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TRIBUTÁRIO
Normas Gerais de Direito Tributário,
Legislação Tributária
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO TRIBUTÁRIO
Normas Gerais de Direito Tributário, Legislação Tributária
Diego Degrazia e Lis Ribas
Sumário
Normas Gerais de Direito Tributário, Legislação Tributária...................................................................3
1. Legislação Tributária.................................................................................................................................................3
1.1. Constituição Federal e Emendas à Constituição Federal..................................................................4
1.2. Lei Ordinária e Lei Complementar. ..................................................................................................................5
1.3. Lei Delegada. . ..............................................................................................................................................................6
1.4. Medida Provisória....................................................................................................................................................6
1.5. Resolução.. ....................................................................................................................................................................8
1.6. Tratados e Convenções Internacionais. .......................................................................................................9
1.7. Decreto.........................................................................................................................................................................12
2. Normas Complementares.. ....................................................................................................................................13
2.1. Atos Normativos Expedidos pelas Autoridades Administrativas. ............................................14
2.2. Decisões dos Órgãos Singulares ou Coletivos de Jurisdição Administrativa, a que
a lei Atribua Eficácia Normativa............................................................................................................................15
2.3. Práticas Reiteradamente Observadas pelas Autoridades Administrativas......................15
2.4. Convênios Celebrados entre a União, os estados, o Distrito Federal e os Municípios.15
3. Vigência da Legislação Tributária...................................................................................................................16
4. Aplicação da Legislação Tributária...............................................................................................................20
5. Interpretação e Integração da Legislação Tributária...........................................................................21
6. Jurisprudência Selecionada. . ..............................................................................................................................27
7. Doutrina Selecionada. . ........................................................................................................................................... 28
Resumo................................................................................................................................................................................30
Questões Comentadas em Aula.. ...........................................................................................................................33
Questões de Concurso................................................................................................................................................36
Gabarito...............................................................................................................................................................................52
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................53
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Tais normas devem tratar dos tributos ou das relações jurídicas a eles pertinentes.
Além das normas listadas no art. 96, o legislador destacou no art. 2º do CTN que “o siste-
ma tributário nacional é regido pelo disposto na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de dezembro de
1965, em leis complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das respectivas
competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais”.
Quanto à afirmação de que o Sistema Tributário Nacional é regido pelo disposto na EC n.
18/1965, é importante compreender que tal EC não está mais vigente.
Com a promulgação da nova lei suprema (CF/1988), e com a consequente recepção do
CTN, que dispõe sobre as normas gerais de Direito Tributário, deve-se entender que o Sistema
Tributário Nacional passou a ser regido pelo disposto na própria Constituição Federal de 1988.
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Assim, há matérias relativas ao Direito Tributário que não podem ser objeto de Emenda
Constitucional.
Por exemplo, a competência tributária, quando tal alteração representar interferência na forma
federativa do Estado, e as limitações constitucionais ao poder de tributar, quando a alteração
for passível de abolir direitos e garantias individuais.
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Outro ponto importante quanto a essas duas espécies legislativas diz respeito à hierar-
quia. Segundo o Supremo Tribunal Federal, mesmo que a lei complementar requeira quórum
maior de aprovação, não há, efetivamente, hierarquia entre tais espécies normativas.
O que existe, sim, é reserva de competência constitucional. Matéria delimitada na Consti-
tuição como reservada à lei complementar só pode ser tratada por lei complementar.
Sobre tais temas a lei ordinária não pode dispor. Inobstante isso, se o tema não possui
reserva constitucional de lei complementar, ambas as espécies normativas poderão sobre
ele dispor.
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a
delegação ao Congresso Nacional.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os
de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei
complementar, nem a legislação sobre:
Embora seja uma espécie normativa constitucional e viável, na prática não é utilizada, já
que, como será visto adiante, o Poder Executivo tem a possibilidade de criar uma Medida Pro-
visória, nos casos de relevância urgência, espécie que demanda menos burocracia para a sua
edição, já que não precisa de delegação por parte de outro Poder para a sua criação.
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Assim, quando existe a possibilidade de a disposição se dar por lei ordinária, a medida
provisória poderá ser utilizada.
No entanto, a CF/1988, art. 62, § 2º traz uma ressalva. Note, antes de mais nada, a redação
constitucional:
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provi-
sórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
[…]
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos
arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido
convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
Como se vê, quanto aos impostos ali delimitados, para que a medida provisória produza os
efeitos quanto à instituição e majoração no exercício seguinte, ela deverá ser convertida em lei
até o último dia do exercício em que for editada, exceto quanto aos seguintes impostos:
O que isso quer dizer? Quer dizer que se o Presidente da República editar uma MP criando
ou aumentando o Imposto sobre a Renda, por exemplo, em setembro de 2020, o referido im-
posto só será aumentado efetivamente no ano seguinte, se, até 31 de dezembro de 2020, a MP
for convertida em lei. Não havendo a conversão, não há qualquer efeito.
Já quanto aos impostos ressalvados no art. 62, par. 2º e quanto às demais espécies tri-
butárias, para que uma MP que crie ou aumente um tributo produza efeitos, não é necessária
sua conversão até o fim do exercício financeiro seguinte, devendo, somente, ser respeitado o
Princípio da Anterioridade aplicável à determinada espécie.
Pontue-se, ainda, que antes da CF/1988, era possível a edição de decreto-lei pelo Presi-
dente da República para dispor sobre determinados assuntos, de modo que o referido decreto
tinha força de lei, assim como tem a medida provisória.
Atualmente, entende-se que houve recepção de alguns, inclusive que tratam sobre Direito
Tributário, razão pela qual é possível que você veja a previsão de alguns assuntos em “decreto-
-lei”. Por exemplo, o decreto-lei n. 37/1966, que trata do Imposto sobre a Importação.
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1.5. Resolução
A resolução é uma espécie normativa com força de lei a ser considerada uma das “leis” que
compõem a “legislação tributária”, que tem o poder de inovar no mundo jurídico.
A resolução é ato normativo emanado pelo Poder Legislativo que prescinde de autorização
do Poder Executivo para que produza seus efeitos no ordenamento jurídico brasileiro.
Quanto à matéria tributária, a CF/1988 prevê que deve ser objeto de Resolução do Sena-
do Federal:
RESOLUÇÃO DO
ALÍQUOTAS MÍNIMAS
SENADO FEDERAL
RESOLUÇÃO DO
ALÍQUOTAS MÁXIMAS
SENADO FEDERAL
Além dessa previsão, a CF/1988, art. 155, par. 2º, V prevê que é faculdade do Senado Fe-
deral editar estas resoluções:
ICMS
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Note, ainda, o seguinte quadro geral e suas observações que resumem as disposições cons-
titucionais acerca das alíquotas a serem estabelecidas por Resoluções do Senado Federal, retira-
do do Manual de Legislação Tributária Estadual, de Alexandre Meirelles e Daniel Petitinga:
Para facilitar a memorização, fizemos esse desenho com algumas observações a serem explicadas:
• O mapa do Brasil e suas setas correspondem às operações interestaduais e de exportação; • A
bomba é para lembrar que é para resolver conflitos entre estados; • Perceba que os impostos estão
em ordem alfabética, pois assim facilita a lembrança do desenho (ICMS, IPVA e ITCD);1
Art. 96. A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções in-
ternacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre
tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
Segundo a CF/1988, art. 84, VIII, compete ao Presidente da República “celebrar tratados,
convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional”.
1
Retirado de: Manual de Legislação Tributária Estadual. Editora Jus Podium. Alexandre Meirelles e Daniel Petitinga.
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Note que para fins de Direito Tributário podemos entender que tratados e convenções são
institutos similares, com o mesmo sentido.
Trata-se de acordo bilateral ou multilateral firmado com Estados Soberanos ou com orga-
nismos internacionais, que somente são introduzidos e considerados vigentes no ordenamen-
to jurídico brasileiro após aprovação do parlamento por meio de decreto legislativo.
Tal ideia decorre da CF/1988, art. 49, I, o qual prevê que “compete exclusivamente ao Con-
gresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que
acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional”.
Assim, para que ocorra a vigência interna do tratado ou convenção, é preciso que sejam
concluídas as seguintes fases:
a) negociação e assinatura do tratado pelo Poder Executivo, na pessoa do Presidente da
República;
b) referendo ou aprovação pelo Poder Legislativo, mediante decreto legislativo, não mais
dependendo da sanção do Poder Executivo;
c) ratificação pelo presidente da República, mediante depósito dos instrumentos
constitutivos;
d) promulgação por meio da expedição de decreto do Presidente da República;
e) publicação oficial do decreto.
Embora os tratados ou convenções internacionais devam respeitar todas essas fases, é
importante destacar que, segundo entendimento majoritário da doutrina, já se considera a sua
internalização ao ordenamento jurídico brasileiro com a aprovação pelo Poder Legislativo,
por meio de decreto legislativo.
É preciso ter clareza, ainda, que tratados e convenções internacionais que versem sobre
direitos humanos possuem uma hierarquia diferenciada no ordenamento jurídico nacional.
Tais normas terão hierarquia supralegal, estando, assim, acima das leis e abaixo da Cons-
tituição. Caso sejam aprovados seguindo o rito das Emendas Constitucionais, em cada Casa
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros,
serão equivalentes às emendas constitucionais.
Os tratados e convenções internacionais sobre Direito Tributário são distintos, pois ver-
sam sobre matéria tributária e não sobre direitos humanos.
Nesse ponto, então, é importante prestar atenção ao comando previsto no CTN, art. 98 que
determina que estes “revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observa-
dos pela que lhes sobrevenha.”
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Súmula n. 20, STJ – A mercadoria importada de país signatário do GATT é isenta do ICM, quando
contemplado com esse favor o similar nacional.
Súmula n. 71, STJ – O bacalhau importado de país signatário do GATT é isento do ICM.
Súmula n. 575, STF – À mercadoria importada de país signatário do GATT, ou membro da ALALC,
estende-se a isenção do imposto sobre circulação de mercadorias concedida a similar nacional.
Veja que quando uma pessoa se beneficia da isenção em razão do GATT, não há ofensa
ao Princípio da Vedação à Isenção Heterônoma, pois se considera que nesse caso quem está
agindo é a República Federativa do Brasil, em face de sua soberania.
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a, b) Erradas. O art. 84, VIII, CF/1988, afirma que compete ao Presidente da República “celebrar
tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional”.
c) Certa. Como visto em aula, a título de exemplo, a Súmula n. 71 do STJ reconhece a legalida-
de de isenção de ICMS quanto a bacalhau importado de país signatário do GATT. Nesse caso,
entende-se que a República Federativa do Brasil, em face de sua soberania, é que está agindo,
e não a União. Se fosse a União, estar-se-ia diante de hipótese de Isenção Heterônoma, o que
é vedado no ordenamento jurídico brasileiro tributário.
d) Errada. Os tratados internacionais são incorporados, via de regra, com nível de Lei Ordinária.
No entanto, aquele que tratar sobre direitos humanos terá nível supralegal, havendo, ainda, na
CF/1988, a ressalva quanto aos tratados internacionais de direitos humanos que sejam apro-
vados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros: estes serão equivalentes às emendas constitucionais, tendo, portanto,
nível constitucional.
e) Falsa, já que os tratados internacionais compõem a legislação tributária e o CTN representa
o código de normas gerais desta matéria.
Letra c.
1.7. Decreto
O decreto é uma espécie normativa que compõe a “legislação tributária”, de competência
do Presidente da República, que não tem o condão de inovar na ordem jurídica, mas tão so-
mente regular situações conforme disposição legal, nos termos da CF/1988, art. 84, IV:
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No ordenamento jurídico brasileiro, há duas espécies de decretos que podem ser editados
pelo Presidente da República: o autônomo e o regulamentar.
O primeiro tem o condão de inovar na ordem jurídica, enquanto o segundo regulamenta
disposições legais, a fim de prever detalhes não pormenorizados em lei, que podem auxiliar no
cumprimento pelo sujeito passivo ou de terceiros dos comandos pretendidos pelo legislador.
Em razão desta função é que o decreto regulamentar é considerado um ato normativo se-
cundário. Tal afirmação está em consonância com o art. 99, CTN:
Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam
expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta lei.
2. Normas Complementares
As normas complementares compõem a legislação tributária, e, segundo determinação do
CTN, têm o dever de complementar:
(i) as leis;
(ii) os tratados e as convenções internacionais; e
(iii) os decretos.
E que normas complementares são essas? Veja a tabela a seguir:
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos
decretos:
I – os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II – as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua
eficácia normativa;
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III – as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
IV – os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalida-
des, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.
Penalidades
A observância da
legislação tributária
Juros de mora
exclui
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Pontue-se que tais convênios não são aqueles previstos na CF/1988 que têm o poder
de inovar na ordem jurídica, e dispor, por exemplo, sobre isenções e benefícios fiscais quan-
to ao ICMS.
Os convênios aqui mencionados são os que os entes firmam entre si para compartilha-
mento de informações fiscais, por exemplo.
Art. 101. A vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária rege-se pelas disposições legais
aplicáveis às normas jurídicas em geral, ressalvado o previsto neste Capítulo.
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A LINDB, em seu art. 1º, afirma, como regra, que salvo disposição em contrário, a lei entrará
em vigor 45 dias após a publicação:
Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias de-
pois de oficialmente publicada.
§ 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três
meses depois de oficialmente publicada.
Não havendo norma específica que afirme que há prazo diverso para que a lei tributá-
ria seja considerada vigente, considera-se que ela estará vigente, portanto, após 45 dias da
publicação.
Perceba, entretanto, que os tributos que devem obediência ao Princípio da Anterioridade
podem ser objeto de lei vigente, mas não eficaz, pois só haverá produção de efeitos no exercí-
cio seguinte ou após 90 dias da publicação.
Já quanto às normas complementares, o CTN, em seu art. 103, destaca prazos específi-
cos, que prevalecerão sobre aqueles previstos na LINDB. Note o artigo e o quadro a seguir:
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Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos
decretos:
I – os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas.
[…]
Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor:
I – os atos administrativos a que se refere o inciso I do art. 100, na data da sua publicação.
Letra c.
Quanto à vigência da Lei n. espaço (vigência espacial), o CTN, no art. 102, prevê o lógico,
que as leis serão consideradas vigentes dentro do território do ente político respectivo.
A territorialidade é a regra geral no ordenamento jurídico brasileiro na seara tributária.
Por exemplo, uma lei editada pela União vigerá em todo o território da União, e uma lei editada
por determinado estado só será considerada vigente em todo o território daquele estado.
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No entanto, conforme se depreende da análise do art. 102, CTN, é possível constatar a pos-
sibilidade da extraterritorialidade, que é a aplicação da norma fora do seu território:
Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora
dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de
que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União.
Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País,
fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convê-
nios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela
União.
Letra a.
Quanto a pessoas jurídicas de direito público que forem desmembradas, já foi visto em
nosso curso, que, até que haja lei vigente no território da nova pessoa criada, será aplicada a
legislação tributária vigente no território de origem, conforme se depreende da análise do art.
120 do CTN:
Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir
pelo desmembramento territorial de outra, subroga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária
aplicará até que entre em vigor a sua própria.
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Art. 150, III, “a”, CF/1988. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[…]
III – cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído
ou aumentado.
Nesse sentido é que, o CTN, no art. 105, destaca que “a legislação tributária se aplica
imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja
ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do art. 116”.
Veja que tal previsão está em consonância com o Princípio da Irretroatividade. A lei deve
ser aplicada somente a casos que ocorrerem, ou completarem a sua ocorrência, após a
sua vigência.
Ocorre que o legislador destacou hipóteses em que a lei poderá ser aplicada a casos pas-
sados, nos termos do art. 106, CTN:
Sendo assim, veja que as situações do art. 106 podem ser divididas em duas hipóteses. A
primeira determina que a lei sempre retroage se for meramente para interpretar uma lei que
anteriormente estava mal explicada e causando dúvida sobre sua aplicação. E exclui qualquer
aplicação de penalidade, ou seja, o contribuinte não pode ser autuado caso tenha procedido de
forma diversa a nela prevista.
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Obviamente, deverá pagar o tributo devido, mas não a multa sobre o não recolhimento.
A segunda abrange três situações de aplicação benéfica ao contribuinte caso o ato ainda
não tenha sido julgado em definitivo. Se já tiver sido, a lei será aplicada.
005. (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-SC/2018) Certa lei estadual definia como infração à le-
gislação do ICMS, desde 2001, um determinado ato. A partir de 2017, lei nova deixou de definir
este ato como infração. De acordo com o Código Tributário Nacional, a lei nova será aplica-
da aos atos
a) pretéritos, apenas, desde que a infração não tenha sido praticada com dolo, fraude ou simu-
lação, e que a referida infração não tenha implicado falta de pagamento do imposto.
b) pretéritos, apenas, aos quais a legislação cominou penalidades que não sejam de natureza
pecuniária.
c) futuros, apenas.
d) futuros e pretéritos, sendo que, em relação aos pretéritos, sua aplicação está condicionada
a que o referido ato não tenha sido definitivamente julgado.
e) pretéritos, apenas, nos casos em que não constitua, simultânea e autonomamente, infração
ou crime de natureza penal, trabalhista ou ambiental.
Gabarito nos termos do art. 105, c/c art. 106, II, “a”, CTN:
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pen-
dentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos
termos do art. 116.
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
[…]
II – tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração.
Letra d.
Art. 107. A legislação tributária será interpretada conforme o disposto neste Capítulo.
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação
tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I – a analogia;
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II – os princípios gerais de direito tributário;
III – os princípios gerais de direito público;
IV – a equidade.
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
§ 2º O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo
e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos
tributários.
Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos
e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas
Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para de-
finir ou limitar competências tributárias.
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
I – suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II – outorga de isenção;
III – dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira
mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:
I – à capitulação legal do fato;
II – à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos;
III – à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
IV – à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.
Interpretar uma lei é traduzir o que almeja o legislador perante os destinatários da norma
diante da sua elaboração e vigência.
Segundo o art. 109 do CTN, para que os intérpretes e destinatários da lei compreendam
os institutos tributários, seus conceitos, definições, conteúdos e alcances, eles devem recorrer
aos princípios gerais de direito privado.
No entanto, o legislador veda expressamente que se utilize dos princípios gerais de direito
privado para determinar os efeitos tributários pretendidos pela norma, já que tais efeitos de-
vem ser claramente previstos nas normas fiscais.
Para o nascimento da obrigação tributária, é preciso que o sujeito passivo pratique fato
previsto em lei como necessário e suficiente para incidência de tributo. Tais fatos geradores da
obrigação tributária normalmente derivam de fatos devidamente definidos pelo Direito Privado.
A identificação de que o fato gerador está previsto conforme definição em norma privada
se dá por meio do conhecimento e da análise do ordenamento jurídico, conforme as peculiari-
dades de cada caso.
Por exemplo, o Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos – ITIV incide na operação de com-
pra e venda de bens imóveis entre pessoas vivas, sendo tal operação formalizada nos termos
do Direito Civil conforme contrato de compra e venda.
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Em razão de situações como essa, em que se utilizam definições do Direito Privado para
identificar a incidência de lei tributária, foi que o legislador se preocupou em destacar no art.
110 do CTN que
a lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas
de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Consti-
tuições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou
limitar competências tributárias.
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Há casos ainda em que há dúvida quanto à lei tributária que prevê infrações ou impõe pena-
lidades. Segundo o CTN, art. 112, ela deve ser interpretada de forma mais favorável ao acusado
quando houver dúvida quanto:
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Gabarito nos termos do inc. II, “a”rt. 112, CTN e deste esquema:
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira
mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:
I – à capitulação legal do fato;
II – à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos;
III – à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
V – à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.
Letra d.
E quanto aos casos em que o intérprete não identifica previsão expressa na legislação tri-
butária que trate a respeito?
Nesses casos, recorre-se à integração da legislação tributária, com o intuito de suprir tal
lacuna, de forma que o legislador, no art. 108 do CTN, determinou que a autoridade (adminis-
trativa ou judicial) competente para aplicar a legislação tributária se utilize, sucessivamente,
dos seguintes institutos:
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Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação
tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I – a analogia;
II – os princípios gerais de direito tributário;
III – os princípios gerais de direito público;
IV – a equidade.
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
Não sendo possível suprir a lacuna com a analogia, o aplicador da legislação irá recorrer
aos princípios gerais de Direito Tributário; que se não for capaz de solucionar o caso concreto,
buscará a autoridade suprir a lacuna deixada pela legislação tributária por meio da aplicação
dos princípios gerais de Direito Público.
Por fim, não suprindo a lacuna com clareza por meio da aplicação dos três institutos já
mencionados, buscará a autoridade resolver o caso por meio da equidade.
A equidade é aplicada pela autoridade visando uma resolução justa, humana e mais ame-
na, flexibilizando a respectiva previsão legal.
No entanto, pontue-se que, embora tenha em sua essência o senso de justiça, a equidade
não pode ser utilizada para dispensar pagamento de tributo devido.
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Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação
tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I – a analogia;
II – os princípios gerais de direito tributário;
III – os princípios gerais de direito público;
IV – a equidade.
Letra b.
6. Jurisprudência Selecionada
1) DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI
COMPLEMENTAR n. 118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍ-
DICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO
REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUI-
ZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
Quando do advento da LC n. 118/2005, estava consolidada a orientação da Primeira
Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologa-
ção, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu
fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168,
I, do CTN. A LC n. 118/2005, embora tenha se auto-proclamado interpretativa, implicou
inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5
anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade,
inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à
autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa
também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza,
validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pre-
tensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a aplica-
ção imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem
resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança
jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça.
Afastando-se as aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após
a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da
Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
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apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações
necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois,
não havendo lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior
extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei
geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucio-
nalidade art. 4º, segunda parte, da LC n. 118/2005, considerando-se válida a aplicação do
novo prazo de 5 anos tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de
120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos
recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido.
(STF – RE 566.621, Relator(a): ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, julgado em 04/08/2011,
REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO DJe-195 DIVULG 10-10-2011 PUBLIC 11-10-2011
EMENT VOL-02605-02 PP-00273 RTJ VOL-00223-01 PP-00540)
2) TRIBUTÁRIO. MULTA. REDUÇÃO. LEI MENOS SEVERA. APLICAÇÃO RETROATIVA. POS-
SIBILIDADE. CTN, ART. 106 – PRECEDENTES STJ.
1. É pacífico o entendimento desta Corte no sentido de que, tratando se de execução não
definitivamente julgada, aplica-se o disposto no art. 106 do CTN que permite a redução
da multa prevista na lei mais nova, por ser mais benéfica ao contribuinte, mesmo a fatos
anteriores à legislação aplicada.
2. Recurso especial não provido.
(STJ – Resp 950.143/ES, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em
21/08/2008, DJe 26/09/2008)
3) Tributário. Práticas administrativas. Se o contribuinte recolheu o tributo a base de
pratica administrativa adotada pelo fisco, eventuais diferenças devidas só podem ser
exigidas sem juros de mora e sem atualização do valor monetário da respectiva base de
cálculo (CTN, art. 100, III c/c par. único). Recurso especial conhecido e provido, em parte.
(STJ – Resp 98.703/SP, Rel. Ministro ARI PARGENDLER, SEGUNDA TURMA, julgado em
18/06/1998, DJ 03/08/1998, p. 179)
7. Doutrina Selecionada
Interpretação literal
Interpretação literal significa interpretação segundo o significado gramatical ou, melhor,
etimológico das palavras que integram o texto. Quer o Código que se atribua prevalência
ao elemento gramatical das leis pertinentes à matéria tratada no art.111, que é matéria
excepcional. Realmente, a suspensão, como a exclusão do crédito tributário, e a dispensa
do cumprimento de obrigações acessórias constituem exceções. A regra é o pagamento
do tributo nos prazos legalmente fixados. (Hugo de Brito Machado, em Curso de Direito
Tributário, 34 ed., páginas 116, Malheiros Editores).
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Equidade
Ao disciplinar as relações sociais, o legislador o faz de forma mais geral possível, cap-
tando, para juridicizá-las, as situações mais corriqueiras e comuns que ocorrem na trama
da vida humana. Não muitas vezes o atributo da generalidade da norma jurídica, se apli-
cável a determinada situação em particular faz com que para aquela situação especí-
fica, a aplicação da norma geral se torne inadequada, injusta, excessivamente severa, a
reivindicar do aplicador da lei geral, um abrandamento para ajustá-la, ao caso concreto.
É o emprego da equidade, do bom senso, da razoabilidade para integrar o ordenamento
jurídico tributário. (Francisco Leite Duarte, em Direito Tributário, Teoria e Prática 3º ed.,
páginas 194, Revista dos Tribunais.).
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RESUMO
ICMS (art. 155, par. 2º, IV, CF/1988)
ESTABELECERÁ: INICIATIVA:
ALÍQUOTAS (i) Presidente da APROVAÇÃO:
RESOLUÇÃO DO
INTERESTADUAIS República; ou (i) maioria absoluta
SENADO FEDERAL
ALÍQUOTAS NA (ii) 1/3 dos do Senado Federal.
EXPORTAÇÃO Senadores
RESOLUÇÃO DO
ALÍQUOTAS MÍNIMAS
SENADO FEDERAL
RESOLUÇÃO DO
ALÍQUOTAS MÁXIMAS
SENADO FEDERAL
ICMS
2. Normas Complementares
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Convênios firmados entre a União, os estados, o Distrito Data neles prevista. Caso não
Federal e os municípios exista, previsão da LINDB
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005. (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-SC/2018) Certa lei estadual definia como infração à le-
gislação do ICMS, desde 2001, um determinado ato. A partir de 2017, lei nova deixou de definir
este ato como infração. De acordo com o Código Tributário Nacional, a lei nova será aplica-
da aos atos
a) pretéritos, apenas, desde que a infração não tenha sido praticada com dolo, fraude ou simu-
lação, e que a referida infração não tenha implicado falta de pagamento do imposto.
b) pretéritos, apenas, aos quais a legislação cominou penalidades que não sejam de natureza
pecuniária.
c) futuros, apenas.
d) futuros e pretéritos, sendo que, em relação aos pretéritos, sua aplicação está condicionada
a que o referido ato não tenha sido definitivamente julgado.
e) pretéritos, apenas, nos casos em que não constitua, simultânea e autonomamente, infração
ou crime de natureza penal, trabalhista ou ambiental.
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c) sujeito passivo, a lei tributária que define benefícios fiscais, quando houver dúvida sobre a
abrangência e o alcance de um convênio ICMS.
d) acusado, a lei tributária que define infrações, se houver dúvida quanto às circunstâncias
materiais do fato.
e) contribuinte, ao responsável e ao terceiro, a legislação tributária relacionada com a forma,
circunstâncias e prazos referentes ao cumprimento de obrigações acessórias.
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QUESTÕES DE CONCURSO
FGV
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Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
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c) utilização da analogia.
d) interpretação axiológica.
e) uso de norma expressa existente no ordenamento jurídico para hipótese do princípio
da isonomia.
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Cespe/Cebraspe
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d) 2% e pagar multa de 25%, devido ao fato de que, na época do fato gerador, incidia a alíquota
vigente e que, para o STF, é considerada confiscatória multa de valor superior a 30% do valor
do tributo.
e) 1% e pagar multa de 25%, uma vez que, conforme o direito tributário, as normas mais favo-
ráveis sempre retroagem.
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FCC
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d) deverá ser aplicada a ato pretérito, apenas para excluir a exigência de juros de mora e de
multa de mora, desde que ainda não tenha sido definitivamente julgado.
e) poderá ser aplicada a ato pretérito, apenas para excluir a exigência de juros de mora, mesmo
que o ato já tenha sido definitivamente julgado.
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c) o contribuinte não pode mais questionar em juízo a autuação porque foi a mesma julgada
irrecorrivelmente no âmbito administrativo.
d) por se tratar de ato definitivamente julgado não há como uma lei nova retroagir para alcan-
çar o fato praticado pelo contribuinte, ainda que esta lei preveja que o fato deixa de ser consi-
derado infração.
e) uma lei nova que preveja que o fato deixa de ser considerado infração pode retroagir para
alcançar o fato praticado pelo contribuinte, pois as normas que definem infração à legislação
tributária são normas expressamente interpretativas.
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GABARITO
1. a 34. E
2. c 35. E
3. c 36. C
4. a 37. E
5. d 38. E
6. a 39. E
7. d 40. C
8. b 41. C
9. c 42. C
10. a 43. E
11. c 44. E
12. d 45. C
13. a 46. e
14. c 47. E
15. d 48. C
16. d 49. c
17. a 50. E
18. b 51. E
19. a 52. C
20. c 53. C
21. a 54. E
22. b 55. C
23. c 56. e
24. d 57. b
25. a 58. b
26. E 59. b
27. E 60. c
28. C 61. d
29. E 62. a
30. E 63. d
31. C 64. b
32. E 65. d
33. C 66. b
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Diego Degrazia e Lis Ribas
GABARITO COMENTADO
FGV
Nesta questão, devemos nos atentar que o tema central previsto em lei foi o prazo decaden-
cial. Segundo o art. 146 da CF/1988, esse assunto deve ser previsto em lei complementar,
razão pela qual não é válida a ampliação de prazo decadencial por meio de lei ordinária.
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a) Certa. Essa é uma hipótese possível no ordenamento que não se confunde com a isenção
heterônoma. Aqui é a FEDERAÇÃO, a República Federativa do Brasil que está promovendo a
exoneração tributária por meio de um tratado internacional.
b) Errada. Respondem apenas nas situações em que intervierem ou pela omissões que forem
responsáveis.
c) Errada. Não se pode dizer que isso ocorre sempre, pois o art. 103 do CTN traz a possibilida-
de de a Administração alterar essa data, tendo em conta a parte inicial do artigo.
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Diego Degrazia e Lis Ribas
III – Certa. Essa é a redação da alínea “b” do inc. II do art. 106 do CTN.
De acordo com o disposto no art. 100 do CTN, os Decretos não se enquadram no conceito de
normas complementares. Os itens I e II, por sua vez, constam dos incisos do art. 100 abaixo
reproduzido e se enquadram no conceito.
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos
decretos:
I – os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II – as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua
eficácia normativa;
III – as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
IV – os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalida-
des, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.
Letra d.
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A lei deve ser aplicada somente a casos que ocorrerem, ou completarem a sua ocorrência,
após a sua vigência.
Ocorre que o legislador destacou hipóteses em que a lei poderá ser aplicada a casos passa-
dos, nos termos do art. 106, CTN:
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A lei deve ser aplicada somente a casos que ocorrerem, ou completarem a sua ocorrência,
após a sua vigência.
Ocorre que o legislador destacou hipóteses em que a lei poderá ser aplicada a casos passa-
dos, nos termos do art. 106, CTN:
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d) diminuir o percentual da multa aplicável em relação à lei vigente ao tempo da sua prática e
o fato ainda não tiver sido definitivamente julgado;
e) for meramente interpretativa, mesmo para a aplicação de penalidade à infração dos dispo-
sitivos interpretados.
A lei deve ser aplicada somente a casos que ocorrerem, ou completarem a sua ocorrência,
após a sua vigência.
Ocorre que o legislador destacou hipóteses em que a lei poderá ser aplicada a casos passa-
dos, nos termos do art. 106, CTN:
Como se vê, pela redação do art. 106, apenas a alternativa d está correta.
Letra d.
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A lei deve ser aplicada somente a casos que ocorrerem, ou completarem a sua ocorrência,
após a sua vigência.
Ocorre que o legislador destacou hipóteses em que a lei poderá ser aplicada a casos passa-
dos, nos termos do art. 106, CTN:
Como se vê, pela redação do art. 106, II, c a multa a ser aplicada é a de menor valor, altera-
da em 2013.
Letra d.
A lei deve ser aplicada somente a casos que ocorrerem, ou completarem a sua ocorrência,
após a sua vigência.
Ocorre que o legislador destacou hipóteses em que a lei poderá ser aplicada a casos passa-
dos, nos termos do art. 106, CTN:
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II – tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não
tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
Como se vê, pela redação do art. 106, II, c a multa a ser aplicada é a de menor valor, tendo em
conta que o ato ainda não havia sido definitivamente julgado.
Letra a.
I – Errado. A analogia é, de acordo com o CTN, uma das técnicas de INTEGRAÇÃO da legisla-
ção tributária.
II – Certo. Diante da ausência de previsão expressa, a autoridade, primeiramente, tentará iden-
tificar qual legislação tributária poderá ser aplicada a determinado caso concreto por meio da
análise de casos similares.
III – Errado. A analogia é forma de integração e não de interpretação.
IV – Certo. O emprego da analogia não pode resultar na exigência de tributo não previsto em
lei, por força do princípio da legalidade. Note a redação do art. 108 do CTN
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação
tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I – a analogia;
II – os princípios gerais de direito tributário;
III – os princípios gerais de direito público;
IV – a equidade.
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
Letra b.
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A lei deve ser aplicada somente a casos que ocorrerem, ou completarem a sua ocorrência,
após a sua vigência.
Ocorre que o legislador destacou hipóteses em que a lei poderá ser aplicada a casos passa-
dos, nos termos do art. 106, CTN:
O art. 106, I determina que a lei sempre retroage se for meramente para interpretar uma lei que
anteriormente estava mal explicada e causando dúvida sobre sua aplicação.
A interpretação autêntica ocorre quando o parlamento promulga lei esclarecendo o conteúdo
de lei anterior.
Nesse caso, se tal interpretação excluir qualquer aplicação de penalidade ela será aplicada
retroativamente.
Assim, a alternativa A está correta.
A Alternativa B está errada, pois o parlamento pode sim promulgar lei para esclarecer tema
proposto em lei anterior.
A alternativa C está errada pois a interpretação autêntica só retroage se não aplicar penalidades.
A alternativa D está errada pois o objetivo da interpretação autêntica é esclarecer e não dar
novo sentido à lei anterior.
A alternativa E está errada pois se for meramente interpretativa retroagirá.
Letra a.
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c) utilização da analogia.
d) interpretação axiológica.
e) uso de norma expressa existente no ordenamento jurídico para hipótese do princípio
da isonomia.
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação
tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I – a analogia;
Letra c.
( ) Os princípios gerais de direito privado são utilizados no direito tributário para definir os efei-
tos, conteúdo e alcance de seus institutos.
Errado. Nos termos do art. 109 do CTN, tais princípios não são utilizado para definição de efei-
tos tributários.
Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo
e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos
tributários.
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( ) A legislação tributária que defina infrações deve ser interpretada, quanto à capitulação legal
do fato, de forma mais favorável ao acusado.
Errado. Apenas nos casos de dúvida tal interpretação deve ser mais favorável ao acusado.
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira
mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:
I – à capitulação legal do fato;
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III – É interpretada de maneira mais favorável ao contribuinte a legislação tributária que deter-
mine a outorga de isenção.
Errado. Tal situação, de acordo com o art. 11 do CTN, deve ser interpretada de forma literal.
IV – É interpretada de maneira mais favorável ao fisco, no caso de legislação tributária que
define infrações, no caso de dúvida quanto à graduação da penalidade aplicável.
Errado. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da manei-
ra mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto à graduação da penalidade aplicável.
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira
mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:
IV – à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.
Letra b.
De acordo com o art. 108 do CTN são mecanismos de integração da legislação tributária:
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação
tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I – a analogia;
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II – os princípios gerais de direito tributário;
III – os princípios gerais de direito público;
IV – a equidade.
Note que os costumes não constam como ferramenta de interpretação ou integração no capí-
tulo IV do CTN que é legitimado a tratar do tema pelo seu art. 107:
Art. 107. A legislação tributária será interpretada conforme o disposto neste Capítulo.
Letra c.
De acordo com o art. 111 do CTN a legislação que dispõe sobre outorga de isenção deve ser
interpretada de forma literal.
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Assinale:
a) se nenhuma afirmativa estiver correta.
b) se somente a afirmativa I estiver correta.
c) se somente a afirmativa II estiver correta.
d) se somente a afirmativa III estiver correta.
e) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação
tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
[…]
§ 2º O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
II – A lei tributária, expressa ou implicitamente expressa pela Constituição Federal, pode alterar
a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado utiliza-
dos para definir ou limitar competências tributárias.
Errado. De acordo com o art. 110 do CTN, a redação está incorreta
Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos
e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas
Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para de-
finir ou limitar competências tributárias.
III – Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre suspensão, extinção
ou exclusão do crédito tributário.
Errado. De acordo com o art. 111 do CTN, devem ser interpretadas de forma literal apenas as
hipóteses de suspensão ou exclusão.
Cespe/Cebraspe
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Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provi-
sórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
(…)
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos
arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido con-
vertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
Veja que a regra estabelecida na CF diz respeito aos efeitos produzidos pela MP no exercício
financeiro seguinte. Além disso, deve ser convertida em lei até o último dia do exercício em
que foi editada para ter validade no próximo ano, em respeito ao princípio da anterioridade. E
as exceções citadas no § 2º remetem aos impostos II, IE, IPI, IOF e IEG.
Errado.
Vimos na questão anterior que é perfeitamente possível aumentar ou até mesmo instituir im-
postos por meio de medida provisória. A MP não é lei, ela tem apenas força de lei, portanto
não é correto afirmar que MP depende do cumprimento do princípio da legalidade estrita (ou
legalidade cerrada).
Errado.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provi-
sórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
(…)
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Diego Degrazia e Lis Ribas
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edi-
ção, se não forem convertidas em Lei n. prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º,
uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as
relações jurídicas delas decorrentes.
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou
perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos
praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
Então, em resumo:
• constatado caso de relevância e urgência, o presidente edita MP criando ou majorando
algum imposto, submetendo-a de imediato ao CN;
• o CN tem o prazo de 60 dias (prorrogável por igual período) para converter a MP em lei
e disciplinar por Decreto Legislativo as relações jurídicas decorrentes;
• caso o CN não edite o decreto legislativo, as relações jurídico-tributárias decorrentes da
MP conservam-se regidas por ela (§ 11).
Certo.
Como vimos na questão anterior, o prazo é prorrogável uma única vez e por igual período.
Errado.
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Quando ela fala em tributos para custear despesas excepcionais, ela está direcionando a recei-
ta desse tributo para uma determinada despesa. Ora, já estudamos o Princípio da Não Vincula-
ção de Impostos, não sendo possível vincular a receita de um imposto a qualquer órgão, fundo
ou despesa, ressalvadas algumas exceções da CF.
Assim, infere-se que a banca está se referindo na questão somente aos Empréstimos Compul-
sórios, tributo que pode ter sua arrecadação vinculada a uma determinada despesa, como na
questão apresentada.
Entendendo que a questão somente poderia se referir aos EC, perguntamos: é possível instituir
EC por medida provisória? A resposta é não, porque a instituição de EC é matéria reservada a
lei complementar, e a CF veda (proíbe) a edição de MP sobre matéria reservada à lei comple-
mentar (art. 62).
Errado.
Perceba que a questão pede para considerar as disposições do CTN, então é isso que vamos
fazer. Primeiro vamos ver o que o CTN considera como “legislação tributária”:
Art. 96. A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções in-
ternacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre
tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos
decretos:
I – os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II – as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua
eficácia normativa;
III – as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
IV – os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
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Vamos esquecer a historinha e analisar apenas o item. A banca afirma que tratado internacio-
nal relacionado à área tributária pode ser invocado por particulares desde a sua assinatura.
Vejamos o passo a passo para que uma convenção internacional seja incorporada ao direito
interno (Ricardo Alexandre, 2017):
1. Presidente da República assina;
2. Aprovação pelo CN por meio de decreto legislativo;
3. Ratificação pelo PR, por meio de depósito do instrumento;
4. Promulgação pelo presidente da república por meio de decreto presidencial, possibilitando
a publicação oficial e a executoriedade do ato.
Somente depois de todo esse rito é que o tratado produz efeitos no direito interno.
Errado.
Estamos diante de um tratado internacional entre Brasil e Bolívia, então vamos ver o que o CTN
nos diz de importante:
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Assim, temos previsão em nosso ordenamento jurídico para a validade da situação apresenta-
da. No caso, houve a instituição, por parte da União, representando a República Federativa do
Brasil, de isenções de tributos estaduais e municipais, ou seja, fora da competência da União.
Sabemos que não pode um estado conceder isenção sobre um imposto municipal, ou um
município instituir isenção do IPVA estadual, por exemplo. Estaríamos diante de um caso de
isenção heterônoma, quando o ente tributante diverso daquele que tem competência para
instituir o tributo concede alguma isenção. É uma situação vedada, proibida em nosso siste-
ma tributário.
Mas a situação apresentada na questão é bem diferente. A União, ao celebrar o acordo inter-
nacional, agiu em nome da República Federativa do Brasil, Estado soberano, pessoa jurídica
de direito internacional público. Esta sim é autorizada a conceder isenções sobre tributos
federais, estaduais ou municipais. Vamos ver um trecho do julgado que a banca utilizou para
criar a questão:
A cláusula de vedação inscrita no art. 151, inciso III, da Constituição – que proíbe a concessão de
isenções tributárias heterônomas – é inoponível ao Estado Federal brasileiro (vale dizer, à República
Federativa do Brasil), incidindo, unicamente, no plano das relações institucionais domésticas que se
estabelecem entre as pessoas políticas de direito público interno. (…) Nada impede, portanto, que o
Estado Federal brasileiro celebre tratados internacionais que veiculem cláusulas de exoneração tribu-
tária em matéria de tributos locais (como o ISS, p. ex.), pois a República Federativa do Brasil, ao exer-
cer o seu treaty-making power, estará praticando ato legítimo que se inclui na esfera de suas prer-
rogativas como pessoa jurídica de direito internacional público, que detém – em face das unidades
meramente federadas – o monopólio da soberania e da personalidade internacional. (RE 543.943)
Certo.
Diante de toda a explicação da questão anterior, ficou claro que o acordo não é inconstitucio-
nal, uma vez que não é a União que institui uma isenção heterônoma, mas sim a República
Federativa do Brasil, soberana, apenas representada pela União.
Errado.
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Há hierarquia entre leis ordinárias tributárias federais, estaduais e municipais, quando cuidam
de temas que não são de disciplina de normas gerais.
Não há hierarquia entre leis ordinárias tributárias federais, estaduais e municipais. Há apenas a
delimitação das competências de cada ente político, mas não se pode falar em hierarquia entre
leis. Não existe nem mesmo hierarquia entre leis complementares e leis ordinárias, em regra.
Uma lei ordinária não pode tratar sobre assunto reservado à lei complementar, mas nesse
caso a lei ordinária será considerada inconstitucional, e não subordinada hierarquicamente à
lei complementar. O mesmo ocorre entre leis de esferas diferentes. Grave isso: não existe hie-
rarquia na situação apresentada.
Errado.
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos
decretos:
I – os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II – as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua
eficácia normativa;
III – as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
IV – os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalida-
des, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.
Da mesma forma que as medidas provisórias, as leis delegadas também não podem tratar de
matéria reservada à lei complementar. A previsão constitucional está no art. 68:
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Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a
delegação ao Congresso Nacional.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os
de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei
complementar, nem a legislação sobre:
I – organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
II – nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III – planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
Errado.
Primeira coisa que precisa estar bem clara nesse ponto do curso: tributos e multas não se con-
fundem. Multa NÃO é tributo, pois tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda
ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (CTN, art. 3º).
Segundo ponto: várias matérias estão expressamente submetidas ao princípio da reserva le-
gal, exigindo lei que as estabeleça, veja:
A questão fala em multa tributária, ou seja, uma penalidade por uma ação ou omissão con-
trária a um dispositivo legal. Portanto, essa obrigação deve ser instituída por lei, nunca por
decreto do executivo.
Errado.
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Muita atenção aqui. Em uma leitura rápida, podemos inferir que a questão está se referindo
aos convênios do CONFAZ, certo? Os convênios do CONFAZ tratam de benefícios fiscais rela-
cionados ao ICMS, relembre:
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos
decretos:
I – os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II – as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua
eficácia normativa;
III – as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
IV – os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
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Portanto, os convênios celebrados entre os entes federativos têm natureza de normas comple-
mentares, consideradas fonte formal secundária do Direito Tributário, pois complementam as
normas primárias que efetivamente inovam em nosso ordenamento jurídico.
Resumindo:
• Convênios gerais são normas secundárias, adstritos aos limites das normas primárias.
Têm previsão no CTN.
• Convênios do CONFAZ são normas primárias, portanto exceção à regra. São normas pri-
márias, pois têm o poder de conceder benefícios fiscais, ou seja, inovar no ordenamento
jurídico. Têm previsão na CF.
Certo.
É isso mesmo. Apesar de o CTN ser uma lei ordinária em sentido formal, ela possui o status de
lei complementar. Como assim?
O Código Tributário Nacional foi promulgado pela Lei n. 5.172/1966 como uma lei ordinária,
ou seja, uma lei “comum”, que tem seu uso menos restrito em relação a leis complementares.
Nascida em 1966, foi posteriormente recepcionada pela Constituição Federal de 1988, de acor-
do com o que a doutrina chama de “teoria da recepção”. Como o novo ordenamento jurídico
criado pela CF/1988 definiu que uma lei complementar deveria regular a matéria, o CTN então
foi recepcionado com status de lei complementar.
Por isso que se diz que o CTN é uma lei ordinária em sentido formal, mas com status de lei
complementar em sentido material. E, por possuir esse status, suas disposições só podem ser
alteradas por outra lei complementar ou de hierarquia superior, devido à reserva de lei comple-
mentar imposta pela CF.
Certo.
Art. 96. A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções inter-
nacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tribu-
tos e relações jurídicas a eles pertinentes.
Certo.
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Questão sobre a vigência de leis. Como regra geral, a legislação tributária aplica-se a fatos
geradores futuros e aos pendentes (CTN, art. 105). Ocorre que o CTN menciona algumas ex-
ceções, veja:
Logo, é perfeitamente possível a aplicação retroativa da lei em relação à penalidade mais bran-
da sobre ato pendente de julgamento definitivo. Agora vamos analisar o item a ser julgado:
Essa lei não retroage para alcançar prestações de serviço realizadas e sujeitas à incidência do
ISS e infrações tributárias não julgadas e cometidas entre 1º/1/2017 e 1º/9/2017.
Realmente não retroage para aplicação da alíquota maior de ISS, mas retroage na redução em
20% da multa de mora sobre infrações tributárias não julgadas.
Errado.
Não é essa a previsão que consta no CTN. A questão fala em um fato gerador que teve início,
mas que não havia sido concluído, ou seja, um fato gerador pendente. E, quando se trata de
fato gerador pendente, a legislação tributária aplica-se imediatamente. Veja o art. 105
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Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pen-
dentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos
termos do art. 116.
Agora sim, temos a exata previsão do CTN. Para fatos geradores pendentes, teremos a aplica-
ção imediata da legislação tributária, sem a necessidade de nenhuma condição.
Certo.
Questão literal. Basta a análise conjunta dos arts. 100 e 103 do CTN. Vamos esquematizar
para facilitar sua vida:
NA DATA DE SUA
I – atos normativos expedidos por autoridades administrativas;
PUBLICAÇÃO
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Letra e.
Quando se trata de norma tributária interpretativa, temos sim a aplicação retroativa da legisla-
ção. Primeira parte da questão correta.
Agora, quando falamos em norma mais benéfica sobre infrações, aplica-se a ato ou fato preté-
rito somente para atos não definitivamente julgados. Nesse sentido, ela não se aplica diante
de ato amparado pela imutabilidade da coisa julgada.
Vamos rever o art. 106 do CTN:
Aqui é interessante fazer um paralelo com o Direito Penal. Nesse ramo do direito, a aplicação
retroativa de lei mais benéfica aplica-se inclusive a atos definitivamente julgados. Imagine
uma pessoa condenada a cumprir 10 anos de pena. Durante o cumprimento de sua sentença,
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lei nova define uma duração menor da pena para aquele delito. Assim, o condenado terá sua
pena revista, conforme a previsão mais benéfica da lei.
O mesmo não ocorre no Direito Tributário Penal, pois vimos que a lei nova não vai retroagir aos
atos definitivamente julgados.
Errado.
Mais uma sobre aplicação retroativa da legislação tributária, mas agora temos um caso dife-
rente. Perceba que a situação apresentada na questão diz respeito ao tributo em si, e não à
penalidade. A nova legislação tributária reduziu em 50% o próprio tributo, portanto teremos a
aplicação da regra geral:
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos penden-
tes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos
do art. 116.
Assim, é correto concluir que os contribuintes que praticaram fatos geradores sob a vigência
da norma anterior não terão direito ao benefício da nova lei.
Em resumo:
• quando se tratar do tributo em si, a legislação aplicável é a vigente ao tempo da ocorrên-
cia do fato gerador;
• quando se tratar de aplicação de penalidade menos severa sobre atos não definitiva-
mente julgados, teremos a aplicação da lei nova.
Certo.
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o contribuinte resolveu pagar o tributo e ficou sabendo que a alíquota havia sido reduzida para
1%, e a multa, para 25%.
Nessa situação hipotética, o contribuinte deverá recolher o ITBI com alíquota de
a) 2% e pagar multa de 50%, haja vista a lei vigente incidir na data do fato gerador da obrigação
tributária.
b) 1% e pagar multa de 50%, visto que somente retroagem em benefício do contribuinte as
normas de incidência, não as normas punitivas, conforme entendimento construído pelo STJ,
de que, nesse caso, haveria estímulo ao inadimplemento dos tributos e perda de eficácia
do sistema.
c) 2% e pagar multa de 25%, dada a incidência da lei vigente na data do fato gerador da obriga-
ção tributária; no entanto, a norma punitiva retroagirá em benefício do contribuinte, desde que
não seja definitivamente julgada a pretensão na esfera administrativa.
d) 2% e pagar multa de 25%, devido ao fato de que, na época do fato gerador, incidia a alíquota
vigente e que, para o STF, é considerada confiscatória multa de valor superior a 30% do valor
do tributo.
e) 1% e pagar multa de 25%, uma vez que, conforme o direito tributário, as normas mais favo-
ráveis sempre retroagem.
Para fixar!
Quando se tratar do tributo em si, a legislação aplicável é a vigente ao tempo da ocorrência
do fato gerador. A alíquota aplicável será a de 2%, independente se lei posterior aumentou ou
diminuiu sua incidência.
Quando se tratar de aplicação de penalidade menos severa sobre atos não definitivamente
julgados, teremos a aplicação da lei nova. Portanto, em vez de pagar 50% de multa, o contri-
buinte deve pagar apenas 25%, caso não tenha ocorrido o julgamento definitivo.
É exatamente isso o que diz a letra C de forma bem didática e cristalina.
Letra c.
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação
tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
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I – a analogia;
II – os princípios gerais de direito tributário;
III – os princípios gerais de direito público;
IV – a equidade.
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
§ 2º O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação
tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I – a analogia;
II – os princípios gerais de direito tributário;
III – os princípios gerais de direito público;
IV – a equidade.
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
§ 2º O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
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Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação
tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I – a analogia;
II – os princípios gerais de direito tributário;
III – os princípios gerais de direito público;
IV – a equidade.
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
§ 2º O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
Portanto, uma vez que contribuições sociais são uma espécie de tributo, realmente não é pos-
sível utilizar a analogia para exigir tributo não previsto em lei.
Certo.
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A questão afirma exatamente o disposto no § 1º do art. 108/CTN, mas com outra redação
mais complicada. Compare os textos:
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
Certo.
Na verdade, a tarefa de definir os efeitos tributários cabe à própria legislação tributária, e não
aos preceitos do Direito Civil (privado). Veja o art. 109/CTN:
Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo
e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos
tributários.
Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos
e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas
Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para de-
finir ou limitar competências tributárias.
Errado.
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Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
I – suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II – outorga de isenção;
III – dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
Certo.
FCC
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tributária municipal do ISSQN. Não obstante isso, a referida autoridade, mesmo depois de ter
analisado detidamente a lei tributária que define infrações e comina penalidades para os fa-
tos comprovadamente praticados pelo contribuinte, continuava em dúvida quanto à natureza
da penalidade aplicável e, também, quanto à graduação dessa penalidade. De acordo com
o Código Tributário Nacional, aquela autoridade deveria interpretar a mencionada lei tributá-
ria municipal
a) de maneira mais favorável à Fazenda Pública, o que significa interpretá-la de maneira mais
desfavorável ao acusado.
b) de maneira mais favorável ao acusado.
c) com equidade, ainda que isso resultasse na dispensa do pagamento de tributo devido.
d) de maneira mais desfavorável ao acusado, no tocante à natureza da penalidade aplicável, e
de maneira mais favorável, porém, em relação a sua graduação.
e) de maneira mais favorável ao acusado, no tocante à natureza da penalidade aplicável, e de
maneira mais desfavorável, porém, em relação a sua graduação.
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira
mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:
I – à capitulação legal do fato;
II – à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos;
III – à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
IV – à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.
Letra b.
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Art. 101. A vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária rege-se pelas disposições legais
aplicáveis às normas jurídicas em geral, ressalvado o previsto neste Capítulo.
Quanto à alternativa c, preste atenção na CF/1988, art. 24, I, que destaca que o Direito Tributá-
rio é legislado concorrentemente pela União, estados e Distrito Federal.
Letra b.
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Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalida-
des, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.
d) Errada. De fato, o art. 112 do CTN prevê que a lei que define infrações e comina penalidades
deve ser interpretada de forma mais favorável ao acusado, em caso de dúvida em relação a de-
terminados elementos, no entanto, não fez nenhuma ressalva quanto ao pobre como descrito
na alternativa:
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira
mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:
I – à capitulação legal do fato;
II – à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos;
III – à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
IV – à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.
e) Errada. A situação descrita na alternativa deve ser objeto de lançamento de ofício, que será
visto futuramente no curso, nos termos do CTN, art. 149, VI:
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes
casos:
[…]
VI – quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado,
que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária.
Letra c.
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II – outorga de isenção;
III – dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
Letra d.
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Art. 96. A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções interna-
cionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos
e relações jurídicas a eles pertinentes.
[…]
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos
decretos:
I – os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas.
Letra d.
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c) o contribuinte não pode mais questionar em juízo a autuação porque foi a mesma julgada
irrecorrivelmente no âmbito administrativo.
d) por se tratar de ato definitivamente julgado não há como uma lei nova retroagir para alcan-
çar o fato praticado pelo contribuinte, ainda que esta lei preveja que o fato deixa de ser consi-
derado infração.
e) uma lei nova que preveja que o fato deixa de ser considerado infração pode retroagir para
alcançar o fato praticado pelo contribuinte, pois as normas que definem infração à legislação
tributária são normas expressamente interpretativas.
Se uma lei hoje destacar que determinado ato/fato não é mais considerado infração, e o referi-
do ato/fato antes praticado ainda não tiver sido definitivamente julgado, a referida lei aplica-se
a ele, nos termos do CTN, art. 106, II, “a”:
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Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I – em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade
à infração dos dispositivos interpretados;
II – tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não
tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
Letra b.
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Diego Degrazia
Professor em cursos para concursos em Porto Alegre e em cursos online. Jornalista. Graduando em Direito.
Atualmente, é auditor-fiscal da Receita Estadual/RS (ICMS-RS), aprovado em 24º lugar no concurso de
2009. Foi assistente técnico administrativo do Ministério da Fazenda, aprovado em 12º lugar. Foi também
aprovado em 1º lugar no concurso de analista de Orçamentos do Ministério Público da União. É o fundador
do Grupo de Estudos do Degrazia, no Facebook, comunidade que reúne mais de 11 mil concurseiros de
todo o País. Orientador de alunos, ajudou diretamente na aprovação de diversos alunos nos principais
concursos fiscais do País, em especial na 1º colocação do ICMS-SC.
Lis Ribas
Auditora Pública Externa do TCE-RS, Especialista em Direito Tributário pela UFBA (2014), já advogou na
área tributária e foi aprovada nos seguintes concursos: Analista do MP-AL (2018); Auditora TCM-BA
(2018); Analista de Planejamento e Orçamento da Câmara Municipal de Maceió-AL (2018); Analista de
Controle Interno de Maceió (2017).
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