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CONTABILIDADE

GERAL
Conceitos Básicos e Princípios
Contábeis

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
CONTABILIDADE GERAL
Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
Claudio Zorzo

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................4
Conceitos Básicos e Princípios Contábeis.........................................................................................................6
Origem da Contabilidade Moderna.........................................................................................................................6
Cenário Brasileiro Atual. . ..............................................................................................................................................7
Conceito de Contabilidade. . ........................................................................................................................................11
Objeto da Contabilidade. . ............................................................................................................................................17
Objetivo da Contabilidade. . .......................................................................................................................................29
Normas Brasileiras de Contabilidade................................................................................................................35
Pronunciamentos Técnicos do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)..........................39
CPC 00 R2 - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro.. ....................................................................................................................................................43
Capítulo 1 – Objetivo do Relatório Financeiro para Fins Gerais.........................................................47
Capítulo 2 – As Características Qualitativas de Informações Financeiras Úteis......................51
Capítulo 3 – Demonstrações Contábeis e a Entidade que Reporta..................................................68
Capítulo 4 - Elementos das Demonstrações Contábeis...........................................................................71
Capítulo 5 – Reconhecimento e Desreconhecimento. .............................................................................. 79
Capítulo 6 – Mensuração.. ......................................................................................................................................... 82
Capítulo 7 – Apresentação e Divulgação........................................................................................................92
Capítulo 8 – Conceitos de Capital e Manutenção de Capital................................................................ 93
Princípios Contábeis..................................................................................................................................................109
Entidade.............................................................................................................................................................................118
Continuidade....................................................................................................................................................................119
Oportunidade..................................................................................................................................................................120
Registro pelo Valor Original. . .................................................................................................................................121
Competência...................................................................................................................................................................123
Prudência..........................................................................................................................................................................124
Resumo..............................................................................................................................................................................155

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Questões de Concurso..............................................................................................................................................162
Gabarito.............................................................................................................................................................................172
Gabarito Comentado..................................................................................................................................................173

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Claudio Zorzo

Apresentação
Prezado(a) contador(a).
Tudo bem contigo?
Espero que sim, que esteja com saúde, com muita disposição e vontade de estudar.
Neste seu projeto pessoal, conte comigo.
Sou o professor Claudio Zorzo, ministro aulas de contabilidade, auditoria e mercado finan-
ceiro para concurso público desde 2000, com dedicação exclusiva à docência desde 2007,
quando deixei o serviço público.
Sou contador, com cursos de especialização em controladoria, auditoria e análise das de-
monstrações contábeis.
Hoje vamos começar as nossas aulas sobre a bela, dinâmica e atraente contabilidade.
Para ajudá-lo, e tenho certeza que vou, dividi este curso em aulas respeitando uma visão
acadêmica do conhecimento. Nelas, apresentarei os conceitos técnicos, sempre objetivos e
direcionados para concursos, depois resolverei questões de provas anteriores, para embasar o
conceito, conhecer e entender a “linguagem da banca”.
Nestas questões, que denomino “DIRETO DO CONCURSO”, trabalharei com várias ban-
cas, para que você consiga entender os conceitos de forma geral, sob várias vertentes de
interpretação.
Ao término de cada aula, comentarei dezenas de questões de prova, especialmente da ban-
ca FGV; nas questões de provas anteriores, tratarei de assuntos que estão interligados com a
aula anterior, desta forma, em todas as aulas, reforçarei os conceitos básicos de tal maneira
que você vai acabar entendendo o que ele quer dizer e compreendendo a sua efetividade den-
tro da ciência contábil.
Este curso vai te ajudar, tenha certeza disto.
Muito bem, feita esta objetiva apresentação, vamos começar nossa primeira aula.
Preparado(a)?
Então vamos lá.
Desejo todo sucesso para você e que consiga atingir o seu objetivo final.

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Conforme meu planejamento inicial, nesta aula vamos estudar os conceitos básicos da
contabilidade.
Vou começar a aula tratando sobre a origem e a evolução da contabilidade moderna no
Brasil; depois, falo sobre as normas do CFC; sobre o CPC e sua estrutura conceitual básica; e,
por fim, trato dos princípios contábeis.

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CONCEITOS BÁSICOS E PRINCÍPIOS CONTÁBEIS


Origem da Contabilidade Moderna
Conceitualmente, a contabilidade é uma ciência social que estuda, controla, administra e
acompanha a evolução do patrimônio de qualquer pessoa, objetivando representá-lo grafica-
mente, evidenciando as suas mutações, por meio das demonstrações contábeis.
A contabilidade tem o seu início com a publicação de uma coleção de conhecimentos de
aritmética, geometria, proporção e proporcionalidade, em 1494, por Luca Paccioli. Neste do-
cumento histórico, o monge franciscano Paccioli, que era um matemático de formação, trata
do mecanismo de partidas dobradas como princípio básico da contabilidade, destacando a
necessidade do inventário sobre o patrimônio, de livros contábeis e do registro das contas;
apresentando, assim, uma base técnica, teórica e escrita para que a arte contábil começasse
a ser tratada como ciência.
O mecanismo de partidas dobradas, que é o princípio basilar da contabilidade, estabelece
que, para toda aplicação de recursos, deva existir uma origem, ou seja, deve ser informado para
onde foi o recurso e de onde ele veio, facilitando o controle sobre o patrimônio. Assim, em cada
fato contábil, devem existir, no mínimo, duas contas envolvidas, sendo a aplicação debitada e
a origem creditada.
O trabalho apresentado por Luca Paccioli foi a origem da primeira escola de pensamento
contábil – o Contismo. Esta escola estabeleceu que a contabilidade tivesse como objeto a
escrituração dos fatos, por meio de contas contábeis, e o objetivo era controlar o patrimônio.
Por isto, a essência do mecanismo de partidas dobradas é a identificação das contas que re-
presentam, respectivamente, a aplicação e a origem dos recursos.
O patrimônio era representado por 5 contas, a saber: bens, direitos, obrigações, ganhos e
perdas. Bens e direitos eram as aplicações patrimoniais, as obrigações representavam a ori-
gem dos bens e direitos. Os ganhos eram origens oriundas das atividades, que, de certa forma,
afetavam diretamente os bens ou direitos; já as perdas eram sacrifícios necessários para a
geração de ganhos.
Tendo como alicerce a orientação básica do mecanismo de partidas dobradas, a contabili-
dade foi objeto de vários estudos científicos, em especial os de Francesco Villa, publicado em
1840; de Giuseppe Cerboni, apresentado em 1867; de Fábio Besta, apresentado em 1880; e de
Vicenzo Mais, divulgado em 1923, todos italianos, como Paccioli. Estes estudos deram origem
e fortaleceram a Escola Italiana, que tinha como objeto da contabilidade o patrimônio, e a pre-
missa básica de que a contabilidade tinha por objetivo o controle sobre o patrimônio.
Com a expansão da economia mundial, especialmente a norte-americana, em 1887 surgiu
a Escola Americana, que tinha como objetivo melhorar a qualidade da informação contábil, de
modo a torná-la mais útil para as empresas e para os usuários das informações, sejam inter-
nos ou externos. Neste período, ocorreu a evolução da teoria para a prática contábil.

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Como a Escola Italiana era muito teórica, tanto que é a base da ciência contábil, a Escola
Americana direcionou seu estudos para o fornecimento de informações práticas para a toma-
da de decisão, padronizando a informação contábil, de modo a facilitar a comparação entre o
desempenho das várias empresas por parte dos investidores. A essência da Escola Americana
é o fornecimento de informações confiáveis, oportunas e compreenssíveis. Foi esta escola a
responsável pela divisão da contabilidade em financeira (demonstrações contábeis) e geren-
cial (análise e custos).
A contabilidade financeira é voltada para a geração de informações que atendam aos an-
seios do público externo, estas informações são apresentadas por meio das demonstrações
contábeis. A contabilidade gerencial visa ao fornecimento de informações aos administrado-
res da empresa, ou seja, ao público interno, por meio do fornecimento de informações sobre os
custos e as despesas em geral.
As duas escolas, Italiana e Amerciana, complementam-se, ou seja, uma não contradiz a
outra - o que existe é uma evolução do objetivo da contabilidade, passando do mero controle
patrimonial para o fornecimento de informações úteis.

Cenário Brasileiro Atual


A contabilidade brasileira, inicialmente, seguia as bases da Escola Italiana, pois a primeira
lei das S/As - Sociedades Anônimas - editada no Brasil, o Decreto-Lei número 2.627 de 1940,
era nitidamente influenciada pela escola patrimonialista italiana.
Com a expansão empresarial e a necessidade de fomentar o mercado com informações
sobre a situação das empresas, o Brasil passou a adotar, na década de 50, a Escola Americana.
Esta escola, no Brasil, foi a base da elaboração dos Princípios de Contabilidade, apresentados
pelo CFC – Conselho Federal de Contabilidade, e da publicação da Lei 6.404/76, conhecida
como Lei Societária, que trata das demonstrações financeiras. Por isto, podemos entender
que a legislação contábil no Brasil, com essa lei, passou a ser embasada na Escola Americana,
pois ela estabelece um padrão para a estrutura das demonstrações contábeis de acordo com
a forma norte-americana de apresentação, destacando a apresentação do balanço patrimonial
em ordem decrescente de liquidez para o ativo e decrescente de exigibilidade para o passivo.
A Lei 6.404/76 passou por uma grande atualização com a apresentação da Lei 11.638/07 e
com a Lei 11.941/09. A Lei 11.638 orienta, entre outros pontos, o equacionamento das normas
contábeis brasileiras às normas internacionais emitidas pelo IASB (International Accounting
Standards Board). Estas normas destacam a necessidade de fornecer relatórios com infor-
mações confiáveis e precisas que possam ser entendidas pelos usuários e estejam de acordo
com as normas aplicadas na maioria dos países.
Com o advento da Lei 11.638/07, estabelece-se uma mudança de foco na legislação con-
tábil, onde o objetivo da contabilidade passa a ser a diminuição da assimetria informacional
por meio do fornecimento de informações fidedignas, tendo como base de sustentação os

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padrões contábeis do IASB, destacando a primazia da essência econômica sobre a forma jurí-
dica, ou seja, a primazia do controle de um recurso sobre a sua propriedade.
A Lei 11.941/09, que alterou a Lei 11.638 e a Lei 6.404, veio para fazer alguns ajustes tribu-
tários, visando a atender algumas solicitações do fisco federal.
Veja a seguinte síntese da evolução das leis:

O Brasil vive hoje, portanto, um momento de nova transição e está norteando seus rumos
contábeis em direção às normas internacionais, afastando-se das normas norte-americanas.
Esta atualização na nossa legislação era necessária, pois o Brasil é um país que recebe inves-
timentos externos de todo o mundo, e o seu mercado mobiliário tem crescido consideravel-
mente. A cada ano, um grande número de empresas nacionais está captando recursos com
investidores internacionais, por meio de parcerias, vendas de ações ou de outros instrumentos
financeiros, normalmente com taxas de juros baixas. O objetivo da captação de recursos é me-
lhorar a saúde financeira da empresa para conseguir atuar no mercado nacional e internacional
com as mesmas condições dos concorrentes.
Para conseguir captar recursos, é necessário que uma empresa esteja preparada para for-
necer não só produtos competitivos, como também informações de qualidade, seguras e fi-
dedignas, o que atualmente é feito pela apresentação das demonstrações contábeis e suas
respectivas notas explicativas. As demonstrações contábeis, que compõem o conjunto das
informações contábeis, devem ser preparadas em uma linguagem acessível ao maior número
possível de usuários da informação contábil, especialmente aos usuários externos.
O grande problema da divulgação de informações para os interessados reside no fato de
que, em alguns países, as diferenças de normas contábeis são significativas e, quando aplica-
das, as demonstrações contábeis seguem estruturas e critérios de avaliação diferentes, apre-
sentando situações financeiras, econômicas e patrimoniais diferentes. O resultado econômico
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informado por uma empresa no Brasil pode ser diferente daquele informado pela empresa de
acordo com as regras internacionais, tendo como consequência uma dificuldade de análise
quanto à comparabilidade das demonstrações contábeis.
A importância de que todos os mercados utilizassem a mesma linguagem contábil levou à
criação de uma entidade conhecida como IASC - International Accoutingg Standard Commit-
tee, em 1973, por representantes da Austrália, do Canadá, da França, da Alemanha, do Japão,
do México, da Holanda, do Reino Unido, da Irlanda e dos Estados Unidos.
Em 2001, foi fundado, em Londres, Inglaterra, o IASB - International Accounting Standards
Board, entidade sucessora da IASC. Atualmente, as normas emanadas pelo IASB são aceitas
em mais de 160 países.
O IASB tem como compromisso principal desenvolver um modelo único de normas con-
tábeis internacionais de alta qualidade, que requeiram transparência e comparabilidade na
elaboração de demonstrações contábeis e que atendam ao público interessado nas infor-
mações contábeis, sejam eles investidores, administradores, analistas, pesquisadores ou
quaisquer outros usuários e leitores de tais demonstrações. O IASB emite pronunciamentos
contábeis de abrangência internacional, que são denominados International Financial Repor-
ting Standards – IFRS.
A equiparação das normas nacionais às normas internacionais requer um destaque na
importância do CPC – Comitê de Pronunciamento Contábil. O CPC nasceu ao final de 2005, da
união das seguintes entidades: CFC – Conselho Federal de Contabilidade; IBRACON – Instituto
Brasileiro de Contadores; FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e
Financeiras; BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo; APIMEC – Associação dos Analistas
e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais; e ABRASCA – Associação Brasileira
de Companhias abertas.
O CPC tem como missão integrar as regras contábeis aos padrões internacionais, por meio
de uma participação, no debate interno, de representantes de todos os setores do mercado
brasileiro, como o governo, a iniciativa privada e os órgãos acadêmicos, com o objetivo final
de emitir Pronunciamentos Técnicos sobre contabilidade para permitir a emissão de normas
pelas entidades reguladoras brasileiras, visando à centralização e à uniformização do seu pro-
cesso de produção de informações, levando sempre em conta a convergência da Contabilida-
de brasileira aos padrões internacionais emanados pelo IASB.
O CPC, respeitando as possíveis diferenças estruturais, tem o mesmo poder orientador
que o IASB, pois os pronunciamentos do CPC são orientações de cunho técnico - e não de-
terminações legais.
Estes pronunciamentos são oficializados pelas normas emanadas pelos organismos ofi-
ciais, como a CVM, o BACEN e o CFC, assim, é importante entender que um pronunciamento
do CPC pode ser normatizado por vários documentos oficiais.
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 Obs.: Por exemplo


 O pronunciamento conceitual básico do CPC, denominado CPC 00, que apresenta a
Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, foi
aprovado pelos seguintes organismos:
 - CFC – NB TG Estrutura Conceitual;
 - CVM – deliberação 675/11;
 - SUSEP – circular SUSEP 517/15;
 - BACEN – resolução 4.144/12;
 - ANEEL – ofício circular 2.775/08;
 - ANTT – comunicado SUREG 1/09.

Com respeito à legislação e à normatização contábil brasileira vigentes, julgue o item


subsequente.

001. (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) A Lei n.º 6.404/1976, ou Lei das Sociedades por Ações,
originalmente elaborada em consonância com as teorias da Escola Italiana de Contabilidade,
foi, nos últimos anos, modificada para atender a convergência da contabilidade brasileira às
normas internacionais de contabilidade do IASB.

A Lei 6.404/76 abarcava a Escola Norte-Americana. As leis 11.638/07 e 11.941/09 abarcam a


Escola Internacional.
Errado.

Com relação à Ciência Contábil e suas características, julgue os itens que se seguem.

002. (CESPE/STM/CONTADOR/2011) No Brasil, a Ciência Contábil, desde as últimas altera-


ções na Lei n.º 6.404/1976, vem se afastando da escola italiana, ao mesmo tempo em que se
aproxima da escola norte americana.

A Lei 6.404/76 foi elaborada tendo como base a Escola Americana de Contabilidade e, neste
momento, afastava-se da Escola Italiana. As alterações que ocorreram na Lei 6.404/76 busca-
ram a convergência das normas nacionais às normas internacionais emitidas pelo IASB.
Assim, as alterações apresentadas pelas novas leis foram para adequá-la à Escola Internacio-
nal, afastando-se da Escola Americana.
Errado.

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Acerca da Lei n.º 6.404/1976 e suas alterações recentes, julgue os itens que se seguem.

003. (CESPE/FUB/CONTADOR/2011) As alterações promovidas pela Lei n.º 11.638/2007 e


posteriores tiveram por finalidade criar alternativas às normas internacionais de contabilidade
emitidas pelo IASB, dadas as condições reais da economia brasileira.

As alterações promovidas pelas leis 11.638 e 11.941 não tiveram a finalidade de CRIAR ALTER-
NATIVAS, mas, sim, de promover a convergência das normas nacionais às internacionais.
É importante destacar que a convergência às normas internacionais de contabilidade, no Bra-
sil, teve seu marco legal com a promulgação da Lei 11.638/2007, que determinou a adoção dos
padrões internacionais de contabilidade.
Errado.

Conceito de Contabilidade
O primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado na cidade do Rio de Janeiro, em
agosto de 1924, estabeleceu e formulou alguns conceitos oficiais para a contabilidade, com o
objetivo de dar uma formalidade oficial para a matéria.
Ficou estabelecido, na reunião, o seguinte conceito para a contabilidade:

É a ciência aplicada (social) que estuda a prática e as funções de orientação, de controle e de regis-
tro, relativos aos atos e aos fatos de administração econômica.

Junto ao conceito de contabilidade, foram formalizadas outras informações e outros con-


ceitos relacionados à disciplina; o interessante é que estes conceitos têm sido cobrados em
provas atualmente; os principais são:
− Escrituração: registro metódico dos fatos administrativos de ordem econômica;
− Contabilista: profissional versado nos estudos de contabilidade; profissional que exe-
cuta os trabalhos de contabilidade;
− Contabilizar: significa organizar o patrimônio e as informações de acordo com as
normas contábeis, respeitando um processo sistemático;
− Digrafia: consiste em afirmar que a escrituração dos fatos será feita por partidas
dobradas.

Destes conceitos básicos, podemos inferir algumas informações que estudaremos nas
nossas aulas, por exemplo:
• A contabilidade é uma ciência social;
• O foco da contabilidade é administração econômica de atos e fatos;
• São escriturados somente os fatos, os atos são controlados;
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• O profissional responsável deve ser um contabilista;


• Contabilizar é respeitar um sistema de informações contábeis;
• A digrafia contábil é a aplicação do mecanismo de partidas dobradas, em que, para toda
aplicação de recurso, deverá existir uma origem.

Quando a banca tratar deste assunto, lembre-se do seguinte:


− Contabilidade = ciência social;
− Digrafia = partidas dobradas;
− Escrituração = fatos contábeis;
− Profissional = contabilista.

Como nosso objetivo, nesta aula, é tratar da ciência contábil, vou começar conceituan-
do ciência:

É todo o conhecimento adquirido através do estudo ou da prática, baseado em axiomas.

Mas simplesmente, expandindo os termos:

estudo ou prática” podemos dizer que Ciência é algo sistematizado, que tem um objeto, um objetivo,
uma finalidade, um campo de aplicação e um princípio básico.

Assim, a contabilidade é uma ciência porque possui objeto de estudo, que é o patrimô-
nio; tem um método próprio de análise e prática, que é a escrituração contábil; e possui um
axioma básico, que é o mecanismo das partidas dobradas, em que “todo débito possui um
crédito correspondente”.

As ciências sociais analisam as manifestações


e os relacionamentos da sociedade, quer
materiais, quer simbólicas.

Dentro da classificação de ciência, a contabilidade faz parte das ciências sociais, pois
trata de relacionamentos entre pessoas. Estas pessoas representam a origem e a aplicação
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no patrimônio, dentro de uma sociedade, com implicações internas e externas, dado que va-
riações nesse patrimônio afetam de alguma forma o meio em que ele está inserido.

Veja um conceito completo e atual de contabilidade:

“É a ciência social que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades,
mediante o registro, a demonstração e a divulgação desses fatos, com o objetivo de oferecer infor-
mações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da
gestão da riqueza patrimonial aos usuários.” (Hilário Franco)

Já sabemos que a contabilidade é uma ciência social. Social porque tem relacionamento
envolvido; ciência porque tem objeto, objetivo, finalidade, campo de aplicação e axioma básico.
Agora, vamos ver os seguintes pontos da excitante contabilidade:
• Objeto – Patrimônio;
• Objetivo – Fornecer informações;
• Finalidade – Controlar o patrimônio;
• Campo de aplicação – Qualquer pessoa física ou jurídica;
• Princípio básico – Partidas dobradas.

Vimos que toda ciência social trata de relacionamentos; na contabilidade, não é diferente,
ela trata do relacionamento entre contas que compõem o patrimônio, por meio de débitos e
créditos; estes débitos e créditos representam a essência do ato de registar o que a contabili-
dade está disposta a demonstrar.
Por isto, é necessário que você saiba que a contabilidade como ciência social trata do pa-
trimônio por meio de conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições de
generalidade, certeza e busca das causas.
• Metodologia Racional, pois possui uma sistemática própria (objeto, objetivo e finalida-
de) e aplica-se a algo prático;
• Generalidade, pois trata de informações para qualquer pessoa, não há um usuário es-
pecífico;
• Certeza, pois a informação deve ser fidedigna e factual, embasada em fatos;
• Busca de causas, pois deve ser provado cada fato com documentos que lhe originaram.

Estas qualidades que fazem com que a contabilidade, como ciência, distinga-se da es-
crituração contábil, pois a escrituração é um meio técnico e disciplinado para registrar a mo-
vimentação dos fatos patrimoniais e de evidenciá-los, enquanto a ciência se ocupa tanto do
fenômeno patrimonial e da explicação do que ocorre com o patrimônio em suas muitas trans-
formações, com lastro em teorias e teoremas, quanto de um conjunto de conceitos.
A seguir, vou apresentar uns excertos de questões de provas e algumas questões, para
que você consiga visualizar como as bancas têm cobrado o assunto. Quando eu for tratar do
assunto conforme a visão da banca, utilizarei a expressão DIRETO DO CONCURSO.
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Entenda que o objetivo principal do DIRETO DO CONCURSO não é somente avaliar o conhe-
cimento, mas também apresentar o assunto conforme ele foi cobrado nas provas. É para você
se familiarizar com a linguagem das bancas.

Acerca dos aspectos fundamentais da contabilidade, julgue o item.

004. (QUADRIX/CRO-AC/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2019) A contabilidade consiste em


conhecimentos obtidos por metodologia racional, com condições de generalidade, certeza e
busca das causas dos fenômenos observados.

A contabilidade como ciência social trata do patrimônio por meio de conhecimentos obtidos
por metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e busca das causas.
Certo.

Acerca das noções básicas de contabilidade, julgue o item.

005. (QUADRIX/CRO-AC/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2019) A contabilidade tem objeto


determinado, mas não pode ser considerada como uma ciência porque sua metodologia não
leva à certeza das causas dos fenômenos.

Contabilidade é a ciência social que, por meio de metodologia própria, estuda, controla e
interpreta os fatos ocorridos no PATRIMÔNIO das aziendas, mediante o registro, a demons-
tração e a divulgação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição
do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza
patrimonial aos usuários.
Errado.

Julgue os itens a seguir, relativos a contabilidade.

006. (CESPE/CGE-PE/AUDITOR/2010-ADAPTADA) A contabilidade é uma ciência exata

A assertiva é bem simples, pois basta saber que a contabilidade é uma ciência social - e
não exata.
Errado.

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Com relação a conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade, julgue os itens que se seguem

007. (CESPE/FUB/TÉCNICO CONTÁBIL/2014) A contabilidade consiste em um sistema de


informações financeiras destinado a identificar, registrar e comunicar os eventos econômicos
de uma organização

A CONTABILIDADE é uma ciência social que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no
patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração e a divulgação desses fatos,
com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o re-
sultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial aos usuários.
Certo.

Considerando que a contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais sob o


aspecto da finalidade organizacional, julgue o item a seguir, no que se refere a conceitos, obje-
tivos e finalidades da contabilidade.

008. (CESPE/DPF/AGENTE/2018) A contabilidade integra o rol das ciências exatas por estar
dedicada à mensuração da riqueza do ente contábil.

Note que, novamente, a banca quer tratar a contabilidade como uma ciência exata, contudo
sabemos que ela é uma ciência social, pois trata de relacionamento entre as contas.
Errado.

009. (FCPC/UNILAB/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) Existe um conceito oficial de contabilidade


formulado no Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilidade. Assinale a opção que corrobora
com esse conceito oficial.
a) Contabilidade é uma ciência aplicada que estuda e pratica as funções de orientação, de
controle e de registro relativas à Administração Econômica.
b) Contabilidade estuda o patrimônio do ponto de vista econômico e financeiro, observando
seus aspectos quantitativo e específico e as variações por ele sofridas.
c) Contabilidade é a ciência que controla o patrimônio das empresas, mediante registro, de-
monstração expositiva, confirmação, análise e interpretação dos fatos nele ocorridos.
d) Contabilidade é a técnica especial concebida para, registrar, reunir e interpretar os fenôme-
nos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer empresa.
e) Contabilidade é a técnica de registrar todas as transações de uma companhia, que possam
ser expressas em termos monetários, e de informar os reflexos dessas transações na situação
dessa companhia.
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O Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado na cidade do Rio de Janeiro, em agos-


to de 1924, estabeleceu que contabilidade é a ciência social que estuda a prática e as funções de
orientação, de controle e de registro, relativos aos atos e aos fatos de administração econômica.
Letra a.

010. (CESGRANRIO/PETROBRAS/ADMINISTRAÇÃO/2018) Muitas são as definições de


Contabilidade apresentadas pelos autores contábeis, variando, ligeiramente, de acordo com
sua corrente doutrinária. Entretanto, todos os conceitos, de uma forma ou de outra, convergem
para a definição cunhada no I Congresso Brasileiro de Contabilidade.
Nesse Congresso, a Contabilidade foi definida como sendo a ciência que, em relação aos atos
e fatos da administração econômica, pratica as funções de
a) anotação, mensuração e contagem
b) comprovação, verificação e acompanhamento
c) informação, medição e evidenciação
d) levantamento, marcação e apropriação
e) orientação, controle e registro

O Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado na cidade do Rio de Janeiro, em


agosto de 1924, estabeleceu que a contabilidade é a ciência social que estuda a prática e as
funções de orientação, de controle e de registro, relativos aos atos e aos fatos de adminis-
tração econômica.
Letra e.

011. (VUNESP/MPE-SP/CONTADOR/2019) Assinale a alternativa que define corretamente a


Contabilidade.
a) É uma ciência que se desenvolve com o objetivo de controlar o caixa de uma entidade finan-
ceira. São entidades financeiras todas aquelas que possuam uma conta caixa.
b) É uma ciência que define na empresa um sistema de informações contábil que tem por obje-
tivo subsidiar a tomada de decisões sobre entidades econômicas. São entidades econômicas
pessoas físicas ou jurídicas que tomem decisões sobre recursos econômicos.
c) Corresponde ao registro dos itens do ativo e do passivo que tenham ou não valor econômi-
co. O valor econômico de um ativo é definido como sendo o seu custo histórico de aquisição.
d) É uma ciência exata que permite mensurar objetivamente o patrimônio líquido das entida-
des econômicas. O patrimônio líquido corresponde à diferença entre os grupos ativo intangível
e passivo intangível.
e) É uma ciência histórica que tem por finalidade a evidenciação das operações de uma entida-
de com o objetivo principal de possibilitar ao estado o exercício da tributação e a cobrança do
cumprimento das obrigações assessórias.
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A contabilidade é uma ciência social que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no pa-
trimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração e a divulgação desses fatos, com
o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado
econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial aos usuários.
Note que a contabilidade se utiliza de um sistema de informações para atender ao seu obje-
tivo, que é fornecer informações aos usuários internos e externos, que podem ser pessoas
físicas ou jurídicas.
Letra b.

012. (IBADE/JARÚ-RO/CONTADOR/2019) Pode-se definir Contabilidade como:


a) a técnica que tem por objetivo o estudo das variações quantitativas e qualitativas ocorridas
no patrimônio das entidades.
b) a ciência que tem por objetivo o estudo das variações quantitativas e qualitativas ocorridas
no patrimônio das entidades.
c) um segmento da contabilidade que se preocupa só com o patrimônio das entidades.
d) é a técnica que evolui para que seus usuários possam tomar decisões.
e) é a técnica que elabora os demonstrativos contábeis.

O Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado na cidade do Rio de Janeiro, em


agosto de 1924, estabeleceu que contabilidade é a ciência aplicada que estuda a prática e
as funções de orientação, de controle e de registro, relativos aos atos e aos fatos de admi-
nistração econômica.
Letra b.

Objeto da Contabilidade
O objeto delimita o campo de abrangência de uma ciência, tanto nas ciências formais quan-
to nas factuais, das quais fazem parte as ciências sociais.
Na Contabilidade, que é uma ciência social, o objeto é sempre o PATRIMÔNIO de uma enti-
dade, definido como um conjunto de bens, direitos e obrigações para com terceiros, pertencen-
te a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas (como ocorre nas sociedades informais) ou
a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independentemente da sua finalidade,
que pode, ou não, incluir o lucro.

Deixe a banca perguntar o que ela quiser e da forma que ela quiser, o OBJETO DA CONTABILI-
DADE é sempre o PATRIMÔNIO.
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Patrimônio de forma simples é denominado de conjunto dos RECURSOS que representam os bens,
direitos e obrigações das pessoas.

O Conselho Federal de Contabilidade apresentou um conceito mais completo para o Patrimô-


nio Público, como a contabilidade é una, o conceito pode ser explorado na contabilidade geral.
Veja:

Patrimônio público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, ad-
quiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público,
que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de
serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.

Vou aproveitar a exuberância de detalhes deste conceito e tratar de cada uma das qualida-
des dos bens e direitos, pois elas se aplicam à contabilidade geral também:
− Tangíveis – são os bens que possuem corpo, matéria;
− Intangíveis – são os bens incorpóreos;
− Onerados – bens e direitos que podem ser dados como garantia ou exigem um pa-
gamento;
− Não onerados – bens e direitos que não podem ser utilizados como garantia ou não
exigem pagamento;
− Adquiridos – são os bens e direitos comprados, à vista ou a prazo;
− Formados – foram criados pela empresa (por exemplo, a marca);
− Produzidos – bens industrializados (por exemplo, a produção, a transformação dos
insumos em produto);
− Recebidos – bens e direitos recebidos como doação;
− Mantidos – bens e direitos sob o domínio da empresa (usufruto);
− Utilizados – bens e direitos de uso, fazem parte das atividades operacionais (máqui-
nas e equipamentos).

Por bens entende-se o conjunto de coisas que possuem valor econômico e que podem ser
convertidas em dinheiro; normalmente, são utilizadas na realização do objetivo principal da
empresa. Estes bens podem ser tangíveis ou intangíveis.
Os bens tangíveis são de fácil identificação, querem ver? Levantem a cabeça e olhem ao
redor... quantas coisas vocês estão vendo? Identifiquem cinco coisas.
Eu fiz isto aqui no meu escritório e identifiquei:
− 1. Computador;
− 2. Impressora;
− 3. Mesa;
− 4. Cadeira;
− 5. 2 cachorros, o Fredo e o Floqui.
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Agora, entenda que estas coisas fazem parte do meu patrimônio, independentemente de já
terem sido pagas ou não. São meus bens tangíveis.
O intangível é que tem apresentado complicação na sua identificação, pois ele não tem cor-
po – e, assim, não é identificado visualmente, o que torna difícil mensurá-lo. A sua identificação
é feita por meio de contratos, documentos ou outra forma que evidencie a sua existência. Con-
tudo somente quando identificado e controlado pela empresa pode ser registrado.
Como exemplo de bens intangíveis, temos o capital intelectual, a marca, um direito de ex-
ploração de um espaço comercial e o direito de explorar uma franquia.
Direitos são os recursos que a empresa tem a receber ou a recuperar junto a terceiros; re-
presentam os créditos da empresa junto aos terceiros.
Guarde o seguinte: Só existe direito em uma empresa porque alguém deve alguma coisa
para ela. Por exemplo: duplicata a receber, contas a receber, clientes, impostos a recuperar,
entre outros.
Já as obrigações representam as dívidas, os valores que devem ser pagos pela empresa
junto aos terceiros.
As obrigações representam os débitos, por isto são um exigível, aquilo que empresa terá
que pagar para alguém. Por exemplo: contas a pagar, duplicatas a pagar, fornecedores, impos-
tos a recolher, etc.

Dúvida de Sala de Aula


Estava ministrando aula em Goiânia, num curso onde tinham alguns alunos iniciantes, pes-
soas que estavam tendo o primeiro contato com a matéria. Em certo momento da aula, uma
jovem, toda receosa, perguntou:

- Professor, o senhor sempre fala de terceiros, quem são os primeiros e os segundos?

A dúvida parece ser simples, entretanto envolve um conhecimento aprofundado da teoria


contábil, pois, no estabelecimento da contabilidade como ciência, temos a Teoria Personalista,
que designa as relações da entidade. Assim, respondendo à dúvida:
• O primeiro é a empresa, a personalidade jurídica;
• Os segundos são os sócios, aqueles que têm responsabilidade indireta pelas negocia-
ções do primeiro;
• Os terceiros são os credores e devedores em relação ao primeiro, ou seja, são as obriga-
ções (fornecedores) e os direitos (clientes) da empresa.

Não esqueça que o patrimônio é representado por contas contábeis. Abaixo, apresento
uma pequena relação de contas com a sua identificação, para que vocês consigam visualizar
a composição dos bens, dos direitos e das obrigações:
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Bens Direitos Obrigações


Caixa Banco conta corrente Banco conta empréstimo
Estoque Duplicatas a receber Duplicatas a pagar
Móveis Contas a receber Contas a pagar

Computadores Debêntures adquiridas Debêntures emitidas

Equipamentos Empréstimos a receber Empréstimos a pagar


Veículos Despesas antecipadas Receitas antecipadas
Imóveis Adiantamento a cliente Adiantamento de cliente
Terrenos Adiantamento a fornecedor Adiantamento de fornecedor
Obras em andamento Aplicações financeiras Derivativos a pagar
Marcas e patentes Empréstimos a sócios Empréstimos de sócios
Minas – jazidas Impostos a recuperar Impostos a recolher

A representação gráfica para fins de divulgação do patrimônio é feita em uma demonstra-


ção denominada Balanço Patrimonial. Ele é composto por um grupo de contas, que são: ativo,
passivo e patrimônio líquido.
− Os bens e direitos = formam lado ativo do patrimônio, representam o potencial eco-
nômico da empresa.
− As obrigações = apresentam o lado passivo do patrimônio.

Do conceito de patrimônio surge o patrimônio líquido. Assim, patrimônio é diferente de patri-


mônio líquido.

Contabilmente, o Patrimônio Líquido é a situação líquida do patrimônio, ou seja, representa


o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos seus passivos.

PL = bens + direitos – obrigações

Notou que, estruturalmente, o PL é uma sobra? Veja que, do total dos bens e direitos da
empresa, são retiradas as dívidas, assim, o PL representa o que é da empresa mesmo, devido
a isto, é denominado CAPITAL PRÓPRIO da entidade.

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Balanço Patrimonial
Passivo
Ativo
obrigações
bens + direitos
Patrimonio líquido
capital próprio

PARA NÃO ESQUECER


TUDO O QUE UMA EMPRESA TEM NO ATIVO É DE TERCEIROS
(PASSIVO) OU É DOS SÓCIOS (PL).

No entanto o patrimônio também é objeto de outras ciências sociais – por exemplo, da


Economia, da Administração e do Direito – que o estudam sob ângulos diversos daquele da
contabilidade, que o estuda nos seus aspectos quantitativos (valores) e qualitativos (compo-
sição). O ponto de vista sob o qual esse objeto é estudado difere de uma ciência para outra - e
isto tem sido exigido em alguns concursos.

Para o Direito, o patrimônio é a representação econômica da pessoa e a sua natureza jurídica


é a de universalidade de direitos e obrigações. Assim, denomina-se patrimônio o complexo de
direitos e obrigações pecuniariamente apreciáveis inerentes a uma pessoa, compreendendo
as coisas, os créditos e débitos, enfim, todas as relações jurídicas de conteúdo econômico das
quais participe ativa ou passivamente a entidade.

A Lei 6.404/76, denominada Lei das Sociedades Anônimas, que é muito cobrada nas provas
de concurso, pois trata da contabilidade societária, em seu artigo 178 apresenta o seguinte:

No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e


agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante; e
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado
e intangível.
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
I – passivo circulante;
II – passivo não circulante; e
III – patrimônio líquido.

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O problema é o inciso III do § 2º. Veja que, segundo a Lei das S/As, o patrimônio líquido faz
parte do passivo, como uma obrigação da empresa junto aos sócios.
Nós já vimos que, para as normas contábeis, o patrimônio líquido não representa uma obri-
gação para a empresa, mas, sim, um resíduo patrimonial.
A justificativa contábil é a de que o sócio não empresta dinheiro para a empresa; ele aplica
no capital social, para que ocorra a maturação de seu investimento com a continuidade das ati-
vidades; então, ele não quer “receber” o dinheiro de volta em um tempo pré-determinado, como
os terceiros querem; ele quer que seu investimento se valorize com o crescimento da empresa.

O PULO DO GATO
Para não cair nas artimanhas da banca, fazendo uma relação entre a legislação (Código Civil e
Lei 6.404) e as normas contábeis, podemos inferir que o passivo é dividido em exigível (dívidas
com terceiros) e não exigível (dívidas com os sócios).

Para contextualizar, apresento a estrutura do patrimônio no Balanço Patrimonial:

Patrimônio
Ativo Passivo

Bens Direitos Obrigações com os


Obrigações com sócios
“Coisas” “Haveres” terceiros
Tangíveis e a receber ou a “Não exigível”
“passivo exigível”
intangíveis recuperar Patrimônio Líquido

Outro ponto que merece destaque em relação ao tema é a confusão feita entre patrimônio
e capital.
Entendo que a relação entre os conceitos de capital e patrimônio é complementar, pois o
patrimônio é originado do capital de alguém, ou seja, para existir patrimônio em uma empre-
sa, alguém deve ter dado o seu capital para ela, desta forma, o capital de alguém é a origem
do ativo; sendo que o ativo pode ser originado do capital dos sócios (PL) ou do capital de
terceiros (passivo).
É importantíssimo entender que, contabilmente, capital representa uma riqueza de alguém
- e este alguém decidiu aplicar esta riqueza em uma empresa. Por isto que surgem expressões
como capital total aplicado, capital de terceiros ou capital próprio - Todas estas expressões
têm relação direta com o conceito de patrimônio.

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Passivo =
Capital de
terceiros
Ativo =
Capital à Empresa
disposição da
empresa (Azienda)

PL = Capital dos
sócios

PEGADINHA DA BANCA
As bancas gostam de confundir os concorrentes, cobrando outras denominações para os com-
ponentes de patrimônio e capital. Para evitar que vocês sejam “enganados”, apresento, abaixo,
uma relação de sinônimos:

Ativo Passivo
Patrimônio bruto Patrimônio de Patrimônio Líquido
Capital total terceiros Capital próprio
Capital aplicado Capital alheio Não exigível
Realizável Exigível

Da demonstração do patrimônio no balanço patrimonial surge a equação patrimonial, que é:


Ativo = Passivo + Patrimônio líquido
Bens + direitos = obrigações exigíveis + capital próprio da empresa

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Esta equação é também apresentada com as seguintes denominações:


Patrimônio bruto = patrimônio alheio + patrimônio líquido
Capital total aplicado = capital de terceiros + capital próprio

O patrimônio também é objeto de outras ciências sociais – por exemplo, da Economia, da


Administração e do Direito – que, entretanto, estudam-no sob ângulos diversos daquele da
contabilidade, que o estuda nos seus aspectos quantitativos e qualitativos.

A contabilidade busca, primordialmente, apreender, no sentido mais amplo possível, e en-


tender as mutações sofridas pelo patrimônio, tendo em mira, muitas vezes, uma visão pros-
pectiva de possíveis variações.
As mutações tanto podem decorrer da ação do homem quanto, embora quase sempre se-
cundariamente, dos efeitos da natureza sobre o patrimônio.

Acerca dos temas fundamentais da contabilidade, julgue o item.

013. (QUADRIX/CREA-TO/CONTADOR/2019) A contabilidade é uma ciência que dispõe de


objeto de estudo e metodologia próprios.

Na contabilidade, que é uma ciência social, o objeto é sempre o PATRIMÔNIO de uma entidade,
no entanto o patrimônio também é objeto de outras ciências sociais que o estudam sob ângu-
los diversos daquele da contabilidade.
Certo.

Considerando que a contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais sob o


aspecto da finalidade organizacional, julgue o item a seguir, no que se refere a conceitos, obje-
tivos e finalidades da contabilidade.

014. (CESPE/DPF/AGENTE/2018) Sob a ótica citada, o objeto da contabilidade é o patrimô-


nio do ente contábil específico.

O objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio de qualquer pessoa, ou seja, de qualquer


ente específico.
Certo.

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Com relação à Ciência Contábil e suas características, julgue os itens que se seguem.

015. (CESPE/STM/CONTADOR/2011) O objeto da contabilidade é o patrimônio, constituído


pelo conjunto de bens, direitos e obrigações próprios de determinado ente.

A questão tratou do conceito de patrimônio e destacou que o patrimônio é da entidade.


É bom lembrar que o patrimônio é da entidade, mas a entidade não é do patrimônio, isto tem
relação com a autonomia patrimonial.
Certo.

Com referência a conceitos básicos de contabilidade, julgue os itens seguintes.

016. (CESPE/TRE-ES/CONTADOR/2011) A confusão normalmente feita entre os termos ca-


pital e patrimônio é causada pelo fato de, na contabilidade, o capital ser constituído pelo patri-
mônio líquido, enquanto o patrimônio é formado pelo ativo total das entidades.

A questão tratou do conceito de patrimônio e de capital, para responder basta lembrar que
patrimônio é o conjunto dos bens, direitos e obrigações, e capital é a origem do patrimônio; ou
seja, para existir o patrimônio em uma empresa, alguém aplicou o seu capital.
O capital total é o patrimônio bruto da entidade, ou seja, o seu ativo, que foi originado pelo ca-
pital de terceiros (passivo) e pelo capital próprio (PL).
Assim, a questão apresentou o conceito de forma invertida, pois o patrimônio líquido é forma-
do pelo capital próprio, e o patrimônio é formado pelo ativo e pelo passivo.
Errado.

017. (COSEAC/UFF/ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO/2015) O objeto da Contabilidade é:


a) o capital.
b) a empresa.
c) a riqueza.
d) o patrimônio.
e) o dinheiro.

Uma questão simples.


A contabilidade é uma ciência social; tem por objeto o PATRIMÔNIO; por objetivo fornecer in-
formações úteis, com a finalidade de controlar o patrimônio; seu campo de aplicação são tanto
as aziendas quanto os usuários internos e externos.
Letra d.

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018. (IDIB/CRF-RJ/CONTADOR/2018) O patrimônio é definido como sendo:


a) O conjunto de bens tangíveis e intangíveis de propriedade de uma empresa.
b) São bens da empresa utilizados para atingimento de seus objetivos.
c) São bens, valores e as obrigações com sócios e terceiros.
d) Conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma determinada entidade.

Vimos, na aula, que o patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade.
Valores não é o mesmo que direito.
Lembre-se que as obrigações podem ser junto aos terceiros (passivo exigível) ou junto aos
sócios (patrimônio líquido).
Letra d.

019. (UFMT/ TJ-MT/ CONTADOR/2016) Patrimônio Bruto é o mesmo que:


a) Capital Aplicado.
b) Capital Fixo.
c) Capital Próprio.
d) Capital de Terceiros.

A questão trata de um sinônimo de ativo, fica fácil demais responder; basta lembrar que o ativo
é o patrimônio bruto, que é o mesmo que capital aplicado. Mole, mole, mole...
Letra a.

020. (IBADE/DEPASA-AC/CONTADOR/2019) De acordo com a Resolução CFC n. 774 de 16


de dezembro de 1994 do Conselho Federal de Contabilidade, o objeto de estudo da contabili-
dade em seus aspectos qualitativos e quantitativos, denomina-se:
a) Aziendas.
b) Patrimônio Líquido.
c) Controle do Patrimônio.
d) Ação Administrativa.
e) Patrimônio.

Segundo a referida resolução na contabilidade, o objeto é sempre o PATRIMÔNIO de uma enti-


dade, definido como um conjunto de bens, direitos e obrigações para com terceiros, pertencen-
te a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou
a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independentemente da sua finalidade,
que pode, ou não, incluir o lucro.
Letra e.
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021. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2017) O conceito de pa-


trimônio de uma empresa abrange
a) bens e direitos mais obrigações.
b) bens e direitos menos obrigações.
c) bens e direitos apenas.
d) bens tangíveis e direitos.
e) bens tangíveis e bens intangíveis.

Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma pessoa ou a


uma entidade.
Representa a soma dos bens + direitos + obrigações de uma entidade.
Letra a.

022. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/ANALISTA CONTÁBIL/2016) As Ciências Contábeis, as-


sim como qualquer outra área de conhecimento, possuem um objeto de estudo. Assinale a
alternativa que apresenta o objeto de estudo da Contabilidade.
a) Riqueza da empresa.
b) Balanço Patrimonial (BP)
c) Bens, Direitos, Obrigações, Receitas, Despesas, Contas a Receber e a Pagar.
d) Patrimônio.
e) Método das Partidas Dobradas.

O objeto de estudo da contabilidade é o PATRIMÔNIO das entidades econômicas-administra-


tivas, as aziendas.
Letra d.

023. (INSTITUTO AOCP/JUIZ DE FORA/CONTADOR/2016) O objeto de estudo da contabili-


dade é o Patrimônio das Entidades. Considerando essa afirmação, assinale a alternativa que
apresenta o conceito de Patrimônio.
a) Conjunto de Bens e Direitos das Entidades.
b) Conjunto de Bens, Direitos e Obrigações das Entidades.
c) Conjunto de Bens e Direitos menos as Obrigações das Entidades.
d) Conjunto de Ativos menos Passivos e Patrimônio Líquido das Entidades.
e) Bens Tangíveis e Intangíveis da Entidade.

Patrimônio é o conjunto de bens direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou jurí-
dica, com ou sem fins lucrativos.
Letra b.
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024. (INSTITUTO AOCP/UFPB/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) Assinale a alternativa que repre-


senta o conceito de Bens sob a ótica da contabilidade.
a) São itens corpóreos mensuráveis em dinheiro que podem integrar o patrimônio das entida-
des para utilização futura, tais como marcas e patentes.
b) São os itens que estão em poder de terceiros que podem ser utilizados de forma imediata.
c) São itens incorpóreos que são mensuráveis em dinheiro que podem ser tocados, tais como
máquinas e veículos.
d) São os direitos de terceiros em poder da entidade.
e) São itens tangíveis e intangíveis quantificáveis em dinheiro e que integrarão o patrimônio da
entidade para utilização imediata.

Os bens representam os ativos tangíveis (máquinas, equipamentos, estoques, etc.) e intangí-


veis (marca, fórmulas, softwares, etc.) que podem ser mensurados economicamente e serão
utilizados, pela empresa, nas suas atividades comerciais e administrativas.
Letra e.

025. (INSTITUTO AOCP/IPM-SP/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) A prefeitura municipal adquiriu


um software para controle patrimonial. O contador deverá classificar esse software como
a) material de consumo.
b) investimento.
c) ativo intangível.
d) ativo imobilizado.
e) despesas do período.

O software é um ativo intangível, sem substância física, utilizado nas atividades da empresa.
Letra c.

026. (SELECON/ENGEPROM/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2021) O conjunto de bens,


valores, direitos e obrigações de uma pessoa física ou jurídica que possa ser avaliado pecunia-
riamente e que seja utilizado na consecução dos objetivos da empresa denomina-se:
Alternativas
a) capital
b) situação líquida
c) patrimônio
d) fatores de produção

Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma pessoa física ou jurídica.
O PATRIMÔNIO das entidades é o objeto de estudo da contabilidade.
Letra c.
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Objetivo da Contabilidade
Antes de apresentar o objetivo da contabilidade, VAMOS LEMBRAR:
A contabilidade é uma ciência, isto quer dizer que tem: objeto, objetivo, finalidade, usuários,
campo de aplicação e um princípio básico. É uma ciência SOCIAL, pois trata do relacionamento
entre pessoas, que são as contas.
A Resolução 774/94, do CFC, apresentou a seguinte posição sobre o objetivo da con-
tabilidade:

A existência de objetivos específicos não é essencial à caracterização de uma ciência, pois, caso
o fosse, inexistiria a ciência “pura”, aquela que se concentra, tão-somente, no seu objeto. Aliás, na
própria área contábil, encontramos muitos pesquisadores cuja obra não apresenta qualquer escopo
pragmático, concentrando-se na Contabilidade como ciência. De qualquer forma, como já vimos,
não há qualquer dificuldade na delimitação dos objetivos da Contabilidade no terreno científico, a
partir do seu objeto, que é o Patrimônio, por estarem concentrados na correta representação deste
e nas causas das suas mutações.
O objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentação do Patrimônio e na
apreensão e análise das causas das suas mutações. Já sob ótica pragmática, a aplicação da Con-
tabilidade a uma Entidade particularizada, busca prover os usuários com informações sobre as-
pectos de natureza econômica, financeira e física do Patrimônio da Entidade e suas mutações, o
que compreende registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob a
forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas, e outros meios.
De forma geral, no âmbito dos profissionais e usuários da Contabilidade, os objetivos desta, quan-
do aplicada a uma Entidade particularizada, são identificados com a geração de informações, a
serem utilizadas por determinados usuários em decisões que buscam a realização de interesses
e objetivos próprios.
O tema, tão claro no quadrante científico, comporta comentários mais minuciosos quando direcio-
nado aos objetivos concretos perseguidos na aplicação da Contabilidade a uma Entidade em parti-
cular. Adentramos, no caso, o terreno operacional, regulado pelas normas.

A Resolução 774/94 foi revogada, entretanto a necessidade de a contabilidade fornecer


informações aos usuários foi apresentada no CPC 00 R2 – Estrutura Conceitual Básica da
seguinte forma:

Demonstrações contábeis elaboradas dentro do que prescreve esta Estrutura Conceitual objetivam
fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte
dos usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica de
determinados grupos de usuários.

Assim, como muitas pessoas dependem das informações que uma empresa levanta, o
principal objetivo da contabilidade é:
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Fornecer informação de natureza econômica, financeira, operacional e social, que seja útil aos usu-
ários internos e externos.
Econômica: informação que apresenta o resultado apurado, as receitas e as despesas que ocorre-
ram no exercício.
Financeira: informação relacionada com o fluxo dinheiro e a capacidade de pagamento da empresa.
Operacional: informação vinculada às atividades rotineiras da empresa, normalmente tem relação
com o uso do imobilizado na produção (máquinas, equipamentos) e as receitas e despesas opera-
cionais. Ajuda aos administradores em suas decisões operacionais.
Social: Informação que apresenta quanto que a empresa contribuiu para o desenvolvimento da socie-
dade/região onde está sediada, e como é sua política de recursos humanos. Normalmente estas infor-
mações são apresentadas em notas explicativas e na DVA (demonstração dos valores adicionados).
Atualmente as informações contábeis são divididas em gerenciais e financeiras/econômicas. As in-
formações gerenciais são de uso interno, para tomada de decisão operacional pela alta administra-
ção e normalmente não são divulgadas aos usuários externos, pois estão vinculadas à “expertise”
da empresa.

As informações financeiras/econômicas são apresentadas por meio de dados sintéticos


nas Demonstrações Contábeis. Elas caracterizam o término do processo contábil, são elabora-
das após as análises internas, por isto não atendem aos interesses dos usuários internos, mas
objetivam atender aos usuários externos, que, até a divulgação das demonstrações contábeis,
não tinham informações sobre a situação financeira, patrimonial e econômica da empresa.

O PULO DO GATO
Fiquem atentos: a contabilidade fornece informações para usuários internos e externos. As
demonstrações contábeis são destinadas aos usuários externos.

informações
Usários Internos
tempestivas
Informações
contábeis
informações
Externos
pontuais

Na sua essência, o processo contábil consiste na obtenção, na análise e na mensuração


das mutações sofridas pelo patrimônio da entidade, para, por fim, gerar informações e divulgá-
-las. Contudo a natureza (qual) e a extensão (amplitude) das informações que serão apresen-
tadas vai depender das necessidades específicas e, principalmente, de quem é o usuário, pois
um investidor tem interesse em saber o resultado econômico da empresa; o fornecedor quer
saber a capacidade de pagamento da empresa; os diretores querem informações de caráter
operacional - e assim por diante.
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Para que atendam às necessidades, as informações contábeis são consideradas de pro-


pósito geral (amplas), contudo visam a atender às necessidades específicas de cada usuário,
pois, segundo as normas contábeis, elas devem propiciar aos seus usuários base segura para
suas decisões, pela compreensão do estado em que se encontra a entidade, seu desempenho,
sua evolução, os riscos e as oportunidades que oferece.

AS INFORMAÇÕES SÃO DE PROPÓSITO GERAL, JÁ OS INTERESSES DOS USUÁRIOS SÃO ESPECÍ-


FICOS.

É importante entender que, devido à sua amplitude, a informação contábil se expressa por
diferentes meios, como demonstrações contábeis, escrituração ou registros permanentes e
sistemáticos, documentos, livros, planilhas, listagens, notas explicativas, mapas, pareceres,
laudos, diagnósticos, prognósticos, descrições críticas ou quaisquer outros utilizados no exer-
cício profissional ou previstos em legislação.
Para que sejam apresentadas informações que atendam aos interesses da coletividade, o
pronunciamento conceitual básico da contabilidade determina que, para ser útil, ela precisa ser
relevante e representar, com fidedignidade, o que se propõe.

Dúvida de Sala de Aula


Estava ministrando aula em Porto Alegre quando um aluno fez o seguinte questionamento:

Professor, todas as informações da empresa estão apresentadas nas Demonstrações


Contábeis?

Veja que questionamento interessante. A resposta é não.


O normal, para o estudante, é achar que somente as demonstrações contábeis apresentam
informações, no entanto existem várias formas de a contabilidade apresentar uma informa-
ção. Pode ser por meio de relatório, de planilhas, de extratos, etc.
As demonstrações contábeis são denominadas relatórios financeiros e apresentam os da-
dos apurados pela empresa; estes dados interessam aos usuários externos, pois os usuários
internos (entenda a alta administração) se utilizam de informações mais tempestivas e de fácil
acesso, como um relatório de custo da produção, um relatório de fluxo de caixa para a semana,
um relatório de perdas no estoque, etc.
De certa forma, seria algo fora da lógica a administração depender das demonstrações
contábeis para tomar suas decisões operacionais. Concordam comigo?

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A respeito das noções básicas de contabilidade, julgue o item.

027. (QUADRIX/CRF-ES/CONTADOR/2019) Se a contabilidade for capaz de atender aos re-


quisitos da legislação referente aos impostos diretos e indiretos, incidentes sobre as opera-
ções de cada entidade, terá atingido seus objetivos finais.

O OBJETIVO final da contabilidade é o de fornecer informação de natureza econômica, finan-


ceira, operacional e social, que seja útil aos usuários internos e externos. A contabilidade não
pode se restringir a fornecer informações somente sobre os impostos.
Errado.

Com relação às noções fundamentais de contabilidade, julgue o item.

028. (QUADRIX/CREA-GO/CONTADOR/2019) Para atingir seu objetivo fundamental, a conta-


bilidade deve priorizar a evidenciação de todas as informações que possibilitem o controle e a
tomada de decisões por parte de seus usuários.

O objetivo da contabilidade é fornecer informações aos usuários, sejam internos ou externos.


As informações são fornecidas por meio de relatórios específicos ou de propósito geral.
Certo.

Em relação aos conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade, julgue o item subsequente.

029. (CESPE/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) O principal objetivo da contabilidade é


fornecer informações úteis sobre o patrimônio da entidade para finalidades diversas, entre as
quais, planejamento, controle e auxílio no processo decisório.

O objetivo da contabilidade é fornecer informação de natureza econômica, financeira, opera-


cional e social que seja útil aos usuários internos e externos no seu processo decisório.
Certo.

030. (IDECAN/INMETRO/ASSISTENTE EXECUTIVO ADMINISTRAÇÃO/2015) “Estudo e contro-


le do patrimônio e de suas variações, para fornecer aos usuários o máximo possível de infor-
mações de natureza econômica, financeira e patrimonial, que sejam úteis para a tomada de
decisões econômicas.” O conceito se refere ao
a) plano de contas contábil.
b) objetivo da contabilidade.
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c) usuário da informação contábil.


d) objeto de estudo da contabilidade.
e) campo de aplicação da contabilidade.

Controlar o patrimônio e sua evolução é a finalidade da contabilidade; fornecer informações é


o objetivo.
Letra b.

031. (CONSULPLAN/TSE/CONTADOR/2012) A contabilidade foi definida no I Congresso


Brasileiro de Contabilidade como: “a ciência que estuda e pratica as funções de orientação,
controle e registro relativo aos atos e fatos da administração econômica.” São objetivos da
contabilidade, EXCETO:
a) Fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudan-
ças na posição financeira da entidade.
b) Auxiliar o maior número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão financeira.
c) Apresentar os resultados da atuação da administração na gestão da entidade quanto aos
recursos que lhe foram confiados.
d) Auxiliar os acionistas a avaliar a produtividade de cada funcionário da empresa e o desem-
penho dos gerentes.

Conceitualmente, a contabilidade é uma ciência social que estuda, administra e controla o pa-
trimônio de qualquer pessoa, a fim de fornecer informações.
Não se encaixa, dentro dos objetivos da contabilidade, auxiliar os acionistas a avaliar os
funcionários.
As demais assertivas têm relação com a ciência contábil.
Letra d.

032. (CESPE/TRE-BA/CONTADOR/2017) A contabilidade tem como principal objetivo a(o)


a) fornecimento de informações que proporcionem aos seus mais diversos usuários — seja
internos, seja externos — utilidade no processo de tomada de decisões.
b) elaboração de guias de recolhimento de tributos a fim de manter a entidade em conformi-
dade com os ditames legais.
c) elaboração de demonstrações contábeis que atendam às finalidades específicas de deter-
minado grupo de usuários.
d) avaliação da capacidade das entidades comerciais em arcar com suas obrigações financeiras.
e) mensuração de bens patrimoniais a fim de elaborar corretamente as demonstrações
contábeis.
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O objetivo da contabilidade é fornecer informações que sejam úteis aos usuários internos
e externos.
Letra a.

033. (CETREDE/SÃO GONÇALO-CE/CONTADOR/2019) Com relação ao objetivo da Contabi-


lidade, analise as afirmativas a seguir.
I – Objetiva o controle dos tributos.
II – Objetiva o controle das obrigações trabalhistas e tributárias.
III – Objetiva gerar informações para o apoio das decisões econômico-financeiras.
IV – Objetiva gerar informações para o mercado financeiro.
Marque a opção que indica a(s) afirmativa(s) CORRETA(S).
a) I.
b) II - IV.
c) III.
d) I - II - IV.
e) II – III

O objetivo da contabilidade é fornecer informações que sejam úteis aos usuários internos e
externos em suas tomadas de decisão.
Letra c.

034. (AOCP/SERCOMTEL/ANALISTA/2016) Assinale alternativa que apresenta o objetivo da


Contabilidade.
a) É uma ciência social que tem como propósito estudar o patrimônio de uma empresa com a
finalidade de conhecer os seus bens, direitos e obrigações.
b) Com a finalidade de emitir relatórios contábeis, a Contabilidade tem a função de analisar
todo o trabalho desenvolvido no processo de escrituração contábil.
c) A Contabilidade tem o intuito de analisar as demonstrações contábeis que são os resultados
do processo de escrituração contábil que vêm refletir o patrimônio das empresas.
d) Fornecer informações de natureza econômica, financeira e patrimonial para o controle das
operações e para o planejamento das empresas.
e) Com o propósito de analisar as informações geradas através dos relatórios contábeis, a
Contabilidade tem a meta de obter conhecimentos sobre as contas que pertencem ao Patri-
mônio Líquido.

A questão tratou de vários conceitos relacionados com a contabilidade, contudo, como cobrava
o objetivo, ficou fácil a resposta, pois vimos que o objetivo da contabilidade é o fornecimento de
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informações, para usuários internos e externos, de forma que consigam planejar e controlar suas
ações e tomar decisões.
Letra d.

035. (AOCP/EBSERH/ANALISTA CONTÁBIL/2016) A Contabilidade como ramo do conhe-


cimento pode ser estudada ou compreendida sob diferentes perspectivas. Dentre as opções
apresentadas, assinale aquela que corresponde especificamente ao objetivo/finalidade da
contabilidade.
a) Registrar os eventos pelo método das partidas dobradas.
b) Fornecer informações sobre o patrimônio da entidade, aos seus usuários, de maneira a au-
xiliar no processo de tomada de decisões.
c) Instituir políticas e práticas empresariais dentro da empresa.
d) Elaborar os relatórios contábeis através do método das partidas dobradas e utilizando-se do
regime de competência para tal fim
e) Analisar os números dispostos nos relatórios contábeis, com o objetivo de melhorar o de-
sempenho econômico e financeiro da empresa.

O OBJETIVO da contabilidade é fornecer informações sobre o patrimônio e sua evolução, aos


usuários internos e externos, para que consigam fazer o planejamento, controlar as ações e
tomar suas decisões.
Letra b.

Normas Brasileiras de Contabilidade


Até 2006, as Normas Brasileiras de Contabilidade seguiam o disposto na Lei n. 6.404, de
1976, que era embasada na Escola Contábil Norte-Americana. Esta lei trazia diversos procedi-
mentos contábeis e instruía os profissionais sobre como a contabilidade e as demonstrações
contábeis deveriam ser elaboradas.
No entanto, 30 anos depois, houve uma grande transformação com o advento da Lei n.
11.638, de 2007, fazendo com que a contabilidade brasileira passasse por um movimento de
adaptação ao novo cenário mundial, num processo de convergência com as normas de conta-
bilidade internacionais.

A Lei 6.404/76 passou por uma grande atualização com a apresentação da Lei 11.638/07 e
com a Lei 11.941/09. A Lei 11.638 orienta, entre outros pontos, o equacionamento das normas
contábeis brasileiras às normas internacionais emitidas pelo IASB (International Accounting
Standards Board).

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Com o advento da Lei 11.638/07, estabelece-se uma mudança de foco na legislação con-
tábil, em que o objetivo da contabilidade passa a ser a diminuição da assimetria informacional
por meio do fornecimento de informações fidedignas, tendo, como base de sustentação, os
padrões contábeis do IASB.
O Brasil vive hoje, portanto, um momento de transição e está norteando seus rumos con-
tábeis em direção às normas internacionais, afastando-se das normas norte-americanas. Esta
atualização na nossa legislação era necessária, pois o Brasil é um país que recebe investimen-
tos externos de todo o mundo, e o seu mercado mobiliário tem crescido consideravelmente.
Para ajustar nossas normas contábeis, o CFC, em 2011, apresentou a Resolução CFC 1.328,
que dispõe sobre a estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, considerando o proces-
so de convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade aos padrões internacionais.
As Normas Internacionais de Informação Financeira (International Financial Reporting
Standards/IFRS) são emitidas pelo Comitê Internacional de Normas de Contabilidade (Interna-
tional Accounting Standards Board/IASB) e visam a uniformizar os procedimentos contábeis
entre os países.
A Resolução trouxe uma nova estrutura para as Normas Brasileiras de Contabilidade, clas-
sificando-as em dois grupos: Profissionais (NBC-P) e Técnicas (NBC-T), sendo que as normas
brasileiras, profissionais e técnicas devem seguir os mesmos padrões de elaboração e estilo
utilizados nas normas internacionais e compreendem as normas propriamente ditas, as inter-
pretações técnicas e os comunicados técnicos.
Para facilitar o entendimento pelos usuários, as normas são identificadas conforme segue:
I – A Norma Brasileira de Contabilidade é identificada pela sigla NBC, seguida das letras,
numeração específica em cada agrupamento, seguido de hífen e denominação. Por exemplo:
NBC PA 290 – “Denominação”; NBC TG 01 – “Denominação”;
II – A Interpretação Técnica é identificada pela sigla IT, seguida da letra ou letras e numera-
ção do grupo a que pertence, seguida de hífen e denominação. Por exemplo: ITG 01 – “Deno-
minação”; ITSP 01 – “Denominação”;
III – o Comunicado Técnico é identificado pela sigla CT, seguida da letra ou letras e nume-
ração do grupo a que pertence, seguido de hífen e denominação. Por exemplo: CTG 01 – “De-
nominação”; CTSP 01 – “Denominação”.
As normas profissionais estabelecem regras de exercício profissional e classificam-se em:
• NBC PG – Geral: abrange todas as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicáveis indis-
tintamente a todos os profissionais do ramo contábil. Vinculadas a ela, encontram-se as
normas: NBC PG 100 (aplicação geral a todos profissionais da contabilidade); NBC PG
200 (aplicada a contadores externos/prestadores de serviços); NBC PG 300 (aplicada a
contadores internos - colaboradores/empregados); NBC PG 12 - R3 (contém regras para
educação continuada);
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• NBC PA – do Auditor Independente - inclui todas as Normas Brasileiras de Contabilidade


aplicadas aos profissionais do ramo de Auditoria Independente. Vinculadas a ela estão
5 NBCs, que abrangem questões relacionadas à independência do trabalho, qualidade,
revisão externa de qualidade, qualificação técnica, entre outras;
• NBC PP - do Perito Contábil - abrange as normas aplicadas aos contadores que atuam
na área de Perícia Contábil. Estão relacionadas a ela duas normas técnicas que tratam
da função de perito contábil e do exame de qualificação técnica;

Já as normas técnicas estabelecem conceitos doutrinários, regras e procedimentos aplica-


dos de Contabilidade e classificam-se em:
• NBC TG – Geral (Normas Completas; Normas Simplificadas para PMEs; Normas Espe-
cíficas);
• NBC TSP – do Setor Público;
• NBC TA – de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica;
• NBC TR – de Revisão de Informação Contábil Histórica;
• NBC TO – de Asseguração de Informação Não Histórica;
• NBC TSC – de Serviço Correlato;
• NBC TI – de Auditoria Interna;
• NBC TP – de Perícia.

As Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas se estruturam conforme segue:


I – Geral – NBC TG – são as Normas Brasileiras de Contabilidade convergentes com as nor-
mas internacionais emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB); e as Normas
Brasileiras de Contabilidade editadas por necessidades locais, sem equivalentes internacionais;
II – do Setor Público – NBC TSP – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas
ao Setor Público, convergentes com as Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor
Público, emitidas pela International Federation of Accountants (IFAC); e as Normas Brasi-
leiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público editadas por necessidades locais, sem
equivalentes internacionais;
III – de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica – NBC TA – são as Nor-
mas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria, convergentes com as Normas Interna-
cionais de Auditoria Independente emitidas pela IFAC;
IV – de Revisão de Informação Contábil Histórica – NBC TR – são as Normas Brasileiras
de Contabilidade aplicadas à Revisão, convergentes com as Normas Internacionais de Revisão
emitidas pela IFAC;
V – de Asseguração de Informação Não Histórica – NBC TO – são as Normas Brasileiras
de Contabilidade aplicadas à Asseguração convergentes, com as Normas Internacionais de
Asseguração emitidas pela IFAC;
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VI – de Serviço Correlato – NBC TSC – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplica-


das aos Serviços Correlatos convergentes com as Normas Internacionais para Serviços Corre-
latos emitidas pela IFAC;
VII – de Auditoria Interna – NBC TI – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicáveis
aos trabalhos de Auditoria Interna;
VIII – de Perícia – NBC TP – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicáveis aos
trabalhos de Perícia;
IX – de Auditoria de Informação Contábil Histórica Aplicável ao Setor Público – NBC TASP
– são as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicáveis à Auditoria de Informação Contábil
Histórica Aplicadas à Auditoria do Setor Público convergentes com as Normas Internacionais
de Auditoria emitidas pela International Federation of Accountants (Ifac) e recepcionadas pela
Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI) - Alterado pela
Resolução CFC n.º 1.601/2020).
As NBCTG - Geral são segregadas em:
a) Normas completas que compreendem as normas editadas pelo CFC a partir dos do-
cumentos emitidos pelo CPC que estão convergentes com as normas do IASB, numeradas
de 00 a 999;
b) Normas simplificadas para PMEs que compreendem a norma de PME editada pelo CFC
a partir do documento emitido pelo IASB, bem como as ITs e os CTs editados pelo CFC sobre
o assunto, numerados de 1000 a 1999;
c) Normas específicas que compreendem as ITs e os CTs editados pelo CFC sobre entida-
des, atividades e assuntos específicos, numerados de 2000 a 2999.
A interpretação técnica tem por objetivo esclarecer a aplicação das Normas Brasileiras de
Contabilidade, definindo regras e procedimentos a serem aplicados em situações, transações
ou atividades específicas, sem alterar a substância dessas normas.
O comunicado técnico tem por objetivo esclarecer assuntos de natureza contábil, com a
definição de procedimentos a serem observados, considerando os interesses da profissão e as
demandas da sociedade; normalmente, são emitidos quando ocorrem situações decorrentes
de atos governamentais que afetam, transitoriamente, as Normas Brasileiras de Contabilidade.
Por fim, o CFC destaca que as Normas Brasileiras de Contabilidade, com exceção dos co-
municados técnicos, devem ser submetidas à audiência pública com duração mínima de 30
(trinta) dias e que a inobservância às Normas Brasileiras de Contabilidade constitui infração
disciplinar sujeita às penalidades previstas nas alíneas de “c” a “g” do art. 27 do Decreto-Lei n.
9.295/46, alterado pela Lei n. 12.249/10, e ao Código de Ética Profissional do Contador.
Como o rol de normas do CFC é extenso, nesta aula vou tratar da estrutura básica, que é o
sustentáculo normativo para a elaboração de todos os documentos orientadores do CFC, con-
siderando os pronunciamentos do CPC.

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Pronunciamentos Técnicos do CPC (Comitê de Pronunciamentos Con-


tábeis)

O CPC foi criado pela Resolução CFC n. 1.055/05 e tem como objetivo:

O estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabili-


dade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela enti-
dade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção,
levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais.

É importante destacar que o Conselho é um organismo não governamental que nasceu ao


final de 2005, da união de interesses das seguintes entidades:
• CFC – Conselho Federal de Contabilidade;
• IBRACON – Instituto Brasileiro de Contadores;
• FIPECAFI – Representantes da academia – USP;
• BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo;
• APIMEC – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de
Capitais;
• ABRASCA – Associação Brasileira de Companhias abertas.

O CPC é totalmente autônomo das entidades representadas, sendo que o Conselho Fede-
ral de Contabilidade fornece a estrutura necessária para as reuniões, e os seus membros, na
maioria contadores, não auferem remuneração.
Foi idealizado em função das necessidades de:
• Convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração
de relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de
custo de capital);
• Centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades o
fazem);
• Representação e processo democrático na produção dessas informações (produtores
da informação contábil, auditor, usuário, intermediário, academia, governo).

O PULO DO GATO
O CPC não emite normas.
O CPC emite pronunciamentos técnicos sobre contabilidade para permitir a emissão de nor-
mas pelas entidades reguladoras brasileiras, visando à centralização e à uniformização do seu
processo de produção de informações.

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CONTABILIDADE GERAL
Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
Claudio Zorzo

Os produtos do trabalho do CPC são: pronunciamentos técnicos, orientações e inter-


pretações; sendo que os pronunciamentos técnicos serão obrigatoriamente submetidos à
audiência pública. As orientações e interpretações poderão, também, sofrer esse processo,
mas não é obrigatório.
Atualmente, os pronunciamentos contábeis são os seguintes:

Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
Estrutura Conceitual para
CPC 00 Elaboração e Divulgação de 02/12/2011 15/12/2011
Relatório Contábil-Financeiro
Redução ao Valor Recuperável de
CPC 01 06/08/2010 07/10/2010
Ativos
Efeitos das mudanças nas taxas
CPC 02 de câmbio e conversão de 03/09/2010 07/10/2010
demonstrações contábeis
CPC 03 Demonstração dos Fluxos de Caixa 03/09/2010 07/10/2010
CPC 04 Ativo Intangível 05/11/2010 02/12/2010
Divulgação sobre Partes
CPC 05 03/09/2010 07/10/2010
Relacionadas
Operações de Arrendamento
CPC 06 06/10/2017 21/12/2017
Mercantil
Subvenção e Assistência
CPC 07 05/11/2010 02/12/2010
Governamentais
Custos de Transação e Prêmios
CPC 08 na Emissão de Títulos e Valores 03/12/2010 16/12/2010
Mobiliários
Demonstração do Valor Adicionado
CPC 09 30/10/2008 12/11/2008
(DVA)
CPC 10 Pagamento Baseado em Ações 03/12/2010 16/12/2010
CPC 11 Contratos de Seguro 05/12/2008 17/12/2008
CPC 12 Ajuste a Valor Presente 05/12/2008 17/12/2008
Adoção Inicial da Lei n. 11.638/07 e
CPC 13 05/12/2008 17/12/2008
da Medida Provisória n. 449/08
Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento, Mensuração
CPC 14
e Evidenciação (Fase I) -
Transformado em OCPC 03
CPC 15 Combinação de Negócios 03/06/2011 04/08/2011

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Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
CPC 16 Estoques 08/05/2009 08/09/2009
Contratos de Construção (revogado
CPC 17 19/10/2012 08/11/2012
a partir de 1º/01/2018)
Investimento em Coligada, em
CPC 18 Controlada e em Empreendimento 07/12/2012 13/12/2012
Controlado em Conjunto
CPC 19 Negócios em Conjunto 09/11/2012 23/11/2012
CPC 20 Custos de Empréstimos 02/09/2011 20/10/2011
CPC 21 Demonstração Intermediária 02/09/2011 20/10/2011
CPC 22 Informações por Segmento 26/06/2009 31/07/2009
Políticas Contábeis, Mudança de
CPC 23 26/06/2009 16/09/2009
Estimativa e Retificação de Erro
CPC 24 Evento Subsequente 17/07/2009 16/09/2009
Provisões, Passivos Contingentes e
CPC 25 26/06/2009 16/09/2009
Ativos Contingentes
Apresentação das Demonstrações
CPC 26 02/12/2011 15/12/2011
Contábeis
CPC 27 Ativo Imobilizado 26/06/2009 31/07/2009
CPC 28 Propriedade para Investimento 26/06/2009 31/07/2009
CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola 07/08/2009 16/09/2009
Receitas (revogado a partir de
CPC 30 19/10/2012 08/11/2012
1º/01/2018)
Ativo Não Circulante Mantido para
CPC 31 17/07/2009 16/09/2009
Venda e Operação Descontinuada
CPC 32 Tributos sobre o Lucro 17/07/2009 16/09/2009
CPC 33 Benefícios a Empregados 07/12/2012 13/12/2012
Exploração e Avaliação de Recursos
CPC 34
Minerais (Não editado)
CPC 35 Demonstrações Separadas 31/10/2012 08/11/2012
CPC 36 Demonstrações Consolidadas 07/12/2012 20/12/2012
Adoção Inicial das Normas
CPC 37 05/11/2010 02/12/2010
Internacionais de Contabilidade

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Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
Instrumentos Financeiros:
CPC 38 Reconhecimento e Mensuração 02/10/2009 19/11/2009
(revogado a partir de 1º/01/2018)
Instrumentos Financeiros:
CPC 39 02/10/2009 19/11/2009
Apresentação
Instrumentos Financeiros:
CPC 40 01/06/2012 30/08/2012
Evidenciação
CPC 41 Resultado por Ação 08/07/2010 06/08/2010
Contabilidade em Economia
CPC 42 07/12/2018 21/12/2018
Hiperinflacionária
Adoção Inicial dos Pronunciamentos
CPC 43 03/12/2010 16/12/2010
Técnicos CPCs 15 a 41
CPC 44 Demonstrações Combinadas 02/12/2011 02/05/2013
Divulgação de Participações em
CPC 45 07/12/2012 13/12/2012
outras Entidades
CPC 46 Mensuração do Valor Justo 07/12/2012 20/12/2012
CPC 47 Receita de Contrato com Cliente 04/11/2016 22/12/2016
CPC 48 Instrumentos Financeiros 04/11/2016 22/12/2016
Contabilização e Relatório Contábil
CPC 49 de Planos de Benefícios de 06/04/2018 18/04/2018
Aposentadoria
Contabilidade para Pequenas e
CPC PME Médias Empresas com Glossário de 04/12/2009 16/12/2009
Termos

036. (IADES/CITEC/CONTADOR/2016) Acerca do Comitê de Pronunciamentos Contábeis


(CPC), assinale a alternativa correta.
a) Trata-se de um órgão público subordinado à Comissão de Valores Mobiliários.
b) Desde a respectiva criação, em 2005, além dos pronunciamentos técnicos, o CPC passou a
emitir as resoluções do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
c) O CPC tem prerrogativas legais, portanto a aplicação das próprias normas é obrigatória.
d) Trata-se de uma entidade de direito privado subordinada ao International Accounting Stan-
dards Board (IASB).
e) Os pronunciamentos técnicos emitidos pelo CPC subsidiam a emissão de normas que per-
mitem a convergência da Contabilidade Brasileira com os padrões internacionais.

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Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
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O CPC não emite norma para o mercado, ele se pronuncia sobre assuntos específicos. Quem
normatiza são as autarquias.
O CPC é autônomo, não tem vinculação com nenhuma instituição pública ou privada.
Letra e.

CPC 00 R2 - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de


Relatório Contábil-Financeiro
Em dezembro de 2019, o CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) apresentou e o
CFC (Conselho Federal de Contabilidade) aprovou a revisão do Pronunciamento Técnico CPC
00 (R2) - Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro. A revisão trouxe alguns conceitos
novos e apresentou pequenas variações nos conceitos antigos, tudo objetivando melhorar
a qualidade da informação contábil que é apresentada pelas empresas, no material denomi-
nado entidade que reporta.
Assim, esta aula já está de acordo com os novos conceitos.
O Pronunciamento Conceitual Básico (R2) é o resultado da segunda revisão sobre o CPC
00, que apresenta conceitos-base para a elaboração das Demonstrações Contábeis e outros
demonstrativos, trata-se de um referencial teórico da contabilidade e dos conceitos que mol-
dam a prática contábil, servindo de base para a elaboração dos demais pronunciamentos.
O complemento ao nome do pronunciamento “R2” informa quantas vezes o pronunciamen-
to foi revisado e atualizado; a última atualização foi em novembro de 2019.
É importante destacar que a estrutura conceitual não é um pronunciamento técnico pro-
priamente dito e, portanto, não define normas ou procedimentos para qualquer questão par-
ticular sobre aspectos de mensuração ou divulgação. Ela é o arcabouço conceitual para a
elaboração dos demais pronunciamentos, devido a isto, é denominada “CPC 00”.
Um pronunciamento técnico tem por objetivo definir conceitos doutrinários, estrutura técni-
ca e procedimentos específicos que serão aplicados sobre um assunto, enquanto o pronuncia-
mento básico dá subsídio conceitual para a elaboração dos demais pronunciamentos.

PEGADINHA DA BANCA
Quando for observado um conflito entre a estrutura conceitual e um pronunciamento técnico,
as exigências do pronunciamento técnico devem prevalecer sobre a estrutura conceitual. As
bancas tentam enganar o aluno dizendo que o pronunciamento básico se sobrepõe aos de-
mais pronunciamentos técnicos.

Guarde o seguinte: a estrutura conceitual não é um pronunciamento técnico propriamente dito.


Ela não é específica.

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Se a estrutura conceitual não é um pronunciamento técnico propriamente dito, qual é, en-


tão, a sua finalidade?
Para responder isto, devemos entender que ela busca apresentar conceitos que ajudam
a suprir a necessidade de informações que contribuem para a transparência, ao melhorar a
comparabilidade internacional e a qualidade de informações financeiras, permitindo que os
investidores e outros participantes do mercado tomem decisões econômicas fundamentadas.
Com a apresentação destes conceitos, ela atende às seguintes finalidades:
a) auxiliar o desenvolvimento das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS), para que
tenham base em conceitos consistentes;
b) auxiliar os responsáveis pela elaboração (preparadores) dos relatórios financeiros a de-
senvolver políticas contábeis consistentes quando nenhuma norma se aplica à determinada
transação ou outro evento, ou quando a norma permite uma escolha de política contábil;
c) auxiliar todas as partes a entender e interpretar as normas.
Você viu que as finalidades estão diretamente vinculadas ao suporte e ao auxílio na elabo-
ração dos pronunciamentos e até mesmo de normas pelos organismos normatizadores.
Para atender estas finalidades, sendo essencialmente um arcabouço conceitual, o CPC “00
R2” é dividido nos seguintes capítulos:
• Capítulo 1 – Objetivo do relatório financeiro para fins gerais;
• Capítulo 2 – As características qualitativas de informações financeiras úteis;
• Capítulo 3 – Demonstrações contábeis e a entidade que reporta;
• Capítulo 4 – Elementos das demonstrações contábeis;
• Capítulo 5 – Reconhecimento e desreconhecimento;
• Capítulo 6 – Mensuração;
• Capítulo 7 – Apresentação e divulgação;
• Capítulo 8 – Conceitos de capital e manutenção de capital.

Sobre a estrutura conceitual estabelecida pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC),


analise a assertiva:

037. (IF-PE/IF-PE/CONTADOR/2016-ADAPTADA) no caso de conflito entre a estrutura concei-


tual e um pronunciamento técnico do CPC, o disposto na Estrutura Conceitual deve ter preva-
lência sobre as exigências do pronunciamento técnico.

Como a estrutura conceitual não é um procedimento técnico, não deve prevalecer, ela tem um
caráter de orientação. Guardem o seguinte: “quem manda são os pronunciamentos técnicos”.
Errado.

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Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
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No que se refere ao Pronunciamento Conceitual Básico CPC 00 (R1) - Estrutura Conceitual para
Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, assinale as assertivas:

038. (AOCP/TRE-AC/ANALISTA CONTÁBIL/2015-ADAPTADA) É um Pronunciamento Técni-


co propriamente dito e, portanto, define normas e procedimentos sobre aspectos relacionados
à mensuração ou divulgação dos elementos patrimoniais.

Podemos ver que a banca tratou o CPC 00 como um pronunciamento técnico, o que não é
verdade, portanto:
Errado.

039. (AOCP/TRE-AC/ANALISTA CONTÁBIL/2015-ADAPTADA) Quando for observado um


conflito entre essa Estrutura Conceitual e um Pronunciamento Técnico, uma interpretação ou
uma orientação, as exigências da Estrutura Conceitual devem prevalecer.

Nesta assertiva, tivemos o mesmo questionamento da questão anterior, contudo o autor des-
tacou que a estrutura conceitual se sobrepõe aos pronunciamentos técnicos, o que sabemos
que não é verdade.
Errada.

Com relação à estrutura conceitual do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue os


itens a seguir.

040. (CESPE/TCE-RO/CONTADOR/2013) No caso de conflito entre a estrutura conceitual e


um pronunciamento técnico do CPC, o disposto na estrutura conceitual deve ter prevalência
sobre as exigências do pronunciamento técnico.

Questão idêntica às demais, contudo sabemos que a estrutura básica não prevalece sobre os
pronunciamentos técnicos.
Errado.

041. (AOCP/TRE-AC/ANALISTA CONTÁBIL/2015) No que se refere ao Pronunciamento Con-


ceitual Básico CPC 00 (R1) - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro, assinale a alternativa correta.
a) É um Pronunciamento Técnico propriamente dito e, portanto, define normas e procedimen-
tos sobre aspectos relacionados à mensuração ou divulgação dos elementos patrimoniais.
b) É um Pronunciamento Técnico que estabelece critérios para elaboração e apresentação de
demonstrações contábeis destinadas a usuários internos e externos da informação contábil.
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c) Conforme esse Pronunciamento Técnico, as demonstrações contábeis são comumente ela-


boradas segundo modelo com base no valor justo.
d) Quando for observado um conflito entre essa Estrutura Conceitual e um Pronunciamento
Técnico, uma interpretação ou uma orientação, as exigências da Estrutura Conceitual devem
prevalecer.
e) Demonstrações contábeis são elaboradas dentro do que prescreve essa Estrutura Concei-
tual não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica de determinados
grupos de usuários.

Podemos responder esta questão por meio da eliminação das assertivas.


As letras a), b) e c) estão erradas, pois tratam o pronunciamento conceitual como um pronuncia-
mento técnico. Vimos que ele é uma estrutura básica - e não pronunciamento propriamente dito.
Quanto à d), o erro está em afirmar que, em caso de conflito normativo, o pronunciamento
básico se sobrepõe aos pronunciamentos técnicos. Vimos que o pronunciamento técnico é
que manda.
A e), de forma correta, apresenta que as demonstrações contábeis não têm propósito especí-
fico. Elas têm propósito geral.
Letra e.

042. (AOCP/CARIACICA/AFTM/2020) Em relação ao CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual para


Elaboração e Divulgação de Relatórios Contábil-Financeiros, analise as assertivas e assinale a
alternativa que aponta a(s) correta(s).
I – A Estrutura Conceitual define normas ou procedimentos, para as questões particulares so-
bre aspectos de mensuração ou divulgação, reportados nas demonstrações financeiras.
II – As exigências do Pronunciamento Técnico, da Interpretação ou da Orientação específicos
não devem prevalecer sobre a Estrutura Conceitual.
III – As demonstrações financeiras não são elaboradas para se chegar ao valor da entidade
que reporta a informação.
a) Apenas I e II.
b) Apenas I e III.
c) Apenas II.
d) Apenas III.

O CPC 00 é a estrutura conceitual básica da contabilidade, apresenta os conceitos que servirão


de base para a elaboração dos demais pronunciamentos. Já está na revisão R2.
I – Errado. A estrutura conceitual NÃO define normas ou procedimentos específicos; os procedi-
mentos são definidos nos pronunciamentos técnicos que abarcam os mais diversos assuntos.
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II – Errado. Como os pronunciamentos técnicos são direcionados ao assunto específico, eles


prevalecem sobre a estrutura conceitual, caso exista um conflito técnico.
III – Certo. Segundo a estrutura conceitual, as demonstrações não são elaboradas para estabe-
lecer o valor de uma empresa; o valor de negociação da empresa é estabelecido pelo mercado.
Letra d.

Capítulo 1 – Objetivo do Relatório Financeiro para Fins Gerais


O objetivo do relatório financeiro para fins gerais é fornecer informações financeiras, sobre a
entidade que reporta, que sejam úteis para investidores, credores por empréstimos e outros cre-
dores, existentes e potenciais, na tomada de decisões referente à oferta de recursos à entidade.
Essas decisões envolvem decisões sobre:
a) comprar, vender ou manter instrumento de patrimônio e de dívida;
b) conceder ou liquidar empréstimos ou outras formas de crédito;
c) exercer direitos de votar ou, de outro modo, influenciar os atos da administração que
afetam o uso dos recursos econômicos da entidade.

Informação é o conjunto de dados prontos para uso, obtido no registro, no proces-


samento, na análise e na organização dos fatos contábeis, de forma que exerça
uma alteração (quantitativa ou qualitativa) no conhecimento de quem a recebe,
reduzindo incertezas e servindo de orientação.

O Pronunciamento 00 destaca que muitos investidores e credores por empréstimo não


podem requerer que as entidades que reportam a informação prestem a eles diretamente as
informações de que necessitam, devendo, desse modo, confiar nos relatórios financeiros de
propósito geral, para grande parte da informação contábil-financeira que buscam. Consequen-
temente, eles são os usuários primários, sem hierarquia de prioridade; para quem relatórios
contábil-financeiros de propósito geral são direcionados.

As demonstrações contábeis de propósito geral são destinadas, prioritariamente, aos investi-


dores e credores por empréstimos.

Segundo o CPC, o foco dos relatórios financeiros está nos usuários que aplicam dinheiro
na empresa, ou seja, os fornecedores de capital; contudo devemos entender que eles não são
os únicos usuários, já que os clientes, os fornecedores, o governo, os sindicatos representan-
do os funcionários e o governo utilizam as informações contábeis apresentadas para atender
suas necessidades específicas.
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Agora, é lógico que os relatórios de “propósito geral” não atendem e não podem atender
a todas as informações de que estes usuários necessitam, por isto eles precisam considerar
informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais e
expectativas, eventos políticos e clima político, perspectivas e panorama para a indústria e
para a entidade, evolução do mercado, concorrência, etc.
Outras partes, como reguladores e o público em geral - que não investidores, credores por
empréstimos e outros credores -, podem também considerar relatórios financeiros para fins
gerais úteis. Contudo esses relatórios não são direcionados essencialmente a esses outros
grupos; que são denominados usuários externos secundários.

Os relatórios contábil-financeiro de propósito geral englobam o conjunto das demonstrações


contábeis. Ou seja, as demonstrações contábeis fazem parte dos relatórios apresentados.

Relatórios financeiros, para fins gerais, fornecem informações sobre a posição financeira
da entidade que reporta, as quais consistem em informações sobre os recursos econômicos
da entidade e as reivindicações contra a entidade que reporta; fornecem, ainda, informações
sobre os efeitos de transações e outros eventos que alteram os recursos econômicos e as
reivindicações da entidade que reporta. Ambos os tipos de informações fornecem dados úteis
para decisões referentes à oferta de recursos à entidade.
Contudo os relatórios para fins gerais não se destinam a apresentar o valor da entidade
que reporta, mas fornecem informações para auxiliar investidores, credores por empréstimos
e outros credores, existentes e potenciais, a estimar o valor da entidade que reporta.

O PULO DO GATO
Os governos, órgãos reguladores ou autoridades tributárias, financiadores, por exemplo, podem
determinar especificamente exigências para atender a seus próprios interesses. Daí surgem os
relatórios de propósito específico. São relatórios específicos por atenderem somente um usuário.

Essas exigências específicas não devem afetar as demonstrações contábeis elaboradas


segundo a estrutura conceitual, pois elas devem atender as necessidades de todos os seus
usuários para a tomada de decisões econômicas, tais como:
a) decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;
b) avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido confe-
rida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas;
c) avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros
benefícios;
d) avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados
à entidade;
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e) determinar políticas tributárias;


f) determinar a distribuição de lucros e dividendos;
g) elaborar e usar estatísticas da renda nacional;
h) regulamentar as atividades das entidades.
O CPC 00 R2 destaca, também, que o objetivo da elaboração e da divulgação do relatório
de propósito geral constitui o pilar da Estrutura Conceitual, pois os outros aspectos aborda-
dos, como as características qualitativas da informação contábil-financeira útil e suas restri-
ções, os elementos das demonstrações contábeis, o reconhecimento e o desreconhecimento,
a mensuração, a apresentação e a evidenciação fluem logicamente desse objetivo.
Outro ponto que merece destaque é que os relatórios são, na maioria das informações,
baseados em estimativas, julgamentos e modelos - e não em descrições ou retratos exatos.
Por fim, a estrutura conceitual ressalta que as informações apresentadas devem ser regis-
tradas de acordo com o regime de competência, mas devem também ser apresentadas infor-
mações sobre o fluxo de caixa da entidade.
O regime de competência reflete os efeitos de transações e outros eventos nos períodos
em que esses efeitos ocorrem, mesmo que os pagamentos e recebimentos à vista resultantes
ocorram em período diferente, ou seja, é importante a divulgação da informação na ocorrência
do fato gerador do direito ou obrigação.
Isso é necessário porque informações sobre os recursos econômicos e as reivindicações
da entidade e suas alterações durante o período fornecem uma base melhor para a avaliação
do desempenho passado e futuro da entidade do que informações exclusivamente sobre rece-
bimentos e pagamentos à vista durante esse período.

De acordo com o pronunciamento técnico CPC 00 (R1) —estrutura conceitual para elaboração
e divulgação de relatórios contábil-financeiros —, julgue o item a seguir, referente a conceito,
objetivos e usuários da contabilidade.

043. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito


geral é fornecer informações contábil-financeiras úteis acerca da entidade para a tomada de
decisão por parte de usuários internos, como os gerentes de produção, e de usuários externos,
como os acionistas.

A assertiva destaca que os relatórios são destinados aos usuários internos e externos, o que
não é verdade. Nós vimos que as demonstrações são direcionadas aos usuários externos.
Errado.

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No que diz respeito ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e à estrutura conceitual


para elaboração e divulgação do relatório contábil-financeiro, julgue os itens que se seguem.

044. (CESPE/ANTAQ/ANALISTA CONTÁBIL/2015) O conjunto de relatórios contábil-finan-


ceiros elaborados de acordo com a estrutura conceitual é adequado e suficiente para o atendi-
mento a todas as informações de que os usuários externos necessitem.

Os relatórios são elaborados para atender as necessidades dos usuários externos, especial-
mente os investidores. Em nossa aula, vimos que estes relatórios não atendem todas as ne-
cessidades dos usuários.
Agora é lógico que os relatórios de “propósito geral” não atendem e não podem atender a
todas as informações de que estes usuários necessitam, por isto eles precisam considerar
informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais e
expectativas, eventos políticos e clima político, perspectivas e panorama para a indústria e
para a entidade, evolução do mercado, concorrência, etc.
Errado.

De acordo com o pronunciamento técnico CPC 00 (R1) — estrutura conceitual para elaboração
e divulgação de relatórios contábil-financeiros —, julgue o item a seguir, referente a conceito,
objetivos e usuários da contabilidade.

045. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) Os relatórios contábil-financeiros de propósitos gerais


não são os instrumentos que atendem a todas as informações de que os usuários externos — in-
vestidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e em potencial — necessitam.

Os relatórios objetivam fornecer informações aos usuários externos, especialmente aos in-
vestidores, contudo estas informações devem ser melhoradas com outras fontes. Assim, a
assertiva está correta, pois os relatórios não atendem todas as necessidades dos usuários.
Certo.

046. (FCC/PREFEITURA DE SP/AUDITOR FISCAL/2012) Sobre a Estrutura Conceitual para


Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro, considere:
I – As autoridades tributárias podem determinar exigências específicas para atender a seus
próprios interesses e, consequentemente, mudar a estrutura conceitual para elaboração e di-
vulgação de relatório contábil-financeiro de propósito geral.
II – A avaliação da administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido con-
ferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas é uma das neces-
sidades comuns da maioria dos usuários dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral.
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III – O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de transações e outros even-
tos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a
informação nos períodos em que ditos efeitos são produzidos.
IV – Comparabilidade é a característica qualitativa que define o uso dos mesmos métodos
para os mesmos itens, tanto de um período para outro, considerando a mesma entidade que
reporta a informação, quanto para um único período entre entidades.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

Os itens I e IV estão errados.


No item I, o erro é que as autoridades tributárias NÃO podem modificar a estrutura básica.
Quando a autoridade exigir informações específicas, a empresa deve elaborar um relatório de
propósito específico.
No item IV, o conceito apresentado é de consistência - e não de comparabilidade. A comparabi-
lidade é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem e compreendam
similaridades dos itens e diferenças entre eles. Diferentemente de outras características quali-
tativas, a comparabilidade não está relacionada com um único item. A comparação requer, no
mínimo, dois itens.
Letra b.

Capítulo 2 – As Características Qualitativas de Informações


Financeiras Úteis
Vimos que o objetivo dos relatórios é levar informações úteis, primariamente aos investido-
res, ou seja, ao mercado de capital, e aos credores financeiros.
Para que as informações produzam benefícios, elas precisam ser apresentadas com trans-
parência, completude e de forma verdadeira, para aumentar a credibilidade entre os usuários,
ou seja, devem possuir algumas características básicas que as qualificam como úteis.
As características qualitativas de informações financeiras úteis identificam os tipos de in-
formações que tendem a ser mais úteis a investidores, credores por empréstimos e outros
credores, existentes e potenciais, para que tomem decisões sobre a entidade que reporta com
base nas informações contidas em seu relatório financeiro (informações financeiras).
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As características qualitativas de informações financeiras úteis se aplicam a informações fi-


nanceiras fornecidas nas demonstrações contábeis, bem como a informações financeiras for-
necidas de outras formas, em relatórios complementares e notas explicativas.

A estrutura básica inicial passou por algumas mudanças na sua revisão “R1”, dentre as
modificações estabelecidas destacam-se:
A característica qualitativa da confiabilidade passou a ser denominada representação
fidedigna;
A característica da “Essência sobre a Forma” foi retirada da condição de componente sepa-
rado da Representação Fidedigna, uma vez que foi considerada uma redundância, já que, para
ser fidedigna, a informação deve priorizar o controle sobre a propriedade;
A característica da prudência (ou conservadorismo) foi retirada na revisão, pois ela é incon-
sistente com o atributo da neutralidade.
As caraterísticas qualitativas são divididas em fundamentais e de melhoria, da se-
guinte forma:
a) Características qualitativas fundamentais (fundamental qualitative characteristics – re-
levância e representação fidedigna), as mais críticas;
b) Características qualitativas de melhoria (enhancing qualitative characteristics – compa-
rabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade), menos críticas, mas, ainda
assim, altamente desejáveis.

A revisão R2 não mudou nenhum conceito, somente alterou o nome da caraterística da VERIFI-
CABILIDADE para CAPACIDADE DE VERIFICAÇÃO.

As características qualitativas são os atributos, as condições que devem ser atendidas


para que a informação seja proveitosa para os usuários, assim, representam as propriedades
necessárias para dar utilidade às informações.
Para entender a importância das caraterísticas das informações que são apresentadas
nas demonstrações contábeis, devemos lembrar que os usuários externos dependem das in-
formações que são fornecidas. Assim, se não houvesse uma padronização na qualidade das
informações, cada administrador poderia decidir sobre o que e como divulgar, criando, desta
forma, uma assimetria informacional.
Como as demonstrações servirão de base para a tomada de decisão pelos usuários exter-
nos, elas deverão conter informações relevantes e que representam corretamente a situação
da empresa; por isto, a estrutura básica destaca que tais informações deverão ser úteis, e, na
busca de uma padronização formal, as características qualitativas da informação apresenta-
das pelo “pronunciamento 00 R2” identificam os tipos de informação que muito provavelmente
são reputadas como as mais úteis para a tomada de decisões acerca da entidade.
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Assim, se a informação é para ser útil, ela precisa ser relevante e representar, com fide-
dignidade, o que se propõe; ela deve representar adequadamente a “fotografia” da situação
patrimonial e financeira da entidade, devendo ser confiável e sem vieses. Por isto, as caracte-
rísticas qualitativas fundamentais das informações são relevância e representação fidedigna,
pois uma representação fidedigna de um acontecimento irrelevante é tão inútil quanto uma
representação não fidedigna de um acontecimento relevante.

Fundamental Relevante
Informação útil
Fidedigna

Informação relevante
Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões
que possam ser tomadas pelos usuários. Podemos entender que é relevante a informação que,
se não for prestada ou se for prestada de forma equivocada, afetará a decisão dos usuários,
mesmo que eles optem por não tirar vantagem delas ou já tenham conhecimento delas a partir
de outras fontes.

A informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo no caso de o usuário
decidir não a levar em consideração ou, até mesmo, se já tiver tomado ciência de sua existên-
cia por outras fontes, contudo a decisão pela importância da informação deve ser do usuário,
a empresa tem a obrigação de prestar a informação.

Uma interpretação interessante para relevância é no sentido de que, se o usuário tivesse


tido a informação em momento hábil, ele teria tomada uma decisão diferente.

Por exemplo:
Um gestor de fundos de investimento decide aplicar nas debêntures de uma empresa, pois ela
está distribuindo um lucro acima do esperado. Para tomar a sua decisão, ele considera somen-
te os dados apresentados nas demonstrações e nas notas explicativas.
Após a compra dos títulos, é divulgado, pela administração da empresa, que ela irá reconhecer
uma despesa por dano ambiental em relação a um sinistro ocorrido no ano anterior.
Sabe-se que o fato gerador da despesa foi um vazamento, que causou um dano ambiental,
ocorrido anteriormente - e a administração não divulgou esta informação.
Note que, se o gestor do fundo tivesse esta informação, ele não teria comprado as debêntu-
res, pois as despesas irão diminuir o lucro e, por consequência, diminuir a distribuição aos
debenturistas.
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A informação relevante é capaz de fazer diferença nas decisões dos usuários se tiver valor
preditivo, valor confirmatório ou ambos. A informação contábil-financeira tem valor preditivo
se puder ser utilizada como dado de entrada em processos empregados pelos usuários para
predizer futuros resultados. A informação contábil-financeira tem valor confirmatório se retro-
-alimentar – servir de feedback – avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las).

Por valor confirmatório de uma informação entende-se a condição de que o usuário com a
informação possa verificar a efetividade das ações da administração, ou seja, se foram atingi-
dos os objetivos estabelecidos. A informação deve ajudar a confirmar se a administração fez
o que queria fazer.
O valor preditivo de uma informação está relacionado com a condição de que ela irá servir
de direcionador nas decisões que serão tomadas elos usuários.
O valor confirmatório da informação tem relação com o passado e o valor preditivo com
o futuro, por isto, devem ser analisados em conjunto, de forma inter-relacionada, pois a capa-
cidade de fazer predições é efetivada a partir do momento da possibilidade de confirmar as
predições feitas anteriormente.

Por exemplo
A informação sobre a composição do ativo e sobre a receita da empresa auxilia o usuário a
predizer a capacidade de geração de riqueza da entidade com base em seu ativo, tendo, assim,
um indicador sobre o possível retorno do investimento a ser feito.

O pronunciamento destaca, também, que a relevância da informação é afetada pela sua


materialidade. A materialidade está relacionada com a mudança de uma decisão, pelo usuário,
devido ao conhecimento de uma informação, por isto, tem relação com a natureza e a magni-
tude do que está sendo informado.
A informação contábil-financeira será material quando a sua omissão ou a sua divulgação
de forma distorcida (mistating) influenciar nas tomadas de decisões dos usuários das infor-
mações. Ela é considerada um aspecto de relevância específico da entidade e, por essa razão,
não é possível especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou predefinir o
que seria jugado material em uma situação concreta.
Normalmente, a materialidade de uma informação está diretamente relacionada com o
julgamento profissional do usuário, devido a isto, deve ser analisado caso a caso, para definir
se uma informação é material ou não.
Em alguns casos, a natureza das informações, por si só, é suficiente para determinar a sua
relevância.

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Por exemplo
Reportar uma nova linha de produtos que a entidade venha a operar pode afetar a avaliação
dos riscos e das oportunidades com que a entidade se depara, independentemente dos valo-
res envolvidos.

Em outros casos, a materialidade é importante pelo valor envolvido.

Por exemplo
A empresa tem estoque composto por vários produtos, sendo que os produtos mais valorados
não têm mercado atuante e tendem a não se realizarem rapidamente, assim, é importante des-
tacar esta informação pelos valores envolvidos.

Esta convenção contábil é de extrema importância para a relação custo-benefício, pois


desobriga um tratamento mais rigoroso para aqueles itens cujo valor monetário é pequeno
dentro dos gastos totais, assim, itens imateriais não necessitam de um controle efetivo.

O PULO DO GATO
A materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade com base na natureza ou
magnitude, ou ambas, dos itens aos quais as informações se referem no contexto do relató-
rio financeiro da entidade individual. Consequentemente, não se pode especificar um limite
quantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o que pode ser material em uma
situação específica.

Representação Fidedigna

Representar fidedignamente um evento econômico quer dizer ser fiel ao fato, de forma neutra
e sem um viés informacional, de forma mais simples, é falar a verdade, o que realmente acorreu.
A representação fidedigna, anteriormente denominada “confiabilidade”, é definida como a
qualidade da informação que garante aos usuários uma mensagem livre de erro e de viés e que
represente fielmente o que se pretende informar.
Conforme orientação normativa, a representação fidedigna deve priorizar a essência da
transação em detrimento da forma, ou seja, os eventos devem ser apresentados de acordo
com a sua substância e realidade econômica - e não meramente sua forma legal. Disto, pode-
mos inferir que o controle sobre um bem ou direito suplanta a propriedade, quando da divulga-
ção das informações.
Assim, para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter
três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.

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• Completa: “deve incluir toda a informação necessária para que o usuário compreenda
o fenômeno sendo retratado, incluindo todas as descrições e explicações necessárias.”

O retrato da realidade econômica completo deve incluir toda a informação necessária para
que o usuário compreenda o fenômeno sendo retratado, incluindo todas as descrições e expli-
cações necessárias.

Por exemplo
Um retrato completo de um grupo de ativos incluiria, no mínimo, a descrição da natureza dos
ativos que compõem o grupo, o retrato numérico de todos os ativos que compõem o grupo e a
descrição acerca do que o retrato numérico representa (por exemplo: custo histórico original,
custo histórico ajustado ou valor justo).

• Neutra: ausência de viés na seleção ou na apresentação da informação contábil-finan-


ceira.

A representação neutra não possui inclinações, não é parcial, não é enfatizada ou deixa de
ser enfatizada, nem é, de outro modo, manipulada para aumentar a probabilidade de que as
informações financeiras serão recebidas de forma favorável ou desfavorável pelos usuários.
Informações neutras não significam informações sem nenhum propósito ou sem nenhuma
influência sobre o comportamento - ao contrário, informações financeiras relevantes são, por
definição, capazes de fazer diferença nas decisões dos usuários.
Uma novidade na revisão R2 foi a apresentação de que neutralidade é apoiada pelo exer-
cício da prudência. Prudência é o exercício de cautela ao fazer julgamentos sob condições de
incerteza. O exercício de prudência significa que ativos e receitas não estão superavaliados,
assim como passivos e despesas não estão subavaliados. Da mesma forma, o exercício de
prudência não permite a subavaliação de ativos ou receitas ou a superavaliação de passivos
ou despesas. Essas divulgações distorcidas podem levar à superavaliação ou subavaliação de
receitas ou despesas em períodos futuros.

Assim, ao estabelecer as estimativas para perda ou as provisões para pagamentos, a entidade


deverá observar a prudência, como apoio à neutralidade.

• Livre de erros: não pode haver erros ou omissões relevantes no fenômeno retratado.

Um retrato da realidade econômica livre de erros significa que não há erros ou omissões
no fenômeno retratado e que o processo utilizado, para produzir a informação reportada, foi
selecionado e foi aplicado livre de erros.
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Assim, representação fidedigna não significa exatidão em todos os aspectos. Nesse senti-
do, um retrato da realidade econômica livre de erros não significa algo perfeitamente exato em
todos os aspectos.

Por exemplo
A estimativa de preço ou valor não observável não pode ser qualificada como algo exato ou
inexato. Entretanto a representação dessa estimativa pode ser considerada fidedigna se o
montante for descrito claramente e precisamente como uma estimativa, se a natureza e as
limitações do processo forem devidamente reveladas e nenhum erro tiver sido cometido na
seleção e na aplicação do processo apropriado para desenvolvimento da estimativa.

Não esqueça:
A informação precisa concomitantemente ser relevante e representar, com fidedignidade,
a realidade reportada para ser útil. Nem a representação fidedigna de fenômeno irrelevante,
tampouco a representação não fidedigna de fenômeno relevante, auxilia os usuários a toma-
rem boas decisões.
O processo mais eficiente e eficaz para aplicar as características qualitativas fundamen-
tais é, normalmente, o seguinte:
Em primeiro lugar, identificar o fenômeno econômico, informações sobre o que é capaz de
ser útil para os usuários das informações financeiras da entidade que reporta.
Em segundo lugar, identificar o tipo de informação sobre esse fenômeno que é mais
relevante.
Em terceiro lugar, determinar se essas informações estão disponíveis e se podem fornecer
representação fidedigna do fenômeno econômico. Em caso afirmativo, o processo para satis-
fazer às características qualitativas fundamentais se encerra nesse ponto. Em caso negativo,
o processo é repetido com o próximo tipo de informação mais relevante.
As características fundamentais são bastante exigidas em concurso, sendo que ques-
tões normalmente são literais, assim, basta saber quais são e alguns conceitos relacionados.
Vamos ver:

Julgue o item seguinte, de acordo com os princípios de contabilidade e as normas do Conselho


Federal de Contabilidade (CFC).

047. (CESPE/DPF/PERITO CONTADOR/2013) Relevância e comparabilidade são característi-


cas qualitativas fundamentais da informação contábil-financeira útil, pois tornam a informação
capaz de fazer a diferença nas decisões tomadas pelos usuários.

A assertiva cobra, literalmente, quais são as características fundamentais da informação con-


tábil. Para responder, basta lembra que são a relevância e a representação fidedigna.
Errado.
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048. (FEPESE/MPE-SC/AUDITOR/2014) De acordo com o CPC 00/R1/2011, são duas as ca-


racterísticas qualitativas fundamentais da informação contábil-financeira.
Assinale a alternativa que traz estas características fundamentais
a) Compreensibilidade e relevância
b) Verificabilidade e tempestividade
c) Comparabilidade e verificabilidade
d) Relevância e representação fidedigna
e) Representação fidedigna e tempestividade.

Novamente, a questão é literal, basta saber que relevância e representação fidedigna são as
características fundamentais da informação contábil. “É só correr para o abraço”.
Letra d.

049. (IF-PI/ IF-PI/PROFESSOR DE CONTABILIDADE/2016) As demonstrações contábeis são


importantes para que o usuário interessado pela informação tome decisões e conheça a si-
tuação econômico-financeira de uma entidade. Conforme a Estrutura Conceitual Básica-CPC
00(R1), a qualidade da informação contábil deve ser útil e relevante. Conforme a afirmação
acima marque a alternativa CORRETA:
a) As características qualitativas fundamentais são relevância e representação fidedigna.
b) A informação econômica é capaz de fazer diferença nas decisões se tiver valor preditivo,
valor médio ou ambos.
c) A informação contábil-financeira já é considerada útil se representar um fenômeno relevante.
d) Representação fidedigna de uma informação significa exatidão em todos os aspectos.

Boa questão; contudo a resposta é a mesma das demais.


a) Certa.
b) Errada. Sabemos que a informação é relevante se possuir valor preditivo e confirmató-
rio, ou ambos.
c) Errada. Não basta ser relevante, lembram? Deve ser relevante e fidedigna.
d) Errada. A representação fidedigna não representa exatidão, mas, sim, que as informações
estão livres de erros materiais.
Letra a.

050. (INAZ DO PARÁ/CORE-PE/CONTADOR/2019) As características qualitativas fundamen-


tais da Informação Contábil-Financeira são relevância e representação fidedigna. Diante das
informações qualitativas fundamentais, assinale a alternativa correta:
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a) Informação contábil-financeira relevante é aquela que não possui poder de influenciar as


decisões que possam ser tomadas pelos usuários.
b) Para ser útil, a informação contábil-financeira não tem só que representar um fenômeno relevan-
te, mas tem também que representar com fidedignidade o fenômeno que se propõe representar.
c) Representação fidedigna, por si só, pode resultar necessariamente em informação útil.
d) A informação precisa concomitantemente ser irrelevante e representar com fidedignidade a
realidade reportada para ser útil.
e) A informação contábil-financeira precisa ser uma predição ou uma projeção para que pos-
sua valor preditivo.

Vimos na aula que, para ser útil, a informação contábil-financeira deve ter as características
fundamentais da relevância e da representação fidedigna. Assim, ela não tem só que represen-
tar um fenômeno relevante, tem, também, que representar, com fidedignidade, o fenômeno que
se propõe representar.
Letra b.

051. (VUNESP/GUARULHOS/FISCAL DE RENDAS/2019) De acordo com a Estrutura Con-


ceitual (Resolução CFC n. 1.374/2011), são características fundamentais da informação
contábil-financeira:
a) Relevância e representação fidedigna.
b) Relevância e compreensibilidade.
c) Regime de competência e relevância.
d) Regime de competência e consistência.
e) Comparabilidade e verificabilidade.

As características qualitativas fundamentais são relevância e representação fidedigna.


Letra a.

052. (CESGRANRIO/PETROBRAS/CONTADOR JÚNIOR/2015) Os termos do Pronunciamen-


to Conceitual Básico (R1) contemplam as características qualitativas da informação contábil
útil. Nesse aspecto, são características qualitativas fundamentais da informação contábil útil:
a) Comparabilidade e Materialidade
b) Materialidade e Verificabilidade
c) Compreensão e Representação Tempestiva
d) Relevância e Representação Fidedigna
e) Tempestividade e Anualidade
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As características fundamentais são: relevância e representação fidedigna.


Letra d.

053. (FCC/TCE-GO/CONTADOR/2014) Os três atributos para que uma demonstração finan-


ceira seja considerada fidedigna são:
a) Completa, neutra e livre de erro.
b) Suficiente, prudente e livre de fraude.
c) Limitada, suficiente e livre de erro.
d) Integral, prudente e livre de fraude.
e) Adequada, possível e livre de erro.

Para ser representação fidedigna, a realidade da informação retratada precisa ter três atribu-
tos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.
Letra a.

054. (FCC/MANAUS/AFTM/2019) Na avaliação de materialidade, é razoável que o auditor


assuma que os usuários de demonstrações financeiras
a) possuem aprofundado conhecimento de economia.
b) não sabem que as demonstrações contábeis são auditadas considerando níveis de ma-
terialidade.
c) possuem conhecimento razoável de contabilidade.
d) não possuem disposição para estudar as informações contábeis com diligência.
e) possuem aprofundado conhecimento das atividades econômicas.

Segundo o CPC 00, a materialidade é um atributo da relevância. Em auditoria, materialidade é


o montante fixado pelo auditor, que deverá estar correto. Assim, é material a informação que
afeta a opinião do usuário.
A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é afe-
tada pela percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários das
demonstrações contábeis. Neste contexto, é razoável que o auditor assuma que os usuários:
a)possuem conhecimento razoável de negócios, atividades econômicas, contabilidade e a dis-
posição de estudar as informações das demonstrações contábeis com razoável diligência.
Letra c.

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Características de Melhoria da Informação

Como vimos, as características qualitativas de dividem em fundamentais e de melhoria.


a) Características qualitativas fundamentais (fundamental qualitative characteristics – re-
levância e representação fidedigna), as mais críticas;
b) Características qualitativas de melhoria (enhancing qualitative characteristics – compa-
rabilidade, capacidade de verificação, tempestividade e compreensibilidade), menos críticas,
mas, ainda assim, altamente desejáveis.
É importante destacar que as características de melhoria são desejáveis, mas não essen-
ciais, pois elas agregam valor e melhoram a qualidade da informação, servindo para auxiliar
qual de duas alternativas de informação igualmente relevante e fidedigna deveria ser apre-
sentada em relação a um fenômeno, no entanto elas não tornam a informação útil, se uma
informação for irrelevante ou não tiver representação fidedigna, não importa ser comparável,
verificável, tempestiva ou compreensível, ela não é uma informação útil.

A aplicação das características qualitativas de melhoria é um processo interativo que não se-
gue uma ordem preestabelecida, nem existe hierarquia entre os atributos. Algumas vezes, uma
característica qualitativa de melhoria pode ter que ser diminuída para maximização de outra
característica qualitativa. Por exemplo, a redução temporária na comparabilidade como resul-
tado da aplicação prospectiva de uma nova norma contábil-financeira pode ser vantajosa para
o aprimoramento da relevância ou da representação fidedigna no longo prazo.

Comparabilidade

A comparabilidade é a característica qualitativa de melhoria que visa a fazer com que os


usuários identifiquem e compreendam as semelhanças e as diferenças entres as informações
e os dados apresentados e divulgados.
As decisões de usuários implicam escolhas entre alternativas, como, por exemplo, ven-
der ou manter um investimento ou investir em uma entidade ou noutra. Consequentemente,
a informação acerca da entidade será mais útil caso possa ser comparada com informação
similar sobre outras entidades e com informação similar sobre a mesma entidade para outro
período ou para outra data.

A COMPARABILIDADE tem como necessidade própria precisar de, pelo menos, dois itens para
efetivar a comparação.

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Assim, por uma questão de lógica, se o objetivo é comparar, existe a necessidade de ter
um dado em mãos para comparar com outro dado - e assim inferir sobre algo. O atributo da
comparabilidade permite que sejam comparadas informações com outras entidades ou com a
mesma entidade, entre mais de um período.
Outro ponto importante da comparabilidade é que ela não se confunde com o atributo da
consistência ou de uniformidade.
É normal as bancas apresentarem que comparabilidade é o mesmo que consistência ou
que uniformidade.
Consistência, embora esteja relacionada com a comparabilidade, não significa o mesmo.
Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, tanto de um período
para outro, considerando a mesma entidade que reporta a informação, quanto para um único
período entre entidades. Comparabilidade é a meta; a consistência auxilia a alcançar essa meta.
Comparabilidade também não significa uniformidade. Para que a informação seja compa-
rável, coisas iguais precisam parecer iguais, e coisas diferentes precisam parecer diferentes.
A comparabilidade da informação contábil-financeira não é aprimorada ao se fazer com que
coisas diferentes pareçam iguais ou, ainda, ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes.
Meu(inha) amigo(a), chamo a sua atenção para que entenda que manter a consistência
não quer dizer que a empresa não possa mudar algum critério. A consistência estabelece que
a empresa mantenha os MESMOS critérios dentro do exercício, e, se está utilizando um critério,
este seja utilizado em todos os itens da mesma natureza.

Por exemplo
Se a empresa utiliza, em suas máquinas da linha de produção, o critério da depreciação pelo
número de unidades produzidas, deve utilizar, para todas as máquinas na linha de produção, o
mesmo critério. Se a empresa faz estimativa de inadimplência para as contas a receber, deve
fazer para todas as contas a receber.

Qualquer mudança de critério que impacte de forma relevante nos dados apresentados
deve ser divulgada em notas explicativas junto com as demonstrações contábeis.
Na sua essência, a comparabilidade deve possibilitar ao usuário o conhecimento da situa-
ção e evolução de determinada informação ao longo do tempo, numa mesma entidade ou em
diversas entidades, de tal forma que se obtenha condição para a melhor tomada de decisão.

Capacidade de Verificação
A capacidade de verificação ajuda a garantir aos usuários que as informações represen-
tem, de forma fidedigna, os fenômenos econômicos que pretendem representar.
A capacidade de verificação significa que diferentes observadores bem informados e in-
dependentes podem chegar ao consenso, embora não a um acordo necessariamente comple-
to de que a representação específica é representação fidedigna. Tem relação com conseguir
comprovar uma informação.
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A verificabilidade não é sinônimo de concordância entre as opiniões e decisões dos usuá-


rios, ela ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa fidedignamente o fenô-
meno econômico que se propõe representar.
A verificação pode ser direta ou indireta. Verificação direta significa verificar um montante
ou outra representação por meio de observação direta, como, por exemplo, por meio da conta-
gem de caixa, a identificação física de bens do imobilizado.
Verificação indireta significa checar os dados de entrada do modelo, da fórmula ou de ou-
tra técnica e recalcular os resultados obtidos por meio da aplicação da mesma metodologia;
está relacionada com exame documental. Um exemplo é a verificação do valor contábil dos
estoques por meio da checagem dos dados de entrada (quantidades e custos) e por meio do
recálculo do saldo final dos estoques, utilizando a mesma premissa adotada no fluxo do custo
(por exemplo: utilizando o método PEPS).

Tempestividade
Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de
poder influenciá-los em suas decisões.
Tem relação direta com a oportunidade de uma informação - devido a isto, a informação
tem que estar disponível, para tomadores de decisão, a tempo para poder influenciá-los em
suas decisões.
Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo certa informação
pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o encerramento do período contábil,
em decorrência de alguns usuários necessitarem identificar e avaliar tendências.
A falta de tempestividade pode criar uma assimetria informacional entre os usuários.

Por exemplo
Os usuários internos (administradores) têm conhecimento de uma informação relevante, con-
tudo não a divulgam, para não afetar a negociação de um título da empresa no mercado de
capital. Quando a informação for divulgada, após a negociação dos papéis ter sido efetivada,
ela perdeu a sua oportunidade - e, de certa forma, foi inútil naquele momento.

Compreensibilidade
Compreensibilidade é uma das características que ajudam o usuário a assimilar o signifi-
cado das informações. Assim, classificar, mensurar e apresentar a informação com clareza e
concisão torna-a compreensível.
A compreensibilidade presume que o usuário disponha de conhecimentos de contabilida-
de e dos negócios e das atividades da entidade, em nível que o habilite ao entendimento das in-
formações colocadas à sua disposição, desde que se proponha analisá-las, pelo tempo e com
a profundidade necessários, sendo que uma eventual dificuldade de entendimento suficiente
das informações contábeis por algum usuário jamais será motivo para a sua não-divulgação.

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Alguns fenômenos são inerentemente complexos - e pode não ser possível tornar a sua
compreensão fácil. Excluir informações sobre esses fenômenos dos relatórios financeiros
pode tornar mais fácil a compreensão das informações contidas nesses relatórios financeiros.
Contudo esses relatórios seriam incompletos e, portanto, possivelmente distorcidos.

PEGADINHA DA BANCA
Normalmente, as bancas afirmam que, para facilitar a compreensão pelos usuários, a empresa
não precisa divulgar as informações consideradas complexas. Não caiam neste peguinha. De-
vem ser divulgadas todas as informações relevantes, inclusive as que envolvem cálculos com-
plexos, como os relacionados com a precificação de ativos e derivativos no mercado de capital.

Então, para ser compreensível, a informação deve ser divulgada com clareza e completude,
contudo exige-se que o usuário saiba interpretar as informações, pois as informações sobre
assuntos complexos que devam ser incluídas nas demonstrações contábeis, por causa da sua
relevância para as necessidades de tomada de decisão pelos usuários, não devem ser excluí-
das meramente sob o pretexto de que seria difícil certos usuários as entenderem.

Relevante Importante
Fundamental
Fidedigna Verdadeira

Informação
contábil Compreensibilidade Entendível

Comparabilidade Analisável
De Melhoria
Verificabilidade Comprovável

Tempestividade Oportuna

Na elaboração das informações, a administração deverá analisar a relação custo benefício,


pois o custo é uma restrição generalizada sobre as informações que podem ser fornecidas
pelo relatório financeiro.
A elaboração do relatório de informações financeiras impõe custos - e é importante que
esses custos sejam justificados pelos benefícios de apresentar essas informações.
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Devido à subjetividade inerente, as avaliações de diferentes indivíduos sobre os custos e


benefícios da apresentação de itens específicos de informações financeiras variam. Portanto
procura-se considerar custos e benefícios em relação ao relatório financeiro, de modo geral - e
não apenas em relação a entidades individuais que reportam.

055. (IF-ES/IF-ES/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2019) De acordo com a “Estrutura Con-


ceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro (CPC 00 – R1)” é um
exemplo de característica qualitativa capaz de melhorar a utilidade da informação contábil-
-financeira, a ________.
No tocante ao caso específico do setor público, a “NBC TSP Estrutura Conceitual para Elabora-
ção e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público”
prevê que os usuários dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do Setor
Público almejam subsídios nestes relatórios para fins de prestação de contas e responsabili-
zação (accountability) e para o (a) _________.
Completam de forma CORRETA as lacunas do texto na ordem prevista:
a) Comparabilidade / tomada de decisão.
b) Representação fidedigna / fiscalização dos tributos arrecadados.
c) Relevância / fiscalização dos agentes públicos.
d) Tempestividade / acompanhamento da ação governamental.
e) Compreensibilidade / participação democrática.

As caraterísticas qualitativas de melhoria são a comparabilidade, a verificabilidade, a tempesti-


vidade e a compreensibilidade; elas melhoram a utilidade da informação que é relevante e que
é representada com fidedignidade. Assim, eliminamos as letras b) e c).
Os usuários, sejam públicos ou privados, utilizam as informações apresentadas pela contabili-
dade para tomar uma decisão sobre a melhor forma de alocar seus recursos.
Letra a.

056. (AOCP/PC-ES/PERITO CONTÁBIL/2019) Conforme a Estrutura Conceitual para Elabora-


ção e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, a característica qualitativa da confiabilidade
foi redenominada para
a) verificabilidade.
b) compreensibilidade.
c) comparabilidade.
d) representação fidedigna.
e) relevância.
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A característica qualitativa confiabilidade foi redenominada representação fidedigna.


Letra d.

057. (IBFC/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2017) Com base na NBC TSP Estrutura Conceitual


– estrutura conceitual para elaboração e divulgação de informação contábil de propósito geral
pelas entidades do setor público, assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.
“ _______________ significa ter informação disponível para os usuários antes que ela perca a sua
capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e
tomada de decisão”.
a) Tempestividade
b) Compreensibilidade
c) Neutralidade
d) Comparabilidade
e) Verificabilidade.

A tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de


poder influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos
utilidade. Contudo certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o
encerramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, por exemplo, necessita-
rem identificar e avaliar tendências.
Está representando o princípio da oportunidade.
Letra a.

058. (IESES/CRM-SC/CONTADOR/2015) As características qualitativas da informação con-


tábil-financeira identificam os tipos de informações que muito provavelmente são reputadas
como as mais úteis para investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes
e em potencial, para tomada de decisões acerca da entidade.
Assinale a alternativa que representa uma característica qualitativa fundamental da informa-
ção contábil-financeira.
a) Relevância.
b) Competência.
c) Entidade.
d) Continuidade.

As características fundamentais são relevância e representação fidedigna. Não se esqueça dos


atributos de melhoria: comparabilidade, compreensibilidade, tempestividade e verificabilidade.
Letra a.
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059. (FCC/TRE-PR/ANALISTA DE CONTABILIDADE/2013) Sobre a estrutura conceitual para


a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, considere:
I – A estrutura conceitual aplica-se à forma e ao conteúdo das informações adicionais forneci-
das para atender às necessidades da administração da empresa.
II – O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações que sejam úteis a um
grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica.
III – As demonstrações contábeis são preparadas com base no pressuposto de que a entidade
não tem a intenção nem a necessidade de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a
escala das suas operações.
IV – As informações sobre assuntos complexos que dificultam a compreensibilidade para al-
guns usuários da contabilidade devem ser excluídas das demonstrações contábeis.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
e) III e IV.

I – Errado. Os relatórios de propósito emitidos pela empresa visam a atender aos usuários
externos; os administradores que representam os usuários internos utilizam informações
pontuais e específicas.
II – Certo. O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações que sejam úteis a
um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica, por isto
que são denominadas relatórios de propósito geral.
III – Certo. As demonstrações contábeis são preparadas com base no pressuposto da con-
tinuidade, ou seja, considerando que a empresa não tem a intenção, nem a necessidade, de
entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações.
IV – Errado. As informações sobre assuntos complexos que dificultam a compreensibilidade
para alguns usuários da contabilidade NÃO devem ser excluídas das demonstrações contá-
beis. É o caso dos instrumentos financeiros sem um mercado ativo. A exclusão de informa-
ções sobre esses fenômenos dos relatórios contábil-financeiros pode tornar a informação
constante em referidos relatórios mais facilmente compreendida. Contudo referidos relatórios
seriam considerados incompletos e potencialmente distorcidos.
Letra b.

060. (AOCP/SANTO AGOSTINHO-PE/CONTADOR/2019) Segundo o CPC 00 (R1) – Estrutura


Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro,
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a) a utilização do regime de caixa fornece melhor base de avaliação da performance passada


e da futura da entidade a que reporta a informação.
b) as características qualitativas foram divididas em duas categorias: as fundamentais e as da
relevância.
c) para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada da informação precisa
ter os atributos da neutralidade e ser livre de distorções relevantes.
d) as informações se destinam, principalmente, ao público externo, com foco nos investidores,
credores por empréstimos e a outros credores.

a) Errada. A estrutura conceitual determina a utilização do regime de competência para a apu-


ração dos resultados, pois o regime de caixa apresenta somente as entradas e saídas de di-
nheiro, fornecendo uma base de informações muito pequena.
b) Errada. As características da informação contábil foram divididas em fundamentais e
de melhoria.
c) Errada. Incompleta! A representação fidedigna deve ser completa, neutra e livre de erros.
d) Certa. As informações apresentadas pela contabilidade devem atender, principalmente, aos
usuários externos primários, que são os que aplicam dinheiro na empresa.
Letra d.

061. (AOCP/ADAF-AM/CONTADOR/2018) Nos termos do CPC 00, são características quali-


tativas de melhoria:
a) conservadorismo, relevância, confiabilidade e comparabilidade.
b) representação fidedigna, materialidade, comparabilidade e compreensibilidade.
c) comparabilidade, tempestividade, confiabilidade e relevância.
d) comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade.
e) fidedignidade, confiabilidade, materialidade e conservadorismo.

As características qualitativas de melhoria são comparabilidade, capacidade de verificação


(verificabilidade), tempestividade e compreensibilidade, menos críticas, mas, ainda assim, al-
tamente desejáveis.
Letra d.

Capítulo 3 – Demonstrações Contábeis e a Entidade que Reporta


A estrutura conceitual destaca que as demonstrações contábeis fornecem informações
sobre recursos econômicos (ativos) da entidade que reporta; reivindicações contra a entidade
(obrigações exigíveis) e alterações nesses recursos (receitas e despesas); devido a isto, elas

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têm o objetivo de fornecer informações financeiras sobre ativos, passivos, patrimônio líquido,
receitas e despesas que sejam úteis aos usuários das demonstrações contábeis na avaliação
das perspectivas para futuros fluxos de entrada de caixa líquidos e na avaliação da gestão de
recursos da administração sobre os recursos econômicos da entidade.
As informações são apresentadas no balanço patrimonial, ao reconhecer ativos, passivos
e patrimônio líquido; na demonstração do resultado, ao reconhecer as receitas e despesas; e
na demonstração do resultado abrangente, que apresenta as receitas e despesas abrangentes
(contas apresentadas no Patrimônio Líquido na conta Ajuste da Avaliação Patrimonial); e em
outras demonstrações e notas explicativas.

Aqui temos uma novidade. O CPC 00 R2 apresenta a necessidade da elaboração da DRA – De-
monstração dos Resultados Abrangentes.

O balanço patrimonial, a demonstração do resultado e a demonstração do resultado abran-


gente refletem o ativo, o passivo, as receitas, as despesas e o patrimônio líquido reconhecidos
da entidade em sumários estruturados, que se destinam a tornar as informações financeiras
comparáveis e compreensíveis.
Uma característica importante das estruturas desses sumários é que os valores reconheci-
dos em uma demonstração estão incluídos nos totais e, se aplicável, nos subtotais que vincu-
lam os itens reconhecidos na demonstração.
Desta forma, as demonstrações devem retratar os efeitos patrimoniais e financeiros das
transações e outros eventos, por meio do grupamento deles em classes amplas, de acordo
com as suas características econômicas (são os grupos e subgrupos de contas).
Assim, as informações sobre possíveis transações futuras e outros possíveis eventos fu-
turos (informações abrangentes-prospectivas) são incluídas nas demonstrações contábeis se:
a) referirem-se a ativos ou passivos da entidade – incluindo ativos ou passivos não reco-
nhecidos – ou patrimônio líquido que existiam no final do período de relatório, ou durante o
período de relatório, ou a receitas ou a despesas do período de relatório;
b) forem úteis aos usuários das demonstrações contábeis.

Os ativos e passivos NÃO RECONHECIDOS são os considerados contingentes, que não apare-
cem no balanço patrimonial, mas são divulgados em notas explicativas.

No Brasil, o período utilizado para a elaboração das demonstrações é o exercício social


adotado pela empresa, que, em regra, é o ano civil - Contudo independe do prazo utilizado na
elaboração das demonstrações. Para ajudar os usuários a identificarem e avaliarem mudanças
e tendências, as demonstrações contábeis também fornecem informações comparativas de,
pelo menos, um período de relatório anterior.
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O PULO DO GATO
A empresa deve apresentar as demonstrações do período corrente e as demonstrações do
período anterior.

Outra inclusão é a de que as demonstrações contábeis são normalmente elaboradas com


base na suposição de que a entidade está em continuidade operacional e continuará em ope-
ração no futuro previsível.
Assim, presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em
liquidação ou deixar de negociar. Se existe essa intenção ou necessidade, as demonstrações
contábeis podem ter que ser elaboradas em base diferente. Em caso afirmativo, as demonstra-
ções contábeis descrevem a base utilizada.

Entidade que Reporta

A entidade que reporta é a entidade que é obrigada a, ou decide, elaborar demonstrações


contábeis; pode ser uma única entidade ou parte da entidade ou pode compreender mais de
uma entidade.
Às vezes, a entidade (controladora) tem o controle sobre outra entidade (controlada). Se a en-
tidade que reporta compreende tanto a controladora como suas controladas, as demonstrações
contábeis da entidade que reporta são denominadas “demonstrações contábeis consolidadas”.
As demonstrações consolidadas fornecem informações sobre ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas e despesas tanto da controladora como de suas controladas, como uma única
entidade. Essas informações são úteis para investidores, credores por empréstimos e outros
credores, existentes e potenciais, da controladora em sua avaliação das perspectivas para futu-
ros fluxos de entrada de caixa líquidos para a controladora. Isso porque os fluxos de entrada de
caixa líquidos para a controladora incluem distribuições para a controladora de suas controladas,
e essas distribuições dependem de fluxos de entrada de caixa líquidos para as controladas.
Se a entidade que reporta é apenas a controladora, as demonstrações contábeis são deno-
minadas “demonstrações contábeis não consolidadas”.
Demonstrações contábeis não consolidadas destinam-se a fornecer informações sobre
ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas da controladora - e não sobre aquelas
de suas controladas
Se a entidade que reporta compreende duas ou mais entidades que não são todas vincu-
ladas pelo relacionamento controladora-controlada, as demonstrações contábeis da entidade
que reporta são denominadas “demonstrações contábeis combinadas”.

As demonstrações contábeis podem ser não consolidadas (individuais), consolidadas ou


combinadas.

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Capítulo 4 - Elementos das Demonstrações Contábeis


Os elementos das demonstrações contábeis definidos na estrutura conceitual são apre-
sentados pelas classes de contas que compõem os ativos, passivos e patrimônio líquido, que
se referem à posição financeira da entidade que reporta; e receitas e despesas, que se referem
ao desempenho financeiro da entidade que reporta.
Essas classes amplas são denominadas elementos das demonstrações contábeis.
Os elementos das demonstrações contábeis definidos nesta estrutura conceitual são:
• ativos, passivos e patrimônio líquido, que se referem à posição financeira da entidade
que reporta;
• receitas e despesas, que se referem ao desempenho financeiro da entidade que reporta.

A apresentação desses elementos no balanço patrimonial e na demonstração do resultado


envolve um processo de subclassificação.

Por exemplo.
Ativos e passivos podem ser classificados por sua natureza ou função nos negócios da entida-
de, em circulante ou não circulantes, a fim de mostrar as informações da maneira mais útil aos
usuários, para fins de tomada de decisões econômicas. As receitas e despesas são segmenta-
das, conforme as atividades, em operacionais e outras receitas ou despesas.

Definição dos Elementos

A definição dos elementos prevista no pronunciamento nos apresenta os conceitos de ati-


vo, passivo, patrimônio líquido, receita e despesa. Contudo são denominados elementos das
demonstrações contábeis.
Os elementos diretamente relacionados com a posição financeira da entidade que reporta
são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido. Estes são definidos como segue:
• Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de
eventos passados.

Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos


e deve atender três aspectos: direito, potencial de produzir benefícios econômicos e controle.
Os direitos que têm o potencial de produzir benefícios econômicos assumem muitas
formas, incluindo:
a) direitos que correspondem à obrigação de outra parte;
b) direitos de receber caixa;
c) direitos de receber produtos ou serviços;
d) direitos de trocar recursos econômicos com outra parte em condições favoráveis.
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A entidade não pode ter direito de obter benefícios econômicos de si mesma.


Um recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos.
Para que esse potencial exista, não precisa ser certo, ou mesmo provável, que esse direito
produzirá benefícios econômicos.
É necessário somente que o direito já exista e que, em pelo menos uma circunstância,
produzirá. para a entidade. benefícios econômicos além daqueles disponíveis para todas as
outras partes.
Um recurso econômico pode produzir benefícios econômicos para a entidade, com um ou
mais dos seguintes atos:
a) receber fluxos de caixa contratuais ou outro recurso econômico;
b) trocar recursos econômicos com outra parte em condições favoráveis;
c) produzir fluxos de entrada de caixa ou evitar fluxos de saída de caixa, por exemplo:
I – utilizando o recurso econômico para produzir produtos ou prestar serviços;
II – utilizando o recurso econômico para melhorar o valor de outros recursos econômicos;
III – arrendando o recurso econômico a outra parte;
d) receber caixa ou outros recursos econômicos por meio da venda do recurso econômico;
e) extinguir passivos por meio da transferência do recurso econômico.

O benefício econômico futuro de um ativo é o seu potencial em contribuir, direta ou indireta-


mente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade.

O controle vincula um recurso econômico à entidade. A entidade controla um recurso eco-


nômico se ela tem a capacidade presente de direcionar o uso do recurso econômico e obter os
benefícios econômicos que podem fluir dele.
Controle inclui a capacidade de impedir outras partes de direcionar o uso do recurso eco-
nômico e de obter os benefícios econômicos que podem fluir dele.
Ocorre que, se uma parte controla um recurso econômico, nenhuma outra parte controla
esse recurso.
− Passivo é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico
como resultado de eventos passados.

Para que exista passivo, três critérios devem ser satisfeitos: a entidade tem uma obrigação;
a obrigação é de transferir um recurso econômico; a obrigação é uma obrigação presente que
existe como resultado de eventos passados
O primeiro critério para o passivo é que a entidade tenha a obrigação.
A obrigação é o dever ou a responsabilidade que a entidade não tem a capacidade prática
de evitar. A obrigação é sempre devida à outra parte (ou partes).
A outra parte (ou partes) pode ser uma pessoa ou outra entidade, grupo de pessoas ou
outras entidades, ou a sociedade em geral.
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Não é necessário conhecer a identidade da parte (ou partes) para quem a obrigação é devida.

Muitas obrigações são estabelecidas por contrato, legislação ou meios similares e são
legalmente exigíveis pela parte (ou partes) para quem são devidas.
Obrigações também podem resultar, contudo, de práticas usuais, políticas publicadas ou
declarações específicas da entidade se a entidade não tem capacidade prática de agir de modo
inconsistente com essas práticas, políticas ou declarações.
A obrigação que surge nessas situações é denominada, às vezes, “obrigação presumida”.
O segundo critério para um passivo é que a obrigação seja de transferir um recurso
econômico.
Para satisfazer a esse critério, a obrigação deve ter o potencial de exigir que a entidade
transfira um recurso econômico para outra parte (ou partes). Para que esse potencial exista,
não é necessário que seja certo, ou mesmo provável, que a entidade será obrigada a transferir
um recurso econômico – a transferência pode, por exemplo, ser obrigada somente se ocorrer
evento futuro incerto especificado.
É necessário somente que a obrigação já exista e que, em pelo menos uma circunstância,
exigirá que a entidade transfira um recurso econômico.
Obrigações de transferir um recurso econômico incluem, por exemplo:
a) obrigações de pagar o valor à vista;
b) obrigações de entregar produtos ou prestar serviços;
c) obrigações de trocar recursos econômicos com outra parte em condições desfavoráveis.
Essas obrigações incluem, por exemplo, contrato a termo para vender um recurso econômico
em condições que são atualmente desfavoráveis ou a opção que dá direito à outra entidade de
comprar um recurso econômico da entidade;
d) obrigações de transferir um recurso econômico se ocorrer evento futuro incerto
específico;
e) obrigações de emitir instrumento financeiro se esse instrumento financeiro obrigar a
entidade a transferir um recurso econômico.
O terceiro critério para um passivo é que a obrigação seja uma obrigação presente que
exista como resultado de eventos passados.
A obrigação presente existe como resultado de eventos passados somente se:
a) a entidade já tiver obtido benefícios econômicos ou tomado uma ação;
b) como consequência, a entidade terá ou poderá ter que transferir um recurso econômico
que de outro modo não teria que transferir.
A obrigação presente pode existir mesmo se a transferência de recursos econômicos não
puder ser executada até algum momento no futuro. Por exemplo, passivo contratual de pagar
o valor à vista pode existir atualmente mesmo se o contrato não exige o pagamento até uma
data futura.
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De modo similar, a obrigação contratual para a entidade realizar um trabalho em data futu-
ra pode existir atualmente, mesmo se a contraparte não puder exigir que a entidade realize o
trabalho até essa data futura.

− Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução


de todos os seus passivos.

É uma obrigação não exigível para a empresa, pois os direitos sobre o patrimônio líquido
são reivindicações contra a entidade que não atendem à definição de passivo.
Essas reivindicações podem ser estabelecidas por contrato, legislação ou meios similares
e incluem, na medida em que não atendem à definição de passivo:
a) ações de diversos tipos emitidas pela entidade;
b) algumas obrigações da entidade de emitir outro direito sobre o patrimônio líquido, como
dividendos e proventos.
Os elementos diretamente relacionados com o desempenho financeiro da entidade são as
receitas e as despesas.
a) Receitas são aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em aumen-
tos no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a contribuições de detentores de direitos
sobre o patrimônio;
b) Despesas são reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que resultam em redu-
ções no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a distribuições aos detentores de direi-
tos sobre o patrimônio.
O resultado é frequentemente utilizado como medida de performance, desempenho ou
como base para outras medidas, tais como o retorno do investimento ou o resultado por ação.

Recurso
Ativo
controlado

Posição
Obrigação
patrimonial e Passivo
presente
financeira

Patrimônio Resíduo
elementos das Líquido patrimonial
"DC"

Ganho
Receitas
econômico
Desempenho
financeiro
Perda
Despesas
econômica

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O CPC 00 R2 apresenta a seguinte síntese sobre os conceitos:

062. (FCC/TCE-SE/TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/2012) Ativo é definido na estrutura


conceitual da contabilidade como um recurso
a) de propriedade da entidade, utilizado em suas atividades operacionais, independentemente
do fluxo de caixa que este venha a gerar.
b) do qual se espera apenas uma saída próxima de recursos da entidade para o seu pagamento.
c) adquirido à vista pela entidade.
d) controlado pela entidade e do qual se espera que resultem benefícios econômicos futuros.
e) que não pode ser distribuído aos proprietários da entidade como restituição do capital.

O conceito de ativo é um recurso econômico controlado pela entidade como resultado de


eventos passados.
Recurso controlado não precisa ser de propriedade da empresa, por exemplo, direito de uso de
uma marca, um ativo obtido por arrendamento mercantil financeiro.
Por resultado de eventos passados, entendemos que deve ter corrido um fato contábil, onde
forma identificadas mensuradas as contas.
O ativo representa o potencial econômico da empresa, e este potencial está relacionado com
os futuros benefícios econômicos esperados. Em suma, o ativo existe para gerar benefícios
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econômicos, ou seja, gerar lucro para a empresa, aumentando as receitas ou diminuindo


as despesas.
Letra d.

063. (FCC/TJ-SE/ANALISTA DE CONTABILIDADE/2009) A identificação de um gasto efetu-


ado que NÃO produza benefícios econômicos futuros é reconhecido nas demonstrações de
uma entidade como
a) ganho.
b) despesa.
c) custo.
d) receita.
e) ativo.

A essência de um ativo é ter um potencial econômico embutido; caso ocorra um gasto que
seja improvável à futura geração de benefícios econômicos para a entidade, como é o caso
de uma perda econômica, com sinistros, doações, etc., o elemento deverá ser reconhecido
como despesa.
Letra b.

064. (IF-PE/IF-PE/CONTADOR/2016) Sobre a estrutura conceitual estabelecida pelo Comitê


de Pronunciamentos Contábeis (CPC), está CORRETO afirmar que
a) segundo a Estrutura Conceitual, reconhecimento é o processo que consiste na incorporação
ao balanço patrimonial ou à demonstração do resultado de item que se enquadre na definição de
elemento e que satisfaça os critérios de reconhecimento mencionados na Estrutura Conceitual.
b) no caso de conflito entre a estrutura conceitual e um pronunciamento técnico do CPC, o dispos-
to na Estrutura Conceitual deve ter prevalência sobre as exigências do pronunciamento técnico.
c) demonstrações contábeis elaboradas dentro do que prescreve a Estrutura Conceitual obje-
tivam fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações
por parte dos usuários, tendo o propósito de atender finalidade específica de determinados
grupos de usuários.
d) aportes dos proprietários da empresa é receita, pois são aumentos nos benefícios econômi-
cos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos que resultam em aumento
do patrimônio líquido.
e) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a
forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam
em decréscimo do patrimônio líquido. Porém essa definição não abrange as perdas.

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a) Certa. Reconhecer um elemento é identificar as caraterísticas de ativo, passivo, PL, receita


e despesa; além disto, verificar se foram atendidos os critérios necessários para o seu registro
no balanço patrimonial ou demonstração do resultado do exercício.
b) Errada. Quando houver conflito entre a estrutura conceitual básica e um pronunciamento
técnico, prevalece o que estiver previsto no pronunciamento técnico.
c) Errada. As demonstrações são elaboradas para atender aos propósitos de todos os usuários
externos - e não especificamente um usuário.
d) Errada. Aporte de capital representa um aumento no capital social com a aplicação de dinhei-
ro pelos sócios - não é receita, pois não tem relação com as atividades normais da empresa.
e) Errada. Uma perda também é uma despesa, por exemplo, um sinistro, um incêndio ou um
roubo. As perdas não têm relação com as atividades normais, são tratadas como despesas
descontinuadas.
Letra a.

065. (VUNESP/DOIS CÓRREGOS/CONTADOR/2018) Em uma empresa, uma despesa pode


ser gerada
a) pela redução das reservas de lucros para aumento do capital social.
b) pelo aumento de uma aplicação financeira avaliada a valor justo.
c) pelo pagamento a fornecedores.
d) pelo reconhecimento de ajuste de perdas de estoques.
e) pela aquisição de um veículo à vista.

A despesa é uma perda econômica que deixa a empresa mais pobre; toda despesa diminui a
situação líquida; diminuindo o ativo ou aumentando o passivo.
O reconhecimento de perdas no estoque é uma despesa que diminui o ativo.
Letra d.

066. (VUNESP/DOIS CÓRREGOS/CONTADOR/2018) Em uma empresa, uma receita pode


ser gerada
a) pelo aumento de capital social em dinheiro.
b) pela redução do passivo em decorrência do reconhecimento de variação cambial.
c) pelos juros dos empréstimos obtidos.
d) pela perda por impairment.
e) pelo reconhecimento inicial de uma provisão trabalhista.

Receita é um ganho econômico que deixa a empresa mais rica; será registrada independente-
mente do recebimento.
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Toda receita aumenta a situação líquida da empresa, aumentando o ativo ou diminuindo o pas-
sivo; contudo nem todo aumento da situação líquida é uma receita, como é o caso do aumento
do capital social e a conversão de dívidas em ações.
A diminuição do passivo pelo ganho na variação cambial é um exemplo de receita.
Letra b.

067. (VUNESP/DOIS CÓRREGOS/CONTADOR/2018) Em uma empresa, uma das caracterís-


ticas essenciais de um ativo é
a) gerar benefícios econômicos para a entidade.
b) ser um recurso decorrente de evento futuro.
c) ser de propriedade legal.
d) ter sido utilizado para liquidar um passivo.
e) ter forma física.

O ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do


qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade - e pode ser tangível
ou intangível.
Letra a.

068. (UFG/UFG/CONTADOR/2017) Até há bem pouco tempo, era comum conceituar Ativo
como o conjunto de bens e direitos, embora diversos autores afirmassem que a utilização de
um conceito simplificado se devia à formação ainda incipiente dos estudantes. O Ativo, após a
divulgação da estrutura conceitual para a elaboração e divulgação das demonstrações contá-
beis, passa a ser um recurso
a) possuído por uma entidade, como resultado de eventos passados, e que apresenta va-
lor de troca.
b) possuído por uma entidade, como resultado de eventos passados, e do qual se espera que
benefícios econômicos futuros fluam para essa entidade.
c) controlado por uma entidade, como resultado de eventos passados, e do qual se espera que
benefícios econômicos futuros fluam para essa entidade.
d) controlado por uma entidade, como resultado de eventos passados, e que apresenta va-
lor de troca.

A questão cobrou literalmente o conceito de ativo:

Ativo é um recurso econômico controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do
qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.

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Lembre-se que, atualmente, o ativo não precisa mais ser de propriedade da empresa, contudo
deve estar sob o seu controle.
Letra c.

Capítulo 5 – Reconhecimento e Desreconhecimento


Reconhecimento é o processo de captação para inclusão no balanço patrimonial ou na
demonstração do resultado e na demonstração do resultado abrangente de item que atenda
à definição de um dos elementos das demonstrações contábeis – ativo, passivo, patrimônio
líquido, receita ou despesa.
O reconhecimento de um elemento envolve refletir o item em uma dessas demonstra-
ções – seja isoladamente ou em conjunto com outros itens –, em palavras e por meio do
valor monetário, ou seja, a conta ou o grupo de contas, e incluir esse valor em um ou mais
totais nessa demonstração.

O valor pelo qual ativo, passivo ou patrimônio líquido é reconhecido no balanço patrimonial é
referido como o seu “valor contábil”.

Segundo o CPC 00 R2, o reconhecimento vincula os elementos, o balanço patrimonial e a


demonstração do resultado e a demonstração do resultado abrangente, conforme abaixo:
a) no balanço patrimonial no início e no final do período de relatório, total do ativo menos
total do passivo equivale ao total do patrimônio líquido;
b) alterações reconhecidas no patrimônio líquido durante o período de relatório
compreendem:
I – receitas menos despesas reconhecidas na demonstração do resultado e na demonstra-
ção do resultado abrangente;
II – contribuições de detentores de direitos sobre o patrimônio, menos distribuições aos
detentores de direitos sobre o patrimônio.

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O PULO DO GATO
Somente itens que atendem à definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido devem ser re-
conhecidos no balanço patrimonial. Similarmente, somente itens que atendem à definição de
receitas ou despesas devem ser reconhecidos na demonstração do resultado e na demons-
tração do resultado abrangente. Contudo nem todos os itens que atendem à definição de um
desses elementos devem ser reconhecidos.

Reconhecimento é o processo que consiste na incorporação nas demonstrações contá-


beis de item que se enquadre na definição de elemento, ou seja, é o processo de identificação
e classificação do elemento, contudo, para que um item seja registrado nas demonstrações,
ele deve satisfazer os seguintes critérios:
a) for provável que algum benefício econômico futuro associado ao item flua para a enti-
dade (ativo) ou flua da entidade (passivo);
b) o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade.
Note que a palavra chave é a probabilidade (provável) de um bem se realizar para a empre-
sa, quando for um ativo, ou exigir algo da empresa, quando for um passivo. Esta diferença é
que caracteriza o ativo como realizável e o passivo como exigível.

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O PULO DO GATO
Para ser reconhecido como ativo ou passivo, deve ser PROVÁVEL que o bem irá se realizar (ati-
vo) ou será exigida uma liquidação (passivo). Outro critério muito importante é que o elemento
deve ser mensurável. Quando a empresa não conseguir estabelecer um valor, mesmo que por
estimativa, não deve reconhecer o item nas demonstrações.

O conceito de probabilidade deve ser adotado nos critérios de reconhecimento para de-
terminar o grau de incerteza com que os benefícios econômicos futuros referentes ao item
venham a fluir para a entidade ou a fluir da entidade.
As avaliações acerca do grau de incerteza quanto à realização de um bem deve ser feita
com base na evidência disponível quando as demonstrações contábeis são elaboradas, ou
seja, deve ser na data das demonstrações, o que ocorre normalmente no dia 31/12.

Por exemplo
Quando for provável que uma conta a receber devida à entidade não será paga pelo deve-
dor, é, então, justificável reconhecer uma estimativa de perda pela provável inadimplência e,
dessa forma, reconhecer como despesa a esperada redução nos recebimentos (benefícios
econômicos esperados).

O segundo critério para reconhecimento de um item é que ele possua custo ou valor que pos-
sa ser mensurado com confiabilidade. Em muitos casos, o custo ou valor precisa ser estimado;
o uso de estimativas razoáveis é parte essencial da elaboração das demonstrações contábeis e
não prejudica a sua confiabilidade. Quando, entretanto, não puder ser feita estimativa razoável, o
item não deve ser reconhecido no balanço patrimonial ou na demonstração do resultado.

Por exemplo
O valor que se espera receber de uma ação judicial pode enquadrar-se nas definições tanto
de ativo (direito) quanto de receita (ganho), assim como nos critérios probabilísticos exigidos
para reconhecimento. Todavia, se não é possível mensurar com confiabilidade o montante que
será recebido, ele não deve ser reconhecido como ativo ou receita.

Desreconhecimento

Desreconhecimento é a retirada de parte ou da totalidade de ativo ou passivo reconhecido


do balanço patrimonial da entidade, ou seja, consiste em dar baixa do componente patrimonial.
O desreconhecimento, normalmente, ocorre quando esse item não atende mais à definição
de ativo ou passivo:

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• para o ativo, o desreconhecimento normalmente ocorre quando a entidade perde o con-


trole da totalidade ou de parte do ativo reconhecido;
• para o passivo, o desreconhecimento normalmente ocorre quando a entidade não pos-
sui mais uma obrigação presente pela totalidade ou parte do passivo reconhecido.

Normalmente, o desreconhecimento é feito quando quaisquer ativos ou passivos expira-


ram ou foram consumidos, recebidos, executados ou transferidos, tendo, como contrapartida
do registro da baixa, receitas ou despesas.

O PULO DO GATO
O desreconhecimento NÃO deve ser feito se a entidade aparentemente tiver transferido o ativo,
mas mantém exposição a significativas variações positivas ou negativas no valor dos benefí-
cios econômicos que podem ser produzidos pelo ativo, ou seja, ainda controla o recurso.

Capítulo 6 – Mensuração
Mensuração é o processo que consiste em determinar os montantes monetários (VALOR)
por meio dos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e
apresentados no balanço patrimonial e na demonstração do resultado.
Para conseguir estabelecer o valor de um elemento nas demonstrações contábeis, a empresa
deve selecionar uma base inicial de mensuração, ou seja, estabelecer o valor de entrada do item.
Após o reconhecimento do valor do bem, a empresa ajusta este valor ao seu VALOR ATUAL,
de acordo com a sua realização corrente (uso/perda/desvalorização, etc.), desta forma, no tér-
mino do exercício, ao elaborar as demonstrações, a empresa deve apresentar o valor de saída
do bem pelo valor mais próximo do atual possível; mesmo que por estimativa.

A mensuração consiste em estabelecer, com base no preço de entrada, o preço de SAÍDA, de


realização para ativos e exigibilidade para passivos.

Valores de entrada: referem-se aos valores de obtenção dos elementos para seu primeiro
registro nas demonstrações.
Valores de saída: refletem os valores recebidos ou gastos pela firma, na liquidação
de um item.
Na contabilidade, um número variado de bases de mensuração é empregado em diferentes
graus e em variadas combinações para estabelecer o valor dos itens nas demonstrações con-
tábeis. Cada item terá um tratamento, vai depender da sua natureza. Por exemplo: os estoques
são mensurados ao valor de mercado; os valores a receber e a pagar ao valor presente; o imo-
bilizado é ajustado ao seu valor realizável, etc.
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Segundo o pronunciamento conceitual R2, são utilizadas as bases de mensuração do cus-


to histórico, que deve ser ajustado ao seu custo atual, que pode ser pelo valor justo, valor em
uso e valor de cumprimento ou custo corrente.
A lógica do processo de mensuração é atender aos atributos fundamentais da informação
contábil, respeitando a relevância e a representação fidedigna.

Custo Histórico

Os ativos são registrados pelos valores pagos ou pelo valor justo dos recursos que são
entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos
recursos que serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações.
A mensuração ao custo histórico fornece informações monetárias sobre ativos, passivos
e respectivas receitas e despesas, utilizando informações derivadas, pelo menos em parte, do
preço da transação ou outro evento que deu origem a eles. Diferentemente do valor atual, o
custo histórico não reflete as mudanças nos valores, exceto na medida em que essas mudan-
ças se referirem à redução ao valor recuperável de ativo ou passivo que se torna onerosa.
O custo histórico representa o valor original de negociação, o primeiro valor registrado.
Para estabelecer o valor original, é importante considerar que tudo o que for gasto com o item
até a sua disponibilização para a empresa é considerado um custo, assim, se a empresa com-
prar uma máquina por R$ 10.000,00 e gastar R$ 5.000,00 com frete e seguro, o valor original da
máquina é de R$ 15.000,00.

O custo histórico de ativo quando é adquirido ou criado é o valor dos custos incorridos na aquisi-
ção ou na criação do ativo, compreendendo a contraprestação paga para adquirir ou criar o ativo
mais custos de transação. O custo histórico de passivo quando é incorrido ou assumido é o valor
da contraprestação recebida para incorrer ou assumir o passivo, menos os custos de transação.

Como o custo histórico é reduzido para refletir o consumo do ativo e sua redução ao valor
recuperável, o valor que se espera que seja recuperado do ativo mensurado ao custo histórico
é, pelo menos, tão grande quanto o seu valor contábil.
Similarmente, como o custo histórico do passivo é aumentado quando se torna oneroso, o
valor da obrigação de transferir os recursos econômicos necessários para satisfazer à obriga-
ção não é maior do que o valor contábil do passivo.
Assim, o custo histórico do ativo e do passivo devem ser atualizados ao longo do tempo,
para refletir, se aplicável:
Atualização do custo histórico do ativo deve ser feita quando:
• do consumo da totalidade ou parte do recurso econômico que constitui o ativo (em ou-
tras palavras, a estrutura conceitual quer dizer que o valor do ativo deve ser atualizado
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sempre que for diminuindo o seu potencial de uso, como, por exemplo, uma máquina
que estiver sendo utilizada na produção de algo deve ter seu valor original ajustado pela
sua depreciação acumulada);
• dos pagamentos recebidos que extinguem a totalidade ou parte do ativo;
• do efeito de eventos que fazem com que a totalidade ou parte do custo histórico do ativo
não seja mais recuperável (redução ao valor recuperável);
• da provisão de juros para refletir qualquer componente de financiamento do ativo.

A atualização do custo histórico do passivo deve ser feita quando:


• do cumprimento da totalidade ou parte do passivo, por exemplo, efetuando pagamen-
tos que extinguem a totalidade ou parte do passivo ou satisfazendo a obrigação de
entregar produtos;
• do efeito de eventos que aumentam o valor da obrigação de transferir os recursos eco-
nômicos necessários para cumprir a obrigação em tal medida que o passivo se torna
oneroso. O passivo é oneroso se o custo histórico não é mais suficiente para refletir a
obrigação de satisfazer o passivo; e
• da provisão de juros para refletir qualquer componente de financiamento do passivo.

Valor Atual

O valor atual de um componente das demonstrações é o seu valor histórico ajustado pelas
alterações necessárias que ocorreram no exercício corrente.
Diferentemente do custo histórico, o valor atual de ativo ou passivo não resulta, mesmo em
parte, do preço da transação ou outro evento que deu origem ao ativo ou passivo, mas, sim, é
o resultado das variações que ocorreram nos itens do patrimônio.
As mensurações ao valor atual fornecem informações monetárias sobre ativos, passivos e
respectivas receitas e despesas, utilizando informações atualizadas para refletir condições na
data de mensuração.
Devido à atualização, os valores atuais de ativos e passivos refletem as mudanças, desde
a data de mensuração anterior, em estimativas de fluxos de caixa e outros fatores refletidos
nesses valores atuais.
As bases de mensuração do valor atual incluem:
a) valor justo;
b) valor em uso de ativos e valor de cumprimento de passivos;
c) custo corrente.

a) Valor justo
O valor justo do ativo é o preço que seria recebido para vendê-lo sem deduzir custos de tran-
sação na alienação; para o passivo, é o preço que seria pago para transferir a parte não cum-
prida da obrigação, não incluindo custos de transação que seriam incorridos na transferência.
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O valor justo é determinado pela perspectiva dos participantes do mercado - e não pela pers-
pectiva específica da entidade.

As informações fornecidas mensurando ativos e passivos ao valor justo podem ter valor
preditivo, porque o valor justo reflete as atuais expectativas dos participantes do mercado sobre
o valor, a época e a incerteza de fluxos de caixa futuros. Essas expectativas são precificadas de
modo que reflitam as atuais preferências de risco dos participantes do mercado. Essas informa-
ções também podem ter valor confirmatório, fornecendo feedback sobre expectativas anteriores.
Receitas e despesas que refletem as atuais expectativas dos participantes do mercado
podem ter algum valor preditivo, pois essas receitas e despesas podem ser usadas como dado
para prever futuras receitas e despesas. Essas receitas e despesas também podem ajudar na
avaliação da eficiência e eficácia da administração da entidade no cumprimento de suas res-
ponsabilidades sobre o uso dos recursos econômicos da entidade.
A mudança no valor justo de ativo ou passivo pode resultar de vários fatores. Quan-
do esses fatores possuem diferentes características, identificar separadamente receitas e
despesas que resultam desses fatores pode fornecer informações úteis aos usuários das
demonstrações contábeis.
Se a entidade adquiriu o ativo em mercado e determina o valor justo utilizando preços de
mercado diferente (mercado em que a entidade venderia o ativo), qualquer diferença entre os
preços nesses dois mercados é reconhecida como receita quando esse valor justo é inicial-
mente determinado.

b) Valor em uso (ativo) e valor de cumprimento (passivo)


O valor em uso é uma das bases de mensuração do ativo, e normalmente também repre-
senta o valor realizável do bem, ou seja, o valor que a empresa espera realizar utilizando o
bem em suas atividades operacionais; já o valor de cumprimento, que apresenta o montante
exigível para liquidar uma obrigação, é utilizado como base de mensuração do passivo, já que
representa o valor que a empresa espera ter que gastar para acabar com uma obrigação.
O valor em uso fornece informações sobre o valor presente dos fluxos de caixa estimados
do uso de ativo e de sua alienação final. Essas informações podem ter valor preditivo, porque
podem ser utilizadas ao avaliar as perspectivas de futuros fluxos de entrada de caixa líquidos.
O valor de cumprimento fornece informações sobre o valor presente dos fluxos de caixa
estimados necessários para satisfazer o passivo. Assim, o valor de cumprimento pode ter
valor preditivo, particularmente se a obrigação for cumprida, em vez de transferida ou liqui-
dada por negociação.
As estimativas atualizadas de valor em uso ou valor de cumprimento, combinadas com
informações sobre estimativas do valor, época e incerteza de fluxos de caixa futuros, também
podem ter valor confirmatório, porque fornecem feedback sobre as estimativas anteriores de
valor em uso ou valor de cumprimento.
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c) Custo corrente
Os ativos são mantidos valores que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ati-
vos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos
valores, não descontados (com os juros embutidos), que se espera serem necessários para
liquidar a obrigação na data do balanço.
O custo corrente é conhecido como custo de reposição e normalmente é utilizado para
tomadas de decisão interna.
As informações sobre ativos e passivos mensurados ao custo corrente podem ser relevan-
tes, porque o custo corrente reflete o custo pelo qual o ativo equivalente poderia ser adquirido
ou criado na data de mensuração ou a contraprestação que seria recebida por incorrer ou as-
sumir passivo equivalente.
Assim como o custo histórico, o custo corrente fornece informações sobre o custo de ativo
consumido ou sobre receita do cumprimento de passivos. Essas informações podem ser uti-
lizadas para obter as margens correntes e como dado para prever margens futuras. Diferente-
mente do custo histórico, o custo corrente reflete os preços vigentes no momento do consumo
ou cumprimento. Quando as mudanças de preço são significativas, as margens baseadas em
custo corrente podem ser mais úteis para prever margens futuras do que as margens basea-
das em custo histórico.
Para informar o custo corrente de consumo (ou a receita corrente do cumprimento), é ne-
cessário separar a mudança no valor contábil no período de relatório em custo corrente de con-
sumo (ou receita corrente do cumprimento) e o efeito de mudanças nos preços. O efeito de mu-
dança nos preços às vezes é denominado “ganho de manutenção” ou “perda de manutenção”.

O PULO DO GATO
A estrutura conceitual não determina os critérios para utilizar uma ou outra base; entretanto
destaca que, ao escolher a base de mensuração a ser utilizada, é necessário considerar a na-
tureza das informações que a base de mensuração produzirá nas demonstrações. Ou seja, a
seleção será feita com base no julgamento profissional.

Na maioria dos casos, nenhum fator único determina qual base de mensuração deve ser
escolhida. A importância relativa de cada fator depende de fatos e circunstâncias, assim, a
base de mensuração mais comumente adotada pelas entidades na elaboração de suas de-
monstrações contábeis é o custo histórico. Ele é normalmente combinado com outras bases
de mensuração.
Entretanto o CPC destaca a necessidade de a escolha da base de mensuração ser determi-
nada considerando-se tanto a mensuração inicial como a mensuração subsequente, sempre
de acordo com a relevância e a fidedignidade das informações apresentadas.
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Por exemplo, os estoques são geralmente mantidos pelo menor valor entre o custo e o valor
líquido de realização, os títulos e valores mobiliários negociáveis podem, em determinadas
circunstâncias, ser mantidos a valor de mercado, e os passivos decorrentes de pensões são
mantidos pelo seu valor presente.

Em 15/7/2015, uma empresa adquiriu, à vista, mercadorias para revenda no valor unitário de
R$ 7,00, contemplando todos os custos de aquisição. Em 31/7/2015, o preço de reposição
unitário das referidas mercadorias havia alcançado o valor de R$ 7,80, ao passo que o preço
de venda unitário estimado da mercadoria era R$ 12,50, e o gasto estimado necessário para a
concretização da venda era R$ 1,50 por unidade. Em uma transação sem favorecimentos, cada
uma dessas mercadorias poderia ser trocada no mercado pelo valor de R$ 12,50 no último dia
do mês de julho de 2015.
Com base na situação hipotética apresentada, julgue os próximos itens:

069. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE/2015) Em 31/7/2015, o custo


corrente unitário das mercadorias adquiridas era R$ 7,80.

Esta questão é muito boa para contextualizar cada conceito apresentado.


Valor de aquisição = valor histórico = R$ 7,00
Preço de reposição = valor corrente = R$ 7,80
Preço de venda (-) custos de vendas = Valor realizável líquido = R$ 11,00 (12,50 – 1,50)
Valor de troca = valor justo = 12,50
A assertiva está correta, pois o valor corrente é de R$ 7,80.
Certo.

070. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE/2015) Em atendimento ao


princípio do registro pelo valor original, que indica o custo histórico como a base de mensu-
ração a ser utilizada para o registro inicial dos componentes patrimoniais, cada unidade da
mercadoria adquirida deve ser reconhecida ao preço de R$ 7,00.

Esta questão é muito boa para contextualizar cada conceito apresentado.


Valor de aquisição = valor histórico = R$ 7,00
Preço de reposição = valor corrente = R$ 7,80
Preço de venda (-) custos de vendas = Valor realizável líquido = R$ 11,00 (12,50 – 1,50)
Valor de troca = valor justo = 12,50
A assertiva está correta, pois o valor histórico é de R$ 7,00.
Certo.
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Acerca da estrutura conceitual básica da contabilidade, dos planos de contas, dos lançamen-
tos e da apuração de resultados bem como da estrutura das demonstrações contábeis, julgue
os itens que se seguem.

071. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTABILIDADE E FINANÇAS/2016) A verificabilidade, uma


das características qualitativas de melhoria, é aquela que garante a uniformidade das demons-
trações contábeis, dando segurança ao usuário sobre a adoção de métodos semelhantes para
contabilização de itens idênticos.

A verificabilidade é uma característica de melhoria e está relacionada com a capacidade de


comprovação de uma informação pelos usuários. A utilização de métodos uniformes tem rela-
ção com o atributo da comparabilidade.
Errado.

Julgue o item seguinte, acerca dos componentes patrimoniais, suas características e con-
tabilização.

072. (CESPE/MPU/ANALISTA ATUARIAL/2015) As despesas configuram perdas nos bene-


fícios econômicos de uma entidade, sob a forma de redução de ativos ou acréscimo de passi-
vos, não estando relacionadas a distribuição de recursos a sócios/acionistas.

A assertiva cobra, literalmente, o conceito de despesa apresentado na estrutura conceitual. As


transações com os sócios, como aumento de capital, saída de sócios e pagamento de dividen-
dos, não são tratadas como receitas ou despesas.
Não esqueçam que toda despesa diminui o PL, contudo nem toda diminuição do PL é despesa.
Certo.

Com relação aos princípios, às normas, às teorias e às práticas contábeis vigentes, julgue o
item que se segue.

073. (CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2015) A essência sobre a forma é conceito indispensável para


o cumprimento da característica qualitativa da representação fidedigna, ao passo que a prudên-
cia, por ser inconsistente com a neutralidade, é incompatível com a representação fidedigna.

A essência sobre a forma foi retirada na revisão do pronunciamento conceitual por ser con-
siderada uma redundância, pois, para a contabilidade, a representação fidedigna exige que o
controle sobreponha a propriedade. A prudência foi excluída por ser contrária à neutralidade,
uma característica da representação fidedigna.
Certo.
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Com relação à estrutura conceitual do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue os


itens a seguir.

074. (CESPE/TCE-RO/CONTADOR/2013) O direito de propriedade é condição essencial


para que seja configurada a existência de um ativo, o qual surge sempre em decorrência de
um direito legal.

Como vimos, na contabilidade atual, prevalece a “essência econômica sobre a forma legal”, daí
podemos inferir que o controle sobrepõe a propriedade. Desta forma, um item pode estar no
ativo da empresa mesmo não sendo de sua propriedade legal.
O caso mais caraterizador da essência sobre a forma é o arrendamento mercantil financeiro,
onde a empresa é usufrutuária do bem, contudo a propriedade é da financeira (arrendadora).
Errado.

Julgue o item seguinte, de acordo com os princípios de contabilidade e as normas do Conselho


Federal de Contabilidade (CFC).

075. (CESPE/DPF/PERITO CONTADOR/2013) Relevância e comparabilidade são característi-


cas qualitativas fundamentais da informação contábil-financeira útil, pois tornam a informação
capaz de fazer a diferença nas decisões tomadas pelos usuários.

As caraterísticas fundamentais da informação contábil são: RELEVÂNCIA E REPRESENTA-


ÇÃO FIDEDIGNA.
Existem, também, os atributos de melhoria, que são: comparabilidade, verificabilidade, tempes-
tividade e compreensibilidade.
Errado.

076. (IF-PA/IF-PA/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) De acordo com a Resolução CFC 1374/2011-


Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, Mensura-
ção é o processo que consiste em determinar os montantes monetários por meio dos quais os
elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no balanço
patrimonial e na demonstração do resultado. Esse processo envolve a seleção das seguintes
bases específicas de mensuração.
1. Custo Corrente
2. Valor Presente
3. Custo Histórico
4. Valor Realizável
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 (  ) Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou
pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição.
 (  ) Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que teriam
de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na
data do balanço.
 (  ) Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que pode-
riam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada.
 (  ) Os ativos são mantidos pelo valor descontado, dos fluxos futuros de entradas líquidas
de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações.

De acordo com a Resolução CFC 1374/2011, relacione as colunas e marque a alternativa que
contenha sequência correta das bases de mensuração dos Ativos:
a) 3, 2, 4, 1.
b) 2, 1, 2,4.
c) 4, 3, 1, 2.
d) 1, 2, 3, 4.
e) 3, 1, 4, 2.

Custo Histórico - Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes
de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição.
Custo Corrente - Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa
que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na
data do balanço.
Valor Realizável - Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa
que poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada.
Valor Presente - Os ativos são mantidos pelo valor descontado dos fluxos futuros de entradas
líquidas de caixa que se espera que seja gerado pelo item no curso normal das operações.
Letra e.

077. (IF-PA/IF-PA/GESTÃO FINANCEIRA/2019) Em atenção à Estrutura Conceitual Básica da


Contabilidade, assinale a afirmação que NÃO É VERDADEIRA.
a) Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou
jurídica, ou a uma entidade.
b) Ativo é um recurso necessariamente de propriedade da entidade, resultado de eventos pas-
sados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos.
c) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquida-
ção se espera que resulte na saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.
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d) Patrimônio Líquido é o interesse residual nos ativos da entidade, depois de deduzidos todos
os seus passivos.
e) Os usuários da contabilidade são as pessoas físicas ou jurídicas que tenham interesse na
avaliação da situação patrimonial da entidade.

O ativo não necessita ser de propriedade da empresa, entretanto deve estar sob o seu controle.
Letra b.

078. (VUNESP/MPE-SP/CONTADOR/2019) O patrimônio líquido pode ser estudado de dife-


rentes perspectivas, como, por exemplo, dos pontos de vista legal, contábil e econômico. Con-
siderando-se essas vertentes, é correto afirmar:
a) contabilmente, o patrimônio líquido corresponde à diferença entre ativos totais e passivos
exigíveis.
b) economicamente, o patrimônio líquido é o valor de mercado de uma entidade.
c) legalmente, o patrimônio líquido pode ser entendido como o valor de responsabilidade dos
sócios em relação às obrigações de uma entidade, no caso de uma empresa S.A.
d) o patrimônio líquido contábil é o conjunto dos fluxos de caixa futuros da entidade trazidos a
valor presente pelo seu custo de oportunidade.
e) economicamente, o patrimônio líquido é obtido trazendo os fluxos de resultados previstos a
valor presente pelo seu custo de oportunidade.

Contabilmente, o patrimônio líquido é um resíduo patrimonial, e seu valor é obtido pela equação:
PL = ativo - passivo exigível.
Legalmente, conforme determinação da Lei 6.404/76, o PL é uma obrigação não exigível da
empresa junto aos sócios.
Economicamente, o PL representa o valor patrimonial da empresa, ou seja, o valor da empresa
considerando somente o seu patrimônio ativo e passivo; o valor de mercado da empresa é o
seu valor justo em um mercado ativo.
Letra a.

079. (UFMT/UFMT/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) Quais elementos das Demonstrações


Contábeis na Estrutura Conceitual estão diretamente relacionados com a mensuração do
desempenho?
a) Ativo e Passivo
b) Ativo e Patrimônio Líquido
c) Receitas e Despesas
d) Patrimônio Líquido e Passivo
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Os elementos diretamente relacionados com a mensuração e apuração do desempenho da


empresa são as receitas e as despesas.
a)receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma
da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em
aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos de-
tentores dos instrumentos patrimoniais;
b)despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a
forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam
em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos
detentores dos instrumentos patrimoniais.
Letra c.

Capítulo 7 – Apresentação e Divulgação


Para entender este capítulo, é importante lembrar que a apresentação é, nas demonstra-
ções, como um conta ou um grupo de contas, e a divulgação é feita nas notas explicativas.
Vimos que a entidade que reporta deve apresentar informações sobre seus ativos, passi-
vos, patrimônio líquido, receitas e despesas, pois a comunicação efetiva de informações nas
demonstrações contábeis torna essas informações mais relevantes e contribui para uma re-
presentação fidedigna de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas da entidade.
Sua apresentação também aprimora a compreensibilidade e a comparabilidade das infor-
mações nas demonstrações contábeis. A comunicação efetiva de informações nas demons-
trações contábeis requer:
a) concentrar-se em princípios e objetivos de divulgação e apresentação em vez de con-
centrar-se em regras
Concentrar-se em princípios e objetivos de divulgação e apresentação em vez de concen-
trar-se em regras, está em acordo com a aplicação da essência econômica sobre a forma jurí-
dica, atributo inerente da representação fidedigna.
b) classificar informações de maneira a agrupar itens similares e separar itens diferentes
Classificação é a organização de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas ou despesas
com base em características compartilhadas, para fins de divulgação e apresentação. Essas
características incluem, entre outras, a natureza do item, seu papel (ou função) dentro das ati-
vidades de negócio conduzidas pela entidade e como é mensurado.
A classificação é aplicada à unidade de conta selecionada para ativo ou passivo. Contu-
do, às vezes, pode ser apropriado separar o ativo ou passivo em componentes que possuem
diferentes características e classificar esses componentes separadamente. Isso é apropriado
se classificar esses componentes separadamente melhorasse a utilidade das informações

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financeiras resultantes. Por exemplo, pode ser apropriado separar ativo ou passivo em compo-
nentes circulantes e não circulantes e classificar esses componentes separadamente.
c) agregar informações de tal modo que não sejam obscurecidas por detalhes desneces-
sários ou por agregação excessiva
A agregação é a soma de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas ou despesas que
possuem características compartilhadas e são incluídas na mesma classificação.
A agregação torna as informações mais úteis ao resumir grande quantidade de detalhes,
é utilizada no imobilizado de uso, por exemplo, quando são agregadas todas as máquinas em
um grupo. Contudo a agregação oculta alguns desses detalhes, como, por exemplo: agregar,
no ativo investimento, as participações societárias e as propriedades para investimento dificul-
tará a interpretação da informação pelo usuário, já que são aplicações de natureza diferentes.
Portanto, deve-se observar um equilíbrio, de modo que as informações relevantes não sejam
obscurecidas por grande quantidade de detalhes insignificantes ou por agregação excessiva.

Assim como custo restringe outras decisões de relatório financeiro, restringe decisões sobre
apresentação e divulgação. Então, ao tomar decisões sobre apresentação e divulgação, é im-
portante considerar se é provável que os benefícios fornecidos aos usuários das demonstra-
ções contábeis, ao apresentar ou divulgar informações específicas, justifiquem os custos de
fornecer e utilizar essas informações.

Capítulo 8 – Conceitos de Capital e Manutenção de Capital


Nesta parte, o pronunciamento procura conceituar o termo capital. Por capital, entende-se
o montante aplicado na empresa pelos sócios; incialmente, tem uma relação direta com o
capital social e, por fim, com o montante do Patrimônio Líquido, pois o “PL” em última análise
representa o capital dos sócios na empresa.
De acordo com a Estrutura Conceitual,o capital de uma entidade pode ser definido como
financeiro (monetário) ou físico (operacional).

De acordo com o conceito de capital financeiro, tal como o dinheiro investido ou o seu poder de
compra investido, o capital é sinônimo de ativos líquidos ou patrimônio líquido da entidade. Segun-
do o conceito de capital físico, tal como capacidade operacional, o capital é considerado como a
capacidade produtiva da entidade baseada, por exemplo, nas unidades de produção diária.

De acordo com o conceito, podemos inferir que o capital financeiro refere-se ao investimen-
to realizado, ou seja, ao dinheiro colocado no negócio pelos sócios, que foi ajustado pelos re-
sultados oriundos das atividades correntes, representando, assim, o resíduo patrimonial, deno-
minado de ativo líquido ou patrimônio líquido. Representa o valor patrimonial de uma empresa.
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PL = ATIVO LÍQUIDO = CAPITAL PRÓPRIO = ATIVO (-) PASSIVO


O capital físico, por sua vez, diz respeito à capacidade produtiva ou operacional da entida-
de. Este conceito tem relação com a produção, por isto, é mais direcionado para as indústrias,
que estabelecem o valor do seu capital (PL) pela sua capacidade de produção. É um bom pa-
râmetro para se estabelecer o valor de mercado de uma empresa.
O pronunciamento prevê que a seleção do conceito de capital apropriado (financeiro ou
físico) para a entidade deve estar baseada nas necessidades dos usuários das demonstra-
ções contábeis. Assim, o conceito de capital financeiro deve ser adotado se os usuários das
demonstrações contábeis estiverem primariamente interessados na manutenção do capital
nominal investido ou no poder de compra do capital investido. Se, contudo, a principal preocu-
pação dos usuários for com a capacidade operacional da entidade, o conceito de capital físico
deve ser adotado.
No Brasil, as empresas divulgam suas demonstrações com base no conceito de capital
financeiro.

Financeiro Dinheiro
Conceito
de capital
Físico Produção

Dúvida de Sala de Aula


Em sala de aula, um aluno questionou:

Professor, o capital financeiro é o próprio Patrimônio Líquido? Do jeito que já era?

Exatamente, se vocês notarem o conceito de capital financeiro, nada mais é que o valor do
PL; ou seja, o valor patrimonial da empresa. Assim, primeiro se estabelece o valor financeiro
para o ativo total, depois retira-se o total do passivo exigível, e a sobra é o patrimônio líquido.
Este é o normal nas nossas empresas, avaliar o capital dos sócios pelo montante financeiro.
Contudo o valor de mercado da empresa na Bolsa de Valores ou em outro mercado de
negociação pode ser mensurado com base no capital físico. Por isto que este conceito é mais
utilizado com ferramenta gerencial e de decisão.

Conceito de Manutenção de Capital

O conceito de manutenção do capital está relacionado com a forma que a entidade define
o capital que ela procura manter, assim, tem relação direta com o capital financeiro ou físico.
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• Manutenção do capital financeiro. De acordo com esse conceito, o lucro é considerado


auferido somente se o montante financeiro (ou dinheiro) dos ativos líquidos, no fim do
período, exceder o seu montante financeiro (ou dinheiro) no começo do período, depois
de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante
o período. A manutenção do capital financeiro pode ser medida em qualquer unidade
monetária nominal ou em unidades de poder aquisitivo constante.

O conceito financeiro de manutenção do capital não requer o uso de uma base específica
de mensuração. A escolha da base depende do tipo de capital que a entidade procura manter,
e o lucro representa o aumento do capital nominal no período.

PL inicial PL final Resultado

• Manutenção do capital físico. De acordo com esse conceito, o lucro é considerado aufe-
rido somente se a capacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da entidade
(ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade), no fim do período,
exceder a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas quais-
quer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período.

A manutenção do capital físico requer a adoção do custo corrente como base de avaliação,
e o lucro representa o aumento do capital físico no período.

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Produção Produção
Resultado
inicial final

A principal diferença entre os dois conceitos de manutenção de capital está no tratamento


dos efeitos das mudanças nos preços dos ativos e passivos da entidade. No conceito financei-
ro, é considerado o valor monetário para mensurar o ativo e o passivo, enquanto, no conceito
físico, o valor produtivo é levado em consideração para a mensuração. Em termos gerais, a en-
tidade terá mantido seu capital investido se ela tiver tanto capital (PL) no fim do período como
tinha no início, computados os efeitos das distribuições aos proprietários e seus aportes para
o capital durante esse período. Qualquer valor além daquele necessário para manter o capital
do início do período é lucro.
Note que a manutenção de capital representa um elo entre os conceitos de capital e os
conceitos de lucro, pois fornece o ponto de referência para medição do resultado apurado pela
empresa, com base nos valores do ativo e do passivo. Em termos gerais, a entidade terá manti-
do seu capital se ela tiver tanto capital no fim do período como tinha no início, computados os
efeitos das distribuições aos proprietários e seus aportes para o capital durante esse período.
Qualquer valor além daquele necessário para manter o capital do início do período é lucro.
De acordo com o conceito de manutenção do capital financeiro, por meio do qual o ca-
pital é definido em termos de unidades monetárias nominais, o lucro representa o aumento
do capital monetário nominal ao longo do período. Assim, os aumentos nos preços de ativos
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mantidos ao longo do período, convencionalmente designados ganhos de estocagem, são,


conceitualmente, lucros. Entretanto eles podem não ser reconhecidos como tais até que os
ativos sejam realizados mediante transação de troca. Quando o conceito de manutenção do
capital financeiro é definido em termos de unidades de poder aquisitivo constante, o lucro
representa o aumento no poder de compra investido ao longo do período. Assim, somente a
parcela do aumento nos preços dos ativos que exceder o aumento no nível geral de preços é
considerada lucro. O restante do aumento é tratado como ajuste para manutenção do capital
e, consequentemente, como parte integrante do patrimônio líquido.
De acordo com o conceito de manutenção do capital físico, quando o capital é definido em
termos de capacidade física produtiva, o lucro representa o aumento desse capital ao longo
do período. Todas as mudanças de preços afetando ativos e passivos da entidade são vistas,
nesse conceito, como mudanças na mensuração da capacidade física produtiva da entidade.
Assim sendo, devem ser tratadas como ajustes para manutenção do capital, que são parte do
patrimônio líquido - e não como lucro.
Este assunto tem sido cobrado em algumas provas, vamos ver:

080. (FUNDEP/IFN-MG/TÉCNICO CONTÁBIL/2016) Tomando por base a estrutura conceitu-


al básica da Contabilidade (Resolução N. 1.374/11 do Conselho Federal de Contabilidade), em
relação os conceitos de manutenção de capital e determinação do lucro, é incorreto afirmar:
a) De acordo com o conceito de manutenção do capital financeiro, o lucro é considerado au-
ferido somente se o montante financeiro dos ativos líquidos no fim do período exceder o seu
montante financeiro no começo dele, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprie-
tários e seus aportes de capital durante o período.
b) De acordo com o conceito de manutenção do capital físico, o lucro é considerado auferido
somente se a capacidade física produtiva da entidade no fim do período exceder a capacidade
física produtiva no início dele, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e
seus aportes de capital durante o período.
c) O conceito de manutenção de capital representa um elo entre os conceitos de capital e os de
lucro, pois fornece um ponto de referência para medição do lucro. O conceito de manutenção do
capital físico requer a adoção do custo histórico como base de mensuração, enquanto o concei-
to de manutenção do capital financeiro não requer o uso de uma base específica de mensuração.
d) A principal diferença entre os dois conceitos de manutenção de capital está no tratamento
dos efeitos das mudanças nos preços dos ativos e passivos da entidade. Em termos gerais,
a entidade terá mantido seu capital se ela tiver tanto capital no fim do período como tinha no
início, computados os efeitos das distribuições aos proprietários e seus aportes para o capital
durante esse período.
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A questão é bem teórica, quase que literal ao pronunciamento.


a) Certa.
b) Certa. De acordo com o conceito de manutenção do capital, o lucro é a variação positiva
no PL depois de deduzidas as movimentações com os sócios (aporte de capital/dividendos e
juros sobre capital pagos).
c) Errada. O conceito de manutenção do capital físico requer a adoção do custo CORRENTE
como base de mensuração. O custo corrente é o custo de reposição de um ativo.
d) Certa. Representa, de forma literal, a diferença entre os dois modelos de conceitos de manu-
tenção de capital. A diferença entre os modelos é a forma de valoração dos ativos e passivos,
um é pelo valor monetário (capital financeiro), e outro pelo valor produtivo (capital físico).
Letra c.

081. (CFC/CFC/BACHAREL EM CONTABILIDADE/2014) Com base na Resolução NBC TG


ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro, julgue os itens sobre Manutenção de Capital como Verdadeiros (V) ou
Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
I – De acordo com o conceito de capital financeiro, tal como o dinheiro investido ou o seu poder
de compra investido, o capital é sinônimo de ativos líquidos ou patrimônio líquido da entidade.
II – De acordo com o conceito de manutenção do capital físico, o lucro é considerado auferido
somente se a capacidade física produtiva da entidade no fim do período exceder a capacidade
física produtiva no início do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprie-
tários e seus aportes de capital durante o período.
III – Todas as mudanças de preços, afetando ativos e passivos da entidade, são vistas, no
conceito de manutenção de capital físico, como mudanças na mensuração da capacidade
financeira da entidade, devendo ser tratadas como lucro.
A sequência CORRETA é
a) F, F, V.
b) F, V, F.
c) V, F, V.
d) V, V, F.

Outra questão literal:


I – Verdadeiro. De acordo com o conceito de capital financeiro, tal como o dinheiro investido
ou o seu poder de compra investido, o capital é sinônimo de ativos líquidos ou patrimônio
líquido da entidade. Lembrem que o conceito financeiro está relacionado com o valor em
dinheiro do PL.
II – Verdadeiro. Manutenção do capital físico. De acordo com esse conceito, o lucro é con-
siderado auferido somente se a capacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da
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entidade (ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade), no fim do perí-
odo, exceder a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas quaisquer
distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período.
Entendam que a manutenção de capital está relacionada com a manutenção do valor do PL; se
o PL aumentar de um ano para o outro sem ter sido pelas atividades com os sócios, a empresa
apurou um lucro.
III – Falso. De acordo com o conceito de manutenção do capital físico, quando o capital é de-
finido em termos de capacidade física produtiva, o lucro representa o aumento desse capital
ao longo do período. Todas as mudanças de preços afetando ativos e passivos da entidade
são vistas, nesse conceito, como mudanças na mensuração da capacidade física produtiva da
entidade. Assim sendo, devem ser tratadas como ajustes para manutenção do capital, que são
parte do patrimônio líquido - e não como lucro.
Letra d.

082. (CESGRANRIO/PETROBRÁS/PROFISSIONAL JUNIOR/2015) O Pronunciamento Con-


ceitual Básico (R1) do Comitê de Pronunciamentos Contábeis dispõe sobre a Estrutura Concei-
tual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, aprovado pela Deliberação
CVM n. 675, de 13 de dezembro de 2011.
Esse Pronunciamento estabelece que a estrutura conceitual, quanto ao seu alcance, dentre
outros aspectos conceituais, aborda
a) o reconhecimento e a mensuração dos elementos a partir dos quais as demonstrações con-
tábeis são elaboradas.
b) o objetivo da elaboração do relatório contábil-financeiro e da evidenciação de seus respec-
tivos elementos.
c) o objetivo da divulgação das demonstrações contábeis e da classificação dos respectivos
elementos que elas evidenciam
d) as características quantitativas, qualitativas e informacionais dos elementos apresentados
nas demonstrações contábeis.
e) as características e a mensuração dos elementos da estrutura de capitais, sua manutenção
e respectiva evidenciação.

Esta questão é totalmente literal. Não mede conhecimento.


Segundo o CPC 00, a estrutura conceitual aborda:

a) O objetivo da elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro;


b) As características qualitativas da informação contábil-financeira útil;
c) A definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos a partir dos quais as demonstra-
ções contábeis são elaboradas; e
d) Os conceitos de capital e de manutenção de capital.

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Notem que há uma única opção literal ao pronunciamento, as demais não estão com os temos
previstos na estrutura conceitual.
Letra a.

083. (UFES/UFES/TÉCNICO CONTÁBIL/2015) A afirmação que NÃO está de acordo com os


preceitos da NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL é:
a) As Demonstrações Contábeis são elaboradas e apresentadas para usuários externos em
geral, tendo em vista suas finalidades distintas e necessidades diversas.
b) A NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL estabelece os conceitos que fundamentam a elabora-
ção e a apresentação de Demonstrações Contábeis destinadas a usuários internos e externos.
c) A NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL não substitui qualquer norma, interpretação ou comu-
nicado técnico.
d) A NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL aborda, entre outros aspectos, os conceitos de capital
e de manutenção de capital.
e) A comparabilidade, a verificabilidade e a tempestividade estão entre as características qua-
litativas de melhoria previstas na NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL.

Vimos, na aula, que os relatórios (demonstrações contábeis) são destinados aos usuários ex-
ternos, especialmente para os investidores e credores por empréstimos.
Os usuários internos tomam suas decisões com base nas informações coletadas de forma
tempestiva, durante o ano corrente, assim, não dependem das demonstrações contábeis.
Letra b.

084. (IF-TO/IF-TO/TÉCNICO CONTÁBIL/2015) Com relação à Estrutura Conceitual Básica


para a elaboração e divulgação dos relatórios contábeis financeiros de uma entidade, considere:
I – A escrituração contábil deve seguir a estrutura básica conceitual, uma vez que as necessi-
dades comuns da maioria dos usuários dos relatórios contábeis financeiros de propósito geral
é a avaliação da administração da entidade, quanto à qualidade de seu desempenho e de sua
prestação de contas e quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida.
II – As autoridades tributárias podem determinar exigências específicas para atender a seus
próprios interesses e, consequentemente, mudar a estrutura conceitual para elaboração e di-
vulgação de relatório contábil-financeiro de propósito geral.
III – O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de transações e outros even-
tos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a
informação nos períodos em que ditos efeitos são produzidos.
IV – Comparabilidade é uma característica qualitativa que define o uso dos mesmos métodos
para os mesmos itens, tanto de um período para outro, considerando a mesma entidade que
reporta a informação, quanto para o período entre entidades.
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Com base nas afirmativas apresentadas, marque a alternativa que contempla somente
as corretas.
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) I, II e IV.
d) I e III.
e) II, III e IV.

Questão interessante, vamos analisar os itens individualmente:


I – Certo. A assertiva destaca que as entidades devem seguir a estrutura conceitual como base
para fornecer informações para todos os usuários externos. Ou seja, as demonstrações são de
propósito geral.
II – Errado. As autoridades tributárias podem solicitar informações específicas, contudo esta
solicitação exige a elaboração de relatórios de propósito específico. As autoridades tributárias
não têm poder para mudar a estrutura conceitual.
III – Certo. O regime de competência tem relação com o registro do fato gerador de uma receita
ou despesa, assim, reporta os direitos e as obrigações na medida em que os fatos ocorreram.
IV – Errado. Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários iden-
tifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles. Utilizar os mesmos
métodos para os mesmos itens é sinônimo de consistência.
Letra d.

085. (FCC/TJ-SE/ANALISTA DE CONTABILIDADE/2009) De acordo com a estrutura concei-


tual contábil, considere:
I – Todos os bens adquiridos pela empresa devem ser registrados no balanço patrimonial, nos
grupos de ativos.
II – As despesas devem ser reconhecidas no resultado da empresa, considerando-se a sua
associação direta com a receita gerada.
III – O conceito físico de manutenção de capital pressupõe a manutenção dos montantes fi-
nanceiros dos ativos líquidos existentes no início do período e no final do período do Balanço
Patrimonial.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) II.
e) III.
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I – Errado. Segundo o CPC 00, um ativo é reconhecido no balanço patrimonial quando for pro-
vável que benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a entidade e seu custo
ou valor puder ser determinado em bases confiáveis. Assim, não basta adquirir para registrá-lo.
II – Certo. Conforme apresenta o CPC 00, as despesas são reconhecidas na demonstração do
resultado, com base na associação direta entre elas e os correspondentes itens de receita.
III – Errado. O conceito físico de patrimônio está relacionado com a produção - e não com o
capital financeiro.
Letra d.

086. (INSTITUTO AOCP/PC-ES/PERITO CRIMINAL/2019) Nas entidades societárias, as de-


monstrações financeiras deverão ser assinadas pelo(s)
a) administradores e por contabilistas legalmente habilitados.
b) auditores e contadores legalmente habilitados.
c) contador legalmente habilitado.
d) administrador legalmente habilitado.
e) contador legalmente habilitado e auditor independente.

A Lei 6.404-76 apresenta, em seu artigo 177, no parágrafo 4º, o seguinte sobre a escrituração:

§ 4º As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabilistas legal-


mente habilitados.
Letra a.

087. (PRÓ-MUNICIPIO/CRP 11ª/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) Complete as lacunas da frase


sobre a Contabilidade e assinale a opção que apresenta a ordem correta: “A Contabilidade tem
como objeto o(a) _______, e a(o) seu(ua) _______ é fornecer informações para seus _______.
a) Empresa, finalidade, sócios;
b) Patrimônio, finalidade, usuários;
c) Empresa, objeto, diretores;
d) Patrimônio, objetivo, auditores.

O objeto da contabilidade é o PATRIMÔNIO, e o seu OBJETIVO/FINALIDADE é fornecer infor-


mações para seus USUÁRIOS.
Letra b.

088. (IBFC/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2017) Com base na NBC TSP Estrutura Conceitual


– estrutura conceitual para elaboração e divulgação de informação contábil de propósito geral
pelas entidades do setor público, assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.
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“ _______________ significa ter informação disponível para os usuários antes que ela perca a sua
capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e
tomada de decisão”.
a) Tempestividade
b) Compreensibilidade
c) Neutralidade
d) Comparabilidade
e) Verificabilidade.

A tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo


de poder influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem
menos utilidade.
Contudo certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o encer-
ramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, por exemplo, necessitarem
identificar e avaliar tendências.
A tempestividade está representando o princípio da oportunidade do fornecimento das
informações.
Letra a.

089. (IBFC/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2020) Analise as afirmativas a seguir em relação


aos conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade.
I – A contabilidade tem como finalidade o fornecimento de informações referente a situação
patrimonial e econômica, seja de pessoa física ou jurídica.
II – Dentre os seus objetivos está o de registrar e documentar atos e fatos ocorridos em deter-
minada entidade, tanto de natureza econômica quanto financeira.
III – Conceitualmente é uma ciência técnica, isto porque historicamente elabora técnicas de
registros para controle e organização.
Estão corretas as afirmativas:
Alternativas
a) I apenas
b) I, I I e I I I
c) I e I I I apenas
d) I e I I apenas
e) I I e I I I apenas

Vimos, na aula, que a contabilidade é uma ciência social - e não uma ciência técnica, e que,
atualmente, o objetivo da contabilidade, segundo a escola americana e a escola internacional,
é o de fornecer informações, e a sua finalidade é o controle das transações.
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Na minha visão, segundo a escola contábil atual, que é a escola internacional do IASB, os 3
itens estão errados, contudo, pelas respostas apresentadas, podemos, por eliminação, enten-
der que o questionador ainda segue a escola italiana, em que o objetivo era o controle patrimo-
nial, e a finalidade era o fornecimento de informações.
Assim, somente o item III está errado.
Letra d.

090. (IBFC/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2016) “A Contabilidade é uma ciência que desenvolveu


uma metodologia própria com a finalidade de controlar o patrimônio das aziendas, apurar o rédito
das atividades das aziendas e prestar informações às pessoas que tenham interesse na avaliação
da situação patrimonial e do desempenho dessas atividades” (Neves e Viceconti - 2009).
Com base neste conceito, assinale a alternativa incorreta:
Alternativas
a) Pessoa Jurídica é a unidade resultante de um agrupamento humano organizado, estável,
objetivando fins de unidade pública ou privada, inteiramente distinta dos indivíduos que a com-
põe, capaz de possuir e exercitar direitos e contrair obrigações.
b) Com relação às informações de natureza econômica, podemos afirmar que compreendem
os fluxos de receitas e de despesas, que geram lucros ou prejuízos à uma entidade, assim
como das variações no patrimônio desta entidade e com relação às informações de natureza
financeira tratam-se dos fluxos de caixa e do capital de giro das entidades.
c) O objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades económico-administrativas (aziendas).
d) O objetivo da Contabilidade é todas as pessoas físicas ou jurídicas que, direta ou indireta-
mente, tenham interesse na avaliação e no desenvolvimento da entidade.
e) O campo de aplicação são as aziendas.

Atualmente, o objetivo da contabilidade é fornecer informações de natureza econômica, patri-


monial, financeira e física sobre o patrimônio e suas modificações.
As pessoas físicas e jurídicas consideradas uma entidade são o campo de aplicação da
contabilidade.
Letra d.

091. (IBFC/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2016) Analise as afirmações abaixo e assinale a


alternativa correta.
I – O termo patrimônio significa, a princípio, o conjunto de bens pertencente a uma pessoa ou
empresa. Compõe-se também de valores a receber.
II – Em contabilidade, a palavra patrimônio tem sentido amplo: por um lado significa o con-
junto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa; por outro lado inclui as
obrigações a serem pagas.
III – Para a contabilidade patrimônio é, apenas, o conjunto de bens.
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Alternativas
a) Todas as afirmações estão corretas
b) Apenas a afirmação III está incorreta
c) Apenas a afirmação I está correta
d) Todas as afirmações estão incorretas
e) Apenas a afirmação II está incorreta

I – Certo.
II – Certo.
Entende-se por patrimônio o conjunto dos bens e direitos, que representam o lado ativo, e as
obrigações, que representam o lado passivo do patrimônio de uma entidade.
III – Errado. O patrimônio não é APENAS o conjunto dos bens.
Letra b.

092. (IBFC/IDAM/CONTADOR/2019) A Norma Brasileira de Contabilidade, (NBC TSP) estru-


tura conceitual de 2016 apresenta as características qualitativas da informação incluída nos
RCPG Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do Setor Público. Com base na
NBC TSP, assinale a alternativa correta que contenha apenas características qualitativas.
Alternativas
a) Relevância, verificabilidade e materialidade
b) Relevância, representação fidedigna e tempestividade
c) Verificabilidade, custo benefício e tempestividade
d) Comparabilidade, materialidade e compreensibilidade

As características das informações contábeis previstas na contabilidade geral e na contabili-


dade pública são as mesmas, são elas: relevância, representação fidedigna, comparabilidade,
compreensibilidade, tempestividade e verificabilidade ou capacidade de verificação.
Assim, a relevância, a representação fidedigna e a tempestividade são características qualita-
tivas das informações contábeis.
Letra b.

093. (IBFC/EBSERH/CONTADOR/2013) O objetivo da contabilidade é:


Alternativas
a) O controle e o estudo do patrimônio e de suas variações visando ao fornecimento de infor-
mações que sejam úteis para a tomada de decisões econômicas.
b) O patrimônio das entidades econômico-administrativas.
c) O controle dos componentes patrimoniais em termos monetários.
d) A entidade.
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Atualmente, segundo a escola americana e a escola internacional do IASB, o objetivo da con-


tabilidade é o fornecimento de informações sobre o patrimônio e sua evolução aos usuários
internos e externos.
É importante atentar que a banca IBFC tem seguindo a orientação da escola italiana, que con-
sidera que o objetivo da contabilidade é o controle patrimonial, para que a entidade consiga
fornecer informações aos usuários.
Letra a.

094. (IBFC/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2020) Assinale a alternativa que apresenta os ele-


mentos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial e financeira, se-
gundo a Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral (NBCTG) - Estrutura Conceitual para
Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro.
Alternativas
a) Ativos, Passivos, Receitas e Despesas
b) Ativos, Passivos, Receitas, Despesas e Custos
c) Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido
d) Ativos, Passivos e Resultado Econômico
e) Bens, Direitos e Obrigações

A posição financeira e patrimonial de uma empresa é apresentada no Balanço Patrimonial, por


meio dos seus ativos, passivos e patrimônio líquido.
Letra c.

095. (IBFC/DIVINÓPOLIS-MG/CONTADOR/2018) Segundo a NBCTG Estrutura Conceitual


para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, as características qualitativas
das Demonstrações Contábeis são divididas entre fundamentais e de melhoria. Para tanto,
analise os itens a seguir:
I – Relevância.
II – Comparabilidade.
III – Compreensibilidade.
IV – Representação Fidedigna.
V – Tempestividade.
São características qualitativas fundamentais das demonstrações:
Alternativas
a) I, II e III apenas
b) I, III e V apenas
c) II e IV apenas
d) I e IV apenas
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As características fundamentais são a RELEVÂNCIA e a REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA.


Letra d.

096. (IBFC/ARARAQUARA-SP/CONTROLE INTERNO/2018) Em relação as características


qualitativas da informação contábil, abordadas na NBC TSP – Estrutura conceitual e no Manual
de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Assinale a alternativa INCORRETA:
Alternativas
a) Relevância e Representação fidedigna
b) Compreensibilidade e Tempestividade
c) Competência e Comparabilidade
d) Verificabilidade e compreensibilidade
e) Comparabilidade e Relevância

As características das informações previstas na contabilidade geral e na contabilidade pública


são as mesmas, são elas: relevância, representação fidedigna, comparabilidade, compreensi-
bilidade, tempestividade e verificabilidade ou capacidade de verificação.
A competência não é uma característica qualitativa da informação contábil, portanto:
Letra c.

097. (IBFC/SES-PR/CONTADOR/2016) Analise as afirmações abaixo e assinale a alternati-


va correta.
I – A contabilidade é a doutrina do controle econômico e da determinação do retido em qual-
quer espécie de empresa.
II – A contabilidade é a ciência do patrimônio.
III – A Contabilidade é a técnica da revelação patrimonial. A revelação consiste na descrição,
na colocação em evidência, de determinados fatos.
Alternativas
a) Todas as afirmações estão corretas.
b) Apenas a afirmação II está correta.
c) Apenas a afirmação II está incorreta.
d) Apenas a afirmação I está incorreta.

I – Errado. A banca destaca que a contabilidade é uma doutrina, isto não é certo, pois doutrinas
são alicerces de uma ciência, normalmente apresentadas como princípios.
II – Certo. A contabilidade é uma ciência social que tem por objeto o patrimônio das entidades.
Assim, é comum ela ser tratada como a ciência do patrimônio.
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III – Errado. A banca destaca que a contabilidade é uma técnica - e isto também não está certo.
Como já falei, a contabilidade é uma ciência que, dentre suas funções, tem a técnica da elabo-
ração das demonstrações contábeis para fins de revelação dos fatos que ocorreram.
O gabarito da banca afirma que somente o item I está errado.
Letra d.

098. (IBFC/PC-RJ/PERITO CONTÁBIL/2013) São Princípios Contábeis, de acordo com as


Normas Brasileiras de Contabilidade, EXCETO:
Alternativas
a) A Oportunidade e o Registro pelo Valor Original.
b) A Prudência e a Atualização Monetária.
c) A Continuidade e a Prudência.
d) A Oportunidade e a Entidade.
e) A Oportunidade e a Prudência.

Os princípios contábeis, previstos nas normas revogadas do CFC, são entidade, competência,
continuidade, oportunidade, prudência e registro pelo valor original.
Não existe o princípio da atualização monetária, portanto:
Letra b.

099. (IDECAN/INMETRO/ASSISTENTE EXECUTIVO ADMINISTRAÇÃO/2015) “Estudo e contro-


le do patrimônio e de suas variações, para fornecer aos usuários o máximo possível de infor-
mações de natureza econômica, financeira e patrimonial, que sejam úteis para a tomada de
decisões econômicas.” O conceito se refere ao
a) plano de contas contábil.
b) objetivo da contabilidade.
c) usuário da informação contábil.
d) objeto de estudo da contabilidade.
e) campo de aplicação da contabilidade.

A finalidade da contabilidade é controlar o patrimônio e a sua evolução, por meio de um pro-


cesso contábil, de forma a fornecer informações sobre a situação física, econômica e financei-
ra de uma entidade.
Fornecer informações sobre o patrimônio e sua evolução é o objetivo atual da contabilidade.
Letra b.

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Princípios Contábeis
Antes de tratar começar a tratar sobre os princípios contábeis, é importante destacar a
NBCTSP - Norma Brasileira de Contabilidade Técnica do Setor Público - Estrutura Conceitual,
de 23 de setembro de 2016.
Essa norma apresenta vários conceitos e aplicações inerentes à CASP – Contabilidade
Aplicada ao Setor Público, e seus assuntos não estão relacionados com a contabilidade geral.
Na minha visão, a sua inclusão no edital se deu porque, na sua apresentação, ela revogou uma
série de resoluções do CFC que tratavam dos princípios contábeis, assim, não há a necessida-
de de aprofundar seus estudos na contabilidade pública, mas, sim, entender como estão sendo
tratados os princípios contábeis pela contabilidade dentro da estrutura conceitual.
Ao revogar as resoluções que tratavam dos princípios contábeis, o CFC deixou claro que,
atualmente, os arcabouços conceituais teóricos são as estruturas conceituais CPC 00 (conta-
bilidade privada) e NBCTSP (contabilidade pública).

Os ajustes apresentados pela NBCTSP visam a atender ao objetivo da contabilidade, melho-


rando, cada vez mais, a qualidade das informações contábeis apresentadas pelas empresas.

No dia 23 de setembro de 2016, o CFC – Conselho Federal de Contabilidade nos presen-


teou com uma bela norma, a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL – estrutura conceitual para
elaboração e divulgação de informação contábil pelas entidades do setor público. A norma
teve os seus efeitos aplicados a partir de 1º de janeiro de 2017.
Esta norma chegou a bom tempo e vai ajudar muito na padronização da contabilidade
pública, pois sabe-se que a legislação que regulamenta a contabilidade pública brasileira data
de 1964 - e não reflete os avanços pelos quais estão passando a contabilidade e a sociedade.
É importante destacar que esta norma é parte do processo de convergência das Normas
Brasileiras de Contabilidade aos padrões internacionais e ela foi elaborada de acordo com o
Pronunciamento intitulado The Conceptual Framework for General Purpose Financial Repor-
ting by Public Sector Entities, emitido pelo IFAC (International Federation of Accountants).
No Brasil, estão submetidos à norma os governos nacionais, estaduais, distritais e munici-
pais e seus respectivos poderes, incluindo os Tribunais de Contas, Defensorias e Ministério Pú-
blico. Ainda, incluem-se órgãos, secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações
instituídas e mantidas pelo poder público, fundos, consórcios públicos e outras repartições
públicas congêneres da administração direta e indireta, abrangendo aí as empresas estatais
dependentes, como, por exemplo, a Embrapa.
As informações sobre a norma são:

Número da resolução: 2016/NBCTSP-EC


Descrição: Aprova a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL
Data de Publicação no Diário Oficial da União: 04/10/2016

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Resolução em vigor: SIM
Resolução foi alterada: NÃO
Resolução foi revogada: NÃO
Ementa: aprova a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL - Estrutura Conceitual para Elaboração e Di-
vulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público
Esta Resolução revogou a(s) seguinte(s) Resolução(ões):
2011/001367 - Altera o Apêndice II da Resolução CFC n.º 750/93, - D.O.U de 29/11/2011
2010/001282 - Atualiza e consolida dispositivos da Resolução CFC 750/93 - D.O.U de 02/06/2010
2007/001111 - Apêndice II-Res. CFC 750/93 - Princípios Fundamentais de Contabilidade - D.O.U de
05/12/2007
1993/000750 - Princípios Fundamentais Contabilidade - D.O.U de 31/12/1993

Meu objetivo, nesta aula, é falar sobre um ponto específico nela apresentado: a revogação
da Resolução CFC n. 750, que aprovou os princípios contábeis, e a revogação das demais re-
soluções relacionadas aos princípios contábeis, em especial a Resolução CFC n. 1.282/2010.
Antes de adentrar na revogação propriamente dita, é importante destacar que a sustenta-
ção científica da contabilidade apresentava que os princípios de contabilidade representam o
núcleo central da própria contabilidade, na sua condição de ciência social, sendo a ela ineren-
tes, ou seja, a contabilidade é baseada nos princípios.
Destacava, também, que os princípios constituem sempre as vigas-mestras de uma ci-
ência, revestindo-se dos atributos de universalidade e veracidade, conservando validade em
qualquer circunstância.
Com base na premissa da universalidade, os princípios devem ser respeitados tanto na
contabilidade aplicada ao setor privado quanto na contabilidade aplicada ao setor público.
Desta forma, não existem princípios para a contabilidade pública e princípios para a contabili-
dade privada, o que existem são princípios para a contabilidade.

Ao revogar a resolução que trata dos princípios contábeis, o CFC deixa claro que os princípios
são parte das informações apresentadas e, agora, são tratados nos pressupostos básicos e
atributos qualitativos das informações apresentados na estrutura conceitual.

Hoje, a base de sustentação dos registros e da apresentação das informações contábeis


são os pronunciamentos contábeis, em especial os seguintes: “pronunciamentos conceituais
básicos – Estruturas Conceituais”.
− NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulga-
ção de Relatório Contábil-Financeiro pelas entidades do setor privado, é o CPC 00 R2.
− NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divul-
gação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas entidades do setor público.
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CONTABILIDADE GERAL
Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
Claudio Zorzo

Voltando ao assunto base deste material, e os princípios?


Segundo o CFC, nas resoluções revogadas, os princípios estão obrigatoriamente presentes
na formulação das Normas Brasileiras de Contabilidade, são verdadeiros pilares do sistema
de normas e não podem sofrer qualquer restrição na sua observância, ou seja, eles devem
ser respeitados. Contudo esta determinação conflitava com algumas orientações e alguns
pronunciamentos do CPC e, consequentemente, do próprio CFC, principalmente nos ajustes
às novas orientações contábeis, como a essência econômica sobre a forma, a neutralidade,
entre outras.
Assim, o CFC revogou a norma que tratava dos princípios e, posteriormente, deixou claro
que a revogação da Resolução n. 750/1993 não implica na extinção dos princípios contábeis
no Brasil, mas, sim, a convergência deles para os pronunciamentos básicos, sob um novo con-
texto conceitual.
Na verdade, o Brasil passou a contar com uma estrutura conceitual que é estruturada em
capítulos e temas que serão aplicados conforme as necessidades da empresa, respeitando
as orientações específicas, e deixou de ter uma norma sobre os princípios, que deveriam ser
aplicados de forma semelhante por todas as empresas.

O PULO DO GATO
O próprio CFC já destacou, em suas publicações, que revogar a Resolução n. 750/1993 não sig-
nifica que os princípios de contabilidade estejam extintos. A revogação das resoluções visa à
unicidade conceitual, indispensável para evitar divergências na concepção doutrinária e teórica,
que poderiam comprometer aspectos formais das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs).

Então, os princípios de contabilidade, sob o ponto de vista das estruturas conceituais dos
setores privado e público, passaram a ser comportados dentro das normas específicas, respec-
tivamente, a NBC TG Estrutura Conceitual e NBC TSP – e, por isto, tornou-se necessária e natural
a revogação da Resolução n. 750/1993, para evitar eventual conflito de referência conceitual.
Após a revisão do CPC 00, denominada revisão R2, de maneira geral, todos os princípios
mencionados na Resolução n. 750/1993 estão na estrutura conceitual original, contudo apre-
sentados em contexto teórico diferente e denominados pressupostos básicos.
Na estrutura conceitual, é possível identificar a necessidade de destacar a continuidade
da empresa (CONTINUIDADE); a importância da oportunidade das informações em respeito à
tempestividade (OPORTUNIDADADE), o respeito ao registro do valor original e outras bases de
mensuração (REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL), a competência de exercícios na apuração
do desempenho econômico (COMPETÊNCIA) e o princípio da ENTIDADE aparece quando a
Estrutura Conceitual destaca a necessidade da identificação da “entidade que reporta a infor-
mação”. E, em 2019, com a reinclusão da PRUDÊNCIA como apoio à neutralidade, o conjunto
dos princípios está completo.
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Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
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É importantíssimo destacar que, independentemente de norma, o objetivo científico da conta-


bilidade continua diretamente relacionado com a correta apresentação das informações sobre
o patrimônio e com a apreensão e a análise das causas das suas mutações.

As estruturas básicas CPC 00 R2 e a NBCTSP deixam claro que a contabilidade tem por
objetivo divulgar informações úteis mostrando os fatos que as fundamentam; inclusive o pro-
nunciamento conceitual básico destaca que, se a informação contábil-financeira é para ser
útil, ela precisa ser relevante e representar, com fidedignidade, o que se propõe a representar. A
utilidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela for comparável, verificável, tem-
pestiva e compreensível. Estas são as características qualitativas das informações contábeis.
Em 2011, na primeira revisão feita sobre o pronunciamento básico para as entidades pri-
vadas, o CPC destacou que a característica essência sobre a forma foi formalmente retirada
da condição de componente separado da representação fidedigna, por ser considerado uma
redundância.
O CPC deixou claro que a representação pela forma legal que difira da substância econô-
mica não pode resultar em representação fidedigna. Assim, essência sobre a forma passou
a ser a bandeira insubstituível nas normas do IASB - e passa a ser a premissa básica da
informação contábil.
Outro ponto muito importante desta revisão, e aí conflitando diretamente com o princípio
contábil da prudência, foi que a característica da prudência (conservadorismo) foi retirada da
condição de aspecto da representação fidedigna por ser inconsistente com a neutralidade.
Desta forma, as informações fidedignas devem ser neutras e não prudentes.
Em 2019, o CPC revisou novamente o CPC 00 e apresentou a revisão R2, por meio dela
decidiu incluir a prudência novamente; agora, a prudência passou a ser uma base de análise
da neutralidade ao estabelecer as estimativas contábeis, especialmente as estimativas para
perdas do ativo e as provisões passivas.
Na classe contábil, a revogação dos princípios criou clima de “falta de base científica” - e
isto fez com que o CFC se pronunciasse sobre o assunto da seguinte forma:

Por Maristela Girotto


Comunicação CFC
Com informações: Grupo Assessor do CFC para o setor público
Instrumento fundamental do processo de convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade
Aplicadas ao Setor Público (NBC TSP) ao padrão internacional, editado pela Federação Internacional
de Contadores (Ifac, na sigla em inglês), a Estrutura Conceitual (NBC TSP EC) foi publicada pelo Con-
selho Federal de Contabilidade no dia 4 de outubro de 2016. Esta norma antecede a convergência
das demais, apresentando os conceitos basilares para a elaboração e divulgação de informação
contábil de propósito geral pelas entidades do setor público. Até o final de 2016, serão publicadas
as primeiras cinco NBC TSP convergidas, produzindo efeitos a partir de janeiro de 2017.

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Ao ser publicada no Diário Oficial da União (DOU), a NBC TSP EC revogou as resoluções do CFC que
aprovaram as normas aplicáveis ao setor público NBC T 16.1 a 16.5, parte da NBC T 16.6 e, ainda, a
Resolução n. 750/1993, que dispõe sobre os Princípios de Contabilidade, e a 1.111/2007, que trata
da interpretação dos princípios sob a perspectiva da área pública.
Revogar a Resolução n. 750/1993, porém, não significa que os Princípios de Contabilidade este-
jam extintos. A revogação das resoluções visa à unicidade conceitual, indispensável para evitar
divergências na concepção doutrinária e teórica, que poderiam comprometer aspectos formais das
Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs).
Para orientação geral e esclarecimentos que possam vir a ser necessários sobre a revogação da
Resolução n. 750/1993 e seu apêndice, a Resolução n. 1.111/2007, o CFC traz à luz os fatos, provi-
dos do necessário contexto histórico, relativos à revogação das duas resoluções e à realocação dos
Princípios de Contabilidade em Estruturas Conceituais específicas:
Contexto
Em 2008, quando se iniciou o processo de convergência das normas contábeis brasileiras aos
padrões internacionais – International Financial Reporting Standards (IFRS), para o setor privado,
e International Public Sector Accounting Standards (Ipsas), para a área pública –, a Resolução n.
750/1993 teve que ser revista em razão da aprovação do “Pronunciamento Conceitual Básico – Es-
trutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, pelo Comitê
de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Esse Pronunciamento foi referendado pelo CFC e deu origem
à NBC T 1 – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis
(Resolução n. 1.121/2008).
Naquele ano, com a publicação da NBC T 1, houve reflexões sobre a oportunidade de revogação
da Resolução n. 750/1993, considerando-se que passariam a coexistir duas orientações sobre as
características da informação contábil do setor privado. Decidiu-se, na época, que a resolução não
seria revogada porque seria realizada, futuramente, uma revisão em seu conteúdo para adequação
à NBC T 1 e, também, para a manutenção dos princípios para as entidades do setor público.
Em 2011, a NBC T1 foi revogada pela Resolução n. 1.374, que lhe deu nova redação, passando a
ser intitulada NBC TG Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de
Relatório Contábil-Financeiro.
No processo de revisão da Resolução n. 750/1993, surgiram questões como, por exemplo, a pre-
ponderância de alguns princípios da contabilidade sobre outros – ou seja, alguns princípios não
apresentados na Resolução n. 750/1993 poderiam ser interpretados como de menor relevância, ou
não “fundamentais”, gerando dúvidas para os profissionais.
Outro ponto considerado no processo de revisão da resolução foi a mudança do contexto socioe-
conômico do Brasil, que levou à necessidade de alguns ajustes, como a avaliação da aplicabilidade
do princípio da atualização monetária no contexto da estabilidade financeira. Desse processo de
revisão surgiu a Resolução n. 1.282/2010, alterando a Resolução n. 750/1993.
A convergência da contabilidade das empresas privadas ao padrão internacional (IFRS) avançou
rapidamente. Enquanto isso, a Contabilidade Aplicada ao Setor Público (Casp) iniciava a busca por
padrões internacionais e carecia de uma Estrutura Conceitual que pudesse ampliar os princípios da
contabilidade sob a perspectiva do setor público.
As primeiras NBC TSP (NBC T 16.1 a 16.10), editadas em 2008, buscaram compatibilizar as dire-
trizes dos princípios de contabilidade com a informação contábil do setor público alinhada aos
padrões internacionais.

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Em 2015, em razão da necessidade de se aprimorar a Casp, o Conselho Federal de Contabilidade
criou uma comissão para avançar no processo de convergência das NBC TSP às Ipsas. Adotou-se
a estratégia de convergência integral às Ipsas, ou seja, as normas internacionais passariam a ser
traduzidas e adaptadas, sempre que necessário, à realidade brasileira.
Da mesma forma como ocorreu no processo de convergência da contabilidade do setor privado, a
primeira norma da área pública convergida foi a NBC TSP Estrutura Conceitual – Estrutura Concei-
tual para a Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do
Setor Público, publicada no DOU do dia 4 de outubro de 2016.
Com isso, os Princípios de Contabilidade, sob o ponto de vista das Estruturas Conceituais dos seto-
res privado e público, passaram a ser comportados dentro das normas específicas, respectivamen-
te, a NBC TG Estrutura Conceitual (Resolução n. 1.374/2011) e NBC TSP Estrutura Conceitual.
Diante desses fatos, tornou-se necessária e natural a revogação da Resolução n. 750/1993, para
evitar eventual conflito de referência conceitual.
Considerações
Alguns professores, de conceituadas universidades brasileiras, dão depoimentos sobre a revogação
da Resolução n. 750/1993:
“A revogação da Resolução n. 750/1993 me deixou muito satisfeito, porque não é bom para a contabi-
lidade a existência de duas Estruturas Conceituais para as mesmas entidades, ainda mais aprovadas
pelo mesmo órgão. Acabou agora o meu desconforto. Desconforto que seria muito maior existindo
duas Estruturas Conceituais para entidades comerciais e outra para entidades públicas. Assim, acho
que, com essa revogação, o CFC está agindo em prol da unificação de entendimentos, da Contabilida-
de, da nossa classe e, inclusive, em prol da simplificação perante nossos usuários. Só tenho a parabe-
nizar o Conselho Federal.” Eliseu Martins, professor da Universidade de São Paulo (USP).
“Desde a aprovação da Resolução n. 1.374/2011 (NBC TG Estrutura Conceitual aplicável às enti-
dades do setor privado), passamos a conviver com duas Estruturas Conceituais, uma vez que a
Resolução n. 750/1993 permaneceu vigente, gerando, em muitas situações, dúvidas nos profissio-
nais e no âmbito da academia. Com o processo de convergência e a recente aprovação da NBC
TSP - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito
Geral pelas Entidades do Setor Público me parece oportuna a revogação da Resolução n. 750/1993,
contribuindo, assim, para um adequado alinhamento, em nível internacional, e melhor compreensão
por parte de todos os que militam na contabilidade ou dela são usuários.” Ernani Ott, professor da
Unisinos e diretor presidente da Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Ciências
Contábeis (Anpcont).
“Muito oportuna a revogação da Resolução n. 750/1993, com a aprovação da NBC TSP - Estrutura
Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas En-
tidades do Setor Público. Acadêmicos e profissionais das entidades privadas finalmente contam
com uma única base conceitual, a NBC TG Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de
Relatório Contábil-Financeiro. Agora, são duas estruturas conceituais qualificadas para a análise e a
aplicação de normas contábeis pertinentes à cada área: pública e privada. Deve-se reconhecer, mais
uma vez, a atuação criteriosa do Conselho Federal de Contabilidade no processo de convergência,
promovendo melhor compreensão das normas contábeis pelos profissionais e usuários da contabi-
lidade.” Márcia Martins Mendes De Luca, professora da Universidade Federal do Ceará e Coordena-
dora Adjunta da área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo da Capes.

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“A recente revogação da Resolução n. 750/1993 não implica na extinção dos princípios contábeis no
Brasil. Na verdade, após a aprovação da Resolução 1.374/2011, o Brasil passou a contar com uma Es-
trutura Conceitual (EC/11). Enquanto a Resolução n. 750/1993 era estruturada em ‘princípios’, a EC/11
é estruturada em capítulos, como, por exemplo, o do objetivo ou o das características qualitativas.
De maneira geral, podemos ver que todos os princípios mencionados na Resolução n. 750/1993
também estão na EC, com exceção do da prudência. O ‘de/para’ da Resolução n. 750/1993 é apre-
sentado a seguir, com os respectivos parágrafos da Estrutura Conceitual entre parênteses: continui-
dade (4.1), oportunidade (QC12 e QC19), registro do valor original e outras bases de mensuração
(4.54 a 4.56), competência (OB17 a OB20). Em relação ao princípio da entidade, a EC faz menção à
“entidade que reporta a informação”. É importante destacar que uma versão revisada da EC deverá
ser emitida em breve pelo International Accounting Standards Board (Iasb). A versão revisada de-
dicará um capítulo ao conceito de ‘entidade’ e deve reintroduzir o conceito de ‘prudência’, que não
significa antecipar as ‘más notícias’ e postergar as ‘boas notícias’, mas, sim, exigir cautela em julga-
mentos sob condições de incerteza.
Concluindo, existem formas diferenciadas de estruturar os conceitos fundamentais que temos em
Contabilidade, mas tenham certeza de que sempre estarão vivos e continuarão sendo a estrela-guia
para o desenvolvimento dos pronunciamentos e das decisões a serem tomadas pelos profissio-
nais.” Fábio Moraes da Costa, professor da Fucape Business School.
“Os Princípios Fundamentais de Contabilidade aprovados e editados pela Resolução n. 750/1993
foram de significativa importância para a melhoria do arcabouço teórico-normativo da Contabilida-
de no Brasil e suas contribuições são de incontestável relevância para a qualidade da informação
produzida pelas práticas contábeis. Contudo, a dinâmica da economia e a gestão dos negócios, em
âmbito global, exigem unicidade de regras e procedimentos para obtenção de informação justa que,
para ser entendida como tal, deve propugnar a ausência de dualidade e a redução de viés, para ser
compreendida com singularidade pelos usuários. Neste contexto, a coexistência dos princípios edi-
tados pela Resolução n. 750/1993 com a estrutura conceitual vigente, em função da adoção do pa-
drão IFRS, contribui para inquietação de operadores e usuários na escolha da referência conceitual.
Assim, como ente instituído para velar pelo regramento contabilístico aplicado no Brasil, o CFC age
com prudência e acerto, eliminando a possibilidade de conflito normativo, ao revogar a Resolução
n. 750/1993, considerando a inserção do Brasil no padrão internacional.” José Antonio de França,
professor do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília (UnB).
“A adoção das IFRS pressupõe igualmente a observância da estrutura conceitual aprovada pelo
Iasb, visto que é a base utilizada pelo Board para desenvolver as normas internacionais, bem como
para analisar questões relativas à aplicação consistente dessas normas. Adicionalmente, a estru-
tura conceitual do Iasb auxilia as entidades a avaliar alternativas e desenvolver políticas contábeis,
com base em princípios que promovam a representação fidedigna dos eventos econômicos nas
situações em que nenhuma IFRS específica se aplique a determinada transação ou, ainda, quando
a norma existente permite a definição de política contábil, mediante a inclusão de opções para o
reconhecimento de tais eventos. Finalmente, além do Iasb e das entidades responsáveis pela elabo-
ração e divulgação de relatórios financeiros, a estrutura conceitual facilita a compreensão e a inter-
pretação das IFRS pelos usuários.” Amaro Gomes, membro do International Accounting Standards
Board (Iasb).

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O PULO DO GATO
Leia com calma as considerações apresentadas pelos professores, muitas delas poderão ser
cobradas em provas.

Como a estrutura conceitual entra em vigor na data de sua publicação, em 05/10/16, tendo
os seus efeitos aplicados a partir de 1º de janeiro de 2017, a partir de 2017, a base de sustenta-
ção das informações contábeis são: a primazia da essência econômica sobre a forma jurídica;
os atributos qualitativos fundamentais e de melhoria, conforme os pressupostos básicos do
registro pelo valor original ajustado, da competência, da oportunidade, da continuidade, da en-
tidade e, agora, também da prudência.
Os princípios de contabilidade representam o núcleo central da própria contabilidade, na
sua condição de ciência social, sendo a ela inerentes. Constituem sempre as vigas-mestras de
uma ciência, revestindo-se dos atributos de universalidade e veracidade, conservando validade
em qualquer circunstância.
No caso da contabilidade, presente seu objeto, seus princípios de contabilidade valem para
todos os patrimônios, independentemente das entidades a que pertencem, as finalidades para
as quais são usados, a forma jurídica da qual estão revestidos, sua localização, expressividade
e quaisquer outros qualificativos, desde que gozem da condição de autonomia em relação aos
demais patrimônios existentes.
Os princípios contábeis constituem normas que representam a essência da ciência con-
tábil, por isto a observância dos princípios contábeis é obrigatória no exercício da profissão e
constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Na aplica-
ção dos princípios contábeis em situações concretas, a essência das transações deve prevale-
cer sobre seus aspectos formais.

Nos princípios científicos, jamais pode haver hierarquização formal, dado que eles são os ele-
mentos predominantes na constituição de um corpo orgânico, proposições que se colocam
no início de uma dedução, e são deduzidos de outras dentro do sistema. Nas ciências sociais,
os princípios se colocam como axiomas, premissas universais e verdadeiras, assim admitidas
sem necessidade de demonstração, ultrapassando, pois, a condição de simples conceitos.

Os princípios, na condição de verdades primeiras de uma ciência, jamais serão diretivas


de natureza operacional, característica essencial das normas – expressões de direito positivo,
que, a partir dos princípios, estabelecem ordenamentos sobre o “como fazer”, isto é, técnicas,
procedimentos, métodos, critérios, etc., tanto nos aspectos substantivos quanto nos formais.
Dessa maneira, alcança-se um todo organicamente integrado, em que, com base nas verdades
gerais, chega-se ao detalhe aplicado, mantidas a harmonia e a coerência do conjunto.
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Os princípios simplesmente são e, portanto, preexistem às normas, fundamentando e jus-


tificando a ação, enquanto aquelas a dirigem na prática. No caso brasileiro, os princípios es-
tão presentes na formulação das Normas Brasileiras de Contabilidade, verdadeiros pilares do
sistema de normas, que estabelecerá regras sobre apreensão, registro, relato, demonstração e
análise das variações sofridas pelo patrimônio, buscando descobrir suas causas, de forma a
possibilitar a feitura de prospecções sobre a entidade, e não podem sofrer qualquer restrição
na sua observância.
Em termos de conteúdo, os princípios dizem respeito à caracterização da entidade e do pa-
trimônio, à avaliação dos componentes deste e ao reconhecimento das mutações e dos seus
efeitos diante do patrimônio líquido.
Como os princípios alcançam o patrimônio na sua globalidade, sua observância nos pro-
cedimentos aplicados resultará, automaticamente, em informações de utilidade para decisões
sobre situações concretas. Esta é a razão pela qual os objetivos pragmáticos da contabilidade
são caracterizados pela palavra “informação”.
Desta forma, os princípios de contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias
relativas à ciência da contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos
científico e profissional de nosso país. Concernem, pois, à contabilidade no seu sentido mais
amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.

Nos princípios científicos, jamais pode haver hierarquização formal, dado que eles são os ele-
mentos predominantes na constituição de um corpo orgânico.

Segundo a Resolução CFC 750/93, modificada pelas resoluções n. 1.111/ 07 e n. 1.367/11,


são princípios de contabilidade sob a perspectiva do setor público:

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Entidade
O princípio da ENTIDADE reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no univer-
so dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto
de pessoas, uma sociedade ou uma instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou
sem fins lucrativos.
Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus
sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação


contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de
natureza econômico-contábil.

O cerne do princípio da ENTIDADE está na autonomia do patrimônio a ela pertencente. O


princípio, em exame, afirma que o patrimônio deve revestir-se do atributo de autonomia em
relação a todos os outros patrimônios existentes, pertencendo a uma entidade, no sentido de
sujeito suscetível à aquisição de direitos e obrigações. A autonomia tem por consequência o
fato de que o patrimônio de uma entidade jamais pode confundir-se com aqueles dos seus
sócios ou proprietários.
A entidade poderá ser desde uma pessoa física, ou qualquer tipo de sociedade, instituição
ou mesmo conjuntos de pessoas, tais como:
− Famílias;
− Empresas;
− Governos, nas diferentes esferas do poder;
− Sociedades beneficentes, religiosa, culturais, esportivas, de lazer, técnicas;
− Sociedades cooperativas;
− Fundos de investimento e outras modalidades afins.

O patrimônio, na sua condição de objeto da contabilidade, é, no mínimo, aquele juridica-


mente formalizado como pertencente à entidade, com ajustes quantitativos e qualitativos rea-
lizados em consonância com os princípios da própria contabilidade.
A autonomia patrimonial apresenta sentido unívoco. Por consequência, o patrimônio pode
ser decomposto em partes segundo os mais variados critérios, em termos tanto quantitativos
quanto qualitativos. Mas nenhuma classificação, mesmo que dirigida sob ótica setorial, resul-
tará em novas entidades.
Carece, pois, de sentido a ideia de que as divisões ou os departamentos de uma entidade
possam constituir novas entidades, ou “microentidades”, precisamente porque sempre lhes
faltará o atributo da autonomia.
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A única circunstância em que poderá surgir nova entidade será aquela em que a proprieda-
de de parte do patrimônio de uma entidade for transferida para outra unidade, eventualmente
até criada naquele momento. Mas, no caso, teremos um novo patrimônio autônomo, perten-
cente a outra entidade. Na contabilidade aplicada, especialmente nas áreas de custos e de
orçamento, trabalha-se, muitas vezes, com controles divisionais, que podem ser extraordinaria-
mente úteis, porém não significam a criação de novas entidades, precisamente pela ausência
de autonomia patrimonial.

Perspectivas do Setor Público


O princípio da entidade se afirma, para o ente público, pela autonomia e responsabilização
do patrimônio a ele pertencente.
A autonomia patrimonial tem origem na destinação social do patrimônio, e a responsabili-
zação pela obrigatoriedade da prestação de contas pelos agentes públicos

Continuidade
O princípio da continuidade pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro
e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta
esta circunstância.
O princípio da continuidade, à semelhança do da prudência, está intimamente ligado com
o da competência, formando-se uma espécie de trilogia. A razão é simples: a continuidade
diz respeito diretamente ao valor econômico dos bens, ou seja, ao fato de um ativo manter-se
nesta condição ou transformar-se, total ou parcialmente, quando há previsão de encerramento
das atividades da entidade, com o vencimento antecipado ou o surgimento de exigibilidades.
Nesta última circunstância, sua ligação será com o princípio da oportunidade.
A denominação “princípio da continuidade”, como também a de “entidade em marcha”, ou
“going concern”, é encontrada em muitos sistemas de normas no exterior e também na literatura
contábil estrangeira, embora o princípio da continuidade também parta do pressuposto de que a
entidade deva concretizar seus objetivos continuamente – o que nem sempre significa a geração
de riqueza no sentido material –, não se fundamenta na ideia de entidade em movimento.
O motivo é simples, pois uma entidade com suas atividades reduzidas ou suspensas tem-
porariamente continuará a ser objeto da contabilidade enquanto dispuser de patrimônio.
Perspectivas do Setor Público
No âmbito da entidade pública, a continuidade está vinculada ao estrito cumprimento da
destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá enquanto per-
durar sua finalidade.
Portanto, se o órgão público deixar de atender à finalidade de sua criação, ele estará violan-
do o princípio da continuidade.
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CONTABILIDADE GERAL
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Oportunidade
O princípio da oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contá-
bil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a
oportunidade e a confiabilidade da informação.
O princípio da OPORTUNIDADE exige a apreensão, o registro e o relato de todas as varia-
ções sofridas pelo patrimônio de uma entidade, no momento em que elas ocorrerem. Cumpri-
do tal preceito, chega-se ao acervo máximo de dados primários sobre o patrimônio, fonte de
todos os relatos, demonstrações e análises posteriores, ou seja, o princípio da oportunidade é
a base indispensável à fidedignidade das informações sobre o patrimônio da entidade, relati-
vas a um determinado período e com o emprego de quaisquer procedimentos técnicos.
É o fundamento daquilo que muitos sistemas de normas denominam “representação fiel”
pela informação, ou seja, que esta espelhe com precisão e objetividade as transações e eventos
a que concerne. Tal tributo é, igualmente, exigível em qualquer circunstância, a começar sempre
nos registros contábeis, embora as normas tendam a enfatizá-lo nas demonstrações contábeis.
O princípio da oportunidade deve ser observado, como já foi dito, sempre que haja variação
patrimonial, cujas origens principais são, de forma geral, as seguintes:
a) Transações realizadas com outras entidades, formalizadas mediante acordo de vonta-
des, independentemente da forma ou da documentação de suporte, como compra ou venda
de bens e serviços;
b) Eventos de origem externa, de ocorrência alheia à vontade da administração, mas com
efeitos sobre o patrimônio, como modificações nas taxas de câmbio, quebras de clientes, efei-
tos de catástrofes naturais, etc.;
c) Movimentos internos que modificam predominantemente a estrutura qualitativa dop, como
a transformação de materiais em produtos sem fabricados ou destes em produtos prontos, mas
também a estrutura quantitativo-qualitativa, como no sucateamento de bens inservíveis.

O princípio da OPORTUNIDADE abarca dois aspectos distintos, mas complementares: a inte-


gridade e a tempestividade, razão pela qual alguns autores preferem denominá-los princípio
da UNIVERSALIDADE.

O princípio da OPORTUNIDADE tem sido confundido, algumas vezes, com o da COMPE-


TÊNCIA, embora os dois apresentem conteúdos manifestamente diversos. Na oportunidade,
o objetivo está na completeza da apreensão das variações, do seu oportuno conhecimento,
enquanto, na competência, o fulcro está na qualificação das variações diante do patrimônio
líquido, isto é, na decisão sobre se estas o alteram ou não. Em síntese, no primeiro caso, temos
o conhecimento da variação, e, na competência, a determinação de sua natureza.
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Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
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A integridade diz respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas na sua tota-


lidade, isto é, sem qualquer falta ou excesso. Concerne, pois, à completeza da apreensão, que
não admite a exclusão de quaisquer variações monetariamente quantificáveis.
Como as variações incluem elementos quantitativos e qualitativos, bem como os aspec-
tos físicos pertinentes, e ainda que a avaliação é regida por princípios próprios, a integridade
diz respeito fundamentalmente às variações em si. Tal fato não elimina a necessidade do
reconhecimento destas, mesmo nos casos em que não há certeza definitiva da sua ocor-
rência, mas somente alto grau de possibilidade. Bons exemplos neste sentido fornecem as
depreciações, pois a vida útil de um bem será sempre uma hipótese, mais ou menos fundada
tecnicamente, porquanto dependente de diversos fatores de ocorrência aleatória. Natural-
mente, pressupõe-se que, na hipótese do uso de estimativas, estas tenham fundamentação
estatística e econômica suficientes.
A tempestividade obriga que as variações sejam registradas no momento em que ocorre-
rem, mesmo na hipótese de alguma incerteza, na forma relatada no item anterior. Sem o regis-
tro no momento da ocorrência, ficarão incompletos os registros sobre o patrimônio até aquele
momento, e, em decorrência, insuficientes quaisquer demonstrações ou relatos, e falseadas as
conclusões, diagnósticos e prognósticos.
Perspectivas do Setor Público
O princípio da oportunidade é base indispensável à integridade e à fidedignidade dos pro-
cessos de reconhecimento, mensuração e evidenciação da informação contábil, dos atos e
dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da entidade pública, observadas as Nor-
mas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público.
A integridade e a fidedignidade dizem respeito à necessidade de as variações serem reco-
nhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para
sua ocorrência, visando ao completo atendimento da essência sobre a forma.

Registro pelo Valor Original


O princípio do registro pelo valor original determina que os componentes do patrimônio
devem ser, inicialmente, registrados pelos valores originais das transações, expressos em
moeda nacional.
No caso de doações recebidas pela entidade, também existe a transação com o mundo
exterior, com efeito quantitativo e qualitativo sobre o patrimônio.
Como a doação resulta em inegável aumento do patrimônio líquido, cabe o registro pelo
valor efetivo da coisa recebida, no momento do recebimento, segundo o valor de mercado.

Este princípio determina a necessidade de se registrar os itens patrimoniais pelo seu valor his-
tórico, ou seja, pelo valor da primeira negociação; contudo se aceita ajustes ao valor original.

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Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
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I – Custo histórico.
Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos.
Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da
obrigação ou pelos valores necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações.
II – Variação do custo histórico.
Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, podem sofrer variações
decorrentes dos seguintes fatores:
a) Custo corrente;
b) Valor realizável;
c) Valor presente;
d) Valor justo.

a) Custo corrente
Os ativos são reconhecidos pelos valores que teriam de ser pagos se esses ativos fossem
adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis.
Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa, não descontados, que seriam ne-
cessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis.

b) Valor realizável
Os ativos são mantidos pelos valores que poderiam ser obtidos pela venda em uma for-
ma ordenada.
Os passivos são mantidos pelos valores, não descontados, que se espera que seriam pa-
gos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da entidade.

c) Valor presente
Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida
de caixa que se espera que seja gerado pelo item no curso normal das operações da entidade.
Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida
de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo.

d) Valor justo
É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhe-
cedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos e sem compulsoriedade.

Perspectivas do Setor Público


Nos registros dos atos e fatos contábeis, será considerado o valor original dos componen-
tes patrimoniais.
Valor original, que, ao longo do tempo, não se confunde com o custo histórico, corresponde
ao valor resultante de consensos de mensuração com agentes internos ou externos, com base
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CONTABILIDADE GERAL
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em valores de entrada – a exemplo de custo histórico, custo histórico corrigido e custo corren-
te; ou valores de saída – a exemplo de valor de liquidação, valor de realização, valor presente
do fluxo de benefício do ativo e valor justo.

Exemplo
a) Em novembro, a empresa compra mercadorias no total de R$ 100.000,00, com frete e seguro
de R$ 30.000,00, e carga e descarga de R$ 20.000,00.
b) No fim do ano, ao elaborar o “BP”, a administração levanta as seguintes informações:
I – Preço de reposição de R$ 160.000,00.
II – Preço de venda, à vista, da mercadoria R$ 210.000,00; a margem de lucro e os impostos
estimados na venda eram R$ 40.000,00.
III – Se vender a prazo, o preço é de R$250,000,00.
IV – As mercadorias poderiam ser trocadas no mercado pelo valor de R$ 180.000,00
c) Os valores, segundo o princípio do registro pelo valor histórico ajustado, são os seguintes:
Custo original: 150.000,00
Custo corrente: 160.000,00
Valor realizável líquido: 170.000,00
Valor presente: 210.000,00
Valor justo: 180.000,00

Competência
O princípio da competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam
reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamen-
to. Ainda, pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
A compreensão do princípio da COMPETÊNCIA está diretamente ligada ao entendimento
das variações patrimoniais e sua natureza.
Nestas, encontramos duas grandes classes: a daquelas que somente modificam a qualida-
de ou a natureza dos componentes patrimoniais, sem repercutirem no montante do patrimônio
líquido, e a das que o modificam. As primeiras são denominadas “qualitativas”, ou “permutati-
vas”, enquanto as segundas são chamadas de “quantitativas”, ou “modificativas”.
Observa-se que o princípio da competência não está relacionado com recebimentos ou
pagamentos, mas, sim, com o reconhecimento das receitas geradas e das despesas incorridas
no período.

Mesmo com desvinculação temporal das receitas e despesas, respectivamente do recebimen-


to e do pagamento, a longo prazo ocorre a equalização entre os valores do resultado contábil
e o fluxo de caixa derivado das receitas e despesas, em razão dos princípios referentes à ava-
liação dos componentes patrimoniais.
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Perspectivas do Setor Público


O princípio da competência é aquele que reconhece as transações e os eventos na ocorrên-
cia dos respectivos fatos geradores, independentemente do seu pagamento ou recebimento,
aplicando-se integralmente ao setor público.

Prudência
O princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do
ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente váli-
das para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
A prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamen-
tos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos
e receitas não sejam superestimados, e que passivos e despesas não sejam subestimados,
atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componen-
tes patrimoniais.

A PRUDÊNCIA – de forma a obter-se o menor patrimônio líquido, dentre aqueles possíveis


diante de procedimentos alternativos de avaliação – está restrita às variações patrimoniais
posteriores às transações originais com o mundo exterior, uma vez que estas deverão decorrer
de consenso com os agentes econômicos externos ou da imposição destes.

Esta é a razão pela qual a aplicação do princípio da prudência ocorrerá concomitantemente


com a do princípio da COMPETÊNCIA, quando resultará, sempre, variação patrimonial quanti-
tativa negativa, isto é, redutora do patrimônio líquido.

Perspectivas do Setor Público


As estimativas de valores que afetam o patrimônio devem refletir a aplicação de procedi-
mentos de mensuração que prefiram montantes menores para ativos, entre alternativas igual-
mente válidas, e valores maiores para passivos.
A prudência deve ser observada quando, existindo um ativo ou um passivo já escriturado
por determinados valores, segundo os princípios do valor original, surgirem possibilidades de
novas mensurações.
A aplicação do princípio da prudência não deve levar a excessos ou a situações classificá-
veis como manipulação do resultado, ocultação de passivos, super ou subavaliação de ativos.
Pelo contrário, em consonância com os princípios constitucionais da administração pública,
deve constituir garantia de inexistência de valores fictícios, de interesses de grupos ou pesso-
as, especialmente gestores, ordenadores e controladores.
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100. (FUNDATEC/SISPREM/CONTADOR/2015) O Princípio Contábil da Entidade des-


creve que o
a) Patrimônio Contábil é dividido em quotas, relativas à participação de cada sócio.
b) Patrimônio Contábil deve ser escriturado dentro de normas de prudência e conservadorismo.
c) Patrimônio da Entidade deve ser apurado mensalmente dentro de critérios de prudência.
d) Patrimônio da Entidade não se confunde com aqueles dos seus sócios ou de proprietários
da Entidade.
e) Patrimônio da Entidade é único e não se confunde com o de outras entidades similares.

O princípio da ENTIDADE reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a auto-


nomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo dos
patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pesso-
as, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.
Por consequência, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietá-
rios, no caso de sociedade ou instituição.
Letra d.

101. (IBADE/VILA VELHA/CONTADOR/2020) Os Princípios de Contabilidade representam a


essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimen-
to predominante nos universos científico e profissional. NÃO é princípio da contabilidade a/o:
a) Entidade
b) Continuidade
c) Impessoalidade
d) Oportunidade
e) Registro pelo valor original

A impessoalidade não é um princípio contábil.


Letra c.

102. (INSTITUTO ACCESS/ORIZANIA-MG/CONTADOR/2020) Os efeitos das transações e ou-


tros eventos devem ser reconhecidos nos períodos a que se referem, ou seja, receitas e despesas
devem ser consideradas em função do fato gerador, independentemente dos recebimentos ou
pagamentos; pressupõe simultaneidade da confrontação entre receitas e despesas correlatas.
O fragmento acima se refere ao Princípio Contábil da:
a) Competência.
b) Continuidade.
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c) Entidade.
d) Oportunidade.
e) Prudência.

O princípio da competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam
reconhecidos nos períodos a que se referem. Independentemente do recebimento ou paga-
mento, ele pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
Letra a.

103. (UNIFIL/SANTO ANTÔNIO DO SUDOESTE/2020) Os princípios de Contabilidade repre-


sentam doutrinas e teorias relacionados a ciência, aplicados no sentido mais amplo, sendo o
objetivo o patrimônio das empresas. Sobre os princípios, assinale a alternativa incorreta.
a) O princípio da competência determina que as transações sejam reconhecidas nos períodos
a qual se referem, independente do recebimento ou forma de pagamento.
b) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma au-
tonomia patrimonial, a necessidade da igualdade de um patrimônio particular entre os demais
existentes, independentemente de a quem pertencer.
c) O princípio da continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro,
levando em conta esta circunstância para mensuração e apresentação dos componentes.
d) O princípio do registro pelo valor original, como a própria denominação diz, este princípio de-
termina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores
originais das transações, expressos em moeda nacional.

O princípio da entidade determina a necessidade de SEPARAR o patrimônio da empresa do


patrimônio dos sócios.
Letra b.

104. (INSTITUTO AOCP/ITEP-RN/PERITO CONTÁBIL/2018) Pelas normas brasileiras da legis-


lação societária e também de acordo com a Deliberação da CVM (Comissão de Valores Mobi-
liários), os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos por qual regime?
a) Prudência.
b) Proficiência.
c) Caixa.
d) Competência.
e) Jurisprudência.

O regime de escrituração obrigatório no Brasil é o regime da competência.


Letra d.
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105. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/CONTADOR/2017) Assinale a alternativa que apresenta o


correto conceito do respectivo princípio contábil.
a) Entidade: pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensu-
ração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta essa circunstância.
b) Continuidade: refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes pa-
trimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
c) Prudência: determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior
para do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantifica-
ção das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
d) Oportunidade: determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconheci-
dos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.
e) Competência: reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e determina a autono-
mia patrimonial, sendo necessário diferenciá-lo do Patrimônio particular.

a) Errada. Apresenta o conceito do princípio da continuidade.


b) Errada. Apresenta o conceito do princípio da oportunidade.
c) Certa.
d) Errada. Apresenta o conceito do princípio da competência.
e) Errada. Apresenta o conceito do princípio da entidade.
Letra c.

106. (INSTITUTO AOCP/UFFS/CONTADOR/2016) Qual princípio contábil refere-se, simulta-


neamente, à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações,
determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta?
a) Registro pelo valor original.
b) Valor justo.
c) Ambiental.
d) Oportunidade.
e) Patrimonial.

O princípio da OPORTUNIDADE refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos com-


ponentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
Letra d.

107. (INSTITUTO AOCP/UFFS/CONTADOR/2016) Qual princípio da contabilidade reconhece


como objeto da contabilidade o patrimônio?
a) Princípio da universalidade.
b) Princípio da contingência.
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c) Princípio da entidade.
d) Princípio da unidade.
e) Princípio da oportunidade.

O princípio da ENTIDADE reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e determina a


autonomia patrimonial, sendo necessário diferenciá-lo do patrimônio particular.
Letra c.

108. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/CONTADOR/2016) Qual princípio contábil determina que


a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada,
considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da im-
posição destes?
a) Tempestividade.
b) Integridade.
c) Oportunidade.
d) Registro pelo valor original.
e) Continuidade.

O princípio do registro pelo valor original determina que os componentes do patrimônio devem
ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações com terceiros, expressos
em moeda nacional, e, uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos
e passivos, podem sofrer variações decorrentes de ajustes correntes.
Letra d.

109. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/CONTADOR/2016) Qual princípio contábil expõe que a fo-


lha de pagamento de dezembroX15, será considerada em dezembroX15, mesmo que o paga-
mento ocorra no mês de janeiroX16, no momento do pagamento?
a) Comparabilidade.
b) Primazia.
c) Entidade.
d) Atualização Monetária.
e) Competência.

É o princípio da COMPETÊNCIA que determina a necessidade de se registrar as receitas e des-


pesas quando elas ocorreram, independentemente de recebimento ou pagamento.
Letra e.
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110. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/CONTADOR/2016) Um financiamento de longo prazo para


uma determinada empresa, poderá ser obtido, pois parte-se do pressuposto de que essa em-
presa permanecerá funcionando por muito tempo e certamente venderá muito os seus produ-
tos, tendo-se a expectativa de que pagará o financiamento ao longo do tempo. A qual princípio
contábil diz respeito o exemplo apresentado?
a) Compreensibilidade.
b) Continuidade.
c) Materialidade.
d) Tempestividade.
e) Equilíbrio.

O princípio da CONTINUIDADE pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro - e,


portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta
essa circunstância.
Letra b.

111. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/CONTADOR/2016) Uma empresa calculou sua dívida com


um determinado banco, incluindo multas, juros, comissões etc. e chegou a R$ 20.000,00. O
setor jurídico do banco apresentou uma dívida atualizada em R$ 25.000,00. Qual princípio con-
tábil expõe que a empresa deverá registrar os R$ 25.000,00?
a) Custo histórico.
b) Registro pelo valor original.
c) Prudência.
d) Materialidade.
e) Continuidade.

O princípio da PRUDÊNCIA determina que a empresa reconheça o maior valor para o passivo e
o menor para o ativo, sempre que a situação for baseada em normas contábeis.
Letra c.

112. (INSTITUTO AOCP/ANGRA DOS REIS/CONTADOR/2016) Qual é o Princípio do Regis-


tro Pelo Valor Original, de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e suas
conceituações?
a) Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transa-
ções com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País.
b) Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos
nos registros contábeis por meio do ajustamento da expressão formal dos valores dos com-
ponentes patrimoniais.
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c) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em


que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de
recebimento ou pagamento.
d) O princípio do registro pelo valor original determina a adoção do menor valor para os compo-
nentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmen-
te válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
e) O princípio do registro pelo valor original reconhece o Patrimônio como objeto da Contabili-
dade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio par-
ticular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa
ou um conjunto de pessoas.

O princípio do registro pelo valor original determina que os componentes do patrimônio devem
ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações com terceiros, expressos
em moeda nacional, e, uma vez integrados ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos
e passivos, podem sofrer variações decorrentes de ajustes correntes.
Letra a.

113. (FUNDATEC/AL-RS/ANALISTA CONTADOR/2018) Assinale o princípio de contabilidade


que se refere ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para
produzir informações íntegras e tempestivas, aplicado ao setor público.
a) Entidade.
b) Oportunidade.
c) Registro pelo valor original.
d) Prudência.
e) Continuidade.

O princípio da oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos compo-


nentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
A tempestividade está relacionada com apresentar as informações no momento em que elas
possam auxiliar os usuários em sua tomada de decisão.
Letra b.

Complete a lacuna com a alternativa correta.

114. (IBFC/SES-PR/CONTADOR/2016) De acordo com a Lei 6.404/76, a escrituração da


companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legis-
lação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo
observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patri-
moniais segundo____________.
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Alternativas
a) O regime de caixa.
b) O regime misto.
c) O regime de competência.
d) O regime da prudência.

A Lei 6.404-76 estabelece, em seu artigo 177, que a escrituração da companhia será mantida
em registros permanentes, com obediência tanto aos preceitos da legislação comercial e des-
ta lei quanto aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos
ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o
regime de COMPETÊNCIA.
Letra c.

115. (IDECAN/LEOPOLDINA-MG/CONTADOR/2016) Os ativos são mantidos pelo valor pre-


sente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo
item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor pre-
sente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para
liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade.”
Segundo o princípio do registro pelo valor original, a afirmativa anterior refere-se à base de
mensuração
Alternativas
a) valor justo.
b) valor presente.
c) custo corrente.
d) valor realizável.

O VALOR PRESENTE é a base de mensuração que apresenta o valor futuro dos componentes
do patrimônio descontado dos juros embutidos.
Letra b.

116. (IDECAN/NATAL-RN/CONTADOR/2016) “Contabilidade é uma arte. É a arte de registrar


todas as transações de uma companhia, que possam ser expressas em termos monetários.”
(Gouveia, 1984.)
Portanto, o objeto de estudo da contabilidade é(são):
Alternativas
a) O Patrimônio.
b) Os controles financeiros.
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c) As transações comerciais.
d) Os ativos e os passivos das empresas

A contabilidade é uma ciência social que tem como objeto de estudo o PATRIMÔNIO de qual-
quer pessoa, seja física ou jurídica.
Letra a.

117. (IDECAN/NATAL-RN/CONTADOR/2016) Com referência às principais funções da conta-


bilidade, analise as afirmativas.
I – Coletar os documentos comprobatórios dos atos e fatos administrativos e econômicos que
ocorrem na entidade.
II – Manter sigilo total da situação patrimonial, econômica e financeira da entidade.
III – Registrar os fatos contábeis decorrentes das alterações patrimoniais nos livros de escritu-
ração contábil da entidade.
IV – Acumular informações quantitativas e qualitativas, especificamente do patrimônio públi-
co, bem como suas variações ao longo do tempo.
V – Classificar os documentos comprobatórios de acordo com as alterações que provocam no
patrimônio da entidade.
Estão corretas apenas as afirmativas
Alternativas
a) I, II e III.
b) I, III e V.
c) II, III e IV.
d) III, IV e V.

A contabilidade, por meio de seu processo contábil, levanta, mensura e analisa as informações
referentes aos atos e fatos administrativos; registrando, em seus livros contábeis, os fatos que
afetaram o patrimônio, qualitativa ou quantitativamente.
I – Certo.
II – Errado. A contabilidade tem como objetivo apresentar informações - e não manter o si-
gilo delas.
III – Certo.
IV – Errado. A contabilidade tem, como campo de aplicação, o patrimônio de qualquer entida-
de, seja pública ou privada - e não especificamente o patrimônio público.
V – Certo.
Letra b.

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118. (IDECAN/NATAL-RN/CONTADOR/2016) A finalidade fundamental da contabilidade é


gerar informações de ordem
Alternativas
a) financeira, com ênfase para o controle e o planejamento.
b) física sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento.
c) econômica sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento.
d) física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o
planejamento.

A finalidade da contabilidade é controlar o patrimônio e a sua evolução, por meio de um pro-


cesso contábil, de forma a fornecer informações sobre a situação física, econômica e financei-
ra de uma entidade.
Letra d.

119. (IDECAN/DETRAN-RO/CONTADOR/2016) “O grande objetivo da Contabilidade é prover


seus usuários, em geral, com o máximo possível de informações sobre o patrimônio de uma
entidade e suas mutações.” (Iudícibus et al, 2010, p. 11.) “___________são usuários que pos-
suem duplo interesse nas informações contábeis: primeiramente porque se baseiam nas mes-
mas para arrecadar tributos; e, em segundo lugar, interessam-se pelos dados econômicos das
unidades microeconômicas para que, devidamente agregados e tratados estatisticamente,
possam fornecer bases adequadas para análises econômicas.”
Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
Alternativas
a) Pessoas físicas
b) Sócios, acionistas e proprietários
c) Bancos e emprestadores de recursos
d) Administradores e diretores executivos
e) Governo e economistas governamentais

O governo e os economistas governamentais utilizam as informações apresentadas pelas


entidades para formar uma base de dados sobre a economia nacional e, principalmente, so-
bre a arrecadação.
Letra e.

120. (IDECAN/DETRAN-RO/CONTADOR/2016) A Lei Federal n. 6.404/76 e suas alterações


posteriores estabelecem as demonstrações contábeis de natureza obrigatória e/ou facultati-
vas, conforme o caso, e a forma de sua apresentação. Acerca das demonstrações contábeis
de que trata a referida Lei, é correto afirmar que são fundamentais para os seus usuários,
visto que:
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Alternativas
a) fornecem dados variados para a Receita Federal.
b) subsidiam as diretrizes e procedimentos contábeis.
c) evidenciam a situação financeira e econômica da entidade.
d) fornecem dados relevantes para o setor fiscal da entidade.
e) tornam mais simples e eficientes os métodos de controle interno.

A Lei 6.404-76 destaca, em seu artigo 176, que, ao fim de cada exercício social, a diretoria fará
elaborar as demonstrações financeiras, que deverão exprimir, com clareza, a situação do patri-
mônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício.
As demonstrações contábeis são relatórios que apresentam a situação patrimonial, financeira
e econômica da empresa.
Letra c.

121. (IDECAN/NATAL-RN/CONTADOR/2016) Com referência aos conceitos de contabilida-


de, analise.
I – Os usuários da contabilidade são os bancos e o governo, pois necessitam destas informa-
ções para concessão de empréstimos e estudos econômicos.
II – Os usuários da contabilidade são os administradores, diretores e executivos cujo objetivo é
obter informações sobre a empresa e, as informações geradas pela contabilidade, na maioria
das vezes, são confusas e não são esclarecedoras.
III – Os usuários da contabilidade dividem-se em internos e externos e as informações geradas
pela contabilidade devem ser claras e objetivas, a fim de que o usuário possa planejar suas
próprias operações.
IV – Os usuários da contabilidade são aqueles que desejam informações sobre a empresa e
as informações geradas pela contabilidade podem ou não refletir a situação econômico-finan-
ceira da empresa.
Está correta apenas a afirmativa
Alternativas
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.

Somente o item III está certo.


Os usuários da contabilidade são internos e externos; os usuários internos compõem a alta
administração da empresa; já os usuários externos são divididos em primários, que aplicam
dinheiro na empresa, e secundários, que têm relacionamento operacional com a empresa.
Letra c.
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122. (IDECAN/IP-PE/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) De acordo com a Lei n. 6.404/76, é o de-


monstrativo que discriminará o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores
e a correção monetária do saldo inicial; as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
e as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital
e o saldo ao fim do período.
Alternativas
a) Balanço Patrimonial.
b) Demonstração do Resultado do Exercício.
c) Demonstração dos Fluxos de Caixa.
d) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
e) Demonstração do Valor Adicionado.

Segundo a Lei 6.404-76, em seu artigo 186, a DLPA - Demonstração de Lucros ou Prejuízos
Acumulados discriminará:

I – o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do


saldo inicial;
II – as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III – as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o
saldo ao fim do período.
Letra d.

123. (IADES/CITEC/CONTADOR/2016) Acerca do Comitê de Pronunciamentos Contábeis


(CPC), assinale a alternativa correta.
a) Trata-se de um órgão público subordinado à Comissão de Valores Mobiliários.
b) Desde a respectiva criação, em 2005, além dos pronunciamentos técnicos, o CPC passou a
emitir as resoluções do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
c) O CPC tem prerrogativas legais, portanto a aplicação das próprias normas é obrigatória.
d) Trata-se de uma entidade de direito privado subordinada ao International Accounting Stan-
dards Board (IASB).
e) Os pronunciamentos técnicos emitidos pelo CPC subsidiam a emissão de normas que per-
mitem a convergência da Contabilidade Brasileira com os padrões internacionais.

O CPC não emite norma para o mercado, ele se pronuncia sobre assuntos específicos. Quem
normatiza são as autarquias reguladoras, como o CFC, a CVM e o Bacen.
O CPC é um órgão autônomo, não tem vinculação com nenhuma instituição pública ou privada.
Letra e.
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124. (IADES/CAU-SP/ASSISTENTE CONTÁBIL/2013) A contabilidade está ligada à adminis-


tração, ao direito e à economia, desempenhando função administrativa e econômica ao man-
ter controle sobre o patrimônio da organização e apurando os respectivos resultados econômi-
cos. Considerando essa informação, é correto afirmar que a contabilidade
a) é um sistema de informação e avaliação que fornece demonstrações e análises de natureza
econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização.
b) estuda o passivo à disposição das aziendas, em seus aspectos estáticos e em suas varia-
ções, para enunciar, por meio de fórmulas racionalmente deduzidas, os efeitos da administra-
ção sobre a formação e a distribuição dos créditos.
c) é uma ciência que permite manter um controle permanente do passivo da empresa, usando
técnicas de cunho financeiro e fiscal.
d) sobrepõe-se, como ciência, à administração e ao direito, pois não há como administrar sem
números e sem referência contábil e financeira.
e) é uma ciência concebida para coletar, registrar, resumir e interpretar dados e fenômenos que
afetam as situações administrativas de uma organização.

A contabilidade é a ciência social que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patri-
mônio das entidades, mediante o registro, a demonstração e a divulgação desses fatos, com o
fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado
econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial aos usuários.
Para atingir seu objetivo, a contabilidade necessita de que exista, na empresa, um sistema de
controle interno que consiga capturar e tratar as informações relacionadas com os fatos con-
tábeis que afetam o PATRIMÔNIO, para que, assim, as informações sejam apresentadas por
meio de relatórios e demonstrações contábeis.
Letra a.

125. (IADES/CRF-DF/CONTADOR/2017) A técnica contábil que tem por propósito efetuar o


registro dos fatos contábeis em livros próprios é denominada
a) elaboração.
b) levantamento.
c) escrituração.
d) lavratura.
e) auditoria.

As técnicas contábeis representam as ferramentas que a contabilidade possui para controlar


o patrimônio. As técnicas são a escrituração, as demonstrações contábeis, a auditoria e a aná-
lise das demonstrações.
A técnica relacionada com os registros contábeis é a escrituração.
Letra c.
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126. (IADES/HEMOCENTRO-DF/TÉCNICO CONTÁBIL/2017) Acerca do conceito, dos objeti-


vos e das finalidades da contabilidade, assinale a alternativa correta.
a) Entre os usuários da contabilidade há os fornecedores, que analisam as demonstrações, a
fim de verificar a capacidade de pagamento da empresa.
b) A contabilidade produz informações com a utilização de métodos quantitativos. Portanto,
não pode ser considerada uma ciência social.
c) Os relatórios contábeis são estáticos. Portanto, não são úteis para se avaliarem tendências.
d) A contabilidade surgiu da necessidade dos governos de controlar e de tributar as empresas.
e) As demonstrações contábeis contêm informações sigilosas referentes à empresa. Portanto,
somente devem ser divulgadas para os respectivos acionistas e, mediante solicitação, para a
autoridade tributária.

A contabilidade é uma ciência social. Apresenta informações sobre os aspectos qualitativos e


quantitativos do patrimônio, por meio de seus relatórios e de suas demonstrações contábeis,
que são relatórios dinâmicos, onde as informações são apresentadas para todos os usuários
com interesse na empresa, como investidores, clientes, fornecedores, bancos, empregados, etc.
Letra a.

127. (IADES/CRC-MG/TÉCNICO CONTÁBIL/2015) O conjunto de bens, direitos e obrigações


pertencentes a uma pessoa física ou jurídica ou a um conjunto de pessoas, susceptíveis de
avaliação econômica, é o conceito de
a) passivo.
b) ativo.
c) situação líquida.
d) obrigações exigíveis.
e) patrimônio.

PATRIMÔNIO é o conjunto de recursos próprios e de terceiros representados pelos bens, pelos


direitos e pelas obrigações de uma empresa.
Letra e.

128. (IADES/SEAP-DF/TÉCNICO CONTÁBIL/2014) Acerca do conceito, do objeto e da finali-


dade da contabilidade, assinale a alternativa correta.
a) O objeto da contabilidade são as informações sobre um patrimônio, que servem de base
para a tomada de decisões.
b) As informações contábeis referentes a um patrimônio interessam apenas aos titulares des-
se patrimônio.
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c) O patrimônio de uma entidade contábil refere-se ao conjunto de bens e direitos que essa
entidade possui.
d) A finalidade da contabilidade resume-se em apurar se uma entidade contábil auferiu lucro ou
incorreu em prejuízo no período.
e) A contabilidade é um sistema de informação que permite o controle e o registro de atos e
fatos que alteram um patrimônio.

A contabilidade é uma ciência social que tem, como objeto de estudo, o patrimônio, que repre-
senta o conjunto dos bens, dos direitos e das obrigações de uma entidade.
O objetivo da contabilidade é o de fornecer informações aos usuários internos e externos. Para
atender seu objetivo, a contabilidade se utiliza de um sistema de informações interno que permi-
te capturar, registrar e controlar os atos e fatos que afetam a situação patrimonial da empresa.
Letra e.

129. (IADES/METRO-DF/TÉCNICO CONTÁBIL/2014) Acerca do conceito, do objetivo e da


finalidade de contabilidade, é correto afirmar que
a) os dados gerados pela contabilidade têm caráter sigiloso, sendo, portanto, destinados exclu-
sivamente a usuários internos.
b) a contabilidade provê um conjunto de informações aos seus usuários para a tomada
de decisão.
c) o objetivo principal da contabilidade é atender às exigências do Fisco.
d) as informações coletadas e geradas pela contabilidade são úteis apenas para o exercício
financeiro a que se referem, não se justificando o seu armazenamento por prazos maiores.
e) a contabilidade é um sistema de informação com foco no registro de fatos passados, por-
tanto, sob esse aspecto, não é uma ferramenta útil para tomada de decisão.

A contabilidade é uma ciência social que tem como objeto de estudo o patrimônio, que repre-
senta o conjunto dos bens, dos direitos e das obrigações de uma entidade.
O objetivo da contabilidade é o de fornecer informações aos usuários internos e exter-
nos em geral.
Para atender seu objetivo, a contabilidade se utiliza de um sistema de informações interno
que permite capturar, registrar e controlar os atos e fatos que afetam a situação patrimonial
da empresa, estas informações auxiliarão os usuários em suas tomadas de decisões futuras.
Letra b.

130. (IADES/SES-DF/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) A contabilidade é uma ciência social que


se caracteriza por estudar objetos, fenômenos e atos decorrentes de ações humanas (fatos
contábeis), que afetam diretamente o respectivo objeto de estudo, que é o (a)
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a) patrimônio de uma pessoa física ou jurídica.


b) produtividade dos insumos utilizados no processo de produção.
c) eficiência na alocação de recursos de uma sociedade de qualquer natureza.
d) resultado financeiro de qualquer tipo de sociedade em determinado período.
e) eficácia da gestão de recursos financeiros, humanos e tecnológicos de uma organização.

O objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio de qualquer pessoa, seja física ou jurídica.


Letra a.

131. (IADES/HEMOCENTRO-DF/TÉCNICO CONTÁBIL/2017) Considerando que o objetivo


da contabilidade é o controle de um patrimônio, assinale a alternativa correta.
a) A contabilidade ocupa-se apenas do patrimônio das pessoas jurídicas, com ou sem fins
lucrativos.
b) A contabilidade, por meio das demonstrações contábeis, apresenta a situação econômico-
-financeira de uma entidade em tempo real.
c) A contabilidade é um sistema de informação que controla o patrimônio de uma entidade,
auxiliando os respectivos usuários na tomada de decisão.
d) Uma entidade contábil pode referir-se a uma pessoa física ou jurídica sem, contudo, confun-
dir-se com o respectivo patrimônio.
e) O patrimônio é o conjunto de bens e direitos de uma entidade, deduzido das respectivas
obrigações.

A contabilidade é uma ciência social, que, por meio de um sistema contábil, estuda e controla o
patrimônio de qualquer pessoa, seja física ou jurídica, com o objetivo de fornecer informações
úteis para tomada de decisão dos usuários das informações.
As informações fornecidas estão relacionadas com dados passados.
Letra c.

132. (IADES/HEMOCENTRO-DF/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2017) Bens e direitos de pro-


priedade da entidade, que fornecem benefícios e oportunizam lucros para a organização. Como
elementos positivos, destacam-se: equipamentos, estoque, duplicatas a receber, entre outros.
Considerando que, na esfera das ciências contábeis, o patrimônio possui determinados com-
ponentes, é correto afirmar que a definição apresentada se refere ao patrimônio
Alternativas
a) ativo.
b) líquido.
c) passivo.
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d) ativo circulante.
e) de obrigações.

Os bens e direitos compõem o lato ATIVO do patrimônio. Na estrutura do balanço patrimonial,


o ativo é dividido em circulante e não circulante, conforme o seu prazo de realização.
Letra a.

133. (IADES/HEMOCENTRO-DF/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2017) Considerando que o


patrimônio compreende um conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa
física ou jurídica, é correto afirmar que a patente de uma invenção é um(a)
Alternativas
a) bem tangível.
b) direito interno.
c) obrigação.
d) bem intangível.
e) direito externo.

Uma patente ou uma marca da empresa é um bem INTANGÍVEL.


O ativo da empresa é dividido em direitos e bens; que podem ser tangíveis ou intangíveis.
Letra d.

134. (FUMARC/CARNERINHO-MG/FISCAL TRIBUTÁRIO/2018) Nos termos do CPC 00, que


trata da estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das Demonstrações Contábeis,
os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial financeira
são Ativos, Passivos e Patrimônio líquido. Estes são definidos como segue:
I – Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do
qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. Se não houver a
expectativa de contribuição futura, direta ou indireta, ao caixa da empresa, não existe o ativo.
II – Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liqui-
dação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.
III – Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos e receitas da entidade, depois de deduzi-
das todas as suas despesas.
Estão CORRETAS apenas as afirmativas:
Alternativas
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.
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O objeto da contabilidade é o patrimônio, representado por ativo, passivo e patrimônio líquido.


O CPC 00 é o documento técnico que apresenta os conceitos básicos sobre a contabilidade, e,
nele, temos os seguintes conceitos sobre os elementos do patrimônio:

Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de eventos pas-
sados. Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos.
Passivo é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como resultado
de eventos passados.
Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os
seus passivos.

Assim, está errado somente o item III, pois o PL é deduzido das obrigações - e não das despesas.
Letra a.

135. (FUMARC/CARNERINHO-MG/FISCAL TRIBUTÁRIO/2018) Nos termos do CPC 00, que


trata da estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das Demonstrações Contábeis,
as características qualitativas das citadas demonstrações são os atributos que as tornam
úteis para os seus usuários. As quatro principais características qualitativas são:
Alternativas
a) Compreensibilidade, relevância, comparabilidade e competência.
b) Compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade.
c) Compreensibilidade, relevância, confiabilidade e continuidade.
d) Compreensibilidade, relevância, materialidade e continuidade.

Esta questão está totalmente desatualizada, pois já estamos na segunda revisão do CPC 00.
Em 2008, o CPC 00 original previa 4 características que deveriam ser respeitadas no fornecimen-
to das informações; são elas: compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade.
Contudo, em 2011, a estrutura básica inicial passou por algumas mudanças na sua revisão de-
nominada “R1”, as caraterísticas qualitativas ficaram divididas em fundamentais e de melhoria,
da seguinte forma:
a)Características qualitativas fundamentais (fundamental qualitative characteristics– relevân-
cia e representação fidedigna), as mais críticas; e
b)Características qualitativas de melhoria (enhancing qualitative characteristics – comparabi-
lidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade), menos críticas, mas, ainda as-
sim, altamente desejáveis.
Assim, a assertiva menos errada é:
Letra b.

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136. (FUMARC/CEMIG/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) Nos termos da estrutura conceitual para


elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro, os elementos diretamente relaciona-
dos com a mensuração da posição patrimonial e financeira são os ativos, os passivos e o pa-
trimônio líquido. Estes são definidos como segue:
I – Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual
se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.
II – Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação
se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
III – Patrimônio líquido é o interesse total nos ativos monetários da entidade depois de deduzi-
dos todos os seus passivos e demais custos.
Estão CORRETAS as afirmativas:
Alternativas
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas
d) II e III, apenas.

O objeto da contabilidade é o patrimônio, representado por ativo, passivo e patrimônio líquido.


O CPC 00 é o documento técnico que apresenta os conceitos básicos sobre a contabilidade, e,
nele, temos os seguintes conceitos sobre os elementos do patrimônio:

Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de eventos pas-
sados. Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos.
Passivo é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como resultado
de eventos passados.
Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os
seus passivos.

Assim, está errado somente o item III, pois o PL é deduzido das obrigações - e não dos de-
mais custos.
Letra b.

137. (FUMARC/CEMIG/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) As demonstrações contábeis são elabo-


radas e apresentadas para usuários externos em geral, tendo em vista suas finalidades distin-
tas e necessidades diversas. Portanto, as informações contábeis devem ser úteis para os seus
usuários. A característica qualitativa de melhoria das demonstrações contábeis, que ajuda a
assegurar aos usuários que a informação representa fidedignamente o fenômeno econômico
que se propõe representar, denomina-se:
Alternativas
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Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
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a) Compreensibilidade.
b) Relevância.
c) Tempestividade.
d) Verificabilidade.

A verificabilidade, agora denominada capacidade de verificação, estabelece que diferentes usu-


ários, conscientes do que estão analisando e independentes, podem chegar a um consenso
quanto ao retrato de uma realidade econômica em particular ser uma representação fidedigna.
Letra d.

138. (FUMARC/CEMIG/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) Como ramo do conhecimento, a Conta-


bilidade deve ser classificada dentre:
Alternativas
a) As Ciências Exatas.
b) As Ciências Humanas.
c) As Ciências Patrimoniais.
d) As Ciências Sociais

A contabilidade é uma ciência social que trata dos relacionamentos, por meio de débitos e
créditos, das contas.
Letra d.

139. (FGV/FUNSAÚDE-CE/CONTADOR/2021) Os recursos econômicos presentes controla-


dos por uma entidade como resultado de eventos passados são denominados
Alternativas
a) ativos.
b) passivos.
c) receitas.
d) despesas.
e) reservas.

Vimos que o ATIVO é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resulta-
do de eventos passados. Sendo que um recurso econômico é um direito que tem o potencial
de produzir benefícios econômicos para a entidade.
Letra a.

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Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
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140. (CONSULPLAN/TSE/CONTADOR/2012) A contabilidade foi definida no I Congresso


Brasileiro de Contabilidade como: “a ciência que estuda e pratica as funções de orientação,
controle e registro relativo aos atos e fatos da administração econômica.” São objetivos da
contabilidade, EXCETO:
a) Fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudan-
ças na posição financeira da entidade.
b) Auxiliar o maior número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão financeira.
c) Apresentar os resultados da atuação da administração na gestão da entidade quanto aos
recursos que lhe foram confiados.
d) Auxiliar os acionistas a avaliar a produtividade de cada funcionário da empresa e o desem-
penho dos gerentes.

Conceitualmente, a contabilidade é uma ciência social que estuda, administra e controla o pa-
trimônio de qualquer pessoa, a fim de fornecer informações.
Não se encaixa dentro dos objetivos da contabilidade auxiliar os acionistas a avaliar os
funcionários.
As demais assertivas têm relação com a ciência contábil.
Letra d.

141. (CONSULPLAN/CAPANEMA-PA/TESOUREIRO/2020) Levando em consideração os


procedimentos contábeis básicos, importância especial deve ser dada à qualidade da infor-
mação a ser disponibilizada, conceitos referentes à qualidade da informação devem estar bem
sedimentados por servidores que trabalham diretamente com recursos orçamentários e finan-
ceiros nos órgãos públicos; analise-os.
I – “________________ é a qualidade da informação que possibilita aos usuários identificar seme-
lhanças e diferenças entre dois conjuntos de fenômenos.”
II – “________________ é a qualidade da informação que permite que os usuários compreendam
o seu significado.”
III – “________________ é a qualidade da informação que ajuda a assegurar aos usuários que
a informação contida nos Relatórios Contábeis de Propósitos Gerais das entidades do setor
público representa fielmente os fenômenos econômicos ou de outra natureza que se propõe a
representar.”
IV – “________________ significa ter informação disponível para os usuários antes que ela perca
a sua capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização e tomada
de decisão.”
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as afirmativas anteriores.
Alternativas
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Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
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a) I. Comparabilidade II. Compreensibilidade III. Verificabilidade IV. Tempestividade


b) I. Compreensibilidade II. Comparabilidade III. Verificabilidade IV. Tempestividade
c) I. Verificabilidade II. Compreensibilidade III. Tempestividade IV. Comparabilidade
d) I. Tempestividade II. Compreensibilidade III. Comparabilidade IV. Verificabilidade
e) I. Verificabilidade II. Comparabilidade III. Compreensibilidade IV. Tempestividade

A relação correta dos conceitos é a seguinte:


A COMPARABILIDADE é a qualidade da informação que possibilita aos usuários identificar
semelhanças e diferenças entre dois conjuntos de fenômenos.
A COMPREENSIBILIDADE é a qualidade da informação que permite que os usuários compre-
endam o seu significado.
A VERIFICABILIDADE é a qualidade da informação que ajuda a assegurar aos usuários que
a informação contida nos Relatórios Contábeis de Propósitos Gerais das entidades do setor
público representa fielmente os fenômenos econômicos ou de outra natureza que se propõe
a representar.
A TEMPESTIVIDADE significa ter informação disponível para os usuários antes que ela perca
a sua capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização e tomada
de decisão.
Letra a.

142. (CONSULPLAN/CAPANEMA-PA/TESOUREIRO/2020) Considerando os fundamentos


conceituais de contabilidade, primordialmente no que tange ao objetivo, à utilidade e às limita-
ções do relatório contábil-financeiro de propósito geral, assinale a alternativa INCORRETA
Alternativas
a) Relatórios contábil-financeiros de propósito geral não são elaborados para se chegar ao
valor da entidade.
b) Em larga extensão, os relatórios contábil-financeiros são baseados em estimativas, julga-
mentos e modelos e não em descrições ou retratos exatos.
c) O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é disponibilizar informações
contábil-financeiras que sejam úteis a investidores, a credores por empréstimos e a outros cre-
dores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos para a entidade
d) Relatórios contábil-financeiros de propósito geral não atendem e não podem atender a todas
as informações de que investidores, credores por empréstimo e outros credores necessitam.
Esses usuários precisam considerar informações pertinentes de outras fontes
e) Investidores, credores por empréstimo e outros credores têm direito, legalmente ampara-
do, de requerer que as entidades que reportam a informação prestem a eles diretamente as
informações de que necessitam. Eles não devem confiar nos relatórios contábil-financeiros de
propósito geral, para grande parte da informação contábil-financeira que buscam.

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As demonstrações contábeis, ou seja, os relatórios contábeis de propósito geral, são direciona-


das aos usuários externos primários, assim, eles DEVEM confiar nas informações apresentadas.
Contudo estes relatórios não fornecem, nem podem fornecer, todas as informações que são
necessárias para os investidores ou credores por empréstimos tomarem as suas decisões.
Letra e.

143. (CONSULPLAN/CFC/BACHAREL/2018.1) Com base na referida NBC TG Estrutura Con-


ceitual, reconhecimento envolve a descrição do item, a mensuração do seu montante mone-
tário e a sua inclusão no balanço patrimonial ou na demonstração do resultado. Segundo a
norma, os itens que satisfazem os critérios de reconhecimento devem ser reconhecidos no
balanço patrimonial ou na demonstração do resultado. A falta de reconhecimento de tais itens
não é corrigida pela divulgação das práticas contábeis adotadas nem tampouco pelas notas
explicativas ou material elucidativo. Referente ao assunto intitulado reconhecimento à luz da
referida norma, assinale a alternativa INCORRETA.
a) As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado quando ocasionarem
em decréscimo nos benefícios econômicos futuros, relacionado com o aumento de um ativo
ou a diminuição de um passivo, e puder ser mensurado com confiabilidade. Isso significa, na
prática, que o reconhecimento da despesa ocorre simultaneamente com o reconhecimento de
aumento nos passivos ou de diminuição nos ativos (por exemplo, a alocação por competência
de obrigações trabalhistas ou da depreciação de equipamento).
b) A receita deve ser reconhecida na demonstração do resultado quando resultar em aumento
nos benefícios econômicos futuros relacionado com o aumento de ativo ou com a diminuição
de passivo, e puder ser mensurado com confiabilidade. Isso significa, na prática, que o reco-
nhecimento da receita ocorre simultaneamente com o reconhecimento do aumento nos ativos
ou da diminuição nos passivos (por exemplo, o aumento líquido nos ativos originado da venda
de bens e serviços ou o decréscimo do passivo originado do perdão de dívida a ser paga).
c) Um ativo não deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando os gastos incorridos não
proporcionarem a expectativa provável de geração de benefícios econômicos para a entidade
além do período contábil corrente. Ao invés disso, tal transação deve ser reconhecida como
despesa na demonstração do resultado. Esse tratamento não implica dizer que a intenção da
administração ao incorrer nos gastos não tenha sido a de gerar benefícios econômicos futuros
para a entidade ou que a administração tenha sido mal conduzida. A única implicação é que o
grau de certeza quanto à geração de benefícios econômicos para a entidade, além do período
contábil corrente, é insuficiente para garantir o reconhecimento do ativo.
d) Um passivo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que uma saí-
da de recursos detentores de benefícios econômicos seja exigida em liquidação de obrigação
presente e o valor pelo qual essa liquidação se dará puder ser mensurado com confiabilidade.
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Na prática, as obrigações originadas de contratos ainda não integralmente cumpridos de modo


proporcional – proportionately unperformed (por exemplo, passivos decorrentes de pedidos de
compra de produtos e mercadorias ainda não recebidos) – não são geralmente reconhecidas
como passivos nas demonstrações contábeis. Contudo, tais obrigações podem enquadrar-se
na definição de passivos caso sejam atendidos os critérios de reconhecimento nas circunstân-
cias específicas, e podem qualificar-se para reconhecimento. Nesses casos, o reconhecimento
dos passivos exige o reconhecimento dos correspondentes ativos ou despesas.

As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado quando ocasionarem um


decréscimo nos benefícios econômicos futuros, relacionado com a DIMINUIÇÃO de um ativo
ou o AUMENTO de um passivo, e puder ser mensurado com confiabilidade.
Isso significa, na prática, que o reconhecimento da despesa ocorre simultaneamente com o re-
conhecimento de aumento nos passivos ou de diminuição nos ativos (por exemplo, a alocação
por competência de obrigações trabalhistas ou da depreciação de equipamento).
Letra a.

144. (CONSULPLAN/TRE-MG/TÉCNICO CONTADOR/2015) A contabilidade é uma ciência


social que tem por objeto o patrimônio das entidades. Para isso tem definido de forma clara
sua finalidade e formas de escrituração. Diante do exposto, analise as afirmativas a seguir.
I – A principal finalidade da contabilidade é fornecer informações sobre o patrimônio, informa-
ções estas de ordem econômica e financeira para facilitar as tomadas de decisões por parte
dos seus usuários.
II – Diversos são os tipos de usuários interessados nas informações contidas nas demonstra-
ções contábeis das entidades. Um desses grupos é constituído pelos clientes, cujo interesse
é tanto menor quanto maior forem a sua dependência e a concentração nos fornecimentos de
algumas poucas entidades.
III – A escrituração começa pelo livro razão, no qual todos os registros são efetuados mediante
documentos que comprovem as ocorrências dos fatos.
IV – A escrituração é uma das técnicas utilizadas pela contabilidade que consiste em registrar,
nos livros contábeis, os acontecimentos que provocam ou que possam provocar modificações
futuras do patrimônio.
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I e IV.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.

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Questão boa. Vamos analisar as assertivas:


I – Certo. Ele trata do objetivo da contabilidade, contudo, como foi destacado na aula, alguns au-
tores apresentam o objetivo e a finalidade como conceitos semelhantes. É bom lembrar que o ob-
jetivo é fornecer informações, e a finalidade é controlar o patrimônio para fornecer informações.
II – Errado. Os usuários das informações apresentadas nas demonstrações contábeis são
externos à empresa. Um bom exemplo são os clientes, que, quanto MAIOR for sua relação de
dependência com a empresa, MAIOR será o seu interesse nas informações.
III – Errado. A escrituração é uma técnica contábil que começa com a identificação do fato
contábil; depois, é feito o registro do lançamento contábil no livro DIÁRIO; e, concomitantemen-
te, é feito o controle do saldo das contas no livro razão. Então, primeiro, registra-se o fato no
livro diário e, depois, ajusta-se o saldo das contas no livro razão.
IV – Certo. A assertiva conceitua corretamente “escrituração”.
Letra a.

145. (CONSULPLAN/CFC/BACHAREL/2018.2) À luz da NBC TG Estrutura Conceitual, mensu-


ração é o processo que consiste em determinar os montantes monetários por meio dos quais
os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no ba-
lanço patrimonial e na demonstração do resultado. Esse processo envolve a seleção da base
específica de mensuração. Ainda, segundo a norma, um número variado de bases de men-
suração é empregado em diferentes graus e em variadas combinações nas demonstrações
contábeis. Sobre este assunto, analise as afirmativas a seguir, marque V para as verdadeiras e
F para as falsas.

 (  ) Custo histórico. Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de
caixa que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem
adquiridos na data do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos montantes em cai-
xa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam necessários para
liquidar a obrigação na data do balanço.
 (  ) Custo corrente. Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equiva-
lentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da
aquisição. Os passivos são registrados pelos montantes dos recursos recebidos em
troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (como, por exemplo, imposto de ren-
da), pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa se espera serão necessários
para liquidar o passivo no curso normal das operações.
(  )
 Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos são mantidos pelos mon-
tantes em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela sua venda em
forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos seus montantes de liquidação, isto é,
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pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera se-
rão pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações.
 (  ) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos fu-
turos de entradas líquidas de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal
das operações. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos
futuros de saídas líquidas de caixa que se espera serão necessários para liquidar o pas-
sivo no curso normal das operações.

A sequência está correta em


a) F, F, F, F.
b) F, F, V, V.
c) F, V, V, V.
d) V, V, V, V.

Estão erradas as duas primeiras assertivas.


Custo histórico = Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes
de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os
passivos são registrados pelos montantes dos recursos recebidos em troca da obrigação ou,
em algumas circunstâncias (como, por exemplo, imposto de renda), pelos montantes em caixa
ou equivalentes de caixa se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso normal
das operações. É o valor original.
Custo corrente = Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa
que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na
data do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de
caixa, não descontados, que se espera serem necessários para liquidar a obrigação na data do
balanço. É o custo de reposição.
Letra b.

146. (CONSULPLAN/CFC/BACHAREL/2018.2) A NBC TG Estrutura Conceitual citada apre-


senta as características qualitativas fundamentais e características qualitativas de melhoria.
De acordo com o exposto, NÃO representa uma característica qualitativa de melhoria:
a) Materialidade.
b) Verificabilidade.
c) Tempestividade.
d) Comparabilidade.

As características qualitativas de melhoria são: comparabilidade, verificabilidade (capacidade


de verificação), tempestividade e compreensibilidade.
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CONTABILIDADE GERAL
Conceitos Básicos e Princípios Contábeis
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A materialidade não é uma característica qualitativa da informação contábil, ela é um atributo


da relevância.
Letra a.

147. (CONSULPLAN/CFC/BACHAREL/2018.1) De acordo com a Estrutura Conceitual Básica


da contabilidade brasileira, um ativo pode ser considerado como circulante em determinadas
ocasiões. Das situações a seguir, qual NÃO condiz com a classificação de ativo circulante?
a) Quando o ativo está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado.
b) Quando espera-se que o ativo seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido
no decurso normal do ciclo operacional da entidade.
c) Quando o ativo é caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para liquida-
ção de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
d) Quando o ativo representar direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e con-
trole desses bens.

Serão classificados no ativo circulante os bens e direitos realizáveis até o término do exercício
seguinte, ou seja, até o fim do ano que vem, representados por disponível, créditos, estoques e
despesas antecipadas.
A assertiva apresenta o conceito de ativo – não de circulante IMOBILIZADO.
Letra d.

148. (CONSULPLAN/CFC/BACHAREL/2018.1) As características qualitativas de melhoria


são atributos que melhoram a utilidade da informação que é relevante e que é representada
com fidedignidade. As características qualitativas de melhoria podem também auxiliar a deter-
minar qual de duas alternativas que sejam consideradas equivalentes em termos de relevância
e fidedignidade de representação deve ser usada para retratar um fenômeno. Nesse sentido,
pode-se afirmar que fora desse contexto conceitual encontra-se:
a) Verificabilidade.
b) Comparabilidade.
c) Conservadorismo.
d) Compreensibilidade.

As características qualitativas de melhoria são: comparabilidade, verificabilidade (capacidade


de verificação), tempestividade e compreensibilidade.
O conservadorismo não é uma característica qualitativa da informação contábil.
Letra c.
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149. (CFC/CFC/BACHAREL EM CONTABILIDADE/2014) Com base na Resolução NBC TG


ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro, julgue os itens sobre Manutenção de Capital como Verdadeiros (V) ou
Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
I – De acordo com o conceito de capital financeiro, tal como o dinheiro investido ou o seu poder
de compra investido, o capital é sinônimo de ativos líquidos ou patrimônio líquido da entidade.
II – De acordo com o conceito de manutenção do capital físico, o lucro é considerado auferido
somente se a capacidade física produtiva da entidade no fim do período exceder a capacidade
física produtiva no início do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos propri-
etários e seus aportes de capital durante o período.
III – Todas as mudanças de preços, afetando ativos e passivos da entidade, são vistas, no
conceito de manutenção de capital físico, como mudanças na mensuração da capacidade
financeira da entidade, devendo ser tratadas como lucro.
A sequência CORRETA é
a) F, F, V.
b) F, V, F.
c) V, F, V.
d) V, V, F.

Outra questão literal:


I – Verdadeiro. De acordo com o conceito de capital financeiro, tal como o dinheiro investido ou
o seu poder de compra investido, o capital é sinônimo de ativos líquidos ou patrimônio líquido da
entidade. Lembrem que o conceito financeiro está relacionado com o valor em dinheiro do PL.
II – Verdadeiro. Manutenção do capital físico. De acordo com esse conceito, o lucro é con-
siderado auferido somente se a capacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da
entidade (ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade), no fim do perío-
do, exceder a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas quaisquer
distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período.
Entendam que a manutenção de capital está relacionada com a manutenção do valor do PL; se
o PL aumentar de um ano para o outro sem ter sido pelas atividades com os sócios, a empresa
apurou um lucro.
III – Falso. De acordo com o conceito de manutenção do capital físico, quando o capital é
definido em termos de capacidade física produtiva, o lucro representa o aumento desse capital
ao longo do período. Todas as mudanças de preços afetando ativos e passivos da entidade
são vistas, nesse conceito, como mudanças na mensuração da capacidade física produtiva da
entidade. Assim sendo, devem ser tratadas como ajustes para manutenção do capital, que são
parte do patrimônio líquido - e não como lucro.
Letra d.
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150. (CONSULPLAN/CFC/BACHAREL EM CONTABILIDADE/2018.1) De acordo com as nor-


mas vigentes no Brasil, a relevância é uma das características qualitativas obrigatoriamente
presentes nas Demonstrações Contábeis. Dentre os seus requisitos, tem-se que a relevância
auxilia o usuário da informação contábil em todos os itens a seguir, EXCETO:
a) Auxiliar na previsão de eventos futuros.
b) Fazer a diferença na tomada de decisões.
c) Ajudar na avaliação de eventos passados.
d) Demonstrar que tanto itens materiais quanto imateriais devem ser considerados.

A relevância é a informação que impacta no processo decisório do usuário, ajudando no proces-


so confirmatório e preditivo de uma informação. Ela considera a MATERIALIDADE da informação.
Não é uma finalidade da característica da relevância demonstrar que itens IMATERIAIS devem
ser considerados.
Letra d.

151. (CONSULPLAN/CFC/BACHAREL EM CONTABILIDADE/2018.1) De acordo com a NBC


TSP Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação
Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público, as características qualitativas da
informação incluída nos relatórios contábeis de propósito geral são atributos que tornam a infor-
mação útil para os usuários e dão suporte ao cumprimento dos objetivos da informação contábil.
Assinale a alternativa correta em relação a uma das características qualitativas da informação.
a) A comparabilidade se refere à utilização dos mesmos princípios ou políticas contábeis e da
mesma base de elaboração em diferentes períodos na entidade.
b) A tempestividade significa ter informação disponível para os usuários antes que ela perca
a sua capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização e tomada
de decisão.
c) A compreensibilidade implica que uma informação complexa e de difícil entendimento para
usuários com conhecimento técnico e que conhecem as atividades da entidade deve ser ex-
cluída dos relatórios contábeis de propósito geral.
d) A informação é material se a sua omissão ou distorção puder influenciar o cumprimento do
dever de prestação de contas e responsabilização, ou as decisões que os usuários tomam com
base nos relatórios contábeis de propósito geral elaborados para aquele exercício.

a) Errada. A comparabilidade possibilita, aos usuários, identificar semelhanças e diferenças


entre dois conjuntos de fenômenos - não determina o uso dos mesmos métodos e critérios.
b) Certa.
c) Errada. As informações complexas NÃO devem ser excluídas.
d) Errada. A materialidade é um atributo da RELEVÂNCIA - não é uma caraterística qualitativa.
Letra b.
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152. (CONSULPLAN/CFC/BACHAREL EM CONTABILIDADE/2018.1) As características qua-


litativas da informação contábil-financeira útil traduzem os tipos de informação requeridas e
consideradas mais úteis pelos usuários (investidores, credores por empréstimos, governo, fun-
cionários, entre outros), existentes ou em potencial, para tomada de decisões acerca da entida-
de analisada. Nesse contexto, para ser útil a informação contábil-financeira necessita ser rele-
vante e representar fidedignamente o que se propõe a representar e a utilidade da informação
contábil-financeira é melhorada se ela for comparável, verificável, tempestiva e compreensível.
De acordo com essa breve contextualização, analise as afirmativas, referentes às característi-
cas qualitativas da informação contábil útil, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

 (  ) Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade contábil-financeira retrata-


da precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.
 (  ) Tempestividade é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem
e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles.
 (  ) A verificabilidade significa que diferentes observadores, cônscios e independentes, po-
dem chegar a um consenso, embora não cheguem necessariamente a um completo
acordo.
 (  ) Os custos decorrentes da informação devem exceder os benefícios de produzi-la.

A sequência está correta em


a) V, V, V, F.
b) V, V, V, V.
c) V, F, V, F.
d) V, F, V, V.

Estão erradas a 2.ª e a 4.ª assertivas.


Na 2.ª assertiva, o erro é que é a COMPARABILIDADE a característica qualitativa que permite
que os usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles.
Na 4.ª assertiva, o erro é que os benefícios devem exceder os custos da informação; a relação
custo/benefício deve ser menor que 1.
Letra c.

153. (CONSULPLAN/CFC/BACHAREL/2019.2) As restrições aos princípios (conhecidas


também como convenções ou qualificações) representam o Complemento dos Postulados e
Princípios, no sentido de delimitar-lhes conceitos, atribuições e direções para sedimentar toda
a experiência e o bom senso da profissão no trato de problemas contábeis. A qualidade da
informação contábil, que faz com que a informação represente adequadamente as transações
e outros eventos que ela se propõe a representar, sendo necessário que essas transações e es-
ses eventos sejam contabilizados e apresentados de acordo com a sua substância e realidade
econômica, e não meramente sua forma legal é denominada:
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a) Integralidade.
b) Confiabilidade.
c) Tempestividade.
d) Primazia da essência sobre a forma.

A primazia da essência econômica sobre a forma jurídica é o arcabouço dos postulados con-
tábeis atuais. Ela determina que, para ser fidedigna, a informação deve apresentar a realidade
econômica de uma transação - e não a sua formalidade contratual.
Letra d.

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RESUMO
Meu amigo e minha amiga, nesta aula, estudamos a evolução da contabilidade e os seus
conceitos básicos, as normas do CFC, a estrutura conceitual básica e os princípios contábeis.
A seguir, apresento, objetivamente, um resumo de nossa aula, começando pelos conceitos
básicos da contabilidade.
Incialmente, vimos que a contabilidade é uma ciência social, que tem como objeto o patri-
mônio de qualquer pessoa azienda; tem como objetivo fornecer informações úteis aos usuá-
rios internos e externos – e, para conseguir isto, utiliza-se de técnicas contábeis, respeitando o
mecanismo de partidas dobradas.
Também vimos, na aula, que a Lei 6.404-76, ou Lei Societária, passou por uma série de
modificações, buscando equacionar a contabilidade nacional à contabilidade internacional,
considerando a evolução da escolas contábeis e seus conceitos.
Veja o mnemônico sobre a evolução das escolas contábeis:

Vimos, na aula, que, até 2006, as Normas Brasileiras de Contabilidade seguiam o disposto
na Lei n. 6.404, de 1976, que era embasada na escola contábil norte americana. Esta lei trazia
diversos procedimentos contábeis e instruía os profissionais sobre como a contabilidade e as
demonstrações contábeis deveriam ser elaboradas.
No entanto, 30 anos depois, houve uma grande transformação, com o advento da Lei n.
11.638, de 2007, fazendo com que a contabilidade brasileira passasse por um movimento de
adaptação ao novo cenário mundial, num processo de convergência com as normas de conta-
bilidade internacionais.
Com o advento da Lei 11.638/07, estabelece-se uma mudança de foco na legislação con-
tábil, onde o objetivo da contabilidade passa a ser a diminuição da assimetria informacional
por meio do fornecimento de informações fidedignas, tendo, como base de sustentação, os
padrões contábeis do IASB.
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No Brasil, é o CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis o órgão responsável pela


harmonização e conversão das normas internacionais. O CPC se pronuncia, e os organismos
reguladores, como é o caso do CFC – Conselho Federal de Contabilidade, emitem os norma-
tivos regulamentares.
Para ajustar nossas normas contábeis, o CFC, em 2011, apresentou a Resolução CFC 1.328,
que dispõe sobre a Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade.
A resolução trouxe uma nova estrutura para as Normas Brasileiras de Contabilidade, clas-
sificando-as em dois grupos: Profissionais (NBC-P) e Técnicas (NBC-T), sendo que as normas
brasileiras, profissionais e técnicas devem seguir os mesmos padrões de elaboração e estilo
utilizados nas normas internacionais e compreendem as normas propriamente ditas, as inter-
pretações técnicas e os comunicados técnicos.
A seguir, apresento as principais informações conceituais sobre a contabilidade, que você
deve saber:

Objeto

Axioma
Objetivo
básico

Contabilidade
Campo CIÊNCIA SOCIAL
de Finalidade
aplicação

Técnicas
Usuários contábeis

− Ciencia social: trata do relacionamento entre pessoas, que são as contas contábeis,
de forma subjetiva;
− Objeto: patrimônio – conjunto dos bens, direitos e obrigações;
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− Objetivo: fornecer informações úteis (relevantes e fidedignas) aos usuários internos


e externos;
− Finalidade: controlar o patrimônio para conseguir fornecer informações;
− Técnicas contábeis: escrituração, demonstrações contábeis, auditoria e análise das
demonstrações contábeis;
− Usuários: internos – alta administração e externos (primários e secundários) – de-
pendentes das demonstrações da empresa;
− Axioma básico: mecanismo de partidas dobradas: para toda aplicação uma origem.

Não confunda: atualmente, o objetivo da contabilidade é fornecer informações aos usuá-


rios internos e externos; contudo o objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informa-
ções ao usuários externos somente, pois os usuários internos têm informações por meio de
outros relatórios.
Quando estudamos o CPC 00 R2, vimos que ele apresenta os conceitos básicos que deve-
rão ser utilizados na elaboração das demonstrações contábeis.
Inicialmente, vimos que CPC 00 R2 não é um pronunciamento específico, ele é uma estru-
tura conceitual básica, assim, ele não prevalece sobre os outros pronunciamentos.
Também destaquei que ele apresenta os conceitos básicos que deverão ser utilizados na
elaboração das demonstrações contábeis e dos outros pronunciamentos, pois a estrutura bá-
sica é uma orientação mais genérica.
Para lembrar a parte importante da estrutura conceitual básica, fiz o seguinte resumo so-
bre os itens que ela trata:
Pronunciamento Conceitual

Objetivo das "DC"

Características
qualitativas

Definição e mensuração
dos elementos

Conceito de capital e
manutenção de capital

− Objetivo dos RCPG = Os relatórios tem por objetivo fornecer informações úteis aos
usuários externos, por meio de relatórios financeiros de propósito geral.
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Lembre-se que o objetivo da contabilidade é fornecer informações aos usuários internos e


externos; contudo o objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações ao usuários
externos somente, pois os usuários internos têm informações por meio de outros relatórios.
Veja o seguinte mnemônico sobre os usuários das informações contábeis:

Internos
Cont. Gerencial Alta administração
Relatórios próprios

Usuários das
informações
contábeis Primários
Aplicam dinheiro
Externos
Cont. financeira
Demonstrações contábeis
RCPGs
Secundários
relacionamento operacionall

⟶ Características qualitativas = são os atributos que a informação deve apresentar, de


forma que sejam úteis e complementares.
• Fundamentais – relevância (importância e materialidade) e representação fidedigna (in-
formação confiável e verdadeira).
• De melhoria – compreensibilidade, comparabilidade, tempestividade e capacidade de
verificação.

Veja o quadro abaixo:

Relevante Importante
Fundamental
Fidedigna Verdadeira

Informação
Compreensibilidade Entendível
contábil

Comparabilidade Analisável
De
Melhoria
Capacidade de Comprovável
Verificação

Tempestividade Oportuna

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− Definição dos elementos das demonstrações = elementos das DC são os grupos de


contas que irão compor as demonstrações contábeis.

São eles:
• Ativo – recurso controlado - evento passado - gerar benefício econômico futuro;
• Passivo – obrigação presente - evento passado - liquidação no futuro;
• Patrimônio líquido – resíduo patrimonial - situação líquida;
• Receita – ganho econômico - aumenta o PL - aumentando o ativo ou diminuindo o passivo;
• Despesas – perda econômica - diminui o PL - diminuindo o ativo ou aumentando o
passivo.

Recurso
Ativo
controlado

Posição
Obrigação
patrimonial e Passivo
presente
financeira

Patrimônio Resíduo
Elementos das Líquido patrimonial
"DC"

Ganho
Receitas
econômico
Desempenho
financeiro
Perda
Despesas
econômica

− Mensuração – A mensuração consiste em estabelecer, com base no preço de en-


trada, o preço de realização (saída) de um bem, conforme o benefício econômico
futuro esperado.

Segundo o CPC 00 R2, a mensuração será feita considerando o valor histórico e o valor
atual de um item do balanço patrimonial, assim, temos as seguintes bases de mensuração:
a) Custo histórico;
b) Valor atual, que pode ser: valor justo, valor em uso de ativos e valor de cumprimento de
passivos e o custo corrente.

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Custo de reposição do
Custo corrente
bem ou da dívida

Valor de realização pelo


Valor de uso
uso nas atividades

Valor futuro
Valor original Valor presente
descontado dos juros

Valor acordado entre as


Valor justo
partes

Valor para quitar uma


Valor de cumprimento
obrigação

− Conceito de capital e manutenção de capital =


• Capital = Representa o potencial econômico da empresa
◦ Capital Financeiro – é representado pelo dinheiro
◦ Capital Físico – é a capacidade produtiva

No Brasil, as demonstrações são elaboradas considerando o capital financeiro.


• Manutenção de capital – apresenta se a empresa deu lucro ou prejuízo.
◦ No capital financeiro – o lucro é o aumento do PL; excluindo as transações com os
sócios.
◦ No capital físico – o lucro é o aumento da produção; excluindo as transações com
os sócios.

Sobre os princípios contábeis, de acordo com NBCTSP, vimos que, atualmente, eles estão
incorporados nos pronunciamentos básicos, sendo que representam o núcleo central da pró-
pria contabilidade, na sua condição de ciência social, sendo a ela inerentes.
Segundo as normas do CFC revogadas, são princípios de contabilidade:

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− Entidade – determina a separação do patrimônio da entidade do patrimônio dos sócios;


− Continuidade – destaca que a vida da entidade não tem prazo para terminar, e isto
afeta a classificação dos bens e direitos dela;
− Oportunidade – determina a tempestividade dos registros contábeis, de forma que
atendam aos interesses dos usuários;
− Competência – estabelece que as transações contábeis devem ser registradas quan-
do da ocorrência do fato gerador, independentemente do recebimento da receita ou
pagamento da despesa;
− Prudência – destaca a importância do uso do conservadorismo ao estabelecer a neu-
tralidade de uma informação, principalmente no tocante aos registros das estimati-
vas para perda ou provisões para pagamentos;
− Registro pelo valor original – na contabilidade, o primeiro registro de um componente
patrimonial deve ser feito pelo seu valor original e, posteriormente, ajustado ao seu
valor atual.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FGV/AL-BA/CONTADOR/2014) Assinale a opção que indica o objeto da Contabilidade.
a) Os ativos.
b) As receitas.
c) O patrimônio.
d) As demonstrações contábeis.
e) O balanço patrimonial.

002. (FGV/AL-MT/CONTADOR/2013) Segundo o pronunciamento conceitual básico que trata


da estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro, as carac-
terísticas qualitativas de melhoria são
a) a comparabilidade e a compreensibilidade.
b) a verificabilidade e a utilidade.
c) a tempestividade e a entidade.
d) a continuidade e a oportunidade.
e) a competência e a prudência

003. (FGV/TCM-SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO CONTADOR/2015) Relatórios contábil-fi-


nanceiros de propósito geral contêm informações de possível interesse a uma ampla gama
de usuários. Tendo em vista que a Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de
Relatório Contábil-Financeiro tem como pilar a definição do objetivo da elaboração e divulga-
ção desses relatórios, interessados em informações sobre o enfoque adotado na formulação
dos pronunciamentos técnicos, das interpretações e das orientações emitidas pelo Comitê
de Pronunciamentos Contábeis podem concluir que o comitê procura atender aos desejos e
necessidades de informação:
a) de todos os possíveis usuários dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral;
b) da administração da entidade que reporta a informação;
c) de investidores existentes e em potencial, de credores por empréstimos e de outros credo-
res da entidade que reporta a informação;
d) de órgãos reguladores da entidade que reporta a informação;
e) de todos os usuários que não possam requerer que as entidades que reportam a informação
prestem a eles diretamente as informações de que necessitam.

004. (FGV/SUSAN/CONTADOR/2014) Com relação aos usuários dos relatórios contábil-fi-


nanceiros de propósito geral, são considerados usuários primários
a) os acionistas e os diretores.
b) os investidores e os credores.
c) os clientes e os fornecedores.

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d) os investidores e os funcionários.
e) os consumidores e os credores.

Com relação aos conceitos básicos da Contabilidade Geral, relacione os tópicos a seguir.
1. Objeto de estudo
2. Campo de aplicação
3. Finalidade econômica
4. Usuário Externo
5. Técnica Contábil

(  ) Escrituração
(  ) Fornecedor
 (  ) Entidade
 (  ) Resultado
 (  ) Patrimônio

005. (FGV/AL-MA/CONTADOR/2013) Assinale a alternativa que apresenta a sequência cor-


reta, de cima para baixo.
a) 1 - 3 - 2 - 4 - 5
b) 3 - 4 - 1 - 5 - 2
c) 2 - 1 - 4 - 5 - 3
d) 5 - 4 - 2 - 3 - 1
e) 1 - 2 - 4 - 3 – 5

006. (FGV/AL-RO/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) De acordo com o Pronunciamento Conceitual


Básico (R1) - Estrutura Conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil- financei-
ro, as características qualitativas da informação contábil-financeira podem ser divididas em
fundamentais e de melhoria.
Assinale a opção que indica as características qualitativas fundamentais.
a) Confiabilidade e materialidade.
b) Relevância e representação fidedigna.
c) Essência sobre a forma e neutralidade.
d) Comparabilidade e tempestividade.
e) Compreensibilidade e verificabilidade.

007. (FGV/AL-RO/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) O Pronunciamento Conceitual Básico (R1) -


Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro determina
quais são os usuários primários, para quem os relatórios contábil financeiros de propósito
geral são direcionados.
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Entre os usuários primários estão


a) o governo e as agências reguladoras.
b) os investidores e os credores por empréstimo.
c) os diretores e os administradores.
d) os clientes e os fornecedores.
e) os empregados e os consumidores.

008. (FGV/OSASCO/AUDITOR FISCAL/2014) Pelas práticas contábeis adotadas no Brasil,


um ativo só pode ser reconhecido no balanço patrimonial quando:
a) for adquirido de outra pessoa jurídica ou física com negócios no país sede da empresa
adquirente;
b) houver a transferência da posse e seu valor seja calculável com o máximo de confiabilida-
de possível;
c) houver um documento fiscal relacionado à arrecadação de tributos do Estado;
d) for provável que gere caixa e seu custo seja mensurável;
e) a transação envolver duas partes independentes com o mesmo conhecimento sobre a
negociação.

009. (FGV/MPE-AL/CONTADOR/2018) O Pronunciamento Conceitual Básico (R1) - Estrutura


Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro apresenta as carac-
terísticas qualitativas da informação contábil-financeira útil.
Assinale a opção que indica a característica qualitativa que permite que os usuários identifi-
quem e compreendam as similaridades dos itens e as diferenças entre eles.
a) Representação fidedigna.
b) Comparabilidade.
c) Verificabilidade.
d) Tempestividade.
e) Compreensibilidade.

010. (FGV/MPE-AL/CONTADOR/2018) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico


(R1) - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, as-
sinale a opção que indica o objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral.
a) Oferecer subsídio à alta administração e aos gestores da entidade, de modo que estes pau-
tem as suas decisões relacionadas ao funcionamento regular da entidade.
b) Influenciar o relacionamento de investidores, credores, fornecedores e clientes com a enti-
dade, garantindo a segurança necessária para suas transações.
c) Fazer a diferença nas decisões dos usuários, podendo ser utilizados como dados de entrada em
processos empregados para predizer futuros resultados ou para confirmar as decisões tomadas.
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d) Fornecer informações contábil-financeiras que sejam úteis para os investidores, para os


credores por empréstimos e para os outros credores, quando da tomada de decisão ligada ao
fornecimento de recursos para a entidade.
e) Garantir aos empregados e aos fornecedores da entidade que suas obrigações serão
cumpridas.

011. (FGV/SEFIN-RO/AFTE/2018) Na última versão do Pronunciamento Técnico CPC00 - Es-


trutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, a caracterís-
tica “essência sobre a forma” foi formalmente retirada da condição de componente separado
da representação fidedigna.
Assinale a opção que indica o motivo por que a “essência sobre a forma” foi retirada.
a) Sua presença, junto à representação fidedigna, foi considerada uma redundância.
b) Ela foi considerada inconsistente à característica qualitativa da neutralidade.
c) Ela foi considerada inconsistente à característica qualitativa da tempestividade.
d) As normas contábeis norte-americanas não incluem a essência sobre a forma em sua
estrutura conceitual.
e) Sua presença deixou de ser exigida nas normas internacionais.

012. (FGV/SALVADOR/CONTADOR/2017) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC


00- Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, os re-
latórios contábil-financeiros não são direcionados primariamente aos
a) órgãos reguladores.
b) investidores.
c) credores por empréstimos existentes.
d) credores por empréstimos em potencial.
e) outros credores.

013. (FGV/COMPESA/CONTADOR/2016) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Bási-


co (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro,
o Regime de Competência representa
a) um postulado contábil.
b) uma premissa subjacente da contabilidade.
c) um elemento para a definição da performance financeira da empresa.
d) uma característica qualitativa fundamental da informação contábil-financeira útil.
e) uma característica qualitativa de melhoria da informação contábil-financeira útil.

014. (FGV/COMPESA/CONTADOR/2016) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Bási-


co (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro,
a administração não precisa apoiar-se em relatórios contábeis-financeiros de propósitos ge-
rais, uma vez que
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a) necessita de informações precisas e não de estimativas que existem nesses relatórios.


b) eles não são elaborados para determinar o valor da entidade que reporta a informação.
c) é avaliada de acordo com estes relatórios.
d) é capaz de obter a informação contábil-financeira de que precisa internamente.
e) nem sempre pode requerer as informações de que necessita diretamente de outras áreas
da empresa.

015. (FGV/PGE-RO/CONTADOR/2015) De acordo com a Estrutura Conceitual para Elabora-


ção e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, o objetivo do relatório contábil-financeiro
de propósito geral é fornecer informações contábil-financeiras acerca da entidade que reporta
essa informação (reporting entity), que sejam úteis aos chamados usuários primários. É(são)
considerado(s) usuário(s) primário(s):
a) administração da entidade;
b) autoridades tributárias;
c) credores potenciais;
d) entidades sindicais;
e) órgãos reguladores.

016. (FGV/RECIFE/CONTROLE INTERNO/2014) As opções a seguir apresentam objetivos da


Contabilidade, à exceção de uma. Assinale-a.
a) A medição dos recursos que determinada entidade possui.
b) A evidenciação dos direitos e interesses de uma entidade.
c) A medição das variações ocorridas nos recursos, direitos e interesses.
d) A administração dos recursos escassos, buscando compatibilizá-la com as necessidades
da sociedade.
e) O fornecimento de um conjunto básico de informações a diferentes usuários.

017. (FGV/SEDUC-AM/CONTADOR/2014) Entre os usuários primários dos relatórios contá-


beis financeiros de propósito geral, está(ão)
a) o Governo.
b) os Administradores.
c) os Fornecedores.
d) os Consumidores.
e) os Credores por empréstimos.

018. (FGV/AL-RO/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) Assinale a opção que indica um dos objetivos


da Contabilidade e do relatório contábil-financeiro de propósito geral em relação à entidade
que reporta a informação.
a) Determinar o valor da entidade.
b) Indicar quando há evasão fiscal.
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c) Prever as receitas e as despesas nos exercícios seguintes.


d) Ajudar os acionistas a avaliar a produtividade de cada funcionário.
e) Apresentar os resultados da atuação da Administração na gestão da entidade e sua capaci-
dade na prestação de contas quanto aos recursos que lhe foram confiados.

019. (FGV/COMPESA/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) Sobre a Estrutura Conceitual para Elabo-


ração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, de acordo com o CPC 00, entre os usuá-
rios primários dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral estão
a) os investidores.
b) os administradores.
c) os funcionários.
d) os consumidores.
e) o governo.

020. (FGV/SENADO FEDERAL/CONTADOR/2008) Em relação aos interesses dos principais


usuários da informação contábil, assinale a afirmativa incorreta.
a) Os acionistas atuais da empresa têm grande interesse na sua rentabilidade atual.
b) Os investidores que podem se tornar acionistas futuros efetuam um confronto da rentabili-
dade da empresa comparando com as diversas opções existentes no mercado.
c) O governo foca na análise do fluxo de caixa da empresa para determinar o imposto a ser pago.
d) Os financiadores concentram-se na capacidade de a empresa pagar os valores dos financia-
mentos e dos juros.
e) Os empregados analisam a capacidade da empresa em efetuar o pagamento dos salários e
em sua capacidade de expansão.

021. (FGV/AL-RO/CONTADOR/2018) As demonstrações contábeis normalmente são elabo-


radas tendo como premissa que a entidade está em atividade e irá manter-se em operação por
um futuro previsível.
De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico (R1) - Estrutura Conceitual para elabora-
ção e divulgação de relatório contábil-financeiro, essa premissa é chamada de
a) continuidade.
b) entidade.
c) essência sobre a forma.
d) comparabilidade.
e) tempestividade.

022. (FGV/TJ-PI/CONTADOR/2015) Quando informações contábeis não são produzidas e di-


vulgadas de forma íntegra e tempestiva, a sua relevância pode ser prejudicada. O princípio da
contabilidade que aborda essa questão, a partir de critérios para registro de elementos quanti-
tativos e qualitativos, é:
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Alternativas
a) competência;
b) oportunidade;
c) continuidade;
d) prudência;
e) registro pelo valor original.

023. (FGV/FUNSAÚDE-CE/CONTADOR/2021) Com relação à finalidade da Estrutura Concei-


tual da Contabilidade, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 (R2) - Estrutura Con-
ceitual para Relatório Financeiro, analise as afirmativas a seguir.
I – Auxiliar o desenvolvimento das normas internacionais de contabilidade, para que tenham
base em conceitos consistentes.
II – Auxiliar os usuários a interpretar e entender os pronunciamentos técnicos.
III – Auxiliar os responsáveis pela elaboração dos relatórios financeiros a desenvolver políticas
contábeis consistentes.
São finalidades da Estrutura Conceitual da Contabilidade o que se afirma em
Alternativas
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

024. (FGV/TCE-PI/ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO/2021) Os registros de operações rea-


lizadas em uma empresa têm o objetivo de gerar informações úteis para a gestão organizacio-
nal. Embora seja fornecida uma diversidade de informações nos relatórios contábeis, o objeto
da contabilidade é o:
Alternativas
a) controle de receitas e despesas;
b) fluxo de caixa das entidades;
c) lucro das entidades;
d) patrimônio das entidades;
e) valor de mercado das entidades.

025. (FGV/FUNSAÚDE-CE/CONTADOR/2021) Os recursos econômicos presentes controla-


dos por uma entidade como resultado de eventos passados são denominados
Alternativas
a) ativos.
b) passivos.
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c) receitas.
d) despesas.
e) reservas.

026. (FGV/SEFAZ-ES/AFRE/2021) Relacione as características qualitativas de melhoria de


informações financeiras úteis às suas respectivas explicações.
1. Comparabilidade
2. Capacidade de verificação
3. Tempestividade
4. Compreensibilidade

(  ) permite aos usuários identificar e compreender similaridades e diferenças entre itens.
(  ) implica em classificar, caracterizar e apresentar informações de modo claro e conciso.
 (  ) significa disponibilizar informações aos tomadores de decisões a tempo para que se-
jam capazes de influenciar suas decisões.
 (  ) ajuda a garantir aos usuários que as informações representem de forma fidedigna os
fenômenos econômicos que pretendem representar

Assinale a opção que apresenta, segundo a ordem apresentada, a relação correta.


Alternativas
a) 4 – 2 – 3 – 1.
b) 4 – 3 – 2 – 1.
c) 1 – 2 – 3 – 4.
d) 1 – 4 – 3 – 2.
e) 2 – 4 – 1 – 3.

027. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, as informações financeiras relevantes são ca-
pazes de fazer diferença nas decisões tomadas pelos usuários e podem ter valor preditivo. Em
relação às informações financeiras relevantes com valor preditivo, assinale a afirmativa correta.
a) Confirmam ou alteram avaliações anteriores.
b) Devem servir como prognóstico aos usuários.
c) São empregadas pelos usuários para fazer suas próprias previsões.
d) São utilizadas em processos empregados pelos usuários para analisar resultados passados
e) Representam uma novidade aos usuários, sendo que eles não teriam conhecimento delas a
partir de outras fontes.

028. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, assinale a opção que apresenta uma restrição
generalizada sobre as informações que podem ser fornecidas em relatório financeiro.
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a) O tempo.
b) O custo.
c) A subjetividade.
d) Os recursos limitados.
e) A quantidade de normas.

029. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, a compreensibilidade é uma das características
qualitativas de melhoria de informações financeiras úteis. Em relação às implicações da carac-
terística qualitativa da compreensibilidade, assinale a afirmativa correta.
a) Os usuários devem poder identificar e compreender similaridades e diferenças entre itens.
b) Os fenômenos complexos e de difícil compreensão devem ser excluídos dos relatórios
financeiros.
c) As informações devem ser disponibilizadas aos tomadores de decisões a tempo para que
sejam capazes de influenciar suas decisões.
d) As informações devem ser evidenciadas de modo que os usuários não precisem buscar o
auxílio de consultores para compreender os relatórios financeiros.
e) Os relatórios financeiros devem ser elaborados para usuários que têm conhecimento ra-
zoável das atividades comerciais e econômicas e que revisam e analisam as informações de
modo diligente.

030. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) O valor contábil do patrimônio líquido de uma entidade


equivale ao
a) valor disponibilizado pelos sócios da entidade.
b) valor de mercado total de direitos sobre o patrimônio na entidade.
c) valor contábil de todos os ativos reconhecidos menos o valor contábil de todos os passivos
reconhecidos.
d) valor que poderia ser levantado, vendendo todos os ativos da entidade e liquidando todos
os seus passivos.
e) valor que poderia ser levantado, vendendo a entidade como um todo em regime de continui-
dade operacional.

031. (FGV/PC-RN/AGENTE/2021) A referência à riqueza líquida de uma entidade pode ser


associada:
Alternativas
a) à sua capacidade de liquidez imediata;
b) ao montante de ativos realizáveis no exercício financeiro;
c) aos valores liquidados com capital próprio;
d) ao montante dos ativos deduzido dos passivos;
e) ao capital social liquidado pelos proprietários.
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032. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, a representação fidedigna é uma das caracte-
rísticas qualitativas fundamentais de informações financeiras úteis.
Para ser fidedigna, a representação deve ser
Alternativas
a) relevante, completa e tempestiva.
b) neutra, verificável e comparável.
c) relevante, verificável e isenta de erros.
d) completa, neutra e isenta de erros.
e) comparável, tempestiva e relevante.

033. (FGV/TJ-TO/CONTADOR/2022) Um dos objetivos da convergência da contabilidade apli-


cada ao setor público às práticas internacionais é aperfeiçoar a utilidade da informação para
os diversos usuários.
Um dos atributos da informação contábil útil é a representação fidedigna, que tem como
característica:
Alternativas
a) adotar a primazia da essência sobre a forma;
b) retratar efetivamente o fenômeno sem neutralidade;
c) servir de suporte à análise qualitativa das informações;
d) ter capacidade de influenciar a tomada de decisões;
e) ter valor confirmatório e valor preditivo.

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GABARITO
1. c
2. a
3. c
4. b
5. d
6. b
7. b
8. d
9. b
10. d
11. a
12. a
13. c
14. d
15. c
16. d
17. e
18. e
19. a
20. c
21. a
22. b
23. e
24. d
25. a
26. d
27. c
28. e
29. e
30. c
31. d
32. d
33. a

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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/AL-BA/CONTADOR/2014) Assinale a opção que indica o objeto da Contabilidade.
a) Os ativos.
b) As receitas.
c) O patrimônio.
d) As demonstrações contábeis.
e) O balanço patrimonial.

O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades.


O patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações.
Letra c.

002. (FGV/AL-MT/CONTADOR/2013) Segundo o pronunciamento conceitual básico que trata


da estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro, as carac-
terísticas qualitativas de melhoria são
a) a comparabilidade e a compreensibilidade.
b) a verificabilidade e a utilidade.
c) a tempestividade e a entidade.
d) a continuidade e a oportunidade.
e) a competência e a prudência

As características qualitativas da informação contábil-financeira são divididas em:


a)características qualitativas fundamentais – relevância e representação fidedigna, as
mais críticas;
b)características qualitativas de melhoria – comparabilidade, capacidade de verificação (verifi-
cabilidade), tempestividade e compreensibilidade, menos críticas, mas, ainda assim, altamen-
te desejáveis.
As características qualitativas, além de melhorarem a utilidade da informação que é relevante
e que é representada com fidedignidade, podem auxiliar a determinar qual de duas alternativas
que sejam consideradas equivalentes em termos de relevância e fidedignidade de representa-
ção deve ser usada para retratar um fenômeno.
Letra a.

003. (FGV/TCM-SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO CONTADOR/2015) Relatórios contábil-fi-


nanceiros de propósito geral contêm informações de possível interesse a uma ampla gama
de usuários. Tendo em vista que a Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de
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Relatório Contábil-Financeiro tem como pilar a definição do objetivo da elaboração e divulga-


ção desses relatórios, interessados em informações sobre o enfoque adotado na formulação
dos pronunciamentos técnicos, das interpretações e das orientações emitidas pelo Comitê
de Pronunciamentos Contábeis podem concluir que o comitê procura atender aos desejos e
necessidades de informação:
a) de todos os possíveis usuários dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral;
b) da administração da entidade que reporta a informação;
c) de investidores existentes e em potencial, de credores por empréstimos e de outros credo-
res da entidade que reporta a informação;
d) de órgãos reguladores da entidade que reporta a informação;
e) de todos os usuários que não possam requerer que as entidades que reportam a informação
prestem a eles diretamente as informações de que necessitam.

A questão trata do objetivo da elaboração das demonstrações contábeis (relatórios contábil-


-financeiros).
Conforme determinação do CPC (comitê de pronunciamento contábil), os relatórios financei-
ros são elaborados para atender aos usuários externos, de forma primária aos investidores
atuais, potenciais e os credores por empréstimos.
Na sua essência, as demonstrações têm por objetivo atender as necessidades do mercado de
capital, controlado pela CVM (comissão de valores mobiliários).
De forma secundária, há o atendimento aos outros usuários, como fornecedores, clientes, go-
vernos, sindicatos e sociedade onde a empresa estiver inserida.
Letra c.

004. (FGV/SUSAN/CONTADOR/2014) Com relação aos usuários dos relatórios contábil-fi-


nanceiros de propósito geral, são considerados usuários primários
a) os acionistas e os diretores.
b) os investidores e os credores.
c) os clientes e os fornecedores.
d) os investidores e os funcionários.
e) os consumidores e os credores.

Os usuários das informações contábeis são internos e externos, contudo as demonstrações


contábeis são direcionadas aos usuários externos, especialmente aos usuários primários.
Os usuários primários são aqueles que aplicam dinheiro na empresa, representados pelos in-
vestidores tanto atuais quanto potenciais e os credores por empréstimos.
Letra b.

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Com relação aos conceitos básicos da Contabilidade Geral, relacione os tópicos a seguir.
1. Objeto de estudo
2. Campo de aplicação
3. Finalidade econômica
4. Usuário Externo
5. Técnica Contábil

 (  ) Escrituração
 (  ) Fornecedor
 (  ) Entidade
 (  ) Resultado
 (  ) Patrimônio

005. (FGV/AL-MA/CONTADOR/2013) Assinale a alternativa que apresenta a sequência cor-


reta, de cima para baixo.
a) 1 - 3 - 2 - 4 - 5
b) 3 - 4 - 1 - 5 - 2
c) 2 - 1 - 4 - 5 - 3
d) 5 - 4 - 2 - 3 - 1
e) 1 - 2 - 4 - 3 – 5

A classificação correta é a seguinte ordem:


5. Técnica Contábil – Escrituração;
4. Usuário Externo – Fornecedor;
2. Campo de aplicação – Entidade;
3. Finalidade econômica – Apurar o resultado;
1. Objeto de estudo – Patrimônio.
Letra d.

006. (FGV/AL-RO/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) De acordo com o Pronunciamento Conceitual


Básico (R1) - Estrutura Conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil- financei-
ro, as características qualitativas da informação contábil-financeira podem ser divididas em
fundamentais e de melhoria.
Assinale a opção que indica as características qualitativas fundamentais.
a) Confiabilidade e materialidade.
b) Relevância e representação fidedigna.
c) Essência sobre a forma e neutralidade.
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d) Comparabilidade e tempestividade.
e) Compreensibilidade e verificabilidade.

As características qualitativas da informação contábil-financeira são divididas em:


a)características qualitativas fundamentais – relevância e representação fidedigna, as
mais críticas;
b)características qualitativas de melhoria – comparabilidade, capacidade de verificação (ve-
rificabilidade), tempestividade e compreensibilidade, menos críticas, mas, ainda assim, alta-
mente desejáveis.
As características qualitativas, além de melhorarem a utilidade da informação que é relevante
e que é representada com fidedignidade, podem auxiliar a determinar qual de duas alternativas
que sejam consideradas equivalentes em termos de relevância e fidedignidade de representa-
ção deve ser usada para retratar um fenômeno.
Letra b.

007. (FGV/AL-RO/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) O Pronunciamento Conceitual Básico (R1) -


Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro determina
quais são os usuários primários, para quem os relatórios contábil financeiros de propósito
geral são direcionados.
Entre os usuários primários estão
a) o governo e as agências reguladoras.
b) os investidores e os credores por empréstimo.
c) os diretores e os administradores.
d) os clientes e os fornecedores.
e) os empregados e os consumidores.

Os usuários das informações apresentadas pela empresa são internos e externos. As demons-
trações são orientadas aos usuários externos, que são divididos em primários e secundários.
O CPC estabelece que o objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é fornecer
informações que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por emprésti-
mos e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos para a
entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações em instrumentos
patrimoniais e em instrumentos de dívida, a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras
formas de crédito.
Estes usuários não podem requerer que as entidades prestem a eles, diretamente, as informa-
ções de que necessitam, devendo, desse modo, confiar nos relatórios contábil-financeiros de
propósito geral, para grande parte da informação contábil-financeira que buscam. Consequen-
temente, eles são os usuários primários, para quem relatórios contábil-financeiros de propósi-
to geral são direcionados.
Letra b.
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008. (FGV/OSASCO/AUDITOR FISCAL/2014) Pelas práticas contábeis adotadas no Brasil,


um ativo só pode ser reconhecido no balanço patrimonial quando:
a) for adquirido de outra pessoa jurídica ou física com negócios no país sede da empresa
adquirente;
b) houver a transferência da posse e seu valor seja calculável com o máximo de confiabilida-
de possível;
c) houver um documento fiscal relacionado à arrecadação de tributos do Estado;
d) for provável que gere caixa e seu custo seja mensurável;
e) a transação envolver duas partes independentes com o mesmo conhecimento sobre a
negociação.

Na contabilidade, reconhecimento é o processo que consiste na incorporação, ao balanço pa-


trimonial, de item que se enquadre na definição de ativo, passivo ou PL e que satisfaça os
seguintes critérios:
• for provável que algum benefício econômico futuro associado ao item flua para a enti-
dade, ou seja, o ativo deve dar um retorno financeiro ou flua da entidade, o passivo exige
um pagamento;
• o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade.
Letra d.

009. (FGV/MPE-AL/CONTADOR/2018) O Pronunciamento Conceitual Básico (R1) - Estrutura


Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro apresenta as carac-
terísticas qualitativas da informação contábil-financeira útil.
Assinale a opção que indica a característica qualitativa que permite que os usuários identifi-
quem e compreendam as similaridades dos itens e as diferenças entre eles.
a) Representação fidedigna.
b) Comparabilidade.
c) Verificabilidade.
d) Tempestividade.
e) Compreensibilidade.

Dentro das características de melhoria, a COMPARABILIDADE permite que os usuários identi-


fiquem e compreendam as similaridades dos itens e as diferenças entre eles, sempre com, no
mínimo, dois dados, para conseguir efetuar a comparação.
Letra b.

010. (FGV/MPE-AL/CONTADOR/2018) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico


(R1) - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, as-
sinale a opção que indica o objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral.
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a) Oferecer subsídio à alta administração e aos gestores da entidade, de modo que estes pau-
tem as suas decisões relacionadas ao funcionamento regular da entidade.
b) Influenciar o relacionamento de investidores, credores, fornecedores e clientes com a enti-
dade, garantindo a segurança necessária para suas transações.
c) Fazer a diferença nas decisões dos usuários, podendo ser utilizados como dados de entrada em
processos empregados para predizer futuros resultados ou para confirmar as decisões tomadas.
d) Fornecer informações contábil-financeiras que sejam úteis para os investidores, para os
credores por empréstimos e para os outros credores, quando da tomada de decisão ligada ao
fornecimento de recursos para a entidade.
e) Garantir aos empregados e aos fornecedores da entidade que suas obrigações serão
cumpridas.

O objetivo dos relatórios financeiros, ou seja, das demonstrações contábeis, é fornecer infor-
mações aos usuários externos, principalmente aos que aplicam dinheiro na empresa, de forma
que consiga atender aos seus anseios, no tocante à tomada de decisão sobre como e onde é
melhor investir.
Letra d.

011. (FGV/SEFIN-RO/AFTE/2018) Na última versão do Pronunciamento Técnico CPC00 - Es-


trutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, a caracterís-
tica “essência sobre a forma” foi formalmente retirada da condição de componente separado
da representação fidedigna.
Assinale a opção que indica o motivo por que a “essência sobre a forma” foi retirada.
a) Sua presença, junto à representação fidedigna, foi considerada uma redundância.
b) Ela foi considerada inconsistente à característica qualitativa da neutralidade.
c) Ela foi considerada inconsistente à característica qualitativa da tempestividade.
d) As normas contábeis norte-americanas não incluem a essência sobre a forma em sua es-
trutura conceitual.
e) Sua presença deixou de ser exigida nas normas internacionais.

A essência econômica sobre a forma jurídica determina que os ativos deverão ser registrados
na empresa que tiver o controle sobre os benefícios e riscos com a sua utilização, independen-
temente da propriedade. É o controle sobre a propriedade.
Um exemplo é o arrendamento mercantil financeiro; a empresa arrendatária que “aluga” o bem
tem o controle sobre ele, mas a propriedade é da financeira arrendadora que está fornecendo
o bem para o arrendatário.
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A essência econômica sobre a forma jurídica foi retirada de componente da representação


fidedigna por ser redundante a sua inclusão, assim, a primazia passou a ser uma verdade para
a contabilidade, um axioma que deverá ser aplicado em todas as análises patrimoniais.
Letra a.

012. (FGV/SALVADOR/CONTADOR/2017) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC


00- Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, os re-
latórios contábil-financeiros não são direcionados primariamente aos
a) órgãos reguladores.
b) investidores.
c) credores por empréstimos existentes.
d) credores por empréstimos em potencial.
e) outros credores.

Os relatórios financeiros são fornecidos aos usuários externos, especialmente aos usuários
externos primários, que são os investidores existentes e em potencial, ou seja, as pessoas que
aplicam dinheiro na empresa.
Os órgãos reguladores, como o Bacen, a CVM, a ANAC, etc., são usuários externos secundários.
Letra a.

013. (FGV/COMPESA/CONTADOR/2016) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Bási-


co (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro,
o Regime de Competência representa
a) um postulado contábil.
b) uma premissa subjacente da contabilidade.
c) um elemento para a definição da performance financeira da empresa.
d) uma característica qualitativa fundamental da informação contábil-financeira útil.
e) uma característica qualitativa de melhoria da informação contábil-financeira útil.

O regime de competência é o método utilizado pela contabilidade para registrar as receitas e


despesas e, por consequência, apurar o resultado (performance) da empresa.
Neste regime, as receitas e despesas são registradas quando ocorrer o seu fato gerador, inde-
pendentemente de ter entrado ou saído dinheiro.
Letra c.

014. (FGV/COMPESA/CONTADOR/2016) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Bási-


co (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro,
a administração não precisa apoiar-se em relatórios contábeis-financeiros de propósitos ge-
rais, uma vez que
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a) necessita de informações precisas e não de estimativas que existem nesses relatórios.


b) eles não são elaborados para determinar o valor da entidade que reporta a informação.
c) é avaliada de acordo com estes relatórios.
d) é capaz de obter a informação contábil-financeira de que precisa internamente.
e) nem sempre pode requerer as informações de que necessita diretamente de outras áreas
da empresa.

Os usuários das informações contábeis são internos e externos; os usuários externos dependem
das informações apresentadas nos relatórios, eles não têm acesso tempestivo às informações,
são os que aplicam dinheiro na empresa e têm relações comerciais e de fiscalização com ela.
Já a administração, que representa os usuários internos, tem acesso tempestivo às informa-
ções, ela não precisa esperar a divulgação das demonstrações para ter uma informação, pois
pode obtê-la internamente, sempre que necessário.
Letra d.

015. (FGV/PGE-RO/CONTADOR/2015) De acordo com a Estrutura Conceitual para Elabora-


ção e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, o objetivo do relatório contábil-financeiro
de propósito geral é fornecer informações contábil-financeiras acerca da entidade que reporta
essa informação (reporting entity), que sejam úteis aos chamados usuários primários. É(são)
considerado(s) usuário(s) primário(s):
a) administração da entidade;
b) autoridades tributárias;
c) credores potenciais;
d) entidades sindicais;
e) órgãos reguladores.

Os usuários externos primários são as pessoas que aplicam dinheiro na empresa, como os
investidores existentes e em potencial e os credores financeiros existentes e potenciais.
Letra c.

016. (FGV/RECIFE/CONTROLE INTERNO/2014) As opções a seguir apresentam objetivos da


Contabilidade, à exceção de uma. Assinale-a.
a) A medição dos recursos que determinada entidade possui.
b) A evidenciação dos direitos e interesses de uma entidade.
c) A medição das variações ocorridas nos recursos, direitos e interesses.
d) A administração dos recursos escassos, buscando compatibilizá-la com as necessidades
da sociedade.
e) O fornecimento de um conjunto básico de informações a diferentes usuários.
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O objetivo primário da contabilidade é o de fornecer informações para que os usuários internos


e externos consigam planejar suas atividades, controlar o seu patrimônio e tomar as decisões
corretas sobre seus investimentos.
Nas assertivas apresentadas, a que menos tem relação com a necessidade de informações
contábeis é a administração dos recursos escassos, isto é uma atividade financeira econômi-
ca na prática. A empresa usa as informações para medir os recursos que possui; a partir daí,
parte para a administração financeira em si.
Letra d.

017. (FGV/SEDUC-AM/CONTADOR/2014) Entre os usuários primários dos relatórios contá-


beis financeiros de propósito geral, está(ão)
a) o Governo.
b) os Administradores.
c) os Fornecedores.
d) os Consumidores.
e) os Credores por empréstimos.

Os usuários externos primários são os que aplicam dinheiro na empresa, como os investidores,
existentes e em potencial, e os credores financeiros, existentes e em potencial.
Letra e.

018. (FGV/AL-RO/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) Assinale a opção que indica um dos objetivos


da Contabilidade e do relatório contábil-financeiro de propósito geral em relação à entidade
que reporta a informação.
a) Determinar o valor da entidade.
b) Indicar quando há evasão fiscal.
c) Prever as receitas e as despesas nos exercícios seguintes.
d) Ajudar os acionistas a avaliar a produtividade de cada funcionário.
e) Apresentar os resultados da atuação da Administração na gestão da entidade e sua capaci-
dade na prestação de contas quanto aos recursos que lhe foram confiados.

O objetivo da contabilidade é apresentar informações úteis aos usuários, especialmente aos


externos. O instrumento utilizado para fornecer estas informações são os relatórios de propó-
sito geral, ou seja, as demonstrações contábeis.
Dentre os objetivos no fornecimento das informações, está atender à necessidade de os usu-
ários avaliarem a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido
conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas.
Letra e.
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019. (FGV/COMPESA/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) Sobre a Estrutura Conceitual para Elabo-


ração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, de acordo com o CPC 00, entre os usuá-
rios primários dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral estão
a) os investidores.
b) os administradores.
c) os funcionários.
d) os consumidores.
e) o governo.

Os usuários das informações apresentadas pela empresa são internos e externos. As demons-
trações são orientadas aos usuários externos, que são divididos em primários e secundários.
O CPC estabelece que o objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é fornecer
informações que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por emprés-
timos e a outros credores, quando da tomada de decisão ligada ao fornecimento de recursos
para a entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações em instru-
mentos patrimoniais e em instrumentos de dívida e a oferecer ou disponibilizar empréstimos
ou outras formas de crédito.
Estes usuários não podem requerer que as entidades prestem a eles, diretamente, as informa-
ções de que necessitam, devendo, desse modo, confiar nos relatórios contábil-financeiros de
propósito geral, para grande parte da informação contábil-financeira que buscam. Consequen-
temente, eles são os usuários primários para quem relatórios contábil-financeiros de propósito
geral são direcionados.
Letra a.

020. (FGV/SENADO FEDERAL/CONTADOR/2008) Em relação aos interesses dos principais


usuários da informação contábil, assinale a afirmativa incorreta.
a) Os acionistas atuais da empresa têm grande interesse na sua rentabilidade atual.
b) Os investidores que podem se tornar acionistas futuros efetuam um confronto da rentabili-
dade da empresa comparando com as diversas opções existentes no mercado.
c) O governo foca na análise do fluxo de caixa da empresa para determinar o imposto a ser pago.
d) Os financiadores concentram-se na capacidade de a empresa pagar os valores dos financia-
mentos e dos juros.
e) Os empregados analisam a capacidade da empresa em efetuar o pagamento dos salários e
em sua capacidade de expansão.

O governo, como usuário externo secundário, foca no resultado econômico do exercício para
avaliar a política tributária da empresa quanto aos impostos que foram e deverão ser pagos.
Letra c.
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021. (FGV/AL-RO/CONTADOR/2018) As demonstrações contábeis normalmente são elabo-


radas tendo como premissa que a entidade está em atividade e irá manter-se em operação por
um futuro previsível.
De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico (R1) - Estrutura Conceitual para elabora-
ção e divulgação de relatório contábil-financeiro, essa premissa é chamada de
a) continuidade.
b) entidade.
c) essência sobre a forma.
d) comparabilidade.
e) tempestividade.

O CPC 00 estabelece que as demonstrações contábeis são, normalmente, elaboradas com


base na suposição de que a entidade que reporta está em CONTINUIDADE operacional e conti-
nuará em operação no futuro previsível. Assim, presume-se que a entidade não tem a intenção
nem a necessidade de entrar em liquidação ou deixar de negociar.
Letra a.

022. (FGV/TJ-PI/CONTADOR/2015) Quando informações contábeis não são produzidas e di-


vulgadas de forma íntegra e tempestiva, a sua relevância pode ser prejudicada. O princípio da
contabilidade que aborda essa questão, a partir de critérios para registro de elementos quanti-
tativos e qualitativos, é:
Alternativas
a) competência;
b) oportunidade;
c) continuidade;
d) prudência;
e) registro pelo valor original.

O princípio da oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos com-


ponentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas; pois a falta de inte-
gridade e tempestividade na produção e na divulgação de informação contábil pode ocasionar
a perda de sua relevância - por isso, é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a
confiabilidade da informação.
Letra b.

023. (FGV/FUNSAÚDE-CE/CONTADOR/2021) Com relação à finalidade da Estrutura Concei-


tual da Contabilidade, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 (R2) - Estrutura Con-
ceitual para Relatório Financeiro, analise as afirmativas a seguir.
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I – Auxiliar o desenvolvimento das normas internacionais de contabilidade, para que tenham


base em conceitos consistentes.
II – Auxiliar os usuários a interpretar e entender os pronunciamentos técnicos.
III – Auxiliar os responsáveis pela elaboração dos relatórios financeiros a desenvolver políticas
contábeis consistentes.
São finalidades da Estrutura Conceitual da Contabilidade o que se afirma em
Alternativas
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

Segundo o CPC 00 R2, a finalidade da estrutura conceitual é:

a) auxiliar o desenvolvimento das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) para que tenham
base em conceitos consistentes;
b) auxiliar os responsáveis pela elaboração (preparadores) dos relatórios financeiros a desenvolver
políticas contábeis consistentes quando nenhum pronunciamento se aplica à determinada transa-
ção ou outro evento, ou quando o pronunciamento permite uma escolha de política contábil;
c) auxiliar todas as partes a entender e interpretar os Pronunciamentos.

Todas as assertivas estão corretas.


Letra e.

024. (FGV/TCE-PI/ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO/2021) Os registros de operações rea-


lizadas em uma empresa têm o objetivo de gerar informações úteis para a gestão organizacio-
nal. Embora seja fornecida uma diversidade de informações nos relatórios contábeis, o objeto
da contabilidade é o:
Alternativas
a) controle de receitas e despesas;
b) fluxo de caixa das entidades;
c) lucro das entidades;
d) patrimônio das entidades;
e) valor de mercado das entidades.

O objeto da contabilidade é o PATRIMÔNIO das entidades, e o objetivo é o fornecimento de


informações úteis.
Letra d.
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025. (FGV/FUNSAÚDE-CE/CONTADOR/2021) Os recursos econômicos presentes controla-


dos por uma entidade como resultado de eventos passados são denominados
Alternativas
a) ativos.
b) passivos.
c) receitas.
d) despesas.
e) reservas.

Vimos que o ATIVO é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resulta-
do de eventos passados. Sendo que um recurso econômico é um direito que tem o potencial
de produzir benefícios econômicos para a entidade.
Letra a.

026. (FGV/SEFAZ-ES/AFRE/2021) Relacione as características qualitativas de melhoria de


informações financeiras úteis às suas respectivas explicações.
1. Comparabilidade
2. Capacidade de verificação
3. Tempestividade
4. Compreensibilidade

(  ) permite aos usuários identificar e compreender similaridades e diferenças entre itens.
(  ) implica em classificar, caracterizar e apresentar informações de modo claro e conciso.
 (  ) significa disponibilizar informações aos tomadores de decisões a tempo para que se-
jam capazes de influenciar suas decisões.
 (  ) ajuda a garantir aos usuários que as informações representem de forma fidedigna os
fenômenos econômicos que pretendem representar

Assinale a opção que apresenta, segundo a ordem apresentada, a relação correta.


Alternativas
a) 4 – 2 – 3 – 1.
b) 4 – 3 – 2 – 1.
c) 1 – 2 – 3 – 4.
d) 1 – 4 – 3 – 2.
e) 2 – 4 – 1 – 3.

1. Comparabilidade permite aos usuários identificar e compreender similaridades e diferenças


entre itens.
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4. Compreensibilidade implica em classificar, caracterizar e apresentar informações de modo


claro e conciso.
3. Tempestividade significa disponibilizar informações aos tomadores de decisões a tempo
para que sejam capazes de influenciar suas decisões.
2. Capacidade de verificação ajuda a garantir aos usuários que as informações representem de
forma fidedigna os fenômenos econômicos que pretendem representar
Letra d.

027. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, as informações financeiras relevantes são ca-
pazes de fazer diferença nas decisões tomadas pelos usuários e podem ter valor preditivo. Em
relação às informações financeiras relevantes com valor preditivo, assinale a afirmativa correta.
a) Confirmam ou alteram avaliações anteriores.
b) Devem servir como prognóstico aos usuários.
c) São empregadas pelos usuários para fazer suas próprias previsões.
d) São utilizadas em processos empregados pelos usuários para analisar resultados passados
e) Representam uma novidade aos usuários, sendo que eles não teriam conhecimento delas a
partir de outras fontes.

O valor preditivo de uma informação está relacionado com a condição de que ela irá servir de
direcionador nas decisões que serão tomadas pelos usuários, ou seja, os usuários irão fazer
as suas próprias previsões com relação ao futuro.
Não esqueça que o valor confirmatório da informação tem relação com o passado, e o valor
preditivo com o futuro - por isto, devem ser analisadas em conjunto, de forma inter-relaciona-
das, pois a capacidade de fazer predições é efetivada a partir do momento da possibilidade de
confirmar as predições feitas anteriormente.
Letra c.

028. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, assinale a opção que apresenta uma restrição
generalizada sobre as informações que podem ser fornecidas em relatório financeiro.
a) O tempo.
b) O custo.
c) A subjetividade.
d) Os recursos limitados.
e) A quantidade de normas.

Com relação às restrições, o CPC estabelece que o CUSTO DA INFORMAÇÃO é uma restrição
generalizada sobre as informações que podem ser fornecidas pelo relatório financeiro.
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O relatório de informações financeiras impõe custos, e é importante que esses custos sejam
justificados pelos benefícios de apresentar essas informações.
Assim, o gestor deverá sempre avaliar a relação custo benefício do fornecimento da informa-
ção aos usuários.
Letra e.

029. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, a compreensibilidade é uma das características
qualitativas de melhoria de informações financeiras úteis. Em relação às implicações da carac-
terística qualitativa da compreensibilidade, assinale a afirmativa correta.
a) Os usuários devem poder identificar e compreender similaridades e diferenças entre itens.
b) Os fenômenos complexos e de difícil compreensão devem ser excluídos dos relatórios
financeiros.
c) As informações devem ser disponibilizadas aos tomadores de decisões a tempo para que
sejam capazes de influenciar suas decisões.
d) As informações devem ser evidenciadas de modo que os usuários não precisem buscar o
auxílio de consultores para compreender os relatórios financeiros.
e) Os relatórios financeiros devem ser elaborados para usuários que têm conhecimento ra-
zoável das atividades comerciais e econômicas e que revisam e analisam as informações de
modo diligente.

A compreensibilidade é uma das características que ajudam o usuário a assimilar o significado


das informações. Assim, classificar, mensurar e apresentar a informação com clareza e conci-
são torna-a compreensível.
A compreensibilidade presume que o usuário disponha de conhecimentos de Contabilidade
e dos negócios e atividades da entidade, em nível que o habilite ao entendimento das infor-
mações colocadas à sua disposição, desde que se proponha analisá-las, pelo tempo e com
a profundidade necessários, sendo que uma eventual dificuldade de entendimento suficiente
das informações contábeis por algum usuário jamais será motivo para a sua não-divulgação.
Letra e.

030. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) O valor contábil do patrimônio líquido de uma entidade


equivale ao
a) valor disponibilizado pelos sócios da entidade.
b) valor de mercado total de direitos sobre o patrimônio na entidade.
c) valor contábil de todos os ativos reconhecidos menos o valor contábil de todos os passivos
reconhecidos.
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d) valor que poderia ser levantado, vendendo todos os ativos da entidade e liquidando todos
os seus passivos.
e) valor que poderia ser levantado, vendendo a entidade como um todo em regime de continui-
dade operacional.

O valor patrimonial de uma empresa é apresentado pelo valor do patrimônio líquido.


Considerando a equação patrimonial, o PL é encontrado da seguinte forma:
PL = ativo - passivo
Letra c.

031. (FGV/PC-RN/AGENTE/2021) A referência à riqueza líquida de uma entidade pode ser


associada:
Alternativas
a) à sua capacidade de liquidez imediata;
b) ao montante de ativos realizáveis no exercício financeiro;
c) aos valores liquidados com capital próprio;
d) ao montante dos ativos deduzido dos passivos;
e) ao capital social liquidado pelos proprietários.

A riqueza líquida de uma empresa está no seu patrimônio líquido e é representada pela equa-
ção: ativo - o passivo.
Letra d.

032. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, a representação fidedigna é uma das caracte-
rísticas qualitativas fundamentais de informações financeiras úteis.
Para ser fidedigna, a representação deve ser
Alternativas
a) relevante, completa e tempestiva.
b) neutra, verificável e comparável.
c) relevante, verificável e isenta de erros.
d) completa, neutra e isenta de erros.
e) comparável, tempestiva e relevante.

A representação fidedigna é alcançada quando a representação do fenômeno é completa, neu-


tra e livre de erro material.
Letra d.
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033. (FGV/TJ-TO/CONTADOR/2022) Um dos objetivos da convergência da contabilidade apli-


cada ao setor público às práticas internacionais é aperfeiçoar a utilidade da informação para
os diversos usuários.
Um dos atributos da informação contábil útil é a representação fidedigna, que tem como ca-
racterística:
Alternativas
a) adotar a primazia da essência sobre a forma;
b) retratar efetivamente o fenômeno sem neutralidade;
c) servir de suporte à análise qualitativa das informações;
d) ter capacidade de influenciar a tomada de decisões;
e) ter valor confirmatório e valor preditivo.

A representação fidedigna busca apresentar a informação considerando o retorno econômico


do fato, independentemente da sua formalidade jurídica, pois a informação deve ser completa.
Assim, a representação fidedigna adota a primazia da essência econômica sobre a formalida-
de jurídica.
Letra a.

Claudio Zorzo
Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Análise Gerencial, Docência para Nível Superior,
Auditoria e Perícia Contábil. É ex-servidor público do Executivo Federal – Ministério do Exército e ex-
servidor público do Legislativo Federal – Assessor Parlamentar. Atualmente, é professor de Contabilidade
e Auditoria Pública e Privada.

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