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GERAL
Conceitos Básicos e Princípios
Contábeis
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Livro Eletrônico
CONTABILIDADE GERAL
Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
Claudio Zorzo
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................4
Conceitos Básicos e Princípios Contábeis.........................................................................................................6
Origem da Contabilidade Moderna.........................................................................................................................6
Cenário Brasileiro Atual. . ..............................................................................................................................................7
Conceito de Contabilidade. . ........................................................................................................................................11
Objeto da Contabilidade. . ............................................................................................................................................17
Objetivo da Contabilidade. . .......................................................................................................................................29
Normas Brasileiras de Contabilidade................................................................................................................35
Pronunciamentos Técnicos do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)..........................39
CPC 00 R2 - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro.. ....................................................................................................................................................43
Capítulo 1 – Objetivo do Relatório Financeiro para Fins Gerais.........................................................47
Capítulo 2 – As Características Qualitativas de Informações Financeiras Úteis......................51
Capítulo 3 – Demonstrações Contábeis e a Entidade que Reporta..................................................68
Capítulo 4 - Elementos das Demonstrações Contábeis...........................................................................71
Capítulo 5 – Reconhecimento e Desreconhecimento. .............................................................................. 79
Capítulo 6 – Mensuração.. ......................................................................................................................................... 82
Capítulo 7 – Apresentação e Divulgação........................................................................................................92
Capítulo 8 – Conceitos de Capital e Manutenção de Capital................................................................ 93
Princípios Contábeis..................................................................................................................................................109
Entidade.............................................................................................................................................................................118
Continuidade....................................................................................................................................................................119
Oportunidade..................................................................................................................................................................120
Registro pelo Valor Original. . .................................................................................................................................121
Competência...................................................................................................................................................................123
Prudência..........................................................................................................................................................................124
Resumo..............................................................................................................................................................................155
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Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
Claudio Zorzo
Questões de Concurso..............................................................................................................................................162
Gabarito.............................................................................................................................................................................172
Gabarito Comentado..................................................................................................................................................173
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Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
Claudio Zorzo
Apresentação
Prezado(a) contador(a).
Tudo bem contigo?
Espero que sim, que esteja com saúde, com muita disposição e vontade de estudar.
Neste seu projeto pessoal, conte comigo.
Sou o professor Claudio Zorzo, ministro aulas de contabilidade, auditoria e mercado finan-
ceiro para concurso público desde 2000, com dedicação exclusiva à docência desde 2007,
quando deixei o serviço público.
Sou contador, com cursos de especialização em controladoria, auditoria e análise das de-
monstrações contábeis.
Hoje vamos começar as nossas aulas sobre a bela, dinâmica e atraente contabilidade.
Para ajudá-lo, e tenho certeza que vou, dividi este curso em aulas respeitando uma visão
acadêmica do conhecimento. Nelas, apresentarei os conceitos técnicos, sempre objetivos e
direcionados para concursos, depois resolverei questões de provas anteriores, para embasar o
conceito, conhecer e entender a “linguagem da banca”.
Nestas questões, que denomino “DIRETO DO CONCURSO”, trabalharei com várias ban-
cas, para que você consiga entender os conceitos de forma geral, sob várias vertentes de
interpretação.
Ao término de cada aula, comentarei dezenas de questões de prova, especialmente da ban-
ca FGV; nas questões de provas anteriores, tratarei de assuntos que estão interligados com a
aula anterior, desta forma, em todas as aulas, reforçarei os conceitos básicos de tal maneira
que você vai acabar entendendo o que ele quer dizer e compreendendo a sua efetividade den-
tro da ciência contábil.
Este curso vai te ajudar, tenha certeza disto.
Muito bem, feita esta objetiva apresentação, vamos começar nossa primeira aula.
Preparado(a)?
Então vamos lá.
Desejo todo sucesso para você e que consiga atingir o seu objetivo final.
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Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
Claudio Zorzo
Conforme meu planejamento inicial, nesta aula vamos estudar os conceitos básicos da
contabilidade.
Vou começar a aula tratando sobre a origem e a evolução da contabilidade moderna no
Brasil; depois, falo sobre as normas do CFC; sobre o CPC e sua estrutura conceitual básica; e,
por fim, trato dos princípios contábeis.
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Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
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Como a Escola Italiana era muito teórica, tanto que é a base da ciência contábil, a Escola
Americana direcionou seu estudos para o fornecimento de informações práticas para a toma-
da de decisão, padronizando a informação contábil, de modo a facilitar a comparação entre o
desempenho das várias empresas por parte dos investidores. A essência da Escola Americana
é o fornecimento de informações confiáveis, oportunas e compreenssíveis. Foi esta escola a
responsável pela divisão da contabilidade em financeira (demonstrações contábeis) e geren-
cial (análise e custos).
A contabilidade financeira é voltada para a geração de informações que atendam aos an-
seios do público externo, estas informações são apresentadas por meio das demonstrações
contábeis. A contabilidade gerencial visa ao fornecimento de informações aos administrado-
res da empresa, ou seja, ao público interno, por meio do fornecimento de informações sobre os
custos e as despesas em geral.
As duas escolas, Italiana e Amerciana, complementam-se, ou seja, uma não contradiz a
outra - o que existe é uma evolução do objetivo da contabilidade, passando do mero controle
patrimonial para o fornecimento de informações úteis.
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Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
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padrões contábeis do IASB, destacando a primazia da essência econômica sobre a forma jurí-
dica, ou seja, a primazia do controle de um recurso sobre a sua propriedade.
A Lei 11.941/09, que alterou a Lei 11.638 e a Lei 6.404, veio para fazer alguns ajustes tribu-
tários, visando a atender algumas solicitações do fisco federal.
Veja a seguinte síntese da evolução das leis:
O Brasil vive hoje, portanto, um momento de nova transição e está norteando seus rumos
contábeis em direção às normas internacionais, afastando-se das normas norte-americanas.
Esta atualização na nossa legislação era necessária, pois o Brasil é um país que recebe inves-
timentos externos de todo o mundo, e o seu mercado mobiliário tem crescido consideravel-
mente. A cada ano, um grande número de empresas nacionais está captando recursos com
investidores internacionais, por meio de parcerias, vendas de ações ou de outros instrumentos
financeiros, normalmente com taxas de juros baixas. O objetivo da captação de recursos é me-
lhorar a saúde financeira da empresa para conseguir atuar no mercado nacional e internacional
com as mesmas condições dos concorrentes.
Para conseguir captar recursos, é necessário que uma empresa esteja preparada para for-
necer não só produtos competitivos, como também informações de qualidade, seguras e fi-
dedignas, o que atualmente é feito pela apresentação das demonstrações contábeis e suas
respectivas notas explicativas. As demonstrações contábeis, que compõem o conjunto das
informações contábeis, devem ser preparadas em uma linguagem acessível ao maior número
possível de usuários da informação contábil, especialmente aos usuários externos.
O grande problema da divulgação de informações para os interessados reside no fato de
que, em alguns países, as diferenças de normas contábeis são significativas e, quando aplica-
das, as demonstrações contábeis seguem estruturas e critérios de avaliação diferentes, apre-
sentando situações financeiras, econômicas e patrimoniais diferentes. O resultado econômico
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Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
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informado por uma empresa no Brasil pode ser diferente daquele informado pela empresa de
acordo com as regras internacionais, tendo como consequência uma dificuldade de análise
quanto à comparabilidade das demonstrações contábeis.
A importância de que todos os mercados utilizassem a mesma linguagem contábil levou à
criação de uma entidade conhecida como IASC - International Accoutingg Standard Commit-
tee, em 1973, por representantes da Austrália, do Canadá, da França, da Alemanha, do Japão,
do México, da Holanda, do Reino Unido, da Irlanda e dos Estados Unidos.
Em 2001, foi fundado, em Londres, Inglaterra, o IASB - International Accounting Standards
Board, entidade sucessora da IASC. Atualmente, as normas emanadas pelo IASB são aceitas
em mais de 160 países.
O IASB tem como compromisso principal desenvolver um modelo único de normas con-
tábeis internacionais de alta qualidade, que requeiram transparência e comparabilidade na
elaboração de demonstrações contábeis e que atendam ao público interessado nas infor-
mações contábeis, sejam eles investidores, administradores, analistas, pesquisadores ou
quaisquer outros usuários e leitores de tais demonstrações. O IASB emite pronunciamentos
contábeis de abrangência internacional, que são denominados International Financial Repor-
ting Standards – IFRS.
A equiparação das normas nacionais às normas internacionais requer um destaque na
importância do CPC – Comitê de Pronunciamento Contábil. O CPC nasceu ao final de 2005, da
união das seguintes entidades: CFC – Conselho Federal de Contabilidade; IBRACON – Instituto
Brasileiro de Contadores; FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e
Financeiras; BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo; APIMEC – Associação dos Analistas
e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais; e ABRASCA – Associação Brasileira
de Companhias abertas.
O CPC tem como missão integrar as regras contábeis aos padrões internacionais, por meio
de uma participação, no debate interno, de representantes de todos os setores do mercado
brasileiro, como o governo, a iniciativa privada e os órgãos acadêmicos, com o objetivo final
de emitir Pronunciamentos Técnicos sobre contabilidade para permitir a emissão de normas
pelas entidades reguladoras brasileiras, visando à centralização e à uniformização do seu pro-
cesso de produção de informações, levando sempre em conta a convergência da Contabilida-
de brasileira aos padrões internacionais emanados pelo IASB.
O CPC, respeitando as possíveis diferenças estruturais, tem o mesmo poder orientador
que o IASB, pois os pronunciamentos do CPC são orientações de cunho técnico - e não de-
terminações legais.
Estes pronunciamentos são oficializados pelas normas emanadas pelos organismos ofi-
ciais, como a CVM, o BACEN e o CFC, assim, é importante entender que um pronunciamento
do CPC pode ser normatizado por vários documentos oficiais.
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001. (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) A Lei n.º 6.404/1976, ou Lei das Sociedades por Ações,
originalmente elaborada em consonância com as teorias da Escola Italiana de Contabilidade,
foi, nos últimos anos, modificada para atender a convergência da contabilidade brasileira às
normas internacionais de contabilidade do IASB.
Com relação à Ciência Contábil e suas características, julgue os itens que se seguem.
A Lei 6.404/76 foi elaborada tendo como base a Escola Americana de Contabilidade e, neste
momento, afastava-se da Escola Italiana. As alterações que ocorreram na Lei 6.404/76 busca-
ram a convergência das normas nacionais às normas internacionais emitidas pelo IASB.
Assim, as alterações apresentadas pelas novas leis foram para adequá-la à Escola Internacio-
nal, afastando-se da Escola Americana.
Errado.
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Acerca da Lei n.º 6.404/1976 e suas alterações recentes, julgue os itens que se seguem.
As alterações promovidas pelas leis 11.638 e 11.941 não tiveram a finalidade de CRIAR ALTER-
NATIVAS, mas, sim, de promover a convergência das normas nacionais às internacionais.
É importante destacar que a convergência às normas internacionais de contabilidade, no Bra-
sil, teve seu marco legal com a promulgação da Lei 11.638/2007, que determinou a adoção dos
padrões internacionais de contabilidade.
Errado.
Conceito de Contabilidade
O primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado na cidade do Rio de Janeiro, em
agosto de 1924, estabeleceu e formulou alguns conceitos oficiais para a contabilidade, com o
objetivo de dar uma formalidade oficial para a matéria.
Ficou estabelecido, na reunião, o seguinte conceito para a contabilidade:
É a ciência aplicada (social) que estuda a prática e as funções de orientação, de controle e de regis-
tro, relativos aos atos e aos fatos de administração econômica.
Destes conceitos básicos, podemos inferir algumas informações que estudaremos nas
nossas aulas, por exemplo:
• A contabilidade é uma ciência social;
• O foco da contabilidade é administração econômica de atos e fatos;
• São escriturados somente os fatos, os atos são controlados;
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Como nosso objetivo, nesta aula, é tratar da ciência contábil, vou começar conceituan-
do ciência:
estudo ou prática” podemos dizer que Ciência é algo sistematizado, que tem um objeto, um objetivo,
uma finalidade, um campo de aplicação e um princípio básico.
Assim, a contabilidade é uma ciência porque possui objeto de estudo, que é o patrimô-
nio; tem um método próprio de análise e prática, que é a escrituração contábil; e possui um
axioma básico, que é o mecanismo das partidas dobradas, em que “todo débito possui um
crédito correspondente”.
Dentro da classificação de ciência, a contabilidade faz parte das ciências sociais, pois
trata de relacionamentos entre pessoas. Estas pessoas representam a origem e a aplicação
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no patrimônio, dentro de uma sociedade, com implicações internas e externas, dado que va-
riações nesse patrimônio afetam de alguma forma o meio em que ele está inserido.
“É a ciência social que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades,
mediante o registro, a demonstração e a divulgação desses fatos, com o objetivo de oferecer infor-
mações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da
gestão da riqueza patrimonial aos usuários.” (Hilário Franco)
Já sabemos que a contabilidade é uma ciência social. Social porque tem relacionamento
envolvido; ciência porque tem objeto, objetivo, finalidade, campo de aplicação e axioma básico.
Agora, vamos ver os seguintes pontos da excitante contabilidade:
• Objeto – Patrimônio;
• Objetivo – Fornecer informações;
• Finalidade – Controlar o patrimônio;
• Campo de aplicação – Qualquer pessoa física ou jurídica;
• Princípio básico – Partidas dobradas.
Vimos que toda ciência social trata de relacionamentos; na contabilidade, não é diferente,
ela trata do relacionamento entre contas que compõem o patrimônio, por meio de débitos e
créditos; estes débitos e créditos representam a essência do ato de registar o que a contabili-
dade está disposta a demonstrar.
Por isto, é necessário que você saiba que a contabilidade como ciência social trata do pa-
trimônio por meio de conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições de
generalidade, certeza e busca das causas.
• Metodologia Racional, pois possui uma sistemática própria (objeto, objetivo e finalida-
de) e aplica-se a algo prático;
• Generalidade, pois trata de informações para qualquer pessoa, não há um usuário es-
pecífico;
• Certeza, pois a informação deve ser fidedigna e factual, embasada em fatos;
• Busca de causas, pois deve ser provado cada fato com documentos que lhe originaram.
Estas qualidades que fazem com que a contabilidade, como ciência, distinga-se da es-
crituração contábil, pois a escrituração é um meio técnico e disciplinado para registrar a mo-
vimentação dos fatos patrimoniais e de evidenciá-los, enquanto a ciência se ocupa tanto do
fenômeno patrimonial e da explicação do que ocorre com o patrimônio em suas muitas trans-
formações, com lastro em teorias e teoremas, quanto de um conjunto de conceitos.
A seguir, vou apresentar uns excertos de questões de provas e algumas questões, para
que você consiga visualizar como as bancas têm cobrado o assunto. Quando eu for tratar do
assunto conforme a visão da banca, utilizarei a expressão DIRETO DO CONCURSO.
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Entenda que o objetivo principal do DIRETO DO CONCURSO não é somente avaliar o conhe-
cimento, mas também apresentar o assunto conforme ele foi cobrado nas provas. É para você
se familiarizar com a linguagem das bancas.
A contabilidade como ciência social trata do patrimônio por meio de conhecimentos obtidos
por metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e busca das causas.
Certo.
Contabilidade é a ciência social que, por meio de metodologia própria, estuda, controla e
interpreta os fatos ocorridos no PATRIMÔNIO das aziendas, mediante o registro, a demons-
tração e a divulgação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição
do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza
patrimonial aos usuários.
Errado.
A assertiva é bem simples, pois basta saber que a contabilidade é uma ciência social - e
não exata.
Errado.
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Com relação a conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade, julgue os itens que se seguem
A CONTABILIDADE é uma ciência social que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no
patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração e a divulgação desses fatos,
com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o re-
sultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial aos usuários.
Certo.
008. (CESPE/DPF/AGENTE/2018) A contabilidade integra o rol das ciências exatas por estar
dedicada à mensuração da riqueza do ente contábil.
Note que, novamente, a banca quer tratar a contabilidade como uma ciência exata, contudo
sabemos que ela é uma ciência social, pois trata de relacionamento entre as contas.
Errado.
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A contabilidade é uma ciência social que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no pa-
trimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração e a divulgação desses fatos, com
o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado
econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial aos usuários.
Note que a contabilidade se utiliza de um sistema de informações para atender ao seu obje-
tivo, que é fornecer informações aos usuários internos e externos, que podem ser pessoas
físicas ou jurídicas.
Letra b.
Objeto da Contabilidade
O objeto delimita o campo de abrangência de uma ciência, tanto nas ciências formais quan-
to nas factuais, das quais fazem parte as ciências sociais.
Na Contabilidade, que é uma ciência social, o objeto é sempre o PATRIMÔNIO de uma enti-
dade, definido como um conjunto de bens, direitos e obrigações para com terceiros, pertencen-
te a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas (como ocorre nas sociedades informais) ou
a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independentemente da sua finalidade,
que pode, ou não, incluir o lucro.
Deixe a banca perguntar o que ela quiser e da forma que ela quiser, o OBJETO DA CONTABILI-
DADE é sempre o PATRIMÔNIO.
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Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
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Patrimônio de forma simples é denominado de conjunto dos RECURSOS que representam os bens,
direitos e obrigações das pessoas.
Patrimônio público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, ad-
quiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público,
que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de
serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.
Vou aproveitar a exuberância de detalhes deste conceito e tratar de cada uma das qualida-
des dos bens e direitos, pois elas se aplicam à contabilidade geral também:
− Tangíveis – são os bens que possuem corpo, matéria;
− Intangíveis – são os bens incorpóreos;
− Onerados – bens e direitos que podem ser dados como garantia ou exigem um pa-
gamento;
− Não onerados – bens e direitos que não podem ser utilizados como garantia ou não
exigem pagamento;
− Adquiridos – são os bens e direitos comprados, à vista ou a prazo;
− Formados – foram criados pela empresa (por exemplo, a marca);
− Produzidos – bens industrializados (por exemplo, a produção, a transformação dos
insumos em produto);
− Recebidos – bens e direitos recebidos como doação;
− Mantidos – bens e direitos sob o domínio da empresa (usufruto);
− Utilizados – bens e direitos de uso, fazem parte das atividades operacionais (máqui-
nas e equipamentos).
Por bens entende-se o conjunto de coisas que possuem valor econômico e que podem ser
convertidas em dinheiro; normalmente, são utilizadas na realização do objetivo principal da
empresa. Estes bens podem ser tangíveis ou intangíveis.
Os bens tangíveis são de fácil identificação, querem ver? Levantem a cabeça e olhem ao
redor... quantas coisas vocês estão vendo? Identifiquem cinco coisas.
Eu fiz isto aqui no meu escritório e identifiquei:
− 1. Computador;
− 2. Impressora;
− 3. Mesa;
− 4. Cadeira;
− 5. 2 cachorros, o Fredo e o Floqui.
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Agora, entenda que estas coisas fazem parte do meu patrimônio, independentemente de já
terem sido pagas ou não. São meus bens tangíveis.
O intangível é que tem apresentado complicação na sua identificação, pois ele não tem cor-
po – e, assim, não é identificado visualmente, o que torna difícil mensurá-lo. A sua identificação
é feita por meio de contratos, documentos ou outra forma que evidencie a sua existência. Con-
tudo somente quando identificado e controlado pela empresa pode ser registrado.
Como exemplo de bens intangíveis, temos o capital intelectual, a marca, um direito de ex-
ploração de um espaço comercial e o direito de explorar uma franquia.
Direitos são os recursos que a empresa tem a receber ou a recuperar junto a terceiros; re-
presentam os créditos da empresa junto aos terceiros.
Guarde o seguinte: Só existe direito em uma empresa porque alguém deve alguma coisa
para ela. Por exemplo: duplicata a receber, contas a receber, clientes, impostos a recuperar,
entre outros.
Já as obrigações representam as dívidas, os valores que devem ser pagos pela empresa
junto aos terceiros.
As obrigações representam os débitos, por isto são um exigível, aquilo que empresa terá
que pagar para alguém. Por exemplo: contas a pagar, duplicatas a pagar, fornecedores, impos-
tos a recolher, etc.
Não esqueça que o patrimônio é representado por contas contábeis. Abaixo, apresento
uma pequena relação de contas com a sua identificação, para que vocês consigam visualizar
a composição dos bens, dos direitos e das obrigações:
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Notou que, estruturalmente, o PL é uma sobra? Veja que, do total dos bens e direitos da
empresa, são retiradas as dívidas, assim, o PL representa o que é da empresa mesmo, devido
a isto, é denominado CAPITAL PRÓPRIO da entidade.
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Balanço Patrimonial
Passivo
Ativo
obrigações
bens + direitos
Patrimonio líquido
capital próprio
A Lei 6.404/76, denominada Lei das Sociedades Anônimas, que é muito cobrada nas provas
de concurso, pois trata da contabilidade societária, em seu artigo 178 apresenta o seguinte:
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Claudio Zorzo
O problema é o inciso III do § 2º. Veja que, segundo a Lei das S/As, o patrimônio líquido faz
parte do passivo, como uma obrigação da empresa junto aos sócios.
Nós já vimos que, para as normas contábeis, o patrimônio líquido não representa uma obri-
gação para a empresa, mas, sim, um resíduo patrimonial.
A justificativa contábil é a de que o sócio não empresta dinheiro para a empresa; ele aplica
no capital social, para que ocorra a maturação de seu investimento com a continuidade das ati-
vidades; então, ele não quer “receber” o dinheiro de volta em um tempo pré-determinado, como
os terceiros querem; ele quer que seu investimento se valorize com o crescimento da empresa.
O PULO DO GATO
Para não cair nas artimanhas da banca, fazendo uma relação entre a legislação (Código Civil e
Lei 6.404) e as normas contábeis, podemos inferir que o passivo é dividido em exigível (dívidas
com terceiros) e não exigível (dívidas com os sócios).
Patrimônio
Ativo Passivo
Outro ponto que merece destaque em relação ao tema é a confusão feita entre patrimônio
e capital.
Entendo que a relação entre os conceitos de capital e patrimônio é complementar, pois o
patrimônio é originado do capital de alguém, ou seja, para existir patrimônio em uma empre-
sa, alguém deve ter dado o seu capital para ela, desta forma, o capital de alguém é a origem
do ativo; sendo que o ativo pode ser originado do capital dos sócios (PL) ou do capital de
terceiros (passivo).
É importantíssimo entender que, contabilmente, capital representa uma riqueza de alguém
- e este alguém decidiu aplicar esta riqueza em uma empresa. Por isto que surgem expressões
como capital total aplicado, capital de terceiros ou capital próprio - Todas estas expressões
têm relação direta com o conceito de patrimônio.
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Passivo =
Capital de
terceiros
Ativo =
Capital à Empresa
disposição da
empresa (Azienda)
PL = Capital dos
sócios
PEGADINHA DA BANCA
As bancas gostam de confundir os concorrentes, cobrando outras denominações para os com-
ponentes de patrimônio e capital. Para evitar que vocês sejam “enganados”, apresento, abaixo,
uma relação de sinônimos:
Ativo Passivo
Patrimônio bruto Patrimônio de Patrimônio Líquido
Capital total terceiros Capital próprio
Capital aplicado Capital alheio Não exigível
Realizável Exigível
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Na contabilidade, que é uma ciência social, o objeto é sempre o PATRIMÔNIO de uma entidade,
no entanto o patrimônio também é objeto de outras ciências sociais que o estudam sob ângu-
los diversos daquele da contabilidade.
Certo.
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Com relação à Ciência Contábil e suas características, julgue os itens que se seguem.
A questão tratou do conceito de patrimônio e de capital, para responder basta lembrar que
patrimônio é o conjunto dos bens, direitos e obrigações, e capital é a origem do patrimônio; ou
seja, para existir o patrimônio em uma empresa, alguém aplicou o seu capital.
O capital total é o patrimônio bruto da entidade, ou seja, o seu ativo, que foi originado pelo ca-
pital de terceiros (passivo) e pelo capital próprio (PL).
Assim, a questão apresentou o conceito de forma invertida, pois o patrimônio líquido é forma-
do pelo capital próprio, e o patrimônio é formado pelo ativo e pelo passivo.
Errado.
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Vimos, na aula, que o patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade.
Valores não é o mesmo que direito.
Lembre-se que as obrigações podem ser junto aos terceiros (passivo exigível) ou junto aos
sócios (patrimônio líquido).
Letra d.
A questão trata de um sinônimo de ativo, fica fácil demais responder; basta lembrar que o ativo
é o patrimônio bruto, que é o mesmo que capital aplicado. Mole, mole, mole...
Letra a.
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Patrimônio é o conjunto de bens direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou jurí-
dica, com ou sem fins lucrativos.
Letra b.
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O software é um ativo intangível, sem substância física, utilizado nas atividades da empresa.
Letra c.
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma pessoa física ou jurídica.
O PATRIMÔNIO das entidades é o objeto de estudo da contabilidade.
Letra c.
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Objetivo da Contabilidade
Antes de apresentar o objetivo da contabilidade, VAMOS LEMBRAR:
A contabilidade é uma ciência, isto quer dizer que tem: objeto, objetivo, finalidade, usuários,
campo de aplicação e um princípio básico. É uma ciência SOCIAL, pois trata do relacionamento
entre pessoas, que são as contas.
A Resolução 774/94, do CFC, apresentou a seguinte posição sobre o objetivo da con-
tabilidade:
A existência de objetivos específicos não é essencial à caracterização de uma ciência, pois, caso
o fosse, inexistiria a ciência “pura”, aquela que se concentra, tão-somente, no seu objeto. Aliás, na
própria área contábil, encontramos muitos pesquisadores cuja obra não apresenta qualquer escopo
pragmático, concentrando-se na Contabilidade como ciência. De qualquer forma, como já vimos,
não há qualquer dificuldade na delimitação dos objetivos da Contabilidade no terreno científico, a
partir do seu objeto, que é o Patrimônio, por estarem concentrados na correta representação deste
e nas causas das suas mutações.
O objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentação do Patrimônio e na
apreensão e análise das causas das suas mutações. Já sob ótica pragmática, a aplicação da Con-
tabilidade a uma Entidade particularizada, busca prover os usuários com informações sobre as-
pectos de natureza econômica, financeira e física do Patrimônio da Entidade e suas mutações, o
que compreende registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob a
forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas, e outros meios.
De forma geral, no âmbito dos profissionais e usuários da Contabilidade, os objetivos desta, quan-
do aplicada a uma Entidade particularizada, são identificados com a geração de informações, a
serem utilizadas por determinados usuários em decisões que buscam a realização de interesses
e objetivos próprios.
O tema, tão claro no quadrante científico, comporta comentários mais minuciosos quando direcio-
nado aos objetivos concretos perseguidos na aplicação da Contabilidade a uma Entidade em parti-
cular. Adentramos, no caso, o terreno operacional, regulado pelas normas.
Demonstrações contábeis elaboradas dentro do que prescreve esta Estrutura Conceitual objetivam
fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte
dos usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica de
determinados grupos de usuários.
Assim, como muitas pessoas dependem das informações que uma empresa levanta, o
principal objetivo da contabilidade é:
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Fornecer informação de natureza econômica, financeira, operacional e social, que seja útil aos usu-
ários internos e externos.
Econômica: informação que apresenta o resultado apurado, as receitas e as despesas que ocorre-
ram no exercício.
Financeira: informação relacionada com o fluxo dinheiro e a capacidade de pagamento da empresa.
Operacional: informação vinculada às atividades rotineiras da empresa, normalmente tem relação
com o uso do imobilizado na produção (máquinas, equipamentos) e as receitas e despesas opera-
cionais. Ajuda aos administradores em suas decisões operacionais.
Social: Informação que apresenta quanto que a empresa contribuiu para o desenvolvimento da socie-
dade/região onde está sediada, e como é sua política de recursos humanos. Normalmente estas infor-
mações são apresentadas em notas explicativas e na DVA (demonstração dos valores adicionados).
Atualmente as informações contábeis são divididas em gerenciais e financeiras/econômicas. As in-
formações gerenciais são de uso interno, para tomada de decisão operacional pela alta administra-
ção e normalmente não são divulgadas aos usuários externos, pois estão vinculadas à “expertise”
da empresa.
O PULO DO GATO
Fiquem atentos: a contabilidade fornece informações para usuários internos e externos. As
demonstrações contábeis são destinadas aos usuários externos.
informações
Usários Internos
tempestivas
Informações
contábeis
informações
Externos
pontuais
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É importante entender que, devido à sua amplitude, a informação contábil se expressa por
diferentes meios, como demonstrações contábeis, escrituração ou registros permanentes e
sistemáticos, documentos, livros, planilhas, listagens, notas explicativas, mapas, pareceres,
laudos, diagnósticos, prognósticos, descrições críticas ou quaisquer outros utilizados no exer-
cício profissional ou previstos em legislação.
Para que sejam apresentadas informações que atendam aos interesses da coletividade, o
pronunciamento conceitual básico da contabilidade determina que, para ser útil, ela precisa ser
relevante e representar, com fidedignidade, o que se propõe.
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Conceitualmente, a contabilidade é uma ciência social que estuda, administra e controla o pa-
trimônio de qualquer pessoa, a fim de fornecer informações.
Não se encaixa, dentro dos objetivos da contabilidade, auxiliar os acionistas a avaliar os
funcionários.
As demais assertivas têm relação com a ciência contábil.
Letra d.
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O objetivo da contabilidade é fornecer informações que sejam úteis aos usuários internos
e externos.
Letra a.
O objetivo da contabilidade é fornecer informações que sejam úteis aos usuários internos e
externos em suas tomadas de decisão.
Letra c.
A questão tratou de vários conceitos relacionados com a contabilidade, contudo, como cobrava
o objetivo, ficou fácil a resposta, pois vimos que o objetivo da contabilidade é o fornecimento de
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Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
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informações, para usuários internos e externos, de forma que consigam planejar e controlar suas
ações e tomar decisões.
Letra d.
A Lei 6.404/76 passou por uma grande atualização com a apresentação da Lei 11.638/07 e
com a Lei 11.941/09. A Lei 11.638 orienta, entre outros pontos, o equacionamento das normas
contábeis brasileiras às normas internacionais emitidas pelo IASB (International Accounting
Standards Board).
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Com o advento da Lei 11.638/07, estabelece-se uma mudança de foco na legislação con-
tábil, em que o objetivo da contabilidade passa a ser a diminuição da assimetria informacional
por meio do fornecimento de informações fidedignas, tendo, como base de sustentação, os
padrões contábeis do IASB.
O Brasil vive hoje, portanto, um momento de transição e está norteando seus rumos con-
tábeis em direção às normas internacionais, afastando-se das normas norte-americanas. Esta
atualização na nossa legislação era necessária, pois o Brasil é um país que recebe investimen-
tos externos de todo o mundo, e o seu mercado mobiliário tem crescido consideravelmente.
Para ajustar nossas normas contábeis, o CFC, em 2011, apresentou a Resolução CFC 1.328,
que dispõe sobre a estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, considerando o proces-
so de convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade aos padrões internacionais.
As Normas Internacionais de Informação Financeira (International Financial Reporting
Standards/IFRS) são emitidas pelo Comitê Internacional de Normas de Contabilidade (Interna-
tional Accounting Standards Board/IASB) e visam a uniformizar os procedimentos contábeis
entre os países.
A Resolução trouxe uma nova estrutura para as Normas Brasileiras de Contabilidade, clas-
sificando-as em dois grupos: Profissionais (NBC-P) e Técnicas (NBC-T), sendo que as normas
brasileiras, profissionais e técnicas devem seguir os mesmos padrões de elaboração e estilo
utilizados nas normas internacionais e compreendem as normas propriamente ditas, as inter-
pretações técnicas e os comunicados técnicos.
Para facilitar o entendimento pelos usuários, as normas são identificadas conforme segue:
I – A Norma Brasileira de Contabilidade é identificada pela sigla NBC, seguida das letras,
numeração específica em cada agrupamento, seguido de hífen e denominação. Por exemplo:
NBC PA 290 – “Denominação”; NBC TG 01 – “Denominação”;
II – A Interpretação Técnica é identificada pela sigla IT, seguida da letra ou letras e numera-
ção do grupo a que pertence, seguida de hífen e denominação. Por exemplo: ITG 01 – “Deno-
minação”; ITSP 01 – “Denominação”;
III – o Comunicado Técnico é identificado pela sigla CT, seguida da letra ou letras e nume-
ração do grupo a que pertence, seguido de hífen e denominação. Por exemplo: CTG 01 – “De-
nominação”; CTSP 01 – “Denominação”.
As normas profissionais estabelecem regras de exercício profissional e classificam-se em:
• NBC PG – Geral: abrange todas as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicáveis indis-
tintamente a todos os profissionais do ramo contábil. Vinculadas a ela, encontram-se as
normas: NBC PG 100 (aplicação geral a todos profissionais da contabilidade); NBC PG
200 (aplicada a contadores externos/prestadores de serviços); NBC PG 300 (aplicada a
contadores internos - colaboradores/empregados); NBC PG 12 - R3 (contém regras para
educação continuada);
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O CPC foi criado pela Resolução CFC n. 1.055/05 e tem como objetivo:
O CPC é totalmente autônomo das entidades representadas, sendo que o Conselho Fede-
ral de Contabilidade fornece a estrutura necessária para as reuniões, e os seus membros, na
maioria contadores, não auferem remuneração.
Foi idealizado em função das necessidades de:
• Convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração
de relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de
custo de capital);
• Centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades o
fazem);
• Representação e processo democrático na produção dessas informações (produtores
da informação contábil, auditor, usuário, intermediário, academia, governo).
O PULO DO GATO
O CPC não emite normas.
O CPC emite pronunciamentos técnicos sobre contabilidade para permitir a emissão de nor-
mas pelas entidades reguladoras brasileiras, visando à centralização e à uniformização do seu
processo de produção de informações.
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Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
Estrutura Conceitual para
CPC 00 Elaboração e Divulgação de 02/12/2011 15/12/2011
Relatório Contábil-Financeiro
Redução ao Valor Recuperável de
CPC 01 06/08/2010 07/10/2010
Ativos
Efeitos das mudanças nas taxas
CPC 02 de câmbio e conversão de 03/09/2010 07/10/2010
demonstrações contábeis
CPC 03 Demonstração dos Fluxos de Caixa 03/09/2010 07/10/2010
CPC 04 Ativo Intangível 05/11/2010 02/12/2010
Divulgação sobre Partes
CPC 05 03/09/2010 07/10/2010
Relacionadas
Operações de Arrendamento
CPC 06 06/10/2017 21/12/2017
Mercantil
Subvenção e Assistência
CPC 07 05/11/2010 02/12/2010
Governamentais
Custos de Transação e Prêmios
CPC 08 na Emissão de Títulos e Valores 03/12/2010 16/12/2010
Mobiliários
Demonstração do Valor Adicionado
CPC 09 30/10/2008 12/11/2008
(DVA)
CPC 10 Pagamento Baseado em Ações 03/12/2010 16/12/2010
CPC 11 Contratos de Seguro 05/12/2008 17/12/2008
CPC 12 Ajuste a Valor Presente 05/12/2008 17/12/2008
Adoção Inicial da Lei n. 11.638/07 e
CPC 13 05/12/2008 17/12/2008
da Medida Provisória n. 449/08
Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento, Mensuração
CPC 14
e Evidenciação (Fase I) -
Transformado em OCPC 03
CPC 15 Combinação de Negócios 03/06/2011 04/08/2011
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Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
CPC 16 Estoques 08/05/2009 08/09/2009
Contratos de Construção (revogado
CPC 17 19/10/2012 08/11/2012
a partir de 1º/01/2018)
Investimento em Coligada, em
CPC 18 Controlada e em Empreendimento 07/12/2012 13/12/2012
Controlado em Conjunto
CPC 19 Negócios em Conjunto 09/11/2012 23/11/2012
CPC 20 Custos de Empréstimos 02/09/2011 20/10/2011
CPC 21 Demonstração Intermediária 02/09/2011 20/10/2011
CPC 22 Informações por Segmento 26/06/2009 31/07/2009
Políticas Contábeis, Mudança de
CPC 23 26/06/2009 16/09/2009
Estimativa e Retificação de Erro
CPC 24 Evento Subsequente 17/07/2009 16/09/2009
Provisões, Passivos Contingentes e
CPC 25 26/06/2009 16/09/2009
Ativos Contingentes
Apresentação das Demonstrações
CPC 26 02/12/2011 15/12/2011
Contábeis
CPC 27 Ativo Imobilizado 26/06/2009 31/07/2009
CPC 28 Propriedade para Investimento 26/06/2009 31/07/2009
CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola 07/08/2009 16/09/2009
Receitas (revogado a partir de
CPC 30 19/10/2012 08/11/2012
1º/01/2018)
Ativo Não Circulante Mantido para
CPC 31 17/07/2009 16/09/2009
Venda e Operação Descontinuada
CPC 32 Tributos sobre o Lucro 17/07/2009 16/09/2009
CPC 33 Benefícios a Empregados 07/12/2012 13/12/2012
Exploração e Avaliação de Recursos
CPC 34
Minerais (Não editado)
CPC 35 Demonstrações Separadas 31/10/2012 08/11/2012
CPC 36 Demonstrações Consolidadas 07/12/2012 20/12/2012
Adoção Inicial das Normas
CPC 37 05/11/2010 02/12/2010
Internacionais de Contabilidade
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Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
Instrumentos Financeiros:
CPC 38 Reconhecimento e Mensuração 02/10/2009 19/11/2009
(revogado a partir de 1º/01/2018)
Instrumentos Financeiros:
CPC 39 02/10/2009 19/11/2009
Apresentação
Instrumentos Financeiros:
CPC 40 01/06/2012 30/08/2012
Evidenciação
CPC 41 Resultado por Ação 08/07/2010 06/08/2010
Contabilidade em Economia
CPC 42 07/12/2018 21/12/2018
Hiperinflacionária
Adoção Inicial dos Pronunciamentos
CPC 43 03/12/2010 16/12/2010
Técnicos CPCs 15 a 41
CPC 44 Demonstrações Combinadas 02/12/2011 02/05/2013
Divulgação de Participações em
CPC 45 07/12/2012 13/12/2012
outras Entidades
CPC 46 Mensuração do Valor Justo 07/12/2012 20/12/2012
CPC 47 Receita de Contrato com Cliente 04/11/2016 22/12/2016
CPC 48 Instrumentos Financeiros 04/11/2016 22/12/2016
Contabilização e Relatório Contábil
CPC 49 de Planos de Benefícios de 06/04/2018 18/04/2018
Aposentadoria
Contabilidade para Pequenas e
CPC PME Médias Empresas com Glossário de 04/12/2009 16/12/2009
Termos
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O CPC não emite norma para o mercado, ele se pronuncia sobre assuntos específicos. Quem
normatiza são as autarquias.
O CPC é autônomo, não tem vinculação com nenhuma instituição pública ou privada.
Letra e.
PEGADINHA DA BANCA
Quando for observado um conflito entre a estrutura conceitual e um pronunciamento técnico,
as exigências do pronunciamento técnico devem prevalecer sobre a estrutura conceitual. As
bancas tentam enganar o aluno dizendo que o pronunciamento básico se sobrepõe aos de-
mais pronunciamentos técnicos.
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Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
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Como a estrutura conceitual não é um procedimento técnico, não deve prevalecer, ela tem um
caráter de orientação. Guardem o seguinte: “quem manda são os pronunciamentos técnicos”.
Errado.
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No que se refere ao Pronunciamento Conceitual Básico CPC 00 (R1) - Estrutura Conceitual para
Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, assinale as assertivas:
Podemos ver que a banca tratou o CPC 00 como um pronunciamento técnico, o que não é
verdade, portanto:
Errado.
Nesta assertiva, tivemos o mesmo questionamento da questão anterior, contudo o autor des-
tacou que a estrutura conceitual se sobrepõe aos pronunciamentos técnicos, o que sabemos
que não é verdade.
Errada.
Questão idêntica às demais, contudo sabemos que a estrutura básica não prevalece sobre os
pronunciamentos técnicos.
Errado.
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Segundo o CPC, o foco dos relatórios financeiros está nos usuários que aplicam dinheiro
na empresa, ou seja, os fornecedores de capital; contudo devemos entender que eles não são
os únicos usuários, já que os clientes, os fornecedores, o governo, os sindicatos representan-
do os funcionários e o governo utilizam as informações contábeis apresentadas para atender
suas necessidades específicas.
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Agora, é lógico que os relatórios de “propósito geral” não atendem e não podem atender
a todas as informações de que estes usuários necessitam, por isto eles precisam considerar
informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais e
expectativas, eventos políticos e clima político, perspectivas e panorama para a indústria e
para a entidade, evolução do mercado, concorrência, etc.
Outras partes, como reguladores e o público em geral - que não investidores, credores por
empréstimos e outros credores -, podem também considerar relatórios financeiros para fins
gerais úteis. Contudo esses relatórios não são direcionados essencialmente a esses outros
grupos; que são denominados usuários externos secundários.
Relatórios financeiros, para fins gerais, fornecem informações sobre a posição financeira
da entidade que reporta, as quais consistem em informações sobre os recursos econômicos
da entidade e as reivindicações contra a entidade que reporta; fornecem, ainda, informações
sobre os efeitos de transações e outros eventos que alteram os recursos econômicos e as
reivindicações da entidade que reporta. Ambos os tipos de informações fornecem dados úteis
para decisões referentes à oferta de recursos à entidade.
Contudo os relatórios para fins gerais não se destinam a apresentar o valor da entidade
que reporta, mas fornecem informações para auxiliar investidores, credores por empréstimos
e outros credores, existentes e potenciais, a estimar o valor da entidade que reporta.
O PULO DO GATO
Os governos, órgãos reguladores ou autoridades tributárias, financiadores, por exemplo, podem
determinar especificamente exigências para atender a seus próprios interesses. Daí surgem os
relatórios de propósito específico. São relatórios específicos por atenderem somente um usuário.
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De acordo com o pronunciamento técnico CPC 00 (R1) —estrutura conceitual para elaboração
e divulgação de relatórios contábil-financeiros —, julgue o item a seguir, referente a conceito,
objetivos e usuários da contabilidade.
A assertiva destaca que os relatórios são destinados aos usuários internos e externos, o que
não é verdade. Nós vimos que as demonstrações são direcionadas aos usuários externos.
Errado.
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Os relatórios são elaborados para atender as necessidades dos usuários externos, especial-
mente os investidores. Em nossa aula, vimos que estes relatórios não atendem todas as ne-
cessidades dos usuários.
Agora é lógico que os relatórios de “propósito geral” não atendem e não podem atender a
todas as informações de que estes usuários necessitam, por isto eles precisam considerar
informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais e
expectativas, eventos políticos e clima político, perspectivas e panorama para a indústria e
para a entidade, evolução do mercado, concorrência, etc.
Errado.
De acordo com o pronunciamento técnico CPC 00 (R1) — estrutura conceitual para elaboração
e divulgação de relatórios contábil-financeiros —, julgue o item a seguir, referente a conceito,
objetivos e usuários da contabilidade.
Os relatórios objetivam fornecer informações aos usuários externos, especialmente aos in-
vestidores, contudo estas informações devem ser melhoradas com outras fontes. Assim, a
assertiva está correta, pois os relatórios não atendem todas as necessidades dos usuários.
Certo.
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III – O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de transações e outros even-
tos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a
informação nos períodos em que ditos efeitos são produzidos.
IV – Comparabilidade é a característica qualitativa que define o uso dos mesmos métodos
para os mesmos itens, tanto de um período para outro, considerando a mesma entidade que
reporta a informação, quanto para um único período entre entidades.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
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A estrutura básica inicial passou por algumas mudanças na sua revisão “R1”, dentre as
modificações estabelecidas destacam-se:
A característica qualitativa da confiabilidade passou a ser denominada representação
fidedigna;
A característica da “Essência sobre a Forma” foi retirada da condição de componente sepa-
rado da Representação Fidedigna, uma vez que foi considerada uma redundância, já que, para
ser fidedigna, a informação deve priorizar o controle sobre a propriedade;
A característica da prudência (ou conservadorismo) foi retirada na revisão, pois ela é incon-
sistente com o atributo da neutralidade.
As caraterísticas qualitativas são divididas em fundamentais e de melhoria, da se-
guinte forma:
a) Características qualitativas fundamentais (fundamental qualitative characteristics – re-
levância e representação fidedigna), as mais críticas;
b) Características qualitativas de melhoria (enhancing qualitative characteristics – compa-
rabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade), menos críticas, mas, ainda
assim, altamente desejáveis.
A revisão R2 não mudou nenhum conceito, somente alterou o nome da caraterística da VERIFI-
CABILIDADE para CAPACIDADE DE VERIFICAÇÃO.
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Assim, se a informação é para ser útil, ela precisa ser relevante e representar, com fide-
dignidade, o que se propõe; ela deve representar adequadamente a “fotografia” da situação
patrimonial e financeira da entidade, devendo ser confiável e sem vieses. Por isto, as caracte-
rísticas qualitativas fundamentais das informações são relevância e representação fidedigna,
pois uma representação fidedigna de um acontecimento irrelevante é tão inútil quanto uma
representação não fidedigna de um acontecimento relevante.
Fundamental Relevante
Informação útil
Fidedigna
Informação relevante
Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões
que possam ser tomadas pelos usuários. Podemos entender que é relevante a informação que,
se não for prestada ou se for prestada de forma equivocada, afetará a decisão dos usuários,
mesmo que eles optem por não tirar vantagem delas ou já tenham conhecimento delas a partir
de outras fontes.
A informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo no caso de o usuário
decidir não a levar em consideração ou, até mesmo, se já tiver tomado ciência de sua existên-
cia por outras fontes, contudo a decisão pela importância da informação deve ser do usuário,
a empresa tem a obrigação de prestar a informação.
Por exemplo:
Um gestor de fundos de investimento decide aplicar nas debêntures de uma empresa, pois ela
está distribuindo um lucro acima do esperado. Para tomar a sua decisão, ele considera somen-
te os dados apresentados nas demonstrações e nas notas explicativas.
Após a compra dos títulos, é divulgado, pela administração da empresa, que ela irá reconhecer
uma despesa por dano ambiental em relação a um sinistro ocorrido no ano anterior.
Sabe-se que o fato gerador da despesa foi um vazamento, que causou um dano ambiental,
ocorrido anteriormente - e a administração não divulgou esta informação.
Note que, se o gestor do fundo tivesse esta informação, ele não teria comprado as debêntu-
res, pois as despesas irão diminuir o lucro e, por consequência, diminuir a distribuição aos
debenturistas.
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A informação relevante é capaz de fazer diferença nas decisões dos usuários se tiver valor
preditivo, valor confirmatório ou ambos. A informação contábil-financeira tem valor preditivo
se puder ser utilizada como dado de entrada em processos empregados pelos usuários para
predizer futuros resultados. A informação contábil-financeira tem valor confirmatório se retro-
-alimentar – servir de feedback – avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las).
Por valor confirmatório de uma informação entende-se a condição de que o usuário com a
informação possa verificar a efetividade das ações da administração, ou seja, se foram atingi-
dos os objetivos estabelecidos. A informação deve ajudar a confirmar se a administração fez
o que queria fazer.
O valor preditivo de uma informação está relacionado com a condição de que ela irá servir
de direcionador nas decisões que serão tomadas elos usuários.
O valor confirmatório da informação tem relação com o passado e o valor preditivo com
o futuro, por isto, devem ser analisados em conjunto, de forma inter-relacionada, pois a capa-
cidade de fazer predições é efetivada a partir do momento da possibilidade de confirmar as
predições feitas anteriormente.
Por exemplo
A informação sobre a composição do ativo e sobre a receita da empresa auxilia o usuário a
predizer a capacidade de geração de riqueza da entidade com base em seu ativo, tendo, assim,
um indicador sobre o possível retorno do investimento a ser feito.
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Por exemplo
Reportar uma nova linha de produtos que a entidade venha a operar pode afetar a avaliação
dos riscos e das oportunidades com que a entidade se depara, independentemente dos valo-
res envolvidos.
Por exemplo
A empresa tem estoque composto por vários produtos, sendo que os produtos mais valorados
não têm mercado atuante e tendem a não se realizarem rapidamente, assim, é importante des-
tacar esta informação pelos valores envolvidos.
O PULO DO GATO
A materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade com base na natureza ou
magnitude, ou ambas, dos itens aos quais as informações se referem no contexto do relató-
rio financeiro da entidade individual. Consequentemente, não se pode especificar um limite
quantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o que pode ser material em uma
situação específica.
Representação Fidedigna
Representar fidedignamente um evento econômico quer dizer ser fiel ao fato, de forma neutra
e sem um viés informacional, de forma mais simples, é falar a verdade, o que realmente acorreu.
A representação fidedigna, anteriormente denominada “confiabilidade”, é definida como a
qualidade da informação que garante aos usuários uma mensagem livre de erro e de viés e que
represente fielmente o que se pretende informar.
Conforme orientação normativa, a representação fidedigna deve priorizar a essência da
transação em detrimento da forma, ou seja, os eventos devem ser apresentados de acordo
com a sua substância e realidade econômica - e não meramente sua forma legal. Disto, pode-
mos inferir que o controle sobre um bem ou direito suplanta a propriedade, quando da divulga-
ção das informações.
Assim, para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter
três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.
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• Completa: “deve incluir toda a informação necessária para que o usuário compreenda
o fenômeno sendo retratado, incluindo todas as descrições e explicações necessárias.”
O retrato da realidade econômica completo deve incluir toda a informação necessária para
que o usuário compreenda o fenômeno sendo retratado, incluindo todas as descrições e expli-
cações necessárias.
Por exemplo
Um retrato completo de um grupo de ativos incluiria, no mínimo, a descrição da natureza dos
ativos que compõem o grupo, o retrato numérico de todos os ativos que compõem o grupo e a
descrição acerca do que o retrato numérico representa (por exemplo: custo histórico original,
custo histórico ajustado ou valor justo).
A representação neutra não possui inclinações, não é parcial, não é enfatizada ou deixa de
ser enfatizada, nem é, de outro modo, manipulada para aumentar a probabilidade de que as
informações financeiras serão recebidas de forma favorável ou desfavorável pelos usuários.
Informações neutras não significam informações sem nenhum propósito ou sem nenhuma
influência sobre o comportamento - ao contrário, informações financeiras relevantes são, por
definição, capazes de fazer diferença nas decisões dos usuários.
Uma novidade na revisão R2 foi a apresentação de que neutralidade é apoiada pelo exer-
cício da prudência. Prudência é o exercício de cautela ao fazer julgamentos sob condições de
incerteza. O exercício de prudência significa que ativos e receitas não estão superavaliados,
assim como passivos e despesas não estão subavaliados. Da mesma forma, o exercício de
prudência não permite a subavaliação de ativos ou receitas ou a superavaliação de passivos
ou despesas. Essas divulgações distorcidas podem levar à superavaliação ou subavaliação de
receitas ou despesas em períodos futuros.
• Livre de erros: não pode haver erros ou omissões relevantes no fenômeno retratado.
Um retrato da realidade econômica livre de erros significa que não há erros ou omissões
no fenômeno retratado e que o processo utilizado, para produzir a informação reportada, foi
selecionado e foi aplicado livre de erros.
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Assim, representação fidedigna não significa exatidão em todos os aspectos. Nesse senti-
do, um retrato da realidade econômica livre de erros não significa algo perfeitamente exato em
todos os aspectos.
Por exemplo
A estimativa de preço ou valor não observável não pode ser qualificada como algo exato ou
inexato. Entretanto a representação dessa estimativa pode ser considerada fidedigna se o
montante for descrito claramente e precisamente como uma estimativa, se a natureza e as
limitações do processo forem devidamente reveladas e nenhum erro tiver sido cometido na
seleção e na aplicação do processo apropriado para desenvolvimento da estimativa.
Não esqueça:
A informação precisa concomitantemente ser relevante e representar, com fidedignidade,
a realidade reportada para ser útil. Nem a representação fidedigna de fenômeno irrelevante,
tampouco a representação não fidedigna de fenômeno relevante, auxilia os usuários a toma-
rem boas decisões.
O processo mais eficiente e eficaz para aplicar as características qualitativas fundamen-
tais é, normalmente, o seguinte:
Em primeiro lugar, identificar o fenômeno econômico, informações sobre o que é capaz de
ser útil para os usuários das informações financeiras da entidade que reporta.
Em segundo lugar, identificar o tipo de informação sobre esse fenômeno que é mais
relevante.
Em terceiro lugar, determinar se essas informações estão disponíveis e se podem fornecer
representação fidedigna do fenômeno econômico. Em caso afirmativo, o processo para satis-
fazer às características qualitativas fundamentais se encerra nesse ponto. Em caso negativo,
o processo é repetido com o próximo tipo de informação mais relevante.
As características fundamentais são bastante exigidas em concurso, sendo que ques-
tões normalmente são literais, assim, basta saber quais são e alguns conceitos relacionados.
Vamos ver:
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Novamente, a questão é literal, basta saber que relevância e representação fidedigna são as
características fundamentais da informação contábil. “É só correr para o abraço”.
Letra d.
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Vimos na aula que, para ser útil, a informação contábil-financeira deve ter as características
fundamentais da relevância e da representação fidedigna. Assim, ela não tem só que represen-
tar um fenômeno relevante, tem, também, que representar, com fidedignidade, o fenômeno que
se propõe representar.
Letra b.
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Para ser representação fidedigna, a realidade da informação retratada precisa ter três atribu-
tos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.
Letra a.
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A aplicação das características qualitativas de melhoria é um processo interativo que não se-
gue uma ordem preestabelecida, nem existe hierarquia entre os atributos. Algumas vezes, uma
característica qualitativa de melhoria pode ter que ser diminuída para maximização de outra
característica qualitativa. Por exemplo, a redução temporária na comparabilidade como resul-
tado da aplicação prospectiva de uma nova norma contábil-financeira pode ser vantajosa para
o aprimoramento da relevância ou da representação fidedigna no longo prazo.
Comparabilidade
A COMPARABILIDADE tem como necessidade própria precisar de, pelo menos, dois itens para
efetivar a comparação.
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Assim, por uma questão de lógica, se o objetivo é comparar, existe a necessidade de ter
um dado em mãos para comparar com outro dado - e assim inferir sobre algo. O atributo da
comparabilidade permite que sejam comparadas informações com outras entidades ou com a
mesma entidade, entre mais de um período.
Outro ponto importante da comparabilidade é que ela não se confunde com o atributo da
consistência ou de uniformidade.
É normal as bancas apresentarem que comparabilidade é o mesmo que consistência ou
que uniformidade.
Consistência, embora esteja relacionada com a comparabilidade, não significa o mesmo.
Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, tanto de um período
para outro, considerando a mesma entidade que reporta a informação, quanto para um único
período entre entidades. Comparabilidade é a meta; a consistência auxilia a alcançar essa meta.
Comparabilidade também não significa uniformidade. Para que a informação seja compa-
rável, coisas iguais precisam parecer iguais, e coisas diferentes precisam parecer diferentes.
A comparabilidade da informação contábil-financeira não é aprimorada ao se fazer com que
coisas diferentes pareçam iguais ou, ainda, ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes.
Meu(inha) amigo(a), chamo a sua atenção para que entenda que manter a consistência
não quer dizer que a empresa não possa mudar algum critério. A consistência estabelece que
a empresa mantenha os MESMOS critérios dentro do exercício, e, se está utilizando um critério,
este seja utilizado em todos os itens da mesma natureza.
Por exemplo
Se a empresa utiliza, em suas máquinas da linha de produção, o critério da depreciação pelo
número de unidades produzidas, deve utilizar, para todas as máquinas na linha de produção, o
mesmo critério. Se a empresa faz estimativa de inadimplência para as contas a receber, deve
fazer para todas as contas a receber.
Qualquer mudança de critério que impacte de forma relevante nos dados apresentados
deve ser divulgada em notas explicativas junto com as demonstrações contábeis.
Na sua essência, a comparabilidade deve possibilitar ao usuário o conhecimento da situa-
ção e evolução de determinada informação ao longo do tempo, numa mesma entidade ou em
diversas entidades, de tal forma que se obtenha condição para a melhor tomada de decisão.
Capacidade de Verificação
A capacidade de verificação ajuda a garantir aos usuários que as informações represen-
tem, de forma fidedigna, os fenômenos econômicos que pretendem representar.
A capacidade de verificação significa que diferentes observadores bem informados e in-
dependentes podem chegar ao consenso, embora não a um acordo necessariamente comple-
to de que a representação específica é representação fidedigna. Tem relação com conseguir
comprovar uma informação.
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Tempestividade
Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de
poder influenciá-los em suas decisões.
Tem relação direta com a oportunidade de uma informação - devido a isto, a informação
tem que estar disponível, para tomadores de decisão, a tempo para poder influenciá-los em
suas decisões.
Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo certa informação
pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o encerramento do período contábil,
em decorrência de alguns usuários necessitarem identificar e avaliar tendências.
A falta de tempestividade pode criar uma assimetria informacional entre os usuários.
Por exemplo
Os usuários internos (administradores) têm conhecimento de uma informação relevante, con-
tudo não a divulgam, para não afetar a negociação de um título da empresa no mercado de
capital. Quando a informação for divulgada, após a negociação dos papéis ter sido efetivada,
ela perdeu a sua oportunidade - e, de certa forma, foi inútil naquele momento.
Compreensibilidade
Compreensibilidade é uma das características que ajudam o usuário a assimilar o signifi-
cado das informações. Assim, classificar, mensurar e apresentar a informação com clareza e
concisão torna-a compreensível.
A compreensibilidade presume que o usuário disponha de conhecimentos de contabilida-
de e dos negócios e das atividades da entidade, em nível que o habilite ao entendimento das in-
formações colocadas à sua disposição, desde que se proponha analisá-las, pelo tempo e com
a profundidade necessários, sendo que uma eventual dificuldade de entendimento suficiente
das informações contábeis por algum usuário jamais será motivo para a sua não-divulgação.
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Alguns fenômenos são inerentemente complexos - e pode não ser possível tornar a sua
compreensão fácil. Excluir informações sobre esses fenômenos dos relatórios financeiros
pode tornar mais fácil a compreensão das informações contidas nesses relatórios financeiros.
Contudo esses relatórios seriam incompletos e, portanto, possivelmente distorcidos.
PEGADINHA DA BANCA
Normalmente, as bancas afirmam que, para facilitar a compreensão pelos usuários, a empresa
não precisa divulgar as informações consideradas complexas. Não caiam neste peguinha. De-
vem ser divulgadas todas as informações relevantes, inclusive as que envolvem cálculos com-
plexos, como os relacionados com a precificação de ativos e derivativos no mercado de capital.
Então, para ser compreensível, a informação deve ser divulgada com clareza e completude,
contudo exige-se que o usuário saiba interpretar as informações, pois as informações sobre
assuntos complexos que devam ser incluídas nas demonstrações contábeis, por causa da sua
relevância para as necessidades de tomada de decisão pelos usuários, não devem ser excluí-
das meramente sob o pretexto de que seria difícil certos usuários as entenderem.
Relevante Importante
Fundamental
Fidedigna Verdadeira
Informação
contábil Compreensibilidade Entendível
Comparabilidade Analisável
De Melhoria
Verificabilidade Comprovável
Tempestividade Oportuna
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I – Errado. Os relatórios de propósito emitidos pela empresa visam a atender aos usuários
externos; os administradores que representam os usuários internos utilizam informações
pontuais e específicas.
II – Certo. O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações que sejam úteis a
um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica, por isto
que são denominadas relatórios de propósito geral.
III – Certo. As demonstrações contábeis são preparadas com base no pressuposto da con-
tinuidade, ou seja, considerando que a empresa não tem a intenção, nem a necessidade, de
entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações.
IV – Errado. As informações sobre assuntos complexos que dificultam a compreensibilidade
para alguns usuários da contabilidade NÃO devem ser excluídas das demonstrações contá-
beis. É o caso dos instrumentos financeiros sem um mercado ativo. A exclusão de informa-
ções sobre esses fenômenos dos relatórios contábil-financeiros pode tornar a informação
constante em referidos relatórios mais facilmente compreendida. Contudo referidos relatórios
seriam considerados incompletos e potencialmente distorcidos.
Letra b.
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têm o objetivo de fornecer informações financeiras sobre ativos, passivos, patrimônio líquido,
receitas e despesas que sejam úteis aos usuários das demonstrações contábeis na avaliação
das perspectivas para futuros fluxos de entrada de caixa líquidos e na avaliação da gestão de
recursos da administração sobre os recursos econômicos da entidade.
As informações são apresentadas no balanço patrimonial, ao reconhecer ativos, passivos
e patrimônio líquido; na demonstração do resultado, ao reconhecer as receitas e despesas; e
na demonstração do resultado abrangente, que apresenta as receitas e despesas abrangentes
(contas apresentadas no Patrimônio Líquido na conta Ajuste da Avaliação Patrimonial); e em
outras demonstrações e notas explicativas.
Aqui temos uma novidade. O CPC 00 R2 apresenta a necessidade da elaboração da DRA – De-
monstração dos Resultados Abrangentes.
Os ativos e passivos NÃO RECONHECIDOS são os considerados contingentes, que não apare-
cem no balanço patrimonial, mas são divulgados em notas explicativas.
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O PULO DO GATO
A empresa deve apresentar as demonstrações do período corrente e as demonstrações do
período anterior.
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Por exemplo.
Ativos e passivos podem ser classificados por sua natureza ou função nos negócios da entida-
de, em circulante ou não circulantes, a fim de mostrar as informações da maneira mais útil aos
usuários, para fins de tomada de decisões econômicas. As receitas e despesas são segmenta-
das, conforme as atividades, em operacionais e outras receitas ou despesas.
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Para que exista passivo, três critérios devem ser satisfeitos: a entidade tem uma obrigação;
a obrigação é de transferir um recurso econômico; a obrigação é uma obrigação presente que
existe como resultado de eventos passados
O primeiro critério para o passivo é que a entidade tenha a obrigação.
A obrigação é o dever ou a responsabilidade que a entidade não tem a capacidade prática
de evitar. A obrigação é sempre devida à outra parte (ou partes).
A outra parte (ou partes) pode ser uma pessoa ou outra entidade, grupo de pessoas ou
outras entidades, ou a sociedade em geral.
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Não é necessário conhecer a identidade da parte (ou partes) para quem a obrigação é devida.
Muitas obrigações são estabelecidas por contrato, legislação ou meios similares e são
legalmente exigíveis pela parte (ou partes) para quem são devidas.
Obrigações também podem resultar, contudo, de práticas usuais, políticas publicadas ou
declarações específicas da entidade se a entidade não tem capacidade prática de agir de modo
inconsistente com essas práticas, políticas ou declarações.
A obrigação que surge nessas situações é denominada, às vezes, “obrigação presumida”.
O segundo critério para um passivo é que a obrigação seja de transferir um recurso
econômico.
Para satisfazer a esse critério, a obrigação deve ter o potencial de exigir que a entidade
transfira um recurso econômico para outra parte (ou partes). Para que esse potencial exista,
não é necessário que seja certo, ou mesmo provável, que a entidade será obrigada a transferir
um recurso econômico – a transferência pode, por exemplo, ser obrigada somente se ocorrer
evento futuro incerto especificado.
É necessário somente que a obrigação já exista e que, em pelo menos uma circunstância,
exigirá que a entidade transfira um recurso econômico.
Obrigações de transferir um recurso econômico incluem, por exemplo:
a) obrigações de pagar o valor à vista;
b) obrigações de entregar produtos ou prestar serviços;
c) obrigações de trocar recursos econômicos com outra parte em condições desfavoráveis.
Essas obrigações incluem, por exemplo, contrato a termo para vender um recurso econômico
em condições que são atualmente desfavoráveis ou a opção que dá direito à outra entidade de
comprar um recurso econômico da entidade;
d) obrigações de transferir um recurso econômico se ocorrer evento futuro incerto
específico;
e) obrigações de emitir instrumento financeiro se esse instrumento financeiro obrigar a
entidade a transferir um recurso econômico.
O terceiro critério para um passivo é que a obrigação seja uma obrigação presente que
exista como resultado de eventos passados.
A obrigação presente existe como resultado de eventos passados somente se:
a) a entidade já tiver obtido benefícios econômicos ou tomado uma ação;
b) como consequência, a entidade terá ou poderá ter que transferir um recurso econômico
que de outro modo não teria que transferir.
A obrigação presente pode existir mesmo se a transferência de recursos econômicos não
puder ser executada até algum momento no futuro. Por exemplo, passivo contratual de pagar
o valor à vista pode existir atualmente mesmo se o contrato não exige o pagamento até uma
data futura.
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De modo similar, a obrigação contratual para a entidade realizar um trabalho em data futu-
ra pode existir atualmente, mesmo se a contraparte não puder exigir que a entidade realize o
trabalho até essa data futura.
É uma obrigação não exigível para a empresa, pois os direitos sobre o patrimônio líquido
são reivindicações contra a entidade que não atendem à definição de passivo.
Essas reivindicações podem ser estabelecidas por contrato, legislação ou meios similares
e incluem, na medida em que não atendem à definição de passivo:
a) ações de diversos tipos emitidas pela entidade;
b) algumas obrigações da entidade de emitir outro direito sobre o patrimônio líquido, como
dividendos e proventos.
Os elementos diretamente relacionados com o desempenho financeiro da entidade são as
receitas e as despesas.
a) Receitas são aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em aumen-
tos no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a contribuições de detentores de direitos
sobre o patrimônio;
b) Despesas são reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que resultam em redu-
ções no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a distribuições aos detentores de direi-
tos sobre o patrimônio.
O resultado é frequentemente utilizado como medida de performance, desempenho ou
como base para outras medidas, tais como o retorno do investimento ou o resultado por ação.
Recurso
Ativo
controlado
Posição
Obrigação
patrimonial e Passivo
presente
financeira
Patrimônio Resíduo
elementos das Líquido patrimonial
"DC"
Ganho
Receitas
econômico
Desempenho
financeiro
Perda
Despesas
econômica
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A essência de um ativo é ter um potencial econômico embutido; caso ocorra um gasto que
seja improvável à futura geração de benefícios econômicos para a entidade, como é o caso
de uma perda econômica, com sinistros, doações, etc., o elemento deverá ser reconhecido
como despesa.
Letra b.
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A despesa é uma perda econômica que deixa a empresa mais pobre; toda despesa diminui a
situação líquida; diminuindo o ativo ou aumentando o passivo.
O reconhecimento de perdas no estoque é uma despesa que diminui o ativo.
Letra d.
Receita é um ganho econômico que deixa a empresa mais rica; será registrada independente-
mente do recebimento.
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Toda receita aumenta a situação líquida da empresa, aumentando o ativo ou diminuindo o pas-
sivo; contudo nem todo aumento da situação líquida é uma receita, como é o caso do aumento
do capital social e a conversão de dívidas em ações.
A diminuição do passivo pelo ganho na variação cambial é um exemplo de receita.
Letra b.
068. (UFG/UFG/CONTADOR/2017) Até há bem pouco tempo, era comum conceituar Ativo
como o conjunto de bens e direitos, embora diversos autores afirmassem que a utilização de
um conceito simplificado se devia à formação ainda incipiente dos estudantes. O Ativo, após a
divulgação da estrutura conceitual para a elaboração e divulgação das demonstrações contá-
beis, passa a ser um recurso
a) possuído por uma entidade, como resultado de eventos passados, e que apresenta va-
lor de troca.
b) possuído por uma entidade, como resultado de eventos passados, e do qual se espera que
benefícios econômicos futuros fluam para essa entidade.
c) controlado por uma entidade, como resultado de eventos passados, e do qual se espera que
benefícios econômicos futuros fluam para essa entidade.
d) controlado por uma entidade, como resultado de eventos passados, e que apresenta va-
lor de troca.
Ativo é um recurso econômico controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do
qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.
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Lembre-se que, atualmente, o ativo não precisa mais ser de propriedade da empresa, contudo
deve estar sob o seu controle.
Letra c.
O valor pelo qual ativo, passivo ou patrimônio líquido é reconhecido no balanço patrimonial é
referido como o seu “valor contábil”.
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O PULO DO GATO
Somente itens que atendem à definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido devem ser re-
conhecidos no balanço patrimonial. Similarmente, somente itens que atendem à definição de
receitas ou despesas devem ser reconhecidos na demonstração do resultado e na demons-
tração do resultado abrangente. Contudo nem todos os itens que atendem à definição de um
desses elementos devem ser reconhecidos.
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O PULO DO GATO
Para ser reconhecido como ativo ou passivo, deve ser PROVÁVEL que o bem irá se realizar (ati-
vo) ou será exigida uma liquidação (passivo). Outro critério muito importante é que o elemento
deve ser mensurável. Quando a empresa não conseguir estabelecer um valor, mesmo que por
estimativa, não deve reconhecer o item nas demonstrações.
O conceito de probabilidade deve ser adotado nos critérios de reconhecimento para de-
terminar o grau de incerteza com que os benefícios econômicos futuros referentes ao item
venham a fluir para a entidade ou a fluir da entidade.
As avaliações acerca do grau de incerteza quanto à realização de um bem deve ser feita
com base na evidência disponível quando as demonstrações contábeis são elaboradas, ou
seja, deve ser na data das demonstrações, o que ocorre normalmente no dia 31/12.
Por exemplo
Quando for provável que uma conta a receber devida à entidade não será paga pelo deve-
dor, é, então, justificável reconhecer uma estimativa de perda pela provável inadimplência e,
dessa forma, reconhecer como despesa a esperada redução nos recebimentos (benefícios
econômicos esperados).
O segundo critério para reconhecimento de um item é que ele possua custo ou valor que pos-
sa ser mensurado com confiabilidade. Em muitos casos, o custo ou valor precisa ser estimado;
o uso de estimativas razoáveis é parte essencial da elaboração das demonstrações contábeis e
não prejudica a sua confiabilidade. Quando, entretanto, não puder ser feita estimativa razoável, o
item não deve ser reconhecido no balanço patrimonial ou na demonstração do resultado.
Por exemplo
O valor que se espera receber de uma ação judicial pode enquadrar-se nas definições tanto
de ativo (direito) quanto de receita (ganho), assim como nos critérios probabilísticos exigidos
para reconhecimento. Todavia, se não é possível mensurar com confiabilidade o montante que
será recebido, ele não deve ser reconhecido como ativo ou receita.
Desreconhecimento
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O PULO DO GATO
O desreconhecimento NÃO deve ser feito se a entidade aparentemente tiver transferido o ativo,
mas mantém exposição a significativas variações positivas ou negativas no valor dos benefí-
cios econômicos que podem ser produzidos pelo ativo, ou seja, ainda controla o recurso.
Capítulo 6 – Mensuração
Mensuração é o processo que consiste em determinar os montantes monetários (VALOR)
por meio dos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e
apresentados no balanço patrimonial e na demonstração do resultado.
Para conseguir estabelecer o valor de um elemento nas demonstrações contábeis, a empresa
deve selecionar uma base inicial de mensuração, ou seja, estabelecer o valor de entrada do item.
Após o reconhecimento do valor do bem, a empresa ajusta este valor ao seu VALOR ATUAL,
de acordo com a sua realização corrente (uso/perda/desvalorização, etc.), desta forma, no tér-
mino do exercício, ao elaborar as demonstrações, a empresa deve apresentar o valor de saída
do bem pelo valor mais próximo do atual possível; mesmo que por estimativa.
Valores de entrada: referem-se aos valores de obtenção dos elementos para seu primeiro
registro nas demonstrações.
Valores de saída: refletem os valores recebidos ou gastos pela firma, na liquidação
de um item.
Na contabilidade, um número variado de bases de mensuração é empregado em diferentes
graus e em variadas combinações para estabelecer o valor dos itens nas demonstrações con-
tábeis. Cada item terá um tratamento, vai depender da sua natureza. Por exemplo: os estoques
são mensurados ao valor de mercado; os valores a receber e a pagar ao valor presente; o imo-
bilizado é ajustado ao seu valor realizável, etc.
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Custo Histórico
Os ativos são registrados pelos valores pagos ou pelo valor justo dos recursos que são
entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos
recursos que serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações.
A mensuração ao custo histórico fornece informações monetárias sobre ativos, passivos
e respectivas receitas e despesas, utilizando informações derivadas, pelo menos em parte, do
preço da transação ou outro evento que deu origem a eles. Diferentemente do valor atual, o
custo histórico não reflete as mudanças nos valores, exceto na medida em que essas mudan-
ças se referirem à redução ao valor recuperável de ativo ou passivo que se torna onerosa.
O custo histórico representa o valor original de negociação, o primeiro valor registrado.
Para estabelecer o valor original, é importante considerar que tudo o que for gasto com o item
até a sua disponibilização para a empresa é considerado um custo, assim, se a empresa com-
prar uma máquina por R$ 10.000,00 e gastar R$ 5.000,00 com frete e seguro, o valor original da
máquina é de R$ 15.000,00.
O custo histórico de ativo quando é adquirido ou criado é o valor dos custos incorridos na aquisi-
ção ou na criação do ativo, compreendendo a contraprestação paga para adquirir ou criar o ativo
mais custos de transação. O custo histórico de passivo quando é incorrido ou assumido é o valor
da contraprestação recebida para incorrer ou assumir o passivo, menos os custos de transação.
Como o custo histórico é reduzido para refletir o consumo do ativo e sua redução ao valor
recuperável, o valor que se espera que seja recuperado do ativo mensurado ao custo histórico
é, pelo menos, tão grande quanto o seu valor contábil.
Similarmente, como o custo histórico do passivo é aumentado quando se torna oneroso, o
valor da obrigação de transferir os recursos econômicos necessários para satisfazer à obriga-
ção não é maior do que o valor contábil do passivo.
Assim, o custo histórico do ativo e do passivo devem ser atualizados ao longo do tempo,
para refletir, se aplicável:
Atualização do custo histórico do ativo deve ser feita quando:
• do consumo da totalidade ou parte do recurso econômico que constitui o ativo (em ou-
tras palavras, a estrutura conceitual quer dizer que o valor do ativo deve ser atualizado
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sempre que for diminuindo o seu potencial de uso, como, por exemplo, uma máquina
que estiver sendo utilizada na produção de algo deve ter seu valor original ajustado pela
sua depreciação acumulada);
• dos pagamentos recebidos que extinguem a totalidade ou parte do ativo;
• do efeito de eventos que fazem com que a totalidade ou parte do custo histórico do ativo
não seja mais recuperável (redução ao valor recuperável);
• da provisão de juros para refletir qualquer componente de financiamento do ativo.
Valor Atual
O valor atual de um componente das demonstrações é o seu valor histórico ajustado pelas
alterações necessárias que ocorreram no exercício corrente.
Diferentemente do custo histórico, o valor atual de ativo ou passivo não resulta, mesmo em
parte, do preço da transação ou outro evento que deu origem ao ativo ou passivo, mas, sim, é
o resultado das variações que ocorreram nos itens do patrimônio.
As mensurações ao valor atual fornecem informações monetárias sobre ativos, passivos e
respectivas receitas e despesas, utilizando informações atualizadas para refletir condições na
data de mensuração.
Devido à atualização, os valores atuais de ativos e passivos refletem as mudanças, desde
a data de mensuração anterior, em estimativas de fluxos de caixa e outros fatores refletidos
nesses valores atuais.
As bases de mensuração do valor atual incluem:
a) valor justo;
b) valor em uso de ativos e valor de cumprimento de passivos;
c) custo corrente.
a) Valor justo
O valor justo do ativo é o preço que seria recebido para vendê-lo sem deduzir custos de tran-
sação na alienação; para o passivo, é o preço que seria pago para transferir a parte não cum-
prida da obrigação, não incluindo custos de transação que seriam incorridos na transferência.
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O valor justo é determinado pela perspectiva dos participantes do mercado - e não pela pers-
pectiva específica da entidade.
As informações fornecidas mensurando ativos e passivos ao valor justo podem ter valor
preditivo, porque o valor justo reflete as atuais expectativas dos participantes do mercado sobre
o valor, a época e a incerteza de fluxos de caixa futuros. Essas expectativas são precificadas de
modo que reflitam as atuais preferências de risco dos participantes do mercado. Essas informa-
ções também podem ter valor confirmatório, fornecendo feedback sobre expectativas anteriores.
Receitas e despesas que refletem as atuais expectativas dos participantes do mercado
podem ter algum valor preditivo, pois essas receitas e despesas podem ser usadas como dado
para prever futuras receitas e despesas. Essas receitas e despesas também podem ajudar na
avaliação da eficiência e eficácia da administração da entidade no cumprimento de suas res-
ponsabilidades sobre o uso dos recursos econômicos da entidade.
A mudança no valor justo de ativo ou passivo pode resultar de vários fatores. Quan-
do esses fatores possuem diferentes características, identificar separadamente receitas e
despesas que resultam desses fatores pode fornecer informações úteis aos usuários das
demonstrações contábeis.
Se a entidade adquiriu o ativo em mercado e determina o valor justo utilizando preços de
mercado diferente (mercado em que a entidade venderia o ativo), qualquer diferença entre os
preços nesses dois mercados é reconhecida como receita quando esse valor justo é inicial-
mente determinado.
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c) Custo corrente
Os ativos são mantidos valores que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ati-
vos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos
valores, não descontados (com os juros embutidos), que se espera serem necessários para
liquidar a obrigação na data do balanço.
O custo corrente é conhecido como custo de reposição e normalmente é utilizado para
tomadas de decisão interna.
As informações sobre ativos e passivos mensurados ao custo corrente podem ser relevan-
tes, porque o custo corrente reflete o custo pelo qual o ativo equivalente poderia ser adquirido
ou criado na data de mensuração ou a contraprestação que seria recebida por incorrer ou as-
sumir passivo equivalente.
Assim como o custo histórico, o custo corrente fornece informações sobre o custo de ativo
consumido ou sobre receita do cumprimento de passivos. Essas informações podem ser uti-
lizadas para obter as margens correntes e como dado para prever margens futuras. Diferente-
mente do custo histórico, o custo corrente reflete os preços vigentes no momento do consumo
ou cumprimento. Quando as mudanças de preço são significativas, as margens baseadas em
custo corrente podem ser mais úteis para prever margens futuras do que as margens basea-
das em custo histórico.
Para informar o custo corrente de consumo (ou a receita corrente do cumprimento), é ne-
cessário separar a mudança no valor contábil no período de relatório em custo corrente de con-
sumo (ou receita corrente do cumprimento) e o efeito de mudanças nos preços. O efeito de mu-
dança nos preços às vezes é denominado “ganho de manutenção” ou “perda de manutenção”.
O PULO DO GATO
A estrutura conceitual não determina os critérios para utilizar uma ou outra base; entretanto
destaca que, ao escolher a base de mensuração a ser utilizada, é necessário considerar a na-
tureza das informações que a base de mensuração produzirá nas demonstrações. Ou seja, a
seleção será feita com base no julgamento profissional.
Na maioria dos casos, nenhum fator único determina qual base de mensuração deve ser
escolhida. A importância relativa de cada fator depende de fatos e circunstâncias, assim, a
base de mensuração mais comumente adotada pelas entidades na elaboração de suas de-
monstrações contábeis é o custo histórico. Ele é normalmente combinado com outras bases
de mensuração.
Entretanto o CPC destaca a necessidade de a escolha da base de mensuração ser determi-
nada considerando-se tanto a mensuração inicial como a mensuração subsequente, sempre
de acordo com a relevância e a fidedignidade das informações apresentadas.
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Por exemplo, os estoques são geralmente mantidos pelo menor valor entre o custo e o valor
líquido de realização, os títulos e valores mobiliários negociáveis podem, em determinadas
circunstâncias, ser mantidos a valor de mercado, e os passivos decorrentes de pensões são
mantidos pelo seu valor presente.
Em 15/7/2015, uma empresa adquiriu, à vista, mercadorias para revenda no valor unitário de
R$ 7,00, contemplando todos os custos de aquisição. Em 31/7/2015, o preço de reposição
unitário das referidas mercadorias havia alcançado o valor de R$ 7,80, ao passo que o preço
de venda unitário estimado da mercadoria era R$ 12,50, e o gasto estimado necessário para a
concretização da venda era R$ 1,50 por unidade. Em uma transação sem favorecimentos, cada
uma dessas mercadorias poderia ser trocada no mercado pelo valor de R$ 12,50 no último dia
do mês de julho de 2015.
Com base na situação hipotética apresentada, julgue os próximos itens:
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Acerca da estrutura conceitual básica da contabilidade, dos planos de contas, dos lançamen-
tos e da apuração de resultados bem como da estrutura das demonstrações contábeis, julgue
os itens que se seguem.
Julgue o item seguinte, acerca dos componentes patrimoniais, suas características e con-
tabilização.
Com relação aos princípios, às normas, às teorias e às práticas contábeis vigentes, julgue o
item que se segue.
A essência sobre a forma foi retirada na revisão do pronunciamento conceitual por ser con-
siderada uma redundância, pois, para a contabilidade, a representação fidedigna exige que o
controle sobreponha a propriedade. A prudência foi excluída por ser contrária à neutralidade,
uma característica da representação fidedigna.
Certo.
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Como vimos, na contabilidade atual, prevalece a “essência econômica sobre a forma legal”, daí
podemos inferir que o controle sobrepõe a propriedade. Desta forma, um item pode estar no
ativo da empresa mesmo não sendo de sua propriedade legal.
O caso mais caraterizador da essência sobre a forma é o arrendamento mercantil financeiro,
onde a empresa é usufrutuária do bem, contudo a propriedade é da financeira (arrendadora).
Errado.
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( ) Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou
pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição.
( ) Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que teriam
de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na
data do balanço.
( ) Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que pode-
riam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada.
( ) Os ativos são mantidos pelo valor descontado, dos fluxos futuros de entradas líquidas
de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações.
De acordo com a Resolução CFC 1374/2011, relacione as colunas e marque a alternativa que
contenha sequência correta das bases de mensuração dos Ativos:
a) 3, 2, 4, 1.
b) 2, 1, 2,4.
c) 4, 3, 1, 2.
d) 1, 2, 3, 4.
e) 3, 1, 4, 2.
Custo Histórico - Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes
de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição.
Custo Corrente - Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa
que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na
data do balanço.
Valor Realizável - Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa
que poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada.
Valor Presente - Os ativos são mantidos pelo valor descontado dos fluxos futuros de entradas
líquidas de caixa que se espera que seja gerado pelo item no curso normal das operações.
Letra e.
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d) Patrimônio Líquido é o interesse residual nos ativos da entidade, depois de deduzidos todos
os seus passivos.
e) Os usuários da contabilidade são as pessoas físicas ou jurídicas que tenham interesse na
avaliação da situação patrimonial da entidade.
O ativo não necessita ser de propriedade da empresa, entretanto deve estar sob o seu controle.
Letra b.
Contabilmente, o patrimônio líquido é um resíduo patrimonial, e seu valor é obtido pela equação:
PL = ativo - passivo exigível.
Legalmente, conforme determinação da Lei 6.404/76, o PL é uma obrigação não exigível da
empresa junto aos sócios.
Economicamente, o PL representa o valor patrimonial da empresa, ou seja, o valor da empresa
considerando somente o seu patrimônio ativo e passivo; o valor de mercado da empresa é o
seu valor justo em um mercado ativo.
Letra a.
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financeiras resultantes. Por exemplo, pode ser apropriado separar ativo ou passivo em compo-
nentes circulantes e não circulantes e classificar esses componentes separadamente.
c) agregar informações de tal modo que não sejam obscurecidas por detalhes desneces-
sários ou por agregação excessiva
A agregação é a soma de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas ou despesas que
possuem características compartilhadas e são incluídas na mesma classificação.
A agregação torna as informações mais úteis ao resumir grande quantidade de detalhes,
é utilizada no imobilizado de uso, por exemplo, quando são agregadas todas as máquinas em
um grupo. Contudo a agregação oculta alguns desses detalhes, como, por exemplo: agregar,
no ativo investimento, as participações societárias e as propriedades para investimento dificul-
tará a interpretação da informação pelo usuário, já que são aplicações de natureza diferentes.
Portanto, deve-se observar um equilíbrio, de modo que as informações relevantes não sejam
obscurecidas por grande quantidade de detalhes insignificantes ou por agregação excessiva.
Assim como custo restringe outras decisões de relatório financeiro, restringe decisões sobre
apresentação e divulgação. Então, ao tomar decisões sobre apresentação e divulgação, é im-
portante considerar se é provável que os benefícios fornecidos aos usuários das demonstra-
ções contábeis, ao apresentar ou divulgar informações específicas, justifiquem os custos de
fornecer e utilizar essas informações.
De acordo com o conceito de capital financeiro, tal como o dinheiro investido ou o seu poder de
compra investido, o capital é sinônimo de ativos líquidos ou patrimônio líquido da entidade. Segun-
do o conceito de capital físico, tal como capacidade operacional, o capital é considerado como a
capacidade produtiva da entidade baseada, por exemplo, nas unidades de produção diária.
De acordo com o conceito, podemos inferir que o capital financeiro refere-se ao investimen-
to realizado, ou seja, ao dinheiro colocado no negócio pelos sócios, que foi ajustado pelos re-
sultados oriundos das atividades correntes, representando, assim, o resíduo patrimonial, deno-
minado de ativo líquido ou patrimônio líquido. Representa o valor patrimonial de uma empresa.
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Financeiro Dinheiro
Conceito
de capital
Físico Produção
Exatamente, se vocês notarem o conceito de capital financeiro, nada mais é que o valor do
PL; ou seja, o valor patrimonial da empresa. Assim, primeiro se estabelece o valor financeiro
para o ativo total, depois retira-se o total do passivo exigível, e a sobra é o patrimônio líquido.
Este é o normal nas nossas empresas, avaliar o capital dos sócios pelo montante financeiro.
Contudo o valor de mercado da empresa na Bolsa de Valores ou em outro mercado de
negociação pode ser mensurado com base no capital físico. Por isto que este conceito é mais
utilizado com ferramenta gerencial e de decisão.
O conceito de manutenção do capital está relacionado com a forma que a entidade define
o capital que ela procura manter, assim, tem relação direta com o capital financeiro ou físico.
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O conceito financeiro de manutenção do capital não requer o uso de uma base específica
de mensuração. A escolha da base depende do tipo de capital que a entidade procura manter,
e o lucro representa o aumento do capital nominal no período.
• Manutenção do capital físico. De acordo com esse conceito, o lucro é considerado aufe-
rido somente se a capacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da entidade
(ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade), no fim do período,
exceder a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas quais-
quer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período.
A manutenção do capital físico requer a adoção do custo corrente como base de avaliação,
e o lucro representa o aumento do capital físico no período.
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Produção Produção
Resultado
inicial final
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entidade (ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade), no fim do perí-
odo, exceder a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas quaisquer
distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período.
Entendam que a manutenção de capital está relacionada com a manutenção do valor do PL; se
o PL aumentar de um ano para o outro sem ter sido pelas atividades com os sócios, a empresa
apurou um lucro.
III – Falso. De acordo com o conceito de manutenção do capital físico, quando o capital é de-
finido em termos de capacidade física produtiva, o lucro representa o aumento desse capital
ao longo do período. Todas as mudanças de preços afetando ativos e passivos da entidade
são vistas, nesse conceito, como mudanças na mensuração da capacidade física produtiva da
entidade. Assim sendo, devem ser tratadas como ajustes para manutenção do capital, que são
parte do patrimônio líquido - e não como lucro.
Letra d.
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Notem que há uma única opção literal ao pronunciamento, as demais não estão com os temos
previstos na estrutura conceitual.
Letra a.
Vimos, na aula, que os relatórios (demonstrações contábeis) são destinados aos usuários ex-
ternos, especialmente para os investidores e credores por empréstimos.
Os usuários internos tomam suas decisões com base nas informações coletadas de forma
tempestiva, durante o ano corrente, assim, não dependem das demonstrações contábeis.
Letra b.
Com base nas afirmativas apresentadas, marque a alternativa que contempla somente
as corretas.
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) I, II e IV.
d) I e III.
e) II, III e IV.
I – Errado. Segundo o CPC 00, um ativo é reconhecido no balanço patrimonial quando for pro-
vável que benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a entidade e seu custo
ou valor puder ser determinado em bases confiáveis. Assim, não basta adquirir para registrá-lo.
II – Certo. Conforme apresenta o CPC 00, as despesas são reconhecidas na demonstração do
resultado, com base na associação direta entre elas e os correspondentes itens de receita.
III – Errado. O conceito físico de patrimônio está relacionado com a produção - e não com o
capital financeiro.
Letra d.
A Lei 6.404-76 apresenta, em seu artigo 177, no parágrafo 4º, o seguinte sobre a escrituração:
“ _______________ significa ter informação disponível para os usuários antes que ela perca a sua
capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e
tomada de decisão”.
a) Tempestividade
b) Compreensibilidade
c) Neutralidade
d) Comparabilidade
e) Verificabilidade.
Vimos, na aula, que a contabilidade é uma ciência social - e não uma ciência técnica, e que,
atualmente, o objetivo da contabilidade, segundo a escola americana e a escola internacional,
é o de fornecer informações, e a sua finalidade é o controle das transações.
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Na minha visão, segundo a escola contábil atual, que é a escola internacional do IASB, os 3
itens estão errados, contudo, pelas respostas apresentadas, podemos, por eliminação, enten-
der que o questionador ainda segue a escola italiana, em que o objetivo era o controle patrimo-
nial, e a finalidade era o fornecimento de informações.
Assim, somente o item III está errado.
Letra d.
Alternativas
a) Todas as afirmações estão corretas
b) Apenas a afirmação III está incorreta
c) Apenas a afirmação I está correta
d) Todas as afirmações estão incorretas
e) Apenas a afirmação II está incorreta
I – Certo.
II – Certo.
Entende-se por patrimônio o conjunto dos bens e direitos, que representam o lado ativo, e as
obrigações, que representam o lado passivo do patrimônio de uma entidade.
III – Errado. O patrimônio não é APENAS o conjunto dos bens.
Letra b.
I – Errado. A banca destaca que a contabilidade é uma doutrina, isto não é certo, pois doutrinas
são alicerces de uma ciência, normalmente apresentadas como princípios.
II – Certo. A contabilidade é uma ciência social que tem por objeto o patrimônio das entidades.
Assim, é comum ela ser tratada como a ciência do patrimônio.
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III – Errado. A banca destaca que a contabilidade é uma técnica - e isto também não está certo.
Como já falei, a contabilidade é uma ciência que, dentre suas funções, tem a técnica da elabo-
ração das demonstrações contábeis para fins de revelação dos fatos que ocorreram.
O gabarito da banca afirma que somente o item I está errado.
Letra d.
Os princípios contábeis, previstos nas normas revogadas do CFC, são entidade, competência,
continuidade, oportunidade, prudência e registro pelo valor original.
Não existe o princípio da atualização monetária, portanto:
Letra b.
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Princípios Contábeis
Antes de tratar começar a tratar sobre os princípios contábeis, é importante destacar a
NBCTSP - Norma Brasileira de Contabilidade Técnica do Setor Público - Estrutura Conceitual,
de 23 de setembro de 2016.
Essa norma apresenta vários conceitos e aplicações inerentes à CASP – Contabilidade
Aplicada ao Setor Público, e seus assuntos não estão relacionados com a contabilidade geral.
Na minha visão, a sua inclusão no edital se deu porque, na sua apresentação, ela revogou uma
série de resoluções do CFC que tratavam dos princípios contábeis, assim, não há a necessida-
de de aprofundar seus estudos na contabilidade pública, mas, sim, entender como estão sendo
tratados os princípios contábeis pela contabilidade dentro da estrutura conceitual.
Ao revogar as resoluções que tratavam dos princípios contábeis, o CFC deixou claro que,
atualmente, os arcabouços conceituais teóricos são as estruturas conceituais CPC 00 (conta-
bilidade privada) e NBCTSP (contabilidade pública).
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Meu objetivo, nesta aula, é falar sobre um ponto específico nela apresentado: a revogação
da Resolução CFC n. 750, que aprovou os princípios contábeis, e a revogação das demais re-
soluções relacionadas aos princípios contábeis, em especial a Resolução CFC n. 1.282/2010.
Antes de adentrar na revogação propriamente dita, é importante destacar que a sustenta-
ção científica da contabilidade apresentava que os princípios de contabilidade representam o
núcleo central da própria contabilidade, na sua condição de ciência social, sendo a ela ineren-
tes, ou seja, a contabilidade é baseada nos princípios.
Destacava, também, que os princípios constituem sempre as vigas-mestras de uma ci-
ência, revestindo-se dos atributos de universalidade e veracidade, conservando validade em
qualquer circunstância.
Com base na premissa da universalidade, os princípios devem ser respeitados tanto na
contabilidade aplicada ao setor privado quanto na contabilidade aplicada ao setor público.
Desta forma, não existem princípios para a contabilidade pública e princípios para a contabili-
dade privada, o que existem são princípios para a contabilidade.
Ao revogar a resolução que trata dos princípios contábeis, o CFC deixa claro que os princípios
são parte das informações apresentadas e, agora, são tratados nos pressupostos básicos e
atributos qualitativos das informações apresentados na estrutura conceitual.
O PULO DO GATO
O próprio CFC já destacou, em suas publicações, que revogar a Resolução n. 750/1993 não sig-
nifica que os princípios de contabilidade estejam extintos. A revogação das resoluções visa à
unicidade conceitual, indispensável para evitar divergências na concepção doutrinária e teórica,
que poderiam comprometer aspectos formais das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs).
Então, os princípios de contabilidade, sob o ponto de vista das estruturas conceituais dos
setores privado e público, passaram a ser comportados dentro das normas específicas, respec-
tivamente, a NBC TG Estrutura Conceitual e NBC TSP – e, por isto, tornou-se necessária e natural
a revogação da Resolução n. 750/1993, para evitar eventual conflito de referência conceitual.
Após a revisão do CPC 00, denominada revisão R2, de maneira geral, todos os princípios
mencionados na Resolução n. 750/1993 estão na estrutura conceitual original, contudo apre-
sentados em contexto teórico diferente e denominados pressupostos básicos.
Na estrutura conceitual, é possível identificar a necessidade de destacar a continuidade
da empresa (CONTINUIDADE); a importância da oportunidade das informações em respeito à
tempestividade (OPORTUNIDADADE), o respeito ao registro do valor original e outras bases de
mensuração (REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL), a competência de exercícios na apuração
do desempenho econômico (COMPETÊNCIA) e o princípio da ENTIDADE aparece quando a
Estrutura Conceitual destaca a necessidade da identificação da “entidade que reporta a infor-
mação”. E, em 2019, com a reinclusão da PRUDÊNCIA como apoio à neutralidade, o conjunto
dos princípios está completo.
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As estruturas básicas CPC 00 R2 e a NBCTSP deixam claro que a contabilidade tem por
objetivo divulgar informações úteis mostrando os fatos que as fundamentam; inclusive o pro-
nunciamento conceitual básico destaca que, se a informação contábil-financeira é para ser
útil, ela precisa ser relevante e representar, com fidedignidade, o que se propõe a representar. A
utilidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela for comparável, verificável, tem-
pestiva e compreensível. Estas são as características qualitativas das informações contábeis.
Em 2011, na primeira revisão feita sobre o pronunciamento básico para as entidades pri-
vadas, o CPC destacou que a característica essência sobre a forma foi formalmente retirada
da condição de componente separado da representação fidedigna, por ser considerado uma
redundância.
O CPC deixou claro que a representação pela forma legal que difira da substância econô-
mica não pode resultar em representação fidedigna. Assim, essência sobre a forma passou
a ser a bandeira insubstituível nas normas do IASB - e passa a ser a premissa básica da
informação contábil.
Outro ponto muito importante desta revisão, e aí conflitando diretamente com o princípio
contábil da prudência, foi que a característica da prudência (conservadorismo) foi retirada da
condição de aspecto da representação fidedigna por ser inconsistente com a neutralidade.
Desta forma, as informações fidedignas devem ser neutras e não prudentes.
Em 2019, o CPC revisou novamente o CPC 00 e apresentou a revisão R2, por meio dela
decidiu incluir a prudência novamente; agora, a prudência passou a ser uma base de análise
da neutralidade ao estabelecer as estimativas contábeis, especialmente as estimativas para
perdas do ativo e as provisões passivas.
Na classe contábil, a revogação dos princípios criou clima de “falta de base científica” - e
isto fez com que o CFC se pronunciasse sobre o assunto da seguinte forma:
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O PULO DO GATO
Leia com calma as considerações apresentadas pelos professores, muitas delas poderão ser
cobradas em provas.
Como a estrutura conceitual entra em vigor na data de sua publicação, em 05/10/16, tendo
os seus efeitos aplicados a partir de 1º de janeiro de 2017, a partir de 2017, a base de sustenta-
ção das informações contábeis são: a primazia da essência econômica sobre a forma jurídica;
os atributos qualitativos fundamentais e de melhoria, conforme os pressupostos básicos do
registro pelo valor original ajustado, da competência, da oportunidade, da continuidade, da en-
tidade e, agora, também da prudência.
Os princípios de contabilidade representam o núcleo central da própria contabilidade, na
sua condição de ciência social, sendo a ela inerentes. Constituem sempre as vigas-mestras de
uma ciência, revestindo-se dos atributos de universalidade e veracidade, conservando validade
em qualquer circunstância.
No caso da contabilidade, presente seu objeto, seus princípios de contabilidade valem para
todos os patrimônios, independentemente das entidades a que pertencem, as finalidades para
as quais são usados, a forma jurídica da qual estão revestidos, sua localização, expressividade
e quaisquer outros qualificativos, desde que gozem da condição de autonomia em relação aos
demais patrimônios existentes.
Os princípios contábeis constituem normas que representam a essência da ciência con-
tábil, por isto a observância dos princípios contábeis é obrigatória no exercício da profissão e
constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Na aplica-
ção dos princípios contábeis em situações concretas, a essência das transações deve prevale-
cer sobre seus aspectos formais.
Nos princípios científicos, jamais pode haver hierarquização formal, dado que eles são os ele-
mentos predominantes na constituição de um corpo orgânico, proposições que se colocam
no início de uma dedução, e são deduzidos de outras dentro do sistema. Nas ciências sociais,
os princípios se colocam como axiomas, premissas universais e verdadeiras, assim admitidas
sem necessidade de demonstração, ultrapassando, pois, a condição de simples conceitos.
Nos princípios científicos, jamais pode haver hierarquização formal, dado que eles são os ele-
mentos predominantes na constituição de um corpo orgânico.
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Entidade
O princípio da ENTIDADE reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no univer-
so dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto
de pessoas, uma sociedade ou uma instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou
sem fins lucrativos.
Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus
sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
A única circunstância em que poderá surgir nova entidade será aquela em que a proprieda-
de de parte do patrimônio de uma entidade for transferida para outra unidade, eventualmente
até criada naquele momento. Mas, no caso, teremos um novo patrimônio autônomo, perten-
cente a outra entidade. Na contabilidade aplicada, especialmente nas áreas de custos e de
orçamento, trabalha-se, muitas vezes, com controles divisionais, que podem ser extraordinaria-
mente úteis, porém não significam a criação de novas entidades, precisamente pela ausência
de autonomia patrimonial.
Continuidade
O princípio da continuidade pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro
e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta
esta circunstância.
O princípio da continuidade, à semelhança do da prudência, está intimamente ligado com
o da competência, formando-se uma espécie de trilogia. A razão é simples: a continuidade
diz respeito diretamente ao valor econômico dos bens, ou seja, ao fato de um ativo manter-se
nesta condição ou transformar-se, total ou parcialmente, quando há previsão de encerramento
das atividades da entidade, com o vencimento antecipado ou o surgimento de exigibilidades.
Nesta última circunstância, sua ligação será com o princípio da oportunidade.
A denominação “princípio da continuidade”, como também a de “entidade em marcha”, ou
“going concern”, é encontrada em muitos sistemas de normas no exterior e também na literatura
contábil estrangeira, embora o princípio da continuidade também parta do pressuposto de que a
entidade deva concretizar seus objetivos continuamente – o que nem sempre significa a geração
de riqueza no sentido material –, não se fundamenta na ideia de entidade em movimento.
O motivo é simples, pois uma entidade com suas atividades reduzidas ou suspensas tem-
porariamente continuará a ser objeto da contabilidade enquanto dispuser de patrimônio.
Perspectivas do Setor Público
No âmbito da entidade pública, a continuidade está vinculada ao estrito cumprimento da
destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá enquanto per-
durar sua finalidade.
Portanto, se o órgão público deixar de atender à finalidade de sua criação, ele estará violan-
do o princípio da continuidade.
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Oportunidade
O princípio da oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contá-
bil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a
oportunidade e a confiabilidade da informação.
O princípio da OPORTUNIDADE exige a apreensão, o registro e o relato de todas as varia-
ções sofridas pelo patrimônio de uma entidade, no momento em que elas ocorrerem. Cumpri-
do tal preceito, chega-se ao acervo máximo de dados primários sobre o patrimônio, fonte de
todos os relatos, demonstrações e análises posteriores, ou seja, o princípio da oportunidade é
a base indispensável à fidedignidade das informações sobre o patrimônio da entidade, relati-
vas a um determinado período e com o emprego de quaisquer procedimentos técnicos.
É o fundamento daquilo que muitos sistemas de normas denominam “representação fiel”
pela informação, ou seja, que esta espelhe com precisão e objetividade as transações e eventos
a que concerne. Tal tributo é, igualmente, exigível em qualquer circunstância, a começar sempre
nos registros contábeis, embora as normas tendam a enfatizá-lo nas demonstrações contábeis.
O princípio da oportunidade deve ser observado, como já foi dito, sempre que haja variação
patrimonial, cujas origens principais são, de forma geral, as seguintes:
a) Transações realizadas com outras entidades, formalizadas mediante acordo de vonta-
des, independentemente da forma ou da documentação de suporte, como compra ou venda
de bens e serviços;
b) Eventos de origem externa, de ocorrência alheia à vontade da administração, mas com
efeitos sobre o patrimônio, como modificações nas taxas de câmbio, quebras de clientes, efei-
tos de catástrofes naturais, etc.;
c) Movimentos internos que modificam predominantemente a estrutura qualitativa dop, como
a transformação de materiais em produtos sem fabricados ou destes em produtos prontos, mas
também a estrutura quantitativo-qualitativa, como no sucateamento de bens inservíveis.
Este princípio determina a necessidade de se registrar os itens patrimoniais pelo seu valor his-
tórico, ou seja, pelo valor da primeira negociação; contudo se aceita ajustes ao valor original.
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I – Custo histórico.
Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos.
Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da
obrigação ou pelos valores necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações.
II – Variação do custo histórico.
Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, podem sofrer variações
decorrentes dos seguintes fatores:
a) Custo corrente;
b) Valor realizável;
c) Valor presente;
d) Valor justo.
a) Custo corrente
Os ativos são reconhecidos pelos valores que teriam de ser pagos se esses ativos fossem
adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis.
Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa, não descontados, que seriam ne-
cessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis.
b) Valor realizável
Os ativos são mantidos pelos valores que poderiam ser obtidos pela venda em uma for-
ma ordenada.
Os passivos são mantidos pelos valores, não descontados, que se espera que seriam pa-
gos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da entidade.
c) Valor presente
Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida
de caixa que se espera que seja gerado pelo item no curso normal das operações da entidade.
Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida
de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo.
d) Valor justo
É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhe-
cedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos e sem compulsoriedade.
em valores de entrada – a exemplo de custo histórico, custo histórico corrigido e custo corren-
te; ou valores de saída – a exemplo de valor de liquidação, valor de realização, valor presente
do fluxo de benefício do ativo e valor justo.
Exemplo
a) Em novembro, a empresa compra mercadorias no total de R$ 100.000,00, com frete e seguro
de R$ 30.000,00, e carga e descarga de R$ 20.000,00.
b) No fim do ano, ao elaborar o “BP”, a administração levanta as seguintes informações:
I – Preço de reposição de R$ 160.000,00.
II – Preço de venda, à vista, da mercadoria R$ 210.000,00; a margem de lucro e os impostos
estimados na venda eram R$ 40.000,00.
III – Se vender a prazo, o preço é de R$250,000,00.
IV – As mercadorias poderiam ser trocadas no mercado pelo valor de R$ 180.000,00
c) Os valores, segundo o princípio do registro pelo valor histórico ajustado, são os seguintes:
Custo original: 150.000,00
Custo corrente: 160.000,00
Valor realizável líquido: 170.000,00
Valor presente: 210.000,00
Valor justo: 180.000,00
Competência
O princípio da competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam
reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamen-
to. Ainda, pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
A compreensão do princípio da COMPETÊNCIA está diretamente ligada ao entendimento
das variações patrimoniais e sua natureza.
Nestas, encontramos duas grandes classes: a daquelas que somente modificam a qualida-
de ou a natureza dos componentes patrimoniais, sem repercutirem no montante do patrimônio
líquido, e a das que o modificam. As primeiras são denominadas “qualitativas”, ou “permutati-
vas”, enquanto as segundas são chamadas de “quantitativas”, ou “modificativas”.
Observa-se que o princípio da competência não está relacionado com recebimentos ou
pagamentos, mas, sim, com o reconhecimento das receitas geradas e das despesas incorridas
no período.
Prudência
O princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do
ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente váli-
das para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
A prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamen-
tos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos
e receitas não sejam superestimados, e que passivos e despesas não sejam subestimados,
atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componen-
tes patrimoniais.
c) Entidade.
d) Oportunidade.
e) Prudência.
O princípio da competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam
reconhecidos nos períodos a que se referem. Independentemente do recebimento ou paga-
mento, ele pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
Letra a.
c) Princípio da entidade.
d) Princípio da unidade.
e) Princípio da oportunidade.
O princípio do registro pelo valor original determina que os componentes do patrimônio devem
ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações com terceiros, expressos
em moeda nacional, e, uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos
e passivos, podem sofrer variações decorrentes de ajustes correntes.
Letra d.
O princípio da PRUDÊNCIA determina que a empresa reconheça o maior valor para o passivo e
o menor para o ativo, sempre que a situação for baseada em normas contábeis.
Letra c.
O princípio do registro pelo valor original determina que os componentes do patrimônio devem
ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações com terceiros, expressos
em moeda nacional, e, uma vez integrados ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos
e passivos, podem sofrer variações decorrentes de ajustes correntes.
Letra a.
Alternativas
a) O regime de caixa.
b) O regime misto.
c) O regime de competência.
d) O regime da prudência.
A Lei 6.404-76 estabelece, em seu artigo 177, que a escrituração da companhia será mantida
em registros permanentes, com obediência tanto aos preceitos da legislação comercial e des-
ta lei quanto aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos
ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o
regime de COMPETÊNCIA.
Letra c.
O VALOR PRESENTE é a base de mensuração que apresenta o valor futuro dos componentes
do patrimônio descontado dos juros embutidos.
Letra b.
c) As transações comerciais.
d) Os ativos e os passivos das empresas
A contabilidade é uma ciência social que tem como objeto de estudo o PATRIMÔNIO de qual-
quer pessoa, seja física ou jurídica.
Letra a.
A contabilidade, por meio de seu processo contábil, levanta, mensura e analisa as informações
referentes aos atos e fatos administrativos; registrando, em seus livros contábeis, os fatos que
afetaram o patrimônio, qualitativa ou quantitativamente.
I – Certo.
II – Errado. A contabilidade tem como objetivo apresentar informações - e não manter o si-
gilo delas.
III – Certo.
IV – Errado. A contabilidade tem, como campo de aplicação, o patrimônio de qualquer entida-
de, seja pública ou privada - e não especificamente o patrimônio público.
V – Certo.
Letra b.
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Alternativas
a) fornecem dados variados para a Receita Federal.
b) subsidiam as diretrizes e procedimentos contábeis.
c) evidenciam a situação financeira e econômica da entidade.
d) fornecem dados relevantes para o setor fiscal da entidade.
e) tornam mais simples e eficientes os métodos de controle interno.
A Lei 6.404-76 destaca, em seu artigo 176, que, ao fim de cada exercício social, a diretoria fará
elaborar as demonstrações financeiras, que deverão exprimir, com clareza, a situação do patri-
mônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício.
As demonstrações contábeis são relatórios que apresentam a situação patrimonial, financeira
e econômica da empresa.
Letra c.
Segundo a Lei 6.404-76, em seu artigo 186, a DLPA - Demonstração de Lucros ou Prejuízos
Acumulados discriminará:
O CPC não emite norma para o mercado, ele se pronuncia sobre assuntos específicos. Quem
normatiza são as autarquias reguladoras, como o CFC, a CVM e o Bacen.
O CPC é um órgão autônomo, não tem vinculação com nenhuma instituição pública ou privada.
Letra e.
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A contabilidade é a ciência social que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patri-
mônio das entidades, mediante o registro, a demonstração e a divulgação desses fatos, com o
fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado
econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial aos usuários.
Para atingir seu objetivo, a contabilidade necessita de que exista, na empresa, um sistema de
controle interno que consiga capturar e tratar as informações relacionadas com os fatos con-
tábeis que afetam o PATRIMÔNIO, para que, assim, as informações sejam apresentadas por
meio de relatórios e demonstrações contábeis.
Letra a.
c) O patrimônio de uma entidade contábil refere-se ao conjunto de bens e direitos que essa
entidade possui.
d) A finalidade da contabilidade resume-se em apurar se uma entidade contábil auferiu lucro ou
incorreu em prejuízo no período.
e) A contabilidade é um sistema de informação que permite o controle e o registro de atos e
fatos que alteram um patrimônio.
A contabilidade é uma ciência social que tem, como objeto de estudo, o patrimônio, que repre-
senta o conjunto dos bens, dos direitos e das obrigações de uma entidade.
O objetivo da contabilidade é o de fornecer informações aos usuários internos e externos. Para
atender seu objetivo, a contabilidade se utiliza de um sistema de informações interno que permi-
te capturar, registrar e controlar os atos e fatos que afetam a situação patrimonial da empresa.
Letra e.
A contabilidade é uma ciência social que tem como objeto de estudo o patrimônio, que repre-
senta o conjunto dos bens, dos direitos e das obrigações de uma entidade.
O objetivo da contabilidade é o de fornecer informações aos usuários internos e exter-
nos em geral.
Para atender seu objetivo, a contabilidade se utiliza de um sistema de informações interno
que permite capturar, registrar e controlar os atos e fatos que afetam a situação patrimonial
da empresa, estas informações auxiliarão os usuários em suas tomadas de decisões futuras.
Letra b.
A contabilidade é uma ciência social, que, por meio de um sistema contábil, estuda e controla o
patrimônio de qualquer pessoa, seja física ou jurídica, com o objetivo de fornecer informações
úteis para tomada de decisão dos usuários das informações.
As informações fornecidas estão relacionadas com dados passados.
Letra c.
d) ativo circulante.
e) de obrigações.
Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de eventos pas-
sados. Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos.
Passivo é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como resultado
de eventos passados.
Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os
seus passivos.
Assim, está errado somente o item III, pois o PL é deduzido das obrigações - e não das despesas.
Letra a.
Esta questão está totalmente desatualizada, pois já estamos na segunda revisão do CPC 00.
Em 2008, o CPC 00 original previa 4 características que deveriam ser respeitadas no fornecimen-
to das informações; são elas: compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade.
Contudo, em 2011, a estrutura básica inicial passou por algumas mudanças na sua revisão de-
nominada “R1”, as caraterísticas qualitativas ficaram divididas em fundamentais e de melhoria,
da seguinte forma:
a)Características qualitativas fundamentais (fundamental qualitative characteristics– relevân-
cia e representação fidedigna), as mais críticas; e
b)Características qualitativas de melhoria (enhancing qualitative characteristics – comparabi-
lidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade), menos críticas, mas, ainda as-
sim, altamente desejáveis.
Assim, a assertiva menos errada é:
Letra b.
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Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de eventos pas-
sados. Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos.
Passivo é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como resultado
de eventos passados.
Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os
seus passivos.
Assim, está errado somente o item III, pois o PL é deduzido das obrigações - e não dos de-
mais custos.
Letra b.
a) Compreensibilidade.
b) Relevância.
c) Tempestividade.
d) Verificabilidade.
A contabilidade é uma ciência social que trata dos relacionamentos, por meio de débitos e
créditos, das contas.
Letra d.
Vimos que o ATIVO é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resulta-
do de eventos passados. Sendo que um recurso econômico é um direito que tem o potencial
de produzir benefícios econômicos para a entidade.
Letra a.
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Conceitualmente, a contabilidade é uma ciência social que estuda, administra e controla o pa-
trimônio de qualquer pessoa, a fim de fornecer informações.
Não se encaixa dentro dos objetivos da contabilidade auxiliar os acionistas a avaliar os
funcionários.
As demais assertivas têm relação com a ciência contábil.
Letra d.
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( ) Custo histórico. Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de
caixa que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem
adquiridos na data do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos montantes em cai-
xa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam necessários para
liquidar a obrigação na data do balanço.
( ) Custo corrente. Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equiva-
lentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da
aquisição. Os passivos são registrados pelos montantes dos recursos recebidos em
troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (como, por exemplo, imposto de ren-
da), pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa se espera serão necessários
para liquidar o passivo no curso normal das operações.
( )
Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos são mantidos pelos mon-
tantes em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela sua venda em
forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos seus montantes de liquidação, isto é,
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pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera se-
rão pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações.
( ) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos fu-
turos de entradas líquidas de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal
das operações. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos
futuros de saídas líquidas de caixa que se espera serão necessários para liquidar o pas-
sivo no curso normal das operações.
Serão classificados no ativo circulante os bens e direitos realizáveis até o término do exercício
seguinte, ou seja, até o fim do ano que vem, representados por disponível, créditos, estoques e
despesas antecipadas.
A assertiva apresenta o conceito de ativo – não de circulante IMOBILIZADO.
Letra d.
a) Integralidade.
b) Confiabilidade.
c) Tempestividade.
d) Primazia da essência sobre a forma.
A primazia da essência econômica sobre a forma jurídica é o arcabouço dos postulados con-
tábeis atuais. Ela determina que, para ser fidedigna, a informação deve apresentar a realidade
econômica de uma transação - e não a sua formalidade contratual.
Letra d.
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RESUMO
Meu amigo e minha amiga, nesta aula, estudamos a evolução da contabilidade e os seus
conceitos básicos, as normas do CFC, a estrutura conceitual básica e os princípios contábeis.
A seguir, apresento, objetivamente, um resumo de nossa aula, começando pelos conceitos
básicos da contabilidade.
Incialmente, vimos que a contabilidade é uma ciência social, que tem como objeto o patri-
mônio de qualquer pessoa azienda; tem como objetivo fornecer informações úteis aos usuá-
rios internos e externos – e, para conseguir isto, utiliza-se de técnicas contábeis, respeitando o
mecanismo de partidas dobradas.
Também vimos, na aula, que a Lei 6.404-76, ou Lei Societária, passou por uma série de
modificações, buscando equacionar a contabilidade nacional à contabilidade internacional,
considerando a evolução da escolas contábeis e seus conceitos.
Veja o mnemônico sobre a evolução das escolas contábeis:
Vimos, na aula, que, até 2006, as Normas Brasileiras de Contabilidade seguiam o disposto
na Lei n. 6.404, de 1976, que era embasada na escola contábil norte americana. Esta lei trazia
diversos procedimentos contábeis e instruía os profissionais sobre como a contabilidade e as
demonstrações contábeis deveriam ser elaboradas.
No entanto, 30 anos depois, houve uma grande transformação, com o advento da Lei n.
11.638, de 2007, fazendo com que a contabilidade brasileira passasse por um movimento de
adaptação ao novo cenário mundial, num processo de convergência com as normas de conta-
bilidade internacionais.
Com o advento da Lei 11.638/07, estabelece-se uma mudança de foco na legislação con-
tábil, onde o objetivo da contabilidade passa a ser a diminuição da assimetria informacional
por meio do fornecimento de informações fidedignas, tendo, como base de sustentação, os
padrões contábeis do IASB.
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Objeto
Axioma
Objetivo
básico
Contabilidade
Campo CIÊNCIA SOCIAL
de Finalidade
aplicação
Técnicas
Usuários contábeis
− Ciencia social: trata do relacionamento entre pessoas, que são as contas contábeis,
de forma subjetiva;
− Objeto: patrimônio – conjunto dos bens, direitos e obrigações;
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Características
qualitativas
Definição e mensuração
dos elementos
Conceito de capital e
manutenção de capital
− Objetivo dos RCPG = Os relatórios tem por objetivo fornecer informações úteis aos
usuários externos, por meio de relatórios financeiros de propósito geral.
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Internos
Cont. Gerencial Alta administração
Relatórios próprios
Usuários das
informações
contábeis Primários
Aplicam dinheiro
Externos
Cont. financeira
Demonstrações contábeis
RCPGs
Secundários
relacionamento operacionall
Relevante Importante
Fundamental
Fidedigna Verdadeira
Informação
Compreensibilidade Entendível
contábil
Comparabilidade Analisável
De
Melhoria
Capacidade de Comprovável
Verificação
Tempestividade Oportuna
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São eles:
• Ativo – recurso controlado - evento passado - gerar benefício econômico futuro;
• Passivo – obrigação presente - evento passado - liquidação no futuro;
• Patrimônio líquido – resíduo patrimonial - situação líquida;
• Receita – ganho econômico - aumenta o PL - aumentando o ativo ou diminuindo o passivo;
• Despesas – perda econômica - diminui o PL - diminuindo o ativo ou aumentando o
passivo.
Recurso
Ativo
controlado
Posição
Obrigação
patrimonial e Passivo
presente
financeira
Patrimônio Resíduo
Elementos das Líquido patrimonial
"DC"
Ganho
Receitas
econômico
Desempenho
financeiro
Perda
Despesas
econômica
Segundo o CPC 00 R2, a mensuração será feita considerando o valor histórico e o valor
atual de um item do balanço patrimonial, assim, temos as seguintes bases de mensuração:
a) Custo histórico;
b) Valor atual, que pode ser: valor justo, valor em uso de ativos e valor de cumprimento de
passivos e o custo corrente.
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Custo de reposição do
Custo corrente
bem ou da dívida
Valor futuro
Valor original Valor presente
descontado dos juros
Sobre os princípios contábeis, de acordo com NBCTSP, vimos que, atualmente, eles estão
incorporados nos pronunciamentos básicos, sendo que representam o núcleo central da pró-
pria contabilidade, na sua condição de ciência social, sendo a ela inerentes.
Segundo as normas do CFC revogadas, são princípios de contabilidade:
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FGV/AL-BA/CONTADOR/2014) Assinale a opção que indica o objeto da Contabilidade.
a) Os ativos.
b) As receitas.
c) O patrimônio.
d) As demonstrações contábeis.
e) O balanço patrimonial.
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d) os investidores e os funcionários.
e) os consumidores e os credores.
Com relação aos conceitos básicos da Contabilidade Geral, relacione os tópicos a seguir.
1. Objeto de estudo
2. Campo de aplicação
3. Finalidade econômica
4. Usuário Externo
5. Técnica Contábil
( ) Escrituração
( ) Fornecedor
( ) Entidade
( ) Resultado
( ) Patrimônio
Alternativas
a) competência;
b) oportunidade;
c) continuidade;
d) prudência;
e) registro pelo valor original.
c) receitas.
d) despesas.
e) reservas.
( ) permite aos usuários identificar e compreender similaridades e diferenças entre itens.
( ) implica em classificar, caracterizar e apresentar informações de modo claro e conciso.
( ) significa disponibilizar informações aos tomadores de decisões a tempo para que se-
jam capazes de influenciar suas decisões.
( ) ajuda a garantir aos usuários que as informações representem de forma fidedigna os
fenômenos econômicos que pretendem representar
a) O tempo.
b) O custo.
c) A subjetividade.
d) Os recursos limitados.
e) A quantidade de normas.
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GABARITO
1. c
2. a
3. c
4. b
5. d
6. b
7. b
8. d
9. b
10. d
11. a
12. a
13. c
14. d
15. c
16. d
17. e
18. e
19. a
20. c
21. a
22. b
23. e
24. d
25. a
26. d
27. c
28. e
29. e
30. c
31. d
32. d
33. a
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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/AL-BA/CONTADOR/2014) Assinale a opção que indica o objeto da Contabilidade.
a) Os ativos.
b) As receitas.
c) O patrimônio.
d) As demonstrações contábeis.
e) O balanço patrimonial.
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Com relação aos conceitos básicos da Contabilidade Geral, relacione os tópicos a seguir.
1. Objeto de estudo
2. Campo de aplicação
3. Finalidade econômica
4. Usuário Externo
5. Técnica Contábil
( ) Escrituração
( ) Fornecedor
( ) Entidade
( ) Resultado
( ) Patrimônio
d) Comparabilidade e tempestividade.
e) Compreensibilidade e verificabilidade.
Os usuários das informações apresentadas pela empresa são internos e externos. As demons-
trações são orientadas aos usuários externos, que são divididos em primários e secundários.
O CPC estabelece que o objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é fornecer
informações que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por emprésti-
mos e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos para a
entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações em instrumentos
patrimoniais e em instrumentos de dívida, a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras
formas de crédito.
Estes usuários não podem requerer que as entidades prestem a eles, diretamente, as informa-
ções de que necessitam, devendo, desse modo, confiar nos relatórios contábil-financeiros de
propósito geral, para grande parte da informação contábil-financeira que buscam. Consequen-
temente, eles são os usuários primários, para quem relatórios contábil-financeiros de propósi-
to geral são direcionados.
Letra b.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) Oferecer subsídio à alta administração e aos gestores da entidade, de modo que estes pau-
tem as suas decisões relacionadas ao funcionamento regular da entidade.
b) Influenciar o relacionamento de investidores, credores, fornecedores e clientes com a enti-
dade, garantindo a segurança necessária para suas transações.
c) Fazer a diferença nas decisões dos usuários, podendo ser utilizados como dados de entrada em
processos empregados para predizer futuros resultados ou para confirmar as decisões tomadas.
d) Fornecer informações contábil-financeiras que sejam úteis para os investidores, para os
credores por empréstimos e para os outros credores, quando da tomada de decisão ligada ao
fornecimento de recursos para a entidade.
e) Garantir aos empregados e aos fornecedores da entidade que suas obrigações serão
cumpridas.
O objetivo dos relatórios financeiros, ou seja, das demonstrações contábeis, é fornecer infor-
mações aos usuários externos, principalmente aos que aplicam dinheiro na empresa, de forma
que consiga atender aos seus anseios, no tocante à tomada de decisão sobre como e onde é
melhor investir.
Letra d.
A essência econômica sobre a forma jurídica determina que os ativos deverão ser registrados
na empresa que tiver o controle sobre os benefícios e riscos com a sua utilização, independen-
temente da propriedade. É o controle sobre a propriedade.
Um exemplo é o arrendamento mercantil financeiro; a empresa arrendatária que “aluga” o bem
tem o controle sobre ele, mas a propriedade é da financeira arrendadora que está fornecendo
o bem para o arrendatário.
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Os relatórios financeiros são fornecidos aos usuários externos, especialmente aos usuários
externos primários, que são os investidores existentes e em potencial, ou seja, as pessoas que
aplicam dinheiro na empresa.
Os órgãos reguladores, como o Bacen, a CVM, a ANAC, etc., são usuários externos secundários.
Letra a.
Os usuários das informações contábeis são internos e externos; os usuários externos dependem
das informações apresentadas nos relatórios, eles não têm acesso tempestivo às informações,
são os que aplicam dinheiro na empresa e têm relações comerciais e de fiscalização com ela.
Já a administração, que representa os usuários internos, tem acesso tempestivo às informa-
ções, ela não precisa esperar a divulgação das demonstrações para ter uma informação, pois
pode obtê-la internamente, sempre que necessário.
Letra d.
Os usuários externos primários são as pessoas que aplicam dinheiro na empresa, como os
investidores existentes e em potencial e os credores financeiros existentes e potenciais.
Letra c.
Os usuários externos primários são os que aplicam dinheiro na empresa, como os investidores,
existentes e em potencial, e os credores financeiros, existentes e em potencial.
Letra e.
Os usuários das informações apresentadas pela empresa são internos e externos. As demons-
trações são orientadas aos usuários externos, que são divididos em primários e secundários.
O CPC estabelece que o objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é fornecer
informações que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por emprés-
timos e a outros credores, quando da tomada de decisão ligada ao fornecimento de recursos
para a entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações em instru-
mentos patrimoniais e em instrumentos de dívida e a oferecer ou disponibilizar empréstimos
ou outras formas de crédito.
Estes usuários não podem requerer que as entidades prestem a eles, diretamente, as informa-
ções de que necessitam, devendo, desse modo, confiar nos relatórios contábil-financeiros de
propósito geral, para grande parte da informação contábil-financeira que buscam. Consequen-
temente, eles são os usuários primários para quem relatórios contábil-financeiros de propósito
geral são direcionados.
Letra a.
O governo, como usuário externo secundário, foca no resultado econômico do exercício para
avaliar a política tributária da empresa quanto aos impostos que foram e deverão ser pagos.
Letra c.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) auxiliar o desenvolvimento das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) para que tenham
base em conceitos consistentes;
b) auxiliar os responsáveis pela elaboração (preparadores) dos relatórios financeiros a desenvolver
políticas contábeis consistentes quando nenhum pronunciamento se aplica à determinada transa-
ção ou outro evento, ou quando o pronunciamento permite uma escolha de política contábil;
c) auxiliar todas as partes a entender e interpretar os Pronunciamentos.
Vimos que o ATIVO é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resulta-
do de eventos passados. Sendo que um recurso econômico é um direito que tem o potencial
de produzir benefícios econômicos para a entidade.
Letra a.
( ) permite aos usuários identificar e compreender similaridades e diferenças entre itens.
( ) implica em classificar, caracterizar e apresentar informações de modo claro e conciso.
( ) significa disponibilizar informações aos tomadores de decisões a tempo para que se-
jam capazes de influenciar suas decisões.
( ) ajuda a garantir aos usuários que as informações representem de forma fidedigna os
fenômenos econômicos que pretendem representar
O valor preditivo de uma informação está relacionado com a condição de que ela irá servir de
direcionador nas decisões que serão tomadas pelos usuários, ou seja, os usuários irão fazer
as suas próprias previsões com relação ao futuro.
Não esqueça que o valor confirmatório da informação tem relação com o passado, e o valor
preditivo com o futuro - por isto, devem ser analisadas em conjunto, de forma inter-relaciona-
das, pois a capacidade de fazer predições é efetivada a partir do momento da possibilidade de
confirmar as predições feitas anteriormente.
Letra c.
Com relação às restrições, o CPC estabelece que o CUSTO DA INFORMAÇÃO é uma restrição
generalizada sobre as informações que podem ser fornecidas pelo relatório financeiro.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ACACIA FERNANDA SILVA PASSOS - 66647215387, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O relatório de informações financeiras impõe custos, e é importante que esses custos sejam
justificados pelos benefícios de apresentar essas informações.
Assim, o gestor deverá sempre avaliar a relação custo benefício do fornecimento da informa-
ção aos usuários.
Letra e.
d) valor que poderia ser levantado, vendendo todos os ativos da entidade e liquidando todos
os seus passivos.
e) valor que poderia ser levantado, vendendo a entidade como um todo em regime de continui-
dade operacional.
A riqueza líquida de uma empresa está no seu patrimônio líquido e é representada pela equa-
ção: ativo - o passivo.
Letra d.
Claudio Zorzo
Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Análise Gerencial, Docência para Nível Superior,
Auditoria e Perícia Contábil. É ex-servidor público do Executivo Federal – Ministério do Exército e ex-
servidor público do Legislativo Federal – Assessor Parlamentar. Atualmente, é professor de Contabilidade
e Auditoria Pública e Privada.
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