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LIVRO DIGITAL

Gabriel Rabelo

Contabilidade, Gestão e Tributação

Princípios de Empreendedorismo e
Gestão

João Victhor Adler Madeira - adler.invest8@gmail.com - CPF: 018.351.373-85


Princípios de Empreendedorismo e Gestão
Gabriel Rabelo - Especialista

IDENTIFICAÇÃO

CONTEÚDO

Gabriel Rabelo

Gabriel Rabelo, sou fundador do Contabilidade Facilitada Educacional e sócio do


Contabilidade Facilitada Assessoria Contábil. Durante muitos anos, fui Auditor
Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro e, anteriormente, fui
Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado do Espírito Santo. Já escrevi um
livro de Contabilidade, chamado Contabilidade Avançada Facilitada para Concursos
e ministro aula de contabilidade desde 2009.

PRODUÇÃO E-BOOK

Juliana Gualberto – Especialista Contábil

DESIGNER/ DIAGRAMAÇÃO

Diogo Assunção - Coordenador Visual

COORDENAÇÃO DO E-BOOK

Mariana Pimentel – Especialista Contábil

João Victhor Adler Madeira - adler.invest8@gmail.com - CPF: 018.351.373-85


Princípios de Empreendedorismo e Gestão
Gabriel Rabelo - Especialista

SUMÁRIO
2. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 5
3. PRINCÍPIOS DE EMPREENDEDORISMO E GESTÃO........................................................................... 5
3.1. Diferença entre Empreendedorismo e Gestão ............................................................................ 6
3.2. Transição de Carreira CLT para empreendedorismo ................................................................. 10
3.3. Formalização de empresas e escolha de sócios ......................................................................... 13
3.4. Modelo de Negócios .................................................................................................................. 15
4. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E ORÇAMENTO ........................................................................... 17
4.1. Missão, visão, valores e estratégia............................................................................................. 18
4.2. Estratégico, tático e operacional................................................................................................ 20
4.3. Conceitos iniciais de Planejamento Estratégico ......................................................................... 22
4.4. Exercícios planejamento Estratégico – SWOT e 5W2H .............................................................. 25
4.5. Definição das cadeiras e competências ..................................................................................... 27
4.6. Mapa de objetivos e organização das iniciativas ....................................................................... 28
4.7. Planejamento na prática ............................................................................................................ 31
5. FUNDAMENTOS DE FINANÇAS ...................................................................................................... 36
5.1. Regime de competência x regime de caixa ................................................................................ 36
5.2. Estrutura e análise da DRE ......................................................................................................... 38
5.3. A importância do balanço patrimonial....................................................................................... 41
5.4. Margem de contribuição e ponto de equilíbrio ......................................................................... 44
5.5. CAC e LTV.................................................................................................................................... 46
6. FUNDAMENTOS DE LIDERANÇA .................................................................................................... 48
6.1. Como priorizar tarefas ............................................................................................................... 48
6.2. Mindset Fixo x Mindset de crescimento .................................................................................... 50
6.3. Liderança .................................................................................................................................... 51
6.4. O papel do líder .......................................................................................................................... 55
7. OUTROS TÓPICOS .......................................................................................................................... 59
7.1. Organização ambidestras ........................................................................................................... 59
7.2. Empresas escaláveis x escalonáveis ........................................................................................... 61
7.3. Princípios de contratações ......................................................................................................... 63
7.4. Tipos de reuniões ....................................................................................................................... 66
9. ENCERRAMENTO ........................................................................................................................... 68

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BOAS VINDAS!!

Prezado(a) leitor(a),

É com imensa alegria que lhe damos as boas-vindas a esta emocionante jornada de
aprendizado. A trilha que vamos iniciar tem como centro um tema de importância
inestimável: Princípios de Empreendedorismo e Gestão.

Estamos realmente entusiasmados por ter você a bordo, pois compreendemos que a
educação é a chave para o desenvolvimento pessoal e profissional. Sua decisão de
se dedicar a este e-book representa um passo significativo na direção à sua própria
transformação e ao fortalecimento do seu conhecimento contábil.

Nossa equipe está aqui para apoiá-lo(a) a cada passo do caminho. Comprometemo-
nos a oferecer os recursos educacionais mais relevantes e úteis, com o objetivo de
tornar sua jornada de aprendizagem tão eficaz e envolvente quanto possível. Afinal,
pensamos que aprender deve ser uma jornada inspirada e instigante.

“A Contabilidade Facilitada” não é apenas um guia, mas um companheiro de


viagem nesta exploração do universo contábil. Juntos, vamos desvendar os segredos
do Princípios de Empreendedorismo e Gestão, capacitando você a dominar esse
campo fundamental.

Tenha a certeza de que estamos ao seu lado em cada página, em cada capítulo. Seu
compromisso e entusiasmo são o combustível que gerará seu sucesso. Aproveite esta
oportunidade máxima excepcional de crescimento e saiba que pode contar conosco
em cada etapa da sua jornada.

Mais uma vez, seja muito bem-vindo(a)! Estamos ansiosos para embarcar com você
nesta aventura de aprendizado e conquistas ao seu lado. Prepare-se para ampliar
seus horizontes e dominar a contabilidade de maneira prática e acessível.

Vamos começar!

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2. INTRODUÇÃO

Caro(a) leitor(a),

É com grande entusiasmo e satisfação que damos as boas-vindas a você neste Ebook
dedicado aos "Princípios do Empreendedorismo e Gestão". Sabemos que
empreender e gerir um negócio demanda conhecimento, habilidades e, acima de tudo,
uma paixão pelo mundo dos negócios.

Este material foi elaborado com o objetivo de fornecer insights valiosos sobre os
fundamentos do empreendedorismo e da gestão eficaz. Seja você um aspirante a
empreendedor, um gestor em busca de aprimoramento ou simplesmente alguém
curioso sobre os bastidores do universo dos negócios, estamos certos de que
encontrará informações relevantes e inspiradoras ao longo destas páginas.

Abordaremos temas essenciais, desde a concepção da ideia empreendedora até


estratégias práticas de gestão, destacando os principais desafios e oportunidades que
surgem ao longo do caminho.

Lembre-se, este Ebook é uma jornada de aprendizado e descobertas. Estamos aqui


para guiá-lo(a) e fornecer ferramentas que o(a) ajudarão a trilhar seu próprio caminho
no universo empreendedor.

Aproveite cada capítulo, absorva o conhecimento oferecido e, acima de tudo, permita-


se sonhar e agir.

Seja bem-vindo(a) ao universo dos empreendedores e gestores visionários!

3. PRINCÍPIOS DE EMPREENDEDORISMO E GESTÃO

Empreendedor é nada mais do que transformar uma ideia em uma ação que gere
valor e impacto positivo para a sociedade. Por exemplo, aqui no Contabilidade
Facilitada, nós aprovamos no Exame de Suficiência, ensinamos prática contábil e

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agora estamos conferindo títulos de pós-graduação, especializando ainda mais


nossos alunos. Isso permite uma melhora significativa nas oportunidades profissionais
desses alunos.

Na área contábil é basicamente você pegar a sua força laboral e começar a prestar
serviços na área, das mais diversas formas.

Existem alguns princípios que são básicos para quem deseja empreender, o primeiro
deles é assumir riscos.

3.1. Diferença entre Empreendedorismo e Gestão

A gestão está compreendida no empreendedorismo.

• Empreendedor é nada mais do que transformar uma ideia em uma ação que
gere valor e impacto positivo para a sociedade. Por exemplo, aqui no
Contabilidade Facilitada, nós aprovamos no Exame de Suficiência, ensinamos
prática contábil e agora estamos conferindo títulos de pós-graduação,
especializando ainda mais nossos alunos. Isso permite uma melhora
significativa nas oportunidades profissionais desses alunos.

Na área contábil é basicamente você pegar a sua força laboral e começar a prestar
serviços na área, das mais diversas formas.

Existem alguns princípios que são básicos para quem deseja empreender, o primeiro
deles é assumir riscos.

Outra característica indispensável ao bom empreendedor é o foco.

Exemplo:
Então, se eu decidi que quero ser contador de profissionais de saúde, por diversos
motivos, como capacidade de pagamento ou por saber que esses profissionais não
possuem um grande conhecimento de finanças, contabilidade e que eles precisam de
ajuda, então, o que eu vou fazer: respirar isso 24 horas por dia.
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Vou comparecer a todos os eventos possíveis da área de saúde.


Vou produzir conteúdos específicos para este nicho no YouTube.
Vou criar conteúdos no Instagram dando dicas para este público específico.
Vou tentar aparecer em hospitais, a fim de conversar, me apresentar, fazer
demonstrações do que quer que seja.
Vou tentar me aliar a grandes influenciadores da área médica e tentar fazer
lives, por exemplo, em períodos de Imposto de Renda.

Isso é foco.

Além disso, você, como empreendedor precisará de grande resiliência.


Basicamente, você é o responsável por tudo o que acontece. Muitos empresários
ignoram esse fator chamado responsabilidade. Mas você precisa entender que,
como empreendedor, tudo o que acontece na sua empresa, de certa forma, é culpa
sua.

Por isso, você precisa ser resiliente ao extremo.

Assim, recapitulando o que dissemos, por trás de uma mente empreendedora


sempre existe:

• Uma ideia
• Assumir riscos
• Ambição
• Motivação
• Foco
• Resiliência
• Resposanbilidade

Você pode ser empreendedor e não necessariamente ser gestor. O gestor é a pessoa
que está ali executando esta ideia.

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• A gestão é algo totalmente diferente.

Se você está iniciando a carreira, muitas vezes será o empreendedor e o gestor,


pois você não tem capacidade de pagamento para trazer alguém com nível de gestão
adequado para a empresa.

Por exemplo, aqui no Contabilidade Facilitada, eu ainda hoje sou o empreendedor,


pois sou sócio e também sou o diretor executivo, que é alguém que executa a
gestão. Também conhecido como CEO.

Mas, além de mim, nós temos Gerentes e Coordenadores. Os níveis de gestão vão
sendo amadurecidos conforme a companhia vai crescendo e os requisitos para se ser
um bom gestor mudam.

Para que você seja um bom gestor, você precisa principalmente saber gerenciar
recursos, gerenciar e motivar pessoas - que acredito ser o maior desafio de todo
empreendimento, principalmente na área de serviços.

Em síntese, essas são as características para se formar um bom gestor:

• Boa comunicação
• Visão estratégica
• Orientação para resultado
• Trabalho em equipe
• Equilíbrio emocional
• Capacidade de tomar decisões
• Proatividade
• Capacidade de resolução de conflitos
• Aprendizado e desenvolvimento constantes

Basicamente, o empreendedor inspira (desenvolve as ideias do negócio) e o gestor


transpira (executa as ideias do negócio).

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• Existe, portanto, uma diferença entre a cadeira de sócio e entre a cadeira de


gestor.

O sócio não necessariamente está no dia a dia, executando as ideias. Mas o gestor
sim. Este necessariamente está no front.

Mas por que ficou decidido que eu seria sócio quotista e ela seria sócia
administradora.

Por consequência, o sócio que não está exercendo o papel de gestão somente tem
direito aos dividendos.

O dividendo é a porção que sobra para distribuição, como remuneração do capital


investido.

Se a minha companhia teve R$ 100.000,00 de lucro e eu tenho 50% e a Talita(Sócia)


50%, então cada um receberá R$ 50.000,00 de dividendo.

O gestor tem uma remuneração como os outros colaboradores da companhia.


Então, supondo que você seja um Coordenador Administrativo, você terá um salário
de R$ 5.000,00.

Contudo, se esse gestor for sócio, ele também receberá o que chamamos de pró-
labore. O pró-labore é devido ao sócio que trabalha no negócio.

Geralmente, muitas empresas costumam pagar um pró-labore de um salário


mínimo, pois, como o pró-labore é um salário “normal” há incidência de tributos.
Então, paga-se um salário mínimo para ter uma tributação menor e fugir-se dos
tributos.

Contudo, tecnicamente, isso gera um risco fiscal. Um CEO, de uma companhia


que fatura R$ 100 milhões não recebe um salário mínimo de salário. Pode haver
problemas com a Receita.

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Tecnicamente, o mais correto seria pagar um pró-labore de acordo com o que o


mercado pagaria para aquela cadeira executiva.

3.2. Transição de Carreira CLT para empreendedorismo

Como empreender com sucesso

• Empreender é uma decisão que traz riscos, mas também pode ser
extremamente gratificante;
• Antes de tomar a decisão de empreender, é importante avaliar o que você tem
na empresa atual e o que te faz desejar largar o emprego;
• É comum ter medo de perder a estabilidade e o medo do fracasso ao
empreender;
• Por outro lado, empreender oferece flexibilidade, liberdade, realização pessoal
e potencial de ganhos maiores.

1. Avaliando a situação atual:

➢ Faça uma pausa para refletir sobre o que você possui na sua empresa atual;
➢ Pondere sobre salário, benefícios, horário de trabalho e o quanto você valoriza
cada um deles.

2. Lidando com os medos:

➢ Muitas pessoas têm medo de perder a estabilidade ao empreender, mas esse


risco pode ser mitigado dependendo do tipo de empresa;
➢ O medo do fracasso e a falta de experiência são comuns ao empreender, mas
a experiência em gestão e empreendedorismo vem com o tempo;
➢ Faça uma autoanálise e avalie o quanto esses medos podem te prejudicar ou
se são apenas desafios a serem enfrentados.

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3. Motivos para empreender:

➢ Flexibilidade e liberdade: ao empreender, você pode escolher seus horários


e ter mais liberdade no trabalho;
➢ Realização pessoal: empreender abre oportunidades para aprender,
desenvolver habilidades e se sentir realizado;
➢ Potencial de ganhos: empreender oferece uma remuneração variável e, com
o tempo, é possível alcançar ganhos maiores do que na iniciativa privada.

4. VAP: vocação, apoio e planejamento:

➢ Utilize o método VAP (Vocação, Apoio e Planejamento) para fazer a transição


de carreira;
➢ Avalie sua vocação e interesse na área em que pretende empreender.
➢ Considere o apoio da família e amigos, pois ter o suporte deles é importante
para o sucesso.
➢ Planeje sua transição, levando em conta aspectos financeiros e
estratégicos.

5. Autoanálise e desenvolvimento de habilidades:

➢ Avalie seus pontos fortes e áreas que precisa melhorar;


➢ Lembre-se que empreender requer desenvolver habilidades de venda,
comunicação e outras soft skills;
➢ Faça uma avaliação crítica de suas habilidades para orientar seu planejamento
estratégico.

A decisão de empreender requer uma análise cuidadosa da situação atual, medos e


motivações.
Ponderar sobre o que é importante para você, tanto no emprego atual quanto no
empreendimento, é essencial para tomar uma decisão consciente.
Utilizar o método VAP e fazer uma autoanálise ajudará no planejamento e
desenvolvimento de habilidades necessárias para uma transição de carreira bem-
sucedida.
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Como criar um planejamento estratégico de longo prazo para sua carreira

O exercício da autobiografia do futuro

Um dos passos importantes para criar um planejamento estratégico de longo prazo


para sua carreira é fazer a chamada "autobiografia do futuro". Esse exercício consiste
em imaginar como você se vê daqui a 10 anos e como imagina sua rotina nesse futuro
distante.

Planejamento financeiro para transição de carreira

Além do exercício da autobiografia do futuro, é fundamental fazer um planejamento


financeiro para garantir uma transição de carreira tranquila. Se você tem
responsabilidades financeiras, como uma família para sustentar, é ainda mais
importante ter um planejamento financeiro sólido.

O livro "Pai Rico, Pai Pobre" é bastante interessante nesse sentido, pois nos faz
refletir sobre o que aconteceria se nossas fontes de renda secassem hoje. Ter uma
reserva financeira que cubra de seis meses a um ano de despesas é uma estratégia
prudente para passar por momentos de incerteza com mais segurança.

Desenvolvendo uma mentalidade de planejamento financeiro seguro

Ao iniciar sua jornada como empreendedor, é comum não ter um fluxo de caixa
consistente. Enquanto você está investindo em seu negócio, é importante ter uma
reserva financeira para se sentir mais seguro em caso de imprevistos. É
recomendável ter parte desse dinheiro em aplicações financeiras de baixo risco, como
um CDB de liquidez imediata ou uma poupança. Evite investir todo seu dinheiro em
ativos voláteis, como Bitcoin, pois você corre o risco de perder tudo caso precise do
dinheiro em um momento desfavorável.

Gestão do tempo e produtividade

Por fim, uma gestão do tempo adequada é essencial para uma transição de carreira
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bem-sucedida. O uso de ferramentas como o Google Agenda pode auxiliar nesse


processo, permitindo que você organize sua rotina de forma mais eficiente. Dividir o
dia em blocos de tempo para diferentes atividades pode aumentar sua
produtividade, especialmente quando você precisa conciliar uma jornada CLT com
o empreendedorismo.

Criar um planejamento estratégico de longo prazo para sua carreira envolve


imaginar seu futuro, fazer um planejamento financeiro seguro e desenvolver uma
gestão do tempo eficiente. A autobiografia do futuro, um exercício de visualização,
pode ajudar a traçar um caminho a seguir. Um planejamento financeiro sólido é
essencial para garantir uma transição de carreira tranquila, enquanto uma
gestão do tempo adequada pode aumentar sua produtividade. Utilize ferramentas
como o Google Agenda para organizar sua rotina e alcançar seus objetivos
profissionais.

3.3. Formalização de empresas e escolha de sócios

Dicas valiosas para escolher sócios para sua empresa

Escolher os sócios certos para o seu negócio é uma etapa crucial para o
sucesso da empresa. Muitas vezes, as pessoas cometem o erro de escolher sócios
simplesmente por serem amigos, o que pode resultar em conflitos e até mesmo no fim
da amizade. Neste artigo, vamos abordar os aspectos que você deve considerar ao
escolher sócios para sua empresa e como evitar problemas societários.

1. Não escolha sócios apenas por serem amigos

A primeira pergunta que você deve se fazer é se realmente precisa de um sócio.


Se a resposta for sim, evite escolher um sócio apenas por ser seu amigo. A
amizade pode ser um fator importante, mas não deve ser o único critério na escolha.
É essencial considerar a competência técnica, capacidade de gestão e alinhamento
de objetivos.

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2. A regra dos 4 C's

Ao escolher um sócio, é recomendado seguir a regra dos 4 C's: caráter,


competência, complementaridade e capacidade técnica. O caráter é fundamental
para garantir a confiança e integridade nas relações. A competência diz respeito às
habilidades e conhecimentos necessários para o sucesso do negócio. A
complementaridade é importante para que cada sócio traga uma contribuição única
para a empresa. E por fim, a capacidade técnica é o conhecimento específico
necessário para a área de atuação da empresa.

3. Faça um estudo de mercado

Antes de escolher um sócio e iniciar um negócio, é fundamental realizar um estudo de


mercado. É importante conhecer o mercado potencial para o seu produto ou
serviço, identificar o público-alvo e concorrentes. Além disso, é necessário
verificar os aspectos legais da abertura da empresa e realizar o registro de marca.

4. Evite dar participação acionária prematuramente

É comum que empreendedores ofereçam participação acionária da empresa para


atrair talentos ou parceiros. No entanto, isso pode se tornar um problema no futuro
quando a empresa crescer. É importante avaliar se essa pessoa pode ser contratada
como prestadora de serviços ou se é necessário ter um sócio de fato. Oferecer
participação acionária prematuramente pode resultar em prejuízos financeiros
e conflitos futuros.

5. Considere parcerias

Em alguns casos, é mais viável estabelecer parcerias do que ter sócios. Parcerias
podem trazer benefícios semelhantes, mas com menos comprometimento e
riscos. É importante avaliar se o objetivo pode ser alcançado por meio de uma
parceria em vez de uma sociedade.

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A escolha de sócios é um passo importante no processo de criação de uma empresa.


Além de considerar a amizade, é essencial avaliar competência técnica,
complementaridade de habilidades e capacidade técnica. Um estudo de mercado
e a verificação dos aspectos legais também são necessários antes de iniciar um
negócio. Evitar oferecer participação acionária prematuramente e considerar a
possibilidade de parcerias são outras estratégias importantes para evitar problemas
societários.

3.4. Modelo de Negócios

Modelos de Negócios e a Importância de Defini-los Antes de Empreender

Ao iniciar um empreendimento, é essencial ter um modelo de negócio definido para


facilitar a gestão e garantir melhores resultados. No entanto, cerca de 40% das
empresas começam sem esse planejamento, o que pode prejudicar o processo de
gestão.

TAM, SOM e SAM: Conhecendo o seu Mercado

Antes de iniciar qualquer empreendimento, é crucial entender o tamanho do mercado


que você irá atingir. Para isso, é preciso conhecer os conceitos de TAM (Total
Addressable Market), SOM (Serviceable Obtainable Market) e SAM (Serviceable
Addressable Market).

TAM se refere ao mercado endereçável total, ou seja, a demanda total por um


produto ou serviço específico. Por exemplo, se você está criando um escritório de
contabilidade para pessoas jurídicas, seu TAM será representado por todos os
CNPJs existentes no Brasil. Já no caso do Contabilidade Facilitada, cujo produto é
um curso para o exame de suficiência, o TAM será composto por todos os
candidatos que farão a prova.

O SOM representa o mercado útil disponível, ou seja, quantos clientes você pode
atender desse mercado. Por exemplo, supondo que existam 17 milhões de empresas
no Brasil e seu escritório de contabilidade seja focado em prestadores de serviço, o
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SOM seria a quantidade dessas empresas que se encaixam nesse perfil.


Já o SAM é o mercado útil acessível, ou seja, quantas empresas você consegue
atender com base nos seus recursos e no ambiente competitivo. Em nosso exemplo,
se o escritório se dedica a atender Micro Empresas (ME) e Empresas de Pequeno
Porte (EPP), o SAM seria representado pelas cerca de 3 milhões de empresas ativas
nesse nicho.

Ao analisar esses conceitos, é possível identificar se o nicho de mercado que você


pretende atingir é suficientemente rentável e se há demanda o suficiente para
justificar seu empreendimento.

Modelo de Negócio B2B e B2C

Além de conhecer o tamanho do mercado, é importante compreender a diferença


entre os modelos de negócio B2B (Business-to-Business) e B2C (Business-to-
Consumer).

O modelo B2B é aquele em que uma empresa vende para outra empresa. É o
caso, por exemplo, de um escritório de contabilidade que oferece serviços para outras
empresas. Já o modelo B2C envolve a venda direta de uma empresa para o
consumidor final. Um exemplo desse modelo seria uma empresa que vende cursos
online para estudantes.

Essa distinção tem impacto na forma de tributação, no modelo de negócio e na


necessidade de um time de atendimento, entre outros aspectos. Por isso, é importante
direcionar seus esforços para o modelo de negócio mais adequado ao seu
empreendimento.

Análise da Concorrência e Benchmarking

Para desenvolver um modelo de negócio eficiente, é fundamental realizar uma


análise da concorrência. Observar os principais players do mercado em que você
deseja atuar, como a Contabilizei, pode ajudar a identificar faixas de preços
praticadas, tipos de atendimento oferecidos e serviços complementares.
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Ao observar e analisar essas informações, você poderá identificar as fraquezas dos


concorrentes e encontrar oportunidades para oferecer algo diferenciado. Por
exemplo, se uma grande empresa não oferece um atendimento personalizado, você
pode se destacar nesse aspecto, oferecendo um serviço semelhante a um preço mais
acessível.

Construindo uma Matriz SWOT

Uma estratégia útil na definição do seu modelo de negócios é a construção de uma


Matriz SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats - Forças, Fraquezas,
Oportunidades e Ameaças). Essa matriz ajudará você a identificar suas principais
vantagens competitivas, pontos fracos, oportunidades de mercado e ameaças
que podem surgir.
Dessa forma, você poderá traçar seu caminho com clareza, sabendo onde é bom,
onde precisa melhorar e como aproveitar ao máximo as oportunidades que o mercado
oferece.

Um modelo de negócio bem definido é fundamental para o sucesso de qualquer


empreendimento. Entender o tamanho do mercado, conhecer a concorrência e

elaborar uma estratégia que aproveite suas vantagens competitivas são passos
importantes para garantir resultados positivos. Portanto, ao iniciar um novo negócio,
dedique tempo para estudar e elaborar um modelo de negócio que atenda às suas
necessidades e objetivos.

4. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E ORÇAMENTO

Bem-vindos a um mergulho no universo essencial do Planejamento Estratégico e


Orçamento Empresarial! Nesta jornada, exploraremos os fundamentos que
sustentam o direcionamento e o crescimento de uma empresa.

Missão, Visão e Valores: A Base Fundamental

Começaremos nossa jornada entendendo o coração de uma empresa: sua missão,


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visão e valores. A missão é a bússola que guia a razão de existir, enquanto a visão é
o horizonte que busca alcançar. Os valores, por sua vez, são os pilares que sustentam
cada passo dado.

Estratégia: O Caminho para o Futuro

A estratégia é a artéria vital que conecta a missão e visão ao mundo real. É a maneira
como a empresa expandirá sua identidade, ampliará sua influência e conquistará
diversos públicos. Conheceremos a fundo como a gigante Amazon, por exemplo,
utiliza sua estratégia para ser a empresa mais centrada no consumidor.

Preparando o Terreno para o Sucesso Empresarial

Antes de empreender, é crucial definir com clareza a missão, visão, valores e


estratégia. Esses são os alicerces que sustentam todo o edifício do negócio. Ajustar
expectativas à realidade é uma arte, e é nesse ponto que o Planejamento Estratégico
se torna uma ferramenta poderosa.

O Poder do Planejamento

Ao compreender esses conceitos, ganhamos a capacidade de moldar o futuro de uma


empresa de maneira deliberada. Acompanhem conosco cada capítulo, pois
desvendaremos os segredos por trás de um Planejamento Estratégico robusto e
eficaz.

4.1. Missão, visão, valores e estratégia

Importância para o Sucesso Empresarial

A Missão: Quem somos e o que valorizamos

A missão é a declaração que define quem a empresa é e o que ela valoriza. Trata-
se da razão de existir da organização. É importante ressaltar que cada empresa possui
uma missão única, que reflete a sua identidade e propósito. Por exemplo, um escritório
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de contabilidade pode ter a missão de ajudar empresários a liberar tempo e focar no


que realmente interessa, ou cumprir com as obrigações financeiras, burocráticas e
fiscais, contribuindo para o empreendedorismo brasileiro. Conhecer a missão de
uma empresa é fundamental para entender qual é o seu propósito e o valor que
ela agrega ao mercado.

Valores: Comportamentos indispensáveis

Os valores representam os comportamentos necessários para a empresa existir


e contribuem para alcançar a missão e a visão estabelecidas. São princípios que
norteiam as ações dos colaboradores e influenciam a cultura organizacional. A
definição dos valores deve ser feita levando em consideração o contexto e os
objetivos da empresa. Por exemplo, valores como excelência, foco no resultado,
comprometimento e pioneirismo podem ser considerados indispensáveis para um
escritório de contabilidade. São os valores que irão direcionar as atitudes e o
modo de agir dos profissionais envolvidos no negócio.

Visão: O que queremos ser

A visão representa o que a empresa deseja ser no futuro. É uma imagem clara do
estado desejado, que deve ser tangível e alcançável. A visão orienta a empresa a
traçar metas e estratégias para alcançar esse objetivo. Por exemplo, a visão de
uma empresa de educação pode ser criar excelentes produtos que façam diferença
na formação profissional de contadores. A visão deve ser inspiradora e
desafiadora, levando a empresa a buscar constantemente melhorias e inovação.

Estratégia: Como alcançar nossos objetivos

A estratégia é o conjunto de ações planejadas que serão adotadas para alcançar


a missão e a visão estabelecidas. Ela se baseia em uma análise do ambiente em
que a empresa está inserida, considerando fatores externos e internos que podem
afetar o seu desempenho. A estratégia deve ser flexível e adaptável, considerando
as transformações e mudanças do mercado. Ela é responsável por alinhar a
missão, visão e ambiente, buscando expandir a atuação da empresa. É importante
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ressaltar que a estratégia deve ser revisada e ajustada conforme necessário, levando
em consideração as mudanças no ambiente e o desempenho da empresa.

Exemplo: A Amazon

Um exemplo de empresa que possui uma definição clara de missão, valores,


visão e estratégia é a Amazon. A missão da empresa é ser a empresa mais centrada
no consumidor do mundo, oferecendo uma experiência de compra fácil e agradável.
A visão da Amazon é elevar continuamente o nível de experiência do cliente, utilizando
a internet e a tecnologia para facilitar a descoberta e compra de produtos. Os valores
da empresa incluem excelência, atendimento ao cliente, foco no resultado e inovação.
A estratégia da Amazon consiste em expandir a sua atuação por meio de uma ampla
variedade de produtos e serviços, sempre buscando oferecer a melhor experiência ao
cliente.

Definir a missão, valores, visão e estratégia de uma empresa é um passo


fundamental para o sucesso no mercado. Esses elementos guiarão as ações,
orientarão as decisões e direcionarão os esforços para alcançar os objetivos
estabelecidos. Conhecer a missão, valores, visão e estratégia de uma empresa é
essencial para compreender a sua identidade, propósito e como ela se
posiciona no mercado. Portanto, se você está começando a empreender ou trabalha
em uma empresa, busque entender e alinhar-se a esses elementos fundamentais.
Lembre-se de revisar e ajustar a estratégia conforme necessário, para se adaptar às
mudanças e evoluir no mercado.

4.2. Estratégico, tático e operacional

Diferença entre os níveis estratégicos, táticos e operacionais de uma empresa

A relação entre os níveis estratégico, tático e operacional pode ser representada


por uma pirâmide, na qual o nível estratégico está no topo, o tático no centro e o
operacional na base. Na maioria das empresas, o número de funcionários no nível
operacional é consideravelmente maior do que nos outros níveis.

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O nível estratégico é responsável pelo planejamento de longo prazo da empresa,


com visão para um período de 3 a 10 anos. Ele estabelece metas para a
organização como um todo, focando no futuro e na direção que a companhia deve
tomar. Geralmente, esse planejamento é realizado pela diretoria da empresa, que tem
uma visão ampla do negócio. É importante destacar que o planejamento estratégico
deve considerar metas para a empresa como um todo, e não apenas para um setor
específico ou cargo.

No nível tático, o planejamento é mais focado nos setores da empresa, como


comercial, atendimento, suporte, operacional, entre outros. Esse planejamento é
feito em um período de 1 a 3 anos e tem como objetivo definir como as metas
estratégicas serão alcançadas. Normalmente, esse planejamento é realizado por
gerentes e coordenadores, que possuem uma visão mais detalhada das áreas em que
atuam.

Já o nível operacional é responsável pela execução das atividades diárias da


empresa. Ele se preocupa com a implementação dos processos e com o cumprimento
das metas estabelecidas nos níveis estratégico e tático. O planejamento operacional
é detalhado, com definição de planos de ação e foco no curto prazo, com tarefas
diárias e semanais. É no nível operacional que a ação acontece e as metas são
cumpridas.

Muitas vezes, empreendedores iniciantes estão mais focados no nível


operacional, pois são responsáveis por realizar todas as atividades da empresa.
No entanto, à medida que a empresa cresce, é necessário superar o desafio de sair
do nível operacional e delegar tarefas para que seja possível se concentrar no
planejamento estratégico e no desenvolvimento do negócio a longo prazo. Esse
processo de passar dos níveis operacionais para os níveis táticos e estratégicos
pode ser complexo, mas é fundamental para o crescimento da empresa.

É importante ressaltar que, para o sucesso da empresa, é necessário que os três


níveis estejam alinhados e trabalhem em conjunto. Não adianta ter uma excelente
estratégia se a execução operacional não for eficiente, assim como um planejamento
tático mal elaborado pode comprometer os resultados da empresa. Portanto, é
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fundamental encontrar o equilíbrio entre os níveis e garantir que todos


contribuam para o crescimento e sucesso da organização.

Em resumo, os níveis estratégico, tático e operacional são fundamentais para o


funcionamento e crescimento de uma empresa. O planejamento estratégico define
a direção que a empresa deve seguir a longo prazo, o planejamento tático detalha
como as metas serão alcançadas nos diferentes setores e o planejamento operacional
se concentra na execução das atividades diárias. Para o sucesso da empresa, é
necessário que os três níveis estejam alinhados e trabalhem em conjunto,
buscando o crescimento e aprimoramento constante.

4.3. Conceitos iniciais de Planejamento Estratégico

Conceitos Iniciais e sua Importância para o Crescimento Empresarial

➢ A importância do planejamento estratégico para o crescimento das empresas


➢ Exemplo de sucesso do Contabilidade Facilitada com a utilização do
planejamento estratégico
➢ Sugestão de adoção do planejamento estratégico para empreendedores e
gestores

1. Entendendo o Balanced Scorecard


• Conceito do Balanced Scorecard como uma ferramenta de planejamento
estratégico;
• Escopos abordados no Balanced Scorecard: aspecto financeiro, foco no
cliente, processos internos e aprendizado e crescimento da empresa.

2. Gestão por OKRs e KPIs


• Explicação do conceito de OKRs (Objetivos e Resultados-Chave) e KPIs
(Indicadores-Chave de Desempenho);
• Exemplo de aplicação dos OKRs para o time de produtos do Contabilidade
Facilitada;
• Importância dos KPIs para medir o desempenho da empresa.

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3. Os seis passos para elaborar um planejamento estratégico eficiente


• Definir o objetivo da empresa a curto, médio e longo prazo;
• Planejar as formas de alcançar esses objetivos, considerando competências e
estruturas necessárias;
• Identificar a melhor forma de priorizar as atividades para obter os resultados
desejados;
• Avaliar os recursos disponíveis e buscar alternativas de obtenção de capital, se
necessário;
• Revisar o planejamento caso as condições mudem de forma significativa.

Como Fazer um Planejamento Estratégico que Caiba no seu Bolso

Planejar é essencial para o sucesso de qualquer empreendimento. É por meio de um


planejamento estratégico bem definido que se estabelecem os objetivos, as
metas e os meios necessários para alcançá-los. Porém, muitas vezes, esse
processo pode parecer complexo e custoso. Mas a boa notícia é que fazer um
planejamento estratégico que caiba no seu bolso é mais simples do que você imagina.

1. Defina os objetivos

O primeiro passo para um planejamento estratégico de sucesso é definir claramente


quais são os objetivos que você deseja alcançar. Eles devem ser específicos,
mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazo determinado, seguindo a
metodologia SMART. Os objetivos podem variar de acordo com o tipo de empresa,
mas alguns exemplos comuns são aumentar as vendas em uma determinada
porcentagem, expandir para novos mercados ou melhorar a satisfação do cliente.

2. Identifique as competências necessárias

Após definir os objetivos, é preciso identificar as competências necessárias para


alcançá-los. Isso significa analisar as habilidades e conhecimentos que a equipe
precisa ter para executar as tarefas relacionadas ao planejamento estratégico.
Se você possui uma equipe reduzida, é importante focar nas competências essenciais
e buscar alternativas para suprir as lacunas.
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3. Analise a estrutura organizacional

A estrutura organizacional também influencia no planejamento estratégico. É


importante avaliar se a estrutura atual está alinhada com os objetivos e se há
necessidade de fazer ajustes. Por exemplo, se o objetivo é expandir para novos
mercados, pode ser necessário contratar novos funcionários ou realocar recursos
internos.

4. Estabeleça o cronograma de ações

Definir um cronograma de ações é fundamental para saber quando cada etapa do


planejamento estratégico será executada. É importante determinar os prazos para
cada atividade e estabelecer marcos intermediários para acompanhar o
progresso. Além disso, é necessário definir as responsabilidades de cada membro
da equipe envolvida no planejamento.

5. Faça um levantamento dos recursos necessários

Neste momento, é hora de avaliar quais recursos serão necessários para implementar
o planejamento estratégico. Recursos podem incluir materiais, equipamentos,
tecnologia, treinamentos e até mesmo contratação de serviços externos. É
importante ser realista e buscar alternativas mais acessíveis, como parcerias
estratégicas ou o uso de ferramentas e softwares gratuitos.

6. Adapte o planejamento à realidade financeira

Por fim, é necessário adaptar o planejamento estratégico à realidade financeira da


empresa. Avalie os recursos disponíveis e faça os ajustes necessários para que
o planejamento caiba no seu bolso. Isso pode envolver a redução de algumas
metas, a busca por fontes de financiamento ou o aumento da eficiência operacional
para reduzir custos.
Fazer um planejamento estratégico que caiba no seu bolso é possível e essencial para
o sucesso do seu negócio. Ao seguir os passos acima e adaptar o planejamento
à sua realidade, você estará no caminho certo para alcançar seus objetivos de
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forma eficiente e econômica. Lembre-se de que a criatividade e a busca por


alternativas são fundamentais nesse processo.

Não importa se você está começando seu próprio negócio ou se já está no


mercado há algum tempo, investir em um planejamento estratégico adequado
às suas possibilidades é sempre uma decisão inteligente. Portanto, coloque em
prática essas dicas, planeje-se e prepare-se para colher os frutos do seu esforço e
dedicação.

4.4. Exercícios planejamento Estratégico – SWOT e 5W2H

Como Fazer um Planejamento Estratégico para seu Negócio

O planejamento estratégico é uma etapa crucial para o sucesso de qualquer


empreendimento, pois é nele que definimos os caminhos a serem seguidos e os
objetivos a serem alcançados.

1. Blueprint Estratégico

O primeiro exercício que vamos abordar é o "Blueprint Estratégico". Nele, você irá
definir o que você entrega, como você vai fazer e como vai se sobressair em relação
aos demais. Por exemplo, se você possui uma contabilidade voltada para
serviços de saúde, sua proposição de valor pode ser oferecer serviços
contábeis para profissionais de saúde, facilitando suas atividades principais.
Além disso, você pode oferecer um serviço personalizado que inclui consultorias
financeiras, planejamento tributário, registro de marcas, entre outros.

2. As-is versus To-be

O exercício "As-is versus To-be" consiste em analisar a situação atual do negócio


(as-is) e definir o que você almeja ser no futuro (to-be). Por exemplo, você pode
definir que hoje você fatura 30 mil reais por ano e que deseja chegar a um
faturamento de 100 mil reais por ano. Você também pode analisar outros aspectos
como o número de clientes recorrentes, a infraestrutura do seu escritório, a quantidade
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de colaboradores, entre outros. Identificar essas diferenças entre o presente e o futuro


auxilia a criar um plano para alcançar seus objetivos.

3. Referências de mercado

Outro exercício importante é identificar as referências de mercado. Procure


empresas que são benchmark para o seu negócio, ou seja, que são exemplos de
sucesso na área em que você atua. Estude essas empresas e veja o que elas estão
fazendo para se destacar. Por exemplo, se você possui uma contabilidade voltada
para serviços de saúde, pesquise empresas que estão se destacando nesse
segmento, como o Novo Mercado, G4 Educação e Wiser, que são referências na
área educacional.

4. Análise SWOT

A análise SWOT é uma ferramenta amplamente utilizada no planejamento


estratégico. Ela consiste em identificar as forças (Strengths), fraquezas
(Weaknesses), oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats) do seu
negócio. As forças e fraquezas são fatores internos, enquanto as oportunidades
e ameaças são fatores externos. Faça uma lista de cada um desses elementos,
identificando as características do seu negócio em cada um deles. Por exemplo, uma
força pode ser o seu conhecimento da legislação e tratamento tributário para
médicos, uma fraqueza pode ser um honorário mais alto que a média do setor,
uma oportunidade pode ser a demanda por serviços contábeis com a reforma
tributária e uma ameaça pode ser a concorrência de contabilidades online com
valores mais baixos.

5. Modelo 5W2H

Por fim, utilize o modelo 5W2H para tirar seu planejamento estratégico do papel. O
modelo consiste em responder às perguntas: o que (what) será feito, por que
(why) será feito, quando (when) será feito, onde (where) será feito, quem (who)
será responsável, como (how) será feito e quanto (how much) custará. Por
exemplo, se você quer aumentar a quantidade de clientes na área de saúde, seu plano
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pode ser feito a partir de 1º de janeiro de 2025, inovando nas estratégias de marketing
nas mídias sociais, com o CEO da empresa sendo responsável pela execução,
através de um conhecimento amplo da reforma tributária e um investimento de 15 mil
reais em especializações.

Desenvolver um planejamento estratégico bem estruturado é essencial para o


sucesso do seu negócio. Os exercícios citados acima podem ajudar a dar os
primeiros passos nesse processo, auxiliando na definição dos objetivos e caminhos a
seguir. Lembre-se de adaptar esses exercícios à realidade do seu negócio e
revisar periodicamente seu planejamento estratégico, de acordo com as
mudanças do mercado e dos objetivos da empresa.

4.5. Definição das cadeiras e competências

Como definir as cadeiras necessárias para o seu empreendimento

Definir as cadeiras necessárias para o seu empreendimento é um passo


fundamental no planejamento estratégico de uma empresa. Muitas vezes, o erro
de escolher sócios, colaboradores ou qualquer outra pessoa pelo perfil pessoal em
vez das habilidades necessárias para o negócio pode levar ao fracasso da empresa.
Portanto, é essencial analisar as competências necessárias antes de fazer qualquer
contratação.

Na hora de definir as cadeiras, é importante pensar nas competências específicas que


serão exigidas para cada função. Por exemplo, se você está contratando um
analista contábil, é fundamental determinar quais serão as suas
responsabilidades, como entrega de declarações, conciliações contábeis e
análise de balanços. Além disso, é necessário identificar as competências técnicas
e conhecimentos necessários para desempenhar o cargo, como conhecimento de
contabilidade, sistemas específicos e legislação contábil, fiscal e trabalhista.

No entanto, não é apenas o conhecimento técnico que importa. As chamadas


habilidades "soft skills" também desempenham um papel crucial na escolha de
um profissional. É importante definir o perfil desejado, considerando características
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como dinamismo, proatividade, facilidade em trabalhar em equipe, entre outras. Cada


empresa tem seus próprios valores e cultura, e encontrar um profissional que se
encaixe nesses requisitos pode ser determinante para sua eficiência e sucesso.

Além disso, é fundamental determinar para quem cada funcionário vai reportar. Isso
pode variar desde o CEO até um supervisor ou coordenador, dependendo da estrutura
organizacional da empresa. Definir essa hierarquia ajuda a estabelecer as
autonomias de cada cargo, ou seja, a alçada de decisão que cada profissional
terá dentro da organização.

Em casos em que você já possui funcionários, mas eles precisam de


desenvolvimento, é importante identificar quais são as necessidades de capacitação
e investir em treinamentos ou cursos para aprimorar as habilidades desses
colaboradores. Já quando você não tem ninguém para ocupar uma determinada
cadeira, é preciso considerar se será necessária a contratação de um novo
profissional ou se é possível terceirizar o serviço.

Ao fazer esse mapeamento completo das competências e necessidades de cada


cargo, você terá uma visão clara do que precisa ser feito para estruturar a equipe
de forma estratégica. Essa análise permitirá a você identificar lacunas de
competência, desenvolver os colaboradores existentes, contratar novos profissionais
ou terceirizar serviços de acordo com as necessidades específicas da empresa.

Portanto, não subestime a importância de definir as cadeiras necessárias para o


seu empreendimento. Esse processo pode garantir a formação de uma equipe capaz
de impulsionar o crescimento e o sucesso do seu negócio.

4.6. Mapa de objetivos e organização das iniciativas

Como Transformar Ideias em Iniciativas para o seu Planejamento Estratégico

Ter um planejamento estratégico é essencial para qualquer negócio. É através


dele que conseguimos definir os objetivos e metas que queremos alcançar, e traçar o
caminho para chegar lá. Porém, muitas vezes, a parte mais desafiadora é
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transformar todas essas ideias em ações concretas, em iniciativas que possam


ser executadas.

Passo 1: Definindo os Objetivos

O primeiro passo é definir de forma clara e objetiva quais são os seus objetivos.
Vamos utilizar como exemplo o objetivo de faturar 100 mil reais em 2025. Agora,
precisamos entender como esse valor será alcançado, quebrando o objetivo maior em
objetivos menores.

Passo 2: Quebrando os Objetivos Maiores

Agora que temos o objetivo de faturar 100 mil reais em 2025, podemos quebrá-lo em
objetivos menores. Por exemplo, suponhamos que 30 mil reais venham de
clientes atuais, 50 mil reais venham de novos clientes e 20 mil reais venham de
novos produtos.

Passo 3: Definindo os Objetivos em Relação aos Clientes Atuais

Agora, vamos focar nos 30 mil reais que vêm de clientes atuais. É importante pensar
em como manter esses clientes e quais são as ações necessárias para isso. Por
exemplo, podemos estabelecer a meta de obter uma retenção de pelo menos
95% dos clientes atuais e implementar um setor de sucesso do cliente. Além
disso, podemos definir a meta de manter a inadimplência abaixo de 15% e realizar um
reajuste nos honorários dos clientes atuais.

Passo 4: Definindo os Objetivos em Relação a Novos Clientes

Agora, vamos focar nos 50 mil reais que vêm de novos clientes. Da mesma forma, é
importante pensar em como conquistar esses clientes e quais são as ações
necessárias para isso. Por exemplo, podemos estabelecer a meta de captar 100
novos clientes em 2025 e implementar um setor comercial. Podemos também
contratar um coordenador comercial e dois representantes de vendas. Além disso,
podemos investir em estratégias de marketing, como a implementação de um CRM e
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a contratação de um gestor de tráfego para anunciar na internet.

Passo 5: Definindo os Objetivos em Relação a Novos Produtos

Por fim, vamos focar nos 20 mil reais que vêm de novos produtos. Podemos
estabelecer a meta de implementar o serviço de BPO financeiro para os clientes
atuais, oferecer o serviço de registro de marcas, firmar parcerias com seguradoras e
bancos para os nossos clientes, e ainda oferecer o serviço de venda de certificados
digitais.

Passo 6: Definindo as Iniciativas

Agora que já quebramos nossos objetivos em objetivos menores, podemos definir as


iniciativas para cada um deles. Por exemplo, para a implementação do setor
comercial, podemos definir as seguintes iniciativas:

• Contratação de um coordenador comercial: a ser feita no primeiro trimestre de


2025, com um custo estimado de R$5.000.

• Contratação de dois vendedores: também a ser feita no primeiro trimestre de


2025, com um custo estimado de R$2.500 para cada vendedor.

• Implementação de um orçamento mensal de R$10.000 para o setor comercial.

É importante para cada iniciativa definir um responsável, um prazo, um custo


estimado, a meta a ser alcançada e a métrica para saber se foi cumprida.

Transformar ideias em iniciativas concretas para o seu planejamento


estratégico pode parecer complexo, mas seguindo esses passos e organizando
as suas iniciativas de forma clara e objetiva, você conseguirá tornar seus
objetivos em realidade. Lembre-se de que é importante estabelecer responsáveis,
prazos, custos estimados, metas e métricas para cada iniciativa. E não se esqueça de
revisar e ajustar o seu planejamento periodicamente, de acordo com as necessidades
e mudanças do mercado.
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4.7. Planejamento na prática

Como implementar OKRs em sua empresa: um guia prático

Os OKRs, ou Objetivos e Resultados Chave, são uma metodologia de


planejamento estratégico que pode ser aplicada em empresas de diversos
portes. Essa abordagem é amplamente utilizada por grandes empresas como o
Google e é uma ferramenta eficaz para direcionar equipes inteiras em direção a um
objetivo comum. Neste artigo, vamos explorar como implementar os OKRs em sua
empresa, desde a definição de objetivos estratégicos até a elaboração de um
planejamento orçamentário.

Definindo os objetivos estratégicos

Antes de implementar os OKRs em sua empresa, é fundamental estabelecer


objetivos estratégicos claros. Esses objetivos devem representar a visão de longo
prazo da empresa e guiar todas as decisões e atividades. Aqui estão alguns passos
para ajudar nesse processo:

1. Exercício as is versus to be: Analise a situação atual de sua empresa (as is) e
defina onde você deseja estar no futuro (to be). Identifique seus pontos fortes,
fraquezas, oportunidades e ameaças.

2. Proposição de valor: Identifique o que diferencia sua empresa da concorrência.


Quais são seus pontos fortes e como você pode se destacar no mercado?

3. Definição de missão, visão e valores: Estabeleça uma declaração de missão para


orientar o propósito de sua empresa. Em seguida, defina uma visão que descreva
onde você quer chegar e quais metas deseja alcançar. Por fim, identifique os
valores que são essenciais para sua empresa e não podem ser negociados.

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Desdobrando as estratégias em ciclos menores

A estratégia de uma empresa geralmente possui um prazo de 3 a 10 anos. No


entanto, não é viável acompanhar o progresso da estratégia apenas a cada 3 ou
10 anos. É necessário dividir a estratégia em ciclos menores, para garantir que a
empresa esteja na direção correta e para dar cadência ao processo de gestão.
Vejamos como isso pode ser feito:

1. Objetivos e Resultados Chave (OKRs): Os OKRs são a maneira de desdobrar a


estratégia em metas e resultados claros e mensuráveis. Cada objetivo é
acompanhado por resultados-chave, que são as metas específicas que devem ser
alcançadas para atingir o objetivo.

Por exemplo, se um objetivo estratégico é aumentar a receita em 20%, os resultados-


chave podem ser aumentar as vendas em uma determinada porcentagem, adquirir
novos clientes e expandir a oferta de produtos ou serviços.

2. Definindo os OKRs: Os OKRs devem ser desafiadores, mas alcançáveis. Cada


responsável pelos OKRs pode ter entre 3 e 5 objetivos, e cada objetivo pode ter entre
3 e 5 resultados-chave. É importante que os OKRs sejam públicos e comunicados a
todos os colaboradores, para que todos estejam alinhados com os objetivos
estratégicos da empresa.

Implementando os OKRs na prática

Agora que você entendeu como estruturar os OKRs em sua empresa, vamos falar
sobre como implementá-los na prática. Aqui estão algumas etapas a seguir:

1. Defina os principais objetivos para o ano: Liste os objetivos e iniciativas


essenciais que você deseja alcançar ao longo do ano. Por exemplo, aumentar a
receita em 30% ou expandir para um novo mercado.

2. Desenvolva um planejamento orçamentário: Ao estabelecer os objetivos, é


importante também elaborar um planejamento orçamentário. Isso envolve criar um
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plano de receitas e despesas, com base nos objetivos estabelecidos. Essa etapa
permitirá que você acompanhe o progresso financeiro da empresa e faça os
ajustes necessários ao longo do tempo.

3. Divida os objetivos em ciclos trimestrais: Os OKRs geralmente são definidos


em ciclos trimestrais. Isso permite um acompanhamento mais eficiente do
progresso e a possibilidade de fazer ajustes nas metas e prioridades ao longo
do tempo.

4. Comunique os OKRs: Os OKRs devem ser públicos e compartilhados com toda a


equipe. É importante que todos estejam cientes dos objetivos e resultados-
chave, para que possam alinhar suas atividades e esforços de acordo.

5. Acompanhe e revise regularmente: A medida que o trimestre avança, é essencial


acompanhar o progresso dos OKRs e fazer ajustes, se necessário. Realize reuniões
regulares para definir o status de cada objetivo e ações corretivas, se
necessário.

Os OKRs são uma ferramenta poderosa para direcionar as atividades de uma


empresa em direção a seus objetivos estratégicos. Além disso, eles permitem um
acompanhamento eficaz do progresso e possibilitam ajustes ao longo do tempo. Ao
implementar os OKRs em sua empresa, você estará criando um ambiente de
maior alinhamento e produtividade, alcançando resultados mais significativos.
Dedique tempo para definir seus objetivos estratégicos e desdobrá-los em OKRs
claros e mensuráveis. Acompanhe-os regularmente e ajuste-os conforme necessário.
Lembre-se de que os OKRs devem ser públicos e compartilhados com toda a
equipe, para que todos estejam alinhados e contribuindo para o sucesso da
empresa.

Dicas para gerenciar as finanças do seu negócio de serviços

Gerenciar as finanças é uma parte essencial do sucesso de qualquer negócio,


inclusive de empresas de serviços. Ter controle sobre as receitas, despesas e lucros
é fundamental para tomar decisões estratégicas e alcançar o crescimento desejado.
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1. Estabeleça metas financeiras claras: Defina metas financeiras realistas e


específicas para o seu negócio. Isso inclui estabelecer objetivos de receita, margem
de lucro e crescimento. Ter metas claras ajudará a direcionar os esforços e tomar
decisões estratégicas.

2. Faça um planejamento orçamentário: Elabore um planejamento orçamentário


para o seu negócio. Isso envolve estimar as receitas e despesas esperadas para um
determinado período de tempo, como um ano. O planejamento orçamentário
servirá como uma referência para acompanhar o desempenho financeiro e fazer
ajustes conforme necessário.

3. Acompanhe as métricas financeiras: Monitore de perto as métricas financeiras,


como a receita líquida, margem bruta e margem líquida. Essas métricas fornecerão
insights sobre a saúde financeira do seu negócio e ajudarão a identificar áreas
de melhoria.

4. Controle as despesas: Faça um acompanhamento rigoroso das despesas do seu


negócio. Analise todas as categorias de despesas, como marketing, administrativo,
serviços de terceiros, entre outros. Identifique oportunidades de reduzir custos ou
otimizar processos.

5. Ajuste o planejamento conforme necessário: À medida que você acompanha as


métricas financeiras e analisa as despesas, é possível que seja necessário fazer
ajustes no planejamento orçamentário. Esteja aberto a mudanças e faça os ajustes
necessários para alcançar as metas estabelecidas.

6. Utilize a tecnologia a seu favor: Considere a adoção de uma ferramenta de gestão


financeira, como um software de contabilidade ou um sistema de ERP. Essas
ferramentas podem facilitar o acompanhamento das finanças e fornecer
relatórios precisos e atualizados.

7. Invista em marketing estratégico: O investimento em marketing é essencial para


impulsionar o crescimento do seu negócio de serviços. No entanto, é importante
fazer um investimento estratégico, direcionando os recursos para as estratégias
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que trarão melhores resultados.

8. Acompanhe o fluxo de caixa: O fluxo de caixa é a movimentação de entrada e


saída de dinheiro do negócio. Acompanhe de perto o fluxo de caixa para garantir
que haja dinheiro suficiente para cobrir as despesas e evitar problemas de
liquidez.

9. Esteja preparado para imprevistos: Tenha uma reserva de emergência para lidar
com imprevistos ou períodos de baixa demanda. Isso ajudará a manter a
estabilidade financeira do seu negócio mesmo em situações adversas.

Gerenciar as finanças do seu negócio de serviços requer disciplina, organização e


atenção aos detalhes. Com as estratégias certas, é possível alcançar a estabilidade
financeira e impulsionar o crescimento do seu negócio.

Planejamento Estratégico para Empresas: Por que é importante?

Quando se trata de planejamento estratégico, infelizmente, apenas uma minoria


de empresas se dedica a essa atividade tão importante. No entanto, aquelas que
o fazem têm uma grande vantagem competitiva. Mas por que é tão crucial investir
tempo e esforço em um plano estratégico? É simples: ele é uma medida preventiva
para evitar a ruína do seu negócio.

Empreender sempre envolve um certo grau de risco. No entanto, quando você coloca
todas as suas questões no papel e traça um plano estratégico claro, você está
diminuindo consideravelmente o risco de arruinar sua empresa. Afinal, o que pode
tirar você do jogo do empreendedorismo é justamente perder o controle das finanças,
acumular dívidas ou tomar empréstimos excessivos.

Ao planejar cuidadosamente, você consegue identificar as possíveis armadilhas


e tomar medidas proativas para evitá-las. Isso inclui analisar a situação financeira
da empresa, criar orçamentos realistas e estabelecer metas e indicadores de
desempenho. Dessa forma, você se resguarda e garante que seu negócio está
sempre caminhando na direção certa.
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O planejamento estratégico também permite que você aproveite oportunidades


a longo prazo e esteja preparado para possíveis crises. Ao analisar o mercado,
identificar tendências e examinar o comportamento do seu público-alvo, você pode
antecipar mudanças e ajustar suas estratégias de acordo. Isso significa que, mesmo
em tempos difíceis, sua empresa terá uma base sólida para se apoiar e sair à frente
da concorrência.

Além disso, o planejamento estratégico auxilia na comunicação interna da


empresa. Quando todos os membros da equipe conhecem a visão e os objetivos da
empresa, é mais fácil alinhar esforços e garantir que todos estejam trabalhando na
mesma direção. Isso promove a produtividade, a colaboração e o engajamento dos
funcionários.

Portanto, é fundamental dedicar tempo e recursos para elaborar um plano estratégico


sólido. Lembre-se de que você não está apenas planejando o presente, mas também
o futuro do seu negócio. Ao fazer isso, você está garantindo que sua empresa
tenha as melhores chances de sucesso e crescimento sustentável.

5. FUNDAMENTOS DE FINANÇAS

Entendendo a diferença entre regime de competência e regime de caixa.

Neste módulo de Fundamentos de Finanças, vamos explorar conceitos essenciais


para que você, empreendedor, possa compreender a saúde financeira da sua
empresa. Muitas vezes, durante a graduação, não somos ensinados sobre
contabilidade e análise das demonstrações contábeis, por isso, é fundamental adquirir
esse conhecimento.

5.1. Regime de competência x regime de caixa

No âmbito contábil, existem dois regimes principais: o regime de competência e o


regime de caixa. O regime de competência reconhece as receitas e despesas no
período em que ocorrem, enquanto o regime de caixa reconhece essas
movimentações no momento do pagamento ou do recebimento.
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A importância de compreender essas modalidades reside no fato de que, muitas


vezes, o empreendedor pode acreditar que está obtendo lucro, quando, na verdade,
está enfrentando prejuízo. Por quê? Porque pode haver confusão entre lucro e caixa.

Vamos supor que você alugou uma sala para suas atividades em janeiro e utilizou-a
ao longo desse mês. O aluguel dessa sala é uma despesa de janeiro, de acordo
com o regime de competência, pois está relacionada ao período em que você
esteve utilizando o espaço. No entanto, o pagamento desse aluguel ocorrerá em
fevereiro, segundo o regime de caixa. Portanto, é possível que você acredite estar
lucrando em janeiro, quando, na verdade, enfrentará prejuízo em fevereiro.

A importância do caixa

Embora muitas empresas possam deliberadamente apresentar prejuízo, elas jamais


podem ficar sem caixa. A falta de caixa pode levar à falência de uma empresa,
mesmo que ela esteja gerando prejuízo. Ter dinheiro suficiente para cobrir as
despesas é fundamental para a sobrevivência do negócio.

Startups e financiamento

Startups, especialmente, podem gerar prejuízo por muitos anos, mas não podem
ficar sem caixa. A estratégia delas é buscar financiamento junto a investidores para
suportar as despesas operacionais enquanto expandem sua base de clientes.
Empresas como Nubank, Uber e Amazon são exemplos de negócios que geram
prejuízo, mas possuem abundante fluxo de caixa de origem financeira.

As três demonstrações contábeis

Para compreender como esses conceitos se correlacionam, é necessário


conhecer as três demonstrações contábeis principais: o balanço patrimonial, a
demonstração do resultado do exercício (DRE) e a demonstração dos fluxos de caixa
(DFC).

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O balanço patrimonial mostra a situação de caixa e contas a receber. Nele, são


registradas as entradas e saídas de caixa, fornecendo uma visão do ativo da empresa,
incluindo valores em caixa, contas a receber e estoques.

A DRE evidencia o lucro segundo o regime de competência. Nela, são registradas


as receitas geradas pela empresa, bem como os custos e despesas associados a
essas receitas. O resultado final é o lucro ou prejuízo.

A DFC, por sua vez, demonstra o fluxo de caixa gerado pela empresa. Essa
demonstração é elaborada segundo o regime de caixa e mostra a origem do caixa,
informando quanto foi gerado nas atividades operacionais, de investimento e de
financiamento.

É importante observar que essas três demonstrações apresentam valores


distintos. O balanço patrimonial mostra a situação financeira e contábil da
empresa, a DRE evidencia o lucro segundo o regime de competência e a DFC
registra o caixa gerado pela atividade operacional, de investimento e de
financiamento.

Entender a diferença entre o regime de competência e o regime de caixa é


essencial para a análise financeira de uma empresa. Ao conhecer as três
demonstrações contábeis principais e sua correlação, você terá uma visão mais
completa sobre a situação financeira do seu negócio. Lembre-se de que prejuízo é
uma situação comum em muitas empresas, mas a falta de caixa pode levar à
falência. Portanto, gerenciar o fluxo de caixa é fundamental para a sobrevivência e o
crescimento do seu empreendimento.

5.2. Estrutura e análise da DRE

A demonstração do resultado do exercício é uma demonstração contábil


essencial para qualquer negócio. É importante entender a diferença entre o
lucro/prejuízo do exercício e o caixa gerado. De acordo com o regime de competência,
a receita é reconhecida mesmo que ainda não tenha sido recebida.

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No início, muitas vezes o regime de competência e o regime de caixa podem se


confundir, mas é fundamental compreender a diferença e ter uma visão abrangente
do negócio.

É comum que as empresas possuam uma DRE (Demonstração do Resultado do


Exercício) gerencial, que auxilia no processo de tomada de decisões. À medida
que a empresa cresce, os departamentos financeiro e contábil precisam trabalhar
em conjunto.

É recomendado montar uma DRE detalhada, com os principais componentes para


facilitar a análise da situação financeira da empresa. A estrutura da DRE envolve a
receita bruta, deduções da receita bruta, receita líquida, custo do serviço
prestado, lucro bruto e margem bruta.

Montando a sua DRE:

1. Receita bruta:
Comece pela receita bruta, que representa o valor total das vendas ou serviços
prestados pela empresa no período em questão. Geralmente, esse valor pode ser
encontrado nas notas fiscais emitidas.

2. Deduções da receita bruta:


Agora, é preciso considerar as deduções da receita bruta. Isso inclui os tributos
sobre as vendas, como ISS, PIS, COFINS, entre outros. Caso você esteja
enquadrado no Simples Nacional, é possível incluir todos os tributos do regime
nessa categoria.

3. Receita líquida:
Após deduzir as deduções da receita bruta, você chegará à receita líquida. Esse valor
representa o montante efetivo que a empresa recebeu pelos seus produtos ou
serviços.

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4. Custo dos serviços prestados:


A partir da receita líquida, é necessário subtrair o custo dos serviços prestados. Essa
categoria inclui todos os gastos diretamente relacionados à prestação dos seus
serviços ou produção de bens. Por exemplo, custos com sistemas, certificado
digital, plataforma de gestão, entre outros.

5. Lucro bruto:
O lucro bruto é calculado subtraindo-se o custo dos serviços prestados da receita
líquida. Ele representa o resultado financeiro antes das demais despesas e
impostos.

6. Margem bruta:
A margem bruta é a relação entre o lucro bruto e a receita líquida. Essa medida indica
quanto de lucro você obteve a partir de cada R$100 de venda. É importante ressaltar
que o valor da margem bruta pode variar de acordo com o setor de atuação e o
estágio de crescimento da empresa.

A margem bruta é calculada dividindo o lucro bruto pela receita líquida,


representando o quanto da receita líquida sobra após a dedução do custo do
serviço prestado. É importante considerar que margens mais altas nem sempre
indicam maior rentabilidade, pois o estágio da empresa e a escala de crescimento
podem influenciar nesse aspecto.

Após o lucro bruto, são apresentadas as despesas operacionais, que podem ser
divididas em despesas variáveis (que variam com o volume vendido ou serviço
prestado) e despesas fixas. A margem de contribuição é a receita menos custos e
despesas variáveis, que precisa ser suficiente para cobrir as despesas fixas e ainda
contribuir para o lucro da empresa.

7. Margem de contribuição:
Após subtrair as despesas operacionais do lucro bruto, você chegará à margem de
contribuição. Esse valor representa o quanto a empresa obtém de receita líquida
após descontar os custos e despesas variáveis. A margem de contribuição deve
ser suficiente para cobrir as despesas fixas e ainda gerar lucro para a empresa.
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Após a margem de contribuição, é apresentado o EBITDA (lucro antes do


resultado financeiro, impostos sobre o lucro e depreciação e amortização). O
resultado financeiro deve considerar apenas as despesas de juros, excluindo o valor
principal de empréstimos. Em seguida, são retiradas a depreciação e amortização,
bem como os tributos sobre o lucro (IRPJ e CSLL, por exemplo), chegando-se
ao lucro líquido.

8. Lucro líquido:
No próximo passo, é necessário considerar o resultado financeiro, incluindo o
resultado de juros, impostos sobre o lucro e depreciação/amortização. Ao subtrair
esses valores do lucro bruto, você chegará ao lucro líquido, que representa o
resultado final da empresa.

A margem líquida é calculada dividindo o lucro líquido pela receita líquida,


representando o percentual de lucro obtido para cada R$100 de receita. É importante
analisar a margem líquida no contexto específico do negócio, pois margens
mais baixas não necessariamente indicam menor rentabilidade.

É possível fazer uma gestão cuidadosa das despesas fixas, granularizando-as para
uma visão mais abrangente. Essa estrutura da DRE é fundamental para a análise
financeira da empresa e é recomendado implementá-la o quanto antes no
negócio.

Elaborar uma demonstração do resultado do exercício detalhada é essencial para uma


análise mais precisa da saúde financeira da sua empresa. Essa ferramenta permite
identificar possíveis problemas e tomar decisões estratégicas para o
crescimento do negócio.

5.3. A importância do balanço patrimonial

A estrutura do balanço patrimonial é mencionada, sendo dividido em ativo,


passivo e patrimônio líquido. O ativo refere-se aos bens e direitos da empresa,
enquanto o passivo abrange as obrigações da entidade. Já o patrimônio líquido
representa o capital próprio da empresa. O ativo é subdividido em ativo circulante
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(ativos de curto prazo) e ativo não circulante (imobilizado, intangível, investimentos e


realizável a longo prazo). O passivo também é dividido em circulante (obrigações de
curto prazo) e não circulante (obrigações de longo prazo). O patrimônio líquido é
composto por contribuições dos sócios, como capital social, reservas de lucros e
lucros acumulados.

A importância do balanço patrimonial para a companhia: entenda por que é


fundamental para o seu negócio

Quando uma empresa está em seus estágios iniciais, costuma ser comum que os
empreendedores deem pouca importância para a elaboração de um balanço
patrimonial completo. Muitos preferem focar na análise da Demonstração do
Resultado do Exercício (DRE) e utilizar a contabilidade gerencial para
acompanhar o desempenho da empresa. No entanto, é essencial entender que um
balanço patrimonial bem feito pode ter um papel fundamental na saúde financeira e
no crescimento da companhia.

O balanço patrimonial é um documento que precisa ser apresentado no livro


diário da empresa ao final do exercício contábil. Ele é composto por três partes:
ativo, passivo e patrimônio líquido. O ativo é entendido como os bens e direitos da
empresa, enquanto o passivo representa as obrigações que a companhia tem a
cumprir. Já o patrimônio líquido é o capital próprio da empresa, refletindo as
contribuições dos sócios.

Dentro do ativo, há a divisão em ativo circulante e ativo não circulante. O ativo


circulante reúne os ativos de curto prazo, como caixa e estoques, enquanto o ativo
não circulante engloba os bens de longo prazo, como imobilizado, intangível e
investimentos. Da mesma forma, o passivo é dividido em passivo circulante e
passivo não circulante, representando as obrigações de curto e longo prazo,
respectivamente.

Elaborar um balanço patrimonial adequado é fundamental para a empresa desde


o início, especialmente quando precisa buscar empréstimos ou realizar
transações com fornecedores. Mesmo para empresas de serviços, quanto mais
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cedo um balanço patrimonial é realizado, melhores são as chances de sucesso.

Ao preparar o balanço patrimonial, é importante prestar atenção em dois


aspectos cruciais: o patrimônio líquido negativo e os índices de liquidez. Um
patrimônio líquido negativo indica que a empresa não tem condições de arcar
com suas despesas básicas e pode dificultar a obtenção de empréstimos. Esse
cenário é conhecido como passivo a descoberto. Por outro lado, os índices de
liquidez permitem analisar a capacidade da empresa de pagar suas dívidas de
curto prazo.

Dentre os índices de liquidez mais utilizados estão o índice de liquidez corrente,


índice de liquidez seca, índice de liquidez geral e índice de liquidez imediata. Eles
são calculados a partir da comparação entre o ativo circulante e o passivo
circulante. Um índice de liquidez corrente próximo a 1 ou superior indica uma maior
capacidade de pagar dívidas de forma imediata.

Para empresas de tecnologia ou listadas em bolsa, também é importante


considerar a relação dívida líquida sobre EBITDA. Esse indicador mostra o tempo
que a empresa levaria para quitar suas dívidas a partir da geração de caixa
operacional. Quanto menor o índice, melhor é a situação financeira da empresa.

No caso de empresas de serviços, a necessidade de alavancagem financeira


costuma ser menor, já que esse tipo de negócio não demanda grandes
investimentos em ativos. Portanto, não é necessário assumir dívidas
desnecessárias.

Elaborar um balanço patrimonial bem feito desde o início é fundamental para


garantir a saúde financeira da empresa. Portanto, não negligencie essa importante
etapa. Ao focar tanto na DRE quanto no balanço patrimonial, você terá maior controle
e poderá tomar decisões estratégicas mais acertadas para o sucesso do seu negócio.

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5.4. Margem de contribuição e ponto de equilíbrio

A margem de contribuição é um indicador financeiro que mostra quanto de cada


unidade vendida fica disponível para cobrir os custos fixos e despesas da
empresa, além de gerar lucro. Para calcular a margem de contribuição, subtraímos
os custos e despesas variáveis do valor da receita de vendas ou prestação de
serviços.

Já o ponto de equilíbrio é o momento em que a margem de contribuição se


iguala aos custos e despesas fixos da empresa. Nesse ponto, a empresa não
apresenta lucro nem prejuízo, pois todas as despesas foram cobertas pela margem
de contribuição.

É importante ressaltar que o ponto de equilíbrio é conhecido como break-even point


e é muito relevante para empresas novas e startups que, inicialmente, podem ter um
período de prejuízo antes de atingir o ponto de equilíbrio.

Em relação ao exemplo citado, temos uma receita de serviço contábil de R$3.000.


Após subtrairmos os custos variáveis, como gasto com um sistema contábil de R$600,
RP financeiro de R$159, tributos do Simples Nacional de R$180 e despesas de
marketing de R$400, chegamos a uma margem de contribuição de R$1.661. Esse
valor representa a contribuição gerada para cobrir os custos fixos e despesas, além
de formar o lucro.

No exemplo dado, os custos e despesas fixos são de R$536, resultando em um lucro


de R$1.125, que é mais do que suficiente para atingir o ponto de equilíbrio. É
importante destacar que empresas que desejam escalar, ou seja, aumentar a margem
de contribuição sem elevar os custos fixos, podem ter mais facilidade caso não haja
um aumento significativo nos custos fixos a cada nova venda ou prestação de serviço.

No entanto, é válido mencionar que serviços contábeis podem apresentar


dificuldades em escalar, pois para atender mais clientes, é necessário aumentar
a mão de obra e, consequentemente, os custos fixos. Diferente de empresas como
a Netflix, em que o custo por novo usuário é praticamente o mesmo, possibilitando um
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crescimento desproporcional da margem de contribuição em relação aos custos fixos.

Portanto, é recomendado que as empresas façam esse cálculo de margem de


contribuição e identifiquem seu ponto de equilíbrio, assim como avaliem suas
possibilidades de escalabilidade, de acordo com a natureza do negócio. Isso
auxiliará na tomada de decisões e planejamento financeiro adequado.

A importância do Ponto de Equilíbrio e da Margem de Contribuição

A análise do Ponto de Equilíbrio e da Margem de Contribuição é fundamental para o


sucesso financeiro de qualquer empresa. Esses indicadores permitem
compreender a realidade financeira do negócio e tomar decisões estratégicas
com base em dados concretos.

Ao conhecer o Ponto de Equilíbrio, você saberá a quantidade mínima de


produtos ou serviços que precisa vender para cobrir todos os custos e começar
a gerar lucro. Além disso, você pode identificar qual é o valor de venda ideal para
alcançar o Ponto de Equilíbrio mais rapidamente.

Já a Margem de Contribuição permite entender o impacto das vendas no resultado


financeiro da empresa. Ao saber o valor da Margem de Contribuição, você pode
identificar quais produtos ou serviços são mais rentáveis e quais precisam de
ajustes para aumentar a lucratividade.

Escalabilidade e crescimento

É importante destacar a diferença entre escalar e crescer. O crescimento refere-se


ao aumento das operações e receitas da empresa, muitas vezes acompanhado
do aumento proporcional dos custos e despesas fixos. Por outro lado, a
escalabilidade é a capacidade de aumentar a Margem de Contribuição sem que
os custos fixos também aumentem proporcionalmente.

Enquanto alguns negócios, como a Netflix, por exemplo, possuem uma escalabilidade
alta, com baixo aumento de custos fixos para cada novo usuário, outros, como
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serviços contábeis, possuem uma escalabilidade limitada, uma vez que atender mais
clientes costuma implicar em maior mão de obra e aumento proporcional dos custos
fixos.

A Margem de Contribuição e o Ponto de Equilíbrio são indicadores financeiros


fundamentais para o sucesso de qualquer empresa. Eles permitem compreender
a realidade financeira do negócio, tomar decisões estratégicas e identificar áreas que
precisam de ajustes para aumentar a lucratividade.

Ao calcular a Margem de Contribuição e identificar o Ponto de Equilíbrio, você


terá uma visão clara da saúde financeira da sua empresa e poderá determinar
metas e estratégias para alcançar o sucesso. Portanto, não deixe de realizar essa
análise em seu negócio e utilizar esses indicadores como ferramentas de crescimento
e tomada de decisões.

5.5. CAC e LTV

Entendendo a Importância desses Conceitos para Avaliar a Saúde de sua


Empresa

Quando se trata de avaliar se uma empresa é saudável ou não, dois conceitos são
extremamente importantes: o Custo de Aquisição por Cliente (CAC) e o Valor
Vitalício do Cliente (LTV). Esses conceitos permitem analisar a eficiência dos
esforços de aquisição de novos clientes e entender o valor que cada cliente traz para
a empresa ao longo do tempo.

O CAC, ou Custo de Aquisição por Cliente, refere-se ao investimento médio


necessário para adquirir um novo cliente. Isso inclui todos os gastos relacionados
à aquisição de clientes, como despesas de marketing, publicidade, equipe de vendas
e outras iniciativas direcionadas a conquistar novos consumidores. Ou seja, o CAC
abrange os custos de marketing, publicidade e vendas.

É importante avaliar o CAC cuidadosamente, especialmente ao começar um


empreendimento. No início, quando você está fazendo indicações orgânicas e
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trabalhando por conta própria, o seu CAC é praticamente zero. No entanto, à medida
que você se profissionaliza, investe em diferentes canais de marketing e realiza outras
iniciativas de aquisição de clientes, seu CAC começa a aumentar. Analisar o CAC por
canal de aquisição é fundamental para determinar a eficiência de cada canal de
marketing.

O cálculo básico do CAC é simples: basta dividir o custo total de marketing e vendas
pelo número de novos clientes adquiridos. Por exemplo, se você gastou R$500 em
marketing no Facebook Ads e R$100 em comissões para um vendedor que
recebe um salário de R$1.500, e adquiriu 10 novos clientes, seu CAC será de
R$210.

No entanto, apenas avaliar o CAC isoladamente não é suficiente para determinar


se sua empresa está tendo um bom desempenho. É nesse ponto que entra o
segundo conceito importante: o LTV, ou Valor Vitalício do Cliente, que representa o
montante total que um cliente gasta na empresa ao longo de seu relacionamento.

O LTV é uma estimativa do valor total que o cliente médio trará para a empresa
durante todo o seu tempo como cliente. Leva em consideração a frequência de
compras, o tempo de retenção média e o valor médio de compra por cliente. Por
exemplo, se um cliente tem uma mensalidade de R$300 e costuma permanecer
na empresa por dois anos, seu LTV será de R$7.200.

Analisar o CAC e o LTV em conjunto é fundamental para ter uma visão completa
da saúde financeira da empresa. Se o CAC for maior que o LTV, significa que você
está investindo mais para adquirir um cliente do que o valor que ele traz para a
empresa, o que não é ideal. Por outro lado, se o LTV for significativamente maior que
o CAC, significa que cada cliente traz um retorno alto para o investimento feito, o que
é excelente.

O ideal é que o CAC se pague em um período de 12 meses, ou seja, o valor investido


para adquirir um cliente seja recuperado em até 12 meses. Se o payback for menor,
como em 6 meses, é considerado bom, e se for menor que 3 meses, é excelente.

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Ao analisar o CAC e o LTV, é possível identificar quais canais de aquisição estão


trazendo melhores resultados e direcionar os investimentos de forma mais
eficiente. Além disso, ao entender a relação entre custo e receita que cada cliente
traz para a empresa ao longo do tempo, é possível tomar decisões estratégicas para
aumentar o LTV e otimizar o desempenho financeiro da empresa.

É importante ressaltar que existem análises mais complexas de retenção e outros


aspectos relacionados a CAC e LTV, como análise de cohort. No entanto, a análise
simples desses dois conceitos já proporciona uma base sólida para avaliar a saúde
financeira da empresa.

Em resumo, o CAC e o LTV são conceitos fundamentais para avaliar a eficiência da


aquisição de clientes e entender o valor que cada cliente traz para a empresa ao longo
do tempo. Analisar o CAC e o LTV em conjunto possibilita tomar decisões
estratégicas mais embasadas e direcionar os investimentos de forma mais
eficiente. Portanto, fique atento a esses conceitos e utilize-os como ferramentas para
impulsionar o crescimento sustentável de sua empresa.

6. FUNDAMENTOS DE LIDERANÇA

6.1. Como priorizar tarefas

Como se tornar um bom líder utilizando o método GTD

O método GTD consiste em capturar as ideias, esclarecer se são viáveis, organizar e


refletir sobre a prioridade e, por fim, engajar na execução das tarefas. O método
chamado Getting Things Done (GTD) pode ajudar nessa priorização.

Ser um bom líder é um objetivo que muitas pessoas têm ao iniciar um


empreendimento ou assumir uma posição de liderança. Uma das características
fundamentais de um líder é ser motivado e ter a capacidade de motivar sua equipe.
No entanto, saber como priorizar as atividades diárias e lidar com tantas ideias e
demandas pode ser um desafio para qualquer líder.

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Nesse sentido, o método Getting Things Done (GTD), criado por David Allen,
pode ser uma ferramenta eficaz para ajudar os líderes a priorizarem as tarefas e
alcançarem seus objetivos. O GTD consiste em capturar ideias, esclarecer,
organizar, refletir e, por fim, executar. Vamos entender melhor cada um desses
passos.

Capturar as ideias

A primeira etapa do GTD é capturar as ideias. Quando temos uma nova ideia, é
importante registrá-la para evitar que ela se perca. Ter um local específico, como uma
caixa de entrada virtual ou uma lista, onde você possa escrever todas as suas ideias
é essencial.

Esclarecer as ideias

Após capturar as ideias, é importante avaliá-las e esclarecer se são viáveis ou não.


Para isso, pergunte-se: "Eu consigo fazer algo a respeito dessa ideia?". Se a
resposta for sim, você pode seguir em frente. Caso contrário, reconheça que essa
ideia não pode ser executada e deixe-a de lado.

Organizar as ideias

Uma vez que você tenha as ideias que são viáveis, é hora de organizá-las. Priorize-
as de acordo com sua importância e urgência. Uma maneira de fazer isso é utilizar
ferramentas de gestão de projetos, como o Trello. No Trello, você pode criar
diferentes boards para cada etapa do processo, como "Ideias", "Projetos em
andamento", "Projetos concluídos" e assim por diante. Assim, você terá uma visão
clara do que precisa ser feito e poderá acompanhar o progresso de cada projeto.

Refletir sobre as ideias

Depois de organizar as ideias, é importante refletir sobre elas antes de tomar qualquer
decisão. Pergunte-se se esse é o momento certo para executar determinada ideia ou
se é melhor deixá-la para mais adiante. Essa reflexão ajuda a evitar a sobrecarga
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de tarefas e priorizar aquilo que é mais importante no momento.

Executar as ideias

Por fim, após passar por todas as etapas anteriores, é hora de executar as ideias.
Utilize o Trello ou qualquer outra ferramenta de sua escolha para acompanhar o
progresso de cada projeto e garantir que as tarefas sejam concluídas.

Ser um bom líder requer habilidades de gestão e organização. O método GTD


pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar os líderes a priorizarem suas tarefas e
alcançarem seus objetivos. Capturar as ideias, esclarecer, organizar, refletir e
executar são os passos essenciais desse método, que pode ser aplicado tanto
na vida profissional quanto na pessoal. Utilize ferramentas como o Trello para
organizar suas tarefas e otimizar sua produtividade. Lembre-se de que, como líder, é
essencial priorizar as atividades e evitar distrações para alcançar o sucesso.

6.2. Mindset Fixo x Mindset de crescimento

Como desenvolver o mindset de crescimento para ter sucesso profissional?

Você pode acreditar que as suas qualidades são imutáveis, que você é bom em
algumas coisas e ruim em outras, e que não pode mudar essa situação. Mas a
verdade é que a sua mentalidade pode ser alterada e desenvolver um mindset de
crescimento é essencial para alcançar o sucesso profissional.

A mentalidade fixa pode atrapalhar o seu crescimento, pois você pode ter dificuldade
em lidar com desafios e fracassos, além de desistir facilmente quando as coisas ficam
difíceis. Acreditar que não é bom o suficiente para alcançar o sucesso também
pode ser um obstáculo.

Para desenvolver o mindset de crescimento, é necessário acreditar que o esforço e o


aprendizado podem melhorar suas habilidades e conhecimentos. É preciso ter a
mentalidade de que é possível mudar e se desenvolver, mesmo diante de
desafios e fracassos.
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Um exemplo disso é o autor do texto, que passou em um concurso público e


percebeu que suas qualidades poderiam ser desenvolvidas através do esforço
e do aprendizado. Ele entendeu que poderia melhorar em qualquer coisa se
trabalhasse duro, mesmo enfrentando desafios e fracassos ao longo do caminho.

Portanto, se você deseja empreender ou ter sucesso profissional, é importante estar


ciente de que encontrará desafios e dificuldades ao longo do caminho. Porém, é
fundamental acreditar que o seu crescimento não é linear, mas sim exponencial. Todo
conhecimento adquirido ao longo da vida será capitalizado e, a longo prazo, o
investimento em melhorias valerá a pena.

Além disso, é essencial investir na sua própria carreira. Nenhum investimento em


bolsa de valores ou criptomoedas gera um retorno maior do que o investimento em si
mesmo. Acreditar no seu crescimento, investir em conhecimento e no
desenvolvimento de habilidades são provas de que você entendeu o conceito
de mindset de crescimento.

Enfrentar os desafios de frente, focar no processo de crescimento e aprendizagem,


elogiar os esforços realizados e entender que o esforço é tão valioso quanto o talento
são algumas lições importantes para desenvolver o mindset de crescimento.

Por fim, lembre-se de que o sucesso não é imediato, mas uma consequência de
todo o processo de crescimento e desenvolvimento. Concentre-se em se tornar o
melhor profissional que você pode ser gradualmente e não apenas em alcançar
resultados imediatos.

Portanto, mude sua mentalidade fixa para um mindset de crescimento e você


estará no caminho para alcançar o sucesso profissional que deseja.

6.3. Liderança

O processo de tomada de decisões é um aspecto central da liderança. No início, as


decisões são baseadas principalmente na intuição e percepção do líder, mas à medida
que ele se desenvolve, a tomada de decisões deve ser embasada em dados. O líder
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deve evitar o risco de ruína e aprender a tomar decisões conscientes.

Liderar quando tudo está indo bem é fácil, mas a verdadeira liderança é testada
durante os momentos difíceis e desafiadores. O líder deve desenvolver habilidades
de liderança de guerra, que focam na sobrevivência da empresa, liderança forte,
inspiração e motivação da equipe, além de tolerância ao risco. Por outro lado,
também é importante entender o papel do líder em tempos de paz, onde o foco é no
crescimento e inovação.

Como a liderança pode impactar positivamente a sua empresa

No mundo empresarial, a liderança é um assunto amplamente discutido. Com a


expansão das redes sociais, a oferta de cursos e a busca constante por conhecimento
prático, a liderança se tornou um tópico muito abordado. Mas afinal, o que é liderar?

Desenvolvendo a liderança:

Ao iniciar uma empresa, é inevitável que o processo de liderança seja


desenvolvido ao longo do tempo. No início, é comum cometer erros, se confundir e
levar as coisas para o lado pessoal. Porém, é importante fazer ajustes ao longo da
rota para evoluir como líder.

Além disso, é fundamental entender que o processo de liderança não se resume


apenas ao seu desenvolvimento pessoal. Liderar envolve atrair talentos, converter
esses talentos para a empresa, desenvolvê-los e retê-los. É um desafio que exige
inteligência emocional para lidar com diversas adversidades.

A importância da gestão de pessoas:

A gestão de pessoas é um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas,


principalmente pelas prestadoras de serviços. A qualidade e o desempenho dos
colaboradores são essenciais para o sucesso da empresa. Portanto, é fundamental
construir uma cultura organizacional sólida, onde o líder não se coloque acima
da equipe, mas sim trabalhe em conjunto com ela.
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Tomada de decisões consciente:

Liderar implica tomar decisões constantemente. Muitas vezes, essas decisões


precisam ser rápidas e firmes, o que pode desagradar algumas pessoas. No entanto,
à medida que você se desenvolve como líder e gestor, percebe a importância de
tomar decisões conscientes, baseadas em dados e números.

Evitar riscos de ruína:

Um bom líder deve evitar o risco de ruína a todo custo. Isso significa tomar decisões
que garantam a sobrevivência da empresa. O risco de falta de caixa pode ser
devastador para um negócio. Por isso, é importante tomar decisões embasadas em
informações concretas e evitar correr riscos desnecessários.

CEO de guerra versus CEO de paz:

Existem dois tipos de liderança: o CEO de guerra e o CEO de paz. O CEO de


guerra foca na sobrevivência da empresa, enquanto o CEO de paz busca o
crescimento e a inovação. Cada estilo de liderança tem suas características próprias
e é importante entender qual deles se adequa melhor ao seu perfil e ao momento da
sua empresa.

Liderar é um processo contínuo de desenvolvimento pessoal e profissional. Ao


longo do tempo, é possível evoluir como líder, aprender a tomar decisões conscientes
e enfrentar os desafios da gestão de pessoas. A liderança é um fator crucial para o
sucesso de uma empresa e seu desenvolvimento requer prática, experiência e
adaptação.

Entender os diferentes estilos de liderança e como eles podem impactar sua


empresa é essencial para tomar decisões estratégicas e desenvolver sua equipe
de forma eficiente. Continue se aprimorando como líder e colherá os benefícios
desse investimento no crescimento e sucesso do seu negócio.

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Como se tornar um bom líder e lidar com a gestão de pessoas

Ser um líder eficaz nem sempre é uma tarefa fácil. Muitas pessoas têm dificuldade em
lidar com a responsabilidade de gerir equipes e tomar decisões importantes. No
entanto, liderança não é um dom inato, mas sim uma habilidade treinável. Com
o tempo e o desenvolvimento adequado, qualquer pessoa pode se tornar um líder
eficaz.

Uma das principais dificuldades da gestão de pessoas é lidar com situações


difíceis, como ter que demitir um colaborador. Muitas vezes, isso pode causar
desconforto emocional e ansiedade. No entanto, é importante entender que, em
algumas situações, a demissão pode ser benéfica tanto para a empresa quanto para
o próprio colaborador, que pode encontrar um ambiente mais adequado às suas
expectativas e necessidades.

Ao contratar novos colaboradores, é importante olhar além do currículo. Embora


as habilidades técnicas sejam importantes, é fundamental analisar as soft skills e
as características comportamentais do candidato. Nos tempos atuais, em que as
mudanças são rápidas e constantes, as soft skills se tornam ainda mais relevantes do
que as habilidades técnicas. Portanto, é necessário dar mais importância às
características pessoais do que apenas ao currículo.

O processo de liderança envolve a capacidade de dar feedbacks, ter conversas


sérias e se comunicar de forma eficaz. Essas habilidades podem ser desenvolvidas
ao longo do tempo e treinadas constantemente. Assim como em um relacionamento,
é normal ter divergências no início, mas é necessário aprender a ter conversas
pacíficas e construtivas. A liderança é uma habilidade treinável e o desenvolvimento
nesse aspecto será um dos maiores desafios a serem enfrentados no mundo
empresarial.

Para ser um bom líder, é importante que o exemplo seja o caminho a ser
seguido. A cultura de uma empresa reflete os comportamentos e valores imputados
pelos líderes. Por isso, é fundamental estar presente e engajado com a equipe,
demonstrando confiança e comprometimento. Um bom líder tem muitas
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responsabilidades e todas elas acabam recaindo sobre ele. Além disso, é fundamental
ser honesto e transparente com os colaboradores, tanto nas notícias boas quanto nas
ruins.

O treinamento da equipe é essencial para garantir o sucesso da empresa. Um


bom líder precisa investir na capacitação e desenvolvimento dos colaboradores,
garantindo que eles tenham as habilidades necessárias para desempenhar suas
funções de forma eficaz. Além disso, é importante estar aberto ao aprendizado
contínuo e curioso para aprender coisas novas. O comprometimento com o
aprendizado é essencial para se tornar um bom líder.

No entanto, é importante ressaltar que ser um bom líder requer tempo e


dedicação. Não é algo que se aprende da noite para o dia, mas sim uma jornada
contínua de aprendizado e crescimento. É normal que ao longo do caminho,
algumas pessoas desistam e abandonem a liderança. No entanto, é importante
buscar sempre o aprimoramento e não se conformar com a mediocridade. Ser um
bom líder é um desafio constante, mas com perseverança e dedicação, é possível
alcançar o sucesso.

Em resumo, liderar é um processo de aprendizado contínuo, que demanda


inteligência emocional, gestão de pessoas e tomada de decisões conscientes.
O líder deve estar preparado para enfrentar desafios, adaptando seu estilo de
liderança de acordo com as circunstâncias e buscando sempre o crescimento e
desenvolvimento da empresa.

6.4. O papel do líder

Como ser um líder eficaz: aprendendo com os erros e construindo confiança

Ser um bom líder é essencial para o sucesso de qualquer empreendimento ou


negócio, e entender como lidar com os erros e corrigir rapidamente a rota é um dos
principais desafios nessa jornada.

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Errar faz parte do processo de liderança

Errar é uma parte natural do processo de liderança, seja no empreendedorismo, na


gestão ou nos negócios. É importante entender que todos estão sujeitos a
cometer erros e que a questão não é evitar erros, mas sim aprender com eles e
corrigir rapidamente a rota. Exemplificando com casos reais, como a experiência de
investir em marketing sem ter a estrutura adequada para lidar com o aumento de
demanda, é fundamental reconhecer os erros e fazer os ajustes necessários para
evitar problemas futuros.

Ser honesto e transparente com a equipe

A honestidade e transparência com a equipe são características essenciais de


um líder eficaz. Abrir o faturamento e compartilhar informações relevantes com os
colaboradores demonstra uma gestão transparente e cria um senso de pertencimento
na equipe. A partir dessa prática, os colaboradores entendem a importância da venda
e do crescimento da empresa, além de se sentirem mais motivados e engajados em
alcançar os objetivos.

Evitar mudanças de plano em cima da hora

Mudanças constantes de plano podem gerar desconforto e estresse na equipe.


É fundamental que o líder tenha um planejamento estratégico consistente e siga-o até
que se prove necessário ajustá-lo. Mudanças repentinas podem afetar o moral da
equipe e prejudicar a produtividade. É essencial equilibrar a busca pela melhor
decisão com a estabilidade dos planos, evitando mudanças desnecessárias.

Criar um ambiente de trabalho leve

Um ambiente de trabalho leve e descontraído contribui para a satisfação e


retenção da equipe. Pequenos gestos, como comemorações de aniversário, bolos
de comemoração e reconhecimento do trabalho realizado, criam uma atmosfera
positiva e motivadora. Mesmo que o líder não se identifique tanto com essas
práticas, é importante compreender a importância delas na construção de um
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ambiente saudável e produtivo.

Desenvolver o time e buscar pessoas melhores que você

Investir no desenvolvimento da equipe é crucial para o sucesso a longo prazo. Um


bom líder reconhece a importância de ter pessoas melhores do que ele em
áreas-chave da empresa. Isso significa que o líder precisa abrir mão do controle e
permitir que outros profissionais se destaquem em suas áreas de atuação. Ao
construir uma equipe forte e capacitada, o líder também passa a ser dispensável, uma
vez que a empresa está em boas mãos.

Escutar o liderado e promover a confiança

Escutar ativamente o liderado é uma habilidade fundamental de um líder eficaz. Estar


atento às necessidades e opiniões da equipe contribui para a construção de um
ambiente confiável e estimula a colaboração. Compartilhar as razões de
demissões e promover uma cultura de transparência e respeito também são passos
importantes para conquistar a confiança dos colaboradores.

Ser um líder eficaz exige aprendizado constante e habilidades específicas.


Aprender com os erros, ser honesto e transparente, evitar mudanças repentinas de
plano, criar um ambiente de trabalho leve, desenvolver o time e buscar pessoas
melhores que você são elementos-chave para alcançar o sucesso na liderança.
Construir confiança com a equipe é um processo contínuo que fortalece as relações
e impulsiona o crescimento da empresa.

Como Construir uma Equipe de Sucesso Através de Feedbacks e Liderança


Autêntica

Ter uma equipe bem-sucedida é essencial para o crescimento e o


desenvolvimento de qualquer negócio. No entanto, muitos gestores e
empreendedores enfrentam desafios na construção de uma equipe eficiente.

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A importância do feedback

Um aspecto fundamental para construir uma equipe de sucesso é a implementação


de um sistema de feedbacks claro e eficaz. Feedbacks regulares fornecem
oportunidades para suas equipes compartilharem suas preocupações, ideias e
expectativas, além de permitir que você forneça orientação e direcionamento.

Uma forma eficaz de realizar feedbacks é através das chamadas reuniões one-
on-one. Essas reuniões são encontros individuais com cada membro da equipe,
realizados periodicamente para discutir seu trabalho, desafios, metas e como você
pode ajudá-los. Essa abordagem cria um ambiente seguro e confiável, onde os
membros da equipe se sentem valorizados e ouvidos.

Mesmo que você seja o líder, é importante lembrar que o foco dessas reuniões
é ouvir. Aprenda a ser um bom ouvinte e esteja aberto a críticas construtivas. Entenda
as principais preocupações e necessidades de cada membro da equipe e forneca o
suporte necessário para o sucesso deles. Essa prática de feedback regular
fortalecerá sua relação com a equipe e ajudará a construir confiança.

Liderança autêntica - Mostre seu verdadeiro eu

Outro aspecto essencial para construir uma equipe de sucesso é a liderança autêntica.
Ser um líder autêntico significa ser verdadeiro, honesto e consistente em sua
abordagem. Não se trata de ser perfeito ou agradar a todos, mas de demonstrar uma
confiança genuína em suas ações e decisões.

É importante entender que nem todas as suas decisões serão populares. Isso é algo
que você precisa aceitar desde o início. Em vez de tentar ser amado por todos,
foque em ser honesto e demonstrar confiança. Cumpra suas promessas, pague
salários em dia e esteja disponível para apoiar sua equipe quando necessário.
Estabeleça uma reputação de integridade e confiança, e você ganhará o respeito de
sua equipe.

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No entanto, é crucial lembrar que ser autêntico não significa ser desrespeitoso ou
insensível. Encontre um equilíbrio entre ser honesto e ser respeitoso em sua
comunicação. A verdade pode ser dura às vezes, mas você pode entregá-la com
empatia e consideração pelos sentimentos dos outros.

Como líder, seu papel é guiar sua equipe para o próximo nível. Isso requer
desenvolver pessoas, capacitar sua equipe e ajudá-los a alcançar suas metas e
ambições profissionais. Esteja disposto a dedicar tempo para compreender as
necessidades individuais de cada membro da equipe e oferecer o suporte e os
recursos necessários para o crescimento deles.

Construir e manter uma equipe de sucesso exige tempo, esforço e dedicação.


Através da implementação de feedbacks claros e do desenvolvimento de uma
liderança autêntica, você pode criar um ambiente de trabalho positivo, onde sua
equipe se sinta valorizada e motivada.

Lembre-se de que, como líder, você é responsável por construir uma cultura
empresarial baseada na confiança e no respeito. Seja um líder que seja verdadeiro
e confiável em suas ações, pois isso inspirará sua equipe a segui-lo e dar o melhor de
si. Com feedbacks regulares e uma liderança autêntica, você estará no caminho certo
para construir uma equipe de sucesso.

7. OUTROS TÓPICOS

7.1. Organização ambidestras

Um conceito interessante aplicado ao empreendedorismo e gestão é o das


organizações ambidestras, que são aquelas capazes de focar tanto no presente
quanto no futuro. Essas organizações têm a habilidade de permanecer fortes no que
já fazem bem ao mesmo tempo em que criam novos negócios.

Uma organização ambidestra possui uma estrutura com uma equipe de


negócios atuais e uma unidade de novos negócios, permitindo explorar
oportunidades de mercado enquanto mantém a excelência no que já fazem. É
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importante ter um produto bem validado e clientes satisfeitos antes de buscar a


ambidestria.

No entanto, antes de se tornar uma organização ambidestra, é necessário ter


procedimentos e processos bem estruturados, assim como um processo de
vendas e atendimento ao cliente eficiente. É preciso diferenciar distrações de
oportunidades e compreender que o tempo é limitado e precisa ser bem gerenciado.

Ao escolher onde investir o tempo, é importante distinguir entre uma


oportunidade de novo serviço e uma distração. Oferecer novos serviços para
clientes existentes pode ser uma maneira de impulsionar o crescimento, desde que o
processo de prestação de serviços esteja estabelecido. Isso permite escalar novas
fontes de receita e também reduz o custo de aquisição por cliente.

Se tornar uma organização ambidestra envolve encontrar um equilíbrio entre a


manutenção do que já é bom e a exploração de novas oportunidades, garantindo que
a estrutura interna esteja bem preparada para oferecer uma gama diversificada de
serviços.

Como se tornar uma organização ambidestra para impulsionar seu negócio

No mundo do empreendedorismo, é fundamental ter expectativas realistas


alinhadas à realidade para alcançar o sucesso. Se você tem metas ambiciosas,
mas não está disposto a fazer o necessário para alcançá-las, isso pode se tornar um
obstáculo para a realização profissional. Da mesma forma, se você está
trabalhando muito e suas expectativas são mais modestas, também pode haver
um descompasso. A chave está em encontrar um equilíbrio entre expectativa e
realidade.

Uma estratégia interessante nesse sentido é adotar o conceito de organizações


ambidestras. Essas organizações têm a capacidade de focar no presente e ao mesmo
tempo manter um olhar voltado para o futuro. O conceito de ambidestria é
especialmente relevante no contexto dos negócios digitais, onde as redes
sociais e o mundo digital desempenham um papel cada vez mais importante.
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Uma organização ambidestra é aquela capaz de agir tanto no presente,


mantendo-se forte em seu negócio atual, quanto de criar novos negócios.
Podemos pensar em uma estrutura em que a empresa tem sua equipe atual, focada
no negócio principal, e uma unidade de novos negócios, que se dedica a explorar
novas oportunidades. Essa unidade pode ser necessária especialmente para
empresas tradicionais que desejam expandir sua atuação.

Para se tornar uma organização ambidestra, é crucial ter um produto bem


validado e clientes satisfeitos. Antes de buscar novas oportunidades, é necessário
estabelecer uma base sólida e garantir que seu produto ou serviço seja de qualidade
reconhecida pelos clientes. É importante ter procedimentos, processos e estratégias
bem estruturados. Apenas dessa forma será possível embarcar em uma diversificação
de negócios sem perder o foco no negócio principal.

Para se tornar uma organização ambidestra, uma estratégia interessante é


oferecer serviços adicionais aos clientes já existentes. Chega um momento em
que é difícil crescer somente com os mesmos serviços, então é preciso buscar
maneiras de aproveitar a base de clientes já conquistada. Para isso, é necessário ter
um processo de prestação de serviços bem estabelecido, para garantir a qualidade e
eficiência na entrega.

Em resumo, a ambidestria organizacional é uma estratégia interessante para


impulsionar o crescimento do seu negócio. Ela permite que você mantenha um
foco no presente, aproveitando ao máximo seu negócio principal, ao mesmo tempo
em que explora oportunidades de inovação e expansão. Para se tornar uma
organização ambidestra, é necessário ter um produto/projeto bem validado,
clientes satisfeitos, processos bem estabelecidos e estrutura organizacional
para suportar a expansão.

7.2. Empresas escaláveis x escalonáveis

Como Escalar seu Negócio de Forma Eficiente

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Você já deve ter ouvido falar muito sobre negócios escaláveis nos últimos
tempos, mas será que todo mundo entende o que isso realmente significa? A
verdade é que existe uma diferença entre negócios escaláveis e negócios
escalonáveis.

Os negócios escaláveis são aqueles em que a receita cresce de forma mais


rápida do que os custos. Isso significa que, mesmo que você aumente a quantidade
de clientes ou vendas, seus custos não aumentarão na mesma proporção.

Um bom exemplo de negócio escalável é o de cursos online. Se você vende um


curso para mil pessoas, o custo de produção permanecerá praticamente o mesmo que
se você vendesse apenas uma unidade. Nesse caso, os custos fixos, como pessoal e
aluguel, são diluídos em um maior número de vendas, tornando o negócio mais
rentável.

Já os negócios escalonáveis são aqueles em que a receita cresce, mas os


custos também crescem proporcionalmente. Isso significa que, para aumentar a
produção ou vendas, é necessário investir em mais mão de obra, infraestrutura e
outros gastos adicionais.

Um exemplo de negócio escalonável é um escritório de contabilidade. Se você


quer atender a mais clientes, precisará contratar mais funcionários e investir em
licenças e sistemas. Nesse caso, os custos aumentam junto com a receita.

No entanto, isso não significa que um negócio escalonável seja ruim. Existem
diferentes estratégias que podem ser utilizadas para escalar um negócio de forma
eficiente.

Uma delas é aumentar o mix de produtos oferecidos. Por exemplo, um escritório de


contabilidade pode oferecer serviços adicionais, como BPO, registro de marca
e serviços bancários. Dessa forma, é possível oferecer soluções mais completas
para os clientes, aumentando a receita sem aumentar proporcionalmente os custos.

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Outra estratégia é expandir as verticais de negócio. Isso significa diversificar as


áreas de atuação da empresa. Um escritório de contabilidade, por exemplo, pode criar
uma nova vertical de negócio para oferecer serviços de contratação de pessoal para
seus clientes. Isso permite que a empresa tenha diferentes fontes de receita e
aumente seu potencial de crescimento.

Um exemplo de empresa que utiliza essas estratégias com maestria é a Amazon.


Além de vender produtos, a Amazon oferece serviços como streaming de vídeo, leitor
digital (Kindle), hospedagem de servidores (AWS) e até mesmo supermercados
(Whole Foods). Com isso, a empresa conseguiu transformar um negócio não
escalável em uma das maiores do mundo.

Portanto, é importante entender a diferença entre negócios escaláveis e escalonáveis


e aplicar as estratégias adequadas para cada caso. Nem sempre um negócio
escalável é ruim, mas é fundamental encontrar maneiras de escalar o negócio
de forma eficiente e rentável.

7.3. Princípios de contratações

Como criar um time de sucesso

A contratação de colaboradores é um processo crucial para o crescimento e


sucesso de uma empresa. No entanto, contratar as pessoas certas pode ser um
desafio, principalmente para empreendedores que estão começando e não têm um
setor de recursos humanos dedicado a essa função.

A nota da sua empresa é a nota que você dá para o seu time

Antes de mais nada, é importante entender que a nota da sua empresa é determinada
pela qualidade do seu time. Contratar pessoas competentes e comprometidas é
essencial para o sucesso de qualquer negócio.

No entanto, muitas vezes, empreendedores cometem o erro de buscar mão de obra


barata, sem considerar as competências necessárias para cada função. Essa
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abordagem custará caro tanto em termos financeiros quanto no ambiente de trabalho.

Definindo o perfil da vaga

Antes de iniciar o processo de contratação, é fundamental ter claro o perfil da


vaga que precisa ser preenchida. Para isso, é recomendado criar um Job
Description, que é uma descrição detalhada das responsabilidades e qualificações
necessárias para aquele cargo específico.

Atualmente, existem ferramentas de inteligência artificial que podem ajudar nesse


processo, como o ChatGPT, que pode auxiliar na redação do Job Description. Além
disso, é importante pesquisar sobre as habilidades necessárias para o cargo em
questão e buscar referências no mercado.

A importância da remuneração

Na hora de definir a remuneração do novo colaborador, é fundamental ter em


mente que o mercado é quem dita os valores. Pesquise em sites como o Glassdoor
para ter uma ideia do salário médio oferecido para aquele cargo e região.

Além disso, leve em consideração a sua posição em relação ao mercado. Você


pode optar por pagar o mesmo que a média do mercado, pagar acima ou abaixo. Cada
opção traz vantagens e desvantagens. Pagar acima do mercado pode atrair
profissionais qualificados e gerar maior retenção, enquanto pagar abaixo pode trazer
economia financeira, mas com maior rotatividade.

Divulgando a vaga e selecionando candidatos

Existem diversas formas de divulgar uma vaga, como utilizar o LinkedIn, grupos de
interesse da área ou até mesmo contratar uma pessoa especializada em
recrutamento. É importante ter em mente que, muitas vezes, é necessário fazer
uma triagem rigorosa dos candidatos, pois nem todos estão qualificados para a
vaga anunciada.

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Além de avaliar os currículos dos candidatos, é essencial considerar as soft


skills, como habilidades de comunicação, trabalho em equipe e resolução de
problemas. Para algumas funções, as hard skills, ou habilidades técnicas, são
fundamentais. Encontre o equilíbrio entre essas duas capacidades, considerando
as demandas específicas da vaga.

Outros aspectos importantes na contratação

Além das competências técnicas, é relevante avaliar a capacidade de


aprendizado do candidato, sua iniciativa e orientação para resultados. Essas
características são essenciais para o crescimento da empresa e podem fazer a
diferença na qualidade da equipe.

Outro ponto a ser considerado é a compatibilidade de valores com a empresa.


É importante que os colaboradores estejam alinhados com a visão e cultura da
empresa, pois isso contribui para um ambiente de trabalho positivo e produtivo.

O custo de contratar a pessoa errada

Contratar a pessoa equivocada pode ter um alto custo para a empresa. Além do tempo
perdido na busca por um novo colaborador, há o tempo de adaptação e treinamento,
que pode levar meses. Se o erro for identificado posteriormente, será necessário fazer
um novo processo seletivo, ocasionando mais atrasos e custos.

Por isso, é essencial investir tempo e esforço na contratação, visando sempre


selecionar os candidatos mais qualificados e alinhados com a cultura da empresa.
Isso garantirá um crescimento mais consistente e evitará problemas futuros.

A contratação de colaboradores é uma das tarefas mais importantes no processo de


crescimento de uma empresa. É necessário ter em mente que a qualidade da
equipe é fundamental para o sucesso.

Ao seguir os princípios de contratação, como a definição clara do perfil da vaga, a


busca por remuneração adequada e a escolha criteriosa dos candidatos, é possível
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montar um time de sucesso.

Lembre-se sempre de que a contratação é uma alavanca para o crescimento da sua


empresa. Invista tempo e recursos nesse processo e os resultados serão
recompensadores a longo prazo.

7.4. Tipos de reuniões

Como tornar suas reuniões mais produtivas e eficientes

As reuniões são parte integrante da rotina de qualquer gestor ou empreendedor.


No entanto, muitas vezes elas são vistas como uma perda de tempo, pois não são
bem planejadas e não têm um objetivo claro.

➢ Defina o objetivo da reunião: Antes de marcar uma reunião, reflita sobre qual
é o objetivo principal dela. É para discutir um novo projeto? Para alinhar metas
e prioridades? Para tomar decisões importantes? Ter um objetivo claro irá
ajudar a direcionar a conversa e manter todos focados.

➢ Faça uma pauta prévia: Ao marcar a reunião, envie uma pauta prévia para os
participantes. Nela, liste os pontos que serão discutidos e os objetivos de cada
um deles. Isso permite que os participantes se preparem previamente e
saibam o que esperar.

➢ Estabeleça um tempo limite: Defina um tempo limite para a reunião e siga-o


rigorosamente. Isso irá impedir que a reunião se estenda além do
necessário e ajudará a manter a produtividade de todos os envolvidos.

➢ Faça uso de ferramentas de comunicação: Utilize ferramentas de


comunicação como o Slack ou o Notion para manter as conversas em
andamento e evitar a necessidade de reuniões frequentes. Lembre-se que
nem todas as questões precisam ser discutidas presencialmente.

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➢ Seja transparente: Nas reuniões all-hands, onde todos os colaboradores estão


presentes, não deixe de ser transparente sobre os rumos da empresa.
Compartilhe informações importantes e estratégicas para que todos
estejam alinhados e caminhem na mesma direção.

➢ Promova o diálogo: As reuniões não devem ser somente uma via de


comunicação do gestor para os colaboradores. Promova um ambiente de
diálogo, em que todos possam expressar suas opiniões, ideias e
sugestões. Isso enriquece as discussões e aumenta o engajamento dos
participantes.

➢ Forneça um feedback construtivo: As reuniões one-on-one são essenciais


para fornecer feedback individualizado aos colaboradores. Ouça o que eles têm
a dizer, entenda as dificuldades que estão enfrentando e ofereça orientação e
suporte. O feedback é fundamental para o desenvolvimento e melhoria
contínua dos colaboradores.

➢ Evite reuniões desnecessárias: Seja criterioso na hora de marcar reuniões.


Evite fazer reuniões que poderiam ser resolvidas por e-mail ou outros meios de
comunicação. Lembre-se do ditado "mais uma reunião que poderia ser um
e-mail".

➢ Faça follow-up: Ao final das reuniões, faça um resumo dos principais pontos
discutidos e das decisões tomadas. Envie esse resumo para todos os
participantes, reforçando as ações que cada um deve tomar. Isso ajuda a
manter todos alinhados e responsáveis.

➢ Avalie e ajuste: Não se esqueça de avaliar a efetividade das suas reuniões.


Peça feedback aos participantes sobre o que funcionou bem e o que precisa
ser melhorado. Ajuste a sua estratégia conforme necessário e busque
sempre otimizar a qualidade das suas reuniões.

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Reuniões bem planejadas e estratégicas podem ser ferramentas poderosas para


o crescimento e desenvolvimento da sua empresa. Ao definir objetivos claros,
estabelecer uma pauta prévia e promover um diálogo construtivo, você vai garantir
que suas reuniões sejam mais produtivas e eficientes. Lembre-se de usar
ferramentas de comunicação adequadas e de fornecer um feedback construtivo
aos colaboradores. Por fim, avalie e ajuste constantemente a sua estratégia de
reuniões para obter os melhores resultados possíveis.

9. ENCERRAMENTO

É com grande alegria que concluímos esta jornada através dos "Princípios do
Empreendedorismo e Gestão". Seja você um visionário empreendedor, um gestor
dedicado ou simplesmente alguém apaixonado pelo mundo dos negócios, esperamos
que este Ebook tenha proporcionado valiosos insights e inspiração ao longo de cada
página.

Refletindo sobre o Aprendizado:

Ideias Empreendedoras: Discutimos a concepção de ideias empreendedoras e como


transformá-las em realidade. Lembre-se, cada grande empreendimento começa com
uma visão única.

Gestão Estratégica: Exploramos estratégias práticas para uma gestão eficaz,


destacando a importância de adaptar-se às mudanças e antecipar as tendências do
mercado.

Desafios e Oportunidades: Reconhecemos os desafios inerentes ao mundo dos


negócios, transformando-os em oportunidades para crescimento e inovação.

Este Ebook é mais do que um guia; é uma ferramenta para capacitar seus sonhos
empreendedores. Aproveite cada lição, cada conselho e permita que eles inspirem
ação.

Conte com a gente!


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