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NOÇÕES DE

CONTABILIDADE
GERAL
Conceitos Básicos

Livro Eletrônico
Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Conceitos Básicos............................................................................................................................................................4
Origem da Contabilidade Moderna.........................................................................................................................4
Cenário Brasileiro Atual. . ..............................................................................................................................................5
Conceito de Contabilidade. . .........................................................................................................................................9
Objeto da Contabilidade. . ............................................................................................................................................14
Objetivo da Contabilidade. . .......................................................................................................................................26
Pronunciamentos Técnicos do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)..........................32
CPC 00 R2 - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro.. ....................................................................................................................................................37
Capítulo 1 – Objetivo do Relatório Financeiro para Fins Gerais..........................................................41
Capítulo 2 – As Características Qualitativas de Informações Financeiras Úteis.....................45
Capítulo 3 – Demonstrações Contábeis e a Entidade que Reporta..................................................62
Capítulo 4 – Elementos das Demonstrações Contábeis. ........................................................................64
Capítulo 5 – Reconhecimento e Desreconhecimento. ...............................................................................71
Capítulo 6 – Mensuração.. ......................................................................................................................................... 74
Capítulo 7 – Apresentação e Divulgação........................................................................................................85
Capítulo 8 – Conceitos de Capital e Manutenção de Capital................................................................86
Resumo..............................................................................................................................................................................128
Questões de Concurso..............................................................................................................................................133
Gabarito.............................................................................................................................................................................139
Gabarito Comentado................................................................................................................................................. 140

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Claudio Zorzo

Apresentação
Prezado(a) Aluno(a),
Tudo bem contigo?
Espero que sim, que esteja com saúde, com muita disposição e vontade de estudar.
Neste seu projeto pessoal, conte comigo.
Sou o professor Claudio Zorzo, ministro aulas de contabilidade, auditoria e mercado
financeiro para concurso público desde o ano de 2000, sendo que com dedicação exclusiva
à docência a partir de 2007, quando deixei o serviço público.
Sou contador, com cursos de especialização em controladoria, auditoria e análise das
demonstrações contábeis.
Hoje vamos começar as nossas aulas sobre a bela, dinâmica e atraente contabilidade.
Para ajudá-lo, e tenho certeza de que vou ajudá-lo, dividi este curso em aulas respeitando
uma visão acadêmica do conhecimento. Nas aulas apresentarei os conceitos técnicos, sem-
pre objetivos e direcionados para concursos, depois resolverei questões de provas anteriores
para embasar o conceito, conhecer e entender a “linguagem da banca”.
Nestas questões, que denomino de “DIRETO DO CONCURSO”, trabalharei com várias
bancas para que você consiga entender os conceitos de forma geral, sob várias vertentes de
interpretação.
Ao término de cada aula comentarei dezenas de questões de prova, especialmente da
banca VUNESP; nas questões de provas anteriores tratarei de assuntos que estão interligados
com a aula anterior, desta forma em todas as aulas reforçarei os conceitos básicos de tal
maneira que você vai acabar entendendo o que eles querem dizer e compreendendo a sua
efetividade dentro da ciência contábil.
Para atingir o objetivo das aulas, que é ajudar você entender e compreender a contabilidade
de forma que consiga ser aprovado no concurso.
Quem está assistindo às minhas aulas pode notar que busco destacar os pontos impor-
tantes de cada assunto, contudo, nunca esquecendo de frisar a necessidade de conhecer os
conceitos básicos da disciplina.
Este curso vai te ajudar, tenha certeza disto.
Muito bem, feita esta objetiva apresentação, vamos começar nossa primeira aula.
Preparado(a)?
Então vamos lá.
Desejo todo sucesso para você e que consiga atingir o seu objetivo final.

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CONCEITOS BÁSICOS

Origem da Contabilidade Moderna


Conceitualmente a contabilidade é uma ciência social que estuda, controla, administra e
acompanha a evolução do patrimônio de qualquer pessoa, objetivando representá-lo grafica-
mente, evidenciando as suas mutações, por meio das demonstrações contábeis.
A contabilidade tem o seu início com a publicação de uma coleção de conhecimentos de
aritmética, geometria, proporção e proporcionalidade, em 1494, por Luca Paccioli. Neste do-
cumento histórico, o monge franciscano Paccioli, que era um matemático de formação, trata
do mecanismo de partidas dobradas, como princípio básico da contabilidade, destacando a
necessidade do inventário sobre o patrimônio, de livros contábeis e do registro das contas;
apresentando assim uma base técnica, teórica e escrita para que a arte contábil começasse
a ser tratada como ciência.
O mecanismo de partidas dobradas que é o princípio basilar da contabilidade estabelece
que para toda aplicação de recursos deva existir uma origem, ou seja, deve ser informado
para onde foi o recurso e de onde ele veio, facilitando o controle sobre o patrimônio. Assim,
em cada fato contábil devem existir no mínimo duas contas envolvidas, sendo a aplicação
debitada e a origem creditada.
O trabalho apresentado por Luca Paccioli foi a origem da primeira escola de pensamento
contábil – o Contismo. Esta escola estabeleceu que a contabilidade tivesse como objeto a
escrituração dos fatos, por meio de contas contábeis e o objetivo era controlar o patrimônio.
Por isto a essência do mecanismo de partidas dobradas é a identificação das contas que
representam, respectivamente, a aplicação e a origem dos recursos.
O patrimônio era representado por 5 contas, a saber: bens, direitos, obrigações, ganhos
e perdas. Bens e direitos eram as aplicações patrimoniais, as obrigações representavam a
origem dos bens e direitos. Os ganhos eram origens oriundas das atividades, que de certa
forma afetavam diretamente os bens ou direitos; já as perdas, eram sacrifícios necessários
para a geração de ganhos.
Tendo como alicerce a orientação básica do mecanismo de partidas dobradas a contabi-
lidade foi objeto de vários estudos científicos, em especial os de Francesco Villa, publicado
em 1840, de Giuseppe Cerboni, apresentado em 1867, de Fábio Besta, apresentado em 1880,
e de Vicenzo Masi divulgado em 1923, todos italianos como Paccioli. Estes estudos deram
origem e fortaleceram a escola Italiana, que tinha como objeto da contabilidade o patrimônio
e a premissa básica de que a contabilidade tinha por objetivo o controle sobre o patrimônio.
Com a expansão da economia mundial, especialmente a norte americana, em 1887 surgiu
a escola Americana, que tinha como objetivo melhorar a qualidade da informação contábil,
de modo a torná-la mais útil para as empresas e para os usuários das informações, sejam
internos ou externos. Neste período ocorreu a evolução da teoria para a prática contábil.

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Como a escola Italiana era muito teórica, tanto que é a base da ciência contábil, a esco-
la Americana direcionou seu estudos para o fornecimento de informações práticas para a
tomada de decisão, padronizando a informação contábil, de modo a facilitar a comparação
entre o desempenho das várias empresas por parte dos investidores. A essência da escola
Americana é o fornecimento de informações confiáveis, oportunas e compreenssíveis. Foi esta
escola a responsável pela divisão da contabilidade em financeira (demonstrações contábeis)
e gerencial (análise e custos).
A contabilidade financeira é voltada para geração de informações que atendam aos an-
seios do público externo, estas informações são apresentadas por meio das demonstrações
contábeis. A contabilidade gerencial visa fornecer informações aos administradores da em-
presa, ou seja, ao público interno, por meio do fornceimento de informações sobre os custos
e despesas em geral.
As duas escolas, Italiana e Amerciana, se complementam, ou seja, uma não contradiz a
outra, o que existe é uma evolução do objetivo da contabilidade, passando do mero controle
patrimonial para o fornecimento de informações úteis.

Cenário Brasileiro Atual


A contabilidade brasileira inicialmente seguia as bases da escola Italiana, pois a primeira
lei das S/As - Sociedades Anônimas - editada no Brasil, o Decreto-Lei número 2.627 de 1940,
era nitidamente influenciada pela escola patrimonialista italiana que objetivava o controle
patrimonial.
Com a expansão empresarial e a necessidade de fomentar o mercado com informações
sobre a situação economica e patrimonial das empresas, o Brasil passou a adotar, na década
de 50, a escola Americana. Esta escola foi a base da elaboração dos Princípios de Contabi-
lidade, apresentados pelo CFC – Conselho Federal de Contabilidade, e da publicação da lei
6.404/76, conhecida como Lei Societária, que trata das demonstrações financeiras.
Por isto podemos entender que a legislação contábil no Brasil, com essa Lei, passou a
ser embasada na escola Americana, pois ela estabelece um padrão para a estrutura das de-
monstrações contábeis de acordo com a forma norte-americana de apresentação, destacando
a apresentação do balanço patrimonial em ordem decrescente de liquidez para o ativo e de
decrescente de exigibilidade para o passivo.
A Lei 6.404/76 passou por uma grande atualização com a apresentação da lei 11.638/07 e
com a lei 11.941/09. A lei 11.638 orienta, entre outros pontos, o equacionamento das normas
contábeis brasileiras às normas internacionais emitidas pelo IASB (International Accounting
Standards Board). Estas normas destacam a necessidade de fornecer relatórios com infor-
mações confiáveis e precisas que possam ser entendidas pelos usuários e estejam de acordo
com as normas aplicadas na maioria dos Países.

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Com o advento da Lei 11.638/07, estabelece-se uma mudança de foco na legislação con-
tábil, onde o objetivo da contabilidade passa a ser a diminuição da assimetria informacional
por meio do fornecimento de informações fidedignas, tendo como base de sustentação os
padrões contábeis do IASB, destacando a primazia da essência econômica sobre a forma
jurídica, ou seja, a primazia do controle de um recurso sobre a sua propriedade.
A lei 11.941/09, que alterou a lei 11.638 e a lei 6.404, veio para fazer alguns ajustes tribu-
tários visando atender algumas solicitações do fisco federal.
Veja a seguinte síntese da evolução da contabilidade segundo as leis:

O Brasil vive hoje, portanto, um momento de nova transição e está norteando seus rumos
contábeis em direção às normas internacionais, afastando-se das normas norte americanas.
Esta atualização na nossa legislação era necessária, pois o Brasil é um País que recebe inves-
timentos externos de todo o mundo e o seu mercado mobiliário tem crescido consideravel-
mente. A cada ano um grande número de empresas nacionais está captando recursos com
investidores internacionais, por meio de parcerias, vendas de ações ou de outros instrumentos
financeiros, normalmente com taxas de juros baixas. O objetivo da captação de recursos é
melhorar a saúde financeira da empresa para conseguir atuar no mercado nacional e interna-
cional com as mesmas condições dos concorrentes.
Para conseguir captar recursos é necessário que uma empresa esteja preparada para
fornecer não só produtos competitivos como também informações de qualidade, seguras e
fidedignas, o que atualmente é feito pela apresentação das demonstrações contábeis e suas
respectivas notas explicativas. As demonstrações contábeis, que compõem o conjunto das
informações contábeis, devem ser preparadas em uma linguagem acessível ao maior número
possível de usuários da informação contábil, especialmente aos usuários externos.

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O grande problema da divulgação de informações para os interessados reside no fato


de que, em alguns países, as diferenças de normas contábeis são significativas e, quando
aplicadas, as demonstrações contábeis seguem estruturas e critérios de avaliação diferen-
tes, apresentando situações financeiras, econômicas e patrimoniais diferentes. O resultado
econômico informado por uma empresa no Brasil pode ser diferente daquele informado pela
empresa de acordo com as regras internacionais, tendo como consequência uma dificuldade
de análise quanto a comparabilidade das demonstrações contábeis.
A importância de que todos os mercados utilizassem a mesma linguagem contábil levou
a criação de uma entidade conhecida como IASC - “International Accoutingg Standard Com-
mittee em 1973 por representantes da Austrália, Canadá, França, Alemanha, Japão, México,
Holanda, Reino Unido Irlanda e Estados Unidos.
Em 2001 foi fundada em Londres, Inglaterra a “IASB” - International Accounting Standards
Board entidade sucessora da IASC. Atualmente as normas emanadas pelo “IASB” são aceitas
em mais de 160 países.
O IASB tem como compromisso principal desenvolver um modelo único de normas con-
tábeis internacionais de alta qualidade, que requeiram transparência e comparabilidade na
elaboração de demonstrações contábeis, e que atendam ao público interessado nas infor-
mações contábeis, sejam eles investidores, administradores, analistas, pesquisadores ou
quaisquer outros usuários e leitores de tais demonstrações. O IASB emite pronunciamentos
contábeis de abrangência internacional, que são denominados de International Financial
Reporting Standards – IFRS.
A equiparação das normas nacionais às normas internacionais, requer um destaque na
importância do CPC – Comitê de Pronunciamento Contábil. O CPC nasceu ao final de 2005 da
união das seguintes entidades: CFC – Conselho Federal de Contabilidade, IBRACON – Instituto
Brasileiro de Contadores, FIPECAFI, BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo, APIMEC – As-
sociação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais e ABRASCA
– Associação Brasileira de Companhias abertas.
O CPC tem como missão integrar as regras contábeis aos padrões internacionais, por
meio de uma participação, no debate interno, de representantes de todos os setores do mer-
cado brasileiro como o governo, iniciativa privada e órgãos acadêmicos, com o objetivo final
de emitir Pronunciamentos Técnicos sobre contabilidade para permitir a emissão de normas
pelas entidades reguladoras brasileiras, visando à centralização e à uniformização do seu
processo de produção de informações, levando sempre em conta a convergência da Conta-
bilidade brasileira aos padrões internacionais emanados pelo “IASB”.
O CPC, respeitando as possíveis diferenças estruturais, tem o mesmo poder orientador
que o IASB, pois, os pronunciamentos do CPC são orientações de cunho técnico e não deter-
minações legais.

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Estes pronunciamentos são oficializados pelas normas emanadas pelos organismos


oficiais como a CVM, BACEN e o CFC, assim, é importante entender que um pronunciamento
do CPC pode ser normatizado por vários documentos oficiais.
Por exemplo: o pronunciamento conceitual básico do CPC, denominado de CPC 00 que
apresenta a Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Finan-
ceiro foi aprovado pelos seguintes organismos:
• CFC – NB TG Estrutura Conceitual
• CVM – deliberação 675/11
• SUSEP – circular SUSEP 517/15
• BACEN – resolução 4.144/12
• ANEEL – ofício circular 2.775/08
• ANTT – comunicado SUREG 1/09

001. (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) Com respeito à legislação e à normatização contábil


brasileira vigentes, julgue o item subsequente.
A Lei n.º 6.404/1976, ou Lei das Sociedades por Ações, originalmente elaborada em consonância
com as teorias da Escola Italiana de Contabilidade, foi, nos últimos anos, modificada para atender
a convergência da contabilidade brasileira às normas internacionais de contabilidade do IASB.

A LEI 6.404/76 abarcava a escola norte americana. As leis 11.638/07 e 11.941/09 abarcam a
escola internacional.
Errado.

002. (CESPE/STM/CONTADOR/2011) Com relação à Ciência Contábil e suas características,


julgue os itens que se seguem.
No Brasil, a Ciência Contábil, desde as últimas alterações na Lei n.º 6.404/1976, vem se afas-
tando da escola italiana, ao mesmo tempo em que se aproxima da escola norte americana.

A Lei 6.404/76 foi elaborada tendo como base a escola americana de contabilidade e neste
momento se afastava da escola italiana. As alterações que ocorreram na Lei 6.404/76 buscaram
a convergência das normas nacionais às normas internacionais emitidas pelo IASB.
Assim, as alterações apresentadas pelas novas leis foram para adequá-la a escola internacional,
afastando-se da escola americana.
Errado.

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003. (CESPE/FUB/CONTADOR/2011) Acerca da Lei n.º 6.404/1976 e suas alterações recentes,


julgue os itens que se seguem.
As alterações promovidas pela Lei n.º 11.638/2007 e posteriores tiveram por finalidade criar
alternativas às normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB, dadas as condições
reais da economia brasileira.

As alterações promovidas pelas leis 11.638 e 11.941 não tiveram a finalidade de CRIAR ALTER-
NATIVAS, mas sim, de promover a convergência das normas nacionais às internacionais.
É importante destacar que a convergência às normas internacionais de contabilidade, no Brasil,
teve seu marco legal com a promulgação da Lei 11.638/2007, que determinou a adoção dos
padrões internacionais de contabilidade.
Errado.

Conceito de Contabilidade
O primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado na cidade do Rio de Janeiro,
em agosto de 1924, estabeleceu e formulou alguns conceitos oficiais para a contabilidade,
com o objetivo de dar uma formalidade oficial para a matéria.
Ficou estabelecido na reunião o seguinte conceito para a Contabilidade:
“Contabilidade é a ciência aplicada (social) que estuda a prática e as funções de orienta-
ção, de controle e de registro, relativos aos atos e aos fatos de administração econômica”.
Junto ao conceito de contabilidade foram formalizadas outras informações e conceitos
relacionados à disciplina; o interessante é que estes conceitos têm sido cobrados em provas
atualmente; os principais são:
• Escrituração: é o registro metódico dos fatos administrativos de ordem econômica.
• Contabilista: profissional versado nos estudos de Contabilidade; o profissional que exe-
cuta os trabalhos de Contabilidade.
• Contabilizar: significa organizar o patrimônio e as informações de acordo com as normas
contábeis, respeitando um processo sistemático.
• Digrafia: consiste em afirmar que a escrituração dos fatos será feita por partidas dobradas.

Destes conceitos básicos podemos inferir algumas informações que estudaremos nas
nossas aulas, por exemplo:
• A contabilidade é uma ciência social;
• O foco da contabilidade é administração econômica de atos e fatos;
• São escriturados somente os fatos, os atos são controlados;
• O profissional responsável deve ser um contabilista;
• Contabilizar é respeitar um sistema de informações contábeis;
• A digrafia contábil é aplicação do mecanismo de partidas dobradas, onde para toda apli-
cação de recurso deverá existir uma origem.

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Quando a banca tratar deste assunto lembre-se do seguinte:


• Contabilidade = ciência social
• Digrafia = partidas dobradas
• Escrituração = fatos contábeis
• Profissional = contabilista

Como nosso objetivo nesta aula é tratar da ciência contábil, vou começar conceituan-
do ciência:

É todo o conhecimento adquirido através do estudo ou da prática, baseado em axiomas”.


Mais simplesmente, expandindo os termos “estudo ou prática” podemos dizer que Ciência é algo
sistematizado, que tem um objeto, um objetivo, uma finalidade, um campo de aplicação e um
princípio básico.
Assim, a contabilidade é uma ciência porque possui objeto de estudo, que é o patrimônio; tem um
método próprio de análise e prática, que é a escrituração contábil; possui um axioma básico, que
é o mecanismo das partidas dobradas, onde “todo débito possui um crédito correspondente.

As ciências sociais analisam as manifestações e os relacionamentos


da sociedade, quer materiais, quer simbólicas.

Na contabilidade a pessoa
é representada por uma
CONTA CONTÁBIL

Dentro da classificação de ciência, a contabilidade faz parte das ciências sociais, pois
trata de relacionamentos entre pessoas. Estas pessoas representam a origem e a aplicação
no patrimônio, dentro de uma sociedade, com implicações internas e externas dado que va-
riações nesse patrimônio afetam de alguma forma o meio em que ele está inserido.
Veja um conceito completo e atual de contabilidade:

É a ciência social que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades,
mediante o registro, a demonstração e a divulgação desses fatos, com o objetivo de oferecer infor-
mações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente
da gestão da riqueza patrimonial aos usuários (Hilário Franco).

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Já sabemos que a contabilidade é uma ciência social. Social porque tem relacionamento
envolvido; ciência porque tem um objeto, objetivo, finalidade, campo de aplicação e um axioma
básico. Agora vamos ver os seguintes pontos da excitante contabilidade:
• Objeto – Patrimônio
• Objetivo – Fornecer informações
• Finalidade – Controlar o patrimônio
• Campo de aplicação – Qualquer pessoa física ou jurídica
• Princípio básico – Partidas dobradas

Vimos que toda ciência social trata de relacionamentos; na contabilidade não é diferente,
ela trata do relacionamento entre contas que compõem o patrimônio, por meio de débitos e
créditos; estes débitos e créditos representam a essência do ato de registar o que a contabi-
lidade está disposta a demonstrar.
Por isto é necessário que você saiba que a contabilidade como ciência social trata do
patrimônio por meio de conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições
de generalidade, certeza e busca das causas.
• Metodologia Racional, pois possui uma sistemática própria (objeto, objetivo e finalidade)
e aplica-se a algo prático.
• Generalidade, pois trata de informações para qualquer pessoa, não há um usuário específico.
• Certeza, pois a informação deve ser fidedigna e factual, embasada em fatos.
• Busca de causas, pois deve ser provado cada fato com documentos que lhe originaram.

Estas qualidades que fazem com que contabilidade como ciência se distinga da escrituração
contábil, pois a escrituração é um meio técnico e disciplinado para registrar a movimentação
dos fatos patrimoniais e de evidenciá-los, enquanto que a ciência se ocupa do fenômeno pa-
trimonial e da explicação do que ocorre com o patrimônio em suas muitas transformações,
com lastro em teorias, teoremas, e de um conjunto de conceitos.
A seguir vou apresentar uns excertos de questões de provas e algumas questões, para
que você consiga visualizar como as bancas têm cobrado o assunto. Quando eu for tratar do
assunto, conforme a visão da banca, utilizarei a expressão “direto do concurso”.
Entenda que o objetivo principal do “direto do concurso” não é somente avaliar o conheci-
mento, mas também, apresentar o assunto conforme ele foi cobrado nas provas. É para você
se familiarizar com a linguagem das bancas.

004. (QUADRIX/CRO-AC/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2019) Acerca dos aspectos fun-


damentais da contabilidade, julgue o item.
A contabilidade consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com condições
de generalidade, certeza e busca das causas dos fenômenos observados.

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A contabilidade como ciência social trata do patrimônio por meio de conhecimentos obtidos
por metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e busca das causas.
Certo.

005. (QUADRIX/CRO-AC/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2019) Acerca das noções básicas


de contabilidade, julgue o item.
A contabilidade tem objeto determinado, mas não pode ser considerada como uma ciência
porque sua metodologia não leva à certeza das causas dos fenômenos.

Contabilidade é a ciência social que, por meio de metodologia própria, estuda, controla e inter-
preta os fatos ocorridos no PATRIMÔNIO das aziendas, mediante o registro, a demonstração e a
divulgação desses fatos, com o de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas
variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial aos usuários.
Errado.

006. (CESPE/CGE-PE/AUDITOR/2010) Julgue os itens a seguir, relativos a contabilidade.


A contabilidade é uma ciência exata

A assertiva é bem simples, pois basta saber que a contabilidade é uma ciência social e não
ciência exata.
Errado.

007. (CESPE/FUB/TÉCNICO CONTÁBIL/2014) Com relação a conceitos, objetivos e finali-


dades da contabilidade, julgue os itens que se seguem
A contabilidade consiste em um sistema de informações financeiras destinado a identificar,
registrar e comunicar os eventos econômicos de uma organização

A CONTABILIDADE é uma ciência social que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no
patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração e a divulgação desses fatos, com
o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado
econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial aos usuários.
Certo.

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008. (CESPE/DPF/AGENTE/2018) Considerando que a contabilidade é a ciência que estuda


os fenômenos patrimoniais sob o aspecto da finalidade organizacional, julgue o item a seguir,
no que se refere a conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade.
A contabilidade integra o rol das ciências exatas por estar dedicada à mensuração da riqueza
do ente contábil.

Note que novamente a banca quer tratar a contabilidade como uma ciência exata, contudo,
sabemos que ela é uma ciência social, pois trata de relacionamento entre as contas.
Errado.

009. (FCPC/UNILAB/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) Existe um conceito oficial de contabilidade


formulado no Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilidade. Assinale a opção que corrobora
com esse conceito oficial.
a) Contabilidade é uma ciência aplicada que estuda e pratica as funções de orientação, de
controle e de registro relativas à Administração Econômica.
b) Contabilidade estuda o patrimônio do ponto de vista econômico e financeiro, observando
seus aspectos quantitativo e específico e as variações por ele sofridas.
c) Contabilidade é a ciência que controla o patrimônio das empresas, mediante registro, de-
monstração expositiva, confirmação, análise e interpretação dos fatos nele ocorridos.
d) Contabilidade é a técnica especial concebida para, registrar, reunir e interpretar os fenômenos
que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer empresa.
e) Contabilidade é a técnica de registrar todas as transações de uma companhia, que possam
ser expressas em termos monetários, e de informar os reflexos dessas transações na situação
dessa companhia.

O primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado na cidade do Rio de Janeiro, em agosto


de 1924, estabeleceu que Contabilidade é a ciência social que estuda a prática e as funções de
orientação, de controle e de registro, relativos aos atos e aos fatos de administração econômica.
Letra a.

010. (CESGRANRIO/PETROBRAS/ADMINISTRAÇÃO/2018) Muitas são as definições de


Contabilidade apresentadas pelos autores contábeis, variando, ligeiramente, de acordo com
sua corrente doutrinária. Entretanto, todos os conceitos, de uma forma ou de outra, convergem
para a definição cunhada no I Congresso Brasileiro de Contabilidade.
Nesse Congresso, a Contabilidade foi definida como sendo a ciência que, em relação aos atos
e fatos da administração econômica, pratica as funções de
a) anotação, mensuração e contagem
b) comprovação, verificação e acompanhamento
c) informação, medição e evidenciação
d) levantamento, marcação e apropriação
e) orientação, controle e registro

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O primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado na cidade do Rio de Janeiro, em


agosto de 1924, estabeleceu que a Contabilidade é a ciência social que estuda a prática e as
funções de orientação, de controle e de registro, relativos aos atos e aos fatos de administra-
ção econômica.
Letra e.

011. (IBADE/JARÚ-RO/CONTADOR/2019) Pode-se definir Contabilidade como:


a) a técnica que tem por objetivo o estudo das variações quantitativas e qualitativas ocorridas
no patrimônio das entidades.
b) a ciência que tem por objetivo o estudo das variações quantitativas e qualitativas ocorridas
no patrimônio das entidades.
c) um segmento da contabilidade que se preocupa só com o patrimônio das entidades.
d) é a técnica que evolui para que seus usuários possam tomar decisões.
e) é a técnica que elabora os demonstrativos contábeis.

O primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado na cidade do Rio de Janeiro, em agosto


de 1924, estabeleceu que Contabilidade é a ciência social que estuda a prática e as funções de
orientação, de controle e de registro, relativos aos atos e aos fatos de administração econômica.
Letra b.

Objeto da Contabilidade
O objeto delimita o campo de abrangência de uma ciência, tanto nas ciências formais
quanto nas factuais, das quais fazem parte as ciências sociais.
Na Contabilidade, que é uma ciência social, o objeto é sempre o PATRIMÔNIO de uma
Entidade, definido como um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com terceiros,
pertencente a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorre nas sociedades
informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independentemente da
sua finalidade, que pode, ou não, incluir o lucro.
Atenção, deixe a banca perguntar o que ela quiser e da forma que ela quiser, o OBJETO
DA CONTABILIDADE é sempre o PATRIMÔNIO.

Obs.: Patrimônio de forma simples é denominado de conjunto dos RECURSOS que repre-
sentam os bens, direitos e obrigações das pessoas.

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O Conselho Federal de Contabilidade apresentou um conceito mais completo para o Patrimô-


nio Público, como a contabilidade é una, o conceito pode ser explorado na contabilidade geral.
Veja:
“Patrimônio público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados
ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades
do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro,
inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor
público e suas obrigações”.
Vou aproveitar a exuberância de detalhes deste conceito, e tratar de cada uma das quali-
dades dos bens e direitos, pois elas se aplicam à contabilidade geral também:
• Tangíveis – são os bens que possuem corpo, matéria.
• Intangíveis – são os bens incorpóreos.
• Onerados – bens e direitos que podem ser dados como garantia ou exigem um pagamento.
• Não onerados – bens e direitos que não podem ser utilizados como garantia ou não
exigem pagamento.
• Adquiridos – são os bens e direitos comprados, a vista ou a prazo.
• Formados – foram criados pela empresa (por exemplo, a marca)
• Produzidos – bens industrializados (por exemplo a produção, a transformação dos insu-
mos em produto)
• Recebidos – bens e direitos recebidos como doação
• Mantidos – bens e direitos sob o domínio da empresa (usufruto)
• Utilizados – bens e direitos de uso, fazem parte das atividades operacionais (máquinas
e equipamentos).

Por Bens entende-se o conjunto de coisas que possuem valor econômico e que podem
ser convertidas em dinheiro; normalmente são utilizadas na realização do objetivo principal
da empresa. Estes bens podem ser tangíveis ou intangíveis.
Os bens tangíveis são de fácil identificação, querem ver.... levantem a cabeça e olhem ao
redor... quantas coisas vocês estão vendo. Identifiquem cinco coisas.
Eu fiz isto aqui no meu escritório e identifiquei:
1- Computador
2- Impressora
3- Mesa
4-Cadeira
5- 2 cachorros, o fredo e o floqui.
Agora entenda que estas coisas fazem parte do meu patrimônio, independentemente de
já terem sido pagas ou não. São meus bens tangíveis.

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O intangível é que tem apresentado complicação na sua identificação, pois ele não tem
corpo e assim não é identificado visualmente e fica difícil mensurá-lo. A sua identificação é
feita por meio de contratos, documentos ou outra forma que evidencie a sua existência. Con-
tudo, somente quando identificado e controlado pela empresa pode ser registrado.
Como exemplo de bens intangíveis temos o capital intelectual, a marca, um direito de
exploração de um espaço comercial, direito de explorar uma franquia.
Direitos são os recursos que a empresa tem a receber ou a recuperar junto a terceiros;
representam os créditos da empresa junto aos terceiros.
Guarde o seguinte: Só existe direito em uma empresa porque alguém deve alguma coisa
para ela. Por exemplo: duplicata a receber, contas a receber, clientes, impostos a recuperar
entre outros.
Já as obrigações representam as dívidas, os valores que devem ser pagos pela empresa
junto aos terceiros.
As obrigações representam os débitos, por isto é um exigível, aquilo que empresa terá que
pagar para alguém. Por exemplo: contas a pagar, duplicatas a pagar, fornecedores, impostos
a recolher etc...
DÚVIDA DE SALA DE AULA: Estava ministrando aula em Goiânia, num curso onde tinham
alguns alunos iniciantes, pessoas que estavam tendo o primeiro contato com a matéria. Em
certo momento da aula, uma jovem, toda receosa, perguntou:

Professor, o senhor sempre fala de terceiros, quem são os primeiros e os segundos?

A dúvida parece ser simples, entretanto, envolve um conhecimento aprofundado da teoria


contábil, pois no estabelecimento da contabilidade como ciência, temos a teoria personalista
que estabelece as relações da entidade. Assim respondendo a dúvida:
• Primeiro é a empresa, a personalidade jurídica.
• Segundo são os sócios, aqueles que têm responsabilidade indireta pelas negociações
do primeiro.
• Terceiros são os credores e devedores em relação ao primeiro, ou seja, são as obrigações
(fornecedores) e os direitos (clientes) da empresa.

Não esqueça que o patrimônio é representado por contas contábeis. Abaixo apresento
uma pequena relação de contas com a sua identificação para que vocês consigam visualizar
a composição dos bens, direitos e obrigações:

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Bens Direitos Obrigações

Caixa Banco conta corrente Banco conta empréstimo

Estoque Duplicata a receber Duplicatas a pagar

Móveis Contas a receber Contas a pagar

Computadores Debêntures adquiridas Debêntures emitidas

Equipamentos Empréstimos a receber Empréstimos a pagar

Veículos Despesas antecipadas Receitas antecipadas

Imóveis Adiantamento a cliente Adiantamento de cliente

Terrenos Adiantamento a fornecedor Adiantamento de fornecedor

Obras em andamento Aplicações financeiras Derivativos a pagar

Marcas e patentes Empréstimos a sócios Empréstimos de sócios

Minas – jazidas Impostos a recuperar Impostos a recolher

A representação gráfica, para fins de divulgação, do patrimônio é feita em uma demons-


tração denominada de Balanço Patrimonial.
O Balanço é composto por grupo de contas que são: Ativo, passivo e patrimônio líquido.
• Os bens e direitos = formam lado ativo do patrimônio; representam o potencial econômico
da empresa.
• As obrigações = apresentam o lado passivo do patrimônio.

Do conceito de patrimônio surge o patrimônio líquido. Assim, patrimônio é diferente de patri-


mônio líquido.

Contabilmente o Patrimônio Líquido é a situação líquida do patrimônio, ou seja, representa


o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos seus passivos.
PL = bens + direitos – obrigações
Notou que estruturalmente o PL é uma sobra. Veja que do total dos bens e direitos da
empresa, são retiradas as dívidas, assim, o PL representa o que é da empresa mesmo, devido
a isto é denominado de CAPITAL PRÓPRIO da entidade.

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Balanço Patrimonial
Passivo
Ativo
obrigações
bens + direitos
Patrimonio líquido
capital próprio

PARA NÃO ESQUECER


TUDO O QUE UMA EMPRESA TEM NO ATIVO, É DE
TERCEIROS (PASSIVO) OU É DOS SÓCIOS (PL)

No entanto, o Patrimônio também é objeto de outras ciências sociais – por exemplo, da


economia, da administração e do direito – que o estudam sob ângulos diversos daquele da
contabilidade, que o estuda nos seus aspectos quantitativos (valores) e qualitativos (compo-
sição). O ponto de vista sob o qual esse objeto é estudado difere de uma ciência para outra
e isto tem sido exigido em alguns concursos.

Para o Direito, o patrimônio é a representação econômica da pessoa e a sua natureza jurídica


é a de universalidade de direitos e obrigações. Assim, denomina-se patrimônio o complexo de
direitos e obrigações pecuniariamente apreciáveis inerentes a uma pessoa, compreendendo
as coisas, os créditos e débitos, enfim, todas as relações jurídicas de conteúdo econômico das
quais participe ativa ou passivamente a entidade.

A lei 6.404/76, denominada “lei das Sociedades Anônimas”, que é muito cobrada nas provas
de concurso, pois trata da contabilidade societária, em seu artigo 178 apresenta o seguinte:
No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e
agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante; e
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado
e intangível.
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
I – passivo circulante;
II – passivo não circulante; e
III – patrimônio líquido.

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O problema é o inciso III do § 2, veja que segundo a Lei das S/As o patrimônio líquido faz
parte do passivo, como uma obrigação da empresa junto aos sócios.
Nós já vimos que para as normas contábeis o patrimônio líquido não representa uma
obrigação para a empresa, mas sim, um Resíduo Patrimonial.
A justificativa contábil é a de que o sócio não empresta dinheiro para a empresa; ele aplica
no capital social para que ocorra a maturação de seu investimento com a continuidade das
atividades; então, ele não quer “receber” o dinheiro de volta em um tempo pré-determinado,
como os terceiros querem; ele quer que seu investimento se valorize com o crescimento
da empresa.

O PULO DO GATO
Para não cair nas artimanhas da banca, fazendo uma relação entre a legislação (código civil e
lei 6.404) e as normas contábeis, podemos inferir que o passivo é dividido em exigível (dívidas
com terceiros) e não exigível (dívidas com os sócios).

Para contextualizar apresento a estrutura do patrimônio no Balanço Patrimonial:

Patrimônio
Ativo Passivo

Bens Direitos Obrigações com os


Obrigações com sócios
“Coisas” “Haveres” terceiros
Tangíveis e a receber ou a “Não exigível”
“passivo exigível”
intangíveis recuperar Patrimônio Líquido

Outro ponto que merece destaque em relação ao tema é a confusão feita entre patrimônio
e capital.
Entendo que a relação entre os conceitos de capital e patrimônio é complementar, pois o
patrimônio é originado do capital de alguém, ou seja, para existir patrimônio em uma empre-
sa alguém deve ter dado o seu capital para ela, desta forma, o capital de alguém é a origem
do ativo; sendo que o ativo pode ser originado do capital dos sócios (PL) ou do capital de
terceiros (passivo).
É importantíssimo entender que, contabilmente, capital representa uma riqueza de alguém,
e este alguém decidiu aplicar esta riqueza em uma empresa. Por isto que surgem expressões
como capital total aplicado, o capital de terceiros ou o capital próprio.
Todas estas expressões têm relação direta com o conceito de patrimônio.

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Passivo =
capital de
terceiros
Ativo =
Capital a Empresa
disposição da
empresa (Azienda)

PL = capital
dos Sócios

PEGADINHA DA BANCA
As bancas gostam de confundir os concorrentes cobrando outras denominações para os com-
ponentes do patrimônio e capital. Para evitar que vocês sejam “enganados” apresento abaixo
uma relação de sinônimos:

Ativo
Passivo
Patrimônio Patrimônio
bruto Patrimônio de Líquido
terceiros
Capital total Capital próprio
Capital alheio
Capital aplicado Não exigível
Exigível
Realizável

Da demonstração do patrimônio no balanço patrimonial surge a equação patrimonial que é:


Ativo = Passivo + Patrimônio líquido
Bens + direitos = obrigações exigíveis + capital próprio da empresa

Esta equação é também apresentada com as seguintes denominações:


Patrimônio bruto = patrimônio alheio + patrimônio líquido
Capital total aplicado = capital de terceiros + capital próprio

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O Patrimônio também é objeto de outras ciências sociais – por exemplo, da Economia, da


Administração e do Direito – que, entretanto, o estudam sob ângulos diversos daquele da Con-
tabilidade, que o estuda nos seus aspectos quantitativos e qualitativos.

A Contabilidade busca, primordialmente, apreender, no sentido mais amplo possível, e


entender as mutações sofridas pelo Patrimônio, tendo em mira, muitas vezes, uma visão
prospectiva de possíveis variações.
As mutações tanto podem decorrer da ação do homem, quanto, embora quase sempre
secundariamente, dos efeitos da natureza sobre o patrimônio.

012. (QUADRIX/CREA-TO/CONTADOR/2019) Acerca dos temas fundamentais da contabi-


lidade, julgue o item.
A contabilidade é uma ciência que dispõe de objeto de estudo e metodologia próprios.

A Contabilidade, que é uma ciência social, o objeto é sempre o PATRIMÔNIO de uma Entidade,
no entanto, o patrimônio também é objeto de outras ciências sociais que o estudam sob ângulos
diversos daquele da contabilidade.
Certo.

013. (CESPE/DPF/AGENTE/2018) Considerando que a contabilidade é a ciência que estuda


os fenômenos patrimoniais sob o aspecto da finalidade organizacional, julgue o item a seguir,
no que se refere a conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade.
Sob a ótica citada, o objeto da contabilidade é o patrimônio do ente contábil específico.

O objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio de qualquer pessoa, ou seja, de qualquer


ente específico.
Certo.

014. (CESPE/STM/CONTADOR/2011) Com relação à Ciência Contábil e suas características,


julgue os itens que se seguem.
O objeto da contabilidade é o patrimônio, constituído pelo conjunto de bens, direitos e obriga-
ções próprios de determinado ente.

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A questão tratou do conceito de patrimônio e destacou que o patrimônio é da entidade.


É bom lembrar que o patrimônio é da entidade, mas a entidade não é do patrimônio, isto tem
relação com a autonomia patrimonial.
Certo.

015. (CESPE/TRE-ES/CONTADOR/2011) Com referência a conceitos básicos de contabili-


dade, julgue os itens seguintes.
A confusão normalmente feita entre os termos capital e patrimônio é causada pelo fato de, na
contabilidade, o capital ser constituído pelo patrimônio líquido, enquanto o patrimônio é formado
pelo ativo total das entidades.

A questão tratou do conceito de patrimônio e de capital, para responder basta lembrar que
patrimônio é o conjunto dos bens, direito e obrigações e o capital é a origem do patrimônio.
O capital total é o patrimônio bruto da entidade, ou seja, o seu ativo, que foi originado pelo capital
de terceiros (passivo exigível) e pelo capital próprio (PL).
Assim, a questão apresentou o conceito de forma invertida, pois o patrimônio líquido é formado
pelo capital próprio, e o patrimônio é formado pelo ativo e passivo total.
Errado.

016. (COSEAC/UFF/ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO/2015) O objeto da Contabilidade é:


a) o capital.
b) a empresa.
c) a riqueza.
d) o patrimônio.
e) o dinheiro.

Uma questão simples.


A contabilidade é uma ciência social; tem por objeto o PATRIMÔNIO; por objetivo fornecer in-
formações úteis; com a finalidade de controlar o patrimônio; seu campo de aplicação são as
aziendas e usuários internos e externos.
Letra d.

017. (IDIB/CRF-RJ/CONTADOR/2018) O patrimônio é definido como sendo:


a) O conjunto de bens tangíveis e intangíveis de propriedade de uma empresa.
b) São bens da empresa utilizados para atingimento de seus objetivos.
c) São bens, valores e as obrigações com sócios e terceiros.
d) Conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma determinada entidade.

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Vimos na aula que o patrimônio é o conjunto dos bens, direitos e obrigações de uma entidade.
A letra “C” está errada porque valores não é o mesmo que direito.
Lembre-se de que as obrigações podem ser junto aos terceiros (passivo exigível) ou junto aos
sócios (patrimônio líquido).
Letra d.

018. (UFMT/TJ-MT/CONTADOR/2016) Patrimônio Bruto é o mesmo que:


a) Capital Aplicado.
b) Capital Fixo.
c) Capital Próprio.
d) Capital de Terceiros.

A questão trata de um sinônimo de ativo, fica fácil demais responder; basta lembrar que o ativo
é o patrimônio bruto, que é o mesmo que capital aplicado. Mole, mole, mole...
Letra a.

019. (IBADE/DEPASA-AC/CONTADOR/2019) De acordo com a Resolução CFC n. 774 de 16


de dezembro de 1994 do Conselho Federal de Contabilidade, o objeto de estudo da contabi-
lidade em seus aspectos qualitativos e quantitativos, denomina-se:
a) Aziendas.
b) Patrimônio Líquido.
c) Controle do Patrimônio.
d) Ação Administrativa.
e) Patrimônio.

Segundo a referida resolução na Contabilidade, o objeto é sempre o PATRIMÔNIO de uma Entidade,


definido como um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com terceiros, pertencente
a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou a
uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independentemente da sua finalidade, que
pode, ou não, incluir o lucro.
Letra e.

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020. (AOCP/EBSERH/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2017) O conceito de patrimônio de


uma empresa abrange
a) bens e direitos mais obrigações.
b) bens e direitos menos obrigações.
c) bens e direitos apenas.
d) bens tangíveis e direitos.
e) bens tangíveis e bens intangíveis.

Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma pessoa ou a uma entidade.
Representa a soma dos bens mais direitos mais obrigações de uma entidade.
Letra a.

021. (AOCP/EBSERH/ANALISTA CONTÁBIL/2016) As Ciências Contábeis, assim como


qualquer outra área de conhecimento, possuem um objeto de estudo. Assinale a alternativa
que apresenta o objeto de estudo da Contabilidade.
a) Riqueza da empresa.
b) Balanço Patrimonial (BP)
c) Bens, Direitos, Obrigações, Receitas, Despesas, Contas a Receber e a Pagar.
d) Patrimônio.
e) Método das Partidas Dobradas.

O objeto de estudo da Contabilidade é o PATRIMÔNIO das entidades econômicas-administra-


tivas, as aziendas.
Letra d.

022. (AOCP/JUIZ DE FORA/CONTADOR/2016) O objeto de estudo da contabilidade é o Pa-


trimônio das Entidades. Considerando essa afirmação, assinale a alternativa que apresenta
o conceito de Patrimônio.
a) Conjunto de Bens e Direitos das Entidades.
b) Conjunto de Bens, Direitos e Obrigações das Entidades.
c) Conjunto de Bens e Direitos menos as Obrigações das Entidades.
d) Conjunto de Ativos menos Passivos e Patrimônio Líquido das Entidades.
e) Bens Tangíveis e Intangíveis da Entidade.

Patrimônio É o conjunto de bens direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou jurí-
dica, com ou sem fins lucrativos.
Letra b.

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023. (AOCP/UFPB/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) Assinale a alternativa que representa o con-


ceito de Bens sob a ótica da contabilidade.
a) São itens corpóreos mensuráveis em dinheiro que podem integrar o patrimônio das entidades
para utilização futura, tais como marcas e patentes.
b) São os itens que estão em poder de terceiros que podem ser utilizados de forma imediata.
c) São itens incorpóreos que são mensuráveis em dinheiro que podem ser tocados, tais como
máquinas e veículos.
d) São os direitos de terceiros em poder da entidade.
e) São itens tangíveis e intangíveis quantificáveis em dinheiro e que integrarão o patrimônio da
entidade para utilização imediata.

Os bens representam os ativos tangíveis (máquinas, equipamentos, estoques etc.) e intangíveis


(marca, fórmulas, softwares etc.) que podem ser mensurados economicamente e serão utiliza-
dos pela empresa nas suas atividades comerciais e administrativas.
Letra e.

024. (AOCP/IPM-SP/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) A prefeitura municipal adquiriu um software


para controle patrimonial. O contador deverá classificar esse software como
a) material de consumo.
b) investimento.
c) ativo intangível.
d) ativo imobilizado.
e) despesas do período

O software é um ativo intangível sem substância física utilizado nas atividades da empresa.
Letra c.

025. (SELECON/ENGEPROM/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2021) O conjunto de bens,


valores, direitos e obrigações de uma pessoa física ou jurídica que possa ser avaliado pecu-
niariamente e que seja utilizado na consecução dos objetivos da empresa denomina-se:
a) capital
b) situação líquida
c) patrimônio
d) fatores de produção

Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma pessoa física ou jurídica.
O PATRIMÔNIO das entidades é o objeto de estudo da contabilidade.
Letra c.

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Objetivo da Contabilidade
Antes de apresentar o objetivo da contabilidade: VAMOS LEMBRAR:
A contabilidade é uma ciência, isto quer dizer que tem: Objeto, objetivo, finalidade, usuários,
campo de aplicação e um princípio básico. É uma ciência SOCIAL, pois trata do relacionamento
entre pessoas, que são as contas.
A resolução 774/94 do CFC, apresentou sobre o objetivo da contabilidade a seguinte posição:
A existência de objetivos específicos não é essencial à caracterização de uma ciência, pois, caso
o fosse, inexistiria a ciência “pura”, aquela que se concentra, tão-somente, no seu objeto. Aliás, na
própria área contábil, encontramos muitos pesquisadores cuja obra não apresenta qualquer escopo
pragmático, concentrando-se na Contabilidade como ciência. De qualquer forma, como já vimos,
não há qualquer dificuldade na delimitação dos objetivos da Contabilidade no terreno científico, a
partir do seu objeto, que é o Patrimônio, por estarem concentrados na correta representação deste
e nas causas das suas mutações.
O objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentação do Patrimônio e na
apreensão e análise das causas das suas mutações. Já sob ótica pragmática, a aplicação da
Contabilidade a uma Entidade particularizada, busca prover os usuários com informações sobre
aspectos de natureza econômica, financeira e física do Patrimônio da Entidade e suas mutações,
o que compreende registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob
a forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas, e outros meios.
De forma geral, no âmbito dos profissionais e usuários da Contabilidade, os objetivos desta, quan-
do aplicada a uma Entidade particularizada, são identificados com a geração de informações, a
serem utilizadas por determinados usuários em decisões que buscam a realização de interesses
e objetivos próprios.
O tema, tão claro no quadrante científico, comporta comentários mais minuciosos quando dire-
cionado aos objetivos concretos perseguidos na aplicação da Contabilidade a uma Entidade em
particular. Adentramos, no caso, o terreno operacional, regulado pelas normas.

A resolução 774/94 foi revogada, entretanto, a necessidade de a contabilidade fornecer


informações aos usuários foi apresentada no CPC 00 R2 – estrutura conceitual básica da
seguinte forma:
Demonstrações contábeis elaboradas dentro do que prescreve esta Estrutura Conceitual objetivam
fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte
dos usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica de
determinados grupos de usuários.

Assim, como muitas pessoas dependem das informações que uma empresa levanta, o
principal objetivo da contabilidade é:

Fornecer informação de natureza econômica, financeira, operacional e social, que seja útil aos
usuários internos e externos.

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• Econômica: informação que apresenta o resultado apurado, as receitas e as despesas


que ocorreram no exercício.
• Financeira: informação relacionada com o fluxo dinheiro e a capacidade de pagamento
da empresa.
• Operacional: informação vinculada às atividades rotineiras da empresa, normalmente tem
relação com o uso do imobilizado na produção (máquinas, equipamentos) e as receitas
e despesas operacionais. Ajuda aos administradores em suas decisões operacionais.
• Social: Informação que apresenta quanto que a empresa contribuiu para o desenvolvi-
mento da sociedade/região onde está sediada, e como é sua política de recursos huma-
nos. Normalmente estas informações são apresentadas em notas explicativas e na DVA
(demonstração dos valores adicionados).
• Atualmente as informações contábeis são divididas em gerenciais e financeiras/econômi-
cas. As informações gerenciais são de uso interno, para tomada de decisão operacional
pela alta administração e normalmente não são divulgadas aos usuários externos, pois
estão vinculadas à “expertise” da empresa.

As informações financeiras/econômicas são apresentadas por meios de dados sintéticos


nas Demonstrações Contábeis. Elas caracterizam o término do processo contábil, são elabora-
das após as análises internas, por isto, não atendem aos interesses dos usuários internos, mas,
objetivam atender aos usuários externos, que até a divulgação das demonstrações contábeis
não tinham informações sobre a situação financeira, patrimonial e econômica da empresa.

O PULO DO GATO
Fiquem atentos: A contabilidade fornece informações para usuários internos e externos. As
demonstrações contábeis são destinadas aos usuários externos.

informações
Usários Internos
tempestivas
Informações
contábeis
informações
Externos
pontuais

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Na sua essência, o processo contábil consiste na obtenção, na análise e na mensuração das


mutações sofridas pelo patrimônio da Entidade, para por fim, gerar informações e divulgá-las.
Contudo, a natureza (qual) e a extensão (amplitude) das informações que serão apresenta-
das vai depender das necessidades específicas e, principalmente, de quem é o usuário, pois
um investidor tem interesse em saber o resultado econômico da empresa; o fornecedor quer
saber a capacidade de pagamento da empresa; os diretores querem informações de caráter
operacional, e assim por diante.
Para que atendam às necessidades, as informações contábeis são consideradas de pro-
pósito geral (amplas), contudo, visam atender às necessidades específicas de cada usuário,
pois segundo as normas contábeis elas devem propiciar aos seus usuários base segura para
suas decisões, pela compreensão do estado em que se encontra a Entidade, seu desempenho,
sua evolução, riscos e oportunidades que oferece.

AS INFORMAÇÕES SÃO DE PROPÓSITO GERAL, JÁ OS INTERESSES DOS USUÁRIOS SÃO


ESPECÍFICOS.

É importante entender que devido a sua amplitude, a informação contábil se expressa por
diferentes meios, como demonstrações contábeis, escrituração ou registros permanentes e
sistemáticos, documentos, livros, planilhas, listagens, notas explicativas, mapas, pareceres,
laudos, diagnósticos, prognósticos, descrições críticas ou quaisquer outros utilizados no
exercício profissional ou previstos em legislação.
Para que sejam apresentadas informações que atendam aos interesses da coletividade,
o pronunciamento conceitual básico da contabilidade determina que para ser útil, ela precisa
ser relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar.
DÚVIDA DE SALA DE AULA: Estava ministrando aula em Porto Alegre é um aluno fez o
seguinte questionamento:

Professor todas as informações da empresa estão apresentadas nas Demonstrações


Contábeis?

Veja que questionamento interessante. A resposta é não.


O normal para o estudante é achar que somente as demonstrações contábeis apresentam
informações, no entanto, existem várias formas de a contabilidade apresentar uma informação.
Pode ser por meio de relatório, por meio de planilhas, por meio de extratos etc.
As demonstrações contábeis são denominadas de relatórios financeiros e apresentam os
dados apurados pela empresa; estes dados interessam aos usuários externos, pois os usuá-
rios internos (entenda a alta administração) se utilizam de informações mais tempestivas e
de fácil acesso, como um relatório de custo da produção, um relatório de fluxo de caixa para
a semana, um relatório de perdas no estoque etc...

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De certa forma, seria algo fora da lógica a administração depender das demonstrações
contábeis para tomar suas decisões operacionais. Concordam comigo?

026. (QUADRIX/CRF-ES/CONTADOR/2019) A respeito das noções básicas de contabilidade,


julgue o item.
Se a contabilidade for capaz de atender aos requisitos da legislação referente aos impostos diretos
e indiretos, incidentes sobre as operações de cada entidade, terá atingido seus objetivos finais.

O OBJETIVO final da contabilidade é o de fornecer informação de natureza econômica, finan-


ceira, operacional e social, que seja útil aos usuários internos e externos. A contabilidade não
pode se restringir a fornecer informações somente sobre os impostos.
Errado.

027. (QUADRIX/CREA-GO/CONTADOR/2019) Com relação às noções fundamentais de


contabilidade, julgue o item.
Para atingir seu objetivo fundamental, a contabilidade deve priorizar a evidenciação de todas
as informações que possibilitem o controle e a tomada de decisões por parte de seus usuários.

O objetivo da contabilidade é fornecer informações aos usuários, sejam interno ou externos. As


informações são fornecidas por meio de relatórios específicos ou de propósito geral.
Certo.

028. (CESPE/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) Em relação aos conceitos, objetivos e


finalidades da contabilidade, julgue o item subsequente.
O principal objetivo da contabilidade é fornecer informações úteis sobre o patrimônio da entidade
para finalidades diversas, entre as quais, planejamento, controle e auxílio no processo decisório.

Objetivo da contabilidade é fornecer informação de natureza econômica, financeira, operacional


e social, que seja útil aos usuários internos e externos no seu processo decisório.
Certo.

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029. (IDECAN/INMETRO/ASSISTENTE EXECUTIVO ADMINISTRAÇÃO/2015) “Estudo e controle


do patrimônio e de suas variações, para fornecer aos usuários o máximo possível de infor-
mações de natureza econômica, financeira e patrimonial, que sejam úteis para a tomada de
decisões econômicas.” O conceito se refere ao
a) plano de contas contábil.
b) objetivo da contabilidade.
c) usuário da informação contábil.
d) objeto de estudo da contabilidade.
e) campo de aplicação da contabilidade.

Controlar o patrimônio e sua evolução é a finalidade da contabilidade e fornecer informações


é o objetivo.
Letra b.

030. (CONSULPLAN/TSE/CONTADOR/2012) A contabilidade foi definida no I Congresso


Brasileiro de Contabilidade como: “a ciência que estuda e pratica as funções de orientação,
controle e registro relativo aos atos e fatos da administração econômica.” São objetivos da
contabilidade, EXCETO:
a) Fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças
na posição financeira da entidade.
b) Auxiliar o maior número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão financeira.
c) Apresentar os resultados da atuação da administração na gestão da entidade quanto aos
recursos que lhe foram confiados.
d) Auxiliar os acionistas a avaliar a produtividade de cada funcionário da empresa e o desem-
penho dos gerentes.

Conceitualmente a contabilidade é uma ciência social que estuda, administra e controla o pa-
trimônio de qualquer pessoa a fim de fornecer informações.
Não se encaixa dentro dos objetivos da contabilidade auxiliar os acionistas a avaliar os funcionários.
As demais assertivas têm relação com a ciência contábil.
Letra d.

031. (CESPE/TRE-BA/CONTADOR/2017) A contabilidade tem como principal objetivo a(o)


a) fornecimento de informações que proporcionem aos seus mais diversos usuários — seja
internos, seja externos — utilidade no processo de tomada de decisões.
b) elaboração de guias de recolhimento de tributos a fim de manter a entidade em conformidade
com os ditames legais.

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Conceitos Básicos
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c) elaboração de demonstrações contábeis que atendam às finalidades específicas de deter-


minado grupo de usuários.
d) avaliação da capacidade das entidades comerciais em arcar com suas obrigações financeiras.
e) mensuração de bens patrimoniais a fim de elaborar corretamente as demonstrações contábeis.

O objetivo da contabilidade é fornecer informações que sejam uteis aos usuários internos
e externos.
Letra a.

032. (CETREDE/SÃO GONÇALO-CE/CONTADOR/2019) Com relação ao objetivo da Conta-


bilidade, analise as afirmativas a seguir.
I – Objetiva o controle dos tributos.
II – Objetiva o controle das obrigações trabalhistas e tributárias.
III – Objetiva gerar informações para o apoio das decisões econômico-financeiras.
IV – Objetiva gerar informações para o mercado financeiro.
Marque a opção que indica a(s) afirmativa(s) CORRETA(S).
a) I.
b) II - IV.
c) III.
d) I - II - IV.
e) II – III

O objetivo da contabilidade é fornecer informações que sejam uteis aos usuários internos e
externos em suas tomadas de decisão.
Letra c.

033. (AOCP/SERCOMTEL/ANALISTA/2016) Assinale alternativa que apresenta o objetivo


da Contabilidade.
a) É uma ciência social que tem como propósito estudar o patrimônio de uma empresa com a
finalidade de conhecer os seus bens, direitos e obrigações.
b) Com a finalidade de emitir relatórios contábeis, a Contabilidade tem a função de analisar todo
o trabalho desenvolvido no processo de escrituração contábil.
c) A Contabilidade tem o intuito de analisar as demonstrações contábeis que são os resultados
do processo de escrituração contábil que vêm refletir o patrimônio das empresas.
d) Fornecer informações de natureza econômica, financeira e patrimonial para o controle das
operações e para o planejamento das empresas.
e) Com o propósito de analisar as informações geradas através dos relatórios contábeis, a
Contabilidade tem a meta de obter conhecimentos sobre as contas que pertencem ao Patri-
mônio Líquido.

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A questão tratou de vários conceitos relacionados com a contabilidade, contudo como cobrava
o objetivo, ficou fácil a resposta, pois vimos que o objetivo da contabilidade é o fornecimento
de informações, para usuários internos e externos de forma que consigam planejar e controlar
suas ações e tomar decisões.
Letra d.

034. (AOCP/EBSERH/ANALISTA CONTÁBIL/2016) A Contabilidade como ramo do conhe-


cimento pode ser estudada ou compreendida sob diferentes perspectivas. Dentre as opções
apresentadas, assinale aquela que corresponde especificamente ao objetivo/finalidade da
contabilidade.
a) Registrar os eventos pelo método das partidas dobradas.
b) Fornecer informações sobre o patrimônio da entidade, aos seus usuários, de maneira a au-
xiliar no processo de tomada de decisões.
c) Instituir políticas e práticas empresariais dentro da empresa.
d) Elaborar os relatórios contábeis através do método das partidas dobradas e utilizando-se do
regime de competência para tal fim
e) Analisar os números dispostos nos relatórios contábeis, com o objetivo de melhorar o de-
sempenho econômico e financeiro da empresa.

O OBJETIVO da contabilidade é fornecer informações sobre o patrimônio e sua evolução, aos


usuários internos e externos para que consigam fazer o planejamento, controlar as ações e
tomar suas decisões.
Letra b.

Pronunciamentos Técnicos do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)


O Comitê de Pronunciamentos Contábeis é um organismo não governamental que nasceu
ao final de 2005 da união de interesses das seguintes entidades:
• CFC – Conselho Federal de Contabilidade
• IBRACON – Instituto Brasileiro de Contadores
• FIPECAFI – representantes da academia – USP
• BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo
• APIMEC – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de
Capitais e
• ABRASCA – Associação Brasileira de Companhias abertas.

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O CPC é totalmente autônomo das entidades representadas, sendo que o Conselho Fe-
deral de Contabilidade fornece a estrutura necessária para as reuniões e os seus membros,
na maioria contadores, não auferem remuneração.
O comitê foi criado pela Resolução CFC n. 1.055/05, e tem como objetivo:

o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabili-


dade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela enti-
dade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção,
levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais.

Foi idealizado em função das necessidades de:


• Convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração de
relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de custo
de capital);
• Centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades o
fazem);
• Representação e processo democrático na produção dessas informações (produtores
da informação contábil, auditor, usuário, intermediário, academia, governo).

O PULO DO GATO
O CPC não emite normas.
O CPC emite Pronunciamentos Técnicos sobre contabilidade para permitir a emissão de nor-
mas pelas entidades reguladoras brasileiras, visando à centralização e à uniformização do seu
processo de produção de informações.

Os produtos do trabalho do CPC são: Pronunciamentos Técnicos, orientações e inter-


pretações; sendo que os Pronunciamentos Técnicos serão obrigatoriamente submetidos à
audiência pública. As orientações e interpretações poderão, também, sofrer esse processo,
mas não é obrigatório.
Atualmente os pronunciamentos contábeis que foram transformados em normas pelo
CFC – Conselho Federal de Contabilidade – são os seguintes:
Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
Estrutura Conceitual para
CPC 00 Elaboração e Divulgação de 02/12/2011 15/12/2011
Relatório Contábil-Financeiro
Redução ao Valor Recuperável de
CPC 01 06/08/2010 07/10/2010
Ativos

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Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
Efeitos das mudanças nas taxas
CPC 02 de câmbio e conversão de 03/09/2010 07/10/2010
demonstrações contábeis
Demonstração dos Fluxos de
CPC 03 03/09/2010 07/10/2010
Caixa

CPC 04 Ativo Intangível 05/11/2010 02/12/2010

D i v u l g a ç ã o s o b re Pa r t e s
CPC 05 03/09/2010 07/10/2010
Relacionadas
Operações de Arrendamento
CPC 06 06/10/2017 21/12/2017
Mercantil
Su bve n ç ã o e A s s i s t ê n c i a
CPC 07 05/11/2010 02/12/2010
Governamentais
Custos de Transação e Prêmios
CPC 08 na Emissão de Títulos e Valores 03/12/2010 16/12/2010
Mobiliários
Demonstração d o Va l o r
CPC 09 30/10/2008 12/11/2008
Adicionado (DVA)

CPC 10 Pagamento Baseado em Ações 03/12/2010 16/12/2010

CPC 11 Contratos de Seguro 05/12/2008 17/12/2008

CPC 12 Ajuste a Valor Presente 05/12/2008 17/12/2008

Adoção Inicial da Lei n.. 11.638/07


CPC 13 05/12/2008 17/12/2008
e da Medida Provisória n.. 449/08
Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento, Mensuração
CPC 14
e Evidenciação (Fase I) -
Transformado em OCPC 03

CPC 15 Combinação de Negócios 03/06/2011 04/08/2011

CPC 16 Estoques 08/05/2009 08/09/2009

Contratos de Construção
CPC 17 19/10/2012 08/11/2012
(revogado a partir de 1º/01/2018)
Investimento em Coligada, em
CPC 18 Controlada e em Empreendimento 07/12/2012 13/12/2012
Controlado em Conjunto

CPC 19 Negócios em Conjunto 09/11/2012 23/11/2012

CPC 20 Custos de Empréstimos 02/09/2011 20/10/2011

CPC 21 Demonstração Intermediária 02/09/2011 20/10/2011

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Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação

CPC 22 Informações por Segmento 26/06/2009 31/07/2009

Políticas Contábeis, Mudança de


CPC 23 26/06/2009 16/09/2009
Estimativa e Retificação de Erro

CPC 24 Evento Subsequente 17/07/2009 16/09/2009

Provisões, Passivos Contingentes


CPC 25 26/06/2009 16/09/2009
e Ativos Contingentes
Apresentação das Demonstrações
CPC 26 02/12/2011 15/12/2011
Contábeis

CPC 27 Ativo Imobilizado 26/06/2009 31/07/2009

CPC 28 Propriedade para Investimento 26/06/2009 31/07/2009

CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola 07/08/2009 16/09/2009

Receitas (revogado a partir de


CPC 30 19/10/2012 08/11/2012
1º/01/2018)
Ativo Não Circulante Mantido
CPC 31 p a r a Ve n d a e O p e r a ç ã o 17/07/2009 16/09/2009
Descontinuada

CPC 32 Tributos sobre o Lucro 17/07/2009 16/09/2009

CPC 33 Benefícios a Empregados 07/12/2012 13/12/2012

Exploração e Avaliação de
CPC 34
Recursos Minerais (Não editado)

CPC 35 Demonstrações Separadas 31/10/2012 08/11/2012

CPC 36 Demonstrações Consolidadas 07/12/2012 20/12/2012

Adoção Inicial das Normas


CPC 37 05/11/2010 02/12/2010
Internacionais de Contabilidade
Instrumentos Financeiros:
CPC 38 Reconhecimento e Mensuração 02/10/2009 19/11/2009
(revogado a partir de 1º/01/2018)
Instrumentos Financeiros:
CPC 39 02/10/2009 19/11/2009
Apresentação
Instrumentos Financeiros:
CPC 40 01/06/2012 30/08/2012
Evidenciação

CPC 41 Resultado por Ação 08/07/2010 06/08/2010

Contabilidade em Economia
CPC 42 07/12/2018 21/12/2018
Hiperinflacionária

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Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
Adoção Inicial dos
CPC 43 Pronunciamentos Técnicos CPCs 03/12/2010 16/12/2010
15 a 41

CPC 44 Demonstrações Combinadas 02/12/2011 02/05/2013

Divulgação de Participações em
CPC 45 07/12/2012 13/12/2012
outras Entidades

CPC 46 Mensuração do Valor Justo 07/12/2012 20/12/2012

CPC 47 Receita de Contrato com Cliente 04/11/2016 22/12/2016

CPC 48 Instrumentos Financeiros 04/11/2016 22/12/2016

Contabilização e Relatório
CPC 49 Contábil de Planos de Benefícios 06/04/2018 18/04/2018
de Aposentadoria
Contabilidade para Pequenas e
CPC PME Médias Empresas com Glossário 04/12/2009 16/12/2009
de Termos

035. (IADES/CITEC/CONTADOR/2016) Acerca do Comitê de Pronunciamentos Contábeis


(CPC), assinale a alternativa correta.
a) Trata-se de um órgão público subordinado à Comissão de Valores Mobiliários.
b) Desde a respectiva criação, em 2005, além dos pronunciamentos técnicos, o CPC passou a
emitir as resoluções do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
c) O CPC tem prerrogativas legais, portanto a aplicação das próprias normas é obrigatória.
d) Trata-se de uma entidade de direito privado subordinada ao International Accounting Stan-
dards Board (IASB).
e) Os pronunciamentos técnicos emitidos pelo CPC subsidiam a emissão de normas que per-
mitem a convergência da Contabilidade Brasileira com os padrões internacionais.

Está correta a letra “E”; o CPC não emite norma para o mercado, ele se pronuncia sobre assun-
tos específicos. Quem normatiza são as autarquias reguladoras, como o CFC, a CVM, o Bacen.
O CPC é um órgão autônomo, não tem vinculação com nenhuma instituição pública ou privada.
Letra e.

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CPC 00 R2 - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de


Relatório Contábil-Financeiro
Em dezembro de 2019 o CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) apresentou e o
CFC (Conselho Federal de Contabilidade) aprovou a revisão do Pronunciamento Técnico CPC
00 (R2) - Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro. A revisão trouxe alguns conceitos
novos e apresentou pequenas variações nos conceitos antigos, tudo objetivando melhorar a
qualidade da informação contábil que é apresentada pelas empresas, no material denomina-
das de entidade que reporta.
Assim, esta aula já está de acordo com os novos conceitos.
O Pronunciamento Conceitual Básico (R2) é o resultado da segunda revisão sobre o CPC
00 que apresenta conceitos-base para a elaboração das Demonstrações Contábeis e outros
demonstrativos, trata-se de um referencial teórico da contabilidade e dos conceitos que mol-
dam a prática contábil, servindo de base para a elaboração dos demais pronunciamentos.
O complemento ao nome do pronunciamento “R2” informa quantas vezes o pronuncia-
mento foi revisado e atualizado; a última atualização foi em novembro de 2019.
É importante destacar que a estrutura conceitual não é um pronunciamento técnico
propriamente dito e, portanto, não define normas ou procedimentos para qualquer questão
particular sobre aspectos de mensuração ou divulgação. Ela é o arcabouço conceitual para a
elaboração dos demais pronunciamentos, devido a isto é denominada de “CPC 00”.
Um pronunciamento técnico tem por objetivo definir conceitos doutrinários, estrutura
técnica e procedimentos específicos que serão aplicados sobre um assunto, enquanto o pro-
nunciamento básico dá subsídio conceitual para a elaboração dos demais pronunciamentos.

PEGADINHA DA BANCA
Quando for observado um conflito entre a estrutura conceitual e um pronunciamento técnico,
as exigências do pronunciamento técnico devem prevalecer sobre a estrutura conceitual. As
bancas tentam enganar o aluno dizendo que o pronunciamento básico se sobrepõe aos demais
pronunciamentos técnicos.

Guarde o seguinte: A estrutura conceitual não é um pronunciamento técnico propriamente dito.


Ela não é específica.

Se a estrutura conceitual não é um pronunciamento técnico propriamente dito, qual é então


a sua finalidade?

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Conceitos Básicos
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Para responder isto devemos entender que ela busca apresentar conceitos que ajudam
suprir a necessidade de informações que contribuem para a transparência ao melhorar a
comparabilidade internacional e a qualidade de informações financeiras, permitindo que os
investidores e outros participantes do mercado tomem decisões econômicas fundamentadas;
Com a apresentação destes conceitos ela atende as seguintes finalidades:
a) auxiliar o desenvolvimento das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) para que
tenham base em conceitos consistentes;
b) auxiliar os responsáveis pela elaboração (preparadores) dos relatórios financeiros a
desenvolver políticas contábeis consistentes quando nenhuma norma se aplica à determina-
da transação ou outro evento, ou quando a norma permite uma escolha de política contábil;
c) auxiliar todas as partes a entender e interpretar as normas.
Você viu que as finalidades estão diretamente vinculadas ao suporte e ao auxílio na ela-
boração dos pronunciamentos e até mesmo de normas pelos organismos normatizadores.
Para atender estas finalidades, sendo essencialmente um arcabouço conceitual, o CPC
“00 R2” é dividido nos seguintes capítulos:
Capítulo 1- Objetivo do relatório financeiro para fins gerais;
Capítulo 2- As características qualitativas de informações financeiras úteis;
Capítulo 3- Demonstrações contábeis e a entidade que reporta;
Capítulo 4- Elementos das demonstrações contábeis;
Capítulo 5- Reconhecimento e desreconhecimento;
Capítulo 6- Mensuração;
Capítulo 7- Apresentação e divulgação;
Capítulo 8- Conceitos de capital e manutenção de capital.

036. (IF-PE/IF-PE/CONTADOR/2016/ADAPTADA) Sobre a estrutura conceitual estabelecida


pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), analise a assertiva:
No caso de conflito entre a estrutura conceitual e um pronunciamento técnico do CPC, o disposto
na Estrutura Conceitual deve ter prevalência sobre as exigências do pronunciamento técnico.

Como a estrutura conceitual não é um procedimento técnico, não deve prevalecer, ela tem um
caráter de orientação. Guardem o seguinte: “quem manda são os pronunciamentos técnicos”.
Errado.

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037. (AOCP/TRE-AC/ANALISTA CONTÁBIL/2015/ADAPTADA) No que se refere ao Pronun-


ciamento Conceitual Básico CPC 00 (R1) - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação
de Relatório Contábil-Financeiro, assinale as assertivas:
É um Pronunciamento Técnico propriamente dito e, portanto, define normas e procedimentos
sobre aspectos relacionados à mensuração ou divulgação dos elementos patrimoniais.

Podemos ver que a banca tratou o “CPC 00” como um pronunciamento técnico, o que não é
verdade, assim, a assertiva está errada.
Errado.

038. (AOCP/TRE-AC/ANALISTA CONTÁBIL/2015/ADAPTADA) Quando for observado um


conflito entre essa Estrutura Conceitual e um Pronunciamento Técnico, uma interpretação ou
uma orientação, as exigências da Estrutura Conceitual devem prevalecer.
Nesta assertiva tivemos o mesmo questionamento da questão anterior, contudo, o autor des-
tacou que a estrutura conceitual se sobrepõe aos pronunciamentos técnicos, o que sabemos
que não é verdade.
Errado.

039. (CESPE/TCE-RO/CONTADOR/2013) Com relação à estrutura conceitual do Comitê de


Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue os itens a seguir.
No caso de conflito entre a estrutura conceitual e um pronunciamento técnico do CPC, o disposto
na estrutura conceitual deve ter prevalência sobre as exigências do pronunciamento técnico.

Questão idêntica às demais, contudo, sabemos que a estrutura básica não prevalece sobre os
pronunciamentos técnicos.
Errado.

040. (AOCP/TRE-AC/ANALISTA CONTÁBIL/2015) No que se refere ao Pronunciamento Con-


ceitual Básico CPC 00 (R1) - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro, assinale a alternativa correta.
a) É um Pronunciamento Técnico propriamente dito e, portanto, define normas e procedimentos
sobre aspectos relacionados à mensuração ou divulgação dos elementos patrimoniais.
b) É um Pronunciamento Técnico que estabelece critérios para elaboração e apresentação de
demonstrações contábeis destinadas a usuários internos e externos da informação contábil.
c) Conforme esse Pronunciamento Técnico, as demonstrações contábeis são comumente ela-
boradas segundo modelo com base no valor justo.

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d) Quando for observado um conflito entre essa Estrutura Conceitual e um Pronunciamento


Técnico, uma interpretação ou uma orientação, as exigências da Estrutura Conceitual devem
prevalecer.
e) Demonstrações contábeis são elaboradas dentro do que prescreve essa Estrutura Conceitual
não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica de determinados grupos
de usuários.

Podemos responder esta questão por meio da eliminação das assertivas.


As letras “A”, “B” e “C” estão erradas, pois tratam o pronunciamento conceitual como um pronun-
ciamento técnico. Vimos que ele é uma estrutura básica e não pronunciamento propriamente dito.
Quanto a letra “D”, o erro está em afirmar que em caso de conflito normativo, o pronunciamento
básico se sobrepõe aos pronunciamentos técnicos. Vimos que o pronunciamento técnico é
que manda.
A letra “E” de forma correta apresenta que as demonstrações contábeis não têm propósito
específico. Elas têm propósito geral.
Letra e.

041. (AOCP/CARIACICA/AFTM/2020) Em relação ao CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual para


Elaboração e Divulgação de Relatórios Contábil-Financeiros, analise as assertivas e assinale
a alternativa que aponta a(s) correta(s).
I – A Estrutura Conceitual define normas ou procedimentos, para as questões particulares sobre
aspectos de mensuração ou divulgação, reportados nas demonstrações financeiras.
II – As exigências do Pronunciamento Técnico, da Interpretação ou da Orientação específicos
não devem prevalecer sobre a Estrutura Conceitual.
III – As demonstrações financeiras não são elaboradas para se chegar ao valor da entidade que
reporta a informação.
a) Apenas I e II.
b) Apenas I e III.
c) Apenas II.
d) Apenas III.

O CPC 00 é a estrutura conceitual básica da contabilidade, apresenta os conceitos que servirão


de base para a elaboração dos demais pronunciamentos. Já está na revisão R2.
A estrutura conceitual NÃO define normas ou procedimentos específicos; os procedimentos
são definidos nos pronunciamentos técnicos que abarcam os mais diversos assuntos. O item
I está errado.

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Como os pronunciamentos técnicos são direcionados ao assunto específico, eles prevalecem


sobre a estrutura conceitual, caso exista um conflito técnico. O Item II está errado.
O item III está certo. Segundo a estrutura conceitual as demonstrações não são elaboradas
para estabelecer o valor de uma empresa; o valor de negociação da empresa é estabelecido
pelo mercado.
Letra d.

Capítulo 1 – Objetivo do Relatório Financeiro para Fins Gerais


O objetivo do relatório financeiro para fins gerais é fornecer informações financeiras sobre
a entidade que reporta que sejam úteis para investidores, credores por empréstimos e ou-
tros credores, existentes e potenciais, na tomada de decisões referente à oferta de recursos
à entidade.
Essas decisões envolvem decisões sobre:
a) comprar, vender ou manter instrumento de patrimônio e de dívida;
b) conceder ou liquidar empréstimos ou outras formas de crédito; ou
c) exercer direitos de votar ou de outro modo influenciar os atos da administração que
afetam o uso dos recursos econômicos da entidade.

Obs.: Informação é o conjunto de dados prontos para uso, obtido no registro, processamen-
to, análise e organização dos fatos contábeis, de forma que exerça uma alteração
(quantitativa ou qualitativa) no conhecimento de quem a recebe, reduzindo incertezas
e servindo de orientação.

O pronunciamento “00” destaca que muitos investidores e credores por empréstimo, não
podem requerer que as entidades que reportam a informação prestem a eles diretamente as
informações de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatórios financeiros de
propósito geral, para grande parte da informação contábil-financeira que buscam. Consequen-
temente, eles são os usuários primários, sem hierarquia de prioridade; para quem relatórios
contábil-financeiros de propósito geral são direcionados.

As demonstrações contábeis de propósito geral são destinadas prioritariamente aos investidores


e credores por empréstimos.

Segundo o CPC o foco dos relatórios financeiros está nos usuários que aplicam dinheiro
na empresa, ou seja, os fornecedores de capital; contudo, devemos entender que eles não
são os únicos usuários, já que o os clientes, os fornecedores, o governo, os sindicados repre-
sentando os funcionários e o governo utilizam as informações contábeis apresentadas para
atender suas necessidades específicas.

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Agora é lógico que os relatórios de “propósito geral” não atendem e não podem atender
a todas as informações de que estes usuários necessitam, por isto eles precisam considerar
informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais e
expectativas, eventos políticos e clima político, perspectivas e panorama para a indústria e
para a entidade, evolução do mercado, concorrência etc.
Outras partes, como reguladores e o público em geral, que não investidores, credores por
empréstimos e outros credores, podem também considerar relatórios financeiros para fins
gerais úteis. Contudo, esses relatórios não são direcionados essencialmente a esses outros
grupos; que são denominados de usuários externos secundários.

Os relatórios contábil-financeiro de propósito geral englobam o conjunto das demonstrações


contábeis. Ou seja, as demonstrações contábeis fazem parte dos relatórios apresentados.

Relatórios financeiros, para fins gerais, fornecem informações sobre a posição financeira
da entidade que reporta, as quais consistem em informações sobre os recursos econômicos
da entidade e as reivindicações contra a entidade que reporta; fornecem ainda informações
sobre os efeitos de transações e outros eventos que alteram os recursos econômicos e rei-
vindicações da entidade que reporta. Ambos os tipos de informações fornecem dados úteis
para decisões referentes à oferta de recursos à entidade.
Contudo, os relatórios para fins gerais não se destinam a apresentar o valor da entidade
que reporta, mas fornecem informações para auxiliar investidores, credores por empréstimos
e outros credores, existentes e potenciais, a estimar o valor da entidade que reporta.

O PULO DO GATO
Os governos, órgãos reguladores ou autoridades tributárias, financiadores, por exemplo, podem
determinar especificamente exigências para atender a seus próprios interesses. Daí surgem os
relatórios de propósito específico. São relatórios específicos por atenderem somente um usuário.

Essas exigências específicas não devem afetar as demonstrações contábeis elaboradas


segundo a estrutura conceitual, pois elas devem atender as necessidades de todos os seus
usuários para a tomada de decisões econômicas, tais como:
a) decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;
b) avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido con-
ferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas;
c) avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros
benefícios;

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d) avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados


à entidade;
e) determinar políticas tributárias;
f) determinar a distribuição de lucros e dividendos;
g) elaborar e usar estatísticas da renda nacional; ou
h) regulamentar as atividades das entidades.
O CPC 00 R2 destaca também que o objetivo da elaboração e divulgação do relatório de
propósito geral constitui o pilar da Estrutura Conceitual, pois os outros aspectos abordados,
como as características qualitativas da informação contábil-financeira útil e suas restrições,
os elementos das demonstrações contábeis, o reconhecimento e desreconhecimento, a men-
suração, a apresentação e a evidenciação, fluem logicamente desse objetivo.
Outro ponto que merece destaque é que os relatórios são, na maioria das informações,
baseados em estimativas, julgamentos e modelos e não em descrições ou retratos exatos.
Por fim, a estrutura conceitual ressalta que as informações apresentadas devem ser re-
gistradas de acordo com o regime de Competência, mas, devem também ser apresentadas
informações sobre o fluxo de caixa da entidade.
O regime de competência reflete os efeitos de transações e outros eventos nos períodos
em que esses efeitos ocorrem, mesmo que os pagamentos e recebimentos à vista resultantes
ocorram em período diferente, ou seja, é importante a divulgação da informação na ocorrência
do fato gerador do direito ou obrigação.
Isso é necessário porque informações sobre os recursos econômicos e reivindicações da
entidade e suas alterações durante o período fornecem uma base melhor para a avaliação
do desempenho passado e futuro da entidade do que informações exclusivamente sobre
recebimentos e pagamentos à vista durante esse período.

042. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) De acordo com o pronunciamento técnico CPC 00


(R1) — estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatórios contábil-financeiros
—, julgue o item a seguir, referente a conceito, objetivos e usuários da contabilidade.
O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é fornecer informações contábil-
-financeiras úteis acerca da entidade para a tomada de decisão por parte de usuários internos,
como os gerentes de produção, e de usuários externos, como os acionistas.

A assertiva destaca que os relatórios são destinados aos usuários internos e externos, o que
não é verdade. Nós vimos que as demonstrações são direcionadas aos usuários externos.
Errado.

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043. (CESPE/ANTAQ/ANALISTA CONTÁBIL/2015) No que diz respeito ao Comitê de Pronun-


ciamentos Contábeis (CPC) e à estrutura conceitual para elaboração e divulgação do relatório
contábil-financeiro, julgue os itens que se seguem.
O conjunto de relatórios contábil-financeiros elaborados de acordo com a estrutura conceitual é
adequado e suficiente para o atendimento a todas as informações de que os usuários externos
necessitem.

Os relatórios são elaborados para atender as necessidades dos usuários externos, especialmente
os investidores. Em nossa aula vimos que estes relatórios não atendem todas as necessidades
dos usuários.
Agora é lógico que os relatórios de “propósito geral” não atendem e não podem atender a todas
as informações de que estes usuários necessitam, por isto eles precisam considerar informação
pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais e expectativas,
eventos políticos e clima político, perspectivas e panorama para a indústria e para a entidade,
evolução do mercado, concorrência etc.
Errado.

044. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) De acordo com o pronunciamento técnico CPC 00


(R1) — estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatórios contábil-financeiros
—, julgue o item a seguir, referente a conceito, objetivos e usuários da contabilidade.
Os relatórios contábil-financeiros de propósitos gerais não são os instrumentos que atendem
a todas as informações de que os usuários externos — investidores, credores por empréstimos
e outros credores, existentes e em potencial — necessitam.

Os relatórios objetivam fornecer informações aos usuários externos, especialmente aos investi-
dores, contudo, estas informações devem ser melhoradas com outras fontes. Assim, a assertiva
está correta, pois os relatórios não atendem todas as necessidades dos usuários.
Certo.

045. (FCC/PREFEITURA DE SP/AUDITOR FISCAL/2012) Sobre a Estrutura Conceitual para


Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro, considere:
I – As autoridades tributárias podem determinar exigências específicas para atender a seus
próprios interesses e, consequentemente, mudar a estrutura conceitual para elaboração e di-
vulgação de relatório contábil-financeiro de propósito geral.
II – A avaliação da administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido
conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas é uma das
necessidades comuns da maioria dos usuários dos relatórios contábil-financeiros de propó-
sito geral.

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III – O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de transações e outros even-
tos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a
informação nos períodos em que ditos efeitos são produzidos.
IV – Comparabilidade é a característica qualitativa que define o uso dos mesmos métodos para
os mesmos itens, tanto de um período para outro, considerando a mesma entidade que reporta
a informação, quanto para um único período entre entidades.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

Os itens I e IV estão errados.


No item I, o erro é que as autoridades tributárias NÃO podem modificar a estrutura básica.
Quando a autoridade exigir informações específicas, a empresa deve elaborar um relatório de
propósito específico.
No item IV o conceito é de consistência e não de comparabilidade. A comparabilidade é a carac-
terística qualitativa que permite que os usuários identifiquem e compreendam similaridades dos
itens e diferenças entre eles. Diferentemente de outras características qualitativas, a compara-
bilidade não está relacionada com um único item. A comparação requer no mínimo dois itens.
Letra b.

Capítulo 2 – As Características Qualitativas de Informações Financeiras


Úteis
Vimos que o objetivo dos relatórios e levar informações uteis, primariamente aos investi-
dores, ou seja, ao mercado de capital, e aos credores financeiros.
Para que as informações produzam benefícios, elas precisam ser apresentadas com
transparência, com completude e de forma verdadeira para aumentar a credibilidade entre os
usuários, ou seja, devem possuir algumas características básicas que as qualificam como úteis.
As características qualitativas de informações financeiras úteis identificam os tipos de
informações que tendem a ser mais úteis a investidores, credores por empréstimos e outros
credores, existentes e potenciais, para que tomem decisões sobre a entidade que reporta
com base nas informações contidas em seu relatório financeiro (informações financeiras).

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As características qualitativas de informações financeiras úteis se aplicam a informações


financeiras fornecidas nas demonstrações contábeis, bem como a informações financeiras
fornecidas de outras formas, em relatórios complementares e notas explicativas.

A estrutura básica inicial passou por algumas mudanças na sua revisão “R1”, dentre as
modificações estabelecidas destacam-se:
1) A característica qualitativa da confiabilidade passou a ser denominada de Represen-
tação fidedigna;
2) A característica da “Essência sobre a Forma” foi retirada da condição de componente
separado da Representação Fidedigna, uma vez que foi considerada uma redundância, já que
para ser fidedigna a informação deve priorizar o controle sobre a propriedade;
3) A característica da prudência (ou conservadorismo) foi retirada na revisão, pois ela é
inconsistente com o atributo da neutralidade.
As caraterísticas qualitativas são divididas em fundamentais e de melhoria, da seguinte forma:
a) Características qualitativas fundamentais (fundamental qualitative characteristics–
relevância e representação fidedigna), as mais críticas; e
b) Características qualitativas de melhoria (enhancing qualitative characteristics – compa-
rabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade), menos críticas, mas ainda
assim altamente desejáveis.

O CPC 00 – estrutura conceitual já passou por duas revisões, sendo que a revisão R2 não mudou
nenhum conceito, somente alterou o nome da caraterística da VERIFICABILIDADE para CAPA-
CIDADE DE VERIFICAÇÃO e reincluiu a prudência como atributo da neutralidade.

As características qualitativas são os atributos, as condições que devem ser atendidas


para que a informação seja proveitosa para os usuários, assim, representam as propriedades
necessárias para dar utilidade às informações.
Para entender a importância das caraterísticas das informações que são apresentadas
nas demonstrações contábeis devemos lembrar que os usuários externos dependem das in-
formações que são fornecidas. Assim, se não houvesse uma padronização na qualidade das
informações cada administrador poderia decidir sobre o que, e como divulgar, criando desta
forma uma assimetria informacional.
Como as demonstrações servirão de base para a tomada de decisão pelos usuários exter-
nos, elas deverão conter informações relevantes e que representam corretamente a situação
da empresa; por isto a estrutura básica destaca que tais informações deverão ser úteis e na
busca de uma padronização formal, as características qualitativas da informação apresentadas
pelo “pronunciamento 00 R2” identificam os tipos de informação que muito provavelmente
são reputadas como as mais úteis para a tomada de decisões acerca da entidade.

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Assim, se a informação é para ser útil, ela precisa ser relevante e representar com fide-
dignidade o que se propõe; ela deve representar adequadamente a “fotografia” da situação
patrimonial e financeira da entidade, devendo ser confiável e sem vieses. Por isto as caracte-
rísticas qualitativas fundamentais das informações são relevância e representação fidedigna,
pois uma representação fidedigna de um acontecimento irrelevante é tão inútil quanto uma
representação não fidedigna de um acontecimento relevante.

Fundamental Relevante
Informação útil
Fidedigna

Informação Relevante

Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões


que possam ser tomadas pelos usuários. Podemos entender que é relevante a informação
que se não for prestada ou se for prestada de forma equivocada irá afetar a decisão dos
usuários, mesmo que eles optem por não tirar vantagem delas ou já tenham conhecimento
delas a partir de outras fontes.

A informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo no caso do usuário
decidir não a levar em consideração ou até mesmo se já tiver tomado ciência de sua existência
por outras fontes, contudo a decisão pela importância da informação deve ser do usuário, a
empresa tem a obrigação de prestar a informação.

Uma interpretação interessante para relevância é no sentido de que se o usuário tivesse


tido a informação em momento hábil, ele teria tomada uma decisão diferente. Por exemplo:

EXEMPLO
Um gestor de fundos de investimento decide aplicar nas debêntures de uma empresa, pois ela
está distribuindo um lucro acima do esperado. Para tomar a sua decisão ele considera somente
os dados apresentados nas Demonstrações e nas notas explicativas.
Após a compra dos títulos é divulgado pela administração da empresa que ela irá reconhecer
uma despesa por dano ambiental em relação a um sinistro ocorrido no ano anterior.
Sabe-se que o fato gerador da despesa foi um vazamento, que causou um dano ambiental,
ocorrido anteriormente e a administração não divulgou esta informação.
Note que se o gestor do fundo tivesse esta informação ele não teria comprado as debêntures, pois
as despesas irão diminuir o lucro e por consequência diminuir a distribuição aos debenturistas.

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A informação relevante é capaz de fazer diferença nas decisões dos usuários se tiver valor
preditivo, valor confirmatório ou ambos. A informação contábil-financeira tem valor preditivo
se puder ser utilizada como dado de entrada em processos empregados pelos usuários para
predizer futuros resultados. A informação contábil-financeira tem valor confirmatório se retro-
-alimentar – servir de feedback – avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las).

Por valor confirmatório de uma informação entende-se a condição de que o usuário com
a informação possa verificar a efetividade das ações da administração, ou seja, se foram atin-
gidos os objetivos estabelecidos. A informação deve ajudar a confirmar se a administração
fez o que queria fazer.
O valor preditivo de uma informação está relacionado com a condição de que ela irá servir
de direcionador nas decisões que serão tomadas elos usuários.
O valor confirmatório da informação tem relação com o passado e o valor preditivo com
o futuro, por isto devem ser analisadas em conjunto de forma inter-relacionadas, pois a ca-
pacidade de fazer predições é efetivada a partir do momento da possibilidade de confirmar
as predições feitas anteriormente.
Por exemplo, a informação sobre a composição do ativo e sobre a receita da empresa
auxilia ao usuário a predizer a capacidade de geração de riqueza da entidade com base em
seu ativo, tendo assim um indicador sobre o possível retorno do investimento a ser feito.
O Pronunciamento destaca também que a relevância da informação é afetada pela sua
materialidade. A materialidade está relacionada com a mudança de uma decisão, pelo usuá-
rio, devido ao conhecimento de uma informação, por isto tem relação com a natureza e a
magnitude do que está sendo informado.
A informação contábil-financeira será material quando a sua omissão ou a sua divulgação
de forma distorcida (mistating) influenciar nas tomadas de decisões dos usuários das infor-
mações. Ela é considera um aspecto de relevância específico da entidade e, por essa razão,
não é possível especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou predefinir o
que seria jugado material em uma situação concreta.
Normalmente a materialidade de uma informação está diretamente relacionada com o
julgamento profissional do usuário, devido a isto deve ser analisado caso a caso para definir
se uma informação é material ou não.
Em alguns casos, a natureza das informações, por si só, é suficiente para determinar a
sua relevância. Por exemplo, reportar uma nova linha de produtos que a entidade venha a
operar pode afetar a avaliação dos riscos e oportunidades com que a entidade se depara,
independente dos valores envolvidos.

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Em outros casos, a materialidade é importante pelo valor envolvido. Por exemplo, a empresa
tem estoque composto por vários produtos, sendo que os produtos mais valorados não tem
mercado atuante e tendem a não se realizarem rapidamente, assim é importante destacar
esta informação pelos valores envolvidos.
Esta convenção contábil é de extrema importância para a relação custo-benefício, pois
desobriga um tratamento mais rigoroso para aqueles itens cujo valor monetário é pequeno
dentro dos gastos totais, assim, itens imateriais não necessitam de um controle efetivo.

O PULO DO GATO
A materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade com base na natureza ou mag-
nitude, ou ambas, dos itens aos quais as informações se referem no contexto do relatório financeiro
da entidade individual. Consequentemente, não se pode especificar um limite quantitativo uniforme
para materialidade ou predeterminar o que pode ser material em uma situação específica.

Representação Fidedigna

Representar fidedignamente um evento econômico quer dizer ser fiel ao fato, de forma neutra
e sem um viés informacional, de forma mais simples, é falar a verdade, o que realmente acorreu.
A representação fidedigna, anteriormente denominada de “confiabilidade”, é definida como
a qualidade da informação que garante aos usuários uma mensagem livre de erro e de viés
e que represente fielmente o que se pretende informar.
Conforme orientação normativa, a representação fidedigna deve priorizar a essência da
transação em detrimento da forma, ou seja, os eventos devem ser apresentados de acordo com
a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua forma legal. Disto podemos
inferir que o controle sobre um bem ou direito, suplanta a propriedade, quando da divulgação
das informações.
Assim, para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter
três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.
• Completa: “deve incluir toda a informação necessária para que o usuário compreenda o
fenômeno sendo retratado, incluindo todas as descrições e explicações necessárias”.
• O retrato da realidade econômica completo deve incluir toda a informação necessária para
que o usuário compreenda o fenômeno sendo retratado, incluindo todas as descrições
e explicações necessárias.
• Por exemplo, um retrato completo de um grupo de ativos incluiria, no mínimo, a descri-
ção da natureza dos ativos que compõem o grupo, o retrato numérico de todos os ativos
que compõem o grupo, e a descrição acerca do que o retrato numérico representa (por
exemplo, custo histórico original, custo histórico ajustado ou valor justo).

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• Neutra: ausência de viés na seleção ou na apresentação da informação contábil-financeira.


• A representação neutra não possui inclinações, não é parcial, não é enfatizada ou deixa
de ser enfatizada, nem é, de outro modo, manipulada para aumentar a probabilidade de
que as informações financeiras serão recebidas de forma favorável ou desfavorável pelos
usuários.
• Informações neutras não significam informações sem nenhum propósito ou sem nenhuma
influência sobre o comportamento, ao contrário, informações financeiras relevantes são,
por definição, capazes de fazer diferença nas decisões dos usuários.
• Uma novidade na revisão R2 foi a apresentação de que neutralidade é apoiada pelo exercí-
cio da prudência. Prudência é o exercício de cautela ao fazer julgamentos sob condições
de incerteza. O exercício de prudência significa que ativos e receitas não estão supera-
valiados e passivos e despesas não estão subavaliados. Da mesma forma, o exercício
de prudência não permite a subavaliação de ativos ou receitas ou a superavaliação de
passivos ou despesas. Essas divulgações distorcidas podem levar à superavaliação ou
subavaliação de receitas ou despesas em períodos futuros.

Assim, ao estabelecer as estimativas para perda ou as provisões para pagamentos a entidade


deverá observar a prudência, como apoio à neutralidade.

• Livre de erros: não pode haver erros ou omissões relevantes no fenômeno retratado.
• Um retrato da realidade econômica livre de erros significa que não há erros ou omissões
no fenômeno retratado, e que o processo utilizado, para produzir a informação reportada,
foi selecionado e foi aplicado livre de erros.
• Assim, representação fidedigna não significa exatidão em todos os aspectos. Nesse
sentido, um retrato da realidade econômica livre de erros não significa algo perfeitamente
exato em todos os aspectos. Por exemplo, a estimativa de preço ou valor não observável
não pode ser qualificada como sendo algo exato ou inexato. Entretanto, a representação
dessa estimativa pode ser considerada fidedigna se o montante for descrito claramente
e precisamente como sendo uma estimativa, se a natureza e as limitações do processo
forem devidamente reveladas, e nenhum erro tiver sido cometido na seleção e aplicação
do processo apropriado para desenvolvimento da estimativa.

Não esqueça: A informação precisa concomitantemente ser relevante e representar com


fidedignidade a realidade reportada para ser útil. Nem a representação fidedigna de fenômeno
irrelevante, tampouco a representação não fidedigna de fenômeno relevante auxilia os usuários
a tomarem boas decisões.
O processo mais eficiente e eficaz para aplicar as características qualitativas fundamentais
é, normalmente, o seguinte:

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Em primeiro lugar, identificar o fenômeno econômico, informações sobre o que é capaz


de ser útil para os usuários das informações financeiras da entidade que reporta.
Em segundo lugar, identificar o tipo de informação sobre esse fenômeno que é mais
relevante.
Em terceiro lugar, determinar se essas informações estão disponíveis e se podem fornecer
representação fidedigna do fenômeno econômico. Em caso afirmativo, o processo para satis-
fazer às características qualitativas fundamentais se encerra nesse ponto. Em caso negativo,
o processo é repetido com o próximo tipo de informação mais relevante.
As características fundamentais são bastante exigidas em concurso, sendo que questões
normalmente são literais, assim, basta saber quais são e alguns conceitos relacionados.
Vamos ver.

046. (CESPE/DPF/PERITO CONTADOR/2013) Julgue o item seguinte, de acordo com os


princípios de contabilidade e as normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Relevância e comparabilidade são características qualitativas fundamentais da informação
contábil-financeira útil, pois tornam a informação capaz de fazer a diferença nas decisões to-
madas pelos usuários.

A assertiva cobra literalmente quais são as características fundamentais da informação contábil.


Para responder basta lembra que são a relevância e a representação fidedigna.
Errado.

047. (FEPESE/MPE-SC/AUDITOR/2014) De acordo com o CPC 00/R1/2011, são duas as


características qualitativas fundamentais da informação contábil-financeira.
Assinale a alternativa que traz estas características fundamentais
a) Compreensibilidade e relevância
b) Verificabilidade e tempestividade
c) Comparabilidade e verificabilidade
d) Relevância e representação fidedigna
e) Representação fidedigna e tempestividade.

Novamente a questão é literal, basta saber que relevância e representação fidedigna são as
características fundamentais da informação contábil. “É só correr para o abraço”.
Letra d.

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048. (IF-PI/IF-PI/PROFESSOR DE CONTABILIDADE/2016) As demonstrações contábeis


são importantes para que o usuário interessado pela informação tome decisões e conheça a
situação econômico-financeira de uma entidade. Conforme a Estrutura Conceitual Básica-CPC
00(R1), a qualidade da informação contábil deve ser útil e relevante. Conforme a afirmação
acima marque a alternativa CORRETA:
a) As características qualitativas fundamentais são relevância e representação fidedigna.
b) A informação econômica é capaz de fazer diferença nas decisões se tiver valor preditivo,
valor médio ou ambos.
c) A informação contábil-financeira já é considerada útil se representar um fenômeno relevante.
d) Representação fidedigna de uma informação significa exatidão em todos os aspectos.

Boa questão; contudo, a resposta é a mesma das demais.


b) Errada. Na letra “B” sabemos que a informação é relevante se possuir valor preditivo e con-
firmatório, ou ambos.
c) Errada. Na letra “C” não basta ser relevante, lembram? Deve ser relevante e fidedigna.
d) Errada. Na letra “D” a representação fidedigna não representa exatidão, mas sim que as in-
formações estão livres de erros materiais.
Letra a.

049. (INAZ DO PARÁ/CORE-PE/CONTADOR/2019) As características qualitativas fundamen-


tais da Informação Contábil-Financeira são relevância e representação fidedigna. Diante das
informações qualitativas fundamentais, assinale a alternativa correta:
a) Informação contábil-financeira relevante é aquela que não possui poder de influenciar as
decisões que possam ser tomadas pelos usuários.
b) Para ser útil, a informação contábil-financeira não tem só que representar um fenômeno
relevante, mas tem também que representar com fidedignidade o fenômeno que se propõe
representar.
c) Representação fidedigna, por si só, pode resultar necessariamente em informação útil.
d) A informação precisa concomitantemente ser irrelevante e representar com fidedignidade a
realidade reportada para ser útil.
e) A informação contábil-financeira precisa ser uma predição ou uma projeção para que possua
valor preditivo.

Vimos na aula que para ser útil, a informação contábil-financeira deve ter as características fun-
damentais da relevância e da representação fidedigna. Assim, ela não tem só que representar
um fenômeno relevante, mas tem também que representar com fidedignidade o fenômeno que
se propõe representar.
Letra b.

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050. (CESGRANRIO/PETROBRAS/CONTADOR JÚNIOR/2015) Os termos do Pronunciamento


Conceitual Básico (R1) contemplam as características qualitativas da informação contábil
útil. Nesse aspecto, são características qualitativas fundamentais da informação contábil útil:
a) Comparabilidade e Materialidade
b) Materialidade e Verificabilidade
c) Compreensão e Representação Tempestiva
d) Relevância e Representação Fidedigna
e) Tempestividade e Anualidade

As características fundamentais são: relevância e representação fidedigna.


Letra d.

051. (FCC/TCE-GO/CONTADOR/2014) Os três atributos para que uma demonstração finan-


ceira seja considerada fidedigna são:
a) Completa, neutra e livre de erro.
b) Suficiente, prudente e livre de fraude.
c) Limitada, suficiente e livre de erro.
d) Integral, prudente e livre de fraude.
e) Adequada, possível e livre de erro.

Para ser representação fidedigna, a realidade da informação retratada precisa ter três atributos.
Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.
Letra a.

052. (FCC/MANAUS/AFTM/2019) Na avaliação de materialidade, é razoável que o auditor


assuma que os usuários de demonstrações financeiras
a) possuem aprofundado conhecimento de economia.
b) não sabem que as demonstrações contábeis são auditadas considerando níveis de materialidade.
c) possuem conhecimento razoável de contabilidade.
d) não possuem disposição para estudar as informações contábeis com diligência.
e) possuem aprofundado conhecimento das atividades econômicas.

Segundo o CPC 00, a materialidade é um atributo da relevância. Em auditoria, materialidade é


o montante fixado pelo auditor que deverá estar correto. Assim, é material a informação que
afeta a opinião do usuário.

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A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é


afetada pela percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários
das demonstrações contábeis. Neste contexto, é razoável que o auditor assuma que os usuários:
a) possuem conhecimento razoável de negócios, atividades econômicas, de contabilidade e a
disposição de estudar as informações das demonstrações contábeis com razoável diligência.
Letra c.

Características de Melhoria da Informação


Como vimos as características qualitativas de dividem em fundamentais e em caracte-
rísticas de melhoria.
a) Características qualitativas fundamentais (fundamental qualitative characteristics–
relevância e representação fidedigna), as mais críticas; e
b) Características qualitativas de melhoria (enhancing qualitative characteristics – compa-
rabilidade, capacidade de verificação, tempestividade e compreensibilidade), menos críticas,
mas ainda assim altamente desejáveis.
É importante destacar que as características de melhoria são desejáveis, mas não essen-
ciais, pois elas agregam valor e melhoram a qualidade da informação, servindo para auxiliar
qual de duas alternativas de informação igualmente relevante e fidedigna deveria ser apre-
sentada em relação a um fenômeno, no entanto, elas não tornam a informação útil, se uma
informação for irrelevante ou não tiver representação fidedigna, não importa ser comparável,
verificável, tempestiva ou compreensível, ela não é uma informação útil.

A aplicação das características qualitativas de melhoria é um processo interativo que não segue
uma ordem preestabelecida e nem existe hierarquia entre os atributos. Algumas vezes, uma
característica qualitativa de melhoria pode ter que ser diminuída para maximização de outra
característica qualitativa. Por exemplo, a redução temporária na comparabilidade como resul-
tado da aplicação prospectiva de uma nova norma contábil-financeira pode ser vantajosa para
o aprimoramento da relevância ou da representação fidedigna no longo prazo.

Comparabilidade
A comparabilidade é a característica qualitativa de melhoria que visa fazer com que os
usuários identifiquem e compreendam as semelhanças e as diferenças entres as informações
e dados apresentados e divulgados.
As decisões de usuários implicam escolhas entre alternativas, como, por exemplo, vender
ou manter um investimento, ou investir em uma entidade ou noutra. Consequentemente, a
informação acerca da entidade será mais útil caso possa ser comparada com informação
similar sobre outras entidades e com informação similar sobre a mesma entidade para outro
período ou para outra data.

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A COMPARABILIDADE tem como necessidade própria precisar de pelo menos dois itens para
efetivar a comparação.

Assim, por uma questão de lógica, se o objetivo é comparar, existe a necessidade de ter
um dado em mãos para comparar com outro dado, e assim inferir sobre algo. O atributo da
comparabilidade permite que sejam comparadas informações com outras entidades ou com
a mesma entidade, entre mais de um período.
Outro ponto importante da comparabilidade é que ela não se confunde com o atributo da
consistência ou de uniformidade.
É normal as bancas apresentarem que comparabilidade é o mesmo que consistência ou
que uniformidade.
Consistência, embora esteja relacionada com a comparabilidade, não significa o mesmo.
Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, tanto de um pe-
ríodo para outro considerando a mesma entidade que reporta a informação, quanto para um
único período entre entidades. Comparabilidade é a meta; a consistência auxilia a alcançar
essa meta.
Comparabilidade também não significa uniformidade. Para que a informação seja compa-
rável, coisas iguais precisam parecer iguais e coisas diferentes precisam parecer diferentes.
A comparabilidade da informação contábil-financeira não é aprimorada ao se fazer com que
coisas diferentes pareçam iguais ou ainda ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes.
Meu amigo (a) chamo a sua atenção para que entenda que manter a consistência não
quer dizer que a empresa não possa mudar algum critério. A consistência estabelece que a
empresa mantenha os MESMOS critérios dentro do exercício, e se está utilizando um critério,
este seja utilizado em todos os itens da mesma natureza. Por exemplo: se a empresa utiliza
em suas máquinas da linha de produção o critério da depreciação pelo número de unidades
produzidas, deve utilizar para todas as máquinas na linha de produção o mesmo critério. Se
a empresa faz estimativa de inadimplência para as contas a receber, deve fazer para todas
as contas a receber.
Qualquer mudança de critério que impacte de forma relevante nos dados apresentados
deve ser divulgada em notas explicativas junto com as demonstrações contábeis.
Na sua essência a comparabilidade deve possibilitar ao usuário o conhecimento da situa-
ção e evolução de determinada informação ao longo do tempo, numa mesma Entidade ou em
diversas Entidades, de tal forma que se obtenha condição para a melhor tomada de decisão.

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Capacidade de Verificação

A capacidade de verificação ajuda a garantir aos usuários que as informações representem


de forma fidedigna os fenômenos econômicos que pretendem representar.
A capacidade de verificação significa que diferentes observadores bem informados e in-
dependentes podem chegar ao consenso, embora não a acordo necessariamente completo,
de que a representação específica é representação fidedigna. Tem relação com conseguir
comprovar uma informação.
A verificabilidade não é sinônimo de concordância entre as opiniões e decisões dos
usuários, ela ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa fidedignamente o
fenômeno econômico que se propõe representar.
A verificação pode ser direta ou indireta. Verificação direta significa verificar um montan-
te ou outra representação por meio de observação direta, como, por exemplo, por meio da
contagem de caixa a identificação física de bens do imobilizado.
Verificação indireta significa checar os dados de entrada do modelo, fórmula ou outra
técnica e recalcular os resultados obtidos por meio da aplicação da mesma metodologia;
está relacionada com exame documental. Um exemplo é a verificação do valor contábil dos
estoques por meio da checagem dos dados de entrada (quantidades e custos) e por meio
do recálculo do saldo final dos estoques utilizando a mesma premissa adotada no fluxo do
custo (por exemplo, utilizando o método PEPS).

Tempestividade

Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo


de poder influenciá-los em suas decisões.
Tem relação direta com a oportunidade de uma informação, devido a isto, a informação
tem que estar disponível para tomadores de decisão a tempo para poder influenciá-los em
suas decisões.
Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, certa informação
pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o encerramento do período contábil,
em decorrência de alguns usuários necessitarem identificar e avaliar tendências.
A falta de tempestividade pode criar uma assimetria informacional entre os usuários.
Por exemplo: os usuários internos (administradores) têm conhecimento de uma informação
relevante, contudo não a divulgam para não afetar a negociação de um título da empresa no
mercado de capital. Quando a informação for divulgada, após a negociação dos papéis ter
sido efetivada, ela perdeu a sua oportunidade e de certa forma foi inútil naquele momento.

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Conceitos Básicos
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Compreensibilidade

Compreensibilidade é uma das características que ajudam o usuário a assimilar o signi-


ficado das informações. Assim, classificar, mensurar e apresentar a informação com clareza
e concisão torna-a compreensível.
A compreensibilidade presume que o usuário disponha de conhecimentos de Contabilidade
e dos negócios e atividades da Entidade, em nível que o habilite ao entendimento das infor-
mações colocadas à sua disposição, desde que se proponha analisá-las, pelo tempo e com
a profundidade necessários, sendo que uma eventual dificuldade de entendimento suficiente
das informações contábeis por algum usuário jamais será motivo para a sua não-divulgação.
Alguns fenômenos são inerentemente complexos e pode não ser possível tornar a sua
compreensão fácil. Excluir informações sobre esses fenômenos dos relatórios financeiros
pode tornar mais fácil a compreensão das informações contidas nesses relatórios financeiros.
Contudo, esses relatórios seriam incompletos e, portanto, possivelmente distorcidos.
PEGADINHA DAS BANCAS
Normalmente as bancas afirmam que para facilitar a compreensão pelos usuários, a empresa
não precisa divulgar as informações consideradas complexas. Não caiam neste peguinha. Devem
ser divulgadas todas as informações relevantes, inclusive as que envolvem cálculos complexos
como os relacionados com a precificação de ativos e derivativos no mercado de capital.

Então, para ser compreensível a informação deve ser divulgada com clareza e completude,
contudo, exige-se que o usuário saiba interpretar as informações, pois, as informações sobre
assuntos complexos que devam ser incluídas nas demonstrações contábeis, por causa da sua
relevância para as necessidades de tomada de decisão pelos usuários, não devem ser excluí-
das meramente sob o pretexto de que seriam difíceis para certos usuários as entenderem.

Relevante Importante
Fundamental
Fidedigna Verdadeira

Informação
contábil Compreensibilidade Entendível

Comparabilidade Analisável
De Melhoria
Verificabilidade Comprovável

Tempestividade Oportuna

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Conceitos Básicos
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Na elaboração das informações a administração deverá analisar a relação custo benefício,


pois, o custo é uma restrição generalizada sobre as informações que podem ser fornecidas
pelo relatório financeiro.
Como a elaboração do relatório de informações financeiras impõe custos, e é importante
que esses custos sejam justificados pelos benefícios de apresentar essas informações.
Devido à subjetividade inerente, as avaliações de diferentes indivíduos sobre os custos e
benefícios da apresentação de itens específicos de informações financeiras variam. Portanto,
procura-se considerar custos e benefícios em relação ao relatório financeiro, de modo geral,
e, não apenas, em relação a entidades individuais que reportam.

053. (IF-ES/IF-ES/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2019) De acordo com a “Estrutura Con-


ceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro (CPC 00 – R1)” é um
exemplo de característica qualitativa capaz de melhorar a utilidade da informação contábil-
-financeira, a ________.
No tocante ao caso específico do setor público, a “NBC TSP Estrutura Conceitual para Elabora-
ção e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público”
prevê que os usuários dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do Setor Pú-
blico almejam subsídios nestes relatórios para fins de prestação de contas e responsabilização
(accountability) e para o (a) _________.
Completam de forma CORRETA as lacunas do texto na ordem prevista:
a) Comparabilidade / tomada de decisão.
b) Representação fidedigna / fiscalização dos tributos arrecadados.
c) Relevância / fiscalização dos agentes públicos.
d) Tempestividade / acompanhamento da ação governamental.
e) Compreensibilidade / participação democrática.

As caraterísticas qualitativas de melhoria são a comparabilidade, a verificabilidade, a tempesti-


vidade e a compreensibilidade; elas melhoram a utilidade da informação que é relevante e que
é representada com fidedignidade. Assim, eliminamos as letras B e C.
Os usuários, sejam públicos ou privados, utilizam as informações apresentadas pela contabili-
dade para tomar uma decisão sobre a melhor forma de alocar seus recursos.
Letra a.

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054. (AOCP/PC-ES/PERITO CONTÁBIL/2019) Conforme a Estrutura Conceitual para Elabo-


ração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, a característica qualitativa da confiabi-
lidade foi redenominada para
a) verificabilidade.
b) compreensibilidade.
c) comparabilidade.
d) representação fidedigna.
e) relevância.

A característica qualitativa confiabilidade foi redenominada de representação fidedigna.


Letra d.

055. (IBFC/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2017) Com base na NBC TSP Estrutura Conceitual


– estrutura conceitual para elaboração e divulgação de informação contábil de propósito geral
pelas entidades do setor público, assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.
“ _______________ significa ter informação disponível para os usuários antes que ela perca a sua
capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e
tomada de decisão”.
a) Tempestividade
b) Compreensibilidade
c) Neutralidade
d) Comparabilidade
e) Verificabilidade.

A Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de


poder influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos
utilidade. Contudo, certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após
o encerramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, por exemplo, necessi-
tarem identificar e avaliar tendências.
Está representando o princípio da oportunidade.
Letra a.

056. (IESES/CRM-SC/CONTADOR/2015) As características qualitativas da informação con-


tábil-financeira identificam os tipos de informações que muito provavelmente são reputadas
como as mais úteis para investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes
e em potencial, para tomada de decisões acerca da entidade.

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Assinale a alternativa que representa uma característica qualitativa fundamental da informação


contábil-financeira.
a) Relevância.
b) Competência.
c) Entidade.
d) Continuidade.

As características fundamentais são relevância e representação fidedigna. Não se esqueça dos


atributos de melhoria: comparabilidade, compreensibilidade, tempestividade e verificabilidade.
Letra a.

057. (FCC/TRE-PR/ANALISTA DE CONTABILIDADE/2013) Sobre a estrutura conceitual para


a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, considere:
I – A estrutura conceitual aplica-se à forma e ao conteúdo das informações adicionais forneci-
das para atender às necessidades da administração da empresa.
II – O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações que sejam úteis a um
grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica.
III – As demonstrações contábeis são preparadas com base no pressuposto de que a entidade
não tem a intenção nem a necessidade de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a
escala das suas operações.
IV – As informações sobre assuntos complexos que dificultam a compreensibilidade para alguns
usuários da contabilidade devem ser excluídas das demonstrações contábeis.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
e) III e IV.

I – Está errado. Os relatórios de propósito emitidos pela empresa visam atender aos usuários
externos; os administradores que representam os usuários internos utilizam informações pon-
tuais e específicas.
II – Está correto. O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações que sejam
úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica,
por isto que são denominadas de relatórios de propósito geral.

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III – Está correto. As demonstrações contábeis são preparadas com base no pressuposto da
continuidade, ou seja, considerando que a empresa não tem a intenção, nem a necessidade de
entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações.
IV – Está errada. As informações sobre assuntos complexos que dificultam a compreensibilidade
para alguns usuários da contabilidade NÃO devem ser excluídas das demonstrações contábeis.
É o caso dos instrumentos financeiros sem um mercado ativo. A exclusão de informações so-
bre esses fenômenos dos relatórios contábil-financeiros pode tornar a informação constante
em referidos relatórios mais facilmente compreendida. Contudo, referidos relatórios seriam
considerados incompletos e potencialmente distorcidos.
Letra b.

058. (AOCP/SANTO AGOSTINHO-PE/CONTADOR/2019) Segundo o CPC 00 (R1) – Estrutura


Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro,
a) a utilização do regime de caixa fornece melhor base de avaliação da performance passada
e da futura da entidade a que reporta a informação.
b) as características qualitativas foram divididas em duas categorias: as fundamentais e as da
relevância.
c) para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada da informação precisa
ter os atributos da neutralidade e ser livre de distorções relevantes.
d) as informações se destinam, principalmente, ao público externo, com foco nos investidores,
credores por empréstimos e a outros credores.

a) Errada. A estrutura conceitual determina a utilização do regime de competência para a apura-


ção dos resultados, pois o regime de caixa apresenta somente as entradas e saídas de dinheiro,
fornecendo uma base de informações muito pequena.
b) Errada. As características da informação contábil foram divididas em fundamentais e
de melhoria.
c) Errada. A letra “C” está incompleta. A representação fidedigna deve ser completa, neutra e
livre de erros.
d) Certa. As informações apresentadas pela contabilidade devem atender, principalmente, aos
usuários externos primários, que são os que aplicam dinheiro na empresa.
Letra d.

059. (AOCP/ADAF-AM/CONTADOR/2018) Nos termos do CPC 00, são características qua-


litativas de melhoria:
a) conservadorismo, relevância, confiabilidade e comparabilidade.
b) representação fidedigna, materialidade, comparabilidade e compreensibilidade.
c) comparabilidade, tempestividade, confiabilidade e relevância.
d) comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade.
e) fidedignidade, confiabilidade, materialidade e conservadorismo.

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As características qualitativas de melhoria são a comparabilidade, capacidade de verificação


(verificabilidade), tempestividade e compreensibilidade, menos críticas, mas ainda assim alta-
mente desejáveis.
Letra d.

Capítulo 3 – Demonstrações Contábeis e a Entidade que Reporta


A estrutura conceitual destaca que as demonstrações contábeis fornecem informações
sobre recursos econômicos (ativos) da entidade que reporta; reivindicações contra a entida-
de (obrigações exigíveis) e alterações nesses recursos (receitas e despesas); devido a isto
elas têm o objetivo de fornecer informações financeiras sobre os ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas e despesas que sejam úteis aos usuários das demonstrações contábeis na
avaliação das perspectivas para futuros fluxos de entrada de caixa líquidos e na avaliação da
gestão de recursos da administração sobre os recursos econômicos da entidade.
As informações são apresentadas no balanço patrimonial, ao reconhecer ativos, passivos
e patrimônio líquido; na demonstração do resultado, ao reconhecer as receitas e despesas, e
na demonstração do resultado abrangente, que apresenta as receitas e despesas abrangentes
(contas apresentadas no Patrimônio Líquido na conta Ajuste da Avaliação Patrimonial); e em
outras demonstrações e notas explicativas.

Aqui temos uma novidade. O CPC 00 R2 apresenta a necessidade da elaboração da DRA – De-
monstração dos Resultados abrangentes.

O balanço patrimonial, demonstração do resultado e a demonstração do resultado abran-


gente refletem o ativo, passivo, patrimônio líquido, receitas e despesas reconhecidos da
entidade em sumários estruturados que se destinam a tornar as informações financeiras
comparáveis e compreensíveis.
Uma característica importante das estruturas desses sumários é que os valores reco-
nhecidos em uma demonstração estão incluídos nos totais e, se aplicável, nos subtotais que
vinculam os itens reconhecidos na demonstração.
Desta forma as demonstrações devem retratar os efeitos patrimoniais e financeiros das
transações e outros eventos, por meio do grupamento deles em classes amplas de acordo
com as suas características econômicas (são os grupos e subgrupos de contas).
Assim, as informações sobre possíveis transações futuras e outros possíveis eventos fu-
turos (informações abrangentes-prospectivas) são incluídas nas demonstrações contábeis se:

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a) referirem-se a ativos ou passivos da entidade – incluindo ativos ou passivos não re-


conhecidos – ou patrimônio líquido que existiam no final do período de relatório, ou durante
o período de relatório, ou a receitas ou a despesas do período de relatório; e
b) forem úteis aos usuários das demonstrações contábeis.

Os ativos e passivos NÃO RECONHECIDOS, são os considerados contingentes, que não apare-
cem no balanço patrimonial, mas são divulgados em notas explicativas.

No Brasil, o período utilizado para a elaboração das demonstrações é o exercício social


adotado pela empresa, que em regra, é o ano civil. Contudo, independe do prazo utilizado na
elaboração das demonstrações, para ajudar os usuários a identificarem e avaliarem mudanças
e tendências, as demonstrações contábeis também fornecem informações comparativas de,
pelo menos, um período de relatório anterior.

O PULO DO GATO
A empresa deve apresentar as demonstrações do período corrente e as demonstrações do
período anterior.

Outra inclusão é a de que as demonstrações contábeis são normalmente elaboradas


com base na suposição de que a entidade está em continuidade operacional e continuará em
operação no futuro previsível.
Assim, presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em
liquidação ou deixar de negociar. Se existe essa intenção ou necessidade, as demonstrações
contábeis podem ter que ser elaboradas em base diferente. Em caso afirmativo, as demons-
trações contábeis descrevem a base utilizada.

Entidade que Reporta

A entidade que reporta é a entidade que é obrigada a, ou decide, elaborar demonstrações


contábeis; pode ser uma única entidade ou parte da entidade ou pode compreender mais de
uma entidade.
Às vezes, a entidade (controladora) tem o controle sobre outra entidade (controlada).
Se a entidade que reporta compreende tanto a controladora como suas controladas, as de-
monstrações contábeis da entidade que reporta são denominadas “demonstrações contábeis
consolidadas”.

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As demonstrações consolidadas fornecem informações sobre os ativos, passivos, patrimô-


nio líquido, receitas e despesas tanto da controladora como de suas controladas como uma
única entidade. Essas informações são úteis para investidores, credores por empréstimos e
outros credores, existentes e potenciais, da controladora em sua avaliação das perspectivas
para futuros fluxos de entrada de caixa líquidos para a controladora. Isso porque os fluxos
de entrada de caixa líquidos para a controladora incluem distribuições para a controladora
de suas controladas, e essas distribuições dependem de fluxos de entrada de caixa líquidos
para as controladas.
Se a entidade que reporta é apenas a controladora, as demonstrações contábeis são de-
nominadas “demonstrações contábeis não consolidadas”.
Demonstrações contábeis não consolidadas destinam-se a fornecer informações sobre
os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas da controladora e, não, sobre
aquelas de suas controladas
Se a entidade que reporta compreende duas ou mais entidades que não são todas vincu-
ladas pelo relacionamento controladora-controlada, as demonstrações contábeis da entidade
que reporta são denominadas “demonstrações contábeis combinadas”.

As demonstrações contábeis podem ser não consolidadas (individuais), consolidadas ou


combinadas.

Capítulo 4 – Elementos das Demonstrações Contábeis


Os elementos das demonstrações contábeis definidos na Estrutura Conceitual são apre-
sentados pelas classes de contas que compõem os ativos, passivos e patrimônio líquido,
que se referem à posição financeira da entidade que reporta; e receitas e despesas, que se
referem ao desempenho financeiro da entidade que reporta.
Essas classes amplas são denominadas de elementos das demonstrações contábeis.
Os elementos das demonstrações contábeis definidos nesta Estrutura Conceitual são:
• ativos, passivos e patrimônio líquido, que se referem à posição financeira da entidade
que reporta; e
• receitas e despesas, que se referem ao desempenho financeiro da entidade que reporta.

A apresentação desses elementos no balanço patrimonial e na demonstração do resultado


envolve um processo de subclassificação. Por exemplo, ativos e passivos podem ser classifi-
cados por sua natureza ou função nos negócios da entidade, em circulante os não circulantes,
a fim de mostrar as informações da maneira mais útil aos usuários para fins de tomada de
decisões econômicas. As receitas e despesas são segmentadas conforme as atividades em
operacionais e outras receitas ou despesas.

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Definição dos Elementos

A definição dos elementos prevista no Pronunciamento nos apresenta os conceitos de


ativo, passivo, patrimônio líquido, receita e despesa. Contudo são denominados de elementos
das Demonstrações Contábeis.
Os elementos diretamente relacionados com a posição financeira da entidade que reporta
são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido. Estes são definidos como segue:
• Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de
eventos passados.

Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos


e deve atender três aspectos: direito, potencial de produzir benefícios econômicos e controle.
Os direitos que têm o potencial de produzir benefícios econômicos assumem muitas
formas, incluindo:
a) direitos que correspondem à obrigação de outra parte
b) direitos de receber caixa;
c) direitos de receber produtos ou serviços;
d) direitos de trocar recursos econômicos com outra parte em condições favoráveis.
A entidade não pode ter direito de obter benefícios econômicos de si mesma.
Um recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos.
Para que esse potencial exista, não precisa ser certo, ou mesmo provável, que esse direito
produzirá benefícios econômicos.
É necessário somente que o direito já exista e que, em pelo menos uma circunstância,
produzirá para a entidade benefícios econômicos além daqueles disponíveis para todas as
outras partes.
Um recurso econômico pode produzir benefícios econômicos para a entidade, com um
ou mais dos seguintes atos:
a) receber fluxos de caixa contratuais ou outro recurso econômico;
b) trocar recursos econômicos com outra parte em condições favoráveis;
c) produzir fluxos de entrada de caixa ou evitar fluxos de saída de caixa, por exemplo:
i) utilizando o recurso econômico para produzir produtos ou prestar serviços;
ii) utilizando o recurso econômico para melhorar o valor de outros recursos econômicos;
iii) arrendando o recurso econômico a outra parte;
d) receber caixa ou outros recursos econômicos por meio da venda do recurso econômico; ou
e) extinguir passivos por meio da transferência do recurso econômico.

O benefício econômico futuro de um ativo é o seu potencial em contribuir, direta ou indireta-


mente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade.

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O Controle vincula um recurso econômico à entidade. A entidade controla um recurso


econômico se ela tem a capacidade presente de direcionar o uso do recurso econômico e
obter os benefícios econômicos que podem fluir dele.
Controle inclui a capacidade de impedir outras partes de direcionar o uso do recurso eco-
nômico e de obter os benefícios econômicos que podem fluir dele.
Ocorre que, se uma parte controla um recurso econômico, nenhuma outra parte controla
esse recurso.
• Passivo é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como
resultado de eventos passados.

Para que exista passivo, três critérios devem ser satisfeitos: a entidade tem uma obrigação,
a obrigação é de transferir um recurso econômico, a obrigação é uma obrigação presente que
existe como resultado de eventos passados
O primeiro critério para o passivo é que a entidade tenha a obrigação.
A obrigação é o dever ou responsabilidade que a entidade não tem a capacidade prática
de evitar. A obrigação é sempre devida à outra parte (ou partes).
A outra parte (ou partes) pode ser uma pessoa ou outra entidade, grupo de pessoas ou
outras entidades, ou a sociedade em geral.

Não é necessário conhecer a identidade da parte (ou partes) para quem a obrigação é devida.

Muitas obrigações são estabelecidas por contrato, legislação ou meios similares e são
legalmente exigíveis pela parte (ou partes) para quem são devidas.
Obrigações também podem resultar, contudo, de práticas usuais, políticas publicadas ou
declarações específicas da entidade se a entidade não tem capacidade prática de agir de
modo inconsistente com essas práticas, políticas ou declarações.
A obrigação que surge nessas situações é denominada, às vezes, “obrigação presumida”.
O segundo critério para um passivo é que a obrigação seja de transferir um recurso
econômico.
Para satisfazer a esse critério, a obrigação deve ter o potencial de exigir que a entidade
transfira um recurso econômico para outra parte (ou partes). Para que esse potencial exista,
não é necessário que seja certo, ou mesmo provável, que a entidade será obrigada a transferir
um recurso econômico – a transferência pode, por exemplo, ser obrigada somente se ocorrer
evento futuro incerto especificado.
É necessário somente que a obrigação já exista e que, em pelo menos uma circunstância,
exigirá que a entidade transfira um recurso econômico.

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Obrigações de transferir um recurso econômico incluem, por exemplo:


a) obrigações de pagar o valor à vista;
b) obrigações de entregar produtos ou prestar serviços;
c) obrigações de trocar recursos econômicos com outra parte em condições desfavoráveis.
Essas obrigações incluem, por exemplo, contrato a termo para vender um recurso econômico
em condições que são atualmente desfavoráveis ou a opção que dá direito à outra entidade
de comprar um recurso econômico da entidade;
d) obrigações de transferir um recurso econômico se ocorrer evento futuro incerto específico;
e) obrigações de emitir instrumento financeiro se esse instrumento financeiro obrigar a
entidade a transferir um recurso econômico.
O terceiro critério para um passivo é que a obrigação seja uma obrigação presente que
exista como resultado de eventos passados.
A obrigação presente existe como resultado de eventos passados somente se:
a) a entidade já tiver obtido benefícios econômicos ou tomado uma ação; e
b) como consequência, a entidade terá ou poderá ter que transferir um recurso econômico
que de outro modo não teria que transferir.
A obrigação presente pode existir mesmo se a transferência de recursos econômicos
não puder ser executada até algum momento no futuro. Por exemplo, passivo contratual de
pagar o valor à vista pode existir atualmente mesmo se o contrato não exige o pagamento
até uma data futura.
De modo similar, a obrigação contratual para a entidade realizar um trabalho em data fu-
tura pode existir atualmente mesmo se a contraparte não puder exigir que a entidade realize
o trabalho até essa data futura.
• Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de
todos os seus passivos.

É uma obrigação não exigível para a empresa, pois os direitos sobre o patrimônio líquido
são reivindicações contra a entidade que não atendem à definição de passivo.
Essas reivindicações podem ser estabelecidas por contrato, legislação ou meios similares,
e incluem, na medida em que não atendem à definição de passivo:
a) ações de diversos tipos emitidas pela entidade; e
b) algumas obrigações da entidade de emitir outro direito sobre o patrimônio líquido, como
dividendos e proventos.
Os elementos diretamente relacionados com o desempenho financeiro da entidade, são
as receitas e as despesas.
a) Receitas são aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em aumen-
tos no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a contribuições de detentores de direitos
sobre o patrimônio;

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b) Despesas são reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que resultam em re-
duções no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a distribuições aos detentores de
direitos sobre o patrimônio.
O resultado é frequentemente utilizado como medida de performance, desempenho ou
como base para outras medidas, tais como o retorno do investimento ou o resultado por ação.

Recurso
Ativo
controlado

Posição
Obrigação
patrimonial e Passivo
presente
financeira

Patrimônio Resíduo
elementos das Líquido patrimonial
"DC"

Ganho
Receitas
econômico
Desempenho
financeiro
Perda
Despesas
econômica

O CPC 00 R2 apresenta a seguinte síntese sobre os conceitos:

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060. (FCC/TCE-SE/TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/2012) Ativo é definido na estrutura


conceitual da contabilidade como um recurso
a) de propriedade da entidade, utilizado em suas atividades operacionais, independentemente
do fluxo de caixa que este venha a gerar.
b) do qual se espera apenas uma saída próxima de recursos da entidade para o seu pagamento.
c) adquirido à vista pela entidade.
d) controlado pela entidade e do qual se espera que resultem benefícios econômicos futuros.
e) que não pode ser distribuído aos proprietários da entidade como restituição do capital.

O conceito de ativo é um recurso econômico controlado pela entidade como resultado de even-
tos passados.
Recurso controlado não precisa ser de propriedade da empresa, por exemplo, direito de uso de
uma marca, um ativo obtido por arrendamento mercantil financeiro.
Por resultado de eventos passados entendemos que deve ter corrido um fato contábil, onde
forma identificadas mensuradas as contas.
O ativo representa o potencial econômico da empresa e este potencial está relacionado com os
futuros benefícios econômicos esperados. Em suma, o ativo existe para gerar benefícios econô-
micos, ou seja, gerar lucro para a empresa, aumentando as receitas ou diminuindo as despesas.
Letra d.

061. (FCC/TJ-SE/ANALISTA DE CONTABILIDADE/2009) A identificação de um gasto efe-


tuado que NÃO produza benefícios econômicos futuros é reconhecido nas demonstrações
de uma entidade como
a) ganho.
b) despesa.
c) custo.
d) receita.
e) ativo.

A essência de um ativo é ter um potencial econômico embutido; caso ocorra um gasto que seja
improvável a futura geração de benefícios econômicos para a entidade, como é o caso de uma
perda econômica, com sinistros, doações etc. o elemento deverá ser reconhecido como despesa.
Letra b.

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062. (IF-PE/IF-PE/CONTADOR/2016) Sobre a estrutura conceitual estabelecida pelo Comitê


de Pronunciamentos Contábeis (CPC), está CORRETO afirmar que
a) segundo a Estrutura Conceitual, reconhecimento é o processo que consiste na incorporação
ao balanço patrimonial ou à demonstração do resultado de item que se enquadre na definição de
elemento e que satisfaça os critérios de reconhecimento mencionados na Estrutura Conceitual.
b) no caso de conflito entre a estrutura conceitual e um pronunciamento técnico do CPC, o dispos-
to na Estrutura Conceitual deve ter prevalência sobre as exigências do pronunciamento técnico.
c) demonstrações contábeis elaboradas dentro do que prescreve a Estrutura Conceitual obje-
tivam fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações
por parte dos usuários, tendo o propósito de atender finalidade específica de determinados
grupos de usuários.
d) aportes dos proprietários da empresa é receita, pois são aumentos nos benefícios econômi-
cos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos que resultam em aumento
do patrimônio líquido.
e) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a
forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em
decréscimo do patrimônio líquido. Porém essa definição não abrange as perdas.

Reconhecer um elemento é identificar as caraterísticas de ativo, passivo, PL, receita e despesa;


além disto, verificar se foram atendidos os critérios necessários para o seu registro no Balanço
Patrimonial ou Demonstração do Resultado do Exercício. A letra “a” está correta.
b) Quando houver conflito entre a estrutura conceitual básica e um pronunciamento técnico
prevalece o que estiver previsto no pronunciamento técnico.
c) As demonstrações são elaboradas para atender aos propósitos de todos os usuários externos
e não especificamente um usuário.
d) Aporte de capital representa um aumento no capital social com a aplicação de dinheiro pelos
sócios, não é receita, pois não tem relação com as atividades normais da empresa.
e) Uma perda também é uma despesa, por exemplo, um sinistro, um incêndio ou um roubo. As
perdas não têm relação com as atividades normais, são tratadas como despesas descontinuadas.
Letra a.

063. (UFG/UFG/CONTADOR/2017) Até há bem pouco tempo, era comum conceituar Ativo
como o conjunto de bens e direitos, embora diversos autores afirmassem que a utilização
de um conceito simplificado se devia à formação ainda incipiente dos estudantes. O Ativo,
após a divulgação da estrutura conceitual para a elaboração e divulgação das demonstrações
contábeis, passa a ser um recurso
a) possuído por uma entidade, como resultado de eventos passados, e que apresenta valor de troca.
b) possuído por uma entidade, como resultado de eventos passados, e do qual se espera que
benefícios econômicos futuros fluam para essa entidade.

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c) controlado por uma entidade, como resultado de eventos passados, e do qual se espera que
benefícios econômicos futuros fluam para essa entidade.
d) controlado por uma entidade, como resultado de eventos passados, e que apresenta va-
lor de troca.

A questão cobrou literalmente o conceito de ativo:


“Ativo é um recurso econômico controlado pela entidade como resultado de eventos passados
e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade”.
Lembre-se que atualmente o ativo não precisa mais ser de propriedade da empresa, contudo
deve estar sob o seu controle.
Letra c.

Capítulo 5 – Reconhecimento e Desreconhecimento


Reconhecimento é o processo de captação para inclusão no balanço patrimonial ou na
demonstração do resultado e na demonstração do resultado abrangente de item que atenda
à definição de um dos elementos das demonstrações contábeis – ativo, passivo, patrimônio
líquido, receita ou despesa.
O reconhecimento de um elemento envolve refletir o item em uma dessas demonstrações
– seja isoladamente ou em conjunto com outros itens – em palavras e por meio do valor
monetário, ou seja, a conta ou o grupo de contas, e incluir esse valor em um ou mais totais
nessa demonstração.

O valor pelo qual ativo, passivo ou patrimônio líquido é reconhecido no balanço patrimonial é
referido como o seu “valor contábil”.

Segundo o CPC 00 R2 o reconhecimento vincula os elementos, o balanço patrimonial e


a demonstração do resultado e a demonstração do resultado abrangente, conforme abaixo:
a) no balanço patrimonial no início e no final do período de relatório, total do ativo menos
total do passivo equivale ao total do patrimônio líquido; e
b) alterações reconhecidas no patrimônio líquido durante o período de relatório compreendem:
i) receitas menos despesas reconhecidas na demonstração do resultado e na demonstra-
ção do resultado abrangente; mais
ii) contribuições de detentores de direitos sobre o patrimônio, menos distribuições aos
detentores de direitos sobre o patrimônio.

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O PULO DO GATO
Somente itens que atendem à definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido devem ser re-
conhecidos no balanço patrimonial. Similarmente, somente itens que atendem à definição de
receitas ou despesas devem ser reconhecidos na demonstração do resultado e na demonstração
do resultado abrangente. Contudo, nem todos os itens que atendem à definição de um desses
elementos devem ser reconhecidos.

Reconhecimento é o processo que consiste na incorporação nas demonstrações contábeis


de item que se enquadre na definição de elemento, ou seja, é o processo de identificação e
classificação do elemento, contudo pata que um item seja registrado nas demonstrações ele
deve satisfazer os seguintes critérios:
a) for provável que algum benefício econômico futuro associado ao item flua para a en-
tidade (ativo) ou flua da entidade (passivo); e
b) o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade.
Note que a palavra-chave é a probabilidade (provável) de um bem ser realizar para a em-
presa, quando for um ativo, ou exigir algo da empresa, quando for um passivo. Esta diferença
é que caracteriza o ativo como realizável e o passivo como exigível.

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O PULO DO GATO
Para ser reconhecido como ativo ou passivo deve ser PROVÁVEL que o bem irá se realizar (ati-
vo) ou será exigida uma liquidação (passivo). Outro critério muito importante é que o elemento
deve ser mensurável. Quando a empresa não conseguir estabelecer um valor, mesmo que por
estimativa, não deve reconhecer o item nas demonstrações.

O conceito de probabilidade deve ser adotado nos critérios de reconhecimento para de-
terminar o grau de incerteza com que os benefícios econômicos futuros referentes ao item
venham a fluir para a entidade ou a fluir da entidade.
As avaliações acerca do grau de incerteza quanto a realização de um bem deve ser fei-
ta com base na evidência disponível quando as demonstrações contábeis são elaboradas,
ou seja, deve ser na data das demonstrações, o que ocorre normalmente no dia 31/12. Por
exemplo, quando for provável que uma conta a receber devida à entidade não será paga pelo
devedor, é então justificável, reconhecer uma estimativa de perda pela provável inadimplência
e dessa forma, reconhecer como despesa a esperada redução nos recebimentos (benefícios
econômicos esperados).
O segundo critério para reconhecimento de um item é que ele possua custo ou valor que
possa ser mensurado com confiabilidade. Em muitos casos, o custo ou valor precisa ser es-
timado; o uso de estimativas razoáveis é parte essencial da elaboração das demonstrações
contábeis e não prejudica a sua confiabilidade. Quando, entretanto, não puder ser feita esti-
mativa razoável, o item não deve ser reconhecido no balanço patrimonial ou na demonstração
do resultado.
Por exemplo, o valor que se espera receber de uma ação judicial pode enquadrar-se nas
definições tanto de ativo (direito) quanto de receita (ganho), assim como nos critérios pro-
babilísticos exigidos para reconhecimento. Todavia, se não é possível mensurar com confia-
bilidade o montante que será recebido, ele não deve ser reconhecido como ativo ou receita.

Desreconhecimento

Desreconhecimento é a retirada de parte ou da totalidade de ativo ou passivo reconhecido


do balanço patrimonial da entidade, ou seja, consiste em dar baixa do componente patrimonial.
O desreconhecimento normalmente ocorre quando esse item não atende mais à definição
de ativo ou passivo:
• para o ativo, o desreconhecimento normalmente ocorre quando a entidade perde o con-
trole da totalidade ou de parte do ativo reconhecido; e
• para o passivo, o desreconhecimento normalmente ocorre quando a entidade não possui
mais uma obrigação presente pela totalidade ou parte do passivo reconhecido.

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Normalmente o desreconhecimento é feito quando quaisquer ativos ou passivos expiraram


ou foram consumidos, recebidos, executados ou transferidos, tendo como contrapartida do
registro da baixa, receitas ou despesas.

O PULO DO GATO
O desreconhecimento NÃO deve ser feito se a entidade aparentemente tiver transferido o ativo,
mas mantém exposição a significativas variações positivas ou negativas no valor dos benefícios
econômicos que podem ser produzidos pelo ativo, ou seja, ainda controla o recurso.

Capítulo 6 – Mensuração
Mensuração é o processo que consiste em determinar os montantes monetários (VALOR)
por meio dos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e
apresentados no balanço patrimonial e na demonstração do resultado.
Para conseguir estabelecer o valor de um elemento nas demonstrações contábeis, a
empresa deve selecionar uma base inicial de mensuração, ou seja, estabelecer o valor de
entrada do item.
Após o reconhecimento do valor do bem, a empresa ajusta este valor ao seu VALOR ATUAL
de acordo com a sua realização corrente (uso/perda/desvalorização etc), desta forma, no
término do exercício ao elaborar as demonstrações, a empresa deve apresentar o valor de
saída do bem pelo valor mais próximo do atual possível; mesmo que por estimativa.

A mensuração consiste em estabelecer, com base no preço de entrada, o preço de SAÍDA, de


realização para ativos e exigibilidade para passivos.

• Valores de entrada: referem-se aos valores de obtenção dos elementos para seu primeiro
registro nas demonstrações.
• Valores de Saída: refletem os valores recebidos por um ativo ou gastos com um passivo,
na liquidação de um item.

Na contabilidade um número variado de bases de mensuração é empregado em diferen-


tes graus e em variadas combinações para estabelecer o valor dos itens nas demonstrações
contábeis. Cada item terá um tratamento, vai depender da sua natureza. Por exemplo: os esto-
ques são mensurados ao valor de mercado; os valores a receber e a pagar ao valor presente;
o imobilizado é ajustado ao seu valor realizável etc.

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Segundo o pronunciamento conceitual R2 são utilizadas as bases de mensuração do custo


histórico, que deve ser ajustado ao seu custo atual, que pode ser pelo valor justo, valor em
uso e valor de cumprimento ou custo corrente.
A lógica do processo de mensuração é atender aos atributos fundamentais da informação
contábil, respeitando a relevância e a representação fidedigna.

Custo Histórico

O custo histórico consiste em registrar um elemento pelo seu valor inicial.


Os ativos são registrados pelos valores pagos ou pelo valor justo dos recursos que são
entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores
dos recursos que serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações.
A mensuração ao custo histórico fornece informações monetárias sobre ativos, passivos
e respectivas receitas e despesas, utilizando informações derivadas, pelo menos em parte,
do preço da transação ou outro evento que deu origem a eles. Diferentemente do valor atual,
o custo histórico não reflete as mudanças nos valores, exceto na medida em que essas mu-
danças se referirem à redução ao valor recuperável de ativo ou passivo que se torna onerosa.
O custo histórico representa o valor original de negociação, o primeiro valor registrado. Para
estabelecer o valor original é importante considerar que tudo o que for gasto com o item até
a sua disponibilização para a empresa é considerado um custo, assim, se a empresa comprar
uma máquina por R$ 10.000,00 e gastar R$ 5.000,00 com frete e seguro, o valor original da
máquina é de R$ 15.000,00.

O custo histórico de ativo quando é adquirido ou criado é o valor dos custos incorridos na aqui-
sição ou criação do ativo, compreendendo a contraprestação paga para adquirir ou criar o ativo
mais custos de transação. O custo histórico de passivo quando é incorrido ou assumido é o valor
da contraprestação recebida para incorrer ou assumir o passivo menos custos de transação.

Como o custo histórico é reduzido para refletir o consumo do ativo e sua redução ao valor
recuperável, o valor que se espera que seja recuperado do ativo mensurado ao custo histórico
é, pelo menos, tão grande quanto o seu valor contábil.
Similarmente, como o custo histórico do passivo é aumentado quando se torna oneroso,
o valor da obrigação de transferir os recursos econômicos necessários para satisfazer à
obrigação não é maior do que o valor contábil do passivo.
Assim, o custo histórico do ativo e do passivo devem ser atualizado ao longo do tempo
para refletir, se aplicável:

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Atualização do custo histórico do ativo deve ser feita quando:


• o consumo da totalidade ou parte do recurso econômico que constitui o ativo (deprecia-
ção ou amortização);
• pagamentos recebidos que extinguem a totalidade ou parte do ativo;
• o efeito de eventos que fazem com que a totalidade ou parte do custo histórico do ativo
não seja mais recuperável (redução ao valor recuperável); e
• provisão de juros para refletir qualquer componente de financiamento do ativo.

Atualização do custo histórico do passivo deve ser feita quando:


• o cumprimento da totalidade ou parte do passivo, por exemplo, efetuando pagamentos
que extinguem a totalidade ou parte do passivo ou satisfazendo a obrigação de entregar
produtos;
• o efeito de eventos que aumentam o valor da obrigação de transferir os recursos eco-
nômicos necessários para cumprir a obrigação em tal medida que o passivo se torna
oneroso. O passivo é oneroso se o custo histórico não é mais suficiente para refletir a
obrigação de satisfazer o passivo; e
• provisão de juros para refletir qualquer componente de financiamento do passivo.

Valor Atual

O valor atual de um componente das demonstrações é o seu valor histórico ajustado pelas
alterações necessárias que ocorreram no exercício corrente.
Diferentemente do custo histórico, o valor atual de ativo ou passivo não resulta, mesmo
em parte, do preço da transação ou outro evento que deu origem ao ativo ou passivo, mas
sim, é o resultado as variações que ocorreram nos itens do patrimônio.
O valor atual é o valor histórico ajustado com o passar do tempo.
As mensurações ao valor atual fornecem informações monetárias sobre ativos, passivos
e respectivas receitas e despesas, utilizando informações atualizadas para refletir condições
na data de mensuração.
Devido à atualização, os valores atuais de ativos e passivos refletem as mudanças, desde
a data de mensuração anterior, em estimativas de fluxos de caixa e outros fatores refletidos
nesses valores atuais.
As bases de mensuração do valor atual incluem:
a) valor justo;
b) valor em uso de ativos e valor de cumprimento de passivos; e
c) custo corrente.

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a) Valor Justo

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de ativo ou que seria pago pela
transferência de passivo em transação ordenada entre participantes do mercado na data de
mensuração.

EXEMPLO
Uma empresa vai comprar uma máquina que está avaliada no mercado por $ 500.000,00; mas
ela, por ser cliente antigo consegue um desconto de $ 50.000,00.
Para a empresa, o valor justo da máquina é de $ 450.000,00, ou seja, o valor acordado entre as
partes, que neste caso, também é o custo histórico ou valor original.

O CPC 00 R2 destaca que o valor justo não reflete os custos de transação que seriam
incorridos na alienação final do ativo ou na transferência ou liquidação do passivo.
Vejamos o que quer dizer isto; vamos analisar o mesmo exemplo anterior, contudo, agora
a empresa tem que pagar $ 30.000,00 de frete e de custo para um perito instalar a máquina.

EXEMPLO
Uma empresa vai comprar uma máquina que está avaliada no mercado por $ 500.000,00; mas
ela, por ser cliente antigo consegue um desconto de $ 50.000,00, entretanto, terá que pagar $
30.000,00 de frete e instalação.
Os valores relacionados com a operação são os seguintes:
- valor de mercado da máquina = $ 500.000,00
- valor justo da máquina = $ 450.000,00
- custo histórico da máquina = $ 480.000,00
O custo do frete e da instalação não entram no valor justo da máquina, pois não estão relaciona-
dos com a máquina propriamente dita; mas entram no custo histórico, pois para ter a máquina
a empresa deverá pagar o frete e a instalação.
Isto ocorre no dia a dia quando você compra um produto na internet e tem que pagar frete; o
custo do produto é um o que está no site, este é ou valor justo; mas para chegar na sua casa
tem o frete, que aumenta o custo de aquisição, que na contabilidade é o custo original ou his-
tórico, ou seja, o custo de registro inicial do bem.

O valor justo é determinado pela perspectiva dos participantes do mercado e, não, pela pers-
pectiva específica da entidade.

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As informações fornecidas mensurando ativos e passivos ao valor justo podem ter valor
preditivo porque o valor justo reflete as atuais expectativas dos participantes do mercado so-
bre o valor, época e incerteza de fluxos de caixa futuros. Essas expectativas são precificadas
de modo que reflitam as atuais preferências de risco dos participantes do mercado. Essas
informações também podem ter valor confirmatório, fornecendo feedback sobre expectativas
anteriores.
Receitas e despesas que refletem as atuais expectativas dos participantes do mercado
podem ter algum valor preditivo, pois essas receitas e despesas podem ser usadas como dado
para prever futuras receitas e despesas. Essas receitas e despesas também podem ajudar
na avaliação da eficiência e eficácia da administração da entidade no cumprimento de suas
responsabilidades sobre o uso dos recursos econômicos da entidade.

b) Valor em Uso (Ativo) e Valor de Cumprimento (Passivo)

O valor em uso é usado como base de mensuração do ativo, normalmente é o valor reali-
zável ou quanto que a empresa tem, economicamente, para utilizar um bem.
O valor em uso apresenta o valor real de um bem depois de ele já ter sido utilizado.

EXEMPLO
Uma empresa comprou uma máquina para produção por $ 800.000,00. Pagou também 100.000
de frete, montagem e instalação. Espera utilizá-la por 10 anos. Neste momento o valor justo é
de $ 800.000,00 e o custo original da máquina é de $ 900.000,00.
A cada ano a empresa deverá ajustar o custo original da máquina para demonstrar quanto ainda
é o valor em uso dela.
Como a empresa espera utilizá-la por 10 anos, a máquina irá ser usada economicamente (depre-
ciar) em $ 90.000,00 por ano.
Após um ano de uso a máquina estará com um valor em uso de $ 810.000,00, pois já foi utili-
zada em $ 90.000,00. Após 2 anos a máquina apresentará um valor em uso de $ 720.000,00,
pois já foi utilizada em $ 180.000,00; e assim por diante, até se passarem os 10 anos de uso e
o valor econômico da máquina for zero.

Durante o perídio de uso, a empresa pode reavaliar o valor em uso da máquina, por meio de um
teste de recuperabilidade, e ajustar o valor dela, se necessário.

Já o valor de cumprimento, apresenta o montante exigível da acabar com a obrigação, e


é utilizado como base de mensuração do passivo.
O valor de cumprimento, nada mais é quanto que a empresa terá que pagar para acabar
com uma obrigação sua.

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O valor em uso fornece informações sobre o valor presente dos fluxos de caixa estimados
do uso de ativo e de sua alienação final. Essas informações podem ter valor preditivo porque
podem ser utilizadas ao avaliar as perspectivas de futuros fluxos de entrada de caixa líquidos.
O valor de cumprimento fornece informações sobre o valor presente dos fluxos de caixa
estimados necessários para satisfazer o passivo. Assim, o valor de cumprimento pode ter
valor preditivo, particularmente se a obrigação for cumprida, em vez de transferida ou liqui-
dada por negociação.
As estimativas atualizadas de valor em uso ou valor de cumprimento, combinadas com
informações sobre estimativas do valor, época e incerteza de fluxos de caixa futuros, também
podem ter valor confirmatório porque fornecem feedback sobre as estimativas anteriores de
valor em uso ou valor de cumprimento.

c) Custo Corrente

O custo corrente é conhecido como custo de reposição e normalmente é utilizado para


tomadas de decisão interna, onde a administração analisa se é melhor manter o elemento no
ativo ou no passivo ou repor ele.
Os ativos são mantidos valores que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos
equivalentes fossem adquiridos na data do balanço.
Já os passivos são reconhecidos pelos valores, não descontados (com os juros embuti-
dos), que se espera seriam necessários para liquidar a obrigação na data do balanço.
As informações sobre ativos e passivos mensurados ao custo corrente podem ser relevan-
tes porque o custo corrente reflete o custo pelo qual ativo equivalente poderia ser adquirido
ou criado na data de mensuração ou a contraprestação que seria recebida por incorrer ou
assumir passivo equivalente.
Assim como o custo histórico, o custo corrente fornece informações sobre o custo de
ativo consumido ou sobre receita do cumprimento de passivos. Essas informações podem
ser utilizadas para obter as margens correntes e podem ser utilizadas como dado para prever
margens futuras. Diferentemente do custo histórico, o custo corrente reflete os preços vigentes
no momento do consumo ou cumprimento. Quando as mudanças de preço são significativas,
as margens baseadas em custo corrente podem ser mais úteis para prever margens futuras
do que as margens baseadas em custo histórico.
Para informar o custo corrente de consumo (ou receita corrente do cumprimento), é
necessário separar a mudança no valor contábil no período de relatório em custo corrente
de consumo (ou receita corrente do cumprimento) e o efeito de mudanças nos preços. O
efeito de mudança nos preços às vezes é denominado “ganho de manutenção” ou “perda de
manutenção”.

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O PULO DO GATO
A estrutura conceitual não determina os critérios para utilizar uma ou outra base; entretanto,
destaca que ao escolher a base de mensuração a ser utilizada é necessário considerar a na-
tureza das informações que a base de mensuração produzirá nas demonstrações. Ou seja, a
seleção será feita com base no julgamento profissional.

Na maioria dos casos, nenhum fator único determina qual base de mensuração deve ser
escolhida. A importância relativa de cada fator depende de fatos e circunstâncias, assim, a
base de mensuração mais comumente adotada pelas entidades na elaboração de suas de-
monstrações contábeis é o custo histórico. Ele é normalmente combinado com outras bases
de mensuração.
Entretanto, o CPC destaca a necessidade da escolha da base de mensuração ser determi-
nada considerando-se tanto a mensuração inicial como a mensuração subsequente, sempre
de acordo com a relevância e a fidedignidade das informações apresentadas.
Por exemplo, os estoques são geralmente mantidos pelo menor valor entre o custo e o
valor líquido de realização, os títulos e valores mobiliários negociáveis podem em determina-
das circunstâncias ser mantidos a valor de mercado e os passivos decorrentes de pensões
são mantidos pelo seu valor presente.

064. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) Em 15/7/2015, uma empresa adquiriu, à


vista, mercadorias para revenda no valor unitário de R$ 7,00, contemplando todos os custos
de aquisição. Em 31/7/2015, o preço de reposição unitário das referidas mercadorias havia
alcançado o valor de R$ 7,80, ao passo que o preço de venda unitário estimado da mercadoria
era R$ 12,50, e o gasto estimado necessário para a concretização da venda era R$ 1,50 por
unidade. Em uma transação sem favorecimentos, cada uma dessas mercadorias poderia ser
trocada no mercado pelo valor de R$ 12,50 no último dia do mês de julho de 2015.
Com base na situação hipotética apresentada, julgue os próximos itens:
Em 31/7/2015, o custo corrente unitário das mercadorias adquiridas era R$ 7,80.

Esta questão é muito boa para contextualizar cada conceito apresentado.


Valor de aquisição = valor histórico = R$ 7,00
Preço de reposição = valor corrente = R$ 7,80
Preço de venda (-) custos de vendas = Valor realizável líquido = R$ 11,00 (12,50 – 1,50)
Valor de troca = valor justo = 12,50
A assertiva está correta, pois o valor corrente é de R$ 7,80.
Certo.

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065. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) Em atendimento ao princípio do registro


pelo valor original, que indica o custo histórico como a base de mensuração a ser utilizada
para o registro inicial dos componentes patrimoniais, cada unidade da mercadoria adquirida
deve ser reconhecida ao preço de R$ 7,00.

Esta questão é muito boa para contextualizar cada conceito apresentado.


Valor de aquisição = valor histórico = R$ 7,00
Preço de reposição = valor corrente = R$ 7,80
Preço de venda (-) custos de vendas = Valor realizável líquido = R$ 11,00 (12,50 – 1,50)
Valor de troca = valor justo = 12,50
A assertiva está correta, pois o valor histórico é de R$ 7,00.
Certo.

066. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTABILIDADE E FINANÇAS/2016) Acerca da estrutura


conceitual básica da contabilidade, dos planos de contas, dos lançamentos e da apuração
de resultados bem como da estrutura das demonstrações contábeis, julgue os itens que
se seguem.
A verificabilidade, uma das características qualitativas de melhoria, é aquela que garante a
uniformidade das demonstrações contábeis, dando segurança ao usuário sobre a adoção de
métodos semelhantes para contabilização de itens idênticos.

A verificabilidade é uma característica de melhoria e está relacionada com a capacidade de


comprovação de uma informação pelos usuários. A utilização de métodos uniformes tem rela-
ção com o atributo da comparabilidade.
Errado.

067. (CESPE/MPU/ANALISTA ATUARIAL/2015) Julgue o item seguinte, acerca dos compo-


nentes patrimoniais, suas características e contabilização.
As despesas configuram perdas nos benefícios econômicos de uma entidade, sob a forma
de redução de ativos ou acréscimo de passivos, não estando relacionadas a distribuição de
recursos a sócios/acionistas.

A assertiva cobra literalmente o conceito de despesa apresentado na estrutura conceitual. As


transações com os sócios como: aumento de capital, saída de sócios e pagamento de dividen-
dos, não são tratadas como receitas ou despesas.
Não esqueçam que toda despesa diminui o PL, contudo nem toda diminuição do PL é despesa.
Certo.

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068. (CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2015) Com relação aos princípios, às normas, às teorias e


às práticas contábeis vigentes, julgue o item que se segue.
A essência sobre a forma é conceito indispensável para o cumprimento da característica
qualitativa da representação fidedigna, ao passo que a prudência, por ser inconsistente com a
neutralidade, é incompatível com a representação fidedigna.

A essência sobre a forma foi retirada na revisão do pronunciamento conceitual por ser con-
siderada uma redundância, pois para a contabilidade a representação fidedigna exige que o
controle sobreponha a propriedade. A prudência foi excluída por ser contraria à neutralidade,
uma característica da representação fidedigna.
Certo.

069. (CESPE/TCE-RO/CONTADOR/2013) Com relação à estrutura conceitual do Comitê de


Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue os itens a seguir.
O direito de propriedade é condição essencial para que seja configurada a existência de um
ativo, o qual surge sempre em decorrência de um direito legal.

Como vimos, na contabilidade atual prevalece a “essência econômica sobre a forma legal”, daí
podemos inferir que o controle sobrepõe a propriedade, desta forma um item pode estar no
ativo da empresa mesmo não sendo de sua propriedade legal.
O caso mais caraterizador da essência sobre a forma é o arrendamento mercantil financeiro,
onde a empresa é usufrutuária do bem, contudo a propriedade é da financeira (arrendadora).
Errado.

070. (CESPE/DPF/PERITO CONTADOR/2013) Julgue o item seguinte, de acordo com os


princípios de contabilidade e as normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Relevância e comparabilidade são características qualitativas fundamentais da informação
contábil-financeira útil, pois tornam a informação capaz de fazer a diferença nas decisões to-
madas pelos usuários.

As caraterísticas fundamentais da informação contábil são: RELEVÂNCIA E REPRESENTAÇÃO


FIDEDIGNA.
Existem também os atributos de melhoria que são: comparabilidade, verificabilidade, tempes-
tividade e compreensibilidade.
Errado.

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071. (IF-PA/IF-PA/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) De acordo com a Resolução CFC 1374/2011-


Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, Mensuração
é o processo que consiste em determinar os montantes monetários por meio dos quais os
elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no balanço
patrimonial e na demonstração do resultado. Esse processo envolve a seleção das seguintes
bases específicas de mensuração.
1. Custo Corrente
2. Valor Presente
3. Custo Histórico
4. Valor Realizável
( ) Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou
pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição.
( ) Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que teriam
de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na
data do balanço.
( ) Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que pode-
riam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada.
( ) Os ativos são mantidos pelo valor descontado, dos fluxos futuros de entradas líquidas
de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações.
De acordo com a Resolução CFC 1374/2011, relacione as colunas e marque a alternativa que
contenha sequência correta das bases de mensuração dos Ativos:
a) 3, 2, 4, 1.
b) 2, 1, 2,4.
c) 4, 3, 1, 2.
d) 1, 2, 3, 4.
e) 3, 1, 4, 2.

Custo Histórico - Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes
de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição.
Custo Corrente - Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa
que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na
data do balanço.
Valor Realizável - Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa
que poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada.
Valor Presente - Os ativos são mantidos pelo valor descontado, dos fluxos futuros de entradas
líquidas de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações.
Letra e.

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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo

072. (IF-PA/IF-PA/GESTÃO FINANCEIRA/2019) Em atenção à Estrutura Conceitual Básica


da Contabilidade, assinale a afirmação que NÃO É VERDADEIRA.
a) Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou
jurídica, ou a uma entidade.
b) Ativo é um recurso necessariamente de propriedade da entidade, resultado de eventos pas-
sados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos.
c) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação
se espera que resulte na saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.
d) Patrimônio Líquido é o interesse residual nos ativos da entidade, depois de deduzidos todos
os seus passivos.
e) Os usuários da contabilidade são as pessoas físicas ou jurídicas que tenham interesse na
avaliação da situação patrimonial da entidade.

O ativo não necessita ser de propriedade da empresa, entretanto, deve estar sob o seu controle.
Letra b.

073. (UFMT/UFMT/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) Quais elementos das Demonstrações Contá-


beis na Estrutura Conceitual estão diretamente relacionados com a mensuração do desempenho?
a) Ativo e Passivo
b) Ativo e Patrimônio Líquido
c) Receitas e Despesas
d) Patrimônio Líquido e Passivo

Os elementos diretamente relacionados com a mensuração e apuração do desempenho da


empresa são as receitas e as despesas.
a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma
da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em
aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos de-
tentores dos instrumentos patrimoniais;
b) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a
forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam
em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos
detentores dos instrumentos patrimoniais.
Letra c.

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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo

Capítulo 7 – Apresentação e Divulgação


Para entender este capítulo é importante lembrar que a apresentação é nas demonstra-
ções, como um conta ou um grupo de contas e a divulgação é feita nas notas explicativas.
Vimos que a entidade que reporta deve apresentar informações sobre seus ativos, passi-
vos, patrimônio líquido, receitas e despesas, pois a comunicação efetiva de informações nas
demonstrações contábeis torna essas informações mais relevantes e contribui para uma re-
presentação fidedigna de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas da entidade.
Sua apresentação também aprimora a compreensibilidade e comparabilidade das infor-
mações nas demonstrações contábeis. A comunicação efetiva de informações nas demons-
trações contábeis requer:
a) concentrar-se em princípios e objetivos de divulgação e apresentação em vez de con-
centrar-se em regras.
Concentrar-se em princípios e objetivos de divulgação e apresentação em vez de concen-
trar-se em regras, está em acordo com a aplicação da essência econômica sobre a forma
jurídica, atributo inerente da representação fidedigna.
b) classificar informações de maneira a agrupar itens similares e separar itens diferentes.
Classificação é a organização de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas ou despesas
com base em características compartilhadas para fins de divulgação e apresentação. Essas
características incluem, entre outras, a natureza do item, seu papel (ou função) dentro das
atividades de negócio conduzidas pela entidade e como é mensurado.
A classificação é aplicada à unidade de conta selecionada para ativo ou passivo. Contu-
do, às vezes pode ser apropriado separar o ativo ou passivo em componentes que possuem
diferentes características e classificar esses componentes separadamente. Isso é apropriado
se classificar esses componentes separadamente melhoraria a utilidade das informações
financeiras resultantes. Por exemplo, pode ser apropriado separar ativo ou passivo em com-
ponentes circulantes e não circulantes e classificar esses componentes separadamente.
c) agregar informações de tal modo que não sejam obscurecidas por detalhes desneces-
sários ou por agregação excessiva.
A agregação é a soma de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas ou despesas que
possuem características compartilhadas e são incluídas na mesma classificação.
A agregação torna as informações mais úteis ao resumir grande quantidade de detalhes,
é utilizada no imobilizado de uso, por exemplo, quando são agregadas todas as máquinas em
um grupo. Contudo, a agregação oculta alguns desses detalhes. Como por exemplo: agregar
no ativo investimento as participações societárias e as propriedades para investimento, dificul-
tará a interpretação da informação pelo usuário, já que são aplicações de natureza diferente.
Portanto, deve-se observar um equilíbrio de modo que as informações relevantes não sejam
obscurecidas por grande quantidade de detalhes insignificantes ou por agregação excessiva.

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Conceitos Básicos
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Assim como custo restringe outras decisões de relatório financeiro, também restringe decisões
sobre apresentação e divulgação. Então, ao tomar decisões sobre apresentação e divulgação,
é importante considerar se é provável que os benefícios fornecidos aos usuários das demons-
trações contábeis ao apresentar ou divulgar informações específicas justifiquem os custos de
fornecer e utilizar essas informações.

Capítulo 8 – Conceitos de Capital e Manutenção de Capital


Nesta parte o pronunciamento procura conceituar o termo capital. Por capital se entende o
montante aplicado na empresa pelos sócios; incialmente tem uma relação direta com o capital
social e por fim o montante do Patrimônio Líquido, pois o “PL” em última análise representa
o capital dos sócios na empresa.
De acordo com a Estrutura Conceitual o capital de uma entidade pode ser definido como
financeiro (monetário) ou físico (operacional).
De acordo com o conceito de capital financeiro, tal como o dinheiro investido ou o seu
poder de compra investido, o capital é sinônimo de ativos líquidos ou patrimônio líquido da
entidade. Segundo o conceito de capital físico, tal como capacidade operacional, o capital é
considerado como a capacidade produtiva da entidade baseada, por exemplo, nas unidades
de produção diária.
De acordo com o conceito podemos inferir que o capital financeiro refere-se ao investimento
realizado, ou seja, ao dinheiro colocado no negócio pelos sócios, que foi ajustado pelos resul-
tados oriundos das atividades correntes, representando assim, o resíduo patrimonial, denomi-
nado de ativo líquido ou patrimônio líquido. Representa o valor patrimonial de uma empresa.
PL = ATIVO LÍQUIDO = CAPITAL PRÓPRIO = ATIVO (-) PASSIVO
O capital físico, por sua vez, diz respeito à capacidade produtiva ou operacional da entida-
de. Este conceito tem relação com a produção, por isto, é mais direcionado para as indústrias,
que estabelecem o valor do seu capital (PL) pela sua capacidade de produção. É um bom
parâmetro para se estabelecer o valor de mercado de uma empresa.
O pronunciamento prevê que a seleção do conceito de capital apropriado (financeiro ou
físico) para a entidade deve estar baseada nas necessidades dos usuários das demonstra-
ções contábeis. Assim, o conceito de capital financeiro deve ser adotado se os usuários das
demonstrações contábeis estiverem primariamente interessados na manutenção do capital
nominal investido ou no poder de compra do capital investido. Se, contudo, a principal preo-
cupação dos usuários for com a capacidade operacional da entidade, o conceito de capital
físico deve ser adotado.

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Conceitos Básicos
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No Brasil, as empresas divulgam suas demonstrações com base no conceito de capital


financeiro.

Financeiro Dinheiro
Conceito
de capital
Físico Produção

DÚVIDA DE SALA DE AULA: Em sala de aula um aluno questionou:

Professor o capital financeiro é o próprio Patrimônio Líquido? Do jeito que já era?

Exatamente, se vocês notarem o conceito de capital financeiro nada mais é que o valor do
PL; ou seja, o valor patrimonial da empresa. Assim, primeiro se estabelece o valor financeiro
para o ativo total, depois retira o total do passivo exigível e a sobra é o patrimônio líquido.
Este é o normal nas nossas empresas, avaliar o capital dos sócios pelo montante financeiro.
Contudo, o valor de mercado da empresa na Bolsa de Valores ou em outro mercado de
negociação pode ser mensurado com base no capital físico. Por isto que este conceito é mais
utilizado com ferramenta gerencial e de decisão.

Conceito de Manutenção de Capital

O conceito de manutenção do capital está relacionado com a forma que a entidade de-
fine o capital que ele procura manter, assim, tem relação direta com o capital financeiro ou
capital físico.
• Manutenção do capital financeiro. De acordo com esse conceito, o lucro é considerado
auferido somente se o montante financeiro (ou dinheiro) dos ativos líquidos no fim do
período exceder o seu montante financeiro (ou dinheiro) no começo do período, depois
de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante
o período. A manutenção do capital financeiro pode ser medida em qualquer unidade
monetária nominal ou em unidades de poder aquisitivo constante.

O conceito financeiro de manutenção do capital não requer o uso de uma base específica
de mensuração. A escolha da base depende do tipo de capital que a entidade procura manter
e o lucro representa o aumento do capital nominal no período.

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Conceitos Básicos
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PL inicial PL final Resultado

Não entra a
movimentação com os
sócios.

• Manutenção do capital físico. De acordo com esse conceito, o lucro é considerado aufe-
rido somente se a capacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da entidade
(ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade) no fim do período
exceder a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas quaisquer
distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período.

A manutenção de do capital físico requer a adoção do custo corrente como base de


avaliação e o lucro representa o aumento do capital físico no período.

Não entra
movimentação com os
sócios.

Produção Produção
Resultado
inicial final

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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo

A principal diferença entre os dois conceitos de manutenção de capital está no trata-


mento dos efeitos das mudanças nos preços dos ativos e passivos da entidade. No conceito
financeiro é considerado o valor monetário para mensurar o ativo e o passivo, enquanto no
conceito físico o valor produtivo é levado em consideração para a mensuração. Em termos
gerais, a entidade terá mantido seu capital investido se ela tiver tanto capital (PL) no fim do
período como tinha no início, computados os efeitos das distribuições aos proprietários e
seus aportes para o capital durante esse período. Qualquer valor além daquele necessário
para manter o capital do início do período é lucro.
Note que a manutenção de capital representa um elo entre os conceitos de capital e os
conceitos de lucro, pois fornece o ponto de referência para medição do resultado apurado pela
empresa, com base nos valores do ativo e do passivo. Em termos gerais, a entidade terá manti-
do seu capital se ela tiver tanto capital no fim do período como tinha no início, computados os
efeitos das distribuições aos proprietários e seus aportes para o capital durante esse período.
Qualquer valor além daquele necessário para manter o capital do início do período é lucro.
De acordo com o conceito de manutenção do capital financeiro, por meio do qual o ca-
pital é definido em termos de unidades monetárias nominais, o lucro representa o aumento
do capital monetário nominal ao longo do período. Assim, os aumentos nos preços de ativos
mantidos ao longo do período, convencionalmente designados como ganhos de estocagem,
são, conceitualmente, lucros. Entretanto, eles podem não ser reconhecidos como tais até que
os ativos sejam realizados mediante transação de troca. Quando o conceito de manutenção
do capital financeiro é definido em termos de unidades de poder aquisitivo constante, o lucro
representa o aumento no poder de compra investido ao longo do período. Assim, somente a
parcela do aumento nos preços dos ativos que exceder o aumento no nível geral de preços é
considerada como lucro. O restante do aumento é tratado como ajuste para manutenção do
capital e, consequentemente, como parte integrante do patrimônio líquido.
De acordo com o conceito de manutenção do capital físico, quando o capital é definido
em termos de capacidade física produtiva, o lucro representa o aumento desse capital ao
longo do período. Todas as mudanças de preços afetando ativos e passivos da entidade são
vistas, nesse conceito, como mudanças na mensuração da capacidade física produtiva da
entidade. Assim sendo, devem ser tratadas como ajustes para manutenção do capital, que
são parte do patrimônio líquido, e não como lucro.
Este assunto tem sido cobrado em algumas provas, vamos ver:

074. (FUNDEP/IFN-MG/TÉCNICO CONTÁBIL/2016) Tomando por base a estrutura conceitual


básica da Contabilidade (Resolução N. 1.374/11 do Conselho Federal de Contabilidade), em
relação os conceitos de manutenção de capital e determinação do lucro, é incorreto afirmar:

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Conceitos Básicos
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a) De acordo com o conceito de manutenção do capital financeiro, o lucro é considerado auferido


somente se o montante financeiro dos ativos líquidos no fim do período exceder o seu montante
financeiro no começo dele, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus
aportes de capital durante o período.
b) De acordo com o conceito de manutenção do capital físico, o lucro é considerado auferido
somente se a capacidade física produtiva da entidade no fim do período exceder a capacidade
física produtiva no início dele, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e
seus aportes de capital durante o período.
c) O conceito de manutenção de capital representa um elo entre os conceitos de capital e os de
lucro, pois fornece um ponto de referência para medição do lucro. O conceito de manutenção do
capital físico requer a adoção do custo histórico como base de mensuração, enquanto o conceito
de manutenção do capital financeiro não requer o uso de uma base específica de mensuração.
d) A principal diferença entre os dois conceitos de manutenção de capital está no tratamento
dos efeitos das mudanças nos preços dos ativos e passivos da entidade. Em termos gerais,
a entidade terá mantido seu capital se ela tiver tanto capital no fim do período como tinha no
início, computados os efeitos das distribuições aos proprietários e seus aportes para o capital
durante esse período.

A questão é bem teórica, quase que literal ao pronunciamento.


As letras “a” e “b” estão corretas, de acordo com o conceito de manutenção do capital, o lucro
é a variação positiva no PL, depois de deduzidas as movimentações com os sócios (aporte de
capital/dividendos e juros sobre capital pagos).
A letra “d” também está correta, representa de forma literal a diferença entre os dois modelos
de conceitos de manutenção de capital. A diferença entre os modelos é a forma de valoração
dos ativos e passivos, um é pelo valor monetário (capital financeiro) e outro pelo valor produtivo
(capital físico).
A letra “c” está errada, pois o conceito de manutenção do capital físico requer a adoção do custo
CORRENTE como base de mensuração. O custo corrente é o custo de reposição de um ativo.
Letra c.

075. (CFC/CFC/BACHAREL EM CONTABILIDADE/2014) Com base na Resolução NBC TG


ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro, julgue os itens sobre Manutenção de Capital como Verdadeiros (V) ou
Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
I – De acordo com o conceito de capital financeiro, tal como o dinheiro investido ou o seu poder
de compra investido, o capital é sinônimo de ativos líquidos ou patrimônio líquido da entidade.
II – De acordo com o conceito de manutenção do capital físico, o lucro é considerado auferido
somente se a capacidade física produtiva da entidade no fim do período exceder a capacidade
física produtiva no início do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprie-
tários e seus aportes de capital durante o período.

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Conceitos Básicos
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III – Todas as mudanças de preços, afetando ativos e passivos da entidade, são vistas, no con-
ceito de manutenção de capital físico, como mudanças na mensuração da capacidade financeira
da entidade, devendo ser tratadas como lucro.
A sequência CORRETA é
a) F, F, V.
b) F, V, F.
c) V, F, V.
d) V, V, F.

Outra questão literal:


I – Está verdadeira. De acordo com o conceito de capital financeiro, tal como o dinheiro investido
ou o seu poder de compra investido, o capital é sinônimo de ativos líquidos ou patrimônio líquido
da entidade. Lembrem que o conceito financeiro está relacionado com o valor em dinheiro do PL.
II – Está verdadeira: Manutenção do capital físico. De acordo com esse conceito, o lucro é
considerado auferido somente se a capacidade física produtiva (ou capacidade operacional)
da entidade (ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade) no fim do pe-
ríodo exceder a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas quaisquer
distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período.
Entendam que a manutenção de capital está relacionada com a manutenção do valor do PL; se
o PL aumentar de um ano para o outro sem ter sido pelas atividades com os sócios, a empresa
apurou um lucro.
III – Esta falsa. De acordo com o conceito de manutenção do capital físico, quando o capital é
definido em termos de capacidade física produtiva, o lucro representa o aumento desse capital
ao longo do período. Todas as mudanças de preços afetando ativos e passivos da entidade
são vistas, nesse conceito, como mudanças na mensuração da capacidade física produtiva da
entidade. Assim sendo, devem ser tratadas como ajustes para manutenção do capital, que são
parte do patrimônio líquido, e não como lucro.
Letra d.

076. (CESGRANRIO/PETROBRÁS/PROFISSIONAL JUNIOR/2015) O Pronunciamento Concei-


tual Básico (R1) do Comitê de Pronunciamentos Contábeis dispõe sobre a Estrutura Conceitual
para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, aprovado pela Deliberação
CVM n. 675, de 13 de dezembro de 2011.
Esse Pronunciamento estabelece que a estrutura conceitual, quanto ao seu alcance, dentre
outros aspectos conceituais, aborda
a) o reconhecimento e a mensuração dos elementos a partir dos quais as demonstrações con-
tábeis são elaboradas.
b) o objetivo da elaboração do relatório contábil-financeiro e da evidenciação de seus respec-
tivos elementos.

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Conceitos Básicos
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c) o objetivo da divulgação das demonstrações contábeis e da classificação dos respectivos


elementos que elas evidenciam
d) as características quantitativas, qualitativas e informacionais dos elementos apresentados
nas demonstrações contábeis.
e) as características e a mensuração dos elementos da estrutura de capitais, sua manutenção
e respectiva evidenciação.

Esta questão é totalmente literal. Não mede conhecimento.


Segundo o “CPC 00” a estrutura conceitual aborda:
a) O objetivo da elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro;
b) As características qualitativas da informação contábil-financeira útil;
c) A definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos a partir dos quais as demons-
trações contábeis são elaboradas; e
d) Os conceitos de capital e de manutenção de capital.
Notem que a única que é literal ao pronunciamento é a letra “A”. As demais não estão com os
temos previstos na estrutura conceitual.
Letra a.

077. (UFES/UFES/TÉCNICO CONTÁBIL/2015) A afirmação que NÃO está de acordo com os


preceitos da NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL é:
a) As Demonstrações Contábeis são elaboradas e apresentadas para usuários externos em
geral, tendo em vista suas finalidades distintas e necessidades diversas.
b) A NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL estabelece os conceitos que fundamentam a elabora-
ção e a apresentação de Demonstrações Contábeis destinadas a usuários internos e externos.
c) A NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL não substitui qualquer norma, interpretação ou comu-
nicado técnico.
d) A NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL aborda, entre outros aspectos, os conceitos de capital
e de manutenção de capital.
e) A comparabilidade, a verificabilidade e a tempestividade estão entre as características qua-
litativas de melhoria previstas na NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL.

Vimos na aula que os relatórios (demonstrações contábeis) são destinados aos usuários ex-
ternos, especialmente para os investidores e credores por empréstimos.
Os usuários internos tomam suas decisões com base nas informações coletadas de forma
tempestiva, durante o ano corrente, assim, não dependem das demonstrações contábeis.
Letra b.

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078. (IF-TO/IF-TO/TÉCNICO CONTÁBIL/2015) Com relação à Estrutura Conceitual Básica para


a elaboração e divulgação dos relatórios contábeis financeiros de uma entidade, considere:
I – A escrituração contábil deve seguir a estrutura básica conceitual, uma vez que as necessi-
dades comuns da maioria dos usuários dos relatórios contábeis financeiros de propósito geral
é a avaliação da administração da entidade, quanto à qualidade de seu desempenho e de sua
prestação de contas e quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida.
II – As autoridades tributárias podem determinar exigências específicas para atender a seus
próprios interesses e, consequentemente, mudar a estrutura conceitual para elaboração e di-
vulgação de relatório contábil-financeiro de propósito geral.
III – O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de transações e outros even-
tos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a
informação nos períodos em que ditos efeitos são produzidos.
IV – Comparabilidade é uma característica qualitativa que define o uso dos mesmos métodos
para os mesmos itens, tanto de um período para outro, considerando a mesma entidade que
reporta a informação, quanto para o período entre entidades.
Com base nas afirmativas apresentadas, marque a alternativa que contempla somente as corretas.
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) I, II e IV.
d) I e III.
e) II, III e IV.

Questão interessante, vamos analisar os itens individualmente:


I – Está assertiva destaca que as entidades devem seguir a estrutura conceitual como base
para fornecer informações para todos os usuários externos. Ou seja, as demonstrações são de
propósito geral. Está certa
II – As autoridades tributárias podem solicitar informações específicas, contudo, esta solici-
tação exige a elaboração de relatórios de propósito específico. As autoridades tributárias não
têm poder para mudar a estrutura conceitual. Está errada.
III – o regime de competência tem relação com o registro do fato gerador de uma receita ou
despesa, assim, reporta os direitos e as obrigações na medida em que os fatos ocorreram.
Está certa.
IV – Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem
e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles. Utilizar os mesmos métodos
para os mesmos itens é sinônimo de consistência. Está errada.
Letra d.

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079. (FCC/TJ-SE/ANALISTA DE CONTABILIDADE/2009) De acordo com a estrutura con-


ceitual contábil, considere:
I – Todos os bens adquiridos pela empresa devem ser registrados no balanço patrimonial, nos
grupos de ativos.
II – As despesas devem ser reconhecidas no resultado da empresa, considerando-se a sua
associação direta com a receita gerada.
III – O conceito físico de manutenção de capital pressupõe a manutenção dos montantes fi-
nanceiros dos ativos líquidos existentes no início do período e no final do período do Balanço
Patrimonial.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) II.
e) III.

O item I está errado. Segundo o CPC 00 - um ativo é reconhecido no balanço patrimonial quan-
do for provável que benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a entidade e
seu custo ou valor puder ser determinado em bases confiáveis. Assim, não basta adquirir para
registrá-lo.
O item II está certo. Conforme apresente o CPC 00 as despesas são reconhecidas na demonstra-
ção do resultado com base na associação direta entre elas e os correspondentes itens de receita.
O item III está errado. O conceito físico de patrimônio está relacionado com a produção e não
com o capital financeiro.
Letra d.

080. (AOCP/PC-ES/PERITO CRIMINAL/2019) Nas entidades societárias, as demonstrações


financeiras deverão ser assinadas pelo(s)
a) administradores e por contabilistas legalmente habilitados.
b) auditores e contadores legalmente habilitados.
c) contador legalmente habilitado.
d) administrador legalmente habilitado.
e) contador legalmente habilitado e auditor independente.

A Lei 6.404-76 apresenta em seu artigo 177 no parágrafo 4º o seguinte sobre a escrituração:

§ 4º As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabilistas


legalmente habilitados.

Letra a.

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081. (PRÓ-MUNICIPIO/CRP 11ª/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) Complete as lacunas da frase


sobre a Contabilidade e assinale a opção que apresenta a ordem correta: “A Contabilidade tem
como objeto o(a) _______, e a(o) seu(ua) _______ é fornecer informações para seus _______.
a) Empresa, finalidade, sócios;
b) Patrimônio, finalidade, usuários;
c) Empresa, objeto, diretores;
d) Patrimônio, objetivo, auditores.

O objeto da contabilidade é o PATRIMÔNIO e o seu OBJETIVO/FINALIDADE é fornecer informa-


ções para seus USUÁRIOS.
Letra b.

082. (IBFC/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2017) Com base na NBC TSP Estrutura Conceitual


– estrutura conceitual para elaboração e divulgação de informação contábil de propósito geral
pelas entidades do setor público, assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.
“ _______________ significa ter informação disponível para os usuários antes que ela perca a sua
capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e
tomada de decisão”.
a) Tempestividade
b) Compreensibilidade
c) Neutralidade
d) Comparabilidade
e) Verificabilidade.

A Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de


poder influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos
utilidade.
Contudo, certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o encer-
ramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, por exemplo, necessitarem
identificar e avaliar tendências.
A tempestividade está representando o princípio da oportunidade do fornecimento das informações.
Letra a.

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083. (IBFC/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2020) Analise as afirmativas a seguir em relação


aos conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade.
I – A contabilidade tem como finalidade o fornecimento de informações referente a situação
patrimonial e econômica, seja de pessoa física ou jurídica.
II – Dentre os seus objetivos está o de registrar e documentar atos e fatos ocorridos em deter-
minada entidade, tanto de natureza econômica quanto financeira.
III – Conceitualmente é uma ciência técnica, isto porque historicamente elabora técnicas de
registros para controle e organização.
Estão corretas as afirmativas:
a) I apenas
b) I, I I e I I I
c) I e I I I apenas
d) I e I I apenas
e) I I e I I I apenas

Vimos na aula que a contabilidade é uma ciência social e não uma ciência técnica, e que atual-
mente o objetivo da contabilidade, segundo a escola americana e a escola internacional, é o de
fornecer informações e a sua finalidade é o controle das transações.
Na minha visão, segundo a escola contábil atual, que é a escola internacional do IASB, os 3
itens estão errados, contudo, pelas respostas apresentadas, podemos por eliminação entender
que o questionador ainda segue a escola italiana, onde o objetivo era o controle patrimonial e
a finalidade era o fornecimento de informações.
Assim, somente o item III está errado.
Letra d.

084. (IBFC/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2016) “A Contabilidade é uma ciência que desen-


volveu uma metodologia própria com a finalidade de controlar o patrimônio das aziendas,
apurar o rédito das atividades das aziendas e prestar informações às pessoas que tenham
interesse na avaliação da situação patrimonial e do desempenho dessas atividades” (Neves
e Viceconti - 2009).
Com base neste conceito, assinale a alternativa incorreta:
a) Pessoa Jurídica é a unidade resultante de um agrupamento humano organizado, estável, ob-
jetivando fins de unidade pública ou privada, inteiramente distinta dos indivíduos que a compõe,
capaz de possuir e exercitar direitos e contrair obrigações.
b) Com relação às informações de natureza econômica, podemos afirmar que compreendem
os fluxos de receitas e de despesas, que geram lucros ou prejuízos à uma entidade, assim
como das variações no patrimônio desta entidade e com relação às informações de natureza
financeira tratam-se dos fluxos de caixa e do capital de giro das entidades.

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c) O objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades económico-administrativas (aziendas).


d) O objetivo da Contabilidade é todas as pessoas físicas ou jurídicas que, direta ou indireta-
mente, tenham interesse na avaliação e no desenvolvimento da entidade.
e) O campo de aplicação são as aziendas.

A única assertiva errada é a letra “D”, pois, atualmente, o objetivo da contabilidade é fornecer
informações de natureza econômica, patrimonial, financeira e física sobre o patrimônio e suas
modificações.
As pessoas físicas e jurídicas consideradas uma entidade são o campo de aplicação da
contabilidade.
Letra d.

085. (IBFC/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2016) Analise as afirmações abaixo e assinale a


alternativa correta.
I – O termo patrimônio significa, a princípio, o conjunto de bens pertencente a uma pessoa ou
empresa. Compõe-se também de valores a receber.
II – Em contabilidade, a palavra patrimônio tem sentido amplo: por um lado significa o conjunto
de bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa; por outro lado inclui as obrigações
a serem pagas.
III – Para a contabilidade patrimônio é, apenas, o conjunto de bens.
a) Todas as afirmações estão corretas
b) Apenas a afirmação III está incorreta
c) Apenas a afirmação I está correta
d) Todas as afirmações estão incorretas
e) Apenas a afirmação II está incorreta

Os item I e II estão certos. Entende-se por patrimônio o conjunto dos bens e direitos, que re-
presentam o lado ativo, e as obrigações, que representam o lado passivo do patrimônio de
uma entidade.
O item III está errado, pois o patrimônio não é APENAS o conjunto dos bens.
Letra b.

086. (IBFC/IDAM/CONTADOR/2019) A Norma Brasileira de Contabilidade, (NBC TSP) estru-


tura conceitual de 2016 apresenta as características qualitativas da informação incluída nos
RCPG Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do Setor Público. Com base
na NBC TSP, assinale a alternativa correta que contenha apenas características qualitativas.
a) Relevância, verificabilidade e materialidade
b) Relevância, representação fidedigna e tempestividade
c) Verificabilidade, custo benefício e tempestividade
d) Comparabilidade, materialidade e compreensibilidade

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As características das informações contábeis previstas na contabilidade geral e na contabili-


dade pública são as mesmas, são elas: relevância, representação fidedigna, comparabilidade,
compreensibilidade, tempestividade e verificabilidade ou capacidade de verificação.
Assim, está certa “B”, pois a relevância, a representação fidedigna e a tempestividade são ca-
racterísticas qualitativas das informações contábeis.
Letra b.

087. (IBFC/EBSERH/CONTADOR/2013) O objetivo da contabilidade é:


a) O controle e o estudo do patrimônio e de suas variações visando ao fornecimento de infor-
mações que sejam úteis para a tomada de decisões econômicas.
b) O patrimônio das entidades econômico-administrativas.
c) O controle dos componentes patrimoniais em termos monetários.
d) A entidade.

Atualmente, segundo a escola americana e a escola internacional do IASB, o objetivo da con-


tabilidade é o fornecimento de informações sobre o patrimônio e sua evolução aos usuários
internos e externos.
É importante atentar que a banca IBFC tem seguindo a orientação da escola italiana que con-
sidera que o objetivo da contabilidade é o controle patrimonial para que a entidade consiga
fornecer informações aos usuários.
Letra a.

088. (IBFC/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2020) Assinale a alternativa que apresenta os


elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial e financeira,
segundo a Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral (NBCTG) - Estrutura Conceitual
para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro.
a) Ativos, Passivos, Receitas e Despesas
b) Ativos, Passivos, Receitas, Despesas e Custos
c) Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido
d) Ativos, Passivos e Resultado Econômico
e) Bens, Direitos e Obrigações

A posição financeira e patrimonial de uma empresa é apresentada no Balanço Patrimonial por


meio dos seus ativos, passivos e patrimônio Líquido.
Letra c.

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089. (IBFC/DIVINÓPOLIS-MG/CONTADOR/2018) Segundo a NBCTG Estrutura Conceitual


para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, as características qualitativas
das Demonstrações Contábeis são divididas entre fundamentais e de melhoria. Para tanto,
analise os itens a seguir:
I – Relevância.
II – Comparabilidade.
III – Compreensibilidade.
IV – Representação Fidedigna.
V – Tempestividade.
São características qualitativas fundamentais das demonstrações:
a) I, II e III apenas
b) I, III e V apenas
c) II e IV apenas
d) I e IV apenas

As características fundamentais são a RELEVÂNCIA e a REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA.


Letra d.

090. (IBFC/ARARAQUARA-SP/CONTROLE INTERNO/2018) Em relação as características


qualitativas da informação contábil, abordadas na NBC TSP – Estrutura conceitual e no Manual
de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Assinale a alternativa INCORRETA:
a) Relevância e Representação fidedigna
b) Compreensibilidade e Tempestividade
c) Competência e Comparabilidade
d) Verificabilidade e compreensibilidade
e) Comparabilidade e Relevância

As características das informações previstas na contabilidade geral e na contabilidade pública


são as mesmas, são elas: relevância, representação fidedigna, comparabilidade, compreensi-
bilidade, tempestividade e verificabilidade ou capacidade de verificação.
Assim, está errada a letra “C”, pois competência não é uma característica qualitativa da infor-
mação contábil.
Letra c.

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091. (IBFC/SES-PR/CONTADOR/2016) Analise as afirmações abaixo e assinale a alternati-


va correta.
I – A contabilidade é a doutrina do controle econômico e da determinação do retido em qualquer
espécie de empresa.
II – A contabilidade é a ciência do patrimônio.
III – A Contabilidade é a técnica da revelação patrimonial. A revelação consiste na descrição,
na colocação em evidência, de determinados fatos.
a) Todas as afirmações estão corretas.
b) Apenas a afirmação II está correta.
c) Apenas a afirmação II está incorreta.
d) Apenas a afirmação I está incorreta.

A contabilidade é uma ciência social que tem por objeto o patrimônio da entidades. Assim, é
comum ela ser tratada como a ciência do patrimônio, então o item II está certo.
Na minha visão os itens I e III estão errados. Pois, no item I a banca destaca que a contabilida-
de é uma doutrina, isto não é certo, pois doutrinas são alicerces de uma ciência, normalmente
apresentadas como princípios.
No item III a banca destaca que a contabilidade é uma técnica e isto também não está certo,
como já falei, a contabilidade é uma ciência, que dentre suas funções tem a técnica da elabo-
ração das demonstrações contábeis para fins de revelação dos fatos que ocorreram.
O gabarito da banca deu que somente o item I está errado.
Letra d.

092. (IDECAN/INMETRO/ASSISTENTE EXECUTIVO ADMINISTRAÇÃO/2015) “Estudo e controle


do patrimônio e de suas variações, para fornecer aos usuários o máximo possível de infor-
mações de natureza econômica, financeira e patrimonial, que sejam úteis para a tomada de
decisões econômicas.” O conceito se refere ao
a) plano de contas contábil.
b) objetivo da contabilidade.
c) usuário da informação contábil.
d) objeto de estudo da contabilidade.
e) campo de aplicação da contabilidade.

A finalidade da contabilidade é controlar o patrimônio e a sua evolução, por meio de um proces-


so contábil, de forma a fornecer informações sobre a situação física, econômica e financeira
de uma entidade.
Fornecer informações sobre o patrimônio e sua evolução é o objetivo atual da contabilidade.
Letra b.

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093. (IDECAN/LEOPOLDINA-MG/CONTADOR/2016) Os ativos são mantidos pelo valor


presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado
pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor
presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário
para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade.”
Segundo o princípio do registro pelo valor original, a afirmativa anterior refere-se à base de
mensuração
a) valor justo.
b) valor presente.
c) custo corrente.
d) valor realizável.

O VALOR PRESENTE é a base de mensuração que apresenta o valor futuro, dos componentes
do patrimônio, descontado dos juros embutidos.
Letra b.

094. (IDECAN/NATAL-RN/CONTADOR/2016) Com referência aos conceitos de contabilida-


de, analise.
I – Os usuários da contabilidade são os bancos e o governo, pois necessitam destas informa-
ções para concessão de empréstimos e estudos econômicos.
II – Os usuários da contabilidade são os administradores, diretores e executivos cujo objetivo é
obter informações sobre a empresa e, as informações geradas pela contabilidade, na maioria
das vezes, são confusas e não são esclarecedoras.
III – Os usuários da contabilidade dividem-se em internos e externos e as informações geradas
pela contabilidade devem ser claras e objetivas, a fim de que o usuário possa planejar suas
próprias operações.
IV – Os usuários da contabilidade são aqueles que desejam informações sobre a empresa e as
informações geradas pela contabilidade podem ou não refletir a situação econômico-financeira
da empresa.
Está correta apenas a afirmativa
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.

Somente o item III está certo.


Os usuários da contabilidade são internos e externos; os usuários internos compõem a alta
administração da empresa; já os usuários externos são divididos em primários, que aplicam
dinheiro na empresa, e secundários, que têm relacionamento operacional com a empresa.
Letra c.

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095. (IDECAN/NATAL-RN/CONTADOR/2016) “Contabilidade é uma arte. É a arte de registrar


todas as transações de uma companhia, que possam ser expressas em termos monetários.”
(Gouveia, 1984.)
Portanto, o objeto de estudo da contabilidade é(são):
a) O Patrimônio.
b) Os controles financeiros.
c) As transações comerciais.
d) Os ativos e os passivos das empresas

A contabilidade é uma ciência social que tem como objeto de estudo o PATRIMÔNIO de qualquer
pessoa, seja física ou jurídica.
Letra a.

096. (IDECAN/NATAL-RN/CONTADOR/2016) Com referência às principais funções da con-


tabilidade, analise as afirmativas.
I – Coletar os documentos comprobatórios dos atos e fatos administrativos e econômicos que
ocorrem na entidade.
II – Manter sigilo total da situação patrimonial, econômica e financeira da entidade.
III – Registrar os fatos contábeis decorrentes das alterações patrimoniais nos livros de escritu-
ração contábil da entidade.
IV – Acumular informações quantitativas e qualitativas, especificamente do patrimônio público,
bem como suas variações ao longo do tempo.
V – Classificar os documentos comprobatórios de acordo com as alterações que provocam no
patrimônio da entidade.
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I, II e III.
b) I, III e V.
c) II, III e IV.
d) III, IV e V.

A contabilidade, por meio de seu processo contábil, levanta, mensura e analisa as informações
referentes aos atos e fatos administrativos; registrando em seus livros contábeis os fatos que
afetaram o patrimônio, qualitativa ou quantitativamente.
O item I, III e V estão corretos.
O item II está errado. A contabilidade tem como objetivo apresentar informações e não manter
o sigilo delas.
O Item IV está errado. A contabilidade tem como campo de aplicação o patrimônio de qualquer
entidade, seja pública ou privada, e não especificamente o patrimônio público.
Letra b.

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097. (IDECAN/NATAL-RN/CONTADOR/2016) A finalidade fundamental da contabilidade é


gerar informações de ordem
a) financeira, com ênfase para o controle e o planejamento.
b) física sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento.
c) econômica sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento.
d) física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento.

A finalidade da contabilidade é controlar o patrimônio e a sua evolução, por meio de um proces-


so contábil, de forma a fornecer informações sobre a situação física, econômica e financeira
de uma entidade.
Letra d.

098. (IDECAN/DETRAN-RO/CONTADOR/2016) “O grande objetivo da Contabilidade é prover


seus usuários, em geral, com o máximo possível de informações sobre o patrimônio de uma
entidade e suas mutações.” (Iudícibus et al, 2010, p. 11.) “___________são usuários que possuem
duplo interesse nas informações contábeis: primeiramente porque se baseiam nas mesmas
para arrecadar tributos; e, em segundo lugar, interessam-se pelos dados econômicos das
unidades microeconômicas para que, devidamente agregados e tratados estatisticamente,
possam fornecer bases adequadas para análises econômicas.”
Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
a) Pessoas físicas
b) Sócios, acionistas e proprietários
c) Bancos e emprestadores de recursos
d) Administradores e diretores executivos
e) Governo e economistas governamentais

O Governo e economistas governamentais utilizam as informações apresentadas pelas enti-


dades para formar uma base de dados sobre a economia nacional e principalmente sobre a
arrecadação.
Letra e.

099. (IADES/CITEC/CONTADOR/2016) Acerca do Comitê de Pronunciamentos Contábeis


(CPC), assinale a alternativa correta.
a) Trata-se de um órgão público subordinado à Comissão de Valores Mobiliários.
b) Desde a respectiva criação, em 2005, além dos pronunciamentos técnicos, o CPC passou a
emitir as resoluções do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
c) O CPC tem prerrogativas legais, portanto a aplicação das próprias normas é obrigatória.

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d) Trata-se de uma entidade de direito privado subordinada ao International Accounting Stan-


dards Board (IASB).
e) Os pronunciamentos técnicos emitidos pelo CPC subsidiam a emissão de normas que per-
mitem a convergência da Contabilidade Brasileira com os padrões internacionais.

Está correta a letra “E”; o CPC não emite norma para o mercado, ele se pronuncia sobre assun-
tos específicos. Quem normatiza são as autarquias reguladoras, como o CFC, a CVM, o Bacen.
O CPC é um órgão autônomo, não tem vinculação com nenhuma instituição pública ou privada.
Letra e.

100. (IADES/CAU-SP/ASSISTENTE CONTÁBIL/2013) A contabilidade está ligada à admi-


nistração, ao direito e à economia, desempenhando função administrativa e econômica ao
manter controle sobre o patrimônio da organização e apurando os respectivos resultados
econômicos. Considerando essa informação, é correto afirmar que a contabilidade
a) é um sistema de informação e avaliação que fornece demonstrações e análises de natureza
econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização.
b) estuda o passivo à disposição das aziendas, em seus aspectos estáticos e em suas variações,
para enunciar, por meio de fórmulas racionalmente deduzidas, os efeitos da administração sobre
a formação e a distribuição dos créditos.
c) é uma ciência que permite manter um controle permanente do passivo da empresa, usando
técnicas de cunho financeiro e fiscal.
d) sobrepõe-se, como ciência, à administração e ao direito, pois não há como administrar sem
números e sem referência contábil e financeira.
e) é uma ciência concebida para coletar, registrar, resumir e interpretar dados e fenômenos que
afetam as situações administrativas de uma organização.

A contabilidade é a ciência social que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patri-
mônio das entidades, mediante o registro, a demonstração e a divulgação desses fatos, com o
fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado
econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial aos usuários.
Para atingir seu objetivo a contabilidade necessita de que exista na empresa um sistema de
controle interno que consiga capturar e tratar as informações relacionadas com os fatos contá-
beis que afetam o PATRIMÔNIO, para que assim, as informações sejam apresentadas por meio
de relatórios e demonstrações contábeis.
Letra a.

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101. (IADES/HEMOCENTRO-DF/TÉCNICO CONTÁBIL/2017) Acerca do conceito, dos obje-


tivos e das finalidades da contabilidade, assinale a alternativa correta.
a) Entre os usuários da contabilidade há os fornecedores, que analisam as demonstrações, a
fim de verificar a capacidade de pagamento da empresa.
b) A contabilidade produz informações com a utilização de métodos quantitativos. Portanto,
não pode ser considerada uma ciência social.
c) Os relatórios contábeis são estáticos. Portanto, não são úteis para se avaliarem tendências.
d) A contabilidade surgiu da necessidade dos governos de controlar e de tributar as empresas.
e) As demonstrações contábeis contêm informações sigilosas referentes à empresa. Portanto,
somente devem ser divulgadas para os respectivos acionistas e, mediante solicitação, para a
autoridade tributária.

A contabilidade é uma ciência social. Apresenta informações sobre os aspectos qualitativos e


quantitativos do patrimônio, por meio de seus relatórios e demonstrações contábeis, que são
relatórios dinâmicos, onde as informações são apresentadas para todos os usuários com inte-
resse na empresa, como investidores, clientes, fornecedores, bancos, empregados etc..
Letra a.

102. (IADES/CRC-MG/TÉCNICO CONTÁBIL/2015) O conjunto de bens, direitos e obrigações


pertencentes a uma pessoa física ou jurídica ou a um conjunto de pessoas, susceptíveis de
avaliação econômica, é o conceito de
a) passivo.
b) ativo.
c) situação líquida.
d) obrigações exigíveis.
e) patrimônio.

PATRIMÔNIO é o conjunto de recursos próprios e de terceiros representados pelos bens, direitos


e obrigações de uma empresa.
Letra e.

103. (IADES/SEAP-DF/TÉCNICO CONTÁBIL/2014) Acerca do conceito, do objeto e da fina-


lidade da contabilidade, assinale a alternativa correta.
a) O objeto da contabilidade são as informações sobre um patrimônio, que servem de base
para a tomada de decisões.
b) As informações contábeis referentes a um patrimônio interessam apenas aos titulares desse
patrimônio.

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c) O patrimônio de uma entidade contábil refere-se ao conjunto de bens e direitos que essa
entidade possui.
d) A finalidade da contabilidade resume-se em apurar se uma entidade contábil auferiu lucro
ou incorreu em prejuízo no período.
e) A contabilidade é um sistema de informação que permite o controle e o registro de atos e
fatos que alteram um patrimônio.

A contabilidade é uma ciência social que tem por como objeto de estudo o patrimônio, que
representa o conjunto dos bens, direitos e obrigações de uma entidade.
O objetivo da contabilidade é o de fornecer informações aos usuários internos e externos. Para
atender seu objetivo, a contabilidade se utiliza de um sistema de informações interno que permite
capturar, registrar e controlar os atos e fatos que afetam a situação patrimonial da empresa.
Letra e.

104. (IADES/METRO-DF/TÉCNICO CONTÁBIL/2014) Acerca do conceito, do objetivo e da


finalidade de contabilidade, é correto afirmar que
a) os dados gerados pela contabilidade têm caráter sigiloso, sendo, portanto, destinados exclu-
sivamente a usuários internos.
b) a contabilidade provê um conjunto de informações aos seus usuários para a tomada de decisão.
c) o objetivo principal da contabilidade é atender às exigências do Fisco.
d) as informações coletadas e geradas pela contabilidade são úteis apenas para o exercício
financeiro a que se referem, não se justificando o seu armazenamento por prazos maiores.
e) a contabilidade é um sistema de informação com foco no registro de fatos passados, por-
tanto, sob esse aspecto, não é uma ferramenta útil para tomada de decisão.

A contabilidade é uma ciência social que tem por como objeto de estudo o patrimônio, que
representa o conjunto dos bens, direitos e obrigações de uma entidade.
O objetivo da contabilidade é o de fornecer informações aos usuários internos e externos em geral.
Para atender seu objetivo a contabilidade se utiliza de um sistema de informações interno que
permite capturar, registrar e controlar os atos e fatos que afetam a situação patrimonial da
empresa, estas informações auxiliarão aos usuários em suas tomadas de decisões futuras.
Letra b.

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105. (IADES/SES-DF/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) A contabilidade é uma ciência social que


se caracteriza por estudar objetos, fenômenos e atos decorrentes de ações humanas (fatos
contábeis), que afetam diretamente o respectivo objeto de estudo, que é o (a)
a) patrimônio de uma pessoa física ou jurídica.
b) produtividade dos insumos utilizados no processo de produção.
c) eficiência na alocação de recursos de uma sociedade de qualquer natureza.
d) resultado financeiro de qualquer tipo de sociedade em determinado período.
e) eficácia da gestão de recursos financeiros, humanos e tecnológicos de uma organização.

O objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio de qualquer pessoa, seja física ou jurídica.


Letra a.

106. (IADES/HEMOCENTRO-DF/TÉCNICO CONTÁBIL/2017) Considerando que o objetivo


da contabilidade é o controle de um patrimônio, assinale a alternativa correta.
a) A contabilidade ocupa-se apenas do patrimônio das pessoas jurídicas, com ou sem fins
lucrativos.
b) A contabilidade, por meio das demonstrações contábeis, apresenta a situação econômico-
-financeira de uma entidade em tempo real.
c) A contabilidade é um sistema de informação que controla o patrimônio de uma entidade,
auxiliando os respectivos usuários na tomada de decisão.
d) Uma entidade contábil pode referir-se a uma pessoa física ou jurídica sem, contudo, confun-
dir-se com o respectivo patrimônio.
e) O patrimônio é o conjunto de bens e direitos de uma entidade, deduzido das respectivas
obrigações.

A contabilidade é uma ciência social, que por meio de um sistema contábil, estuda e controla o
patrimônio de qualquer pessoa, seja física ou jurídica, com o objetivo de fornecer informações
úteis para tomada de decisão dos usuários das informações.
As informações fornecidas estão relacionadas com dados passados.
Letra c.

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107. (IADES/HEMOCENTRO-DF/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2017) Bens e direitos de pro-


priedade da entidade, que fornecem benefícios e oportunizam lucros para a organização. Como
elementos positivos, destacam-se: equipamentos, estoque, duplicatas a receber, entre outros.
Considerando que, na esfera das ciências contábeis, o patrimônio possui determinados com-
ponentes, é correto afirmar que a definição apresentada se refere ao patrimônio
a) ativo.
b) líquido.
c) passivo.
d) ativo circulante.
e) de obrigações.

Os bens e direitos compõem o lato ATIVO do patrimônio. Na estrutura do balanço patrimonial


o ativo é dividido em circulante e não circulante, conforme o seu prazo de realização.
Letra a.

108. (IADES/HEMOCENTRO-DF/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2017) Considerando que o


patrimônio compreende um conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa
física ou jurídica, é correto afirmar que a patente de uma invenção é um(a)
a) bem tangível.
b) direito interno.
c) obrigação.
d) bem intangível.
e) direito externo.

Uma patente ou uma marca da empresa é um bem INTANGÍVEL.


O ativo da empresa é dividido em direitos e bens; que podem ser tangíveis ou intangíveis.
Letra d.

109. (FUMARC/CARNERINHO-MG/FISCAL TRIBUTÁRIO/2018) Nos termos do CPC 00, que


trata da estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das Demonstrações Contábeis,
os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial financeira
são Ativos, Passivos e Patrimônio líquido. Estes são definidos como segue:
I – Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do
qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. Se não houver a
expectativa de contribuição futura, direta ou indireta, ao caixa da empresa, não existe o ativo.
II – Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liqui-
dação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.

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III – Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos e receitas da entidade, depois de deduzidas
todas as suas despesas.
Estão CORRETAS apenas as afirmativas:
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.

O objeto da contabilidade é o patrimônio, representado pelo ativo, passivo e pelo patrimônio


líquido. O CPC 00 é o documento técnico que apresenta os conceitos básicos sobre a contabi-
lidade e nele temos os seguintes conceitos sobre os elementos do patrimônio:
• Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de
eventos passados. Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir
benefícios econômicos.
• Passivo é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como
resultado de eventos passados.
• Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de
todos os seus passivos.
Assim, está errado somente o item III, pois o PL é deduzido das obrigações e não das despesas.
Letra a.

110. (FUMARC/CARNERINHO-MG/FISCAL TRIBUTÁRIO/2018) Nos termos do CPC 00, que


trata da estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das Demonstrações Contábeis,
as características qualitativas das citadas demonstrações são os atributos que as tornam
úteis para os seus usuários. As quatro principais características qualitativas são:
a) Compreensibilidade, relevância, comparabilidade e competência.
b) Compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade.
c) Compreensibilidade, relevância, confiabilidade e continuidade.
d) Compreensibilidade, relevância, materialidade e continuidade.

Esta questão está totalmente desatualizada, pois já estamos na segunda revisão do CPC 00.
Em 2008, o CPC 00 original previa 4 características que deveriam ser respeitadas no fornecimento
das informações; são elas: Compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade.
Contudo, em 2011, a estrutura básica inicial passou por algumas mudanças na sua revisão
denominada de “R1”, as caraterísticas qualitativas ficaram divididas em fundamentais e de
melhoria, da seguinte forma:

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a) Características qualitativas fundamentais (fundamental qualitative characteristics– relevância


e representação fidedigna), as mais críticas; e
b) Características qualitativas de melhoria (enhancing qualitative characteristics – comparabi-
lidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade), menos críticas, mas ainda assim
altamente desejáveis.
Assim, a assertiva menos errada é a letra “B”.
Letra b.

111. (FUMARC/CEMIG/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) Nos termos da estrutura conceitual para


elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro, os elementos diretamente relacio-
nados com a mensuração da posição patrimonial e financeira são os ativos, os passivos e o
patrimônio líquido. Estes são definidos como segue:
I – Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual
se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.
II – Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação
se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
III – Patrimônio líquido é o interesse total nos ativos monetários da entidade depois de deduzi-
dos todos os seus passivos e demais custos.
Estão CORRETAS as afirmativas:
Alternativas
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas
d) II e III, apenas.

O objeto da contabilidade é o patrimônio, representado pelo ativo, passivo e pelo patrimônio líquido.
O CPC 00 é o documento técnico que apresenta os conceitos básicos sobre a contabilidade e
nele temos os seguintes conceitos sobre os elementos do patrimônio:
• Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de
eventos passados. Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir
benefícios econômicos.
• Passivo é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como
resultado de eventos passados.
• Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de
todos os seus passivos.

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Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo

Assim, está errado somente o item III, pois o PL é deduzido das obrigações e não dos de-
mais custos.
Letra b.

112. (FUMARC/CEMIG/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) As demonstrações contábeis são ela-


boradas e apresentadas para usuários externos em geral, tendo em vista suas finalidades
distintas e necessidades diversas. Portanto, as informações contábeis devem ser úteis para
os seus usuários. A característica qualitativa de melhoria das demonstrações contábeis, que
ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa fidedignamente o fenômeno
econômico que se propõe representar, denomina-se:
Alternativas
a) Compreensibilidade.
b) Relevância.
c) Tempestividade.
d) Verificabilidade.

A verificabilidade, agora denominada de capacidade de verificação, estabelece que diferentes


usuários, conscientes do que estão analisando e independentes, podem chegar a um consenso
quanto ao retrato de uma realidade econômica em particular ser uma representação fidedigna.
Letra d.

113. (FUMARC/CEMIG/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) Como ramo do conhecimento, a Conta-


bilidade deve ser classificada dentre:
a) As Ciências Exatas.
b) As Ciências Humanas.
c) As Ciências Patrimoniais.
d) As Ciências Sociais

A contabilidade é uma ciência social que trata dos relacionamentos, por meio de débitos e
créditos, das contas.
Letra d.

114. (FGV/AL-BA/CONTADOR/2014) Assinale a opção que indica o objeto da Contabilidade.


a) Os ativos.
b) As receitas.
c) O patrimônio.
d) As demonstrações contábeis.
e) O balanço patrimonial.

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Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo

O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades.


O patrimônio é o conjunto dos bens, direitos e obrigações.
Letra c.

115. (FGV/AL-MT/CONTADOR/2013) Segundo o pronunciamento conceitual básico que


trata da estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro, as
características qualitativas de melhoria são
a) a comparabilidade e a compreensibilidade.
b) a verificabilidade e a utilidade.
c) a tempestividade e a entidade.
d) a continuidade e a oportunidade.
e) a competência e a prudência

As características qualitativas da informação contábil-financeira são divididas em:


a) características qualitativas fundamentais – relevância e representação fidedigna, as mais
críticas; e
b) características qualitativas de melhoria – comparabilidade, capacidade de verificação (verifi-
cabilidade), tempestividade e compreensibilidade, menos críticas, mas ainda assim altamente
desejáveis.
As características qualitativas melhoram a utilidade da informação que é relevante e que é re-
presentada com fidedignidade e podem também auxiliar a determinar qual de duas alternativas
que sejam consideradas equivalentes em termos de relevância e fidedignidade de representação
deve ser usada para retratar um fenômeno.
Letra a.

116. (FGV/TCM-SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO CONTADOR/2015) Relatórios contábil-fi-


nanceiros de propósito geral contêm informações de possível interesse a uma ampla gama
de usuários. Tendo em vista que a Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de
Relatório Contábil-Financeiro tem como pilar a definição do objetivo da elaboração e divulga-
ção desses relatórios, interessados em informações sobre o enfoque adotado na formulação
dos pronunciamentos técnicos, das interpretações e das orientações emitidas pelo Comitê
de Pronunciamentos Contábeis podem concluir que o comitê procura atender aos desejos e
necessidades de informação:
a) de todos os possíveis usuários dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral;
b) da administração da entidade que reporta a informação;

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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo

c) de investidores existentes e em potencial, de credores por empréstimos e de outros credores


da entidade que reporta a informação;
d) de órgãos reguladores da entidade que reporta a informação;
e) de todos os usuários que não possam requerer que as entidades que reportam a informação
prestem a eles diretamente as informações de que necessitam.

A questão trata do objetivo da elaboração das demonstrações contábeis (relatórios


contábil-financeiros).
Conforme determinação do CPC (comitê de pronunciamento contábil) os relatórios financeiros
são elaborados para atender aos usuários externos, de forma primária aos investidores atuais,
potenciais e os credores por empréstimos.
Na sua essência as demonstrações têm por objetivo atender as necessidades do mercado de
capital, controlado pela CVM (comissão de valores mobiliários).
De forma secundária os outros usuários, como: fornecedores, clientes, governos, sindicatos e
sociedade onde a empresa estiver inserida.
Letra c.

117. (FGV/SUSAN/CONTADOR/2014) Com relação aos usuários dos relatórios contábil-fi-


nanceiros de propósito geral, são considerados usuários primários
a) os acionistas e os diretores.
b) os investidores e os credores.
c) os clientes e os fornecedores.
d) os investidores e os funcionários.
e) os consumidores e os credores.

Os usuários das informações contábeis são internos e externos, contudo, as demonstrações


contábeis são direcionadas aos usuários externos, especialmente, aos usuários primários.
Os usuários primários são aqueles que aplicam dinheiro na empresa, representados pelos in-
vestidores atuais e potenciais e os credores por empréstimos.
Letra b.

118. (FGV/AL-MA/CONTADOR/2013) Com relação aos conceitos básicos da Contabilidade


Geral, relacione os tópicos a seguir.
1. Objeto de estudo
2. Campo de aplicação
3. Finalidade econômica
4. Usuário Externo
5. Técnica Contábil

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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo

( ) Escrituração
( ) Fornecedor
( ) Entidade
( ) Resultado
( ) Patrimônio

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.


a) 1 - 3 - 2 - 4 - 5
b) 3 - 4 - 1 - 5 - 2
c) 2 - 1 - 4 - 5 - 3
d) 5 - 4 - 2 - 3 - 1
e) 1 - 2 - 4 - 3 - 5

A classificação correta é a seguinte ordem:


5. Técnica Contábil – Escrituração
4. Usuário Externo – Fornecedor
2. Campo de aplicação – Entidade
3. Finalidade econômica – Apurar o resultado
1. Objeto de estudo – Patrimônio
Letra d.

119. (FGV/AL-RO/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) De acordo com o Pronunciamento Conceitual


Básico (R1)- Estrutura Conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil- financei-
ro, as características qualitativas da informação contábil-financeira podem ser divididas em
fundamentais e de melhoria.
Assinale a opção que indica as características qualitativas fundamentais.
a) Confiabilidade e materialidade.
b) Relevância e representação fidedigna.
c) Essência sobre a forma e neutralidade.
d) Comparabilidade e tempestividade.
e) Compreensibilidade e verificabilidade.

As características qualitativas da informação contábil-financeira são divididas em:


a) características qualitativas fundamentais – relevância e representação fidedigna, as mais
críticas; e
b) características qualitativas de melhoria – comparabilidade, capacidade de verificação (verifi-
cabilidade), tempestividade e compreensibilidade, menos críticas, mas ainda assim altamente
desejáveis.

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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo

As características qualitativas melhoram a utilidade da informação que é relevante e que é re-


presentada com fidedignidade e podem também auxiliar a determinar qual de duas alternativas
que sejam consideradas equivalentes em termos de relevância e fidedignidade de representação
deve ser usada para retratar um fenômeno.
Letra b.

120. (FGV/AL-RO/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) O Pronunciamento Conceitual Básico (R1) -


Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro determina
quais são os usuários primários, para quem os relatórios contábil financeiros de propósito
geral são direcionados.
Entre os usuários primários estão
a) o governo e as agências reguladoras.
b) os investidores e os credores por empréstimo.
c) os diretores e os administradores.
d) os clientes e os fornecedores.
e) os empregados e os consumidores.

Os usuários das informações apresentadas pela empresa são internos e externos. As demons-
trações são orientadas aos usuários externos, que são divididos em primários e secundários.
O CPC estabelece que o objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é fornecer
informações que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por emprésti-
mos e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos para a
entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações em instrumentos
patrimoniais e em instrumentos de dívida, e a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras
formas de crédito.
Estes usuários não podem requerer que as entidades prestem a eles diretamente as informa-
ções de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatórios contábil-financeiros de
propósito geral, para grande parte da informação contábil-financeira que buscam. Consequen-
temente, eles são os usuários primários para quem relatórios contábil-financeiros de propósito
geral são direcionados.
Letra b.

121. (FGV/OSASCO/AUDITOR FISCAL/2014) Pelas práticas contábeis adotadas no Brasil,


um ativo só pode ser reconhecido no balanço patrimonial quando:
a) for adquirido de outra pessoa jurídica ou física com negócios no país sede da empresa
adquirente;
b) houver a transferência da posse e seu valor seja calculável com o máximo de confiabilida-
de possível;

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Conceitos Básicos
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c) houver um documento fiscal relacionado à arrecadação de tributos do Estado;


d) for provável que gere caixa e seu custo seja mensurável;
e) a transação envolver duas partes independentes com o mesmo conhecimento sobre a
negociação.

Na contabilidade reconhecimento é o processo que consiste na incorporação ao Balanço


Patrimonial de item que se enquadre na definição de ativo, passivo ou PL e que satisfaça os
seguintes critérios:
• for provável que algum benefício econômico futuro associado ao item flua para a enti-
dade, ou seja, o ativo deve dar um retorno financeiro ou flua da entidade, o passivo exige
um pagamento; e
• o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade.
Letra d.

122. (FGV/MPE-AL/CONTADOR/2018) O Pronunciamento Conceitual Básico (R1)- Estrutura


Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro apresenta as ca-
racterísticas qualitativas da informação contábil-financeira útil.
Assinale a opção que indica a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem
e compreendam as similaridades dos itens e as diferenças entre eles.
a) Representação fidedigna.
b) Comparabilidade.
c) Verificabilidade.
d) Tempestividade.
e) Compreensibilidade.

Dentro das características de melhoria a COMPARABILIDADE permite que os usuários identi-


fiquem e compreendam as similaridades dos itens e as diferenças entre eles, sempre com, no
mínimo, dois dados para conseguir efetuar a comparação.
Letra b.

123. (FGV/MPE-AL/CONTADOR/2018) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico


(R1) - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro,
assinale a opção que indica o objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral.
a) Oferecer subsídio à alta administração e aos gestores da entidade, de modo que estes pautem
as suas decisões relacionadas ao funcionamento regular da entidade.
b) Influenciar o relacionamento de investidores, credores, fornecedores e clientes com a enti-
dade, garantindo a segurança necessária para suas transações.

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Conceitos Básicos
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c) Fazer a diferença nas decisões dos usuários, podendo ser utilizados como dados de entrada em
processos empregados para predizer futuros resultados ou para confirmar as decisões tomadas.
d) Fornecer informações contábil-financeiras que sejam úteis para os investidores, para os
credores por empréstimos e para os outros credores, quando da tomada de decisão ligada ao
fornecimento de recursos para a entidade.
e) Garantir aos empregados e aos fornecedores da entidade que suas obrigações serão cumpridas.

O objetivo dos relatórios financeiros, ou seja, das demonstrações contábeis é fornecer infor-
mações aos usuários externos, principalmente, aos que aplicam dinheiro na empresa, de forma
que consiga atender aos seus anseios, no tocante a tomada de decisão sobre como e onde é
melhor investir.
Letra d.

124. (FGV/SEFIN-RO/AFTE/2018) Na última versão do Pronunciamento Técnico CPC00


- Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, a ca-
racterística “essência sobre a forma” foi formalmente retirada da condição de componente
separado da representação fidedigna.
Assinale a opção que indica o motivo por que a “essência sobre a forma” foi retirada.
a) Sua presença, junto à representação fidedigna, foi considerada uma redundância.
b) Ela foi considerada inconsistente à característica qualitativa da neutralidade.
c) Ela foi considerada inconsistente à característica qualitativa da tempestividade.
d) As normas contábeis norte-americanas não incluem a essência sobre a forma em sua es-
trutura conceitual.
e) Sua presença deixou de ser exigida nas normas internacionais.

A essência econômica sobre a forma jurídica determina que os ativos deverão ser registrados
na empresa que tiver o controle sobre os benefícios e riscos com a sua utilização, independen-
temente, da propriedade. É o controle sobre a propriedade.
Um exemplo é o arrendamento mercantil financeiro; a empresa arrendatária que “aluga” o bem,
tem o controle sobre ele, mas a propriedade é da financeira arrendadora que está fornecendo
o bem para o arrendatário.
A essência econômica sobre a forma jurídica foi retirada de componente da representação
fidedigna por ser redundante a sua inclusão, assim, a primazia passou a ser uma verdade para
a contabilidade, um axioma que deverá ser aplicado em todas nas análises patrimoniais.
Letra a.

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125. (FGV/SALVADOR/CONTADOR/2017) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC


00- Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, os
relatórios contábil-financeiros não são direcionados primariamente aos
a) órgãos reguladores.
b) investidores.
c) credores por empréstimos existentes.
d) credores por empréstimos em potencial.
e) outros credores.

Os relatórios financeiros são fornecidos aos usuários externos, especialmente, aos usuários
externos primários, que são os investidores existentes e em potencial, ou seja, as pessoas que
aplicam dinheiro na empresa.
Os órgãos reguladores, como o Bacen, a CVM, a ANAC etc. são usuários externos secundários.
Letra a.

126. (FGV/COMPESA/CONTADOR/2016) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico


(R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, o
Regime de Competência representa
a) um postulado contábil.
b) uma premissa subjacente da contabilidade.
c) um elemento para a definição da performance financeira da empresa.
d) uma característica qualitativa fundamental da informação contábil-financeira útil.
e) uma característica qualitativa de melhoria da informação contábil-financeira útil.

O regime de competência é o método utilizado pela contabilidade para registrar as receitas e


despesas, e por consequência, apurar o resultado (performance) da empresa.
Neste regime, as receitas e despesas são registradas quando ocorrer o seu fato gerador, inde-
pendentemente de ter entrado ou saído dinheiro.
Letra c.

127. (FGV/COMPESA/CONTADOR/2016) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico


(R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, a
administração não precisa apoiar-se em relatórios contábeis-financeiros de propósitos gerais,
uma vez que
a) necessita de informações precisas e não de estimativas que existem nesses relatórios.
b) eles não são elaborados para determinar o valor da entidade que reporta a informação.
c) é avaliada de acordo com estes relatórios.
d) é capaz de obter a informação contábil-financeira de que precisa internamente.
e) nem sempre pode requerer as informações de que necessita diretamente de outras áreas
da empresa.

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Conceitos Básicos
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Os usuários das informações contábeis são internos e externos; os usuários externos dependem
das informações apresentadas nos relatórios, eles não têm acesso tempestivo às informações,
são os que aplicam dinheiro na empresa e tem relações comerciais e de fiscalização com ela.
Já a administração, que representa os usuários internos, tem acesso tempestivo às informações,
ela não precisa esperar a divulgação das demonstrações para ter uma informação, pois pode
obtê-la internamente, sempre que necessário.
Letra d.

128. (FGV/PGE-RO/CONTADOR/2015) De acordo com a Estrutura Conceitual para Elaboração


e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, o objetivo do relatório contábil-financeiro de
propósito geral é fornecer informações contábil-financeiras acerca da entidade que reporta
essa informação (reporting entity), que sejam úteis aos chamados usuários primários. É(são)
considerado(s) usuário(s) primário(s):
a) administração da entidade;
b) autoridades tributárias;
c) credores potenciais;
d) entidades sindicais;
e) órgãos reguladores.

Os usuários externo primários são as pessoas que aplicam dinheiro na empresa, como os in-
vestidores existentes e em potencial e os credores financeiros existentes e potenciais.
Letra c.

129. (FGV/RECIFE/CONTROLE INTERNO/2014) As opções a seguir apresentam objetivos


da Contabilidade, à exceção de uma. Assinale-a.
a) A medição dos recursos que determinada entidade possui.
b) A evidenciação dos direitos e interesses de uma entidade.
c) A medição das variações ocorridas nos recursos, direitos e interesses.
d) A administração dos recursos escassos, buscando compatibilizá-la com as necessidades
da sociedade.
e) O fornecimento de um conjunto básico de informações a diferentes usuários.

O objetivo primário da contabilidade é o de fornecer informações para que os usuários internos


e externos consigam planejar suas atividades, controlar o seu patrimônio e tomar as decisões
corretas sobre seus investimentos.

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Conceitos Básicos
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Nas assertivas apresentadas, a que menos tem relação com a necessidade de informações
contábeis é a administração dos recursos escassos, isto é uma atividade financeira econômica
na prática. A empresa usa as informações para medir os recursos que possui; a partir daí parte
para administração financeira em si.
Letra d.

130. (FGV/SEDUC-AM/CONTADOR/2014) Entre os usuários primários dos relatórios contá-


beis financeiros de propósito geral, está(ão)
a) o Governo.
b) os Administradores.
c) os Fornecedores.
d) os Consumidores.
e) os Credores por empréstimos.

Os usuários externos primários são os que aplicam dinheiro na empresa, como os investidores
existentes e em potencial, e o credores financeiros, existentes e em potencial.
Letra e.

131. (FGV/AL-RO/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) Assinale a opção que indica um dos objetivos


da Contabilidade e do relatório contábil-financeiro de propósito geral em relação à entidade
que reporta a informação.
a) Determinar o valor da entidade.
b) Indicar quando há evasão fiscal.
c) Prever as receitas e as despesas nos exercícios seguintes.
d) Ajudar os acionistas a avaliar a produtividade de cada funcionário.
e) Apresentar os resultados da atuação da Administração na gestão da entidade e sua capaci-
dade na prestação de contas quanto aos recursos que lhe foram confiados.

O objetivo da contabilidade é apresentar informações úteis aos usuários, especialmente aos


externos. O instrumento utilizado para fornecer estas informações são os relatórios de propósito
geral, ou seja, as demonstrações contábeis.
Dentre os objetivos no fornecimento das informações, está atender à necessidade de os usuários
avaliarem a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida
e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas;
Letra e.

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132. (FGV/COMPESA/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) Sobre a Estrutura Conceitual para Elabora-


ção e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, de acordo com o CPC 00, entre os usuários
primários dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral estão
a) os investidores.
b) os administradores.
c) os funcionários.
d) os consumidores.
e) o governo.

Os usuários das informações apresentadas pela empresa são internos e externos. As demons-
trações são orientadas aos usuários externos, que são divididos em primários e secundários.
O CPC estabelece que o objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é fornecer
informações que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por emprésti-
mos e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos para a
entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações em instrumentos
patrimoniais e em instrumentos de dívida, e a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras
formas de crédito.
Estes usuários não podem requerer que as entidades prestem a eles diretamente as informa-
ções de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatórios contábil-financeiros de
propósito geral, para grande parte da informação contábil-financeira que buscam. Consequen-
temente, eles são os usuários primários para quem relatórios contábil-financeiros de propósito
geral são direcionados.
Letra a.

133. (FGV/SENADO FEDERAL/CONTADOR/2008) Em relação aos interesses dos principais


usuários da informação contábil, assinale a afirmativa incorreta.
a) Os acionistas atuais da empresa têm grande interesse na sua rentabilidade atual.
b) Os investidores que podem se tornar acionistas futuros efetuam um confronto da rentabili-
dade da empresa comparando com as diversas opções existentes no mercado.
c) O governo foca na análise do fluxo de caixa da empresa para determinar o imposto a ser pago.
d) Os financiadores concentram-se na capacidade de a empresa pagar os valores dos financia-
mentos e dos juros.
e) Os empregados analisam a capacidade da empresa em efetuar o pagamento dos salários e
em sua capacidade de expansão.

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A única relação errada é a da letra “C”, pois o governo, como usuário externo secundário, foca
no resultado econômico do exercício para avaliar a política tributária da empresa quanto aos
impostos que foram e deverão ser pagos.
Letra c.

134. (FGV/AL-RO/CONTADOR/2018) As demonstrações contábeis normalmente são elabo-


radas tendo como premissa que a entidade está em atividade e irá manter-se em operação
por um futuro previsível.
De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico (R1) - Estrutura Conceitual para elaboração
e divulgação de relatório contábil-financeiro, essa premissa é chamada de
a) continuidade.
b) entidade.
c) essência sobre a forma.
d) comparabilidade.
e) tempestividade.

O CPC 00 estabelece que as demonstrações contábeis são normalmente elaboradas com base
na suposição de que a entidade que reporta está em CONTINUIDADE operacional e continuará
em operação no futuro previsível. Assim, presume-se que a entidade não tem a intenção nem
a necessidade de entrar em liquidação ou deixar de negociar.
Letra a.

135. (FGV/FUNSAÚDE-CE/CONTADOR/2021) Com relação à finalidade da Estrutura Con-


ceitual da Contabilidade, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 (R2) - Estrutura
Conceitual para Relatório Financeiro, analise as afirmativas a seguir.
I – Auxiliar o desenvolvimento das normas internacionais de contabilidade, para que tenham
base em conceitos consistentes.
II – Auxiliar os usuários a interpretar e entender os pronunciamentos técnicos.
III – Auxiliar os responsáveis pela elaboração dos relatórios financeiros a desenvolver políticas
contábeis consistentes.
São finalidades da Estrutura Conceitual da Contabilidade o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

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Conceitos Básicos
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Segundo o CPC 00 R2 a finalidade da Estrutura Conceitual é:


a) auxiliar o desenvolvimento das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) para que te-
nham base em conceitos consistentes;
b) auxiliar os responsáveis pela elaboração (preparadores) dos relatórios financeiros a desen-
volver políticas contábeis consistentes quando nenhum pronunciamento se aplica à determi-
nada transação ou outro evento, ou quando o pronunciamento permite uma escolha de política
contábil; e
c) auxiliar todas as partes a entender e interpretar os Pronunciamentos.
Todas as assertivas estão corretas.
Letra e.

136. (FGV/TCE-PI/ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO/2021) Os registros de operações


realizadas em uma empresa têm o objetivo de gerar informações úteis para a gestão organi-
zacional. Embora seja fornecida uma diversidade de informações nos relatórios contábeis, o
objeto da contabilidade é o:
a) controle de receitas e despesas;
b) fluxo de caixa das entidades;
c) lucro das entidades;
d) patrimônio das entidades;
e) valor de mercado das entidades.

O objeto da contabilidade é o PATRIMÔNIO das entidades, e o objetivo é o fornecimento de


informações úteis.
Letra d.

137. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, a representação fidedigna é uma das caracte-
rísticas qualitativas fundamentais de informações financeiras úteis.
Para ser fidedigna, a representação deve ser
a) relevante, completa e tempestiva.
b) neutra, verificável e comparável.
c) relevante, verificável e isenta de erros.
d) completa, neutra e isenta de erros.
e) comparável, tempestiva e relevante.

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Conceitos Básicos
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A representação fidedigna é alcançada quando a representação do fenômeno é completa, neutra


e livre de erro material.
Letra d.

138. (FGV/FUNSAÚDE-CE/CONTADOR/2021) Os recursos econômicos presentes controlados


por uma entidade como resultado de eventos passados são denominados
a) ativos.
b) passivos.
c) receitas.
d) despesas.
e) reservas.

Vimos que o ATIVO é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado
de eventos passados. Sendo que um recurso econômico é um direito que tem o potencial de
produzir benefícios econômicos para a entidade.
Letra a.

139. (FGV/SEFAZ-ES/AFRE/2021) Relacione as características qualitativas de melhoria de


informações financeiras úteis às suas respectivas explicações.
1. Comparabilidade
2. Capacidade de verificação
3. Tempestividade
4. Compreensibilidade
( ) permite aos usuários identificar e compreender similaridades e diferenças entre itens.
( ) implica em classificar, caracterizar e apresentar informações de modo claro e conciso.
( ) significa disponibilizar informações aos tomadores de decisões a tempo para que se-
jam capazes de influenciar suas decisões.
( ) ajuda a garantir aos usuários que as informações representem de forma fidedigna os
fenômenos econômicos que pretendem representar
Assinale a opção que apresenta, segundo a ordem apresentada, a relação correta.
a) 4 – 2 – 3 – 1.
b) 4 – 3 – 2 – 1.
c) 1 – 2 – 3 – 4.
d) 1 – 4 – 3 – 2.
e) 2 – 4 – 1 – 3.

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1. Comparabilidade permite aos usuários identificar e compreender similaridades e diferenças


entre itens.
4. Compreensibilidade implica em classificar, caracterizar e apresentar informações de modo
claro e conciso.
3. Tempestividade significa disponibilizar informações aos tomadores de decisões a tempo
para que sejam capazes de influenciar suas decisões.
2. Capacidade de verificação ajuda a garantir aos usuários que as informações representem de
forma fidedigna os fenômenos econômicos que pretendem representar
Letra d.

140. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, as informações financeiras relevantes são ca-
pazes de fazer diferença nas decisões tomadas pelos usuários e podem ter valor preditivo. Em
relação às informações financeiras relevantes com valor preditivo, assinale a afirmativa correta.
a) Confirmam ou alteram avaliações anteriores.
b) Devem servir como prognóstico aos usuários.
c) São empregadas pelos usuários para fazer suas próprias previsões.
d) São utilizadas em processos empregados pelos usuários para analisar resultados passados
e) Representam uma novidade aos usuários, sendo que eles não teriam conhecimento delas a
partir de outras fontes.

O valor preditivo de uma informação está relacionado com a condição de que ela irá servir de
direcionador nas decisões que serão tomadas pelos usuários, ou seja, o usuários irá fazer as
suas próprias previsões com relação ao futuro.
Não esqueça que o valor confirmatório da informação tem relação com o passado e o valor
preditivo com o futuro, por isto devem ser analisadas em conjunto de forma inter-relacionadas,
pois a capacidade de fazer predições é efetivada a partir do momento da possibilidade de con-
firmar as predições feitas anteriormente.
Letra c.

141. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, assinale a opção que apresenta uma restrição
generalizada sobre as informações que podem ser fornecidas em relatório financeiro.
a) O tempo.
b) O custo.
c) A subjetividade.
d) Os recursos limitados.
e) A quantidade de normas.

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Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo

Com relação às restrições o CPC estabelece que o CUSTO DA INFORMAÇÃO é uma restrição
generalizada sobre as informações que podem ser fornecidas pelo relatório financeiro.
O relatório de informações financeiras impõe custos, e é importante que esses custos sejam
justificados pelos benefícios de apresentar essas informações.
Assim, o gestor deverá sempre avaliar a relação custo benefício do fornecimento da informação
aos usuários.
Letra b.

142. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 00 –


Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, a compreensibilidade é uma das característi-
cas qualitativas de melhoria de informações financeiras úteis. Em relação às implicações da
característica qualitativa da compreensibilidade, assinale a afirmativa correta.
a) Os usuários devem poder identificar e compreender similaridades e diferenças entre itens.
b) Os fenômenos complexos e de difícil compreensão devem ser excluídos dos relatórios
financeiros.
c) As informações devem ser disponibilizadas aos tomadores de decisões a tempo para que
sejam capazes de influenciar suas decisões.
d) As informações devem ser evidenciadas de modo que os usuários não precisem buscar o
auxílio de consultores para compreender os relatórios financeiros.
e) Os relatórios financeiros devem ser elaborados para usuários que têm conhecimento razoável
das atividades comerciais e econômicas e que revisam e analisam as informações de modo
diligente.

A compreensibilidade é uma das características que ajudam o usuário a assimilar o significado


das informações. Assim, classificar, mensurar e apresentar a informação com clareza e conci-
são torna-a compreensível.
A compreensibilidade presume que o usuário disponha de conhecimentos de Contabilidade e
dos negócios e atividades da Entidade, em nível que o habilite ao entendimento das informações
colocadas à sua disposição, desde que se proponha analisá-las, pelo tempo e com a profundidade
necessários, sendo que uma eventual dificuldade de entendimento suficiente das informações
contábeis por algum usuário jamais será motivo para a sua não-divulgação.
Letra e.

143. (FGV/IMBEL/CONTADOR/2021) O valor contábil do patrimônio líquido de uma entidade


equivale ao
a) valor disponibilizado pelos sócios da entidade.
b) valor de mercado total de direitos sobre o patrimônio na entidade.

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Conceitos Básicos
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c) valor contábil de todos os ativos reconhecidos menos o valor contábil de todos os passivos
reconhecidos.
d) valor que poderia ser levantado, vendendo todos os ativos da entidade e liquidando todos
os seus passivos.
e) valor que poderia ser levantado, vendendo a entidade como um todo em regime de continui-
dade operacional.

O valor patrimonial de uma empresa é apresentado pelo valor do patrimônio líquido.


Considerando a equação patrimonial o PL é encontrado da seguinte forma:
PL = ativo - passivo
Letra c.

144. (FGV/PC-RN/AGENTE/2021) A referência à riqueza líquida de uma entidade pode ser


associada:
a) à sua capacidade de liquidez imediata;
b) ao montante de ativos realizáveis no exercício financeiro;
c) aos valores liquidados com capital próprio;
d) ao montante dos ativos deduzido dos passivos;
e) ao capital social liquidado pelos proprietários.

A riqueza líquida de uma empresa está no seu patrimônio líquido, e é representada pela equação:
ativo menos o passivo.
Letra d.

145. (FGV/TJ-TO/CONTADOR/2022) Um dos objetivos da convergência da contabilidade


aplicada ao setor público às práticas internacionais é aperfeiçoar a utilidade da informação
para os diversos usuários.
Um dos atributos da informação contábil útil é a representação fidedigna, que tem como
característica:
a) adotar a primazia da essência sobre a forma;
b) retratar efetivamente o fenômeno sem neutralidade;
c) servir de suporte à análise qualitativa das informações;
d) ter capacidade de influenciar a tomada de decisões;
e) ter valor confirmatório e valor preditivo.

A representação fidedigna busca apresentar a informação considerando o retorno econômico


do fato, independentemente da sua formalidade jurídica. Assim, a representação fidedigna adota
a primazia da essência econômica sobre a formalidade jurídica.
Letra a.

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Conceitos Básicos
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RESUMO

Meu amigo e minha amiga, nesta aula estudamos a evolução da contabilidade e os seus
conceitos básicos e a estrutura conceitual básica do CPC.
A seguir apresento objetivamente um resumo de nossa aula, começando pelos conceitos
básicos da contabilidade.
Incialmente vimos que a contabilidade é uma ciência social, que tem como objeto o patri-
mônio de qualquer pessoa azienda; tem como objetivo fornecer informações úteis aos usuá-
rios internos e externos e para conseguir isto, se utiliza de técnicas contábeis, respeitando o
mecanismo de partidas dobradas.
Veja no mnemônico abaixo as principais informações conceituais sobre a contabilidade
que você deve saber:

Objeto

Axioma
Objetivo
básico

Contabilidade
CIÊNCIA SOCIAL
Campo
de Finalidade
aplicação

Técnicas
Usuários contábeis

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Conceitos Básicos
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• Ciencia social: Trata do relacionamento entre pessoas, que são as contas contábeis, de
forma subjetiva.
• Objeto: patrimônio – conjunto dos bens, direitos e obrigações.
• Objetivo: fornecer informações úteis (relevantes e fidedignas) aos usuários internos e
externos.
• Finalidade: controlar o patrimônio para conseguir fornecer informações.
• Técnicas contábeis: escrituração, demonstrações contábeis, auditoria e análise das de-
monstrações contábeis.
• Usuários: internos – alta administração e externos (primários e secundários) – depen-
dentes das demonstrações da empresa.
• Axioma básico: mecanismo de partidas dobradas: para toda aplicação uma origem.

Não confunda: atualmente o objetivo da contabilidade é fornecer informações aos usuários


internos e externos; contudo, o objetivo da demonstrações contábeis é fornecer informações
ao usuários externos somente, pois, os usuários internos têm informações por meio de outros
relatórios.
Quando estudamos o CPC 00 R2, vimos que ele apresenta os conceitos básicos que de-
verão ser utilizados na elaboração das demonstrações contábeis.
Inicialmente vimos que CPC 00 R2 não é um pronunciamento específico, ele é uma estru-
tura conceitual básica, assim, ele não prevalece sobre os outros pronunciamentos.
Também destaquei que ele apresenta os conceitos básicos que deverão ser utilizados na
elaboração das demonstrações contábeis e dos outros pronunciamentos, pois a estrutura
básica é uma orientação mais genérica.
Para lembrar a parte importante da estrutura conceitual básica, fiz o seguinte resumo
sobre os itens que ela trata:
Pronunciamento Conceitual

Objetivo das "DC"

Características
qualitativas

Definição e mensuração
dos elementos.

Conceito de capital e
manutenção de capital

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Conceitos Básicos
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• Objetivo dos RCPG = Os relatórios têm por objetivo fornecer informações úteis aos usuá-
rios externos, por meio de relatórios financeiros de propósito geral.

Lembre-se de que o objetivo da contabilidade é fornecer informações aos usuários inter-


nos e externos; contudo, o objetivo da demonstrações contábeis é fornecer informações ao
usuários externos somente, pois, os usuários internos têm informações por meio de outros
relatórios.
Veja o seguinte mnemônico sobre os usuários das informações contábeis:

Internos
Cont. Gerencial Alta administração
Relatórios próprios

Usuários das
informações
contábeis Primários
Aplicam dinheiro
Externos
Cont. financeira
Demonstrações contábeis
RCPGs
Secundários
relacionamento operacionall

• Características qualitativas = são os atributos que a informação deve apresentar, de forma


que sejam úteis e complementares.
− Fundamentais – relevância (importância e materialidade) e representação fidedigna
(informação confiável e verdadeira).
− De melhoria – compreensibilidade, comparabilidade, tempestividade e capacidade de
verificação.

Veja o quadro abaixo:

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Relevante Importante
Fundamental
Fidedigna Verdadeira

Informação
Compreensibilidade Entendível
contábil

Comparabilidade Analisável
De
Melhoria
Capacidade de Comprovável
Verificação

Tempestividade Oportuna

• Definição dos elementos das demonstrações = elementos das DC são os grupos de contas
que irão compor as demonstrações contábeis.

São eles:
− Ativo – recurso controlado - evento passado - gerar benefício econômico futuro.
− Passivo – obrigação presente - evento passado - liquidação no futuro.
− Patrimônio líquido – resíduo patrimonial - situação líquida.
− Receita – ganho econômico - aumenta o PL - aumentando o ativo ou diminuindo o
passivo.
− Despesas – perda econômica - diminui o PL - diminuindo o ativo ou aumentando o
passivo.

Recurso
Ativo
controlado

Posição
Obrigação
patrimonial e Passivo
presente
financeira

Patrimônio Resíduo
elementos das Líquido patrimonial
"DC"

Ganho
Receitas
econômico
Desempenho
financeiro
Perda
Despesas
econômica

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Conceitos Básicos
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• Mensuração – A mensuração consiste em estabelecer, com base no preço de entrada, o


preço de realização (saída) de um bem, conforme o benefício econômico futuro esperado.

Segundo o CPC 00 R2 a mensuração será feita considerando o valor histórico e o valor


atual de um item do balanço patrimonial, assim, temos as seguintes bases de mensuração:
a) Custo histórico
b) Valor atual, que pode ser: valor justo, valor em uso de ativos e valor de cumprimento
de passivos e o custo corrente.

Custo de reposição do
Custo corrente
bem ou da dívida

Valor de realização pelo


Valor de uso
uso nas atividades

Valor futuro
Valor Original Valor presente
descontado dos juros

Valor acordado entre as


Valor justo
partes

Valor para quitar uma


Valor de cumprimento
obrigação

• Conceito de capital e manutenção de capital =


− Capital = Representa o potencial econômico da empresa
◦ Capital Financeiro – é representado pelo dinheiro
◦ Capital Físico – é a capacidade produtiva

No Brasil, as demonstrações são elaboradas considerando o capital financeiro.


− Manutenção de capital – apresenta se a empresa deu lucro ou prejuízo.
◦ No capital Financeiro – o lucro é o aumento do PL; excluindo as transações com
os sócios.
◦ No capital Físico – o lucro é o aumento da produção; excluindo as transações com
os sócios.

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Conceitos Básicos
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (VUNESP/MPE-SP/CONTADOR/2019) Assinale a alternativa que define corretamente
a Contabilidade.
a) É uma ciência que se desenvolve com o objetivo de controlar o caixa de uma entidade finan-
ceira. São entidades financeiras todas aquelas que possuam uma conta caixa.
b) É uma ciência que define na empresa um sistema de informações contábil que tem por obje-
tivo subsidiar a tomada de decisões sobre entidades econômicas. São entidades econômicas
pessoas físicas ou jurídicas que tomem decisões sobre recursos econômicos.
c) Corresponde ao registro dos itens do ativo e do passivo que tenham ou não valor econômico.
O valor econômico de um ativo é definido como sendo o seu custo histórico de aquisição.
d) É uma ciência exata que permite mensurar objetivamente o patrimônio líquido das entidades
econômicas. O patrimônio líquido corresponde à diferença entre os grupos ativo intangível e
passivo intangível.
e) É uma ciência histórica que tem por finalidade a evidenciação das operações de uma entida-
de com o objetivo principal de possibilitar ao estado o exercício da tributação e a cobrança do
cumprimento das obrigações assessórias.

002. (VUNESP/GUARULHOS/FISCAL DE RENDAS/2019) De acordo com a Estrutura Con-


ceitual (Resolução CFC n. 1.374/2011), são características fundamentais da informação
contábil-financeira:
a) Relevância e representação fidedigna.
b) Relevância e compreensibilidade.
c) Regime de competência e relevância.
d) Regime de competência e consistência.
e) Comparabilidade e verificabilidade.

003. (VUNESP/DOIS CÓRREGOS/CONTADOR/2018) Em uma empresa, uma despesa pode


ser gerada
a) pela redução das reservas de lucros para aumento do capital social.
b) pelo aumento de uma aplicação financeira avaliada a valor justo.
c) pelo pagamento a fornecedores.
d) pelo reconhecimento de ajuste de perdas de estoques.
e) pela aquisição de um veículo à vista.

004. (VUNESP/DOIS CÓRREGOS/CONTADOR/2018) Em uma empresa, uma receita pode ser gerada
a) pelo aumento de capital social em dinheiro.
b) pela redução do passivo em decorrência do reconhecimento de variação cambial.
c) pelos juros dos empréstimos obtidos.
d) pela perda por impairment.
e) pelo reconhecimento inicial de uma provisão trabalhista.

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005. (VUNESP/DOIS CÓRREGOS/CONTADOR/2018) Em uma empresa, uma das caracterís-


ticas essenciais de um ativo é
a) gerar benefícios econômicos para a entidade.
b) ser um recurso decorrente de evento futuro.
c) ser de propriedade legal.
d) ter sido utilizado para liquidar um passivo.
e) ter forma física.

006. (VUNESP/MPE-SP/CONTADOR/2019) O patrimônio líquido pode ser estudado de di-


ferentes perspectivas, como, por exemplo, dos pontos de vista legal, contábil e econômico.
Considerando-se essas vertentes, é correto afirmar:
a) contabilmente, o patrimônio líquido corresponde à diferença entre ativos totais e passivos
exigíveis.
b) economicamente, o patrimônio líquido é o valor de mercado de uma entidade.
c) legalmente, o patrimônio líquido pode ser entendido como o valor de responsabilidade dos
sócios em relação às obrigações de uma entidade, no caso de uma empresa S.A.
d) o patrimônio líquido contábil é o conjunto dos fluxos de caixa futuros da entidade trazidos a
valor presente pelo seu custo de oportunidade.
e) economicamente, o patrimônio líquido é obtido trazendo os fluxos de resultados previstos a
valor presente pelo seu custo de oportunidade.

007. (VUNESP/CAMPINAS-SP/CONTROLE INTERNO/2019) Considerando-se as Demonstra-


ções Contábeis elaboradas de acordo com os procedimentos contábeis definidos em normas
emitidas por órgãos normativos, como no CPC00, ou na NBC TG 1000 (R1), um aspecto que
se nota é:
a) sua adequação às necessidades tributárias e outras de usuários determinados, por serem
de propósito geral.
b) são elaboradas de acordo com o regime de caixa, por se destinarem às pequenas e mé-
dias empresas.
c) as demonstrações contábeis de propósito geral podem não atender necessidades específicas
de diferentes usuários como: proprietários, governo, ou fisco, apesar de estarem consonantes
com as normas contábeis.
d) são elaboradas tendo em vista usuários externos específicos como investidores ou órgãos
de fiscalização.
e) compreendem o conjunto de Relatórios: Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado;
Fluxo de Caixa; Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido; Demonstração do Valor
Adicionado; DOAR – Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.

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008. (VUNESP/PREFEITURA DE SP/AUDITOR MUNICIPAL/2015) As demonstrações contá-


beis objetivam, seguindo a abordagem dada pela Estrutura Conceitual para Elaboração e Divul-
gação de Relatório Contábil e Financeiro, fornecer informações úteis na tomada de decisões
econômicas, bem como avaliações, por parte dos usuários em geral, dessas informações.
As demonstrações contábeis não têm um propósito específico único e são mais comumente
elaboradas segundo modelo baseado,
a) no valor justo e no conceito de manutenção de capital financeiro ajustado.
b) no custo de reposição e no conceito de manutenção do capital financeiro ajustado.
c) no valor de reposição, bem como no conceito de manutenção do capital ajustado.
d) no custo histórico recuperável e no conceito da manutenção do capital financeiro nominal.
e) no valor justo, bem como no conceito de fluxo de caixa descontado.

009. (VUNESP/SAESG/ANALISTA DE CONTABILIDADE/2015) De acordo com o Pronun-


ciamento Técnico CPC 00 (R1), _____________significa ter informação disponível para toma-
dores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação
mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, certa informação pode ter o seu atributo
______________ prolongado após o encerramento do período contábil, em decorrência de alguns
usuários, por exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências
a) consistência … verificabilidade
b) verificabilidade … consistência
c) tempestividade … tempestividade
d) compreensibilidade … tempestividade
e) comparabilidade … compreensibilidade

010. (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO JOSE DOS CAMPOS-SP/AUDITOR TRIBUTÁRIO/2015)


A Estrutura Conceitual da Contabilidade, aprovada pelo Pronunciamento Técnico 00 do CPC,
define-o como um recurso controlado pela entidade, decorrente do resultado de eventos
passados, e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade. A
Estrutura está se referindo ao
a) Ativo.
b) Passivo.
c) Resultado Abrangente.
d) Resultado do Exercício.
e) Patrimônio Líquido.

011. (VUNESP/PC-SP/PERITO/2014) A finalidade da contabilidade é assegurar o controle


do patrimônio administrado e fornecer informações sobre a composição e as variações patri-
moniais, bem como o resultado das atividades econômicas desenvolvidas. Analise a seguinte
frase: A contabilidade é a ciência que estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos
no patrimônio das __________, com fins lucrativos ou não.

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Complete a frase com a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto.


a) entidades
b) sociedades civis
c) empresas
d) sociedades de economia privada
e) organizações não governamentais

012. (VUNESP/CÂMARA DE DOIS CÓRREGOS-SP/DIRETOR CONTÁBIL/2018) Em uma


empresa, mensurar com confiabilidade o valor de liquidação de uma obrigação presente cor-
responde a um dos critérios para
a) definir um ativo.
b) definir uma despesa.
c) evidenciar uma receita.
d) reconhecer um passivo.
e) reconhecer um passivo contingente.

013. (VUNESP/SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/CONTADOR/2018) O regime que retrata com


propriedade os efeitos de transações e outros eventos e circunstâncias sobre os recursos
econômicos e reivindicações da entidade que reporta a informação nos períodos em que os
ditos efeitos são produzidos, ainda que os recebimentos e pagamentos em caixa derivados
ocorram em períodos distintos, é o
a) de caixa.
b) financeiro
c) de compensação.
d) de competência.
e) contábil.

014. (VUNESP/CÂMARA DE DOIS CÓRREGOS-SP/DIRETOR CONTÁBIL/2018) Em uma


empresa, uma das características essenciais de um ativo é
a) gerar benefícios econômicos para a entidade.
b) ser um recurso decorrente de evento futuro.
c) ser de propriedade legal.
d) ter sido utilizado para liquidar um passivo.
e) ter forma física.

015. (VUNESP/IPSM/CONTADOR/2018) Assinale a alternativa que apresenta a resposta


correta para a seguinte questão:
O governo, os acionistas, os gestores e a comunidade, representada por associações profis-
sionais e entidades de classe, dentre muitas outras entidades, são usuários da Contabilidade?

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a) Não, pois, a comunidade não tem interesse na informação contábil das organizações.
b) Sim, no caso de acionistas e gestores apenas.
c) Sim, todas essas entidades são usuárias potenciais da informação contábil.
d) Sim, no caso do governo e acionistas apenas.
e) Não, pois, entidades de classe e da comunidade não tomam decisões que envolvam empresas.

016. (VUNESP/IPSM/CONTADOR/2018) Considere a informação:


As demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das transações por
meio do grupamento dos seus efeitos em classes amplas de acordo com as suas caracterís-
ticas econômicas. Essas classes amplas são denominadas de elementos das demonstrações
contábeis.
Dentre esses elementos, existem aqueles relacionados à posição patrimonial e financeira de
uma entidade. Existem outros elementos, relacionados à mensuração do seu desempenho.
Tendo em vista a passagem destacada e o comentário subsequente, assinale a alternativa correta.
a) Os elementos mais relacionados à posição patrimonial e financeira estão representados no
Balanço Patrimonial, nas classes: Ativos; Passivos; Receitas e Custos.
b) Os elementos diretamente relacionados com a mensuração do desempenho na demonstração
do resultado são os recebimentos e os pagamentos de despesas.
c) O resultado da demonstração de resultado fornece a previsão do caixa do próximo período.
d) Ativos são futuros resultados econômicos que se espera obter de um agente.
e) O Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado não se relacionam.

017. (VUNESP/IPSM/CONTADOR/2018) Assinale, dentre as alternativas apresentadas a


seguir, aquela que apresenta adequadamente o objetivo da Contabilidade.
a) A Contabilidade tem por objetivo o controle dos impostos a pagar.
b) A Contabilidade tem por objetivo gerar informações para o controle dos estoques das indústrias.
c) A Contabilidade tem por objetivo controlar as dívidas e os impostos a serem pagos.
d) A Contabilidade tem por objetivo o controle das obrigações trabalhistas e tributárias.
e) A Contabilidade tem por objetivo gerar informações para o apoio das decisões
econômico-financeiras.

018. (VUNESP/EBSERH/CONTADOR/2020) Segundo a estrutura conceitual da contabilidade,


a informação contábil-financeira que é capaz de fazer diferença nas decisões que possam
ser tomadas pelos usuários é considerada
a) tempestiva.
b) correta.
c) relevante.
d) verdadeira.
e) oportuna.

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019. (VUNESP/MORRO AGUDO-SP/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2020) De acordo


com a Estrutura Conceitual da Contabilidade, uma das características qualitativas fundamen-
tais da informação contábil financeira é a da
a) comparabilidade.
b) tempestividade.
c) relevância.
d) verificabilidade.
e) prudência.

020. (VUNESP/FITO/CONTADOR/2020) Segundo a Estrutura Conceitual da Contabilidade,


a característica qualitativa da informação contábil que preceitua que a realidade econômica
deve ser apresentada, dentro do possível, de forma completa, neutra e livre de erro, é a ca-
racterística da
a) materialidade.
b) relevância.
c) representação fidedigna.
d) tempestividade.
e) compreensibilidade.

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GABARITO

1. b
2. a
3. d
4. b
5. a
6. a
7. c
8. d
9. c
10. a
11. a
12. d
13. d
14. a
15. c
16. d
17. e
18. c
19. c
20. c

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GABARITO COMENTADO

001. (VUNESP/MPE-SP/CONTADOR/2019) Assinale a alternativa que define corretamente


a Contabilidade.
a) É uma ciência que se desenvolve com o objetivo de controlar o caixa de uma entidade finan-
ceira. São entidades financeiras todas aquelas que possuam uma conta caixa.
b) É uma ciência que define na empresa um sistema de informações contábil que tem por obje-
tivo subsidiar a tomada de decisões sobre entidades econômicas. São entidades econômicas
pessoas físicas ou jurídicas que tomem decisões sobre recursos econômicos.
c) Corresponde ao registro dos itens do ativo e do passivo que tenham ou não valor econômico.
O valor econômico de um ativo é definido como sendo o seu custo histórico de aquisição.
d) É uma ciência exata que permite mensurar objetivamente o patrimônio líquido das entidades
econômicas. O patrimônio líquido corresponde à diferença entre os grupos ativo intangível e
passivo intangível.
e) É uma ciência histórica que tem por finalidade a evidenciação das operações de uma entida-
de com o objetivo principal de possibilitar ao estado o exercício da tributação e a cobrança do
cumprimento das obrigações assessórias.

A contabilidade é uma ciência social que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no pa-
trimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração e a divulgação desses fatos, com
o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado
econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial aos usuários.
Note que a contabilidade se utiliza de um sistema de informações para atender ao seu objetivo,
que é fornecer informações aos usuários internos e externos, que podem ser pessoas físicas
ou jurídicas.
Letra b.

002. (VUNESP/GUARULHOS/FISCAL DE RENDAS/2019) De acordo com a Estrutura Con-


ceitual (Resolução CFC n. 1.374/2011), são características fundamentais da informação
contábil-financeira:
a) Relevância e representação fidedigna.
b) Relevância e compreensibilidade.
c) Regime de competência e relevância.
d) Regime de competência e consistência.
e) Comparabilidade e verificabilidade.

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As características qualitativas fundamentais são relevância e representação fidedigna.


Letra a.

003. (VUNESP/DOIS CÓRREGOS/CONTADOR/2018) Em uma empresa, uma despesa pode


ser gerada
a) pela redução das reservas de lucros para aumento do capital social.
b) pelo aumento de uma aplicação financeira avaliada a valor justo.
c) pelo pagamento a fornecedores.
d) pelo reconhecimento de ajuste de perdas de estoques.
e) pela aquisição de um veículo à vista.

A despesa é uma perda econômica que deixa a empresa mais pobre; toda despesa diminui a
situação líquida; diminuindo o ativo ou aumentando o passivo.
O reconhecimento de perdas no estoque é uma despesa que diminui o ativo.
Letra d.

004. (VUNESP/DOIS CÓRREGOS/CONTADOR/2018) Em uma empresa, uma receita pode


ser gerada
a) pelo aumento de capital social em dinheiro.
b) pela redução do passivo em decorrência do reconhecimento de variação cambial.
c) pelos juros dos empréstimos obtidos.
d) pela perda por impairment.
e) pelo reconhecimento inicial de uma provisão trabalhista.

Receita é um ganho econômico que deixa a empresa mais rica; será registrada independente-
mente do recebimento ou não.
Toda receita aumenta a situação líquida da empresa, aumentando o ativo ou diminuindo o pas-
sivo; contudo, nem todo aumento da situação líquida é uma receita, como é o caso do aumento
do capital social e a conversão de dívidas em ações.
A diminuição do passivo pelo ganho na variação cambial é um exemplo de receita.
Letra b.

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005. (VUNESP/DOIS CÓRREGOS/CONTADOR/2018) Em uma empresa, uma das caracterís-


ticas essenciais de um ativo é
a) gerar benefícios econômicos para a entidade.
b) ser um recurso decorrente de evento futuro.
c) ser de propriedade legal.
d) ter sido utilizado para liquidar um passivo.
e) ter forma física.

O ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual
se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade e pode ser tangível ou
intangível.
Letra a.

006. (VUNESP/MPE-SP/CONTADOR/2019) O patrimônio líquido pode ser estudado de di-


ferentes perspectivas, como, por exemplo, dos pontos de vista legal, contábil e econômico.
Considerando-se essas vertentes, é correto afirmar:
a) contabilmente, o patrimônio líquido corresponde à diferença entre ativos totais e passivos
exigíveis.
b) economicamente, o patrimônio líquido é o valor de mercado de uma entidade.
c) legalmente, o patrimônio líquido pode ser entendido como o valor de responsabilidade dos
sócios em relação às obrigações de uma entidade, no caso de uma empresa S.A.
d) o patrimônio líquido contábil é o conjunto dos fluxos de caixa futuros da entidade trazidos a
valor presente pelo seu custo de oportunidade.
e) economicamente, o patrimônio líquido é obtido trazendo os fluxos de resultados previstos a
valor presente pelo seu custo de oportunidade.

Contabilmente o patrimônio líquido é um resíduo patrimonial e seu valor é obtido pela equação:
PL = ativo - passivo exigível.
Legalmente, conforme determinação da lei 6.404/76, o PL é uma obrigação não exigível da
empresa junto aos sócios.
Economicamente o PL representa o valor patrimonial da empresa, ou seja, o valor da empresa
considerando somente o seu patrimônio ativo e passivo; o valor de mercado da empresa é o
seu valor justo em um mercado ativo.
Letra a.

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Conceitos Básicos
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007. (VUNESP/CAMPINAS-SP/CONTROLE INTERNO/2019) Considerando-se as Demonstra-


ções Contábeis elaboradas de acordo com os procedimentos contábeis definidos em normas
emitidas por órgãos normativos, como no CPC00, ou na NBC TG 1000 (R1), um aspecto que
se nota é:
a) sua adequação às necessidades tributárias e outras de usuários determinados, por serem
de propósito geral.
b) são elaboradas de acordo com o regime de caixa, por se destinarem às pequenas e mé-
dias empresas.
c) as demonstrações contábeis de propósito geral podem não atender necessidades específicas
de diferentes usuários como: proprietários, governo, ou fisco, apesar de estarem consonantes
com as normas contábeis.
d) são elaboradas tendo em vista usuários externos específicos como investidores ou órgãos
de fiscalização.
e) compreendem o conjunto de Relatórios: Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado;
Fluxo de Caixa; Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido; Demonstração do Valor
Adicionado; DOAR – Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.

O pronunciamento básico define como usuários das demonstrações os usuários externos,


especialmente os investidores e credores por empréstimos e de forma secundária os clientes,
fornecedores, empregados e governo; devido a grande gama de usuários as demonstrações
compõem o conjunto dos relatórios contábeis de propósito gerais.
Como as demonstrações são de propósito geral, elas são elaboradas não objetivando atender
necessidades específicas de um tipo de usuário somente.
Letra c.

008. (VUNESP/PREFEITURA DE SP/AUDITOR MUNICIPAL/2015) As demonstrações contá-


beis objetivam, seguindo a abordagem dada pela Estrutura Conceitual para Elaboração e Divul-
gação de Relatório Contábil e Financeiro, fornecer informações úteis na tomada de decisões
econômicas, bem como avaliações, por parte dos usuários em geral, dessas informações.
As demonstrações contábeis não têm um propósito específico único e são mais comumente
elaboradas segundo modelo baseado,
a) no valor justo e no conceito de manutenção de capital financeiro ajustado.
b) no custo de reposição e no conceito de manutenção do capital financeiro ajustado.
c) no valor de reposição, bem como no conceito de manutenção do capital ajustado.
d) no custo histórico recuperável e no conceito da manutenção do capital financeiro nominal.
e) no valor justo, bem como no conceito de fluxo de caixa descontado.

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As demonstrações contábeis são elaboradas para os usuários externos, especialmente para os


investidores e credores por empréstimo. São tratadas como relatório de propósito geral, pois
não visam atender um usuário específico.
As informações apresentadas nas demonstrações têm como base de mensuração o custo his-
tórico, respeitando o conceito de capital financeiro e de manutenção de capital financeiro, ou
seja, o valor dos elementos que compõem as demonstrações contábeis. Lembre-se que este
conceito de capital não estabelece uma base de mensuração específica.
Segundo o CPC 00, o conceito físico de capital, quando utilizado, determina que a base de men-
suração dos elementos das demonstrações que seja o custo corrente.
No Brasil a orientação é utilizar como valor de entrada o custo histórico e este vai se atualizando
com o passar do tempo conforme as necessidades de cada item patrimonial.
Letra d.

009. (VUNESP/SAESG/ANALISTA DE CONTABILIDADE/2015) De acordo com o Pronun-


ciamento Técnico CPC 00 (R1), _____________significa ter informação disponível para toma-
dores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação
mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, certa informação pode ter o seu atributo
______________ prolongado após o encerramento do período contábil, em decorrência de alguns
usuários, por exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências
a) consistência … verificabilidade
b) verificabilidade … consistência
c) tempestividade … tempestividade
d) compreensibilidade … tempestividade
e) comparabilidade … compreensibilidade

A assertiva está tratando do atributo de melhoria da tempestividade. Sobre o assunto o CPC


00 estabelece o seguinte:
Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de
poder influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos
utilidade. Contudo, certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após
o encerramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, por exemplo, necessi-
tarem identificar e avaliar tendências
Letra c.

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010. (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO JOSE DOS CAMPOS-SP/AUDITOR TRIBUTÁRIO/2015)


A Estrutura Conceitual da Contabilidade, aprovada pelo Pronunciamento Técnico 00 do CPC,
define-o como um recurso controlado pela entidade, decorrente do resultado de eventos passa-
dos, e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade. A Estrutura
está se referindo ao
a) Ativo.
b) Passivo.
c) Resultado Abrangente.
d) Resultado do Exercício.
e) Patrimônio Líquido.

Segundo o CPC 00 os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição


patrimonial e financeira são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido. Estes são definidos
como segue:
a) ativo: é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual
se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade;
b) passivo: é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação
se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos;
c) patrimônio líquido: é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos
os seus passivos.
Letra a.

011. (VUNESP/PC-SP/PERITO/2014) A finalidade da contabilidade é assegurar o controle


do patrimônio administrado e fornecer informações sobre a composição e as variações patri-
moniais, bem como o resultado das atividades econômicas desenvolvidas. Analise a seguinte
frase: A contabilidade é a ciência que estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos
no patrimônio das __________, com fins lucrativos ou não.
Complete a frase com a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto.
a) entidades
b) sociedades civis
c) empresas
d) sociedades de economia privada
e) organizações não governamentais

O campo de aplicação da contabilidade engloba todas as aziendas.


Entende-se por azienda uma entidade econômica-administrativa, que tem um patrimônio, uma
gestão patrimonial e uma atividade, sendo que ela pode ser uma pessoa física ou jurídica, com
ou sem fins lucrativos, pública ou privada.
Letra a.

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012. (VUNESP/CÂMARA DE DOIS CÓRREGOS-SP/DIRETOR CONTÁBIL/2018) Em uma


empresa, mensurar com confiabilidade o valor de liquidação de uma obrigação presente cor-
responde a um dos critérios para
a) definir um ativo.
b) definir uma despesa.
c) evidenciar uma receita.
d) reconhecer um passivo.
e) reconhecer um passivo contingente.

O passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação
se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
Um passivo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que uma saída
de recursos detentores de benefícios econômicos seja exigida em liquidação de obrigação
presente e o valor pelo qual essa liquidação se dará puder ser mensurado com confiabilidade.
Letra d.

013. (VUNESP/SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/CONTADOR/2018) O regime que retrata com


propriedade os efeitos de transações e outros eventos e circunstâncias sobre os recursos
econômicos e reivindicações da entidade que reporta a informação nos períodos em que os
ditos efeitos são produzidos, ainda que os recebimentos e pagamentos em caixa derivados
ocorram em períodos distintos, é o
a) de caixa.
b) financeiro
c) de compensação.
d) de competência.
e) contábil.

O pronunciamento básico destaca que o regime de competência retrata com propriedade os


efeitos de transações e outros eventos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindi-
cações da entidade que reporta a informação nos períodos em que ditos efeitos são produzidos,
ainda que os recebimentos e pagamentos em caixa derivados ocorram em períodos distintos.
Isso é importante em função de a informação sobre os recursos econômicos (ativos) e reivindi-
cações (passivos) da entidade que reporta a informação, e sobre as mudanças nesses recursos
econômicos e reivindicações ao longo de um período, fornecer melhor base de avaliação da
performance passada e futura da entidade do que a informação puramente baseada em rece-
bimentos e pagamentos em caixa ao longo desse mesmo período.
Letra d.

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014. (VUNESP/CÂMARA DE DOIS CÓRREGOS-SP/DIRETOR CONTÁBIL/2018) Em uma


empresa, uma das características essenciais de um ativo é
a) gerar benefícios econômicos para a entidade.
b) ser um recurso decorrente de evento futuro.
c) ser de propriedade legal.
d) ter sido utilizado para liquidar um passivo.
e) ter forma física.

Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se
espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.
O ativo não precisa ser de propriedade da empresa, basta estar sob o seu controle; contudo, o
ativo deve gerar benefícios econômicos futuros.
O benefício econômico futuro incorporado a um ativo é o seu potencial em contribuir, direta ou
indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade. Tal potencial pode
ser produtivo, quando o recurso for parte integrante das atividades operacionais da entidade.
Pode também ter a forma de conversibilidade em caixa ou equivalentes de caixa ou pode ainda
ser capaz de reduzir as saídas de caixa, como no caso de processo industrial alternativo que
reduza os custos de produção.
Letra a.

015. (VUNESP/IPSM/CONTADOR/2018) Assinale a alternativa que apresenta a resposta


correta para a seguinte questão:
O governo, os acionistas, os gestores e a comunidade, representada por associações profis-
sionais e entidades de classe, dentre muitas outras entidades, são usuários da Contabilidade?
a) Não, pois, a comunidade não tem interesse na informação contábil das organizações.
b) Sim, no caso de acionistas e gestores apenas.
c) Sim, todas essas entidades são usuárias potenciais da informação contábil.
d) Sim, no caso do governo e acionistas apenas.
e) Não, pois, entidades de classe e da comunidade não tomam decisões que envolvam empresas.

A contabilidade fornece informação de propósito geral aos usuários internos e externos. Os


usuários têm interesse específico nas informações, ou seja, cada usuário tem o seu objetivo
na informação.
Os usuários internos recebem as informações por meio de relatórios e planilhas internas, de
forma tempestiva; já os usuários externos recebem as informações pontualmente, por meio
das demonstrações contábeis.

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Conceitos Básicos
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Os usuários internos são representados pela assembleia dos sócios (sócios ordinários), pelo
conselho de administração e pela alta diretoria; já os usuários externos são os sócios preferen-
ciais, investidores, bancos, clientes, fornecedores, governo, a sociedade onde a empresa está
estabelceda, entre outros.
Letra c.

016. (VUNESP/IPSM/CONTADOR/2018) Considere a informação:


As demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das transações por
meio do grupamento dos seus efeitos em classes amplas de acordo com as suas caracterís-
ticas econômicas. Essas classes amplas são denominadas de elementos das demonstrações
contábeis.
Dentre esses elementos, existem aqueles relacionados à posição patrimonial e financeira de
uma entidade. Existem outros elementos, relacionados à mensuração do seu desempenho.
Tendo em vista a passagem destacada e o comentário subsequente, assinale a alternativa correta.
a) Os elementos mais relacionados à posição patrimonial e financeira estão representados no
Balanço Patrimonial, nas classes: Ativos; Passivos; Receitas e Custos.
b) Os elementos diretamente relacionados com a mensuração do desempenho na demonstração
do resultado são os recebimentos e os pagamentos de despesas.
c) O resultado da demonstração de resultado fornece a previsão do caixa do próximo período.
d) Ativos são futuros resultados econômicos que se espera obter de um agente.
e) O Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado não se relacionam.

As demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das transações e


outros eventos, por meio do grupamento dos mesmos em classes amplas de acordo com as
suas características econômicas. Essas classes amplas são denominadas de elementos das
demonstrações contábeis.
• Os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição patrimonial e finan-
ceira no balanço patrimonial são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido e serão
apresentados no Balanço Patrimonial.
• Os elementos diretamente relacionados com a mensuração do desempenho na demons-
tração do resultado são as receitas e as despesas e serão apresentados na Demonstração
do Resultado do Exercício. A receita e a despesa apresentam o resultado econômico da
empresa.
O BP e a DRE se complementam, sendo o BP a representação da estática patrimonial e a DRE,
a representação da dinâmica do patrimônio. As receitas e despesas modificam a situação pa-
trimonial da empresa.
O ativo é um recurso presente controlado pela entidade como resultado de eventos passados
e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade;
Letra d.

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017. (VUNESP/IPSM/CONTADOR/2018) Assinale, dentre as alternativas apresentadas a


seguir, aquela que apresenta adequadamente o objetivo da Contabilidade.
a) A Contabilidade tem por objetivo o controle dos impostos a pagar.
b) A Contabilidade tem por objetivo gerar informações para o controle dos estoques das indústrias.
c) A Contabilidade tem por objetivo controlar as dívidas e os impostos a serem pagos.
d) A Contabilidade tem por objetivo o controle das obrigações trabalhistas e tributárias.
e) A Contabilidade tem por objetivo gerar informações para o apoio das decisões
econômico-financeiras.

Como muitas pessoas dependem das informações que uma empresa levanta, o objetivo da
contabilidade é:
“Fornecer informação de natureza econômica, financeira, operacional e social, que seja útil aos
usuários internos e externos nas suas tomadas de decisões”.
• Econômica: informação que apresenta o resultado apurado, as receitas e as despesas
que ocorreram no exercício.
• Financeira: informação relacionada com o fluxo dinheiro e a capacidade de pagamento
da empresa.
• Operacional: informação vinculada às atividades rotineiras da empresa, normalmente tem
relação com o uso do imobilizado na produção (máquinas, equipamentos) e as receitas
e despesas operacionais. Ajuda aos administradores em suas decisões operacionais.
• Social: Informação que apresenta quanto que a empresa contribuiu para o desenvolvi-
mento da sociedade/região onde está sediada, e como é sua política de recursos huma-
nos. Normalmente estas informações são apresentadas em notas explicativas e na DVA
(demonstração dos valores adicionados).
Letra e.

018. (VUNESP/EBSERH/CONTADOR/2020) Segundo a estrutura conceitual da contabilidade,


a informação contábil-financeira que é capaz de fazer diferença nas decisões que possam
ser tomadas pelos usuários é considerada
a) tempestiva.
b) correta.
c) relevante.
d) verdadeira.
e) oportuna.

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Dentro das informações fundamentais; uma informação é RELEVANTE quando for capaz de
fazer diferença na decisão dos usuários, sendo que uma informação é capaz de fazer diferença
quando tem valor preditivo, confirmatório ou ambos.
Letra c.

019. (VUNESP/MORRO AGUDO-SP/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2020) De acordo


com a Estrutura Conceitual da Contabilidade, uma das características qualitativas fundamen-
tais da informação contábil financeira é a da
a) comparabilidade.
b) tempestividade.
c) relevância.
d) verificabilidade.
e) prudência.

As informações contábeis fundamentais são a RELEVÂNCIA e a REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA.


Letra c.

020. (VUNESP/FITO/CONTADOR/2020) Segundo a Estrutura Conceitual da Contabilidade,


a característica qualitativa da informação contábil que preceitua que a realidade econômica
deve ser apresentada, dentro do possível, de forma completa, neutra e livre de erro, é a ca-
racterística da
a) materialidade.
b) relevância.
c) representação fidedigna.
d) tempestividade.
e) compreensibilidade.

As informações contábeis fundamentais são a RELEVÂNCIA e a REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA.


Para representar fidedignamente uma informação, ela precisa demonstrar o fenômeno patri-
monial de forma completa, neutra e livre de erros.
Letra c.

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Claudio Zorzo

Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Análise Gerencial, Docência para Nível Superior,
Auditoria e Perícia Contábil. É ex-servidor público do Executivo Federal – Ministério do Exército e ex-
servidor público do Legislativo Federal – Assessor Parlamentar. Atualmente, é professor de Contabilidade
e Auditoria Pública e Privada.

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