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CONTABILIDADE

GERAL
Lei n. 6.404/1976

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
CONTABILIDADE GERAL
Lei n. 6.404/1976

Sumário
Claudio Zorzo

Pronunciamentos Técnicos do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)................... 4


CPC 00 R2 – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-financeiro.. ........................................................................................................................ 8
Capítulo 1: Objetivo do Relatório Financeiro para Fins Gerais..............................................12
Capítulo 2: as Características Qualitativas de Informações Financeiras Úteis................ 17
Características de Melhoria da Informação.. ........................................................................... 26
Capítulo 3: Demonstrações Contábeis e a Entidade que Reporta. . ..................................... 34
Capítulo 4: Elementos das Demonstrações Contábeis. . ........................................................ 37
Capítulo 5: Reconhecimento e Desreconhecimento............................................................... 45
Capítulo 6: Mensuração. . ..............................................................................................................48
Capítulo 7: Apresentação e Divulgação. . ................................................................................... 59
Capítulo 8: Conceitos de Capital e Manutenção de Capital..................................................60
Lei n. 6.404/1976 e Atualizações.. .............................................................................................. 74
Principais Mudanças Apresentadas pelas Leis n. 11.638/2007 e 11.941/2009. . ...............88
Norma Brasileira de Contabilidade Técnica do Setor Público – NBC TSP – Estrutura
Conceitual, de 23 de Setembro de 2016.................................................................................. 105
Princípios Contábeis. . ................................................................................................................... 115
Entidade.......................................................................................................................................... 117
Continuidade..................................................................................................................................118
Oportunidade................................................................................................................................. 119
Registro pelo Valor Original. . ...................................................................................................... 121
Competência................................................................................................................................. 123
Prudência....................................................................................................................................... 124
Questões de Concurso................................................................................................................ 147
Gabarito.......................................................................................................................................... 166

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Olá, meu(minha) amigo(a) futuro(a) Policial Federal! Tudo bem contigo?


Espero que você esteja bem; que tenha gostado do nosso curso de contabilidade. Desejo
que continue firme na busca do conhecimento.
Uma frase que pode ajudar nos momentos de avaliação do ritmo de estudo: “nossa maior
fraqueza é desistir. O caminho mais certo para o sucesso é sempre tentar apenas uma vez
mais”. (Thomas A. Edison)
Devagar, com ânimo e força, aula após aula, você vai conseguir compreender a nossa bela
contabilidade e atingir seu sucesso. Não se esqueça: VOCÊ PODE.
Nesta última aula de contabilidade geral para o curso da Polícia Federal vamos estudar a
importância do CPC e seus pronunciamentos, alguns artigos da Lei n. 6.404/1976 e por fim
veremos a NBCTSP e os princípios contábeis.
O assunto está previsto no edital passado da seguinte forma:
Lei n. 6.404/1976: alterações posteriores, legislação complementar e pronunciamentos
do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Norma Brasileira de Contabilidade – NBC
TSP Estrutura Conceitual, de 23 de setembro de 2016.

É sabido que o Gran Cursos Online investe em seus materiais e em suas aulas para que sem-
pre sejam apresentados produtos de qualidade, por isto, solicito que você avalie a qualidade
desta aula; este retorno é muito importante para que o Gran consiga cada vez mais melhorar
os seus produtos.

Antes de tratar começar a aula, é importante destacar inicialmente a inclusão da NBCTSP


no edital.
Essa norma apresenta vários conceitos e aplicações inerentes à CASP – Contabilidade
Aplicada ao Setor Público e seus assuntos não estão relacionados com a contabilidade geral;
na minha visão a sua inclusão no edital se deu porque na sua apresentação ela revogou uma
série de resoluções do CFC que tratavam dos princípios contábeis, assim, não há a necessi-
dade de aprofundar seus estudos na contabilidade pública, mas sim, entender como estão
sendo tratados os princípios contábeis pela contabilidade dentro da estrutura conceitual.
Ao revogar as resoluções que tratavam dos princípios contábeis o CFC deixou claro que
atualmente os arcabouços conceituais teóricos são as estruturas conceituais CPC 00 (conta-
bilidade privada) e NBCTSP (contabilidade pública).

Os ajustes apresentados pela NBCTSP visam atender ao objetivo da contabilidade, melho-


rando cada vez mais a qualidade das informações contábeis apresentadas pelas entidades,
sejam públicas ou privadas.

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Pronunciamentos Técnicos do CPC (Comitê de Pronunciamentos


Contábeis)
O CPC foi criado pela Resolução CFC n. 1.055/2005, e tem como objetivo:

o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabili-


dade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela enti-
dade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção,
levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais.

É importante destacar que o Conselho é um organismo não governamental que nasceu ao


final de 2005 da união de interesses das seguintes entidades:
• CFC – Conselho Federal de Contabilidade,
• IBRACON – Instituto Brasileiro de Contadores,
• FIPECAFI – representantes da academia – USP,
• BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo,
• APIMEC – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de
Capitais e
• ABRASCA – Associação Brasileira de Companhias abertas.

O CPC é totalmente autônomo das entidades representadas, sendo que o Conselho Fede-
ral de Contabilidade fornece a estrutura necessária para as reuniões e os seus membros, na
maioria contadores, não auferem remuneração.
Foi idealizado em função das necessidades de:
• convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração de
relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de
custo de capital);
• centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades o
fazem);
• representação e processo democrático na produção dessas informações (produtores
da informação contábil, auditor, usuário, intermediário, academia, governo).

O PULO DO GATO
O CPC não emite normas.
O CPC emite Pronunciamentos Técnicos sobre contabilidade para permitir a emissão de nor-
mas pelas entidades reguladoras brasileiras, visando à centralização e à uniformização do
seu processo de produção de informações.

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Os produtos do trabalho do CPC são: Pronunciamentos Técnicos, orientações e inter-


pretações; sendo que os Pronunciamentos Técnicos serão obrigatoriamente submetidos à
audiência pública. As orientações e interpretações poderão, também, sofrer esse processo,
mas não é obrigatório.
Atualmente os pronunciamentos contábeis são os seguintes:

Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
Estrutura Conceitual para
CPC 00 Elaboração e Divulgação de 02/12/2011 15/12/2011
Relatório Contábil-financeiro
Redução ao Valor Recuperável
CPC 01 06/08/2010 07/10/2010
de Ativos
Efeitos das mudanças nas
CPC 02 taxas de câmbio e conversão 03/09/2010 07/10/2010
de demonstrações contábeis
Demonstração dos Fluxos de
CPC 03 03/09/2010 07/10/2010
Caixa
CPC 04 Ativo Intangível 05/11/2010 02/12/2010
Divulgação sobre Partes
CPC 05 03/09/2010 07/10/2010
Relacionadas
Operações de Arrendamento
CPC 06 06/10/2017 21/12/2017
Mercantil
Subvenção e Assistência
CPC 07 05/11/2010 02/12/2010
Governamentais
Custos de Transação e
CPC 08 Prêmios na Emissão de Títulos 03/12/2010 16/12/2010
e Valores Mobiliários
Demonstração do Valor
CPC 09 30/10/2008 12/11/2008
Adicionado (DVA)
CPC 10 Pagamento Baseado em Ações 03/12/2010 16/12/2010

CPC 11 Contratos de Seguro 05/12/2008 17/12/2008

CPC 12 Ajuste a Valor Presente 05/12/2008 17/12/2008


Adoção Inicial da Lei n.
CPC 13 11.638/2007 e da Medida 05/12/2008 17/12/2008
Provisória n. 449/2008

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Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento, Mensuração
CPC 14
e Evidenciação (Fase I) –
Transformado em OCPC 03
CPC 15 Combinação de Negócios 03/06/2011 04/08/2011

CPC 16 Estoques 08/05/2009 08/09/2009


Contratos de Construção
CPC 17 (revogado a partir de 19/10/2012 08/11/2012
1º/01/2018)
Investimento em Coligada,
em Controlada e em
CPC 18 07/12/2012 13/12/2012
Empreendimento Controlado
em Conjunto
CPC 19 Negócios em Conjunto 09/11/2012 23/11/2012

CPC 20 Custos de Empréstimos 02/09/2011 20/10/2011

CPC 21 Demonstração Intermediária 02/09/2011 20/10/2011

CPC 22 Informações por Segmento 26/06/2009 31/07/2009


Políticas Contábeis, Mudança
CPC 23 de Estimativa e Retificação de 26/06/2009 16/09/2009
Erro
CPC 24 Evento Subsequente 17/07/2009 16/09/2009
Provisões, Passivos
CPC 25 Contingentes e Ativos 26/06/2009 16/09/2009
Contingentes
Apresentação das
CPC 26 02/12/2011 15/12/2011
Demonstrações Contábeis
CPC 27 Ativo Imobilizado 26/06/2009 31/07/2009
Propriedade para
CPC 28 26/06/2009 31/07/2009
Investimento
Ativo Biológico e Produto
CPC 29 07/08/2009 16/09/2009
Agrícola
Receitas (revogado a partir de
CPC 30 19/10/2012 08/11/2012
1º/01/2018)

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Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
Ativo Não Circulante Mantido
CPC 31 para Venda e Operação 17/07/2009 16/09/2009
Descontinuada
CPC 32 Tributos sobre o Lucro 17/07/2009 16/09/2009

CPC 33 Benefícios a Empregados 07/12/2012 13/12/2012


Exploração e Avaliação de
CPC 34 Recursos Minerais (Não
editado)
CPC 35 Demonstrações Separadas 31/10/2012 08/11/2012

CPC 36 Demonstrações Consolidadas 07/12/2012 20/12/2012


Adoção Inicial das
CPC 37 Normas Internacionais de 05/11/2010 02/12/2010
Contabilidade
Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e
CPC 38 02/10/2009 19/11/2009
Mensuração (revogado a
partir de 1º/01/2018)
Instrumentos Financeiros:
CPC 39 02/10/2009 19/11/2009
Apresentação
Instrumentos Financeiros:
CPC 40 01/06/2012 30/08/2012
Evidenciação
CPC 41 Resultado por Ação 08/07/2010 06/08/2010
Contabilidade em Economia
CPC 42 07/12/2018 21/12/2018
Hiperinflacionária
Adoção Inicial dos
CPC 43 Pronunciamentos Técnicos 03/12/2010 16/12/2010
CPCs 15 a 41
CPC 44 Demonstrações Combinadas 02/12/2011 02/05/2013
Divulgação de Participações
CPC 45 07/12/2012 13/12/2012
em outras Entidades
CPC 46 Mensuração do Valor Justo 07/12/2012 20/12/2012
Receita de Contrato com
CPC 47 04/11/2016 22/12/2016
Cliente

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Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
CPC 48 Instrumentos Financeiros 04/11/2016 22/12/2016
Contabilização e Relatório
CPC 49 Contábil de Planos de 06/04/2018 18/04/2018
Benefícios de Aposentadoria
Contabilidade para Pequenas
CPC PME e Médias Empresas com 04/12/2009 16/12/2009
Glossário de Termos

001. (IADES/CITEC/CONTADOR/2016) Acerca do Comitê de Pronunciamentos Contábeis


(CPC), assinale a alternativa correta.
a) Trata-se de um órgão público subordinado à Comissão de Valores Mobiliários.
b) Desde a respectiva criação, em 2005, além dos pronunciamentos técnicos, o CPC passou a
emitir as resoluções do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
c) O CPC tem prerrogativas legais, portanto a aplicação das próprias normas é obrigatória.
d) Trata-se de uma entidade de direito privado subordinada ao International Accounting Stan-
dards Board (IASB).
e) Os pronunciamentos técnicos emitidos pelo CPC subsidiam a emissão de normas que per-
mitem a convergência da Contabilidade Brasileira com os padrões internacionais.

Está correta a letra e; o CPC não emite norma para o mercado, ele se pronuncia sobre assuntos
específicos. Quem normatiza são as autarquias.
O CPC é autônomo, não tem vinculação com nenhuma instituição pública ou privada.
Letra e.

CPC 00 R2 – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de


Relatório Contábil-financeiro
Em dezembro de 2019 o CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) apresentou e o
CFC (Conselho Federal de Contabilidade) aprovou a revisão do Pronunciamento Técnico CPC
00 (R2) – Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro. A revisão trouxe alguns conceitos
novos e apresentou pequenas variações nos conceitos antigos, tudo objetivando melhorar a
qualidade da informação contábil que é apresentada pelas empresas, no material denomina-
das de entidade que reporta.
Assim, esta aula já está de acordo com os novos conceitos.

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O Pronunciamento Conceitual Básico (R2) é o resultado da segunda revisão sobre o CPC


00 que apresenta conceitos-base para a elaboração das Demonstrações Contábeis e outros
demonstrativos, trata-se de um referencial teórico da contabilidade e dos conceitos que mol-
dam a prática contábil, servindo de base para a elaboração dos demais pronunciamentos.
O complemento ao nome do pronunciamento “R2” informa quantas vezes o pronuncia-
mento foi revisado e atualizado; a última atualização foi em novembro de 2019.
É importante destacar que a estrutura conceitual não é um pronunciamento técnico pro-
priamente dito e, portanto, não define normas ou procedimentos para qualquer questão par-
ticular sobre aspectos de mensuração ou divulgação. Ela é o arcabouço conceitual para a
elaboração dos demais pronunciamentos, devido a isto é denominada de “CPC 00”.
Um pronunciamento técnico tem por objetivo definir conceitos doutrinários, estrutura téc-
nica e procedimentos específicos que serão aplicados sobre um assunto, enquanto o pronun-
ciamento básico dá subsídio conceitual para a elaboração dos demais pronunciamentos.

PEGADINHA DA BANCA
Quando for observado um conflito entre a estrutura conceitual e um pronunciamento técnico,
as exigências do pronunciamento técnico devem prevalecer sobre a estrutura conceitual. As
bancas tentam enganar o aluno dizendo que o pronunciamento básico se sobrepõe aos de-
mais pronunciamentos técnicos.

Guarde o seguinte: a estrutura conceitual não é um pronunciamento técnico propriamente


dito. Ela não é específica.

Se a estrutura conceitual não é um pronunciamento técnico propriamente dito, qual é en-


tão a sua finalidade?
Para responder isto devemos entender que ela busca apresentar conceitos que ajudam
suprir a necessidade de informações que contribuem para a transparência ao melhorar a
comparabilidade internacional e a qualidade de informações financeiras, permitindo que os
investidores e outros participantes do mercado tomem decisões econômicas fundamentadas.
Com a apresentação destes conceitos ela atende as seguintes finalidades:
a) auxiliar o desenvolvimento das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) para que
tenham base em conceitos consistentes;
b) auxiliar os responsáveis pela elaboração (preparadores) dos relatórios financeiros a
desenvolver políticas contábeis consistentes quando nenhuma norma se aplica à determina-
da transação ou outro evento, ou quando a norma permite uma escolha de política contábil;
c) auxiliar todas as partes a entender e interpretar as normas.
Você viu que as finalidades estão diretamente vinculadas ao suporte e ao auxílio na ela-
boração dos pronunciamentos e até mesmo de normas pelos organismos normatizadores.

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Para atender estas finalidades, sendo essencialmente um arcabouço conceitual, o CPC


“00 R2” é dividido nos seguintes capítulos:
• Capítulo 1: Objetivo do relatório financeiro para fins gerais;
• Capítulo 2: As características qualitativas de informações financeiras úteis;
• Capítulo 3: Demonstrações contábeis e a entidade que reporta;
• Capítulo 4: Elementos das demonstrações contábeis;
• Capítulo 5: Reconhecimento e desreconhecimento;
• Capítulo 6: Mensuração;
• Capítulo 7: Apresentação e divulgação;
• Capítulo 8: Conceitos de capital e manutenção de capital.

Sobre a estrutura conceitual estabelecida pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC),


analise a assertiva:

002. (IF-PE/IF-PE/CONTADOR/2016/ADAPTADA) no caso de conflito entre a estrutura concei-


tual e um pronunciamento técnico do CPC, o disposto na Estrutura Conceitual deve ter preva-
lência sobre as exigências do pronunciamento técnico.

Como a estrutura conceitual não é um procedimento técnico, não deve prevalecer, ela tem um
caráter de orientação. Guardem o seguinte: “quem manda são os pronunciamentos técnicos”.
Errado.

No que se refere ao Pronunciamento Conceitual Básico CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual


para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro, assinale as assertivas:

003. (AOCP/TRE-AC/ANALISTA CONTÁBIL/2015/ADAPTADA) É um Pronunciamento Técni-


co propriamente dito e, portanto, define normas e procedimentos sobre aspectos relacionados
à mensuração ou divulgação dos elementos patrimoniais.

Podemos ver que a banca tratou o “CPC 00” como um pronunciamento técnico, o que não é
verdade, assim, a assertiva está errada.
Errado.

004. (AOCP/TRE-AC/ANALISTA CONTÁBIL/2015/ADAPTADA) Quando for observado um


conflito entre essa Estrutura Conceitual e um Pronunciamento Técnico, uma interpretação ou
uma orientação, as exigências da Estrutura Conceitual devem prevalecer.

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Nesta assertiva tivemos o mesmo questionamento da questão anterior, contudo, o autor des-
tacou que a estrutura conceitual se sobrepõe aos pronunciamentos técnicos, o que sabemos
que não é verdade.
Errado.

Com relação à estrutura conceitual do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue


os itens a seguir.

005. (CESPE/TCE-RO/CONTADOR/2013) No caso de conflito entre a estrutura conceitual e


um pronunciamento técnico do CPC, o disposto na estrutura conceitual deve ter prevalência
sobre as exigências do pronunciamento técnico.

Questão idêntica às demais, contudo, sabemos que a estrutura básica não prevalece sobre os
pronunciamentos técnicos.
Errado.

006. (AOCP/TRE-AC/ANALISTA CONTÁBIL/2015) No que se refere ao Pronunciamento Con-


ceitual Básico CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-financeiro, assinale a alternativa correta.
a) É um Pronunciamento Técnico propriamente dito e, portanto, define normas e procedimen-
tos sobre aspectos relacionados à mensuração ou divulgação dos elementos patrimoniais.
b) É um Pronunciamento Técnico que estabelece critérios para elaboração e apresentação de
demonstrações contábeis destinadas a usuários internos e externos da informação contábil.
c) Conforme esse Pronunciamento Técnico, as demonstrações contábeis são comumente
elaboradas segundo modelo com base no valor justo.
d) Quando for observado um conflito entre essa Estrutura Conceitual e um Pronunciamento
Técnico, uma interpretação ou uma orientação, as exigências da Estrutura Conceitual devem
prevalecer.
e) Demonstrações contábeis são elaboradas dentro do que prescreve essa Estrutura Concei-
tual não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica de determinados
grupos de usuários.

Podemos responder esta questão por meio da eliminação das assertivas.


As letras a, b e c estão erradas, pois tratam o pronunciamento conceitual como um pronuncia-
mento técnico. Vimos que ele é uma estrutura básica e não pronunciamento propriamente dito.

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Quanto a letra d, o erro está em afirmar que em caso de conflito normativo, o pronunciamento
básico se sobrepõe aos pronunciamentos técnicos. Vimos que o pronunciamento técnico é
que manda.
A letra e de forma correta apresenta que as demonstrações contábeis não têm propósito espe-
cífico. Elas têm propósito geral.
Letra e.

007. (AOCP/CARIACICA/AFTM/2020) Em relação ao CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual para


Elaboração e Divulgação de Relatórios Contábil-financeiros, analise as assertivas e assinale a
alternativa que aponta a(s) correta(s).
I – A Estrutura Conceitual define normas ou procedimentos, para as questões particulares
sobre aspectos de mensuração ou divulgação, reportados nas demonstrações financeiras.
II – As exigências do Pronunciamento Técnico, da Interpretação ou da Orientação específicos
não devem prevalecer sobre a Estrutura Conceitual.
III – As demonstrações financeiras não são elaboradas para se chegar ao valor da entidade
que reporta a informação.
a) Apenas I e II.
b) Apenas I e III.
c) Apenas II.
d) Apenas III.

O CPC 00 é a estrutura conceitual básica da contabilidade, apresenta os conceitos que servi-


rão de base para a elaboração dos demais pronunciamentos. Já está na revisão R2.
A estrutura conceitual NÃO define normas ou procedimentos específicos; os procedimentos
são definidos nos pronunciamentos técnicos que abarcam os mais diversos assuntos. O item
I está errado.
Como os pronunciamentos técnicos são direcionados ao assunto específico, eles prevalecem
sobre a estrutura conceitual, caso exista um conflito técnico. O Item II está errado.
O item III está certo. Segundo a estrutura conceitual as demonstrações não são elaboradas
para estabelecer o valor de uma empresa; o valor de negociação da empresa é estabelecido
pelo mercado.
Letra d.

Capítulo 1: Objetivo do Relatório Financeiro para Fins Gerais


O objetivo do relatório financeiro para fins gerais é fornecer informações financeiras sobre
a entidade que reporta que sejam úteis para investidores, credores por empréstimos e ou-
tros credores, existentes e potenciais, na tomada de decisões referente à oferta de recursos
à entidade.

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Essas decisões envolvem decisões sobre:


a) comprar, vender ou manter instrumento de patrimônio e de dívida;
b) conceder ou liquidar empréstimos ou outras formas de crédito; ou
c) exercer direitos de votar ou de outro modo influenciar os atos da administração que
afetam o uso dos recursos econômicos da entidade.

 Obs.: Informação é o conjunto de dados prontos para uso, obtido no registro, processa-
mento, análise e organização dos fatos contábeis, de forma que exerça uma alteração
(quantitativa ou qualitativa) no conhecimento de quem a recebe, reduzindo incertezas
e servindo de orientação.

O pronunciamento “00” destaca que muitos investidores e credores por empréstimo, não
podem requerer que as entidades que reportam a informação prestem a eles diretamente as
informações de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatórios financeiros de
propósito geral, para grande parte da informação Contábil-financeira que buscam. Consequen-
temente, eles são os usuários primários, sem hierarquia de prioridade; para quem relatórios
Contábil-financeiros de propósito geral são direcionados.

As demonstrações contábeis de propósito geral são destinadas prioritariamente aos investi-


dores e credores por empréstimos.

Segundo o CPC o foco dos relatórios financeiros está nos usuários que aplicam dinheiro
na empresa, ou seja, os fornecedores de capital; contudo, devemos entender que eles não
são os únicos usuários, já que o os clientes, os fornecedores, o governo, os sindicados repre-
sentando os funcionários e o governo utilizam as informações contábeis apresentadas para
atender suas necessidades específicas.
Agora é lógico que os relatórios de “propósito geral” não atendem e não podem atender
a todas as informações de que estes usuários necessitam, por isto eles precisam considerar
informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais e
expectativas, eventos políticos e clima político, perspectivas e panorama para a indústria e
para a entidade, evolução do mercado, concorrência etc.
Outras partes, como reguladores e o público em geral, que não investidores, credores por
empréstimos e outros credores, podem também considerar relatórios financeiros para fins
gerais úteis. Contudo, esses relatórios não são direcionados essencialmente a esses outros
grupos; que são denominados de usuários externos secundários.

Os relatórios Contábil-financeiro de propósito geral englobam o conjunto das demonstrações


contábeis. Ou seja, as demonstrações contábeis fazem parte dos relatórios apresentados.

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Relatórios financeiros, para fins gerais, fornecem informações sobre a posição financeira
da entidade que reporta, as quais consistem em informações sobre os recursos econômicos
da entidade e as reivindicações contra a entidade que reporta; fornecem ainda informações
sobre os efeitos de transações e outros eventos que alteram os recursos econômicos e rei-
vindicações da entidade que reporta. Ambos os tipos de informações fornecem dados úteis
para decisões referentes à oferta de recursos à entidade.
Contudo, os relatórios para fins gerais não se destinam a apresentar o valor da entidade
que reporta, mas fornecem informações para auxiliar investidores, credores por empréstimos
e outros credores, existentes e potenciais, a estimar o valor da entidade que reporta.

O PULO DO GATO
Os governos, órgãos reguladores ou autoridades tributárias, financiadores, por exemplo, po-
dem determinar especificamente exigências para atender a seus próprios interesses. Daí sur-
gem os relatórios de propósito específico. São relatórios específicos por atenderem somente
um usuário.

Essas exigências específicas não devem afetar as demonstrações contábeis elaboradas


segundo a estrutura conceitual, pois elas devem atender as necessidades de todos os seus
usuários para a tomada de decisões econômicas, tais como:
a) decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;
b) avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido con-
ferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas;
c) avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros
benefícios;
d) avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados
à entidade;
e) determinar políticas tributárias;
f) determinar a distribuição de lucros e dividendos;
g) elaborar e usar estatísticas da renda nacional; ou
h) regulamentar as atividades das entidades.
O CPC 00 R2 destaca também que o objetivo da elaboração e divulgação do relatório de
propósito geral constitui o pilar da Estrutura Conceitual, pois os outros aspectos abordados,
como as características qualitativas da informação Contábil-financeira útil e suas restrições,
os elementos das demonstrações contábeis, o reconhecimento e desreconhecimento, a men-
suração, a apresentação e a evidenciação, fluem logicamente desse objetivo.
Outro ponto que merece destaque é que os relatórios são, na maioria das informações,
baseados em estimativas, julgamentos e modelos e não em descrições ou retratos exatos.

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Por fim, a estrutura conceitual ressalta que as informações apresentadas devem ser re-
gistradas de acordo com o regime de Competência, mas, devem também ser apresentadas
informações sobre o fluxo de caixa da entidade.
O regime de competência reflete os efeitos de transações e outros eventos nos períodos
em que esses efeitos ocorrem, mesmo que os pagamentos e recebimentos à vista resultantes
ocorram em período diferente, ou seja, é importante a divulgação da informação na ocorrência
do fato gerador do direito ou obrigação.
Isso é necessário porque informações sobre os recursos econômicos e reivindicações da
entidade e suas alterações durante o período fornecem uma base melhor para a avaliação do
desempenho passado e futuro da entidade do que informações exclusivamente sobre recebi-
mentos e pagamentos à vista durante esse período.

De acordo com o pronunciamento técnico CPC 00 (R1) —estrutura conceitual para elaboração
e divulgação de relatórios Contábil-financeiros —, julgue o item a seguir, referente a conceito,
objetivos e usuários da contabilidade.

008. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) O objetivo do relatório Contábil-financeiro de propósito


geral é fornecer informações Contábil-financeiras úteis acerca da entidade para a tomada de
decisão por parte de usuários internos, como os gerentes de produção, e de usuários externos,
como os acionistas.

A assertiva destaca que os relatórios são destinados aos usuários internos e externos, o que
não é verdade. Nós vimos que as demonstrações são direcionadas aos usuários externos.
Errado.

No que diz respeito ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e à estrutura conceitual


para elaboração e divulgação do relatório Contábil-financeiro, julgue os itens que se seguem.

009. (CESPE/ANTAQ/ANALISTA CONTÁBIL/2015) O conjunto de relatórios Contábil-finan-


ceiros elaborados de acordo com a estrutura conceitual é adequado e suficiente para o atendi-
mento a todas as informações de que os usuários externos necessitem.

Os relatórios são elaborados para atender as necessidades dos usuários externos, especial-
mente os investidores. Em nossa aula vimos que estes relatórios não atendem todas as neces-
sidades dos usuários.

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Agora é lógico que os relatórios de “propósito geral” não atendem e não podem atender a
todas as informações de que estes usuários necessitam, por isto eles precisam considerar
informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais e
expectativas, eventos políticos e clima político, perspectivas e panorama para a indústria e
para a entidade, evolução do mercado, concorrência etc.
Errado.

De acordo com o pronunciamento técnico CPC 00 (R1) – estrutura conceitual para elaboração
e divulgação de relatórios Contábil-financeiros –, julgue o item a seguir, referente a conceito,
objetivos e usuários da contabilidade.

010. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) Os relatórios Contábil-financeiros de propósitos ge-


rais não são os instrumentos que atendem a todas as informações de que os usuários exter-
nos – investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e em potencial
– necessitam.

Os relatórios objetivam fornecer informações aos usuários externos, especialmente aos in-
vestidores, contudo, estas informações devem ser melhoradas com outras fontes. Assim, a
assertiva está correta, pois os relatórios não atendem todas as necessidades dos usuários.
Certo.

011. (FCC/PREFEITURA DE SP/AUDITOR-FISCAL/2012) Sobre a Estrutura Conceitual para


Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro, considere:
I – As autoridades tributárias podem determinar exigências específicas para atender a seus
próprios interesses e, consequentemente, mudar a estrutura conceitual para elaboração e di-
vulgação de relatório Contábil-financeiro de propósito geral.
II – A avaliação da administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido
conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas é uma das
necessidades comuns da maioria dos usuários dos relatórios Contábil-financeiros de propó-
sito geral.
III – O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de transações e outros
eventos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que
reporta a informação nos períodos em que ditos efeitos são produzidos.
IV – Comparabilidade é a característica qualitativa que define o uso dos mesmos métodos
para os mesmos itens, tanto de um período para outro, considerando a mesma entidade que
reporta a informação, quanto para um único período entre entidades.
Está correto o que se afirma APENAS em

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a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

Os itens I e IV estão errados.


No item I, o erro é que as autoridades tributárias NÃO podem modificar a estrutura básica.
Quando a autoridade exigir informações específicas, a empresa deve elaborar um relatório de
propósito específico.
No item IV o conceito apresentado é de consistência e não de comparabilidade. A comparabi-
lidade é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem e compreendam
similaridades dos itens e diferenças entre eles. Diferentemente de outras características qua-
litativas, a comparabilidade não está relacionada com um único item. A comparação requer
no mínimo dois itens.
Letra b.

Capítulo 2: as Características Qualitativas de Informações Financeiras


Úteis
Vimos que o objetivo dos relatórios e levar informações uteis, primariamente aos investi-
dores, ou seja, ao mercado de capital, e aos credores financeiros.
Para que as informações produzam benefícios, elas precisam ser apresentadas com trans-
parência, com completude e de forma verdadeira para aumentar a credibilidade entre os usu-
ários, ou seja, devem possuir algumas características básicas que as qualificam como úteis.
As características qualitativas de informações financeiras úteis identificam os tipos de
informações que tendem a ser mais úteis a investidores, credores por empréstimos e outros
credores, existentes e potenciais, para que tomem decisões sobre a entidade que reporta com
base nas informações contidas em seu relatório financeiro (informações financeiras).

As características qualitativas de informações financeiras úteis se aplicam a informações


financeiras fornecidas nas demonstrações contábeis, bem como a informações financeiras
fornecidas de outras formas, em relatórios complementares e notas explicativas.
A estrutura básica inicial passou por algumas mudanças na sua revisão “R1”. Entre as modi-
ficações estabelecidas, destacam-se:
1. a característica qualitativa da confiabilidade passou a ser denominada de Representação
fidedigna;

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2. a característica da “Essência sobre a Forma” foi retirada da condição de componente sepa-


rado da Representação Fidedigna, uma vez que foi considerada uma redundância, já que para
ser fidedigna a informação deve priorizar o controle sobre a propriedade;
3. a característica da prudência (ou conservadorismo) foi retirada na revisão, pois ela é incon-
sistente com o atributo da neutralidade.

As caraterísticas qualitativas são divididas em fundamentais e de melhoria, da se-


guinte forma:
a) características qualitativas fundamentais (fundamental qualitative characteristics – re-
levância e representação fidedigna), as mais críticas; e
b) características qualitativas de melhoria (enhancing qualitative characteristics – compa-
rabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade), menos críticas, mas ainda
assim altamente desejáveis.

A revisão R2 não mudou nenhum conceito, somente alterou o nome da caraterística da VERI-
FICABILIDADE para CAPACIDADE DE VERIFICAÇÃO.

As características qualitativas são os atributos, as condições que devem ser atendidas


para que a informação seja proveitosa para os usuários, assim, representam as propriedades
necessárias para dar utilidade às informações.
Para entender a importância das caraterísticas das informações que são apresentadas
nas demonstrações contábeis devemos lembrar que os usuários externos dependem das in-
formações que são fornecidas. Assim, se não houvesse uma padronização na qualidade das
informações cada administrador poderia decidir sobre o que, e como divulgar, criando desta
forma uma assimetria informacional.
Como as demonstrações servirão de base para a tomada de decisão pelos usuários exter-
nos, elas deverão conter informações relevantes e que representam corretamente a situação
da empresa; por isto a estrutura básica destaca que tais informações deverão ser úteis e na
busca de uma padronização formal, as características qualitativas da informação apresenta-
das pelo “pronunciamento 00 R2” identificam os tipos de informação que muito provavelmen-
te são reputadas como as mais úteis para a tomada de decisões acerca da entidade.
Assim, se a informação é para ser útil, ela precisa ser relevante e representar com fide-
dignidade o que se propõe; ela deve representar adequadamente a “fotografia” da situação
patrimonial e financeira da entidade, devendo ser confiável e sem vieses. Por isto as caracte-
rísticas qualitativas fundamentais das informações são relevância e representação fidedigna,
pois uma representação fidedigna de um acontecimento irrelevante é tão inútil quanto uma
representação não fidedigna de um acontecimento relevante.

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Informação relevante: informação Contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer


diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. Podemos entender que é
relevante a informação que se não for prestada ou se for prestada de forma equivocada irá afe-
tar a decisão dos usuários, mesmo que eles optem por não tirar vantagem delas ou já tenham
conhecimento delas a partir de outras fontes.

A informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo no caso de o usuário
decidir não a levar em consideração ou até mesmo se já tiver tomado ciência de sua existên-
cia por outras fontes, contudo a decisão pela importância da informação deve ser do usuário,
a empresa tem a obrigação de prestar a informação.
Uma interpretação interessante para relevância é no sentido de que se o usuário tivesse tido
a informação em momento hábil, ele teria tomada uma decisão diferente.

EXEMPLO
Um gestor de fundos de investimento decide aplicar nas debêntures de uma empresa, pois
ela está distribuindo um lucro acima do esperado. Para tomar a sua decisão ele considera
somente os dados apresentados nas Demonstrações e nas notas explicativas.
Após a compra dos títulos é divulgado pela administração da empresa que ela irá reconhecer
uma despesa por dano ambiental em relação a um sinistro ocorrido no ano anterior.
Sabe-se que o fato gerador da despesa foi um vazamento, que causou um dano ambiental,
ocorrido anteriormente e a administração não divulgou esta informação.
Note que se o gestor do fundo tivesse esta informação ele não teria comprado as debêntures,
pois as despesas irão diminuir o lucro e por consequência diminuir a distribuição aos deben-
turistas.

A informação relevante é capaz de fazer diferença nas decisões dos usuários se tiver valor
preditivo, valor confirmatório ou ambos. A informação Contábil-financeira tem valor preditivo
se puder ser utilizada como dado de entrada em processos empregados pelos usuários para
predizer futuros resultados. A informação Contábil-financeira tem valor confirmatório se retro-
alimentar – servir de feedback – avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las).

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Por valor confirmatório de uma informação entende-se a condição de que o usuário com
a informação possa verificar a efetividade das ações da administração, ou seja, se foram atin-
gidos os objetivos estabelecidos. A informação deve ajudar a confirmar se a administração
fez o que queria fazer.
O valor preditivo de uma informação está relacionado com a condição de que ela irá servir
de direcionador nas decisões que serão tomadas elos usuários.
O valor confirmatório da informação tem relação com o passado e o valor preditivo com o
futuro, por isto devem ser analisadas em conjunto de forma inter-relacionadas, pois a capa-
cidade de fazer predições é efetivada a partir do momento da possibilidade de confirmar as
predições feitas anteriormente.
Por exemplo, a informação sobre a composição do ativo e sobre a receita da empresa au-
xilia ao usuário a predizer a capacidade de geração de riqueza da entidade com base em seu
ativo, tendo assim um indicador sobre o possível retorno do investimento a ser feito.
O Pronunciamento destaca também que a relevância da informação é afetada pela sua
materialidade. A materialidade está relacionada com a mudança de uma decisão, pelo usu-
ário, devido ao conhecimento de uma informação, por isto tem relação com a natureza e a
magnitude do que está sendo informado.
A informação Contábil-financeira será material quando a sua omissão ou a sua divulgação
de forma distorcida (mistating) influenciar nas tomadas de decisões dos usuários das informa-
ções. Ela é considera um aspecto de relevância específico da entidade e, por essa razão, não
é possível especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou predefinir o que
seria jugado material em uma situação concreta.
Normalmente a materialidade de uma informação está diretamente relacionada com o
julgamento profissional do usuário, devido a isto deve ser analisado caso a caso para definir
se uma informação é material ou não.
Em alguns casos, a natureza das informações, por si só, é suficiente para determinar a sua
relevância. Por exemplo, reportar uma nova linha de produtos que a entidade venha a operar
pode afetar a avaliação dos riscos e oportunidades com que a entidade se depara, indepen-
dente dos valores envolvidos.
Em outros casos, a materialidade é importante pelo valor envolvido. Por exemplo, a em-
presa tem estoque composto por vários produtos, sendo que os produtos mais valorados não
tem mercado atuante e tendem a não se realizarem rapidamente, assim é importante desta-
car esta informação pelos valores envolvidos.
Esta convenção contábil é de extrema importância para a relação custo-benefício, pois
desobriga um tratamento mais rigoroso para aqueles itens cujo valor monetário é pequeno
dentro dos gastos totais, assim, itens imateriais não necessitam de um controle efetivo.

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O PULO DO GATO
A materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade com base na natureza ou
magnitude, ou ambas, dos itens aos quais as informações se referem no contexto do relató-
rio financeiro da entidade individual. Consequentemente, não se pode especificar um limite
quantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o que pode ser material em uma
situação específica.

Representação Fidedigna

Representar fidedignamente um evento econômico quer dizer ser fiel ao fato, de forma
neutra e sem um viés informacional, de forma mais simples, é falar a verdade, o que realmen-
te acorreu.
A representação fidedigna, anteriormente denominada de “confiabilidade”, é definida como
a qualidade da informação que garante aos usuários uma mensagem livre de erro e de viés e
que represente fielmente o que se pretende informar.
Conforme orientação normativa, a representação fidedigna deve priorizar a essência da
transação em detrimento da forma, ou seja, os eventos devem ser apresentados de acordo
com a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua forma legal. Disto pode-
mos inferir que o controle sobre um bem ou direito, suplanta a propriedade, quando da divul-
gação das informações.
Assim, para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter
três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.

• Completa: “deve incluir toda a informação necessária para que o usuário compreenda
o fenômeno sendo retratado, incluindo todas as descrições e explicações necessárias”.

O retrato da realidade econômica completo deve incluir toda a informação necessária


para que o usuário compreenda o fenômeno sendo retratado, incluindo todas as descrições
e explicações necessárias.
Por exemplo, um retrato completo de um grupo de ativos incluiria, no mínimo, a descrição
da natureza dos ativos que compõem o grupo, o retrato numérico de todos os ativos que com-
põem o grupo, e a descrição acerca do que o retrato numérico representa (por exemplo, custo
histórico original, custo histórico ajustado ou valor justo).

• Neutra: ausência de viés na seleção ou na apresentação da informação Contábil-fi-


nanceira.

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A representação neutra não possui inclinações, não é parcial, não é enfatizada ou deixa de
ser enfatizada, nem é, de outro modo, manipulada para aumentar a probabilidade de que as
informações financeiras serão recebidas de forma favorável ou desfavorável pelos usuários.
Informações neutras não significam informações sem nenhum propósito ou sem nenhu-
ma influência sobre o comportamento, ao contrário, informações financeiras relevantes são,
por definição, capazes de fazer diferença nas decisões dos usuários.
Uma novidade na revisão R2 foi a apresentação de que neutralidade é apoiada pelo exer-
cício da prudência. Prudência é o exercício de cautela ao fazer julgamentos sob condições de
incerteza. O exercício de prudência significa que ativos e receitas não estão superavaliados e
passivos e despesas não estão subavaliados. Da mesma forma, o exercício de prudência não
permite a subavaliação de ativos ou receitas ou a superavaliação de passivos ou despesas.
Essas divulgações distorcidas podem levar à superavaliação ou subavaliação de receitas ou
despesas em períodos futuros.

Assim, ao estabelecer as estimativas para perda ou as provisões para pagamentos, a entida-


de deverá observar a prudência, como apoio à neutralidade.

• Livre de erros: não pode haver erros ou omissões relevantes no fenômeno retratado.

Um retrato da realidade econômica livre de erros significa que não há erros ou omissões
no fenômeno retratado, e que o processo utilizado, para produzir a informação reportada, foi
selecionado e foi aplicado livre de erros.
Assim, representação fidedigna não significa exatidão em todos os aspectos. Nesse sen-
tido, um retrato da realidade econômica livre de erros não significa algo perfeitamente exato
em todos os aspectos. Por exemplo, a estimativa de preço ou valor não observável não pode
ser qualificada como sendo algo exato ou inexato. Entretanto, a representação dessa estima-
tiva pode ser considerada fidedigna se o montante for descrito claramente e precisamente
como sendo uma estimativa, se a natureza e as limitações do processo forem devidamente
reveladas, e nenhum erro tiver sido cometido na seleção e aplicação do processo apropriado
para desenvolvimento da estimativa.
Não se esqueça: a informação precisa concomitantemente ser relevante e representar
com fidedignidade a realidade reportada para ser útil. Nem a representação fidedigna de fe-
nômeno irrelevante, tampouco a representação não fidedigna de fenômeno relevante auxilia
os usuários a tomarem boas decisões.
O processo mais eficiente e eficaz para aplicar as características qualitativas fundamen-
tais é, normalmente, o seguinte:
• em primeiro lugar, identificar o fenômeno econômico, informações sobre o que é capaz
de ser útil para os usuários das informações financeiras da entidade que reporta;

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• em segundo lugar, identificar o tipo de informação sobre esse fenômeno que é mais
relevante;
• em terceiro lugar, determinar se essas informações estão disponíveis e se podem for-
necer representação fidedigna do fenômeno econômico. Em caso afirmativo, o pro-
cesso para satisfazer às características qualitativas fundamentais se encerra nesse
ponto. Em caso negativo, o processo é repetido com o próximo tipo de informação mais
relevante.

As características fundamentais são bastante exigidas em concurso, sendo que ques-


tões normalmente são literais, assim, basta saber quais são e alguns conceitos relacionados.
Vamos ver:

Julgue o item seguinte, de acordo com os princípios de contabilidade e as normas do Conse-


lho Federal de Contabilidade (CFC).

012. (CESPE/DPF/PERITO CONTADOR/2013) Relevância e comparabilidade são caracterís-


ticas qualitativas fundamentais da informação Contábil-financeira útil, pois tornam a informa-
ção capaz de fazer a diferença nas decisões tomadas pelos usuários.

A assertiva cobra literalmente quais são as características fundamentais da informação con-


tábil. Para responder basta lembra que são a relevância e a representação fidedigna.
Errado.

013. (FEPESE/MPE-SC/AUDITOR/2014) De acordo com o CPC 00/R1/2011, são duas as ca-


racterísticas qualitativas fundamentais da informação Contábil-financeira.
Assinale a alternativa que traz estas características fundamentais
a) Compreensibilidade e relevância
b) Verificabilidade e tempestividade
c) Comparabilidade e verificabilidade
d) Relevância e representação fidedigna
e) Representação fidedigna e tempestividade.

Novamente a questão é literal, basta saber que relevância e representação fidedigna são as
características fundamentais da informação contábil. “É só correr para o abraço”.
Letra d.

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014. (IF-PI/IF-PI/PROFESSOR DE CONTABILIDADE/2016) As demonstrações contábeis são


importantes para que o usuário interessado pela informação tome decisões e conheça a si-
tuação econômico-financeira de uma entidade. Conforme a Estrutura Conceitual Básica-CPC
00(R1), a qualidade da informação contábil deve ser útil e relevante. Conforme a afirmação
anterior, marque a alternativa CORRETA:
a) As características qualitativas fundamentais são relevância e representação fidedigna.
b) A informação econômica é capaz de fazer diferença nas decisões se tiver valor preditivo,
valor médio ou ambos.
c) A informação Contábil-financeira já é considerada útil se representar um fenômeno relevante.
d) Representação fidedigna de uma informação significa exatidão em todos os aspectos.

Boa questão; contudo, a resposta é a mesma das demais.


Na letra b sabemos que a informação é relevante se possuir valor preditivo e confirmató-
rio, ou ambos.
Na letra c não basta ser relevante, lembram? Deve ser relevante e fidedigna.
Na letra d a representação fidedigna não representa exatidão, mas sim que as informações
estão livres de erros materiais.
Letra a.

015. (INAZ DO PARÁ/CORE-PE/CONTADOR/2019) As características qualitativas fundamen-


tais da Informação Contábil-financeira são relevância e representação fidedigna. Diante das
informações qualitativas fundamentais, assinale a alternativa correta:
a) Informação Contábil-financeira relevante é aquela que não possui poder de influenciar as
decisões que possam ser tomadas pelos usuários.
b) Para ser útil, a informação Contábil-financeira não tem só que representar um fenômeno
relevante, mas tem também que representar com fidedignidade o fenômeno que se propõe
representar.
c) Representação fidedigna, por si só, pode resultar necessariamente em informação útil.
d) A informação precisa concomitantemente ser irrelevante e representar com fidedignidade
a realidade reportada para ser útil.
e) A informação Contábil-financeira precisa ser uma predição ou uma projeção para que pos-
sua valor preditivo.

Vimos na aula que para ser útil, a informação Contábil-financeira deve ter as características
fundamentais da relevância e da representação fidedigna. Assim, ela não tem só que represen-

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tar um fenômeno relevante, mas tem também que representar com fidedignidade o fenômeno
que se propõe representar.
Letra b.

016. (VUNESP/GUARULHOS/FISCAL DE RENDAS/2019) De acordo com a Estrutura Concei-


tual (Resolução CFC n. 1.374/2011), são características fundamentais da informação Contá-
bil-financeira:
a) Relevância e representação fidedigna.
b) Relevância e compreensibilidade.
c) Regime de competência e relevância.
d) Regime de competência e consistência.
e) Comparabilidade e verificabilidade.

As características qualitativas fundamentais são relevância e representação fidedigna.


Letra a.

017. (CESGRANRIO/PETROBRAS/CONTADOR JÚNIOR/2015) Os termos do Pronunciamento


Conceitual Básico (R1) contemplam as características qualitativas da informação contábil
útil. Nesse aspecto, são características qualitativas fundamentais da informação contábil útil:
a) Comparabilidade e Materialidade
b) Materialidade e Verificabilidade
c) Compreensão e Representação Tempestiva
d) Relevância e Representação Fidedigna
e) Tempestividade e Anualidade

As características fundamentais são: relevância e representação fidedigna.


Letra d.

018. (FCC/TCE-GO/CONTADOR/2014) Os três atributos para que uma demonstração finan-


ceira seja considerada fidedigna são:
a) Completa, neutra e livre de erro.
b) Suficiente, prudente e livre de fraude.
c) Limitada, suficiente e livre de erro.
d) Integral, prudente e livre de fraude.
e) Adequada, possível e livre de erro.

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Para ser representação fidedigna, a realidade da informação retratada precisa ter três atribu-
tos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.
Letra a.

019. (FCC/MANAUS/AFTM/2019) Na avaliação de materialidade, é razoável que o auditor as-


suma que os usuários de demonstrações financeiras
a) possuem aprofundado conhecimento de economia.
b) não sabem que as demonstrações contábeis são auditadas considerando níveis de ma-
terialidade.
c) possuem conhecimento razoável de contabilidade.
d) não possuem disposição para estudar as informações contábeis com diligência.
e) possuem aprofundado conhecimento das atividades econômicas.

Segundo o CPC 00, a materialidade é um atributo da relevância. Em auditoria, materialidade é


o montante fixado pelo auditor que deverá estar correto. Assim, é material a informação que
afeta a opinião do usuário.
A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é
afetada pela percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos usu-
ários das demonstrações contábeis. Neste contexto, é razoável que o auditor assuma que
os usuários:
a) possuem conhecimento razoável de negócios, atividades econômicas, de contabilidade e a
disposição de estudar as informações das demonstrações contábeis com razoável diligência.
Letra c.

Características de Melhoria da Informação


Como vimos as características qualitativas de dividem em fundamentais e em caracterís-
ticas de melhoria.
a) Características qualitativas fundamentais (fundamental qualitative characteristics – re-
levância e representação fidedigna), as mais críticas; e
b) Características qualitativas de melhoria (enhancing qualitative characteristics – compa-
rabilidade, capacidade de verificação, tempestividade e compreensibilidade), menos críticas,
mas ainda assim altamente desejáveis.
É importante destacar que as características de melhoria são desejáveis, mas não essen-
ciais, pois elas agregam valor e melhoram a qualidade da informação, servindo para auxiliar
qual de duas alternativas de informação igualmente relevante e fidedigna deveria ser apre-

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sentada em relação a um fenômeno, no entanto, elas não tornam a informação útil, se uma
informação for irrelevante ou não tiver representação fidedigna, não importa ser comparável,
verificável, tempestiva ou compreensível, ela não é uma informação útil.

A aplicação das características qualitativas de melhoria é um processo interativo que não se-
gue uma ordem preestabelecida e nem existe hierarquia entre os atributos. Algumas vezes,
uma característica qualitativa de melhoria pode ter que ser diminuída para maximização de
outra característica qualitativa. Por exemplo, a redução temporária na comparabilidade como
resultado da aplicação prospectiva de uma nova norma Contábil-financeira pode ser vantajosa
para o aprimoramento da relevância ou da representação fidedigna no longo prazo.

Comparabilidade

A comparabilidade é a característica qualitativa de melhoria que visa fazer com que os


usuários identifiquem e compreendam as semelhanças e as diferenças entres as informações
e dados apresentados e divulgados.
As decisões de usuários implicam escolhas entre alternativas, como, por exemplo, ven-
der ou manter um investimento, ou investir em uma entidade ou noutra. Consequentemente,
a informação acerca da entidade será mais útil caso possa ser comparada com informação
similar sobre outras entidades e com informação similar sobre a mesma entidade para outro
período ou para outra data.

A COMPARABILIDADE tem como necessidade própria precisar de pelo menos dois itens para
efetivar a comparação.

Assim, por uma questão de lógica, se o objetivo é comparar, existe a necessidade de ter
um dado em mãos para comparar com outro dado, e assim inferir sobre algo. O atributo da
comparabilidade permite que sejam comparadas informações com outras entidades ou com
a mesma entidade, entre mais de um período.
Outro ponto importante da comparabilidade é que ela não se confunde com o atributo da
consistência ou de uniformidade.
É normal as bancas apresentarem que comparabilidade é o mesmo que consistência ou
que uniformidade.
Consistência, embora esteja relacionada com a comparabilidade, não significa o mesmo.
Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, tanto de um pe-
ríodo para outro considerando a mesma entidade que reporta a informação, quanto para um
único período entre entidades. Comparabilidade é a meta; a consistência auxilia a alcançar
essa meta.

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Comparabilidade também não significa uniformidade. Para que a informação seja compa-
rável, coisas iguais precisam parecer iguais e coisas diferentes precisam parecer diferentes.
A comparabilidade da informação Contábil-financeira não é aprimorada ao se fazer com que
coisas diferentes pareçam iguais ou ainda ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes.
Meu(minha) amigo(a), chamo a sua atenção para que entenda que manter a consistência
não quer dizer que a empresa não possa mudar algum critério. A consistência estabelece
que a empresa mantenha os MESMOS critérios dentro do exercício, e se está utilizando um
critério, este seja utilizado em todos os itens da mesma natureza. Por exemplo: se a empre-
sa utiliza em suas máquinas da linha de produção o critério da depreciação pelo número de
unidades produzidas, deve utilizar para todas as máquinas na linha de produção o mesmo
critério. Se a empresa faz estimativa de inadimplência para as contas a receber, deve fazer
para todas as contas a receber.
Qualquer mudança de critério que impacte de forma relevante nos dados apresentados
deve ser divulgada em notas explicativas junto com as demonstrações contábeis.
Na sua essência a comparabilidade deve possibilitar ao usuário o conhecimento da situa-
ção e evolução de determinada informação ao longo do tempo, numa mesma Entidade ou em
diversas Entidades, de tal forma que se obtenha condição para a melhor tomada de decisão.

Capacidade de Verificação

A capacidade de verificação ajuda a garantir aos usuários que as informações represen-


tem de forma fidedigna os fenômenos econômicos que pretendem representar.
A capacidade de verificação significa que diferentes observadores bem informados e in-
dependentes podem chegar ao consenso, embora não a acordo necessariamente completo,
de que a representação específica é representação fidedigna. Tem relação com conseguir
comprovar uma informação.
A verificabilidade não é sinônimo de concordância entre as opiniões e decisões dos usuá-
rios, ela ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa fidedignamente o fenô-
meno econômico que se propõe representar.
A verificação pode ser direta ou indireta. Verificação direta significa verificar um montante
ou outra representação por meio de observação direta, como, por exemplo, por meio da con-
tagem de caixa a identificação física de bens do imobilizado.
Verificação indireta significa checar os dados de entrada do modelo, fórmula ou outra
técnica e recalcular os resultados obtidos por meio da aplicação da mesma metodologia;
está relacionada com exame documental. Um exemplo é a verificação do valor contábil dos
estoques por meio da checagem dos dados de entrada (quantidades e custos) e por meio do
recálculo do saldo final dos estoques utilizando a mesma premissa adotada no fluxo do custo
(por exemplo, utilizando o método PEPS).

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Tempestividade

Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo


de poder influenciá-los em suas decisões.
Tem relação direta com a oportunidade de uma informação, devido a isto, a informação
tem que estar disponível para tomadores de decisão a tempo para poder influenciá-los em
suas decisões.
Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, certa infor-
mação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o encerramento do período
contábil, em decorrência de alguns usuários necessitarem identificar e avaliar tendências.
A falta de tempestividade pode criar uma assimetria informacional entre os usuários. Por
exemplo: os usuários internos (administradores) têm conhecimento de uma informação re-
levante, contudo não a divulgam para não afetar a negociação de um título da empresa no
mercado de capital. Quando a informação for divulgada, após a negociação dos papéis ter
sido efetivada, ela perdeu a sua oportunidade e de certa forma foi inútil naquele momento.

Compreensibilidade

Compreensibilidade é uma das características que ajudam o usuário a assimilar o signifi-


cado das informações. Assim, classificar, mensurar e apresentar a informação com clareza e
concisão torna-a compreensível.
A compreensibilidade presume que o usuário disponha de conhecimentos de Contabili-
dade e dos negócios e atividades da Entidade, em nível que o habilite ao entendimento das
informações colocadas à sua disposição, desde que se proponha analisá-las, pelo tempo
e com a profundidade necessários, sendo que uma eventual dificuldade de entendimento
suficiente das informações contábeis por algum usuário jamais será motivo para a sua não
divulgação.
Alguns fenômenos são inerentemente complexos e pode não ser possível tornar a sua
compreensão fácil. Excluir informações sobre esses fenômenos dos relatórios financeiros
pode tornar mais fácil a compreensão das informações contidas nesses relatórios financei-
ros. Contudo, esses relatórios seriam incompletos e, portanto, possivelmente distorcidos.

PEGADINHA DA BANCA
Normalmente as bancas afirmam que para facilitar a compreensão pelos usuários, a empresa
não precisa divulgar as informações consideradas complexas. Não caiam neste peguinha.
Devem ser divulgadas todas as informações relevantes, inclusive as que envolvem cálcu-
los complexos como os relacionados com a precificação de ativos e derivativos no mercado
de capital.

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Então, para ser compreensível a informação deve ser divulgada com clareza e completude,
contudo, exige-se que o usuário saiba interpretar as informações, pois, as informações sobre
assuntos complexos que devam ser incluídas nas demonstrações contábeis, por causa da
sua relevância para as necessidades de tomada de decisão pelos usuários, não devem ser ex-
cluídas meramente sob o pretexto de que seriam difíceis para certos usuários as entenderem.

Relevante Importante
Fundamental

Fidedigna Verdadeira

Informação
contábil Compreensabilidade Entendível

De Comparabilidade Analisável
melhoria

Verificabilidade Comprovável

Tempestividade Oportuna

Na elaboração das informações a administração deverá analisar a relação custo benefí-


cio, pois, o custo é uma restrição generalizada sobre as informações que podem ser forneci-
das pelo relatório financeiro.
Como a elaboração do relatório de informações financeiras impõe custos, e é importante
que esses custos sejam justificados pelos benefícios de apresentar essas informações.
Devido à subjetividade inerente, as avaliações de diferentes indivíduos sobre os custos e
benefícios da apresentação de itens específicos de informações financeiras variam. Portanto,
procura-se considerar custos e benefícios em relação ao relatório financeiro, de modo geral,
e, não apenas, em relação a entidades individuais que reportam.

020. (IF-ES/IF-ES/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2019) De acordo com a “Estrutura Concei-


tual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro (CPC 00 – R1)” é um exem-
plo de característica qualitativa capaz de melhorar a utilidade da informação Contábil-financei-
ra, a ________ .
No tocante ao caso específico do setor público, a “NBC TSP Estrutura Conceitual para Ela-
boração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor

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Público” prevê que os usuários dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do
Setor Público almejam subsídios nestes relatórios para fins de prestação de contas e respon-
sabilização (accountability) e para o (a) _________.
Completam de forma CORRETA as lacunas do texto na ordem prevista:
a) Comparabilidade / tomada de decisão.
b) Representação fidedigna / fiscalização dos tributos arrecadados.
c) Relevância / fiscalização dos agentes públicos.
d) Tempestividade / acompanhamento da ação governamental.
e) Compreensibilidade / participação democrática.

As caraterísticas qualitativas de melhoria são a comparabilidade, a verificabilidade, a tempes-


tividade e a compreensibilidade; elas melhoram a utilidade da informação que é relevante e
que é representada com fidedignidade. Assim, eliminamos as letras B e C.
Os usuários, sejam públicos ou privados, utilizam as informações apresentadas pela contabi-
lidade para tomar uma decisão sobre a melhor forma de alocar seus recursos.
Letra a.

021. (AOCP/PC-ES/PERITO CONTÁBIL/2019) Conforme a Estrutura Conceitual para Elabora-


ção e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro, a característica qualitativa da confiabilidade
foi redenominada para
a) verificabilidade.
b) compreensibilidade.
c) comparabilidade.
d) representação fidedigna.
e) relevância.

A característica qualitativa confiabilidade foi redenominada de representação fidedigna.


Letra d.

022. (IBFC/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2017) Com base na NBC TSP Estrutura Conceitual –


estrutura conceitual para elaboração e divulgação de informação contábil de propósito geral
pelas entidades do setor público, assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.
“ _______________ significa ter informação disponível para os usuários antes que ela perca a
sua capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização (accounta-
bility) e tomada de decisão”.
a) Tempestividade
b) Compreensibilidade

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c) Neutralidade
d) Comparabilidade
e) Verificabilidade.

A Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de


poder influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem me-
nos utilidade. Contudo, certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado
após o encerramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, por exemplo,
necessitarem identificar e avaliar tendências.
Está representando o princípio da oportunidade.
Letra a.

023. (IESES/CRM-SC/CONTADOR/2015) As características qualitativas da informação Con-


tábil-financeira identificam os tipos de informações que muito provavelmente são reputadas
como as mais úteis para investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes
e em potencial, para tomada de decisões acerca da entidade.
Assinale a alternativa que representa uma característica qualitativa fundamental da informa-
ção Contábil-financeira.
a) Relevância.
b) Competência.
c) Entidade.
d) Continuidade.

As características fundamentais são relevância e representação fidedigna. Não se esque-


ça dos atributos de melhoria: comparabilidade, compreensibilidade, tempestividade e verifi-
cabilidade.
Letra a.

024. (FCC/TRE-PR/ANALISTA DE CONTABILIDADE/2013) Sobre a estrutura conceitual para a


elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, considere:
I – A estrutura conceitual aplica-se à forma e ao conteúdo das informações adicionais forne-
cidas para atender às necessidades da administração da empresa.
II – O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações que sejam úteis a um
grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica.
III – As demonstrações contábeis são preparadas com base no pressuposto de que a entida-
de não tem a intenção nem a necessidade de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente
a escala das suas operações.

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IV – As informações sobre assuntos complexos que dificultam a compreensibilidade para


alguns usuários da contabilidade devem ser excluídas das demonstrações contábeis.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
e) III e IV.

I – Está errado. Os relatórios de propósito emitidos pela empresa visam atender aos usuá-
rios externos; os administradores que representam os usuários internos utilizam informações
pontuais e específicas.
II – Está correto. O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações que sejam
úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica,
por isto que são denominadas de relatórios de propósito geral.
III – Está correto. As demonstrações contábeis são preparadas com base no pressuposto da
continuidade, ou seja, considerando que a empresa não tem a intenção, nem a necessidade de
entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações.
IV – Está errada. As informações sobre assuntos complexos que dificultam a compreensibi-
lidade para alguns usuários da contabilidade NÃO devem ser excluídas das demonstrações
contábeis. É o caso dos instrumentos financeiros sem um mercado ativo. A exclusão de infor-
mações sobre esses fenômenos dos relatórios Contábil-financeiros pode tornar a informação
constante em referidos relatórios mais facilmente compreendida. Contudo, referidos relatórios
seriam considerados incompletos e potencialmente distorcidos.
Letra b.

025. (AOCP/SANTO AGOSTINHO-PE/CONTADOR/2019) Segundo o CPC 00 (R1) – Estrutura


Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro,
a) a utilização do regime de caixa fornece melhor base de avaliação da performance passada
e da futura da entidade a que reporta a informação.
b) as características qualitativas foram divididas em duas categorias: as fundamentais e as
da relevância.
c) para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada da informação preci-
sa ter os atributos da neutralidade e ser livre de distorções relevantes.
d) as informações se destinam, principalmente, ao público externo, com foco nos investido-
res, credores por empréstimos e a outros credores.

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A estrutura conceitual determina a utilização do regime de competência para a apuração dos


resultados, pois o regime de caixa apresenta somente as entradas e saídas de dinheiro, forne-
cendo uma base de informações muito pequena. A letra a está errada.
As características da informação contábil foram divididas em fundamentais e de melhoria. A
letra b está errada.
A representação fidedigna deve ser completa, neutra e livre de erros. A letra c está incompleta.
A letra d está certa. As informações apresentadas pela contabilidade devem atender, principal-
mente, aos usuários externos primários, que são os que aplicam dinheiro na empresa.
Letra d.

026. (AOCP/ADAF-AM/CONTADOR/2018) Nos termos do CPC 00, são características qualita-


tivas de melhoria:
a) conservadorismo, relevância, confiabilidade e comparabilidade.
b) representação fidedigna, materialidade, comparabilidade e compreensibilidade.
c) comparabilidade, tempestividade, confiabilidade e relevância.
d) comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade.
e) fidedignidade, confiabilidade, materialidade e conservadorismo.

As características qualitativas de melhoria são a comparabilidade, capacidade de verificação


(verificabilidade), tempestividade e compreensibilidade, menos críticas, mas ainda assim al-
tamente desejáveis.
Letra d.

Capítulo 3: Demonstrações Contábeis e a Entidade que Reporta


A estrutura conceitual destaca que as demonstrações contábeis fornecem informações
sobre recursos econômicos (ativos) da entidade que reporta; reivindicações contra a entida-
de (obrigações exigíveis) e alterações nesses recursos (receitas e despesas); devido a isto
elas têm o objetivo de fornecer informações financeiras sobre os ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas e despesas que sejam úteis aos usuários das demonstrações contábeis na
avaliação das perspectivas para futuros fluxos de entrada de caixa líquidos e na avaliação da
gestão de recursos da administração sobre os recursos econômicos da entidade.
As informações são apresentadas no balanço patrimonial, ao reconhecer ativos, passivos
e patrimônio líquido; na demonstração do resultado, ao reconhecer as receitas e despesas, e

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na demonstração do resultado abrangente, que apresenta as receitas e despesas abrangen-


tes (contas apresentadas no Patrimônio Líquido na conta Ajuste da Avaliação Patrimonial); e
em outras demonstrações e notas explicativas.

Aqui temos uma novidade. O CPC 00 R2 apresenta a necessidade da elaboração da DRA –


Demonstração dos Resultados abrangentes.

O balanço patrimonial, demonstração do resultado e a demonstração do resultado abran-


gente refletem o ativo, passivo, patrimônio líquido, receitas e despesas reconhecidos da en-
tidade em sumários estruturados que se destinam a tornar as informações financeiras com-
paráveis e compreensíveis.
Uma característica importante das estruturas desses sumários é que os valores reco-
nhecidos em uma demonstração estão incluídos nos totais e, se aplicável, nos subtotais que
vinculam os itens reconhecidos na demonstração.
Desta forma as demonstrações devem retratar os efeitos patrimoniais e financeiros das
transações e outros eventos, por meio do grupamento deles em classes amplas de acordo
com as suas características econômicas (são os grupos e subgrupos de contas).
Assim, as informações sobre possíveis transações futuras e outros possíveis eventos futu-
ros (informações abrangentes-prospectivas) são incluídas nas demonstrações contábeis se:
a) referirem-se a ativos ou passivos da entidade – incluindo ativos ou passivos não reco-
nhecidos – ou patrimônio líquido que existiam no final do período de relatório, ou durante o
período de relatório, ou a receitas ou a despesas do período de relatório; e
b) forem úteis aos usuários das demonstrações contábeis.

Os ativos e passivos NÃO RECONHECIDOS, são os considerados contingentes, que não apa-
recem no balanço patrimonial, mas são divulgados em notas explicativas.

No Brasil, o período utilizado para a elaboração das demonstrações é o exercício social


adotado pela empresa, que em regra, é o ano civil. Contudo, independe do prazo utilizado na
elaboração das demonstrações, para ajudar os usuários a identificarem e avaliarem mudan-
ças e tendências, as demonstrações contábeis também fornecem informações comparativas
de, pelo menos, um período de relatório anterior.

O PULO DO GATO
A empresa deve apresentar as demonstrações do período corrente e as demonstrações do
período anterior.

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Outra inclusão é a de que as demonstrações contábeis são normalmente elaboradas com


base na suposição de que a entidade está em continuidade operacional e continuará em ope-
ração no futuro previsível.
Assim, presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em
liquidação ou deixar de negociar. Se existe essa intenção ou necessidade, as demonstrações
contábeis podem ter que ser elaboradas em base diferente. Em caso afirmativo, as demons-
trações contábeis descrevem a base utilizada.

Entidade que Reporta

A entidade que reporta é a entidade que é obrigada a, ou decide, elaborar demonstrações


contábeis; pode ser uma única entidade ou parte da entidade ou pode compreender mais de
uma entidade.
Às vezes, a entidade (controladora) tem o controle sobre outra entidade (controlada). Se a
entidade que reporta compreende tanto a controladora como suas controladas, as demons-
trações contábeis da entidade que reporta são denominadas “demonstrações contábeis con-
solidadas”.
As demonstrações consolidadas fornecem informações sobre os ativos, passivos, patri-
mônio líquido, receitas e despesas tanto da controladora como de suas controladas como
uma única entidade. Essas informações são úteis para investidores, credores por emprésti-
mos e outros credores, existentes e potenciais, da controladora em sua avaliação das pers-
pectivas para futuros fluxos de entrada de caixa líquidos para a controladora. Isso porque os
fluxos de entrada de caixa líquidos para a controladora incluem distribuições para a contro-
ladora de suas controladas, e essas distribuições dependem de fluxos de entrada de caixa
líquidos para as controladas.
Se a entidade que reporta é apenas a controladora, as demonstrações contábeis são de-
nominadas “demonstrações contábeis não consolidadas”.
Demonstrações contábeis não consolidadas destinam-se a fornecer informações so-
bre os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas da controladora e, não, sobre
aquelas de suas controladas
Se a entidade que reporta compreende duas ou mais entidades que não são todas vincu-
ladas pelo relacionamento controladora-controlada, as demonstrações contábeis da entida-
de que reporta são denominadas “demonstrações contábeis combinadas”.

As demonstrações contábeis podem ser não consolidadas (individuais), consolidadas ou


combinadas.

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Capítulo 4: Elementos das Demonstrações Contábeis


Os elementos das demonstrações contábeis definidos na Estrutura Conceitual são apre-
sentados pelas classes de contas que compõem os ativos, passivos e patrimônio líquido, que
se referem à posição financeira da entidade que reporta; e receitas e despesas, que se referem
ao desempenho financeiro da entidade que reporta.
Essas classes amplas são denominadas de elementos das demonstrações contábeis.
Os elementos das demonstrações contábeis definidos nesta Estrutura Conceitual são:
• ativos, passivos e patrimônio líquido, que se referem à posição financeira da entidade
que reporta; e
• receitas e despesas, que se referem ao desempenho financeiro da entidade que reporta.

A apresentação desses elementos no balanço patrimonial e na demonstração do resul-


tado envolve um processo de subclassificação. Por exemplo, ativos e passivos podem ser
classificados por sua natureza ou função nos negócios da entidade, em circulante os não
circulantes, a fim de mostrar as informações da maneira mais útil aos usuários para fins de
tomada de decisões econômicas. As receitas e despesas são segmentadas conforme as ati-
vidades em operacionais e outras receitas ou despesas.

Definição dos Elementos

A definição dos elementos prevista no Pronunciamento nos apresenta os conceitos de


ativo, passivo, patrimônio líquido, receita e despesa. Contudo são denominados de elementos
das Demonstrações Contábeis.
Os elementos diretamente relacionados com a posição financeira da entidade que reporta
são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido. Estes são definidos como segue:
• Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de
eventos passados.

Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos


e deve atender três aspectos: direito, potencial de produzir benefícios econômicos e controle.
Os direitos que têm o potencial de produzir benefícios econômicos assumem muitas for-
mas, incluindo:
a) direitos que correspondem à obrigação de outra parte
b) direitos de receber caixa;
c) direitos de receber produtos ou serviços;
d) direitos de trocar recursos econômicos com outra parte em condições favoráveis.
A entidade não pode ter direito de obter benefícios econômicos de si mesma.
Um recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos.

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Lei n. 6.404/1976
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Para que esse potencial exista, não precisa ser certo, ou mesmo provável, que esse direito
produzirá benefícios econômicos.
É necessário somente que o direito já exista e que, em pelo menos uma circunstância,
produzirá para a entidade benefícios econômicos além daqueles disponíveis para todas as
outras partes.
Um recurso econômico pode produzir benefícios econômicos para a entidade, com um ou
mais dos seguintes atos:
a) receber fluxos de caixa contratuais ou outro recurso econômico;
b) trocar recursos econômicos com outra parte em condições favoráveis;
c) produzir fluxos de entrada de caixa ou evitar fluxos de saída de caixa, por exemplo:

i) utilizando o recurso econômico para produzir produtos ou prestar serviços;


ii) utilizando o recurso econômico para melhorar o valor de outros recursos econômicos;
iii) arrendando o recurso econômico a outra parte;

d) receber caixa ou outros recursos econômicos por meio da venda do recurso econômico; ou
e) extinguir passivos por meio da transferência do recurso econômico.

O benefício econômico futuro de um ativo é o seu potencial em contribuir, direta ou indireta-


mente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade.

O Controle vincula um recurso econômico à entidade. A entidade controla um recurso


econômico se ela tem a capacidade presente de direcionar o uso do recurso econômico e
obter os benefícios econômicos que podem fluir dele.
Controle inclui a capacidade de impedir outras partes de direcionar o uso do recurso eco-
nômico e de obter os benefícios econômicos que podem fluir dele.
Ocorre que, se uma parte controla um recurso econômico, nenhuma outra parte controla
esse recurso.

• Passivo é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico


como resultado de eventos passados.

Para que exista passivo, três critérios devem ser satisfeitos: a entidade tem uma obriga-
ção, a obrigação é de transferir um recurso econômico, a obrigação é uma obrigação presente
que existe como resultado de eventos passados
O primeiro critério para o passivo é que a entidade tenha a obrigação.
A obrigação é o dever ou responsabilidade que a entidade não tem a capacidade prática
de evitar. A obrigação é sempre devida à outra parte (ou partes).

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A outra parte (ou partes) pode ser uma pessoa ou outra entidade, grupo de pessoas ou
outras entidades, ou a sociedade em geral.

Não é necessário conhecer a identidade da parte (ou partes) para quem a obrigação é devida.

Muitas obrigações são estabelecidas por contrato, legislação ou meios similares e são
legalmente exigíveis pela parte (ou partes) para quem são devidas.
Obrigações também podem resultar, contudo, de práticas usuais, políticas publicadas ou
declarações específicas da entidade se a entidade não tem capacidade prática de agir de
modo inconsistente com essas práticas, políticas ou declarações.
A obrigação que surge nessas situações é denominada, às vezes, “obrigação presumida”.
O segundo critério para um passivo é que a obrigação seja de transferir um recurso
econômico.
Para satisfazer a esse critério, a obrigação deve ter o potencial de exigir que a entidade
transfira um recurso econômico para outra parte (ou partes). Para que esse potencial exista,
não é necessário que seja certo, ou mesmo provável, que a entidade será obrigada a transferir
um recurso econômico – a transferência pode, por exemplo, ser obrigada somente se ocorrer
evento futuro incerto especificado.
É necessário somente que a obrigação já exista e que, em pelo menos uma circunstância,
exigirá que a entidade transfira um recurso econômico.
Obrigações de transferir um recurso econômico incluem, por exemplo:
a) obrigações de pagar o valor à vista;
b) obrigações de entregar produtos ou prestar serviços;
c) obrigações de trocar recursos econômicos com outra parte em condições desfavorá-
veis. Essas obrigações incluem, por exemplo, contrato a termo para vender um recurso eco-
nômico em condições que são atualmente desfavoráveis ou a opção que dá direito à outra
entidade de comprar um recurso econômico da entidade;
d) obrigações de transferir um recurso econômico se ocorrer evento futuro incerto
específico;
e) obrigações de emitir instrumento financeiro se esse instrumento financeiro obrigar a
entidade a transferir um recurso econômico.
O terceiro critério para um passivo é que a obrigação seja uma obrigação presente que
exista como resultado de eventos passados.
A obrigação presente existe como resultado de eventos passados somente se:
a) a entidade já tiver obtido benefícios econômicos ou tomado uma ação; e
b) como consequência, a entidade terá ou poderá ter que transferir um recurso econômico
que de outro modo não teria que transferir.

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A obrigação presente pode existir mesmo se a transferência de recursos econômicos não


puder ser executada até algum momento no futuro. Por exemplo, passivo contratual de pagar
o valor à vista pode existir atualmente mesmo se o contrato não exige o pagamento até uma
data futura.
De modo similar, a obrigação contratual para a entidade realizar um trabalho em data fu-
tura pode existir atualmente mesmo se a contraparte não puder exigir que a entidade realize
o trabalho até essa data futura.

• Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de


todos os seus passivos.

É uma obrigação não exigível para a empresa, pois os direitos sobre o patrimônio líquido
são reivindicações contra a entidade que não atendem à definição de passivo.
Essas reivindicações podem ser estabelecidas por contrato, legislação ou meios simila-
res, e incluem, na medida em que não atendem à definição de passivo:
a) ações de diversos tipos emitidas pela entidade; e
b) algumas obrigações da entidade de emitir outro direito sobre o patrimônio líquido, como
dividendos e proventos.
Os elementos diretamente relacionados com o desempenho financeiro da entidade, são
as receitas e as despesas.
a) Receitas são aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em aumen-
tos no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a contribuições de detentores de direitos
sobre o patrimônio;
b) Despesas são reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que resultam em re-
duções no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a distribuições aos detentores de
direitos sobre o patrimônio.
O resultado é frequentemente utilizado como medida de performance, desempenho ou
como base para outras medidas, tais como o retorno do investimento ou o resultado por ação.

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Recurso
Ativo
controlado
Posição
Obrigação
patrimonial e Passivo
presente
financeira
Patrimônio Resíduo
líquido patrimonial
Elementos das
DC’s
Ganho
Receitas
econômico
Desempenho
econômico
Perda
Despesas
econômica

O CPC 00 R2 apresenta a seguinte síntese sobre os conceitos:

027. (FCC/TCE-SE/TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/2012) Ativo é definido na estrutura


conceitual da contabilidade como um recurso

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a) de propriedade da entidade, utilizado em suas atividades operacionais, independentemente


do fluxo de caixa que este venha a gerar.
b) do qual se espera apenas uma saída próxima de recursos da entidade para o seu pagamento.
c) adquirido à vista pela entidade.
d) controlado pela entidade e do qual se espera que resultem benefícios econômicos futuros.
e) que não pode ser distribuído aos proprietários da entidade como restituição do capital.

O conceito de ativo é um recurso econômico controlado pela entidade como resultado de


eventos passados.
Recurso controlado não precisa ser de propriedade da empresa, por exemplo, direito de uso de
uma marca, um ativo obtido por arrendamento mercantil financeiro.
Por resultado de eventos passados entendemos que deve ter corrido um fato contábil, onde
forma identificadas mensuradas as contas.
O ativo representa o potencial econômico da empresa e este potencial está relacionado com
os futuros benefícios econômicos esperados. Em suma, o ativo existe para gerar benefícios
econômicos, ou seja, gerar lucro para a empresa, aumentando as receitas ou diminuindo
as despesas.
Letra d.

028. (FCC/TJ-SE/ANALISTA DE CONTABILIDADE/2009) A identificação de um gasto efetuado


que NÃO produza benefícios econômicos futuros é reconhecido nas demonstrações de uma
entidade como
a) ganho.
b) despesa.
c) custo.
d) receita.
e) ativo.

A essência de um ativo é ter um potencial econômico embutido; caso ocorra um gasto que
seja improvável a futura geração de benefícios econômicos para a entidade, como é o caso
de uma perda econômica, com sinistros, doações etc. o elemento deverá ser reconhecido
como despesa.
Letra b.

029. (IF-PE/IF-PE/CONTADOR/2016) Sobre a estrutura conceitual estabelecida pelo Comitê


de Pronunciamentos Contábeis (CPC), está CORRETO afirmar que

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a) segundo a Estrutura Conceitual, reconhecimento é o processo que consiste na incorporação


ao balanço patrimonial ou à demonstração do resultado de item que se enquadre na definição de
elemento e que satisfaça os critérios de reconhecimento mencionados na Estrutura Conceitual.
b) no caso de conflito entre a estrutura conceitual e um pronunciamento técnico do CPC, o dispos-
to na Estrutura Conceitual deve ter prevalência sobre as exigências do pronunciamento técnico.
c) demonstrações contábeis elaboradas dentro do que prescreve a Estrutura Conceitual obje-
tivam fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações
por parte dos usuários, tendo o propósito de atender finalidade específica de determinados
grupos de usuários.
d) aportes dos proprietários da empresa é receita, pois são aumentos nos benefícios econômi-
cos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos que resultam em aumento
do patrimônio líquido.
e) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a
forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam
em decréscimo do patrimônio líquido. Porém essa definição não abrange as perdas.

Reconhecer um elemento é identificar as caraterísticas de ativo, passivo, PL, receita e despesa;


além disto, verificar se foram atendidos os critérios necessários para o seu registro no Balanço
Patrimonial ou Demonstração do Resultado do Exercício. A letra a está correta.
b) Quando houver conflito entre a estrutura conceitual básica e um pronunciamento técnico
prevalece o que estiver previsto no pronunciamento técnico.
c) As demonstrações são elaboradas para atender aos propósitos de todos os usuários exter-
nos e não especificamente um usuário.
d) Aporte de capital representa um aumento no capital social com a aplicação de dinheiro pe-
los sócios, não é receita, pois não tem relação com as atividades normais da empresa.
e) Uma perda também é uma despesa, por exemplo, um sinistro, um incêndio ou um roubo. As
perdas não têm relação com as atividades normais, são tratadas como despesas descontinu-
adas.
Letra a.

030. (VUNESP/DOIS CÓRREGOS/CONTADOR/2018) Em uma empresa, uma despesa pode


ser gerada
a) pela redução das reservas de lucros para aumento do capital social.
b) pelo aumento de uma aplicação financeira avaliada a valor justo.
c) pelo pagamento a fornecedores.
d) pelo reconhecimento de ajuste de perdas de estoques.
e) pela aquisição de um veículo à vista.

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A despesa é uma perda econômica que deixa a empresa mais pobre; toda despesa diminui a
situação líquida; diminuindo o ativo ou aumentando o passivo.
O reconhecimento de perdas no estoque é uma despesa que diminui o ativo.
Letra d.

031. (VUNESP/DOIS CÓRREGOS/CONTADOR/2018) Em uma empresa, uma receita pode


ser gerada
a) pelo aumento de capital social em dinheiro.
b) pela redução do passivo em decorrência do reconhecimento de variação cambial.
c) pelos juros dos empréstimos obtidos.
d) pela perda por impairment.
e) pelo reconhecimento inicial de uma provisão trabalhista.

Receita é um ganho econômico que deixa a empresa mais rica; será registrada independen-
temente do recebimento ou não.
Toda receita aumenta a situação líquida da empresa, aumentando o ativo ou diminuindo o
passivo; contudo, nem todo aumento da situação líquida é uma receita, como é o caso do
aumento do capital social e a conversão de dívidas em ações.
A diminuição do passivo pelo ganho na variação cambial é um exemplo de receita.
Letra b.

032. (VUNESP/DOIS CÓRREGOS/CONTADOR/2018) Em uma empresa, uma das característi-


cas essenciais de um ativo é
a) gerar benefícios econômicos para a entidade.
b) ser um recurso decorrente de evento futuro.
c) ser de propriedade legal.
d) ter sido utilizado para liquidar um passivo.
e) ter forma física.

O ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual
se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade e pode ser tangível ou
intangível.
Letra a.

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033. (UFG/UFG/CONTADOR/2017) Até há bem pouco tempo, era comum conceituar Ativo
como o conjunto de bens e direitos, embora diversos autores afirmassem que a utilização de
um conceito simplificado se devia à formação ainda incipiente dos estudantes. O Ativo, após
a divulgação da estrutura conceitual para a elaboração e divulgação das demonstrações con-
tábeis, passa a ser um recurso
a) possuído por uma entidade, como resultado de eventos passados, e que apresenta va-
lor de troca.
b) possuído por uma entidade, como resultado de eventos passados, e do qual se espera que
benefícios econômicos futuros fluam para essa entidade.
c) controlado por uma entidade, como resultado de eventos passados, e do qual se espera que
benefícios econômicos futuros fluam para essa entidade.
d) controlado por uma entidade, como resultado de eventos passados, e que apresenta va-
lor de troca.

A questão cobrou literalmente o conceito de ativo:

Ativo é um recurso econômico controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do
qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.

Lembre-se de que atualmente o ativo não precisa mais ser de propriedade da empresa, con-
tudo deve estar sob o seu controle.
Letra c.

Capítulo 5: Reconhecimento e Desreconhecimento


Reconhecimento é o processo de captação para inclusão no balanço patrimonial ou na
demonstração do resultado e na demonstração do resultado abrangente de item que atenda
à definição de um dos elementos das demonstrações contábeis – ativo, passivo, patrimônio
líquido, receita ou despesa.
O reconhecimento de um elemento envolve refletir o item em uma dessas demonstrações
– seja isoladamente ou em conjunto com outros itens – em palavras e por meio do valor mo-
netário, ou seja, a conta ou o grupo de contas, e incluir esse valor em um ou mais totais nessa
demonstração.

O valor pelo qual ativo, passivo ou patrimônio líquido é reconhecido no balanço patrimonial é
referido como o seu “valor contábil”.

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Segundo o CPC 00 R2 o reconhecimento vincula os elementos, o balanço patrimonial e a


demonstração do resultado e a demonstração do resultado abrangente, conforme a seguir:
a) no balanço patrimonial no início e no final do período de relatório, total do ativo menos
total do passivo equivale ao total do patrimônio líquido; e
b) alterações reconhecidas no patrimônio líquido durante o período de relatório
compreendem:
i) receitas menos despesas reconhecidas na demonstração do resultado e na demonstra-
ção do resultado abrangente; mais
ii) contribuições de detentores de direitos sobre o patrimônio, menos distribuições aos
detentores de direitos sobre o patrimônio.

O PULO DO GATO
Somente itens que atendem à definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido devem ser re-
conhecidos no balanço patrimonial. Similarmente, somente itens que atendem à definição de
receitas ou despesas devem ser reconhecidos na demonstração do resultado e na demons-
tração do resultado abrangente. Contudo, nem todos os itens que atendem à definição de um
desses elementos devem ser reconhecidos.

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Reconhecimento é o processo que consiste na incorporação nas demonstrações contá-


beis de item que se enquadre na definição de elemento, ou seja, é o processo de identificação
e classificação do elemento, contudo pata que um item seja registrado nas demonstrações
ele deve satisfazer os seguintes critérios:
a) for provável que algum benefício econômico futuro associado ao item flua para a enti-
dade (ativo) ou flua da entidade (passivo); e
b) o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade.
Note que a palavra chave é a probabilidade (provável) de um bem ser realizar para a em-
presa, quando for um ativo, ou exigir algo da empresa, quando for um passivo. Esta diferença
é que caracteriza o ativo como realizável e o passivo como exigível.

O PULO DO GATO
Para ser reconhecido como ativo ou passivo deve ser PROVÁVEL que o bem irá se realizar (ati-
vo) ou será exigida uma liquidação (passivo). Outro critério muito importante é que o elemento
deve ser mensurável. Quando a empresa não conseguir estabelecer um valor, mesmo que por
estimativa, não deve reconhecer o item nas demonstrações.

O conceito de probabilidade deve ser adotado nos critérios de reconhecimento para de-
terminar o grau de incerteza com que os benefícios econômicos futuros referentes ao item
venham a fluir para a entidade ou a fluir da entidade.
As avaliações acerca do grau de incerteza quanto a realização de um bem deve ser fei-
ta com base na evidência disponível quando as demonstrações contábeis são elaboradas,
ou seja, deve ser na data das demonstrações, o que ocorre normalmente no dia 31/12. Por
exemplo, quando for provável que uma conta a receber devida à entidade não será paga pelo
devedor, é então justificável, reconhecer uma estimativa de perda pela provável inadimplência
e dessa forma, reconhecer como despesa a esperada redução nos recebimentos (benefícios
econômicos esperados).
O segundo critério para reconhecimento de um item é que ele possua custo ou valor que
possa ser mensurado com confiabilidade. Em muitos casos, o custo ou valor precisa ser es-
timado; o uso de estimativas razoáveis é parte essencial da elaboração das demonstrações
contábeis e não prejudica a sua confiabilidade. Quando, entretanto, não puder ser feita esti-
mativa razoável, o item não deve ser reconhecido no balanço patrimonial ou na demonstração
do resultado.
Por exemplo, o valor que se espera receber de uma ação judicial pode enquadrar-se nas
definições tanto de ativo (direito) quanto de receita (ganho), assim como nos critérios proba-
bilísticos exigidos para reconhecimento. Todavia, se não é possível mensurar com confiabili-
dade o montante que será recebido, ele não deve ser reconhecido como ativo ou receita.

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Desreconhecimento

Desreconhecimento é a retirada de parte ou da totalidade de ativo ou passivo reconhecido


do balanço patrimonial da entidade, ou seja, consiste em dar baixa do componente patrimonial.
O desreconhecimento normalmente ocorre quando esse item não atende mais à definição
de ativo ou passivo:
• para o ativo, o desreconhecimento normalmente ocorre quando a entidade perde o con-
trole da totalidade ou de parte do ativo reconhecido; e
• para o passivo, o desreconhecimento normalmente ocorre quando a entidade não pos-
sui mais uma obrigação presente pela totalidade ou parte do passivo reconhecido.

Normalmente o desreconhecimento é feito quando quaisquer ativos ou passivos expira-


ram ou foram consumidos, recebidos, executados ou transferidos, tendo como contrapartida
do registro da baixa, receitas ou despesas.

O PULO DO GATO
O desreconhecimento NÃO deve ser feito se a entidade aparentemente tiver transferido o ativo,
mas mantém exposição a significativas variações positivas ou negativas no valor dos benefí-
cios econômicos que podem ser produzidos pelo ativo, ou seja, ainda controla o recurso.

Capítulo 6: Mensuração
Mensuração é o processo que consiste em determinar os montantes monetários (VALOR)
por meio dos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e
apresentados no balanço patrimonial e na demonstração do resultado.
Para conseguir estabelecer o valor de um elemento nas demonstrações contábeis, a em-
presa deve selecionar uma base inicial de mensuração, ou seja, estabelecer o valor de entra-
da do item.
Após o reconhecimento do valor do bem, a empresa ajusta este valor ao seu VALOR ATU-
AL de acordo com a sua realização corrente (uso/perda/desvalorização etc.), desta forma,
no término do exercício ao elaborar as demonstrações, a empresa deve apresentar o valor de
saída do bem pelo valor mais próximo do atual possível; mesmo que por estimativa.

A mensuração consiste em estabelecer, com base no preço de entrada, o preço de SAÍDA, de


realização para ativos e exigibilidade para passivos.

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Valores de entrada: referem-se aos valores de obtenção dos elementos para seu primeiro
registro nas demonstrações.
Valores de Saída: refletem os valores recebidos ou gastos pela firma, na liquidação
de um item.
Na contabilidade um número variado de bases de mensuração é empregado em diferen-
tes graus e em variadas combinações para estabelecer o valor dos itens nas demonstrações
contábeis. Cada item terá um tratamento, vai depender da sua natureza. Por exemplo: os es-
toques são mensurados ao valor de mercado; os valores a receber e a pagar ao valor presente;
o imobilizado é ajustado ao seu valor realizável etc.
Segundo o pronunciamento conceitual R2 são utilizadas as bases de mensuração do cus-
to histórico, que deve ser ajustado ao seu custo atual, que pode ser pelo valor justo, valor em
uso e valor de cumprimento ou custo corrente.
A lógica do processo de mensuração é atender aos atributos fundamentais da informação
contábil, respeitando a relevância e a representação fidedigna.

Custo Histórico

Os ativos são registrados pelos valores pagos ou pelo valor justo dos recursos que são
entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores
dos recursos que serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações.
A mensuração ao custo histórico fornece informações monetárias sobre ativos, passivos
e respectivas receitas e despesas, utilizando informações derivadas, pelo menos em parte,
do preço da transação ou outro evento que deu origem a eles. Diferentemente do valor atual,
o custo histórico não reflete as mudanças nos valores, exceto na medida em que essas mu-
danças se referirem à redução ao valor recuperável de ativo ou passivo que se torna onerosa.
O custo histórico representa o valor original de negociação, o primeiro valor registrado.
Para estabelecer o valor original é importante considerar que tudo o que for gasto com o item
até a sua disponibilização para a empresa é considerado um custo, assim, se a empresa com-
prar uma máquina por R$ 10.000,00 e gastar R$ 5.000,00 com frete e seguro, o valor original
da máquina é de R$ 15.000,00.

O custo histórico de ativo quando é adquirido ou criado é o valor dos custos incorridos na
aquisição ou criação do ativo, compreendendo a contraprestação paga para adquirir ou criar o
ativo mais custos de transação. O custo histórico de passivo quando é incorrido ou assumido
é o valor da contraprestação recebida para incorrer ou assumir o passivo menos custos de
transação.

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Como o custo histórico é reduzido para refletir o consumo do ativo e sua redução ao valor
recuperável, o valor que se espera que seja recuperado do ativo mensurado ao custo histórico
é, pelo menos, tão grande quanto o seu valor contábil.
Similarmente, como o custo histórico do passivo é aumentado quando se torna oneroso,
o valor da obrigação de transferir os recursos econômicos necessários para satisfazer à obri-
gação não é maior do que o valor contábil do passivo.
Assim, o custo histórico do ativo e do passivo deve ser atualizado ao longo do tempo para
refletir, se aplicável:
Atualização do custo histórico do ativo deve ser feita quando:
• o consumo da totalidade ou parte do recurso econômico que constitui o ativo (depre-
ciação ou amortização);
• pagamentos recebidos que extinguem a totalidade ou parte do ativo;
• o efeito de eventos que fazem com que a totalidade ou parte do custo histórico do ativo
não seja mais recuperável (redução ao valor recuperável); e
• provisão de juros para refletir qualquer componente de financiamento do ativo.

Atualização do custo histórico do passivo deve ser feita quando:


• o cumprimento da totalidade ou parte do passivo, por exemplo, efetuando pagamentos
que extinguem a totalidade ou parte do passivo ou satisfazendo a obrigação de entre-
gar produtos;
• o efeito de eventos que aumentam o valor da obrigação de transferir os recursos eco-
nômicos necessários para cumprir a obrigação em tal medida que o passivo se torna
oneroso. O passivo é oneroso se o custo histórico não é mais suficiente para refletir a
obrigação de satisfazer o passivo; e
• provisão de juros para refletir qualquer componente de financiamento do passivo.

Valor Atual

O valor atual de um componente das demonstrações é o seu valor histórico ajustado pe-
las alterações necessárias que ocorreram no exercício corrente.
Diferentemente do custo histórico, o valor atual de ativo ou passivo não resulta, mesmo
em parte, do preço da transação ou outro evento que deu origem ao ativo ou passivo, mas sim,
é o resultado as variações que ocorreram nos itens do patrimônio.
As mensurações ao valor atual fornecem informações monetárias sobre ativos, passivos
e respectivas receitas e despesas, utilizando informações atualizadas para refletir condições
na data de mensuração.

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Devido à atualização, os valores atuais de ativos e passivos refletem as mudanças, desde


a data de mensuração anterior, em estimativas de fluxos de caixa e outros fatores refletidos
nesses valores atuais.
As bases de mensuração do valor atual incluem:
a) valor justo;
b) valor em uso de ativos e valor de cumprimento de passivos; e
c) custo corrente.

a) Valor justo
O valor justo do ativo é o preço que seria recebido para vende-lo sem deduzir custos
de transação na alienação; para o passivo é o preço que seria pago para transferir a par-
te não cumprida da obrigação, não incluindo custos de transação que seriam incorridos na
transferência.

O valor justo é determinado pela perspectiva dos participantes do mercado e, não, pela pers-
pectiva específica da entidade.

As informações fornecidas mensurando ativos e passivos ao valor justo podem ter valor pre-
ditivo porque o valor justo reflete as atuais expectativas dos participantes do mercado sobre o
valor, época e incerteza de fluxos de caixa futuros. Essas expectativas são precificadas de modo
que reflitam as atuais preferências de risco dos participantes do mercado. Essas informações
também podem ter valor confirmatório, fornecendo feedback sobre expectativas anteriores.
Receitas e despesas que refletem as atuais expectativas dos participantes do mercado
podem ter algum valor preditivo, pois essas receitas e despesas podem ser usadas como
dado para prever futuras receitas e despesas. Essas receitas e despesas também podem
ajudar na avaliação da eficiência e eficácia da administração da entidade no cumprimento de
suas responsabilidades sobre o uso dos recursos econômicos da entidade.
A mudança no valor justo de ativo ou passivo pode resultar de vários fatores. Quando
esses fatores possuem diferentes características, identificar separadamente receitas e des-
pesas que resultam desses fatores pode fornecer informações úteis aos usuários das de-
monstrações contábeis.
Se a entidade adquiriu o ativo em mercado e determina o valor justo utilizando preços de
mercado diferente (mercado em que a entidade venderia o ativo), qualquer diferença entre os
preços nesses dois mercados é reconhecida como receita quando esse valor justo é inicial-
mente determinado.

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b) Valor em uso (ativo) e valor de cumprimento (passivo)


O valor em uso é usado como base de mensuração do ativo, normalmente é o valor reali-
zável; o valor de cumprimento, que apresenta o montante exigível da acabar com a obrigação,
é utilizado como base de mensuração do passivo.
O valor em uso fornece informações sobre o valor presente dos fluxos de caixa estimados
do uso de ativo e de sua alienação final. Essas informações podem ter valor preditivo porque
podem ser utilizadas ao avaliar as perspectivas de futuros fluxos de entrada de caixa líquidos.
O valor de cumprimento fornece informações sobre o valor presente dos fluxos de caixa
estimados necessários para satisfazer o passivo. Assim, o valor de cumprimento pode ter va-
lor preditivo, particularmente se a obrigação for cumprida, em vez de transferida ou liquidada
por negociação.
As estimativas atualizadas de valor em uso ou valor de cumprimento, combinadas com
informações sobre estimativas do valor, época e incerteza de fluxos de caixa futuros, também
podem ter valor confirmatório porque fornecem feedback sobre as estimativas anteriores de
valor em uso ou valor de cumprimento.
c) Custo corrente
Os ativos são mantidos valores que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ati-
vos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos
valores, não descontados (com os juros embutidos), que se espera seriam necessários para
liquidar a obrigação na data do balanço.
O custo corrente é conhecido como custo de reposição e normalmente é utilizado para
tomadas de decisão interna.
As informações sobre ativos e passivos mensurados ao custo corrente podem ser rele-
vantes porque o custo corrente reflete o custo pelo qual ativo equivalente poderia ser adquiri-
do ou criado na data de mensuração ou a contraprestação que seria recebida por incorrer ou
assumir passivo equivalente.
Assim como o custo histórico, o custo corrente fornece informações sobre o custo de
ativo consumido ou sobre receita do cumprimento de passivos. Essas informações podem
ser utilizadas para obter as margens correntes e podem ser utilizadas como dado para prever
margens futuras. Diferentemente do custo histórico, o custo corrente reflete os preços vigen-
tes no momento do consumo ou cumprimento. Quando as mudanças de preço são signifi-
cativas, as margens baseadas em custo corrente podem ser mais úteis para prever margens
futuras do que as margens baseadas em custo histórico.
Para informar o custo corrente de consumo (ou receita corrente do cumprimento), é ne-
cessário separar a mudança no valor contábil no período de relatório em custo corrente de
consumo (ou receita corrente do cumprimento) e o efeito de mudanças nos preços. O efei-
to de mudança nos preços às vezes é denominado “ganho de manutenção” ou “perda de
manutenção”.

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O PULO DO GATO
A estrutura conceitual não determina os critérios para utilizar uma ou outra base; entretanto,
destaca que ao escolher a base de mensuração a ser utilizada é necessário considerar a na-
tureza das informações que a base de mensuração produzirá nas demonstrações. Ou seja, a
seleção será feita com base no julgamento profissional.

Na maioria dos casos, nenhum fator único determina qual base de mensuração deve ser
escolhida. A importância relativa de cada fator depende de fatos e circunstâncias, assim, a
base de mensuração mais comumente adotada pelas entidades na elaboração de suas de-
monstrações contábeis é o custo histórico. Ele é normalmente combinado com outras bases
de mensuração.
Entretanto, o CPC destaca a necessidade da escolha da base de mensuração ser determi-
nada considerando-se tanto a mensuração inicial como a mensuração subsequente, sempre
de acordo com a relevância e a fidedignidade das informações apresentadas.
Por exemplo, os estoques são geralmente mantidos pelo menor valor entre o custo e o va-
lor líquido de realização, os títulos e valores mobiliários negociáveis podem em determinadas
circunstâncias ser mantidos a valor de mercado e os passivos decorrentes de pensões são
mantidos pelo seu valor presente.

Em 15/7/2015, uma empresa adquiriu, à vista, mercadorias para revenda no valor unitário de
R$ 7,00, contemplando todos os custos de aquisição. Em 31/7/2015, o preço de reposição
unitário das referidas mercadorias havia alcançado o valor de R$ 7,80, ao passo que o preço
de venda unitário estimado da mercadoria era R$ 12,50, e o gasto estimado necessário para
a concretização da venda era R$ 1,50 por unidade. Em uma transação sem favorecimentos,
cada uma dessas mercadorias poderia ser trocada no mercado pelo valor de R$ 12,50 no úl-
timo dia do mês de julho de 2015.
Com base na situação hipotética apresentada, julgue os próximos itens:

034. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE/ 2015) Em 31/7/2015, o custo


corrente unitário das mercadorias adquiridas era R$ 7,80.

Esta questão é muito boa para contextualizar cada conceito apresentado.


Valor de aquisição = valor histórico = R$ 7,00
Preço de reposição = valor corrente = R$ 7,80
Preço de venda (-) custos de vendas = Valor realizável líquido = R$ 11,00 (12,50 – 1,50)

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Valor de troca = valor justo = 12,50


A assertiva está correta, pois o valor corrente é de R$ 7,80.
Certo.

035. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE/ 2015) Em atendimento ao prin-


cípio do registro pelo valor original, que indica o custo histórico como a base de mensuração
a ser utilizada para o registro inicial dos componentes patrimoniais, cada unidade da merca-
doria adquirida deve ser reconhecida ao preço de R$ 7,00.

Esta questão é muito boa para contextualizar cada conceito apresentado.


Valor de aquisição = valor histórico = R$ 7,00
Preço de reposição = valor corrente = R$ 7,80
Preço de venda (-) custos de vendas = Valor realizável líquido = R$ 11,00 (12,50 – 1,50)
Valor de troca = valor justo = 12,50
A assertiva está correta, pois o valor histórico é de R$ 7,00.
Certo.

Acerca da estrutura conceitual básica da contabilidade, dos planos de contas, dos lançamen-
tos e da apuração de resultados bem como da estrutura das demonstrações contábeis, julgue
os itens que se seguem.

036. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTABILIDADE E FINANÇAS/2016) A verificabilidade, uma


das características qualitativas de melhoria, é aquela que garante a uniformidade das de-
monstrações contábeis, dando segurança ao usuário sobre a adoção de métodos semelhan-
tes para contabilização de itens idênticos.

A verificabilidade é uma característica de melhoria e está relacionada com a capacidade de


comprovação de uma informação pelos usuários. A utilização de métodos uniformes tem re-
lação com o atributo da comparabilidade.
Errado.

Julgue o item seguinte, acerca dos componentes patrimoniais, suas características e con-
tabilização.

037. (CESPE/MPU/ANALISTA ATUARIAL/2015) As despesas configuram perdas nos benefí-


cios econômicos de uma entidade, sob a forma de redução de ativos ou acréscimo de passi-
vos, não estando relacionadas a distribuição de recursos a sócios/acionistas.

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A assertiva cobra literalmente o conceito de despesa apresentado na estrutura conceitual. As


transações com os sócios como: aumento de capital, saída de sócios e pagamento de divi-
dendos, não são tratadas como receitas ou despesas.
Não esqueçam que toda despesa diminui o PL, contudo nem toda diminuição do PL é despesa.
Certo.

Com relação aos princípios, às normas, às teorias e às práticas contábeis vigentes, julgue o
item que se segue.

038. (CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2015) A essência sobre a forma é conceito indispensável


para o cumprimento da característica qualitativa da representação fidedigna, ao passo que
a prudência, por ser inconsistente com a neutralidade, é incompatível com a representação
fidedigna.

A essência sobre a forma foi retirada na revisão do pronunciamento conceitual por ser con-
siderada uma redundância, pois para a contabilidade a representação fidedigna exige que o
controle sobreponha a propriedade. A prudência foi excluída por ser contraria à neutralidade,
uma característica da representação fidedigna.
Certo.

Com relação à estrutura conceitual do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue


os itens a seguir.

039. (CESPE/TCE-RO/CONTADOR/2013) O direito de propriedade é condição essencial para


que seja configurada a existência de um ativo, o qual surge sempre em decorrência de um
direito legal.

Como vimos, na contabilidade atual prevalece a “essência econômica sobre a forma legal”, dai
podemos inferir que o controle sobrepõe a propriedade, desta forma um item pode estar no
ativo da empresa mesmo não sendo de sua propriedade legal.
O caso mais caraterizador da essência sobre a forma é o arrendamento mercantil financeiro,
onde a empresa é usufrutuária do bem, contudo a propriedade é da financeira (arrendadora).
Errado.

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Julgue o item seguinte, de acordo com os princípios de contabilidade e as normas do Conselho


Federal de Contabilidade (CFC).

040. (CESPE/DPF/PERITO CONTADOR/2013) Relevância e comparabilidade são caracterís-


ticas qualitativas fundamentais da informação Contábil-financeira útil, pois tornam a informa-
ção capaz de fazer a diferença nas decisões tomadas pelos usuários.

As caraterísticas fundamentais da informação contábil são: RELEVÂNCIA E REPRESENTAÇÃO


FIDEDIGNA.
Existem também os atributos de melhoria que são: comparabilidade, verificabilidade, tempes-
tividade e compreensibilidade.
Errado.

041. (IF-PA/IF-PA/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) De acordo com a Resolução CFC 1374/2011-


Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro, Mensura-
ção é o processo que consiste em determinar os montantes monetários por meio dos quais os
elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no balanço
patrimonial e na demonstração do resultado. Esse processo envolve a seleção das seguintes
bases específicas de mensuração.
1. Custo Corrente
2. Valor Presente
3. Custo Histórico
4. Valor Realizável

 (  ) Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa
ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição.
 (  ) Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que teriam
de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na
data do balanço.
 (  ) Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que pode-
riam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada.
 (  ) Os ativos são mantidos pelo valor descontado, dos fluxos futuros de entradas líquidas
de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações.

De acordo com a Resolução CFC 1374/2011, relacione as colunas e marque a alternativa que
contenha sequência correta das bases de mensuração dos Ativos:
a) 3, 2, 4, 1.
b) 2, 1, 2,4.

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c) 4, 3, 1, 2.
d) 1, 2, 3, 4.
e) 3, 1, 4, 2.

Custo Histórico – Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes
de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição.
Custo Corrente – Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa
que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos
na data do balanço.
Valor Realizável – Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa
que poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada.
Valor Presente – Os ativos são mantidos pelo valor descontado, dos fluxos futuros de entra-
das líquidas de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações.
Letra e.

042. (IF-PA/IF-PA/GESTÃO FINANCEIRA/2019) Em atenção à Estrutura Conceitual Básica da


Contabilidade, assinale a afirmação que NÃO É VERDADEIRA.
a) Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou
jurídica, ou a uma entidade.
b) Ativo é um recurso necessariamente de propriedade da entidade, resultado de eventos pas-
sados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos.
c) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liqui-
dação se espera que resulte na saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.
d) Patrimônio Líquido é o interesse residual nos ativos da entidade, depois de deduzidos to-
dos os seus passivos.
e) Os usuários da contabilidade são as pessoas físicas ou jurídicas que tenham interesse na
avaliação da situação patrimonial da entidade.

O ativo não necessita ser de propriedade da empresa, entretanto, deve estar sob o seu controle.
Letra b.

043. (VUNESP/MPE-SP/CONTADOR/2019) O patrimônio líquido pode ser estudado de dife-


rentes perspectivas, como, por exemplo, dos pontos de vista legal, contábil e econômico. Con-
siderando-se essas vertentes, é correto afirmar:
a) contabilmente, o patrimônio líquido corresponde à diferença entre ativos totais e passivos
exigíveis.
b) economicamente, o patrimônio líquido é o valor de mercado de uma entidade.

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c) legalmente, o patrimônio líquido pode ser entendido como o valor de responsabilidade dos
sócios em relação às obrigações de uma entidade, no caso de uma empresa S.A.
d) o patrimônio líquido contábil é o conjunto dos fluxos de caixa futuros da entidade trazidos
a valor presente pelo seu custo de oportunidade.
e) economicamente, o patrimônio líquido é obtido trazendo os fluxos de resultados previstos
a valor presente pelo seu custo de oportunidade.

Contabilmente o patrimônio líquido é um resíduo patrimonial e seu valor é obtido pela equação:
PL = ativo – passivo exigível.
Legalmente, conforme determinação da Lei n. 6.404/1976, o PL é uma obrigação não exigível
da empresa junto aos sócios.
Economicamente o PL representa o valor patrimonial da empresa, ou seja, o valor da empresa
considerando somente o seu patrimônio ativo e passivo; o valor de mercado da empresa é o
seu valor justo em um mercado ativo.
Letra a.

044. (UFMT/UFMT/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) Quais elementos das Demonstrações Con-


tábeis na Estrutura Conceitual estão diretamente relacionados com a mensuração do
desempenho?
a) Ativo e Passivo
b) Ativo e Patrimônio Líquido
c) Receitas e Despesas
d) Patrimônio Líquido e Passivo

Os elementos diretamente relacionados com a mensuração e apuração do desempenho da


empresa são as receitas e as despesas.
a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma
da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam
em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos
detentores dos instrumentos patrimoniais;
b) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a
forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam
em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos
detentores dos instrumentos patrimoniais.
Letra c.

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Capítulo 7: Apresentação e Divulgação


Para entender este capítulo é importante lembrar que a apresentação é nas demonstra-
ções, como um conta ou um grupo de contas e a divulgação é feita nas notas explicativas.
Vimos que a entidade que reporta deve apresentar informações sobre seus ativos, passi-
vos, patrimônio líquido, receitas e despesas, pois a comunicação efetiva de informações nas
demonstrações contábeis torna essas informações mais relevantes e contribui para uma re-
presentação fidedigna de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas da entidade.
Sua apresentação também aprimora a compreensibilidade e comparabilidade das infor-
mações nas demonstrações contábeis. A comunicação efetiva de informações nas demons-
trações contábeis requer:
a) concentrar-se em princípios e objetivos de divulgação e apresentação em vez de con-
centrar-se em regras.
Concentrar-se em princípios e objetivos de divulgação e apresentação em vez de con-
centrar-se em regras, está em acordo com a aplicação da essência econômica sobre a forma
jurídica, atributo inerente da representação fidedigna.
b) classificar informações de maneira a agrupar itens similares e separar itens diferentes.
Classificação é a organização de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas ou despe-
sas com base em características compartilhadas para fins de divulgação e apresentação.
Essas características incluem, entre outras, a natureza do item, seu papel (ou função) dentro
das atividades de negócio conduzidas pela entidade e como é mensurado.
A classificação é aplicada à unidade de conta selecionada para ativo ou passivo. Contu-
do, às vezes pode ser apropriado separar o ativo ou passivo em componentes que possuem
diferentes características e classificar esses componentes separadamente. Isso é apropriado
se classificar esses componentes separadamente melhoraria a utilidade das informações fi-
nanceiras resultantes. Por exemplo, pode ser apropriado separar ativo ou passivo em compo-
nentes circulantes e não circulantes e classificar esses componentes separadamente.
c) agregar informações de tal modo que não sejam obscurecidas por detalhes desneces-
sários ou por agregação excessiva.
A agregação é a soma de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas ou despesas que
possuem características compartilhadas e são incluídas na mesma classificação.
A agregação torna as informações mais úteis ao resumir grande quantidade de detalhes,
é utilizada no imobilizado de uso, por exemplo, quando são agregadas todas as máquinas em
um grupo. Contudo, a agregação oculta alguns desses detalhes. Como por exemplo: agre-
gar no ativo investimento as participações societárias e as propriedades para investimen-
to, dificultará a interpretação da informação pelo usuário, já que são aplicações de natureza
diferente.

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Portanto, deve-se observar um equilíbrio de modo que as informações relevantes não


sejam obscurecidas por grande quantidade de detalhes insignificantes ou por agregação
excessiva.

Assim como custo restringe outras decisões de relatório financeiro, também restringe deci-
sões sobre apresentação e divulgação. Então, ao tomar decisões sobre apresentação e divul-
gação, é importante considerar se é provável que os benefícios fornecidos aos usuários das
demonstrações contábeis ao apresentar ou divulgar informações específicas justifiquem os
custos de fornecer e utilizar essas informações.

Capítulo 8: Conceitos de Capital e Manutenção de Capital


Nesta parte o pronunciamento procura conceituar o termo capital. Por capital se entende o
montante aplicado na empresa pelos sócios; inicialmente tem uma relação direta com o capi-
tal social e por fim o montante do Patrimônio Líquido, pois o “PL” em última análise representa
o capital dos sócios na empresa.
De acordo com a Estrutura Conceitual o capital de uma entidade pode ser definido como
financeiro (monetário) ou físico (operacional).
De acordo com o conceito de capital financeiro, tal como o dinheiro investido ou o seu
poder de compra investido, o capital é sinônimo de ativos líquidos ou patrimônio líquido da
entidade. Segundo o conceito de capital físico, tal como capacidade operacional, o capital é
considerado como a capacidade produtiva da entidade baseada, por exemplo, nas unidades
de produção diária.
De acordo com o conceito podemos inferir que o capital financeiro refere-se ao inves-
timento realizado, ou seja, ao dinheiro colocado no negócio pelos sócios, que foi ajustado
pelos resultados oriundos das atividades correntes, representando assim, o resíduo patri-
monial, denominado de ativo líquido ou patrimônio líquido. Representa o valor patrimonial de
uma empresa.
PL = ATIVO LÍQUIDO = CAPITAL PRÓPRIO = ATIVO (-) PASSIVO
O capital físico, por sua vez, diz respeito à capacidade produtiva ou operacional da entida-
de. Este conceito tem relação com a produção, por isto, é mais direcionado para as indústrias,
que estabelecem o valor do seu capital (PL) pela sua capacidade de produção. è um bom pa-
râmetro para se estabelecer o valor de mercado de uma empresa.
O pronunciamento prevê que a seleção do conceito de capital apropriado (financeiro ou
físico) para a entidade deve estar baseada nas necessidades dos usuários das demonstra-
ções contábeis. Assim, o conceito de capital financeiro deve ser adotado se os usuários das
demonstrações contábeis estiverem primariamente interessados na manutenção do capital

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nominal investido ou no poder de compra do capital investido. Se, contudo, a principal pre-
ocupação dos usuários for com a capacidade operacional da entidade, o conceito de capital
físico deve ser adotado.
No Brasil, as empresas divulgam suas demonstrações com base no conceito de capital
financeiro.

Financeiro Dinheiro

Conceito
de capital

Físico Produção

Em sala de aula, um aluno questionou:

Professor, o capital financeiro é o próprio Patrimônio Líquido? Do jeito que já era?

Exatamente, se você notar o conceito de capital financeiro nada mais é que o valor do PL;
ou seja, o valor patrimonial da empresa. Assim, primeiro se estabelece o valor financeiro para
o ativo total, depois retira o total do passivo exigível e a sobra é o patrimônio líquido. Este é o
normal nas nossas empresas, avaliar o capital dos sócios pelo montante financeiro.
Contudo, o valor de mercado da empresa na Bolsa de Valores ou em outro mercado de
negociação pode ser mensurado com base no capital físico. Por isto que este conceito é mais
utilizado com ferramenta gerencial e de decisão.

Conceito de Manutenção de Capital

O conceito de manutenção do capital está relacionado com a forma que a entidade define
o capital que ele procura manter, assim, tem relação direta com o capital financeiro ou capi-
tal físico.

• Manutenção do capital financeiro. De acordo com esse conceito, o lucro é considerado


auferido somente se o montante financeiro (ou dinheiro) dos ativos líquidos no fim do
período exceder o seu montante financeiro (ou dinheiro) no começo do período, depois
de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital duran-
te o período. A manutenção do capital financeiro pode ser medida em qualquer unidade
monetária nominal ou em unidades de poder aquisitivo constante.

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O conceito financeiro de manutenção do capital não requer o uso de uma base específica
de mensuração. A escolha da base depende do tipo de capital que a entidade procura manter
e o lucro representa o aumento do capital nominal no período.

PL inicial PL final Resultado

• Manutenção do capital físico. De acordo com esse conceito, o lucro é considerado au-
ferido somente se a capacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da enti-
dade (ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade) no fim do
período exceder a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas
quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período.

A manutenção de do capital físico requer a adoção do custo corrente como base de ava-
liação e o lucro representa o aumento do capital físico no período.

Produção Produção Resultado


inicial final

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A principal diferença entre os dois conceitos de manutenção de capital está no tratamento


dos efeitos das mudanças nos preços dos ativos e passivos da entidade. No conceito finan-
ceiro é considerado o valor monetário para mensurar o ativo e o passivo, enquanto no conceito
físico o valor produtivo é levado em consideração para a mensuração. Em termos gerais, a en-
tidade terá mantido seu capital investido se ela tiver tanto capital (PL) no fim do período como
tinha no início, computados os efeitos das distribuições aos proprietários e seus aportes para
o capital durante esse período. Qualquer valor além daquele necessário para manter o capital
do início do período é lucro.
Note que a manutenção de capital representa um elo entre os conceitos de capital e os
conceitos de lucro, pois fornece o ponto de referência para medição do resultado apurado pela
empresa, com base nos valores do ativo e do passivo. Em termos gerais, a entidade terá manti-
do seu capital se ela tiver tanto capital no fim do período como tinha no início, computados os
efeitos das distribuições aos proprietários e seus aportes para o capital durante esse período.
Qualquer valor além daquele necessário para manter o capital do início do período é lucro.
De acordo com o conceito de manutenção do capital financeiro, por meio do qual o ca-
pital é definido em termos de unidades monetárias nominais, o lucro representa o aumento
do capital monetário nominal ao longo do período. Assim, os aumentos nos preços de ativos
mantidos ao longo do período, convencionalmente designados como ganhos de estocagem,
são, conceitualmente, lucros. Entretanto, eles podem não ser reconhecidos como tais até que
os ativos sejam realizados mediante transação de troca. Quando o conceito de manutenção
do capital financeiro é definido em termos de unidades de poder aquisitivo constante, o lucro
representa o aumento no poder de compra investido ao longo do período. Assim, somente a
parcela do aumento nos preços dos ativos que exceder o aumento no nível geral de preços é
considerada como lucro. O restante do aumento é tratado como ajuste para manutenção do
capital e, consequentemente, como parte integrante do patrimônio líquido.
De acordo com o conceito de manutenção do capital físico, quando o capital é definido em
termos de capacidade física produtiva, o lucro representa o aumento desse capital ao longo
do período. Todas as mudanças de preços afetando ativos e passivos da entidade são vistas,
nesse conceito, como mudanças na mensuração da capacidade física produtiva da entidade.
Assim sendo, devem ser tratadas como ajustes para manutenção do capital, que são parte do
patrimônio líquido, e não como lucro.
Este assunto tem sido cobrado em algumas provas, vamos ver:

045. (FUNDEP/IFN-MG/TÉCNICO CONTÁBIL/2016) Tomando por base a estrutura conceitu-


al básica da Contabilidade (Resolução N. 1.374/11 do Conselho Federal de Contabilidade), em
relação os conceitos de manutenção de capital e determinação do lucro, é incorreto afirmar:

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a) De acordo com o conceito de manutenção do capital financeiro, o lucro é considerado au-


ferido somente se o montante financeiro dos ativos líquidos no fim do período exceder o seu
montante financeiro no começo dele, depois de excluídas quaisquer distribuições aos pro-
prietários e seus aportes de capital durante o período.
b) De acordo com o conceito de manutenção do capital físico, o lucro é considerado auferido
somente se a capacidade física produtiva da entidade no fim do período exceder a capacidade
física produtiva no início dele, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e
seus aportes de capital durante o período.
c) O conceito de manutenção de capital representa um elo entre os conceitos de capital e os
de lucro, pois fornece um ponto de referência para medição do lucro. O conceito de manuten-
ção do capital físico requer a adoção do custo histórico como base de mensuração, enquanto
o conceito de manutenção do capital financeiro não requer o uso de uma base específica de
mensuração.
d) A principal diferença entre os dois conceitos de manutenção de capital está no tratamento
dos efeitos das mudanças nos preços dos ativos e passivos da entidade. Em termos gerais,
a entidade terá mantido seu capital se ela tiver tanto capital no fim do período como tinha no
início, computados os efeitos das distribuições aos proprietários e seus aportes para o capital
durante esse período.

A questão é bem teórica, quase que literal ao pronunciamento.


As letras a e b estão corretas, de acordo com o conceito de manutenção do capital, o lucro é
a variação positiva no PL, depois de deduzidas as movimentações com os sócios (aporte de
capital/dividendos e juros sobre capital pagos).
A letra d também está correta, representa de forma literal a diferença entre os dois modelos de
conceitos de manutenção de capital. A diferença entre os modelos é a forma de valoração dos
ativos e passivos, um é pelo valor monetário (capital financeiro) e outro pelo valor produtivo
(capital físico).
A letra c está errada, pois o conceito de manutenção do capital físico requer a adoção do custo
CORRENTE como base de mensuração. O custo corrente é o custo de reposição de um ativo.
Letra c.

046. (CFC/CFC/BACHAREL EM CONTABILIDADE/2014) Com base na Resolução NBC TG ES-


TRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Con-
tábil-financeiro, julgue os itens sobre Manutenção de Capital como Verdadeiros (V) ou Falsos
(F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
I – De acordo com o conceito de capital financeiro, tal como o dinheiro investido ou o seu poder
de compra investido, o capital é sinônimo de ativos líquidos ou patrimônio líquido da entidade.

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II – De acordo com o conceito de manutenção do capital físico, o lucro é considerado auferido


somente se a capacidade física produtiva da entidade no fim do período exceder a capacidade
física produtiva no início do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprie-
tários e seus aportes de capital durante o período.
III – Todas as mudanças de preços, afetando ativos e passivos da entidade, são vistas, no
conceito de manutenção de capital físico, como mudanças na mensuração da capacidade
financeira da entidade, devendo ser tratadas como lucro.
A sequência CORRETA é
a) F, F, V.
b) F, V, F.
c) V, F, V.
d) V, V, F.

Outra questão literal:


I – Verdadeira. De acordo com o conceito de capital financeiro, tal como o dinheiro investido
ou o seu poder de compra investido, o capital é sinônimo de ativos líquidos ou patrimônio
líquido da entidade. Lembrem que o conceito financeiro está relacionado com o valor em di-
nheiro do PL.
II – Verdadeira: Manutenção do capital físico. De acordo com esse conceito, o lucro é con-
siderado auferido somente se a capacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da
entidade (ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade) no fim do perí-
odo exceder a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas quaisquer
distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período.
Entenda que a manutenção de capital está relacionada com a manutenção do valor do PL; se
o PL aumentar de um ano para o outro sem ter sido pelas atividades com os sócios, a empre-
sa apurou um lucro.
III – Falsa. De acordo com o conceito de manutenção do capital físico, quando o capital é de-
finido em termos de capacidade física produtiva, o lucro representa o aumento desse capital
ao longo do período. Todas as mudanças de preços afetando ativos e passivos da entidade
são vistas, nesse conceito, como mudanças na mensuração da capacidade física produtiva
da entidade. Assim sendo, devem ser tratadas como ajustes para manutenção do capital, que
são parte do patrimônio líquido, e não como lucro.
Letra d.

047. (CESGRANRIO/PETROBRAS/PROFISSIONAL JÚNIOR/2015) O Pronunciamento Con-


ceitual Básico (R1) do Comitê de Pronunciamentos Contábeis dispõe sobre a Estrutura Concei-
tual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro, aprovado pela Deliberação
CVM n. 675, de 13 de dezembro de 2011.

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Esse Pronunciamento estabelece que a estrutura conceitual, quanto ao seu alcance, dentre
outros aspectos conceituais, aborda
a) o reconhecimento e a mensuração dos elementos a partir dos quais as demonstrações
contábeis são elaboradas.
b) o objetivo da elaboração do relatório Contábil-financeiro e da evidenciação de seus respec-
tivos elementos.
c) o objetivo da divulgação das demonstrações contábeis e da classificação dos respectivos
elementos que elas evidenciam
d) as características quantitativas, qualitativas e informacionais dos elementos apresentados
nas demonstrações contábeis.
e) as características e a mensuração dos elementos da estrutura de capitais, sua manuten-
ção e respectiva evidenciação.

Esta questão é totalmente literal. Não mede conhecimento.


Segundo o “CPC 00” a estrutura conceitual aborda:
a) O objetivo da elaboração e divulgação de relatório Contábil-financeiro;
b) As características qualitativas da informação Contábil-financeira útil;
c) A definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos a partir dos quais as de-
monstrações contábeis são elaboradas; e
d) Os conceitos de capital e de manutenção de capital.
Note que a única que é literal ao pronunciamento é a letra a. As demais não estão com os te-
mos previstos na estrutura conceitual.
Letra a.

048. (UFES/UFES/TÉCNICO CONTÁBIL/2015) A afirmação que NÃO está de acordo com os


preceitos da NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL é:
a) As Demonstrações Contábeis são elaboradas e apresentadas para usuários externos em
geral, tendo em vista suas finalidades distintas e necessidades diversas.
b) A NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL estabelece os conceitos que fundamentam a elabora-
ção e a apresentação de Demonstrações Contábeis destinadas a usuários internos e externos.
c) A NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL não substitui qualquer norma, interpretação ou comu-
nicado técnico.
d) A NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL aborda, entre outros aspectos, os conceitos de capital
e de manutenção de capital.
e) A comparabilidade, a verificabilidade e a tempestividade estão entre as características qua-
litativas de melhoria previstas na NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL.

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Vimos na aula que os relatórios (demonstrações contábeis) são destinados aos usuários ex-
ternos, especialmente para os investidores e credores por empréstimos.
Os usuários internos tomam suas decisões com base nas informações coletadas de forma
tempestiva, durante o ano corrente, assim, não dependem das demonstrações contábeis.
Letra b.

049. (IF-TO/IF-TO/TÉCNICO CONTÁBIL/2015) Com relação à Estrutura Conceitual Básica


para a elaboração e divulgação dos relatórios contábeis financeiros de uma entidade, considere:
I – A escrituração contábil deve seguir a estrutura básica conceitual, uma vez que as necessi-
dades comuns da maioria dos usuários dos relatórios contábeis financeiros de propósito geral
é a avaliação da administração da entidade, quanto à qualidade de seu desempenho e de sua
prestação de contas e quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida.
II – As autoridades tributárias podem determinar exigências específicas para atender a seus
próprios interesses e, consequentemente, mudar a estrutura conceitual para elaboração e di-
vulgação de relatório Contábil-financeiro de propósito geral.
III – O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de transações e outros even-
tos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a
informação nos períodos em que ditos efeitos são produzidos.
IV – Comparabilidade é uma característica qualitativa que define o uso dos mesmos métodos
para os mesmos itens, tanto de um período para outro, considerando a mesma entidade que
reporta a informação, quanto para o período entre entidades.
Com base nas afirmativas apresentadas, marque a alternativa que contempla somente
as corretas.
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) I, II e IV.
d) I e III.
e) II, III e IV.

Questão interessante, vamos analisar os itens individualmente:


I – A assertiva destaca que as entidades devem seguir a estrutura conceitual como base para
fornecer informações para todos os usuários externos. Ou seja, as demonstrações são de pro-
pósito geral. Está certa.
II – As autoridades tributárias podem solicitar informações específicas, contudo, esta solici-
tação exige a elaboração de relatórios de propósito específico. As autoridades tributárias não
têm poder para mudar a estrutura conceitual. Está errada.
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III – O regime de competência tem relação com o registro do fato gerador de uma receita ou
despesa, assim, reporta os direitos e as obrigações na medida em que os fatos ocorreram.
Está certa.
IV – Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem
e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles. Utilizar os mesmos métodos
para os mesmos itens é sinônimo de consistência. Está errada.
Letra d.

050. (FCC/TJ-SE/ANALISTA DE CONTABILIDADE/2009) De acordo com a estrutura conceitual


contábil, considere:
I – Todos os bens adquiridos pela empresa devem ser registrados no balanço patrimonial, nos
grupos de ativos.
II – As despesas devem ser reconhecidas no resultado da empresa, considerando-se a sua
associação direta com a receita gerada.
III – O conceito físico de manutenção de capital pressupõe a manutenção dos montantes fi-
nanceiros dos ativos líquidos existentes no início do período e no final do período do Balanço
Patrimonial.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) II.
e) III.

O item I está errado. Segundo o CPC 00 – um ativo é reconhecido no balanço patrimonial


quando for provável que benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a en-
tidade e seu custo ou valor puder ser determinado em bases confiáveis. Assim, não basta
adquirir para registrá-lo.
O item II está certo. Conforme apresente o CPC 00 as despesas são reconhecidas na demons-
tração do resultado com base na associação direta entre elas e os correspondentes itens
de receita.
O item III está errado. O conceito físico de patrimônio está relacionado com a produção e não
com o capital financeiro.
Letra d.

051. (FGV/AL-MT/CONTADOR/2013) Segundo o pronunciamento conceitual básico que trata


da estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório Contábil-financeiro, as carac-
terísticas qualitativas de melhoria são

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a) a comparabilidade e a compreensibilidade.
b) a verificabilidade e a utilidade.
c) a tempestividade e a entidade.
d) a continuidade e a oportunidade.
e) a competência e a prudência

Divisão das características qualitativas da informação Contábil-financeira em:


a) características qualitativas fundamentais – relevância e representação fidedigna, as mais
críticas; e
b) características qualitativas de melhoria – comparabilidade, capacidade de verificação,
tempestividade e compreensibilidade, menos críticas, mas ainda assim altamente desejáveis.
As características qualitativas melhoram a utilidade da informação que é relevante e que é
representada com fidedignidade e podem também auxiliar a determinar qual de duas alter-
nativas que sejam consideradas equivalentes em termos de relevância e fidedignidade de
representação deve ser usada para retratar um fenômeno.
Letra a.

052. (FGV/COMPESA/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) Sobre a Estrutura Conceitual para Elabora-


ção e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro, de acordo com o CPC 00, entre os usuários
primários dos relatórios Contábil-financeiros de propósito geral estão
a) os investidores.
b) os administradores.
c) os funcionários.
d) os consumidores.
e) o governo.

Os usuários das informações apresentadas pela empresa são internos e externos. As demons-
trações são orientadas aos usuários externos, que são divididos em primários e secundários.
O CPC estabelece que o objetivo do relatório Contábil-financeiro de propósito geral é fornecer
informações que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por emprésti-
mos e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos para a
entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações em instrumentos
patrimoniais e em instrumentos de dívida, e a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras
formas de crédito.
Estes usuários não podem requerer que as entidades prestem a eles diretamente as informa-
ções de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatórios Contábil-financeiros de

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propósito geral, para grande parte da informação contábil-financeira que buscam. Consequen-
temente, eles são os usuários primários para quem relatórios contábil-financeiros de propósito
geral são direcionados.
Letra a.

053. (FGV/AL-RO/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) De acordo com o Pronunciamento Conceitual


Básico (R1) – Estrutura Conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil- financei-
ro, as características qualitativas da informação Contábil-financeira podem ser divididas em
fundamentais e de melhoria.
Assinale a opção que indica as características qualitativas fundamentais.
a) Confiabilidade e materialidade.
b) Relevância e representação fidedigna.
c) Essência sobre a forma e neutralidade.
d) Comparabilidade e tempestividade.
e) Compreensibilidade e verificabilidade.

As características qualitativas da informação Contábil-financeira são divididas em:


a) características qualitativas fundamentais – relevância e representação fidedigna, as mais
críticas; e
b) características qualitativas de melhoria – comparabilidade, capacidade de verificação (ve-
rificabilidade), tempestividade e compreensibilidade, menos críticas, mas ainda assim alta-
mente desejáveis.
As características qualitativas melhoram a utilidade da informação que é relevante e que é
representada com fidedignidade e podem também auxiliar a determinar qual de duas alter-
nativas que sejam consideradas equivalentes em termos de relevância e fidedignidade de
representação deve ser usada para retratar um fenômeno.
Letra b.

054. (FGV/MPE-AL/CONTADOR/2018) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico


(R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro, as-
sinale a opção que indica o objetivo do relatório Contábil-financeiro de propósito geral.
a) Oferecer subsídio à alta administração e aos gestores da entidade, de modo que estes pau-
tem as suas decisões relacionadas ao funcionamento regular da entidade.
b) Influenciar o relacionamento de investidores, credores, fornecedores e clientes com a enti-
dade, garantindo a segurança necessária para suas transações.
c) Fazer a diferença nas decisões dos usuários, podendo ser utilizados como dados de entrada em
processos empregados para predizer futuros resultados ou para confirmar as decisões tomadas.

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d) Fornecer informações Contábil-financeiras que sejam úteis para os investidores, para os


credores por empréstimos e para os outros credores, quando da tomada de decisão ligada ao
fornecimento de recursos para a entidade.
e) Garantir aos empregados e aos fornecedores da entidade que suas obrigações serão
cumpridas.

O objetivo dos relatórios financeiros, ou seja, das demonstrações contábeis é fornecer in-
formações aos usuários externos, principalmente, aos que aplicam dinheiro na empresa, de
forma que consiga atender aos seus anseios, no tocante a tomada de decisão sobre como e
onde é melhor investir.
Letra d.

055. (FGV/SEFIN-RO/AFTE/2018) Na última versão do Pronunciamento Técnico CPC00 – Es-


trutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro, a caracterís-
tica “essência sobre a forma” foi formalmente retirada da condição de componente separado
da representação fidedigna.
Assinale a opção que indica o motivo por que a “essência sobre a forma” foi retirada.
a) Sua presença, junto à representação fidedigna, foi considerada uma redundância.
b) Ela foi considerada inconsistente à característica qualitativa da neutralidade.
c) Ela foi considerada inconsistente à característica qualitativa da tempestividade.
d) As normas contábeis norte-americanas não incluem a essência sobre a forma em sua es-
trutura conceitual.
e) Sua presença deixou de ser exigida nas normas internacionais.

A essência econômica sobre a forma jurídica determina que os ativos deverão ser registrados
na empresa que tiver o controle sobre os benefícios e riscos com a sua utilização, indepen-
dentemente, da propriedade. É o controle sobre a propriedade.
Um exemplo é o arrendamento mercantil financeiro; a empresa arrendatária que “aluga” o
bem, tem o controle sobre ele, mas a propriedade é da financeira arrendadora que está forne-
cendo o bem para o arrendatário.
A essência econômica sobre a forma jurídica foi retirada de componente da representação
fidedigna por ser redundante a sua inclusão, assim, a primazia passou a ser uma verdade para
a contabilidade, um axioma que deverá ser aplicado em todas nas análises patrimoniais.
Letra a.

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056. (FGV/MPE-AL/CONTADOR/2018) O Pronunciamento Conceitual Básico (R1) – Estrutura


Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro apresenta as carac-
terísticas qualitativas da informação Contábil-financeira útil.
Assinale a opção que indica a característica qualitativa que permite que os usuários identifi-
quem e compreendam as similaridades dos itens e as diferenças entre eles.
a) Representação fidedigna.
b) Comparabilidade.
c) Verificabilidade.
d) Tempestividade.
e) Compreensibilidade.

Dentro das características de melhoria a COMPARABILIDADE permite que os usuários identi-


fiquem e compreendam as similaridades dos itens e as diferenças entre eles, sempre com, no
mínimo, dois dados para conseguir efetuar a comparação.
Letra b.

057. (FGV/COMPESA/CONTADOR/2016) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Bási-


co (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro, o
Regime de Competência representa
a) um postulado contábil.
b) uma premissa subjacente da contabilidade.
c) um elemento para a definição da performance financeira da empresa.
d) uma característica qualitativa fundamental da informação Contábil-financeira útil.
e) uma característica qualitativa de melhoria da informação Contábil-financeira útil.

O regime de competência é o método utilizado pela contabilidade para registrar as receitas e


despesas, e por consequência, apurar o resultado (performance) da empresa.
Neste regime, as receitas e despesas são registradas quando ocorrer o seu fato gerador, in-
dependentemente de ter entrado ou saído dinheiro.
Letra c.

058. (FGV/COMPESA/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) Sobre a Estrutura Conceitual para Elabora-


ção e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro, de acordo com o CPC 00, entre os usuários
primários dos relatórios Contábil-financeiros de propósito geral estão
a) os investidores.
b) os administradores.
c) os funcionários.
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d) os consumidores.
e) o governo.

Os usuários das informações apresentadas pela empresa são internos e externos. As demons-
trações são orientadas aos usuários externos, que são divididos em primários e secundários.
O CPC estabelece que o objetivo do relatório Contábil-financeiro de propósito geral é fornecer
informações que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por emprésti-
mos e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos para a
entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações em instrumentos
patrimoniais e em instrumentos de dívida, e a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras
formas de crédito.
Estes usuários não podem requerer que as entidades prestem a eles diretamente as informa-
ções de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatórios Contábil-financeiros de
propósito geral, para grande parte da informação Contábil-financeira que buscam. Consequen-
temente, eles são os usuários primários para quem relatórios Contábil-financeiros de propósito
geral são direcionados.
Letra a.

059. (FGV/COMPESA/CONTADOR/2016) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Bási-


co (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro,
assinale a opção que indica os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição
patrimonial e financeira de uma sociedade empresária.
a) Receitas, despesas e resultado do período.
b) Caixa e equivalente a caixa, clientes e contas a receber.
c) Ativos contingentes, passivos contingentes e patrimônio líquido.
d) Ativo não circulante, passivo não circulante e patrimônio líquido.
e) Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido.

Os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição patrimonial e financeira no


balanço patrimonial são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido.
Lembre-se de que as receitas e despesas são os elementos diretamente relacionados com a
mensuração do desempenho na demonstração do resultado.
Letra e.

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Lei n. 6.404/1976 e Atualizações


A Lei n. 6.404, de 1976, rege as Sociedades Anônimas, por isto é denominada de lei
societária.
A contabilidade brasileira inicialmente seguia as bases da escola Italiana, pois a primeira
lei das S/As – Sociedades Anônimas – editada no Brasil, o Decreto 2.627 de 1940, era nitida-
mente influenciada pela escola patrimonialista italiana.
Com a expansão empresarial e a necessidade de fomentar o mercado com informações
sobre a situação das empresas, o Brasil passou a adotar, na década de 50, a escola America-
na. Esta escola no Brasil, foi a base da elaboração dos Princípios de Contabilidade, apresen-
tados pelo CFC – Conselho Federal de Contabilidade e da publicação da Lei n. 6.404/1976,
conhecida como Lei Societária, que trata das demonstrações financeiras.
Por isto podemos entender que a legislação contábil no Brasil, com essa Lei, passou a ser
embasada na escola Americana, pois ela estabelece um padrão para a estrutura das demons-
trações contábeis de acordo com a forma norte-americana de apresentação, destacando a
apresentação do balanço patrimonial em ordem decrescente de liquidez para o ativo e de
decrescente de exigibilidade para o passivo.
A Lei n. 6.404/1976 passou por uma grande atualização com a apresentação da Lei n.
11.638 em 28 de dezembro de 2007. A Lei n. 11.638 orienta, entre outros pontos, o equacio-
namento das normas contábeis brasileiras às normas internacionais emitidas pelo IASB (In-
ternational Accounting Standards Board). Estas normas destacam a necessidade de fornecer
relatórios com informações confiáveis e precisas que possam ser entendidas pelos usuários e
estejam de acordo com as normas aplicadas na maioria dos países.

O PULO DO GATO
A Lei n. 6.404/1976 foi elaborada tendo como base a escola americana de contabilidade e com
a sua apresentação a contabilidade brasileira se afastava da escola italiana. As alterações que
ocorreram posteriormente na Lei n. 6.404/1976 buscaram a convergência das normas nacio-
nais às normas internacionais emitidas pelo IASB. Assim, as alterações apresentadas pelas
novas leis foram para adequá-la a escola internacional, afastando-se da escola americana.

A legislação apresenta que Sociedade Anônima é a empresa constituída por duas ou mais
pessoas, sendo o seu capital dividido em partes de igual valor denominadas de “ações”, e as-
sumindo os seus sócios responsabilidade apenas pela importância aplicada no capital social
da sociedade.
O capital social, constituído por ações, será fixado no estatuto, devendo ser expresso em
moeda corrente, podendo ser modificado mediante aditivo ao estatuto social, conforme de-

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terminações da Lei n. 6.404/1976. O capital social pode ser formado por contribuições em
dinheiro, ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação econômica.
A Lei n. 6.404/1976 distingue duas espécies de companhias: as abertas e a as fechadas.

• Companhia Aberta = é aquela cujos valores mobiliários de sua emissão são admitidos à
negociação no mercado de valores mobiliários. Esse tipo de companhia busca recursos
junto ao público, oferecendo suas ações à subscrição pública (mercado primário).
• Companhia Fechada = não capta recursos junto ao público, ou seja, os títulos e valores
mobiliários de sua emissão não são admitidos à negociação no mercado de valores
mobiliários. Os sócios representam um grupo específico e fechado.

O assunto está previsto no art. 4º da lei da seguinte forma:

Art. 4º Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários
de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários. (Reda-
ção dada pela Lei n. 10.303, de 2001)
§ 1º Somente os valores mobiliários de emissão de companhia registrada na Comissão de Valores
Mobiliários podem ser negociados no mercado de valores mobiliários. (Redação dada pela Lei n.
10.303, de 2001)
§ 2º Nenhuma distribuição pública de valores mobiliários será efetivada no mercado sem prévio
registro na Comissão de Valores Mobiliários. (Incluído pela Lei n. 10.303, de 2001)

Buscando uma maior independência normativa para o mercado de capital, a Lei destaca
que as demonstrações financeiras das companhias abertas observarão também as normas
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas à au-
ditoria por auditores independentes nela registrados.
As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstrações
financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias abertas.

Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de socie-
dades por ações, sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras e a obrigato-
riedade de auditoria independente por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários.

Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei, a sociedade ou conjunto
de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior
a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a
R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).
A parte importante da Lei, para a contabilidade, está nos artigos 175 a 204, oriento a lei-
tura destes artigos:

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CAPÍTULO XV – Exercício Social e Demonstrações Financeiras


SEÇÃO I – Exercício Social
SEÇÃO II – Demonstrações Financeiras e escrituração
SEÇÃO III – Balanço Patrimonial
SEÇÃO IV – Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
SEÇÃO V – Demonstração do Resultado do Exercício
SEÇÃO VI – Demonstrações dos Fluxos de Caixa e do Valor Adicionado
CAPÍTULO XVI – Lucro, reservas e dividendos
SEÇÃO I – Lucro, participações e proposta de destinação do lucro
SEÇÃO II – Reservas e retenção de lucros

CAPÍTULO XV
Exercício Social e Demonstrações Financeiras

SEÇÃO I
Exercício Social

Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada
no estatuto.
Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o
exercício social poderá ter duração diversa.

SEÇÃO II
Demonstrações Financeiras

Disposições Gerais
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escri-
turação mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão
exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no
exercício:
I – balanço patrimonial;
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei n.
11.638, de 2007)
§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores
correspondentes das demonstrações do exercício anterior.

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§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos


saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um
décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações
genéricas, como “diversas contas” ou “contas-correntes”.
§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a propos-
ta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral.
§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros
analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patri-
monial e dos resultados do exercício.
§ 5º As notas explicativas devem: (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e
das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos signifi-
cativos; (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que
não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; (Incluído
pela Lei n. 11.941, de 2009)
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações finan-
ceiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e (Incluído pela Lei n.
11.941, de 2009)
IV – indicar: (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente esto-
ques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para
encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos
do ativo; (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo único);
(Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, § 3º
); (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros
e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;
(Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; (Incluído pela Lei n.
11.941, de 2009)
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; (Incluído pela Lei
n. 11.941, de 2009)
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1º); e (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)

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i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam


vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. (In-
cluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
§ 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$
2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da de-
monstração dos fluxos de caixa. (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
§ 7º A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu critério, disciplinar de forma diversa
o registro de que trata o § 3º deste artigo. (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)

Escrituração
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obe-
diência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade
geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e
registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.
§ 1º As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de méto-
dos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar es-
ses efeitos.
§ 2º A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qual-
quer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as
disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu
objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contá-
beis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras
demonstrações financeiras. (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
I – (revogado); (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
II – (revogado). (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
§ 3º As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a audi-
toria por auditores independentes nela registrados. (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
§ 4º As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabi-
listas legalmente habilitados.
§ 5º As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 3º
deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de con-
tabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários. (Incluído pela Lei n.
11.638, de 2007)
§ 6º As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstra-
ções financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias aber-
tas. (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007)
§ 7º (Revogado). (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)

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SEÇÃO III
Balanço Patrimonial

Grupo de Contas
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio
que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação finan-
ceira da companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos
elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imo-
bilizado e intangível. (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
I – passivo circulante; (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela
Lei n. 11.941, de 2009)
§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar se-
rão classificados separadamente.

Ativo
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I – no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício
social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
II – no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício
seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades
coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da com-
panhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;
III – em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos
de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manu-
tenção da atividade da companhia ou da empresa;
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e
controle desses bens; (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
V – (Revogado pela Lei n. 11.941, de 2009)

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VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manu-
tenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adqui-
rido. (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007)
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração
maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o pra-
zo desse ciclo.

Passivo Exigível
Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direi-
tos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem
no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior,
observado o disposto no parágrafo único do art. 179 desta Lei. (Redação dada pela Lei n.
11.941, de 2009)

Resultados de Exercícios Futuros


Art. 181. (Revogado pela Lei n. 11.941, de 2009)

Patrimônio Líquido
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a
parcela ainda não realizada.
§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do
preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à
formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou
partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
c) (revogada); (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007) (Revogado pela Lei n.
11.638, de 2007)
d) (revogada). (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007) (Revogado pela Lei n.
11.638, de 2007)
§ 2º Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do
capital realizado, enquanto não capitalizado.
§ 3º Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computa-
das no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de
aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decor-
rência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas
pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3º do art.
177 desta Lei. (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)

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§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação


de lucros da companhia.
§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta
do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

Critérios de Avaliação do Ativo


Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
I – as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos
de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: (Redação dada
pela Lei n. 11.638, de 2007)
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou dispo-
níveis para venda; e (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições
legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso
das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito; (Incluída pela Lei n. 11.638, de 2007)
II – os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia,
assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de
aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este
for inferior;
III – os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o
disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas pro-
váveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e
que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou
quotas bonificadas;
IV – os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender
às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor
de mercado, quando este for inferior;
V – os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da
respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão;
VI – (revogado); (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do
saldo da respectiva conta de amortização; (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007)
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a
valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído pela Lei
n. 11.638, de 2007)
§ 1º Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: (Redação dada pela Lei
n. 11.941, de 2009)
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repos-
tos, mediante compra no mercado;

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b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda
no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a mar-
gem de lucro;
c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros.
d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, de-
corrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na ausên-
cia de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro: (Incluída pela Lei n.
11.638, de 2007)
1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro instrumento
financeiro de natureza, prazo e risco similares; (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007)
2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de
natureza, prazo e risco similares; ou (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007)
3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de instru-
mentos financeiros. (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007)
§ 2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será regis-
trada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens
físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de
direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício
de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratual-
mente limitado;
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de di-
reitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
§ 3º A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valo-
res registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: (Redação dada pela Lei n.
11.941, de 2009)
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interrom-
per os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não
poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei n.
11.638, de 2007)
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econô-
mica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. (Incluído pela Lei n.
11.638, de 2007)
§ 4º Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo
valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.

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Critérios de Avaliação do Passivo


Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguin-
tes critérios:
I – as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto sobre
a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado
até a data do balanço;
II – as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão con-
vertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço;
III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão
ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.
(Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)

Critérios de Avaliação em Operações Societárias


(Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
Art. 184-A. A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá, com base na competência
conferida pelo § 3º do art. 177 desta Lei, normas especiais de avaliação e contabilização
aplicáveis à aquisição de controle, participações societárias ou negócios. (Incluído pela Lei n.
11.941, de 2009)

Correção Monetária
Art. 185. (Revogado pela Lei n. 7.730, de 1989)

SEÇÃO IV
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados

Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará:


I – o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária
do saldo inicial;
II – as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III – as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao
capital e o saldo ao fim do período.
§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes
de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado
exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes.
§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do
dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do
patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia.

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SEÇÃO V
Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:


I – a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e
os impostos;
II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos
e o lucro bruto;
III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as
despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação
dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias,
mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou
previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei
n. 11.941, de 2009)
VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização
em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas
receitas e rendimentos.
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007) (Revogado pela Lei n.
11.638, de 2007)

SEÇÃO VI
Demonstrações dos Fluxos de Caixa e do Valor Adicionado

(Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)


Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei
indicarão, no mínimo: (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, durante o exercício, no
saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3
(três) fluxos: (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
a) das operações; (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
b) dos financiamentos; e (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
c) dos investimentos; (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)

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II – demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua


distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como
empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não
distribuída. (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
III – (Revogado pela Lei n. 11.941, de 2009)
IV – (Revogado pela Lei n. 11.941, de 2009)

CAPÍTULO XVI
Lucro, Reservas e Dividendos

SEÇÃO I
Lucro

Dedução de Prejuízos e Imposto sobre a Renda


Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os
prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda.
Parágrafo único. o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros
acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem.

Participações
Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e partes benefi-
ciárias serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que rema-
nescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada.
Parágrafo único. Aplica-se ao pagamento das participações dos administradores e das
partes beneficiárias o disposto nos parágrafos do artigo 201.

Lucro Líquido
Art. 191. Lucro líquido do exercício é o resultado do exercício que remanescer depois de
deduzidas as participações de que trata o artigo 190.
Proposta de Destinação do Lucro
Art. 192. Juntamente com as demonstrações financeiras do exercício, os órgãos da admi-
nistração da companhia apresentarão à assembleia-geral ordinária, observado o disposto nos
artigos 193 a 203 e no estatuto, proposta sobre a destinação a ser dada ao lucro líquido do
exercício.

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SEÇÃO II
Reservas e Retenção de Lucros

Reserva Legal
Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qual-
quer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por
cento) do capital social.
§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo
dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo
182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.
§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente pode-
rá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.

Reservas Estatutárias
Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:
I – indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade;
II – fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão desti-
nados à sua constituição; e
III – estabeleça o limite máximo da reserva.

Reservas para Contingências


Art. 195. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar
parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futu-
ro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
§ 1º A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista e
justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva.
§ 2º A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justi-
ficaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda.

Reserva de Incentivos Fiscais


(Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007)
Art. 195-A. A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar
para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subven-
ções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do divi-
dendo obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei). (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007)

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Retenção de Lucros
Art. 196. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar
reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamen-
te aprovado.
§ 1º O orçamento, submetido pelos órgãos da administração com a justificação da re-
tenção de lucros proposta, deverá compreender todas as fontes de recursos e aplicações de
capital, fixo ou circulante, e poderá ter a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de
execução, por prazo maior, de projeto de investimento.
§ 2º O orçamento poderá ser aprovado pela assembleia-geral ordinária que deliberar so-
bre o balanço do exercício e revisado anualmente, quando tiver duração superior a um exercí-
cio social. (Redação dada pela Lei n. 10.303, de 2001)

Reserva de Lucros a Realizar


Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos
do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a as-
sembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à cons-
tituição de reserva de lucros a realizar. (Redação dada pela Lei n. 10.303, de 2001)
§ 1º Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exer-
cício que exceder da soma dos seguintes valores: (Redação dada pela Lei n. 10.303, de 2001)
I – o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial (art. 248); e (Incluído pela Lei
n. 10.303, de 2001)
II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e
passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do
exercício social seguinte. (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
§ 2º A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do divi-
dendo obrigatório e, para efeito do inciso III do art. 202, serão considerados como integrantes
da reserva os lucros a realizar de cada exercício que forem os primeiros a serem realizados
em dinheiro. (Incluído pela Lei n. 10.303, de 2001)

Limite da Constituição de Reservas e Retenção de Lucros


Art. 198. A destinação dos lucros para constituição das reservas de que trata o artigo
194 e a retenção nos termos do artigo 196 não poderão ser aprovadas, em cada exercício, em
prejuízo da distribuição do dividendo obrigatório (artigo 202).

Limite do Saldo das Reservas de Lucro (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais
e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assem-
bleia deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social
ou na distribuição de dividendos. (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)

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Reserva de Capital
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:
I – absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lu-
cros (artigo 189, parágrafo único);
II – resgate, reembolso ou compra de ações;
III – resgate de partes beneficiárias;
IV – incorporação ao capital social;
V – pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for asse-
gurada (artigo 17, § 5º).
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias
poderá ser destinada ao resgate desses títulos.

Como vimos a lei societária – Lei n. 6.404, de 1976 – a partir de 2008 sofreu profundas
alterações, inicialmente pela Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007 e pela Lei n. 11.941,
de 2009, quando foram introduzidos novos conceitos, métodos e critérios contábeis e fiscais,
com o fim de harmonizar as regras contábeis adotadas no Brasil aos padrões internacionais
de contabilidade (padrão International Financial Report Standart – IFRS), recepcionando as-
sim a transparência internacional de regras e informações contábeis a serem observadas por
todas as companhias abertas e pelas empresas de grande porte, quando da elaboração de
suas demonstrações financeiras.

As definições da Lei n. 11.638/2007 e da Lei n. 11.941/2009 devem ser observadas por todas
as empresas obrigadas a obedecer à Lei das S/A. As empresas de grande porte, de acordo
com a definição da Lei n. 11.638/2007, devem, adicionalmente, observar as regras da Comis-
são de Valores Mobiliários (CVM).

Principais Mudanças Apresentadas pelas Leis n. 11.638/2007 e


11.941/2009
a) Classificação do Ativo e do Passivo em “Circulante” e “Não Circulante”.
Segundo a Lei n. 11.941/2009 o ativo será apresentado pelo seu potencial de conversibi-
lidade e o passivo pelo prazo de exigibilidade, sendo dividido em circulante e não circulante.
b) Extinção do grupo Ativo Permanente.
A mesma lei acabou com o ativo permanente; o intuito desta nova classificação é desta-
car que não existe ativo permanente na empresa, todos os ativos irão se realizar economica-
mente de alguma forma, diretamente ou indiretamente.

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c) Restrição ao longo do exercício de 2008 e extinção, na data de 5/12/2008, do subgrupo


“Ativo Diferido”.
A Lei n. 11.638/2007 promoveu alteração no art. 178 da Lei n. 6.404/1976, onde ainda se
manteve o grupo ativo permanente, dividido em investimentos, intangível e diferido.
Esse artigo, entretanto, foi novamente alterado pela Lei n. 11.941/2009, cuja nova redação
trouxe a extinção do grupo ativo permanente e do subgrupo ativo diferido.
Atualmente as entidades devem analisar o saldo existente nesse subgrupo, se for o caso,
reclassificar:
• para o ativo imobilizado aqueles gastos vinculados ao processo de preparação e colo-
cação em operação de máquinas e equipamentos;
• para o intangível aqueles gastos que se enquadrarem como gastos com desenvolvi-
mentos de novos produtos;
• para o resultado do período os demais gastos pré-operacionais de pesquisas de novos
produtos, de treinamento de pessoal administrativo ou de pessoal de vendas.

d) Criação do subgrupo “Intangível” no grupo do Ativo Não Circulante.


A Lei n. 11.638 criou o intangível sendo que nesse subgrupo devem ser classificados os
valores que estavam em outras contas do ativo permanente e representam bens incorpóreos,
como marcas, patentes, direitos de concessão, direitos de exploração, direitos de franquia, di-
reitos autorais, gastos com desenvolvimento de novos produtos, ágio pago por expectativa de
resultado futuro (fundo de comércio ou goodwill).
e) Proibição da prática da reavaliação espontânea de ativos.
A Lei n. 11.638 vedou a realização de qualquer tipo de reavaliação espontânea de bens. Os
saldos existentes nas reservas de reavaliação devem ser mantidos até a sua efetiva realiza-
ção ou estornados até a data de 31/12/08.
Também poderá ser utilizado o saldo existente na reserva de reavaliação como contrapar-
tida da provisão para desvalorização do bem, em um teste de recuperabilidade.
f) Aplicação, ao final de cada exercício social, do teste de recuperabilidade dos ativos.
Ao proibir a reavaliação a Lei n. 11.638/2007 introduziu na contabilidade brasileira o teste
de recuperabilidade de ativos (ou impairment test), cujo objetivo é verificar se os ativos re-
conhecidos nas demonstrações contábeis não estão evidenciados a um valor superior aos
benefícios que irão proporcionar à entidade.
A entidade deve avaliar, no mínimo a cada exercício social, se há alguma indicação de que
um ativo possa ter sofrido desvalorização.
Se houver alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo e se
esse valor for inferior ao valor estimado de recuperação, uma provisão para ajuste ao valor
de recuperação dos ativos deve ser reconhecida em contrapartida no resultado do exercício.
g) Registro, em contas de ativo e passivo, dos contratos de arrendamento mercantil finan-
ceiro (leasing).

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Lei n. 6.404/1976
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Com esta mudança as empresas arrendatárias passaram a registrar no ativo imobiliza-


do os bens objeto de contratos de arrendamento mercantil financeiro (leasing financeiro),
sendo que o arrendamento operacional era tratado como uma despesa operacional de alu-
guel na DRE.
O objetivo deste registro é respeitar o atributo qualitativo da “primazia da essência de um
fato sobre a sua forma jurídica”.

O CPC 06 (R2) estabeleceu que a partir de 2019, na arrendatária, o leasing financeiro e opera-
cional terá o mesmo tratamento contábil, é como se fosse uma compra a prazo.

Antes da revisão da norma o arrendatário também tinha que classificar o arrendamento


em operacional e financeiro, sendo o operacional tratado como um aluguel e o leasing fi-
nanceiro tratado como uma compra a prazo, por consequência, os demais efeitos como, por
exemplo, a manutenção, a depreciação e encargos financeiros eram reconhecidos como des-
pesa pela arrendatária.
Agora, com a mudança da norma, todos os arrendamentos (operacional e financeiro) serão
reconhecidos dentro do Balanço Patrimonial da empresa arrendatária, como ativo e passivo.
h) Extinção do grupo Resultados de Exercícios Futuros.
Os saldos de resultados de exercícios futuros existentes até a data de 4/12/08 devem ser
reclassificados para o grupo do passivo, em contas representativas de receitas antecipadas
deduzidas das respectivas despesas antecipadas.
No entanto é importante destacar que as receitas antecipadas deverão respeitar o prazo de
realização, podendo de acordo com o vencimento serem apresentadas no passivo circulante,
quando for o caso.
i) Criação, no Patrimônio Líquido, da conta de “Ajustes de Avaliação Patrimonial” e “ações
em tesouraria”.
Devem ser classificadas como AAP, enquanto não computadas no resultado do exercício,
em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de
valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor
justo, em especial, os investimentos em derivativos e em instrumentos financeiros, classificá-
veis no circulante e não circulante.
Ações em tesouraria é conta redutora do PL e representa o produto da compra pela em-
presa de suas próprias ações. Estas ações poderão ser revendidas novamente no mercado ou
doadas aos sócios.
j) Destinação do saldo de Lucros Acumulados.
Não há mais a previsão da conta “lucros ou prejuízos acumulados” como conta compo-
nente do patrimônio líquido, tendo em vista que a Lei previu apenas como componente do
patrimônio líquido, a conta de “prejuízos acumulados”.
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A não manutenção de saldo positivo nessa conta só pode ser exigida para as sociedades
por ações, e não às demais sociedades e entidades de forma geral.
É importante destacar que a conta lucros ou prejuízos acumulados deve permanecer no
plano de contas de todas as entidades, e ser apresentada no balancete de verificação, haja
vista que o seu uso continuará sendo feito para receber o registro do resultado do exercício,
bem com as suas várias formas de destinações e reversões (constituição de reservas, distri-
buição de lucros ou dividendos etc.).
O saldo da conta lucro acumulado deverá ser totalmente distribuído para:
• dividendos aos sócios;
• juros sobre capital próprio;
• reservas de lucros;
• aumento ou integralização de capital social.

k) Alteração da sistemática de contabilização do incentivo fiscal, das doações e subven-


ções fiscais, anteriormente contabilizadas em conta de Reserva de Capital.
A Lei n. 11.638/2007 proibiu o registro direto em contas de reservas de capital no patri-
mônio líquido das subvenções para investimentos (isenção ou redução de impostos) e das
doações recebidas do Poder Público e dos incentivos fiscais.
Tais benefícios devem ser reconhecidos em contas de resultado pelo regime da compe-
tência, como receitas, e para não sofrer tributação a empresa deve manter o valor referente ao
incentivo recebido como reserva de lucro de “incentivo fiscal”.
l) Alteração na contabilização dos prêmios nas emissões de debêntures, anteriormente
contabilizados em conta de Reserva de Capital.
A Lei n. 11.638/2007 proibiu o registro da conta “reserva de prêmios na emissão de de-
bêntures” como reserva de capital.
Dessa forma, os prêmios recebidos na emissão de debêntures devem ser apropriados
como receita financeira ou como redução da despesa financeira na captação das referidas
debêntures. De forma semelhante ao incentivo fiscal, para não sofrer tributação, a empresa
deve manter o valor referente ao prêmio reconhecido como receita na DRE, como reserva de
lucro de “prêmio na emissão de debêntures”.
Contudo, as empresas que possuíam a referida reserva de capital poderão mantê-la até a
sua destinação, conforme previsto no artigo 200 da Lei n. 6.404/1976.
m) Extinção da classificação das Receitas e Despesas em Operacionais e Não Operacionais.
As receitas e despesas que estavam sendo classificadas como não operacionais, em con-
formidade com a lei anterior, devem ser denominadas de outras receitas e outras despesas.
Com este procedimento foi eliminado grupo de receitas ou despesas não operacio-
nais na DRE.

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O objetivo é que sejam apresentadas as receitas e despesas continuadas em separado das


receitas e despesas descontinuadas ou atípicas nas atividades da empresa.
n) Substituição da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) pela De-
monstração dos Fluxos de Caixa (DFC).
A DFC deve ser elaborada pelas sociedades por ações de capital fechado com patrimônio
líquido igual ou superior a R$ 2.000.000,00, pelas sociedades de capital aberto e sociedades
de grande porte.
Tem por objetivo apresentar o fluxo de dinheiro no disponível de acordo com as atividades
operacionais, de financiamento ou de investimento.
o) Obrigatoriedade da elaboração da Demonstração do Valor Adicionado (DVA) pelas Com-
panhias Abertas.
Esta demonstração visa apresentar a riqueza gerada pela empresa e como esta riqueza foi
distribuída aos beneficiados.
Tem por objetivo destacar a participação da empresa na geração do produto interno bruto
da sua região.
p) Implantação da apuração do Ajuste a Valor Presente de elementos do ativo e do passivo.
Foi determinada pela Lei n. 11.638 a necessidade de ajustar a valor presente os ativos e
passivos de longo prazo, bem como os valores relevantes de curto prazo.
Este procedimento tem por objetivo apresentar as contas recebíveis e exigíveis o mais pró-
ximo do real possível, retirando do valor futuro os juros embutidos.
A essência é reconhecer a despesa e a receita de juros em compras e vendas a longo prazo
no período em que efetivamente ocorrerem.
q) A Lei n. 11.638/2007 apresentou o conceito de “empresas de grande porte” e determi-
nou que estas empresas deverão seguir os ditames estabelecidos pela Lei n. 6.404/1976, da
seguinte forma:
“Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de
sociedades por ações, as disposições da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre escri-
turação e elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria indepen-
dente por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários.”

O PULO DO GATO
Com relação à convergência da contabilidade às normas internacionais as maiores alterações
foram apresentadas pela Lei n. 11.638/2007.

A Lei n. 11.941/2009 alterou a estrutura do ativo e do passivo, dividindo-os em circulante e


não circulante, extinguiu o ativo diferido e os resultados de exercícios futuros e formalizou, do
ponto de vista tributário, a desvinculação entre Fisco e Contabilidade, com a criação do Regime
Transitório de Tributação.

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As principais alterações trazidas pela Lei n. 11.941/2009 são:


• classificação do Ativo em Circulante e não Circulante;
• acabou com o Ativo Permanente.
• acabou com subgrupo “ativo diferido”.
• acabou com o grupo “resultado de exercícios futuros”.
• criou do Regime Tributário de Transição (RTT).

060. (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/AUDITOR TRIBUTÁRIO/2015)


Como decorrência das alterações introduzidas pelas Leis n. 11.638/2007 e n. 11.941/2009, na
nova estrutura do Balanço Patrimonial:
a) os prêmios recebidos na emissão de debêntures passaram a ser contabilizados em contra-
partida a uma conta de reserva de capital.
b) o grupo de Resultados de Exercícios Futuros foi mantido, devendo nele serem contabiliza-
dos as receitas e custos diferidos.
c) houve a criação do Ativo Intangível, de modo que as marcas desenvolvidas internamente
pela pessoa jurídica puderam ser contabilizadas no Ativo.
d) a possibilidade de constituir reservas de reavaliação foi extinta, mantido o direito de sua
conservação pelas companhias que as constituíram até 31.12.2007.
e) foi mantido o Ativo Diferido, onde, entretanto, passaram a ser classificados apenas as des-
pesas pré-operacionais da companhia.

Vou analisar item a item:


a) Os prêmios na emissão de debêntures (valores recebidos a maior na venda de debêntures)
eram classificados como reserva de capital. Com o advento das novas Leis o prêmio passou
a ser tratado como receita, de acordo com o transcorrer do prazo de resgate do título. Está
errada.
b) O grupo resultado de exercícios futuros foi extinto pela Lei n. 11.941/2009. Está errada.
c) O intangível foi criado pela Lei n. 11.638, contudo não podem ser registrados os intangíveis
gerados internamente, que são denominados de fundo de comercio gerado internamente. Está
errada.
d) Está certa. A Lei n. 11.638/2007 extinguiu, com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2008, a
reserva de reavaliação. Porém, foi mantido o direito de sua conservação pelas companhias que
as constituíram até 31.12.2007. As empresas podiam manter ou reverter o valor registrado em
reserva.
e) O diferido foi extinto pela Lei n. 11.941/2009. Importante lembrar que a Lei n. 11.638/2007
havia mantido o diferido.
Letra d.

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061. (CETAP/MPCM/CONTADOR/2015) Qual das demonstrações financeiras que não era


obrigatória pela Lei n. 6.404/1976 passou a ser obrigatória, por meio da Lei n. 11.638/2007,
para todas as companhias abertas e companhias fechadas com patrimônio líquido, na data
do balanço, superior a dois milhões de reais?
a) Demonstração dos Fluxos de Caixa.
b) Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.
c) Balanço Patrimonial.
d) Demonstração do Resultado do Exercício.
e) Balanço Social.

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mer-
cantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I – balanço patrimonial;
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007)
§ 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00
(dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos
de caixa
Letra a.

062. (CONSULPLAN/CRESS-PB/CONTADOR/2015) No Brasil, com a criação do CPC e a apro-


vação de leis como as de n. 11.638/2007 e 11.941/2009, introduziram a Contabilidade brasi-
leira em uma nova fase, trazendo grandes mudanças no cenário contábil. Um dos desafios na
adoção das novas normas é alcançar a consistência no entendimento e, portanto, na aplicação
dessas normas. Em relação a essas mudanças que visavam padronizar os processos contá-
beis brasileiros, indo de encontro aos padrões mundiais, é INCORRETO o que consta no item:
a) A Lei n. 11.638/2007 alterou a Lei n. 6.404/1976 no tocante a Elaboração e Publicação da
Demonstração das Origens e Aplicação dos Recursos – DOAR, substituindo pela Elaboração
e publicação da Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC.
b) Pela Lei n. 11.638/2007 as Companhias Fechadas com Patrimônio Líquido inferior a R$ 2
milhões estão desobrigadas de elaborar e publicar a Demonstração de Fluxos de Caixa – DFC.
c) Pela Lei n. 11.638/2007 o Patrimônio Líquido passa a ser dividido em: capital social, reser-
vas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, investimentos de terceiros,
ações em tesouraria e prejuízos acumulados.

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Lei n. 6.404/1976
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d) Pela Lei n.11.941/2009 os Ativos deverão ser avaliados pelo seu valor justo ou custo, dos
dois o menor, sempre deduzidos de provisões para perdas. Para ativos de longo prazo, deve-
rão ser efetuados ajustes a valor presente.

A letra c está errada, não existe a conta investimentos de terceiro; a composição atual do PL é
a seguinte:
• capital social;
• reservas de capital;
• ajustes de avaliação patrimonial;
• reservas de lucros;
• ações em tesouraria;
• prejuízos acumulados.
Letra c.

063. (COPESE/DPE-TO/ANALISTA DE GESTÃO/2012) Sobre a Lei n. 6.404/1976 e alterações


posteriores, é INCORRETO afirmar:
a) A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos
preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente
aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as
mutações patrimoniais segundo o regime de competência.
b) Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercan-
til da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza
a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: balanço patri-
monial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resultado do
exercício; demonstração dos fluxos de caixa, e, se companhia aberta, demonstração do valor
adicionado.
c) Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos po-
derão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do
valor do respectivo grupo de contas, em contas como “diversas contas” ou “contas-correntes”.
d) A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer mo-
dificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas na Lei n. 6.404/1976, as
disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu ob-
jeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis
diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras de-
monstrações financeiras.

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Lei n. 6.404/1976
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Questão literal à lei, o § 2º do artigo 176 estabelece:

Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão
ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do
respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como “diversas
contas” ou “contas-correntes”.
Letra c.

064. (CESGRANRIO/INOVA/CONTADOR JÚNIOR/2012) A Reserva de Incentivos Fiscais, nos


termos do artigo 195-A introduzido na Lei no 6.404/1976, pela Lei no 11.638/2007, é uma
reserva de
a) lucro, constituída pela parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções go-
vernamentais para investimento.
b) lucro, constituída pela parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções go-
vernamentais para custeio e investimento
c) capital, constituída pelo valor das subvenções governamentais para investimento recebi-
das da União, Estados, Municípios ou Distrito Federal.
d) capital, constituída pela parcela do Imposto de Renda paga a título de incentivo fiscal con-
cedido pelo governo, com um fim específico.
e) capital, constituída por doações e subvenções governamentais para custeio ou investi-
mento recebidas da União.

As reservas de lucros são as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia


que não foram distribuídos aos sócios, visam atender várias finalidades, sendo sua constitui-
ção efetivada por disposição da lei ou por proposta dos órgãos da administração.
A reserva de incentivo fiscal está prevista na lei da seguinte forma:

Art. 195-A. A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para
a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções
governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obri-
gatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei). (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007).
Letra a.

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Lei n. 6.404/1976
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065. (COSEAC/UFF/TÉCNICO CONTÁBIL/2015) A lei que regulamenta as Sociedades por


Ações determina fazer parte das demonstrações contábeis, ao fim de cada exercício social,
necessariamente os seguintes itens, EXCETO:
a) Demonstração dos Fluxos de Caixa.
b) Balanço Patrimonial.
c) Demonstração dos Lucros e Prejuízos.
d) Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.
e) Demonstração do Resultado do Exercício.

A Lei n. 6.404/1976 trata das demonstrações obrigatórias em seu Art. 176 da seguinte forma:

Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da
companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação
do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I – balanço patrimonial;
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício;
IV – demonstração dos fluxos de caixa;
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.

Não existe mais a previsão da DOAR.


Letra d.

066. (AOCP/ITEP-RN/PERITO CRIMINAL/2018) A Lei n. 6.404/1976 dispõe sobre a normati-


zação das Sociedades por Ações. Entretanto essa sofreu alterações nas regras contábeis e
foram introduzidos novos dispositivos. Qual foi a lei que promoveu essas alterações?
a) A Lei n. 11.638/2008, promulgada em 28 de dezembro de 2008.
b) A Lei n. 11.638/2007, promulgada em 28 de dezembro de 2007.
c) A Lei n. 11.836/2007, promulgada em 28 de dezembro de 2007.
d) A Lei n. 11.836/2008, promulgada em 28 de dezembro de 2008.
e) A Lei n. 11.638/2009, promulgada em 28 de dezembro de 2009.

A Lei n. 11.638 de 28 de dezembro de 2007, alterou a e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de


15 de dezembro de 1976.
Letra b.

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067. (AOPC/EBSERH/CONTADOR/2015) Considera-se de grande porte a sociedade ou con-


junto de sociedade sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total supe-
rior a R$ 240.000.000,00 ou receita bruta anual de
a) 100.000.000,00.
b) 200.000.000,00.
c) 250.000.000,00.
d) 150.000.000,00.
e) 300.000.000,00.

A Lei n. 11.638/2007, que alterou a Lei n. 6.404/1976, inclui a classificação de empresas de


grande porte na legislação societária, estabelecendo o seguinte:

Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei, a sociedade ou conjunto de socieda-
des sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00
(duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezen-
tos milhões de reais).
Letra e.

068. (AOPC/UFSM/CONTADOR/2014) A Legislação Societária prevê que, EXCETO


a) as demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores corres-
pondentes das demonstrações do exercício anterior
b) nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos
poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo)
do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas,
como “diversas contas” ou “contas correntes”
c) as demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos
órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia geral.
d) as demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíti-
cos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e
dos resultados do exercício.
e) as demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expe-
didas pelo IBRACOM e serão obrigatoriamente submetidas à auditoria por auditores internos.

A letra e está errada, pois segundo o Art. 177 em seu § 3º as demonstrações financeiras das
companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mo-
biliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela
registrados. Não é o IBRACON.
Letra e.

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069. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/CONTADOR/2018) As empresas brasileiras, em atendi-


mento às Normas Brasileiras de Contabilidade e em cumprimento à Lei das sociedades por
ações, devem apresentar suas informações patrimoniais, econômicas e financeiras nas de-
monstrações contábeis, determinadas pelos citados diplomas.
Nesse contexto, uma empresa com a obrigação legal de emitir a demonstração, que repre-
senta um dos elementos componentes do Balanço Social e, que tem, entre seus objetivos
básicos, apresentar o quanto a entidade agrega de valor aos insumos adquiridos, tem que
elaborar a demonstração do(a)
a) fluxo de caixa
b) lucro ou prejuízo acumulado
c) mutação do patrimônio líquido
d) resultado abrangente
e) valor adicionado

A Demonstração do Valor Adicionado representa um dos elementos componentes do balan-


ço social e tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição. A
obrigação legal de sua apresentação vem da Lei n. 6.404/1976, que trata do assunto da se-
guinte forma:
Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil
da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:

I – balanço patrimonial;
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa;
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão,
no mínimo:
II – demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribui-
ção entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados,
financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída.
Letra e.

070. (AOCP/PC-ES/PERITO CRIMINAL/2019) Nas entidades societárias, as demonstrações


financeiras deverão ser assinadas pelo(s)
a) administradores e por contabilistas legalmente habilitados.

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Lei n. 6.404/1976
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b) auditores e contadores legalmente habilitados.


c) contador legalmente habilitado.
d) administrador legalmente habilitado.
e) contador legalmente habilitado e auditor independente.

A Lei n. 6.404/1976 apresenta em seu artigo 177 no parágrafo 4º o seguinte sobre a es-
crituração:

§ 4º As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabilistas legal-


mente habilitados.
Letra a.

071. (PRÓ-MUNICÍPIO/CRP 11ª/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) Complete as lacunas da frase


sobre a Contabilidade e assinale a opção que apresenta a ordem correta: “A Contabilidade tem
como objeto o(a) _______, e a(o) seu(ua) _______ é fornecer informações para seus _______.
a) Empresa, finalidade, sócios;
b) Patrimônio, finalidade, usuários;
c) Empresa, objeto, diretores;
d) Patrimônio, objetivo, auditores.

O objeto da contabilidade é o PATRIMÔNIO e o seu OBJETIVO/FINALIDADE é fornecer informa-


ções para seus USUÁRIOS.
Letra b.

072. (AOCP/PC-ES/PERITO CRIMINAL/2019) Nos termos da legislação societária, o prejuízo


do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos(as)
a) reservas de capital, pelas reservas de lucros e pelas provisões antes das participações
societárias.
b) lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal.
c) participações estatutárias, pelos dividendos distribuídos e pelos lucros acumulados.
d) lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pelas reservas de reavaliação.
e) reservas de reversão de provisões, pelos lucros acumulados e pela reserva legal.

Conforme estabelece o parágrafo único do artigo 189 da Lei n. 6.404/1976 o prejuízo do exercí-
cio será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela
reserva legal, nessa ordem.
Letra b.

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073. (COSEAC/UFF/AUDITOR/2019) “Sociedades de Grande Porte” foi um conceito incorpo-


rado ao cenário contábil brasileiro, basicamente com o objetivo de agregar mais transpa-
rência às informações das empresas constituídas sobre a forma de sociedades limitadas. A
exigência para essas empresas serem submetidas à auditoria independente foi incorporada
à Lei n. 6.404/1976 pelo(a):
a) Comissão de Valores Mobiliários – CVM, através de uma de suas resoluções.
b) Receita Federal do Brasil – RFB, a partir de sua legislação tributária.
c) novo Código Civil.
d) exigência da Lei n. 11.638/2007.
e) resolução expedida pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON.

A Lei n. 11.638/2007 apresentou o conceito de “empresas de grande porte” e determinou


que estas empresas deverão seguir os ditames estabelecidos pela Lei n. 6.404/1976, da se-
guinte forma:

Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedades
por ações, as disposições da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre escrituração e ela-
boração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor
registrado na Comissão de Valores Mobiliários.
Letra d.

074. (UFG/UFG/CONTADOR/2019) As demonstrações contábeis, juntamente com as no-


tas explicativas que as integram, devem permitir a adequada compreensão, interpretação
e análise: (i) da situação patrimonial e financeira da entidade em determinada data; e (ii)
das transações realizadas pela entidade no período findo nessa data. Pelo artigo 176 da Lei
n. 6.404/1976, alterado pela Lei n. 11.638/2007, as demonstrações contábeis obrigatórias,
acompanhadas das notas explicativas, são:
I – Balanço Patrimonial.
II – Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados.
III – Parecer do Conselho Fiscal.
IV – Demonstração de Fluxo de Caixa.
V – Demonstração de Origens e Aplicação de Recursos.
Destas, de acordo com a Lei n. 11.638/2007, são obrigatórias apenas
a) I, II, V.
b) I, II, IV.
c) I, II, III, IV.
d) I, II, V
e) I, II, IV, V.

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Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil
da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:

I – balanço patrimonial;
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.

A DOAR foi substituída pela DFC, assim, não é mais obrigatória.


Letra b.

075. (FGV/DPE-MT/CONTADOR/2015) De acordo com a Lei n. 11.638/2007, assinale a opção


que indica a conta que não deve constar do patrimônio líquido de uma empresa brasileira,
constituída na forma de sociedade por ações, na data do encerramento do exercício social.
a) Lucros Acumulados.
b) Prejuízos Acumulados.
c) Reservas de Capital.
d) Ações em tesouraria.
e) Reserva para Contingências.

Esta questão exige atenção ao enunciado. A Lei n. 11.638/2007 alterou a Lei n. 6.404/1976.
Uma das alterações foi a mudança da composição do Patrimônio Líquido.

Art. 1º O Art 178 passa a vigorar com a seguinte redação:


Art. 178..........................................................
d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimo-
nial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.

Antes da mudança na lei era prevista, no patrimônio líquido, a conta lucro ou prejuízo
acumulado.
Letra a.

076. (FGV/DPE-MT/CONTADOR/2015) As reservas de capital podem ser utilizadas para as


finalidades listadas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Incorporação de capital.

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b) Pagamento de dividendo cumulativo a ações preferenciais, com prioridade no seu recebi-


mento, quando essa vantagem for assegurada pelo estatuto social.
c) Resgate, reembolso ou compra de ações.
d) Pagamento de contingências em situação de organização societária.
e) Absorção de prejuízos, quando esses ultrapassarem as reservas de lucros.

Segundo a Lei n. 6.404/1976 no seu artigo 200, os valores apresentados nas reservas de ca-
pital somente poderão ser utilizados para:
• absorção dos prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros;
• resgate, reembolso ou compra de ações;
• resgate de partes beneficiárias;
• incorporação ao capital social;
• pagamento de dividendos a ações preferenciais.
A reserva de capital não é utilizada para pagamento de contingências.
Letra d.

077. (FGV/AL-RO/CONTADOR/2018) As demonstrações contábeis normalmente são elabo-


radas tendo como premissa que a entidade está em atividade e irá manter-se em operação
por um futuro previsível.
De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico (R1) – Estrutura Conceitual para elabora-
ção e divulgação de relatório Contábil-financeiro, essa premissa é chamada de
a) continuidade.
b) entidade.
c) essência sobre a forma.
d) comparabilidade.
e) tempestividade.

O CPC 00 estabelece que as demonstrações contábeis são normalmente elaboradas com


base na suposição de que a entidade que reporta está em CONTINUIDADE operacional e con-
tinuará em operação no futuro previsível. Assim, presume-se que a entidade não tem a inten-
ção nem a necessidade de entrar em liquidação ou deixar de negociar.
Letra a.

078. (FGV/DPE-MT/CONTADOR/2015) Assinale a opção que indica uma das mudanças insti-
tuídas pela Lei n. 11.941/2009.
a) Proibição da reavaliação de ativos.
b) Extinção do grupo Ativo Permanente.

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c) Extinção do grupo Ativo Diferido.


d) Exigência do teste de recuperabilidade de alguns ativos.
e) Retirada da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) como demons-
tração contábil obrigatória.

As principais alterações trazidas pela Lei n. 11.941/2009 são:


• classificação do Ativo em Circulante e Não Circulante;
• acabou com o Ativo Permanente.
• acabou com subgrupo “ativo diferido”.
• acabou com o grupo “resultado de exercícios futuros”.
• criou do Regime Tributário de Transição (RTT).
Assim, na minha visão tem duas respostas certas, a letra b e a letra c.
As demais alterações foram feitas pela Lei n. 11.638/2007.
Letra b.

079. (FGV/DETRAN-RN/CONTADOR/2010) Os demonstrativos adotados internacionalmente


pelas empresas e que, a partir da Lei n. 11638/07 representam também os demonstrativos
contábeis obrigatórios para as empresas brasileiras, além do Balanço Patrimonial, Demons-
tração do Resultado do Exercício e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, são:
a) Demonstração dos Lucros Acumulados e Demonstração das Origens e Aplicações
de Recursos.
b) Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado.
c) Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração do Valor Adicionado.
d) Demonstração das Reservas de Lucros e Demonstração do Fluxo de Caixa.
e) Notas Explicativas e Demonstração de Lucros e Prejuízos.

A Lei n. 6.404/1976 que foi alterada pela Lei n. 11.638/2007 apresenta as seguintes demons-
trações obrigatórias:

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mer-
cantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I – balanço patrimonial;
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado

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Desta forma foram incluídas a DFC e a DVA.


Letra b.

Norma Brasileira de Contabilidade Técnica do Setor Público – NBC


TSP – Estrutura Conceitual, de 23 de Setembro de 2016
No dia 23 de setembro de 2016, o CFC – Conselho Federal de Contabilidade nos presen-
teou com uma bela norma, a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL – estrutura conceitual para
elaboração e divulgação de informação contábil pelas Entidades do Setor Público. A norma
teve os seus efeitos aplicados a partir de 1º de janeiro de 2017.
Esta norma chegou a bom tempo e vai ajudar muito na padronização da contabilidade pú-
blica, pois sabe-se que a legislação que regulamenta a contabilidade pública brasileira data
de 1964 e não reflete os avanços pelos quais estão passando a contabilidade e a sociedade.
É importante destacar que esta norma é parte do processo de convergência das Normas
Brasileiras de Contabilidade aos padrões internacionais e ela foi elaborada de acordo com o
Pronunciamento intitulado The Conceptual Framework for General Purpose Financial Repor-
ting by Public Sector Entities, emitido pelo IFAC (International Federation of Accountants).
No Brasil, estão submetidos à norma os governos nacionais, estaduais, distritais e muni-
cipais e seus respectivos poderes, incluindo os Tribunais de Contas, Defensorias e Ministério
Público. Ainda, incluem-se órgãos, secretarias, departamentos, agências, autarquias, funda-
ções instituídas e mantidas pelo poder público, fundos, consórcios públicos e outras repar-
tições públicas congêneres da administração direta e indireta, abrangendo aí as empresas
estatais dependentes, como, por exemplo, a Embrapa.
As informações sobre a norma são:
Número da resolução: 2016/NBCTSP-EC
Descrição: Aprova a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL
Data de Publicação no Diário Oficial da União: 04/10/2016
Resolução em vigor: SIM
Resolução foi alterada: NAO
Resolução foi revogada: NAO
Ementa: Aprova a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para Elabora-
ção e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público
Esta Resolução revogou a(s) seguinte(s) Resolução(ões):
2011/001367 – Altera o Apêndice II da Resolução CFC n. 750/93, – D.O.U de 29/11/2011
2010/001282 – Atualiza e consolida dispositivos da Resolução CFC 750/93 – D.O.U de
02/06/2010
2007/001111 – Apêndice II-Res. CFC 750/93 – Princípios Fundamentais de Contabilidade
– D.O.U de 05/12/2007

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1993/000750 – Princípios Fundamentais Contabilidade – D.O.U de 31/12/1993


Meu objetivo nesta aula é falar sobre um ponto específico nela apresentado: a revogação
da Resolução CFC n. 750, que aprovou os princípios contábeis e a revogação das demais re-
soluções relacionadas aos princípios contábeis, em especial a Resolução CFC n. 1.282/2010.
Antes de adentrar na revogação propriamente dita, é importante destacar que a sustenta-
ção científica da contabilidade apresentava que os Princípios de Contabilidade representam
o núcleo central da própria Contabilidade, na sua condição de ciência social, sendo a ela ine-
rentes, ou seja, a contabilidade é baseada nos princípios.
Destacava também que os princípios constituem sempre as vigas-mestras de uma ci-
ência, revestindo-se dos atributos de universalidade e veracidade, conservando validade em
qualquer circunstância.
Com base na premissa da Universalidade, os princípios devem ser respeitados tanto na
contabilidade aplicada ao setor privado, quanto na contabilidade aplicada ao setor público.
Desta forma não existem princípios para a contabilidade pública e princípios para contabili-
dade privada, o que existem são princípios para a contabilidade.

Ao revogar a resolução que trata dos princípios contábeis, o CFC deixa claro que os princípios
são parte das informações apresentadas e, agora são tratados nos pressupostos básicos e
atributos qualitativos das informações apresentados na estrutura conceitual.

Hoje a base de sustentação dos registros e da apresentação das informações contábeis


são os pronunciamentos contábeis, em especial os seguintes “pronunciamentos conceituais
básicos – Estruturas Conceituais”.
• NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação
de Relatório Contábil-financeiro pelas entidades do setor privado, é o CPC 00 R2.
• NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulga-
ção de Informação Contábil de Propósito Geral pelas entidades do setor público.

Para entender melhor o assunto vou falar um pouco sobre o que é o processo de conver-
gência das normas nacionais às internacionais.
A convergência visa contribuir no desenvolvimento do país, mediante reforma nos norma-
tivos contábeis no setor público e privado. É ponto pacífico que a adoção de normas interna-
cionais de contabilidade pelas empresas brasileiras e pelo governo facilita a captação de re-
cursos no mercado global, pois as informações aqui apresentadas são as mesmas requeridas
nos Países investidores.
O órgão orientador contábil internacional é o IASB – International Accounting Standards
Board, que emite as IFRS – International Financial Reporting Standards. O IASB tem como obje-

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tivo desenvolver um conjunto único de pronunciamentos contábeis de alta qualidade, compre-


ensíveis, exequíveis e aceitáveis globalmente que serão aplicados, após aprovação, no Países
do mundo todo.
No Brasil, o processo de convergência às normas internacionais teve início com as alte-
rações da lei das Sociedades Anônimas (6.404/1976), promovidas pelas Leis n. 11.638/2007
e 11.941/2009. Com as mudanças na Lei, a CVM – Comissão de Valores Mobiliários – teve
autorização legal para normatizar a contabilidade de acordo com os padrões internacionais,
além disto, foi permitindo que os órgãos reguladores firmassem convênio para agilizar a
emissão de novas normas. Veja o que a lei estabeleceu:

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mer-
cantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos
órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral.
7º A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu critério, disciplinar de forma diversa o registro
de que trata o § 3º deste artigo. (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência
aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente
aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as muta-
ções patrimoniais segundo o regime de competência.
§ 3º As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expe-
didas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por
auditores independentes nela registrados. (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
§ 5º As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 3º deste artigo
deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados
nos principais mercados de valores mobiliários. (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007)
Art. 5º A Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 10-A:
Art. 10-A. A Comissão de Valores Mobiliários, o Banco Central do Brasil e demais órgãos e agên-
cias reguladoras poderão celebrar convênio com entidade que tenha por objeto o estudo e a di-
vulgação de princípios, normas e padrões de contabilidade e de auditoria, podendo, no exercício
de suas atribuições regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os pronunciamentos e demais
orientações técnicas emitidas.
Parágrafo único. A entidade referida no caput deste artigo deverá ser majoritariamente composta
por contadores, dela fazendo parte, paritariamente, representantes de entidades representativas de
sociedades submetidas ao regime de elaboração de demonstrações financeiras previstas nesta Lei,
de sociedades que auditam e analisam as demonstrações financeiras, do órgão federal de fiscaliza-
ção do exercício da profissão contábil e de universidade ou instituto de pesquisa com reconhecida
atuação na área contábil e de mercado de capitais.

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Assim, em razão da necessidade de convergência e a centralização na emissão de normas


dessa natureza, começou a ganhar destaque na área contábil o Comitê de Pronunciamentos
Contábeis – CPC.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, criado pela resolução CFC n º 1.055/2005,
foi idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos da Associação Brasileira
das Companhias Abertas (ABRASCA), Associação dos Analistas e Profissionais de Investimen-
to do Mercado de Capitais (APIMEC), Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA), Conse-
lho Federal de Contabilidade (CFC), instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON)
e Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI; notem que,
exceto pelo CFC e pela FIPECAFI, ele é formado por entidades ligadas ao mercado de capitais,
mercado este controlado pela CVM.
O CPC tem como objetivos o estudo, o preparo e emissão de Pronunciamentos Técnicos,
suas interpretações e orientações sobre procedimentos de contabilidade societária e a divul-
gação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pelas entidades re-
guladoras brasileiras, visando à uniformização do seu processo de produção, levando sempre
em conta a convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais.
Em 2015, em razão da necessidade de se aprimorar a Contabilidade Aplicada ao setor Pú-
blico – CASP, o Conselho Federal de Contabilidade criou uma comissão para avançar no pro-
cesso de convergência das NBC TSP às orientações internacionais. Adotou-se a estratégia
de convergência integral às normas emitidas pelo IFAC (A Federação Internacional de Con-
tadores (IFAC) é uma organização global que representa que estabelece e promove normas
internacionais, e fala pela profissão em questões de políticas públicas) ou seja, as normas
internacionais passariam a ser traduzidas e adaptadas, sempre que necessário, à realidade
brasileira.

A convergência da contabilidade privada seguiu orientações do IASB e da contabilidade públi-


ca seguiu orientações do IFAC.

Da mesma forma como ocorreu no processo de convergência da contabilidade do setor


privado, a primeira norma da área pública convergida foi a NBC TSP Estrutura Conceitual –
Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito
Geral pelas Entidades do Setor Público, publicada no DOU do dia 4 de outubro de 2016.
Com isso, os Princípios de Contabilidade, sob o ponto de vista das Estruturas Conceituais
dos setores privado e público, passaram a ser comportados dentro das normas específicas,
respectivamente, a NBC TG Estrutura Conceitual (Resolução n. 1.374/2011) e NBC TSP Estru-
tura Conceitual.
Voltando ao assunto base deste material, e os princípios?

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Segundo o CFC, nas resoluções revogadas, os princípios estão obrigatoriamente presentes


na formulação das Normas Brasileiras de Contabilidade, são verdadeiros pilares do sistema
de normas e não podem sofrer qualquer restrição na sua observância, ou seja, eles devem
ser respeitados. Contudo, esta determinação conflituava com algumas orientações e pronun-
ciamentos do CPC e consequentemente do próprio CFC, principalmente nos ajustes às novas
orientações contábeis, como a essência econômica sobre a forma, a neutralidade entre outras.
Assim, o CFC revogou a norma que tratava dos princípios e posteriormente deixou claro
que a revogação da Resolução n. 750/1993 não implica na extinção dos princípios contábeis
no Brasil, mas sim, a convergência deles para os pronunciamentos básicos, sob um novo con-
texto conceitual.
Na verdade, o Brasil passou a contar com uma Estrutura Conceitual que é estruturada em
capítulos e temas que serão aplicados conforme as necessidades da empresa, respeitando
as orientações específicas, e deixou de ter uma norma sobre os princípios, que deveriam ser
aplicados de forma semelhante por todas as empresas.

O PULO DO GATO
O próprio CFC já destacou em suas publicações que revogar a Resolução n. 750/1993 não
significa que os Princípios de Contabilidade estejam extintos. A revogação das resoluções
visa à unicidade conceitual, indispensável para evitar divergências na concepção doutrinária
e teórica, que poderiam comprometer aspectos formais das Normas Brasileiras de Contabili-
dade (NBCs).

Então, os Princípios de Contabilidade, sob o ponto de vista das Estruturas Conceituais dos
setores privado e público, passaram a ser comportados dentro das normas específicas, respec-
tivamente, a NBC TG Estrutura Conceitual e NBC TSP e por isto, tornou-se necessária e natural
a revogação da Resolução n. 750/1993, para evitar eventual conflito de referência conceitual.
Após a revisão do CPC 00, denominada de revisão R2, de maneira geral, todos os princípios
mencionados na Resolução n. 750/1993 estão na estrutura conceitual original, contudo, apre-
sentados em contexto teórico diferente e denominados de pressupostos básicos.
Na estrutura conceitual é possível identificar a necessidade de destacar a continuidade
da empresa (CONTINUIDADE); a importância da oportunidade das informações em respeito
à tempestividade (OPORTUNIDADE), o respeito ao registro do valor original e outras bases de
mensuração (REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL), a competência de exercícios na apuração
do desempenho econômico (COMPETÊNCIA) e o princípio da ENTIDADE aparece quando a
Estrutura Conceitual destaca a necessidade da identificação da “entidade que reporta a infor-
mação”. E em 2019, com a reinclusão da PRUDÊNCIA como apoio à neutralidade, o conjunto
dos princípios está completo.

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É importantíssimo destacar que independente de norma, o objetivo científico da Contabilidade


continua diretamente relacionado com a correta apresentação das informações sobre o Patri-
mônio e com a apreensão e análise das causas das suas mutações.

As estruturas básicas CPC 00 R2 e a NBCTSP deixam claro que a contabilidade tem por
objetivo divulgar informações úteis mostrando os fatos que as fundamentam; inclusive o pro-
nunciamento conceitual básico destaca que se a informação Contábil-financeira é para ser
útil, ela precisa ser relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar. A
utilidade da informação Contábil-financeira é melhorada se ela for comparável, verificável, tem-
pestiva e compreensível. Estas são as características qualitativas das informações contábeis.
Em 2011, na primeira revisão feita sobre o pronunciamento básico para as entidades pri-
vadas, o CPC destacou que a característica essência sobre a forma foi formalmente retirada
da condição de componente separado da representação fidedigna, por ser considerado isso
uma redundância.
O CPC deixou claro que a representação pela forma legal que difira da substância econô-
mica não pode resultar em representação fidedigna. Assim, essência sobre a forma passou a
ser a bandeira insubstituível nas normas do IASB, e passa a ser a premissa básica da infor-
mação contábil.
Outro ponto muito importante desta revisão, e aí conflitando diretamente com o princípio
contábil da prudência, foi que a característica da prudência (conservadorismo) foi retirada da
condição de aspecto da representação fidedigna por ser inconsistente com a neutralidade.
Desta forma, as informações fidedignas devem ser neutras e não prudentes.
Em 2019, o CPC revisou novamente o CPC 00 e apresentou a revisão R2, por meio dela
decidiu incluir a prudência novamente; agora a prudência passou a ser uma base de análise
da neutralidade ao estabelecer as estimativas contábeis, especialmente as estimativas para
perdas do ativo e as provisões passivas.
Na classe contábil, a revogação dos princípios criou clima de “falta de base científica” e
isto fez com que o CFC se pronunciasse sobre o assunto da seguinte forma:

 Obs.: Por Maristela Girotto


 Comunicação CFC
 Com informações: Grupo Assessor do CFC para o setor público
 Instrumento fundamental do processo de convergência das Normas Brasileiras de
Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBC TSP) ao padrão internacional, edita-
do pela Federação Internacional de Contadores (Ifac, na sigla em inglês), a Estrutura

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Conceitual (NBC TSP EC) foi publicada pelo Conselho Federal de Contabilidade no dia
4 de outubro de 2016. Esta norma antecede a convergência das demais, apresentando
os conceitos basilares para a elaboração e divulgação de informação contábil de pro-
pósito geral pelas entidades do setor público. Até o final de 2016, serão publicadas as
primeiras cinco NBC TSP convergidas, produzindo efeitos a partir de janeiro de 2017.
 Ao ser publicada no Diário Oficial da União (DOU), a NBC TSP EC revogou as resoluções
do CFC que aprovaram as normas aplicáveis ao setor público NBC T 16.1 a 16.5, parte
da NBC T 16.6 e, ainda, a Resolução n. 750/1993, que dispõe sobre os Princípios de
Contabilidade, e a 1.111/2007, que trata da interpretação dos princípios sob a perspec-
tiva da área pública.
 Revogar a Resolução n. 750/1993, porém, não significa que os Princípios de Contabili-
dade estejam extintos. A revogação das resoluções visa à unicidade conceitual, indis-
pensável para evitar divergências na concepção doutrinária e teórica, que poderiam
comprometer aspectos formais das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs).
 Para orientação geral e esclarecimentos que possam vir a ser necessários sobre a
revogação da Resolução n. 750/1993 e seu apêndice, a Resolução n. 1.111/2007, o
CFC traz à luz os fatos, providos do necessário contexto histórico, relativos à revoga-
ção das duas resoluções e à realocação dos Princípios de Contabilidade em Estruturas
Conceituais específicas:
 Contexto
 Em 2008, quando se iniciou o processo de convergência das normas contábeis brasi-
leiras aos padrões internacionais – International Financial Reporting Standards (IFRS),
para o setor privado, e International Public Sector Accounting Standards (Ipsas), para
a área pública –, a Resolução n. 750/1993 teve que ser revista em razão da aprova-
ção do “Pronunciamento Conceitual Básico – Estrutura Conceitual para a Elaboração e
Apresentação das Demonstrações Contábeis”, pelo Comitê de Pronunciamentos Con-
tábeis (CPC). Esse Pronunciamento foi referendado pelo CFC e deu origem à NBC T 1 –
Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis
(Resolução n. 1.121/2008).
 Naquele ano, com a publicação da NBC T 1, houve reflexões sobre a oportunidade de
revogação da Resolução n. 750/1993, considerando-se que passariam a coexistir duas
orientações sobre as características da informação contábil do setor privado. Decidiu-
-se, na época, que a resolução não seria revogada porque seria realizada, futuramente,
uma revisão em seu conteúdo para adequação à NBC T 1 e, também, para a manuten-
ção dos princípios para as entidades do setor público.
 Em 2011, a NBC T1 foi revogada pela Resolução n. 1.374, que lhe deu nova redação,
passando a ser intitulada NBC TG Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para Ela-
boração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro.

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 No processo de revisão da Resolução n. 750/1993, surgiram questões como, por exem-


plo, a preponderância de alguns princípios da contabilidade sobre outros – ou seja,
alguns princípios não apresentados na Resolução n. 750/1993 poderiam ser interpre-
tados como de menor relevância, ou não “fundamentais”, gerando dúvidas para os
profissionais.
 Outro ponto considerado no processo de revisão da resolução foi a mudança do con-
texto socioeconômico do Brasil, que levou à necessidade de alguns ajustes, como a
avaliação da aplicabilidade do princípio da atualização monetária no contexto da esta-
bilidade financeira. Desse processo de revisão surgiu a Resolução n. 1.282/2010, alte-
rando a Resolução n. 750/1993.
 A convergência da contabilidade das empresas privadas ao padrão internacional (IFRS)
avançou rapidamente. Enquanto isso, a Contabilidade Aplicada ao Setor Público (Casp)
iniciava a busca por padrões internacionais e carecia de uma Estrutura Conceitual que
pudesse ampliar os princípios da contabilidade sob a perspectiva do setor público.
 As primeiras NBC TSP (NBC T 16.1 a 16.10), editadas em 2008, buscaram compatibi-
lizar as diretrizes dos princípios de contabilidade com a informação contábil do setor
público alinhada aos padrões internacionais.
 Em 2015, em razão da necessidade de se aprimorar a Casp, o Conselho Federal de
Contabilidade criou uma comissão para avançar no processo de convergência das
NBC TSP às Ipsas. Adotou-se a estratégia de convergência integral às Ipsas, ou seja,
as normas internacionais passariam a ser traduzidas e adaptadas, sempre que neces-
sário, à realidade brasileira.
 Da mesma forma como ocorreu no processo de convergência da contabilidade do
setor privado, a primeira norma da área pública convergida foi a NBC TSP Estrutura
Conceitual – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Informação Con-
tábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público, publicada no DOU do dia 4
de outubro de 2016.
 Com isso, os Princípios de Contabilidade, sob o ponto de vista das Estruturas Con-
ceituais dos setores privado e público, passaram a ser comportados dentro das
normas específicas, respectivamente, a NBC TG Estrutura Conceitual (Resolução n.
1.374/2011) e NBC TSP Estrutura Conceitual.
 Diante desses fatos, tornou-se necessária e natural a revogação da Resolução n.
750/1993, para evitar eventual conflito de referência conceitual.
 Considerações
 Alguns professores, de conceituadas universidades brasileiras, dão depoimentos sobre
a revogação da Resolução n. 750/1993:
 “A revogação da Resolução n. 750/1993 me deixou muito satisfeito, porque não é bom
para a contabilidade a existência de duas Estruturas Conceituais para as mesmas enti-

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dades, ainda mais aprovadas pelo mesmo órgão. Acabou agora o meu desconforto.
Desconforto que seria muito maior existindo duas Estruturas Conceituais para entida-
des comerciais e outra para entidades públicas. Assim, acho que, com essa revoga-
ção, o CFC está agindo em prol da unificação de entendimentos, da Contabilidade, da
nossa classe e, inclusive, em prol da simplificação perante nossos usuários. Só tenho
a parabenizar o Conselho Federal.” Eliseu Martins, professor da Universidade de São
Paulo (USP).
 “Desde a aprovação da Resolução n. 1.374/2011 (NBC TG Estrutura Conceitual aplicá-
vel às entidades do setor privado), passamos a conviver com duas Estruturas Concei-
tuais, uma vez que a Resolução n. 750/1993 permaneceu vigente, gerando, em muitas
situações, dúvidas nos profissionais e no âmbito da academia. Com o processo de
convergência e a recente aprovação da NBC TSP – Estrutura Conceitual para a Ela-
boração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do
Setor Público me parece oportuna a revogação da Resolução n. 750/1993, contribuin-
do, assim, para um adequado alinhamento, em nível internacional, e melhor compreen-
são por parte de todos os que militam na contabilidade ou dela são usuários.” Ernani
Ott, professor da Unisinos e diretor presidente da Associação Nacional de Programas
de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (Anpcont).
 “Muito oportuna a revogação da Resolução n. 750/1993, com a aprovação da NBC
TSP – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de
Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público. Acadêmicos e profissionais das enti-
dades privadas finalmente contam com uma única base conceitual, a NBC TG Estrutu-
ra Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro. Agora,
são duas estruturas conceituais qualificadas para a análise e a aplicação de normas
contábeis pertinentes à cada área: pública e privada. Deve-se reconhecer, mais uma
vez, a atuação criteriosa do Conselho Federal de Contabilidade no processo de conver-
gência, promovendo melhor compreensão das normas contábeis pelos profissionais
e usuários da contabilidade.” Márcia Martins Mendes De Luca, professora da Univer-
sidade Federal do Ceará e Coordenadora Adjunta da área de Administração, Ciências
Contábeis e Turismo da Capes.
 “A recente revogação da Resolução n. 750/1993 não implica na extinção dos princí-
pios contábeis no Brasil. Na verdade, após a aprovação da Resolução 1.374/2011, o
Brasil passou a contar com uma Estrutura Conceitual (EC/11). Enquanto a Resolução
n. 750/1993 era estruturada em ‘princípios’, a EC/11 é estruturada em capítulos, como,
por exemplo, o do objetivo ou o das características qualitativas.
 De maneira geral, podemos ver que todos os princípios mencionados na Resolução n.
750/1993 também estão na EC, com exceção do da prudência. O ‘de/para’ da Resolu-
ção n. 750/1993 é apresentado a seguir, com os respectivos parágrafos da Estrutura
Conceitual entre parênteses: continuidade (4.1), oportunidade (QC12 e QC19), registro
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do valor original e outras bases de mensuração (4.54 a 4.56), competência (OB17 a


OB20). Em relação ao princípio da entidade, a EC faz menção à “entidade que reporta
a informação”. É importante destacar que uma versão revisada da EC deverá ser emi-
tida em breve pelo International Accounting Standards Board (Iasb). A versão revisada
dedicará um capítulo ao conceito de ‘entidade’ e deve reintroduzir o conceito de ‘pru-
dência’, que não significa antecipar as ‘más notícias’ e postergar as ‘boas notícias’,
mas, sim, exigir cautela em julgamentos sob condições de incerteza.
 Concluindo, existem formas diferenciadas de estruturar os conceitos fundamentais
que temos em Contabilidade, mas tenham certeza de que sempre estarão vivos e con-
tinuarão sendo a estrela-guia para o desenvolvimento dos pronunciamentos e das
decisões a serem tomadas pelos profissionais.” Fábio Moraes da Costa, professor da
Fucape Business School.
 “Os Princípios Fundamentais de Contabilidade aprovados e editados pela Resolução
n. 750/1993 foram de significativa importância para a melhoria do arcabouço teórico-
-normativo da Contabilidade no Brasil e suas contribuições são de incontestável rele-
vância para a qualidade da informação produzida pelas práticas contábeis. Contudo, a
dinâmica da economia e a gestão dos negócios, em âmbito global, exigem unicidade
de regras e procedimentos para obtenção de informação justa que, para ser entendida
como tal, deve propugnar a ausência de dualidade e a redução de viés, para ser com-
preendida com singularidade pelos usuários. Neste contexto, a coexistência dos prin-
cípios editados pela Resolução n. 750/1993 com a estrutura conceitual vigente, em
função da adoção do padrão IFRS, contribui para inquietação de operadores e usuários
na escolha da referência conceitual. Assim, como ente instituído para velar pelo regra-
mento contabilístico aplicado no Brasil, o CFC age com prudência e acerto, eliminando
a possibilidade de conflito normativo, ao revogar a Resolução n. 750/1993, conside-
rando a inserção do Brasil no padrão internacional.” José Antonio de França, professor
do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília (UnB).
 “A adoção das IFRS pressupõe igualmente a observância da estrutura conceitual apro-
vada pelo Iasb, visto que é a base utilizada pelo Board para desenvolver as normas inter-
nacionais, bem como para analisar questões relativas à aplicação consistente dessas
normas. Adicionalmente, a estrutura conceitual do Iasb auxilia as entidades a avaliar
alternativas e desenvolver políticas contábeis, com base em princípios que promovam
a representação fidedigna dos eventos econômicos nas situações em que nenhuma
IFRS específica se aplique a determinada transação ou, ainda, quando a norma existen-
te permite a definição de política contábil, mediante a inclusão de opções para o reco-
nhecimento de tais eventos. Finalmente, além do Iasb e das entidades responsáveis
pela elaboração e divulgação de relatórios financeiros, a estrutura conceitual facilita a
compreensão e a interpretação das IFRS pelos usuários.” Amaro Gomes, membro do
International Accounting Standards Board (Iasb).

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Lei n. 6.404/1976
Claudio Zorzo

O PULO DO GATO
Leia com calma as considerações apresentadas pelos professores, muitas delas poderão ser
cobradas em provas.

Como a estrutura conceitual entra em vigor na data de sua publicação em 05/10/16, tendo
os seus efeitos aplicados a partir de 1º de janeiro de 2017, a partir de 2017, a base de sus-
tentação das informações contábeis são: a primazia da essência econômica sobre a forma
jurídica; os atributos qualitativos fundamentais e de melhoria, conforme os pressupostos bá-
sicos do registro pelo valor original ajustado, da competência, da oportunidade, da continui-
dade, da entidade e agora também da prudência.

Princípios Contábeis
Os princípios de Contabilidade representam o núcleo central da própria contabilidade, na
sua condição de ciência social, sendo a ela inerentes. Constituem sempre as vigas-mestras
de uma ciência, revestindo-se dos atributos de universalidade e veracidade, conservando va-
lidade em qualquer circunstância.
No caso da contabilidade, presente seu objeto, seus princípios de contabilidade valem
para todos os patrimônios, independentemente das Entidades a que pertencem, as finalida-
des para as quais são usados, a forma jurídica da qual estão revestidos, sua localização, ex-
pressividade e quaisquer outros qualificativos, desde que gozem da condição de autonomia
em relação aos demais patrimônios existentes.
Os princípios contábeis constituem normas que representam a essência da ciência con-
tábil, por isto a observância dos princípios contábeis é obrigatória no exercício da profissão e
constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Na aplica-
ção dos princípios contábeis em situações concretas a essência das transações deve preva-
lecer sobre seus aspectos formais.

Nos princípios científicos jamais pode haver hierarquização formal, dado que eles são os ele-
mentos predominantes na constituição de um corpo orgânico, proposições que se colocam
no início de uma dedução, e são deduzidos de outras dentro do sistema. Nas ciências sociais,
os princípios se colocam como axiomas, premissas universais e verdadeiras, assim admitidas
sem necessidade de demonstração, ultrapassando, pois, a condição de simples conceitos.

Os princípios, na condição de verdades primeiras de uma ciência, jamais serão diretivas


de natureza operacional, característica essencial das normas – expressões de direito positi-

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vo, que a partir dos princípios, estabelecem ordenamentos sobre o “como fazer”, isto é, téc-
nicas, procedimentos, métodos, critérios etc., tanto nos aspectos substantivos, quanto nos
formais. Dessa maneira, alcança-se um todo organicamente integrado, em que, com base nas
verdades gerais, se chega ao detalhe aplicado, mantidas a harmonia e coerência do conjunto.
Os princípios simplesmente são e, portanto, preexistem às normas, fundamentando e jus-
tificando a ação, enquanto aquelas a dirigem na prática. No caso brasileiro, os princípios
estão presentes na formulação das Normas Brasileiras de Contabilidade, verdadeiros pilares
do sistema de normas, que estabelecerá regras sobre a apreensão, o registro, relato, demons-
tração e análise das variações sofridas pelo patrimônio, buscando descobrir suas causas, de
forma a possibilitar a feitura de prospecções sobre a Entidade e não podem sofrer qualquer
restrição na sua observância.
Em termos de conteúdo, os princípios dizem respeito à caracterização da Entidade e do
patrimônio, à avaliação dos componentes deste e ao reconhecimento das mutações e dos
seus efeitos diante do patrimônio líquido.
Como os princípios alcançam o patrimônio na sua globalidade, sua observância nos pro-
cedimentos aplicados resultará automaticamente em informações de utilidade para decisões
sobre situações concretas. Esta é a razão pela qual os objetivos pragmáticos da contabilida-
de são caracterizados pela palavra “informação”.
Desta forma, os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teo-
rias relativas à ciência da contabilidade, consoante o entendimento predominante nos univer-
sos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à contabilidade no seu sentido
mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.

Nos princípios científicos jamais pode haver hierarquização formal, dado que eles são os ele-
mentos predominantes na constituição de um corpo orgânico.

Segundo a resolução CFC n. 750/1993, modificada pelas Resoluções n. 1.111/2007 e n.


1.367/2011, são princípios de contabilidade sob a perspectiva do setor público:

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Entidade
O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afir-
ma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular
no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um
conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com
ou sem fins lucrativos.
Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus
sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação


contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de
natureza econômico-contábil.

O cerne do Princípio da ENTIDADE está na autonomia do patrimônio a ela pertencente. O


Princípio em exame afirma que o patrimônio deve revestir-se do atributo de autonomia em
relação a todos os outros patrimônios existentes, pertencendo a uma entidade, no sentido de
sujeito suscetível à aquisição de direitos e obrigações. A autonomia tem por consequência o
fato de que o patrimônio de uma entidade jamais pode confundir-se com aqueles dos seus
sócios ou proprietários.
A entidade poderá ser desde uma pessoa física, ou qualquer tipo de sociedade, instituição
ou mesmo conjuntos de pessoas, tais como:

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• famílias;
• empresas;
• governos, nas diferentes esferas do poder;
• sociedades beneficentes, religiosa, culturais, esportivas, de lazer, técnicas;
• sociedades cooperativas;
• fundos de investimento e outras modalidades afins.

O patrimônio, na sua condição de objeto da Contabilidade, é, no mínimo, aquele juridica-


mente formalizado como pertencente à entidade, com ajustes quantitativos e qualitativos
realizados em consonância com os princípios da própria Contabilidade.
A autonomia patrimonial apresenta sentido unívoco. Por consequência, o patrimônio pode
ser decomposto em partes segundo os mais variados critérios, tanto em termos quantitati-
vos quanto qualitativos. Mas nenhuma classificação, mesmo que dirigida sob ótica setorial,
resultará em novas entidades.
Carece, pois, de sentido, a ideia de que as divisões ou departamentos de uma entidade
possam constituir novas entidades, ou “microentidades”, precisamente porque sempre lhes
faltará o atributo da autonomia.
A única circunstância em que poderá surgir nova entidade, será aquela em que a proprie-
dade de parte do patrimônio de uma entidade, for transferida para outra unidade, eventual-
mente até criada naquele momento. Mas, no caso, teremos um novo patrimônio autônomo,
pertencente a outra entidade. Na contabilidade aplicada, especialmente nas áreas de custos
e de orçamento, trabalha-se, muitas vezes, com controles divisionais, que podem ser extra-
ordinariamente úteis, porém não significam a criação de novas Entidades, precisamente pela
ausência de autonomia patrimonial.

Perspectivas do Setor Público

O Princípio da Entidade se afirma, para o ente público, pela autonomia e responsabilização


do patrimônio a ele pertencente.
A autonomia patrimonial tem origem na destinação social do patrimônio e a responsabi-
lização pela obrigatoriedade da prestação de contas pelos agentes públicos

Continuidade
O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro
e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta
esta circunstância.
O Princípio da continuidade, à semelhança do da prudência, está intimamente ligado com
o da competência, formando-se uma espécie de trilogia. A razão é simples: a continuidade

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diz respeito diretamente ao valor econômico dos bens, ou seja, ao fato de um ativo manter-se
nesta condição ou transformar-se, total ou parcialmente quando há previsão de encerramen-
to das atividades da Entidade, com o vencimento antecipado ou o surgimento de exigibilida-
des. Nesta última circunstância, sua ligação será com o princípio da oportunidade.
A denominação “Princípio da Continuidade”, como também a de “entidade em marcha”,
ou “going concern”, é encontrada em muitos sistemas de normas no exterior e também na
literatura contábil estrangeira, embora o princípio da continuidade também parta do pressu-
posto de que a entidade deva concretizar seus objetivos continuamente – o que nem sempre
significa a geração de riqueza no sentido material –, não se fundamenta na ideia de entidade
em movimento.
O motivo é simples, pois uma entidade com suas atividades reduzidas ou suspensas tem-
porariamente continuará a ser objeto da contabilidade enquanto dispuser de patrimônio.

Perspectivas do Setor Público

No âmbito da entidade pública, a continuidade está vinculada ao estrito cumprimento da


destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá enquanto per-
durar sua finalidade.
Portanto, se o órgão público deixar de atender à finalidade de sua criação, ele estará vio-
lando o princípio da continuidade.

Oportunidade
O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação con-
tábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre
a oportunidade e a confiabilidade da informação.
O princípio da OPORTUNIDADE exige a apreensão, o registro e o relato de todas as varia-
ções sofridas pelo patrimônio de uma entidade, no momento em que elas ocorrerem. Cumpri-
do tal preceito, chega-se ao acervo máximo de dados primários sobre o patrimônio, fonte de
todos os relatos, demonstrações e análises posteriores, ou seja, o Princípio da Oportunidade
é a base indispensável à fidedignidade das informações sobre o patrimônio da Entidade, rela-
tivas a um determinado período e com o emprego de quaisquer procedimentos técnicos.
É o fundamento daquilo que muitos sistemas de normas denominam de “representação
fiel” pela informação, ou seja, que esta espelhe com precisão e objetividade as transações e
eventos a que concerne. Tal tributo é, igualmente, exigível em qualquer circunstância, a co-
meçar sempre nos registros contábeis, embora as normas tendem a enfatizá-lo nas demons-
trações contábeis.

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O princípio da oportunidade deve ser observado, como já foi dito, sempre que haja varia-
ção patrimonial, cujas origens principais são, de forma geral, as seguintes:
a) transações realizadas com outras Entidades, formalizadas mediante acordo de vonta-
des, independentemente da forma ou da documentação de suporte, como compra ou venda
de bens e serviços;
b) eventos de origem externa, de ocorrência alheia à vontade da administração, mas com
efeitos sobre o Patrimônio, como modificações nas taxas de câmbio, quebras de clientes,
efeitos de catástrofes naturais etc.;
c) movimentos internos que modificam predominantemente a estrutura qualitativa do
Patrimônio, como a transformação de materiais em produtos semifabricados ou destes em
produtos prontos, mas também a estrutura quantitativo-qualitativa, como no sucateamento
de bens inservíveis.

O Princípio da OPORTUNIDADE abarca dois aspectos distintos, mas complementares: a inte-


gridade e a tempestividade, razão pela qual alguns autores preferem denominá-los de Princípio
da UNIVERSALIDADE.

O Princípio da OPORTUNIDADE tem sido confundido algumas vezes, com o da COMPE-


TÊNCIA, embora os dois apresentem conteúdos manifestamente diversos. Na oportunidade,
o objetivo está na completeza da apreensão das variações, do seu oportuno conhecimento,
enquanto, na competência, o fulcro está na qualificação das variações diante do Patrimônio
Líquido, isto é, na decisão sobre se estas o alteram ou não. Em síntese, no primeiro caso, te-
mos o conhecimento da variação, e, na competência, a determinação de sua natureza.
A integridade diz respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas na sua tota-
lidade, isto é, sem qualquer falta ou excesso. Concerne, pois, à completeza da apreensão, que
não admite a exclusão de quaisquer variações monetariamente quantificáveis.
Como as variações incluem elementos quantitativos e qualitativos, bem como os aspec-
tos físicos pertinentes, e ainda que a avaliação é regida por princípios próprios, a integridade
diz respeito fundamentalmente às variações em si. Tal fato não elimina a necessidade do
reconhecimento destas, mesmo nos casos em que não há certeza definitiva da sua ocor-
rência, mas somente alto grau de possibilidade. Bons exemplos neste sentido fornecem as
depreciações, pois a vida útil de um bem será sempre uma hipótese, mais ou menos fundada
tecnicamente, porquanto dependente de diversos fatores de ocorrência aleatória. Natural-
mente, pressupõe-se que, na hipótese do uso de estimativas, estas tenham fundamentação
estatística e econômica suficientes.
A tempestividade obriga a que as variações sejam registradas no momento em que ocor-
rerem, mesmo na hipótese de alguma incerteza, na forma relatada no item anterior. Sem o
registro no momento da ocorrência, ficarão incompletos os registros sobre o patrimônio até

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aquele momento, e, em decorrência, insuficientes quaisquer demonstrações ou relatos, e fal-


seadas as conclusões, diagnósticos e prognósticos.

Perspectivas do Setor Público

O Princípio da Oportunidade é base indispensável à integridade e à fidedignidade dos pro-


cessos de reconhecimento, mensuração e evidenciação da informação contábil, dos atos e
dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da entidade pública, observadas as Nor-
mas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público.
A integridade e a fidedignidade dizem respeito à necessidade de as variações serem re-
conhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais
para sua ocorrência, visando ao completo atendimento da essência sobre a forma.

Registro pelo Valor Original


O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio
devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em mo-
eda nacional.
No caso de doações recebidas pela Entidade, também existe a transação com o mundo
exterior com efeito quantitativo e qualitativo sobre o patrimônio.
Como a doação resulta em inegável aumento do Patrimônio Líquido, cabe o registro pelo
valor efetivo da coisa recebida, no momento do recebimento, segundo o valor de mercado.

Este princípio determina a necessidade de se registrar os itens patrimoniais pelo seu valor his-
tórico, ou seja, pelo valor da primeira negociação; contudo, se aceita ajustes ao valor original.
I – Custo histórico.
Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos.
Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obri-
gação ou pelos valores necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações.
II – Variação do custo histórico.

Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, podem sofrer variações


decorrentes dos seguintes fatores:
a) Custo corrente
b) Valor realizável
c) Valor presente
d) Valor justo

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a) Custo corrente.
Os ativos são reconhecidos pelos valores que teriam de ser pagos se esses ativos fossem
adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis.
Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa, não descontados, que seriam ne-
cessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis.
b) Valor realizável.
Os ativos são mantidos pelos valores que poderiam ser obtidos pela venda em uma for-
ma ordenada.
Os passivos são mantidos pelos valores, não descontados, que se espera seriam pagos
para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade.
c) Valor presente.
Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida
de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade.
Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida
de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo.
d) Valor justo.
É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhe-
cedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos e sem compulsoriedade.

Perspectivas do Setor Público

Nos registros dos atos e fatos contábeis será considerado o valor original dos componen-
tes patrimoniais.
Valor Original, que ao longo do tempo não se confunde com o custo histórico, correspon-
de ao valor resultante de consensos de mensuração com agentes internos ou externos, com
base em valores de entrada – a exemplo de custo histórico, custo histórico corrigido e custo
corrente; ou valores de saída – a exemplo de valor de liquidação, valor de realização, valor
presente do fluxo de benefício do ativo e valor justo. Exemplo prático:

EXEMPLO:
a) Em novembro a empresa compra mercadorias no total de R$ 100.000,00, com frete e seguro
de R$ 30.000,00 e carga e descarga de R$ 20.000,00.
b) No fim do ano, ao elaborar o “BP”, a administração levanta as seguintes informações:
I – Preço de reposição de R$ 160.000,00.
II – Preço de venda, a vista, da mercadoria R$ 210.000,00; a margem de lucro e os impostos
estimados na venda eram R$ 40.000,00.
III – Se vender a prazo, o preço é de R$250,000,00.
IV – As mercadorias poderiam ser trocadas no mercado pelo valor de R$ 180.000,00
c) Os valores, segundo o princípio do registro pelo valor histórico ajustado, são os seguintes:

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Custo original: 150.000,00


Custo corrente: 160.000,00
Valor realizável líquido: 170.000,00
Valor presente: 210.000,00
Valor justo: 180.000,00

Competência
O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos
sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou
pagamento.
O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de
despesas correlatas.
A compreensão do princípio da COMPETÊNCIA está diretamente ligada ao entendimento
das variações patrimoniais e sua natureza.
Nestas encontramos duas grandes classes: a daquelas que somente modificam a qua-
lidade ou a natureza dos componentes patrimoniais, sem repercutirem no montante do
patrimônio líquido, e a das que o modificam. As primeiras são denominadas de “quali-
tativas”, ou “permutativas”, enquanto as segundas são chamadas de “quantitativas”, ou
“modificativas”.
Observa-se que o princípio da competência não está relacionado com recebimentos ou
pagamentos, mas sim, com o reconhecimento das receitas geradas e das despesas incorri-
das no período.

Mesmo com desvinculação temporal das receitas e despesas, respectivamente do recebimen-


to e do pagamento, a longo prazo ocorre a equalização entre os valores do resultado contábil
e o fluxo de caixa derivado das receitas e despesas, em razão dos princípios referentes à ava-
liação dos componentes patrimoniais.

Perspectivas do Setor Público

O Princípio da Competência é aquele que reconhece as transações e os eventos na ocor-


rência dos respectivos fatos geradores, independentemente do seu pagamento ou recebi-
mento, aplicando-se integralmente ao Setor Público.

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Prudência
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do
ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente váli-
das para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
A Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamen-
tos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos
e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados,
atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componen-
tes patrimoniais.

A PRUDÊNCIA – de forma a obter-se o menor patrimônio líquido, dentre aqueles possíveis


diante de procedimentos alternativos de avaliação – está restrita às variações patrimoniais
posteriores às transações originais com o mundo exterior, uma vez que estas deverão decorrer
de consenso com os agentes econômicos externos ou da imposição destes.
Esta é a razão pela qual a aplicação do princípio da prudência ocorrerá concomitantemente
com a do princípio da COMPETÊNCIA, quando resultará, sempre, variação patrimonial quanti-
tativa negativa, isto é, redutora do patrimônio líquido.

Perspectivas do Setor Público

As estimativas de valores que afetam o patrimônio devem refletir a aplicação de proce-


dimentos de mensuração que prefiram montantes, menores para ativos, entre alternativas
igualmente válidas, e valores maiores para passivos.
A prudência deve ser observada quando, existindo um ativo ou um passivo já escriturado
por determinados valores, segundo os princípios do Valor Original, surgirem possibilidades de
novas mensurações.
A aplicação do Princípio da Prudência não deve levar a excessos ou a situações classi-
ficáveis como manipulação do resultado, ocultação de passivos, super ou subavaliação de
ativos. Pelo contrário, em consonância com os Princípios Constitucionais da Administração
Pública, deve constituir garantia de inexistência de valores fictícios, de interesses de grupos
ou pessoas, especialmente gestores, ordenadores e controladores.

080. (AOCP/EBSERH/CONTADOR/2017) Assinale a alternativa que apresenta o correto con-


ceito do respectivo princípio contábil.

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a) Entidade: pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensu-


ração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta essa circunstância.
b) Continuidade: refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes pa-
trimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
c) Prudência: determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior
para do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantifi-
cação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
d) Oportunidade: determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconheci-
dos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.
e) Competência: reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e determina a autono-
mia patrimonial, sendo necessário diferenciá-lo do Patrimônio particular.

A letra a está errada, apresenta o conceito do princípio da continuidade.


A letra b está errada, apresenta o conceito do princípio da oportunidade.
A letra c está certa.
A letra d está errada, apresenta o conceito do princípio da competência.
A letra e está errada, apresenta o conceito do princípio da entidade.
Letra c.

081. (AOCP/UFFS/CONTADOR/2016) Qual princípio contábil refere-se, simultaneamente, à


tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando
que este seja feito de imediato e com a extensão correta?
a) Registro pelo valor original.
b) Valor justo.
c) Ambiental.
d) Oportunidade.
e) Patrimonial.

O princípio da OPORTUNIDADE refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos


componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
Letra d.

082. (AOCP/UFFS/CONTADOR/2016) Qual princípio da contabilidade reconhece como objeto


da contabilidade o patrimônio?
a) Princípio da universalidade.
b) Princípio da contingência.

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c) Princípio da entidade.
d) Princípio da unidade.
e) Princípio da oportunidade.

O princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e determina a


autonomia patrimonial, sendo necessário diferenciá-lo do Patrimônio particular.
Letra c.

083. (AOCP/EBSERH/CONTADOR/2016) Qual princípio contábil determina que a avaliação dos


componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se
como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes?
a) Tempestividade.
b) Integridade.
c) Oportunidade.
d) Registro pelo valor original.
e) Continuidade.

O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio de-
vem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações com terceiros, ex-
pressos em moeda nacional, e uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimo-
niais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes de ajustes correntes.
Letra d.

084. (AOCP/EBSERH/CONTADOR/2016) Qual princípio contábil expõe que a folha de paga-


mento de dezembroX15, será considerada em dezembroX15, mesmo que o pagamento ocorra
no mês de janeiroX16, no momento do pagamento?
a) Comparabilidade.
b) Primazia.
c) Entidade.
d) Atualização Monetária.
e) Competência.

É o princípio da COMPETÊNCIA que determina a necessidade de se registrar as receitas e des-


pesas quando elas ocorreram, independentemente do recebimento ou pagamento.
Letra e.

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085. (AOCP/EBSERH/CONTADOR/2016) Um financiamento de longo prazo para uma determi-


nada empresa, poderá ser obtido, pois parte-se do pressuposto de que essa empresa perma-
necerá funcionando por muito tempo e certamente venderá muito os seus produtos, tendo-se
a expectativa de que pagará o financiamento ao longo do tempo. A qual princípio contábil diz
respeito o exemplo apresentado?
a) Compreensibilidade.
b) Continuidade.
c) Materialidade.
d) Tempestividade.
e) Equilíbrio.

O princípio da CONTINUIDADE pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro


e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta
essa circunstância.
Letra b.

086. (AOCP/EBSERH/CONTADOR/2016) Uma empresa calculou sua dívida com um determi-


nado banco, incluindo multas, juros, comissões etc. e chegou a R$ 20.000,00. O setor jurídico
do banco apresentou uma dívida atualizada em R$ 25.000,00. Qual princípio contábil expõe
que a empresa deverá registrar os R$ 25.000,00?
a) Custo histórico.
b) Registro pelo valor original.
c) Prudência.
d) Materialidade.
e) Continuidade.

O princípio da PRUDÊNCIA determina que a empresa reconheça o maior valor para o passivo
e o menor para o ativo, sempre que a situação for baseada em normas contábeis.
Letra c.

087. (FUNDATEC/AL-RS/ANALISTA CONTADOR/2018) Assinale o princípio de contabilidade


que se refere ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais
para produzir informações íntegras e tempestivas, aplicado ao setor público.
a) Entidade.
b) Oportunidade.
c) Registro pelo valor original.
d) Prudência.
e) Continuidade.

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Lei n. 6.404/1976
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O Princípio da oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos com-


ponentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
A tempestividade está relacionada com apresentar as informações no momento em que elas
possam auxiliar os usuários em sua tomada de decisão.
Letra b.

088. (FUNDATEC/SISPREM/CONTADOR/2015) O Princípio Contábil da Entidade descreve que o


a) Patrimônio Contábil é dividido em quotas, relativas à participação de cada sócio.
b) Patrimônio Contábil deve ser escriturado dentro de normas de prudência e conservadorismo.
c) Patrimônio da Entidade deve ser apurado mensalmente dentro de critérios de prudência.
d) Patrimônio da Entidade não se confunde com aqueles dos seus sócios ou de proprietários
da Entidade.
e) Patrimônio da Entidade é único e não se confunde com o de outras entidades similares.

O Princípio da ENTIDADE reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a au-


tonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo
dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins
lucrativos.
Por consequência, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietá-
rios, no caso de sociedade ou instituição.
Letra d.

089. (IBADE/VILA VELHA/CONTADOR/2020) Os Princípios de Contabilidade representam a


essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o enten-
dimento predominante nos universos científico e profissional. NÃO é princípio da contabi-
lidade a/o:
a) Entidade
b) Continuidade
c) Impessoalidade
d) Oportunidade
e) Registro pelo valor original

A impessoalidade não é um princípio contábil.


Letra c.

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Lei n. 6.404/1976
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090. (INSTITUTO ACCESS/ORIZÂNIA – MG/CONTADOR/2020) Os efeitos das transações


e outros eventos devem ser reconhecidos nos períodos a que se referem, ou seja, receitas e
despesas devem ser consideradas em função do fato gerador, independentemente dos recebi-
mentos ou pagamentos; pressupõe simultaneidade da confrontação entre receitas e despesas
correlatas.
O fragmento anterior se refere ao Princípio Contábil da:
a) Competência.
b) Continuidade.
c) Entidade.
d) Oportunidade.
e) Prudência.

O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam
reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou paga-
mento, ele pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
Letra a.

091. (UNIFIL/SANTO ANTÔNIO DO SUDOESTE/2020) Os princípios de Contabilidade repre-


sentam doutrinas e teorias relacionados a ciência, aplicados no sentido mais amplo, sendo o
objetivo o patrimônio das empresas. Sobre os princípios, assinale a alternativa incorreta.
a) O princípio da competência determina que as transações sejam reconhecidas nos períodos
a qual se referem, independente do recebimento ou forma de pagamento.
b) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma au-
tonomia patrimonial, a necessidade da igualdade de um patrimônio particular entre os demais
existentes, independentemente de a quem pertencer.
c) O princípio da continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro,
levando em conta esta circunstância para mensuração e apresentação dos componentes.
d) O princípio do registro pelo valor original, como a própria denominação diz, este princípio
determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valo-
res originais das transações, expressos em moeda nacional.

A letra b está errada. O princípio da entidade determina a necessidade de SEPARAR o patrimô-


nio da empresa do patrimônio dos sócios.
Letra b.

092. (AOCP/ANGRA DOS REIS/CONTADOR/2016) Qual é o Princípio do Registro Pelo Valor


Original, de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e suas conceituações?

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Lei n. 6.404/1976
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a) Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transa-
ções com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País.
b) Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos
registros contábeis por meio do ajustamento da expressão formal dos valores dos compo-
nentes patrimoniais.
c) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em
que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de
recebimento ou pagamento.
d) O princípio do registro pelo valor original determina a adoção do menor valor para os com-
ponentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas
igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimô-
nio líquido.
e) O princípio do registro pelo valor original reconhece o Patrimônio como objeto da Conta-
bilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio
particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma
pessoa ou um conjunto de pessoas.

O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio de-
vem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações com terceiros, ex-
pressos em moeda nacional, e uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimo-
niais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes de ajustes correntes.
Letra a.

093. (AOCP/EBSERH/CONTADOR/2017) Uma empresa possui, em estoque, um determinado


lote de produto cujo valor de aquisição foi de R$ 10.000,00. Na data de fechamento do ba-
lanço, o contador efetuou um ajuste no valor desse produto pelo valor de mercado que foi
de R$ 8.000,00. A decisão do contador em adotar o valor de mercado foi baseada no Princí-
pio Contábil
a) da Competência.
b) do Registro pelo Valor Original.
c) da Prudência.
d) da Oportunidade.
e) da Continuidade.

O princípio da PRUDÊNCIA determina que a empresa reconheça o maior valor para o passivo
e o menor para o ativo, sempre que a situação for baseada em normas contábeis.
Letra c.

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Lei n. 6.404/1976
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094. (AOCP/ANGRA DOS REIS/CONTADOR/2016) Qual princípio contábil expõe que pessoas
físicas e jurídicas não devem ser confundidas, ou os sócios não devem ser confundidos com
empresas: são pessoas com personalidades jurídicas distintas?
a) Princípio da Oportunidade.
b) Princípio da Continuidade.
c) Princípio da Competência.
d) Princípio da Entidade.
e) Princípio da Prudência.

O princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e determina


a autonomia patrimonial, sendo necessário separar o patrimônio da empresa do patrimônio
dos sócios.
Letra d.

095. (QUESTÃO INÉDITA/2021) As informações apresentadas pela contabilidade devem ser


úteis, para isso precisam ser relevantes e fidedignas. A representação fidedigna necessita ser
completa, neutra e livre de erros, de forma que a informação apresente exatamente o que se
propõe apresentar.

A informação fidedigna deve ser completa, neutra e livre de erros, contudo, para ser livre de
erros a informação não precisa ser exata, pois a contabilidade utiliza estimativas em suas
informações.
Errado.

Considerando o balancete de verificação e as demonstrações contábeis, analise as questões


subsequentes:

096. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O balancete de verificação é um demonstrativo destinado ao


público interno, utilizado para verificação da exatidão aritmética dos lançamentos contábeis
feitos no livro-diário e considerando os saldos das contas apresentados no livro razão.

O balancete é elaborado com base nos saldos apresentados no livro razão, para verificar a
exatidão dos lançamentos feitos no livro-diário.
Certo.

097. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Segundo a Lei n. 11.638/2007 que modificou a Lei n.


6.404/1976 o Patrimônio Líquido é composto pelo capital social, reserva de capital, ajuste da

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CONTABILIDADE GERAL
Lei n. 6.404/1976
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avaliação patrimonial, reserva de lucros, lucro ou prejuízo acumulado, ações em tesouraria, que
é conta redutora do PL.

A lei não prevê a conta lucro acumulado no PL.


Errado.

Considerando a composição e a estrutura do Balanço Patrimonial, analise as seguintes


assertivas:

098. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Um sócio emprestou dinheiro para a empresa para receber
após 5 meses. Segundo a Lei n. 6.404/1976, o empréstimo a pagar deverá ser registrado no
passivo não circulante da empresa.
Comentário: Os DÉBITOS da empresa junto aos sócios respeitam o prazo normal, assim, o
empréstimo a pagar será registrado no passivo circulante.
Os CRÉDITOS da empresa junto aos administradores, sócios e diretores deverão ser classifi-
cados no ativo não circulante, realizável a longo prazo, independentemente do prazo acorda-
do. Tal determinação está no seu art. 179:

II – no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte,
assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou
controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem
negócios usuais na exploração do objeto da companhia.
Errado.

099. (QUESTÃO INÉDITA/2021) As contas do passivo deverão ser apresentadas em ordem


decrescente de exigibilidade, independentemente do valor das dívidas.

O passivo será apresentado em ordem decrescente de exigibilidade, ou seja, de acordo com o


prazo de vencimento, independentemente do valor da dívida.
Certo.

100. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O ativo imobilizado deverá ser ajustado pela conta deprecia-
ção, conforme o uso dos bens, para apresentar o seu valor contábil líquido.

O imobilizado será ajustado pela conta “depreciação acumulada”.


Errado.

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Lei n. 6.404/1976
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101. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Na elaboração da DRE, segundo a Lei n. 6.404/1976, a primei-


ra conta será a conta de receita líquida de vendas; e os gastos com carga e descarga serão
apresentados no grupo das despesas operacionais com vendas.

A Lei n. 6.404/1976 estabelece que a elaboração da DRE deve começar com a conta Receita
Bruta de Vendas.
Errado.

A contabilidade está em evolução, buscando a harmonização das normas nacionais às nor-


mas internacionais do IASB. Sobre o assunto analise os itens subsequentes:

102. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Atualmente o objetivo da contabilidade está na apresentação


de informações aos usuários, que podem ser internos ou externos. Os gestores e diretores da
entidade são exemplos de usuários internos das informações geradas.

O objetivo da contabilidade é o fornecimento de informações aos usuários internos e externos.


Os usuários internos são representados pela alta administração da empresa e pela assembleia
dos sócios.
Certo.

103. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No Brasil, a Lei n. 6.404/1976, abarcou a escola norte ameri-
cana, que apresentava uma visão menos teórica e mais prática para a contabilidade, especial-
mente, na melhoria da apresentação das informações contábeis.

A Lei n. 6.404/1976, Lei societária, abarcou a escola norte americana que se afastou da escola
italiana que era muito teórica. Um dos objetivos da lei foi a melhora nas informações contábeis
financeiras.
Certo.

104. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Segundo a legislação societária o Balanço Patrimonial é uma


demonstração obrigatória para todas as Sociedades Anônimas e tem por finalidade apresen-
tar, de forma dinâmica, a situação financeira e patrimonial de uma empresa em um determina-
do momento.

O BP é uma demonstração obrigatória, apresenta a situação financeira patrimonial de for-


ma ESTÁTICA.
Errado.

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Lei n. 6.404/1976
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Considerando a Lei n. 6.404/1976 e as normas de contabilidade aplicáveis às demonstrações


financeiras, especialmente o Balanço e a Demonstração do resultado, julgue os itens a seguir.

105. (QUESTÃO INÉDITA/2021) A conta ajuste da avaliação patrimonial é conta patrimonial,


considerada conta mista, pois pode apresentar natureza devedora ou credora conforme avalia-
ção do ativo ou do passivo.

A conta AAP é considerada conta mista, pois pode apresentar saldo credor ou devedor, confor-
me o resultado da avaliação de itens do ativo ou do passivo.
Certo.

106. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No patrimônio líquido, as reservas de capital registram as ori-


gens de recursos oriundos da venda de títulos da empresa, inclusive ágio na venda de ações,
por isso não são apresentadas na DRE, pois sua formação não tem relação com as atividades
da empresa.

As reservas de capital são origens de recursos oriundas da venda de títulos da empresa, entre-
tanto, não são apresentadas na DRE.
Certo.

107. (QUESTÃO INÉDITA/2021) De acordo com a estrutura da Demonstração do Resultado


do Exercício o lucro bruto é apurado depois de deduzidas todas as despesas com vendas e
compras de mercadorias que ocorreram no exercício social, ou seja, apresenta o lucro antes
das participações e do imposto de renda.

O lucro bruto é apurado pela equação Receita Líquida de Vendas menos o Custo da Mercadoria
Vendida, ou seja, antes das despesas e receitas operacionais.
Errado.

108. (QUESTÃO INÉDITA/2021) A conta ações em tesouraria, prevista na Lei n. 6.404/1976,


é uma conta patrimonial, considerada conta analítica, com natureza devedora. Seu registro
diminui o total do patrimônio líquido.

A conta “ações em tesouraria” é conta patrimonial, redutora do PL; tem natureza devedora e é
uma conta analítica, pois ela recebe os registros a débito e a crédito.
Certo.

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Lei n. 6.404/1976
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Acerca das demonstrações contábeis previstas na legislação societária brasileira – Lei n.


6.404/1976, julgue os itens seguintes.

109. (QUESTÃO INÉDITA/2021) A conta capital a realizar é conta redutora do PL e tem nature-
za devedora; representa a parcela do capital subscrito pelos sócios que não foi transformada
em capital, ou seja, o sócio ainda não integralizou.

A conta capital a realizar ou a integralizar é conta redutora do PL, tem natureza devedora.
Certo.

110. (QUESTÃO INÉDITA/2021) As contas de receitas e despesas terão seus encerrados para
a apuração do resultado do exercício, que será transferido para as reservas de lucro, pois atu-
almente as sociedades anônimas e as empresas de grande porte não podem manter no seu
balanço patrimonial a conta lucro acumulado.

As contas de resultado, representadas pelas receitas e despesas, são contas transitórias e


terão o seu saldo encerrado término do exercício social. O saldo apurado na conta ARE será
transferido para a conta lucro ou prejuízo acumulado para destinações legais; sendo que o
lucro acumulado nas sociedades anônimas e nas empresas de grande porte deverá ser distri-
buído como dividendos, reserva de lucros ou aumento do capital social.
Errado.

111. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Segundo a Lei n. 6.404/1976 a companhia aberta com patri-
mônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será
obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.

Segundo a Lei a companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a
R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da de-
monstração dos fluxos de caixa. As sociedades anônimas de capital aberto deverão apre-
sentar a DFC.
Errado.

O art. 178 da Lei n. 6.404/1976 estabelece que no balanço, as contas serão classificadas se-
gundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conheci-
mento e a análise da situação financeira da companhia. Sobre o tema analise a questão:

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CONTABILIDADE GERAL
Lei n. 6.404/1976
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112. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente


do prazo de realização, nos seguintes grupos: ativo circulante e ativo não circulante, composto
por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
Comentário: No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez
(CRESCENTE NO PRAZO) dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante; e
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobili-
zado e intangível.
Errado.

113. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Conforme estabelecido na legislação societária os investi-


mentos são as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer na-
tureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade
da companhia ou da empresa.

Segundo a Lei n. 6.404/1976 os investimentos são as participações permanentes em outras


sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que
não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.
Certo.

114. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Na demonstração do resultado do exercício, a apresentação


das receitas e ganhos, e das despesas e perdas geralmente é feita de forma separada, funda-
mentando-se esse fato razões de cunho conceitual.

Na demonstração do resultado do exercício, a apresentação das receitas e ganhos, e das des-


pesas e perdas geralmente é feita de forma separada, fundamentando-se esse fato em razões
que levam à tomada de decisão econômica e não em razões de cunho conceitual.
Errado.

115. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O modelo de demonstração do resultado do exercício previs-


to na Lei n. 6.404/1976 inicia-se pela receita bruta, apurando-se a receita líquida a partir das
deduções das vendas, como por exemplo: impostos sobre vendas, devoluções de vendas, frete
e comissões sobre vendas.

Frete e comissões sobre vendas não são deduções das vendas, são despesas operacionais.
Errado.

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Lei n. 6.404/1976
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Considerando as normas e a legislação sobre o balancete e as demonstrações contábeis,


julgue as assertivas:

116. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O balancete de verificação é a base da elaboração das de-


monstrações contábeis e segundo a Lei n. 6.404/1976, lei societária, é obrigatório para as
sociedades anônimas.

A Lei n. 6.404/1976 não obriga a elaboração do balancete de verificação.


Errado.

117. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O Balanço Patrimonial é uma demonstração estática que


apresenta as aplicações e origens patrimoniais, segundo a Lei n. 6.404/1976 o Balanço Patri-
monial é composto pelo ativo e pelo passivo.

Segundo a Lei n. 6.404/1976, o PL faz parte do passivo da empresa, assim, o BP é composto


pelo ativo e pelo passivo.
Certo.

118. (QUESTÃO INÉDITA/2021) As reservas de capital registram as origens de recursos oriun-


dos da venda de títulos da empresa, inclusive ágio na venda de ações, por isso são apresenta-
das na DRE como outras receitas, não tendo relação com as atividades da empresa.

As reservas de capital são origens de recursos oriundas da venda de títulos da empresa, en-
tretanto, não são apresentadas na DRE.
Errado.

Sobre o conjunto das demonstrações contábeis, analise as assertivas:

119. (QUESTÃO INÉDITA/2021) A Demonstração dos lucros e prejuízos acumulados, obriga-


tória segundo a Lei n. 6.404/1976, deverá apresentar o montante dos dividendos por ação.

A DLPA é obrigatória segundo a Lei n. 6.404/1976 e dentre outras informações irá apresentar
quanto que foi distribuído de dividendos por ação do capital social.
Certo.

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Lei n. 6.404/1976
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120. (QUESTÃO INÉDITA/2021) A Demonstração dos Fluxos de Caixa apresentará a entrada


e saída de dinheiro do disponível da empresa, por meio das atividades operacionais, de inves-
timento e de financiamento.

A DFC apresenta o fluxo financeiro (entrada e saída de dinheiro) considerando a atividades


operacional, de investimento e de financiamento.
Certo.

121. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Na Demonstração do Resultado do Exercício o lucro bruto é


apurado depois de deduzidas todas as despesas operacionais e somadas as receitas opera-
cionais que ocorreram no exercício social.

O lucro bruto é apurado antes das despesas e receitas operacionais.


Errado.

Sobre os atributos qualitativos, analise as seguintes questões:

122. (QUESTÃO INÉDITA/2021) A empresa CZ foi decidiu que irá investir, no exercício seguin-
te, uma parte substancial dos seus recursos financeiros no mercado de capital, comprando
cotas de fundos de investimentos, ao invés de aplicar no seu processo fabril. Esta informa-
ção, por não ser do exercício corrente, não precisa ser divulgada, pois neste exercício ela é
irrelevante.

A mudança de destinação dos recursos financeiros da empresa deverá ser divulgada em notas
explicativas, pois esta informação é relevante para auxiliar o usuário externo a predizer qual
decisão tomar.
Errado.

123. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Segundo o CPC 00 R2, a prudência foi excluída dos atributos
da representação fidedigna, por ser inconsistente com a neutralidade. Contudo, a mesma re-
visão incluiu a prudência como atributo da relevância, devendo ser analisada ao estabelecer
estimativas contábeis.

O CPC 00 R2 reincluiu a prudência como atributo da neutralidade, devendo ser analisada quan-
do do registro e mensuração de estimativas contábeis.
Errado.

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Sobre a evolução da contabilidade e a Lei n. 6.404/1976, julgue a assertiva:

124. (QUESTÃO INÉDITA/2021) A Lei n. 6.404/1976 foi um marco na evolução da contabilida-


de brasileira, pois ela estabeleceu a mudança da escola italiana para a escola norte americana,
de forma que a contabilidade começasse a prestar mais informações aos usuários internos
e externos.

A Lei n. 6.404/1976 abarcou os atributos práticos da contabilidade, segundo a escola norte


americana, e com ela veio a mudança do objetivo da contabilidade; que passou a ser o forne-
cimento de informações aos usuários internos e externos.
Certo.

Considerando a Lei n. 6.404/1976 quanto a estrutura e composição das demonstrações con-


tábeis, julgue a seguinte questão:

125. (QUESTÃO INÉDITA/2021) As reservas de capital serão apresentadas no patrimônio lí-


quido e representam a parcela dos lucros que não foi distribuída aos sócios.

As reservas de lucro é que são formadas com a parcela do lucro que não foi distribuída aos
sócios. A reserva legal é a contrapartida da venda de títulos da empresa.
Errado.

126. (QUESTÃO INÉDITA/2021) A classificação dos ativos e passivos em circulante e não


circulante leva em consideração o prazo de realização dos ativos e de exigibilidade para o pas-
sivo. Contudo, os empréstimos concedidos para sócios, que não estejam relacionados com
as atividades da empresa, serão classificados no ativo não circulante realizável a longo prazo.

Os empréstimos para sócios que não estejam relacionados com as atividades da empresa
serão classificados no realizável a longo prazo, independentemente do prazo.
Certo.

127. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O ativo imobilizado que está sendo utilizado nas atividades
da empresa sofrerá depreciação; já um ativo intangível será exaurido, de acordo com o passar
do tempo contratado para exploração do direito.

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Lei n. 6.404/1976
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O imobilizado será depreciado, já intangível sofrerá AMORTIZAÇÃO e não exaustão.


Errado.

Uma sociedade comercial adquiriu, a prazo, $ 300.000,00 de mercadorias; pagou frete de $


20.000,00 e carga e descarga de $ 10.000,00. No dia seguinte, vendeu a mesma mercadoria por
$ 800.000,00, a prazo para receber em 90 dias, com ICMS de 140.000,00 e frete de entrega de $
10.000,00. Caso o cliente pague após 30 dias da compra receberá um desconto de $ 40.000,00.
Considerando a situação hipotética, julgue as questões:

128. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Na DRE, a receita líquida de venda apresentada será de $


660.000,00.

Na DRE, os valores serão apresentados da seguinte forma:


RBV = 800.000
(-) Dedução = 140.000 – ICMS sobre vendas
(=) RLV = 660.000
Certo.

129. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Ao elaborar a DRE, para apurar o resultado do exercício, o


Custo da Mercadoria Vendida será de $ 330.000,00.

O CMV será o valor da mercadoria mais o frete e os gastos com carga e descarga, totalizando
$ 330.000,00.
Certo.

130. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O desconto que será dado caso o cliente pague a duplicata
após 30 dias é classificado com desconto comercial ou incondicional e será registrado como
uma dedução das vendas na DRE.

O desconto somente será dado se o cliente pagar a duplicata antes do seu vencimento, as-
sim, é um desconto condicional ou desconto financeiro e será classificado como despesa
operacional.
Errado.

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Lei n. 6.404/1976
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131. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Segundo as normas emanadas pelo CFC – Conselho Federal
de Contabilidade, a DRE deverá começar pela conta Receita Bruta de Vendas.

Segundo o CFC a DRE deverá começar pela conta Receita Líquida de Vendas; já segundo a Lei
n. 6.404/1976 será pela conta Receita Bruta de Venda.
Errado.

Uma sociedade anônima, em agosto de 2020, adquiriu um lote de suas próprias ações de um
sócio dissidente por $ 500.000,00. Em janeiro de 2021 conseguiu vender as ações para outro
investidor por $ 650.000,00, recebendo no ato $ 350.000,00 e o restante ficou para 60 dias.
Considerando a situação, julgue o seguinte item:

132. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O impacto da operação de compra das ações acarretará uma
diminuição no disponível e um aumento no saldo da conta “ações em tesouraria”, que diminui-
rá o montante do patrimônio líquido.

A compra de ações em tesouraria diminui o disponível e diminui o patrimônio líquido, pois a


conta é redutora do PL, tem natureza devedora.
Certo.

133. (QUESTÃO INÉDITA/2021) A venda das ações em tesouraria será registrada em lança-
mento de segunda fórmula.

O registro da venda será em lançamento de quarta fórmula:


D- Banco – 350.000
D- Contas a receber – 300.000
C- Ações em tesouraria – 500.000
C- Ágio na venda de ações – reserva a de capital – 150.000
Errado.

134. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O ganho obtido na venda das ações em tesouraria será reco-
nhecido como outras receitas, na Demonstração do Resultado do Exercício.

O ganho na venda de ações em tesouraria é considerado um ágio na venda de ações e será


apresentado no PL, como reserva de capital.
Errado.

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Uma empresa apresentou as seguintes contas e saldos em seu balancete de verificação:


Duplicata descontadas – 50.000
Clientes – 150.000
Imóveis – 800.000
Financiamentos – 550.000
Capital social – 600.000
Prejuízo acumulado –???
Contas a pagar – 400.000
Veículos – 200.000
Ações de coligadas – 100.000
Despesa financeira a transcorrer – 50.000
Disponível – 50.000
Considerando os dados apresentados, podemos julgue as assertivas subsequentes:

135. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O saldo da conta Prejuízo Acumulado é de $ 250.000.

Para responder a questão basta elaborar o BP, o valor da conta PA é a diferença que falta para
fechar o Balanço.
ATIVO = 1.300.000
Clientes – 150.000
Imóveis – 800.000
Veículos – 200.000
Ações de coligadas – 100.000
Disponível – 50.000
PASSIVO= 950.000
Duplicata descontadas – 50.000
Financiamentos – 550.000
Contas a pagar – 400.000
Despesa financeira a transcorrer – (50.000)
PL = 350.000
Capital social – 600.000
Prejuízo acumulado –??? (250.000)
Certo.

136. (QUESTÃO INÉDITA/2021) A empresa apresenta uma situação patrimonial negativa,


também denominada de passivo a descoberto.

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A situação líquida é positiva, pois o ativo é maior que o passivo.


ATIVO = 1.300.000
PASSIVO= 950.000
PL = 350.000
Errado.

A empresa CZ vendeu seus produtos por $ 700.000,00 à vista, deu um desconto incondicional
de $ 50.000,00. Sobre a operação incidiu $ 100.000,00 de ICMS. O frete de $ 10.000,00 ficou
por conta da empresa CZ, já que ela tem seus caminhões próprios. O custo dos produtos foi
de $ 250.000,00.
Com base nas informações apresentadas, julgue a questão seguinte:

137. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O desconto incondicional dado na venda, assim como o frete,
será apresentado na DRE como despesas operacionais, afetando o lucro líquido da empresa.

O Desconto incondicional é uma dedução das vendas brutas, já o frete é uma despesa
operacional.
Errado.

138. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Considerando a Lei n. 6.404/1976, sobre a elaboração da


DRE, o lucro bruto apurado pela empresa CZ será $ 300.000,00.

RBV = 700.000
(-) DEDUÇÃO = 150.000 (descontos e ICMS)
(=) RLV = 550.000
(-) CPV = (250.000)
(=) LUCRO BRUTO = 300.000
Certo.

Considerando a legislação contábil, as normas do CFC e as demonstrações contábeis, analise


a seguinte assertiva:

139. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O ativo intangível, relacionado com pesquisas e desenvolvi-


mentos de produtos, passou a ser composto apenas pelos gastos com desenvolvimento de
produtos cuja viabilidade econômica possa ser comprovada, sendo os gastos com pesquisas
lançados diretamente no resultado.

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No ativo intangível entrarão somente os gastos com desenvolvimentos de novos produtos; os


gastos com pesquisas deverão ser lançados como despesa.
Certo.

Acerca das demonstrações contábeis previstas na legislação societária brasileira, julgue os


itens seguintes.

140. (QUESTÃO INÉDITA/2021) A DMPL – Demonstração das Mutações do patrimônio Líqui-


do poderá ser incluída na DLPA – Demonstração dos Lucros ou Prejuízos acumulados, que é
obrigatória segundo a Lei n. 6.404/1976.

O artigo 176 da Lei n. 6.404/1976 em seu § 2º estabelece que a demonstração de lucros ou


prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e
poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido.
A DMPL que engloba a DLPA.
Errado.

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um relatório construído com base nos sal-
dos de encerramento de todas as contas de resultado. Sobre a DRE analise a próxima questão:

141. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Segundo a Lei n. 6.404/1976, a DRE começará pela rubrica
Receita Bruta de Vendas, seguida das deduções das vendas, diferentemente da determinação
do CPC, que estabelece que a DRE deverá começar pela conta Receita Líquida de Vendas.

Segundo a Lei n. 6.404/1976 a DRE deverá começar pela Receita Bruta de Vendas; já de acor-
do com o CPC pela Receita Líquida de Vendas.
Certo.

Considerando as normas de contabilidade aplicáveis às demonstrações financeiras e a correta


classificação a contas contábeis, julgue o item a seguir.

142. (QUESTÃO INÉDITA/2021) A conta ações em tesouraria, representa o produto da compra


pela empresa de suas próprias ações para futura venda; deve ser registrada como ativo circu-
lante, instrumentos financeiros para venda.

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A conta ações em tesouraria representa a compra pela empresa de suas próprias ações, con-
tudo, é conta redutora do PL.
Errado.

Julgue o item a seguir, relativo a conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade.

143. (QUESTÃO INÉDITA/2021) A contabilidade, como ciência do patrimônio, tem como


objeto o patrimônio das entidades, denominadas de aziendas. As técnicas contábeis utiliza-
das na contabilidade são: escrituração, demonstrações contábeis, auditoria e o orçamento
empresarial.

A contabilidade é uma ciência SOCIAL, denominada de ciência do patrimônio. As técnicas


previstas na prática contábil são a escrituração, demonstrações contábeis, auditoria e análi-
se das demonstrações contábeis. O orçamento empresarial não é uma técnica específica da
contabilidade.
Errado.

Considerando a legislação contábil, especialmente a Lei n. 6.404/1976, analise a seguinte


assertiva:

144. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O patrimônio líquido é um resíduo patrimonial, não sendo


considerado como parte do passivo, pois segundo a lei, ele não representa uma obrigação
exigível da empresa.

Segundo a Lei das S/As o patrimônio líquido faz parte do passivo, como uma obrigação da
empresa junto aos sócios.

Art. 178, § 2º o passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:


I – Passivo circulante; II – Passivo não circulante; e III – patrimônio líquido.
Errado.

145. (QUESTÃO INÉDITA/2021) A conta capital a realizar ou a integralizar representa a parce-


la do capital subscrito pelos sócios que não foi transformada em capital, ou seja, o sócio ainda
não integralizou. É conta normal do PL e tem natureza credora.

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A conta capital a realizar ou a integralizar é conta redutora do PL, tem natureza devedora.
Errado.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Prezado(a),
Comentarei 41 questões de provas para você verificar como a CESPE tem trabalhado em
seus concursos os assuntos vistos na aula.
Meus comentários são objetivos e diretos, pois pretendo com isto ajudá-lo(a) a fixar o as-
sunto e não dar uma aula em cada questão.

146. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA – PE/PERITO CONTÁBIL/2016) As subavaliações de ati-


vos e as superavaliações de passivos, com consequentes registros de desempenhos poste-
riores inflados, são incompatíveis com a pretensão de neutralidade da informação. Em função
disso, o Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Resolução n. 1.374/2011, acatou que
se retirasse da condição de aspecto da representação fidedigna.
a) a convenção da materialidade.
b) a característica da compreensibilidade.
c) a característica da essência sobre a forma.
d) o princípio do registro pelo valor original.
e) o princípio da prudência.

Vimos na aula que a característica da prudência (conservadorismo) foi retirada da condição


de aspecto da representação fidedigna por ser inconsistente com a neutralidade.
A questão apresenta o princípio da prudência, contudo, o correto é a caraterística da prudência.
Letra e.

Com relação à estrutura conceitual do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue


os itens a seguir.

147. (CESPE/TCE-RO/CONTADOR/2013) O direito de propriedade é condição essencial para


que seja configurada a existência de um ativo, o qual surge sempre em decorrência de um
direito legal.

Como vimos, na contabilidade atual prevalece a “essência econômica sobre a forma legal”, daí
podemos inferir que o controle sobrepõe a propriedade, desta forma um item pode estar no
ativo da empresa mesmo não sendo de sua propriedade legal.
O caso mais caraterizador da essência sobre a forma é o arrendamento mercantil financeiro,
onde a empresa é usufrutuária do bem, contudo a propriedade é da financeira (arrendadora).
Errado.

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Julgue o item seguinte, de acordo com os princípios de contabilidade e as normas do Conse-


lho Federal de Contabilidade (CFC).

148. (CESPE/DPF/PERITO CONTADOR/2013) Relevância e comparabilidade são caracterís-


ticas qualitativas fundamentais da informação Contábil-financeira útil, pois tornam a informa-
ção capaz de fazer a diferença nas decisões tomadas pelos usuários.

As caraterísticas fundamentais da informação contábil são: RELEVÂNCIA E REPRESENTAÇÃO


FIDEDIGNA.
Existem também os atributos de melhoria que são: comparabilidade, verificabilidade, tempes-
tividade e compreensibilidade.
Errado.

149. (CESPE/TRE-TO/CONTADOR/2017) De acordo com a estrutura conceitual para elabo-


ração e divulgação de relatório Contábil-financeiro, emitida pelo Comitê de Pronunciamen-
tos Contábeis (CPC), todo e qualquer elemento patrimonial que se enquadre na definição de
ativo deve
a) ter a forma legal de um bem ou direito.
b) ter custo ou valor mensurável monetariamente.
c) estar associado a um direito de propriedade.
d) resultar de transações ou eventos passados.
e) ter forma física.

Conceitualmente o ATIVO é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos


passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade.
As características essenciais de um ativo são:
• ser controlado pela entidade;
• ser oriundo de uma transação passada;
• provavelmente irá gerar benefício econômico futuro.
Para ser registrado como ativo no balanço patrimonial o item deve atender aos seguintes cri-
térios:
a ) for provável que algum benefício econômico futuro associado ao item flua para a entidade; e
b) o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade.
Letra d.

150. (CESPE/TRE-BA/CONTADOR/2017) Por meio de um contrato de cessão de direitos auto-


rais, uma editora que está sujeita às regras contábeis estabelecidas pelo CPC adquire o direito

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de publicar, com exclusividade, determinada obra pelo prazo de cinco anos, esperando um
retorno de 10% ao ano sobre o capital investido.
Considerando os preceitos do pronunciamento contábil do CPC que disciplinam o reconheci-
mento, a mensuração e a evidenciação de ativos intangíveis, assinale a opção correta a respei-
to da situação apresentada.
a) O reconhecimento inicial dos direitos autorais adquiridos pela editora deve ser feito com
base no valor de mercado, independentemente do valor negociado entre as partes no momen-
to da transação.
b) Dada a expectativa de retorno de 10% ao ano, permite-se que não se aplique o teste de valor
recuperável de ativo aos direitos autorais adquiridos pela editora.
c) Os direitos autorais adquiridos não estão sujeitos à amortização periódica de seu valor.
d) As características dos direitos autorais adquiridos revelam que eles não podem ser conside-
rados ativos identificáveis para fins de reconhecimento contábil desses ativos.
e) As condições da contratação indicam que a editora passou a ter o controle sobre os direitos
autorais por ela adquiridos.

Vou comentar item a item.


A letra a está errada. O reconhecimento inicial deve ser feito pelo valor original e não de mercado.
A letra b está errada. O intangível em questão deverá sofre o teste de recuperabilidade.
A letra c está errada. O valor pago pelo intangível deverá ser amortizado dentro do prazo
contratual.
A letra d está errada. As características do item permitem que ele seja classificado como um
intangível.
A letra e está correta. A empresa tem o controle sobre os direitos autorais pelo período conta-
tual e deve classificá-lo como intangível.
Letra e.

De acordo com dispositivos da Lei n. 6.404/1976 e de legislação complementar, julgue o


item a seguir.

151. (CESPE/ABIN/CONTADOR/2018) As normas expedidas pela Comissão de Valores Mo-


biliários (CVM) deverão ser observadas pelas companhias abertas na elaboração das demons-
trações financeiras e esses relatórios serão submetidos à auditoria independente, assinados
pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados.

Questão literal ao que está estabelecido na Lei n. 6.404/1976 em seu Art. 177:

§ 3º As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expe-


didas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por
auditores independentes nela registrados.

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§ 4º As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabilistas le-
galmente habilitados.
Certo.

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e suas atualizações e com os pronunciamen-
tos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item que se segue.

152. (CESPE/SEDF/CONTADOR/2017) As demonstrações contábeis das sociedades anôni-


mas de capital fechado têm de ser elaboradas de acordo com as mesmas normas aplicáveis
às sociedades anônimas de capital aberto expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.

Segundo a Lei n. 6.404/1976 as S/as de capital fechado poderão optar por seguir a mesmas
orientações das S/as de capital aberto. É facultativo.
O assunto está apresentado no artigo 177 da seguinte forma:

Escrituração
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência
aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente
aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as muta-
ções patrimoniais segundo o regime de competência.
§ 6º As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstrações finan-
ceiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias abertas. (Incluído pela
Lei n. 11.638, de 2007)
Errado.

Com base no disposto na Lei n. 6.404/1976, julgue o item a seguir, relativos aos critérios de
avaliação contábil.

153. (CESPE/TCE-PA/CIÊNCIAS ATUARIAIS/2017) Os recursos aplicados na aquisição de di-


reitos da propriedade industrial ou comercial estão sujeitos à amortização, que representa
perda de valor dos referidos ativos.

Aquisição de direitos sobre propriedades é considerado um ativo intangível, que deve ser amor-
tizado conforme o prazo de uso do bem.
O assunto é abordado pela Lei no artigo 183 da seguinte forma:

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Art. 183.
§ 2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada perio-
dicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos
sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos
da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração
limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo
objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
Certo.

Com respeito à legislação e à normatização contábil brasileira vigentes, julgue o item


subsequente.

154. (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) A Lei n. 6.404/1976, ou Lei das Sociedades por Ações,


originalmente elaborada em consonância com as teorias da Escola Italiana de Contabilidade,
foi, nos últimos anos, modificada para atender a convergência da contabilidade brasileira às
normas internacionais de contabilidade do IASB.

A Lei n. 6.404/1976 abarcava a escola norte americana. As Leis n. 11.638/2007 e 11.941/2009


abarcam a escola internacional.
Errado.

Com base nas Leis n. 6.404/1976, n. 11.638/2007 e n. 11.941/2009, julgue o item que se segue.

155. (CESPE/TELEBRAS/CONTADOR/2013) Independentemente do objeto social definido no


estatuto social, a sociedade anônima será mercantil e se regerá pelas leis e uso do comércio.

A Lei n. 6.404/1976 trata das sociedades anônimas que exerçam atividades mercantis.

Objeto Social
Art. 2º Pode ser objeto da companhia qualquer empresa de fim lucrativo, não contrário à lei, à or-
dem pública e aos bons costumes.
§ 1º Qualquer que seja o objeto, a companhia é mercantil e se rege pelas leis e usos do comércio.
Certo.

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A partir da Lei n. 11.638/2007 e dos pronunciamentos do CPC, mudanças foram introduzidas


na contabilidade das sociedades de capital aberto, sociedades de capital fechado e socieda-
des limitadas.
Com respeito a essas mudanças, julgue os itens subsequentes.

156. (CESPE/MPE-PI/CONTROLE INTERNO/2013) Foi proibido o procedimento contábil de


reavaliar ativos, inclusive para algumas sociedades limitadas.

A Lei n. 11.638/2007 vedou a realização de qualquer tipo de reavaliação espontânea de bens


nas S/As e nas empresas de grande porte, que podem ser limitadas.
Os saldos existentes nas reservas de reavaliação devem ser mantidos até a sua efetiva realiza-
ção ou estornados até a data de 31/12/2008.
Certo.

Segundo a Lei n. 6.404/1976, registram-se no ativo imobilizado “os direitos que tenham por
objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empre-
sa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens”. A respeito desse assunto, julgue os
itens seguintes.

157. (CESPE/STM/CONTADOR/2011) Marcas e patentes devem ser registradas no grupo ati-


vo imobilizado pelo seu valor efetivo de aquisição, incluídos todos os custos.

Marcas e patentes são classificadas no intangível e não no imobilizado.


Errado.

Com relação à Ciência Contábil e suas características, julgue o item que se segue.

158. (CESPE/STM/CONTADOR/2011) No Brasil, a Ciência Contábil, desde as últimas altera-


ções na Lei n. 6.404/1976, vem se afastando da escola italiana, ao mesmo tempo em que se
aproxima da escola norte americana.

A Lei n. 6.404/1976 foi elaborada tendo como base a escola americana de contabilidade e nes-
te momento se afastava da escola italiana. As alterações que ocorreram na Lei n. 6.404/1976
buscaram a convergência das normas nacionais às normas internacionais emitidas pelo IASB.
Assim, as alterações apresentadas pelas novas leis foram para adequá-la a escola internacio-
nal, afastando-se da escola americana.
Errado.

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Lei n. 6.404/1976
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Acerca da Lei n. 6.404/1976 e suas alterações recentes, julgue o item que se segue.

159. (CESPE/FUB/CONTADOR/2011) As alterações promovidas pela Lei n. 11.638/2007 e


posteriores tiveram por finalidade criar alternativas às normas internacionais de contabilida-
de emitidas pelo IASB, dadas as condições reais da economia brasileira.

As alterações promovidas pelas leis 11.638 e 11.941 não tiveram a finalidade de CRIAR AL-
TERNATIVAS, mas sim de promover a convergência das normas nacionais às internacionais.
É importante destacar que a convergência às normas internacionais de contabilidade, no Bra-
sil, teve seu marco legal com a promulgação da Lei n. 11.638/2007, que determinou a adoção
dos padrões internacionais de contabilidade.
Errado.

Julgue o item a seguir, com relação aos fatos descritos e seus efeitos nas demonstrações
contábeis, elaboradas conforme a Lei n. 6.404/1976 (e alterações posteriores) e os pronun-
ciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

160. (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) O ágio recebido em decorrência de emissão de ações


aumenta as reservas de lucros e, consequentemente, o patrimônio líquido da companhia.

O ágio recebido (valor a maior) recebido na venda de ações deve ser contabilizado como re-
serva de capital e não como reserva de lucro.
A lei trata do assunto no artigo 182 da seguinte maneira.

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela
ainda não realizada.
§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de
emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do
capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
Errado.

Julgue o item a seguir, de acordo com as disposições da Lei n. 6.404/1976 e alterações


posteriores.

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161. (CESPE/UNIPAMPA/CONTADOR/2013) A sociedade empresária constituída por ações


deverá apresentar, ao final de cada exercício social, as seguintes demonstrações financeiras:
balanço patrimonial, demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, demonstração do
resultado do exercício, demonstração do fluxo de caixa e, em caso de companhia aberta, de-
monstração do valor adicionado.

A Lei n. 6.404/1976 trata das demonstrações obrigatórias em seu art. 176 da seguinte forma:

Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da
companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação
do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I – balanço patrimonial;
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício;
IV – demonstração dos fluxos de caixa;
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
Certo.

Com base nos princípios fundamentais de contabilidade, julgue os itens subsequentes.

162. (CESPE/MPU/CONTADOR/2013) Alvo de constantes críticas, o custo histórico como


base de valor sofreu alterações com a aprovação da Lei n. 11.638/2007.

A Lei n. 11.638/2007 trouxe muitas novidades para a contabilidade societária na busca da


harmonização das normas nacionais às internacionais.
Uma das mudanças foi a apresentação de novos critérios de avaliação do ativo, como pelo
valor justo, valor realizável líquido e valor presente. Os critérios de avaliação do ativo estão no
artigo 183 da Lei.
Certo.

Com relação à estrutura conceitual do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue


os itens a seguir.

163. (CESPE/TCE-RO/CONTADOR/2013) No caso de conflito entre a estrutura conceitual e


um pronunciamento técnico do CPC, o disposto na estrutura conceitual deve ter prevalência
sobre as exigências do pronunciamento técnico.

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Como a estrutura conceitual não é um procedimento técnico, não deve prevalecer, ela tem um
caráter de orientação. Guarde o seguinte: “quem manda são os pronunciamentos técnicos”.
Errado.

De acordo com o pronunciamento técnico CPC 00 (R1) – estrutura conceitual para elaboração
e divulgação de relatórios Contábil-financeiros –, julgue o item a seguir, referente a conceito,
objetivos e usuários da contabilidade.

164. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) Os relatórios Contábil-financeiros de propósitos ge-


rais não são os instrumentos que atendem a todas as informações de que os usuários exter-
nos – investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e em potencial
– necessitam.

Os relatórios objetivam fornecer informações aos usuários externos, especialmente aos in-
vestidores, contudo, estas informações devem ser melhoradas com outras fontes. Assim, a
assertiva está correta, pois os relatórios não atendem todas as necessidades dos usuários.
Contudo, essas exigências específicas não devem afetar as demonstrações contábeis elabo-
radas segundo a estrutura conceitual, pois elas devem atender as necessidades de todos os
seus usuários para a tomada de decisões econômicas, tais como:
a) decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;
b) avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferi-
da e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas;
c) avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros
benefícios;
d
 ) avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à entidade;
e) determinar políticas tributárias;
f) determinar a distribuição de lucros e dividendos;
g) elaborar e usar estatísticas da renda nacional; ou
h) regulamentar as atividades das entidades.
O CPC destaca também que o objetivo da elaboração e divulgação do relatório de propósito
geral constitui o pilar da Estrutura Conceitual, pois os outros aspectos abordados, como as ca-
racterísticas qualitativas da informação Contábil-financeira útil e suas restrições, os elementos
das demonstrações contábeis, o reconhecimento, a mensuração, a apresentação e a eviden-
ciação, fluem logicamente desse objetivo.

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Outro ponto que merece destaque é que os relatórios são, na maioria das informações, base-
ados em estimativas, julgamentos e modelos e não em descrições ou retratos exatos.
Certo.

Julgue o item seguinte, de acordo com os princípios de contabilidade e as normas do Conse-


lho Federal de Contabilidade (CFC).

165. (CESPE/DPF/PERITO CONTADOR/2013) Relevância e comparabilidade são caracterís-


ticas qualitativas fundamentais da informação Contábil-financeira útil, pois tornam a informa-
ção capaz de fazer a diferença nas decisões tomadas pelos usuários.

A assertiva cobra literalmente quais são as características fundamentais da informação con-


tábil. Para responder basta lembra que são a relevância e a representação fidedigna.
Errado.

Acerca da estrutura conceitual básica da contabilidade, dos planos de contas, dos lançamen-
tos e da apuração de resultados bem como da estrutura das demonstrações contábeis, julgue
os itens que se seguem.

166. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTABILIDADE E FINANÇAS/2016) A verificabilidade, uma


das características qualitativas de melhoria, é aquela que garante a uniformidade das de-
monstrações contábeis, dando segurança ao usuário sobre a adoção de métodos semelhan-
tes para contabilização de itens idênticos.

A verificabilidade é uma característica de melhoria e esta relacionada com a capacidade de


comprovação de uma informação pelos usuários. A utilização de métodos uniformes tem re-
lação com o atributo da comparabilidade.
Errado.

Julgue o item seguinte, acerca dos componentes patrimoniais, suas características e con-
tabilização.

167. (CESPE/MPU/ANALISTA ATUARIAL/2015) As despesas configuram perdas nos benefí-


cios econômicos de uma entidade, sob a forma de redução de ativos ou acréscimo de passi-
vos, não estando relacionadas a distribuição de recursos a sócios/acionistas.

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A assertiva cobra literalmente o conceito de despesa apresentado na estrutura conceitual. As


transações com os sócios como: aumento de capital, saída de sócios e pagamento de dividen-
dos, não são tratadas como receitas ou despesas.
Não esqueçam que toda despesa diminui o PL, contudo nem toda diminuição do PL é despesa.
Certo.

Com relação aos princípios, às normas, às teorias e às práticas contábeis vigentes, julgue o
item que se segue.

168. (CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2015) A essência sobre a forma é conceito indispensável


para o cumprimento da característica qualitativa da representação fidedigna, ao passo que
a prudência, por ser inconsistente com a neutralidade, é incompatível com a representação
fidedigna.

A essência sobre a forma foi retirada na revisão do pronunciamento conceitual por ser con-
siderada uma redundância, pois para a contabilidade a representação fidedigna exige que o
controle sobreponha a propriedade. A prudência foi excluída por ser contraria à neutralidade,
uma característica da representação fidedigna.
Certo.

Julgue o item a seguir, relativo a conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade.

169. (CESPE/FUB/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) A contabilidade se define, atualmente, como a


ciência do patrimônio, cujo objetivo é captar os elementos sensíveis, perceptíveis e habituais
de transações que afetem a riqueza das organizações.

O objetivo da contabilidade é fornecer informações úteis aos usuários internos e externos.


Errado.

Uma instituição europeia, ao analisar demonstrações contábeis de entidades brasileiras com


a finalidade de realizar investimentos, tomou conhecimento de que os relatórios financeiros
publicados no Brasil possuem diversos atributos, entre eles as características qualitativas
fundamentais da relevância e da representação fidedigna. A respeito dessa situação hipoté-
tica, julgue o próximo item.

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170. (CESPE/DPF/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2018) Se uma demonstração contábil analisada


tiver valor confirmatório para a investidora, então a característica da relevância estará presente
na informação.

A informação Contábil-financeira é capaz de fazer diferença nas decisões se tiver valor prediti-
vo, valor confirmatório ou ambos.
A informação Contábil-financeira tem valor confirmatório se retroalimentar – servir de feedback
– avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las).
Certo.

171. (CESPE/CGE-PE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2019) Julgue os itens a seguir, a


respeito das disposições da Lei n. 6.404/1976, acerca das sociedades por ação, e suas altera-
ções após a promulgação das Leis n. 11.638/2007 e n. 11.941/2009.
I – Originalmente disposto na Lei n. 6.404/1976, o subgrupo diferido, componente do ativo,
foi inicialmente mantido pela Lei n. 11.638/2007, mas, posteriormente, foi extinto pela Lei n.
11.941/2009.
II – O subgrupo reserva de reavaliação, componente do patrimônio líquido, foi extinto e subs-
tituído pelo subgrupo ajustes de avaliação patrimonial, após alterações na Lei n. 6.404/1976.
III – Alterações da Lei n. 6.404/1976 criaram o grupo ativo não circulante, que inclui o subgrupo
intangível, no qual deve ser classificado o fundo de comércio adquirido.
IV – A partir da promulgação da Lei n. 11.941/2009, passou a ser vedadas a apresentação e a
manutenção, nos balanços patrimoniais, de saldos a título de lucros acumulados no patrimô-
nio líquido das sociedades, independentemente de sua forma de constituição.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

Estão certos os itens I e III.


O item II está errado, a Lei n. 11.638 proibiu a reavaliação, contudo, não extinguiu a reserva de
reavaliação, assim, as empresas que possuíam saldo nesta conta poderiam mantê-lo até a sua
realização.
O item IV está errado, as determinações da nova lei eram para as Sociedades Anônimas e para
as empresas de grande porte; as demais sociedades podem manter a conta lucro acumulado.
Letra b.

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Com base nos pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e nas dis-
posições da Lei n. 6.404/1976 e suas alterações acerca de demonstrações contábeis, julgue o
próximo item.

172. (CESPE/SLU-DF/CONTADOR/2019) A classificação de ativos e passivos como circulan-


tes ou não circulantes deve obedecer ao ciclo operacional da empresa.

A classificação de um item patrimonial em circulante ou não circulante leva em consideração


o prazo de realização do ativo e de exigibilidade do passivo.
Estão no circulante todos os itens que se realizarão e que serão liquidados até o término do
exercício social seguinte (1 ano da data das demonstrações contábeis); não havendo uma
relação direta com o ciclo operacional da empresa.
O ciclo operacional será o orientador da classificação dos itens patrimoniais em circulante ou
não circulante quando for superior a 1 ano.
A Lei n. 6.404/1976 trata do assunto em seus artigos 175 e 179.

Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto.
Art. 179. (...) Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração
maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo
desse ciclo.
Errado.

173. (CESPE/TCE-RO/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – CONTADOR/2019) Segundo o


Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divul-
gação de Relatório Contábil-financeiro), os relatórios contábeis-financeiros “objetivam fornecer
informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte dos
usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica de
determinados grupos de usuários”. Ainda que destinados a usuários em geral, esses relatórios
destinam-se prioritariamente à tomada de decisão por parte
a) dos administradores e gestores em geral.
b) do fisco.
c) dos governos em geral.
d) dos órgãos supervisores.
e) dos investidores existentes e potenciais.

Vimos que as demonstrações contábeis são elaboradas para atender aos usuários externos,
que são divididos em primário e secundário.
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O CPC 00 destaca que PRIMARIAMENTE o objetivo do relatório Contábil-financeiro de propó-


sito geral é fornecer informações que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a
credores por empréstimos e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao forneci-
mento de recursos para a entidade.
Letra e.

Com base no Pronunciamento Conceitual Básico (R1) – Estrutura Conceitual para Elabora-
ção e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro – do Comitê de Pronunciamentos Contábeis
(CPC), julgue o item seguinte.

174. (CESPE/TJ-AM/CONTADOR/2019) A forma legal é o elemento determinante para se con-


cluir que uma obrigação se enquadra ou não na definição de passivo.

Atualmente, ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio


líquido, deve-se atentar para a sua essência econômica e não apenas para sua forma legal.
É a aplicação prática da primazia da “essência econômica sobre a formalidade jurídica”, onde
o que importa é o controle sobre os itens e não a sua propriedade.
Errado.

Com base no Pronunciamento Conceitual Básico (R1) – Estrutura Conceitual para Elabora-
ção e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro – do Comitê de Pronunciamentos Contábeis
(CPC), julgue o item seguinte.

175. (CESPE/TJ-AM/CONTADOR/2019) Uma entidade que controla determinado recurso, mas


que não detém a sua propriedade, não deve reconhecê-lo como ativo na contabilidade, pois,
independentemente de qualquer condição, tal recurso não se enquadra na definição de ativo.

Atualmente, ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio


líquido, deve-se atentar para a sua essência econômica e não apenas para sua forma legal.
É a aplicação prática da primazia da “essência econômica sobre a formalidade jurídica”, onde
o que importa é o controle sobre os itens e não a sua propriedade.
Um exemplo que se encaixa neste contexto é o arrendamento mercantil, nele a propriedade
é do arrendador (financeira), entretanto, o bem é registrado no ativo da arrendatária (usu-
frutuária).
Errado.

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A empresa ABC S.A. figura como arrendatária em um contrato de arrendamento mercantil


de um conjunto de máquinas pelo valor futuro de R$ 1 milhão, com opção de compra ao
final do contrato. Os pagamentos do contrato serão feitos mensalmente durante o prazo
de 10 anos. As máquinas são de controle da ABC S.A. e foram confeccionadas conforme as
solicitações dessa empresa, para que as atividades comerciais da arrendatária pudessem
ser realizadas.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir, de acordo com a legislação vigente.

176. (CESPE/TJ-AM/CONTADOR/2019) Para o reconhecimento das máquinas como ativo da


ABC S.A., é necessário que a empresa detenha a efetiva propriedade jurídica delas.

Atualmente, ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio


líquido, deve-se atentar para a sua essência econômica e não apenas para sua forma legal. É
a aplicação prática da primazia da “essência econômica sobre a formalidade jurídica”, onde o
que importa é o controle sobre os itens e não a sua propriedade.
O CPC 00 apresenta que ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de even-
tos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade
Um exemplo que se encaixa neste contexto é o arrendamento mercantil, nele a propriedade
é do arrendador (financeira), entretanto, o bem é registrado no ativo da arrendatária (usufru-
tuária) que controla e se beneficia com o uso do bem.
Errado.

No que se refere às características qualitativas fundamentais da informação Contábil-financei-


ra, julgue o item seguinte.

177. (CESPE/SEFAZ-DF/AFRE/2020) Para ser útil, a informação contábil deve, concomitan-


temente, ser relevante e representar com fidedignidade a realidade reportada: nem a repre-
sentação fidedigna de fenômeno irrelevante, nem a representação não fidedigna de fenômeno
relevante auxiliam os usuários a tomarem boas decisões.

A utilidade da informação está relacionada com a sua relevância e a fidedignidade, ambas


em conjunto.
Certo.

178. (CESPE/SEFAZ-DF/AFRE/2020) Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo,


passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência subjacente e sua realidade
econômica, e não apenas para sua forma legal.

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Segundo as normas contábeis atuais, deve prevalecer a essência econômica de uma informa-
ção sobre a sua forma legal.
Certo.

Com base nas Normas Brasileiras de Contabilidade Geral (NBC TG), julgue os próximos itens.

179. (CESPE/SEFAZ-AL/AFRE/2020) Uma das características qualitativas fundamentais


da informação financeira é a representação fidedigna, que preconiza que as informações fi-
nanceiras sejam representações fiéis da forma legal dos fenômenos que elas se propõem a
representar.

Representação fidedigna é uma caraterística fundamental das informações contábeis.


Representar fidedignamente um evento econômico quer dizer ser fiel ao fato, de forma neutra e
sem um viés informacional, de forma mais simples, é falar a verdade, apresentar o que realmen-
te acorreu segundo a ESSÊNCIA ECONÔMICA do fato, independentemente da sua forma legal.
Errado.

Julgue o seguinte item, acerca do Decreto n. 5.450/2005, da Lei n. 6.404/1976 e dos reflexos
de ambos nos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis.

180. (CESPE/EBSERH/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2018) Em decorrência da aplicação


do princípio da prudência, os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo de-
vem ser ajustados a valor presente com base em taxas de desconto que reflitam as menores
avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo.

O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO


e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas
para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
O ajuste de valores está relacionado com o princípio do registro pelo valor original.
Errado.

Julgue o item que segue, a respeito dos princípios fundamentais de contabilidade.

181. (CESPE/EBSERH/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2018) O princípio da oportunidade re-


fere-se exclusivamente à tempestividade do registro do patrimônio e suas mutações.

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O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos com-


ponentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas, pois a falta de inte-
gridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasio-
nar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade
e a confiabilidade da informação.
A assertiva ao afirmar que a oportunidade se refere exclusivamente à tempestividade está
errada, deve ser respeitada também a integridade da informação.
Errado.

De acordo com os princípios de contabilidade do Conselho Federal de Contabilidade, julgue o


item subsequente.

182. (CESPE/TCE-PA/CIÊNCIAS ATUARIAIS/2016) O custo corrente de um ativo é o valor que


uma entidade teria de pagar se tivesse de adquirir esse mesmo ativo ou um ativo equivalente
na data das demonstrações contábeis.

Conforme o princípio do valor original o custo corrente determina que os ativos sejam re-
conhecidos pelos valores que teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes
fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. É conhecido como
custo de reposição.
Certo.

De acordo com os princípios de contabilidade do Conselho Federal de Contabilidade, julgue o


item subsequente.

183. (CESPE/TCE-PA/CIÊNCIAS ATUARIAIS/2016) Atende ao princípio da oportunidade o pro-


cedimento consistente na apresentação dos componentes patrimoniais com vistas a permitir
a produção de informações tempestivas.

Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos compo-


nentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
A Integridade diz respeito a completeza e a fidedignidade da informação; já a tempestividade
estabelece a necessidade de a informação ser dada em tempo útil.

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CONTABILIDADE GERAL
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Lembre-se de que o objetivo da contabilidade é fornecer informações úteis (relevantes e fide-


dignas) aos usuários, assim, a falta de integridade e tempestividade na produção e na divulga-
ção da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário
ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.
Certo.

Acerca dos princípios e das convenções contábeis, julgue o próximo item.

184. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTADOR/2016) O princípio da continuidade pressupõe que


a entidade continuará em operação no futuro; caso o encerramento de suas operações seja
conhecido, essa informação deverá ser levada em consideração para a mensuração e a divul-
gação dos componentes do patrimônio.

O Pressuposto da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro


e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta
esta circunstância.
Caso a empresa deseje acabar com suas atividades ela deverá reavaliar o potencial de reali-
zação dos seus componentes patrimoniais, normalmente será pelo valor justo.
Certo.

A respeito dos princípios de contabilidade aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade


(CFC), Resolução CFC n. 750/1993 e alterações conforme Resolução CFC n. 1.282/2010, jul-
gue o item seguinte.

185. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) O princípio da competência, que se refere à simultanei-


dade do reconhecimento de receitas e despesas correlatas, deve ser observado ao se elaborar
a demonstração do resultado do exercício.

O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam
reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou paga-
mento, desta forma ele pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despe-
sas correlatas.
A DRE apresenta o desempenho econômico da empresa respeitando o princípio da compe-
tência, ou seja, as receitas e as despesas serão reconhecidas, independentemente, do rece-
bimento ou do pagamento.
Certo.

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CONTABILIDADE GERAL
Lei n. 6.404/1976
Claudio Zorzo

A respeito dos princípios de contabilidade aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade


(CFC), Resolução CFC n. 750/1993 e alterações conforme Resolução CFC n. 1.282/2010, jul-
gue o item seguinte.

186. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) Conforme os princípios da prudência e da oportunida-


de, os efeitos das transações e outros eventos devem ser reconhecidos nos períodos a que se
referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

É o princípio da competência que determina que as receitas e as despesas sejam reconhe-


cidas quando ocorrer o fato gerador, independentemente, do recebimento ou do pagamento.
Errado.

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CONTABILIDADE GERAL
Lei n. 6.404/1976
Claudio Zorzo

GABARITO
146. e 160. E 174. E
147. E 161. C 175. E
148. E 162. C 176. E
149. d 163. E 177. C
150. e 164. C 178. C
151. C 165. E 179. E
152. E 166. E 180. E
153. C 167. C 181. E
154. E 168. C 182. C
155. C 169. E 183. C
156. C 170. C 184. C
157. E 171. b 185. C
158. E 172. E 186. E
159. E 173. e

Claudio Zorzo
Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Análise Gerencial, Docência para Nível Superior,
Auditoria e Perícia Contábil. É ex-servidor público do Executivo Federal – Ministério do Exército e ex-
servidor público do Legislativo Federal – Assessor Parlamentar. Atualmente, é professor de Contabilidade
e Auditoria Pública e Privada.

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