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CONTABILIDADE
GERAL
Conceitos Básicos
Livro Eletrônico
Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Conceitos Básicos............................................................................................................................................................4
Origem da Contabilidade Moderna.........................................................................................................................4
Cenário Brasileiro Atual. . ..............................................................................................................................................5
Conceito de Contabilidade. . .........................................................................................................................................9
Objeto da Contabilidade. . ............................................................................................................................................14
Objetivo da Contabilidade. . .......................................................................................................................................26
Pronunciamentos Técnicos do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis)..........................32
CPC 00 R2 - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro.. ....................................................................................................................................................37
Capítulo 1 – Objetivo do Relatório Financeiro para Fins Gerais..........................................................41
Capítulo 2 – As Características Qualitativas de Informações Financeiras Úteis.....................45
Capítulo 3 – Demonstrações Contábeis e a Entidade que Reporta..................................................62
Capítulo 4 – Elementos das Demonstrações Contábeis. ........................................................................64
Capítulo 5 – Reconhecimento e Desreconhecimento. ...............................................................................71
Capítulo 6 – Mensuração.. ......................................................................................................................................... 74
Capítulo 7 – Apresentação e Divulgação........................................................................................................85
Capítulo 8 – Conceitos de Capital e Manutenção de Capital................................................................86
Resumo..............................................................................................................................................................................128
Questões de Concurso..............................................................................................................................................133
Gabarito.............................................................................................................................................................................139
Gabarito Comentado................................................................................................................................................. 140
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Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
Apresentação
Prezado(a) Aluno(a),
Tudo bem contigo?
Espero que sim, que esteja com saúde, com muita disposição e vontade de estudar.
Neste seu projeto pessoal, conte comigo.
Sou o professor Claudio Zorzo, ministro aulas de contabilidade, auditoria e mercado
financeiro para concurso público desde o ano de 2000, sendo que com dedicação exclusiva
à docência a partir de 2007, quando deixei o serviço público.
Sou contador, com cursos de especialização em controladoria, auditoria e análise das
demonstrações contábeis.
Hoje vamos começar as nossas aulas sobre a bela, dinâmica e atraente contabilidade.
Para ajudá-lo, e tenho certeza de que vou ajudá-lo, dividi este curso em aulas respeitando
uma visão acadêmica do conhecimento. Nas aulas apresentarei os conceitos técnicos, sem-
pre objetivos e direcionados para concursos, depois resolverei questões de provas anteriores
para embasar o conceito, conhecer e entender a “linguagem da banca”.
Nestas questões, que denomino de “DIRETO DO CONCURSO”, trabalharei com várias
bancas para que você consiga entender os conceitos de forma geral, sob várias vertentes de
interpretação.
Ao término de cada aula comentarei dezenas de questões de prova, especialmente da
banca VUNESP; nas questões de provas anteriores tratarei de assuntos que estão interligados
com a aula anterior, desta forma em todas as aulas reforçarei os conceitos básicos de tal
maneira que você vai acabar entendendo o que eles querem dizer e compreendendo a sua
efetividade dentro da ciência contábil.
Para atingir o objetivo das aulas, que é ajudar você entender e compreender a contabilidade
de forma que consiga ser aprovado no concurso.
Quem está assistindo às minhas aulas pode notar que busco destacar os pontos impor-
tantes de cada assunto, contudo, nunca esquecendo de frisar a necessidade de conhecer os
conceitos básicos da disciplina.
Este curso vai te ajudar, tenha certeza disto.
Muito bem, feita esta objetiva apresentação, vamos começar nossa primeira aula.
Preparado(a)?
Então vamos lá.
Desejo todo sucesso para você e que consiga atingir o seu objetivo final.
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Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
CONCEITOS BÁSICOS
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Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
Como a escola Italiana era muito teórica, tanto que é a base da ciência contábil, a esco-
la Americana direcionou seu estudos para o fornecimento de informações práticas para a
tomada de decisão, padronizando a informação contábil, de modo a facilitar a comparação
entre o desempenho das várias empresas por parte dos investidores. A essência da escola
Americana é o fornecimento de informações confiáveis, oportunas e compreenssíveis. Foi esta
escola a responsável pela divisão da contabilidade em financeira (demonstrações contábeis)
e gerencial (análise e custos).
A contabilidade financeira é voltada para geração de informações que atendam aos an-
seios do público externo, estas informações são apresentadas por meio das demonstrações
contábeis. A contabilidade gerencial visa fornecer informações aos administradores da em-
presa, ou seja, ao público interno, por meio do fornceimento de informações sobre os custos
e despesas em geral.
As duas escolas, Italiana e Amerciana, se complementam, ou seja, uma não contradiz a
outra, o que existe é uma evolução do objetivo da contabilidade, passando do mero controle
patrimonial para o fornecimento de informações úteis.
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
Com o advento da Lei 11.638/07, estabelece-se uma mudança de foco na legislação con-
tábil, onde o objetivo da contabilidade passa a ser a diminuição da assimetria informacional
por meio do fornecimento de informações fidedignas, tendo como base de sustentação os
padrões contábeis do IASB, destacando a primazia da essência econômica sobre a forma
jurídica, ou seja, a primazia do controle de um recurso sobre a sua propriedade.
A lei 11.941/09, que alterou a lei 11.638 e a lei 6.404, veio para fazer alguns ajustes tribu-
tários visando atender algumas solicitações do fisco federal.
Veja a seguinte síntese da evolução da contabilidade segundo as leis:
O Brasil vive hoje, portanto, um momento de nova transição e está norteando seus rumos
contábeis em direção às normas internacionais, afastando-se das normas norte americanas.
Esta atualização na nossa legislação era necessária, pois o Brasil é um País que recebe inves-
timentos externos de todo o mundo e o seu mercado mobiliário tem crescido consideravel-
mente. A cada ano um grande número de empresas nacionais está captando recursos com
investidores internacionais, por meio de parcerias, vendas de ações ou de outros instrumentos
financeiros, normalmente com taxas de juros baixas. O objetivo da captação de recursos é
melhorar a saúde financeira da empresa para conseguir atuar no mercado nacional e interna-
cional com as mesmas condições dos concorrentes.
Para conseguir captar recursos é necessário que uma empresa esteja preparada para
fornecer não só produtos competitivos como também informações de qualidade, seguras e
fidedignas, o que atualmente é feito pela apresentação das demonstrações contábeis e suas
respectivas notas explicativas. As demonstrações contábeis, que compõem o conjunto das
informações contábeis, devem ser preparadas em uma linguagem acessível ao maior número
possível de usuários da informação contábil, especialmente aos usuários externos.
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
A LEI 6.404/76 abarcava a escola norte americana. As leis 11.638/07 e 11.941/09 abarcam a
escola internacional.
Errado.
A Lei 6.404/76 foi elaborada tendo como base a escola americana de contabilidade e neste
momento se afastava da escola italiana. As alterações que ocorreram na Lei 6.404/76 buscaram
a convergência das normas nacionais às normas internacionais emitidas pelo IASB.
Assim, as alterações apresentadas pelas novas leis foram para adequá-la a escola internacional,
afastando-se da escola americana.
Errado.
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
As alterações promovidas pelas leis 11.638 e 11.941 não tiveram a finalidade de CRIAR ALTER-
NATIVAS, mas sim, de promover a convergência das normas nacionais às internacionais.
É importante destacar que a convergência às normas internacionais de contabilidade, no Brasil,
teve seu marco legal com a promulgação da Lei 11.638/2007, que determinou a adoção dos
padrões internacionais de contabilidade.
Errado.
Conceito de Contabilidade
O primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado na cidade do Rio de Janeiro,
em agosto de 1924, estabeleceu e formulou alguns conceitos oficiais para a contabilidade,
com o objetivo de dar uma formalidade oficial para a matéria.
Ficou estabelecido na reunião o seguinte conceito para a Contabilidade:
“Contabilidade é a ciência aplicada (social) que estuda a prática e as funções de orienta-
ção, de controle e de registro, relativos aos atos e aos fatos de administração econômica”.
Junto ao conceito de contabilidade foram formalizadas outras informações e conceitos
relacionados à disciplina; o interessante é que estes conceitos têm sido cobrados em provas
atualmente; os principais são:
• Escrituração: é o registro metódico dos fatos administrativos de ordem econômica.
• Contabilista: profissional versado nos estudos de Contabilidade; o profissional que exe-
cuta os trabalhos de Contabilidade.
• Contabilizar: significa organizar o patrimônio e as informações de acordo com as normas
contábeis, respeitando um processo sistemático.
• Digrafia: consiste em afirmar que a escrituração dos fatos será feita por partidas dobradas.
Destes conceitos básicos podemos inferir algumas informações que estudaremos nas
nossas aulas, por exemplo:
• A contabilidade é uma ciência social;
• O foco da contabilidade é administração econômica de atos e fatos;
• São escriturados somente os fatos, os atos são controlados;
• O profissional responsável deve ser um contabilista;
• Contabilizar é respeitar um sistema de informações contábeis;
• A digrafia contábil é aplicação do mecanismo de partidas dobradas, onde para toda apli-
cação de recurso deverá existir uma origem.
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Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
Como nosso objetivo nesta aula é tratar da ciência contábil, vou começar conceituan-
do ciência:
Na contabilidade a pessoa
é representada por uma
CONTA CONTÁBIL
Dentro da classificação de ciência, a contabilidade faz parte das ciências sociais, pois
trata de relacionamentos entre pessoas. Estas pessoas representam a origem e a aplicação
no patrimônio, dentro de uma sociedade, com implicações internas e externas dado que va-
riações nesse patrimônio afetam de alguma forma o meio em que ele está inserido.
Veja um conceito completo e atual de contabilidade:
É a ciência social que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades,
mediante o registro, a demonstração e a divulgação desses fatos, com o objetivo de oferecer infor-
mações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente
da gestão da riqueza patrimonial aos usuários (Hilário Franco).
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
Já sabemos que a contabilidade é uma ciência social. Social porque tem relacionamento
envolvido; ciência porque tem um objeto, objetivo, finalidade, campo de aplicação e um axioma
básico. Agora vamos ver os seguintes pontos da excitante contabilidade:
• Objeto – Patrimônio
• Objetivo – Fornecer informações
• Finalidade – Controlar o patrimônio
• Campo de aplicação – Qualquer pessoa física ou jurídica
• Princípio básico – Partidas dobradas
Vimos que toda ciência social trata de relacionamentos; na contabilidade não é diferente,
ela trata do relacionamento entre contas que compõem o patrimônio, por meio de débitos e
créditos; estes débitos e créditos representam a essência do ato de registar o que a contabi-
lidade está disposta a demonstrar.
Por isto é necessário que você saiba que a contabilidade como ciência social trata do
patrimônio por meio de conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições
de generalidade, certeza e busca das causas.
• Metodologia Racional, pois possui uma sistemática própria (objeto, objetivo e finalidade)
e aplica-se a algo prático.
• Generalidade, pois trata de informações para qualquer pessoa, não há um usuário específico.
• Certeza, pois a informação deve ser fidedigna e factual, embasada em fatos.
• Busca de causas, pois deve ser provado cada fato com documentos que lhe originaram.
Estas qualidades que fazem com que contabilidade como ciência se distinga da escrituração
contábil, pois a escrituração é um meio técnico e disciplinado para registrar a movimentação
dos fatos patrimoniais e de evidenciá-los, enquanto que a ciência se ocupa do fenômeno pa-
trimonial e da explicação do que ocorre com o patrimônio em suas muitas transformações,
com lastro em teorias, teoremas, e de um conjunto de conceitos.
A seguir vou apresentar uns excertos de questões de provas e algumas questões, para
que você consiga visualizar como as bancas têm cobrado o assunto. Quando eu for tratar do
assunto, conforme a visão da banca, utilizarei a expressão “direto do concurso”.
Entenda que o objetivo principal do “direto do concurso” não é somente avaliar o conheci-
mento, mas também, apresentar o assunto conforme ele foi cobrado nas provas. É para você
se familiarizar com a linguagem das bancas.
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Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
A contabilidade como ciência social trata do patrimônio por meio de conhecimentos obtidos
por metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e busca das causas.
Certo.
Contabilidade é a ciência social que, por meio de metodologia própria, estuda, controla e inter-
preta os fatos ocorridos no PATRIMÔNIO das aziendas, mediante o registro, a demonstração e a
divulgação desses fatos, com o de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas
variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial aos usuários.
Errado.
A assertiva é bem simples, pois basta saber que a contabilidade é uma ciência social e não
ciência exata.
Errado.
A CONTABILIDADE é uma ciência social que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no
patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração e a divulgação desses fatos, com
o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado
econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial aos usuários.
Certo.
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
Note que novamente a banca quer tratar a contabilidade como uma ciência exata, contudo,
sabemos que ela é uma ciência social, pois trata de relacionamento entre as contas.
Errado.
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Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
Objeto da Contabilidade
O objeto delimita o campo de abrangência de uma ciência, tanto nas ciências formais
quanto nas factuais, das quais fazem parte as ciências sociais.
Na Contabilidade, que é uma ciência social, o objeto é sempre o PATRIMÔNIO de uma
Entidade, definido como um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com terceiros,
pertencente a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorre nas sociedades
informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independentemente da
sua finalidade, que pode, ou não, incluir o lucro.
Atenção, deixe a banca perguntar o que ela quiser e da forma que ela quiser, o OBJETO
DA CONTABILIDADE é sempre o PATRIMÔNIO.
Obs.: Patrimônio de forma simples é denominado de conjunto dos RECURSOS que repre-
sentam os bens, direitos e obrigações das pessoas.
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Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
Por Bens entende-se o conjunto de coisas que possuem valor econômico e que podem
ser convertidas em dinheiro; normalmente são utilizadas na realização do objetivo principal
da empresa. Estes bens podem ser tangíveis ou intangíveis.
Os bens tangíveis são de fácil identificação, querem ver.... levantem a cabeça e olhem ao
redor... quantas coisas vocês estão vendo. Identifiquem cinco coisas.
Eu fiz isto aqui no meu escritório e identifiquei:
1- Computador
2- Impressora
3- Mesa
4-Cadeira
5- 2 cachorros, o fredo e o floqui.
Agora entenda que estas coisas fazem parte do meu patrimônio, independentemente de
já terem sido pagas ou não. São meus bens tangíveis.
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
O intangível é que tem apresentado complicação na sua identificação, pois ele não tem
corpo e assim não é identificado visualmente e fica difícil mensurá-lo. A sua identificação é
feita por meio de contratos, documentos ou outra forma que evidencie a sua existência. Con-
tudo, somente quando identificado e controlado pela empresa pode ser registrado.
Como exemplo de bens intangíveis temos o capital intelectual, a marca, um direito de
exploração de um espaço comercial, direito de explorar uma franquia.
Direitos são os recursos que a empresa tem a receber ou a recuperar junto a terceiros;
representam os créditos da empresa junto aos terceiros.
Guarde o seguinte: Só existe direito em uma empresa porque alguém deve alguma coisa
para ela. Por exemplo: duplicata a receber, contas a receber, clientes, impostos a recuperar
entre outros.
Já as obrigações representam as dívidas, os valores que devem ser pagos pela empresa
junto aos terceiros.
As obrigações representam os débitos, por isto é um exigível, aquilo que empresa terá que
pagar para alguém. Por exemplo: contas a pagar, duplicatas a pagar, fornecedores, impostos
a recolher etc...
DÚVIDA DE SALA DE AULA: Estava ministrando aula em Goiânia, num curso onde tinham
alguns alunos iniciantes, pessoas que estavam tendo o primeiro contato com a matéria. Em
certo momento da aula, uma jovem, toda receosa, perguntou:
Não esqueça que o patrimônio é representado por contas contábeis. Abaixo apresento
uma pequena relação de contas com a sua identificação para que vocês consigam visualizar
a composição dos bens, direitos e obrigações:
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
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Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
Balanço Patrimonial
Passivo
Ativo
obrigações
bens + direitos
Patrimonio líquido
capital próprio
A lei 6.404/76, denominada “lei das Sociedades Anônimas”, que é muito cobrada nas provas
de concurso, pois trata da contabilidade societária, em seu artigo 178 apresenta o seguinte:
No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e
agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante; e
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado
e intangível.
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
I – passivo circulante;
II – passivo não circulante; e
III – patrimônio líquido.
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Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
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O problema é o inciso III do § 2, veja que segundo a Lei das S/As o patrimônio líquido faz
parte do passivo, como uma obrigação da empresa junto aos sócios.
Nós já vimos que para as normas contábeis o patrimônio líquido não representa uma
obrigação para a empresa, mas sim, um Resíduo Patrimonial.
A justificativa contábil é a de que o sócio não empresta dinheiro para a empresa; ele aplica
no capital social para que ocorra a maturação de seu investimento com a continuidade das
atividades; então, ele não quer “receber” o dinheiro de volta em um tempo pré-determinado,
como os terceiros querem; ele quer que seu investimento se valorize com o crescimento
da empresa.
O PULO DO GATO
Para não cair nas artimanhas da banca, fazendo uma relação entre a legislação (código civil e
lei 6.404) e as normas contábeis, podemos inferir que o passivo é dividido em exigível (dívidas
com terceiros) e não exigível (dívidas com os sócios).
Patrimônio
Ativo Passivo
Outro ponto que merece destaque em relação ao tema é a confusão feita entre patrimônio
e capital.
Entendo que a relação entre os conceitos de capital e patrimônio é complementar, pois o
patrimônio é originado do capital de alguém, ou seja, para existir patrimônio em uma empre-
sa alguém deve ter dado o seu capital para ela, desta forma, o capital de alguém é a origem
do ativo; sendo que o ativo pode ser originado do capital dos sócios (PL) ou do capital de
terceiros (passivo).
É importantíssimo entender que, contabilmente, capital representa uma riqueza de alguém,
e este alguém decidiu aplicar esta riqueza em uma empresa. Por isto que surgem expressões
como capital total aplicado, o capital de terceiros ou o capital próprio.
Todas estas expressões têm relação direta com o conceito de patrimônio.
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
Passivo =
capital de
terceiros
Ativo =
Capital a Empresa
disposição da
empresa (Azienda)
PL = capital
dos Sócios
PEGADINHA DA BANCA
As bancas gostam de confundir os concorrentes cobrando outras denominações para os com-
ponentes do patrimônio e capital. Para evitar que vocês sejam “enganados” apresento abaixo
uma relação de sinônimos:
Ativo
Passivo
Patrimônio Patrimônio
bruto Patrimônio de Líquido
terceiros
Capital total Capital próprio
Capital alheio
Capital aplicado Não exigível
Exigível
Realizável
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
A Contabilidade, que é uma ciência social, o objeto é sempre o PATRIMÔNIO de uma Entidade,
no entanto, o patrimônio também é objeto de outras ciências sociais que o estudam sob ângulos
diversos daquele da contabilidade.
Certo.
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
A questão tratou do conceito de patrimônio e de capital, para responder basta lembrar que
patrimônio é o conjunto dos bens, direito e obrigações e o capital é a origem do patrimônio.
O capital total é o patrimônio bruto da entidade, ou seja, o seu ativo, que foi originado pelo capital
de terceiros (passivo exigível) e pelo capital próprio (PL).
Assim, a questão apresentou o conceito de forma invertida, pois o patrimônio líquido é formado
pelo capital próprio, e o patrimônio é formado pelo ativo e passivo total.
Errado.
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Claudio Zorzo
Vimos na aula que o patrimônio é o conjunto dos bens, direitos e obrigações de uma entidade.
A letra “C” está errada porque valores não é o mesmo que direito.
Lembre-se de que as obrigações podem ser junto aos terceiros (passivo exigível) ou junto aos
sócios (patrimônio líquido).
Letra d.
A questão trata de um sinônimo de ativo, fica fácil demais responder; basta lembrar que o ativo
é o patrimônio bruto, que é o mesmo que capital aplicado. Mole, mole, mole...
Letra a.
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Claudio Zorzo
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma pessoa ou a uma entidade.
Representa a soma dos bens mais direitos mais obrigações de uma entidade.
Letra a.
Patrimônio É o conjunto de bens direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou jurí-
dica, com ou sem fins lucrativos.
Letra b.
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
O software é um ativo intangível sem substância física utilizado nas atividades da empresa.
Letra c.
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma pessoa física ou jurídica.
O PATRIMÔNIO das entidades é o objeto de estudo da contabilidade.
Letra c.
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Objetivo da Contabilidade
Antes de apresentar o objetivo da contabilidade: VAMOS LEMBRAR:
A contabilidade é uma ciência, isto quer dizer que tem: Objeto, objetivo, finalidade, usuários,
campo de aplicação e um princípio básico. É uma ciência SOCIAL, pois trata do relacionamento
entre pessoas, que são as contas.
A resolução 774/94 do CFC, apresentou sobre o objetivo da contabilidade a seguinte posição:
A existência de objetivos específicos não é essencial à caracterização de uma ciência, pois, caso
o fosse, inexistiria a ciência “pura”, aquela que se concentra, tão-somente, no seu objeto. Aliás, na
própria área contábil, encontramos muitos pesquisadores cuja obra não apresenta qualquer escopo
pragmático, concentrando-se na Contabilidade como ciência. De qualquer forma, como já vimos,
não há qualquer dificuldade na delimitação dos objetivos da Contabilidade no terreno científico, a
partir do seu objeto, que é o Patrimônio, por estarem concentrados na correta representação deste
e nas causas das suas mutações.
O objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentação do Patrimônio e na
apreensão e análise das causas das suas mutações. Já sob ótica pragmática, a aplicação da
Contabilidade a uma Entidade particularizada, busca prover os usuários com informações sobre
aspectos de natureza econômica, financeira e física do Patrimônio da Entidade e suas mutações,
o que compreende registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob
a forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas, e outros meios.
De forma geral, no âmbito dos profissionais e usuários da Contabilidade, os objetivos desta, quan-
do aplicada a uma Entidade particularizada, são identificados com a geração de informações, a
serem utilizadas por determinados usuários em decisões que buscam a realização de interesses
e objetivos próprios.
O tema, tão claro no quadrante científico, comporta comentários mais minuciosos quando dire-
cionado aos objetivos concretos perseguidos na aplicação da Contabilidade a uma Entidade em
particular. Adentramos, no caso, o terreno operacional, regulado pelas normas.
Assim, como muitas pessoas dependem das informações que uma empresa levanta, o
principal objetivo da contabilidade é:
Fornecer informação de natureza econômica, financeira, operacional e social, que seja útil aos
usuários internos e externos.
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O PULO DO GATO
Fiquem atentos: A contabilidade fornece informações para usuários internos e externos. As
demonstrações contábeis são destinadas aos usuários externos.
informações
Usários Internos
tempestivas
Informações
contábeis
informações
Externos
pontuais
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É importante entender que devido a sua amplitude, a informação contábil se expressa por
diferentes meios, como demonstrações contábeis, escrituração ou registros permanentes e
sistemáticos, documentos, livros, planilhas, listagens, notas explicativas, mapas, pareceres,
laudos, diagnósticos, prognósticos, descrições críticas ou quaisquer outros utilizados no
exercício profissional ou previstos em legislação.
Para que sejam apresentadas informações que atendam aos interesses da coletividade,
o pronunciamento conceitual básico da contabilidade determina que para ser útil, ela precisa
ser relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar.
DÚVIDA DE SALA DE AULA: Estava ministrando aula em Porto Alegre é um aluno fez o
seguinte questionamento:
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De certa forma, seria algo fora da lógica a administração depender das demonstrações
contábeis para tomar suas decisões operacionais. Concordam comigo?
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Conceitos Básicos
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Conceitualmente a contabilidade é uma ciência social que estuda, administra e controla o pa-
trimônio de qualquer pessoa a fim de fornecer informações.
Não se encaixa dentro dos objetivos da contabilidade auxiliar os acionistas a avaliar os funcionários.
As demais assertivas têm relação com a ciência contábil.
Letra d.
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Conceitos Básicos
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O objetivo da contabilidade é fornecer informações que sejam uteis aos usuários internos
e externos.
Letra a.
O objetivo da contabilidade é fornecer informações que sejam uteis aos usuários internos e
externos em suas tomadas de decisão.
Letra c.
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Claudio Zorzo
A questão tratou de vários conceitos relacionados com a contabilidade, contudo como cobrava
o objetivo, ficou fácil a resposta, pois vimos que o objetivo da contabilidade é o fornecimento
de informações, para usuários internos e externos de forma que consigam planejar e controlar
suas ações e tomar decisões.
Letra d.
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
O CPC é totalmente autônomo das entidades representadas, sendo que o Conselho Fe-
deral de Contabilidade fornece a estrutura necessária para as reuniões e os seus membros,
na maioria contadores, não auferem remuneração.
O comitê foi criado pela Resolução CFC n. 1.055/05, e tem como objetivo:
O PULO DO GATO
O CPC não emite normas.
O CPC emite Pronunciamentos Técnicos sobre contabilidade para permitir a emissão de nor-
mas pelas entidades reguladoras brasileiras, visando à centralização e à uniformização do seu
processo de produção de informações.
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Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
Efeitos das mudanças nas taxas
CPC 02 de câmbio e conversão de 03/09/2010 07/10/2010
demonstrações contábeis
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CPC 03 03/09/2010 07/10/2010
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CPC 05 03/09/2010 07/10/2010
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Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
Exploração e Avaliação de
CPC 34
Recursos Minerais (Não editado)
Contabilidade em Economia
CPC 42 07/12/2018 21/12/2018
Hiperinflacionária
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Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
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CPC 49 Contábil de Planos de Benefícios 06/04/2018 18/04/2018
de Aposentadoria
Contabilidade para Pequenas e
CPC PME Médias Empresas com Glossário 04/12/2009 16/12/2009
de Termos
Está correta a letra “E”; o CPC não emite norma para o mercado, ele se pronuncia sobre assun-
tos específicos. Quem normatiza são as autarquias reguladoras, como o CFC, a CVM, o Bacen.
O CPC é um órgão autônomo, não tem vinculação com nenhuma instituição pública ou privada.
Letra e.
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Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
PEGADINHA DA BANCA
Quando for observado um conflito entre a estrutura conceitual e um pronunciamento técnico,
as exigências do pronunciamento técnico devem prevalecer sobre a estrutura conceitual. As
bancas tentam enganar o aluno dizendo que o pronunciamento básico se sobrepõe aos demais
pronunciamentos técnicos.
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Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
Para responder isto devemos entender que ela busca apresentar conceitos que ajudam
suprir a necessidade de informações que contribuem para a transparência ao melhorar a
comparabilidade internacional e a qualidade de informações financeiras, permitindo que os
investidores e outros participantes do mercado tomem decisões econômicas fundamentadas;
Com a apresentação destes conceitos ela atende as seguintes finalidades:
a) auxiliar o desenvolvimento das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) para que
tenham base em conceitos consistentes;
b) auxiliar os responsáveis pela elaboração (preparadores) dos relatórios financeiros a
desenvolver políticas contábeis consistentes quando nenhuma norma se aplica à determina-
da transação ou outro evento, ou quando a norma permite uma escolha de política contábil;
c) auxiliar todas as partes a entender e interpretar as normas.
Você viu que as finalidades estão diretamente vinculadas ao suporte e ao auxílio na ela-
boração dos pronunciamentos e até mesmo de normas pelos organismos normatizadores.
Para atender estas finalidades, sendo essencialmente um arcabouço conceitual, o CPC
“00 R2” é dividido nos seguintes capítulos:
Capítulo 1- Objetivo do relatório financeiro para fins gerais;
Capítulo 2- As características qualitativas de informações financeiras úteis;
Capítulo 3- Demonstrações contábeis e a entidade que reporta;
Capítulo 4- Elementos das demonstrações contábeis;
Capítulo 5- Reconhecimento e desreconhecimento;
Capítulo 6- Mensuração;
Capítulo 7- Apresentação e divulgação;
Capítulo 8- Conceitos de capital e manutenção de capital.
Como a estrutura conceitual não é um procedimento técnico, não deve prevalecer, ela tem um
caráter de orientação. Guardem o seguinte: “quem manda são os pronunciamentos técnicos”.
Errado.
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Noções de Contabilidade Geral
Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
Podemos ver que a banca tratou o “CPC 00” como um pronunciamento técnico, o que não é
verdade, assim, a assertiva está errada.
Errado.
Questão idêntica às demais, contudo, sabemos que a estrutura básica não prevalece sobre os
pronunciamentos técnicos.
Errado.
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
Obs.: Informação é o conjunto de dados prontos para uso, obtido no registro, processamen-
to, análise e organização dos fatos contábeis, de forma que exerça uma alteração
(quantitativa ou qualitativa) no conhecimento de quem a recebe, reduzindo incertezas
e servindo de orientação.
O pronunciamento “00” destaca que muitos investidores e credores por empréstimo, não
podem requerer que as entidades que reportam a informação prestem a eles diretamente as
informações de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatórios financeiros de
propósito geral, para grande parte da informação contábil-financeira que buscam. Consequen-
temente, eles são os usuários primários, sem hierarquia de prioridade; para quem relatórios
contábil-financeiros de propósito geral são direcionados.
Segundo o CPC o foco dos relatórios financeiros está nos usuários que aplicam dinheiro
na empresa, ou seja, os fornecedores de capital; contudo, devemos entender que eles não
são os únicos usuários, já que o os clientes, os fornecedores, o governo, os sindicados repre-
sentando os funcionários e o governo utilizam as informações contábeis apresentadas para
atender suas necessidades específicas.
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
Agora é lógico que os relatórios de “propósito geral” não atendem e não podem atender
a todas as informações de que estes usuários necessitam, por isto eles precisam considerar
informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais e
expectativas, eventos políticos e clima político, perspectivas e panorama para a indústria e
para a entidade, evolução do mercado, concorrência etc.
Outras partes, como reguladores e o público em geral, que não investidores, credores por
empréstimos e outros credores, podem também considerar relatórios financeiros para fins
gerais úteis. Contudo, esses relatórios não são direcionados essencialmente a esses outros
grupos; que são denominados de usuários externos secundários.
Relatórios financeiros, para fins gerais, fornecem informações sobre a posição financeira
da entidade que reporta, as quais consistem em informações sobre os recursos econômicos
da entidade e as reivindicações contra a entidade que reporta; fornecem ainda informações
sobre os efeitos de transações e outros eventos que alteram os recursos econômicos e rei-
vindicações da entidade que reporta. Ambos os tipos de informações fornecem dados úteis
para decisões referentes à oferta de recursos à entidade.
Contudo, os relatórios para fins gerais não se destinam a apresentar o valor da entidade
que reporta, mas fornecem informações para auxiliar investidores, credores por empréstimos
e outros credores, existentes e potenciais, a estimar o valor da entidade que reporta.
O PULO DO GATO
Os governos, órgãos reguladores ou autoridades tributárias, financiadores, por exemplo, podem
determinar especificamente exigências para atender a seus próprios interesses. Daí surgem os
relatórios de propósito específico. São relatórios específicos por atenderem somente um usuário.
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
A assertiva destaca que os relatórios são destinados aos usuários internos e externos, o que
não é verdade. Nós vimos que as demonstrações são direcionadas aos usuários externos.
Errado.
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Conceitos Básicos
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Os relatórios são elaborados para atender as necessidades dos usuários externos, especialmente
os investidores. Em nossa aula vimos que estes relatórios não atendem todas as necessidades
dos usuários.
Agora é lógico que os relatórios de “propósito geral” não atendem e não podem atender a todas
as informações de que estes usuários necessitam, por isto eles precisam considerar informação
pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais e expectativas,
eventos políticos e clima político, perspectivas e panorama para a indústria e para a entidade,
evolução do mercado, concorrência etc.
Errado.
Os relatórios objetivam fornecer informações aos usuários externos, especialmente aos investi-
dores, contudo, estas informações devem ser melhoradas com outras fontes. Assim, a assertiva
está correta, pois os relatórios não atendem todas as necessidades dos usuários.
Certo.
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Conceitos Básicos
Claudio Zorzo
III – O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de transações e outros even-
tos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a
informação nos períodos em que ditos efeitos são produzidos.
IV – Comparabilidade é a característica qualitativa que define o uso dos mesmos métodos para
os mesmos itens, tanto de um período para outro, considerando a mesma entidade que reporta
a informação, quanto para um único período entre entidades.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
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Conceitos Básicos
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A estrutura básica inicial passou por algumas mudanças na sua revisão “R1”, dentre as
modificações estabelecidas destacam-se:
1) A característica qualitativa da confiabilidade passou a ser denominada de Represen-
tação fidedigna;
2) A característica da “Essência sobre a Forma” foi retirada da condição de componente
separado da Representação Fidedigna, uma vez que foi considerada uma redundância, já que
para ser fidedigna a informação deve priorizar o controle sobre a propriedade;
3) A característica da prudência (ou conservadorismo) foi retirada na revisão, pois ela é
inconsistente com o atributo da neutralidade.
As caraterísticas qualitativas são divididas em fundamentais e de melhoria, da seguinte forma:
a) Características qualitativas fundamentais (fundamental qualitative characteristics–
relevância e representação fidedigna), as mais críticas; e
b) Características qualitativas de melhoria (enhancing qualitative characteristics – compa-
rabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade), menos críticas, mas ainda
assim altamente desejáveis.
O CPC 00 – estrutura conceitual já passou por duas revisões, sendo que a revisão R2 não mudou
nenhum conceito, somente alterou o nome da caraterística da VERIFICABILIDADE para CAPA-
CIDADE DE VERIFICAÇÃO e reincluiu a prudência como atributo da neutralidade.
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Assim, se a informação é para ser útil, ela precisa ser relevante e representar com fide-
dignidade o que se propõe; ela deve representar adequadamente a “fotografia” da situação
patrimonial e financeira da entidade, devendo ser confiável e sem vieses. Por isto as caracte-
rísticas qualitativas fundamentais das informações são relevância e representação fidedigna,
pois uma representação fidedigna de um acontecimento irrelevante é tão inútil quanto uma
representação não fidedigna de um acontecimento relevante.
Fundamental Relevante
Informação útil
Fidedigna
Informação Relevante
A informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo no caso do usuário
decidir não a levar em consideração ou até mesmo se já tiver tomado ciência de sua existência
por outras fontes, contudo a decisão pela importância da informação deve ser do usuário, a
empresa tem a obrigação de prestar a informação.
EXEMPLO
Um gestor de fundos de investimento decide aplicar nas debêntures de uma empresa, pois ela
está distribuindo um lucro acima do esperado. Para tomar a sua decisão ele considera somente
os dados apresentados nas Demonstrações e nas notas explicativas.
Após a compra dos títulos é divulgado pela administração da empresa que ela irá reconhecer
uma despesa por dano ambiental em relação a um sinistro ocorrido no ano anterior.
Sabe-se que o fato gerador da despesa foi um vazamento, que causou um dano ambiental,
ocorrido anteriormente e a administração não divulgou esta informação.
Note que se o gestor do fundo tivesse esta informação ele não teria comprado as debêntures, pois
as despesas irão diminuir o lucro e por consequência diminuir a distribuição aos debenturistas.
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A informação relevante é capaz de fazer diferença nas decisões dos usuários se tiver valor
preditivo, valor confirmatório ou ambos. A informação contábil-financeira tem valor preditivo
se puder ser utilizada como dado de entrada em processos empregados pelos usuários para
predizer futuros resultados. A informação contábil-financeira tem valor confirmatório se retro-
-alimentar – servir de feedback – avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las).
Por valor confirmatório de uma informação entende-se a condição de que o usuário com
a informação possa verificar a efetividade das ações da administração, ou seja, se foram atin-
gidos os objetivos estabelecidos. A informação deve ajudar a confirmar se a administração
fez o que queria fazer.
O valor preditivo de uma informação está relacionado com a condição de que ela irá servir
de direcionador nas decisões que serão tomadas elos usuários.
O valor confirmatório da informação tem relação com o passado e o valor preditivo com
o futuro, por isto devem ser analisadas em conjunto de forma inter-relacionadas, pois a ca-
pacidade de fazer predições é efetivada a partir do momento da possibilidade de confirmar
as predições feitas anteriormente.
Por exemplo, a informação sobre a composição do ativo e sobre a receita da empresa
auxilia ao usuário a predizer a capacidade de geração de riqueza da entidade com base em
seu ativo, tendo assim um indicador sobre o possível retorno do investimento a ser feito.
O Pronunciamento destaca também que a relevância da informação é afetada pela sua
materialidade. A materialidade está relacionada com a mudança de uma decisão, pelo usuá-
rio, devido ao conhecimento de uma informação, por isto tem relação com a natureza e a
magnitude do que está sendo informado.
A informação contábil-financeira será material quando a sua omissão ou a sua divulgação
de forma distorcida (mistating) influenciar nas tomadas de decisões dos usuários das infor-
mações. Ela é considera um aspecto de relevância específico da entidade e, por essa razão,
não é possível especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou predefinir o
que seria jugado material em uma situação concreta.
Normalmente a materialidade de uma informação está diretamente relacionada com o
julgamento profissional do usuário, devido a isto deve ser analisado caso a caso para definir
se uma informação é material ou não.
Em alguns casos, a natureza das informações, por si só, é suficiente para determinar a
sua relevância. Por exemplo, reportar uma nova linha de produtos que a entidade venha a
operar pode afetar a avaliação dos riscos e oportunidades com que a entidade se depara,
independente dos valores envolvidos.
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Em outros casos, a materialidade é importante pelo valor envolvido. Por exemplo, a empresa
tem estoque composto por vários produtos, sendo que os produtos mais valorados não tem
mercado atuante e tendem a não se realizarem rapidamente, assim é importante destacar
esta informação pelos valores envolvidos.
Esta convenção contábil é de extrema importância para a relação custo-benefício, pois
desobriga um tratamento mais rigoroso para aqueles itens cujo valor monetário é pequeno
dentro dos gastos totais, assim, itens imateriais não necessitam de um controle efetivo.
O PULO DO GATO
A materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade com base na natureza ou mag-
nitude, ou ambas, dos itens aos quais as informações se referem no contexto do relatório financeiro
da entidade individual. Consequentemente, não se pode especificar um limite quantitativo uniforme
para materialidade ou predeterminar o que pode ser material em uma situação específica.
Representação Fidedigna
Representar fidedignamente um evento econômico quer dizer ser fiel ao fato, de forma neutra
e sem um viés informacional, de forma mais simples, é falar a verdade, o que realmente acorreu.
A representação fidedigna, anteriormente denominada de “confiabilidade”, é definida como
a qualidade da informação que garante aos usuários uma mensagem livre de erro e de viés
e que represente fielmente o que se pretende informar.
Conforme orientação normativa, a representação fidedigna deve priorizar a essência da
transação em detrimento da forma, ou seja, os eventos devem ser apresentados de acordo com
a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua forma legal. Disto podemos
inferir que o controle sobre um bem ou direito, suplanta a propriedade, quando da divulgação
das informações.
Assim, para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter
três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.
• Completa: “deve incluir toda a informação necessária para que o usuário compreenda o
fenômeno sendo retratado, incluindo todas as descrições e explicações necessárias”.
• O retrato da realidade econômica completo deve incluir toda a informação necessária para
que o usuário compreenda o fenômeno sendo retratado, incluindo todas as descrições
e explicações necessárias.
• Por exemplo, um retrato completo de um grupo de ativos incluiria, no mínimo, a descri-
ção da natureza dos ativos que compõem o grupo, o retrato numérico de todos os ativos
que compõem o grupo, e a descrição acerca do que o retrato numérico representa (por
exemplo, custo histórico original, custo histórico ajustado ou valor justo).
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• Livre de erros: não pode haver erros ou omissões relevantes no fenômeno retratado.
• Um retrato da realidade econômica livre de erros significa que não há erros ou omissões
no fenômeno retratado, e que o processo utilizado, para produzir a informação reportada,
foi selecionado e foi aplicado livre de erros.
• Assim, representação fidedigna não significa exatidão em todos os aspectos. Nesse
sentido, um retrato da realidade econômica livre de erros não significa algo perfeitamente
exato em todos os aspectos. Por exemplo, a estimativa de preço ou valor não observável
não pode ser qualificada como sendo algo exato ou inexato. Entretanto, a representação
dessa estimativa pode ser considerada fidedigna se o montante for descrito claramente
e precisamente como sendo uma estimativa, se a natureza e as limitações do processo
forem devidamente reveladas, e nenhum erro tiver sido cometido na seleção e aplicação
do processo apropriado para desenvolvimento da estimativa.
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Novamente a questão é literal, basta saber que relevância e representação fidedigna são as
características fundamentais da informação contábil. “É só correr para o abraço”.
Letra d.
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Vimos na aula que para ser útil, a informação contábil-financeira deve ter as características fun-
damentais da relevância e da representação fidedigna. Assim, ela não tem só que representar
um fenômeno relevante, mas tem também que representar com fidedignidade o fenômeno que
se propõe representar.
Letra b.
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Para ser representação fidedigna, a realidade da informação retratada precisa ter três atributos.
Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.
Letra a.
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A aplicação das características qualitativas de melhoria é um processo interativo que não segue
uma ordem preestabelecida e nem existe hierarquia entre os atributos. Algumas vezes, uma
característica qualitativa de melhoria pode ter que ser diminuída para maximização de outra
característica qualitativa. Por exemplo, a redução temporária na comparabilidade como resul-
tado da aplicação prospectiva de uma nova norma contábil-financeira pode ser vantajosa para
o aprimoramento da relevância ou da representação fidedigna no longo prazo.
Comparabilidade
A comparabilidade é a característica qualitativa de melhoria que visa fazer com que os
usuários identifiquem e compreendam as semelhanças e as diferenças entres as informações
e dados apresentados e divulgados.
As decisões de usuários implicam escolhas entre alternativas, como, por exemplo, vender
ou manter um investimento, ou investir em uma entidade ou noutra. Consequentemente, a
informação acerca da entidade será mais útil caso possa ser comparada com informação
similar sobre outras entidades e com informação similar sobre a mesma entidade para outro
período ou para outra data.
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A COMPARABILIDADE tem como necessidade própria precisar de pelo menos dois itens para
efetivar a comparação.
Assim, por uma questão de lógica, se o objetivo é comparar, existe a necessidade de ter
um dado em mãos para comparar com outro dado, e assim inferir sobre algo. O atributo da
comparabilidade permite que sejam comparadas informações com outras entidades ou com
a mesma entidade, entre mais de um período.
Outro ponto importante da comparabilidade é que ela não se confunde com o atributo da
consistência ou de uniformidade.
É normal as bancas apresentarem que comparabilidade é o mesmo que consistência ou
que uniformidade.
Consistência, embora esteja relacionada com a comparabilidade, não significa o mesmo.
Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, tanto de um pe-
ríodo para outro considerando a mesma entidade que reporta a informação, quanto para um
único período entre entidades. Comparabilidade é a meta; a consistência auxilia a alcançar
essa meta.
Comparabilidade também não significa uniformidade. Para que a informação seja compa-
rável, coisas iguais precisam parecer iguais e coisas diferentes precisam parecer diferentes.
A comparabilidade da informação contábil-financeira não é aprimorada ao se fazer com que
coisas diferentes pareçam iguais ou ainda ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes.
Meu amigo (a) chamo a sua atenção para que entenda que manter a consistência não
quer dizer que a empresa não possa mudar algum critério. A consistência estabelece que a
empresa mantenha os MESMOS critérios dentro do exercício, e se está utilizando um critério,
este seja utilizado em todos os itens da mesma natureza. Por exemplo: se a empresa utiliza
em suas máquinas da linha de produção o critério da depreciação pelo número de unidades
produzidas, deve utilizar para todas as máquinas na linha de produção o mesmo critério. Se
a empresa faz estimativa de inadimplência para as contas a receber, deve fazer para todas
as contas a receber.
Qualquer mudança de critério que impacte de forma relevante nos dados apresentados
deve ser divulgada em notas explicativas junto com as demonstrações contábeis.
Na sua essência a comparabilidade deve possibilitar ao usuário o conhecimento da situa-
ção e evolução de determinada informação ao longo do tempo, numa mesma Entidade ou em
diversas Entidades, de tal forma que se obtenha condição para a melhor tomada de decisão.
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Capacidade de Verificação
Tempestividade
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Compreensibilidade
Então, para ser compreensível a informação deve ser divulgada com clareza e completude,
contudo, exige-se que o usuário saiba interpretar as informações, pois, as informações sobre
assuntos complexos que devam ser incluídas nas demonstrações contábeis, por causa da sua
relevância para as necessidades de tomada de decisão pelos usuários, não devem ser excluí-
das meramente sob o pretexto de que seriam difíceis para certos usuários as entenderem.
Relevante Importante
Fundamental
Fidedigna Verdadeira
Informação
contábil Compreensibilidade Entendível
Comparabilidade Analisável
De Melhoria
Verificabilidade Comprovável
Tempestividade Oportuna
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I – Está errado. Os relatórios de propósito emitidos pela empresa visam atender aos usuários
externos; os administradores que representam os usuários internos utilizam informações pon-
tuais e específicas.
II – Está correto. O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações que sejam
úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica,
por isto que são denominadas de relatórios de propósito geral.
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III – Está correto. As demonstrações contábeis são preparadas com base no pressuposto da
continuidade, ou seja, considerando que a empresa não tem a intenção, nem a necessidade de
entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações.
IV – Está errada. As informações sobre assuntos complexos que dificultam a compreensibilidade
para alguns usuários da contabilidade NÃO devem ser excluídas das demonstrações contábeis.
É o caso dos instrumentos financeiros sem um mercado ativo. A exclusão de informações so-
bre esses fenômenos dos relatórios contábil-financeiros pode tornar a informação constante
em referidos relatórios mais facilmente compreendida. Contudo, referidos relatórios seriam
considerados incompletos e potencialmente distorcidos.
Letra b.
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Aqui temos uma novidade. O CPC 00 R2 apresenta a necessidade da elaboração da DRA – De-
monstração dos Resultados abrangentes.
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Os ativos e passivos NÃO RECONHECIDOS, são os considerados contingentes, que não apare-
cem no balanço patrimonial, mas são divulgados em notas explicativas.
O PULO DO GATO
A empresa deve apresentar as demonstrações do período corrente e as demonstrações do
período anterior.
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Para que exista passivo, três critérios devem ser satisfeitos: a entidade tem uma obrigação,
a obrigação é de transferir um recurso econômico, a obrigação é uma obrigação presente que
existe como resultado de eventos passados
O primeiro critério para o passivo é que a entidade tenha a obrigação.
A obrigação é o dever ou responsabilidade que a entidade não tem a capacidade prática
de evitar. A obrigação é sempre devida à outra parte (ou partes).
A outra parte (ou partes) pode ser uma pessoa ou outra entidade, grupo de pessoas ou
outras entidades, ou a sociedade em geral.
Não é necessário conhecer a identidade da parte (ou partes) para quem a obrigação é devida.
Muitas obrigações são estabelecidas por contrato, legislação ou meios similares e são
legalmente exigíveis pela parte (ou partes) para quem são devidas.
Obrigações também podem resultar, contudo, de práticas usuais, políticas publicadas ou
declarações específicas da entidade se a entidade não tem capacidade prática de agir de
modo inconsistente com essas práticas, políticas ou declarações.
A obrigação que surge nessas situações é denominada, às vezes, “obrigação presumida”.
O segundo critério para um passivo é que a obrigação seja de transferir um recurso
econômico.
Para satisfazer a esse critério, a obrigação deve ter o potencial de exigir que a entidade
transfira um recurso econômico para outra parte (ou partes). Para que esse potencial exista,
não é necessário que seja certo, ou mesmo provável, que a entidade será obrigada a transferir
um recurso econômico – a transferência pode, por exemplo, ser obrigada somente se ocorrer
evento futuro incerto especificado.
É necessário somente que a obrigação já exista e que, em pelo menos uma circunstância,
exigirá que a entidade transfira um recurso econômico.
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É uma obrigação não exigível para a empresa, pois os direitos sobre o patrimônio líquido
são reivindicações contra a entidade que não atendem à definição de passivo.
Essas reivindicações podem ser estabelecidas por contrato, legislação ou meios similares,
e incluem, na medida em que não atendem à definição de passivo:
a) ações de diversos tipos emitidas pela entidade; e
b) algumas obrigações da entidade de emitir outro direito sobre o patrimônio líquido, como
dividendos e proventos.
Os elementos diretamente relacionados com o desempenho financeiro da entidade, são
as receitas e as despesas.
a) Receitas são aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em aumen-
tos no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a contribuições de detentores de direitos
sobre o patrimônio;
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b) Despesas são reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que resultam em re-
duções no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a distribuições aos detentores de
direitos sobre o patrimônio.
O resultado é frequentemente utilizado como medida de performance, desempenho ou
como base para outras medidas, tais como o retorno do investimento ou o resultado por ação.
Recurso
Ativo
controlado
Posição
Obrigação
patrimonial e Passivo
presente
financeira
Patrimônio Resíduo
elementos das Líquido patrimonial
"DC"
Ganho
Receitas
econômico
Desempenho
financeiro
Perda
Despesas
econômica
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O conceito de ativo é um recurso econômico controlado pela entidade como resultado de even-
tos passados.
Recurso controlado não precisa ser de propriedade da empresa, por exemplo, direito de uso de
uma marca, um ativo obtido por arrendamento mercantil financeiro.
Por resultado de eventos passados entendemos que deve ter corrido um fato contábil, onde
forma identificadas mensuradas as contas.
O ativo representa o potencial econômico da empresa e este potencial está relacionado com os
futuros benefícios econômicos esperados. Em suma, o ativo existe para gerar benefícios econô-
micos, ou seja, gerar lucro para a empresa, aumentando as receitas ou diminuindo as despesas.
Letra d.
A essência de um ativo é ter um potencial econômico embutido; caso ocorra um gasto que seja
improvável a futura geração de benefícios econômicos para a entidade, como é o caso de uma
perda econômica, com sinistros, doações etc. o elemento deverá ser reconhecido como despesa.
Letra b.
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063. (UFG/UFG/CONTADOR/2017) Até há bem pouco tempo, era comum conceituar Ativo
como o conjunto de bens e direitos, embora diversos autores afirmassem que a utilização
de um conceito simplificado se devia à formação ainda incipiente dos estudantes. O Ativo,
após a divulgação da estrutura conceitual para a elaboração e divulgação das demonstrações
contábeis, passa a ser um recurso
a) possuído por uma entidade, como resultado de eventos passados, e que apresenta valor de troca.
b) possuído por uma entidade, como resultado de eventos passados, e do qual se espera que
benefícios econômicos futuros fluam para essa entidade.
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c) controlado por uma entidade, como resultado de eventos passados, e do qual se espera que
benefícios econômicos futuros fluam para essa entidade.
d) controlado por uma entidade, como resultado de eventos passados, e que apresenta va-
lor de troca.
O valor pelo qual ativo, passivo ou patrimônio líquido é reconhecido no balanço patrimonial é
referido como o seu “valor contábil”.
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Conceitos Básicos
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O PULO DO GATO
Somente itens que atendem à definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido devem ser re-
conhecidos no balanço patrimonial. Similarmente, somente itens que atendem à definição de
receitas ou despesas devem ser reconhecidos na demonstração do resultado e na demonstração
do resultado abrangente. Contudo, nem todos os itens que atendem à definição de um desses
elementos devem ser reconhecidos.
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O PULO DO GATO
Para ser reconhecido como ativo ou passivo deve ser PROVÁVEL que o bem irá se realizar (ati-
vo) ou será exigida uma liquidação (passivo). Outro critério muito importante é que o elemento
deve ser mensurável. Quando a empresa não conseguir estabelecer um valor, mesmo que por
estimativa, não deve reconhecer o item nas demonstrações.
O conceito de probabilidade deve ser adotado nos critérios de reconhecimento para de-
terminar o grau de incerteza com que os benefícios econômicos futuros referentes ao item
venham a fluir para a entidade ou a fluir da entidade.
As avaliações acerca do grau de incerteza quanto a realização de um bem deve ser fei-
ta com base na evidência disponível quando as demonstrações contábeis são elaboradas,
ou seja, deve ser na data das demonstrações, o que ocorre normalmente no dia 31/12. Por
exemplo, quando for provável que uma conta a receber devida à entidade não será paga pelo
devedor, é então justificável, reconhecer uma estimativa de perda pela provável inadimplência
e dessa forma, reconhecer como despesa a esperada redução nos recebimentos (benefícios
econômicos esperados).
O segundo critério para reconhecimento de um item é que ele possua custo ou valor que
possa ser mensurado com confiabilidade. Em muitos casos, o custo ou valor precisa ser es-
timado; o uso de estimativas razoáveis é parte essencial da elaboração das demonstrações
contábeis e não prejudica a sua confiabilidade. Quando, entretanto, não puder ser feita esti-
mativa razoável, o item não deve ser reconhecido no balanço patrimonial ou na demonstração
do resultado.
Por exemplo, o valor que se espera receber de uma ação judicial pode enquadrar-se nas
definições tanto de ativo (direito) quanto de receita (ganho), assim como nos critérios pro-
babilísticos exigidos para reconhecimento. Todavia, se não é possível mensurar com confia-
bilidade o montante que será recebido, ele não deve ser reconhecido como ativo ou receita.
Desreconhecimento
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O PULO DO GATO
O desreconhecimento NÃO deve ser feito se a entidade aparentemente tiver transferido o ativo,
mas mantém exposição a significativas variações positivas ou negativas no valor dos benefícios
econômicos que podem ser produzidos pelo ativo, ou seja, ainda controla o recurso.
Capítulo 6 – Mensuração
Mensuração é o processo que consiste em determinar os montantes monetários (VALOR)
por meio dos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e
apresentados no balanço patrimonial e na demonstração do resultado.
Para conseguir estabelecer o valor de um elemento nas demonstrações contábeis, a
empresa deve selecionar uma base inicial de mensuração, ou seja, estabelecer o valor de
entrada do item.
Após o reconhecimento do valor do bem, a empresa ajusta este valor ao seu VALOR ATUAL
de acordo com a sua realização corrente (uso/perda/desvalorização etc), desta forma, no
término do exercício ao elaborar as demonstrações, a empresa deve apresentar o valor de
saída do bem pelo valor mais próximo do atual possível; mesmo que por estimativa.
• Valores de entrada: referem-se aos valores de obtenção dos elementos para seu primeiro
registro nas demonstrações.
• Valores de Saída: refletem os valores recebidos por um ativo ou gastos com um passivo,
na liquidação de um item.
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Custo Histórico
O custo histórico de ativo quando é adquirido ou criado é o valor dos custos incorridos na aqui-
sição ou criação do ativo, compreendendo a contraprestação paga para adquirir ou criar o ativo
mais custos de transação. O custo histórico de passivo quando é incorrido ou assumido é o valor
da contraprestação recebida para incorrer ou assumir o passivo menos custos de transação.
Como o custo histórico é reduzido para refletir o consumo do ativo e sua redução ao valor
recuperável, o valor que se espera que seja recuperado do ativo mensurado ao custo histórico
é, pelo menos, tão grande quanto o seu valor contábil.
Similarmente, como o custo histórico do passivo é aumentado quando se torna oneroso,
o valor da obrigação de transferir os recursos econômicos necessários para satisfazer à
obrigação não é maior do que o valor contábil do passivo.
Assim, o custo histórico do ativo e do passivo devem ser atualizado ao longo do tempo
para refletir, se aplicável:
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Valor Atual
O valor atual de um componente das demonstrações é o seu valor histórico ajustado pelas
alterações necessárias que ocorreram no exercício corrente.
Diferentemente do custo histórico, o valor atual de ativo ou passivo não resulta, mesmo
em parte, do preço da transação ou outro evento que deu origem ao ativo ou passivo, mas
sim, é o resultado as variações que ocorreram nos itens do patrimônio.
O valor atual é o valor histórico ajustado com o passar do tempo.
As mensurações ao valor atual fornecem informações monetárias sobre ativos, passivos
e respectivas receitas e despesas, utilizando informações atualizadas para refletir condições
na data de mensuração.
Devido à atualização, os valores atuais de ativos e passivos refletem as mudanças, desde
a data de mensuração anterior, em estimativas de fluxos de caixa e outros fatores refletidos
nesses valores atuais.
As bases de mensuração do valor atual incluem:
a) valor justo;
b) valor em uso de ativos e valor de cumprimento de passivos; e
c) custo corrente.
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a) Valor Justo
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de ativo ou que seria pago pela
transferência de passivo em transação ordenada entre participantes do mercado na data de
mensuração.
EXEMPLO
Uma empresa vai comprar uma máquina que está avaliada no mercado por $ 500.000,00; mas
ela, por ser cliente antigo consegue um desconto de $ 50.000,00.
Para a empresa, o valor justo da máquina é de $ 450.000,00, ou seja, o valor acordado entre as
partes, que neste caso, também é o custo histórico ou valor original.
O CPC 00 R2 destaca que o valor justo não reflete os custos de transação que seriam
incorridos na alienação final do ativo ou na transferência ou liquidação do passivo.
Vejamos o que quer dizer isto; vamos analisar o mesmo exemplo anterior, contudo, agora
a empresa tem que pagar $ 30.000,00 de frete e de custo para um perito instalar a máquina.
EXEMPLO
Uma empresa vai comprar uma máquina que está avaliada no mercado por $ 500.000,00; mas
ela, por ser cliente antigo consegue um desconto de $ 50.000,00, entretanto, terá que pagar $
30.000,00 de frete e instalação.
Os valores relacionados com a operação são os seguintes:
- valor de mercado da máquina = $ 500.000,00
- valor justo da máquina = $ 450.000,00
- custo histórico da máquina = $ 480.000,00
O custo do frete e da instalação não entram no valor justo da máquina, pois não estão relaciona-
dos com a máquina propriamente dita; mas entram no custo histórico, pois para ter a máquina
a empresa deverá pagar o frete e a instalação.
Isto ocorre no dia a dia quando você compra um produto na internet e tem que pagar frete; o
custo do produto é um o que está no site, este é ou valor justo; mas para chegar na sua casa
tem o frete, que aumenta o custo de aquisição, que na contabilidade é o custo original ou his-
tórico, ou seja, o custo de registro inicial do bem.
O valor justo é determinado pela perspectiva dos participantes do mercado e, não, pela pers-
pectiva específica da entidade.
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As informações fornecidas mensurando ativos e passivos ao valor justo podem ter valor
preditivo porque o valor justo reflete as atuais expectativas dos participantes do mercado so-
bre o valor, época e incerteza de fluxos de caixa futuros. Essas expectativas são precificadas
de modo que reflitam as atuais preferências de risco dos participantes do mercado. Essas
informações também podem ter valor confirmatório, fornecendo feedback sobre expectativas
anteriores.
Receitas e despesas que refletem as atuais expectativas dos participantes do mercado
podem ter algum valor preditivo, pois essas receitas e despesas podem ser usadas como dado
para prever futuras receitas e despesas. Essas receitas e despesas também podem ajudar
na avaliação da eficiência e eficácia da administração da entidade no cumprimento de suas
responsabilidades sobre o uso dos recursos econômicos da entidade.
O valor em uso é usado como base de mensuração do ativo, normalmente é o valor reali-
zável ou quanto que a empresa tem, economicamente, para utilizar um bem.
O valor em uso apresenta o valor real de um bem depois de ele já ter sido utilizado.
EXEMPLO
Uma empresa comprou uma máquina para produção por $ 800.000,00. Pagou também 100.000
de frete, montagem e instalação. Espera utilizá-la por 10 anos. Neste momento o valor justo é
de $ 800.000,00 e o custo original da máquina é de $ 900.000,00.
A cada ano a empresa deverá ajustar o custo original da máquina para demonstrar quanto ainda
é o valor em uso dela.
Como a empresa espera utilizá-la por 10 anos, a máquina irá ser usada economicamente (depre-
ciar) em $ 90.000,00 por ano.
Após um ano de uso a máquina estará com um valor em uso de $ 810.000,00, pois já foi utili-
zada em $ 90.000,00. Após 2 anos a máquina apresentará um valor em uso de $ 720.000,00,
pois já foi utilizada em $ 180.000,00; e assim por diante, até se passarem os 10 anos de uso e
o valor econômico da máquina for zero.
Durante o perídio de uso, a empresa pode reavaliar o valor em uso da máquina, por meio de um
teste de recuperabilidade, e ajustar o valor dela, se necessário.
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O valor em uso fornece informações sobre o valor presente dos fluxos de caixa estimados
do uso de ativo e de sua alienação final. Essas informações podem ter valor preditivo porque
podem ser utilizadas ao avaliar as perspectivas de futuros fluxos de entrada de caixa líquidos.
O valor de cumprimento fornece informações sobre o valor presente dos fluxos de caixa
estimados necessários para satisfazer o passivo. Assim, o valor de cumprimento pode ter
valor preditivo, particularmente se a obrigação for cumprida, em vez de transferida ou liqui-
dada por negociação.
As estimativas atualizadas de valor em uso ou valor de cumprimento, combinadas com
informações sobre estimativas do valor, época e incerteza de fluxos de caixa futuros, também
podem ter valor confirmatório porque fornecem feedback sobre as estimativas anteriores de
valor em uso ou valor de cumprimento.
c) Custo Corrente
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O PULO DO GATO
A estrutura conceitual não determina os critérios para utilizar uma ou outra base; entretanto,
destaca que ao escolher a base de mensuração a ser utilizada é necessário considerar a na-
tureza das informações que a base de mensuração produzirá nas demonstrações. Ou seja, a
seleção será feita com base no julgamento profissional.
Na maioria dos casos, nenhum fator único determina qual base de mensuração deve ser
escolhida. A importância relativa de cada fator depende de fatos e circunstâncias, assim, a
base de mensuração mais comumente adotada pelas entidades na elaboração de suas de-
monstrações contábeis é o custo histórico. Ele é normalmente combinado com outras bases
de mensuração.
Entretanto, o CPC destaca a necessidade da escolha da base de mensuração ser determi-
nada considerando-se tanto a mensuração inicial como a mensuração subsequente, sempre
de acordo com a relevância e a fidedignidade das informações apresentadas.
Por exemplo, os estoques são geralmente mantidos pelo menor valor entre o custo e o
valor líquido de realização, os títulos e valores mobiliários negociáveis podem em determina-
das circunstâncias ser mantidos a valor de mercado e os passivos decorrentes de pensões
são mantidos pelo seu valor presente.
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A essência sobre a forma foi retirada na revisão do pronunciamento conceitual por ser con-
siderada uma redundância, pois para a contabilidade a representação fidedigna exige que o
controle sobreponha a propriedade. A prudência foi excluída por ser contraria à neutralidade,
uma característica da representação fidedigna.
Certo.
Como vimos, na contabilidade atual prevalece a “essência econômica sobre a forma legal”, daí
podemos inferir que o controle sobrepõe a propriedade, desta forma um item pode estar no
ativo da empresa mesmo não sendo de sua propriedade legal.
O caso mais caraterizador da essência sobre a forma é o arrendamento mercantil financeiro,
onde a empresa é usufrutuária do bem, contudo a propriedade é da financeira (arrendadora).
Errado.
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Custo Histórico - Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes
de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição.
Custo Corrente - Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa
que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na
data do balanço.
Valor Realizável - Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa
que poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada.
Valor Presente - Os ativos são mantidos pelo valor descontado, dos fluxos futuros de entradas
líquidas de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações.
Letra e.
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O ativo não necessita ser de propriedade da empresa, entretanto, deve estar sob o seu controle.
Letra b.
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Conceitos Básicos
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Assim como custo restringe outras decisões de relatório financeiro, também restringe decisões
sobre apresentação e divulgação. Então, ao tomar decisões sobre apresentação e divulgação,
é importante considerar se é provável que os benefícios fornecidos aos usuários das demons-
trações contábeis ao apresentar ou divulgar informações específicas justifiquem os custos de
fornecer e utilizar essas informações.
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Financeiro Dinheiro
Conceito
de capital
Físico Produção
Exatamente, se vocês notarem o conceito de capital financeiro nada mais é que o valor do
PL; ou seja, o valor patrimonial da empresa. Assim, primeiro se estabelece o valor financeiro
para o ativo total, depois retira o total do passivo exigível e a sobra é o patrimônio líquido.
Este é o normal nas nossas empresas, avaliar o capital dos sócios pelo montante financeiro.
Contudo, o valor de mercado da empresa na Bolsa de Valores ou em outro mercado de
negociação pode ser mensurado com base no capital físico. Por isto que este conceito é mais
utilizado com ferramenta gerencial e de decisão.
O conceito de manutenção do capital está relacionado com a forma que a entidade de-
fine o capital que ele procura manter, assim, tem relação direta com o capital financeiro ou
capital físico.
• Manutenção do capital financeiro. De acordo com esse conceito, o lucro é considerado
auferido somente se o montante financeiro (ou dinheiro) dos ativos líquidos no fim do
período exceder o seu montante financeiro (ou dinheiro) no começo do período, depois
de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante
o período. A manutenção do capital financeiro pode ser medida em qualquer unidade
monetária nominal ou em unidades de poder aquisitivo constante.
O conceito financeiro de manutenção do capital não requer o uso de uma base específica
de mensuração. A escolha da base depende do tipo de capital que a entidade procura manter
e o lucro representa o aumento do capital nominal no período.
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Não entra a
movimentação com os
sócios.
• Manutenção do capital físico. De acordo com esse conceito, o lucro é considerado aufe-
rido somente se a capacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da entidade
(ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade) no fim do período
exceder a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas quaisquer
distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período.
Não entra
movimentação com os
sócios.
Produção Produção
Resultado
inicial final
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III – Todas as mudanças de preços, afetando ativos e passivos da entidade, são vistas, no con-
ceito de manutenção de capital físico, como mudanças na mensuração da capacidade financeira
da entidade, devendo ser tratadas como lucro.
A sequência CORRETA é
a) F, F, V.
b) F, V, F.
c) V, F, V.
d) V, V, F.
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Vimos na aula que os relatórios (demonstrações contábeis) são destinados aos usuários ex-
ternos, especialmente para os investidores e credores por empréstimos.
Os usuários internos tomam suas decisões com base nas informações coletadas de forma
tempestiva, durante o ano corrente, assim, não dependem das demonstrações contábeis.
Letra b.
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O item I está errado. Segundo o CPC 00 - um ativo é reconhecido no balanço patrimonial quan-
do for provável que benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a entidade e
seu custo ou valor puder ser determinado em bases confiáveis. Assim, não basta adquirir para
registrá-lo.
O item II está certo. Conforme apresente o CPC 00 as despesas são reconhecidas na demonstra-
ção do resultado com base na associação direta entre elas e os correspondentes itens de receita.
O item III está errado. O conceito físico de patrimônio está relacionado com a produção e não
com o capital financeiro.
Letra d.
A Lei 6.404-76 apresenta em seu artigo 177 no parágrafo 4º o seguinte sobre a escrituração:
Letra a.
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Vimos na aula que a contabilidade é uma ciência social e não uma ciência técnica, e que atual-
mente o objetivo da contabilidade, segundo a escola americana e a escola internacional, é o de
fornecer informações e a sua finalidade é o controle das transações.
Na minha visão, segundo a escola contábil atual, que é a escola internacional do IASB, os 3
itens estão errados, contudo, pelas respostas apresentadas, podemos por eliminação entender
que o questionador ainda segue a escola italiana, onde o objetivo era o controle patrimonial e
a finalidade era o fornecimento de informações.
Assim, somente o item III está errado.
Letra d.
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A única assertiva errada é a letra “D”, pois, atualmente, o objetivo da contabilidade é fornecer
informações de natureza econômica, patrimonial, financeira e física sobre o patrimônio e suas
modificações.
As pessoas físicas e jurídicas consideradas uma entidade são o campo de aplicação da
contabilidade.
Letra d.
Os item I e II estão certos. Entende-se por patrimônio o conjunto dos bens e direitos, que re-
presentam o lado ativo, e as obrigações, que representam o lado passivo do patrimônio de
uma entidade.
O item III está errado, pois o patrimônio não é APENAS o conjunto dos bens.
Letra b.
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A contabilidade é uma ciência social que tem por objeto o patrimônio da entidades. Assim, é
comum ela ser tratada como a ciência do patrimônio, então o item II está certo.
Na minha visão os itens I e III estão errados. Pois, no item I a banca destaca que a contabilida-
de é uma doutrina, isto não é certo, pois doutrinas são alicerces de uma ciência, normalmente
apresentadas como princípios.
No item III a banca destaca que a contabilidade é uma técnica e isto também não está certo,
como já falei, a contabilidade é uma ciência, que dentre suas funções tem a técnica da elabo-
ração das demonstrações contábeis para fins de revelação dos fatos que ocorreram.
O gabarito da banca deu que somente o item I está errado.
Letra d.
O VALOR PRESENTE é a base de mensuração que apresenta o valor futuro, dos componentes
do patrimônio, descontado dos juros embutidos.
Letra b.
A contabilidade é uma ciência social que tem como objeto de estudo o PATRIMÔNIO de qualquer
pessoa, seja física ou jurídica.
Letra a.
A contabilidade, por meio de seu processo contábil, levanta, mensura e analisa as informações
referentes aos atos e fatos administrativos; registrando em seus livros contábeis os fatos que
afetaram o patrimônio, qualitativa ou quantitativamente.
O item I, III e V estão corretos.
O item II está errado. A contabilidade tem como objetivo apresentar informações e não manter
o sigilo delas.
O Item IV está errado. A contabilidade tem como campo de aplicação o patrimônio de qualquer
entidade, seja pública ou privada, e não especificamente o patrimônio público.
Letra b.
Está correta a letra “E”; o CPC não emite norma para o mercado, ele se pronuncia sobre assun-
tos específicos. Quem normatiza são as autarquias reguladoras, como o CFC, a CVM, o Bacen.
O CPC é um órgão autônomo, não tem vinculação com nenhuma instituição pública ou privada.
Letra e.
A contabilidade é a ciência social que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patri-
mônio das entidades, mediante o registro, a demonstração e a divulgação desses fatos, com o
fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado
econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial aos usuários.
Para atingir seu objetivo a contabilidade necessita de que exista na empresa um sistema de
controle interno que consiga capturar e tratar as informações relacionadas com os fatos contá-
beis que afetam o PATRIMÔNIO, para que assim, as informações sejam apresentadas por meio
de relatórios e demonstrações contábeis.
Letra a.
c) O patrimônio de uma entidade contábil refere-se ao conjunto de bens e direitos que essa
entidade possui.
d) A finalidade da contabilidade resume-se em apurar se uma entidade contábil auferiu lucro
ou incorreu em prejuízo no período.
e) A contabilidade é um sistema de informação que permite o controle e o registro de atos e
fatos que alteram um patrimônio.
A contabilidade é uma ciência social que tem por como objeto de estudo o patrimônio, que
representa o conjunto dos bens, direitos e obrigações de uma entidade.
O objetivo da contabilidade é o de fornecer informações aos usuários internos e externos. Para
atender seu objetivo, a contabilidade se utiliza de um sistema de informações interno que permite
capturar, registrar e controlar os atos e fatos que afetam a situação patrimonial da empresa.
Letra e.
A contabilidade é uma ciência social que tem por como objeto de estudo o patrimônio, que
representa o conjunto dos bens, direitos e obrigações de uma entidade.
O objetivo da contabilidade é o de fornecer informações aos usuários internos e externos em geral.
Para atender seu objetivo a contabilidade se utiliza de um sistema de informações interno que
permite capturar, registrar e controlar os atos e fatos que afetam a situação patrimonial da
empresa, estas informações auxiliarão aos usuários em suas tomadas de decisões futuras.
Letra b.
A contabilidade é uma ciência social, que por meio de um sistema contábil, estuda e controla o
patrimônio de qualquer pessoa, seja física ou jurídica, com o objetivo de fornecer informações
úteis para tomada de decisão dos usuários das informações.
As informações fornecidas estão relacionadas com dados passados.
Letra c.
III – Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos e receitas da entidade, depois de deduzidas
todas as suas despesas.
Estão CORRETAS apenas as afirmativas:
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.
Esta questão está totalmente desatualizada, pois já estamos na segunda revisão do CPC 00.
Em 2008, o CPC 00 original previa 4 características que deveriam ser respeitadas no fornecimento
das informações; são elas: Compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade.
Contudo, em 2011, a estrutura básica inicial passou por algumas mudanças na sua revisão
denominada de “R1”, as caraterísticas qualitativas ficaram divididas em fundamentais e de
melhoria, da seguinte forma:
O objeto da contabilidade é o patrimônio, representado pelo ativo, passivo e pelo patrimônio líquido.
O CPC 00 é o documento técnico que apresenta os conceitos básicos sobre a contabilidade e
nele temos os seguintes conceitos sobre os elementos do patrimônio:
• Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de
eventos passados. Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir
benefícios econômicos.
• Passivo é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como
resultado de eventos passados.
• Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de
todos os seus passivos.
Assim, está errado somente o item III, pois o PL é deduzido das obrigações e não dos de-
mais custos.
Letra b.
A contabilidade é uma ciência social que trata dos relacionamentos, por meio de débitos e
créditos, das contas.
Letra d.
( ) Escrituração
( ) Fornecedor
( ) Entidade
( ) Resultado
( ) Patrimônio
Os usuários das informações apresentadas pela empresa são internos e externos. As demons-
trações são orientadas aos usuários externos, que são divididos em primários e secundários.
O CPC estabelece que o objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é fornecer
informações que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por emprésti-
mos e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos para a
entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações em instrumentos
patrimoniais e em instrumentos de dívida, e a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras
formas de crédito.
Estes usuários não podem requerer que as entidades prestem a eles diretamente as informa-
ções de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatórios contábil-financeiros de
propósito geral, para grande parte da informação contábil-financeira que buscam. Consequen-
temente, eles são os usuários primários para quem relatórios contábil-financeiros de propósito
geral são direcionados.
Letra b.
c) Fazer a diferença nas decisões dos usuários, podendo ser utilizados como dados de entrada em
processos empregados para predizer futuros resultados ou para confirmar as decisões tomadas.
d) Fornecer informações contábil-financeiras que sejam úteis para os investidores, para os
credores por empréstimos e para os outros credores, quando da tomada de decisão ligada ao
fornecimento de recursos para a entidade.
e) Garantir aos empregados e aos fornecedores da entidade que suas obrigações serão cumpridas.
O objetivo dos relatórios financeiros, ou seja, das demonstrações contábeis é fornecer infor-
mações aos usuários externos, principalmente, aos que aplicam dinheiro na empresa, de forma
que consiga atender aos seus anseios, no tocante a tomada de decisão sobre como e onde é
melhor investir.
Letra d.
A essência econômica sobre a forma jurídica determina que os ativos deverão ser registrados
na empresa que tiver o controle sobre os benefícios e riscos com a sua utilização, independen-
temente, da propriedade. É o controle sobre a propriedade.
Um exemplo é o arrendamento mercantil financeiro; a empresa arrendatária que “aluga” o bem,
tem o controle sobre ele, mas a propriedade é da financeira arrendadora que está fornecendo
o bem para o arrendatário.
A essência econômica sobre a forma jurídica foi retirada de componente da representação
fidedigna por ser redundante a sua inclusão, assim, a primazia passou a ser uma verdade para
a contabilidade, um axioma que deverá ser aplicado em todas nas análises patrimoniais.
Letra a.
Os relatórios financeiros são fornecidos aos usuários externos, especialmente, aos usuários
externos primários, que são os investidores existentes e em potencial, ou seja, as pessoas que
aplicam dinheiro na empresa.
Os órgãos reguladores, como o Bacen, a CVM, a ANAC etc. são usuários externos secundários.
Letra a.
Os usuários das informações contábeis são internos e externos; os usuários externos dependem
das informações apresentadas nos relatórios, eles não têm acesso tempestivo às informações,
são os que aplicam dinheiro na empresa e tem relações comerciais e de fiscalização com ela.
Já a administração, que representa os usuários internos, tem acesso tempestivo às informações,
ela não precisa esperar a divulgação das demonstrações para ter uma informação, pois pode
obtê-la internamente, sempre que necessário.
Letra d.
Os usuários externo primários são as pessoas que aplicam dinheiro na empresa, como os in-
vestidores existentes e em potencial e os credores financeiros existentes e potenciais.
Letra c.
Nas assertivas apresentadas, a que menos tem relação com a necessidade de informações
contábeis é a administração dos recursos escassos, isto é uma atividade financeira econômica
na prática. A empresa usa as informações para medir os recursos que possui; a partir daí parte
para administração financeira em si.
Letra d.
Os usuários externos primários são os que aplicam dinheiro na empresa, como os investidores
existentes e em potencial, e o credores financeiros, existentes e em potencial.
Letra e.
Os usuários das informações apresentadas pela empresa são internos e externos. As demons-
trações são orientadas aos usuários externos, que são divididos em primários e secundários.
O CPC estabelece que o objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é fornecer
informações que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por emprésti-
mos e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos para a
entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações em instrumentos
patrimoniais e em instrumentos de dívida, e a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras
formas de crédito.
Estes usuários não podem requerer que as entidades prestem a eles diretamente as informa-
ções de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatórios contábil-financeiros de
propósito geral, para grande parte da informação contábil-financeira que buscam. Consequen-
temente, eles são os usuários primários para quem relatórios contábil-financeiros de propósito
geral são direcionados.
Letra a.
A única relação errada é a da letra “C”, pois o governo, como usuário externo secundário, foca
no resultado econômico do exercício para avaliar a política tributária da empresa quanto aos
impostos que foram e deverão ser pagos.
Letra c.
O CPC 00 estabelece que as demonstrações contábeis são normalmente elaboradas com base
na suposição de que a entidade que reporta está em CONTINUIDADE operacional e continuará
em operação no futuro previsível. Assim, presume-se que a entidade não tem a intenção nem
a necessidade de entrar em liquidação ou deixar de negociar.
Letra a.
Vimos que o ATIVO é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado
de eventos passados. Sendo que um recurso econômico é um direito que tem o potencial de
produzir benefícios econômicos para a entidade.
Letra a.
O valor preditivo de uma informação está relacionado com a condição de que ela irá servir de
direcionador nas decisões que serão tomadas pelos usuários, ou seja, o usuários irá fazer as
suas próprias previsões com relação ao futuro.
Não esqueça que o valor confirmatório da informação tem relação com o passado e o valor
preditivo com o futuro, por isto devem ser analisadas em conjunto de forma inter-relacionadas,
pois a capacidade de fazer predições é efetivada a partir do momento da possibilidade de con-
firmar as predições feitas anteriormente.
Letra c.
Com relação às restrições o CPC estabelece que o CUSTO DA INFORMAÇÃO é uma restrição
generalizada sobre as informações que podem ser fornecidas pelo relatório financeiro.
O relatório de informações financeiras impõe custos, e é importante que esses custos sejam
justificados pelos benefícios de apresentar essas informações.
Assim, o gestor deverá sempre avaliar a relação custo benefício do fornecimento da informação
aos usuários.
Letra b.
c) valor contábil de todos os ativos reconhecidos menos o valor contábil de todos os passivos
reconhecidos.
d) valor que poderia ser levantado, vendendo todos os ativos da entidade e liquidando todos
os seus passivos.
e) valor que poderia ser levantado, vendendo a entidade como um todo em regime de continui-
dade operacional.
A riqueza líquida de uma empresa está no seu patrimônio líquido, e é representada pela equação:
ativo menos o passivo.
Letra d.
RESUMO
Meu amigo e minha amiga, nesta aula estudamos a evolução da contabilidade e os seus
conceitos básicos e a estrutura conceitual básica do CPC.
A seguir apresento objetivamente um resumo de nossa aula, começando pelos conceitos
básicos da contabilidade.
Incialmente vimos que a contabilidade é uma ciência social, que tem como objeto o patri-
mônio de qualquer pessoa azienda; tem como objetivo fornecer informações úteis aos usuá-
rios internos e externos e para conseguir isto, se utiliza de técnicas contábeis, respeitando o
mecanismo de partidas dobradas.
Veja no mnemônico abaixo as principais informações conceituais sobre a contabilidade
que você deve saber:
Objeto
Axioma
Objetivo
básico
Contabilidade
CIÊNCIA SOCIAL
Campo
de Finalidade
aplicação
Técnicas
Usuários contábeis
• Ciencia social: Trata do relacionamento entre pessoas, que são as contas contábeis, de
forma subjetiva.
• Objeto: patrimônio – conjunto dos bens, direitos e obrigações.
• Objetivo: fornecer informações úteis (relevantes e fidedignas) aos usuários internos e
externos.
• Finalidade: controlar o patrimônio para conseguir fornecer informações.
• Técnicas contábeis: escrituração, demonstrações contábeis, auditoria e análise das de-
monstrações contábeis.
• Usuários: internos – alta administração e externos (primários e secundários) – depen-
dentes das demonstrações da empresa.
• Axioma básico: mecanismo de partidas dobradas: para toda aplicação uma origem.
Características
qualitativas
Definição e mensuração
dos elementos.
Conceito de capital e
manutenção de capital
• Objetivo dos RCPG = Os relatórios têm por objetivo fornecer informações úteis aos usuá-
rios externos, por meio de relatórios financeiros de propósito geral.
Internos
Cont. Gerencial Alta administração
Relatórios próprios
Usuários das
informações
contábeis Primários
Aplicam dinheiro
Externos
Cont. financeira
Demonstrações contábeis
RCPGs
Secundários
relacionamento operacionall
Relevante Importante
Fundamental
Fidedigna Verdadeira
Informação
Compreensibilidade Entendível
contábil
Comparabilidade Analisável
De
Melhoria
Capacidade de Comprovável
Verificação
Tempestividade Oportuna
• Definição dos elementos das demonstrações = elementos das DC são os grupos de contas
que irão compor as demonstrações contábeis.
São eles:
− Ativo – recurso controlado - evento passado - gerar benefício econômico futuro.
− Passivo – obrigação presente - evento passado - liquidação no futuro.
− Patrimônio líquido – resíduo patrimonial - situação líquida.
− Receita – ganho econômico - aumenta o PL - aumentando o ativo ou diminuindo o
passivo.
− Despesas – perda econômica - diminui o PL - diminuindo o ativo ou aumentando o
passivo.
Recurso
Ativo
controlado
Posição
Obrigação
patrimonial e Passivo
presente
financeira
Patrimônio Resíduo
elementos das Líquido patrimonial
"DC"
Ganho
Receitas
econômico
Desempenho
financeiro
Perda
Despesas
econômica
Custo de reposição do
Custo corrente
bem ou da dívida
Valor futuro
Valor Original Valor presente
descontado dos juros
QUESTÕES DE CONCURSO
001. (VUNESP/MPE-SP/CONTADOR/2019) Assinale a alternativa que define corretamente
a Contabilidade.
a) É uma ciência que se desenvolve com o objetivo de controlar o caixa de uma entidade finan-
ceira. São entidades financeiras todas aquelas que possuam uma conta caixa.
b) É uma ciência que define na empresa um sistema de informações contábil que tem por obje-
tivo subsidiar a tomada de decisões sobre entidades econômicas. São entidades econômicas
pessoas físicas ou jurídicas que tomem decisões sobre recursos econômicos.
c) Corresponde ao registro dos itens do ativo e do passivo que tenham ou não valor econômico.
O valor econômico de um ativo é definido como sendo o seu custo histórico de aquisição.
d) É uma ciência exata que permite mensurar objetivamente o patrimônio líquido das entidades
econômicas. O patrimônio líquido corresponde à diferença entre os grupos ativo intangível e
passivo intangível.
e) É uma ciência histórica que tem por finalidade a evidenciação das operações de uma entida-
de com o objetivo principal de possibilitar ao estado o exercício da tributação e a cobrança do
cumprimento das obrigações assessórias.
004. (VUNESP/DOIS CÓRREGOS/CONTADOR/2018) Em uma empresa, uma receita pode ser gerada
a) pelo aumento de capital social em dinheiro.
b) pela redução do passivo em decorrência do reconhecimento de variação cambial.
c) pelos juros dos empréstimos obtidos.
d) pela perda por impairment.
e) pelo reconhecimento inicial de uma provisão trabalhista.
a) Não, pois, a comunidade não tem interesse na informação contábil das organizações.
b) Sim, no caso de acionistas e gestores apenas.
c) Sim, todas essas entidades são usuárias potenciais da informação contábil.
d) Sim, no caso do governo e acionistas apenas.
e) Não, pois, entidades de classe e da comunidade não tomam decisões que envolvam empresas.
GABARITO
1. b
2. a
3. d
4. b
5. a
6. a
7. c
8. d
9. c
10. a
11. a
12. d
13. d
14. a
15. c
16. d
17. e
18. c
19. c
20. c
GABARITO COMENTADO
A contabilidade é uma ciência social que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no pa-
trimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração e a divulgação desses fatos, com
o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado
econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial aos usuários.
Note que a contabilidade se utiliza de um sistema de informações para atender ao seu objetivo,
que é fornecer informações aos usuários internos e externos, que podem ser pessoas físicas
ou jurídicas.
Letra b.
A despesa é uma perda econômica que deixa a empresa mais pobre; toda despesa diminui a
situação líquida; diminuindo o ativo ou aumentando o passivo.
O reconhecimento de perdas no estoque é uma despesa que diminui o ativo.
Letra d.
Receita é um ganho econômico que deixa a empresa mais rica; será registrada independente-
mente do recebimento ou não.
Toda receita aumenta a situação líquida da empresa, aumentando o ativo ou diminuindo o pas-
sivo; contudo, nem todo aumento da situação líquida é uma receita, como é o caso do aumento
do capital social e a conversão de dívidas em ações.
A diminuição do passivo pelo ganho na variação cambial é um exemplo de receita.
Letra b.
O ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual
se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade e pode ser tangível ou
intangível.
Letra a.
Contabilmente o patrimônio líquido é um resíduo patrimonial e seu valor é obtido pela equação:
PL = ativo - passivo exigível.
Legalmente, conforme determinação da lei 6.404/76, o PL é uma obrigação não exigível da
empresa junto aos sócios.
Economicamente o PL representa o valor patrimonial da empresa, ou seja, o valor da empresa
considerando somente o seu patrimônio ativo e passivo; o valor de mercado da empresa é o
seu valor justo em um mercado ativo.
Letra a.
O passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação
se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
Um passivo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que uma saída
de recursos detentores de benefícios econômicos seja exigida em liquidação de obrigação
presente e o valor pelo qual essa liquidação se dará puder ser mensurado com confiabilidade.
Letra d.
Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se
espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.
O ativo não precisa ser de propriedade da empresa, basta estar sob o seu controle; contudo, o
ativo deve gerar benefícios econômicos futuros.
O benefício econômico futuro incorporado a um ativo é o seu potencial em contribuir, direta ou
indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade. Tal potencial pode
ser produtivo, quando o recurso for parte integrante das atividades operacionais da entidade.
Pode também ter a forma de conversibilidade em caixa ou equivalentes de caixa ou pode ainda
ser capaz de reduzir as saídas de caixa, como no caso de processo industrial alternativo que
reduza os custos de produção.
Letra a.
Os usuários internos são representados pela assembleia dos sócios (sócios ordinários), pelo
conselho de administração e pela alta diretoria; já os usuários externos são os sócios preferen-
ciais, investidores, bancos, clientes, fornecedores, governo, a sociedade onde a empresa está
estabelceda, entre outros.
Letra c.
Como muitas pessoas dependem das informações que uma empresa levanta, o objetivo da
contabilidade é:
“Fornecer informação de natureza econômica, financeira, operacional e social, que seja útil aos
usuários internos e externos nas suas tomadas de decisões”.
• Econômica: informação que apresenta o resultado apurado, as receitas e as despesas
que ocorreram no exercício.
• Financeira: informação relacionada com o fluxo dinheiro e a capacidade de pagamento
da empresa.
• Operacional: informação vinculada às atividades rotineiras da empresa, normalmente tem
relação com o uso do imobilizado na produção (máquinas, equipamentos) e as receitas
e despesas operacionais. Ajuda aos administradores em suas decisões operacionais.
• Social: Informação que apresenta quanto que a empresa contribuiu para o desenvolvi-
mento da sociedade/região onde está sediada, e como é sua política de recursos huma-
nos. Normalmente estas informações são apresentadas em notas explicativas e na DVA
(demonstração dos valores adicionados).
Letra e.
Dentro das informações fundamentais; uma informação é RELEVANTE quando for capaz de
fazer diferença na decisão dos usuários, sendo que uma informação é capaz de fazer diferença
quando tem valor preditivo, confirmatório ou ambos.
Letra c.
Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Análise Gerencial, Docência para Nível Superior,
Auditoria e Perícia Contábil. É ex-servidor público do Executivo Federal – Ministério do Exército e ex-
servidor público do Legislativo Federal – Assessor Parlamentar. Atualmente, é professor de Contabilidade
e Auditoria Pública e Privada.