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Adinoél Sebastião
CTN - Perguntas e Respostas : Livro II
Data da publicação: dez/20008

Livro Segundo
Normas Gerais de Direito Tributário

Legislação Tributária
-Disposições Gerais
--Disposição Preliminar

1. O que compreende a legislação tributária?


Compreende as leis, os tratados e convenções internacionais, os decretos e as normas
complementares.

--Leis, Tratados e Convenções Internacional, Decretos

2. O que somente a lei pode estabelecer?


Somente pode estabelecer:
1. Instituição de tributos.
2. Extinção de tributos.
3. Majoração de tributos.
4. Fixação de alíquota de tributo.
5. Fixação da base de cálculo do tributo.
6. Penalidades.
7. Suspensão do crédito tributário.
8. Extinção do crédito tributário.
9. Exclusão do crédito tributário.

3. O que é equiparado à majoração do tributo?


A modificação da sua base de cálculo que importe tornar o tributo mais oneroso.

4. O que não é considerado majoração do tributo?


A atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.

5. Podem os tratados e as convenções internacionais alterar a legislação tributária do


Brasil?
Sim. Os tratados e as convenções internacionais podem revogar a legislação tributária interna, e
devem ser observados pela legislação posterior a eles.

6. Qual é o alcance de um decreto para efeitos tributários?


O alcance de um decreto deve restringir-se ao conteúdo da lei em função da qual o decreto foi
expedido.

--Normas Complementares

7. O que são normas complementares?


São normas que complementam as leis, os tratados e as convenções internacionais e os decretos.

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8. Quais são as normas complementares citadas pelo CTN?


1. Atos normativos.
2. Decisões de órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa.
3. Práticas administrativas reiteradas.
4. Convênios.

9. Quem pode expedir atos normativos?


As autoridades administrativas.

10. Quem pode expedir decisões de jurisdição administrativa?


Órgãos singulares e coletivos de jurisdição administrativa.

11. Quem pode celebrar convênios na esfera tributária?


1. União.
2. Estados.
3. Municípios.
4. Distrito Federal.

12. O que acontece se observada uma norma complementar pelo contribuinte?


1. Exclui a imposição de penalidades.
2. Exclui a cobrança de juros.
3. Exclui a atualização monetária da base de cálculo do tributo.

Vigência da Legislação Tributária

13. O que é vigência da legislação tributária?


Numa linguagem comum podemos dizer que a vigência informa a partir de quando (tempo) e em
que local (espaço) passar a valer uma norma tributária.

14. O que rege a vigência da legislação tributária?


1. As disposições legais que regem as normas jurídicas em geral.
2. O próprio CTN.

15. A legislação tributária dos Estados, Distrito Federal e Municípios pode vigorar fora
dos seus territórios?
Sim.
A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá vigorar fora de seus
territórios conforme definição:
1. Em convênios (entre os entes) que reconheçam a extraterritorialidade.
2. Conforme o CTN.
3. Conforme outras leis de normas gerais expedidas pela União.

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16. Quando entra em vigor um ato administrativo?


Na data da sua publicação.

17. Quando entra em vigor uma decisão de órgão singular ou coletivo de jurisdição
administrativa?
Trinta dias após a sua publicação.

18. Quando entra em vigor um convênio?


Na data prevista no convênio.

19. Cite impostos incidentes sobre o patrimônio e a renda.


ITR, IPVA, ITCMD, IPTU, ITBI, IR.

20. Quais as situações referentes aos impostos sobre o patrimônio e a renda que
entram em vigor somente no primeiro dia do exercício seguinte ao da publicação
segundo o CTN?
1. Instituição desses impostos.
2. Majoração desses impostos.
3. Redução de isenção sobre esses impostos.
4. Extinção de isenção sobre esses impostos.

Aplicação da Legislação Tributária

21. Sobre quais fatos é aplicada uma nova legislação sobre tributos?
É aplicada:
1. Aos fatos geradores futuros.
2. Aos fatos geradores pendentes.

22. O que são fatores geradores tributários pendentes?


São aqueles fatos que já tiveram início, mas ainda não estão concluídos.

23. Uma lei tributária poderá ser aplicada a atos ou fatos pretéritos (passados)?
Sim.

24. Em quais casos passados pode ser aplicada uma lei tributária?
1. Em qualquer caso quando a lei for apenas interpretativa, isto é, a nova lei interpreta uma outra
lei ou fato gerador passado.
2. No caso de se tratar de ato não julgado definitivamente.

25. Uma lei interpretativa poderá aplicar penalidades a atos e fatos passados?

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Uma lei quando for apenas interpretativa não pode aplicar penalidades para a infração dos
dispositivos interpretados.

26. Quando é aplicada uma lei a fato passado ainda não julgado definitivamente?
1. Quando deixe de definir o ato como infração.
2. Quando deixe de tratar o ato como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão. Neste
caso o ato não pode ter sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo.
3. Quando comine ao ato penalidade menos severa que a prevista na lei vigente quando o ato foi
praticado.

Interpretação e Integração da Legislação Tributária

27. Como será interpretada a legislação tributária?


Conforme o capítulo VI, livro segundo do CTN.

28. Quando não houver disposição expressa, como a autoridade competente aplicará a
legislação tributária?
Quando não houver disposição expressa na legislação tributária a autoridade competente utilizará
sucessivamente nessa ordem:
1. Analogia.
2. Princípios Gerais de Direito Tributário.
3. Princípios Gerais de Direito Público.
4. Equidade.

29. Quando a autoridade competente utilizar a analogia poderá criar tributo?


Não.
Do emprego da analogia não poderá resultar em tributo não previsto em lei.

30. Através do emprego da equidade a autoridade competente poderá dispensar o


pagamento de tributo?
Não.
O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa de pagamento de tributo devido.

31. Quando é que se utilizam os princípios gerais de Direito Privado para efeitos
tributários?
Os princípios gerais de Direito Privado são utilizados para efeitos tributários apenas para:
1. Pesquisa da definição dos seus institutos.
2. Pesquisa da definição do seu conteúdo.
3. Pesquisa da definição do seu alcance.
4. Pesquisa da definição dos seus conceitos.
5. Pesquisa da definição das suas formas.

32. Os princípios gerais de Direito Privado podem ser utilizados para definir efeitos
tributários?

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Não.

33. A lei tributária para definir ou limitar competências tributárias pode alterar a
definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de Direito Privado?
Não.

34. Quando se interpreta literalmente a legislação tributária?


DOA-S-EX-O
1. Dispensa das obrigações acessórias.
2. Suspensão do crédito tributário.
3. Exclusão do crédito tributário.
4. Outorga de isenção.

35. Quando a lei tributária que define infrações ou comine penalidades pode ser
interpretada de maneira favorável ao acusado?
Quando houver dúvida quanto:
1. Quanto à capitulação legal do fato.
2. Quanto à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos efeitos
do fato.
3. Quanto à autoria, imputabilidade ou punibilidade.
4. Quanto à natureza da penalidade aplicável ou à sua graduação.

Obrigação Tributária
-Disposições Gerais

36. Como pode ser a obrigação tributária?


A obrigação tributária pode ser obrigação tributária principal e obrigação tributária acessória.

37. Como surge a obrigação tributária principal?


A obrigação tributária principal surge com a ocorrência do fato gerador.

38. Qual o objeto da obrigação tributária principal?


O objeto da obrigação tributária principal é o pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária.

39. Como se extingue uma obrigação tributária principal?


Com o crédito dela decorrente.
(De acordo com o CTN temos várias modalidades de extinção do crédito tributário. Extinguindo-se
o crédito tributário extingue-se a obrigação tributária principal).

40. De onde decorre a obrigação tributária acessória?


Decorre da legislação tributária.

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41. Qual é o objeto da obrigação tributária acessória?


O objeto da obrigação tributária acessória são as prestações positivas e negativas previstas na
legislação tributária no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

42. Uma obrigação tributária acessória pode vir a tornar-se uma obrigação tributária
principal?
Sim. Quando não observado a obrigação tributária acessória, converte-se em principal em relação à
penalidade pecuniária pela inobservância da obrigação tributária acessória.

-Fato Gerador

43. O que é o fato gerador da obrigação tributária principal?


É a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.

44. O que é o fato gerador da obrigação tributária acessória?


É qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou abstenção de ato
que não configure obrigação tributária principal.

45. Quando ocorre o fato gerador numa situação de fato?


Salvo disposição de lei em contrário, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias
materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios.

46. Quando ocorre o fato gerador numa situação jurídica?


Salvo disposição de lei em contrário, desde o momento em que esteja definitivamente constituída a
situação jurídica, nos termos do direito aplicável.

47. Pode a autoridade administrativa desconsiderar atos ou negócios jurídicos?


Sim.

48. Quando a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios


jurídicos?
Quando os atos ou negócios jurídicos forem praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência
do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constituídos da obrigação tributária,
observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.

49. Qual é o tipo de lei que define como os atos ou negócios jurídicos podem ser
desconsiderados?
Lei ordinária.

50. Numa condição suspensiva quando o negócio jurídico reputa-se perfeito e acabado?

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Salvo disposição de lei em contrário, desde o momento de seu implemento.


(Quando a condição que estava suspensa acontece no mundo real).

51. Numa condição resolutiva quando o negócio jurídico reputa-se perfeito e acabado?
Salvo disposição de lei em contrário, desde o momento da prática do ato ou celebração negócio.
(Desde quando se fecha o acordo).

52. Quando se vai definir um fato gerador deve ser feita uma interpretação. Como deve
ser feita essa interpretação para definir o fato gerador?
A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:
1. Abstraindo-se da validade dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou
terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos.
2. Abstraindo-se dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

-Sujeito Ativo

53. Quem é o sujeito ativo da obrigação tributária?


É a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.

54. Os direitos tributários podem ser sub-rogados a outra pessoa jurídica de direito
público?
Sim.
Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir pelo
desmembramento territorial de outra, sub-roga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária
aplicará até que entre em vigor a sua própria.

-Sujeito Passivo
--Disposições Gerais

55. Quem é o sujeito passivo da obrigação tributária principal?


É a pessoa (física ou jurídica) obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

56. Quando o sujeito passivo da obrigação tributária principal é chamado de


contribuinte?
Quando ele tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.

57. Quando o sujeito passivo da obrigação tributária principal é chamado de


responsável?
Quando ele sem revestir a condição de contribuinte, tenha uma obrigação decorrente de disposição
expressa na LEI.

58. Quem é o sujeito passivo da obrigação tributária acessória?

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É a pessoa (física ou jurídica) obrigada às prestações que constituam objeto da obrigação tributária
acessória.

59. As convenções particulares, relativas à responsabilidade pelos pagamentos de


tributos, podem ser opostas à Fazenda Pública?
Salvo disposição de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelos
pagamentos de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública.

60. As convenções particulares podem modificar a definição do sujeito passivo das


obrigações tributárias?
Salvo disposição de lei em contrário, as convenções particulares não podem modificar a definição
do sujeito passivo das obrigações tributárias.

--Solidariedade

61. Em relação ao Direito Tributário quem são as pessoas solidariamente obrigadas?


1. As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação
principal.
2. As pessoas expressamente designadas na LEI.

62. A solidariedade comporta benefício de ordem?


Não.

Benefício de ordem
O benefício de ordem é um direito que tem o fiador de só responder pela dívida se, primeiramente,
for acionado o devedor principal e este não cumprir a obrigação de pagar.

63. Quais os efeitos da solidariedade no Direito Tributário?


Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
1. O pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita os demais.
2. A isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, SALVO se outorgada
pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade aos demais pelo saldo.
3. A interrupção ou prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica os
demais.

--Capacidade Tributária

64. O que é capacidade tributária passiva?


É a capacidade de pagar tributos.

65. A capacidade tributária passiva depende de algo em relação a pessoa?


A capacidade tributária passiva independe:
1. Da capacidade civil das pessoas naturais.

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2. De achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício
das atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direita de seus bens ou
negócios.
3.De estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade
econômica ou profissional.

--Domicílio Tributário

66. Onde fica o domicílio tributário do contribuinte ou responsável?


Fica no local eleito pelo contribuinte ou responsável.

67. Se o contribuinte ou responsável não eleger um domicílio tributário qual será este?
Se o contribuinte ou responsável não eleger um domicílio tributário, na forma da legislação
aplicável, considera-se como domicílio tributário:
1. Quanto às pessoas naturais, a sua residencial habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida,
o centro habitual da sua atividade.
2. Quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou,
em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento.
3. Quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da
entidade tributante.

68. Quando o contribuinte ou responsável não elege o seu domicílio tributário e não é
possível aplicar as regras para esta falta de eleição, qual será o domicílio tributário
conforme o CTN?
Será o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à
obrigação.

69. Sempre que o contribuinte ou responsável eleger um domicílio tributário, este


deverá ser sempre aceito pela autoridade administrativa?
Não. A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a
arrecadação ou fiscalização do tributo.

70. Se a autoridade administrativa recusa o domicílio tributário eleito pelo contribuinte


ou responsável, então qual será o domicílio tributário?
Será o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à
obrigação.

-Responsabilidade Tributária
--Disposição Geral

71. O que é responsabilidade tributária?


É quando a LEI de modo expresso atribui a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do

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contribuinte ou atribuindo a responsabilidade ao contribuinte em caráter supletivo do cumprimento


total ou parcial da referida obrigação.

--Responsabilidade dos Sucessos

72. O que é responsabilidade dos sucessores?


É a responsabilidade que adquiri uma pessoa ao suceder uma outra pessoa na relação tributária.

73. A qual crédito se aplica a responsabilidade dos sucessores?


Aplica-se aos créditos tributários:
1. Definitivamente constituídos na data da sucessão.
2. Em curso de constituição na data da sucessão.
3. Aos constituídos posteriormente desde que relativos a obrigações tributárias surgida até a data
da sucessão.

74. Como ficam os créditos tributários sobre a propriedade de bens imóveis na


responsabilidade dos sucessores?
Os créditos tributários sub-rogam-se na pessoa dos adquirentes:
1. Relativos aos IMPOSTOS cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens
imóveis.
2. Relativos às TAXAS pela prestação de serviços relativos aos bens imóveis.
3. Relativos à CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA relativa aos bens imóveis.
Salvo quando constar do título (de compra ou transferência) a prova de quitação dos créditos
tributários.

75. A sub-rogação ocorre em hasta pública (leilão)?


Sim. A sub-rogação nesse caso ocorre sobre o preço pago.

76. Quem é pessoalmente responsável na responsabilidade dos sucessores?


1. O adquirente ou remitente, pelos tributos devidos relativos aos bens adquiridos ou remidos.
2. O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo “de cujus” até a
data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão, do legado
ou meação.
3. O espólio, pelos tributos devidos pelo “de cujus” até a data da abertura da sucessão.

77. Como fica a responsabilidade tributária da pessoa jurídica de direito privado que
resultar de uma fusão, transformação ou incorporação?
A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra
ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas de
direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

78. Como fica a responsabilidade tributária de pessoa jurídica de direito privado


extinta?

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Quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou
seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual, quem continuar essa
atividade é que fica responsável.

79. Como fica a responsabilidade tributária quando uma pessoa jurídica de direito
privado é adquirida por outra pessoa?
A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de
comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva
exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos
tributos devidos até a data do ato:
1. Integralmente  se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade.
2. Subsidiariamente  se o alienante prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6 meses a
contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou
profissão.

80. Quando é que a pessoa adquirente não assume responsabilidade tributária no caso
de aquisição de uma pessoa jurídica de direito privado?
Quando a aquisição for feita através de alienação judicial:
1. De pessoa jurídica em processo de falência.
2. De filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.

81. Em que casos, mesmo sendo a aquisição feita em alienação judicial, fica o
comprador responsável pelos tributos até a data da aquisição da pessoa jurídica de
direito privado?
Quando o adquirente for:
1. Sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor
falido ou em recuperação judicial.
2. Parente, em linha reta ou colateral até o 4o grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em
recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios.
3. Identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de
fraudar a sucessão tributária.

--Responsabilidade de Terceiros

82. Qual é o tipo de responsabilidade daqueles que intervêm em atos ou omissões que
forem responsáveis nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da
obrigação principal do contribuinte?
Responsabilidade solidária.

83. Quem são as pessoas que nos casos de impossibilidade de exigência da obrigação
principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que
intervierem ou pelas omissões de quem forem responsáveis?
1. Os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores.
2. Os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados e curatelados.
3. Os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes.

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4. O inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio.


5. O síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida e pelo concordatário.
6. Os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício.
7. Os sócios, no caso de liquidação de sociedades de pessoas.

84. A qual tipo de penalidades estão sujeitos as pessoas que são responsáveis
solidárias com o contribuinte?
Apenas as penalidades de caráter moratório.

85. O que acontece com aquela pessoa que é responsável solidária com o contribuinte
perante uma obrigação tributária praticada com excessos de poderes ou infração da lei,
contrato social ou estatuto?
Essa pessoa passa a ser pessoalmente responsável pela obrigação tributária.

86. Quais são as pessoas que são consideradas pessoalmente responsáveis por uma
obrigação tributária após praticarem atos com excessos de poderes ou infração da lei,
contrato social ou estatuto?
1. Os pais, pelos tributos devidos pelos filhos.
2. Os tutores e curadores, pelos tributos devidos pelos tutelados e curatelados.
3. Os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes.
4. O inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio.
5. O síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida e pelo concordatário.
6. Os tabeliães, os escrivães e os demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os
atos praticados por eles, ou perante eles, em razão de seu ofício.
7. Os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
8. Os mandatários, prepostos e empregados.
9. Os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

--Responsabilidade por Infrações

87. A atribuição de responsabilidade por infração a legislação tributária depende da


vontade da pessoa?
Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária
independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza ou extensão dos
efeitos do ato.

88. Toda infração a legislação tributária gera responsabilidade pessoal?


Não. Aquelas infrações praticadas por pessoa no exercício regular de administração, mandato,
função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa por quem de direito, não geram
responsabilidade pessoal.

89. Quando a pessoa fica pessoalmente responsável pela obrigação tributária?


1. Quando comete infrações conceituadas como crimes ou contravenções.

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2. Quando comete infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar.
3. Quando comete infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico quando são
solidárias com o contribuinte (ver artigos 134 e 135 do CTN).

90. A responsabilidade pela infração pode ser excluída?


Sim, pela denúncia espontânea.

91. Como funciona a exclusão da responsabilidade pela denúncia espontânea?


Quando uma pessoa comete uma infração, a responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea
da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo e dos juros de mora, ou do
depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo
dependa de apuração.

92. Sempre será considerada a denúncia espontânea?


Não. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento
administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.

Crédito Tributário
-Disposições Gerais

93. De onde decorre o crédito tributário?


Decorre da obrigação tributária.

94. Qual a natureza do crédito tributário?


O crédito tributário tem a mesma natureza da obrigação tributária que lhe origem.

95. A obrigação tributária é afetada por alterações do crédito tributário?


Não. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as
garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a
obrigação tributária que lhe deu origem.

-Constituição do CT
--Lançamento

96. A quem compete o lançamento?


Compete exclusivamente a autoridade administrativa.

97. O que é lançamento?


É o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar
o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

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98. Como deve ser a atividade administrativa referente ao lançamento?


É vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.

99. O que acontece com o valor tributário expresso em moeda estrangeira?


Salvo disposição de lei em contrário, o valor tributário expresso em moeda estrangeira, quando do
lançamento deve ser convertido em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato
gerador da obrigação.

100. Qual a lei a ser observada no momento do lançamento?


A lei a ser observada no momento do lançamento é lei vigente no momento da ocorrência do fato
gerador, ainda que esta lei tenha sido posteriormente modificada ou revogada.

101. Pode ser aplicada uma lei posterior à ocorrência do fato gerador ao lançamento?
Sim, pode. Pode aplicar-se ao lançamento a legislação que tenha instituído novos critérios de
apuração ou processos de fiscalização, ampliando os poderes de investigação das autoridades
administrativas, ou que tenha outorgado ao crédito tributário maiores garantias e privilégios,
exceto, neste último caso, para efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.

102. Pode o lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo ser modificado?


Sim, pode.

103. Em quais casos pode o lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo ser
modificado?
1. Impugnação do sujeito passivo.
2. Recurso de ofício.
3. Iniciativa de ofício da autoridade administrativa.

104. Modificações introduzidas pelas autoridades administrativas nos critérios do


lançamento são livres?
Não.
A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão administrativa, nos critérios
jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser
efetivada, em relação a um mesmo contribuinte, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente a
introdução da modificação.

--Modalidades de Lançamento

105. Quais são as modalidades de lançamento?


1. Lançamento por declaração.
2. Lançamento de ofício.
3. Lançamento por homologação.

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106. Quando e como é efetuado o lançamento por declaração?


O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou
outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre
matéria de fato, indispensável à sua efetivação.

107. A retificação de uma declaração por iniciativa do próprio declarante é admissível?


A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir
tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o
lançamento.

108. É possível a retificação de uma declaração pela autoridade administrativa?


Sim. Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela
autoridade administrativa a que competir a revisão daquela declaração.

109. Quando a autoridade administrativa utilizará a arbitragem?


Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens,
direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará
aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os
esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro
legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa
ou judicial.

110. Quando e como o lançamento pode ser feito de oficio e revisto de ofício?
1. Quando a lei assim o determine.
2. Quando a declaração não seja prestada , por quem de direito, no prazo e na forma da legislação
tributária.
3. Quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos da
legislação tributária, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de
esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste
satisfatoriamente, a juízo da autoridade administrativa.
4. Quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na
legislação tributária como sendo de declaração obrigatória.
5. Quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no
exercício do lançamento por homologação.
6. Quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado,
que dê lugar a aplicação de penalidade pecuniária.
7. Quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo,
fraude ou simulação.
8. Quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento
anterior.
9. Quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da
autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.

111. Até quando pode a autoridade administrativa rever de ofício o lançamento?

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A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.

112. Quando e como ocorre o lançamento por homologação?


O lançamento por homologação ocorre quanto a tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo
o dever de antecipar o pagamento do tributo sem prévio exame da autoridade administrativa, e
opera-se pelo ato em que a autoridade administrativa ao tomar conhecimento da atividade assim
exercida pelo obrigado, expressamente homologa essa atividade.

113. No lançamento por homologação o pagamento antecipado pelo obrigado extingue


de vez o crédito tributário?
Não. O pagamento antecipado pelo obrigado extingue o crédito, sob condição resolutória da
ulterior homologação ao lançamento.

114. Os atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro,
visando à extinção total ou parcial do crédito tributário influenciam a obrigação
tributária?
Não.

115. Os atos anteriores à homologação, práticos pelo sujeito passivo ou por terceiro,
visando à extinção total ou parcial do crédito tributário devem ser considerados na
apuração do saldo a pagar (porventura devido) ou imposição de penalidade pecuniária?
Sim.

116. Quando se considera homologado o lançamento e definitivamente extinto o


crédito tributário nos casos de lançamento por homologação.
1. Quando a autoridade administrativa expressamente homologa o lançamento.
2. Se a lei não fixar prazo diferente, será ele de 5 anos, a contar da ocorrência do fato gerador,
salvo comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

-Suspensão do CT
--Disposição Geral

117. O crédito tributário pode ser suspenso?


Sim.

118. O que suspende o crédito tributário?


1. Moratória.
2. O depósito do seu montante integral.
3. A concessão de medida liminar em mandado de segurança.
4. A concessão de medida liminar ou de tutela antecipado, em outras espécies de ação judicial.
5. O parcelamento.

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119. A suspensão do crédito tributário também suspende as demais obrigações


dependentes da obrigação principal cujo crédito tributário seja suspenso?
Não. A suspensão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou delas conseqüentes.

--Moratória

120. Quais os tipos de moratória?


1. Moratória em caráter geral.
2. Moratória em caráter individual.

121. Quem pode conceder a moratória em caráter geral?


1. A pessoa jurídica de direito público que tem competência para instituir o tributo a que se refira a
moratória.
2. A União, quanto a tributos de competência dos Estados, Distrito Federal e Municípios, quando ao
mesmo tempo conceda moratória quanto aos tributos de competência federal e às obrigações de
direito privado.

122. Quem pode conceder a moratória em caráter individual?


A autoridade administrativa, por despacho, desde que autorizada por lei.

123. A lei que concede a moratória tem que abranger todo o território da entidade
tributante?
A lei concessiva da moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade apenas a
determinada região de pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou
categoria de sujeitos passivos.

124. Quais os requisitos que devem se especificados na lei da moratória?


A lei que conceda moratória em caráter geral ou que autorize sua concessão em caráter individual:
1. O prazo de duração da moratória.
2. As condições da concessão do favor em caráter individual.
3. Os tributos a que se aplica a moratória.
4. O número de prestações e seus vencimentos, dentro do prazo de duração da moratória,
podendo atribuir a fixação das prestações e dos vencimentos à autoridade administrativa, para
cada caso de concessão em caráter individual.
5. As garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter
individual.

125. Quais os créditos tributários que abrangem a moratória?


Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente
constituídos até a data da lei ou do despacho que a conceder, cujo lançamento já tenha sido
iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo.

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126. Em quais casos a moratória não pode ser concedida?


Nos casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício do sujeito
passivo.

127. Em qual caso a moratória gera direito adquirido?


Nos casos de concessão de moratória em caráter geral.

128. Em qual caso a moratória não gera direito adquirido?


Nos casos de concessão de moratória em caráter individual não gera direito adquirido.

129. A moratória pode ser revogada de ofício?


Sim, nos casos de concessão de moratória em caráter individual sempre que se apure que o
beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de
cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora.

130. Quando a moratória é revogada de ofício incide alguma penalidade para


beneficiado?
1. Haverá penalidade cabível quando o beneficiado para receber o favor utilizou-se de dolo, fraude
ou simulação, ou quando terceiro praticou tais atos em benefício do beneficiado.
2. Não haverá penalidades, nos demais casos.

131. Nos casos de revogação da moratória o que acontece com o prazo decorrido entre
a concessão do favor e a revogação do favor?
1. Quando o beneficiado utilizou-se de dolo, fraude ou simulação o tempo decorrido entre a
concessão da moratória e sua revogação não se computa para efeito de prescrição do direito à
cobrança do crédito.
2. Quando o beneficiado não utilizou nenhum artifício para conseguir o favor, a revogação só pode
ocorrer antes de prescrito o direito à cobrança do crédito.

132. O parcelamento pode ser concedido por lei geral?


Não. Somente em lei específica.

133. O parcelamento exclui a incidência de juros e multas?


Não.

134. O CTN é aplicado ao parcelamento diretamente?


Não. Apenas subsidiariamente.

135. Quando não existir lei específica de ente da Federação para o parcelamento para o
devedor em recuperação judicial, como fica?

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A inexistência de lei específica para o parcelamento importa na aplicação das leis gerais de
parcelamento do ente da Federação ao devedor em recuperação judicial, não podendo, neste caso,
ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela lei federal específica.

-Extinção do CT
--Modalidades de Extinção

136. Quais as modalidades de extinção do crédito tributário?


1. Pagamento.
2. Compensação.
3. Transação.
4. Remissão.
5. Prescrição.
6. Decadência.
7. Conversão de depósito em renda.
8. Pagamento antecipado e a homologação do lançamento.
9. Consignação em pagamento.
10. Decisão administrativa irreformável.
12. Dação em pagamento de bens imóveis.

--Pagamento

137. Quando se impõe penalidade sobre um crédito tributário ilide-se o mesmo?


Não. A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do crédito tributário.

138. O pagamento de uma parcela do crédito tributário importa presunção de


pagamento de todo o crédito tributário ou outros créditos tributários?
Não. O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento:
1. Quando parcial, das prestações em que se decomponha.
2. Quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos.

139. Onde deve ser feito o pagamento do crédito tributário?


Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição
competente do domicílio do sujeito passivo.

140. Quando vence o crédito tributário?


Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre
trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento.

141. Pode haver desconto pelo pagamento antecipado do crédito tributário?


Sim. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento.

142. O que acontece quando o crédito tributário não é pago no vencimento?

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O crédito tributário não pago integralmente no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual
for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da
aplicação de quaisquer medidas de garantias previstas no CTN ou em outra lei tributária.

143. Qual é a taxa dos juros de mora prevista no CTN?


Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao
mês.

144. Pode haver hipótese que não caiba a imposição de juros de mora ou penalidades
quando do pagamento fora do prazo?
Não se aplicam juros de mora ou penalidades para pagamento do crédito tributário fora do prazo
na pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo de pagamento do crédito.

145. Quais os modos de pagamento do crédito tributário?


1. Em moeda corrente, cheque ou vale postal.
2. Em estampilha, em papel selado, ou processo mecânico, nos casos previstos em lei.

146. A legislação tributária pode exigir garantias para o pagamento do crédito


tributário?
Sim. A legislação tributária pode determinar as garantias exigidas para o pagamento por cheque ou
vale postal, desde que não torne o pagamento mais oneroso ou impossível que o pagamento em
moeda corrente.

147. Quando se considera extinto o pagamento feito por cheque?


O pagamento por cheque somente se considera extinto com o resgate do cheque pelo sacado.

148. Quando se considera extinto o pagamento feito em estampilha?


O crédito tributário pago em estampilha somente se considera extinto com a inutilização regular
daquela, ressalvado o lançamento por homologação.

149. Quando o sujeito passivo perde ou destrói a estampilha ou erra no pagamento,


tem direito à restituição do valor?
Não. A perda ou destruição da estampilha, ou o erro no pagamento por esta modalidade, não dão
direito à restituição, salvo nos casos expressamente previstos na legislação tributária, ou naquelas
em que o erro seja imputável à autoridade administrativa.

150. Quais modos de pagamento equiparam-se à estampilha?


1. Pagamento em papel selado.
2. Pagamento por processo mecânico.

151. O que é imputação de pagamento?

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É quando a autoridade administrativa direciona o pagamento para determinados débitos do sujeito


passivo. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para
com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou
provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente
para receber o pagamento determinará a respectiva imputação.

152. Existe alguma ordem ou regra para fazer a imputação?


A autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a imputação,
obedecidas às seguintes regras, na ordem abaixo:
1.
Em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria do sujeito passivo.
Em segundo lugar, aos débitos decorrentes de responsabilidade tributária do sujeito passivo.

2.
Primeiro as contribuições de melhoria.
Depois as taxas.
Por fim os impostos.

3.
Ordem crescente dos prazos de prescrição (primeiro os mais antigos).

4.
Ordem decrescente dos montantes (do maior para o menor).

153. Quando o sujeito passivo pode consignar judicialmente o crédito tributário?


1. No caso de recusa de recebimento do crédito tributário, ou subordinação deste ao pagamento de
outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória.
2. No caso de subordinação do recebimento do crédito tributário ao cumprimento de exigências
administrativas sem fundamento legal.
3. No caso de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico
sobre um mesmo fato gerador.

154. A consignação judicial pode ser sobre qualquer crédito tributário?


Não. A consignação só pode versar sobre o crédito tributário que o consignante se propõe pagar.

155. O que acontece com o crédito tributário se a consignação judicial for julgada
procedente?
Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é
convertida em renda.

156. O que acontece com o crédito tributário se a consignação judicial for julgada
improcedente?
Julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito tributário acrescido
de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.

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--Pagamento Indevido

157. O sujeito passivo quando paga indevidamente um tributo tem direito à


restituição?
Sim.

158. Quando o sujeito passivo tem direito à restituição do pagamento indevido?


1. Cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da
legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador
efetivamente ocorrido.
2. Erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do
montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao
pagamento.
3. Reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão administrativa.

159. É preciso haver protesto do sujeito passivo para ter direito à restituição?
Não. Não é preciso haver protesto.

160. Em quais modalidades de pagamento o contribuinte tem direito à restituição?


Em todas as modalidades.
Exceção: Na perda ou na destruição da estampilha, ou o erro no pagamento por esta modalidade,
salvo nos casos expressamente previstos na legislação tributária ou nos casos em que o erro seja
imputável a autoridade administrativa.

161. Quando o encargo do tributo é transferido para terceiros como deve ser feito à
restituição do mesmo em caso de pagamento indevido?
A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo
financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-
lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a pedir a restituição e a receber
de volta o pagamento indevido.

162. Juros de mora e penalidades são restituíveis no caso de pagamento indevido?


A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de
mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não
prejudicadas pela causa de restituição.

163. Existem juros sobre o valor da restituição?


A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que
a determinar.

164. Existe um prazo para pedir a restituição de pagamento indevido?


1. O prazo é de cinco anos contados da data da extinção do tributo nos casos de:

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-cobrança indevida de tributo indevido,


-cobrança indevida de tributo a maior,
-pagamento indevido,
-pagamento indevido a maior.

-erro na edificação do sujeito passivo,


-erro na determinação da alíquota aplicável,
-erro no cálculo do montante devido,
-erro na elaboração ou conferência de documento relativo ao pagamento.

2. O prazo é de cinco anos contado da data em que se tornar definitivo a decisão administrativa ou
passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a
decisão condenatória que gerou o pagamento indevido.

165. Em quanto tempo prescreve o direito de opor ação anulatória contra decisão que
negar o pedido de restituição?
Dois anos.

166. O prazo de prescrição para opor anulatório contra decisão que negar o pedido de
restituição pode ser interrompido?
Sim. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso,
pela metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda
Pública interessada.
Nesse caso, se nada for feito, o prazo de prescrição agora será de um ano.

--Demais Modalidades de Extinção

167. O que é compensação do crédito tributário?


A LEI, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à
autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e
certos, vencidos e vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pública.

168. Como deve ser feita a compensação de créditos tributários vincendos?


Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará a apuração do seu montante, não
podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente a 1% ao mês pelo tempo a
decorrer entre a data da compensação e a do vencimento.

169. Pode haver compensação mediante aproveitamento de crédito tributário que


esteja sendo objeto de contestação judicial?
É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo
sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial.

170. Como funciona a transação?

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A LEI pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação
tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio
e conseqüente extinção do crédito tributário.

171. Quem autoriza a transação?


Apenas a LEI indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso.

172. Quem autoriza a remissão?


Somente a lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder remissão.

173. Como é concedida a remissão?


A remissão é concedida por despacho fundamentado da autoridade administrativa. Pode ser total
ou parcial.

174. O que deve ser verificado quando da concessão da remissão?


1. Situação econômica do sujeito passivo.
2. Erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto à matéria de fato.
3. A consideração de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso.
4. As condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.

175. A remissão gera direito adquirido?


O despacho referente a remissão não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que
se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprirá ou
deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de
juros de mora:
1. Com imposição de penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de
terceiro em benefício daquele.
2. Sem imposição de penalidade, nos demais casos.

176. Quantos anos têm a Fazenda Pública para constituir o crédito tributário? A partir
de qual data é contado o prazo? Como se chama esse instituto?
O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 anos. Conta-se o
prazo a partir:
1. Do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
2. Da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o
lançamento anteriormente efetuado.
Aqui temos a decadência.

177. Quantos anos têm a Fazenda Pública para cobrar crédito tributário constituído? A
partir de qual data é contado o prazo para prescrição do direito de cobrança? Como se
chama esse instituto?
A ação para cobrança do crédito tributário prescreve em 5 anos. Conta-se o prazo a partir da data
da constituição definitiva do crédito tributário.

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Aqui temos a prescrição.

178. O prazo de decadência pode ser interrompido?


Não.

179. O prazo de prescrição pode ser interrompido?


Sim.

180. Como se interrompe o prazo de prescrição do crédito tributário?


1. Pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal.
2. Pelo protesto judicial.
3. Por qualquer ato judicial que constituía em mora o devedor.
4. Por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito
pelo devedor.

-Exclusão do CT
--Disposição Geral

181. Quais as modalidades de exclusão do crédito tributário?


Isenção e Anistia.

182. A exclusão do crédito tributário dispensa as obrigações acessórias?


A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente.

--Isenção

183. Como funciona a isenção?


A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as
condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o
prazo de sua duração.

184. Pode a isenção restringir-se a determinada região?


Sim, a isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em
função de condições a ela peculiares.

185. A quais tributos a isenção não é extensiva?


Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva:
1. Às taxas e às contribuições de melhoria.
2. Aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.

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186. A isenção pode ser revogada?


A isenção, salvo se concedida por prazo e em função de determinadas condições, pode ser
revogada a qualquer ou modificada por LEI, a qualquer tempo, observado:
1. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os
dispositivos de lei referentes a impostos sobre o patrimônio e a renda.

187. Como é concedida a isenção?


A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da
autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento
das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para concessão.

188. Como ficam os tributos lançados por período certo de tempo em relação à isenção?
Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho da concessão da isenção
será renovado antes da expiração de cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a
partir do primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do
reconhecimento da isenção.

189. A isenção gera direito adquirido?


Não, o despacho de isenção não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se
apure que o beneficiado não satisfazia ou deixar de satisfazer as condições ou não cumpria ou
deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de
juros de mora:
1. com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de
terceiro em benefício daquele.
2. sem imposição de penalidade, nos demais casos.

--Anistia

190. A que se aplica a anistia?


A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da LEI que a
concede.

191. A anistia não se aplica a quê?


A anistia abrange exclusivamente infrações cometidas anteriormente à vigência da LEI que a
concede e não se aplica:
1. Aos atos qualificados em LEI como crimes ou contravenções.
2. Aos atos que sem a qualificação de crimes ou contravenções sejam praticados com dolo, fraude
ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício do sujeito passivo.
3. Salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas
naturais ou jurídicas.

192. A anistia será concedida apenas individualmente?


Não, será concedida em caráter geral e limitadamente.

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193. Como será concedida a anistia limitadamente?


1. Às infrações da legislação relativa a determinado tributo.
2. Às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou
não com penalidades de outra natureza.
3. A determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela
peculiares.
4. Sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela LEI que conceder a anistia, ou cuja
fixação seja atribuída pela mesma LEI à autoridade administrativa.

194. Como é efetivada a anistia quando não concedida em caráter geral?


A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da
autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento
das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão.

195. A anistia gera direito adquirido?


Não, a anistia não gera direito adquirido e será revogada de ofício, sempre que se apure que o
beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumpria ou deixou de
cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora:
1. Com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de
terceiro em benefício daquele.
2. Sem imposição de penalidade, nos demais casos.

-Garantias e Privilégios do CT
--Disposições Gerais

196. As disposições das garantias atribuídas pelo CTN ao crédito tributário excluem
todas as demais em outras leis?
Não, a enumeração das garantias atribuídas no CTN ao crédito tributário não exclui outras que
sejam expressamente previstas em LEI, em função da natureza ou das características do tributo a
que se referem.

197. A natureza das garantias atribuídas pelo CTN pode alterar a natureza do crédito
tributário?
Não, a natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a natureza do crédito
tributário nem a natureza da obrigação tributária a que o crédito tributário corresponda.

198. De acordo com as garantias impostas pelo CTN o que responde pelo pagamento do
crédito tributário?
Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em LEI,
responde pelo pagamento do crédito tributário:
1. A totalidade bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo.
2. O espólio.
3. A massa falida.

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4. Os bens gravados com cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data de
constituição do ônus da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare
absolutamente impenhoráveis.

199. Todos os bens e rendas respondem pelo pagamento do crédito tributário?


Sim, exceto aqueles bens ou rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.

200. Quando o CTN considera que houve fraude na alienação ou oneração de bens?
De acordo com o CTN, presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu
começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário
regularmente inscrito como dívida ativa.
Essa presunção não prevalece quando o sujeito passivo reservou bens ou rendas suficientes ao
pagamento total da dívida inscrita em dívida ativa.

201. O que acontece quando o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem
apresentar bens para a penhora no prazo legal?
Na hipótese de o devedor tributário, devidamente, citado, não pagar nem apresentar bens para a
penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a
indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio
eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens,
especialmente ao registro público de imóveis e para as autoridades supervisoras do mercado
bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a
ordem judicial.

202. O juiz ao declarar a indisponibilidade dos bens do devedor tributário o faz sobre
todos os bens e rendas?
Não, a indisponibilidade dos bens e rendas limitar-se-á ao valor total exigível, devendo o juiz
determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse
limite.

203. O que devem fazer os órgãos e entidades que receberem do juiz a comunicação de
indisponibilidade dos bens e rendas do devedor tributário?
Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de indisponibilidade dos bens e rendas do
devedor tributário deverão enviar imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos
cuja indisponibilidade houverem promovido.

--Preferências

204. Qual é a preferência do crédito tributário em relação a outros créditos?


O crédito tributário prefere a qualquer outro crédito, seja qual for a sua natureza ou o tempo de
sua constituição, ressalvado os créditos decorrentes:
1. Da legislação trabalhista.
2. Do acidente de trabalho.

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205. Como funciona a preferência do crédito tributário no caso de falência?


No caso de falência:
1. O crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou as importâncias passíveis de
restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do bem
gravado.
2. A LEI poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da
legislação do trabalho.
3. A multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados.

206. A cobrança judicial do crédito tributário é sujeita a concursos de credores ou


outro?
A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concursos de credores ou a habilitação em
falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.

207. Não existe concurso de preferência para cobrança judicial do crédito tributário?
Existe apenas concurso de preferência para cobrança judicial do crédito tributário entre as pessoas
jurídicas de direito público, na seguinte ordem:
1. União.
2. Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró-rata.
3. Municípios, conjuntamente e pró-rata.

208. O que são considerados créditos extraconcursais?


São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do
processo de falência.

209. No curso de falência o que acontece se o crédito tributário for contestado?


Contestado o crédito tributário, o juiz remeterá as partes ao processo competente, mandando
reservar bens suficientes para a extinção do crédito e seus acrescidos, se a massa não puder
efetuar a garantia da instância por outra forma, ouvido, quanto à natureza e valor dos bens
reservados, o representante da Fazenda Pública interessada.

210. Como devem ser pagos os créditos tributários em caso de inventário ou


arrolamento?
São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou arrolamento, ou a
outros encargos do monte, os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo do “de cujus” ou
de seu espólio, exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento.

211. No curso de inventário ou arrolamento o que acontece se o crédito tributário for


contestado?
Contestado o crédito tributário, o juiz remeterá as partes ao processo competente, mandando
reservar bens suficientes para a extinção do crédito e seus acrescidos, se o espólio não puder
efetuar a garantia da instância por outra forma, ouvido, quando à natureza e valor dos bens
reservados, o representante da Fazenda Pública interessada.

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212. Como devem ser pagos os créditos tributários em liquidação judicial ou


voluntária?
São pagos preferencialmente a quaisquer outros créditos, os créditos tributários vencidos ou
vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial ou voluntária,
exigíveis no curso da liquidação.

213. A extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de todos os tributos?
Sim.

214. Do que depende a concessão de recuperação judicial?


A concessão de recuperação judicial depende da apresentação da prova de quitação de todos os
tributos, conforme certidão negativa, ou de estarem os débitos suspensos, conforme certidão
positiva com efeitos de negativa.

215. Pode uma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação ser proferida sem a
prova de quitação de tributos?
Não, nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será proferida sem prova de
quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas.

216. A Administração Pública pode celebrar contrato ou aceitar proposta em


concorrência pública sem a prova de quitação de tributos?
Salvo quando expressamente autorizada por LEI pode. Entretanto, o CTN sinaliza que nenhum
departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos
Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem
que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda
Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre.

Administração Tributária
-Fiscalização

217. O que regulará a fiscalização tributária?


A legislação tributária, observado o disposto no CTN, regulará, em caráter geral, ou
especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes
das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação.

218. Alguém pode ficar imune ou isento de fiscalização?


A legislação tributária referente a fiscalização aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas,
contribuinte ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou isenção de caráter pessoal.

219. Algum bem ou documento pode ficar imune ou isento de fiscalização?

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Para efeitos da legislação tributária, não têm aplicações quaisquer disposições legais excludentes
ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos
comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-
los.

220. Por quanto tempo devem ser conservados os livros e documentos que deram
origem à obrigação tributária?
Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles
efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das
operações a que se refiram.

221. Qual é a providência da autoridade administrativa ao proceder ou presidir o início


de uma fiscalização?
A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará
os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação
aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão das diligências.

222. Em qual lugar deve ser lavrado o termo de início de fiscalização?


O termo de início de fiscalização será lavrado, sempre que possível, em um dos livros fiscais
exibidos; quando lavrado em separado se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia
autenticada pela autoridade administrativa.

223. Qual forma deve usar a autoridade administrativa para solicitar informações?
Sempre a forma escrita.

224. Quais são os obrigados a prestar à autoridade administrativa informações de que


disponham com relação a bens, negócios ou atividades de terceiros?
1. Os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício.
2. Os bancos, casas bancárias, caixas econômicas e demais instituições financeiras.
3. As empresas de administração de bens.
4. Os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais.
5. Os inventariantes.
6. Os síndicos, comissários e liquidatários.
7. Quaisquer outras entidades ou pessoas que a LEI designe, em razão de seu cargo, ofício,
função, ministério, atividade ou profissão.

225. A obrigação prevista no CTN de prestar informações obriga a todos a fornecer


qualquer tipo de informação?
A obrigação prevista no CTN não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os
quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão do cargo, ofício,
função, ministério, atividade ou profissão.

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226. A informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica do sujeito


passivo pode ser livremente distribuída?
Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda
Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica
ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou
atividades.

227. Em nenhum caso pode ser divulgado informação obtida através da fiscalização?
A informação obtida através de fiscalização pode ser divulgada nos seguintes casos:
1. Requisição de autoridade judicial no interesse da justiça.
2. Solicitações de autoridade administrativas no interesse da Administração Pública, desde que seja
comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva,
com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração
administrativa.
3. A Fazenda Pública dos entes da federação prestar-se-ão mutuamente assistência de fiscalização
dos tributos respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou
específico, por lei ou convênio.
4. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios, poderá
permutar informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de
tributos.

228. Como será feita a troca de informação sigilosa da Administração Pública?


O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, será realizado mediante
processo regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante,
mediante recibo, que formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo.

229. Quais informações podem ser fornecidas pela autoridade administrativa?


1. Representações fiscais para fins penais.
2. Inscrições em Dívida Ativa da Fazenda Pública.
3. Parcelamento ou Moratória.

230. Uma autoridade administrativa poderá solicitar auxílio no desempenho da


fiscalização?
As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da força pública federal,
estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de
suas funções, ou quando necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária, ainda
que não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção.

-Dívida Ativa

231. O que constitui dívida ativa tributária?


Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito tributário, regularmente inscrita na
repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela
LEI ou por decisão final proferida em processo regular.

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232. A fluência de juros de mora exclui a liquidez do crédito?


Não, a fluência de juros de mora não exclui a liquidez do crédito para efeitos de inscrição em dívida
ativa.

233. O que deverá conter o termo de inscrição em dívida ativa?


O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará
obrigatoriamente:
1. O nome do devedor e, sendo o caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o
domicílio ou a residência de um e de outros.
2. A quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos.
3. A origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da LEI em que seja
fundado.
4. A data em que foi inscrita.
5. O número do processo administrativo de que se originar o crédito.

234. O que acontece se faltar alguns dos requisitos obrigatórios no termo de inscrição
em dívida ativa?
A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no CTN, ou o erro a eles relativo, são causas de
nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser
sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao
sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a
parte modificada.

235. Até que momento uma nulidade num processo de inscrição de dívida ativa
tributária poderá ser sanada?
Até a decisão de primeira instância.

236. Como se resolve uma nulidade num processo de inscrição de dívida ativa
tributária?
Substituindo a certidão nula por outra correta.

237. Qual é a presunção que goza a dívida regularmente inscrita em dívida ativa?
A dívida regularmente inscrita em dívida ativa goza de presunção de certeza e liquidez e o tem o
efeito de prova pré-constituída. Essa presunção é relativa.

238. A presunção relativa que goza a dívida regularmente inscrita em dívida ativa pode
ser ilidida?
Sim, a presunção relativa pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do
terceiro a que aproveite.

-Certidões Negativas

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239. A lei pode exigir prova de quitação de determinado tributo? Se sim, como é a
prova?
Sim. Através de certidão negativa de débitos.

240. Como será expedida a certidão negativa?


A certidão negativa é expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as
informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou
atividade ou indique o período a que se refere o pedido.

241. Qual é o prazo para fornecimento da certidão negativa?


Será fornecida dentro de 10 dias da data de entrada do requerimento na repartição.

242. É possível a expedição de certidão em casos de débitos por vencer, cobrança


executiva e débitos suspensos?
Nesses casos é expedida uma certidão positiva com efeitos de negativa que tem os mesmos efeitos
da certidão negativa devendo constar na certidão a existência dos débitos não vencidos, dos
débitos em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, dos débitos cuja
exigibilidade esteja suspensa.

243. Qual é dispensada a apresentação da certidão negativa?


Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensado a prova de quitação de
tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a
caducidade de direito, respondendo, porém, todos os participantes no ato pelo tributo porventura
devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as relativas as infrações cuja responsabilidade
seja pessoal ao infrator.

244. Quem é responsabilizado quando a certidão negativa é expedida indevidamente?


A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública,
responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora
acrescidos. Sem prejuízo da responsabilidade criminal e funcional.

Disposições Gerais e Transitórias

245. Como funcionam os prazos de acordo com o CTN?


1. Os prazos fixados no CTN ou legislação tributária serão contínuos, excluindo-se na sua contagem
o dia de início e incluindo-se o dia de vencimento.
2. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que ocorra o
processo ou deva ser praticado o ato.

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