) extraterritorialidade.

Mesmo sendo laico, o estado brasileiro assegura, como direito fundamental inserto art. 5º, VI,
o livre exercício dos cultos religiosos e a proteção aos locais de cultos e suas liturgias. Tal ideia
se reflete no artigo 150, VI, B

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
...
b) templos de qualquer culto;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 94 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Como se vê, tal imunidade além de genérica é eminentemente subjetiva, política, incondiciona-
da e relacionada aos templos de qualquer culto.
Letra b.

021. (FGV/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS/SEFIN RO/2018) Determinado Es-


tado da Federação cedeu um imóvel de sua propriedade à pessoa jurídica de direito privado
ABC, para que esta exerça atividade econômica com fins lucrativos, no local do imóvel.
Em relação à cobrança de Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) do
imóvel, assinale a afirmativa correta.
a) É vedada a cobrança do IPTU do imóvel, tendo em vista a imunidade recíproca das pessoas
de direito público, princípio garantidor da Federação e cláusula pétrea.
b) É vedada a cobrança do IPTU do imóvel, tendo em vista que o Estado é isento do pagamento
do IPTU de imóveis de sua propriedade.
c) O IPTU é devido e o Estado, contribuinte do imposto, deve realizar o pagamento.
d) O IPTU não é devido, uma vez que o Estado não é sujeito passivo da exação.
e) O IPTU é devido e a pessoa jurídica de direito privado é a responsável tributária e quem deve
realizar o pagamento.

O STF entendeu que a imunidade recíproca, não se estende a empresa privada arrendatária
de imóvel público, quando seja ela exploradora de atividade econômica com fins lucrativos.
Assim, é possível a cobrança do IPTU da empresa exploradora. Note a tese:

RE 594015 - A imunidade recíproca, prevista no art. 150, VI, a, da Constituição não se


estende a empresa privada arrendatária de imóvel público, quando seja ela exploradora
de atividade econômica com fins lucrativos. Nessa hipótese é constitucional a cobrança
do IPTU pelo Município.

Letra e.

022. (FGV/ADVOGADO/ALERO/2018) Um imóvel de propriedade do Estado ABC está regu-


larmente alugado para uma empresa privada que nele explora atividade hoteleira. No ano de
2018, a empresa recebeu notificação do Município XYZ para pagamento de IPTU referente ao
imóvel alugado, sob a alegação de que o Código Tributário Municipal prevê o locatário comer-
cial como contribuinte de IPTU.
Diante desse cenário, e à luz da mais recente jurisprudência do STF, assinale a afirmativa correta.
a) Tal cobrança é indevida, pois este locatário comercial, na qualidade de mero possuidor sem
animus domini, não poderia ser definido como contribuinte do IPTU.
b) Por ser o imóvel de propriedade do Estado ABC, não é possível a cobrança de IPTU do loca-
tário comercial, mas apenas do proprietário.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 95 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

c) O proprietário do imóvel (Estado ABC) e o seu locatário (empresa hoteleira) podem respon-
der solidariamente pelo débito de IPTU.
d) Tal cobrança é devida, pois o locatário comercial explora atividade econômica com fins
lucrativos.
e) O IPTU não poderá ser cobrado do locatário comercial, uma vez que o imóvel pertence a um
Estado-membro da Federação, o qual goza de imunidade tributária.

Mesma abordagem da questão anterior. O STF entendeu que a imunidade recíproca, não se
estende a empresa privada arrendatária de imóvel público, quando seja ela exploradora de
atividade econômica com fins lucrativos. Assim, é possível a cobrança do IPTU da empresa
exploradora. Note a tese:

RE 594015 - A imunidade recíproca, prevista no art. 150, VI, a, da Constituição não se


estende a empresa privada arrendatária de imóvel público, quando seja ela exploradora
de atividade econômica com fins lucrativos. Nessa hipótese é constitucional a cobrança
do IPTU pelo Município.

Letra d.

023. (FGV/AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO DA RECEITA MUNICIPAL/CUIABÁ/2016) As imu-


nidades tributárias são consideradas regras negativas de competência, estabelecidas pela
Constituição Federal, afastando a tributação de determinadas pessoas ou bases econômicas.
Sobre as imunidades tributárias, analise as afirmativas a seguir.
I – São imunes de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assis-
tência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
II – A imunidade dos templos de qualquer culto não alcança a COFINS (Contribuição para Fi-
nanciamento da Seguridade Social) e a Contribuição ao PIS (Programas de Integração Social).
III – É imune de taxas o exercício do direito de obtenção de certidões em repartições públicas,
para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 96 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Vamos avaliar as assertivas:


I – Certa. Essa é uma imunidade específica, delimitada na Constituição Federal em seu arti-
go 195, §7º.

Art. 195, §7º entidades beneficentes Contribuições para


de assistência social que o financiamento da
atendam às exigências seguridade social
estabelecidas em lei.

II – Certa. A imunidade prevista no artigo 150, VI, b é limitada aos IMPOSTOS.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
...
b) templos de qualquer culto.

III – Certa. Essa é uma imunidade específica, delimitada na Constituição Federal em seu artigo
Art. 5º, XXXIV:

Art. 5º, XXXIV a) o direito de petição Taxas


aos Poderes Públicos
em defesa de direitos
ou contra ilegalidade ou
abuso de poder;
b) a obtenção de
certidões em repartições
públicas, para defesa de
direitos e esclarecimento
de situações de
interesse pessoal.

Letra e.

024. (FGV/PROCURADOR/PAULÍNIA/2016) As imunidades são normas constitucionais que


afastam a possibilidade de tributação de determinadas pessoas ou bases econômicas.
As opções a seguir apresentam hipóteses de imunidade, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Patrimônio, serviços e renda, vinculados à finalidade essencial das autarquias, no que se
refere aos impostos.
b) A obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento
de situações de interesse pessoal, em relação às taxas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 97 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

c) Patrimônio, renda e serviços das editoras de livros e periódicos, em relação aos impostos.
d) O imóvel de propriedade de determinada igreja que, alugado a terceiro, tem o valor do alu-
guel destinado às suas finalidades essenciais, em relação aos impostos.
e) As operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária, no
que se refere aos impostos.

Imunidade estabelecida no art. 150, VI, d, CF/88 define que é vedado à União, aos Estados, ao
DF e aos Municípios instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à
sua impressão.
Por estar classificada como imunidade objetiva, não se cobra o imposto em face de operações
realizadas com seus objetos, como em uma saída de livros. Aí não irá incidir o ICMS.
Inobstante isso, poderá existir tributação por meio do imposto de renda para a editora respon-
sável pelo ato anterior que estava ao abrigo da imunidade, pois este incide sobre a pessoa, e
não sobre o objeto.

EMENTA: TRIBUTÁRIO. ANISTIA DO ART. 150, VI, D, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. IPMF.


EMPRESA DEDICADA À EDIÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE LIVROS, JOR-
NAIS, REVISTAS E PERIÓDICOS. Imunidade que contempla, exclusivamente, veículos de
comunicação e informação escrita, e o papel destinado a sua impressão, sendo, por-
tanto, de natureza objetiva, razão pela qual não se estende às editoras, autores, empre-
sas jornalísticas ou de publicidade -- que permanecem sujeitas à tributação pelas recei-
tas e pelos lucros auferidos. (...)
(RE 206774, Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO, Primeira Turma, julgado em 03/08/1999)

Letra c.

025. (FGV/AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL/RECIFE/2014) Determinada escola foi autu-


ada pelo Fisco Municipal por não ter recolhido o imposto sobre os serviços que presta, apesar
de ter recebido o título de instituição de utilidade pública, tendo sua imunidade reconhecida
por meio de ato declaratório próprio, não possuindo fins lucrativos. A Fazenda alega que a es-
cola não se cadastrou junto à Secretaria de Educação, órgão que estabelece os critérios para
que um estabelecimento possa ser considerado “educacional” e, portanto, imune, sendo essa
exigência ato privativo do Poder Executivo, que pode condicionar a fruição do benefício ao
cumprimento de obrigações acessórias.
Nesse caso, a Fazenda agiu
a) incorretamente, uma vez que a exigência de cadastro representa limite, a ser fixado por lei
complementar, à imunidade gozada pela escola.
b) corretamente, já que cabe ao Poder Executivo fixar a organização das entidades imunes.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 98 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

c) corretamente, eis que cabe à Secretaria de Educação exercer controle sobre as escolas.
d) incorretamente, já que as exigências quanto à organização das entidades imunes devem ser
veiculadas por lei complementar.
e) corretamente, uma vez que, mesmo imune, a escola tem que cumprir as obrigações
acessórias.

Estabelecida no art. 150, VI, c, a norma constitucional veda à União, aos estados, ao DF e aos
municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços das instituições de educa-
ção e de assistência, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. Note:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
...
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sin-
dicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei.

Menciona-se no art. 150, VI, c, os requisitos da lei.


Quando a Constituição fala em regulamentação de imunidades – como espécie de limitação
ao poder de tributar – exige, expressamente, a norma complementar, de acordo com o dispos-
to em seu art. 146, II:

Art. 146. Cabe à lei complementar:


...
II – regular as limitações constitucionais ao poder de tributar.

O STF entende que a norma complementar deve regular as condições materiais para o gozo do
benefício e norma ordinária quando apenas tratar de requisitos formais para a constituição e
funcionamento de tais entidades.
Na inexistência de norma complementar específica, adotaram-se as regulações do Código Tri-
butário Nacional.
Note os requisitos do Código para a fruição da imunidade:

Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes
requisitos pelas entidades nele referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;
II – aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institu-
cionais;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 99 de 124
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas
III – manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades ca-
pazes de assegurar sua exatidão.
§ 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a autoridade compe-
tente pode suspender a aplicação do benefício.
§ 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do artigo 9º são exclusivamente, os direta-
mente relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos
nos respectivos estatutos ou atos constitutivos.

Assim, como não consta no artigo 14 do CTN, só por meio de outra norma complementar na-
cional poderia se exigir da escola o cadastro junto à secretaria de educação para a fruição da
imunidade.
Note que a alternativa D está errada pois os requisitos para a constituição da escola podem ser
veiculados por meio de lei ordinária, e, ademais, a questão já nos diz que a escola existe e está
constituída de acordo com a lei.
Letra a.

026. (FGV/ANALISTA DE CONTROLE INTERNO/PREF RECIFE/FINANÇAS PÚBLICAS/2014)


Com relação às limitações ao poder de tributar, assinale V para a afirmativa verdadeira e F
para a falsa.
( ) A imunidade é regra de exclusão legal da competência tributária.
( ) A imunidade é aplicável apenas aos tributos não vinculados.
( ) A imunidade recíproca é extensiva às autarquias federais, estaduais e municipais.
As afirmativas são, respectivamente,
a) V, F e V.
b) F, V e F.
c) F, F e V.
d) V, V e F.
e) F, V e V.

Vamos avaliar as assertivas:


I – Errado. A imunidade é regra CONSTITUCIONAL e não legal.
II – Errado. A imunidade pode ser aplicada a qualquer tributo, tanto é verdade que existem di-
versas imunidades de TAXAS, tributo de característica vinculada.
III – Certo. Em que pese com limitações, tal imunidade é extensível às autarquias de outras
esferas da federação.
Letra c.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 100 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

027. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO/CM RECIFE/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, TRIBUTA-


ÇÃO, ORÇAMENTO, FINANÇAS E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO/2014) As imunidades
atuam no plano da definição da competência tributária, tem previsão constitucional e são hi-
póteses de não-incidência qualificada.
Nesse sentido, a imunidade recíproca impede que:
a) o Estado cobre contribuição de melhoria em relação a bem da União valorizado em decor-
rência de obra pública;
b) o Município cobre a taxa de licenciamento de obra do Estado;
c) o Estado cobre tarifa de esgoto de imóvel da União;
d) a União cobre imposto de Renda sobre os juros das aplicações financeiras dos Municípios;
e) a União Federal cobre contribuições destinadas ao custeio da Seguridade Social dos Esta-
dos e dos Municípios.

De acordo com o disposto na CF/88, art. 150, vi, a, é vedado à União, aos estados, ao DF e aos
municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços uns dos outros.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros.
Letra d.

028. (FGV/ANALISTA DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS/CONDER/ADMINISTRATIVA/


ADVOGADO/2013) Entidade beneficente, sem fins lucrativos, que atende aos requisitos legais
e foi declarada de utilidade pública federal, importou, para fins de integralizar seu ativo fixo, um
maquinário a ser usado na atividade que presta.
Entretanto, no momento do desembaraço aduaneiro, o fiscal do Estado lhe exige o pagamento
do ICMS incidente sobre a importação da mercadoria, alegando que a imunidade da entidade é
sobre seu patrimônio e não sobre a atividade de importação, sobre a qual recai a exação.
Neste caso, a entidade
a) deve pagar o ICMS, contabilizar o imposto como crédito e posteriormente compensar o
que pagou.
b) não deve pagar o ICMS, já que a imunidade tributária a torna não contribuinte de qualquer
espécie tributária.
c) deve pagar o ICMS e quando integralizar a máquina em seu ativo imobilizado, compensar o
que pagou.
d) só deve pagar o ICMS na operação se a máquina não for usada para a atividade beneficente
que presta.
e) não deve pagar o ICMS, já que é beneficiada por imunidade constitucionalmente prevista,
bastando comprovar que cumpre os requisitos legais para seu gozo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 101 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Estabelecida no art. 150, VI, c, a norma constitucional veda à União, aos estados, ao DF e aos
municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclu-
sive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação
e de assistência, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. Note:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
...
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sin-
dicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei.

Não bastasse isso, o STF possui entendimento no qual exonera a incidência, inclusive de im-
postos indiretos, se a entidade imune é o contribuinte de direito do tributo.
Na importação, a entidade é contribuinte de fato e de direito do bem.
Com esse norte, o STF entendeu ser tal operação imune.

Na tributação das operações de importação, o contribuinte por excelência do tributo é o


importador (que tende a ser o adquirente da mercadoria) e não o vendedor. Há confusão
entre as figuras do contribuinte de direito e do contribuinte de fato. Assim, não faz sentido
argumentar que a imunidade tributária não se aplica à entidade beneficente de assistên-
cia social nas operações de importação, em razão de a regra constitucional não se pres-
tar à proteção de terceiros que arquem com o ônus da tributação.
[AI 476.664 AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 6-4-2010, 2ª T, DJE de 7-5-2010.]
Vide AI 669.257 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 17-3-2009, 1ª T, DJE de 17-4-2009.

Letra e.

029. (FGV/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ RJ/2011) A respeito da imuni-


dade tributária, é correto afirmar que
a) os templos de qualquer culto não poderão ser tributados em relação ao IPTU e às taxas de
contribuição de melhoria.
b) a imunidade recíproca entre os entes federados é absoluta, ou seja, abarca todas as espé-
cies de tributos.
c) as imunidades seguem as regras de competência previstas na Constituição, mas são cria-
das por meio de lei.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 102 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

d) as entidades sindicais dos trabalhadores e as patronais gozam de imunidade tributária.


e) a imunidade recíproca entre os entes federados não se aplica em relação à Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido.

a) Errada. Nesse caso, a imunidade abarca apenas os IMPOSTOS.


b) Errada. Nesse caso, a imunidade abarca apenas os IMPOSTOS.
c) Errada. As imunidades não são criadas por lei, apenas a CF institui imunidades.
d) Errada. As entidades PATRONAIS não gozam de imunidade.
e) Certa. Tal imunidade se aplica apenas a IMPOSTOS.
Letra e.

030. (FGV/ADVOGADO DO SENADO FEDERAL/2008) Em determinado município houve a


cobrança de IPTU sobre área que a Sociedade da Igreja de São Jorge utiliza como cemitério.
Essa cobrança:
a) é legal, pois a norma imunizante inscrita no artigo 150, VI, b refere-se tão-somente aos tem-
plos de qualquer natureza.
b) é constitucional, pois a imunidade do artigo 150, VI, “b” só compreende os templos e a casa
do celebrantes.
c) é inconstitucional, por ferir o disposto no artigo 150, VI, “b”, que protege a liberdade de ex-
pressão religiosa.
d) é válida, se ficar provado que há recursos arrecadados com a exploração do cemitério.
e) é ineficaz, em face da isenção de que os templos gozam, bem como todas as atividades
relacionadas à liberdade religiosa.

Mesmo sendo laico, o estado brasileiro assegura, como direito fundamental inserto art. 5º, VI,
o livre exercício dos cultos religiosos e a proteção aos locais de cultos e suas liturgias. Tal ideia
se reflete no artigo 150, VI, B

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
b) templos de qualquer culto;

O STF acabou adotando uma posição extensiva, ao entender que a imunidade ali prevista
abrangeria os cemitérios que se organizam como extensões das entidades religiosas, des-
de que se dediquem exclusivamente às atividades funerárias ou religiosas e não tenham fim
lucrativo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 103 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. IPTU.


ARTIGO 150, VI, “B”, CB/88. CEMITÉRIO. EXTENSÃO DE ENTIDADE DE CUNHO RELIGIOSO.
1. Os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso estão
abrangidos pela garantia contemplada no artigo 150 da Constituição do Brasil. Impossi-
bilidade da incidência de IPTU em relação a eles.
...
(RE 578562, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 21/05/2008)

Letra c.

031. (FGV/JUIZ ESTADUAL/TJ PA/2008) Com base na Constituição da República Federativa


de 1988 e suas atualizações e na jurisprudência do STF, julgue as afirmativas a seguir:
I – As imunidades recíprocas vedam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios de
instituírem impostos sobre patrimônio, renda e serviços uns dos outros, e são extensivas aos
Correios e à Infraero.
II – Os partidos políticos, entidade sindicais dos trabalhadores, instituições de ensino e enti-
dades assistenciais sem fins lucrativos são imunes ao pagamento de IPTU de imóveis de sua
titularidade, ainda que locados a terceiros, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas
respectivas atividades essenciais.
III – A imunidade dos livros, jornais, periódicos e do papel destinado a sua impressão abrange
os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.
Assinale:
a) se nenhuma afirmativa estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Vamos avaliar as assertivas:


I – Certa. A jurisprudência do STF entendeu que tais empresas públicas também gozam da
imunidade tributária recíproca.
II – Certa. A jurisprudência do STF entendeu que, nesses casos, há a fruição da imunidade,
inclusive publicando súmula sobre o tema:

SÚMULA VINCULANTE 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU
o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Consti-
tuição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais
tais entidades foram constituídas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 104 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

III – Certa. A jurisprudência do STF entendeu que, nesses casos, há a fruição da imunidade,
inclusive publicando súmula sobre o tema:

SÚMULA 657, STF: A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da Constituição Federal abrange
os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.

Letra e.

032. (FGV/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ AM/2005) Assinale a alternativa correta.


a) É ilimitada a competência tributária que a Constituição Federal concede aos entes tributantes.
b) Os Estados e Municípios, excepcionalmente, podem aumentar tributo por meio de ato admi-
nistrativo desde que devidamente motivado.
c) Os entes tributantes podem instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços uns dos
outros desde que pela alíquota mínima.
d) Pode a União instituir isenção de tributo que não seja de sua competência desde que o faça
por meio de lei federal.
e) Os entes estatais não podem instituir impostos sobre livros e jornais.

a) É ilimitada a competência tributária que a Constituição Federal concede aos entes tributan-
tes. Errada. É LIMITADA. Até por isso existem as limitações constitucionais ao poder de tribu-
tar, como princípios e imunidades.
b) Os Estados e Municípios, excepcionalmente, podem aumentar tributo por meio de ato admi-
nistrativo desde que devidamente motivado. Errada. Regra geral, somente a LEI pode aumentar
tributos.
c) Os entes tributantes podem instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços uns dos
outros desde que pela alíquota mínima. Errada. Tal situação é IMUNE.
d) Pode a União instituir isenção de tributo que não seja de sua competência desde que o faça
por meio de lei federal. Errada. Não se pode instituir tributo se não há competência para tanto.
e) Os entes estatais não podem instituir impostos sobre livros e jornais. Certa. Tal situação
goza de imunidade.
Letra e.

033. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO/ALERO/2018) Um parlamentar do Estado ABC deseja


alterar a alíquota interestadual de ICMS que afeta o seu Estado. Para tanto, necessita saber
qual o instrumento normativo e de quem será a iniciativa para essa finalidade.
Acerca desse tema, para alterar a alíquota interestadual de ICMS, será necessária (o)
a) uma emenda constitucional de iniciativa do Presidente da República ou de um membro do
Senado Federal.
b) uma lei ordinária de iniciativa do Presidente da República.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 105 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

c) uma lei complementar de iniciativa do Presidente da República.


d) uma Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço
dos Senadores.
e) um decreto legislativo do Congresso Nacional, de iniciativa de qualquer parlamentar

Segundo o inc. IV do par. 2º do art. 155 da CF/88, as alíquotas interestaduais de ICMS são de-
finidas por meio de Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou
de 1/3 dos Senadores.
Além disso, essa resolução deve ser aprovada pela maioria absoluta dos membros do Senado:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
...
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
...
IV – resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Se-
nadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às
operações e prestações, interestaduais e de exportação.
Letra d.

034. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO/ALERO/2018) Uma emissora de rádio de âmbito lo-


cal, cuja radiodifusão sonora é de recepção livre e gratuita, foi autuada pelo fisco municipal
pelo não recolhimento do tributo devido sobre a prestação de serviços de comunicação.
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
a) A referida prestação de serviços de comunicação não é tributável;
b) A referida prestação de serviços de comunicação constitui fato gerador de ICMS, cuja com-
petência para tributar é do Estado-membro e não do Município;
c) A referida prestação de serviços de comunicação constitui fato gerador de ISS, cuja compe-
tência para tributar é do Município;
d) A competência para tributar tal prestação de serviços é do Município, por se tratar de radio-
difusão de âmbito local.
e) O aspecto livre e gratuito da referida radiodifusão permite ao legislador local instituir uma
isenção em favor do prestador do serviço, nos termos do autorizado pela lei complementar
nacional do ISS.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 106 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Primeiramente, é importante ter conhecimento de que o serviço de comunicação se sujeita à


incidência de ICMS, nos termos do inc. II do art. 155 da CF/88:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;

No entanto, nos casos de serviço de comunicação de radiodifusão e de sons e imagens de re-


cepção livre e gratuita, não incide ICMS, nos termos da alínea “d” do inc. X do par. 2º da CF/88:

§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:


...
X – não incidirá:
...
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e
imagens de recepção livre e gratuita;

Sendo assim, o referido serviço de comunicação não é tributável.


Letra b.

035. (FGV/PROCURADOR/ALERJ/2017) A empresa XYZ Comércio e Atacadista Ltda. está


sujeita ao regime de substituição tributária para frente em relação às mercadorias que co-
mercializa. Ao efetuar a saída dessas mercadorias, adotou um preço de venda menor do que
aquele que serviu como base de cálculo do ICMS-ST, recolhido antecipadamente. Diante disso,
a empresa apresentou pedido de restituição do ICMS-ST recolhido a maior, com fundamento
no art. 150, § 7º, da Constituição Federal.
Considerando a legislação sobre o regime de substituição tributária para frente no caso do
ICMS, bem como o atual entendimento do STF firmado sob a sistemática da repercussão geral
(RE n. 593.849 – Tema 201), a pretensão da empresa está:
a) Errada, pois o regime de substituição tributária para frente, em que a legislação estabelece
uma base de cálculo presumida do ICMS-ST, que é recolhido antecipadamente pelo sujeito
passivo, não admite a restituição proporcional do imposto na hipótese em que a base de cál-
culo da operação efetivamente realizada é menor do que a presumida;
b) Errada, pois é admitida a restituição do ICMS pago a maior no regime de substituição tributá-
ria para frente quando a base de cálculo efetiva da operação foi inferior à presumida, sob pena
de enriquecimento ilícito do Estado;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 107 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

c) Errada, pois no regime de substituição tributária para frente a tributação é definitiva, não se
admitindo a restituição do ICMS recolhido antecipadamente de acordo com a base de cálculo
presumida, ainda que o fato gerador não se concretize;
d) Certa, pois no regime de substituição tributária para frente admite-se a restituição do tributo
recolhido antecipadamente sob a base de cálculo presumida quando o fato gerador não se
concretizar ou ocorrer parcialmente;
e) Errada, pois o instituto da substituição tributária para frente, em que os critérios para apu-
ração da base de cálculo presumida são fixados com base em pesquisas de mercado, a fim
de facilitar a fiscalização de setores difíceis de monitorar e evitar a sonegação, é incompatível
com a restituição do ICMS-ST na hipótese em que a base de cálculo efetiva da operação for
inferior à presumida, pois restaria violada a própria natureza do instituto.

O par. 7º do art. 150 da CF/88 prevê o instituto da substituição tributária para frente. No caso,
há pagamento do tributo, e, em operação seguinte, há a ocorrência do fato gerador.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada
a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.

A CF/88 assegura a restituição do tributo, caso não ocorra o fato gerador que foi presumido
quando houve o pagamento antecipado, no entanto, silenciou-se quanto ao fato em que o fato
gerador ocorre, mas o tributo gerado é a menor do que o efetivamente pago.
O STF, deparando-se comesse caso, concluiu que deve haver restituição da quantia paga a
maior. Veja a ementa do RE 593849:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. DIREITO TRIBUTÁRIO. IMPOSTO


SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁ-
RIA PROGRESSIVA OU PARA FRENTE. CLÁUSULA DE RESTITUIÇÃO DO EXCESSO. BASE
DE CÁLCULO PRESUMIDA. BASE DE CÁLCULO REAL. RESTITUIÇÃO DA DIFERENÇA. ART.
150, §7º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. REVOGAÇÃO PARCIAL DE PRECEDENTE.
ADI 1.851. 1. Fixação de tese jurídica ao Tema 201 da sistemática da repercussão geral:
“É devida a restituição da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Ser-
viços – ICMS pago a mais no regime de substituição tributária para frente se a base de
cálculo efetiva da operação for inferior à presumida”. 2. A garantia do direito à restituição
do excesso não inviabiliza a substituição tributária progressiva, à luz da manutenção das
vantagens pragmáticas hauridas do sistema de cobrança de impostos e contribuições.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 108 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

3. O princípio da praticidade tributária não prepondera na hipótese de violação de direitos


e garantias dos contribuintes, notadamente os princípios da igualdade, capacidade contri-
butiva e vedação ao confisco, bem como a arquitetura de neutralidade fiscal do ICMS. 4.
O modo de raciocinar “tipificante” na seara tributária não deve ser alheio à narrativa extra-
ída da realidade do processo econômico, de maneira a transformar uma ficção jurídica
em uma presunção absoluta. 5. De acordo com o art. 150, §7º, in fine, da Constituição da
República, a cláusula de restituição do excesso e respectivo direito à restituição se aplicam
a todos os casos em que o fato gerador presumido não se concretize empiricamente da
forma como antecipadamente tributado. 6. Altera-se parcialmente o precedente firmado
na ADI 1.851, de relatoria do Ministro Ilmar Galvão, de modo que os efeitos jurídicos desse
novo entendimento orientam apenas os litígios judiciais futuros e os pendentes submeti-
dos à sistemática da repercussão geral. 7. Declaração incidental de inconstitucionalidade
dos artigos 22, §10, da Lei 6.763/1975, e 21 do Decreto 43.080/2002, ambos do Estado de
Minas Gerais, e fixação de interpretação conforme à Constituição em relação aos arts. 22,
§11, do referido diploma legal, e 22 do decreto indigitado. 8. Recurso extraordinário a que
se dá provimento.

Assim, a pretensão da empresa está certa.


Letra b.

036. (FGV/AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO DA RECEITA MUNICIPAL/CUIABÁ/2016/ADAP-


TADA) Em relação à incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
sobre operações interestaduais de exportação e importação, julgue o item a seguir.
Cabe ao Senado Federal, por meio de Resolução, estabelecer as alíquotas do ICMS aplicáveis
às operações e prestações, interestaduais e de exportação.

As alíquotas interestaduais e de exportação são definidas por meio de Resolução do Senado


Federal, editadas por iniciativa do Presidente ou de 1/3 do Senado Federal, e aprovadas pela
maioria absoluta do Senado, nos termos do inc. IV do par. 2º do art. 155 da CF/88:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
...
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
...
IV – resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Se-
nadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às
operações e prestações, interestaduais e de exportação.
Certo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 109 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

037. (FGV/AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO DA RECEITA MUNICIPAL/CUIABÁ/2016/ADAP-


TADA) Em relação à incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
sobre operações interestaduais de exportação e importação, julgue o item a seguir.
Incide ICMS sobre a entrada de bens importados por pessoa física, qualquer que seja sua
finalidade.

Incide ICMS na importação de bens, qualquer que seja a sua finalidade, nos termos da
alínea “a” do inc. IX do par. 2º do art. 155 da CF/88:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
...
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
...
IX – incidirá também:
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda
que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre
o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o
estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço.
Certo.

038. (FGV/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO/CODEMIG/2015) O ICMS é um


imposto estadual, com previsão no art. 155 da Constituição Federal, e tem suas normas gerais
disciplinadas na Lei Complementar n. 87/1996 e pelos convênios firmados entre os diversos
estados no âmbito do CONFAZ.
Com base nessas normas, o ICMS incide sobre:
a) operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;
b) operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;
c) operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários
e produtos industrializados semielaborados, ou serviços;
d) fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competên-
cia tributária dos Municípios;
e) operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e
combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à industrialização ou à
comercialização.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 110 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

a) Errada. Nas operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instru-
mento cambial, incide exclusivamente IOF, nos termos do par. 5º do art. 153 da CF/88:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


...
V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
...
§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclu-
sivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do “caput” deste artigo, devido na opera-
ção de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da
arrecadação nos seguintes termos:
I – trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;
II – setenta por cento para o Município de origem.

b) Errada. Nesses casos não há incidência de ICMS, em atenção à imunidade cultural, prevista
na alínea “d” do inc. VI do art. 150 da CF/88:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
...
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

c) Errada. Não incide ICMS na exportação, nos termos da alínea “a” do par. 2º do art. 155 da CF/88:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
...
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
...
X – não incidirá:
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a des-
tinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobra-
do nas operações e prestações anteriores.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 111 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

d) Certa. Nos termos da alínea “b” do inc. IX do par. 2º do art. 155 da CF/88, no fornecimento de
mercadorias em conjunto com prestações de serviços, haverá incidência de ISS, se o serviço
constar na lista anexa à LC 116/2003, sem ressalva para a incidência de ICMS.
Caso seja fornecida mercadoria com prestação de serviço que conste na LC 116/2003 a obser-
vação de que incide ICMS sobre a mercadoria, sobre à parcela do serviço incidirá ISS.
No entanto, se for fornecida mercadoria juntamente com prestação de serviço que não conste
na lista anexa, haverá incidência de ICMS sobre o valor total da operação, nos termos da alínea
“b” do inc. IX do par. 2º do art. 155 da CF/88:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
...
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
...
IX – incidirá também:
...
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compre-
endidos na competência tributária dos Municípios.

e) Errada. O erro da alternativa é quanto à afirmação de que incide ICMS sobre operações rela-
tivas a petróleo, tendo em vista que, considerando a literalidade do par. 3º do art. 155 da CF/88,
incide o ICMS sobre os derivados de petróleo, e não sobre o petróleo, em si.

§ 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, ne-
nhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de teleco-
municações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.
Letra d.

039. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO/CM RECIFE/2014/ADAPTADA) O ICMS é um impos-


to de competência dos Estados e do Distrito Federal e, sendo não cumulativo, o valor devido
em cada operação ou prestação é compensado com o montante cobrado anteriormente.
A respeito do ICMS, é correto afirmar que deve ser aplicada a alíquota interna do Estado do es-
tabelecimento vendedor, nas operações que destinem bens a consumidor final localizado em
outro Estado, quando este (o consumidor final) for contribuinte do ICMS.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 112 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Em operações interestaduais que sofrem incidência de ICMS, aplica-se a alíquota interestadu-


al, a ser paga ao estado de origem, e, para o estado destinatário, paga-se o diferencial entre a
alíquota sua interna e a alíquota interestadual, nos termos do inc. VII, par. 2º, art. 155, CF/88:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
...
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
...
VII – nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou
não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado
de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Esta-
do destinatário e a alíquota interestadual; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 87, de 2015)

Na época em que a prova foi realizada, a regra vigente não era essa, era conforme o dispositivo
abaixo, o que tornava o item errado também.

VII – em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final loca-
lizado em outro Estado, adotar-se-á:
a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;
b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;
Errado.

040. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO/CM RECIFE/2014-ADAPTADA) O ICMS é um imposto


de competência dos Estados e do Distrito Federal e, sendo não cumulativo, o valor devido em
cada operação ou prestação é compensado com o montante cobrado anteriormente.
A respeito do ICMS, é correto afirmar que incide sobre prestação de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, e sobre o valor total da operação se as mer-
cadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência municipal.

Nos termos da alínea “b” do inc. IX do par. 2º do art. 155 da CF/88, no fornecimento de merca-
dorias em conjunto com prestações de serviços, haverá incidência de ISS, se o serviço constar
na lista anexa à LC 116/2003, sem ressalva para a incidência de ICMS.
Caso seja fornecida mercadoria com prestação de serviço que conste na LC 116/2003 a obser-
vação de que incide ICMS sobre a mercadoria, sobre à parcela do serviço incidirá ISS.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 113 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

No entanto, se for fornecida mercadoria juntamente com prestação de serviço que não conste
na lista anexa, haverá incidência de ICMS sobre o valor total da operação, nos termos da alínea
“b” do inc. IX do par. 2º do art. 155 da CF/88:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
...
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
...
IX – incidirá também:
...
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compre-
endidos na competência tributária dos Municípios.
Certo.

041. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO/CM RECIFE/2014/ADAPTADA) O ICMS é um impos-


to de competência dos Estados e do Distrito Federal e, sendo não cumulativo, o valor devido
em cada operação ou prestação é compensado com o montante cobrado anteriormente.
A respeito do ICMS, é correto afirmar que o crédito para compensação com o montante devido
nas operações ou prestações seguintes é assegurado em qualquer hipótese.

A compensação de crédito de ICMS com o montante devido nas operações ou prestações


seguintes é autorizada pela CF/88, no art. 155, par. 2º, I, ao afirmar que o ICMS é um tributo
não-cumulativo:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;

§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
I – será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação
de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou
outro Estado ou pelo Distrito Federal.

Ocorre que, a não cumulatividade do ICMS não é caracterizada em todas as operações que
sofrem a incidência desse imposto.
Por exemplo, o consumidor final não pratica operação de venda após a compra do bem, razão
pela qual ele não se credita de ICMS.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 114 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

042. (FGV/CONSULTOR LEGISLATIVO/CM RECIFE/2014-ADAPTADA) O ICMS é um imposto


de competência dos Estados e do Distrito Federal e, sendo não cumulativo, o valor devido em
cada operação ou prestação é compensado com o montante cobrado anteriormente.
A respeito do ICMS, é correto afirmar que sendo de competência tributária do Estado-Membro,
somente a legislação estadual pode excluir da incidência do imposto, nas exportações para o
exterior, serviços e produtos determinados.

A CF/88, em seu artigo 155, § 2º, X, “a”, afirma que não incide ICMS na exportação:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;

§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
...
X – não incidirá:
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a des-
tinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobra-
do nas operações e prestações anteriores.
Errado.

043. (FGV/ANALISTA DE GESTÃO/COMPESA/2016) José ajuizou ação trabalhista contra a


sociedade empresária Gama, sua antiga empregadora, visando à cobrança de salários atrasa-
dos, horas-extras trabalhadas, 13º salário, e, ainda, licença-prêmio não gozada por necessida-
de do serviço.
O juiz deu provimento aos pedidos e José recebeu todas as verbas com o desconto do Imposto
sobre Renda Pessoa Física – IRPF.
Sobre a hipótese descrita, assinale a afirmativa correta.
a) Está correta a retenção do IRPF, uma vez que todas as verbas são produto do trabalho de José.
b) Está incorreta a retenção do IRPF no que se refere às verbas de horas-extras e do 13º salário,
por serem verbas de caráter indenizatório.
c) Está incorreta a retenção do IRPF no que se refere às verbas de horas-extras e de licença-
-prêmio não gozadas por necessidade do serviço, por serem verbas de caráter indenizatório.
d) Está incorreta a retenção do IRPF apenas no que se refere à verba de licença-prêmio não
gozadas por necessidade do serviço, por ter caráter indenizatório.
e) Está incorreta a retenção do IRPF apenas no que se refere à verba de horas-extras, por ter
caráter indenizatório.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 115 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Para responder esta questão é preciso que você tenha conhecimento se as verbas recebidas
pelo empregado, cobradas na questão, estão sujeitas a incidência de IR. Sobre verbas de natu-
reza indenizatória não há incidência de IR.
Salário, ainda que atrasado, tem verba remuneratória, e sobre ele incide IR.
O valor recebido a título de hora extra se sujeita a incidência de IR, segundo entendimento do
STJ, consolidado por meio da Súmula n. 463:
Súmula n. 463, STJ: Incide imposto de renda sobre os valores percebidos a título de indeniza-
ção por horas extraordinárias trabalhadas, ainda que decorrentes de acordo coletivo.
Sobre o 13º salário incide IR, pois segundo o STJ ele tem natureza remuneratória.
Já sobre a licença-prêmio não gozada, por necessidade do serviço, não incide IR, tendo em
vista que ela tem caráter indenizatório. Esse é o posicionamento do STJ, consolidado por meio
da Súmula n. 136:
Súmula n. 136, STJ: O pagamento de licença-prêmio não gozada por necessidade do serviço
não está sujeito ao imposto de renda.
Letra d.

044. (FGV/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-ES/2021) Uma entidade religiosa, em difícil situação


financeira, resolveu alugar apartamentos de sua propriedade, situados em diversos lugares
do Município X, para fiéis da própria entidade. O dinheiro dos aluguéis é revertido em favor
do pagamento das remunerações eclesiásticas dos ministros de culto, que se encontravam
atrasadas.
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
a) A imunidade tributária em favor das entidades religiosas abarca apenas o templo e os imó-
veis a ele adjacentes.
b) Tais imóveis, em razão de a renda de seus aluguéis ser usada no pagamento de remunera-
ção dos ministros de culto, não fazem jus à imunidade tributária de IPTU.
c) Tais imóveis, em razão de serem alugados a terceiros, não fazem jus à imunidade tributá-
ria de IPTU.
d) Tais imóveis fazem jus à imunidade de IPTU, uma vez que o uso do valor dos aluguéis está
relacionado com as finalidades essenciais da entidade.
e) O uso de valores da entidade para pagamento de ministros de culto configura distribuição
proibida de suas rendas, devendo a condição de imune da entidade ser revogada.

Essa questão trata da Imunidade Religiosa, a qual está prevista na alínea “b” do inc. VI do art.
150 da CF/88 e proíbe que sejam cobrados impostos dos templos de qualquer culto.
Relativamente aos imóveis de propriedade do templo religioso que estejam alugados, esses
serão imunes ao IPTU se o valor recebido a título de aluguel for destinado a finalidades essen-
ciais do templo. Esse entendimento está consolidado na Súmula Vinculante n. 52 do STF:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 116 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

SÚMULA VINCULANTE 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU
o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Consti-
tuição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais
tais entidades foram constituídas.

Letra d.

045. (FGV/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-ES/2021) João, proprietário de um imóvel com acesso


à praia, pretende instituir uma servidão de passagem em favor de Jorge, para que este possa
acessar a referida praia diretamente. Jorge se compromete a pagar, parceladamente, o valor
do referido negócio jurídico, dando, em hipoteca, um terreno de sua propriedade para garantir
o adimplemento.
Acerca da incidência do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e do Imposto de
Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD) nesse cenário, assinale a afirmativa correta.
a) Tanto sobre a instituição de servidão de passagem quanto sobre a instituição da hipoteca
incide ITBI.
b) Sobre a instituição de servidão de passagem incide ITBI; sobre a instituição da hipoteca não
incide qualquer imposto de transmissão.
c) Sobre a instituição de servidão de passagem não incide qualquer imposto de transmissão;
sobre a instituição da hipoteca, incide ITBI.
d) Sobre a instituição de servidão de passagem incide ITCMD; sobre a instituição da hipoteca,
incide ITBI.
e) Tanto sobre a instituição de servidão de passagem como sobre a instituição da hipoteca,
incide ITCMD.

A hipoteca é um direito real de garantia. Nos termos do art. 156 da CF/88, não incide ITBI sobre
a transmissão onerosa de direitos reais de garantia entre vivos:

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:


(...)
II – transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos
a sua aquisição;

Assim, não é possível tal cobrança, pois a constituição de direito real de garantia sobre bens
imóveis, por ato inter vivos, é imune à incidência do ITBI.
Relativamente à servidão, essa é um direito real, sobre o qual incide ITBI, conforme o dispositi-
vo constitucional já transcrito.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 117 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Além disso, lembre-se do artigo do Código Civil que lista os direitos reais. Segundo o art. 1.225
do Código Civil:

Art. 1.225. São direitos reais:


I – a propriedade;
II – a superfície;
III – as servidões;
IV – o usufruto;
V – o uso;
VI – a habitação;
VII – o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII – o penhor;
IX – a hipoteca;
X – a anticrese.
XI – a concessão de uso especial para fins de moradia;
XII – a concessão de direito real de uso; e
XIII – a laje.

Quanto aos direitos reais de garantia relativos a bens imóveis, sobre os quais não incide ITBI,
segundo a CF/88, são a hipoteca e a anticrese.
Letra b.

046. (FGV/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO/PC-RN/2021) Lei ordinária do Município


Alfa estabeleceu alíquotas progressivas no imposto de transmissão inter vivos de bens imó-
veis (ITBI) com base no valor venal do imóvel, inclusive para a transmissão do mero domínio
útil. João, adquirente do domínio útil sobre terreno de marinha, insurge-se contra a cobrança.
Diante desse cenário e da jurisprudência sumulada do STF, é correto afirmar que:
a) a Constituição da República de 1988 exige lei complementar para estabelecimento de alí-
quotas progressivas de ITBI com base no valor venal do imóvel;
b) pelo princípio da capacidade contributiva, é possível instituir alíquotas progressivas de ITBI
com base no valor venal do imóvel;
c) não é possível cobrar ITBI sobre transmissão inter vivos de terrenos de marinha, por serem
de propriedade da União, ente imune;
d) a alíquota progressiva do ITBI em razão do valor venal do imóvel não é permitida no direito
brasileiro;
e) a transmissão do domínio útil não é fato gerador de ITBI.

A aplicação de alíquota progressiva ao ITBI é inconstitucional, conforme a Súmula 656 do STF:

Súmula 656, STF: É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o
imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis - ITBI com base no valor venal do
imóvel.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 118 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Os argumentos utilizados pelos Ministros para concluir por esta inconstitucionalidade são os
seguintes:

(i) a progressividade de imposto é determinada por meio de previsão constitucional, e a


CF/88 nada previu a respeito do ITBI;
(ii) o ITBI é um imposto real, e imposto desta natureza não pode ter a condição pessoal
verificada para que seja determinada a capacidade contributiva do contribuinte e a con-
sequente aplicação de alíquota progressiva.

a) Errada. A Constituição da República de 1988 não possibilita a edição de lei complementar


para estabelecimento de alíquotas progressivas de ITBI com base no valor venal do imóvel.
b) Errada. Pelo princípio da capacidade contributiva, não é possível instituir alíquotas progres-
sivas de ITBI com base no valor venal do imóvel.
c) Errada. O examinador exigiu o conhecimento da Súmula n. 75 do STF, que assegura que a
Imunidade Recíproca não será aplicada nos casos em que o ente for o vendedor, recaindo a
obrigatoriedade de pagar ITBI ao comprador:

Súmula n. 75, STF: Sendo vendedora uma autarquia, a sua imunidade fiscal não compre-
ende o imposto de transmissão “inter vivos”, que é encargo do comprador.

d) Certa. O ITBI não pode ser progressivo, conforme Súmula n. 656 do STF.
e) Errada. A transmissão onerosa da propriedade ou do domínio útil são fatos geradores de ITBI.
Letra d.

047. (FGV/ANALISTA-ORÇAMENTO/IMBEL/2021) Assinale a opção que indica o fato sobre


o qual incide o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
a) Exportação de serviços para o exterior do país.
b) Serviço cuja prestação teve início no exterior do país.
c) Valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários.
d) Valores de depósito bancário, principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações
de crédito realizadas por instituições financeiras.
e) Prestação de serviço em relação de emprego dos trabalhadores avulsos, dos diretores e
membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações.

O art. 2º da LC 116/2003 prevê que não incide ISS sobre as determinadas situações:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 119 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Tendo conhecimento dessas situações, é possível eliminar as alternativas “a”, “c”, “d” e “e”.
A alternativa “b” é a certa, com base no par. 1º do art. 1º da LC 116/2003, que assegura que “o
imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se
tenha iniciado no exterior do País”.
Letra b.

048. (FGV/ANALISTA-ORÇAMENTO/IMBEL/2021) De acordo com a Lei Complementar n.


116/2003, um serviço é considerado prestado e o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Nature-
za (ISS) devido no local do estabelecimento prestador.
O estabelecimento prestador é o local que configura unidade econômica ou profissional em que
a) reside o tomador do serviço.
b) está localizada a sede da entidade.
c) é realizada pela entidade a cobrança pelo serviço.
d) está localizado o escritório de representação da entidade.
e) é desenvolvida pelo contribuinte a atividade de prestação do serviço.

Para responder esta questão é preciso ter conhecimento do art. 4º da LC 116/2003:

Art. 4º Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade


de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou
profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto
de atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer outras que venham
a ser utilizadas.
Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 120 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

049. (FGV/PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE NITERÓI/2014) Lei Complementar federal in-


troduz, em relação ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), as seguintes altera-
ções, prevendo que deverão ser observadas pelos Municípios, necessariamente:
I – fixa a alíquota mínima do tributo;
II – exclui da incidência do tributo a exportação de serviços para o exterior; e
III – fixa a data de recolhimento do tributo.
Assinale:
a) se somente a inovação I for válida.
b) se somente a inovação II for válida.
c) se somente a inovação III for válida.
d) se somente as inovações I e II forem válidas.
e) se somente as inovações I e III forem válidas.

A CF/88, em seu art. 156, par. 3º, prevê as matérias relativas ao ISS que devem ser objeto de
Lei Complementar:

§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:
I – fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;
II – excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.
III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos
e revogados.

Como se vê, os itens I e II estão corretos.


Letra d.

050. (FGV/OAB UNIFICADO/2018/XXV EXAME) Em 2015, o Município X estabeleceu, por


meio da Lei n. 123, alíquotas progressivas do Imposto sobre propriedade Predial e Territorial
Urbana (IPTU), tendo em conta o valor do imóvel.
Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta.
a) A lei é inconstitucional, pois a Constituição da República admite alíquotas progressivas do
IPTU apenas se destinadas a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urba-
na, o que não é a hipótese.
b) A lei é inconstitucional, pois viola o Princípio da Isonomia.
c) A lei está de acordo com a Constituição da República, e a fixação de alíquotas progressivas
poderia até mesmo ser estabelecida por Decreto.
d) A lei está de acordo com a Constituição da República, que estabelece a possibilidade de o
IPTU ser progressivo em razão do valor do imóvel.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 121 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

Nos termos do inc. I do par. 1º do art. 156 da CF/88, o IPTU poderá ser progressivo em razão
do valor venal do imóvel:

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:


I – propriedade predial e territorial urbana;
II – transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos
a sua aquisição;
III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto
previsto no inciso I poderá:
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
Letra d.

051. (FGV/PROCURADOR/PAULÍNIA/2016/ADAPTADA) O Município X enviou para os pro-


prietários de imóveis localizados na zona urbana o carnê do Imposto sobre Propriedade Pre-
dial e Territorial Urbana (IPTU).
Sobre a hipótese, julgue o item a seguir.
O lançamento do crédito ocorreu de ofício, e o envio do carnê ao endereço do contribuinte
configura a notificação presumida do lançamento do tributo, passível de ser ilidida pelo contri-
buinte, a quem cabe comprovar seu não recebimento.

O IPTU é um tributo que se sujeita a lançamento de ofício, e, nos termos da Súmula 397 do STJ,
basta o envio do carnê, para que seja considerado que o contribuinte foi notificado:

Súmula 397, STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê
ao seu endereço.

A presunção de que a notificação foi entregue é relativa, pois o contribuinte tem o direito de
administrativa ou judicialmente impugnar o ato que lhe cobra tributo que sequer teve conheci-
mento de sua constituição.
Certo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 122 de 124


DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas

052. (FGV/AUDITOR SUBSTITUTO/TCE-RJ/2015) O Município Alfa altera a legislação do Im-


posto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), que, graças às inovações intro-
duzidas, passa a ter alíquotas (i) diferenciadas pela localização do imóvel; e (ii) progressivas
conforme o valor do imóvel. Nesse contexto, é correto afirmar que:
a) é constitucional a inovação introduzida no item (i), apenas;
b) é constitucional a inovação introduzida no item (ii), apenas;
c) é constitucional a inovação introduzida em ambos os itens;
d) é inconstitucional a inovação introduzida em ambos os itens, pois a diferenciação e a pro-
gressividade de alíquota do IPTU é tema reservado à lei complementar nacional;
e) é inconstitucional a inovação introduzida em ambos os itens, pois nem mesmo por lei com-
plementar se admite a diferenciação e a progressividade de alíquota do IPTU em razão da
localização e do valor do imóvel.

Ambas as afirmativas estão certas, nos termos do par. 1º do art. 156 da CF/88:

Art. 156, § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o
imposto previsto no inciso I poderá:
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
Letra c.

Diego Degrazia
Professor em cursos para concursos em Porto Alegre e em cursos online. Jornalista. Graduando em Direito.
Atualmente, é auditor-fiscal da Receita Estadual/RS (ICMS-RS), aprovado em 24º lugar no concurso de
2009. Foi assistente técnico administrativo do Ministério da Fazenda, aprovado em 12º lugar. Foi também
aprovado em 1º lugar no concurso de analista de Orçamentos do Ministério Público da União. É o fundador
do Grupo de Estudos do Degrazia, no Facebook, comunidade que reúne mais de 11 mil concurseiros de
todo o País. Orientador de alunos, ajudou diretamente na aprovação de diversos alunos nos principais
concursos fiscais do País, em especial na 1º colocação do ICMS-SC.

Lis Ribas
Auditora Pública Externa do TCE-RS, Especialista em Direito Tributário pela UFBA (2014), já advogou na
área tributária e foi aprovada nos seguintes concursos: Analista do MP-AL (2018); Auditora TCM-BA
(2018); Analista de Planejamento e Orçamento da Câmara Municipal de Maceió-AL (2018); Analista de
Controle Interno de Maceió (2017).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 123 de 124


O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Você também pode gostar