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67462570297 - RUBENS FERNANDES ROCHA

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@proffernandom

Direito Tributário
Prof. Fernando Mauricio
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CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO

COMEÇANDO DO ZERO

Prof. Fernando Mauricio

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

- PARTE III

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Legislação Tributária
Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as
leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos
e as normas complementares que versem, no todo ou em
parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.

Assim, todas as normas que versem sobre tributos e suas relações


jurídicas (matéria tributária de um modo geral) integram a legislação
tributária.

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Legislação Tributária
Tratados e Convenções internacionais:

• São acordos bilaterais ou multilaterais de vontades entre


Estados soberanos ou organismos internacionais,
realizados através de seus órgãos competentes, com o
objetivo de estabelecer normas comuns de direito
internacional.

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Legislação Tributária
Tratados e Convenções internacionais (Etapas):

1. Negociação e Assinatura: realizadas pelo Poder Executivo.


2. Aprovação ou Referendo: aprovação (ou homologação) do
Legislativo, por meio de decreto legislativo. Este instrumento
autoriza o Presidente da República a ratificar o tratado.
3. Ratificação: realizada pelo Presidente da República, mediante
depósito do respectivo instrumento (é nessa etapa que o Estado
se compromete a cumprir o tratado em nível internacional).
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Legislação Tributária
Tratados e Convenções internacionais (Etapas):

4. Promulgação: edição de Decreto Presidencial, a fim de que o


conteúdo do tratado internacional passe a ter vigência interna.
5. Publicação: essencial para que o tratado produza efeitos
internamente.

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Legislação Tributária
Entendimento importante do STF sobre o Assunto:

Os tratados e convenções internacionais só produzem efeitos


internamente depois de percorrerem todas as suas etapas.
Para o STF, não há exceções para os tratados realizados no
âmbito do Mercosul.

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Legislação Tributária
Tratados e Convenções internacionais:

Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais


revogam ou modificam a legislação tributária interna, e
serão observados pela que lhes sobrevenha.

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Legislação Tributária
Tratados e Convenções internacionais:

Segundo a Doutrina, o conflito entre a lei interna e o


tratado deve ser resolvido em favor da norma especial, ou
seja, a favor do Tratado.

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Legislação Tributária
Tratados e Convenções internacionais:

Porém o que ocorre não é a Revogação da lei interna, mas


sim sua SUSPENSÃO.

Assim, caso o tratado internacional seja posteriormente


denunciado, a Lei interna readquire sua eficácia.

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Legislação Tributária
Entendimento importante do STF sobre o Assunto:

ADI 1.480-MC/DF
Os tratados ou convenções internacionais, uma vez regularmente
incorporados ao direito interno, situam-se, no sistema jurídico
brasileiro, nos mesmos planos de validade, de eficácia e de
autoridade em que se posicionam as leis ordinárias, havendo, em
consequência, entre estas e os atos de direito internacional
público, mera relação de paridade normativa.
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Legislação Tributária
Tratados e Convenções internacionais:

GATT
Apesar de o Art. 111, II, do CTN, afirmar que a “outorga de
isenção deve ser interpretada literalmente”, o GATT (que é
um acordo internacional) prevê o princípio do tratamento
nacional (princípio da paridade).

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Legislação Tributária
Entendimento importante do STF sobre o Assunto:

Súmula STF 575


À mercadoria importada de país signatário do (GATT), ou
membro da (ALALC), estende-se a isenção do imposto de
circulação de mercadorias concedida a similar nacional.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

- PARTE IV

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Legislação Tributária
Decretos:
• São atos normativos de competência privativa do Chefe
do Poder Executivo. (Presidente, Governadores e
Prefeitos).
• Disciplinam como as Leis deverão ser cumpridas;
• São atos Normativos Secundários (ou infralegal);
• Não inovam no ordenamento jurídico
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Legislação Tributária
Fontes Primárias:
Exemplos: Constituição Federal, Emendas Constitucionais, Leis
Complementares, Leis Ordinárias, Leis Delegadas, Decretos
Legislativos, Decreto-lei, Tratados Internacionais, etc;

Fontes Secundárias:
Exemplos: Decreto Regulamentar, Instruções Normativas,
Portarias, Circulares e Regulamentos, Ordens de Serviço, etc.

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Legislação Tributária
Decretos:

Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se


aos das leis em função das quais sejam expedidos,
determinados com observância das regras de interpretação
estabelecidas nesta Lei.

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Legislação Tributária
Decretos:

• Decretos não são considerados Normas


Complementares.

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Legislação Tributária
Normas Complementares:

Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados


e das convenções internacionais e dos decretos:
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades
administrativas;
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de
jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia
normativa; Direito Tributário
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Legislação Tributária
III - as práticas reiteradamente observadas pelas
autoridades administrativas;

IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados,


o Distrito Federal e os Municípios.

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Legislação Tributária
...
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios.
• Mútua colaboração entre os entes tributantes;
• Permuta de informações sigilosas;
• Extraterritorialidade da Legislação Tributária;
• Padronização de procedimentos e entendimentos

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Legislação Tributária
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste
artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de
juros de mora e a atualização do valor monetário da base
de cálculo do tributo.

Direito Tributário
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Legislação Tributária
Entendimento importante do STJ sobre o Assunto:

Resp 98.703/SP
Se o contribuinte recolheu o tributo a base de prática
administrativa adotada pelo fisco, eventuais diferenças devidas
só podem ser exigidas sem juros de mora e sem atualização do
valor monetário da respectiva base de cálculo.

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NC-UFPR - Notário e Registrador - TJ PR/2019 - Adaptada
Sobre as fontes formais (legislação) do Direito Tributário,
julgue o item abaixo:
( ) O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das
leis em função das quais sejam expedidos, devendo observar
as regras de interpretação estabelecidas no Código Tributário
Nacional.

Direito Tributário
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FUNDATEC - Auditor Fiscal da Receita Municipal (Pref
POA)/2019 - Adaptada
Julgue o item a seguir quanto à legislação tributária.

( ) Segundo o CTN, os tratados internacionais devem ser


observados pelas leis supervenientes.

Direito Tributário
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CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Município de
Fortaleza/2017
Considerando as disposições do CTN a respeito de legislação
tributária, vigência, aplicação, interpretação e integração,
julgue o item subsequente.
As práticas reiteradamente observadas pelas autoridades
administrativas são normas complementares consuetudinárias
de direito tributário. Assim, na hipótese de a norma ser
considerada ilegal, não é possível caracterizar como infracional
a conduta do contribuinte que observa tal norma, em razão do
princípio da proteção da confiança e da boa-fé objetiva.
Direito Tributário
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

- VIGÊNCIA E APLICAÇÃO - INTRODUÇÃO

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Legislação Tributária - Vigência
Vejamos as etapas da produção de uma lei:
1. Iniciativa;
2. Discussão e votação;
3. Sansão ou veto do Chefe do Executivo;
Se ocorrer veto do chefe do executivo, ainda poderá haver
deliberação do parlamento, com possível rejeição desse veto.

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Legislação Tributária - Vigência
Concluídas estas etapas, o Presidente da República
promulga a Lei, e determina a sua publicação.

Assim, temos uma lei presumivelmente válida (obedecendo


os aspectos formais e os aspectos materiais).

Direito Tributário
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Legislação Tributária - Vigência
Para que a Lei obrigue seus destinatários, é necessário que
ela esteja em vigor.

Porém o legislador possui certa discricionariedade para


estipular a partir de qual momento, após a publicação, a lei
entrará em vigor.

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Legislação Tributária
Lei Complementar 95/1998:
Art. 8º. A vigência da lei será indicada de forma expressa e
de modo a contemplar prazo razoável para que dela se
tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em
vigor na data de sua publicação" para as leis de pequena
repercussão.

Direito Tributário
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Legislação Tributária - Vigência
O intervalo de tempo entre a publicação e o início da
vigência é chamado de vacatio legis.

Início da
Publicação Vigência

vacatio legis
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Legislação Tributária - Vigência
Porém, nem sempre a Produção de Efeitos ocorre a partir
da sua vigência.

Exemplo:
Princípio da Anterioridade – A lei pode entrar em vigor na
data da Publicação, mas os efeitos da lei só começam a ser
aplicado no 1º dia do Exercício seguinte.

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Legislação Tributária - Vigência

Produção
Vigência de Efeitos

01/01/X2

Em vigor / Sem Efeito

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Legislação Tributária - Vigência
Resumindo:

✓ Lei Válida: Aquela que cumpriu os Aspectos Formais e


Materiais.
✓ Lei Vigente: Aquela que já foi publicada, e está apta para
produzir seus efeitos, quando ocorrer a situação descrita
na sua norma de incidência.
✓ Lei Eficaz: Aquela que está pronta para produzir
imediatamente sues efeitos.
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FGV - Auditor do Tesouro Municipal (Recife)/2014 - Adaptada
Julgue o item a seguir:

( ) Vacatio legis é o período em que a norma jurídica não tem


eficácia, embora esteja vigente.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

- VIGÊNCIA TEMPORAL

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Legislação Tributária
E quando entram em vigor as leis?
Por regra, as leis entram em vigor nas datas nelas previstas.

Porém, no caso de ausência de disposição expressa sobre a


vigência, a Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro (LINDB) traz a seguinte previsão:

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Legislação Tributária
LINDB:
Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em
todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente
publicada.
§ 1º Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei
brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de
oficialmente publicada.

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Legislação Tributária

E quando entram em vigor as Normas Complementares?

Primeiramente, vamos relembrar quais são as Normas


Complementares?

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Legislação Tributária
Normas Complementares:

Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados


e das convenções internacionais e dos decretos:
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades
administrativas;
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de
jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia
normativa; Direito Tributário
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Legislação Tributária
III - as práticas reiteradamente observadas pelas
autoridades administrativas;

IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados,


o Distrito Federal e os Municípios.

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Legislação Tributária
E quando entram em vigor as Normas Complementares?
Por regra, as normas complementares entram em vigor nas
datas nelas previstas.

Porém, o CTN trouxe um previsão de vigência específica


para as Normas Complementares, no caso de ausência de
disposição expressa: conforme a seguir:

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Legislação Tributária
Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor:
I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo
100, na data da sua publicação;
II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100,
quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a
data da sua publicação;
III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100,
na data neles prevista.
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Legislação Tributária

Atos Normativos Data da Publicação

Decisões Adm. que a Lei 30 dias após a


atribua Eficácia Normativa Publicação

Convênios entre U/E/DF/M Data neles Prevista

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CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita do Distrito
Federal (SEFAZ DF)/2020
Considerando as regras do CTN acerca da vigência da
legislação tributária e das limitações constitucionais ao poder
de tributar, julgue o item que se segue.

Não havendo disposição em contrário, os efeitos normativos


das decisões dos órgãos coletivos de jurisdição administrativa
a que a lei atribua eficácia normativa entram em vigor trinta
dias após a data da publicação da decisão.

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VUNESP - Procurador Legislativo (CM Tatuí)/2019
Sobre a vigência das normas complementares tributárias,
dispõe o CTN que
a) as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição
administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa, entram
em vigor, quanto a seus efeitos normativos, na data de sua
publicação.
b) os atos normativos expedidos pelas autoridades
administrativas entram em vigor 30 (trinta) dias após a data da
sua publicação.
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c) os decretos regulamentares de competência do Chefe do
Poder Executivo entram em vigor 15 (quinze) dias após a data
da sua publicação.
d) os convênios que entre si celebrem os Estados, Distrito
Federal e os Municípios entram vigor na data neles prevista.
e) os tratados e as convenções internacionais sobre matéria
tributária entram em vigor no primeiro dia do exercício
seguinte àquele em que ocorra a sua publicação.

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FCC - Auditor Fiscal (SEFAZ BA)/Administração, Finanças e
Controle Interno/2019
Conforme o Código Tributário Nacional, em se tratando de
legislação tributária, e salvo disposição em contrário, entram
em vigor:
I. os atos normativos expedidos pelas autoridades
administrativas, quinze dias após sua publicação.
II. as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição
administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa, na data
de sua publicação.
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III. os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, na data neles prevista.

IV. o decreto expedido pelo Presidente da República


alterando a alíquota do imposto sobre importação de
produtos estrangeiros, na data de sua publicação.

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Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e IV.
b) I e II.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
e) III e IV.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

- VIGÊNCIA ESPACIAL

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Legislação Tributária
A Vigência Espacial de uma lei tributária se refere aos
limites territoriais da incidência da norma (onde ela se
aplica).

A Regra é o Princípio da Territorialidade.


✓ As normas expedidas por um determinado Ente só
possuem vigência dentro do seu respectivo território,
não sendo aplicáveis aos fatos ocorridos nos territórios
de outros entes.
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Legislação Tributária
Porém o Princípio da Territorialidade possui 2 exceções,
conforme abaixo:

Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal


e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos
territórios, nos limites em que lhe reconheçam
extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que
disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela
União.
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Legislação Tributária
Extraterritorialidade prevista em Convênios:
• Há o pleno acordo entre os entes federados envolvidos,
para que a legislação vigente em um deles seja aplicada
no território dos outros.

Exemplo:
Convênio de cooperação entre Estados para a
Substituição Tributária interestadual.
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Legislação Tributária
Extraterritorialidade prevista em Lei de Normas Gerais
Nacional:
• Esta lei deve ser Complementar;
• Inclui o próprio CTN nesta previsão;

Existe atualmente alguma previsão de extraterritorialidade


no CTN?

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Legislação Tributária
Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa
jurídica de direito público, que se constituir pelo
desmembramento territorial de outra, subroga-se nos
direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até que
entre em vigor a sua própria.

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VUNESP - Procurador Legislativo (CM Mauá)/2019 - Adpatada
Sobre a vigência no tempo e no espaço da legislação
tributária, com base no Código Tributário Nacional, julgue os
itens abaixo:
( ) a legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios,
de modo irrestrito, devendo ser por todos observada.

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( ) salvo disposição em contrário, os atos administrativos
normativos expedidos pelas autoridades administrativas
entram em vigor na data da sua publicação.

( ) as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição


administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa, entram
em vigor noventa dias após a sua publicação.

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FCC - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEF SC)/Gestão
Tributária/2018
A legislação tributária dos Estados vigora, em alguns casos,
fora dos seus respectivos territórios, podendo ser citada,
como exemplo, a denominada substituição tributária
interestadual. De acordo com o Código Tributário Nacional,
esta extraterritorialidade ocorre nos limites em que ela é
reconhecida por

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a) convênios de que estes Estados participem.
b) resolução conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, ratificada por ato do Poder Executivo federal, vedada
a edição de medida provisória para esse fim.
c) resolução do Senado Federal.
d) convênios de que estes Estados participem, desde que
homologados por resolução do Senado Federal.
e) ato do Poder Executivo federal, vedada a edição de medida
provisória para esse fim.

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Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos
territórios, nos limites em que lhe reconheçam
extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que
disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela
União.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

- APLICAÇÃO

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Legislação Tributária
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos
fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos
aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja
completa nos termos do artigo 116.

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Legislação Tributária
Aplicação da Legislação Tributária:
• Fatos Geradores Futuros;

• Fatos Geradores Pendentes


- aqueles que já tiveram início, mas que ainda não
estão concluídos. (Exemplo: IR)

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Legislação Tributária
Assim, a regra de aplicação da legislação tributária é:

• Fatos Geradores Futuros: aplicação imediata;

• Fatos Geradores Pendentes: aplicação imediata;

• Fatos Geradores já consumados (passados): não se aplica.

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Legislação Tributária
Exceções ao Principio da Irretroatividade:
✓ A CF/88 não traz nenhuma exceção ao Princípio da
Irretroatividade.
✓ Porém o CTN apresenta 2 exceções ao Princípio da
Irretroatividade (lei expressamente interpretativa e a lei
mais benigna ao infrator).

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Legislação Tributária
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, quando seja expressamente
interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração
dos dispositivos interpretados;

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Legislação Tributária
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer
exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido
fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de
tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista
na lei vigente ao tempo da sua prática.
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Legislação Tributária
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
....
✓ Os atos só podem ser considerados “definitivamente
julgados” no âmbito do Judiciário, tendo em vista que a
decisão administrativa ainda pode ser objeto de
contestação judicial.

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Legislação Tributária
Entendimento importante do STF sobre o Assunto:

RE 95.900/BA
“se a decisão administrativa ainda pode ser submetida ao
crivo do Judiciário, e para este houve recurso do contribuinte,
não há de se ter o ato administrativo ainda como
definitivamente julgado, sendo esta a interpretação que há de
dar-se ao art. 106, II, c, do CTN”

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Legislação Tributária
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer
exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido
fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de
tributo;

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Legislação Tributária
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
...
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista
na lei vigente ao tempo da sua prática.

• Atenção, pois o texto trata de retroatividade em relação


às infrações e suas respectivas punições. (O texto não
trata das de retroatividade sobre tributos).
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Legislação Tributária
Exemplo:
Fato Gerador: 20/08/2017
Alíquota vigente em 2017: 18%
Multa por infração em 2017: 50%

Lançamento: 15/07/2020
Alíquota vigente em 2020: 12%
Multa por infração em 2020: 30% Direito Tributário
Prof. Fernando Mauricio
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VUNESP - Procurador Jurídico Legislativo (CM
Sertãozinho)/2019
O CTN prevê a possibilidade de aplicação da lei a ato ou fato
pretérito
a) em qualquer caso, quando a lei seja expressamente
interpretativa, incluída a aplicação de penalidade à infração
dos dispositivos interpretados.
b) quando deixe de definir o ato como infração ou quando lhe
comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente
ao tempo da sua prática, ainda que o ato encontre-se
definitivamente julgado.
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c) tratando-se de ato não definitivamente julgado, quando
deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação
ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não
tenha implicado em falta de pagamento de tributo.
d) em qualquer hipótese, quando a lei tributária alterar a
definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e
formas de direito tributário.
e) quando se trate de decisão de órgão singular ou coletivo de
jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa.

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CEBRASPE (CESPE) - Procurador Municipal de Campo
Grande/2019
À luz das disposições do Código Tributário Nacional, julgue o
item seguinte.
Situação hipotética: Lei publicada em 1.º/9/2017 aumentou a
alíquota do ISS sobre determinadas atividades e reduziu a
multa de mora em 20%.
Assertiva: Essa lei não retroage para alcançar prestações de
serviço realizadas e sujeitas à incidência do ISS e infrações
tributárias não julgadas e cometidas entre 1.º/1/2017 e
1.º/9/2017.
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FCC - Procurador (SANASA)/Jurídico/2019 - Adaptada
Conforme o Código Tributário Nacional, no que se refere à
vigência, à aplicação, à interpretação e à integração da legislação
tributária, julgue os itens a seguir:
( ) a lei aplica-se a ato ou fato pretérito, em qualquer caso,
quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação
de penalidade à infração dos dispositivos interpretados.
( ) a legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos
geradores futuros, presentes, pretéritos e pendentes, assim
entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início, mas não
esteja completa na data da publicação da norma.
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OBRIGADO
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