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Aula 8º

Princípios, convenções e normas


contábeis

Olá pessoal, estamos de volta para nossa última


aula. Nós já falamos sobre o patrimônio, o plano
de contas, razonetes, demonstrações, atos e fatos
administrativos da escrituração contábil, dentre outros.
Nesta aula vamos aprofundar conhecimentos em torno
dos princípios, convenções e normas da Contabilidade.
Saibam que os Princípios estabelecem uma
relação com as diretrizes mais gerais e as Convenções
aos procedimentos que restringem a aplicação
dos Princípios. Ao passo que os Princípios e as
Convenções fundamentam e justificam a ação, as
Normas as guiam na prática. Nesta aula, portanto,
vamos discutir estes Princípios e Convenções,
destacando a importância de cada um.
Muito bem caros(as) acadêmicos(as), a partir
de agora iremos enfatizar estes assuntos e fazer
descobertas importantes que colocaremos em
prática no desenvolvimento profissional.
Vamos lá?!
Boa aula!

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Introdução a Contabilidade

aceitas denominamos Princípios Contábeis.


Objetivos de aprendizagem Princípios Fundamentais de Contabilidade
manifestam, neste caso, as regras em que se
firmam toda a estrutura teórica para a escrituração
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
e análise contábil.
O objetivo dos princípios é garantir a
• entender de forma clara e objetiva sobre os comparação e a integridade das Demonstrações
princípios e convenções contábeis; Contábeis e, por isso, são homologados por órgãos
• conhecer os aspectos conceituais sobre internacionais de contabilidade. No Brasil, além da
terminologias próprias da Contabilidade; Comissão de Valores Mobiliários (CVM), também
• identificar temas importantes relacionados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), com
aos princípios e convenções contábeis. a elaboração do Instituto Brasileiro de Contadores
(IBRACON). Eles permitem a você ter uma
razoável garantia de que a empresa e a administração
Seções de estudo utilizaram critérios uniformes em relação às demais
empresas brasileiras e ao restante do mundo. Sem
1 - Levantamento teórico dos princípios contábeis os princípios contábeis, seria uma grande confusão,
2 - Compreendendo as convenções contábeis pois cada empresa adotaria o seu critério e seria
impossível fazer qualquer comparação entre elas.
3 - As normas da contabilidade

Mas, quando surgiram estes princípios aqui no Brasil?


1 - Levantamento teórico dos
princípios contábeis No Brasil, o Conselho Federal de Contabilidade
disciplinou os Princípios em dezesseis itens através
da Resolução nº 530, de 23/10/1981. Porém,
Como se sabe, conforme foram surgindo
devido à evolução contínua da Ciência Contábil
as necessidades de controle, a Contabilidade foi
e a necessidade de atualização destes Princípios,
gerando instrumentos para registrar os fatos que
a Resolução nº 750, de 29/12/1993, reduziu-os a
alteram o patrimônio de uma empresa.
sete, entretanto, não restringiu os conceitos antes
enunciados.
Figura 1: Evolução do ensino da Contabilidade
no Brasil 1.1 – Os princípios fundamentais
(6) Séc. XX Pós-
(1) Séc. XIX Aulas de
da contabilidade
graduação Stricto sensu
comércio - 1890 -
- Década de 70 -

Devido à complexidade do tema, faremos uma


Evolução
(4) Séc. XX Curso
do ensino da (2) Séc. XIX Aulas de iniciação breve do assunto, procurando demonstrar
profissionalizante -
Década de 20 -
Contabilidade
no Brasil
comércio - 1890 -
de forma prática como os Princípios devem ser
utilizados pelo profissional contábil.
(3) Séc. XX Ensino
comercial
(2) Séc. XIX Inst.
Comercial - RJ - Década
Os Princípios Fundamentais de Contabilidade são:
- 1ª década - de 50 -

Fonte: Os autores
• Princípio da Entidade;
• Princípio da Continuidade;
Na história da Contabilidade, algumas vezes, • Princípio da Oportunidade;
emergiram dúvidas quanto ao melhor critério
• Princípio do Registro pelo Valor Original;
de registro de algumas transações. Por isso,
• Princípio da Atualização Monetária;
os primeiros contadores tiveram que escolher
determinadas opções, que ao longo do tempo • Princípio da Competência;
foram sendo adotadas pelos demais profissionais, • Princípio da Prudência.
considerando-as como regras, que passaram a ser
seguidas e aceitas por todos. A essas regras básicas Princípio da Entidade

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que se os valores de realização não interessam,
Conceito porque a entidade permanecerá funcionando, nesse
Entidade é qualquer pessoa (física ou jurídica) que
caso devemos preferir o custo original.
possui patrimônio.
Quando um empreendimento está em condições
de prosseguir com suas operações, estimam-se seus
Segundo o Princípio da Entidade, a ativos a valor de entrada, ou seja, seu custo. Os
Contabilidade é realizada para as entidades, como valores de entrada são mais apropriados que os de
pessoas distintas dos sócios ou proprietários. Dessa saída, porque são mais objetivos e não registram
forma, o Princípio declara a autonomia patrimonial, ganhos ainda não realizados.
no sentido de que o patrimônio de uma entidade Uma empresa em processo de extinção é tratada,
não se confunde com aqueles de seus sócios ou pela contabilidade, de maneira distinta. Quando se
proprietários. percebe que a entidade não tem condições de prosseguir
Segundo a Resolução CFC nº 750, de 29 de com sua existência, passam a interessar os valores de
Dezembro de 1993, Art. 4º: realização do Ativo e de liquidação do Passivo.
Os ativos são estimados pelo seu valor de
O Princípio da ENTIDADE reconhece o saída, ou seja, seu valor de mercado, que é a
Patrimônio como objeto da Contabilidade
e afirma a autonomia patrimonial, a expectativa futura de recebimentos, fundamentada
necessidade da diferenciação de um no seu preço de venda. Contudo, a suspensão
Patrimônio particular no universo dos das atividades pode promover efeitos na utilidade
patrimônios existentes, independentemente de determinados ativos, com a perda, até mesmo
de pertencer a uma pessoa, um conjunto
de pessoas, uma sociedade ou instituição integral, de seu valor. Isto pode acontecer, por
de qualquer natureza ou finalidade, com ou exemplo, com máquinas que estão em desuso.
sem fins lucrativos. Por consequência, nesta Alguns ativos intangíveis, como marcas, patentes e
acepção, o patrimônio não se confunde com
fundos de comércio, só têm valor, na maioria dos
aquele dos seus sócios ou proprietários, no
caso de sociedade ou instituição. casos, se existe continuidade no fluxo operacional
Parágrafo Único – O PATRIMÔNIO da entidade. Como o CFC trata estes Princípios?!
pertence à ENTIDADE, mas a recíproca Segundo a Resolução CFC nº 750, de 29 de
não é verdadeira. A soma ou agregação
contábil dos patrimônios autônomos não Dezembro de 1993, Art. 5º:
resulta em nova ENTIDADE, mas numa
unidade de natureza econômico-contábil. A CONTINUIDADE ou não da
ENTIDADE, bem como sua vida
definida ou provável, devem ser
Exemplo: José possui uma mercearia, mas consideradas quando da classificação
mantém no Banco ABC apenas uma conta, em seu e avaliação das mutações patrimoniais,
nome. Ele depositou R$ 5.000,00 nessa conta, dos quantitativas e qualitativas.
quais R$ 1.500,00 são dele, como pessoa física e o § 1º - A CONTINUIDADE influencia
o valor econômico dos ativos e, em
resto pertence a sua empresa. Utilizar o Princípio da
muitos CASOS, O VALOR OU
Entidade quer dizer que as transações da entidade são O VENCIMENTO dos passivos,
separadas das de seus sócios ou proprietários. Logo, especialmente quando a extinção da
nem José deve lançar mão, para fins particulares, do ENTIDADE tem prazo determinado,
dinheiro de sua mercearia, nem vice-versa. O ideal, previsto ou previsível.
§ 2º – A observância do Princípio da
quando possível, é que a distinção seja formalizada, CONTINUIDADE é indispensável
ou seja, aberta uma conta para o José e outra para a à correta aplicação do Princípio da
sua mercearia. COMPETÊNCIA, por efeito de se
relacionar diretamente à quantificação
dos componentes patrimoniais e à
Princípio da Continuidade
formação do resultado, e de constituir
O Princípio da Continuidade diz que a dado importante para aferir a capacidade
empresa deve ser avaliada e, consequentemente, ser futura de geração de resultado.
escriturada, na hipótese de que a entidade nunca irá se
extinguir. Este é um Princípio muito utilizado pelos Exemplo: Vamos tomar como exemplo a
que defendem os custos históricos, argumentando Empresa Para Sempre. Ela adquiriu seu ponto

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Introdução a Contabilidade

de funcionamento por R$ 40.000,00 e comprou componentes patrimoniais devem ser registrados


um veículo no valor de R$ 15.000,00. Observa-se pelos valores originais das operações.
que esses bens foram registrados pelo seu valor Todavia, somente esta definição é muita vaga,
de compra, conhecido como custo original. Nove vamos aprofundar um pouco mais este assunto,
meses mais tarde, a empresa quebrou e ficou mais fundamentando as definições com a base e o amparo
um mês parada. No momento em que liquidou seus legal do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
ativos, o ponto de funcionamento havia perdido o Assim, temos no art. 7º, da Resolução CFC, nº
valor, por isso, não conseguiu ser vendido. O veículo 750/1993, que:
foi vendido por R$ 13.000,00. Neste caso, podemos
perceber que o valor de realização foi menor do que [...] os componentes do patrimônio devem
ser registrados pelos valores originais
o custo original. das transações com o mundo exterior,
expressos a valor presente na moeda do
Princípio da Oportunidade País, que serão mantidos na avaliação
das variações patrimoniais posteriores,
O Conselho Federal de Contabilidade, segundo
inclusive quando configurarem agregações
o art. 6º, da Resolução CFC, nº 750/1993, ressalta
ou decomposições no interior da entidade.
que o Princípio da Oportunidade refere-se,
“simultaneamente, à tempestividade e à integridade Esse princípio fixa que quando um ativo é adquirido,
do registro do patrimônio e das suas mutações, ele deve ser contabilizado pelo valor histórico, ou seja,
determinando que este seja feito de imediato e com pelo valor de sua compra ou aquisição dos insumos
a extensão correta, independentemente das causas para fabricá-lo, conforme abaixo:
que as originaram”. Assim, prossegue:

Parágrafo Único – Como resultado Produtos + Insumos = Valor Contábil


da observância do Princípio da
OPORTUNIDADE:
I – desde que tecnicamente estimável, o Ainda em relação ao Princípio do Registro do
registro das variações patrimoniais deve
ser feito mesmo na hipótese de somente Valor Original temos que:
existir razoável certeza de sua ocorrência;
II – o registro compreende os elementos Parágrafo Único – Do Princípio do Registro do
quantitativos e qualitativos, contemplando Valor Original resulta:
os aspectos físicos e monetários;
III - o registro deve ensejar o
reconhecimento universal das variações I – a avaliação dos componentes
ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, patrimoniais deve ser feita com base
em um período de tempo determinado, nos valores de entrada, considerando-
base necessária para gerar informações se como tais os resultantes do consenso
úteis ao processo decisório da gestão. com os agentes externos ou da imposição
destes;
II – uma vez integrados no patrimônio, o
Observem que a percepção, o registro e bem, o direito ou obrigação não poderão
o relato de todas as mutações ocorridas no ter alterados seus valores intrínsecos,
patrimônio de uma entidade, no momento em que admitindo-se, tão somente, sua
decomposição em elementos e/ou sua
elas acontecerem, são exigências desse princípio, agregação, parcial ou integral, a outros
sendo ele o esteio absolutamente necessário à elementos patrimoniais;
fidedignidade das informações sobre o patrimônio III - o valor original será mantido
da entidade, referentes a um determinado ciclo e enquanto o componente permanecer
como parte do patrimônio, inclusive
com a utilização de quaisquer comportamentos quando a saída deste;
técnicos. Importante: Registro de todos os fatos IV – os Princípios da ATUALIZAÇÃO
ocorrido na empresa. MONETÁRIA e do REGISTRO PELO
VALOR ORIGINAL são compatíveis
entre si e complementares, dado que
Princípio do Registro pelo Valor Original
o primeiro apenas atualiza e mantém
O Princípio do Registro pelo Valor Original, atualizado o valor de entrada;
como o próprio nome já diz, dispõe que os V – o uso da moeda do País na tradução

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do valor dos componentes patrimoniais representa nova avaliação, mas, tão-
constitui imperativo de homogeneização somente, o ajustamento dos valores
quantitativa do mesmo. originais para determinada data, mediante
a aplicação de indexadores ou outros
Exemplo: Antônio compra uma bicicleta elementos aptos a traduzir a variação do
por R$ 1.000,00, mas pretende revendê-la por R$ poder aquisitivo da moeda nacional em
um dado período.
1.500,00. Devido ao Princípio do Registro pelo
Valor Original, o contador de Antônio vai lançar na
contabilidade o valor da compra. Exemplo: Podemos ter como exemplo o
A base de toda e qualquer contabilização aluguel de uma casa. No primeiro contrato o
relacionadas ao uso desse ativo parte do preço pago valor do aluguel é de R$ 750,00 depois de um ano
por esse ativo (incorporado nos registros contábeis), há um reajuste para R$ 850,00. Outro exemplo
acrescidos dos desembolsos que ocorreram para colocar característico é o fato de comprarmos dois quilos
o ativo em questão em condição de venda ou, ainda, pelo de carne com R$ 10,00 nesse ano, sendo que no ano
custo dos insumos utilizados em sua fabricação. que vem vamos conseguir comprar apenas um quilo
Dessa forma, uma mercadoria que teve seu de carne com esse montante de dinheiro.
custo no valor de R$ 500,00, mas que para ser Quando com um mesmo valor em dinheiro
colocada em situação de venda vai precisar de um compramos menos mercadorias, podemos dizer
desembolso de R$ 10,00 relativo a frete, tem o dever que houve uma queda no poder aquisitivo da
de ser contabilizada no ativo pelo valor de R$ 510,00. moeda, por outro lado, quando compramos mais
mercadorias com o mesmo valor nominal, dizemos
Princípio da Atualização Monetária que aumentou o poder aquisitivo da moeda.
A Resolução do Conselho Federal de Um padrão, para ser entendido como tal, não
Contabilidade, art. 8º, nº 750/93, estabelece que “os pode sofrer mudanças em sua essência. Como praxe,
efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda o Princípio considera o real como uma unidade-
nacional devem ser reconhecidos nos registros padrão de medição, da mesma maneira que o metro,
contábeis por meio do ajustamento da expressão o quilo ou outras medidas físicas. Para certificar a
formal dos valores dos componentes patrimoniais”. moeda é uniforme, como padrão de mensuração,
A ciência contábil tem conhecimento que, elege-se uma data-base para exprimir todas as contas
apesar de admitida de maneira geral como medida das demonstrações contábeis que foram publicadas,
de valor, a moeda não representa unidade invariável ou seja, a data do Balanço Patrimonial.
em termos do poder aquisitivo. Dessa forma, o
princípio em questão parte da observação de que Princípio da Competência
a moeda é volúvel e que os valores, nela sendo Esse princípio é baseado no regime de
expressos, tem por obrigação fazer o reajuste para competência. Existem dois regimes contábeis que
um valor que possa sempre representar com maior registram as receitas e as despesas:
proximidade da realidade. Regime de Caixa: o registro contábil
A Resolução do Conselho Federal de é executado no momento da efetivação do
pagamento ou recebimento.
Contabilidade, art. 8º, nº 750/93, ressalta que:
Regime de Competência: o registro
Parágrafo Único – São resultantes da contábil é executado no momento que ocorre,
adoção do Princípio da Atualização mesmo não existindo a efetivação do pagamento
Monetária: ou recebimento.
I – A moeda, embora aceita
universalmente como medida de valor,
não representa unidade constante em
termos do poder aquisitivo;
II – para que a avaliação do patrimônio
possa manter os valores das transações
originais (art. 7º), é necessário atualizar
sua expressão formal em moeda DESPESA RECEITA
nacional, a fim de que permaneçam
substantivamente corretos os valores
dos componentes patrimoniais e, por
consequência, o do Patrimônio Líquido;
III – a atualização monetária não Disponível em: <http://tudocontabilizando.blogspot.com.br/2010/09/
contabilidade.html> Acesso em: 03 abr. 2012

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Introdução a Contabilidade

Por ser baseado no Regime de Competência, o de um passivo, qualquer que seja o motivo,
Princípio estabelece que as receitas e despesas devem sem o desaparecimento concomitante de
um ativo de valor igual ou maior;
ser registradas durante o exercício social que ocorreram, III – pela geração natural de novos
isto é, determinadas pela data de seu fato gerador e não ativos independentemente de
quando existe pagamento ou recebimento. intervenções de terceiros;
Na Aula 03 citamos a expressão exercício social IV – no recebimento efetivo de doações
e subvenções.
e agora vamos saber o que significa essa expressão. § 4º – Consideram-se incorridas as despesas:
O que é Exercício Social? I - quando deixar de existir o correspondente
valor ativo, por transferência de sua
propriedade para terceiro;
II – pela diminuição ou extinção do valor
Conceito econômico de um ativo;
Exercício Social é o período separado pela Contabilidade III – pelo surgimento de um passivo sem
para demonstrar a situação patrimonial e financeira de o correspondente ativo.
uma empresa. Esse período é, geralmente, um ano, e pode
coincidir com o ano-calendário ou não. Exemplo: Outro exemplo é a prestação de
serviços de vigilância. A empresa Security prestou
serviços no mês de março, porém estes somente
Exemplo: as contas de fornecimento de água serão faturados no mês de abril e recebidos no mês
e energia referentes ao mês de dezembro de X1 da de junho. Essa receita deve ser contabilizada no
empresa Come-Come foram pagas em janeiro de mês de março, pois devem ser registrados quando
X2. Entretanto as despesas foram registradas no o serviço é prestado e não quando a NF será fatura
mês de dezembro de X1. Esse entendimento vem ou o serviço recebido.
do Princípio da Competência que diz que o fato
gerador é a data que o serviço foi prestado e não a Princípio da Prudência
data em que irá ocorrer o pagamento desse serviço. Segundo o art. 10º, da Resolução nº 750/1993,
Segundo a Resolução CFC 750, de 29 de do Conselho Federal de Contabilidade, o Princípio
Dezembro de 1993, da Prudência determina “a adoção do menor valor
para os componentes do Ativo e do maior para os
Art. 9º - As receitas e as despesas
devem ser incluídas na apuração do do Passivo, sempre que se apresentem alternativas
resultado do período em que ocorrerem, igualmente válidas para a quantificação das mutações
sempre simultaneamente quando se patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido”.
correlacionarem, independentemente de
Observem os sete Princípios fundamentais da
recebimento ou pagamento.
Contabilidade descritos na Resolução do Conselho
Federal de Contabilidade de nº 750/93 e consagrados
Desse modo, verificamos que:
pela maioria dos autores. Assim, temos que:
§ 1º- O Princípio da COMPETÊNCIA
determina quando as alterações no § 1º – O Princípio da PRUDÊNCIA
Ativo ou no Passivo resultam em um impõe a escolha da hipótese de que
aumento ou diminuição das mutações resulte menor patrimônio líquido, quando
patrimoniais, resultantes da observância se apresentarem opções igualmente
do principio da OPORTUNIDADE. aceitáveis diante dos demais Princípios
§ 2º – O reconhecimento simultâneo das Fundamentais de Contabilidade.
receitas e despesas, quando correlatas, § 2º – Observado o disposto no art. 7º
é conseqüência natural do respeito ao - O Princípio da PRUDÊNCIA somente
período em que ocorrer sua geração. se aplica às mutações posteriores,
§ 3º – As receitas consideram-se realizadas: constituindo-se ordenamentos
I – nas transações com terceiros, indispensáveis à correta aplicação do
quando estes efetuarem o pagamento Princípio da COMPETÊNCIA.
ou assumirem compromisso firme de § 3º – A aplicação do Princípio da
efetivá-lo, quer pela investidura na PRUDÊNCIA ganha ênfase quando,
propriedade de bens anteriormente para definição dos valores relativos às
pertencentes à ENTIDADE, quer pela variações patrimoniais, devem ser feitas
fruição de serviços por esta prestados; estimativas que envolvem incertezas de
II – quando da extinção, parcial ou total, grau variável.

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Art. 11º – A inobservância dos Princípios valor registrado deve possuir documento hábil que
Fundamentais de Contabilidade constitui avalize seu lançamento, o objeto deve ser suscetível
infração nas alíneas “c”, “d” e “e” do art.
27º, do Decreto-lei n º 9295, de 27 de maio de medição e o contador não pode imprimir marca
de 1946 e, quando aplicável, ao Código de pessoal na avaliação do objeto.
Ética Profissional do Contabilista. Adotar uma atitude objetiva no registro dos
Art. 12 º - Revogada a Resolução CFC nº
fatos administrativos é ser neutro e imparcial diante
530/81; esta Resolução entra em vigor a
partir de 1º de janeiro de 1994. da realidade patrimonial da empresa.
Segundo Hendriksen e Van Breda (1999), a
Além desses sete princípios, existem outros objetividade tem sido conceituada de maneiras
princípios citados por outros autores: distintas por pessoas e contadores diferentes, a saber:

• Princípio do Confronto das Despesas com as a) mensurações e avaliações de caráter impessoal


Receitas e com os Períodos Contábeis; ou que se configuram fora do pensamento da pessoa
• Princípio da Periodicidade das ou pessoas que as estão realizando;
Demonstrações Contábeis; b) mensurações baseadas no consenso
• Princípio da Ética e da Legalidade; profissional de experts qualificados;
• Princípio da Legitimidade dos Registros. c) mensurações e avaliações baseadas em
evidências e documentação verificável;
Agora, para continuar a nossa construção do d) valor da dispersão estatística das
conhecimento, na próxima seção vamos falar um mensurações de um atributo, quando efetuadas por
pouco sobre as Convenções Contábeis. vários pesquisadores.

Em seu primeiro aspecto, não é muito fácil,


na prática, separar completamente a qualidade
2 - Compreendendo as convenções intrínseca do que está sendo mensurado das
contábeis crenças, mesmo que científicas do pesquisador.
Assim, afirmamos que o ponto de transferência é
As convenções são consideradas as restrições o mais objetivo para o reconhecimento da receita,
aos princípios contábeis. São tidas também como pois existe um valor de mercado que independe da
normas de caráter prático que devem ser seguidas, pessoa do avaliador.
como guias, auxiliando o trabalho do profissional Embora isso seja verdadeiro, o pesquisador
contábil. Não são consideradas criadoras de precisa tomar decisões sobre o valor do ativo que está
definições de critérios contábeis. sendo dado em troca. Assim, mesmo este sentido de
objetividade pode conter em si algo de subjetivo.
2.1 – A classificação das Quanto ao segundo aspecto, talvez seja
convenções contábeis o que tenha maior peso no estágio atual de
desenvolvimento da disciplina. Caracteriza-se como
As Convenções Contábeis são divididas em: sentido de objetividade típico de uma disciplina
praticada por profissionais liberais. Assim, se por
• Convenção da Objetividade; meio da reunião de vários experts em comitês
• Convenção da Materialidade; de pesquisa chegar-se a consenso sobre certo
• Convenção da Consistência. procedimento ou mensuração, mesmo que tais
Vamos estudar agora cada uma das mensurações ou critérios não sejam suportados
Convenções Contábeis: por evidências objetivas (no sentido mais material e
restrito do termo), ainda assim, por representarem o
Convenção da Objetividade resultado de um processo psicossocial de percepção
O contador deve ser extremamente objetivo. por parte de segmento autorizado da profissão,
Para realizar os registros contábeis ele deve sempre tornam-se objetivos.
observar a subjetividade do lançamento contábil, No que se refere ao terceiro critério, a ênfase
baseando-se em elementos objetivos. Qualquer consubstancia-se mais na evidência do que na

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Introdução a Contabilidade

mensuração em si. De novo, a receita é reconhecida na antes de emitirem opiniões sobre princípios e
base da transferência como evidência. De acordo com procedimento contábeis, podem utilizar-se dos
Hendriksen e Van Breda (1999), embora a evidência critérios estatísticos focalizados no quarto sentido
possa ser verificável, a seleção do critério de evidência da objetividade.
como base pode ser objeto de viés pessoal. Não existem dúvidas, todavia, de que a profissão
Quanto ao quarto aspecto, a maior ou menor precisa perseguir um sentido de objetividade que
objetividade de um critério de mensuração pode ser caracterize de forma mais nítida a Contabilidade
avaliada pelo desvio-padrão em relação à média do como uma ciência social.
atributo que está sendo mensurado. Pode acontecer, Nesse aspecto, é importante que os
todavia, que o próprio valor da média não retrate relacionamentos entre causas e efeitos dos eventos
adequadamente o atributo considerado. da natureza que afetam os estados patrimoniais
Por exemplo, consideramos que estamos com tenham explicações convincentes e que tais eventos
PEPS, UEPS e média ponderada. possam ser produzidos em ambiente de pesquisa
social e suas resultantes possam ser previstas.
A Contabilidade, assim, deverá chegar a um
Voce Sabia?
ponto de sua evolução no qual será possível enunciar
A sigla PEPS significa Primeiro que Entra, Primeiro que Sai
as “leis” que relacionam causas e efeitos.
e é também conhecida por FIFO, iniciais da frase inglesa
First In, First Out. Adotando esse critério para valoração dos
estoques, a empresa atribuirá às mercadorias estocadas os
custos mais recentes. ATENÇÃO !!!
A sigla UEPS significa Último que Entra, Primeiro que Sai, e é De certa forma, os postulados, princípios e restrições são
também conhecida por LIFO, iniciais da frase inglesa Last In, First uma variante simplificada de tais leis. O ideal, todavia, seria a
Out. Adotando este critério para valoração dos seus estoques, a formulação axiomática da teoria da Contabilidade, já tentada
empresa sempre atribuirá às suas mercadorias em estoque os por raros autores e em vias de aperfeiçoamento, nos estudos
custos mais antigos, guardadas as devidas proporções com as atuais, rumo a uma explicitação mais adequada.
mercadorias que entraram e saíram do estabelecimento.
Fonte: <http://www.exacon.com.br/ete/cfc/cfc110ces.pdf>
Acesso em: 31 mar. 2012 Não se questiona, todavia, o sentido mais prático
e “profissional” atual da objetividade, conforme
apresentado em seu enunciado. A Contabilidade, em
É possível que um dos três, PEPS, UEPS ou igualdade de procedimentos quanto à sua relevância,
média ponderada, revele um menor desvio-padrão preferirá os que puderem ser suportados por algum
à média. Isso apenas significa que as mensurações tipo de evidência considerada objetiva (documentos,
são mais verificáveis, mas não necessariamente normas, escritas, consenso profissional etc.).
objetivas, cientificamente falando. Pode até ocorrer
que um critério de mensuração baseado, digamos, Convenção da Materialidade
no custo histórico corrigido, apresente maior Para evitar desperdício de tempo e dinheiro, a
desvio, mas menor viés. Convenção da Materialidade dispõe que devem ser
Este último é determinado pelo desvio relativo, registrados na contabilidade apenas os lançamentos
caracterizado pelo procedimento de mensuração dignos de atenção e na ocasião oportuna.
utilizado e o “verdadeiro” valor da média do Esta convenção tem muito a ver com a análise
atributo que está sendo mensurado. Como, do custo/benefício da informação. O contador deve,
todavia, o verdadeiro valor da média não pode ser a todo o momento, buscar a exatidão numérica no
determinado, a diferença entre a média estimada lançamento, desde que o custo dessa exatidão venha
e a verdadeira precisa ser calculada na base do prejudicar a empresa. Valores grandes e relevantes
julgamento subjetivo e das relações lógicas entre o devem ter análise muito mais aperfeiçoada do que
procedimento de mensuração e o atributo que está os valores pequenos, que podem ser tratados de
sendo avaliado. forma mais simples e resumida.
Frequentemente, na prática, devemos Assim, verificamos que a restrição da
contentar-nos com sentidos menos científicos da Materialidade não pode ser enfocada do ponto de
objetividade. É evidente que os comitês de experts,

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vista apenas interno ou externo. Sem dúvida, no que relevantes do ponto de vista de auditoria e de
nos concerne, do ponto de vista do usuário externo, controle interno.
a avaliação subjetiva do efeito de uma informação Não é tarefa fácil, na prática, julgar sobre a
prestada ou negada, sob a premissa da materialidade materialidade ou não de uma cifra. Entretanto,
ou não, é a mais importante. alguns critérios gerais podem ser tentados:
Porém, não se pode negar que a materialidade
ou não, é a mais importante. Diríamos, até, que sua 1. Em relação ao usuário externo, a evidenciação
configuração está relacionada às metas e políticas ou não de uma cifra e a rígida adoção ou não dos
traçadas pela administração da entidade. princípios contábeis serão mais ou menos materiais
Em uma entidade em que as metas são à medida que se refiram respectivamente:
estabelecidas em termos amplos e globais, haverá
uma tendência, por parte do sistema contábil, a) a eventos que refletem tendências do
de preocupar-se sempre com a materialidade empreendimento; ou
da informação geral perante a evidenciação do b) a eventos não repetitivos, que afetam apenas
cumprimento ou não de tais metas. Já em entidades um exercício.
cuja administração, por formação, tem o gosto pelo
detalhe, o sistema contábil tenderá a adequar-se ao 2. As cifras relativas a receitas e despesas
estilo gerencial. operacionais, via de regra, são mais materiais, para
Não existe um sentido absoluto de materialidade, a avaliação de tendência, do que os ganhos e perdas
nem é possível fixar critérios numéricos precisos, ou efeitos de exercício anteriores;
em cada caso, para estabelecer a materialidade ou 3. As cifras derivantes de mudanças de critérios
não de uma cifra. utilizados no passado são materiais com relação à
Assim, do ponto de vista do usuário da avaliação do usuário. Na verdade, tal evidenciação
informação contábil, é material a informação ou se torna crítica, em alguns casos;
cifra que, se não evidenciada ou mal evidenciada, 4. Do ponto de vista interno, os extremos de
poderia levá-lo a sério erro sobre a avaliação do detalhes contábeis usualmente são imateriais para a
empreendimento e de suas tendências. qualificação da informação, como subcontas até o
Do ponto de vista interno, é material o quinto grau ou o famoso exemplo de Anthony de
procedimento ou cifra que, se não processada, calcular o custo do uso diário dos lápis dentro da
afeta a qualidade e a confiabilidade do sistema de empresa, realizando mensurações entre as diferenças
informação e mesmo do controle interno. de comprimento do lápis no dia anterior e no atual.
No entanto, não se pode confundir, a rigor, os Entretanto, materialidade não significa desprezo
conceitos de materialidade e de relevância. Algo pelo detalhe em si, se este estiver encobrindo
pode ser material quanto ao valor, isoladamente problemas maiores.
considerado, e irrelevante, embora tal condição seja Conquanto a mensuração da materialidade seja
rara. Em contrapartida, um valor de certo atributo objeto de estudos mais recentes, tal conceito reservará,
pode ser pequeno em si, mas relevante quanto às sempre, uma alta dose de julgamento e de bom senso
tendências que possa apontar. por parte de cada contador, em cada situação.
Exemplo do primeiro aspecto: seria a
publicação do orçamento de capital da entidade Convenção da Consistência
para os próximos dez anos. Material quanto ao A Convenção da Consistência determina que os
vulto das cifras envolvidas, pode ser não relevante processos contábeis uma vez adotados, não devem
para alguns usuários. ser alterados com frequência para não dificultar a
Exemplo do segundo aspecto: numa análise análise dos demonstrativos contábeis.
de contas a receber, verifica-se que, em cerca de 15% Claro que se for necessário uma alteração para
dos casos, apresentam-se pequenos erros. Embora melhoria e evolução dos processos ela deverá ser
o valor dos erros possa ser de pequena monta, o realizada desde que devidamente evidenciada nas
fato de se evidenciarem em 15% dos registros pode notas explicativas e os efeitos dela decorrentes
encobrir falhas graves da sistemática e, portanto, devem ser bem avaliados e enunciados.

91
Introdução a Contabilidade

Essa convenção (também conhecida por


uniformidade), de grande importância na 3 - As Normas da Contabilidade
Contabilidade, deve também ser entendida à luz das
restrições de entendimento por parte dos usuários
da informação contábil.
Porém, deve ser entendido que os contadores
ELMO
deverão refletir bastante, antes de adotar
→ Pensamento elevado
determinado procedimento de avaliação, a fim de
ASA
haver a maior sequência possível de exercícios com a BASTÃO → Diligência
utilização dos mesmos procedimentos de avaliação. → Poder → Investigação
→ Pesquisa
Isso significa, contudo, que, mesmo ocorrendo SERPENTES
→ Aplicação
→ Zelo
mudanças nos cenários ou uma reflexão sobre a → Sabedoria
melhor utilização de outro critério, a Contabilidade
deva, apenas para não alterar a sequência, deixar de Disponível em: <http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com.
introduzir essa melhoria. br/2011/09/saudacoes-amarelas.html> Acesso em: 03 abr. 2012.

Qualquer mudança de procedimento que seja


material deverá ser claramente evidenciada em De acordo com Hilário Franco (2007):
notas explicativas, e os efeitos dela decorrentes,
As normas contábeis são convencionais
tanto sobre o balanço quanto sobre o resultado, e não fundamentais para o registro de
devem ser mensurados e bem enunciados. fatos e elaboração de demonstrações
Como complemento à possibilidade de e informações contábeis, devendo
ser interpretadas como regras
avaliação de tendência, é fundamental que haja complementares, obedientes aos
consistência, também, nos períodos abrangidos Princípios Fundamentais e necessárias
pelas demonstrações. como padrões de conduta ou guias-de-
Por parte do usuário, deve ser entendido que orientação para o exercício profissional.

a Contabilidade é uma linguagem especial e que


O Conselho Federal de Contabilidade, na
nem todos podem, livremente, falar e escrever sem
Resolução CFC nº 751, de 29 de dezembro de
o auxílio de um intérprete (um técnico). Por mais
1993, definiu sobre as Normas Brasileiras de
que se procure preservar a clareza e a consistência
Contabilidade, que representam regras objetivas de
de procedimentos de um exercício para outro, para
conduta. Segundo essa Resolução:
maior facilidade de acompanhamento por parte
do usuário, isso não deve servir de pretexto para Art. 2º As Normas classificam-se
a estagnação na melhoria dos procedimentos, à luz em Profissionais e Técnicas, sendo
das circunstâncias. enumeradas sequencialmente.
§ 1º As Normas Profissionais estabelecem
Consistência e Materialidade viajam juntas, regras de exercício profissional,
como de resto todos os postulados, princípios caracterizando-se pelo prefixo NBC P.
e convenções. No caso destas, fica mais difícil § 2º As Normas Técnicas estabelecem
conceitos doutrinários, regras
estabelecer regras precisas e matemáticas. Daí a
e procedimentos aplicados de
importância de uma sólida base teórica do Contador, Contabilidade, caracterizando-se pelo
que o habilitará a escolher o melhor conjunto de prefixo NBC T.
procedimentos em cada circunstância.
Devemos conviver com esse conjunto e aplicá-lo Caros(as) alunos(as), parabéns por terem chegado
da forma mais correta possível, como consequência até aqui. Esses conhecimentos serão muito relevantes à
do melhor de nossos esforços, e sempre lembrando sua carreira. Espero, sinceramente, que suas expectativas
que a nossa responsabilidade, como profissionais e sobre essa disciplina tenham sido alcançadas.
cidadãos, é, antes de mais nada, social. Chegamos, assim, ao final de nossa última
Assim, vamos continuar a nossa produção de aula. Espero que agora tenha ficado mais claro o
conhecimentos, estudando na próxima seção as entendimento de vocês sobre os princípios, as
normas da Contabilidade. Vamos lá? normas e as convenções contábeis.

92
Ao final de nossa disciplina, podemos afirmar Contabilidade, na Resolução CFC nº 751, de 29 de
que construímos conhecimentos interessantes e dezembro de 1993.
essenciais para a nossa formação enquanto futuros As Normas da Contabilidade classificam-se em:
profissionais da área de Administração.
• Profissionais - estabelecem regras de exercício
profissional.
Retomando a aula • Técnicas - estabelecem conceitos doutrinários,
regras e procedimentos aplicados de Contabilidade.

Parece que estamos indo bem! Então, para Vale a pena


encerrar a Aula 08, vamos recordar os
temas que foram abordados:

Vale a pena ler


1 - Levantamento teórico dos princípios
contábeis
A ciência contábil se norteia através de BRAGA, Hugo Rocha; ALMEIDA, Marcelo
princípios, que nada mais são que critérios e normas Cavalcanti. Mudanças Contábeis na Lei Societária – Lei
de procedimentos a serem seguidos, ou seja, as 11.638, de 28-12-2007. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
regras em que se firmam toda a estrutura teórica CONSELHO FEDERAL DE
para a escrituração e análise contábil. CONTABILIDADE. Princípios Fundamentais e
O objetivo dos Princípios e Convenções Contábeis, Normas Brasileiras de Contabilidade: Auditoria e
portanto, é conseguir a uniformização dos atos e
Pericia. 3. ed. Brasília: CFC, 2008.
fatos administrativos, bem como das demonstrações
ERNEST & YOUNG e Fipecafi. Manual de
contábeis deles decorrentes, homologados por órgãos
Normas Internacionais de Contabilidade. 1. ed. São
internacionais de contabilidade.
Os Princípios Fundamentais de Contabilidade Paulo: Atlas, 2010.
são: Princípio da Entidade; Princípio da HENDRIKSEN, Eldon S.; VAN BREDA,
Continuidade; Princípio da Oportunidade; Princípio Michael F. Teoria da contabilidade. 5. ed. Traduzida por
do Registro pelo Valor Original; Princípio da Antônio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Atlas, 1999.
Atualização Monetária; Princípio da Competência; IUDÍCIBUS, Sérgio de; José Carlos Marion.
Princípio da Prudência. Contabilidade Comercial: Atualizado conforme Lei
Além desses sete princípios, outros autores 11638/07 e MP nº 449/08. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
citam também outros princípios: Princípio do RUSSO, F e OLIVEIRA, N de. Manual Prático de
Confronto das Despesas com as Receitas e com os Constituição de Empresas. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
Períodos Contábeis; Princípio da Periodicidade das SÁ, Antônio Lopes de. Dicionário de contabilidade
Demonstrações Contábeis; Princípio da Ética e da – 9. ed. (rev. e ampl.). São Paulo: Atlas, 1995.
Legalidade; Princípio da Legitimidade dos Registros. SCHMIDT, Paulo; SANTOS, José Luiz dos.
História da Contabilidade: Foco na Evolução das Escolas
2 - Compreendendo as Convenções Contábeis
do Pensamento Contábil. São Paulo: Atlas, 2008.
As convenções são consideradas as restrições
aos princípios contábeis. São tidas também como
normas de caráter prático que devem ser seguidas,
como guias, auxiliando o trabalho do profissional
contábil. As Convenções Contábeis são divididas
em: Convenção da Objetividade; Convenção da Vale a pena acessar
Materialidade; Convenção da Consistência.
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) -
3 - As Normas da Contabilidade Deliberação CVM Nº 29, de 05.02.1986. Disponível
As Normas Brasileiras de Contabilidade
representam regras objetivas de conduta, são em: <http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/
convencionais e não fundamentais para o registro de atos/exiato.asp?File=/deli/deli029.htm>. Acesso
fatos e elaboração de demonstrações e informações em: 30 mar. 2012.
contábeis, conforme definiu o Conselho Federal de

93
Introdução a Contabilidade

Conselho Federal de Contabilidade. Resoluções e


Pronunciamentos. Brasília: Disponível em: <http://
www.cfc.org.br/>. Acesso em: 30 mar. 2012.
Escrituração Contábil. Disponível em: <http://
www.nfe.fazenda.gov.br>. Acesso em: 30 mar. 2012.
Contabilidade Financeira. Disponível em: <http://
contabilidadefinanceira.blogspot.com.br/2011/10/
ifrs-no-brasil.html>. Acesso em: 03 abr. 2012.
Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas. Disponível em:
<http://www.otoc.pt/pt/a-ordem/comissoes/
historia-da-contabilidade/regulamento/>. Acesso
em: 03 abr. 2012.

Caso tenham sugestões,


comentários, críticas ou tenham
ficado com dúvidas, acessem o
ambiente virtual e utilizem as
ferramentas adequadas para
interagir com seu professor e com
seus colegas de curso.

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