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CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sistema Tributário Nacional
Diego Degrazia e Lis Ribas
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Sobre o Curso......................................................................................................................................................................4
Cronograma de Aulas.....................................................................................................................................................5
Sistema Tributário Nacional......................................................................................................................................6
Dos Princípios Gerais.. ....................................................................................................................................................6
Espécies de Tributos e Breves Noções................................................................................................................6
Das Limitações do Poder de Tributar. . ............................................................................................................... 22
Dos Impostos da União. . .............................................................................................................................................37
Dos Impostos dos Estados e do Distrito Federal.......................................................................................40
Dos Impostos Dos Municípios. . ..............................................................................................................................50
Resumo................................................................................................................................................................................53
Questões de Concurso................................................................................................................................................60
Gabarito...............................................................................................................................................................................77
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 78
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Diego Degrazia e Lis Ribas
Apresentação
Antes de iniciarmos os comentários sobre o nosso curso, gostaríamos de fazer uma breve
apresentação pessoal.
Meu nome é Diego Degrazia da Silveira e sou Auditor-Fiscal da Receita Estadual do Rio
Grande do Sul.
Antes disso, fui Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda e trabalhei no
Serviço de Controle e Acompanhamento Tributário – SECAT -, na Delegacia da Receita Federal
de Porto Alegre.
Muito antes, mas muito antes mesmo de tudo isso, fui de tudo um pouco: de jornaleiro
a dono de boteco. Verdade, galera. Até planos de saúde e enciclopédias eu vendi de porta
em porta...
Quando decidi estudar para concursos, lá em 2005, eu tinha um pequeno restaurante em
Porto Alegre que me dava um trabalho hercúleo e uma remuneração espartana.
Essa decisão – de voltar a ser estudante –, como você pode imaginar, revolucionou a mi-
nha forma de viver. Entretanto, me ensinou diversas coisas muito legais e importantes.
Foram quatro anos de plena dedicação que passei estudando para atingir a aprovação.
Imagine: sem grana para passagem, comendo miojo com salsicha direto e copiando das livra-
rias - em cadernos usados - os conceitos da doutrina... sinistríssimo!!!
Entretanto, por mais paradoxal que possa parecer, tudo isso me trouxe muita coisa boa e
muito crescimento.
Posso dizer de carteirinha: foi a MELHOR decisão que eu tomei na minha vida. Estudar para
concursos me tornou um ser humano MUITO melhor em todos os sentidos. Verdade.
A coisa mais importante que a JORNADA me ensinou foi entender que, se a gente se DEDI-
CAR, PERSISTIR e TIVER FÉ, qualquer um consegue tudo, mas tudo mesmo, até aquela quase
inatingível aprovação em um concurso de altíssimo nível.
Eu sei que posso estar soando um pouco como um escritor de autoajuda misturado com
um stand up comedy man, mas eu tinha que falar isso para você.
É que isso é uma constante em todos os papos que eu tenho com a galera que aprova em
concursos de alto nível: todos eles, de uma forma ou de outra, passaram por essas três fases,
a da dedicação, a da persistência e a da fé. Todos.
Sério. Neste caminho, eu aprendi que, quando a gente quer realizar algo de muito bom na
vida, a gente precisa se dedicar. A gente precisa persistir. E, at last but not least, a gente precisa
ter fé que essa coisa vai rolar...
Então, era isso que eu queria trazer para vocês agora no começo do nosso curso e queria
deixar claro que eu não deixei de ser um concurseiro.
Eu falo isso para todos os meus alunos: “gurizada, eu não sou um professor de direito. Eu
sou um CONCURSEIRO que agora tem tempo para se dedicar ao Direito. E mais: que agora tem
a GRANA para comprar todos os livros e cursos que ele sempre sonhou, ehehehehe...”
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Como você pode ver, eu continuo me dedicando, persistindo e tendo fé. Só que agora em
um outro objetivo: ajudar você na aprovação.
Por isso, tenha certeza de que estarei aqui do outro lado debulhando doutrinas, concei-
tos, jurisprudências e questões para trazer para você a melhor forma de estudo para obter a
aprovação.
Pode contar seriamente com isso.
Enfim, pra finalizar, listo abaixo as minhas conquistas. Afinal de contas, é MUITO importan-
te para um concurseiro contar as aprovações. Elas nos seguram no bom caminho:
Auditor-Fiscal da Receita Estadual do Rio Grande do Sul, 2009, classificado na 24ª posição.
Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda, 2009, classificado na
12ª posição.
Analista Judiciário TRT/SC, 2007, classificado na 15ª posição.
Analista de Orçamentos do MPU, 2006; classificado na 1ª posição.
Um abração a todos.
Sobre o Curso
No que depender de mim, você estará preparado para prestar o concurso do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e Territórios.
Durante a nossa preparação iremos estudar:
1- Constituição Federal de 1988 – CF/88: Dela retiraremos inúmeros conceitos, regras e
princípios, e faremos a indicação dos seus artigos sobre cada assunto e esquemas para faci-
litar a sua compreensão e memorização. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao.htm)
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Ao final da teoria, traremos uma lista de questões comentadas de concursos com foco na
banca FGV. Comentaremos também questões de outras bancas de forma pontual no corpo do
curso, tendo em vista que algumas são importantes para fins de fixação do conteúdo.
Lembre-se: qualquer dúvida/orientação só mandar um e-mail para professordegrazia@
gmail.com.
Cronograma de Aulas
Nosso curso foi organizado com base no edital do concurso e está adequado para ser rea-
lizado em apenas UMA aula:
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5. Empréstimos Compulsórios.
Estes 2 últimos também são enquadrados como tributos pois satisfazem perfeitamente a
definição de tributo contida no art. 3º do CTN, qual seja:
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir,
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.
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Esse trecho é muito importante! Aqui o CTN está dizendo “Ei, tributo
não é multa”, ou seja, você paga o tributo porque fez algo que está
definido em lei como fato gerador dele e não porque fez algo de
Não constitua
errado, que é o que constitui a multa.
sanção de ato
Muitas vezes o contribuinte terá de pagar um montante de
ilícito
tributo+multa, por ter atrasado o pagamento ou por ter agido com
alguma irregularidade. Mas, aqui o CTN já avisa: “nem tudo isso aí que
você está pagando é tributo”
Esse é um dos princípios do direito tributário, a “Legalidade”, que
acaba se constituindo também em uma limitação ao poder de tributar,
já que apenas mediante uma lei é que poderá começar a se cobrar
Instituída em lei um tributo, este princípio também foi expresso pela Constituição.
Essa lei é em sentido amplo, em regra é Lei Ordinária, mas até
mesmo uma Medida Provisória ou Lei Delegada está apta a instituir
um tributo.
Calma, só está se dizendo que o tributo é cobrado por uma atividade
Mediante administrativa!
atividade Um juiz, por exemplo, não pode em um julgamento fazer o lançamento
administrativa de um tributo, pois não seria atividade administrativa, quem faz isso
plenamente é o fiscal! E também quer dizer que essa atividade é vinculada, o fiscal
vinculada não possui a discricionariedade de decidir se vai ou não cobrar o
tributo, quanto irá cobrar etc. Está vinculado pela lei.
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Não sei se você percebeu, mas acabamos de aprender também uma coisa muito importan-
te e que é muito confundida pela sociedade em geral:
Obs.: “Imposto” não é sinônimo de “tributo”, já que este é gênero, aquele é espécie.
Assim temos:
1- Impostos - Imposto é um tipo de tributo que é cobrado independente de qualquer con-
traprestação do Estado. Ou seja, o Estado não precisa fazer específico para o contribuinte para
ter o direito de cobrar o imposto, e a receita que ele arrecada com o imposto também não terá
nenhuma destinação específica. Por exemplo, o imposto de renda:
Nada, nem precisava. Imposto é tributo “não-vinculado”, ou seja, não se vincula a nenhuma
atividade contraprestacional do Estado.
O que o Estado irá fazer com a receita arrecadada com o imposto de renda?
Vai aplicar de forma “genérica”, não será dada a ela nenhuma destinação específica, irá
custear os serviços gerais da sociedade. Inclusive o art. 167, IV da Constituição (princípio da
não-afetação) dispõe que é “proibido” vincular a receita de impostos a algum fim específico,
com exceção das seguintes destinações:
• repartição da receita tributária aos Estados e Municípios;
• destinação aos serviços de saúde e ensino;
• realização de atividades da administração tributária; e
• prestação de garantias às operações de créditos por antecipação de receita, inclusive
garantia e contragarantia à União.
Por este motivo, diz-se também que os impostos, além de serem “tributos não-vinculados”
(independem de contraprestação), são também tributos de “receita não-vinculada”.
Os impostos estão previstos e devidamente separados na Constituição para cada um dos
entes públicos. Ou seja, os Municípios podem instituir o ISS, o ITBI e o IPTU. Os Estados podem
instituir o ICMS, o ITCD e o IPVA. A União pode instituir o IR, o II, IE, o IEG, o ITR, o IPI, o IOF,
o IGF e ainda os residuais (através de lei complementar, criar novos impostos que não estão
previstos na Constituição).
2- Taxas - Diferentemente dos impostos, as taxas já são tributos vinculados pois elas só
podem ser cobradas em 2 casos:
a) Se o Estado estiver prestando um serviço público específico e divisível;
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Tributo Competência
Obs.: Como o DF tem competência híbrida, ele acumulará as competências tributárias tanto
dos Estados quanto dos Municípios.
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Trata-se do ITCD (Imposto sobre transmissão de bens, qualquer natureza, por DOAÇÃO ou CAU-
SA MORTIS), não confundir com o ITBI (Imposto sobre Transmissão Onerosa de Bens Imóveis).
O ITCD é competência do Estado (ou DF, pois este é ente híbrido), já o ITBI é de competência
municipal (ou DF, também, já que este reúne competências de Estados e Municípios).
Letra e.
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capa-
cidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
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Obs.: As bancas, não raramente, modificam a palavra “impostos” por “tributos”, tornando
uma disposição errada.
Isso não quer dizer que outros tributos não possam ser informados pelo princípio da ca-
pacidade contributiva, mas, para os impostos esta característica é de observância obrigatória.
Outra pegadinha é que as bancas, não raramente, modificam a palavra “impostos” por “tri-
butos”, tornando uma disposição errada, já que os impostos são apenas uma espécie do gê-
nero tributo.
Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacida-
de econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Errado.
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Somente os impostos têm esta obrigação segundo o art. 145 §1º da Constituição. Alguns
outros tributos até poderão ser graduados segundo a capacidade contributiva, mas não têm obriga-
ção para tal.
Errado.
Tal princípio poderá ser levado em consideração na hora da instituição de outros tributos, embora isso
deva ocorrer obrigatoriamente para os impostos.
Errado.
A obrigação constitucional de observância destes institutos, presente no art. 145 §1º da Con-
stituição se refere somente aos impostos.
Errado.
Vedação às Taxas
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155, II - ICMS;
195, I e §§ 12 e 13 - Contribuição social previdenciária patronal;
239 - Contribuição para o PIS.
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime
único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, observado que: (Incluído pela EC 42/03)
I – será opcional para o contribuinte; (Incluído pela EC 42/03)
II – poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; (Incluído pela
EC 42/03)
III – o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencen-
tes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento;
(Incluído pela EC 42/03)
IV – a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados,
adotado cadastro nacional único de contribuintes. (Incluído pela EC 42/03)
O art. 146, alínea “d” e parágrafo único, foi regulamentado pela LC 123/06 que instituiu o
Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte e instituiu o Simples Nacional ou
Super Simples em substituição ao antigo simples que era muito menos abrangente. A LC 123
obedeceu aos mandamentos constitucionais, e assim o super simples instituído possui como
características:
• é o contribuinte que opta por fazer ou não parte do super simples;
• as condições de enquadramento são diferenciadas para empresas de acordo com o
Estado de situação;
• a arrecadação ficou centralizada pela Receita Federal do Brasil, inclusive em relação ao
ICMS e ISS (tributos, respectivamente, estadual e municipal que antes só eram arreca-
dados pelo simples se houvesse convênio).
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A alternativa que informa o que preconiza a Constituição é a letra E, pois limitações ao poder
de tributar só podem ser aprovadas mediante lei complementar, caso contrário a lei será con-
siderada inconstitucional.
Letra e.
As normas gerais de legislação tributária devem igualmente ser dispostas em lei complemen-
tar (CF, art. 146, III).
Errado.
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo
de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabe-
lecer normas de igual objetivo. (Incluído pela EC 42/03)
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Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for
dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os
impostos municipais.
Assim
TF:
• se não divididos em municípios → Compete à União cumulativamente os tributos esta-
duais e os municipais;
• se divididos em municípios → Compete à União os tributos estaduais e, aos municípios
do TF, os tributos municipais.
DF:
• será competente, também cumulativamente, para instituir os tributos estaduais e os mu-
nicipais;
Essa mesma disposição, referente ao DF, aplica-se, segundo o CTN, ao Estado que porven-
tura não estiver dividido em municípios.
Empréstimo Compulsório
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa
ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado
o disposto no art. 150, III, “b”.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada
à despesa que fundamentou sua instituição.
O art. 150, III, “b” se refere à anterioridade, limitação ao poder de tributar que será vis-
ta à frente.
Deste modo, o inciso I constituirá, como será visto, uma exceção à anterioridade, porém, no
caso do inciso II esta deverá ser observada.
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Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra
externa ou sua iminência;
Letra c.
A ESAF considerou cada inciso do art. 148 da Constituição como sendo uma das hipóteses.
Assim temos duas possibilidades: a imprevisível e a previsível. Ambas necessitam de lei
complementar.
Certo.
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Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do
previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
É inconstitucional uma lei que autorize a criação de contribuições sem nenhum parâmetro
legal por parte do conselho de profissões, essa competência é exclusivamente dada ao Legis-
lador Constituinte e não pode ser delegada aos Conselhos.
Segundo o art. 149, da Constituição Federal:
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do
previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Certo.
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§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições
para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos aposen-
tados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de
contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões. (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional n. 103, de 2019) (Vigência)
§ 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição ordinária dos aposentados e pensionistas
poderá incidir sobre o valor dos proventos de aposentadoria e de pensões que supere o salário-mí-
nimo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) (Vigência)
§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § 1º-A para equacionar o deficit atuarial,
é facultada a instituição de contribuição extraordinária, no âmbito da União, dos servidores públicos
ativos, dos aposentados e dos pensionistas. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
(Vigência)
§ 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-B deverá ser instituída simultaneamente
com outras medidas para equacionamento do deficit e vigorará por período determinado, contado
da data de sua instituição. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) (Vigência)
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste
artigo: (Incluído pela EC 33/01)
I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela EC 33/01)
II – incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços;
(Redação dada pela EC 42/03 que modificou o verbo de “poderão incidir sobre a importação de petró-
leo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível” para “incidirão também sobre
a importação de produtos estrangeiros ou serviços”)
III – poderão ter alíquotas: (Incluído pela EC 33/01)
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de
importação, o valor aduaneiro;
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa
jurídica, na forma da lei. (Incluído pela EC 33/01)
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. (Incluído pela EC
33/01)
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respec-
tivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
(Incluído pela EC 39/02)
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consu-
mo de energia elétrica. (Incluído pela EC 39/02)
Apenas “iluminação pública”, segurança pública não se inclui nessa competência (CF, art. 149-A).
Errado.
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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
• O CTN diz que poderá se alterar a alíquota e a “base de cálculo” dos regulatórios por ato
do executivo (decreto), mas isso não foi recepcionado, podendo somente alterar suas
alíquotas sem obedecer a esse princípio.
Errado. Não é admitida a tal “distinção” mencionada pelo enunciado. Pelo princípio da isono-
mia tributária, previsto na Constituição, art. 150, II, é vedado aos entes da Federação instituir
tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, indepen-
dentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
Errado.
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Princípio da Irretroatividade
STF – Súmula n. 669 → Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tri-
butária, não se sujeita a anterioridade.
Exceções à Anterioridade
Exceções à Noventena
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2. Regulatórios: II, IE, IOF e o IR; (Perceba que aqui temos uma troca o IPI pelo Impos-
to de Renda)
3. Fixação da base de cálculo do IPVA e IPTU.
Assim os tributos podem estar sujeitos, segundo a doutrina, a três tipos de anterioridade:
anterioridade máxima ou cheia → Quando está sujeito tanto à anterioridade anual quanto
à noventena;
anterioridade média → Quando está sujeito apenas à anterioridade anual;
anterioridade mínima → Quando o tributo está sujeito apenas à anterioridade nonagesimal
(ou noventena).
A questão trata inicialmente de forma correta sobre o princípio da “anterioridade” (CF, art. 150,
III, b). Porém, erra ao dizer que o imposto de renda seria uma exceção a este princípio. O “IR” é
execção à noventena (CF, art. 150, III, c), mas não à anterioridade, por força do art. 150 §1º da
Constituição.
Errado.
Errado. A questão até corria bem, dispondo de forma correta sobre o princípio da “noventena”
(CF, art. 150, III, c). Porém, pecou ao dizer que o IPI seria exemplo de “exeção à noventena”. Tal
tributo é exceção à anterioridade (CF, art. 150, III, b), mas não à noventena, por força do art. 150
§1º da Constituição.
Certo.
Embora o IPI não seja um exemplo de exeção à noventena (CF, art. 150, III, c), tal tributo é ex-
ceção à anterioridade (CF, art. 150, III, b), por força do art. 150 §1º da Constituição.
Certo.
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Isso era o que previa o princípio da anualidade que não foi recepcionado pela Constituição
de 1988. Tal princípio, pelo qual nenhum tributo podia ser cobrado, em cada exercício, sem
prévia autorização orçamentária anual, existiu no Brasil durante a vigência da Constituição de
1946, e após isto cedeu espaço ao princípio da anterioridade, segundo o qual, em regra, os tri-
butos só poderão ser cobrados no ano seguinte ao da publicação da lei que os tiver instituído
ou majorado.
Errado.
O STF entende que a revogação da isenção não se confunde com majoração de tributo, poden-
do ser desde logo aplicável, ressalva se faz apenas aos impostos sobre patrimônio e renda,
devido a disposição expressa no CTN 104, III: “Entram em vigor no primeiro dia do exercício
seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos
sobre o patrimônio ou renda que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de
maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178”.
Certo.
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A lei trata de majoração de impostos. Como o ITCD não é exceção nem à legalidade, nem à
anterioridade, nem à noventena, uma majoração só é constitucional se for instituída por lei e
começar a valer somente no ano seguinte (anterioridade) e, após 90 dias (noventena).
Foi feita por lei, logo, é formalmente válida. Mas o conteúdo desta lei (aspecto material) é
inconstitucional pois, embora tenha respeitado a anterioridade, não respeitou a noventena.
Logo, é parcialmente inconstitucional, sob o prisma material, em relação à entrada em vigor
do Art. 2º.
Letra d.
Certo. O item considerou que, em se tratando de tributos extrafiscais, esse aumento não fere
a vedação ao confisco, pois um tributo extrafiscal não tem a função de arrecadar valores, mas
de intervir em certas áreas.
Certo.
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O art. 150, IV, institui o princípio do “não confisco”. Assim, o Poder Público não pode usar os tri-
butos como forma de absorção indiscriminada do pratimônio ou renda do contribuinte. Segun-
do a doutrina, para se verificar se o tributo está sendo usado ou não como forma de confisco,
a identificação deve ser feita em função da totalidade da carga tributária, verificando a capaci-
dade de o contribuinte, de uma forma geral, suportar a incidência dos tributos instituídos por
uma mesma pessoa política.
Certo.
029. (ESAF/AFPS/2002) A cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder pú-
blico não constitui violação do dispositivo constitucional que veda o estabelecimento de limitações ao
tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais.
030. (ESAF/CGU/2008) Aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é vedado estabele-
cer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermu-
nicipais, mas a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público é
expressamente permitida, inclusive para a União.
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Imunidades a Impostos
Imunidade Recíproca
CF, art. 150, § 2ª → Extensível também às Autarquias e Fundações Públicas, desde que o
patrimônio, a renda e os serviços abrangidos pela imunidade estejam vinculados às suas fina-
lidades essenciais ou às delas decorrentes.
CF, art. 150, § 3ª → Não se aplica imunidade se o patrimônio, renda ou serviços estiverem
relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelo direito privado, ou em
que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário. Deste modo as
empresas públicas e sociedades de economia mista não recebem, em regra, a imunidade recí-
proca, pois são regidas pelas normas de direito privado.
CF, art. 150, § 3ª cont. → O promitente comprador não é exonerado da obrigação de pagar
imposto relativamente ao bem imóvel. Assim, se alguém firmar promessa de compra de um
imóvel público, pode, por exemplo, assumir a obrigação pelo pagamento do IPTU.
Perceba que essa imunidade abrange apenas impostos, e somente aqueles incidentes so-
bre patrimônio, renda e serviços, logo, não abrangerá, por exemplo: o II, IE (são impostos sobre
comércio exterior), IPI, ICMS (impostos sobre produção e circulação) etc.
Observa-se que o STF, algumas vezes, em seus julgados, também já estendeu essa imuni-
dade não só às Autarquias e Fundações Públicas, mas também às EP e SEM desde que fos-
sem prestadoras de serviços públicos exclusivos como o caso dos Correios, mas, isso ocorreu
no caso concreto e não possui efeito vinculante até o momento, ou seja:
• Regra → Só para Autarquias e Fundações Públicas;
• Entendimento do STF → Administração indireta que preste serviço público em caráter de
exclusividade.
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Trata do entendimento do STF: ainda que seja uma empresa pública, se prestar serviço público
em regime de monopólio, é capaz de fazer jus à imunidade.
Certo.
A questão tentou cobrar a chamada “imunidade recíproca”, ou seja, um ente não pode tributar
o outro através de impostos. Porém, errou ao usar o termo “tributos” em vez de “impostos”.
Já que somente estes é que não poderão incidir, não havendo nenhuma vedação para outros
tributos como taxas e contribuições.
Certo.
Essa é a chamada imunidade recíproca, ou seja, um ente não pode tributar o outro através de
impostos (outros tributos podem). Essa imunidade recíproca, que é prevista no art. 150, VI, “a”
da Constituição, se estende, por força do art. 150, § 2º, às autarquias e às fundações instituí-
das ou mantidas pelo poder público, no que se refere a patrimônio, renda e serviços vinculados
a suas finalidades essenciais ou delas decorrentes.
Certo.
CF, art. 150, § 4º → Essa vedação compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços,
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
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Perceba, ainda, que a imunidade descrita na aliena “c” não alcança todas as entidades sin-
dicais, mas somente as entidades sindicais “dos trabalhadores”.
Jurisprudência 1
Uma observação importante é que esta SV 52 nasceu da conversão da súmula comum 724 do
Supremo, que dizia:
STF – Súmula n. 724 → Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU,
o imóvel pertencentes a quaisquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “C” da CF,
desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.
Embora com redação bem parecida, a SV 52 flexibilizou a súmula 724 e o próprio dispositivo
contido na CF, art. 150, § 4º, ao passo que não se exige mais que o valor dos aluguéis seja apli-
cado nas atividades ditas “essenciais” da entidade, bastando somente que o valor dos aluguéis
seja investido nas atividades – genericamente falando - da entidade.
Isso gerou um prato cheio para as bancas examinadoras e ainda motivou um outro julgado,
importante, que vemos a seguir.
O STF entende que, ainda que os lotes estejam vagos, as imunidades devem subsistir, pois
não se pressupõe que os fins foram desvirtuados, veja o acórdão de 20031: Recurso extra-
ordinário. Imunidade. Entidade assistencial. Iptu. O caráter benemérito da recorrida jamais
foi questionado pelo recorrente, devendo-se presumir que todo seu patrimônio, bem como
o produto de seus serviços está destinado ao cumprimento de seu mister estatutário.
As instâncias ordinárias assentaram que os imóveis em questão encontram-se vagos, em
1
STF – RE 251772 / SP – SÃO PAULO, 24/06/2003.
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razão de a recorrida ainda não ter arrecadado recursos suficientes para construir prédios
destinados ao cumprimento de sua função institucional, descartando a hipótese de desvir-
tuamento de seus fins.
Jurisprudência 4
A questão contraria a Súmula Vinculante 52 que diz: Ainda quando alugado a terceiros, perma-
nece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI,
“c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para
as quais tais entidades foram constituídas.
Errada.
O STF entende que, ainda que alugado a terceiro, permanece imune o imóvel e o aluguel, des-
de que a renda obtida seja revertida para as atividades da entidade, conforme a Súmula Vin-
culante 52 que diz: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel
pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal,
desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram
constituídas.
Errado.
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O STF entende que, ainda que os lotes estejam vagos, as imunidades devem subsistir, pois não
se pressupõe que os fins foram desvirtuados, veja o acórdão de 20032: Recurso extraordinário.
Imunidade. Entidade assistencial. Iptu. O caráter benemérito da recorrida jamais foi questiona-
do pelo recorrente, devendo-se presumir que todo seu patrimônio, bem como o produto de
seus serviços está destinado ao cumprimento de seu mister estatutário. As instâncias ordiná-
rias assentaram que os imóveis em questão encontram-se vagos, em razão de a recorrida ain-
da não ter arrecadado recursos suficientes para construir prédios destinados ao cumprimento
de sua função institucional, descartando a hipótese de desvirtuamento de seus fins.
Errado.
Imunidade Objetiva
É uma imunidade objetiva, pois quem é imune é o “objeto” e não a pessoa que faz a operação.
STF – Súmula n. 657 → A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da Constituição Federal
abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.
Obs.: Ainda segundo orientação do STF, a imunidade do livro, jornal, período e do papel des-
tinado à sua impressão é aplicável às operações com listas telefônicas, ainda que vei-
culem publicidade.
2
STF – RE 251772 / SP – SÃO PAULO, 24/06/2003.
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Segundo a jurisprudência recente do STF, qualquer outro insumo que não seja o papel e os
filmes fotográficos, não estão abrangidos pela imunidade. Assim, não há o que se falar em
imunidade para tinta, espiral de encadernação e etc.
Errado.
A imunidade recíproca impede que um ente político cobre impostos de outro ente político e se
estende às autarquias e fundações públicas, no que tange às suas atividades essenciais. Atu-
almente, a jurisprudência estende ainda tal imunidade as demais entidades da administração
pública indireta, desde que prestadoras de serviço público de caráter essencial.
Certo.
§ 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos
que incidam sobre mercadorias e serviços.
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• Só por lei específica: Poderá conceder qualquer subsídio ou renúncia de receita relativa a:
− impostos;
− taxas; ou
− contribuições.
Exceção: Em se tratando do ICMS, esses institutos serão concedidos por convênio entre os
Estados/DF.
Para este fim, lei específica é aquela que regule:
• exclusivamente o benefício concedido; ou
• apenas o correspondente tributo ou contribuição.
042. (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO - TJAM/2016) Aos estados e aos municípios compete regu-
lar a maneira como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
Dentro da autonomia legislativa de cada ente, essa afirmação é quase correta. Cabe ao ente
instituir determinado tributo e caberá ao mesmo ente regular incentivos e isenções aos seus
tributos. Acontece que isso não funciona para TODOS, existem duas exceções: o ICMS e o ISS.
Sobre o ICMS, a Constituição diz no art. 155, § 2º, XII, g - Cabe à lei complementar (editada pela
União): regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isen-
ções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
Sobre o ISS, a Constituição diz no art. 153, § 3º, III - Cabe à lei complementar (editada pela
União): regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão
concedidos e
Errado.
No caso de benefícios fiscais de ICMS, que é um imposto estadual, está previsto constitucio-
nalmente (art. 155, § 2º, XII, g) que é necessária uma deliberação dos Estados e do Distrito
Federal (Convênio Fazendário - CONFAZ), na forma da lei complementar, para que isenções,
incentivos e benefícios fiscais sejam concedidos e revogados.
Após autorizado por esta deliberação entre os entes, aí sim, a lei estadual poderá conceder benefícios.
Errado.
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§ 7º - A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada
a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.
(Incluído pela EC 3/93)
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a) Errada. Está correto dizer que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios po-
dem instituir impostos, taxas e contribuições de melhoria. Porém, a parte que diz “sempre que
possível, esses tributos devem ter caráter pessoal e serem graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte” está errada, pois refere-se ao art. 145 parágrafo 1º, que dispõe tal
situação somente para os IMPOSTOS.
b) Errada. Baseado no art. 149 da Constituição, tal competência é privativa da União.
c) Errada. O erro está apenas na expressão “segurança pública”. Estaria correto se a assertiva
se limita-se a dizer: os Municípios e o Distrito Federal podem instituir contribuição para custeio
dos serviços de iluminação pública.
d) Errada. Trata-se do instituto do “fato gerador presumido”. Tal instituto aplica-se tão so-
mente aos impostos e contribuições. Não se aplica às taxas e contribuição de melhora (CF,
art. 150 §7º).
e) Certa. Trata-se de imunidade prevista no art. 150, V da Constituição.
Letra e.
É o princípio da “uniformidade geográfica”, veja que não se veda, porém, que se conceda
incentivos fiscais para promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as
diferentes regiões.
II – tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superio-
res aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;
III – instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municí-
pios.
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Um ponto importante a ser tratado é que poderá ser criada esta isenção por tratados inter-
nacionais, pois, segundo entendimento dos tribunais, quando se cria isenção de tributos muni-
cipais ou estaduais através de tratados, quem está criando a isenção é a República Federativa
do Brasil e não a União como ente federativo, tratando-se então de lei nacional e não federal.
046. (ESAF/ANA/2009) O pacto federativo sustenta-se na harmonia que deve presidir as rela-
ções institucionais entre as comunidades políticas que compõem o Estado Federal, e não legi-
tima restrições de ordem constitucional que afetem o exercício da competência normativa em
tema de exoneração tributária pertinente ao ICMS pelos Estados-membros e Distrito Federal.
A Constituição Federal é uma norma nacional e não uma norma federal, ou seja, é uma norma
de observância obrigatória para todos os entes da República. Desta forma, uma restrição feita
pela Constituição não se trata de ingerência federal na competência estadual, mas sim, de um
poder de caráter nacional.
Errado.
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária
entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
Por exemplo, um Município não pode cobrar IPVA sobre um carro importado com alíquotas
maiores do que cobra para um nacional, pois estaria fazendo diferença tributária em razão da
procedência. Porém, a União poderá estabelecer que o II sobre produtos oriundos dos mem-
bros do MERCOSUL seja diferenciado em relação aos demais países.
E ainda:
• IEG: imposto extraordinário de guerra - art. 154, I.
• Imposto novo (ou residual) - art. 154, II.
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Impostos Regulatórios
É diferente do que veremos quanto ao ICMS, neste, a expressão é “poderá ser” seletivo.
II – será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante
cobrado nas anteriores;
IV – terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na
forma da lei. (Incluído pela EC 42/03)
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§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela EC 42/03 que incluiu os seus inci-
sos dispostos abaixo)
I – será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de proprie-
dades improdutivas;
II – não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que
não possua outro imóvel;
III – será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não
implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
Em regra, o município recebe 50% da receita gerada pelo ITR que incida sobre as proprie-
dades de seu território, porém, se optar por fiscalizá-lo e cobrá-lo terá direito a 100% da receita,
nos termos do art. 158, II.
§ 5º - O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclu-
sivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do caput deste artigo, devido na operação
de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da
arrecadação nos seguintes termos:
I – trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;
II – setenta por cento para o Município de origem.
O único imposto que poderá incidir é o IOF, mas, nada impede que possa ocorrer incidência
de outros tributos como as contribuições. A vedação só vale para os impostos.
Observe que é um imposto da União, e quanto da receita ficará para União? Nada. Fica 30%
para o Estado e 70% para o Município. Atenção ainda:
• o imposto será devido na operação de origem;
• a alíquota mínima será de 1%;
Demais Impostos
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Este imposto novo (ou residual) é fruto do uso da competência residual que só a União
possui em se tratando de impostos e contribuições.
De acordo com o art. 195, § 4º da CF, a União também pode instituir contribuições novas,
desde que também observe:
• mediante lei complementar;
• sejam não cumulativas; e
• não tenham FG ou BC próprias das demais contribuiçõesdiscriminados na CF.
Isso. Segundo a Constituição, em seu art. 154, I, a União poderá instituir, por meio de lei com-
plementar, outros impostos, desde que não-cumulativos e não que tenham fato gerador ou
base de cálculo própria dos impostos descriminados na Constituição.
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I – transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
III – propriedade de veículos automotores.
Foi fixado esse teto em 8%, por Resolução do Senado (Res. n. 9/92), a qual também permi-
tiu que fossem adotadas alíquotas progressivas.
Durante muito tempo se discutiu a constitucionalidade da progressividade do ITCD. Muitos
estados adotam essa progressividade, embora não tenha previsão constitucional expressa, e
o entendimento do STF é que a progressividade de impostos reais deveria ter previsão na CF,
como ocorre com o IR e IPTU (ADI 2010-2/DF).
No entanto, depois de muitos anos, veio a reconhecer a constitucionalidade da progressi-
vidade do ITCD, estando ela limitada à 8% devido a Resolução do Senado 9/92. (STF, 1ª turma,
RE 542.485 AgR/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, DJu 19/02/2013).
049. (FGV/AUDITOR/SEFIN-RO/2018) O Estado X editou uma lei na qual fixou alíquotas pro-
gressivas, que variam de 1% a 8% do Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação
(ITCD), em razão do valor do bem a ser transmitido e sua localidade. Sobre o caso descrito,
assinale a afirmativa correta.
a) A fixação de alíquotas do ITCD não cabe aos Estados-membros e sim ao Senado Federal.
b) A fixação de alíquotas progressivas do ITCD é inconstitucional, uma vez que a progressi-
vidade, no caso dos impostos reais, só pode ser adotada se houver expressa previsão cons-
titucional.
c) A progressividade estabelecida é valida, porém a alíquota máxima de 8% viola o confisco,
uma vez que restringe desmedidamente o matrimônio do contribuinte.
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d) A fixação de alíquotas progressivas do ITCD não ofende a Constituição Federal, pois é um im-
posto que revela efetiva capacidade contributiva de quem percebe a transferência patrimonial.
e) A fixação de alíquotas progressivas do ITCD é inconstitucional, uma vez que a Constituição
Federal veda a progressividade de impostos de natureza real.
a) Errada. Compete sim ao Estado fixar alíquotas. Ao Senado compete estabelecer as “alíquo-
tas máximas”.
b) Errada. Durante muito tempo se discutiu a constitucionalidade da progressividade do ITCD.
O entendimento do STF é que a progressividade de impostos reais deveria ter previsão na CF
(ADI 2010-2/DF). No entanto, depois de muitos anos, veio a reconhecer a constitucionalidade
da progressividade do ITCD, estando ela limitada à 8% devido a Resolução do Senado 9/92.
(STF, 1ª turma, RE 542.485 AgR/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, DJu 19/02/2013).
c) Errada. Essa alíquota inclusive está fixada pela Res. 2/92 do Senado.
d) Certa.
e) Errada. A Constituição não fala nada sobre isso, este entendimento era o do STF.
Letra d.
Embora, em regra, os serviços sejam tributados pelo ISS, ressalvam-se 3 serviços que serão
tributados pelo ICMS:
• Transporte intermunicipal;
• Transporte interestadual;
• Comunicação.
Embora, em regra, os serviços sejam tributados pelo ISS, ressalvam-se 3 serviços que serão
tributados pelo ICMS:
• Transporte intermunicipal;
• Transporte interestadual;
• Comunicação.
Perceba que se o transporte fosse intramunicipal, aí sim o imposto devido seria o ISS e
não o ICMS.
Errado.
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§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela EC 3/93)
I – será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação
de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou
outro Estado ou pelo Distrito Federal;
II – a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações
seguintes;
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;
Vimos que: ao se promover uma operação com ICMS, onde não haja pagamento do tri-
buto, qualquer que seja o motivo - isenção, imunidade, ou não incidência -, o contribuinte que
promoveu a saída da mercadoria deverá estornar os créditos anteriormente gerados por esta
mercadoria, e o contribuinte que comprou o produto não poderá constituir crédito para com-
pensações futuras.
A regra vista, não se aplica porém, no caso da imunidade sobre a exportação concedida
pelo art. 155, X,”a”, já que a Constituição assegura que os créditos sejam mantidos neste caso,
não precisando que o contribuinte os estorne.
Outro ponto, é o uso do termo “salvo disposição da legislação em contrário”, esse termo
deve ser entendido como “salvo o disposto em convênio entre os Estados e DF”, nos termos
da alínea “g”, do art. 155, XII, já que somente por convênio é que poderão ser concedidos bene-
fícios fiscais referentes ao ICMS.
III – poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;
Veja que aqui temos uma disposição diferente do IPI, usou-se o termo “poderá ser” e não o
termo “deverá ser” seletivo.
Alíquotas do ICMS
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b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva in-
teresse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços
de seus membros;
VI – salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no
inciso XII, “g”, as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas pres-
tações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais;
Vemos que o ICMS tem várias peculiaridades em relação às suas alíquotas.
Qual o
A quem cabe
quórum
Alíquotas: a iniciativa Observações:
exigido para
da resolução?
ser votada?
Presidente da
INTERESTADUAL E Rep. ou 1/3 dos
MA dos
Obrigação do Senado
EXPORTAÇÃO Senadores
Senadores
MACETE DO DEGRAZIA:
Para gravar, pense o seguinte:
1- Fixar uma alíquota interestadual é muito mais importante do
que estabelecer tetos e pisos para a alíquota interna, certo? Pois
sem ela, ficariam inviabilizadas as operações interestaduais!
2- Visto isso, percebemos que é uma obrigação do Senado fa-
zê-la, e deverá ter o processo mais simplificado (Tanto o Pre-
sidente quanto 1/3 dos Senadores poderão tomar a iniciativa e
basta maioria absoluta pra votar).
3- Já para estabelecer o piso da alíquota interna, não precisa
de tanta pressa, então não há necessidade de o presidente to-
mar a iniciativa e passa a ser uma faculdade estabelecê-lo.
4- Em relação ao teto, isso é ainda mais dificultado, pois só po-
derá ser feito para resolver conflito específico, então é o maior
quórum exigido para votação e iniciativa.
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VII – nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou
não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado
de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do
Estado destinatário e a alíquota interestadual; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 87, de
2015) (Produção de efeito)
a) (revogada);
b) (revogada);
VIII – a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota
interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída:(Redação dada pela Emenda Consti-
tucional n. 87, de 2015)
a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; (Incluído pela Emenda Constitucional n.
87, de 2015)
b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto; (Incluído pela Emenda Cons-
titucional n. 87, de 2015)
IX – incidirá também:
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda
que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre
o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o
estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;
(Redação dada pela EC 33/01 que inseriu a previsão de que o imposto incidiria sobre bens e merca-
dorias - antes a previsão era somente para mercadorias - além de prever que a incidência ocorreria
independentemente de ser uma pessoa física ou jurídica que fosse a responsável pela importação, e
ainda, independentemente da finalidade com que a importação foi feita)
STF – Súmula n. 660 → Não incide ICMS na importação de bens por PF ou PJ que não seja
contribuinte do imposto.
Após a entrada em vigor da EC 33/01 tentaram levá-la ao plenário do STF para que se alte-
rasse o seu texto para: “Até a vigência da EC 33/01, não incide ICMS...”
Porém, essa proposta foi recusada em decisão plenária em 2003 e em 2006 foi republicada
no DOU com o mesmo teor anteriormente aprovado.
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compre-
endidos na competência tributária dos Municípios;
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Cabe ao Mun. instituir o ISS – Imposto sobre serviços de qualquer natureza, exceto os
de transporte interestadual, intermunicipal e comunicações. Acontece que estes serviços que
competem aos Municípios estão expressos em uma lista taxativa da LC 116/03.
Existem também alguns artigos da LC 116 em que expressamente, a letra desta lei exclui a
incidência do ISS, fazendo uma “ressalva” a certos itens. Estes itens estarão sujeitos ao ICMS.
Exemplo da letra da LC 116/03 → Incide o ISS sobre:
Item 14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, que
ficam sujeitas ao ICMS).
Então temos que:
• venda de Mercadorias + prestação de serviços fora da lista da LC 116 → caberá o ICMS
sobre o valor total;
• venda de Mercadorias + prestação de serviços incluídos na lista da LC 116, sem ressalva
→ caberá o ISS sobre o valor total;
• venda Mercadorias + serviços da lista do ISS, com ressalva → caberá o ICMS sobre as
mercadorias ressalvadas e o ISS sobre o serviço;
Imunidades ao ICMS
X – não incidirá:
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a des-
tinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobra-
do nas operações e prestações anteriores;
(Redação dada pela EC 42/03 que assegurou a manutenção e o aproveitamento do montante do im-
posto cobrado nas operações e prestações anteriores. Antes da EC 42 também havia previsão para
que houvesse incidência sobre produtos industrializados semi-elaborados definidos em lei comple-
mentar)
Vimos acima que uma operação prestada com não incidência ou isenta acarreta anulação
do crédito formado. Se for para o exterior não se aplica esta regra, já que a CF assegura a
manutenção.
b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis
líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;
A saída do Estado é sempre imune para estes produtos, já a entrada vai depender da finali-
dade que terão, como será visto à frente.
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051. (ESAF/TCU/2006) O ICMS incidirá nas prestações de serviço de comunicação nas moda-
lidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.
XI – não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industriali-
zados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industriali-
zação ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos;
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das opera-
ções relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços;
A Lei Kandir define, por exemplo, que no caso de serviço de transporte intermunicipal ou
interestadual, o fato gerador ocorre onde se dá o início da prestação e é para tal Estado que
caberá o imposto.
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além
dos mencionados no inciso X, “a”
Atualmente é “letra morta”, pois com a entrada em vigor da EC 42, todos os serviços e
mercadorias destinados ao exterior são imunes. Frequentemente é cobrado em concursos se
cabe à lei complementar essa tarefa. Resposta: sim! Apenas não precisa, mas segundo a CF é
função da lei complementar.
f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação
para o exterior, de serviços e de mercadorias;
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g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incenti-
vos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
Essa é uma disposição muito importante, traduzindo: cabe à lei complementar dispor so-
bre os convênios e é através deles que serão concedidos os benefícios do ICMS, e não por lei
específica como ocorre para os demais tributos.
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer
que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; (Incluído pela
EC 33/01)
i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do
exterior de bem, mercadoria ou serviço. (Incluído pela EC 33/01)
Exclusividade do ICMS
§ 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, ne-
nhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de teleco-
municações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.
(Redação primeiramente alterada pela EC 3/93. Antes da EC 3 havia uma exclusividade do ICMS, II e IE
para “energia elétrica, combustíveis líquidos e gasosos, lubrificantes e minerais”, a EC 3, retirou “com-
bustíveis líquidos e gasosos e lubrificantes” e em seu lugar colocou “derivados de petróleo”, além de
incluir “telecomunicações” na relação. A EC 33/01 posteriormente alterou a redação e promoveu a mu-
dança mais explorada em concursos públicos. A EC 33 trocou o termo “nenhum outro tributo poderá
incidir” por “nenhum outro imposto poderá incidir”, e desta forma, abriu espaço para incidência de ou-
tros tributos como contribuições, CIDE e etc. vedando-se a incidência somente aos demais impostos)
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ICMS Monofásico
Organizando as Disposições
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• serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto;
• poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre
o valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma
venda em condições de livre concorrência.
Observe que o Senado interfere nas alíquotas de todos os impostos estaduais. E ele faz
isso do seguinte modo:
ITCD – Fixa as máximas;
ICMS – Fixa as máximas, mínimas, interestaduais e de exportação;
IPVA – Fixa as mínimas.
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto
previsto no inciso I poderá:
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
(Redação do §1º dada pela EC 29/00. Antes desta EC o IPTU só poderia ser progressivo como forma
de assegurar o cumprimento da função social. Após a EC 29, temos que, além da progressividade, no
tempo, para assegurar a função social do imóvel, passamos a ter também em nosso ordenamento a
progressividade em razão do valor)
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STF - Súmula n. 668 → É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes
da EC 29/00, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumpri-
mento da função social da propriedade urbana.
Imposto sobre a Transmissão “Inter Vivos”, a qualquer Título, por Ato Oneroso,
de Bens Imóveis (ITBI):
O ITBI não incide sobre direitos reais de garantia. São eles: penhor, hipoteca e anticrese,
sendo esses dois últimos, os incidentes sobre bens imóveis, não sendo portanto incluídos no
campo de incidência do ITBI.
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§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:
(Redação dada pela EC 37/02)
I – fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; (Redação dada pela EC 37/02, antes tínhamos uma
redação dada pela EC 3/93 que previa somente a fixação das alíquotas máximas)
II – excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. (Incluído pela EC 37/02)
III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos
e revogados. (Incluído pela EC 37/02)
CF, ADCT, Art. 88 → Enquanto lei complementar não disciplinar o disposto nos incisos I e III
do § 3º do art. 156 da Constituição Federal, o imposto a que se refere o inciso III do caput do
mesmo artigo (EC 37/02):
I – terá alíquota mínima de dois por cento, exceto para os serviços a que se referem os itens 32, 33
e 34 da Lista de Serviços anexa ao Decreto–Lei n. 406, de 31 de dezembro de 1968;
II – não será objeto de concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais, que resulte, direta ou
indiretamente, na redução da alíquota mínima estabelecida no inciso I.
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RESUMO
Tributos:
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• Objetiva:
Exceções à Anterioridade:
Obs.: Contribuições para sociais (estritas) não se sujeitam a anterioridade, mas sim, a cha-
mada ANTERIORIDADE NONAGESIMAL ou mitigada, que funciona nos moldes da
noventena.
Exceções à Noventena:
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Exceções à Legalidade:
Isto não se aplica ao ICMS, que somente poderá receber benefícios tributários se autoriza-
dos em CONVÊNIO entre os Estados/DF.
Fato Gerador Presumido → Só se aplica a IMPOSTOS ou CONTRIBUIÇÃO e só cabe resti-
tuição da quantia paga, caso NÃO SE REALIZE o FG presumido.
Tributos no TF ‘s e no DF:
TF não divididos em municípios → Compete à União cumulativamente os tributos estadu-
ais e os municipais;
TF divididos em municípios → Compete à União os tributos estaduais e, aos municípios do
TF, os tributos municipais.
DF à Compete, também cumulativamente, os tributos estaduais e os municipais;
Tributos por Lei Complementar: EC, IGF, Imposto novo e Contribuição nova;
Obs.: As alíquotas dos Est./DF e Mun. não serão inferiores à cobrada dos servidores efeti-
vos da União.
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CIDE
• Quem pode instituí-la: Exclusivamente a União;
• CIDE combustível: Importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás
natural e seus derivados e álcool combustível. Requisitos:
• Poderá ter alíquotas:
− Diferenciada por produto ou uso;
• Os recursos arrecadados serão destinados:
− Ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural
e seus derivados e derivados de petróleo;
− Ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e
do gás;
− Ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes.
IMPOSTOS DA UNIÃO - II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF, IEG e Imposto Novo (ou residual).
IMPOSTOS DOS ESTADOS/DF - ITDCM, ICMS IPVA;
• O Senado, interfere em todos estes impostos estaduais:
o ITDCM – Fixa a alíquota máxima;
o IPVA – Fixa a alíquota mínima;
o ICMS – Fixa as máximas e mínimas internas e as alíquotas interestaduais e ex-
portação;
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ITR
• Será progressivo para desestimular a manutenção de propriedades improdutivas;
• Não incidirá sobre pequenas glebas rurais, se o proprietário que não possuir outra;
• Será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem ficando assim com
100% da arrecadação;
Ouro à Definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, só incidirá como IM-
POSTO o IOF e este será devido na operação de origem;
IMPOSTO NOVO
• Mediante LC;
• Sejam não-cumulativos;
• Não tenham FG ou BC próprios dos demais impostos discriminados na CF.
ITCMD: Transmissão de qualquer tipo de bens por ato gratuito (doação ou herança);
X
ITBI: Transmissão de bens imóveis, exceto os de garantia, por ato oneroso;
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(EC 87/2015) Para o ICMS em operações interestaduais para CONSUMIDOR FINAL, será
adotado será SEMPRE adotada a Alíquota interestadual, seja o destinatário contribuinte ou
não do imposto.
Obs.: Neste caso caberá ao estado de origem a alíquota interestadual e ao Estado de Desti-
no, caberá a diferença entre sua alíquota interna e essa alíquota interestadual já cobra-
da. E a responsabilidade pelo recolhimento deste ICMS em operações interestaduais,
no que tange à diferença entre a alíquota interna e a interestadual caberá:
Mercadorias + serviços fora da lista do ISS → Caberá o ICMS sobre o valor total;
Mercadorias + serviços da lista do ISS, sem ressalva → Caberá o ISS sobre o valor total;
Mercadorias + serviços da lista do ISS, com ressalva → Caberá o ICMS sobre a mercadoria
e ISS sobre o serviço;
Radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita → Imunidade de ICMS;
Operações que destinem a outros Estados: petróleo e seus DERIVADOS, e energia elétrica
→ A saída do Estado é imune ao ICMS;
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IPTU → Pode ter alíquotas diferenciadas por localização e uso do imóvel e ser progressivo:
• No tempo – Até certo limite da lei, se a propriedade situada em área incluída no plano
diretor não estiver cumprindo sua função social.
• Em função do valor do imóvel – só após a EC 29/00.
Obs.: Não se aplica se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra
e venda desses bens ou direitos referente a imóveis ou arrendamento mercantil;
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QUESTÕES DE CONCURSO
FGV
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c) tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
d) tributar a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos em níveis superio-
res aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes.
e) instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios.
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d) Tal cobrança é devida, pois o locatário comercial explora atividade econômica com fins
lucrativos.
e) O IPTU não poderá ser cobrado do locatário comercial, uma vez que o imóvel pertence a um
Estado-membro da Federação, o qual goza de imunidade tributária.
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c) Tais imóveis, em razão de serem alugados a terceiros, não fazem jus à imunidade tributá-
ria de IPTU.
d) Tais imóveis fazem jus à imunidade de IPTU, uma vez que o uso do valor dos aluguéis está
relacionado com as finalidades essenciais da entidade.
e) O uso de valores da entidade para pagamento de ministros de culto configura distribuição
proibida de suas rendas, devendo a condição de imune da entidade ser revogada.
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GABARITO
1. C 37. c
2. e 38. d
3. e 39. E
4. c 40. C
5. C 41. E
6. c 42. E
7. c 43. d
8. a 44. d
9. b 45. b
10. b 46. d
11. b 47. b
12. E 48. e
13. e 49. d
14. a 50. d
15. c 51. C
16. c 52. c
17. c
18. e
19. a
20. b
21. e
22. d
23. e
24. c
25. e
26. c
27. d
28. e
29. e
30. c
31. e
32. e
33. d
34. b
35. b
36. C
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GABARITO COMENTADO
FGV
O Princípio da Isenção Heterônoma está previsto no inc. III, art. 151 da CF/88:
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Como se vê, a União não pode conceder a isenção de tributos dos estados, do DF e nem dos
municípios, só podendo conceder isenção de tributos de sua própria competência, em atenção
ao pacto federativo. i
No caso da questão, o IPTU é um tributo municipal, e, em razão do Princípio da Isenção Hete-
rônoma, a União não pode conceder isenção do referido imposto.
Letra e.
Segundo o Princípio da Legalidade, previsto no inc. I do art. 150 da CF/88, e no art. 97 do CTN,
os tributos só podem ser criados e majorados por meio de lei:
CF/88, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
Quanto à alteração da base de cálculo em razão de mera atualização, o CTN destaca que ela
não deve ser considerada como majoração do tributo, sendo afastado, por isso, o Princípio da
Legalidade, nesses casos.
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Nesse sentido, foi editada a Súmula 160 do STJ que prevê que “é defeso, ao Município, atuali-
zar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária”.
Isso quer dizer que a alteração da base de cálculo do IPVA para incorporar a ela a atualização
do valor monetário por índices oficiais de correção, pode se dar por Decreto, estando certa a
alternativa “e”.
No que se refere ao Princípio da Anterioridade, esse não é aplicável no caso da questão pois
não se considera que houve aumento nem criação de tributo.
No entanto, vale ressaltar que a majoração da base de cálculo do IPVA é exceção ao Princí-
pio da Anterioridade Nonagesimal, só sendo exigida a observância ao Princípio da Anteriori-
dade Anual.
Com isso, caso a lei que prevê a majoração da base de cálculo do IPVA seja publicada em
29.12.2017, em 01.01.2018 já pode ser feita a sua cobrança levando em consideração a nova
base de cálculo.
Letra e.
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Art. 151. É vedado à União:
I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção
ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro,
admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento
sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
Assim, há violação a esse princípio, pois não foi determinada aplicação de alíquota uniforme
em todo o país.
d) Errada. Não se fala no Princípio do Não Confisco no caso da questão, tendo em vista que
não foi imputada cobrança de tributo com valor exorbitante.
e) Errada. Segundo a alínea “a” do inc. VI do art. 150 da CF/88, em razão da Imunidade Tribu-
tária Recíproca, os entes políticos não podem cobrar impostos sobre a renda, patrimônio e
serviços uns dos outros.
Letra c.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, inde-
pendentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
Nesse sentido, as pessoas que apresentem situações equivalentes devem se sujeitar à carga
tributária, de forma igual, tendo o STF concluído que a isenção de custas e emolumentos para
membros do Poder Judiciário viola o Princípio da Isonomia (ADI 3334 RN):
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Certo.
O Princípio da Anterioridade Anual, previsto na alínea “b” do inc. III do art. 150 da CF/88, asse-
gura que o tributo só seja cobrado no exercício financeiro seguinte ao que publicada a lei que
cria ou majora o tributo.
O Princípio da Anterioridade Nonagesimal, previsto na alínea “c” do inc. III do art. 150 da CF/88,
assegura que o tributo só seja cobrado 90 dias após a publicação da lei que o instituir ou
o majorar:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, inde-
pendentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
III – cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído
ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou, observado o disposto na alínea b;
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No primeiro parágrafo do art. 150, o legislador constituinte destaca exceções a esses princí-
pios, dentre eles, a fixação da base de cálculo do IPTU, no que se refere ao Princípio da Ante-
rioridade Nonagesimal.
Com efeito, se uma é lei publicada em 20.12.2015 de determinado, em 01.01.2016 já pode ser
cobrado o IPTU nos termos da referida lei.
No entanto, quanto ao aumento da alíquota do IPTU, a Constituição não faz nenhuma ressal-
va, devendo ser respeitado tanto o Princípio da Anterioridade Anual como da Anterioridade
Nonagesimal.
No caso da questão, somente em 2016, e em 90 dias após a publicação da lei que majora a
alíquota, pode ser feita a cobrança com base nessa nova alíquota.
Diante do exposto, o gabarito é a alternativa “c”.
Letra c.
a, d) Erradas. Não é vedado, mas sim exigido, que se institua ou aumente o tributo por meio de
lei, em atenção ao Princípio da Legalidade.
b) Errada. O tributo deve ser cobrado no exercício financeiro seguinte àquele em que haja sido
publicada a lei que o instituiu, em atenção ao Princípio da Anterioridade Anual (alínea “b”, inc.
III, art. 150, CF/88).
c) Certa. Esta alternativa descreve a Imunidade Tributária Recíproca, a qual proíbe que os entes
políticos cobrem impostos sobre o patrimônio, renda e serviços uns dos outros (alínea “a”, inc.
VI, art. 150, CF/88).
e) Errada. A instituição de taxa, seja de serviço ou de polícia, pelos entes políticos, deve se dar
conforme a sua competência material delimitada na Constituição Federal.
Letra c.
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Nessa questão o examinador exige que o (a) candidato (a) saiba quais os impostos que não se
sujeitam aos Princípios da Legalidade, da Anterioridade Anual e da Anterioridade Nonagesimal.
Vamos ver os impostos que foram citados e se sujeitam a um desses princípios e por isso
tornou a alternativa errada.
Quanto ao gabarito, reveja aos esquemas abaixo para relembrar as exceções a cada um des-
ses princípios.
O IPI se sujeita ao Princípio da Anterioridade Nonagesimal, o IR se sujeita aos Princípios da
Legalidade e da Anterioridade Anual, e o ITR se sujeita aos Princípios da Legalidade, da Ante-
rioridade Anual e da Anterioridade Nonagesimal.
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Letra a.
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Item I) Errado. Pelo Princípio da Legalidade, segundo o inc. I do art. 150 da CF/88, somente a
lei pode criar e majorar tributos.
Item II) Certo. O Princípio da Legalidade exige que tributo somente seja criado e majorado por
meio de lei em sentido estrito.
Item III) Certo. A exigência de edição de lei complementar para instituição de determinado
tributo se dá de forma expressa pelo legislador constituinte. Caso não haja no texto constitu-
cional “lei complementar”, e haja somente “lei”, basta edição de lei ordinária para criação do
respectivo tributo. Por exemplo, a CF diz expressamente que a criação de Imposto sobre Gran-
des Fortunas deve se dar por meio de “lei complementar”.
Item IV) Errado. O Princípio da Legalidade não se confunde com a competência tributária, pri-
vativa, comum ou extraordinária, de cada ente político, prevista na Constituição Federal.
Letra b.
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Para responder esta questão vamos recordar das principais características do IPTU.
A majoração da sua base de cálculo é exceção ao Princípio da Anterioridade Nonagesimal,
mas deve respeito ao Princípio da Anterioridade Anual.
A sua atualização com base nos índices oficiais não é considerada majoração, a qual pode se
dar por meio de Decreto.
A primeira inconstitucionalidade é cobrar o IPTU majorado no mesmo exercício fiscal
da cobrança.
A segunda diz respeito ao fato de que a Planta de Valores é responsável pela determinação da
base de cálculo do IPTU, e, por isso, a sua aplicação deve respeitar o Princípio da Anterioridade
Anual, e deve ser prevista por meio de lei.
Diante do exposto, o gabarito é a alternativa “b”.
Letra b.
O Princípio da Seletividade assegura que quanto mais essencial o bem, menor a carga tributá-
ria incidente sobre ele.
No item, o examinador descreve, em verdade, o Princípio da Progressividade, que diz respeito
ao aumento da alíquota conforme aumenta a base de cálculo.
Errado.
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a) Certa. Segundo o inc. I do art. 151 da CF, a União deve instituir tributo uniforme em todo o
território nacional.
Art. 151. É vedado à União:
I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distin-
ção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de
outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desen-
volvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
b) Errada. Segundo o inc. I do art. 151 transcrito, é vedado à União instituir tributo que implique
distinção ou preferência em relação a um Estado, ao Distrito Federal ou a um Município, em
detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais.
c) Errada. Segundo o inc. II do art. 151, é vedado à União tributar a renda das obrigações da
dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
d) Errada. Segundo o inc. II do art. 151 da CF, transcrito acima, é vedado à União tributar a remu-
neração e os proventos dos respectivos agentes públicos em níveis superiores aos que fixar
para suas obrigações e para seus agentes.
e) Errada. Segundo o inc. III do art. 151 da CF, é vedado à União instituir isenções de tributos da
competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
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A taxa municipal que não foi recolhida pelo Estado X foi devidamente inscrita em dívida ativa,
tendo em vista que os entes políticos são obrigados a pagar essa espécie tributária quando
praticam o seu fato gerador.
Por meio dessa questão, o examinador tentou confundir o candidato em relação à Imunidade
Tributária Recíproca.
A Imunidade Tributária Recíproca é uma Limitação Constitucional ao Poder de Tributar, pre-
vista na alínea “a” do inc. VI do art. 150 da CF/88, que afirma que os entes políticos (União,
estados, municípios e DF) não podem instituir IMPOSTOS sobre patrimônio, renda ou serviços,
uns dos outros:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
Nesse sentido, o Estado X não goza de imunidade recíproca relativamente a taxas, podendo
ser cobrado por tal dívida (alternativa “c” correta).
Além disso, a questão exige o conhecimento da Súmula Vinculante n. 19, a qual destaca que a
taxa municipal de coleta de lixo domiciliar é constitucional:
Súmula Vinculante n. 19, STF: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços
públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes
de imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.
Letra c.
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No caso analisado pelo STF, que dizia respeito ao ICMS incidente sobre as contas de luz de
entidades religiosas, o STF reconheceu que a respectiva lei específica do ente tributante con-
cedente da isenção respeitou a Lei Complementar vigente de n. 24/1975, e que esta lei garante
a autonomia dos estados para concessão de ICMS, em algumas situações, sem a necessidade
de haver Convênio prévio entre os estados, razão pela qual no caso em apreço não se fala em
“Guerra Fiscal”.
Agora vamos analisar as alternativas, as quais resumem o julgamento do STF exigido pela
banca examinadora.
a) Errada. Tal benefício quanto ao ICMS não necessita de autorização por convênio do Conse-
lho Nacional de Política Fazendária.
b) Errada. Tal benefício quanto ao ICMS não configura aplicação da imunidade tributária dos
templos de qualquer culto, mas da isenção.
c) Certa. A concessão de tal benefício não enseja guerra fiscal nem indevida competição entre
os Estados.
d) Errada. Os templos de qualquer culto são contribuintes de fato quanto ao ICMS cobrado nas
faturas de energia elétrica.
e) Errada. A alternativa “e” narra casos de imunidade, os quais são previstos na Constitui-
ção Federal.
Letra c.
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Questão que abarca a jurisprudência recente do STF, o que é uma das características da Banca.
Para fins de concurso é MUITO importante fixar as teses delimitadas pela Corte Maior:
Por fim, ainda em 2020, a tese relacionada no RE 330.817 acabou por ser base para a publica-
ção da súmula vinculante número 57:
SÚMULA VINCULANTE 57
A imunidade tributária constante do art. 150, VI, d, da CF/88 aplica-se à importação e
comercialização, no mercado interno, do livro eletrônico (e-book) e dos suportes exclusi-
vamente utilizados para fixá-los, como leitores de livros eletrônicos (e-readers), ainda que
possuam funcionalidades acessórias.
Letra c.
Por traçar esses limites à competência tributária, as imunidades são espécies de limitações
constitucionais ao poder de tributar, ao lado dos princípios.
Letra e.
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De acordo com o disposto no art. 150, VI, a, da Constituição Federal é vedado à União, aos
Estados, ao DF e aos Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços uns
dos outros.
Tal imunidade, como se vê, além de genérica é eminentemente subjetiva, ontológica, incondi-
cionada e relacionada aos Entes Políticos da Federação.
Letra a.
Mesmo sendo laico, o estado brasileiro assegura, como direito fundamental inserto art. 5º, VI,
o livre exercício dos cultos religiosos e a proteção aos locais de cultos e suas liturgias. Tal ideia
se reflete no artigo 150, VI, B
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
...
b) templos de qualquer culto;
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Como se vê, tal imunidade além de genérica é eminentemente subjetiva, política, incondiciona-
da e relacionada aos templos de qualquer culto.
Letra b.
O STF entendeu que a imunidade recíproca, não se estende a empresa privada arrendatária
de imóvel público, quando seja ela exploradora de atividade econômica com fins lucrativos.
Assim, é possível a cobrança do IPTU da empresa exploradora. Note a tese:
Letra e.
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c) O proprietário do imóvel (Estado ABC) e o seu locatário (empresa hoteleira) podem respon-
der solidariamente pelo débito de IPTU.
d) Tal cobrança é devida, pois o locatário comercial explora atividade econômica com fins
lucrativos.
e) O IPTU não poderá ser cobrado do locatário comercial, uma vez que o imóvel pertence a um
Estado-membro da Federação, o qual goza de imunidade tributária.
Mesma abordagem da questão anterior. O STF entendeu que a imunidade recíproca, não se
estende a empresa privada arrendatária de imóvel público, quando seja ela exploradora de
atividade econômica com fins lucrativos. Assim, é possível a cobrança do IPTU da empresa
exploradora. Note a tese:
Letra d.
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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
...
b) templos de qualquer culto.
III – Certa. Essa é uma imunidade específica, delimitada na Constituição Federal em seu artigo
Art. 5º, XXXIV:
Letra e.
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c) Patrimônio, renda e serviços das editoras de livros e periódicos, em relação aos impostos.
d) O imóvel de propriedade de determinada igreja que, alugado a terceiro, tem o valor do alu-
guel destinado às suas finalidades essenciais, em relação aos impostos.
e) As operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária, no
que se refere aos impostos.
Imunidade estabelecida no art. 150, VI, d, CF/88 define que é vedado à União, aos Estados, ao
DF e aos Municípios instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à
sua impressão.
Por estar classificada como imunidade objetiva, não se cobra o imposto em face de operações
realizadas com seus objetos, como em uma saída de livros. Aí não irá incidir o ICMS.
Inobstante isso, poderá existir tributação por meio do imposto de renda para a editora respon-
sável pelo ato anterior que estava ao abrigo da imunidade, pois este incide sobre a pessoa, e
não sobre o objeto.
Letra c.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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c) corretamente, eis que cabe à Secretaria de Educação exercer controle sobre as escolas.
d) incorretamente, já que as exigências quanto à organização das entidades imunes devem ser
veiculadas por lei complementar.
e) corretamente, uma vez que, mesmo imune, a escola tem que cumprir as obrigações
acessórias.
Estabelecida no art. 150, VI, c, a norma constitucional veda à União, aos estados, ao DF e aos
municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços das instituições de educa-
ção e de assistência, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. Note:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
...
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sin-
dicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei.
O STF entende que a norma complementar deve regular as condições materiais para o gozo do
benefício e norma ordinária quando apenas tratar de requisitos formais para a constituição e
funcionamento de tais entidades.
Na inexistência de norma complementar específica, adotaram-se as regulações do Código Tri-
butário Nacional.
Note os requisitos do Código para a fruição da imunidade:
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes
requisitos pelas entidades nele referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;
II – aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institu-
cionais;
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III – manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades ca-
pazes de assegurar sua exatidão.
§ 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a autoridade compe-
tente pode suspender a aplicação do benefício.
§ 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do artigo 9º são exclusivamente, os direta-
mente relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos
nos respectivos estatutos ou atos constitutivos.
Assim, como não consta no artigo 14 do CTN, só por meio de outra norma complementar na-
cional poderia se exigir da escola o cadastro junto à secretaria de educação para a fruição da
imunidade.
Note que a alternativa D está errada pois os requisitos para a constituição da escola podem ser
veiculados por meio de lei ordinária, e, ademais, a questão já nos diz que a escola existe e está
constituída de acordo com a lei.
Letra a.
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De acordo com o disposto na CF/88, art. 150, vi, a, é vedado à União, aos estados, ao DF e aos
municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços uns dos outros.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros.
Letra d.
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Estabelecida no art. 150, VI, c, a norma constitucional veda à União, aos estados, ao DF e aos
municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclu-
sive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação
e de assistência, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. Note:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
...
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sin-
dicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei.
Não bastasse isso, o STF possui entendimento no qual exonera a incidência, inclusive de im-
postos indiretos, se a entidade imune é o contribuinte de direito do tributo.
Na importação, a entidade é contribuinte de fato e de direito do bem.
Com esse norte, o STF entendeu ser tal operação imune.
Letra e.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Mesmo sendo laico, o estado brasileiro assegura, como direito fundamental inserto art. 5º, VI,
o livre exercício dos cultos religiosos e a proteção aos locais de cultos e suas liturgias. Tal ideia
se reflete no artigo 150, VI, B
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
b) templos de qualquer culto;
O STF acabou adotando uma posição extensiva, ao entender que a imunidade ali prevista
abrangeria os cemitérios que se organizam como extensões das entidades religiosas, des-
de que se dediquem exclusivamente às atividades funerárias ou religiosas e não tenham fim
lucrativo.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Letra c.
SÚMULA VINCULANTE 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU
o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Consti-
tuição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais
tais entidades foram constituídas.
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III – Certa. A jurisprudência do STF entendeu que, nesses casos, há a fruição da imunidade,
inclusive publicando súmula sobre o tema:
SÚMULA 657, STF: A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da Constituição Federal abrange
os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.
Letra e.
a) É ilimitada a competência tributária que a Constituição Federal concede aos entes tributan-
tes. Errada. É LIMITADA. Até por isso existem as limitações constitucionais ao poder de tribu-
tar, como princípios e imunidades.
b) Os Estados e Municípios, excepcionalmente, podem aumentar tributo por meio de ato admi-
nistrativo desde que devidamente motivado. Errada. Regra geral, somente a LEI pode aumentar
tributos.
c) Os entes tributantes podem instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços uns dos
outros desde que pela alíquota mínima. Errada. Tal situação é IMUNE.
d) Pode a União instituir isenção de tributo que não seja de sua competência desde que o faça
por meio de lei federal. Errada. Não se pode instituir tributo se não há competência para tanto.
e) Os entes estatais não podem instituir impostos sobre livros e jornais. Certa. Tal situação
goza de imunidade.
Letra e.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Segundo o inc. IV do par. 2º do art. 155 da CF/88, as alíquotas interestaduais de ICMS são de-
finidas por meio de Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou
de 1/3 dos Senadores.
Além disso, essa resolução deve ser aprovada pela maioria absoluta dos membros do Senado:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
...
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
...
IV – resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Se-
nadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às
operações e prestações, interestaduais e de exportação.
Letra d.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
c) Errada, pois no regime de substituição tributária para frente a tributação é definitiva, não se
admitindo a restituição do ICMS recolhido antecipadamente de acordo com a base de cálculo
presumida, ainda que o fato gerador não se concretize;
d) Certa, pois no regime de substituição tributária para frente admite-se a restituição do tributo
recolhido antecipadamente sob a base de cálculo presumida quando o fato gerador não se
concretizar ou ocorrer parcialmente;
e) Errada, pois o instituto da substituição tributária para frente, em que os critérios para apu-
ração da base de cálculo presumida são fixados com base em pesquisas de mercado, a fim
de facilitar a fiscalização de setores difíceis de monitorar e evitar a sonegação, é incompatível
com a restituição do ICMS-ST na hipótese em que a base de cálculo efetiva da operação for
inferior à presumida, pois restaria violada a própria natureza do instituto.
O par. 7º do art. 150 da CF/88 prevê o instituto da substituição tributária para frente. No caso,
há pagamento do tributo, e, em operação seguinte, há a ocorrência do fato gerador.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada
a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.
A CF/88 assegura a restituição do tributo, caso não ocorra o fato gerador que foi presumido
quando houve o pagamento antecipado, no entanto, silenciou-se quanto ao fato em que o fato
gerador ocorre, mas o tributo gerado é a menor do que o efetivamente pago.
O STF, deparando-se comesse caso, concluiu que deve haver restituição da quantia paga a
maior. Veja a ementa do RE 593849:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
...
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
...
IV – resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Se-
nadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às
operações e prestações, interestaduais e de exportação.
Certo.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Incide ICMS na importação de bens, qualquer que seja a sua finalidade, nos termos da
alínea “a” do inc. IX do par. 2º do art. 155 da CF/88:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
...
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
...
IX – incidirá também:
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda
que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre
o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o
estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) Errada. Nas operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instru-
mento cambial, incide exclusivamente IOF, nos termos do par. 5º do art. 153 da CF/88:
b) Errada. Nesses casos não há incidência de ICMS, em atenção à imunidade cultural, prevista
na alínea “d” do inc. VI do art. 150 da CF/88:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
...
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
c) Errada. Não incide ICMS na exportação, nos termos da alínea “a” do par. 2º do art. 155 da CF/88:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
...
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
...
X – não incidirá:
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a des-
tinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobra-
do nas operações e prestações anteriores.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
d) Certa. Nos termos da alínea “b” do inc. IX do par. 2º do art. 155 da CF/88, no fornecimento de
mercadorias em conjunto com prestações de serviços, haverá incidência de ISS, se o serviço
constar na lista anexa à LC 116/2003, sem ressalva para a incidência de ICMS.
Caso seja fornecida mercadoria com prestação de serviço que conste na LC 116/2003 a obser-
vação de que incide ICMS sobre a mercadoria, sobre à parcela do serviço incidirá ISS.
No entanto, se for fornecida mercadoria juntamente com prestação de serviço que não conste
na lista anexa, haverá incidência de ICMS sobre o valor total da operação, nos termos da alínea
“b” do inc. IX do par. 2º do art. 155 da CF/88:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
...
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
...
IX – incidirá também:
...
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compre-
endidos na competência tributária dos Municípios.
e) Errada. O erro da alternativa é quanto à afirmação de que incide ICMS sobre operações rela-
tivas a petróleo, tendo em vista que, considerando a literalidade do par. 3º do art. 155 da CF/88,
incide o ICMS sobre os derivados de petróleo, e não sobre o petróleo, em si.
§ 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, ne-
nhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de teleco-
municações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.
Letra d.
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Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
...
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
...
VII – nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou
não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado
de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Esta-
do destinatário e a alíquota interestadual; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 87, de 2015)
Na época em que a prova foi realizada, a regra vigente não era essa, era conforme o dispositivo
abaixo, o que tornava o item errado também.
VII – em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final loca-
lizado em outro Estado, adotar-se-á:
a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;
b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;
Errado.
Nos termos da alínea “b” do inc. IX do par. 2º do art. 155 da CF/88, no fornecimento de merca-
dorias em conjunto com prestações de serviços, haverá incidência de ISS, se o serviço constar
na lista anexa à LC 116/2003, sem ressalva para a incidência de ICMS.
Caso seja fornecida mercadoria com prestação de serviço que conste na LC 116/2003 a obser-
vação de que incide ICMS sobre a mercadoria, sobre à parcela do serviço incidirá ISS.
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No entanto, se for fornecida mercadoria juntamente com prestação de serviço que não conste
na lista anexa, haverá incidência de ICMS sobre o valor total da operação, nos termos da alínea
“b” do inc. IX do par. 2º do art. 155 da CF/88:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
...
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
...
IX – incidirá também:
...
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compre-
endidos na competência tributária dos Municípios.
Certo.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
...
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
…
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
I – será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação
de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou
outro Estado ou pelo Distrito Federal.
Ocorre que, a não cumulatividade do ICMS não é caracterizada em todas as operações que
sofrem a incidência desse imposto.
Por exemplo, o consumidor final não pratica operação de venda após a compra do bem, razão
pela qual ele não se credita de ICMS.
Errado.
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A CF/88, em seu artigo 155, § 2º, X, “a”, afirma que não incide ICMS na exportação:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
…
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
…
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
...
X – não incidirá:
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a des-
tinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobra-
do nas operações e prestações anteriores.
Errado.
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Para responder esta questão é preciso que você tenha conhecimento se as verbas recebidas
pelo empregado, cobradas na questão, estão sujeitas a incidência de IR. Sobre verbas de natu-
reza indenizatória não há incidência de IR.
Salário, ainda que atrasado, tem verba remuneratória, e sobre ele incide IR.
O valor recebido a título de hora extra se sujeita a incidência de IR, segundo entendimento do
STJ, consolidado por meio da Súmula n. 463:
Súmula n. 463, STJ: Incide imposto de renda sobre os valores percebidos a título de indeniza-
ção por horas extraordinárias trabalhadas, ainda que decorrentes de acordo coletivo.
Sobre o 13º salário incide IR, pois segundo o STJ ele tem natureza remuneratória.
Já sobre a licença-prêmio não gozada, por necessidade do serviço, não incide IR, tendo em
vista que ela tem caráter indenizatório. Esse é o posicionamento do STJ, consolidado por meio
da Súmula n. 136:
Súmula n. 136, STJ: O pagamento de licença-prêmio não gozada por necessidade do serviço
não está sujeito ao imposto de renda.
Letra d.
Essa questão trata da Imunidade Religiosa, a qual está prevista na alínea “b” do inc. VI do art.
150 da CF/88 e proíbe que sejam cobrados impostos dos templos de qualquer culto.
Relativamente aos imóveis de propriedade do templo religioso que estejam alugados, esses
serão imunes ao IPTU se o valor recebido a título de aluguel for destinado a finalidades essen-
ciais do templo. Esse entendimento está consolidado na Súmula Vinculante n. 52 do STF:
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
SÚMULA VINCULANTE 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU
o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Consti-
tuição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais
tais entidades foram constituídas.
Letra d.
A hipoteca é um direito real de garantia. Nos termos do art. 156 da CF/88, não incide ITBI sobre
a transmissão onerosa de direitos reais de garantia entre vivos:
Assim, não é possível tal cobrança, pois a constituição de direito real de garantia sobre bens
imóveis, por ato inter vivos, é imune à incidência do ITBI.
Relativamente à servidão, essa é um direito real, sobre o qual incide ITBI, conforme o dispositi-
vo constitucional já transcrito.
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Além disso, lembre-se do artigo do Código Civil que lista os direitos reais. Segundo o art. 1.225
do Código Civil:
Quanto aos direitos reais de garantia relativos a bens imóveis, sobre os quais não incide ITBI,
segundo a CF/88, são a hipoteca e a anticrese.
Letra b.
Súmula 656, STF: É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o
imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis - ITBI com base no valor venal do
imóvel.
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Os argumentos utilizados pelos Ministros para concluir por esta inconstitucionalidade são os
seguintes:
Súmula n. 75, STF: Sendo vendedora uma autarquia, a sua imunidade fiscal não compre-
ende o imposto de transmissão “inter vivos”, que é encargo do comprador.
d) Certa. O ITBI não pode ser progressivo, conforme Súmula n. 656 do STF.
e) Errada. A transmissão onerosa da propriedade ou do domínio útil são fatos geradores de ITBI.
Letra d.
O art. 2º da LC 116/2003 prevê que não incide ISS sobre as determinadas situações:
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Tendo conhecimento dessas situações, é possível eliminar as alternativas “a”, “c”, “d” e “e”.
A alternativa “b” é a certa, com base no par. 1º do art. 1º da LC 116/2003, que assegura que “o
imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se
tenha iniciado no exterior do País”.
Letra b.
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A CF/88, em seu art. 156, par. 3º, prevê as matérias relativas ao ISS que devem ser objeto de
Lei Complementar:
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:
I – fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;
II – excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.
III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos
e revogados.
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Nos termos do inc. I do par. 1º do art. 156 da CF/88, o IPTU poderá ser progressivo em razão
do valor venal do imóvel:
O IPTU é um tributo que se sujeita a lançamento de ofício, e, nos termos da Súmula 397 do STJ,
basta o envio do carnê, para que seja considerado que o contribuinte foi notificado:
Súmula 397, STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê
ao seu endereço.
A presunção de que a notificação foi entregue é relativa, pois o contribuinte tem o direito de
administrativa ou judicialmente impugnar o ato que lhe cobra tributo que sequer teve conheci-
mento de sua constituição.
Certo.
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Ambas as afirmativas estão certas, nos termos do par. 1º do art. 156 da CF/88:
Art. 156, § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o
imposto previsto no inciso I poderá:
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
Letra c.
Diego Degrazia
Professor em cursos para concursos em Porto Alegre e em cursos online. Jornalista. Graduando em Direito.
Atualmente, é auditor-fiscal da Receita Estadual/RS (ICMS-RS), aprovado em 24º lugar no concurso de
2009. Foi assistente técnico administrativo do Ministério da Fazenda, aprovado em 12º lugar. Foi também
aprovado em 1º lugar no concurso de analista de Orçamentos do Ministério Público da União. É o fundador
do Grupo de Estudos do Degrazia, no Facebook, comunidade que reúne mais de 11 mil concurseiros de
todo o País. Orientador de alunos, ajudou diretamente na aprovação de diversos alunos nos principais
concursos fiscais do País, em especial na 1º colocação do ICMS-SC.
Lis Ribas
Auditora Pública Externa do TCE-RS, Especialista em Direito Tributário pela UFBA (2014), já advogou na
área tributária e foi aprovada nos seguintes concursos: Analista do MP-AL (2018); Auditora TCM-BA
(2018); Analista de Planejamento e Orçamento da Câmara Municipal de Maceió-AL (2018); Analista de
Controle Interno de Maceió (2017).
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