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GERAL
Lei n. 6.404/1976
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
CONTABILIDADE GERAL
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Sumário
Claudio Zorzo
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pre sejam apresentados produtos de qualidade, por isto, solicito que você avalie a qualidade
desta aula; este retorno é muito importante para que o Gran consiga cada vez mais melhorar
os seus produtos.
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O CPC é totalmente autônomo das entidades representadas, sendo que o Conselho Fede-
ral de Contabilidade fornece a estrutura necessária para as reuniões e os seus membros, na
maioria contadores, não auferem remuneração.
Foi idealizado em função das necessidades de:
• convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração de
relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de
custo de capital);
• centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades o
fazem);
• representação e processo democrático na produção dessas informações (produtores
da informação contábil, auditor, usuário, intermediário, academia, governo).
O PULO DO GATO
O CPC não emite normas.
O CPC emite Pronunciamentos Técnicos sobre contabilidade para permitir a emissão de nor-
mas pelas entidades reguladoras brasileiras, visando à centralização e à uniformização do
seu processo de produção de informações.
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Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
Estrutura Conceitual para
CPC 00 Elaboração e Divulgação de 02/12/2011 15/12/2011
Relatório Contábil-financeiro
Redução ao Valor Recuperável
CPC 01 06/08/2010 07/10/2010
de Ativos
Efeitos das mudanças nas
CPC 02 taxas de câmbio e conversão 03/09/2010 07/10/2010
de demonstrações contábeis
Demonstração dos Fluxos de
CPC 03 03/09/2010 07/10/2010
Caixa
CPC 04 Ativo Intangível 05/11/2010 02/12/2010
Divulgação sobre Partes
CPC 05 03/09/2010 07/10/2010
Relacionadas
Operações de Arrendamento
CPC 06 06/10/2017 21/12/2017
Mercantil
Subvenção e Assistência
CPC 07 05/11/2010 02/12/2010
Governamentais
Custos de Transação e
CPC 08 Prêmios na Emissão de Títulos 03/12/2010 16/12/2010
e Valores Mobiliários
Demonstração do Valor
CPC 09 30/10/2008 12/11/2008
Adicionado (DVA)
CPC 10 Pagamento Baseado em Ações 03/12/2010 16/12/2010
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Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento, Mensuração
CPC 14
e Evidenciação (Fase I) –
Transformado em OCPC 03
CPC 15 Combinação de Negócios 03/06/2011 04/08/2011
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Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
Ativo Não Circulante Mantido
CPC 31 para Venda e Operação 17/07/2009 16/09/2009
Descontinuada
CPC 32 Tributos sobre o Lucro 17/07/2009 16/09/2009
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Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
CPC 48 Instrumentos Financeiros 04/11/2016 22/12/2016
Contabilização e Relatório
CPC 49 Contábil de Planos de 06/04/2018 18/04/2018
Benefícios de Aposentadoria
Contabilidade para Pequenas
CPC PME e Médias Empresas com 04/12/2009 16/12/2009
Glossário de Termos
Está correta a letra e; o CPC não emite norma para o mercado, ele se pronuncia sobre assuntos
específicos. Quem normatiza são as autarquias.
O CPC é autônomo, não tem vinculação com nenhuma instituição pública ou privada.
Letra e.
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PEGADINHA DA BANCA
Quando for observado um conflito entre a estrutura conceitual e um pronunciamento técnico,
as exigências do pronunciamento técnico devem prevalecer sobre a estrutura conceitual. As
bancas tentam enganar o aluno dizendo que o pronunciamento básico se sobrepõe aos de-
mais pronunciamentos técnicos.
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Como a estrutura conceitual não é um procedimento técnico, não deve prevalecer, ela tem um
caráter de orientação. Guardem o seguinte: “quem manda são os pronunciamentos técnicos”.
Errado.
Podemos ver que a banca tratou o “CPC 00” como um pronunciamento técnico, o que não é
verdade, assim, a assertiva está errada.
Errado.
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Nesta assertiva tivemos o mesmo questionamento da questão anterior, contudo, o autor des-
tacou que a estrutura conceitual se sobrepõe aos pronunciamentos técnicos, o que sabemos
que não é verdade.
Errado.
Questão idêntica às demais, contudo, sabemos que a estrutura básica não prevalece sobre os
pronunciamentos técnicos.
Errado.
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Quanto a letra d, o erro está em afirmar que em caso de conflito normativo, o pronunciamento
básico se sobrepõe aos pronunciamentos técnicos. Vimos que o pronunciamento técnico é
que manda.
A letra e de forma correta apresenta que as demonstrações contábeis não têm propósito espe-
cífico. Elas têm propósito geral.
Letra e.
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Obs.: Informação é o conjunto de dados prontos para uso, obtido no registro, processa-
mento, análise e organização dos fatos contábeis, de forma que exerça uma alteração
(quantitativa ou qualitativa) no conhecimento de quem a recebe, reduzindo incertezas
e servindo de orientação.
O pronunciamento “00” destaca que muitos investidores e credores por empréstimo, não
podem requerer que as entidades que reportam a informação prestem a eles diretamente as
informações de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatórios financeiros de
propósito geral, para grande parte da informação Contábil-financeira que buscam. Consequen-
temente, eles são os usuários primários, sem hierarquia de prioridade; para quem relatórios
Contábil-financeiros de propósito geral são direcionados.
Segundo o CPC o foco dos relatórios financeiros está nos usuários que aplicam dinheiro
na empresa, ou seja, os fornecedores de capital; contudo, devemos entender que eles não
são os únicos usuários, já que o os clientes, os fornecedores, o governo, os sindicados repre-
sentando os funcionários e o governo utilizam as informações contábeis apresentadas para
atender suas necessidades específicas.
Agora é lógico que os relatórios de “propósito geral” não atendem e não podem atender
a todas as informações de que estes usuários necessitam, por isto eles precisam considerar
informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais e
expectativas, eventos políticos e clima político, perspectivas e panorama para a indústria e
para a entidade, evolução do mercado, concorrência etc.
Outras partes, como reguladores e o público em geral, que não investidores, credores por
empréstimos e outros credores, podem também considerar relatórios financeiros para fins
gerais úteis. Contudo, esses relatórios não são direcionados essencialmente a esses outros
grupos; que são denominados de usuários externos secundários.
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Relatórios financeiros, para fins gerais, fornecem informações sobre a posição financeira
da entidade que reporta, as quais consistem em informações sobre os recursos econômicos
da entidade e as reivindicações contra a entidade que reporta; fornecem ainda informações
sobre os efeitos de transações e outros eventos que alteram os recursos econômicos e rei-
vindicações da entidade que reporta. Ambos os tipos de informações fornecem dados úteis
para decisões referentes à oferta de recursos à entidade.
Contudo, os relatórios para fins gerais não se destinam a apresentar o valor da entidade
que reporta, mas fornecem informações para auxiliar investidores, credores por empréstimos
e outros credores, existentes e potenciais, a estimar o valor da entidade que reporta.
O PULO DO GATO
Os governos, órgãos reguladores ou autoridades tributárias, financiadores, por exemplo, po-
dem determinar especificamente exigências para atender a seus próprios interesses. Daí sur-
gem os relatórios de propósito específico. São relatórios específicos por atenderem somente
um usuário.
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Por fim, a estrutura conceitual ressalta que as informações apresentadas devem ser re-
gistradas de acordo com o regime de Competência, mas, devem também ser apresentadas
informações sobre o fluxo de caixa da entidade.
O regime de competência reflete os efeitos de transações e outros eventos nos períodos
em que esses efeitos ocorrem, mesmo que os pagamentos e recebimentos à vista resultantes
ocorram em período diferente, ou seja, é importante a divulgação da informação na ocorrência
do fato gerador do direito ou obrigação.
Isso é necessário porque informações sobre os recursos econômicos e reivindicações da
entidade e suas alterações durante o período fornecem uma base melhor para a avaliação do
desempenho passado e futuro da entidade do que informações exclusivamente sobre recebi-
mentos e pagamentos à vista durante esse período.
De acordo com o pronunciamento técnico CPC 00 (R1) —estrutura conceitual para elaboração
e divulgação de relatórios Contábil-financeiros —, julgue o item a seguir, referente a conceito,
objetivos e usuários da contabilidade.
A assertiva destaca que os relatórios são destinados aos usuários internos e externos, o que
não é verdade. Nós vimos que as demonstrações são direcionadas aos usuários externos.
Errado.
Os relatórios são elaborados para atender as necessidades dos usuários externos, especial-
mente os investidores. Em nossa aula vimos que estes relatórios não atendem todas as neces-
sidades dos usuários.
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Agora é lógico que os relatórios de “propósito geral” não atendem e não podem atender a
todas as informações de que estes usuários necessitam, por isto eles precisam considerar
informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais e
expectativas, eventos políticos e clima político, perspectivas e panorama para a indústria e
para a entidade, evolução do mercado, concorrência etc.
Errado.
De acordo com o pronunciamento técnico CPC 00 (R1) – estrutura conceitual para elaboração
e divulgação de relatórios Contábil-financeiros –, julgue o item a seguir, referente a conceito,
objetivos e usuários da contabilidade.
Os relatórios objetivam fornecer informações aos usuários externos, especialmente aos in-
vestidores, contudo, estas informações devem ser melhoradas com outras fontes. Assim, a
assertiva está correta, pois os relatórios não atendem todas as necessidades dos usuários.
Certo.
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a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
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A revisão R2 não mudou nenhum conceito, somente alterou o nome da caraterística da VERI-
FICABILIDADE para CAPACIDADE DE VERIFICAÇÃO.
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A informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo no caso de o usuário
decidir não a levar em consideração ou até mesmo se já tiver tomado ciência de sua existên-
cia por outras fontes, contudo a decisão pela importância da informação deve ser do usuário,
a empresa tem a obrigação de prestar a informação.
Uma interpretação interessante para relevância é no sentido de que se o usuário tivesse tido
a informação em momento hábil, ele teria tomada uma decisão diferente.
EXEMPLO
Um gestor de fundos de investimento decide aplicar nas debêntures de uma empresa, pois
ela está distribuindo um lucro acima do esperado. Para tomar a sua decisão ele considera
somente os dados apresentados nas Demonstrações e nas notas explicativas.
Após a compra dos títulos é divulgado pela administração da empresa que ela irá reconhecer
uma despesa por dano ambiental em relação a um sinistro ocorrido no ano anterior.
Sabe-se que o fato gerador da despesa foi um vazamento, que causou um dano ambiental,
ocorrido anteriormente e a administração não divulgou esta informação.
Note que se o gestor do fundo tivesse esta informação ele não teria comprado as debêntures,
pois as despesas irão diminuir o lucro e por consequência diminuir a distribuição aos deben-
turistas.
A informação relevante é capaz de fazer diferença nas decisões dos usuários se tiver valor
preditivo, valor confirmatório ou ambos. A informação Contábil-financeira tem valor preditivo
se puder ser utilizada como dado de entrada em processos empregados pelos usuários para
predizer futuros resultados. A informação Contábil-financeira tem valor confirmatório se retro-
alimentar – servir de feedback – avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las).
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Por valor confirmatório de uma informação entende-se a condição de que o usuário com
a informação possa verificar a efetividade das ações da administração, ou seja, se foram atin-
gidos os objetivos estabelecidos. A informação deve ajudar a confirmar se a administração
fez o que queria fazer.
O valor preditivo de uma informação está relacionado com a condição de que ela irá servir
de direcionador nas decisões que serão tomadas elos usuários.
O valor confirmatório da informação tem relação com o passado e o valor preditivo com o
futuro, por isto devem ser analisadas em conjunto de forma inter-relacionadas, pois a capa-
cidade de fazer predições é efetivada a partir do momento da possibilidade de confirmar as
predições feitas anteriormente.
Por exemplo, a informação sobre a composição do ativo e sobre a receita da empresa au-
xilia ao usuário a predizer a capacidade de geração de riqueza da entidade com base em seu
ativo, tendo assim um indicador sobre o possível retorno do investimento a ser feito.
O Pronunciamento destaca também que a relevância da informação é afetada pela sua
materialidade. A materialidade está relacionada com a mudança de uma decisão, pelo usu-
ário, devido ao conhecimento de uma informação, por isto tem relação com a natureza e a
magnitude do que está sendo informado.
A informação Contábil-financeira será material quando a sua omissão ou a sua divulgação
de forma distorcida (mistating) influenciar nas tomadas de decisões dos usuários das informa-
ções. Ela é considera um aspecto de relevância específico da entidade e, por essa razão, não
é possível especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou predefinir o que
seria jugado material em uma situação concreta.
Normalmente a materialidade de uma informação está diretamente relacionada com o
julgamento profissional do usuário, devido a isto deve ser analisado caso a caso para definir
se uma informação é material ou não.
Em alguns casos, a natureza das informações, por si só, é suficiente para determinar a sua
relevância. Por exemplo, reportar uma nova linha de produtos que a entidade venha a operar
pode afetar a avaliação dos riscos e oportunidades com que a entidade se depara, indepen-
dente dos valores envolvidos.
Em outros casos, a materialidade é importante pelo valor envolvido. Por exemplo, a em-
presa tem estoque composto por vários produtos, sendo que os produtos mais valorados não
tem mercado atuante e tendem a não se realizarem rapidamente, assim é importante desta-
car esta informação pelos valores envolvidos.
Esta convenção contábil é de extrema importância para a relação custo-benefício, pois
desobriga um tratamento mais rigoroso para aqueles itens cujo valor monetário é pequeno
dentro dos gastos totais, assim, itens imateriais não necessitam de um controle efetivo.
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O PULO DO GATO
A materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade com base na natureza ou
magnitude, ou ambas, dos itens aos quais as informações se referem no contexto do relató-
rio financeiro da entidade individual. Consequentemente, não se pode especificar um limite
quantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o que pode ser material em uma
situação específica.
Representação Fidedigna
Representar fidedignamente um evento econômico quer dizer ser fiel ao fato, de forma
neutra e sem um viés informacional, de forma mais simples, é falar a verdade, o que realmen-
te acorreu.
A representação fidedigna, anteriormente denominada de “confiabilidade”, é definida como
a qualidade da informação que garante aos usuários uma mensagem livre de erro e de viés e
que represente fielmente o que se pretende informar.
Conforme orientação normativa, a representação fidedigna deve priorizar a essência da
transação em detrimento da forma, ou seja, os eventos devem ser apresentados de acordo
com a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua forma legal. Disto pode-
mos inferir que o controle sobre um bem ou direito, suplanta a propriedade, quando da divul-
gação das informações.
Assim, para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter
três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.
• Completa: “deve incluir toda a informação necessária para que o usuário compreenda
o fenômeno sendo retratado, incluindo todas as descrições e explicações necessárias”.
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A representação neutra não possui inclinações, não é parcial, não é enfatizada ou deixa de
ser enfatizada, nem é, de outro modo, manipulada para aumentar a probabilidade de que as
informações financeiras serão recebidas de forma favorável ou desfavorável pelos usuários.
Informações neutras não significam informações sem nenhum propósito ou sem nenhu-
ma influência sobre o comportamento, ao contrário, informações financeiras relevantes são,
por definição, capazes de fazer diferença nas decisões dos usuários.
Uma novidade na revisão R2 foi a apresentação de que neutralidade é apoiada pelo exer-
cício da prudência. Prudência é o exercício de cautela ao fazer julgamentos sob condições de
incerteza. O exercício de prudência significa que ativos e receitas não estão superavaliados e
passivos e despesas não estão subavaliados. Da mesma forma, o exercício de prudência não
permite a subavaliação de ativos ou receitas ou a superavaliação de passivos ou despesas.
Essas divulgações distorcidas podem levar à superavaliação ou subavaliação de receitas ou
despesas em períodos futuros.
• Livre de erros: não pode haver erros ou omissões relevantes no fenômeno retratado.
Um retrato da realidade econômica livre de erros significa que não há erros ou omissões
no fenômeno retratado, e que o processo utilizado, para produzir a informação reportada, foi
selecionado e foi aplicado livre de erros.
Assim, representação fidedigna não significa exatidão em todos os aspectos. Nesse sen-
tido, um retrato da realidade econômica livre de erros não significa algo perfeitamente exato
em todos os aspectos. Por exemplo, a estimativa de preço ou valor não observável não pode
ser qualificada como sendo algo exato ou inexato. Entretanto, a representação dessa estima-
tiva pode ser considerada fidedigna se o montante for descrito claramente e precisamente
como sendo uma estimativa, se a natureza e as limitações do processo forem devidamente
reveladas, e nenhum erro tiver sido cometido na seleção e aplicação do processo apropriado
para desenvolvimento da estimativa.
Não se esqueça: a informação precisa concomitantemente ser relevante e representar
com fidedignidade a realidade reportada para ser útil. Nem a representação fidedigna de fe-
nômeno irrelevante, tampouco a representação não fidedigna de fenômeno relevante auxilia
os usuários a tomarem boas decisões.
O processo mais eficiente e eficaz para aplicar as características qualitativas fundamen-
tais é, normalmente, o seguinte:
• em primeiro lugar, identificar o fenômeno econômico, informações sobre o que é capaz
de ser útil para os usuários das informações financeiras da entidade que reporta;
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• em segundo lugar, identificar o tipo de informação sobre esse fenômeno que é mais
relevante;
• em terceiro lugar, determinar se essas informações estão disponíveis e se podem for-
necer representação fidedigna do fenômeno econômico. Em caso afirmativo, o pro-
cesso para satisfazer às características qualitativas fundamentais se encerra nesse
ponto. Em caso negativo, o processo é repetido com o próximo tipo de informação mais
relevante.
Novamente a questão é literal, basta saber que relevância e representação fidedigna são as
características fundamentais da informação contábil. “É só correr para o abraço”.
Letra d.
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Vimos na aula que para ser útil, a informação Contábil-financeira deve ter as características
fundamentais da relevância e da representação fidedigna. Assim, ela não tem só que represen-
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tar um fenômeno relevante, mas tem também que representar com fidedignidade o fenômeno
que se propõe representar.
Letra b.
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Para ser representação fidedigna, a realidade da informação retratada precisa ter três atribu-
tos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.
Letra a.
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sentada em relação a um fenômeno, no entanto, elas não tornam a informação útil, se uma
informação for irrelevante ou não tiver representação fidedigna, não importa ser comparável,
verificável, tempestiva ou compreensível, ela não é uma informação útil.
A aplicação das características qualitativas de melhoria é um processo interativo que não se-
gue uma ordem preestabelecida e nem existe hierarquia entre os atributos. Algumas vezes,
uma característica qualitativa de melhoria pode ter que ser diminuída para maximização de
outra característica qualitativa. Por exemplo, a redução temporária na comparabilidade como
resultado da aplicação prospectiva de uma nova norma Contábil-financeira pode ser vantajosa
para o aprimoramento da relevância ou da representação fidedigna no longo prazo.
Comparabilidade
A COMPARABILIDADE tem como necessidade própria precisar de pelo menos dois itens para
efetivar a comparação.
Assim, por uma questão de lógica, se o objetivo é comparar, existe a necessidade de ter
um dado em mãos para comparar com outro dado, e assim inferir sobre algo. O atributo da
comparabilidade permite que sejam comparadas informações com outras entidades ou com
a mesma entidade, entre mais de um período.
Outro ponto importante da comparabilidade é que ela não se confunde com o atributo da
consistência ou de uniformidade.
É normal as bancas apresentarem que comparabilidade é o mesmo que consistência ou
que uniformidade.
Consistência, embora esteja relacionada com a comparabilidade, não significa o mesmo.
Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, tanto de um pe-
ríodo para outro considerando a mesma entidade que reporta a informação, quanto para um
único período entre entidades. Comparabilidade é a meta; a consistência auxilia a alcançar
essa meta.
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Comparabilidade também não significa uniformidade. Para que a informação seja compa-
rável, coisas iguais precisam parecer iguais e coisas diferentes precisam parecer diferentes.
A comparabilidade da informação Contábil-financeira não é aprimorada ao se fazer com que
coisas diferentes pareçam iguais ou ainda ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes.
Meu(minha) amigo(a), chamo a sua atenção para que entenda que manter a consistência
não quer dizer que a empresa não possa mudar algum critério. A consistência estabelece
que a empresa mantenha os MESMOS critérios dentro do exercício, e se está utilizando um
critério, este seja utilizado em todos os itens da mesma natureza. Por exemplo: se a empre-
sa utiliza em suas máquinas da linha de produção o critério da depreciação pelo número de
unidades produzidas, deve utilizar para todas as máquinas na linha de produção o mesmo
critério. Se a empresa faz estimativa de inadimplência para as contas a receber, deve fazer
para todas as contas a receber.
Qualquer mudança de critério que impacte de forma relevante nos dados apresentados
deve ser divulgada em notas explicativas junto com as demonstrações contábeis.
Na sua essência a comparabilidade deve possibilitar ao usuário o conhecimento da situa-
ção e evolução de determinada informação ao longo do tempo, numa mesma Entidade ou em
diversas Entidades, de tal forma que se obtenha condição para a melhor tomada de decisão.
Capacidade de Verificação
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Tempestividade
Compreensibilidade
PEGADINHA DA BANCA
Normalmente as bancas afirmam que para facilitar a compreensão pelos usuários, a empresa
não precisa divulgar as informações consideradas complexas. Não caiam neste peguinha.
Devem ser divulgadas todas as informações relevantes, inclusive as que envolvem cálcu-
los complexos como os relacionados com a precificação de ativos e derivativos no mercado
de capital.
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Então, para ser compreensível a informação deve ser divulgada com clareza e completude,
contudo, exige-se que o usuário saiba interpretar as informações, pois, as informações sobre
assuntos complexos que devam ser incluídas nas demonstrações contábeis, por causa da
sua relevância para as necessidades de tomada de decisão pelos usuários, não devem ser ex-
cluídas meramente sob o pretexto de que seriam difíceis para certos usuários as entenderem.
Relevante Importante
Fundamental
Fidedigna Verdadeira
Informação
contábil Compreensabilidade Entendível
De Comparabilidade Analisável
melhoria
Verificabilidade Comprovável
Tempestividade Oportuna
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Público” prevê que os usuários dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do
Setor Público almejam subsídios nestes relatórios para fins de prestação de contas e respon-
sabilização (accountability) e para o (a) _________.
Completam de forma CORRETA as lacunas do texto na ordem prevista:
a) Comparabilidade / tomada de decisão.
b) Representação fidedigna / fiscalização dos tributos arrecadados.
c) Relevância / fiscalização dos agentes públicos.
d) Tempestividade / acompanhamento da ação governamental.
e) Compreensibilidade / participação democrática.
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c) Neutralidade
d) Comparabilidade
e) Verificabilidade.
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I – Está errado. Os relatórios de propósito emitidos pela empresa visam atender aos usuá-
rios externos; os administradores que representam os usuários internos utilizam informações
pontuais e específicas.
II – Está correto. O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações que sejam
úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica,
por isto que são denominadas de relatórios de propósito geral.
III – Está correto. As demonstrações contábeis são preparadas com base no pressuposto da
continuidade, ou seja, considerando que a empresa não tem a intenção, nem a necessidade de
entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações.
IV – Está errada. As informações sobre assuntos complexos que dificultam a compreensibi-
lidade para alguns usuários da contabilidade NÃO devem ser excluídas das demonstrações
contábeis. É o caso dos instrumentos financeiros sem um mercado ativo. A exclusão de infor-
mações sobre esses fenômenos dos relatórios Contábil-financeiros pode tornar a informação
constante em referidos relatórios mais facilmente compreendida. Contudo, referidos relatórios
seriam considerados incompletos e potencialmente distorcidos.
Letra b.
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Os ativos e passivos NÃO RECONHECIDOS, são os considerados contingentes, que não apa-
recem no balanço patrimonial, mas são divulgados em notas explicativas.
O PULO DO GATO
A empresa deve apresentar as demonstrações do período corrente e as demonstrações do
período anterior.
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Para que esse potencial exista, não precisa ser certo, ou mesmo provável, que esse direito
produzirá benefícios econômicos.
É necessário somente que o direito já exista e que, em pelo menos uma circunstância,
produzirá para a entidade benefícios econômicos além daqueles disponíveis para todas as
outras partes.
Um recurso econômico pode produzir benefícios econômicos para a entidade, com um ou
mais dos seguintes atos:
a) receber fluxos de caixa contratuais ou outro recurso econômico;
b) trocar recursos econômicos com outra parte em condições favoráveis;
c) produzir fluxos de entrada de caixa ou evitar fluxos de saída de caixa, por exemplo:
d) receber caixa ou outros recursos econômicos por meio da venda do recurso econômico; ou
e) extinguir passivos por meio da transferência do recurso econômico.
Para que exista passivo, três critérios devem ser satisfeitos: a entidade tem uma obriga-
ção, a obrigação é de transferir um recurso econômico, a obrigação é uma obrigação presente
que existe como resultado de eventos passados
O primeiro critério para o passivo é que a entidade tenha a obrigação.
A obrigação é o dever ou responsabilidade que a entidade não tem a capacidade prática
de evitar. A obrigação é sempre devida à outra parte (ou partes).
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A outra parte (ou partes) pode ser uma pessoa ou outra entidade, grupo de pessoas ou
outras entidades, ou a sociedade em geral.
Não é necessário conhecer a identidade da parte (ou partes) para quem a obrigação é devida.
Muitas obrigações são estabelecidas por contrato, legislação ou meios similares e são
legalmente exigíveis pela parte (ou partes) para quem são devidas.
Obrigações também podem resultar, contudo, de práticas usuais, políticas publicadas ou
declarações específicas da entidade se a entidade não tem capacidade prática de agir de
modo inconsistente com essas práticas, políticas ou declarações.
A obrigação que surge nessas situações é denominada, às vezes, “obrigação presumida”.
O segundo critério para um passivo é que a obrigação seja de transferir um recurso
econômico.
Para satisfazer a esse critério, a obrigação deve ter o potencial de exigir que a entidade
transfira um recurso econômico para outra parte (ou partes). Para que esse potencial exista,
não é necessário que seja certo, ou mesmo provável, que a entidade será obrigada a transferir
um recurso econômico – a transferência pode, por exemplo, ser obrigada somente se ocorrer
evento futuro incerto especificado.
É necessário somente que a obrigação já exista e que, em pelo menos uma circunstância,
exigirá que a entidade transfira um recurso econômico.
Obrigações de transferir um recurso econômico incluem, por exemplo:
a) obrigações de pagar o valor à vista;
b) obrigações de entregar produtos ou prestar serviços;
c) obrigações de trocar recursos econômicos com outra parte em condições desfavorá-
veis. Essas obrigações incluem, por exemplo, contrato a termo para vender um recurso eco-
nômico em condições que são atualmente desfavoráveis ou a opção que dá direito à outra
entidade de comprar um recurso econômico da entidade;
d) obrigações de transferir um recurso econômico se ocorrer evento futuro incerto
específico;
e) obrigações de emitir instrumento financeiro se esse instrumento financeiro obrigar a
entidade a transferir um recurso econômico.
O terceiro critério para um passivo é que a obrigação seja uma obrigação presente que
exista como resultado de eventos passados.
A obrigação presente existe como resultado de eventos passados somente se:
a) a entidade já tiver obtido benefícios econômicos ou tomado uma ação; e
b) como consequência, a entidade terá ou poderá ter que transferir um recurso econômico
que de outro modo não teria que transferir.
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É uma obrigação não exigível para a empresa, pois os direitos sobre o patrimônio líquido
são reivindicações contra a entidade que não atendem à definição de passivo.
Essas reivindicações podem ser estabelecidas por contrato, legislação ou meios simila-
res, e incluem, na medida em que não atendem à definição de passivo:
a) ações de diversos tipos emitidas pela entidade; e
b) algumas obrigações da entidade de emitir outro direito sobre o patrimônio líquido, como
dividendos e proventos.
Os elementos diretamente relacionados com o desempenho financeiro da entidade, são
as receitas e as despesas.
a) Receitas são aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em aumen-
tos no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a contribuições de detentores de direitos
sobre o patrimônio;
b) Despesas são reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que resultam em re-
duções no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a distribuições aos detentores de
direitos sobre o patrimônio.
O resultado é frequentemente utilizado como medida de performance, desempenho ou
como base para outras medidas, tais como o retorno do investimento ou o resultado por ação.
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Recurso
Ativo
controlado
Posição
Obrigação
patrimonial e Passivo
presente
financeira
Patrimônio Resíduo
líquido patrimonial
Elementos das
DC’s
Ganho
Receitas
econômico
Desempenho
econômico
Perda
Despesas
econômica
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A essência de um ativo é ter um potencial econômico embutido; caso ocorra um gasto que
seja improvável a futura geração de benefícios econômicos para a entidade, como é o caso
de uma perda econômica, com sinistros, doações etc. o elemento deverá ser reconhecido
como despesa.
Letra b.
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A despesa é uma perda econômica que deixa a empresa mais pobre; toda despesa diminui a
situação líquida; diminuindo o ativo ou aumentando o passivo.
O reconhecimento de perdas no estoque é uma despesa que diminui o ativo.
Letra d.
Receita é um ganho econômico que deixa a empresa mais rica; será registrada independen-
temente do recebimento ou não.
Toda receita aumenta a situação líquida da empresa, aumentando o ativo ou diminuindo o
passivo; contudo, nem todo aumento da situação líquida é uma receita, como é o caso do
aumento do capital social e a conversão de dívidas em ações.
A diminuição do passivo pelo ganho na variação cambial é um exemplo de receita.
Letra b.
O ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual
se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade e pode ser tangível ou
intangível.
Letra a.
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033. (UFG/UFG/CONTADOR/2017) Até há bem pouco tempo, era comum conceituar Ativo
como o conjunto de bens e direitos, embora diversos autores afirmassem que a utilização de
um conceito simplificado se devia à formação ainda incipiente dos estudantes. O Ativo, após
a divulgação da estrutura conceitual para a elaboração e divulgação das demonstrações con-
tábeis, passa a ser um recurso
a) possuído por uma entidade, como resultado de eventos passados, e que apresenta va-
lor de troca.
b) possuído por uma entidade, como resultado de eventos passados, e do qual se espera que
benefícios econômicos futuros fluam para essa entidade.
c) controlado por uma entidade, como resultado de eventos passados, e do qual se espera que
benefícios econômicos futuros fluam para essa entidade.
d) controlado por uma entidade, como resultado de eventos passados, e que apresenta va-
lor de troca.
Ativo é um recurso econômico controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do
qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.
Lembre-se de que atualmente o ativo não precisa mais ser de propriedade da empresa, con-
tudo deve estar sob o seu controle.
Letra c.
O valor pelo qual ativo, passivo ou patrimônio líquido é reconhecido no balanço patrimonial é
referido como o seu “valor contábil”.
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O PULO DO GATO
Somente itens que atendem à definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido devem ser re-
conhecidos no balanço patrimonial. Similarmente, somente itens que atendem à definição de
receitas ou despesas devem ser reconhecidos na demonstração do resultado e na demons-
tração do resultado abrangente. Contudo, nem todos os itens que atendem à definição de um
desses elementos devem ser reconhecidos.
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O PULO DO GATO
Para ser reconhecido como ativo ou passivo deve ser PROVÁVEL que o bem irá se realizar (ati-
vo) ou será exigida uma liquidação (passivo). Outro critério muito importante é que o elemento
deve ser mensurável. Quando a empresa não conseguir estabelecer um valor, mesmo que por
estimativa, não deve reconhecer o item nas demonstrações.
O conceito de probabilidade deve ser adotado nos critérios de reconhecimento para de-
terminar o grau de incerteza com que os benefícios econômicos futuros referentes ao item
venham a fluir para a entidade ou a fluir da entidade.
As avaliações acerca do grau de incerteza quanto a realização de um bem deve ser fei-
ta com base na evidência disponível quando as demonstrações contábeis são elaboradas,
ou seja, deve ser na data das demonstrações, o que ocorre normalmente no dia 31/12. Por
exemplo, quando for provável que uma conta a receber devida à entidade não será paga pelo
devedor, é então justificável, reconhecer uma estimativa de perda pela provável inadimplência
e dessa forma, reconhecer como despesa a esperada redução nos recebimentos (benefícios
econômicos esperados).
O segundo critério para reconhecimento de um item é que ele possua custo ou valor que
possa ser mensurado com confiabilidade. Em muitos casos, o custo ou valor precisa ser es-
timado; o uso de estimativas razoáveis é parte essencial da elaboração das demonstrações
contábeis e não prejudica a sua confiabilidade. Quando, entretanto, não puder ser feita esti-
mativa razoável, o item não deve ser reconhecido no balanço patrimonial ou na demonstração
do resultado.
Por exemplo, o valor que se espera receber de uma ação judicial pode enquadrar-se nas
definições tanto de ativo (direito) quanto de receita (ganho), assim como nos critérios proba-
bilísticos exigidos para reconhecimento. Todavia, se não é possível mensurar com confiabili-
dade o montante que será recebido, ele não deve ser reconhecido como ativo ou receita.
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Desreconhecimento
O PULO DO GATO
O desreconhecimento NÃO deve ser feito se a entidade aparentemente tiver transferido o ativo,
mas mantém exposição a significativas variações positivas ou negativas no valor dos benefí-
cios econômicos que podem ser produzidos pelo ativo, ou seja, ainda controla o recurso.
Capítulo 6: Mensuração
Mensuração é o processo que consiste em determinar os montantes monetários (VALOR)
por meio dos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e
apresentados no balanço patrimonial e na demonstração do resultado.
Para conseguir estabelecer o valor de um elemento nas demonstrações contábeis, a em-
presa deve selecionar uma base inicial de mensuração, ou seja, estabelecer o valor de entra-
da do item.
Após o reconhecimento do valor do bem, a empresa ajusta este valor ao seu VALOR ATU-
AL de acordo com a sua realização corrente (uso/perda/desvalorização etc.), desta forma,
no término do exercício ao elaborar as demonstrações, a empresa deve apresentar o valor de
saída do bem pelo valor mais próximo do atual possível; mesmo que por estimativa.
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Valores de entrada: referem-se aos valores de obtenção dos elementos para seu primeiro
registro nas demonstrações.
Valores de Saída: refletem os valores recebidos ou gastos pela firma, na liquidação
de um item.
Na contabilidade um número variado de bases de mensuração é empregado em diferen-
tes graus e em variadas combinações para estabelecer o valor dos itens nas demonstrações
contábeis. Cada item terá um tratamento, vai depender da sua natureza. Por exemplo: os es-
toques são mensurados ao valor de mercado; os valores a receber e a pagar ao valor presente;
o imobilizado é ajustado ao seu valor realizável etc.
Segundo o pronunciamento conceitual R2 são utilizadas as bases de mensuração do cus-
to histórico, que deve ser ajustado ao seu custo atual, que pode ser pelo valor justo, valor em
uso e valor de cumprimento ou custo corrente.
A lógica do processo de mensuração é atender aos atributos fundamentais da informação
contábil, respeitando a relevância e a representação fidedigna.
Custo Histórico
Os ativos são registrados pelos valores pagos ou pelo valor justo dos recursos que são
entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores
dos recursos que serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações.
A mensuração ao custo histórico fornece informações monetárias sobre ativos, passivos
e respectivas receitas e despesas, utilizando informações derivadas, pelo menos em parte,
do preço da transação ou outro evento que deu origem a eles. Diferentemente do valor atual,
o custo histórico não reflete as mudanças nos valores, exceto na medida em que essas mu-
danças se referirem à redução ao valor recuperável de ativo ou passivo que se torna onerosa.
O custo histórico representa o valor original de negociação, o primeiro valor registrado.
Para estabelecer o valor original é importante considerar que tudo o que for gasto com o item
até a sua disponibilização para a empresa é considerado um custo, assim, se a empresa com-
prar uma máquina por R$ 10.000,00 e gastar R$ 5.000,00 com frete e seguro, o valor original
da máquina é de R$ 15.000,00.
O custo histórico de ativo quando é adquirido ou criado é o valor dos custos incorridos na
aquisição ou criação do ativo, compreendendo a contraprestação paga para adquirir ou criar o
ativo mais custos de transação. O custo histórico de passivo quando é incorrido ou assumido
é o valor da contraprestação recebida para incorrer ou assumir o passivo menos custos de
transação.
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Como o custo histórico é reduzido para refletir o consumo do ativo e sua redução ao valor
recuperável, o valor que se espera que seja recuperado do ativo mensurado ao custo histórico
é, pelo menos, tão grande quanto o seu valor contábil.
Similarmente, como o custo histórico do passivo é aumentado quando se torna oneroso,
o valor da obrigação de transferir os recursos econômicos necessários para satisfazer à obri-
gação não é maior do que o valor contábil do passivo.
Assim, o custo histórico do ativo e do passivo deve ser atualizado ao longo do tempo para
refletir, se aplicável:
Atualização do custo histórico do ativo deve ser feita quando:
• o consumo da totalidade ou parte do recurso econômico que constitui o ativo (depre-
ciação ou amortização);
• pagamentos recebidos que extinguem a totalidade ou parte do ativo;
• o efeito de eventos que fazem com que a totalidade ou parte do custo histórico do ativo
não seja mais recuperável (redução ao valor recuperável); e
• provisão de juros para refletir qualquer componente de financiamento do ativo.
Valor Atual
O valor atual de um componente das demonstrações é o seu valor histórico ajustado pe-
las alterações necessárias que ocorreram no exercício corrente.
Diferentemente do custo histórico, o valor atual de ativo ou passivo não resulta, mesmo
em parte, do preço da transação ou outro evento que deu origem ao ativo ou passivo, mas sim,
é o resultado as variações que ocorreram nos itens do patrimônio.
As mensurações ao valor atual fornecem informações monetárias sobre ativos, passivos
e respectivas receitas e despesas, utilizando informações atualizadas para refletir condições
na data de mensuração.
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a) Valor justo
O valor justo do ativo é o preço que seria recebido para vende-lo sem deduzir custos
de transação na alienação; para o passivo é o preço que seria pago para transferir a par-
te não cumprida da obrigação, não incluindo custos de transação que seriam incorridos na
transferência.
O valor justo é determinado pela perspectiva dos participantes do mercado e, não, pela pers-
pectiva específica da entidade.
As informações fornecidas mensurando ativos e passivos ao valor justo podem ter valor pre-
ditivo porque o valor justo reflete as atuais expectativas dos participantes do mercado sobre o
valor, época e incerteza de fluxos de caixa futuros. Essas expectativas são precificadas de modo
que reflitam as atuais preferências de risco dos participantes do mercado. Essas informações
também podem ter valor confirmatório, fornecendo feedback sobre expectativas anteriores.
Receitas e despesas que refletem as atuais expectativas dos participantes do mercado
podem ter algum valor preditivo, pois essas receitas e despesas podem ser usadas como
dado para prever futuras receitas e despesas. Essas receitas e despesas também podem
ajudar na avaliação da eficiência e eficácia da administração da entidade no cumprimento de
suas responsabilidades sobre o uso dos recursos econômicos da entidade.
A mudança no valor justo de ativo ou passivo pode resultar de vários fatores. Quando
esses fatores possuem diferentes características, identificar separadamente receitas e des-
pesas que resultam desses fatores pode fornecer informações úteis aos usuários das de-
monstrações contábeis.
Se a entidade adquiriu o ativo em mercado e determina o valor justo utilizando preços de
mercado diferente (mercado em que a entidade venderia o ativo), qualquer diferença entre os
preços nesses dois mercados é reconhecida como receita quando esse valor justo é inicial-
mente determinado.
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Lei n. 6.404/1976
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O PULO DO GATO
A estrutura conceitual não determina os critérios para utilizar uma ou outra base; entretanto,
destaca que ao escolher a base de mensuração a ser utilizada é necessário considerar a na-
tureza das informações que a base de mensuração produzirá nas demonstrações. Ou seja, a
seleção será feita com base no julgamento profissional.
Na maioria dos casos, nenhum fator único determina qual base de mensuração deve ser
escolhida. A importância relativa de cada fator depende de fatos e circunstâncias, assim, a
base de mensuração mais comumente adotada pelas entidades na elaboração de suas de-
monstrações contábeis é o custo histórico. Ele é normalmente combinado com outras bases
de mensuração.
Entretanto, o CPC destaca a necessidade da escolha da base de mensuração ser determi-
nada considerando-se tanto a mensuração inicial como a mensuração subsequente, sempre
de acordo com a relevância e a fidedignidade das informações apresentadas.
Por exemplo, os estoques são geralmente mantidos pelo menor valor entre o custo e o va-
lor líquido de realização, os títulos e valores mobiliários negociáveis podem em determinadas
circunstâncias ser mantidos a valor de mercado e os passivos decorrentes de pensões são
mantidos pelo seu valor presente.
Em 15/7/2015, uma empresa adquiriu, à vista, mercadorias para revenda no valor unitário de
R$ 7,00, contemplando todos os custos de aquisição. Em 31/7/2015, o preço de reposição
unitário das referidas mercadorias havia alcançado o valor de R$ 7,80, ao passo que o preço
de venda unitário estimado da mercadoria era R$ 12,50, e o gasto estimado necessário para
a concretização da venda era R$ 1,50 por unidade. Em uma transação sem favorecimentos,
cada uma dessas mercadorias poderia ser trocada no mercado pelo valor de R$ 12,50 no úl-
timo dia do mês de julho de 2015.
Com base na situação hipotética apresentada, julgue os próximos itens:
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Acerca da estrutura conceitual básica da contabilidade, dos planos de contas, dos lançamen-
tos e da apuração de resultados bem como da estrutura das demonstrações contábeis, julgue
os itens que se seguem.
Julgue o item seguinte, acerca dos componentes patrimoniais, suas características e con-
tabilização.
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Com relação aos princípios, às normas, às teorias e às práticas contábeis vigentes, julgue o
item que se segue.
A essência sobre a forma foi retirada na revisão do pronunciamento conceitual por ser con-
siderada uma redundância, pois para a contabilidade a representação fidedigna exige que o
controle sobreponha a propriedade. A prudência foi excluída por ser contraria à neutralidade,
uma característica da representação fidedigna.
Certo.
Como vimos, na contabilidade atual prevalece a “essência econômica sobre a forma legal”, dai
podemos inferir que o controle sobrepõe a propriedade, desta forma um item pode estar no
ativo da empresa mesmo não sendo de sua propriedade legal.
O caso mais caraterizador da essência sobre a forma é o arrendamento mercantil financeiro,
onde a empresa é usufrutuária do bem, contudo a propriedade é da financeira (arrendadora).
Errado.
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( ) Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa
ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição.
( ) Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que teriam
de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na
data do balanço.
( ) Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que pode-
riam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada.
( ) Os ativos são mantidos pelo valor descontado, dos fluxos futuros de entradas líquidas
de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações.
De acordo com a Resolução CFC 1374/2011, relacione as colunas e marque a alternativa que
contenha sequência correta das bases de mensuração dos Ativos:
a) 3, 2, 4, 1.
b) 2, 1, 2,4.
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c) 4, 3, 1, 2.
d) 1, 2, 3, 4.
e) 3, 1, 4, 2.
Custo Histórico – Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes
de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição.
Custo Corrente – Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa
que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos
na data do balanço.
Valor Realizável – Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa
que poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada.
Valor Presente – Os ativos são mantidos pelo valor descontado, dos fluxos futuros de entra-
das líquidas de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações.
Letra e.
O ativo não necessita ser de propriedade da empresa, entretanto, deve estar sob o seu controle.
Letra b.
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c) legalmente, o patrimônio líquido pode ser entendido como o valor de responsabilidade dos
sócios em relação às obrigações de uma entidade, no caso de uma empresa S.A.
d) o patrimônio líquido contábil é o conjunto dos fluxos de caixa futuros da entidade trazidos
a valor presente pelo seu custo de oportunidade.
e) economicamente, o patrimônio líquido é obtido trazendo os fluxos de resultados previstos
a valor presente pelo seu custo de oportunidade.
Contabilmente o patrimônio líquido é um resíduo patrimonial e seu valor é obtido pela equação:
PL = ativo – passivo exigível.
Legalmente, conforme determinação da Lei n. 6.404/1976, o PL é uma obrigação não exigível
da empresa junto aos sócios.
Economicamente o PL representa o valor patrimonial da empresa, ou seja, o valor da empresa
considerando somente o seu patrimônio ativo e passivo; o valor de mercado da empresa é o
seu valor justo em um mercado ativo.
Letra a.
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Assim como custo restringe outras decisões de relatório financeiro, também restringe deci-
sões sobre apresentação e divulgação. Então, ao tomar decisões sobre apresentação e divul-
gação, é importante considerar se é provável que os benefícios fornecidos aos usuários das
demonstrações contábeis ao apresentar ou divulgar informações específicas justifiquem os
custos de fornecer e utilizar essas informações.
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nominal investido ou no poder de compra do capital investido. Se, contudo, a principal pre-
ocupação dos usuários for com a capacidade operacional da entidade, o conceito de capital
físico deve ser adotado.
No Brasil, as empresas divulgam suas demonstrações com base no conceito de capital
financeiro.
Financeiro Dinheiro
Conceito
de capital
Físico Produção
Exatamente, se você notar o conceito de capital financeiro nada mais é que o valor do PL;
ou seja, o valor patrimonial da empresa. Assim, primeiro se estabelece o valor financeiro para
o ativo total, depois retira o total do passivo exigível e a sobra é o patrimônio líquido. Este é o
normal nas nossas empresas, avaliar o capital dos sócios pelo montante financeiro.
Contudo, o valor de mercado da empresa na Bolsa de Valores ou em outro mercado de
negociação pode ser mensurado com base no capital físico. Por isto que este conceito é mais
utilizado com ferramenta gerencial e de decisão.
O conceito de manutenção do capital está relacionado com a forma que a entidade define
o capital que ele procura manter, assim, tem relação direta com o capital financeiro ou capi-
tal físico.
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O conceito financeiro de manutenção do capital não requer o uso de uma base específica
de mensuração. A escolha da base depende do tipo de capital que a entidade procura manter
e o lucro representa o aumento do capital nominal no período.
• Manutenção do capital físico. De acordo com esse conceito, o lucro é considerado au-
ferido somente se a capacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da enti-
dade (ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade) no fim do
período exceder a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas
quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período.
A manutenção de do capital físico requer a adoção do custo corrente como base de ava-
liação e o lucro representa o aumento do capital físico no período.
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Esse Pronunciamento estabelece que a estrutura conceitual, quanto ao seu alcance, dentre
outros aspectos conceituais, aborda
a) o reconhecimento e a mensuração dos elementos a partir dos quais as demonstrações
contábeis são elaboradas.
b) o objetivo da elaboração do relatório Contábil-financeiro e da evidenciação de seus respec-
tivos elementos.
c) o objetivo da divulgação das demonstrações contábeis e da classificação dos respectivos
elementos que elas evidenciam
d) as características quantitativas, qualitativas e informacionais dos elementos apresentados
nas demonstrações contábeis.
e) as características e a mensuração dos elementos da estrutura de capitais, sua manuten-
ção e respectiva evidenciação.
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Vimos na aula que os relatórios (demonstrações contábeis) são destinados aos usuários ex-
ternos, especialmente para os investidores e credores por empréstimos.
Os usuários internos tomam suas decisões com base nas informações coletadas de forma
tempestiva, durante o ano corrente, assim, não dependem das demonstrações contábeis.
Letra b.
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III – O regime de competência tem relação com o registro do fato gerador de uma receita ou
despesa, assim, reporta os direitos e as obrigações na medida em que os fatos ocorreram.
Está certa.
IV – Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem
e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles. Utilizar os mesmos métodos
para os mesmos itens é sinônimo de consistência. Está errada.
Letra d.
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a) a comparabilidade e a compreensibilidade.
b) a verificabilidade e a utilidade.
c) a tempestividade e a entidade.
d) a continuidade e a oportunidade.
e) a competência e a prudência
Os usuários das informações apresentadas pela empresa são internos e externos. As demons-
trações são orientadas aos usuários externos, que são divididos em primários e secundários.
O CPC estabelece que o objetivo do relatório Contábil-financeiro de propósito geral é fornecer
informações que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por emprésti-
mos e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos para a
entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações em instrumentos
patrimoniais e em instrumentos de dívida, e a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras
formas de crédito.
Estes usuários não podem requerer que as entidades prestem a eles diretamente as informa-
ções de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatórios Contábil-financeiros de
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propósito geral, para grande parte da informação contábil-financeira que buscam. Consequen-
temente, eles são os usuários primários para quem relatórios contábil-financeiros de propósito
geral são direcionados.
Letra a.
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O objetivo dos relatórios financeiros, ou seja, das demonstrações contábeis é fornecer in-
formações aos usuários externos, principalmente, aos que aplicam dinheiro na empresa, de
forma que consiga atender aos seus anseios, no tocante a tomada de decisão sobre como e
onde é melhor investir.
Letra d.
A essência econômica sobre a forma jurídica determina que os ativos deverão ser registrados
na empresa que tiver o controle sobre os benefícios e riscos com a sua utilização, indepen-
dentemente, da propriedade. É o controle sobre a propriedade.
Um exemplo é o arrendamento mercantil financeiro; a empresa arrendatária que “aluga” o
bem, tem o controle sobre ele, mas a propriedade é da financeira arrendadora que está forne-
cendo o bem para o arrendatário.
A essência econômica sobre a forma jurídica foi retirada de componente da representação
fidedigna por ser redundante a sua inclusão, assim, a primazia passou a ser uma verdade para
a contabilidade, um axioma que deverá ser aplicado em todas nas análises patrimoniais.
Letra a.
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d) os consumidores.
e) o governo.
Os usuários das informações apresentadas pela empresa são internos e externos. As demons-
trações são orientadas aos usuários externos, que são divididos em primários e secundários.
O CPC estabelece que o objetivo do relatório Contábil-financeiro de propósito geral é fornecer
informações que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por emprésti-
mos e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos para a
entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações em instrumentos
patrimoniais e em instrumentos de dívida, e a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras
formas de crédito.
Estes usuários não podem requerer que as entidades prestem a eles diretamente as informa-
ções de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatórios Contábil-financeiros de
propósito geral, para grande parte da informação Contábil-financeira que buscam. Consequen-
temente, eles são os usuários primários para quem relatórios Contábil-financeiros de propósito
geral são direcionados.
Letra a.
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Lei n. 6.404/1976
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O PULO DO GATO
A Lei n. 6.404/1976 foi elaborada tendo como base a escola americana de contabilidade e com
a sua apresentação a contabilidade brasileira se afastava da escola italiana. As alterações que
ocorreram posteriormente na Lei n. 6.404/1976 buscaram a convergência das normas nacio-
nais às normas internacionais emitidas pelo IASB. Assim, as alterações apresentadas pelas
novas leis foram para adequá-la a escola internacional, afastando-se da escola americana.
A legislação apresenta que Sociedade Anônima é a empresa constituída por duas ou mais
pessoas, sendo o seu capital dividido em partes de igual valor denominadas de “ações”, e as-
sumindo os seus sócios responsabilidade apenas pela importância aplicada no capital social
da sociedade.
O capital social, constituído por ações, será fixado no estatuto, devendo ser expresso em
moeda corrente, podendo ser modificado mediante aditivo ao estatuto social, conforme de-
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Lei n. 6.404/1976
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terminações da Lei n. 6.404/1976. O capital social pode ser formado por contribuições em
dinheiro, ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação econômica.
A Lei n. 6.404/1976 distingue duas espécies de companhias: as abertas e a as fechadas.
• Companhia Aberta = é aquela cujos valores mobiliários de sua emissão são admitidos à
negociação no mercado de valores mobiliários. Esse tipo de companhia busca recursos
junto ao público, oferecendo suas ações à subscrição pública (mercado primário).
• Companhia Fechada = não capta recursos junto ao público, ou seja, os títulos e valores
mobiliários de sua emissão não são admitidos à negociação no mercado de valores
mobiliários. Os sócios representam um grupo específico e fechado.
Art. 4º Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários
de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários. (Reda-
ção dada pela Lei n. 10.303, de 2001)
§ 1º Somente os valores mobiliários de emissão de companhia registrada na Comissão de Valores
Mobiliários podem ser negociados no mercado de valores mobiliários. (Redação dada pela Lei n.
10.303, de 2001)
§ 2º Nenhuma distribuição pública de valores mobiliários será efetivada no mercado sem prévio
registro na Comissão de Valores Mobiliários. (Incluído pela Lei n. 10.303, de 2001)
Buscando uma maior independência normativa para o mercado de capital, a Lei destaca
que as demonstrações financeiras das companhias abertas observarão também as normas
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas à au-
ditoria por auditores independentes nela registrados.
As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstrações
financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias abertas.
Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de socie-
dades por ações, sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras e a obrigato-
riedade de auditoria independente por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários.
Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei, a sociedade ou conjunto
de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior
a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a
R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).
A parte importante da Lei, para a contabilidade, está nos artigos 175 a 204, oriento a lei-
tura destes artigos:
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CAPÍTULO XV
Exercício Social e Demonstrações Financeiras
SEÇÃO I
Exercício Social
Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada
no estatuto.
Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o
exercício social poderá ter duração diversa.
SEÇÃO II
Demonstrações Financeiras
Disposições Gerais
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escri-
turação mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão
exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no
exercício:
I – balanço patrimonial;
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei n.
11.638, de 2007)
§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores
correspondentes das demonstrações do exercício anterior.
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Escrituração
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obe-
diência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade
geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e
registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.
§ 1º As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de méto-
dos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar es-
ses efeitos.
§ 2º A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qual-
quer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as
disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu
objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contá-
beis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras
demonstrações financeiras. (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
I – (revogado); (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
II – (revogado). (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
§ 3º As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a audi-
toria por auditores independentes nela registrados. (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
§ 4º As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabi-
listas legalmente habilitados.
§ 5º As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 3º
deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de con-
tabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários. (Incluído pela Lei n.
11.638, de 2007)
§ 6º As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstra-
ções financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias aber-
tas. (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007)
§ 7º (Revogado). (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
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SEÇÃO III
Balanço Patrimonial
Grupo de Contas
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio
que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação finan-
ceira da companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos
elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imo-
bilizado e intangível. (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
I – passivo circulante; (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela
Lei n. 11.941, de 2009)
§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar se-
rão classificados separadamente.
Ativo
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I – no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício
social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
II – no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício
seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades
coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da com-
panhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;
III – em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos
de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manu-
tenção da atividade da companhia ou da empresa;
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e
controle desses bens; (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
V – (Revogado pela Lei n. 11.941, de 2009)
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VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manu-
tenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adqui-
rido. (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007)
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração
maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o pra-
zo desse ciclo.
Passivo Exigível
Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direi-
tos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem
no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior,
observado o disposto no parágrafo único do art. 179 desta Lei. (Redação dada pela Lei n.
11.941, de 2009)
Patrimônio Líquido
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a
parcela ainda não realizada.
§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do
preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à
formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou
partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
c) (revogada); (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007) (Revogado pela Lei n.
11.638, de 2007)
d) (revogada). (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007) (Revogado pela Lei n.
11.638, de 2007)
§ 2º Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do
capital realizado, enquanto não capitalizado.
§ 3º Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computa-
das no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de
aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decor-
rência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas
pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3º do art.
177 desta Lei. (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
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b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda
no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a mar-
gem de lucro;
c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros.
d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, de-
corrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na ausên-
cia de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro: (Incluída pela Lei n.
11.638, de 2007)
1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro instrumento
financeiro de natureza, prazo e risco similares; (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007)
2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de
natureza, prazo e risco similares; ou (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007)
3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de instru-
mentos financeiros. (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007)
§ 2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será regis-
trada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens
físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de
direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício
de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratual-
mente limitado;
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de di-
reitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
§ 3º A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valo-
res registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: (Redação dada pela Lei n.
11.941, de 2009)
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interrom-
per os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não
poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei n.
11.638, de 2007)
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econô-
mica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. (Incluído pela Lei n.
11.638, de 2007)
§ 4º Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo
valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.
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Correção Monetária
Art. 185. (Revogado pela Lei n. 7.730, de 1989)
SEÇÃO IV
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
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SEÇÃO V
Demonstração do Resultado do Exercício
SEÇÃO VI
Demonstrações dos Fluxos de Caixa e do Valor Adicionado
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CAPÍTULO XVI
Lucro, Reservas e Dividendos
SEÇÃO I
Lucro
Participações
Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e partes benefi-
ciárias serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que rema-
nescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada.
Parágrafo único. Aplica-se ao pagamento das participações dos administradores e das
partes beneficiárias o disposto nos parágrafos do artigo 201.
Lucro Líquido
Art. 191. Lucro líquido do exercício é o resultado do exercício que remanescer depois de
deduzidas as participações de que trata o artigo 190.
Proposta de Destinação do Lucro
Art. 192. Juntamente com as demonstrações financeiras do exercício, os órgãos da admi-
nistração da companhia apresentarão à assembleia-geral ordinária, observado o disposto nos
artigos 193 a 203 e no estatuto, proposta sobre a destinação a ser dada ao lucro líquido do
exercício.
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SEÇÃO II
Reservas e Retenção de Lucros
Reserva Legal
Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qual-
quer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por
cento) do capital social.
§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo
dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo
182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.
§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente pode-
rá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.
Reservas Estatutárias
Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:
I – indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade;
II – fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão desti-
nados à sua constituição; e
III – estabeleça o limite máximo da reserva.
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Retenção de Lucros
Art. 196. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar
reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamen-
te aprovado.
§ 1º O orçamento, submetido pelos órgãos da administração com a justificação da re-
tenção de lucros proposta, deverá compreender todas as fontes de recursos e aplicações de
capital, fixo ou circulante, e poderá ter a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de
execução, por prazo maior, de projeto de investimento.
§ 2º O orçamento poderá ser aprovado pela assembleia-geral ordinária que deliberar so-
bre o balanço do exercício e revisado anualmente, quando tiver duração superior a um exercí-
cio social. (Redação dada pela Lei n. 10.303, de 2001)
Limite do Saldo das Reservas de Lucro (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais
e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assem-
bleia deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social
ou na distribuição de dividendos. (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
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Reserva de Capital
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:
I – absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lu-
cros (artigo 189, parágrafo único);
II – resgate, reembolso ou compra de ações;
III – resgate de partes beneficiárias;
IV – incorporação ao capital social;
V – pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for asse-
gurada (artigo 17, § 5º).
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias
poderá ser destinada ao resgate desses títulos.
Como vimos a lei societária – Lei n. 6.404, de 1976 – a partir de 2008 sofreu profundas
alterações, inicialmente pela Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007 e pela Lei n. 11.941,
de 2009, quando foram introduzidos novos conceitos, métodos e critérios contábeis e fiscais,
com o fim de harmonizar as regras contábeis adotadas no Brasil aos padrões internacionais
de contabilidade (padrão International Financial Report Standart – IFRS), recepcionando as-
sim a transparência internacional de regras e informações contábeis a serem observadas por
todas as companhias abertas e pelas empresas de grande porte, quando da elaboração de
suas demonstrações financeiras.
As definições da Lei n. 11.638/2007 e da Lei n. 11.941/2009 devem ser observadas por todas
as empresas obrigadas a obedecer à Lei das S/A. As empresas de grande porte, de acordo
com a definição da Lei n. 11.638/2007, devem, adicionalmente, observar as regras da Comis-
são de Valores Mobiliários (CVM).
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O CPC 06 (R2) estabeleceu que a partir de 2019, na arrendatária, o leasing financeiro e opera-
cional terá o mesmo tratamento contábil, é como se fosse uma compra a prazo.
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A não manutenção de saldo positivo nessa conta só pode ser exigida para as sociedades
por ações, e não às demais sociedades e entidades de forma geral.
É importante destacar que a conta lucros ou prejuízos acumulados deve permanecer no
plano de contas de todas as entidades, e ser apresentada no balancete de verificação, haja
vista que o seu uso continuará sendo feito para receber o registro do resultado do exercício,
bem com as suas várias formas de destinações e reversões (constituição de reservas, distri-
buição de lucros ou dividendos etc.).
O saldo da conta lucro acumulado deverá ser totalmente distribuído para:
• dividendos aos sócios;
• juros sobre capital próprio;
• reservas de lucros;
• aumento ou integralização de capital social.
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O PULO DO GATO
Com relação à convergência da contabilidade às normas internacionais as maiores alterações
foram apresentadas pela Lei n. 11.638/2007.
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Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mer-
cantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I – balanço patrimonial;
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007)
§ 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00
(dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos
de caixa
Letra a.
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d) Pela Lei n.11.941/2009 os Ativos deverão ser avaliados pelo seu valor justo ou custo, dos
dois o menor, sempre deduzidos de provisões para perdas. Para ativos de longo prazo, deve-
rão ser efetuados ajustes a valor presente.
A letra c está errada, não existe a conta investimentos de terceiro; a composição atual do PL é
a seguinte:
• capital social;
• reservas de capital;
• ajustes de avaliação patrimonial;
• reservas de lucros;
• ações em tesouraria;
• prejuízos acumulados.
Letra c.
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Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão
ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do
respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como “diversas
contas” ou “contas-correntes”.
Letra c.
Art. 195-A. A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para
a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções
governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obri-
gatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei). (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007).
Letra a.
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A Lei n. 6.404/1976 trata das demonstrações obrigatórias em seu Art. 176 da seguinte forma:
Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da
companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação
do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I – balanço patrimonial;
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício;
IV – demonstração dos fluxos de caixa;
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
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Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei, a sociedade ou conjunto de socieda-
des sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00
(duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezen-
tos milhões de reais).
Letra e.
A letra e está errada, pois segundo o Art. 177 em seu § 3º as demonstrações financeiras das
companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mo-
biliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela
registrados. Não é o IBRACON.
Letra e.
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I – balanço patrimonial;
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa;
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão,
no mínimo:
II – demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribui-
ção entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados,
financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída.
Letra e.
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A Lei n. 6.404/1976 apresenta em seu artigo 177 no parágrafo 4º o seguinte sobre a es-
crituração:
Conforme estabelece o parágrafo único do artigo 189 da Lei n. 6.404/1976 o prejuízo do exercí-
cio será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela
reserva legal, nessa ordem.
Letra b.
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Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedades
por ações, as disposições da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre escrituração e ela-
boração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor
registrado na Comissão de Valores Mobiliários.
Letra d.
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Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil
da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I – balanço patrimonial;
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
Esta questão exige atenção ao enunciado. A Lei n. 11.638/2007 alterou a Lei n. 6.404/1976.
Uma das alterações foi a mudança da composição do Patrimônio Líquido.
Antes da mudança na lei era prevista, no patrimônio líquido, a conta lucro ou prejuízo
acumulado.
Letra a.
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Segundo a Lei n. 6.404/1976 no seu artigo 200, os valores apresentados nas reservas de ca-
pital somente poderão ser utilizados para:
• absorção dos prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros;
• resgate, reembolso ou compra de ações;
• resgate de partes beneficiárias;
• incorporação ao capital social;
• pagamento de dividendos a ações preferenciais.
A reserva de capital não é utilizada para pagamento de contingências.
Letra d.
078. (FGV/DPE-MT/CONTADOR/2015) Assinale a opção que indica uma das mudanças insti-
tuídas pela Lei n. 11.941/2009.
a) Proibição da reavaliação de ativos.
b) Extinção do grupo Ativo Permanente.
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A Lei n. 6.404/1976 que foi alterada pela Lei n. 11.638/2007 apresenta as seguintes demons-
trações obrigatórias:
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mer-
cantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I – balanço patrimonial;
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado
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Ao revogar a resolução que trata dos princípios contábeis, o CFC deixa claro que os princípios
são parte das informações apresentadas e, agora são tratados nos pressupostos básicos e
atributos qualitativos das informações apresentados na estrutura conceitual.
Para entender melhor o assunto vou falar um pouco sobre o que é o processo de conver-
gência das normas nacionais às internacionais.
A convergência visa contribuir no desenvolvimento do país, mediante reforma nos norma-
tivos contábeis no setor público e privado. É ponto pacífico que a adoção de normas interna-
cionais de contabilidade pelas empresas brasileiras e pelo governo facilita a captação de re-
cursos no mercado global, pois as informações aqui apresentadas são as mesmas requeridas
nos Países investidores.
O órgão orientador contábil internacional é o IASB – International Accounting Standards
Board, que emite as IFRS – International Financial Reporting Standards. O IASB tem como obje-
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Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mer-
cantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos
órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral.
7º A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu critério, disciplinar de forma diversa o registro
de que trata o § 3º deste artigo. (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência
aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente
aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as muta-
ções patrimoniais segundo o regime de competência.
§ 3º As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expe-
didas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por
auditores independentes nela registrados. (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
§ 5º As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 3º deste artigo
deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados
nos principais mercados de valores mobiliários. (Incluído pela Lei n. 11.638, de 2007)
Art. 5º A Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 10-A:
Art. 10-A. A Comissão de Valores Mobiliários, o Banco Central do Brasil e demais órgãos e agên-
cias reguladoras poderão celebrar convênio com entidade que tenha por objeto o estudo e a di-
vulgação de princípios, normas e padrões de contabilidade e de auditoria, podendo, no exercício
de suas atribuições regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os pronunciamentos e demais
orientações técnicas emitidas.
Parágrafo único. A entidade referida no caput deste artigo deverá ser majoritariamente composta
por contadores, dela fazendo parte, paritariamente, representantes de entidades representativas de
sociedades submetidas ao regime de elaboração de demonstrações financeiras previstas nesta Lei,
de sociedades que auditam e analisam as demonstrações financeiras, do órgão federal de fiscaliza-
ção do exercício da profissão contábil e de universidade ou instituto de pesquisa com reconhecida
atuação na área contábil e de mercado de capitais.
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O PULO DO GATO
O próprio CFC já destacou em suas publicações que revogar a Resolução n. 750/1993 não
significa que os Princípios de Contabilidade estejam extintos. A revogação das resoluções
visa à unicidade conceitual, indispensável para evitar divergências na concepção doutrinária
e teórica, que poderiam comprometer aspectos formais das Normas Brasileiras de Contabili-
dade (NBCs).
Então, os Princípios de Contabilidade, sob o ponto de vista das Estruturas Conceituais dos
setores privado e público, passaram a ser comportados dentro das normas específicas, respec-
tivamente, a NBC TG Estrutura Conceitual e NBC TSP e por isto, tornou-se necessária e natural
a revogação da Resolução n. 750/1993, para evitar eventual conflito de referência conceitual.
Após a revisão do CPC 00, denominada de revisão R2, de maneira geral, todos os princípios
mencionados na Resolução n. 750/1993 estão na estrutura conceitual original, contudo, apre-
sentados em contexto teórico diferente e denominados de pressupostos básicos.
Na estrutura conceitual é possível identificar a necessidade de destacar a continuidade
da empresa (CONTINUIDADE); a importância da oportunidade das informações em respeito
à tempestividade (OPORTUNIDADE), o respeito ao registro do valor original e outras bases de
mensuração (REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL), a competência de exercícios na apuração
do desempenho econômico (COMPETÊNCIA) e o princípio da ENTIDADE aparece quando a
Estrutura Conceitual destaca a necessidade da identificação da “entidade que reporta a infor-
mação”. E em 2019, com a reinclusão da PRUDÊNCIA como apoio à neutralidade, o conjunto
dos princípios está completo.
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As estruturas básicas CPC 00 R2 e a NBCTSP deixam claro que a contabilidade tem por
objetivo divulgar informações úteis mostrando os fatos que as fundamentam; inclusive o pro-
nunciamento conceitual básico destaca que se a informação Contábil-financeira é para ser
útil, ela precisa ser relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar. A
utilidade da informação Contábil-financeira é melhorada se ela for comparável, verificável, tem-
pestiva e compreensível. Estas são as características qualitativas das informações contábeis.
Em 2011, na primeira revisão feita sobre o pronunciamento básico para as entidades pri-
vadas, o CPC destacou que a característica essência sobre a forma foi formalmente retirada
da condição de componente separado da representação fidedigna, por ser considerado isso
uma redundância.
O CPC deixou claro que a representação pela forma legal que difira da substância econô-
mica não pode resultar em representação fidedigna. Assim, essência sobre a forma passou a
ser a bandeira insubstituível nas normas do IASB, e passa a ser a premissa básica da infor-
mação contábil.
Outro ponto muito importante desta revisão, e aí conflitando diretamente com o princípio
contábil da prudência, foi que a característica da prudência (conservadorismo) foi retirada da
condição de aspecto da representação fidedigna por ser inconsistente com a neutralidade.
Desta forma, as informações fidedignas devem ser neutras e não prudentes.
Em 2019, o CPC revisou novamente o CPC 00 e apresentou a revisão R2, por meio dela
decidiu incluir a prudência novamente; agora a prudência passou a ser uma base de análise
da neutralidade ao estabelecer as estimativas contábeis, especialmente as estimativas para
perdas do ativo e as provisões passivas.
Na classe contábil, a revogação dos princípios criou clima de “falta de base científica” e
isto fez com que o CFC se pronunciasse sobre o assunto da seguinte forma:
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Conceitual (NBC TSP EC) foi publicada pelo Conselho Federal de Contabilidade no dia
4 de outubro de 2016. Esta norma antecede a convergência das demais, apresentando
os conceitos basilares para a elaboração e divulgação de informação contábil de pro-
pósito geral pelas entidades do setor público. Até o final de 2016, serão publicadas as
primeiras cinco NBC TSP convergidas, produzindo efeitos a partir de janeiro de 2017.
Ao ser publicada no Diário Oficial da União (DOU), a NBC TSP EC revogou as resoluções
do CFC que aprovaram as normas aplicáveis ao setor público NBC T 16.1 a 16.5, parte
da NBC T 16.6 e, ainda, a Resolução n. 750/1993, que dispõe sobre os Princípios de
Contabilidade, e a 1.111/2007, que trata da interpretação dos princípios sob a perspec-
tiva da área pública.
Revogar a Resolução n. 750/1993, porém, não significa que os Princípios de Contabili-
dade estejam extintos. A revogação das resoluções visa à unicidade conceitual, indis-
pensável para evitar divergências na concepção doutrinária e teórica, que poderiam
comprometer aspectos formais das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs).
Para orientação geral e esclarecimentos que possam vir a ser necessários sobre a
revogação da Resolução n. 750/1993 e seu apêndice, a Resolução n. 1.111/2007, o
CFC traz à luz os fatos, providos do necessário contexto histórico, relativos à revoga-
ção das duas resoluções e à realocação dos Princípios de Contabilidade em Estruturas
Conceituais específicas:
Contexto
Em 2008, quando se iniciou o processo de convergência das normas contábeis brasi-
leiras aos padrões internacionais – International Financial Reporting Standards (IFRS),
para o setor privado, e International Public Sector Accounting Standards (Ipsas), para
a área pública –, a Resolução n. 750/1993 teve que ser revista em razão da aprova-
ção do “Pronunciamento Conceitual Básico – Estrutura Conceitual para a Elaboração e
Apresentação das Demonstrações Contábeis”, pelo Comitê de Pronunciamentos Con-
tábeis (CPC). Esse Pronunciamento foi referendado pelo CFC e deu origem à NBC T 1 –
Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis
(Resolução n. 1.121/2008).
Naquele ano, com a publicação da NBC T 1, houve reflexões sobre a oportunidade de
revogação da Resolução n. 750/1993, considerando-se que passariam a coexistir duas
orientações sobre as características da informação contábil do setor privado. Decidiu-
-se, na época, que a resolução não seria revogada porque seria realizada, futuramente,
uma revisão em seu conteúdo para adequação à NBC T 1 e, também, para a manuten-
ção dos princípios para as entidades do setor público.
Em 2011, a NBC T1 foi revogada pela Resolução n. 1.374, que lhe deu nova redação,
passando a ser intitulada NBC TG Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para Ela-
boração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro.
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dades, ainda mais aprovadas pelo mesmo órgão. Acabou agora o meu desconforto.
Desconforto que seria muito maior existindo duas Estruturas Conceituais para entida-
des comerciais e outra para entidades públicas. Assim, acho que, com essa revoga-
ção, o CFC está agindo em prol da unificação de entendimentos, da Contabilidade, da
nossa classe e, inclusive, em prol da simplificação perante nossos usuários. Só tenho
a parabenizar o Conselho Federal.” Eliseu Martins, professor da Universidade de São
Paulo (USP).
“Desde a aprovação da Resolução n. 1.374/2011 (NBC TG Estrutura Conceitual aplicá-
vel às entidades do setor privado), passamos a conviver com duas Estruturas Concei-
tuais, uma vez que a Resolução n. 750/1993 permaneceu vigente, gerando, em muitas
situações, dúvidas nos profissionais e no âmbito da academia. Com o processo de
convergência e a recente aprovação da NBC TSP – Estrutura Conceitual para a Ela-
boração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do
Setor Público me parece oportuna a revogação da Resolução n. 750/1993, contribuin-
do, assim, para um adequado alinhamento, em nível internacional, e melhor compreen-
são por parte de todos os que militam na contabilidade ou dela são usuários.” Ernani
Ott, professor da Unisinos e diretor presidente da Associação Nacional de Programas
de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (Anpcont).
“Muito oportuna a revogação da Resolução n. 750/1993, com a aprovação da NBC
TSP – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de
Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público. Acadêmicos e profissionais das enti-
dades privadas finalmente contam com uma única base conceitual, a NBC TG Estrutu-
ra Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro. Agora,
são duas estruturas conceituais qualificadas para a análise e a aplicação de normas
contábeis pertinentes à cada área: pública e privada. Deve-se reconhecer, mais uma
vez, a atuação criteriosa do Conselho Federal de Contabilidade no processo de conver-
gência, promovendo melhor compreensão das normas contábeis pelos profissionais
e usuários da contabilidade.” Márcia Martins Mendes De Luca, professora da Univer-
sidade Federal do Ceará e Coordenadora Adjunta da área de Administração, Ciências
Contábeis e Turismo da Capes.
“A recente revogação da Resolução n. 750/1993 não implica na extinção dos princí-
pios contábeis no Brasil. Na verdade, após a aprovação da Resolução 1.374/2011, o
Brasil passou a contar com uma Estrutura Conceitual (EC/11). Enquanto a Resolução
n. 750/1993 era estruturada em ‘princípios’, a EC/11 é estruturada em capítulos, como,
por exemplo, o do objetivo ou o das características qualitativas.
De maneira geral, podemos ver que todos os princípios mencionados na Resolução n.
750/1993 também estão na EC, com exceção do da prudência. O ‘de/para’ da Resolu-
ção n. 750/1993 é apresentado a seguir, com os respectivos parágrafos da Estrutura
Conceitual entre parênteses: continuidade (4.1), oportunidade (QC12 e QC19), registro
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O PULO DO GATO
Leia com calma as considerações apresentadas pelos professores, muitas delas poderão ser
cobradas em provas.
Como a estrutura conceitual entra em vigor na data de sua publicação em 05/10/16, tendo
os seus efeitos aplicados a partir de 1º de janeiro de 2017, a partir de 2017, a base de sus-
tentação das informações contábeis são: a primazia da essência econômica sobre a forma
jurídica; os atributos qualitativos fundamentais e de melhoria, conforme os pressupostos bá-
sicos do registro pelo valor original ajustado, da competência, da oportunidade, da continui-
dade, da entidade e agora também da prudência.
Princípios Contábeis
Os princípios de Contabilidade representam o núcleo central da própria contabilidade, na
sua condição de ciência social, sendo a ela inerentes. Constituem sempre as vigas-mestras
de uma ciência, revestindo-se dos atributos de universalidade e veracidade, conservando va-
lidade em qualquer circunstância.
No caso da contabilidade, presente seu objeto, seus princípios de contabilidade valem
para todos os patrimônios, independentemente das Entidades a que pertencem, as finalida-
des para as quais são usados, a forma jurídica da qual estão revestidos, sua localização, ex-
pressividade e quaisquer outros qualificativos, desde que gozem da condição de autonomia
em relação aos demais patrimônios existentes.
Os princípios contábeis constituem normas que representam a essência da ciência con-
tábil, por isto a observância dos princípios contábeis é obrigatória no exercício da profissão e
constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Na aplica-
ção dos princípios contábeis em situações concretas a essência das transações deve preva-
lecer sobre seus aspectos formais.
Nos princípios científicos jamais pode haver hierarquização formal, dado que eles são os ele-
mentos predominantes na constituição de um corpo orgânico, proposições que se colocam
no início de uma dedução, e são deduzidos de outras dentro do sistema. Nas ciências sociais,
os princípios se colocam como axiomas, premissas universais e verdadeiras, assim admitidas
sem necessidade de demonstração, ultrapassando, pois, a condição de simples conceitos.
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vo, que a partir dos princípios, estabelecem ordenamentos sobre o “como fazer”, isto é, téc-
nicas, procedimentos, métodos, critérios etc., tanto nos aspectos substantivos, quanto nos
formais. Dessa maneira, alcança-se um todo organicamente integrado, em que, com base nas
verdades gerais, se chega ao detalhe aplicado, mantidas a harmonia e coerência do conjunto.
Os princípios simplesmente são e, portanto, preexistem às normas, fundamentando e jus-
tificando a ação, enquanto aquelas a dirigem na prática. No caso brasileiro, os princípios
estão presentes na formulação das Normas Brasileiras de Contabilidade, verdadeiros pilares
do sistema de normas, que estabelecerá regras sobre a apreensão, o registro, relato, demons-
tração e análise das variações sofridas pelo patrimônio, buscando descobrir suas causas, de
forma a possibilitar a feitura de prospecções sobre a Entidade e não podem sofrer qualquer
restrição na sua observância.
Em termos de conteúdo, os princípios dizem respeito à caracterização da Entidade e do
patrimônio, à avaliação dos componentes deste e ao reconhecimento das mutações e dos
seus efeitos diante do patrimônio líquido.
Como os princípios alcançam o patrimônio na sua globalidade, sua observância nos pro-
cedimentos aplicados resultará automaticamente em informações de utilidade para decisões
sobre situações concretas. Esta é a razão pela qual os objetivos pragmáticos da contabilida-
de são caracterizados pela palavra “informação”.
Desta forma, os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teo-
rias relativas à ciência da contabilidade, consoante o entendimento predominante nos univer-
sos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à contabilidade no seu sentido
mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.
Nos princípios científicos jamais pode haver hierarquização formal, dado que eles são os ele-
mentos predominantes na constituição de um corpo orgânico.
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Entidade
O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afir-
ma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular
no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um
conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com
ou sem fins lucrativos.
Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus
sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
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• famílias;
• empresas;
• governos, nas diferentes esferas do poder;
• sociedades beneficentes, religiosa, culturais, esportivas, de lazer, técnicas;
• sociedades cooperativas;
• fundos de investimento e outras modalidades afins.
Continuidade
O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro
e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta
esta circunstância.
O Princípio da continuidade, à semelhança do da prudência, está intimamente ligado com
o da competência, formando-se uma espécie de trilogia. A razão é simples: a continuidade
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diz respeito diretamente ao valor econômico dos bens, ou seja, ao fato de um ativo manter-se
nesta condição ou transformar-se, total ou parcialmente quando há previsão de encerramen-
to das atividades da Entidade, com o vencimento antecipado ou o surgimento de exigibilida-
des. Nesta última circunstância, sua ligação será com o princípio da oportunidade.
A denominação “Princípio da Continuidade”, como também a de “entidade em marcha”,
ou “going concern”, é encontrada em muitos sistemas de normas no exterior e também na
literatura contábil estrangeira, embora o princípio da continuidade também parta do pressu-
posto de que a entidade deva concretizar seus objetivos continuamente – o que nem sempre
significa a geração de riqueza no sentido material –, não se fundamenta na ideia de entidade
em movimento.
O motivo é simples, pois uma entidade com suas atividades reduzidas ou suspensas tem-
porariamente continuará a ser objeto da contabilidade enquanto dispuser de patrimônio.
Oportunidade
O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação con-
tábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre
a oportunidade e a confiabilidade da informação.
O princípio da OPORTUNIDADE exige a apreensão, o registro e o relato de todas as varia-
ções sofridas pelo patrimônio de uma entidade, no momento em que elas ocorrerem. Cumpri-
do tal preceito, chega-se ao acervo máximo de dados primários sobre o patrimônio, fonte de
todos os relatos, demonstrações e análises posteriores, ou seja, o Princípio da Oportunidade
é a base indispensável à fidedignidade das informações sobre o patrimônio da Entidade, rela-
tivas a um determinado período e com o emprego de quaisquer procedimentos técnicos.
É o fundamento daquilo que muitos sistemas de normas denominam de “representação
fiel” pela informação, ou seja, que esta espelhe com precisão e objetividade as transações e
eventos a que concerne. Tal tributo é, igualmente, exigível em qualquer circunstância, a co-
meçar sempre nos registros contábeis, embora as normas tendem a enfatizá-lo nas demons-
trações contábeis.
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O princípio da oportunidade deve ser observado, como já foi dito, sempre que haja varia-
ção patrimonial, cujas origens principais são, de forma geral, as seguintes:
a) transações realizadas com outras Entidades, formalizadas mediante acordo de vonta-
des, independentemente da forma ou da documentação de suporte, como compra ou venda
de bens e serviços;
b) eventos de origem externa, de ocorrência alheia à vontade da administração, mas com
efeitos sobre o Patrimônio, como modificações nas taxas de câmbio, quebras de clientes,
efeitos de catástrofes naturais etc.;
c) movimentos internos que modificam predominantemente a estrutura qualitativa do
Patrimônio, como a transformação de materiais em produtos semifabricados ou destes em
produtos prontos, mas também a estrutura quantitativo-qualitativa, como no sucateamento
de bens inservíveis.
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Este princípio determina a necessidade de se registrar os itens patrimoniais pelo seu valor his-
tórico, ou seja, pelo valor da primeira negociação; contudo, se aceita ajustes ao valor original.
I – Custo histórico.
Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos.
Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obri-
gação ou pelos valores necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações.
II – Variação do custo histórico.
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a) Custo corrente.
Os ativos são reconhecidos pelos valores que teriam de ser pagos se esses ativos fossem
adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis.
Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa, não descontados, que seriam ne-
cessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis.
b) Valor realizável.
Os ativos são mantidos pelos valores que poderiam ser obtidos pela venda em uma for-
ma ordenada.
Os passivos são mantidos pelos valores, não descontados, que se espera seriam pagos
para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade.
c) Valor presente.
Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida
de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade.
Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida
de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo.
d) Valor justo.
É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhe-
cedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos e sem compulsoriedade.
Nos registros dos atos e fatos contábeis será considerado o valor original dos componen-
tes patrimoniais.
Valor Original, que ao longo do tempo não se confunde com o custo histórico, correspon-
de ao valor resultante de consensos de mensuração com agentes internos ou externos, com
base em valores de entrada – a exemplo de custo histórico, custo histórico corrigido e custo
corrente; ou valores de saída – a exemplo de valor de liquidação, valor de realização, valor
presente do fluxo de benefício do ativo e valor justo. Exemplo prático:
EXEMPLO:
a) Em novembro a empresa compra mercadorias no total de R$ 100.000,00, com frete e seguro
de R$ 30.000,00 e carga e descarga de R$ 20.000,00.
b) No fim do ano, ao elaborar o “BP”, a administração levanta as seguintes informações:
I – Preço de reposição de R$ 160.000,00.
II – Preço de venda, a vista, da mercadoria R$ 210.000,00; a margem de lucro e os impostos
estimados na venda eram R$ 40.000,00.
III – Se vender a prazo, o preço é de R$250,000,00.
IV – As mercadorias poderiam ser trocadas no mercado pelo valor de R$ 180.000,00
c) Os valores, segundo o princípio do registro pelo valor histórico ajustado, são os seguintes:
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Competência
O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos
sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou
pagamento.
O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de
despesas correlatas.
A compreensão do princípio da COMPETÊNCIA está diretamente ligada ao entendimento
das variações patrimoniais e sua natureza.
Nestas encontramos duas grandes classes: a daquelas que somente modificam a qua-
lidade ou a natureza dos componentes patrimoniais, sem repercutirem no montante do
patrimônio líquido, e a das que o modificam. As primeiras são denominadas de “quali-
tativas”, ou “permutativas”, enquanto as segundas são chamadas de “quantitativas”, ou
“modificativas”.
Observa-se que o princípio da competência não está relacionado com recebimentos ou
pagamentos, mas sim, com o reconhecimento das receitas geradas e das despesas incorri-
das no período.
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Prudência
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do
ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente váli-
das para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
A Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamen-
tos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos
e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados,
atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componen-
tes patrimoniais.
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c) Princípio da entidade.
d) Princípio da unidade.
e) Princípio da oportunidade.
O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio de-
vem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações com terceiros, ex-
pressos em moeda nacional, e uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimo-
niais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes de ajustes correntes.
Letra d.
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O princípio da PRUDÊNCIA determina que a empresa reconheça o maior valor para o passivo
e o menor para o ativo, sempre que a situação for baseada em normas contábeis.
Letra c.
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O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam
reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou paga-
mento, ele pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
Letra a.
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a) Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transa-
ções com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País.
b) Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos
registros contábeis por meio do ajustamento da expressão formal dos valores dos compo-
nentes patrimoniais.
c) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em
que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de
recebimento ou pagamento.
d) O princípio do registro pelo valor original determina a adoção do menor valor para os com-
ponentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas
igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimô-
nio líquido.
e) O princípio do registro pelo valor original reconhece o Patrimônio como objeto da Conta-
bilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio
particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma
pessoa ou um conjunto de pessoas.
O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio de-
vem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações com terceiros, ex-
pressos em moeda nacional, e uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimo-
niais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes de ajustes correntes.
Letra a.
O princípio da PRUDÊNCIA determina que a empresa reconheça o maior valor para o passivo
e o menor para o ativo, sempre que a situação for baseada em normas contábeis.
Letra c.
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094. (AOCP/ANGRA DOS REIS/CONTADOR/2016) Qual princípio contábil expõe que pessoas
físicas e jurídicas não devem ser confundidas, ou os sócios não devem ser confundidos com
empresas: são pessoas com personalidades jurídicas distintas?
a) Princípio da Oportunidade.
b) Princípio da Continuidade.
c) Princípio da Competência.
d) Princípio da Entidade.
e) Princípio da Prudência.
A informação fidedigna deve ser completa, neutra e livre de erros, contudo, para ser livre de
erros a informação não precisa ser exata, pois a contabilidade utiliza estimativas em suas
informações.
Errado.
O balancete é elaborado com base nos saldos apresentados no livro razão, para verificar a
exatidão dos lançamentos feitos no livro-diário.
Certo.
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avaliação patrimonial, reserva de lucros, lucro ou prejuízo acumulado, ações em tesouraria, que
é conta redutora do PL.
098. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Um sócio emprestou dinheiro para a empresa para receber
após 5 meses. Segundo a Lei n. 6.404/1976, o empréstimo a pagar deverá ser registrado no
passivo não circulante da empresa.
Comentário: Os DÉBITOS da empresa junto aos sócios respeitam o prazo normal, assim, o
empréstimo a pagar será registrado no passivo circulante.
Os CRÉDITOS da empresa junto aos administradores, sócios e diretores deverão ser classifi-
cados no ativo não circulante, realizável a longo prazo, independentemente do prazo acorda-
do. Tal determinação está no seu art. 179:
II – no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte,
assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou
controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem
negócios usuais na exploração do objeto da companhia.
Errado.
100. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O ativo imobilizado deverá ser ajustado pela conta deprecia-
ção, conforme o uso dos bens, para apresentar o seu valor contábil líquido.
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A Lei n. 6.404/1976 estabelece que a elaboração da DRE deve começar com a conta Receita
Bruta de Vendas.
Errado.
103. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No Brasil, a Lei n. 6.404/1976, abarcou a escola norte ameri-
cana, que apresentava uma visão menos teórica e mais prática para a contabilidade, especial-
mente, na melhoria da apresentação das informações contábeis.
A Lei n. 6.404/1976, Lei societária, abarcou a escola norte americana que se afastou da escola
italiana que era muito teórica. Um dos objetivos da lei foi a melhora nas informações contábeis
financeiras.
Certo.
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A conta AAP é considerada conta mista, pois pode apresentar saldo credor ou devedor, confor-
me o resultado da avaliação de itens do ativo ou do passivo.
Certo.
As reservas de capital são origens de recursos oriundas da venda de títulos da empresa, entre-
tanto, não são apresentadas na DRE.
Certo.
O lucro bruto é apurado pela equação Receita Líquida de Vendas menos o Custo da Mercadoria
Vendida, ou seja, antes das despesas e receitas operacionais.
Errado.
A conta “ações em tesouraria” é conta patrimonial, redutora do PL; tem natureza devedora e é
uma conta analítica, pois ela recebe os registros a débito e a crédito.
Certo.
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109. (QUESTÃO INÉDITA/2021) A conta capital a realizar é conta redutora do PL e tem nature-
za devedora; representa a parcela do capital subscrito pelos sócios que não foi transformada
em capital, ou seja, o sócio ainda não integralizou.
A conta capital a realizar ou a integralizar é conta redutora do PL, tem natureza devedora.
Certo.
110. (QUESTÃO INÉDITA/2021) As contas de receitas e despesas terão seus encerrados para
a apuração do resultado do exercício, que será transferido para as reservas de lucro, pois atu-
almente as sociedades anônimas e as empresas de grande porte não podem manter no seu
balanço patrimonial a conta lucro acumulado.
111. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Segundo a Lei n. 6.404/1976 a companhia aberta com patri-
mônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será
obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.
Segundo a Lei a companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a
R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da de-
monstração dos fluxos de caixa. As sociedades anônimas de capital aberto deverão apre-
sentar a DFC.
Errado.
O art. 178 da Lei n. 6.404/1976 estabelece que no balanço, as contas serão classificadas se-
gundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conheci-
mento e a análise da situação financeira da companhia. Sobre o tema analise a questão:
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Frete e comissões sobre vendas não são deduções das vendas, são despesas operacionais.
Errado.
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As reservas de capital são origens de recursos oriundas da venda de títulos da empresa, en-
tretanto, não são apresentadas na DRE.
Errado.
A DLPA é obrigatória segundo a Lei n. 6.404/1976 e dentre outras informações irá apresentar
quanto que foi distribuído de dividendos por ação do capital social.
Certo.
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122. (QUESTÃO INÉDITA/2021) A empresa CZ foi decidiu que irá investir, no exercício seguin-
te, uma parte substancial dos seus recursos financeiros no mercado de capital, comprando
cotas de fundos de investimentos, ao invés de aplicar no seu processo fabril. Esta informa-
ção, por não ser do exercício corrente, não precisa ser divulgada, pois neste exercício ela é
irrelevante.
A mudança de destinação dos recursos financeiros da empresa deverá ser divulgada em notas
explicativas, pois esta informação é relevante para auxiliar o usuário externo a predizer qual
decisão tomar.
Errado.
123. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Segundo o CPC 00 R2, a prudência foi excluída dos atributos
da representação fidedigna, por ser inconsistente com a neutralidade. Contudo, a mesma re-
visão incluiu a prudência como atributo da relevância, devendo ser analisada ao estabelecer
estimativas contábeis.
O CPC 00 R2 reincluiu a prudência como atributo da neutralidade, devendo ser analisada quan-
do do registro e mensuração de estimativas contábeis.
Errado.
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As reservas de lucro é que são formadas com a parcela do lucro que não foi distribuída aos
sócios. A reserva legal é a contrapartida da venda de títulos da empresa.
Errado.
Os empréstimos para sócios que não estejam relacionados com as atividades da empresa
serão classificados no realizável a longo prazo, independentemente do prazo.
Certo.
127. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O ativo imobilizado que está sendo utilizado nas atividades
da empresa sofrerá depreciação; já um ativo intangível será exaurido, de acordo com o passar
do tempo contratado para exploração do direito.
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O CMV será o valor da mercadoria mais o frete e os gastos com carga e descarga, totalizando
$ 330.000,00.
Certo.
130. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O desconto que será dado caso o cliente pague a duplicata
após 30 dias é classificado com desconto comercial ou incondicional e será registrado como
uma dedução das vendas na DRE.
O desconto somente será dado se o cliente pagar a duplicata antes do seu vencimento, as-
sim, é um desconto condicional ou desconto financeiro e será classificado como despesa
operacional.
Errado.
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131. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Segundo as normas emanadas pelo CFC – Conselho Federal
de Contabilidade, a DRE deverá começar pela conta Receita Bruta de Vendas.
Segundo o CFC a DRE deverá começar pela conta Receita Líquida de Vendas; já segundo a Lei
n. 6.404/1976 será pela conta Receita Bruta de Venda.
Errado.
Uma sociedade anônima, em agosto de 2020, adquiriu um lote de suas próprias ações de um
sócio dissidente por $ 500.000,00. Em janeiro de 2021 conseguiu vender as ações para outro
investidor por $ 650.000,00, recebendo no ato $ 350.000,00 e o restante ficou para 60 dias.
Considerando a situação, julgue o seguinte item:
132. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O impacto da operação de compra das ações acarretará uma
diminuição no disponível e um aumento no saldo da conta “ações em tesouraria”, que diminui-
rá o montante do patrimônio líquido.
133. (QUESTÃO INÉDITA/2021) A venda das ações em tesouraria será registrada em lança-
mento de segunda fórmula.
134. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O ganho obtido na venda das ações em tesouraria será reco-
nhecido como outras receitas, na Demonstração do Resultado do Exercício.
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Para responder a questão basta elaborar o BP, o valor da conta PA é a diferença que falta para
fechar o Balanço.
ATIVO = 1.300.000
Clientes – 150.000
Imóveis – 800.000
Veículos – 200.000
Ações de coligadas – 100.000
Disponível – 50.000
PASSIVO= 950.000
Duplicata descontadas – 50.000
Financiamentos – 550.000
Contas a pagar – 400.000
Despesa financeira a transcorrer – (50.000)
PL = 350.000
Capital social – 600.000
Prejuízo acumulado –??? (250.000)
Certo.
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A empresa CZ vendeu seus produtos por $ 700.000,00 à vista, deu um desconto incondicional
de $ 50.000,00. Sobre a operação incidiu $ 100.000,00 de ICMS. O frete de $ 10.000,00 ficou
por conta da empresa CZ, já que ela tem seus caminhões próprios. O custo dos produtos foi
de $ 250.000,00.
Com base nas informações apresentadas, julgue a questão seguinte:
137. (QUESTÃO INÉDITA/2021) O desconto incondicional dado na venda, assim como o frete,
será apresentado na DRE como despesas operacionais, afetando o lucro líquido da empresa.
O Desconto incondicional é uma dedução das vendas brutas, já o frete é uma despesa
operacional.
Errado.
RBV = 700.000
(-) DEDUÇÃO = 150.000 (descontos e ICMS)
(=) RLV = 550.000
(-) CPV = (250.000)
(=) LUCRO BRUTO = 300.000
Certo.
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A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um relatório construído com base nos sal-
dos de encerramento de todas as contas de resultado. Sobre a DRE analise a próxima questão:
141. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Segundo a Lei n. 6.404/1976, a DRE começará pela rubrica
Receita Bruta de Vendas, seguida das deduções das vendas, diferentemente da determinação
do CPC, que estabelece que a DRE deverá começar pela conta Receita Líquida de Vendas.
Segundo a Lei n. 6.404/1976 a DRE deverá começar pela Receita Bruta de Vendas; já de acor-
do com o CPC pela Receita Líquida de Vendas.
Certo.
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A conta ações em tesouraria representa a compra pela empresa de suas próprias ações, con-
tudo, é conta redutora do PL.
Errado.
Segundo a Lei das S/As o patrimônio líquido faz parte do passivo, como uma obrigação da
empresa junto aos sócios.
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A conta capital a realizar ou a integralizar é conta redutora do PL, tem natureza devedora.
Errado.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Prezado(a),
Comentarei 41 questões de provas para você verificar como a CESPE tem trabalhado em
seus concursos os assuntos vistos na aula.
Meus comentários são objetivos e diretos, pois pretendo com isto ajudá-lo(a) a fixar o as-
sunto e não dar uma aula em cada questão.
Como vimos, na contabilidade atual prevalece a “essência econômica sobre a forma legal”, daí
podemos inferir que o controle sobrepõe a propriedade, desta forma um item pode estar no
ativo da empresa mesmo não sendo de sua propriedade legal.
O caso mais caraterizador da essência sobre a forma é o arrendamento mercantil financeiro,
onde a empresa é usufrutuária do bem, contudo a propriedade é da financeira (arrendadora).
Errado.
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de publicar, com exclusividade, determinada obra pelo prazo de cinco anos, esperando um
retorno de 10% ao ano sobre o capital investido.
Considerando os preceitos do pronunciamento contábil do CPC que disciplinam o reconheci-
mento, a mensuração e a evidenciação de ativos intangíveis, assinale a opção correta a respei-
to da situação apresentada.
a) O reconhecimento inicial dos direitos autorais adquiridos pela editora deve ser feito com
base no valor de mercado, independentemente do valor negociado entre as partes no momen-
to da transação.
b) Dada a expectativa de retorno de 10% ao ano, permite-se que não se aplique o teste de valor
recuperável de ativo aos direitos autorais adquiridos pela editora.
c) Os direitos autorais adquiridos não estão sujeitos à amortização periódica de seu valor.
d) As características dos direitos autorais adquiridos revelam que eles não podem ser conside-
rados ativos identificáveis para fins de reconhecimento contábil desses ativos.
e) As condições da contratação indicam que a editora passou a ter o controle sobre os direitos
autorais por ela adquiridos.
Questão literal ao que está estabelecido na Lei n. 6.404/1976 em seu Art. 177:
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De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e suas atualizações e com os pronunciamen-
tos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item que se segue.
Segundo a Lei n. 6.404/1976 as S/as de capital fechado poderão optar por seguir a mesmas
orientações das S/as de capital aberto. É facultativo.
O assunto está apresentado no artigo 177 da seguinte forma:
Escrituração
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência
aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente
aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as muta-
ções patrimoniais segundo o regime de competência.
§ 6º As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstrações finan-
ceiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias abertas. (Incluído pela
Lei n. 11.638, de 2007)
Errado.
Com base no disposto na Lei n. 6.404/1976, julgue o item a seguir, relativos aos critérios de
avaliação contábil.
Aquisição de direitos sobre propriedades é considerado um ativo intangível, que deve ser amor-
tizado conforme o prazo de uso do bem.
O assunto é abordado pela Lei no artigo 183 da seguinte forma:
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Com base nas Leis n. 6.404/1976, n. 11.638/2007 e n. 11.941/2009, julgue o item que se segue.
A Lei n. 6.404/1976 trata das sociedades anônimas que exerçam atividades mercantis.
Objeto Social
Art. 2º Pode ser objeto da companhia qualquer empresa de fim lucrativo, não contrário à lei, à or-
dem pública e aos bons costumes.
§ 1º Qualquer que seja o objeto, a companhia é mercantil e se rege pelas leis e usos do comércio.
Certo.
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Segundo a Lei n. 6.404/1976, registram-se no ativo imobilizado “os direitos que tenham por
objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empre-
sa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens”. A respeito desse assunto, julgue os
itens seguintes.
Com relação à Ciência Contábil e suas características, julgue o item que se segue.
A Lei n. 6.404/1976 foi elaborada tendo como base a escola americana de contabilidade e nes-
te momento se afastava da escola italiana. As alterações que ocorreram na Lei n. 6.404/1976
buscaram a convergência das normas nacionais às normas internacionais emitidas pelo IASB.
Assim, as alterações apresentadas pelas novas leis foram para adequá-la a escola internacio-
nal, afastando-se da escola americana.
Errado.
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Acerca da Lei n. 6.404/1976 e suas alterações recentes, julgue o item que se segue.
As alterações promovidas pelas leis 11.638 e 11.941 não tiveram a finalidade de CRIAR AL-
TERNATIVAS, mas sim de promover a convergência das normas nacionais às internacionais.
É importante destacar que a convergência às normas internacionais de contabilidade, no Bra-
sil, teve seu marco legal com a promulgação da Lei n. 11.638/2007, que determinou a adoção
dos padrões internacionais de contabilidade.
Errado.
Julgue o item a seguir, com relação aos fatos descritos e seus efeitos nas demonstrações
contábeis, elaboradas conforme a Lei n. 6.404/1976 (e alterações posteriores) e os pronun-
ciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
O ágio recebido (valor a maior) recebido na venda de ações deve ser contabilizado como re-
serva de capital e não como reserva de lucro.
A lei trata do assunto no artigo 182 da seguinte maneira.
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela
ainda não realizada.
§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de
emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do
capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
Errado.
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A Lei n. 6.404/1976 trata das demonstrações obrigatórias em seu art. 176 da seguinte forma:
Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da
companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação
do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I – balanço patrimonial;
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício;
IV – demonstração dos fluxos de caixa;
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
Certo.
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Como a estrutura conceitual não é um procedimento técnico, não deve prevalecer, ela tem um
caráter de orientação. Guarde o seguinte: “quem manda são os pronunciamentos técnicos”.
Errado.
De acordo com o pronunciamento técnico CPC 00 (R1) – estrutura conceitual para elaboração
e divulgação de relatórios Contábil-financeiros –, julgue o item a seguir, referente a conceito,
objetivos e usuários da contabilidade.
Os relatórios objetivam fornecer informações aos usuários externos, especialmente aos in-
vestidores, contudo, estas informações devem ser melhoradas com outras fontes. Assim, a
assertiva está correta, pois os relatórios não atendem todas as necessidades dos usuários.
Contudo, essas exigências específicas não devem afetar as demonstrações contábeis elabo-
radas segundo a estrutura conceitual, pois elas devem atender as necessidades de todos os
seus usuários para a tomada de decisões econômicas, tais como:
a) decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;
b) avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferi-
da e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas;
c) avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros
benefícios;
d
) avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à entidade;
e) determinar políticas tributárias;
f) determinar a distribuição de lucros e dividendos;
g) elaborar e usar estatísticas da renda nacional; ou
h) regulamentar as atividades das entidades.
O CPC destaca também que o objetivo da elaboração e divulgação do relatório de propósito
geral constitui o pilar da Estrutura Conceitual, pois os outros aspectos abordados, como as ca-
racterísticas qualitativas da informação Contábil-financeira útil e suas restrições, os elementos
das demonstrações contábeis, o reconhecimento, a mensuração, a apresentação e a eviden-
ciação, fluem logicamente desse objetivo.
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Outro ponto que merece destaque é que os relatórios são, na maioria das informações, base-
ados em estimativas, julgamentos e modelos e não em descrições ou retratos exatos.
Certo.
Acerca da estrutura conceitual básica da contabilidade, dos planos de contas, dos lançamen-
tos e da apuração de resultados bem como da estrutura das demonstrações contábeis, julgue
os itens que se seguem.
Julgue o item seguinte, acerca dos componentes patrimoniais, suas características e con-
tabilização.
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Com relação aos princípios, às normas, às teorias e às práticas contábeis vigentes, julgue o
item que se segue.
A essência sobre a forma foi retirada na revisão do pronunciamento conceitual por ser con-
siderada uma redundância, pois para a contabilidade a representação fidedigna exige que o
controle sobreponha a propriedade. A prudência foi excluída por ser contraria à neutralidade,
uma característica da representação fidedigna.
Certo.
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A informação Contábil-financeira é capaz de fazer diferença nas decisões se tiver valor prediti-
vo, valor confirmatório ou ambos.
A informação Contábil-financeira tem valor confirmatório se retroalimentar – servir de feedback
– avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las).
Certo.
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Com base nos pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e nas dis-
posições da Lei n. 6.404/1976 e suas alterações acerca de demonstrações contábeis, julgue o
próximo item.
Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto.
Art. 179. (...) Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração
maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo
desse ciclo.
Errado.
Vimos que as demonstrações contábeis são elaboradas para atender aos usuários externos,
que são divididos em primário e secundário.
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Com base no Pronunciamento Conceitual Básico (R1) – Estrutura Conceitual para Elabora-
ção e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro – do Comitê de Pronunciamentos Contábeis
(CPC), julgue o item seguinte.
Com base no Pronunciamento Conceitual Básico (R1) – Estrutura Conceitual para Elabora-
ção e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro – do Comitê de Pronunciamentos Contábeis
(CPC), julgue o item seguinte.
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Segundo as normas contábeis atuais, deve prevalecer a essência econômica de uma informa-
ção sobre a sua forma legal.
Certo.
Com base nas Normas Brasileiras de Contabilidade Geral (NBC TG), julgue os próximos itens.
Julgue o seguinte item, acerca do Decreto n. 5.450/2005, da Lei n. 6.404/1976 e dos reflexos
de ambos nos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis.
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Conforme o princípio do valor original o custo corrente determina que os ativos sejam re-
conhecidos pelos valores que teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes
fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. É conhecido como
custo de reposição.
Certo.
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O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam
reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou paga-
mento, desta forma ele pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despe-
sas correlatas.
A DRE apresenta o desempenho econômico da empresa respeitando o princípio da compe-
tência, ou seja, as receitas e as despesas serão reconhecidas, independentemente, do rece-
bimento ou do pagamento.
Certo.
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GABARITO
146. e 160. E 174. E
147. E 161. C 175. E
148. E 162. C 176. E
149. d 163. E 177. C
150. e 164. C 178. C
151. C 165. E 179. E
152. E 166. E 180. E
153. C 167. C 181. E
154. E 168. C 182. C
155. C 169. E 183. C
156. C 170. C 184. C
157. E 171. b 185. C
158. E 172. E 186. E
159. E 173. e
Claudio Zorzo
Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Análise Gerencial, Docência para Nível Superior,
Auditoria e Perícia Contábil. É ex-servidor público do Executivo Federal – Ministério do Exército e ex-
servidor público do Legislativo Federal – Assessor Parlamentar. Atualmente, é professor de Contabilidade
e Auditoria Pública e Privada.
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