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NOÇÕES DE

CONTABILIDADE
GERAL
Princípios Contábeis Fundamentais

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
NOÇÕES DE CONTABILIDADE GERAL
Princípios Contábeis Fundamentais
Claudio Zorzo

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Princípios Contábeis.....................................................................................................................................................14
Entidade...............................................................................................................................................................................15
Continuidade......................................................................................................................................................................17
Oportunidade.....................................................................................................................................................................17
Registro pelo Valor Original. . ...................................................................................................................................19
Competência......................................................................................................................................................................21
Prudência............................................................................................................................................................................22
Resumo................................................................................................................................................................................48
Questões de Concurso................................................................................................................................................50
Gabarito...............................................................................................................................................................................58
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 59

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Princípios Contábeis Fundamentais
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Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Tudo bem contigo?
Espero que esteja bem e que tenha gostado do nosso curso de contabilidade. Também
desejo que continue firme na busca do conhecimento.
Uma frase que pode ajudar nos momentos de avaliação do ritmo de estudo:
O que é bonito sobre a aprendizagem é que ninguém pode tirá-la de você.
B.B. King
Devagar, com ânimo e força, aula após aula, você vai conseguir compreender a nossa bela
contabilidade e atingir seu êxito. Não se esqueça: VOCÊ PODE.
Nesta aula de contabilidade geral, vamos estudar os princípios contábeis e as provi-
sões passivas.

É sabido que o Gran Cursos Online investe em seus materiais e em suas aulas para que sem-
pre sejam apresentados produtos de qualidade, por isto, solicito que você avalie a qualidade
desta aula; este retorno é muito importante para que o Gran consiga, cada vez mais, melhorar
os seus produtos.

Antes de tratar sobre os princípios contábeis, vou destacar a importância da NBCTSP – es-
trutura conceitual para a contabilidade pública.
Essa norma apresenta vários conceitos e várias aplicações inerentes à CASP – Contabili-
dade Aplicada ao Setor Público, e seus assuntos não estão relacionados com a contabilidade
geral; entretanto a sua apresentação revogou uma série de resoluções do CFC que tratavam
dos princípios contábeis. Assim, não há a necessidade de aprofundar seus estudos na conta-
bilidade pública, mas, sim, entender como estão sendo tratados os princípios contábeis pela
contabilidade dentro da estrutura conceitual.
Ao revogar as resoluções que tratavam dos princípios contábeis, o CFC deixou claro que,
atualmente, os arcabouços conceituais teóricos são as estruturas conceituais CPC 00 (conta-
bilidade privada) e NBCTSP (contabilidade pública).

Os ajustes apresentados pela NBCTSP visam a atender ao objetivo da contabilidade, melho-


rando cada vez mais a qualidade das informações contábeis apresentadas pelas empresas.

Norma Brasileira de Contabilidade Técnica do Setor Público - NBC TSP - Estrutura Concei-
tual, de 23 de setembro de 2016

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No dia 23 de setembro de 2016, o CFC – Conselho Federal de Contabilidade nos presen-


teou com uma bela norma, a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL – estrutura conceitual para
elaboração e divulgação de informação contábil pelas entidades do setor público. A norma
teve os seus efeitos aplicados a partir de 1º de janeiro de 2017.
Esta norma chegou a bom tempo e vai ajudar muito na padronização da contabilidade
pública, pois sabe-se que a legislação que regulamenta a contabilidade pública brasileira data
de 1964 e não reflete os avanços pelos quais estão passando a contabilidade e a sociedade.
É importante destacar que esta norma é parte do processo de convergência das Normas
Brasileiras de Contabilidade aos padrões internacionais - e ela foi elaborada de acordo com o
Pronunciamento intitulado The Conceptual Framework for General Purpose Financial Reporting
by Public Sector Entities, emitido pelo IFAC (International Federation of Accountants).
No Brasil, estão submetidos à norma os governos nacionais, estaduais, distritais e muni-
cipais e seus respectivos poderes, incluindo os Tribunais de Contas, as Defensorias e o Mi-
nistério Público. Ainda, incluem-se órgãos, secretarias, departamentos, agências, autarquias,
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, fundos, consórcios públicos e outras re-
partições públicas congêneres da administração direta e indireta, abrangendo, aí, as empresas
estatais dependentes, como, por exemplo, a Embrapa.
As informações sobre a norma são:
Número da resolução: 2016/NBCTSP-EC
Descrição: Aprova a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL
Data de Publicação no Diário Oficial da União: 04/10/2016
Resolução em vigor: SIM
Resolução foi alterada: NÃO
Resolução foi revogada: NÃO
Ementa: aprova a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL - Estrutura Conceitual para Elabora-
ção e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público
Esta resolução revogou a(s) seguinte(s) resolução(ões):
2011/001367 - Altera o Apêndice II da Resolução CFC n. 750/93, - D.O.U de 29/11/2011
2010/001282 - Atualiza e consolida dispositivos da Resolução CFC 750/93 - D.O.U de
02/06/2010
2007/001111 - Apêndice II-Res. CFC 750/93 - Princípios Fundamentais de Contabilidade -
D.O.U de 05/12/2007
1993/000750 - Princípios Fundamentais Contabilidade - D.O.U de 31/12/1993
Meu objetivo, nesta aula, é falar sobre um ponto específico nela apresentado: a revogação
da Resolução CFC n. 750, que aprovou os princípios contábeis, e a revogação das demais re-
soluções relacionadas aos princípios contábeis, em especial a Resolução CFC n. 1.282/2010.
Antes de adentrar na revogação propriamente dita, é importante destacar que a sustenta-
ção científica da contabilidade apresentava que os princípios de contabilidade representam o
núcleo central da própria contabilidade, na sua condição de ciência social, sendo a ela ineren-
tes, ou seja, a contabilidade é baseada nos princípios.
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Destacava, também, que os princípios constituem sempre as vigas-mestras de uma ci-


ência, revestindo-se dos atributos de universalidade e veracidade, conservando validade em
qualquer circunstância.
Com base na premissa da Universalidade, os princípios devem ser respeitados na conta-
bilidade aplicada tanto ao setor privado quanto ao setor público. Desta forma, não existem
princípios para a contabilidade pública e princípios para contabilidade privada, o que existem
são princípios para a contabilidade.

Ao revogar a resolução que trata dos princípios contábeis, o CFC deixa claro que os princípios
são parte das informações apresentadas e, agora, são tratados nos pressupostos básicos e
atributos qualitativos das informações apresentadas na estrutura conceitual.

Hoje a base de sustentação dos registros e da apresentação das informações contábeis


são os pronunciamentos contábeis, em especial os seguintes (Pronunciamentos Conceituais
Básicos – Estruturas Conceituais):
• NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação
de Relatório Contábil-Financeiro pelas entidades do setor privado, é o CPC 00 R2;
• NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulga-
ção de Informação Contábil de Propósito Geral pelas entidades do setor público.

Para entender melhor o assunto, vou falar um pouco sobre o que é o processo de conver-
gência das normas nacionais às internacionais.
A convergência visa a contribuir no desenvolvimento do país, mediante reforma nos nor-
mativos contábeis no setor público e privado. É ponto pacífico que a adoção de normas inter-
nacionais de contabilidade pelas empresas brasileiras e pelo governo facilita a captação de
recursos no mercado global, pois as informações aqui apresentadas são as mesmas requeri-
das nos países investidores.
O órgão orientador contábil internacional é o IASB – International Accounting Standards Bo-
ard, que emite as IFRS – International Financial Reporting Standards. O IASB tem como objetivo
desenvolver um conjunto único de pronunciamentos contábeis de alta qualidade, compreensí-
veis, exequíveis e aceitáveis globalmente, que serão aplicados, após aprovação, nos países do
mundo todo.
No Brasil, o processo de convergência às normas internacionais teve início com as al-
terações da Lei das Sociedades Anônimas (6.404/76), promovidas pelas leis 11.638/07 e
11.941/09. Com as mudanças na lei, a CVM – Comissão de Valores Mobiliários – teve auto-
rização legal para normatizar a contabilidade de acordo com os padrões internacionais, além
disto, foi permitindo que os órgãos reguladores firmassem convênio para agilizar a emissão de
novas normas. Veja o que a lei estabeleceu:

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Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mer-
cantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos
órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral.
7º A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu critério, disciplinar de forma diversa o registro
de que trata o § 3º deste artigo. (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos
preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos,
devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações pa-
trimoniais segundo o regime de competência.
§ 3º As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expe-
didas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por
auditores independentes nela registrados. (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
§ 5º As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 3º deste artigo
deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados
nos principais mercados de valores mobiliários. (Incluído pela Lei n. 11.638,de 2007)
Art. 5º A Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 10-A:
Art. 10-A. A Comissão de Valores Mobiliários, o Banco Central do Brasil e demais órgãos e agências
reguladoras poderão celebrar convênio com entidade que tenha por objeto o estudo e a divulgação
de princípios, normas e padrões de contabilidade e de auditoria, podendo, no exercício de suas atri-
buições regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os pronunciamentos e demais orientações
técnicas emitidas.
Parágrafo único. A entidade referida no caput deste artigo deverá ser majoritariamente composta
por contadores, dela fazendo parte, paritariamente, representantes de entidades representativas de
sociedades submetidas ao regime de elaboração de demonstrações financeiras previstas nesta Lei,
de sociedades que auditam e analisam as demonstrações financeiras, do órgão federal de fiscaliza-
ção do exercício da profissão contábil e de universidade ou instituto de pesquisa com reconhecida
atuação na área contábil e de mercado de capitais.

Assim, em razão da necessidade de convergência e da centralização na emissão de nor-


mas dessa natureza, começou a ganhar destaque, na área contábil, o Comitê de Pronuncia-
mentos Contábeis – CPC.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, criado pela resolução CFC n. 1.055/05, foi
idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos da Associação Brasileira das
Companhias Abertas (ABRASCA), da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimen-
to do Mercado de Capitais (APIMEC), da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA), do
Conselho Federal de Contabilidade (CFC), do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil
(IBRACON) e da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECA-
FI). Notem que, exceto pelo CFC e pela FIPECAFI, ele é formado por entidades ligadas ao mer-
cado de capitais, mercado este controlado pela CVM.

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O CPC tem como objetivos o estudo, o preparo e a emissão de pronunciamentos técnicos,


suas interpretações e orientações sobre procedimentos de contabilidade societária e a divul-
gação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pelas entidades re-
guladoras brasileiras, visando à uniformização do seu processo de produção, levando sempre
em conta a convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais.
Em 2015, em razão da necessidade de se aprimorar, a Contabilidade Aplicada ao setor
Público - CASP, o Conselho Federal de Contabilidade criou uma comissão para avançar no pro-
cesso de convergência das NBC TSP às orientações internacionais. Adotou-se a estratégia de
convergência integral às normas emitidas pela IFAC (Federação Internacional de Contadores,
uma organização global que representa, estabelece e promove normas internacionais, e fala
pela profissão em questões de políticas públicas. Ou seja, as normas internacionais passariam
a ser traduzidas e adaptadas, sempre que necessário, à realidade brasileira.

A convergência da contabilidade privada seguiu orientações do IASB, ao passo que a conver-


gência da contabilidade pública seguiu orientações do IFAC.

Da mesma forma como ocorreu no processo de convergência da contabilidade do setor


privado, a primeira norma da área pública convergida foi a NBC TSP Estrutura Conceitual – Es-
trutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral
pelas Entidades do Setor Público, publicada no DOU no dia 4 de outubro de 2016.
Com isso, os princípios de contabilidade, sob o ponto de vista das estruturas conceituais
dos setores privado e público, passaram a ser comportados dentro das normas específicas,
respectivamente, a NBC TG Estrutura Conceitual (Resolução n. 1.374/2011) e NBC TSP Estru-
tura Conceitual.
Voltando ao assunto base deste material, e os princípios?
Segundo o CFC, nas resoluções revogadas, os princípios estão obrigatoriamente presentes
na formulação das Normas Brasileiras de Contabilidade, são verdadeiros pilares do sistema
de normas e não podem sofrer qualquer restrição na sua observância, ou seja, eles devem ser
respeitados. Contudo esta determinação conflitava com algumas orientações e alguns pronun-
ciamentos do CPC - e, consequentemente, do próprio CFC, principalmente nos ajustes às novas
orientações contábeis, como a essência econômica sobre a forma, a neutralidade, entre outras.
Assim, o CFC revogou a norma que tratava dos princípios e, posteriormente, deixou claro
que a revogação da Resolução n. 750/1993 não implica na extinção dos princípios contábeis
no Brasil, mas, sim, na convergência deles para os pronunciamentos básicos, sob um novo
contexto conceitual.
Na verdade, o Brasil passou a contar com uma estrutura conceitual que é estruturada em
capítulos e temas, que serão aplicados conforme as necessidades da empresa, respeitando
as orientações específicas, e deixou de ter uma norma sobre os princípios, que deveriam ser
aplicados de forma semelhante por todas as empresas.

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O PULO DO GATO
O próprio CFC já destacou, em suas publicações, que revogar a Resolução n. 750/1993 não
significa que os princípios de contabilidade estejam extintos. A revogação das resoluções
visa à unicidade conceitual, indispensável para evitar divergências na concepção doutrinária
e teórica, que poderiam comprometer aspectos formais das Normas Brasileiras de Contabili-
dade (NBCs).

Então, os princípios de contabilidade, sob o ponto de vista das estruturas conceituais dos
setores privado e público, passaram a ser comportados dentro das normas específicas, respec-
tivamente, a NBC TG Estrutura Conceitual e NBC TSP, e, por isto, tornou-se necessária e natural
a revogação da Resolução n. 750/1993, para evitar eventual conflito de referência conceitual.
Após a revisão do CPC 00, denominada de revisão R2, de maneira geral, todos os princípios
mencionados na Resolução n. 750/1993 estão na estrutura conceitual original, contudo apre-
sentados em contexto teórico diferente e denominados pressupostos básicos.
Na estrutura conceitual, é possível identificar a necessidade de destacar a continuidade
da empresa (CONTINUIDADE); a importância da oportunidade das informações em respeito à
tempestividade (OPORTUNIDADADE), o respeito ao registro do valor original e outras bases de
mensuração (REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL), a competência de exercícios na apuração
do desempenho econômico (COMPETÊNCIA), e o princípio da ENTIDADE aparece quando a
estrutura conceitual destaca a necessidade da identificação da “entidade que reporta a infor-
mação”. E, em 2019, com a reinclusão da PRUDÊNCIA como apoio à neutralidade, o conjunto
dos princípios está completo.

É importantíssimo destacar que, independentemente de norma, o objetivo científico da conta-


bilidade continua diretamente relacionado com a correta apresentação das informações sobre
o patrimônio, assim como com a apreensão e a análise das causas das suas mutações.

As estruturas básicas CPC 00 R2 e NBCTSP deixam claro que a contabilidade tem por
objetivo divulgar informações úteis, mostrando os fatos que as fundamentam; inclusive o pro-
nunciamento conceitual básico destaca que, se a informação contábil-financeira é para ser
útil, ela precisa ser relevante e representar, com fidedignidade, o que se propõe a representar. A
utilidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela for comparável, verificável, tem-
pestiva e compreensível. Estas são as características qualitativas das informações contábeis.
Em 2011, na primeira revisão feita sobre o pronunciamento básico para as entidades privadas,
o CPC destacou que a característica essência sobre a forma foi formalmente retirada da condi-
ção de componente separado da representação fidedigna, por ser isso considerado redundante.

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O CPC deixou claro que a representação pela forma legal que difira da substância econô-
mica não pode resultar em representação fidedigna. Assim, essência sobre a forma passou a
ser a bandeira insubstituível nas normas do IASB, e passa a ser a premissa básica da infor-
mação contábil.
Outro ponto muito importante desta revisão, e aí conflitando diretamente com o princípio
contábil da prudência, foi que a característica da prudência (conservadorismo) foi retirada da
condição de aspecto da representação fidedigna por ser inconsistente com a neutralidade.
Desta forma, as informações fidedignas devem ser neutras e não prudentes.
Em 2019, o CPC revisou novamente o CPC 00 e apresentou a revisão R2 - por meio dela,
decidiu incluir a prudência novamente; agora, a prudência passou a ser uma base de análise
da neutralidade ao estabelecer as estimativas contábeis, especialmente as estimativas para
perdas do ativo e as provisões passivas.
Na classe contábil, a revogação dos princípios criou clima de “falta de base científica” - e
isto fez com que o CFC se pronunciasse sobre o assunto da seguinte forma:
Por Maristela Girotto
Comunicação CFC
Com informações: Grupo Assessor do CFC para o setor público
Instrumento fundamental do processo de convergência das Normas Brasileiras de Contabi-
lidade Aplicadas ao Setor Público (NBC TSP) ao padrão internacional, editado pela Federação
Internacional de Contadores (Ifac, na sigla em inglês), a Estrutura Conceitual (NBC TSP EC)
foi publicada pelo Conselho Federal de Contabilidade no dia 4 de outubro de 2016. Esta norma
antecede a convergência das demais, apresentando os conceitos basilares para a elaboração
e divulgação de informação contábil de propósito geral pelas entidades do setor público. Até o
final de 2016, serão publicadas as primeiras cinco NBC TSP convergidas, produzindo efeitos a
partir de janeiro de 2017.
Ao ser publicada no Diário Oficial da União (DOU), a NBC TSP EC revogou as resoluções do
CFC que aprovaram as normas aplicáveis ao setor público NBC T 16.1 a 16.5, parte da NBC T
16.6 e, ainda, a Resolução n. 750/1993, que dispõe sobre os Princípios de Contabilidade, e a
1.111/2007, que trata da interpretação dos princípios sob a perspectiva da área pública.
Revogar a Resolução n. 750/1993, porém, não significa que os Princípios de Contabilidade
estejam extintos. A revogação das resoluções visa à unicidade conceitual, indispensável para
evitar divergências na concepção doutrinária e teórica, que poderiam comprometer aspectos
formais das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs).
Para orientação geral e esclarecimentos que possam vir a ser necessários sobre a revoga-
ção da Resolução n. 750/1993 e seu apêndice, a Resolução n. 1.111/2007, o CFC traz à luz os
fatos, providos do necessário contexto histórico, relativos à revogação das duas resoluções e à
realocação dos Princípios de Contabilidade em Estruturas Conceituais específicas:

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Contexto
Em 2008, quando se iniciou o processo de convergência das normas contábeis brasileiras
aos padrões internacionais – International Financial Reporting Standards (IFRS), para o setor
privado, e International Public Sector Accounting Standards (Ipsas), para a área pública –, a Re-
solução n. 750/1993 teve que ser revista em razão da aprovação do “Pronunciamento Conceitu-
al Básico – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contá-
beis”, pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Esse Pronunciamento foi referendado
pelo CFC e deu origem à NBC T 1 – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das
Demonstrações Contábeis (Resolução n. 1.121/2008).
Naquele ano, com a publicação da NBC T 1, houve reflexões sobre a oportunidade de revo-
gação da Resolução n. 750/1993, considerando-se que passariam a coexistir duas orientações
sobre as características da informação contábil do setor privado. Decidiu-se, na época, que a
resolução não seria revogada porque seria realizada, futuramente, uma revisão em seu conte-
údo para adequação à NBC T 1 e, também, para a manutenção dos princípios para as entidades
do setor público.
Em 2011, a NBC T1 foi revogada pela Resolução n. 1.374, que lhe deu nova redação, pas-
sando a ser intitulada NBC TG Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para Elaboração e
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro.
No processo de revisão da Resolução n. 750/1993, surgiram questões como, por exemplo, a
preponderância de alguns princípios da contabilidade sobre outros – ou seja, alguns princípios
não apresentados na Resolução n. 750/1993 poderiam ser interpretados como de menor rele-
vância, ou não “fundamentais”, gerando dúvidas para os profissionais.
Outro ponto considerado no processo de revisão da resolução foi a mudança do contexto
socioeconômico do Brasil, que levou à necessidade de alguns ajustes, como a avaliação da apli-
cabilidade do princípio da atualização monetária no contexto da estabilidade financeira. Desse
processo de revisão surgiu a Resolução n. 1.282/2010, alterando a Resolução n. 750/1993.
A convergência da contabilidade das empresas privadas ao padrão internacional (IFRS)
avançou rapidamente. Enquanto isso, a Contabilidade Aplicada ao Setor Público (Casp) iniciava
a busca por padrões internacionais e carecia de uma Estrutura Conceitual que pudesse ampliar
os princípios da contabilidade sob a perspectiva do setor público.
As primeiras NBC TSP (NBC T 16.1 a 16.10), editadas em 2008, buscaram compatibilizar as
diretrizes dos princípios de contabilidade com a informação contábil do setor público alinhada
aos padrões internacionais.
Em 2015, em razão da necessidade de se aprimorar a Casp, o Conselho Federal de Contabi-
lidade criou uma comissão para avançar no processo de convergência das NBC TSP às Ipsas.
Adotou-se a estratégia de convergência integral às Ipsas, ou seja, as normas internacionais
passariam a ser traduzidas e adaptadas, sempre que necessário, à realidade brasileira.

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Da mesma forma como ocorreu no processo de convergência da contabilidade do setor


privado, a primeira norma da área pública convergida foi a NBC TSP Estrutura Conceitual – Es-
trutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral
pelas Entidades do Setor Público, publicada no DOU do dia 4 de outubro de 2016.
Com isso, os Princípios de Contabilidade, sob o ponto de vista das Estruturas Conceituais
dos setores privado e público, passaram a ser comportados dentro das normas específicas,
respectivamente, a NBC TG Estrutura Conceitual (Resolução n. 1.374/2011) e NBC TSP Estru-
tura Conceitual.
Diante desses fatos, tornou-se necessária e natural a revogação da Resolução n. 750/1993,
para evitar eventual conflito de referência conceitual.
Considerações
Alguns professores, de conceituadas universidades brasileiras, dão depoimentos sobre a
revogação da Resolução n. 750/1993:
“A revogação da Resolução n. 750/1993 me deixou muito satisfeito, porque não é bom para
a contabilidade a existência de duas Estruturas Conceituais para as mesmas entidades, ainda
mais aprovadas pelo mesmo órgão. Acabou agora o meu desconforto. Desconforto que seria
muito maior existindo duas Estruturas Conceituais para entidades comerciais e outra para en-
tidades públicas. Assim, acho que, com essa revogação, o CFC está agindo em prol da unifica-
ção de entendimentos, da Contabilidade, da nossa classe e, inclusive, em prol da simplificação
perante nossos usuários. Só tenho a parabenizar o Conselho Federal.” Eliseu Martins, professor
da Universidade de São Paulo (USP).
“Desde a aprovação da Resolução n. 1.374/2011 (NBC TG Estrutura Conceitual aplicável às
entidades do setor privado), passamos a conviver com duas Estruturas Conceituais, uma vez
que a Resolução n. 750/1993 permaneceu vigente, gerando, em muitas situações, dúvidas nos
profissionais e no âmbito da academia. Com o processo de convergência e a recente aprovação
da NBC TSP - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de
Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público me parece oportuna a revogação da Resolu-
ção n. 750/1993, contribuindo, assim, para um adequado alinhamento, em nível internacional, e
melhor compreensão por parte de todos os que militam na contabilidade ou dela são usuários.”
Ernani Ott, professor da Unisinos e diretor presidente da Associação Nacional de Programas de
Pós-Graduação em Ciências Contábeis (Anpcont).
“Muito oportuna a revogação da Resolução n. 750/1993, com a aprovação da NBC TSP -
Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral
pelas Entidades do Setor Público. Acadêmicos e profissionais das entidades privadas finalmen-
te contam com uma única base conceitual, a NBC TG Estrutura Conceitual para a Elaboração e
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. Agora, são duas estruturas conceituais qualifica-
das para a análise e a aplicação de normas contábeis pertinentes à cada área: pública e privada.
Deve-se reconhecer, mais uma vez, a atuação criteriosa do Conselho Federal de Contabilidade
no processo de convergência, promovendo melhor compreensão das normas contábeis pelos
profissionais e usuários da contabilidade.” Márcia Martins Mendes De Luca, professora da Uni-
versidade Federal do Ceará e Coordenadora Adjunta da área de Administração, Ciências Contá-
beis e Turismo da Capes.

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Claudio Zorzo

“A recente revogação da Resolução n. 750/1993 não implica na extinção dos princípios


contábeis no Brasil. Na verdade, após a aprovação da Resolução 1.374/2011, o Brasil passou a
contar com uma Estrutura Conceitual (EC/11). Enquanto a Resolução n. 750/1993 era estrutu-
rada em ‘princípios’, a EC/11 é estruturada em capítulos, como, por exemplo, o do objetivo ou o
das características qualitativas.
De maneira geral, podemos ver que todos os princípios mencionados na Resolução n.
750/1993 também estão na EC, com exceção do da prudência. O ‘de/para’ da Resolução n.
750/1993 é apresentado a seguir, com os respectivos parágrafos da Estrutura Conceitual entre
parênteses: continuidade (4.1), oportunidade (QC12 e QC19), registro do valor original e outras
bases de mensuração (4.54 a 4.56), competência (OB17 a OB20). Em relação ao princípio da
entidade, a EC faz menção à “entidade que reporta a informação”. É importante destacar que
uma versão revisada da EC deverá ser emitida em breve pelo International Accounting Stan-
dards Board (Iasb). A versão revisada dedicará um capítulo ao conceito de ‘entidade’ e deve
reintroduzir o conceito de ‘prudência’, que não significa antecipar as ‘más notícias’ e postergar
as ‘boas notícias’, mas, sim, exigir cautela em julgamentos sob condições de incerteza.
Concluindo, existem formas diferenciadas de estruturar os conceitos fundamentais que te-
mos em Contabilidade, mas tenham certeza de que sempre estarão vivos e continuarão sendo
a estrela-guia para o desenvolvimento dos pronunciamentos e das decisões a serem tomadas
pelos profissionais.” Fábio Moraes da Costa, professor da Fucape Business School.
“Os Princípios Fundamentais de Contabilidade aprovados e editados pela Resolução n.
750/1993 foram de significativa importância para a melhoria do arcabouço teórico-normativo
da Contabilidade no Brasil e suas contribuições são de incontestável relevância para a quali-
dade da informação produzida pelas práticas contábeis. Contudo, a dinâmica da economia e
a gestão dos negócios, em âmbito global, exigem unicidade de regras e procedimentos para
obtenção de informação justa que, para ser entendida como tal, deve propugnar a ausência de
dualidade e a redução de viés, para ser compreendida com singularidade pelos usuários. Neste
contexto, a coexistência dos princípios editados pela Resolução n. 750/1993 com a estrutura
conceitual vigente, em função da adoção do padrão IFRS, contribui para inquietação de opera-
dores e usuários na escolha da referência conceitual. Assim, como ente instituído para velar
pelo regramento contabilístico aplicado no Brasil, o CFC age com prudência e acerto, eliminan-
do a possibilidade de conflito normativo, ao revogar a Resolução n. 750/1993, considerando a
inserção do Brasil no padrão internacional.” José Antonio de França, professor do Departamen-
to de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília (UnB).
“A adoção das IFRS pressupõe igualmente a observância da estrutura conceitual aprovada
pelo Iasb, visto que é a base utilizada pelo Board para desenvolver as normas internacionais,
bem como para analisar questões relativas à aplicação consistente dessas normas. Adicio-
nalmente, a estrutura conceitual do Iasb auxilia as entidades a avaliar alternativas e desenvol-
ver políticas contábeis, com base em princípios que promovam a representação fidedigna dos

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eventos econômicos nas situações em que nenhuma IFRS específica se aplique a determinada
transação ou, ainda, quando a norma existente permite a definição de política contábil, me-
diante a inclusão de opções para o reconhecimento de tais eventos. Finalmente, além do Iasb e
das entidades responsáveis pela elaboração e divulgação de relatórios financeiros, a estrutura
conceitual facilita a compreensão e a interpretação das IFRS pelos usuários.” Amaro Gomes,
membro do International Accounting Standards Board (Iasb).

O PULO DO GATO
Leia com calma as considerações apresentadas pelos professores, muitas delas poderão ser
cobradas em provas.

Como a estrutura conceitual entra em vigor na data de sua publicação, em 05/10/16, tendo
os seus efeitos aplicados a partir de 1º de janeiro de 2017, a partir daí, a base de sustentação
das informações contábeis são: a primazia da essência econômica sobre a forma jurídica;
os atributos qualitativos fundamentais e de melhoria, conforme os pressupostos básicos do
registro pelo valor original ajustado, da competência, da oportunidade, da continuidade, da en-
tidade e, agora, também da prudência.

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PRINCÍPIOS CONTÁBEIS
Os princípios de contabilidade representam o núcleo central da própria contabilidade, na
sua condição de ciência social, sendo a ela inerentes. Constituem sempre as vigas-mestras de
uma ciência, revestindo-se dos atributos de universalidade e veracidade, conservando validade
em qualquer circunstância.
No caso da contabilidade, presente seu objeto, seus princípios de contabilidade valem para
todos os patrimônios, independentemente das etidades a que pertencem, as finalidades para
as quais são usados, a forma jurídica da qual estão revestidos, sua localização, expressividade
e quaisquer outros qualificativos, desde que gozem da condição de autonomia em relação aos
demais patrimônios existentes.
Os princípios contábeis constituem normas que representam a essência da ciência contá-
bil, por isto, a observância dos princípios contábeis é obrigatória no exercício da profissão e
constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Na aplica-
ção dos princípios contábeis em situações concretas, a essência das transações deve prevale-
cer sobre seus aspectos formais.

Nos princípios científicos, jamais pode haver hierarquização formal, dado que eles são os ele-
mentos predominantes na constituição de um corpo orgânico, proposições que se colocam
no início de uma dedução, e são deduzidos de outras dentro do sistema. Nas ciências sociais,
os princípios se colocam como axiomas, premissas universais e verdadeiras, assim admitidas
sem necessidade de demonstração, ultrapassando, pois, a condição de simples conceitos.

Os princípios, na condição de verdades primeiras de uma ciência, jamais serão diretivas


de natureza operacional, característica essencial das normas – expressões de direito positivo,
que, a partir dos princípios, estabelecem ordenamentos sobre o “como fazer”, isto é, técnicas,
procedimentos, métodos, critérios, etc., nos aspectos tanto substantivos quanto formais. Des-
sa maneira, alcança-se um todo organicamente integrado, em que, com base nas verdades
gerais, chega-se ao detalhe aplicado, mantidas a harmonia e a coerência do conjunto.
Os princípios simplesmente são e, portanto, preexistem às normas, fundamentando e jus-
tificando a ação, enquanto aquelas a dirigem na prática. No caso brasileiro, os princípios estão
presentes na formulação das Normas Brasileiras de Contabilidade, verdadeiros pilares do sis-
tema de normas, que estabelecerão regras sobre apreensão, registro, relato, demonstração e
análise das variações sofridas pelo patrimônio, buscando descobrir suas causas, de forma a
possibilitar a feitura de prospecções sobre a entidade, e sem a possibilidade de sofrer qualquer
restrição na sua observância.

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Em termos de conteúdo, os princípios dizem respeito à caracterização da entidade e do


patrimônio, à avaliação dos componentes deste e ao reconhecimento tanto das mutações
quanto de seus efeitos diante do patrimônio líquido.
Como os princípios alcançam o patrimônio na sua globalidade, sua observância nos pro-
cedimentos aplicados resultará, automaticamente, em informações de utilidade para decisões
sobre situações concretas. Esta é a razão pela qual os objetivos pragmáticos da contabilidade
são caracterizados pela palavra “informação”.
Desta forma, os princípios de contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias
relativas à ciência da contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos
científico e profissional de nosso país. Concernem, pois, à contabilidade no seu sentido mais
amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.

Nos princípios científicos, jamais pode haver hierarquização formal, dado que eles são os ele-
mentos predominantes na constituição de um corpo orgânico.

Segundo a Resolução CFC 750/93, modificada pelas resoluções n. 1.111/ 07 e n. 1.367/11,


são princípios de contabilidade sob a perspectiva do setor público:

Entidade
O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no univer-
so dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto
de pessoas, uma sociedade ou uma instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou
sem fins lucrativos.

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Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus
sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação


contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de
natureza econômico-contábil.

O cerne do princípio da entidade está na autonomia do patrimônio a ela pertencente. O


princípio em exame afirma que o patrimônio deve revestir-se do atributo de autonomia em
relação a todos os outros patrimônios existentes, pertencendo a uma entidade, no sentido de
sujeito suscetível à aquisição de direitos e obrigações. A autonomia tem por consequência o
fato de que o patrimônio de uma entidade jamais pode confundir-se com aqueles dos seus
sócios ou proprietários.
A entidade poderá ser desde uma pessoa física até qualquer tipo de sociedade, instituição
ou mesmo conjuntos de pessoas, tais como:
• Famílias;
• Empresas;
• Governos, nas diferentes esferas do poder;
• Sociedades beneficentes, religiossa, culturais, esportivas, técnicas, de lazer;
• Sociedades cooperativas;
• Fundos de investimento e outras modalidades afins.

O patrimônio, na sua condição de objeto da contabilidade, é, no mínimo, aquele juridica-


mente formalizado como pertencente à entidade, com ajustes quantitativos e qualitativos rea-
lizados em consonância com os princípios da própria contabilidade.
A autonomia patrimonial apresenta sentido unívoco. Por consequência, o patrimônio pode
ser decomposto em partes segundo os mais variados critérios, em termos tanto quantitativos
quanto qualitativos. Mas nenhuma classificação, mesmo que dirigida sob ótica setorial, resul-
tará em novas entidades.
Carece, pois, de sentido, a ideia de que as divisões ou os departamentos de uma entidade
possam constituir novas entidades, ou “microentidades”, precisamente porque sempre lhes
faltará o atributo da autonomia.
A única circunstância em que poderá surgir nova entidade será aquela em que a proprieda-
de de parte do patrimônio de uma entidade for transferida para outra unidade, eventualmente
até criada naquele momento. Mas, no caso, teremos um novo patrimônio autônomo, perten-
cente a outra entidade. Na contabilidade aplicada, especialmente nas áreas de custos e de
orçamento, trabalha-se, muitas vezes, com controles divisionais, que podem ser extraordinaria-
mente úteis, porém não significam a criação de novas entidades, precisamente pela ausência
de autonomia patrimonial.

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Perspectivas do Setor Público


O princípio da entidade se afirma para o ente público pela autonomia e responsabilização
do patrimônio a ele pertencente.
A autonomia patrimonial tem origem na destinação social do patrimônio e na responsabili-
zação pela obrigatoriedade da prestação de contas pelos agentes públicos.

Continuidade
O princípio da continuidade pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro
e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta
esta circunstância.
O princípio da continuidade, à semelhança do da prudência, está intimamente ligado com
o da competência, formando-se uma espécie de trilogia. A razão é simples: a continuidade
diz respeito diretamente ao valor econômico dos bens, ou seja, ao fato de um ativo manter-se
nesta condição ou transformar-se, total ou parcialmente, quando há previsão de encerramento
das atividades da entidade, com o vencimento antecipado ou o surgimento de exigibilidades.
Nesta última circunstância, sua ligação será com o princípio da oportunidade.
A denominação “princípio da continuidade”, como também a de “entidade em marcha”, ou
“going concern”, é encontrada em muitos sistemas de normas no exterior e, também, na lite-
ratura contábil estrangeira, embora o princípio da continuidade também parta do pressuposto
de que a entidade deva concretizar seus objetivos continuamente – o que nem sempre signi-
fica a geração de riqueza no sentido material –, não se fundamenta na ideia de entidade em
movimento.
O motivo é simples, pois uma entidade com suas atividades reduzidas ou suspensas tem-
porariamente continuará a ser objeto da contabilidade enquanto dispuser de patrimônio.
Perspectivas do Setor Público
No âmbito da entidade pública, a continuidade está vinculada ao estrito cumprimento da
destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá enquanto per-
durar sua finalidade.
Portanto, se o órgão público deixar de atender à finalidade de sua criação, ele estará violan-
do o princípio da continuidade.

Oportunidade
O princípio da oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contá-
bil pode ocasionar a perda de sua relevância. Por isso, é necessário ponderar a relação entre a
oportunidade e a confiabilidade da informação.

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O princípio da oportunidade exige a apreensão, o registro e o relato de todas as variações


sofridas pelo patrimônio de uma entidade, no momento em que elas ocorrerem. Cumprido tal
preceito, chega-se ao acervo máximo de dados primários sobre o patrimônio, fonte de todos
os relatos, demonstrações e análises posteriores, ou seja, o princípio da oportunidade é a base
indispensável à fidedignidade das informações sobre o patrimônio da entidade, relativas a um
determinado período e com o emprego de quaisquer procedimentos técnicos.
É o fundamento daquilo que muitos sistemas de normas denominam “representação fiel”
pela informação, ou seja, que esta espelhe, com precisão e objetividade, as transações e os
eventos a que concerne. Tal tributo é, igualmente, exigível em qualquer circunstância, a come-
çar sempre nos registros contábeis, embora as normas tendem a enfatizá-lo nas demonstra-
ções contábeis.
O princípio da oportunidade deve ser observado, como já foi dito, sempre que haja variação
patrimonial, cujas origens principais são, de forma geral, as seguintes:
a) Transações realizadas com outras entidades, formalizadas mediante acordo de vonta-
des, independentemente da forma ou da documentação de suporte, como compra ou venda
de bens e serviços;
b) Eventos de origem externa, de ocorrência alheia à vontade da administração, mas com
efeitos sobre o patrimônio, como modificações nas taxas de câmbio, quebras de clientes, efei-
tos de catástrofes naturais, etc.;
c) Movimentos internos que modificam predominantemente a estrutura qualitativa do pa-
trimônio, como a transformação de materiais em produtos semifabricados, ou destes em pro-
dutos prontos, mas também a estrutura quantitativo-qualitativa, como no sucateamento de
bens inservíveis.

O princípio da oportunidade abarca dois aspectos distintos, mas complementares: a integri-


dade e a tempestividade, razão pela qual alguns autores preferem denominá-los princípio da
universalidade.

O princípio da oportunidade tem sido confundido, algumas vezes, com o da competência,


embora os dois apresentem conteúdos manifestamente diversos. Na oportunidade, o objetivo
está na completeza da apreensão das variações, do seu oportuno conhecimento, enquanto, na
competência, o fulcro está na qualificação das variações diante do Patrimônio Líquido, isto é,
na decisão sobre se estas o alteram ou não. Em síntese, no primeiro caso, temos o conheci-
mento da variação, e, na competência, a determinação de sua natureza.
A integridade diz respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas na sua tota-
lidade, isto é, sem qualquer falta ou excesso. Concerne, pois, à completeza da apreensão, que
não admite a exclusão de quaisquer variações monetariamente quantificáveis.

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Como as variações incluem elementos quantitativos e qualitativos, bem como os aspectos


físicos pertinentes, e ainda que a avaliação é regida por princípios próprios, a integridade diz
respeito fundamentalmente às variações em si. Tal fato não elimina a necessidade do reconhe-
cimento destas, mesmo nos casos em que não há certeza definitiva da sua ocorrência, mas
somente alto grau de possibilidade. Bons exemplos neste sentido fornecem as depreciações,
pois a vida útil de um bem será sempre uma hipótese mais ou menos fundada tecnicamente,
porquanto dependente de diversos fatores de ocorrência aleatória. Naturalmente, pressupõe-
-se que, na hipótese do uso de estimativas, estas tenham fundamentação estatística e econô-
mica suficientes.
A tempestividade obriga a que as variações sejam registradas no momento em que ocorre-
rem, mesmo na hipótese de alguma incerteza, na forma relatada no item anterior. Sem o regis-
tro no momento da ocorrência, ficarão incompletos os registros sobre o patrimônio até aquele
momento, e, em decorrência, insuficientes quaisquer demonstrações ou relatos, e falseados
diagnósticos, prognósticos e conclusões.
Perspectivas do Setor Público
O princípio da oportunidade é base indispensável à integridade e à fidedignidade dos pro-
cessos de reconhecimento, mensuração e evidenciação da informação contábil, dos atos e
dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da entidade pública, observadas as Nor-
mas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao setor público.
A integridade e a fidedignidade dizem respeito à necessidade de as variações serem reco-
nhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para
sua ocorrência, visando ao completo atendimento da essência sobre a forma.

Registro pelo Valor Original


O princípio do registro pelo valor original determina que os componentes do patrimônio
devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em mo-
eda nacional.
No caso de doações recebidas pela entidade, também existe a transação com o mundo
exterior com efeito quantitativo e qualitativo sobre o patrimônio.
Como a doação resulta em inegável aumento do patrimônio líquido, cabe o registro pelo
valor efetivo da coisa recebida, no momento do recebimento, segundo o valor de mercado.

Este princípio determina a necessidade de se registrar os itens patrimoniais pelo seu valor his-
tórico, ou seja, pelo valor da primeira negociação; contudo se aceita ajustes ao valor original.

I – Custo histórico.
Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos;

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Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da
obrigação ou pelos valores necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações.
II – Variação do custo histórico.
Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais podem sofrer variações
decorrentes dos seguintes fatores:
a) Custo corrente;
b) Valor realizável;
c) Valor presente;
d) Valor justo.
a) Custo corrente
Os ativos são reconhecidos pelos valores que teriam de ser pagos se estes ativos fossem
adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis.
Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa, não descontados, que seriam ne-
cessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis.
b) Valor realizável
Os ativos são mantidos pelos valores que poderiam ser obtidos pela venda em uma for-
ma ordenada.
Os passivos são mantidos pelos valores não descontados, que se espera que seriam pa-
gos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da entidade.
c) Valor presente
Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida
de caixa, que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da entidade.
Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida
de caixa que se espera ser necessário para liquidar o passivo.
d) Valor justo
É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhe-
cedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos e sem compulsoriedade.
Perspectivas do setor público
Nos registros dos atos e fatos contábeis, será considerado o valor original dos componen-
tes patrimoniais.
Valor original, que ao longo do tempo não se confunde com o custo histórico, corresponde
ao valor resultante de consensos de mensuração com agentes internos ou externos, com base
em valores de entrada – a exemplo de custo histórico, custo histórico corrigido e custo corren-
te; ou valores de saída – a exemplo de valor de liquidação, valor de realização, valor presente
do fluxo de benefício do ativo e valor justo.

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Exemplo prático
a) Em novembro, a empresa compra mercadorias no total de R$ 100.000,00, com frete e seguro
de R$ 30.000,00, e carga e descarga de R$ 20.000,00.
b) No fim do ano, ao elaborar o “BP”, a administração levanta as seguintes informações:
I – Preço de reposição de R$ 160.000,00.
II – Preço de venda, à vista, da mercadoria R$ 210.000,00; a margem de lucro e os impostos
estimados na venda eram R$ 40.000,00.
III – Se vender a prazo, o preço é de R$250,000,00.
IV – As mercadorias poderiam ser trocadas no mercado pelo valor de R$ 180.000,00
c) Os valores, segundo o princípio do registro pelo valor histórico ajustado, são os seguintes:
Custo original: 150.000,00
Custo corrente: 160.000,00
Valor realizável líquido: 170.000,00
Valor presente: 210.000,00
Valor justo: 180.000,00

Competência
O princípio da competência determina que os efeitos das transações e outros eventos
sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou
pagamento.
O princípio da competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de
despesas correlatas.
A compreensão do princípio da competência está diretamente ligada ao entendimento das
variações patrimoniais e sua natureza.
Nestas, encontramos duas grandes classes: a daquelas que somente modificam a qualida-
de ou a natureza dos componentes patrimoniais, sem repercutirem no montante do patrimônio
líquido, e a das que o modificam. As primeiras são denominadas “qualitativas”, ou “permutati-
vas”, enquanto as segundas são chamadas de “quantitativas”, ou “modificativas”.
Observa-se que o princípio da competência não está relacionado com recebimentos ou
pagamentos, mas, sim, com o reconhecimento das receitas geradas e das despesas incorridas
no período.

Mesmo com desvinculação temporal das receitas e despesas, respectivamente do recebimen-


to e do pagamento, a longo prazo, ocorre a equalização entre os valores do resultado contábil
e o fluxo de caixa derivado das receitas e despesas, em razão dos princípios referentes à ava-
liação dos componentes patrimoniais.

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Perspectivas do setor público


O princípio da competência é aquele que reconhece as transações e os eventos na ocorrên-
cia dos respectivos fatos geradores, independentemente do seu pagamento ou recebimento,
aplicando-se integralmente ao setor público.

Prudência
O princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo
e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para
a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
A prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamen-
tos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos
e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados,
atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes
patrimoniais.

A prudência – de forma a obter-se o menor patrimônio líquido, dentre aqueles possíveis diante
de procedimentos alternativos de avaliação – está restrita às variações patrimoniais poste-
riores às transações originais com o mundo exterior, uma vez que estas deverão decorrer de
consenso com os agentes econômicos externos ou da imposição destes.

Esta é a razão pela qual a aplicação do princípio da prudência ocorrerá concomitantemente


com a do princípio da competência, quando resultará, sempre, variação patrimonial quantitati-
va negativa, isto é, redutora do patrimônio líquido.
Perspectivas do setor público
As estimativas de valores que afetam o patrimônio devem refletir a aplicação de procedi-
mentos de mensuração que prefiram montantes, menores para ativos, entre alternativas igual-
mente válidas, e valores maiores para passivos.
A prudência deve ser observada quando, existindo um ativo ou um passivo já escriturado
por determinados valores, segundo os princípios do valor original, surgirem possibilidades de
novas mensurações.
A aplicação do princípio da prudência não deve levar a excessos ou a situações classificá-
veis como manipulação do resultado, ocultação de passivos, super ou subavaliação de ativos.
Pelo contrário, em consonância com os Princípios Constitucionais da Administração Pública,
deve constituir garantia de inexistência de valores fictícios, de interesses de grupos ou pesso-
as, especialmente gestores, ordenadores e controladores.

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Princípios Contábeis Fundamentais
Claudio Zorzo

001. (AOCP/EBSERH/CONTADOR/2017) Assinale a alternativa que apresenta o correto con-


ceito do respectivo princípio contábil.
a) Entidade: pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensu-
ração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta essa circunstância.
b) Continuidade: refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes pa-
trimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
c) Prudência: determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior
para do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantifica-
ção das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
d) Oportunidade: determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconheci-
dos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.
e) Competência: reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e determina a autono-
mia patrimonial, sendo necessário diferenciá-lo do Patrimônio particular.

a) Errada. Apresenta o conceito do princípio da continuidade.


b) Errada. Apresenta o conceito do princípio da oportunidade.
c) Certa.
d) Errada. Apresenta o conceito do princípio da competência.
e) Errada. Apresenta o conceito do princípio da entidade.
Letra c.

002. (AOCP/UFFS/CONTADOR/2016) Qual princípio contábil refere-se, simultaneamente, à


tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando
que este seja feito de imediato e com a extensão correta?
a) Registro pelo valor original.
b) Valor justo.
c) Ambiental.
d) Oportunidade.
e) Patrimonial.

O princípio da oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos compo-


nentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
Letra d.

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003. (AOCP/UFFS/CONTADOR/2016) Qual princípio da contabilidade reconhece como obje-


to da contabilidade o patrimônio?
a) Princípio da universalidade.
b) Princípio da contingência.
c) Princípio da entidade.
d) Princípio da unidade.
e) Princípio da oportunidade.

O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e determina a


autonomia patrimonial, sendo necessário diferenciá-lo do patrimônio particular.
Letra c.

004. (AOCP/EBSERH/CONTADOR/2016) Qual princípio contábil determina que a avaliação


dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-
-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes?
a) Tempestividade.
b) Integridade.
c) Oportunidade.
d) Registro pelo valor original.
e) Continuidade.

O princípio do registro pelo valor original determina que os componentes do patrimônio devem
ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações com terceiros, expressos
em moeda nacional, e, uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos
e passivos, podem sofrer variações decorrentes de ajustes correntes.
Letra d.

005. (AOCP/EBSERH/CONTADOR/2016) Qual princípio contábil expõe que a folha de paga-


mento de dezembroX15, será considerada em dezembroX15, mesmo que o pagamento ocorra
no mês de janeiroX16, no momento do pagamento?
a) Comparabilidade.
b) Primazia.
c) Entidade.
d) Atualização Monetária.
e) Competência.

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É o princípio da competência que determina a necessidade de se registrar as receitas e despe-


sas quando elas ocorreram, independentemente do recebimento ou pagamento.
Letra e.

006. (AOCP/EBSERH/CONTADOR/2016) Um financiamento de longo prazo para uma deter-


minada empresa, poderá ser obtido, pois parte-se do pressuposto de que essa empresa perma-
necerá funcionando por muito tempo e certamente venderá muito os seus produtos, tendo-se
a expectativa de que pagará o financiamento ao longo do tempo. A qual princípio contábil diz
respeito o exemplo apresentado?
a) Compreensibilidade.
b) Continuidade.
c) Materialidade.
d) Tempestividade.
e) Equilíbrio.

O princípio da continuidade pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro e,


portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta
essa circunstância.
Letra b.

007. (AOCP/EBSERH/CONTADOR/2016) Uma empresa calculou sua dívida com um determi-


nado banco, incluindo multas, juros, comissões etc. e chegou a R$ 20.000,00. O setor jurídico
do banco apresentou uma dívida atualizada em R$ 25.000,00. Qual princípio contábil expõe
que a empresa deverá registrar os R$ 25.000,00?
a) Custo histórico.
b) Registro pelo valor original.
c) Prudência.
d) Materialidade.
e) Continuidade.

O princípio da prudência determina que a empresa reconheça o maior valor para o passivo e o
menor para o ativo, sempre que a situação for baseada em normas contábeis.
Letra c.

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008. (FUNDATEC/AL-RS/ANALISTA CONTADOR/2018) Assinale o princípio de contabilidade


que se refere ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para
produzir informações íntegras e tempestivas, aplicado ao setor público.
a) Entidade.
b) Oportunidade.
c) Registro pelo valor original.
d) Prudência.
e) Continuidade.

O princípio da oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos compo-


nentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
A tempestividade está relacionada com apresentar as informações no momento em que elas
possam auxiliar os usuários em sua tomada de decisão.
Letra b.

009. (FUNDATEC/SISPREM/CONTADOR/2015) O Princípio Contábil da Entidade des-


creve que o
a) Patrimônio Contábil é dividido em quotas, relativas à participação de cada sócio.
b) Patrimônio Contábil deve ser escriturado dentro de normas de prudência e conservadorismo.
c) Patrimônio da Entidade deve ser apurado mensalmente dentro de critérios de prudência.
d) Patrimônio da Entidade não se confunde com aqueles dos seus sócios ou de proprietários
da Entidade.
e) Patrimônio da Entidade é único e não se confunde com o de outras entidades similares.

O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a au-


tonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo
dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de
pessoas, uma sociedade ou uma instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem
fins lucrativos.
Por consequência, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietá-
rios, no caso de sociedade ou instituição.
Letra d.

010. (IBADE/PREFEITURA DE VILA VELHA/CONTADOR/2020) Os Princípios de Contabilida-


de representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, conso-
ante o entendimento predominante nos universos científico e profissional. NÃO é princípio da
contabilidade a/o:

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a) Entidade
b) Continuidade
c) Impessoalidade
d) Oportunidade
e) Registro pelo valor original

A impessoalidade não é um princípio contábil.


Letra c.

011. (INSTITUTO ACCESS/PREFEITURA DE ORIZANIA-MG/CONTADOR/2020) Os efeitos


das transações e outros eventos devem ser reconhecidos nos períodos a que se referem, ou
seja, receitas e despesas devem ser consideradas em função do fato gerador, independente-
mente dos recebimentos ou pagamentos; pressupõe simultaneidade da confrontação entre
receitas e despesas correlatas.
O fragmento acima se refere ao Princípio Contábil da:
a) Competência.
b) Continuidade.
c) Entidade.
d) Oportunidade.
e) Prudência.

O princípio da competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam
reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou paga-
mento, ele pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
Letra a.

012. (UNIFIL/PREFEITURA DE SANTO ANTÔNIO DO SUDOESTE/2020) Os princípios de


Contabilidade representam doutrinas e teorias relacionados a ciência, aplicados no sentido
mais amplo, sendo o objetivo o patrimônio das empresas. Sobre os princípios, assinale a alter-
nativa incorreta.
a) O princípio da competência determina que as transações sejam reconhecidas nos períodos
a qual se referem, independente do recebimento ou forma de pagamento.
b) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma au-
tonomia patrimonial, a necessidade da igualdade de um patrimônio particular entre os demais
existentes, independentemente de a quem pertencer.
c) O princípio da continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro,
levando em conta esta circunstância para mensuração e apresentação dos componentes.

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d) O princípio do registro pelo valor original, como a própria denominação diz, este princípio de-
termina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores
originais das transações, expressos em moeda nacional.

O princípio da entidade determina a necessidade de SEPARAR o patrimônio da empresa do


patrimônio dos sócios.
Letra b.

013. (AOCP/ANGRA DOS REIS/CONTADOR/2016) Qual é o Princípio do Registro Pelo Valor


Original, de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e suas conceituações?
a) Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transa-
ções com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País.
b) Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos
registros contábeis por meio do ajustamento da expressão formal dos valores dos componen-
tes patrimoniais.
c) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em
que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de
recebimento ou pagamento.
d) O princípio do registro pelo valor original determina a adoção do menor valor para os com-
ponentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas
igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimô-
nio líquido.
e) O princípio do registro pelo valor original reconhece o Patrimônio como objeto da Contabili-
dade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio par-
ticular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa
ou um conjunto de pessoas.

O princípio do registro pelo valor original determina que os componentes do patrimônio devem
ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações com terceiros, expressos
em moeda nacional, e, uma vez integrados ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos
e passivos, podem sofrer variações decorrentes de ajustes correntes.
Letra a.

014. (AOCP/EBSERH/CONTADOR/2017) Uma empresa possui, em estoque, um determina-


do lote de produto cujo valor de aquisição foi de R$ 10.000,00. Na data de fechamento do
balanço, o contador efetuou um ajuste no valor desse produto pelo valor de mercado que foi
de R$ 8.000,00. A decisão do contador em adotar o valor de mercado foi baseada no Princí-
pio Contábil

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a) da Competência.
b) do Registro pelo Valor Original.
c) da Prudência.
d) da Oportunidade.
e) da Continuidade.

O princípio da prudência determina que a empresa reconheça o maior valor para o passivo e o
menor para o ativo, sempre que a situação for baseada em normas contábeis.
Letra c.

015. (AOCP/PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS/CONTADOR/2016) Qual princípio contábil


expõe que pessoas físicas e jurídicas não devem ser confundidas, ou os sócios não devem ser
confundidos com empresas: são pessoas com personalidades jurídicas distintas?
a) Princípio da Oportunidade.
b) Princípio da Continuidade.
c) Princípio da Competência.
d) Princípio da Entidade.
e) Princípio da Prudência.

O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e determina


a autonomia patrimonial, sendo necessário separar o patrimônio da empresa do patrimônio
dos sócios.
Letra d.

016. (FUNDATEC/PREFEITURA DE IMBÉ-RS/TESOUREIRO/2020) O processo de registro no


qual as transações e outros eventos contábeis são reconhecidos no momento em que ocorrem,
independentemente de quando os valores são recebidos ou pagos, é denominado regime de:
a) Apuração.
b) Ocorrência.
c) Caixa.
d) Liquidação.
e) Competência.

É o princípio/regime da competência que determina a necessidade de se efetuar o registro dos


fatos contábeis quando do seu fato gerador, independentemente do recebimento da receita ou
do pagamento da despesa.
Letra e.
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017. (FUNDATEC/PREFEITURA DE SÃO BORJA-RS/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) Pelo prin-


cípio da competência, julgue os itens abaixo e assinale a alternativa correta em relação às
receitas e às despesas:
a) Deve ser reconhecida a receita quando ocorrer o surgimento de um ativo em contrapartida
de um passivo de igual valor.
b) Considera-se incorrida a despesa no recebimento de clientes, com desconto.
c) Deve ser reconhecida a receita quando ocorrer o recebimento antecipado de clientes, por
conta de entrega futura de bens e/ou serviços.
d) Pelo recebimento, em doação, de bem que não vai ser utilizado na atividade da empresa,
mas que ainda não se encontra totalmente depreciado pela entidade doadora, deve ser reco-
nhecida a despesa e a receita.
e) Nas transações com terceiros, somente se consideram incorridas as despesas no momento
do pagamento.

Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas serão reconhecidas quando


ocorrer o fato gerador que impactará no aumento ou diminuição da situação líquida da empre-
sa; assim, a receita deixará a empresa mais rica, e a despesa deixará a empresa mais pobre.
Para responder à questão, basta identificar qual fato impacta no PL da empresa.
Vamos analisar as alternativas:
a) Errada. Aumenta o ativo e o passivo, não afeta a riqueza da empresa.
b) Certa. O desconto concedido é uma despesa que deixará a empresa mais pobre.
c) Errada. O recebimento antecipado aumentará o ativo e o passivo, não altera a riqueza
da empresa.
d) Errada. O recebimento de doação gera uma receita.
e) Errada. As despesas são incorridas quando ocorrer o seu fato gerador, independentemente
de pagamento.
Letra b.

018. (FUNDATEC/PREFEITURA DE MAÇAMBARÁ-RS/CONTADOR/2019) Qual o princípio


que reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial,
não comportando exceções?
a) Prudência.
b) Entidade.
c) Competência.
d) Oportunidade.
e) Legalidade.

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tonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo
dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de
pessoas, uma sociedade ou uma instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem
fins lucrativos.
Letra b.

019. (FUNDATEC/PREFEITURA DE CAMPO BOM/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) Entre os Prin-


cípios Contábeis, qual determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reco-
nhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento, e
que pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas?
a) Princípio da Competência.
b) Princípio da Continuidade.
c) Princípio da Oportunidade.
d) Princípio da Prudência.
e) Princípio da Simultaneidade.

É o princípio da competência que determina a necessidade de se efetuar o registro dos fatos


contábeis quando do seu fato gerador, independentemente do recebimento da receita ou do
pagamento da despesa, de forma que o confronto entre as receitas e despesas seja feito no
período em que ocorreram.
Letra a.

020. (FUNDATEC/PREFEITURA DE GRAMADO/AUDITOR TRIBUTÁRIO/2019) Há um princí-


pio contábil que tem como objetivo deixar a empresa preparada sempre para os piores cená-
rios, evitando que se superestime o ativo e que se subestime o passivo. Por isso, é também
chamado de princípio do conservadorismo. De acordo com esse princípio, sempre que exis-
tirem mutações patrimoniais com impacto sobre o patrimônio líquido, caso hajam alternati-
vas igualmente válidas, a contabilidade deverá lançar os menores valores para os ativos e os
maiores para os passivos. Segundo as normas brasileiras de contabilidade, qual é esse princí-
pio contábil?
a) Princípio da Competência.
b) Princípio da Continuidade.
c) Princípio da Entidade.
d) Princípio da Oportunidade.
e) Princípio da Prudência.

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O princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO, e


do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para
a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Contudo entenda que, para o CPC 00 R2, a prudência é um atributo da neutralidade, quando do
estabelecimento de estimativas, de forma que a informação represente fidedignamente o que
se propõe representar.
Letra e.

021. (FUNDATEC/IMESF/CONTADOR/2019) A Resolução n. 750/1993 dispõe sobre os prin-


cípios de contabilidade. O princípio contábil da ___________________ pressupõe que a entidade
continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componen-
tes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada pela Resolução CFC n.
1.282/2010).
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima.
a) entidade
b) continuidade
c) oportunidade
d) competência
e) prudência

O princípio da continuidade pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro, e,


portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta
esta circunstância.
Letra b.

Provisão
Vistos estes conceitos, é importante lembrar que, para estabelecer o valor de um passivo,
muitas vezes, faz-se necessária a utilização de estimativas; isto é especialmente válido no caso
das provisões, que, por natureza, têm mais incerteza que a maior parte dos demais passivos.

Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos.

As provisões envolvem incerteza sobre o prazo ou o valor do desembolso futuro necessá-


rio para a sua extinção, por isto, não se confundem com os demais passivos, tais como:

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• Contas a pagar, decorrentes de bens ou serviços recebidos e que tenham sido faturados
ou formalmente acordados com o fornecedor;
• Passivos derivados de apropriações por competência; são os passivos por accruals, de-
correntes de despesas que ocorreram e não foram pagas, incluindo os valores devidos
aos empregados, como, por exemplo, valores relacionados ao pagamento de férias e
décimo terceiro salário, aluguel a pagar, energia a pagar.

Uma provisão deve ser reconhecida quando:


a) Existe uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado;
b) Seja provável que será necessária uma saída de recursos para liquidar a obrigação;
c) Possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.

Para que exista uma obrigação presente resultante de eventos passados, é necessário que
a empresa não possua alternativa realista senão liquidar a obrigação criada pelo evento. Esta
situação existe quando a liquidação puder ser exigida por lei ou, no caso de obrigação não
formalizada, quando o evento cria expectativas válidas em terceiros acerca do cumprimento
da obrigação pela entidade.
Além disso, são reconhecidas como provisões apenas as obrigações decorrentes de even-
tos passados que existam independentemente das ações futuras da entidade. Assim, uma de-
cisão da entidade não origina uma obrigação, exceto se a decisão tenha sido comunicada a ter-
ceiros e gere uma expectativa válida de que a entidade cumprirá com suas responsabilidades.

Por exemplo, uma empresa deve reconhecer uma provisão para pagamento de multas ou
custos de reparação provenientes de danos ambientais, conforme imposto pela legislação, na
medida em que estiver obrigada a restaurar os danos já causados.
Já a decisão da empresa de instalar filtros para evitar a emissão de gases poluentes não enseja
o registro de uma provisão, pelo fato de a entidade pode evitar o gasto futuro decorrente de
suas ações futuras.

O PULO DO GATO
A provisão somente será registrada quando for PROVÁVEL a sua liquidação e o valor puder ser
MENSURADO com confiança.

Como é uma estimativa, o valor reconhecido como provisão deve ser a melhor estimativa do
desembolso exigido para se extinguir a obrigação presente na data das demonstrações contá-
beis. Ou seja, a provisão deve ser registrada pelo valor que a entidade racionalmente pagaria para,
na data das demonstrações contábeis, liquidar a obrigação ou para transferi-la a um terceiro.
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O CPC 25 estabelece que as incertezas que rodeiam o valor a ser reconhecido como provi-
sões são tratadas por vários meios, de acordo com as circunstâncias. Quando a provisão a ser
mensurada envolve uma grande população de itens, a obrigação deve ser estimada ponderan-
do-se todos os possíveis desfechos pelas suas probabilidades associadas. O nome para esse
método estatístico de estimativa é “valor esperado”.
Portanto, a provisão será diferente dependendo de a probabilidade da perda de um dado
valor ser, por exemplo, de 60% ou de 90%. Quando houver uma escala contínua de desfechos
possíveis, e cada ponto nessa escala é tão provável como qualquer outro, é usado o ponto
médio da escala.

Exemplo:
Uma empresa detectou que, devido a um erro no sistema de cobrança, as duplicatas dos clien-
tes podem ter sido cobradas indevidamente, sendo necessário fazer a restituição. Caso se
identifique que a totalidade dos valores cobrados deverá ser restituída, o desembolso espera-
do será R$ 5 milhões.
Caso se identifique que o erro resultou apenas numa cobrança a maior de alguns clientes, o
desembolso esperado será R$ 2 milhões.
Caso se identifique que o erro do sistema não afetou a cobrança dos clientes, não haverá valor
a restituir.
Estima-se que 10% dos clientes foram indevidamente cobrados, 30% tenham sido cobrados a
maior, e que 60% não foram afetados. Nesta situação, o valor esperado para a provisão com
as restituições é:
(10% de R$ 5milhões) + (30% de 2milhões) + (60% de R$ 0) = R$ 1.100.000
O registro contábil é o seguinte:
D – Despesa com erros de cobranças
C – Provisão para restituição de valores cobrados a maior – 1.100.000
As provisões devem ser reavaliadas na data de apresentação das demonstrações contábeis
e ajustadas para refletir a melhor estimativa corrente. Quando não houver mais incertezas
quanto ao valor e ao prazo de determinado passivo, este deixará de ser uma provisão, devendo
ser reconhecida a obrigação a pagar correspondente.
O valor da obrigação a pagar poderá ser exatamente igual ao valor provisionado, situação na
qual haverá o registro de um fato meramente permutativo.
D – Provisão para restituição de valores cobrados a maior
C – Valores a restituir aos clientes – 1.100.000
Entretanto o valor da obrigação a pagar poderá ser inferior ou superior ao valor da provisão.
Nesses casos, deverá ser registrada uma despesa com a complementação ou uma receita
com a reversão da provisão, respectivamente.
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As provisões devem ser reavaliadas na data de apresentação das demonstrações contábeis e


ajustadas para refletir a melhor estimativa corrente. Quando não houver mais incertezas quan-
to ao valor e ao prazo de determinado passivo, este deixará de ser uma provisão, devendo ser
reconhecida a obrigação a pagar correspondente.

Passivo Contingente
De modo geral, todas as provisões são contingentes, porque guardam incertezas quanto
ao seu prazo ou valor. Contudo, para fins contábeis, o termo contingente é usado para ativos
e passivos que não são reconhecidos, porque sua existência será confirmada somente pela
ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos - e não totalmente sob o controle
da entidade.
Quando uma obrigação não for reconhecida porquê a sua existência não foi confirmada ou
não pode ser estimada com certeza, deve ser tratada como passivo contingente.
Passivo contingente é uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja
existência será confirmada apenas pela ocorrência de eventos futuros incertos ou é uma obri-
gação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida, porque:
• Não é provável que seja exigida a liquidação da obrigação;
• O valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.

Quando a entidade é conjunta e solidariamente responsável pela obrigação de outra em-


presa, a parcela da obrigação que se espera ser liquidada pelos demais responsáveis é tratada
como passivo contingente.

Por exemplo, no caso de dívida relacionada a empreendimento conjunto (joint venture), a par-
cela da obrigação que se espera ser cumprida pelas demais participantes do empreendimento
é tratada como passivo contingente.

A entidade deve reconhecer a provisão para a parte da obrigação para a qual é provável a
saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços, com exce-
ção das raras circunstâncias em que nenhuma estimativa confiável possa ser realizada.
Os passivos contingentes não devem ser reconhecidos em contas patrimoniais. No entan-
to deverão ser divulgados em notas explicativas, sendo que a divulgação só é dispensada nos
casos em que a saída de recursos for considerada remota.
Para cada tipo/classe de passivo contingente, a entidade deve evidenciar, em notas expli-
cativas, uma breve descrição da natureza do passivo contingente e, quando aplicável:
a) A estimativa de seu efeito financeiro;
b) A indicação das incertezas em relação à quantia ou à periodicidade da saída;

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c) A possibilidade de algum reembolso.


Abaixo, apresento um fluxograma para classificação de provisão ou passivo contingente:

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Ativo contingente
Contingência é uma condição ou situação cujo resultado final, favorável ou desfavorável,
depende de eventos futuros incertos.
Em contabilidade, essa definição se restringe às situações existentes à data das demons-
trações e informações contábeis, cujo efeito financeiro será determinado por eventos futuros
que possam ocorrer ou deixar de ocorrer.
Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência
será confirmada apenas pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não
totalmente sob controle da entidade.
Os ativos contingentes surgem, normalmente, de evento não planejado ou de outros não
esperados, que dão origem à possibilidade (não é praticamente certa) de entrada de benefí-
cios econômicos para a entidade. Um exemplo é uma disputa judicial que a entidade esteja
reclamando por meio de processos legais, em que o desfecho seja incerto, pois não há uma
decisão final.
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis, uma vez que
pode tratar-se de resultado positivo que nunca será efetivamente realizado.
Assim, se for provável (menos do que praticamente certa) a entrada de benefícios econô-
micos, o ativo contingente deve ser divulgado (nota explicativa), mas não deve ser reconhecido
contabilmente.
Porém, quando a realização do ganho é praticamente certa, então o ativo relacionado não
é um ativo contingente, e o seu reconhecimento é adequado como ativo propriamente dito, em
contrapartida de uma receita, geralmente um crédito da empresa.

Praticamente certa é a contingência que já foi ganha, mas falta receber.

De forma semelhante aos passivos, a classificação de ativos contingentes deve ser feita
com base nas estimativas quanto ao desfecho e aos efeitos financeiros das contingências,
determinadas pelo julgamento da administração da companhia, apoiadas tanto em estudos
quanto em pareceres técnicos que reflitam uma posição isenta e revisadas pelo auditor in-
dependente.
Tanto as estimativas quanto a revisão devem incluir o exame dos eventos ocorridos após
a data do balanço, complementado pela experiência obtida em transações semelhantes, e são
classificadas em:
• Praticamente certa – é uma contingência que a empresa já ganhou na justiça, falta rece-
ber. Neste caso, é um ativo normal;
• Provável – é uma contingência que a empresa vai ganhar, é um ativo contingente e será
divulgado nas notas explicativas;
• Possível ou remota – é uma contingência que a empresa pode ganhar ou não vai ganhar.
Neste caso, não se encaixa no conceito de ativo contingente nem será divulgada em
notas explicativas.

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Note que a contingência praticamente certa é reconhecida diretamente como um ativo,


normalmente como um crédito da empresa junto a alguém. Por exemplo: em uma disputa
judicial, a empresa ganhou a causa, e não há mais como a outra parte recorrer, assim, a parte
terá que pagar. Neste caso, a empresa reconhece um ativo em contrapartida de uma receita.

A entidade não deve reconhecer um ativo contingente.


O ativo contingente é divulgado EM NOTAS EXPLICATIVAS, quando for provável a entrada de
benefícios econômicos. É importante que as divulgações de ativos contingentes evitem dar
indicações indevidas da probabilidade de surgirem ganhos.

Quadro-síntese de ativo contingente (NBC TG 25 (R1)):

São caracterizados em situações nas quais, como resultado de eventos passados, há um


ativo possível cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência, ou não de, um ou mais
eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade.
A entrada de
A entrada de benefícios benefícios econômicos
A entrada não é provável.
econômicos é praticamente certa. é provável, mas não
praticamente certa.
O ativo não é contingente. É Nenhum ativo é
Nenhum ativo é reconhecido.
registrado normalmente. reconhecido.
Divulgação é exigida. Nenhuma divulgação é exigida.

022. (MSGAS/MSGAS/ANALISTA CONTÁBIL/2015) A Resolução do CFC 1.180/09 estabe-


lece as Provisões, Ativos e Passivos Contingentes. Observando as normas estabelecidas pela
referida resolução assinale a alternativa INCORRETA:
a) Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos.
b) Passivo Contingente é uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja exis-
tência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos
não totalmente sob controle da entidade.
c) Uma provisão deve ser reconhecida quando a entidade tem uma obrigação presente (legal
ou não formalizada) como resultado de evento futuro.
d) Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência
será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não
totalmente sob controle da entidade.

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A única assertiva incorreta é a letra c), pois a provisão está relacionada com um fato passado,
que apresenta um prazo e valor incerto.
Letra c.

023. (QUADRIX/DATAPREV/CONTADOR/2013) É função do auditor certificar-se de que a em-


presa tomou todas as medidas adequadas referentes ao reconhecimento de uma contingên-
cia. Analise o tipo de contingência descrito e indique qual deverá ser o procedimento adotado
pela organização.
“Obrigação presente, com possível saída de recursos.”
a) Passivo Contingente - Provisão reconhecida e divulgada.
b) Ativo Contingente - Provisão apenas reconhecida
c) Passivo Contingente - Provisão apenas divulgada.
d) Ativo Contingente - Provisão apenas divulgada
e) Passivo Contingente - Provisão não reconhecida nem divulgada.

Uma obrigação presente em que a saída de recurso é somente possível deve ser tratada como
passivo contingente e ser divulgada em notas explicativas.
Para ser um passivo ou uma provisão, a obrigação deve ser tratada como provável.
Letra c.

024. (FUNDEP/IFN/AUDITOR/2014) A Resolução do CFC n. 1.180/2009 trata de provisões,


passivos contingentes e ativos contingentes.
Baseado nessa norma, assinale a alternativa CORRETA sobre o reconhecimento de provisões.
a) Provisões são reconhecidas como passivo porque são uma obrigação possível que resulta
de eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade.
b) Provisões são reconhecidas como passivo porque são uma obrigação presente que resulta
de eventos passados, mesmo que não seja provável que uma saída de recursos que incorpo-
ram benefícios econômicos seja exigida para liquidar a obrigação.
c) Provisões são reconhecidas como passivo porque são uma obrigação presente que resulta
de eventos passados, mesmo que o valor da obrigação não possa ser mensurado com sufi-
ciente confiabilidade.
d) Provisões são reconhecidas como passivo porque são uma obrigação presente que resulta
de eventos passados e é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios eco-
nômicos, estimada de forma confiável, seja necessária para liquidar a obrigação.

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A provisão é um passivo com prazo e valor incerto, representa uma obrigação presente em que
é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja necessária
para liquidar a obrigação.
Letra d.

025. (CESPE/TJ-PA/CONTADOR/2020) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 25


— Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes —, o procedimento contábil a ser
adotado em relação ao reconhecimento contábil de ativos contingentes é
a) reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial somente quando for provável a entra-
da de benefícios econômicos futuros para a empresa que detém o seu controle.
b) reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial somente quando a entrada de bene-
fícios econômicos futuros se tornar praticamente certa, ocasião em que o referido ativo deixa
de ser considerado contingente.
c) não reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial, mas divulgá-lo em notas expli-
cativas quando for possível que esse ativo venha a gerar benefícios econômicos futuros para
a empresa que detém o seu controle.
d) reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial sempre que houver alguma pos-
sibilidade de esse ativo gerar benefícios econômicos futuros para a empresa que detém o
seu controle.
e) não reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial e somente divulgá-lo em notas
explicativas quando a entrada de benefícios econômicos se tornar praticamente certa.

O ativo contingente não é registrado no BP. Normalmente, é divulgado em notas explicativas.


O não reconhecimento se dá porque pode tratar-se de resultado que nunca venha a ser realiza-
do. Porém, quando a realização do ganho é praticamente certa, então o ativo relacionado não
é um ativo contingente, e o seu reconhecimento é adequado no BP.
Letra b.

026. (CESPE/TRT 8ª/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2016) Com referência às determinações


do MCASP, assinale a opção correta acerca da mensuração de passivos, provisões e passivos
contingentes.
a) O fato de o valor das provisões ser a melhor estimativa do desembolso exigido para se ex-
tinguir a obrigação faz com que as provisões não sejam reavaliadas.
b) Se a saída de recursos para o pagamento da obrigação for improvável, a provisão deverá ser
reclassificada como passivo contingente.

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c) Se puderem ser estimados confiavelmente, os passivos contingentes deverão ser reconhe-


cidos em contas patrimoniais.
d) Os passivos derivados de apropriações por competência, por já possuírem fato gerador, não
devem ser reconhecidos como provisões.
e) Por estarem relacionados a valores incertos, os ajustes de perdas estimadas são registra-
dos como provisões.

a) Errada. As provisões devem ser reavaliadas na data de apresentação das demonstrações


contábeis e ajustadas para refletir a melhor estimativa corrente.
b) Errada. Quando não houver mais incertezas quanto ao valor e ao prazo de determinado
passivo, este deixará de ser uma provisão, devendo ser reconhecida a obrigação a pagar cor-
respondente, e, se já não for mais provável que seja necessária uma saída de recursos que
incorporam benefícios econômicos futuros para o pagamento da obrigação, a provisão deve
ser revertida.
c) Errada. Os passivos contingentes não devem ser reconhecidos em contas patrimoniais, mas
tão somente registrados em contas de controle estabelecidas pelo PCASP.
d) Certa. Com as mudanças adotadas, as provisões deixaram de se referir a ajustes dos valo-
res contábeis de ativos e passaram a se referir apenas a passivos de prazo ou valor incertos.
Os passivos derivados de apropriações por competência são obrigações com prazo e valores
certos, como salários a pagar, adicional de férias e adicional natalino.
e) Errada. Ajustes de perdas estimadas, como perdas com ativos, perdas com investimentos e
créditos de liquidação duvidosa, inclusive os créditos de dívida ativa, atualmente são tratados
como estimativas a apresentados como contas redutoras do ativo.
Letra d.

027. (FDC/AGERIO/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO/2015) Considere os seguintes crité-


rios de classificação de contas no balanço patrimonial:
Espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
Deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço.
Tais critérios dizem respeito ao:
a) Ativo Circulante;
b) Ativo Não Circulante;
c) Passivo Circulante;
d) Passivo Não Circulante;
e) Patrimônio Líquido.

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O termo liquidado está relacionado com o passivo.


O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes
critérios:
a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
c) deve ser liquidado no período de até 12 meses após a data do balanço;
d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante, pelo me-
nos, 12 meses após a data do balanço.
Letra c.

028. (FUNDEP/UFVJM-MG/TÉCNICO CONTÁBIL/2017) A Cia. Grafiato vende celulares ofe-


recendo aos clientes uma garantia de um ano.
Por isso, deve registrar o valor provável a ser gasto com essa garantia na conta:
a) provisão para garantias.
b) reserva para eventos subsequentes.
c) reserva para garantia.
d) provisão para contingências.

Segundo o regime de competência, quando a empresa vender seus produtos e ofertar uma
garantia pelos produtos, deverá estimar o montante a ser trocado pelos clientes.
Esta estimativa é feita com base nas ocorrências passadas, e, como não tem um montante
certo de quanto será trocado, o valor estimado será tratado como uma provisão para garantias
no passivo.
Letra a.

029. (FUNDATEC/SEFAZ-RS/AFTE/2014) O auditor independente da Companhia RR identifi-


cou, nos seus testes, que há uma obrigação possível de um passivo contingente significativo
que pode requerer, mas provavelmente não irá requerer, uma saída de recursos. O tratamento
dado pela Companhia a essa situação foi de não reconhecer nenhuma provisão e de não fazer
divulgação alguma relacionada a esse passivo contingente. Qual a recomendação do auditor
nessa situação?
a) Propor a provisão no passivo.
b) Concordar com a posição da Companhia
c) Propor a provisão no passivo e a sua divulgação em nota explicativa.
d) Propor a divulgação em nota explicativa
e) Comunicar aos órgãos reguladores

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Passivo contingente é diferente de provisão; a provisão deve ser registrada no passivo e divul-
gada em notas explicativas.
O passivo contingente deve ser somente divulgado em notas explicativas.
Como a empresa não divulgou, o auditor deve pedir que seja divulgada em notas explicativas.
Letra d.

030. (FCC/DPE-MS/CONTADOR/2018) O Balanço Patrimonial de 31/12/2014 de uma empre-


sa apresentava o saldo de R$ 1.100.000,00 na conta Provisões. A composição desta conta era
a seguinte:

Reavaliando a situação dos dois processos, a empresa identificou, em 31/12/2015, alterações


nos valores prováveis, em função de novos fatos analisados. Os novos valores prováveis para
estes processos são:

Dois novos processos judiciais surgiram em 2015 contra a empresa e as informações sobre
eles são apresentadas a seguir:

O efeito líquido no resultado de 2015 da empresa, relacionado com as provisões necessárias


foi, em reais,
a) redução de 80.000,00.
b) aumento de 150.000,00.
c) redução de 180.000,00.
d) redução de 30.000,00.
e) aumento de 70.000,00.

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Lembre-se que uma provisão, para ser reconhecida, deverá atender aos seguintes critérios:
1) Deve ser uma obrigação presente (legal ou não formalizada), como resultado de even-
to passado;
2) A liquidação deve ser considerada provável;
3) O seu valor pode ser estimado de maneira confiável.
O saldo inicial da conta provisão era de 1.100, contudo a questão pede a variação no RESULTA-
DO - e não o saldo final da conta.
O registro da provisão é feito em contrapartida de uma despesa; já a reversão da provisão e
registrada em contrapartida de uma receita, aumentando o resultado do exercício.
A variação foi a seguinte:
(-) 150.000 (ajustes para menos nas provisões trabalhista e fiscal)
(+) 80.000 (registro da provisão ambiental que é PROVÁVEL)
(=) variação positiva no resultado de 70.000
Letra e.

031. (FCC/ARTESP/CONTADOR/2017) A companhia Nordestina S.A. possuía alguns proces-


sos judiciais, em andamento, cujas informações são dadas abaixo:

Com base nestas informações, o valor que a companhia Nordestina S.A. evidenciou no Passivo
como Provisão, em 31/12/2016, foi, em reais,
a) 133.000,00.
b) 65.000,00.
c) 124.000,00.
d) 90.000,00.
e) 99.000,00.

Quando a empresa for acionada judicialmente, o departamento jurídico deverá classificar a


possibilidade de PERDA na ação, sendo que a contingência provável será registrada no passivo
e divulgada em notas explicativas; a contingência possível será divulgada em notas explicati-
vas, e a remota não será registrada nem divulgada.
Com base nos dados, a empresa deverá reconhecer uma provisão para contingência de
$65.000,00.
Letra b.
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032. (FCC/MANAUSPREV/ANALISTA CONTADOR/2015) A empresa Poluidora S.A. está sen-


do processada por danos causados aos mananciais de um município. A perda é provável, mas
não é possível estimar com confiabilidade o valor da multa que deverá ser paga pela empresa.
Neste caso, a empresa Poluidora S.A. deve
a) evidenciar um passivo contingente em notas explicativas.
b) reconhecer uma provisão no Balanço Patrimonial.
c) reconhecer uma despesa na Demonstração do Resultado do Exercício.
d) reconhecer um passivo contingente no Balanço Patrimonial.
e) evidenciar uma variação do Patrimônio Líquido.

Quando existir uma obrigação que provavelmente será exigida, contudo não possa ser men-
surada com confiança, nem por estimativa, o fato deve ser tratado como passivo contingente,
registrado em contas de controle e divulgado em notas explicativas.
Letra a.

033. (FCC/SEGEP-MA/CONTADOR/2016) Detroit S.A., em 31/12/2015, possuía dois proces-


sos tributários em andamento, cujas informações apresentadas pela área jurídica da empresa
são as seguintes:

Tais processos não haviam sido objeto de contabilização pela empresa, sendo assim, em
31/12/2015, a Detroit S.A. reconheceu em seu Balanço Patrimonial Provisões Tributárias de
a) R$ 360.000,00 no Passivo não Circulante.
b) R$ 360.000,00 no Passivo Circulante.
c) R$ 240.000,00 no Passivo não Circulante.
d) R$ 240.000,00 no Passivo Circulante.
e) R$ 360.000,00 no Passivo não Circulante e R$ 240.000,00 no Passivo Circulante.

As contingências são classificadas conforme a possibilidade de perda, da seguinte forma:


Perda provável = Contabiliza no passivo e divulga em notas explicativas.
Perda possível = Não contabiliza no passivo, mas divulga em notas explicativas, é um passivo
contingente.
Perda remota = Não contabiliza e não divulga.
Assim, o processo 1 será classificado como provisão, e o processo 2 será somente divulgado
em notas explicativas.
Como a previsão do final do processo 1 é em 2018, ele será apresentado no passivo não
circulante.
Letra a.
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034. (FCC/SABESP/CONTADOR/2018) A empresa Novos Problemas S.A. nunca teve proble-


mas com ações de qualquer natureza, mas no ano de 2017 se deparou com alguns processos
movidos contra ela. Até o dia 31/12/2017 não ocorreu nenhuma audiência ou julgamento para
qualquer dos processos. A assessoria jurídica apresentou para a diretoria da empresa, em
31/12/2017, as informações constantes da tabela a seguir, onde constam a avaliação feita
quanto à possibilidade de perda dos diversos processos e os valores prováveis que poderão
ser desembolsados pela empresa:

Sabendo que os valores estimados para as ações são confiáveis e as probabilidades de perda
foram avaliadas com critérios adequados, o valor total que deveria ser evidenciado como pro-
visão no passivo, no Balanço Patrimonial de 31/12/2017 da empresa Novos Problemas S.A.
é, em reais,
a) 50.000.000,00.
b) 38.000.000,00.
c) 0,00 (zero).
d) 17.000.000,00.
e) 21.000.000,00.

Quando a empresa for acionada judicialmente, o departamento jurídico deverá classificar a


possibilidade de PERDA na ação, sendo que a contingência provável será registrada no passivo
e divulgada em notas explicativas; a contingência possível será divulgada em notas explicati-
vas, e a remota não será registrada nem divulgada.
Com base nos dados, a empresa deverá reconhecer uma provisão para contingência de
$17.000.000,00.
Letra d.

O Balanço Patrimonial de uma empresa, em 31/12/2017, apresentava, no passivo, o saldo de


R$ 840.000,00 na conta Provisões, que era composto dos seguintes valores:

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Em 31/12/2018 a empresa analisou as condições desses dois processos e identificou um


novo processo que surgiu durante o ano, sendo que as seguintes informações sobre eles fo-
ram obtidas junto à sua assessoria jurídica:

035. (FCC/PREFEITURA DE MANAUS/TÉCNICO FAZENDÁRIO/2019) O valor total eviden-


ciado no Balanço Patrimonial de 31/12/2018 correspondente aos diversos processos a que a
empresa está respondendo foi, em reais:
a) 840.000 00.
b) 500.000 00.
c) 640.000 00.
d) 900.000 00.
e) 1.010.000,00.

Para responder à questão, é importante lembrar que somente são registradas no passivo as
provisões consideradas prováveis.
Em 2017, a empresa tinha registrado como provisão no passivo $ 840.000,00; no ano de 2018,
ela converteu a provisão fiscal em possível, assim, deverá reverter a provisão de $200.000, em
contrapartida de uma receita, aumentando o resultado do exercício. Também foi diminuído o
valor da provisão trabalhista em $140.000,00, afetando o resultado para mais.
Note que, após os registros de reversão, o montante a ser apresentado como provisão no pas-
sivo é de $ 500.000,00, sendo representado somente pela provisão trabalhista, que é provável.
Letra b.

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RESUMO
Dentro do processo de evolução da contabilidade, vimos que o CFC reestruturou o conjunto
das normas brasileiras de contabilidade, visando ao equacionamento das normas nacionais às
normas internacionais emitidas pelo IASB.
Sobre os princípios contábeis, de acordo com a NBCTSP, vimos que, atualmente, eles estão
incorporados nos pronunciamentos básicos, sendo que representam o núcleo central da pró-
pria contabilidade, na sua condição de ciência social, sendo a ela inerentes.
Segundo as normas do CFC revogadas, são princípios de contabilidade:

• Entidade – determina a separação do patrimônio da entidade do patrimônio dos sócios.


• Continuidade – destaca que a vida da entidade não tem prazo para terminar, e isto afeta
a classificação dos bens e direitos dela.
• Oportunidade – determina a tempestividade dos registros contábeis, de forma que aten-
dam aos interesses dos usuários.
• Competência – estabelece que as transações contábeis devem ser registradas quando
da ocorrência do fato gerador, independentemente do recebimento da receita ou paga-
mento da despesa.
• Prudência – destaca a importância do uso do conservadorismo ao estabelecer a neutra-
lidade de uma informação, principalmente no tocante aos registros das estimativas para
perda ou provisões para pagamentos.
• Registro pelo valor original – na contabilidade, o primeiro registro de um componente
patrimonial deve ser feito pelo seu valor original e, posteriormente, ajustado ao seu valor
atual.

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Quanto às provisões, vimos que alguns passivos podem ser registrados mesmo que por
estimativas, eles são as provisões, ou seja, são passivos com prazo e valor incertos, mas que
são reconhecidos no balanço patrimonial.
Estas provisões se distinguem dos demais passivos, porque envolvem incerteza sobre o
prazo ou o valor do desembolso futuro necessário para a sua extinção.
Não esqueça que provisão é diferente de passivo contingente; a obrigação que não foi
confirmada ou não pode ser estimada com certeza deve ser tratada como passivo contingente
e deve ser divulgada nas notas explicativas, enquanto a provisão é reconhecida no passivo e
divulgada em notas explicativas.
Veja este belo mnemônico, para você guardar as diferenças:

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FGV/AL-MT/CONTADOR/2013) São princípios contábeis, de acordo com o Conselho
Federal de Contabilidade (Resolução 750/93)
a) essência e forma e prudência.
b) reavaliação e competência.
c) oportunidade e atualização monetária.
d) continuidade e competência.
e) registro pelo valor original e reserva de ajuste de avaliação patrimonial.

002. (FGV/AL-MT/CONTADOR/2013) Segundo o pronunciamento conceitual básico que trata


da estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro, as carac-
terísticas qualitativas de melhoria são
a) a comparabilidade e a compreensibilidade.
b) a verificabilidade e a utilidade.
c) a tempestividade e a entidade.
d) a continuidade e a oportunidade.
e) a competência e a prudência

003. (FGV/TJ-RO/CONTADOR/2015) A Parte II – Procedimentos Contábeis Patrimoniais do


Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP trata da definição e requisitos
de mensuração e reconhecimento de provisões, passivos contingentes e ativos contingentes.
Um dos elementos que caracteriza uma provisão é:
a) obrigação decorrente de apropriações por competência;
b) obrigação possível resultante de eventos passados;
c) obrigação presente, com provável saída de recursos;
d) obrigação que será confirmada pela ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos;
e) inexistência de incerteza sobre o prazo da obrigação.

004. (FGV/AL-RO/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) De acordo com o Pronunciamento Conceitual


Básico (R1) - Estrutura Conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil- financei-
ro, as características qualitativas da informação contábil-financeira podem ser divididas em
fundamentais e de melhoria.
Assinale a opção que indica as características qualitativas fundamentais.
a) Confiabilidade e materialidade.
b) Relevância e representação fidedigna.
c) Essência sobre a forma e neutralidade.
d) Comparabilidade e tempestividade.
e) Compreensibilidade e verificabilidade.

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005. (FGV/ALERJ/CONTADOR/2017) Uma entidade pública foi acionada judicialmente em


decorrência de constrangimento que um usuário alega ter sofrido por parte de um servidor
da entidade. Em decorrência dos autos processuais e do julgamento de casos semelhantes, o
setor jurídico considera provável que a entidade seja condenada na ação, mas ainda não tem
elementos suficientes para fazer estimativas confiáveis do valor a ser desembolsado. De acor-
do com as disposições do IPSAS 19 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
e do MCASP, o tratamento a ser dado a esse fato é:
a) reconhecer como provisão, por ser provável a saída de recursos;
b) reconhecer como passivo contingente, por ser obrigação presente;
c) registrar um passivo contingente em contas de controle;
d) reconhecer como obrigações contingentes, em decorrência da incerteza;
e) não registrar o fato, por não haver informações precisas sobre o desdobramento do processo.

006. (FGV/SEFIN-RO/AFTE/2018) Na última versão do Pronunciamento Técnico CPC00 - Es-


trutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, a caracterís-
tica “essência sobre a forma” foi formalmente retirada da condição de componente separado
da representação fidedigna.
Assinale a opção que indica o motivo por que a “essência sobre a forma” foi retirada.
a) Sua presença, junto à representação fidedigna, foi considerada uma redundância.
b) Ela foi considerada inconsistente à característica qualitativa da neutralidade.
c) Ela foi considerada inconsistente à característica qualitativa da tempestividade.
d) As normas contábeis norte-americanas não incluem a essência sobre a forma em sua es-
trutura conceitual.
e) Sua presença deixou de ser exigida nas normas internacionais.

007. (FGV/MPE-AL/CONTADOR/2018) O Pronunciamento Conceitual Básico (R1)- Estrutura


Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro apresenta as carac-
terísticas qualitativas da informação contábil-financeira útil.
Assinale a opção que indica a característica qualitativa que permite que os usuários identifi-
quem e compreendam as similaridades dos itens e as diferenças entre eles.
a) Representação fidedigna.
b) Comparabilidade.
c) Verificabilidade.
d) Tempestividade.
e) Compreensibilidade.

008. (FGV/COMPESA/CONTADOR/2016) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Bási-


co (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro,
o Regime de Competência representa

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a) um postulado contábil.
b) uma premissa subjacente da contabilidade.
c) um elemento para a definição da performance financeira da empresa.
d) uma característica qualitativa fundamental da informação contábil-financeira útil.
e) uma característica qualitativa de melhoria da informação contábil-financeira útil.

009. (FGV/COMPESA/CONTADOR/2016) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 25


– Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, assinale a opção que indica a prin-
cipal diferença entre as provisões e os passivos contingentes.
a) Os passivos contingentes são reconhecidos como passivo, enquanto as provisões não são.
b) As provisões são reconhecidas como passivo, enquanto os passivos contingentes não são.
c) As provisões são reconhecidas como redutoras do ativo, enquanto os passivos contingen-
tes, como redutores do passivo.
d) Os passivos contingentes têm prazo para realização, enquanto as provisões não têm.
e) Os passivos contingentes utilizam estimativas, enquanto as provisões utilizam valo-
res precisos.

010. (FGV/COMPESA/CONTADOR/2016) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Bási-


co (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro,
assinale a opção que indica os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição
patrimonial e financeira de uma sociedade empresária.
a) Receitas, despesas e resultado do período.
b) Caixa e equivalente a caixa, clientes e contas a receber.
c) Ativos contingentes, passivos contingentes e patrimônio líquido.
d) Ativo não circulante, passivo não circulante e patrimônio líquido.
e) Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido.

011. (FGV/TJ-PI/CONTADOR/2015) Quando informações contábeis não são produzidas e di-


vulgadas de forma íntegra e tempestiva, a sua relevância pode ser prejudicada. O princípio da
contabilidade que aborda essa questão, a partir de critérios para registro de elementos quanti-
tativos e qualitativos, é:
Alternativas
a) competência;
b) oportunidade;
c) continuidade;
d) prudência;
e) registro pelo valor original.

012. (FGV/AL-RO/CONTADOR/2018) As demonstrações contábeis normalmente são elabo-


radas tendo como premissa que a entidade está em atividade e irá manter-se em operação por
um futuro previsível.

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De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico (R1) - Estrutura Conceitual para elabora-
ção e divulgação de relatório contábil-financeiro, essa premissa é chamada de
a) continuidade.
b) entidade.
c) essência sobre a forma.
d) comparabilidade.
e) tempestividade.

013. (FGV/CÂMARA DE SALVADOR/CONTROLADORIA/2018) Há situações em que uma en-


tidade precisa dar tratamento contábil a transações que geram obrigação para com terceiros,
mas que haja incerteza acerca do prazo ou do valor do desembolso futuro necessário para
liquidar a obrigação.
No caso de uma ação judicial em que o desembolso por parte da entidade que reporta é con-
siderado provável e razoavelmente estimado, a entidade deve:
a) tratar como resultado de exercícios futuros;
b) reconhecer uma provisão pela melhor estimativa;
c) divulgar em nota explicativa, se considerar relevante;
d) aguardar a decisão final para reconhecer qualquer obrigação;
e) reconhecer uma contingência pelo valor histórico de processos semelhantes.

014. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, a compreensibilidade é uma das características
qualitativas de melhoria de informações financeiras úteis. Em relação às implicações da carac-
terística qualitativa da compreensibilidade, assinale a afirmativa correta.
a) Os usuários devem poder identificar e compreender similaridades e diferenças entre itens.
b) Os fenômenos complexos e de difícil compreensão devem ser excluídos dos relatórios
financeiros.
c) As informações devem ser disponibilizadas aos tomadores de decisões a tempo para que
sejam capazes de influenciar suas decisões.
d) As informações devem ser evidenciadas de modo que os usuários não precisem buscar o
auxílio de consultores para compreender os relatórios financeiros.
e) Os relatórios financeiros devem ser elaborados para usuários que têm conhecimento ra-
zoável das atividades comerciais e econômicas e que revisam e analisam as informações de
modo diligente.

015. (FGV/SEFIN-RO/TÉCNICO TRIBUTÁRIO/2018) Como o processo industrial da Cia. X


provoca alto impacto ambiental, ela é obrigada, por lei, a trocar suas máquinas, a cada cinco
anos. Caso a sociedade empresária não faça a troca, ela é obrigada a pagar uma multa anual
de R$ 100.000.

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A sociedade empresária deveria trocar suas máquinas em 2015. O valor das máquinas era de
R$ 500.000. Como a sociedade empresária não fez a troca, ela considera que o risco de ser
autuada é muito alto.
Considerando apenas esse fato, assinale a opção que indica, em 31/12/205, o total das provi-
sões da Cia. X.
a) Zero.
b) R$ 100.000.
c) R$ 500.000.
d) R$ 600.000.
e) R$ 1.000.000.

016. (FGV/MPE-AL/CONTADOR/2018) Um empregado de determinada entidade entrou na


justiça cobrando horas extras não remuneradas, no total de R$ 50.000. Os consultores jurídi-
cos da entidade consideram que o risco de perda é remoto.
Em relação ao fato, assinale a opção que indica o correto procedimento da entidade.
a) Reconhecimento de passivo circulante.
b) Reconhecimento de passivo não circulante.
c) Reconhecimento de despesa.
d) Divulgação em nota explicativa.
e) Não deve haver reconhecimento nem divulgação.

017. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, a representação fidedigna é uma das caracte-
rísticas qualitativas fundamentais de informações financeiras úteis.
Para ser fidedigna, a representação deve ser
a) relevante, completa e tempestiva.
b) neutra, verificável e comparável.
c) relevante, verificável e isenta de erros.
d) completa, neutra e isenta de erros.
e) comparável, tempestiva e relevante.

018. (FGV/FUNSAÚDE-CE/CONTADOR/2021) Com relação à finalidade da Estrutura Concei-


tual da Contabilidade, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 (R2) - Estrutura Con-
ceitual para Relatório Financeiro, analise as afirmativas a seguir.
I – Auxiliar o desenvolvimento das normas internacionais de contabilidade, para que tenham
base em conceitos consistentes.
II – Auxiliar os usuários a interpretar e entender os pronunciamentos técnicos.
III – Auxiliar os responsáveis pela elaboração dos relatórios financeiros a desenvolver políticas
contábeis consistentes.

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São finalidades da Estrutura Conceitual da Contabilidade o que se afirma em


a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

019. (FGV/TCE-PI/ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO/2021) Os registros de operações rea-


lizadas em uma empresa têm o objetivo de gerar informações úteis para a gestão organizacio-
nal. Embora seja fornecida uma diversidade de informações nos relatórios contábeis, o objeto
da contabilidade é o:
a) controle de receitas e despesas;
b) fluxo de caixa das entidades;
c) lucro das entidades;
d) patrimônio das entidades;
e) valor de mercado das entidades.

020. (FGV/SEFAZ-ES/AFRE/2021) Relacione as características qualitativas de melhoria de


informações financeiras úteis às suas respectivas explicações.
1. Comparabilidade
2. Capacidade de verificação
3. Tempestividade
4. Compreensibilidade
( ) permite aos usuários identificar e compreender similaridades e diferenças entre itens.
( ) implica em classificar, caracterizar e apresentar informações de modo claro e conciso.
( ) significa disponibilizar informações aos tomadores de decisões a tempo para que sejam
capazes de influenciar suas decisões.
( ) ajuda a garantir aos usuários que as informações representem de forma fidedigna os fenô-
menos econômicos que pretendem representar
Assinale a opção que apresenta, segundo a ordem apresentada, a relação correta.
a) 4 – 2 – 3 – 1.
b) 4 – 3 – 2 – 1.
c) 1 – 2 – 3 – 4.
d) 1 – 4 – 3 – 2.
e) 2 – 4 – 1 – 3.

021. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, para ajudar os usuários a identificar e avaliar
mudanças e tendências, as demonstrações contábeis devem

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a) detalhar os principais fatos contabilizados nas notas explicativas.


b) incluir o relatório do auditor em sua publicação.
c) fornecer informações comparativas de, pelo menos, um período de relatório anterior.
d) apresentar a Demonstração do Valor Adicionado.
e) apresentar a remuneração dos membros do Conselho de Administração.

022. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, as informações financeiras relevantes são ca-
pazes de fazer diferença nas decisões tomadas pelos usuários e podem ter valor preditivo. Em
relação às informações financeiras relevantes com valor preditivo, assinale a afirmativa correta.
a) Confirmam ou alteram avaliações anteriores.
b) Devem servir como prognóstico aos usuários.
c) São empregadas pelos usuários para fazer suas próprias previsões.
d) São utilizadas em processos empregados pelos usuários para analisar resultados passados
e) Representam uma novidade aos usuários, sendo que eles não teriam conhecimento delas a
partir de outras fontes.

023. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, assinale a opção que apresenta uma restrição
generalizada sobre as informações que podem ser fornecidas em relatório financeiro.
a) O tempo.
b) O custo.
c) A subjetividade.
d) Os recursos limitados.
e) A quantidade de normas.

024. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) Um grupo de empregados acionou uma empresa na


justiça, pedindo uma indenização no valor de R$ 100.000. Os advogados da empresa conside-
ravam que a perda da causa na justiça era provável.
Assinale a opção que indica o correto tratamento contábil do caso nas demonstrações contá-
beis da empresa.
a) Constituição de provisão para contingências.
b) Constituição de reserva para contingências.
c) Constituição de passivo contingente.
d) Diminuição do caixa.
e) Nada deve ser feito.

025. (FGV/TJ-RO/CONTADOR/2021) No tratamento e registro contábil das provisões, é im-


portante considerar as incertezas quanto ao prazo e ao valor da obrigação correspondente. No
caso de se verificar que o valor de uma obrigação é maior do que o valor provisionado, deve-se:

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a) complementar a diferença com saldos de provisão disponíveis associados a outros


propósitos;
b) complementar a diferença com um lançamento a débito em conta de despesa (VPD);
c) efetuar um lançamento de reversão de provisões em contrapartida ao valor correto da
obrigação;
d) registrar a diferença como item de outros resultados abrangentes;
e) registrar a diferença na conta Ajustes de Avaliação Patrimonial.

026. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) Em relação ao reconhecimento de uma provisão, deve-


-se considerar alguns fatores para haver a contabilização.
Com base nisso, analise as afirmativas a seguir.
I – A entidade tem uma obrigação futura, legal ou não formalizada, como resultado de even-
to passado.
II – É possível a saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a
obrigação.
III – Pode ser feita uma estimativa do valor confiável da obrigação.
Para haver reconhecimento de uma provisão, deve ocorrer
a) I, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.
d) I e III, somente.
e) I, II e III.

027. (FGV/FUNSAÚDE-CE/CONTADOR/2021) Os clientes de uma empresa entram na justiça


contra ela por quebra de contrato. Os advogados da empresa estimam o desfecho da causa
e o valor a ser pago. Assinale a opção que indica a existência de um passivo contingente, de
acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 25 - Provisões, Passivos e Ativos Contingentes.
a) A perda é certa e o valor de perda pode ser estimado com confiabilidade.
b) A perda é provável e o valor de perda pode ser estimado com confiabilidade.
c) A perda é provável e o valor de perda não pode ser estimado com confiabilidade.
d) A perda é remota e o valor de perda pode ser estimado com confiabilidade.
e) A perda é remota e o valor de perda não pode ser estimado com confiabilidade.

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GABARITO
1. d
2. a
3. c
4. b
5. c
6. a
7. b
8. c
9. b
10. e
11. b
12. a
13. b
14. e
15. b
16. e
17. d
18. e
19. d
20. d
21. c
22. c
23. b
24. a
25. b
26. c
27. c

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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/AL-MT/CONTADOR/2013) São princípios contábeis, de acordo com o Conselho
Federal de Contabilidade (Resolução 750/93)
a) essência e forma e prudência.
b) reavaliação e competência.
c) oportunidade e atualização monetária.
d) continuidade e competência.
e) registro pelo valor original e reserva de ajuste de avaliação patrimonial.

A Resolução 750/93, que foi revogada, estabelecia que os princípios contábeis eram os
seguintes:
Entidade, continuidade, competência, oportunidade, prudência e registro pelo valor original.
Letra d.

002. (FGV/AL-MT/CONTADOR/2013) Segundo o pronunciamento conceitual básico que trata


da estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro, as carac-
terísticas qualitativas de melhoria são
a) a comparabilidade e a compreensibilidade.
b) a verificabilidade e a utilidade.
c) a tempestividade e a entidade.
d) a continuidade e a oportunidade.
e) a competência e a prudência

Divisão das características qualitativas da informação contábil-financeira em:


a) características qualitativas fundamentais – relevância e representação fidedigna, as mais
críticas;
b) características qualitativas de melhoria – comparabilidade, capacidade de verificação, tem-
pestividade e compreensibilidade, menos críticas, mas, ainda assim, altamente desejáveis.
As características qualitativas melhoram a utilidade da informação que é relevante e que é
representada com fidedignidade, assim como podem, também, auxiliar a determinar qual de
duas alternativas que sejam consideradas equivalentes em termos de relevância e fidedignida-
de de representação deve ser usada para retratar um fenômeno.
Letra a.

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Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP trata da definição e requisitos
de mensuração e reconhecimento de provisões, passivos contingentes e ativos contingentes.
Um dos elementos que caracteriza uma provisão é:
a) obrigação decorrente de apropriações por competência;
b) obrigação possível resultante de eventos passados;
c) obrigação presente, com provável saída de recursos;
d) obrigação que será confirmada pela ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos;
e) inexistência de incerteza sobre o prazo da obrigação.

Uma provisão deve ser reconhecida quando:


a) Existe uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado;
b) Seja provável que será necessária uma saída de recursos para liquidar a obrigação;
c) Possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Letra c.

004. (FGV/AL-RO/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) De acordo com o Pronunciamento Conceitual


Básico (R1) - Estrutura Conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil- financei-
ro, as características qualitativas da informação contábil-financeira podem ser divididas em
fundamentais e de melhoria.
Assinale a opção que indica as características qualitativas fundamentais.
a) Confiabilidade e materialidade.
b) Relevância e representação fidedigna.
c) Essência sobre a forma e neutralidade.
d) Comparabilidade e tempestividade.
e) Compreensibilidade e verificabilidade.

As características qualitativas da informação contábil-financeira são divididas em:


a) características qualitativas fundamentais – relevância e representação fidedigna, as mais
críticas;
b) características qualitativas de melhoria – comparabilidade, capacidade de verificação (ve-
rificabilidade), tempestividade e compreensibilidade, menos críticas, mas, ainda assim, alta-
mente desejáveis.
As características qualitativas melhoram a utilidade da informação que é relevante e que é
representada com fidedignidade, assim como podem, também, auxiliar a determinar qual de
duas alternativas que sejam consideradas equivalentes em termos de relevância e fidedignida-
de de representação deve ser usada para retratar um fenômeno.
Letra b.

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005. (FGV/ALERJ/CONTADOR/2017) Uma entidade pública foi acionada judicialmente em


decorrência de constrangimento que um usuário alega ter sofrido por parte de um servidor
da entidade. Em decorrência dos autos processuais e do julgamento de casos semelhantes, o
setor jurídico considera provável que a entidade seja condenada na ação, mas ainda não tem
elementos suficientes para fazer estimativas confiáveis do valor a ser desembolsado. De acor-
do com as disposições do IPSAS 19 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
e do MCASP, o tratamento a ser dado a esse fato é:
a) reconhecer como provisão, por ser provável a saída de recursos;
b) reconhecer como passivo contingente, por ser obrigação presente;
c) registrar um passivo contingente em contas de controle;
d) reconhecer como obrigações contingentes, em decorrência da incerteza;
e) não registrar o fato, por não haver informações precisas sobre o desdobramento do processo.

Quando existir uma obrigação que provavelmente será exigida, contudo não possa ser men-
surada com confiança, o fato deve ser tratado como passivo contingente, ser registrado em
contas de controle e divulgado em notas explicativas.
Letra c.

006. (FGV/SEFIN-RO/AFTE/2018) Na última versão do Pronunciamento Técnico CPC00 - Es-


trutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, a caracterís-
tica “essência sobre a forma” foi formalmente retirada da condição de componente separado
da representação fidedigna.
Assinale a opção que indica o motivo por que a “essência sobre a forma” foi retirada.
a) Sua presença, junto à representação fidedigna, foi considerada uma redundância.
b) Ela foi considerada inconsistente à característica qualitativa da neutralidade.
c) Ela foi considerada inconsistente à característica qualitativa da tempestividade.
d) As normas contábeis norte-americanas não incluem a essência sobre a forma em sua es-
trutura conceitual.
e) Sua presença deixou de ser exigida nas normas internacionais.

A essência econômica sobre a forma jurídica determina que os ativos deverão ser registrados
na empresa que tiver o controle sobre os benefícios e riscos com a sua utilização, independen-
temente da propriedade. É o controle sobre a propriedade.
Um exemplo é o arrendamento mercantil financeiro: a empresa arrendatária que “aluga” o bem
tem o controle sobre ele, mas a propriedade é da financeira arrendadora, que está fornecendo
o bem para o arrendatário.

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A essência econômica sobre a forma jurídica foi retirada de componente da representação


fidedigna por ser redundante a sua inclusão, assim, a primazia econômica passou a ser uma
verdade para a contabilidade, um axioma que deverá ser aplicado em todas nas análises pa-
trimoniais.
Letra a.

007. (FGV/MPE-AL/CONTADOR/2018) O Pronunciamento Conceitual Básico (R1)- Estrutura


Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro apresenta as carac-
terísticas qualitativas da informação contábil-financeira útil.
Assinale a opção que indica a característica qualitativa que permite que os usuários identifi-
quem e compreendam as similaridades dos itens e as diferenças entre eles.
a) Representação fidedigna.
b) Comparabilidade.
c) Verificabilidade.
d) Tempestividade.
e) Compreensibilidade.

Dentro das características de melhoria, a COMPARABILIDADE permite que os usuários identi-


fiquem e compreendam as similaridades dos itens e as diferenças entre eles, sempre com, no
mínimo, dois dados para conseguir efetuar a comparação.
Letra b.

008. (FGV/COMPESA/CONTADOR/2016) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Bási-


co (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro,
o Regime de Competência representa
a) um postulado contábil.
b) uma premissa subjacente da contabilidade.
c) um elemento para a definição da performance financeira da empresa.
d) uma característica qualitativa fundamental da informação contábil-financeira útil.
e) uma característica qualitativa de melhoria da informação contábil-financeira útil.

O regime de competência é o método utilizado pela contabilidade para registrar tanto as recei-
tas quanto as despesas, e, por consequência, apurar o resultado (performance) da empresa.
Neste regime, as receitas e despesas são registradas quando ocorrer o seu fato gerador, inde-
pendentemente de ter entrado ou saído dinheiro.
Letra c.

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009. (FGV/COMPESA/CONTADOR/2016) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 25


– Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, assinale a opção que indica a prin-
cipal diferença entre as provisões e os passivos contingentes.
a) Os passivos contingentes são reconhecidos como passivo, enquanto as provisões não são.
b) As provisões são reconhecidas como passivo, enquanto os passivos contingentes não são.
c) As provisões são reconhecidas como redutoras do ativo, enquanto os passivos contingen-
tes, como redutores do passivo.
d) Os passivos contingentes têm prazo para realização, enquanto as provisões não têm.
e) Os passivos contingentes utilizam estimativas, enquanto as provisões utilizam valo-
res precisos.

Provisão é uma obrigação presente que provavelmente será liquidada no futuro. É um passivo
de valor e prazo incertos. Será registrada no passivo e divulgada em notas explicativas.
Passivo contingente é uma obrigação possível, em que não há a certeza de sua liquidação ou
não pode ser mensurado com confiança o valor da obrigação. Somente será divulgado em
notas explicativas.
Letra b.

010. (FGV/COMPESA/CONTADOR/2016) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Bási-


co (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro,
assinale a opção que indica os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição
patrimonial e financeira de uma sociedade empresária.
a) Receitas, despesas e resultado do período.
b) Caixa e equivalente a caixa, clientes e contas a receber.
c) Ativos contingentes, passivos contingentes e patrimônio líquido.
d) Ativo não circulante, passivo não circulante e patrimônio líquido.
e) Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido.

Os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição patrimonial e financeira no


balanço patrimonial são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido.
Lembre-se que as receitas e despesas são os elementos diretamente relacionados com a men-
suração do desempenho na demonstração do resultado.
Letra e.

011. (FGV/TJ-PI/CONTADOR/2015) Quando informações contábeis não são produzidas e di-


vulgadas de forma íntegra e tempestiva, a sua relevância pode ser prejudicada. O princípio da
contabilidade que aborda essa questão, a partir de critérios para registro de elementos quanti-
tativos e qualitativos, é:

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Alternativas
a) competência;
b) oportunidade;
c) continuidade;
d) prudência;
e) registro pelo valor original.

O princípio da oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos com-


ponentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas, sendo que a falta de
integridade e tempestividade na produção e na divulgação de informação contábil pode oca-
sionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade
e a confiabilidade da informação.
Letra b.

012. (FGV/AL-RO/CONTADOR/2018) As demonstrações contábeis normalmente são elabo-


radas tendo como premissa que a entidade está em atividade e irá manter-se em operação por
um futuro previsível.
De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico (R1) - Estrutura Conceitual para elabora-
ção e divulgação de relatório contábil-financeiro, essa premissa é chamada de
a) continuidade.
b) entidade.
c) essência sobre a forma.
d) comparabilidade.
e) tempestividade.

O CPC 00 estabelece que as demonstrações contábeis são normalmente elaboradas com base
na suposição de que a entidade que reporta está em CONTINUIDADE operacional e continuará
em operação no futuro previsível. Assim, presume-se que a entidade não tem a intenção nem
a necessidade de entrar em liquidação ou deixar de negociar.
Letra a.

013. (FGV/CÂMARA DE SALVADOR/CONTROLADORIA/2018) Há situações em que uma en-


tidade precisa dar tratamento contábil a transações que geram obrigação para com terceiros,
mas que haja incerteza acerca do prazo ou do valor do desembolso futuro necessário para
liquidar a obrigação.
No caso de uma ação judicial em que o desembolso por parte da entidade que reporta é con-
siderado provável e razoavelmente estimado, a entidade deve:

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a) tratar como resultado de exercícios futuros;


b) reconhecer uma provisão pela melhor estimativa;
c) divulgar em nota explicativa, se considerar relevante;
d) aguardar a decisão final para reconhecer qualquer obrigação;
e) reconhecer uma contingência pelo valor histórico de processos semelhantes.

Vimos, em nossa aula, que uma provisão deve ser reconhecida quando:
a) Existe uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado;
b) For provável que será necessária uma saída de recursos para liquidar a obrigação;
c) Possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Letra b.

014. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, a compreensibilidade é uma das características
qualitativas de melhoria de informações financeiras úteis. Em relação às implicações da carac-
terística qualitativa da compreensibilidade, assinale a afirmativa correta.
a) Os usuários devem poder identificar e compreender similaridades e diferenças entre itens.
b) Os fenômenos complexos e de difícil compreensão devem ser excluídos dos relatórios
financeiros.
c) As informações devem ser disponibilizadas aos tomadores de decisões a tempo para que
sejam capazes de influenciar suas decisões.
d) As informações devem ser evidenciadas de modo que os usuários não precisem buscar o
auxílio de consultores para compreender os relatórios financeiros.
e) Os relatórios financeiros devem ser elaborados para usuários que têm conhecimento ra-
zoável das atividades comerciais e econômicas e que revisam e analisam as informações de
modo diligente.

A compreensibilidade é uma das características que ajudam o usuário a assimilar o significado


das informações. Assim, classificar, mensurar e apresentar a informação com clareza e conci-
são torna-a compreensível.
A compreensibilidade presume que o usuário disponha de conhecimentos de contabilidade,
assim como dos negócios e das atividades da entidade, em nível que o habilite ao entendi-
mento das informações colocadas à sua disposição, desde que se proponha analisá-las, pelo
tempo e com a profundidade necessários, sendo que uma eventual dificuldade de entendi-
mento suficiente das informações contábeis por algum usuário jamais será motivo para a sua
não-divulgação.
Letra e.

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015. (FGV/SEFIN-RO/TÉCNICO TRIBUTÁRIO/2018) Como o processo industrial da Cia. X


provoca alto impacto ambiental, ela é obrigada, por lei, a trocar suas máquinas, a cada cinco
anos. Caso a sociedade empresária não faça a troca, ela é obrigada a pagar uma multa anual
de R$ 100.000.
A sociedade empresária deveria trocar suas máquinas em 2015. O valor das máquinas era de
R$ 500.000. Como a sociedade empresária não fez a troca, ela considera que o risco de ser
autuada é muito alto.
Considerando apenas esse fato, assinale a opção que indica, em 31/12/205, o total das provi-
sões da Cia. X.
a) Zero.
b) R$ 100.000.
c) R$ 500.000.
d) R$ 600.000.
e) R$ 1.000.000.

Vimos, em nossa aula, que uma provisão deve ser reconhecida quando:
a) Existe uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado;
b) For provável que será necessária uma saída de recursos para liquidar a obrigação;
c) Possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Como o a empresa considera o risco de ser autuada MUITO ALTO, é provável que venha a ter
uma obrigação presente que deverá ser liquidada; sendo que a melhor estimativa para o valor
a ser registrado é montante estabelecido como multa anual de $ 100.000,00.
Letra b.

016. (FGV/MPE-AL/CONTADOR/2018) Um empregado de determinada entidade entrou na


justiça cobrando horas extras não remuneradas, no total de R$ 50.000. Os consultores jurídi-
cos da entidade consideram que o risco de perda é remoto.
Em relação ao fato, assinale a opção que indica o correto procedimento da entidade.
a) Reconhecimento de passivo circulante.
b) Reconhecimento de passivo não circulante.
c) Reconhecimento de despesa.
d) Divulgação em nota explicativa.
e) Não deve haver reconhecimento nem divulgação.

Quando for REMOTA a perda da disputa judicial e, por consequência, NÃO HOUVER o paga-
mento de uma obrigação, a empresa NÃO deverá registrar uma provisão nem deverá divulgar
uma nota explicativa.
Letra e.
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017. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, a representação fidedigna é uma das caracte-
rísticas qualitativas fundamentais de informações financeiras úteis.
Para ser fidedigna, a representação deve ser
a) relevante, completa e tempestiva.
b) neutra, verificável e comparável.
c) relevante, verificável e isenta de erros.
d) completa, neutra e isenta de erros.
e) comparável, tempestiva e relevante.

A representação fidedigna é alcançada quando a representação do fenômeno é completa, neu-


tra e livre de erro material.
Letra d.

018. (FGV/FUNSAÚDE-CE/CONTADOR/2021) Com relação à finalidade da Estrutura Concei-


tual da Contabilidade, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 (R2) - Estrutura Con-
ceitual para Relatório Financeiro, analise as afirmativas a seguir.
I – Auxiliar o desenvolvimento das normas internacionais de contabilidade, para que tenham
base em conceitos consistentes.
II – Auxiliar os usuários a interpretar e entender os pronunciamentos técnicos.
III – Auxiliar os responsáveis pela elaboração dos relatórios financeiros a desenvolver políticas
contábeis consistentes.
São finalidades da Estrutura Conceitual da Contabilidade o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

Segundo o CPC 00 R2, a finalidade da estrutura conceitual é:


a) auxiliar o desenvolvimento das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS), para que
tenham base em conceitos consistentes;
b) auxiliar os responsáveis pela elaboração (preparadores) dos relatórios financeiros a desen-
volver políticas contábeis consistentes quando nenhum pronunciamento se aplica à determi-
nada transação ou outro evento, ou quando o pronunciamento permite uma escolha de políti-
ca contábil;
c) auxiliar todas as partes a entender e interpretar os Pronunciamentos.
Todas as assertivas estão corretas.
Letra e.

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019. (FGV/TCE-PI/ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO/2021) Os registros de operações rea-


lizadas em uma empresa têm o objetivo de gerar informações úteis para a gestão organizacio-
nal. Embora seja fornecida uma diversidade de informações nos relatórios contábeis, o objeto
da contabilidade é o:
a) controle de receitas e despesas;
b) fluxo de caixa das entidades;
c) lucro das entidades;
d) patrimônio das entidades;
e) valor de mercado das entidades.

O objeto da contabilidade é o PATRIMÔNIO das entidades, e o objetivo é o fornecimento de


informações úteis.
Letra d.

020. (FGV/SEFAZ-ES/AFRE/2021) Relacione as características qualitativas de melhoria de


informações financeiras úteis às suas respectivas explicações.
1. Comparabilidade
2. Capacidade de verificação
3. Tempestividade
4. Compreensibilidade
( ) permite aos usuários identificar e compreender similaridades e diferenças entre itens.
( ) implica em classificar, caracterizar e apresentar informações de modo claro e conciso.
( ) significa disponibilizar informações aos tomadores de decisões a tempo para que sejam
capazes de influenciar suas decisões.
( ) ajuda a garantir aos usuários que as informações representem de forma fidedigna os fenô-
menos econômicos que pretendem representar
Assinale a opção que apresenta, segundo a ordem apresentada, a relação correta.
a) 4 – 2 – 3 – 1.
b) 4 – 3 – 2 – 1.
c) 1 – 2 – 3 – 4.
d) 1 – 4 – 3 – 2.
e) 2 – 4 – 1 – 3.

1. Comparabilidade permite, aos usuários, identificar e compreender similaridades e diferen-


ças entre itens.
4. Compreensibilidade implica em classificar, caracterizar e apresentar informações de modo
claro e conciso.

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3. Tempestividade significa disponibilizar informações, aos tomadores de decisões, a tempo


para que sejam capazes de influenciar suas decisões.
2. Capacidade de verificação ajuda a garantir, aos usuários, que as informações representem,
de forma fidedigna, os fenômenos econômicos que pretendem representar
Letra d.

021. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, para ajudar os usuários a identificar e avaliar
mudanças e tendências, as demonstrações contábeis devem
a) detalhar os principais fatos contabilizados nas notas explicativas.
b) incluir o relatório do auditor em sua publicação.
c) fornecer informações comparativas de, pelo menos, um período de relatório anterior.
d) apresentar a Demonstração do Valor Adicionado.
e) apresentar a remuneração dos membros do Conselho de Administração.

O CPC 00 R2 estabelece que, para ajudar os usuários das demonstrações contábeis a identi-
ficarem e avaliarem mudanças e tendências, as demonstrações contábeis também fornecem
informações comparativas de, pelo menos, um período de relatório anterior.
Letra c.

022. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, as informações financeiras relevantes são ca-
pazes de fazer diferença nas decisões tomadas pelos usuários e podem ter valor preditivo. Em
relação às informações financeiras relevantes com valor preditivo, assinale a afirmativa correta.
a) Confirmam ou alteram avaliações anteriores.
b) Devem servir como prognóstico aos usuários.
c) São empregadas pelos usuários para fazer suas próprias previsões.
d) São utilizadas em processos empregados pelos usuários para analisar resultados passados
e) Representam uma novidade aos usuários, sendo que eles não teriam conhecimento delas a
partir de outras fontes.

O valor preditivo de uma informação está relacionado com a condição de que ela irá servir de
direcionador nas decisões que serão tomadas pelos usuários, ou seja, os usuários irão fazer
as suas próprias previsões com relação ao futuro.
Não esqueça que o valor confirmatório da informação tem relação com o passado, e o valor
preditivo com o futuro, por isto, devem ser analisadas em conjunto, de forma inter-relacionada,
pois a capacidade de fazer predições é efetivada a partir do momento da possibilidade de con-
firmar as predições feitas anteriormente.
Letra c.

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023. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, assinale a opção que apresenta uma restrição
generalizada sobre as informações que podem ser fornecidas em relatório financeiro.
a) O tempo.
b) O custo.
c) A subjetividade.
d) Os recursos limitados.
e) A quantidade de normas.

Com relação às restrições, o CPC estabelece que o CUSTO DA INFORMAÇÃO é uma restrição
generalizada sobre as informações que podem ser fornecidas pelo relatório financeiro.
O relatório de informações financeiras impõe custos, e é importante que esses custos sejam
justificados pelos benefícios de apresentar essas informações.
Assim, o gestor deverá sempre avaliar a relação custo benefício do fornecimento da informa-
ção aos usuários.
Letra b.

024. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) Um grupo de empregados acionou uma empresa na


justiça, pedindo uma indenização no valor de R$ 100.000. Os advogados da empresa conside-
ravam que a perda da causa na justiça era provável.
Assinale a opção que indica o correto tratamento contábil do caso nas demonstrações contá-
beis da empresa.
a) Constituição de provisão para contingências.
b) Constituição de reserva para contingências.
c) Constituição de passivo contingente.
d) Diminuição do caixa.
e) Nada deve ser feito.

Quando for provável a perda da disputa judicial e, por consequência, provável o pagamento
de uma obrigação com prazo e valor incerto, a empresa deverá registrar uma provisão para
contingência.
Letra a.

025. (FGV/TJ-RO/CONTADOR/2021) No tratamento e registro contábil das provisões, é im-


portante considerar as incertezas quanto ao prazo e ao valor da obrigação correspondente. No
caso de se verificar que o valor de uma obrigação é maior do que o valor provisionado, deve-se:
a) complementar a diferença com saldos de provisão disponíveis associados a outros
propósitos;
b) complementar a diferença com um lançamento a débito em conta de despesa (VPD);

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c) efetuar um lançamento de reversão de provisões em contrapartida ao valor correto da


obrigação;
d) registrar a diferença como item de outros resultados abrangentes;
e) registrar a diferença na conta Ajustes de Avaliação Patrimonial.

Se o valor da obrigação é maior que o valor provisionado no passivo, a empresa deverá reco-
nhecer a diferença como uma despesa e complementar o valor da obrigação.
Letra b.

026. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) Em relação ao reconhecimento de uma provisão, deve-


-se considerar alguns fatores para haver a contabilização.
Com base nisso, analise as afirmativas a seguir.
I – A entidade tem uma obrigação futura, legal ou não formalizada, como resultado de even-
to passado.
II – É possível a saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a
obrigação.
III – Pode ser feita uma estimativa do valor confiável da obrigação.
Para haver reconhecimento de uma provisão, deve ocorrer
a) I, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.
d) I e III, somente.
e) I, II e III.

Uma provisão deve ser reconhecida quando:


a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de even-
to passado;
b) for provável que será necessária uma saída de recursos que incorpore benefícios econômi-
cos para liquidar a obrigação;
c) puder ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
O item I está errado. A obrigação deve ser PRESENTE - e não futura.
O item II está errado. Deve ser PROVÁVEL a saída de recursos - e não possível.
O item III está certo.
Letra c.

027. (FGV/FUNSAÚDE-CE/CONTADOR/2021) Os clientes de uma empresa entram na justiça


contra ela por quebra de contrato. Os advogados da empresa estimam o desfecho da causa
e o valor a ser pago. Assinale a opção que indica a existência de um passivo contingente, de
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a) A perda é certa e o valor de perda pode ser estimado com confiabilidade.


b) A perda é provável e o valor de perda pode ser estimado com confiabilidade.
c) A perda é provável e o valor de perda não pode ser estimado com confiabilidade.
d) A perda é remota e o valor de perda pode ser estimado com confiabilidade.
e) A perda é remota e o valor de perda não pode ser estimado com confiabilidade.

Um passivo contingente será divulgado em notas explicativas quando a empresa possuir:


a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada
apenas pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob
controle da entidade; ou
b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida, por-
que:
i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja exi-
gida para liquidar a obrigação;
ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.
Assim, se a empresa possuir uma obrigação, mesmo provável, mas não conseguir mensurar o
seu valor com confiabilidade, deverá divulgar o fato como passivo contingente.
Letra c.

Claudio Zorzo
Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Análise Gerencial, Docência para Nível Superior,
Auditoria e Perícia Contábil. É ex-servidor público do Executivo Federal – Ministério do Exército e ex-
servidor público do Legislativo Federal – Assessor Parlamentar. Atualmente, é professor de Contabilidade
e Auditoria Pública e Privada.

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